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1 CURSO OUVIDORIAS PÚBLICAS NA ESFERA MUNICIPAL Módulo 2 – Estudo de Caso: Ouvidoria do TCE-RS Trocando Experiências: Case da Ouvidoria do TCE-RS Ouvidoria do TCE, junho de 2016. 1. Processos da Ouvidoria do TCE-RS 2. Sistema de Controle e Gestão da Ouvidoria do TCE-RS 3. Relatório de Desempenho da Ouvidoria do TCE-RS ____________________________________________________________________________ 1. Processos da Ouvidoria do TCE-RS http://www1.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/ouvidoria A Ouvidoria é mais um canal de comunicação do Tribunal de Contas colocado à disposi- ção do cidadão, jurisdicionados e demais interessados para comunicação de denúncias, irre- gularidades, fraudes, críticas, sugestões, informações sobre atos de agentes públicos, ou sobre os serviços por ele prestados, tanto da esfera estadual ou municipal. Neste sentido, tendo a comunicação como aliada, a Ouvidoria trata as questões atinen- tes à jurisdição do Tribunal de Contas, abrangendo, em especial, o correto uso dos bens, va- lores e recursos públicos, bem como a conformidade legal a ser observada nos proce- dimentos licitatórios, concursos públicos e demais atividades realizadas no âmbito da ges- tão da Administração Pública Estadual e Municipal.

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CURSO OUVIDORIAS PÚBLICAS NA ESFERA MUNICIPAL Módulo 2 – Estudo de Caso: Ouvidoria do TCE-RS

Trocando Experiências: Case da Ouvidoria do TCE-RS Ouvidoria do TCE, junho de 2016. 1. Processos da Ouvidoria do TCE-RS 2. Sistema de Controle e Gestão da Ouvidoria do TCE-RS 3. Relatório de Desempenho da Ouvidoria do TCE-RS ____________________________________________________________________________

1. Processos da Ouvidoria do TCE-RS

http://www1.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/ouvidoria

A Ouvidoria é mais um canal de comunicação do Tribunal de Contas colocado à disposi-ção do cidadão, jurisdicionados e demais interessados para comunicação de denúncias, irre-gularidades, fraudes, críticas, sugestões, informações sobre atos de agentes públicos, ou sobre os serviços por ele prestados, tanto da esfera estadual ou municipal.

Neste sentido, tendo a comunicação como aliada, a Ouvidoria trata as questões atinen-tes à jurisdição do Tribunal de Contas, abrangendo, em especial, o correto uso dos bens, va-lores e recursos públicos, bem como a conformidade legal a ser observada nos proce-dimentos licitatórios, concursos públicos e demais atividades realizadas no âmbito da ges-tão da Administração Pública Estadual e Municipal.

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CURSO OUVIDORIAS PÚBLICAS NA ESFERA MUNICIPAL Módulo 2 – Estudo de Caso: Ouvidoria do TCE-RS

A Ouvidoria exerce, portanto, o papel de mediadora e facilitadora entre o cidadão e a Administração Pública, procurando sempre promover uma relação equilibrada e transparente, baseada no respeito e na ética. É sua missão primordial, ouvir, recepcionar e encaminhar as demandas, bem como esclarecer dúvidas sobre as atividades da Administração Pública, en-caminhando, quando for o caso, para os respectivos Poderes e órgãos os atendimentos relaci-onados às suas respectivas competências.

1.1 Estrutura da Ouvidoria

Compete privativamente ao Conselheiro Ouvidor, exercer as atividades de Ouvidoria

no Tribunal de Contas, podendo requisitar diretamente aos jurisdicionados documentos, bem como solicitar informações visando a elucidar demandas recebidas pelo Órgão.

As atividades de competência da Ouvidoria são exercidas e coordenadas por uma assessoria criada para essa finalidade pelo Tribunal de Contas, estando servidores permanen-temente dedicados para o atendimento do telefone 0800 541 9800 e os demais para a análise, o encaminhamento e processamento das denúncias, além de receberem os cidadãos que acor-rem às instalações da Ouvidoria.

A estrutura física da Ouvidoria Pública do TCE-RS é composta de uma área para a re-cepção ao público no 3º andar do Prédio Sede do Tribunal de Contas, Rua Sete de Setem-bro nº 388 – 3º andar– Centro – Porto Alegre – RS. 1.2 Sistemática de Atendimento

Para o registro da denúncia, não é necessário identificar-se.

