trovadorismo e humanismo

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Trovadorismo ( 1189 Trovadorismo ( 1189 ou 1198 a 1434) ou 1198 a 1434) Literatura Medieval Portuguesa Literatura Medieval Portuguesa (séc. XII e XIII) (séc. XII e XIII) Profa. Rosângela Ribeiro de Aviz do Profa. Rosângela Ribeiro de Aviz do Nascimento Nascimento

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Page 1: Trovadorismo e humanismo

Trovadorismo ( 1189 Trovadorismo ( 1189 ou 1198 a 1434)ou 1198 a 1434)

Literatura Medieval Portuguesa (séc. XII Literatura Medieval Portuguesa (séc. XII e XIII)e XIII)

Profa. Rosângela Ribeiro de Aviz do NascimentoProfa. Rosângela Ribeiro de Aviz do Nascimento

Page 2: Trovadorismo e humanismo

O Trovadorismo é a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Seu surgimento ocorre no mesmo período em que Portugal começa a despontar como nação independente, no século XII; porém, as suas origens dão-se na Provença, de onde vai se espalhar por praticamente toda a Europa. Apesar disso, a lírica medieval galego-portuguesa ( língua da Galiza com o português)vai possuir características próprias, uma grande produtividade e um número considerável de autores conservados.

Page 3: Trovadorismo e humanismo

O TrovadorO Trovador

Trovadores - eram aqueles que compunham as poesias e as melodias que as acompanhavam.

• cantigas - são as poesias cantadas.

Page 4: Trovadorismo e humanismo

Hierarquia dos artistas

Trovador – nobre que compõe o texto Jogral – homem de classe social inferior

que canta os textos acompanhado de instrumentos musicais como o alaúde e a flauta

Jogralesa ou soldadeira – mulher que canta,

dança e toca pandeiro

Page 5: Trovadorismo e humanismo

CANTIGA

• João Soares de Paiva – “Ora faz o senhorde Navarra“;

• Paio Soares de Taveirós - "Cantiga de Guarvaia", "Cantiga da Ribeirinha"dedicada à Dona Maria Paes Ribeiro, a ribeirinha.

Page 6: Trovadorismo e humanismo

A RibeirinhaA Ribeirinha

““No mundo nom me sei parelhaNo mundo nom me sei parelha

Mentre me for como me vai,Mentre me for como me vai,

Ca já moiro por vós – e ai!Ca já moiro por vós – e ai!

Mia senhor branca e vermelha,Mia senhor branca e vermelha,

Queredes que vos retraisQueredes que vos retrais

Quando vos eu vi em saia!Quando vos eu vi em saia!

Mau dia me levantei,Mau dia me levantei,

Que vos enton non vi fea!...”Que vos enton non vi fea!...”

Page 7: Trovadorismo e humanismo

Em linguagem atual...Em linguagem atual...

““No mundo não conheço ninguém que se No mundo não conheço ninguém que se compare a mim em infelicidade,compare a mim em infelicidade,

Enquanto minha vida continuar como vai Enquanto minha vida continuar como vai indo,indo,

Porque já morro de amor por vós – e ai!Porque já morro de amor por vós – e ai!Minha senhora vestida de branco e de Minha senhora vestida de branco e de

faces rosadas,faces rosadas,Quereis que vos descrevaQuereis que vos descrevaQuando eu vos vi sem manto!Quando eu vos vi sem manto!Em infeliz dia me levantei,Em infeliz dia me levantei,Pois vos vi bela, e não feia!”Pois vos vi bela, e não feia!”

Page 8: Trovadorismo e humanismo

Cancioneiros

• (livros que reuniam grande número de trovas).

• três Cancioneiros galego-portugueses: – o "Cancioneiro da Ajuda“; – o "Cancioneiro da Biblioteca Nacional de

Lisboa" (Colocci-Brancutti); – o "Cancioneiro da Vaticana“; • cantigas dedicadas à Virgem Maria pelo rei

Afonso X, o sábio; • textos em prosa de cronistas como Rui de

Pina, Fernão Lopes e Eanes de Azuraram e as novelas de cavalaria, como A Demanda do Santo Graal.

