tribuna portuguesa julho 15

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QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 2 a Quinzena de Julho de 2010 Ano XXX - No. 1090 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual LAEF Summer Camp www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected] São Jorge Fajã da Ribeira d'Areia Fajã da Ribeira d' Areia com a Fajã do Ouvidor ao fundo - este é um dos muitos arcos exis- tentes nesta fajã, havendo ainda alguns submersos.

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Tribuna Portuguesa Julho 15

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Page 1: Tribuna Portuguesa Julho 15

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

2a Quinzena de Julho de 2010Ano XXX - No. 1090 Modesto, California$1.50 / $40.00 Anual

LAEF Summer Camp

www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

São Jorge Fajã da Ribeira d'Areia

Fajã da Ribeira d' Areia com a Fajã do Ouvidor ao fundo - este é um dos muitos arcos exis-tentes nesta fajã, havendo ainda alguns submersos.

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2 15 de Julho de 2010SEGUNDA PÁGINA

Year XXX, Number 1090, July 15th, 2010

Os Açores que temos

EDITORIAL

Os Açores estão diferentes e para muito melhor. Aqueles que passam o seu tempo no bota-abaixismo àcerca da rea-lidade açoriana, das duas uma - ou são cegos de nascença ou usam óculos 3D.É claro que se pode e se deve criticar o que de menos bom foi feito, mas não podemos passar os dias no criticismo barato, só porque não fomos nós aqueles que fizemos o que de muito bom tem cada ilha. E mais se poderia fazer se as entidades privadas tivessem a força dos numeros para poderem investir e ter o devido retorno dos seus investi-mentos. É muito difícil criar estruturas privadas em ilhas com cerca de 4 mil pessoas. Mesmo naquelas de 11 a 15 mil, será sempre dificil, por isso a quase obrigatoriedade do Governo Regional acudir a muitas coisas que nunca se-riam da sua responsabilidade, caso as nossas ilhas tives-sem maior população. Exemplo - campo de golfe.

As visitas do Governo Regional às Ilhas deveriam ser aproveitadas pelas populações e Conselhos de Ilha, não para o bota-abaixo partidário, como aconteceu outro dia, mas sim, para proporcionar uma maneira civilizada de discutir o que foi feito e oferecer ideias ao Governo para outras realidades que ele muitas das vezes não está a par.

No tempo de crise em que vivemos é deveras "chocante" ver tantas festas nos Açores a investirem em musicos de outros "planetas", que possívelmente pouco interessam às nossas gentes, havendo dentro de portas tantos bons artis-tas. jose avila

112ª Festa Anual ao Espírito Santo do Conselho Hayward Nº14 da I.E.S.

Page 3: Tribuna Portuguesa Julho 15

3FESTAS

112ª Festa Anual ao Espírito Santo do Conselho Hayward Nº14 da I.E.S.

Rainha Grande Jessica Fagundes (terceira geração de rainhas desta festa - ver foto ao lado) atirando a Pomba da Paz

Presidente Roger Brum e esposa, acompanhado pelo pároco da Igreja de Todos os Santos e directores

Rainha Grande Jessica Fagundes, aias Laurin Fagundes e Megan SarmentaRainha Pequena Nancy Padilla, aias Jaelyn Ulloa e Fatima Moreno

Rainha Santa Isabel Sierra Johnson

Os homens da rectaguarda

Irmãos Serpas - 91 e 93 anos, já nascidos em Hayward

Realizou-se nos dias 19 e 20 de Junho a 112ª Festa Anual do Divino Espírito Santo promovida pelo Conselho Hayward Nº 14 da I.D.E.S.O programa constou de novenas, procissões, tradi-cional jantar de sopas e baile a finalizar a festa.

O Presidente foi Roger Brum, Vice-Presidente Manuel Costa, Secretário Joe Menezes, Tesoureiro, João Soares, MC Alvarina Bernardo, Marshall Joe Cardoso.

fotos de Diliana Pereira

Page 4: Tribuna Portuguesa Julho 15

4 15 de Julho de 2010COMUNIDADE

O Chato do José Raposo

“Quem teve a grande desgraça De nunca aprender a ler, Sabe só o que se passa No lugar onde estiver.”

Essa é uma das quadras que se en-contra num dos livros dos meus tempos da escola primária, pen-so eu. E diria que desgraça maior

é, ainda, a daqueles que sabem ler e que põem os livros num canto ou em lugar de

destaque, para fazer vista, e a única coi-sa que leram dos mesmos foi o título na capa.