Todas as demandas serão verificadas. Caso o conteúdo da denúncia seja superficial ou evasivo, ficará durante 30 dias “Aguar-

dando Informações Complementares”, para que através da opção “Complementar dados da Denúncia”, do site do TCE, o denunciante possa acrescentar informações (relação ou nome dos envolvidos, quando e onde ocorreram os eventos - serviços, editais, dentre outros dados). Vencido este prazo sem a devida complementação, a denúncia será arquivada.

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Caso as informações prestadas identificam e descrevem fatores de criticidade e/ou rele-vância com os itens a serem verificados pelo Tribunal de Contas, questionamentos, cujo teor poderia ser comprovado mediante verificação ou exame dos fatos, a denúncia será encaminhada à Unidade de Controle Interno do jurisdicionado, para fins de avaliação preliminar e fiscalização dos agentes púbicos, bem como de eventual tratamento a ser dado pelas auditorias do TCE prevista no Plano Operativo anual. (Monitoramento Ativo – Passivo)

O resultado da averiguação da Unidade do Controle Interno ou da Auditoria é repor-

tado à Assessoria da Ouvidoria, que disponibiliza resposta externa ao demandante através da Internet.

Posteriormente, as denúncias confirmadas e incluídas nas Contas dos Administrado-

res responsáveis podem ser acompanhadas até o seu julgamento, pelo número do pro-cesso no link "Consulta Processual Pública".

As denúncias que por recomendação aos Administradores foram sanadas ou que não com-

provam a irregularidade e prejuízo será arquivado. Todo o andamento está disponível no Portal TCE.

Volume de Demandas do TCE-RS:

1.247 1.354

3.715

4.863

7.977 7.160

8.013

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

Ano de2009

Ano de2010

Ano de2011

Ano de2012

Ano de2013

Ano de2014

Ano de2015

Em 2015 Paraná 1.770 Santa Catarina 1.109 Minas Gerais 720 Piauí 590 Pará 246

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Equadra-mentos

2009 %

2010 % 2011 %

2012 %

2013 % 2014 % 2015 %

Pessoal 464 37,2 500 36,9 1.394 37,5 1.633 33,6 3.674 46,1 2.531 35,4 2.638 32,9

Diversos 93 7,5 167 12,3 586 15,8 844 17,4 1.349 16,9 1.654 23,1 1.523 19,0

Licitações 190 15,2 181 13,4 582 15,7 600 12,3 835 10,5 727 10,2 772 9,6

Concurso Público 91 7,3 83 6,1 248 6,7 409 8,4 494 6,2 390 5,5 476 5,9

Controle Patrimo-nial

33 2,7 32 2,4 129 3,5 220 4,5 462 5,8 468 6,5 379 4,7

Contrata-ção de Empresas

48 3,9 44 3,3 174 4,7 153 3,2 249 3,1 295 4,1 229 2,9

Constru-ção/Obras

20 1,6 24 1,8 72 1,9 99 2,0 127 1,6 151 2,1 152 1,9

Prestação de Servi-ços

9 0,7 4 0,3 14 0,4 34 0,7 52 0,7 83 1,2 88 1,1

Prestação de Contas - - 2 0,2 17 0,5 64 1,3 67 0,8 67 0,9 86 1,1

Transpor-te Passa-geiros

6 0,5 13 1,0 23 0,6 25 0,5 98 1,2 71 1,0 72 0,9

Aplicação de Recur-sos

66 5,3 60 4,4 91 2,5 120 2,5 57 0,7 41 0,6 53 0,7

Ordem Cronoló-gica

13 1,0 11 0,8 13 0,4 37 0,8 22 0,3 36 0,5 31 0,4

Em classi-ficação * 214 17,2 233 17,2 372 10,0 625 12,9 491 6,2 646 9,0 1.514 18,9

Total 1.247 100 1.354 100 3.715 100 4.863 100 7.977 100 7.160 100 8.013 100

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2. Sistema de Controle e Gestão da Ouvidoria do TCE-RS

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2.2 Programa de Rádio TCE Cidadania - Ferramen-tas disponibilizadas pelo TCERS que estimulam o controle social

http://radio.tce.rs.gov.br/2016/10/04/qualquer-cidadao-pode-denunciar-irregularidades-na-administracao-publica/