Page 9: Trovadorismo e humanismo

Classificação das cantigas

• Genero Lírico • - Cantigas de amor • - Cantigas de amigo• Genero satírico • - Cantigas de escárnio e

maldizer

Page 10: Trovadorismo e humanismo

A Cantiga de Amor

Eu-lírico, masculino - canta as qualidades de seu amor, a "senhora", a quem ele trata como superior. Ele canta a dor de amar e não ser correspondido (chamada de coita), e é a sua amada a quem ele se submete e "presta serviço", e, por isso, espera benefício ( vassalagem amorosa)

Page 11: Trovadorismo e humanismo

Identifique as Identifique as características da características da cantiga de amor.cantiga de amor.“ “ Senhora, que bem pareceis!Senhora, que bem pareceis!Se de mim vos recordásseisSe de mim vos recordásseisQue do mal que me fazeisQue do mal que me fazeisMe fizésseis correção,Me fizésseis correção,Quem dera, senhora, entãoQuem dera, senhora, entãoQue eu vos visse e agradasse.Que eu vos visse e agradasse.

Ó formosura sem falhaÓ formosura sem falhaQue nunca um homem viu tantoQue nunca um homem viu tantoPara o meu mal e meu quebranto!Para o meu mal e meu quebranto!Senhora, que Deus vos valha!Senhora, que Deus vos valha!

Page 12: Trovadorismo e humanismo

Por quanto tenho penadoPor quanto tenho penadoSeja eu recompensadoSeja eu recompensadoVendo-vos só um instante.Vendo-vos só um instante.

De vossa grande belezaDe vossa grande belezaDa qual esperei um diaDa qual esperei um diaGrande bem e alegria,Grande bem e alegria,Só me vem mal tristeza.Só me vem mal tristeza.Sendo-me a mágoa sobejaSendo-me a mágoa sobejaDeixai que ao menos vos vejaDeixai que ao menos vos vejaNo ano, o espaço de um dia.”No ano, o espaço de um dia.”

CORREIA, Natália. Cantares dos Trovadores CORREIA, Natália. Cantares dos Trovadores galego-portugueses. 2 ed. Lisboa.Estampa, galego-portugueses. 2 ed. Lisboa.Estampa, 1978. p.253.1978. p.253.

Page 13: Trovadorismo e humanismo

1. quem fala é um homem, dirigindo-se à sua 1. quem fala é um homem, dirigindo-se à sua amada, chamada de amada, chamada de senhor(inspiração em senhor(inspiração em valores cultivados pelos nobres)valores cultivados pelos nobres)

2. amor impossível, pois a mulher é 2. amor impossível, pois a mulher é comprometida ou pertence a classe social comprometida ou pertence a classe social mais elevada.mais elevada.

3. obediência a determinadas convenções 3. obediência a determinadas convenções (amor cortês):(amor cortês):

A. vassalagem amorosa – o trovador A. vassalagem amorosa – o trovador comporta-se com sua dama como o vassalo comporta-se com sua dama como o vassalo comporta-se com seu senhor no sistema comporta-se com seu senhor no sistema feudal.feudal.

B. a mesura – obriga o trovador a conter seus B. a mesura – obriga o trovador a conter seus sentimentos e a nunca revelar o nome da sentimentos e a nunca revelar o nome da mulher, que muitas vezes é casada.mulher, que muitas vezes é casada.

Como consequência dessa convenção, a Como consequência dessa convenção, a mulher torna-se um ser inatingível, idealizado. mulher torna-se um ser inatingível, idealizado.

Page 14: Trovadorismo e humanismo

A Cantiga de Amigo

Eu-lírico - uma mulher (mas o autor era masculino, devido à sociedade feudal e o restrito acesso ao conhecimento da época), que canta seu amor pelo amigo (amigo = namorado),

• Outra diferença da cantiga de amor, é que nela não há a relação Suserano x Vassalo, ela é uma mulher do povo. Muitas vezes tal cantiga também revelava a tristeza da mulher, pela ida de seu amor à guerra.

Page 15: Trovadorismo e humanismo

Examine essa cantiga Examine essa cantiga adaptada para a adaptada para a linguagem atual.linguagem atual.Ai ondas do mar de VigoAi ondas do mar de VigoSe vistes o meu amigo.Se vistes o meu amigo.Dizei-me: voltará cedo?Dizei-me: voltará cedo?