A Portuguese Heritage Publication of Ca-lifórnia fez, entre outros trabalhos, um que eu considero o mais importante, que foi a publicação e distribuição do livro sobre as festas do Espírito Santo, aqui na Ca-lifórnia. Nele contam a história dos Por-tugueses que fundaram Organizações do Espírito Santo em inúmeras cidades deste Estado e uma delas foi em Sausalito.

A minha Amiga Maria Carty fez um ex-celente trabalho sobre essa Organização e o mesmo foi inserido no livro que aci-ma mencionei. Quando no ano passado a IDESST, em Sausalito, celebrou o dia de Portugal, houve pessoas que, talvez, tenham atravessado, pela primeira vez, a ponte do Golden Gate para chegarem a Sausalito. Pois que ouvi alguns dize-rem que desconheciam por completo que tal cidade existia e que não tinham ideia nenhuma que havia ali um salão onde os Portugueses celebravam a festa do Espíri-to Santo.

Até certo ponto eu concordo que haja um ou outro Português que more em lugares que ficam a 8 ou 10 horas de distância, onde fazem a sua vida e só conhecem o lugar onde trabalham, a Igreja e o salão do Espírito Santo da sua localidade e que nunca tenham ouvido falar de Sausalito. De modo algum eu posso criticar essas pessoas, pois que elas têm, onde vivem,

tudo o que precisam para que se recordem das tradições e dos festejos que tínhamos nas nossas ilhas.

Sei que é difícil para os dirigentes dos nossos meios de comunicação social se deslocarem a todo o lugar onde haja Portu-gueses, aqui nas terras de Cabrilho, mas, quando há pessoas que estão encarrega-das de levar ao conhecimento do público Português o viver das nossas gentes, não se pode admitir que desconheçam que os Portugueses têm um salão em Sausalito há quase 125 anos. Isso é uma autêntica falta de contacto com a comunidade. Além

disso, no Marin County, onde Sausalito está localizado, há ruas com nomes como Sequeira, Roque Morais, Manuel T. Frei-tas, Borges e lugares como Terra Linda. Se bem que muitos Portugueses saíram do Marin County, por várias razões, ain-da há famílias descendentes dos pioneiros que aqui chegaram, com nomes tais como Freitas, Nunes e Silveira. E há o chato do José Raposo.

Sabor Tropical

Elen de [email protected]

Ao Sabor do Vento

José [email protected]

Num sitio da internet onde portugueses e brasileiros se congre-gam, o assunto tem

sido, ainda e infelizmente, “putas brasileiras”, como escreveu numa crônica, há uns dias, um jornalis-ta português. Bastou, para o in-cêndio! Defesas e acusações dos dois lados. Mexeu até com quem já partiu para a eternidade, pois de lá recebi um e-mail, com o se-guinte teor:

“Olá amiga, o assunto é longo. Acomoda-te! Escrevo-te porque fui chamada à presença do Chefe e incumbi-da de uma difícil missão e quero dividi-la com alguém. Levei um grande susto com o chamado. A dúvida embaraçou-me antes que meu cérebro a digerisse. Achei que tinha feito algo errado. Não que eu não erre! Reconheço que “piso na bola”, mas Ele, amoro-samente, me tem alertado sobre esse meu jeito de ferver em água fria (expressão roubada aos por-tugueses).

Sosseguei meu receio ao inteirar-me da incumbência: pesquisar os motivos de tantas discussões entre brasileiros e portugueses. Reclamações chegam de ambos os lados, argumentou. Pareceu-me preocupado, haja vista que

os ânimos se acirram. Pelo que apreendi do Seu olhar, o tempo vai fechar!

Sabe, aqui vivemos em paz ce-lestial. Portugueses e brasileiros unidos, feito unha e carne! Isso se deve à Sabedoria do Chefe que promoveu, divinamente, a har-monia. Explico: ao chegar, infor-maram-me que brasileiros ficam sob orientação dos portugueses e vice-versa. Dão-nos a prerrogati-va de escolher sob as ordens de qual famoso orientador queremos ficar. Perguntei se era penitência. Disseram que não, embora tenha notado certo riso disfarçado no canto dos lábios daquele Senhor simpático que me recebeu.