2.3 A Proteção ao Denunciante e Sigilo

2.3.1 Proteção Denunciante – Legislação dos TCEs ACRE

Resolução nº 068/2010

ALAGOAS Resolução Normativa nº 009/2006

Nada consta na Norma (Site) DENÚNCIA FEITA POR PESSOA ANÔNIMA: As denúncias anônimas não serão conhecidas. No entanto, o Tribunal poderá valer-se de suas informações para a realização de auditorias e inspeções de sua competência. A tramitação da denúncia é sigilosa, enquanto não for proferida, a respeito, decisão definitiva des-te Tribunal. Após a conclusão da apuração, competirá ao Tribunal decidir se deve ser mantido o sigilo com relação ao autor da denúncia.

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AMAPÁ Resolução Normativa nº 142/2011

Art. 7º. O cidadão comunicante deverá expor fatos certos e determinados deven-do, sempre que possível, identificar-se adequadamente e apresentar provas ou indícios de irregularidades. AMAZONAS Não Localizada Norma (No site) As manifestações (demandas) podem ser identificadas, identificadas com sigilo, ou anônimas, sendo preferencialmente identificadas, com sigilo ou não, para que o cidadão usuário receba sua resposta e possa fornecer maiores informações ou meios de prova, se necessários. BAHIA

RESOLUÇÃO N.º 045/2001 E 066/2008

Art. 13C - O cidadão poderá apresentar suas demandas ou informações em sigi-lo, até decisão definitiva da matéria. § 1° - Quando solicitado pelo seu autor, será resguardado o sigilo da autoria da demanda ou informação fornecida. § 2º - No caso de a demanda ou informação em anônimo possuir elementos sufi-cientes à sua apuração, esta deverá ser providenciada pela Ouvidoria, mediante pronunciamento fundamentado, até a sua conclusão. Art. 13E - Serão registradas na Ouvidoria todas as queixas prestadas pelos cida-dãos, com ou sem identificação de autoria. § 1º - As queixas e informações formuladas com ausência de elementos suf cien-tes para sua apuração poderão ser complementadas, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da ciência desses fatos ao seu autor. § 2° - Decorrido o prazo para a complementação da queixa ou informação, sem manifestação do autor, a comunicação será arquivada, mediante pronunciamento fundamentado. Espírito Santo

RESOLUÇÃO TC Nº. 274, DE 27 DE MAIO DE 2014

Art. 7º... I – identificada, sem solicitação de sigilo; II – identificada, com solicitação de sigilo; III – anônima. Parágrafo único. Será assegurado o sigilo da autoria sempre que solicitado ou quando necessário, garantindo a todos os informantes um caráter de discrição e de confidencialidade. Art. 8º Todas as demandas da Ouvidoria, identificadas ou não, além daquelas grafadas com sigilo, serão registradas eletronicamente em sistema próprio de gerenciamento de dados. Art. 10º Serão informadas a todos os usuários da Ouvidoria as providências ado-

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tadas em suas respectivas manifestações, salvo quando não houver identificação do autor. Art. 21. A manifestação será sumariamente encerrada, com o arquivamento pro-movido pelo Ouvidor, quando: I - trouxer conteúdo inapropriado; II - contiver palavras de baixo calão; III - apresentar conteúdo e autoria em duplicidade com demanda anteriormente registrada; IV - for manifestamente inconsistente.