Ondas do mar levantadoOndas do mar levantadoSe vistes o meu amado,Se vistes o meu amado,Dizei-me: voltará cedo?Dizei-me: voltará cedo?

Se vistes o meu amigo,Se vistes o meu amigo,Aquele por quem suspiro,Aquele por quem suspiro,Dizei-me: voltará cedo?Dizei-me: voltará cedo?

Se vistes o meu amado,Se vistes o meu amado,Que me pôs neste cuidado,Que me pôs neste cuidado,Dize-me: voltará cedo? (CORREIA, Natália, op. Cit.,p. Dize-me: voltará cedo? (CORREIA, Natália, op. Cit.,p.

76)76)

Page 16: Trovadorismo e humanismo

1. quem fala é a mulher, referindo-se 1. quem fala é a mulher, referindo-se ao ao amigo ( namorado ou amante)amigo ( namorado ou amante)

2. quando não se dirige diretamente ao 2. quando não se dirige diretamente ao amante, a mulher dirige-se a à sua amante, a mulher dirige-se a à sua mães, aos irmãos ou à natureza.mães, aos irmãos ou à natureza.

3. inspiração popular, ambiente rural ou 3. inspiração popular, ambiente rural ou marinho.marinho.

4. evidencia o amor físico e não só 4. evidencia o amor físico e não só espiritual.espiritual.

Tema: ausência do amado, que Tema: ausência do amado, que abandonou a namorada por causa de abandonou a namorada por causa de outra mulher ou para participar de outra mulher ou para participar de guerras.guerras.

Page 17: Trovadorismo e humanismo

A Cantiga de Escárnio

Eu-lírico - sátira a alguma pessoa. Sátira indireta, cheia de duplos sentidos. feitas para dizer mal de alguém, por meio de ambigüidades, trocadilhos e jogos semânticos, num processo que os trovadores chamavam "equívoco".

• A cantiga de escárnio exigindo unicamente a alusão indireta e velada, para que o destinatário não seja reconhecido, estimula a imaginação do poeta e sugere-lhe uma expressão irônica, embora, por vezes, bastante mordaz.

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Cantiga de Maldizer

Traz uma sátira direta e sem duplos sentidos. É comum a agressão verbal à pessoa satirizada, e muitas vezes, são utilizados até palavrões. O nome da pessoa satirizada pode ou não ser revelado.

Page 19: Trovadorismo e humanismo

Nas cantigas satíricas, os Nas cantigas satíricas, os trovadores zombavam alguém, trovadores zombavam alguém, não poupando nenhum grupo não poupando nenhum grupo social: clero, nobreza, povo.social: clero, nobreza, povo.“ “ Ai, dona feia, foste-vos queixarAi, dona feia, foste-vos queixarDe que nunca vos louvo em meu trovar;De que nunca vos louvo em meu trovar;E umas trovas vos quero dedicarE umas trovas vos quero dedicarEm que louvada de toda maneiraEm que louvada de toda maneiraSerei, tal é o meu louvar:Serei, tal é o meu louvar:Dona feia, velha e gaiteiraDona feia, velha e gaiteira

Ai, dona feia, se com tanto ardorAi, dona feia, se com tanto ardorQuerei que vos louve, como trovadorQuerei que vos louve, como trovadorTrovas farei e de tal teorTrovas farei e de tal teorEm que louvada de toda maneiraEm que louvada de toda maneiraSerei, tal é o meu louvor:Serei, tal é o meu louvor:Dona feia, velha e gaiteira.” CORREIA, Natália, op. Cit. Dona feia, velha e gaiteira.” CORREIA, Natália, op. Cit.

P. 137P. 137

Page 20: Trovadorismo e humanismo

Trovadores

Afonso Sanches • Aires Corpancho • Aires Nunes • Bernardo Bonaval • Dom Dinis • D. Pedro, Conde de Barcelos • João Garcia de Guilhade • João Soares de Paiva ou João Soares de Pávia • João Zorro • Paio Gomes Charinho • Paio Soares de Taveirós (Cantiga da Garvaia) • Meendinho • Martim Codax • Nuno Fernandes Torneol

Page 21: Trovadorismo e humanismo

Na prosa – Novelas de Na prosa – Novelas de CavalariaCavalaria

Page 22: Trovadorismo e humanismo

Aventuras dos cavaleiros medievais que Aventuras dos cavaleiros medievais que se distinguiam pela coragem, lealdade se distinguiam pela coragem, lealdade e castidade, tudo de acordo com os e castidade, tudo de acordo com os padrões cristãos.padrões cristãos.