DISTRITO FEDERAL

Lei Distrital nº 5.286, de 30 de dezembro de 2013

Não localizado na Norma Nome: Preenchimento Obrigatório (site) Goiás

Não Localizada Norma

Opção de Sigiloso – Sim ou Não no Site

Mato Grosso

LEI N° 7.730, DE 31 DE OUTUBRO DE 2002

Art. 11º. O chamado classificado como reclamação, crítica, sugestão, ou elogio, será encaminhado à unidade competente, para as providências cabíveis a serem adotadas pela Administração. §1º Nos casos de solicitação de informação ou dúvida, para que sejam adotadas as mesmas medidas, é imprescindível que o cidadão forneça algum meio de con-tato para que a Ouvidoria Geral possa comunicar aos cidadãos as respostas ado-tadas para as suas demandas. Art. 12. O chamado classificado como uma comunicação de irregularidade será encaminhado ao Assistente Jurídico da Ouvidoria Geral, para verificar a presença dos requisitos regimentais. § 1º Se constatado que os fatos alegados pelo cidadão não preenchem os requi-sitos regimentais, a este será oportunizado, através do meio de contato forneci-do, a possibilidade de complementar a manifestação realizada, no prazo de 48 horas. Caso contrário, o chamado será encaminhado à (ao) Secretária (o) Execu-tiva (o) da Ouvidoria Geral, para arquivamento, comunicação ao cidadão e ano-tação no livro de controle da Ouvidoria. § 2º Constatada a presença dos requisitos regimentais, o chamado receberá um número de protocolo. 2.4 Quanto à identificação do comunicante (No site): 2.4.1 Identificado: quando o comunicante informa um meio de contato (e-mail, telefone, endereço) ou fornece todos os dados solicitados. 2.4.2 Sigiloso: quando o comunicante se identifica, mas solicita que seja guarda-do sigilo dos dados pessoais fornecidos. 2.4.3 Anônimo: quando o comunicante não se identifica ou não fornece qualquer

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meio de contato.

Pará

Ato 68/2014

Art. 13. Será garantido a todos os usuários da Ouvidoria o retorno das providên-cias adotadas a partir de sua intervenção e dos resultados alcançados, salvo quando não houver identificação do autor. Parágrafo único. Será assegurado o sigilo da autoria sempre que solicitado ou quando necessário, garantindo a todos os informantes um caráter de discrição e de fidedignidade ao que lhes for transmitido. 2.2.2. Quanto à Identificação do Demandante (No site) Todas as demandas são classificadas de acordo com as categorias discrimina-das abaixo: Anônima: Quando o manifestante não se identifica e não informa um meio de contato. Identificada: Quando o manifestante se identifica e/ou informa um meio de conta-to (e-mail, telefone, endereço). Sigilosa: Quando o manifestante se identifica (informa um meio de contato), con-tudo, solicita o sigilo sobre sua identificação, ou quando a ouvidoria entende ser necessário adotar esse procedimento. Paraná

Resolução nº 06, de 26/11/2006

3.2.4 Quanto à identificação do solicitante a) Atendimentos identificados: Manifestações nas quais o cidadão se identifica ou a Ouvidoria pode determinar sua a origem, em função das informações prestadas pelo cidadão, no cadastro do sistema informatizado (nome,e-mail, telefone, ende-reço); b) Atendimentos sigilosos: Manifestações nas quais o cidadão se identifica ou a Ouvidoria pode determinar a sua origem, gravadas, contudo, com pedido de sigi-lo pelo cidadão, via opção do sistema ou declaração registrada em sua manifes-tação. Neste caso, o gestor do atendimento, grava no sistema de modo sigiloso, no sistema informatizado. O Ouvidor e/ou o servidor responsável pela Ouvidoria poderá, quando necessário, gravar com sigilo as manifestações; c) Atendimentos anônimos: solicitante não se identifica intencionalmente, ou a Ouvidoria não tem elementos para determinar o nome e pré nome do registro civil, respectiva documentação pessoal e domicílio. Anote-se que destes registros, 824 atendimentos foram realizados de forma iden-tificada, 760 de forma anônima e 186 de forma sigilosa. Pernambuco

Resolução T.C. Nº 0015/2010

Não localizado na Norma – (site) 2.4. Para entrar em contato com uma Ouvidoria é necessário me identificar? Não. O cidadão poderá optar pelo anonimato ou fornecer seus dados pessoais

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para contato e envio de resposta solicitando o sigilo dos mesmos. A Ouvidoria têm o dever ético e legal de resguardar o sigilo solicitado. Rio Grande do Norte

RESOLUÇÃO Nº 006/2008 – TCE, DE 17 DE ABRIL DE 2008.

Art. 5º Todas as demandas encaminhadas à Ouvidoria serão registradas em sis-tema informatizado de gerenciamento de dados, onde receberão numeração própria para acompanhamento da tramitação. Parágrafo único. Serão rejeitadas, liminarmente, quaisquer manifestações apócri-fas ou anônimas encaminhadas a Ouvidoria, assegurando-se, porém, o sigilo da autoria sempre que solicitado ou quando necessário. Rio de Janeiro

RESOLUÇÃO Nº 276 7 de maio de 2013.