Traduzidas do francêsTraduzidas do francês Autoria desconhecidaAutoria desconhecida Circulavam como verdadeira Circulavam como verdadeira

propaganda das Cruzadas, para propaganda das Cruzadas, para estimular a fé cristã e angariar o apoio estimular a fé cristã e angariar o apoio da população ao movimento.da população ao movimento.

Amadis de Gaula e A demanda do Amadis de Gaula e A demanda do Santo Graal- mais populares entre os Santo Graal- mais populares entre os portugueses.portugueses.

Page 23: Trovadorismo e humanismo

HumanismoHumanismo

Page 24: Trovadorismo e humanismo

A visão teocêntrica A visão teocêntrica medieval expressa medieval expressa através da arte- estilo através da arte- estilo góticogótico Verticalização das formas, pureza Verticalização das formas, pureza

das linhas e a simplicidade da das linhas e a simplicidade da ornamentação, tinha o objetivo ornamentação, tinha o objetivo de expressar a harmonia divina e de expressar a harmonia divina e a aproximação do ser humano a aproximação do ser humano com Deuscom Deus

Page 25: Trovadorismo e humanismo

As torres As torres agulhadas, agulhadas, apontando para apontando para o céu, indicam a o céu, indicam a supremacia do supremacia do plano espiritual plano espiritual sobre o terreno: sobre o terreno: para o céu para o céu estava voltado o estava voltado o pensamento do pensamento do homem homem medieval.medieval.

Page 26: Trovadorismo e humanismo

Rostos sem Rostos sem expressão, o expressão, o olhar fixo, as olhar fixo, as vestes retas, a vestes retas, a ausência de ausência de curvas, tudo curvas, tudo parece negar a parece negar a natureza carnal natureza carnal do ser humano, do ser humano, elevando-o ao elevando-o ao plano espiritual- plano espiritual- esculturas em esculturas em estilo gótico da estilo gótico da fachada da fachada da catedral de catedral de Chartres, Chartres, Frence.Frence.

Page 27: Trovadorismo e humanismo

O O lamento pela morte de Cristo, lamento pela morte de Cristo, Niccolà dell'Arca Niccolà dell'Arca (1463). Com o Humanismo, as imagens estáticas (1463). Com o Humanismo, as imagens estáticas da arte gótica dão lugar ao movimento e à da arte gótica dão lugar ao movimento e à emoção, como pode ser verificado na extrema emoção, como pode ser verificado na extrema

dramaticidade da cena retratada.dramaticidade da cena retratada.

Page 28: Trovadorismo e humanismo

Humanismo

Nome que se dá à produção escrita histórica literária do final da Idade Média e início da Moderna.

• Três atividades mais destacadas compuseram esse período:

– a produção historiográfica de Fernão Lopes;

– a produção poética dos nobres, por isso dita Poesia Palaciana; e

– a atividade teatral de Gil Vicente.

Page 29: Trovadorismo e humanismo

No final do século XV , a Europa passava por grandes

mudanças: – invenção da bússola; – expansão marítima; – desenvolvimento do comércio com a

substituição da economia de subsistência; – crescimento urbano; – florescimento de pequenas indústrias; e – mudanças econômicas provenientes do

Mercantilismo, inclusive o surgimento da burguesia .

Page 30: Trovadorismo e humanismo

Características

Culturalmente, a melhoria técnica da imprensa propiciou uma divulgação mais ampla e rápida do livro;

• O homem desse período passa a se interessar mais pelo saber , convivendo

com a palavra escrita; e • O homem adquire novas idéias e

outras culturas como a greco-latina.

Page 31: Trovadorismo e humanismo

PROSA DOUTRINÁRIA

– (incluíam a atitude de transmitir ensinamentos sobre certas práticas diárias , e sobre a vida )

• Aumento de interesse pela leitura: – Crescimento da cultura; – surgimento de bibliotecas; – intensificação de traduções de obras religiosas e profanas; – O envolvimento com o saber atinge também a

nobreza; – crônicas históricas passam a ser escritas pelos próprios reis como D. João I , D.Duarte e D. Pedro .