Art. 5º A OUVIDORIA não receberá manifestações anônimas e notícias de fatos que constituam crime cuja apuração esteja no âmbito de atuação do Ministério Público ou de autoridade policial. Parágrafo único. De acordo com o caso concreto, o cidadão será orientado a co-mo proceder para formular Representação ou Denúncia ao TCERJ, na forma re-gimental. Art. 11. O sigilo da autoria da demanda poderá ser resguardado quando solicita-do pelo autor e deferido pelo Ouvidor, em virtude da relevância e particularidade do caso. Art. 13. Para recebimento e processamento da demanda deverão ser observadas as seguintes condições: I - conter nome e endereço completos do autor, bem assim a sua qualificação; II - referir-se à matéria de competência da Ouvidoria, nos termos do art. 2º desta Resolução; III - ser apresentada com clareza, contendo informações sobre a autoria, o fato e as circunstâncias; IV - Não será acolhida manifestação de conteúdo vago, impreciso ou que conte-nha notório caráter calunioso, difamatório ou injurioso. Parágrafo único. As demandas insuficientemente formuladas nos termos deste artigo poderão ser complementadas pelo autor no prazo de 10 (dez) dias, conta-do da data de sua ciência, sob pena de arquivamento. Rondônia

RESOLUÇÃO N. 122/2013/TCE-RO

Art. 6º. Os expedientes dirigidos à Ouvidoria não possuem limitação temática e poderão ser feitos pessoalmente ou por meio dos canais de comunicação eletrô-nicos, postais, telefônicos ou outros de qualquer natureza. § 1º Recebida a comunicação via postal, em caráter confidencial, será ela aberta apenas pelo Ouvidor ou por quem ele, em ato próprio, delegar. § 2º Diante do poder-dever da administração pública em controlar a legalidade e moralidade dos seus atos, as informações que, apesar de anônimas, interessa-

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rem ao Tribunal de Contas, serão recebidas e repassadas ao Relator, ao órgão ou setor respectivo, quando dotadas de plausibilidade. § 3º As informações ou manifestações constantes nos processos, órgãos e seto-res do Tribunal de Contas, depois de recebidas e analisadas pela Ouvidoria, po-derão ser repassadas ao interessado, caso este as tenha solicitado e não seja previsto sigilo. TCM do Estado da Bahia

R E S O L U Ç Ã O nº 1294/2010

Art. 7º É facultado ao cidadão apresentar sua demanda, qualquer que seja sua forma, de modo anônimo, ou solicitar seu sigilo. § 1º Caso a demanda ou a informação efetivada anonimamente possua elementos suficientes à sua apuração, esta deverá ser providenciada pela Ouvi-doria, mediante pronunciamento fundamentado. § 2º Excetuam-se do disposto no caput deste artigo as comunicações relativas a denúncias que, além de terem o anonimato vedado, conforme preceitua o pará-grafo único do art. 82 da Lei Complementar nº 6, de 06.12.91, deverão ainda ob-servar os requisitos constantes dos incisos I a V do mesmo dispositivo.

TCM do Estado do Ceará

Resolução nº 09/2011, de 13 de outubro de 2011

Art. 6º. As atividades da Ouvidoria serão desempenhadas por servidores desig-nados pelo Conselheiro Presidente, sendo o responsável denominado de Ouvi-dor. Art. 8º III - receber todas as demandas e informações, inclusive quando em anô-nimo ou com solicitação de seu autor de guarda de sigilo. Será determinada a apuração das demandas e informações em anônimo que possuir os elementos necessários à sua apuração e sempre que solicitado, será resguardado o sigilo da autoria da demanda ou informação;

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2.3.2 Recebimento e Tratamento das Denúncias Anônimas pela OGU

INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA Nº 01 CRG/OGU, 24 DE JUNHO DE 2014. Estabelece normas de recebimento e tratamento de denúncias anônimas e estabelece di-retrizes para a reserva de identidade do denunciante.

Art. 1º. Esta Instrução Normativa regulamenta o tratamento de manifestações anônimas e solicitações de reserva de identidade no âmbito dos órgãos de controle do Poder Executi-vo federal.