Page 32: Trovadorismo e humanismo

POESIA PALACIANA

o Mercantilismo modificou o gosto literário do público , diminuindo-o quanto à produção lírica;

• poesia enfraquecida durante um século ;

• Em Portugal , graças à preferência do rei D.Afonso V ( 1438-1481) , abriu-se um espaço na corte lusitana para a prática lírica e poética;

• Sobreviveu em Portugal e recebeu o nome de Poesia Palaciana , também identificada por quatrocentista.

Page 33: Trovadorismo e humanismo

Certa limitação quanto aos conteúdos: – autores , nobres e fidalgos , abordavam apenas realidades palacianas ; – O amor era tratado de forma mais

sensual do que no Trovadorismo; –menos intensa a idealização da mulher; – neste gênero poético , ocorre a sátira; – Formalmente são superiores à poesia trovadoresca.

Page 34: Trovadorismo e humanismo

A diferença mais significativa em relação às cantigas do Trovadorismo é que as poesias palacianas foram desligadas da música , ou seja , o texto poético passou a ser feito para a leitura e declamação , não mais para o canto .

Page 35: Trovadorismo e humanismo

AUTORES

• FERNÃO LOPES – prosa historiográfica

• GIL VICENTE- teatro

Page 36: Trovadorismo e humanismo

O nascimento do O nascimento do TeatroTeatro O teatro vicentino mostra com maior O teatro vicentino mostra com maior

clareza o espírito da época, ou seja a clareza o espírito da época, ou seja a transição do teocentrismo medieval transição do teocentrismo medieval para o antropocentrismo renascentista.para o antropocentrismo renascentista.

Nenhuma classe social escapou da Nenhuma classe social escapou da crítica Gil Vicente, que coloca em cena crítica Gil Vicente, que coloca em cena fatos reveladores da degradação dos fatos reveladores da degradação dos costumes, da imoralidade de muitos costumes, da imoralidade de muitos religiosos da corrupçãoreligiosos da corrupção

Page 37: Trovadorismo e humanismo

Produção de Gil Produção de Gil VicenteVicente Autos ( peças Autos ( peças

de caráter de caráter predominantpredominantemente emente religioso)religioso)

Farsas (peças Farsas (peças cômicas cômicas curtas)curtas)

Page 38: Trovadorismo e humanismo

Características do Características do teatro vicentinoteatro vicentino 1.personagens: tipos representativos 1.personagens: tipos representativos

das classes sociais da época, das classes sociais da época, identificados pela ocupação que identificados pela ocupação que exercem ou por algum traço social exercem ou por algum traço social ( compõem um painel da sociedade da ( compõem um painel da sociedade da época, apenas reproduzem época, apenas reproduzem comportamentos que aparecem na comportamentos que aparecem na coletividade.coletividade.

Tem a finalidade de ensinar como ser Tem a finalidade de ensinar como ser bom cristão.bom cristão.

Page 39: Trovadorismo e humanismo

2. concepção religiosa: critica os 2. concepção religiosa: critica os maus cristãos, prega um maus cristãos, prega um cristianismo mais humanizado e cristianismo mais humanizado e mais próximo do povo.mais próximo do povo.

3. crítica social: crítica ao adultério, 3. crítica social: crítica ao adultério, a falta de sentimento religioso, a a falta de sentimento religioso, a hipocrisia, o excessivo apego aos hipocrisia, o excessivo apego aos bens materiais, a vaidade.bens materiais, a vaidade.

Page 40: Trovadorismo e humanismo

4. os efeitos cômicos: decorre não só 4. os efeitos cômicos: decorre não só das situações criadas, mas também da das situações criadas, mas também da linguagem das personagens que linguagem das personagens que incorpora trocadilhos, ditos populares, incorpora trocadilhos, ditos populares, blasfêmias, grosserias, insultos e até blasfêmias, grosserias, insultos e até palavrões.palavrões.

5.pobreza de cenários: os ambientes 5.pobreza de cenários: os ambientes em que as peças não passam por em que as peças não passam por grandes mudanças.grandes mudanças.