§ 1º Para fins desta instrução normativa, considera-se:

I - denúncia anônima: manifestação que chega aos órgãos e entidades públicas sem identificação;

II - reserva de identidade: hipótese em que o órgão público, a pedido ou de ofício, oculta a identificação do manifestante.

Art. 2º. Apresentada denúncia anônima frente a ouvidoria do Poder Executivo federal, es-ta a receberá e a tratará, devendo encaminhá-la aos órgãos responsáveis pela apuração desde que haja elementos suficientes à verificação dos fatos descritos.

§1º Recebida a denúncia anônima, os órgãos apuratórios a arquivarão e, se houver elementos suficientes, procederão, por iniciativa própria, à instauração de procedimen-to investigatório preliminar.

§ 2º O procedimento investigatório preliminar mencionado no parágrafo anterior não poderá ter caráter punitivo.

Art. 3º. Sempre que solicitado, a ouvidoria deve garantir acesso restrito à identidade do requerente e às demais informações pessoais constantes das manifestações recebi-das.

§ 1º A ouvidoria, de ofício ou mediante solicitação de reserva de identidade, deverá encaminhar a manifestação aos órgãos de apuração sem o nome do demandante, hipó-tese em que o tratamento da denúncia será o previsto no art. 2º deste normativo;

§ 2º. Caso indispensável à apuração dos fatos, o nome do denunciante será encami-nhado ao órgão apuratório, que ficará responsável a restringir acesso à identidade do manifestante à terceiros.

§ 3º A restrição de acesso estabelecida no caput deste dispositivo não se aplica caso se configure denunciação caluniosa (art. 339 do Decreto-lei n. 2.848/40 – Código Penal) ou flagrante má-fé por parte do manifestante.

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CURSO OUVIDORIAS PÚBLICAS NA ESFERA MUNICIPAL Módulo 2 – Estudo de Caso: Ouvidoria do TCE-RS § 4º A restrição de acesso estabelecida no caput deste dispositivo encontra fundamento no art. 31 da Lei n. 12.527/11, devendo perdurar pelo prazo de 100 (cem) anos.

Manifestações Anônimas nas Ouvidorias Federais e Estaduais

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2.3.3 Tratamento de Irregularidades de Denúncias – TCU

O TCU garante o sigilo da autoria de manifestações?

Em virtude de declaração de inconstitucionalidade em decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (Mandado de Segurança nº 24.405-4), o Senado Federal ( Resolução de nº 16/2006, publicado do DOU de 15/03/2006) suspendeu a manutenção do sigilo em relação à autoria de denúncias, garantido na Lei Orgânica (§ 1º do art. 55 da Lei Federal nº 8.443, de 16/07/1992) e no Regimento Interno do TCU.

O manifestante terá assegurado sigilo em relação aos seus dados pessoais e re-ceberá da Ouvidoria o número de registro para acompanhamento de sua manifestação, bem como informações quanto a ações adotadas.

Deve-se esclarecer que a denúncia formal e a comunicação de irregularidade não se confundem. A denúncia formal, realizada mediante autuação de um processo, terá seus requisitos de admissibilidade avaliados, e será apurada em caráter sigiloso, até que seja comprovada a sua procedência e somente poderá ser arquivada após a realização das diligên-cias pertinentes. Essa denúncia, que deverá versar sobre matéria de competência do Tribunal, deverá referir-se a administrador ou responsável sujeito à sua jurisdição, ser redigida em lin-guagem clara e objetiva, conter o nome legível do denunciante, sua qualificação e endereço, e estar acompanhada de indício concernente à irregularidade ou ilegalidade denunciada. A de-núncia, portanto, será sempre apreciada pelo Tribunal, após a análise, quando preenchidos os requisitos de admissibilidade.

Já a comunicação de irregularidade, encaminhada mediante, no mais das vezes, por simples mensagem à Ouvidoria do TCU, ou a alguma Unidade Técnica, comunicando a existência de alguma irregularidade, com ou sem evidências/indícios comprobatórios, carece da formalidade da denúncia. A Unidade Técnica responsável pela área objeto da comunicação avaliará as informações encaminhadas, a documentação que houver (se houver) e decidirá pela instauração, ou não, de processo de representação para analisar o que foi aponta-do.

FIM PARABÉNS PELO INTERESSE E OBRIGADO PELA LEITURA!