Adivinha quem escolhi! Camões, claro! Não poderia ser outro, po-rém, depois me arrependi: quem optou por Bocage, ri e se diverte o tempo todo e nós, camonianos, trabalhamos, estudamos e nas horas vagas aprendemos sobre as aventuras dos navegantes e do império português que fundaram além mar.

Camões é exigente e sisudo. Cha-ma-me a atenção pelas mínimas coisas, diz que falo gírias demais, que rio e falo alto, o que não fica bem para uma mulher e de uns tempos para cá cismou que ando

a “paquerar” o Fernando Pessoa. Devo admitir meus suspiros por aquele homem misterioso, mas, é só! Ele vive às voltas com os “seus outros EUS”!

Entretanto, o que mais irrita Ca-mões é quando misturo inglês com a nossa língua. Fica irado! No Brasil, as duas línguas se jun-tam em total desarmonia e a gente se vicia e fala errado. São out-do-ors anunciando a new fragance, o layout da comida express e deli-very, os fitness, a roupa fashion, sem falar dos programas para os computadores. Camões, por mais que eu me desmanche em moti-vos, não aceita que o brasileiro se deixe comprar e vender pelo que fala e come.

Estou aflita: descobri que vou passar a eternidade todinha com Camões. Céus! Ele só me per-

mitirá ir para outro departamen-to quando eu estiver falando a pura língua portuguesa, a que se fala em Portugal, sem gerún-dios, estrangeirismos, gírias e sem comer o final das palavras. “Tadinho”! Não tive coragem de lhe contar sobre o que as novelas brasileiras fazem por lá. Os miú-dos desaprendendo o português e juventude a passear pelos calça-dões. Cá entre nós, amiga, vai ser

uma longa eternidade até Portu-gal voltar a ser o que era... Se bem que eu tenha aprendido a aceitar Camões com seu jeitão calado e irascível. Às vezes eu o pego me olhando e coçando a barba e ou-tro dia me disse que numa hora dessas vai me levar a passear e explicar o porquê de ter escrito que o “amor é fogo que arde sem se ver”. Não entendi! Depois te conto!

Esquecia-me do motivo principal desta carta: as “putas brasilei-ras”, como se fala por lá. Camões diz que a culpa é da língua que possui palavras iguais, com sig-nificados diferentes. Não creio! No português coloquial do Bra-sil, prostituta é a mulher que faz sexo, profissionalmente, por di-nheiro (nada a impedir que sin-tam prazer) e puta, a que faz sexo só pelo prazer, com mais de um parceiro, tipo a mulher casada que tem amante. E é só no Bra-sil que isso acontece? Fala sério! Daí a revolta quando alguém se refere dessa forma às mulheres brasileiras, como se todas fossem iguais. Talvez a intenção de quem fala seja ferir mesmo. A maioria, incluindo-me, tem aversão à pa-lavra e penso que a ojeriza nas-ceu no dia em que Cabral desem-barcou no Brasil, com todos seus homens em jejum e se depararam

com as índias, belas e peladas. Será que ninguém imagina o que aconteceu? Pero Vaz de Cami-nha não relatou esses fatos (ou factos?) naquela carta, todavia, o assunto já foi matéria de pesqui-sa numa Universidade. Talvez, a partir daí, tenha nascido o amor de tantos portugueses pelas bra-sileiras e o pavor das brasileiras pela palavra em questão.

Para terminar, uma dica: avisa aos portugueses que gostam de músicas e poesias para escolhe-rem Vinicius de Moraes como Orientador. A turma dele aqui em cima, só faz cantar, escrever e admirar as garotas de Ipanema.

Chega de prosa por hoje! Obriga-da por me ler. Até mais!”

Um e-mail do além Assunto: infelizmente, o mesmo

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5COLABORAÇÃO

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno

O número de condados (conce-lhos) da Califórnia eleva-se a 58, dos quais 32 exibem nomes de origem espanhola. Os con-

dados chamados Kings, Stanislaus e Tri-nity são anglicismos e foram aplicados a rios atravessando essas áreas. Segundo a história e a tradição, o Kings River foi descoberto por exploradores es-panhóis a 6 de Janeiro, 1805, dia da cele-bração da Festa da Epifania ou dos Reis Magos. Devido a essa circunstância, pas-sou a chamar-se Rio de los Santos Reyes. O condado de Stanislaus derivou o nome do Rio Estanislao, assim chamado à memória dum guerreiro chefe nativo americano. Por sua vez, Trinity derivou de Puerto de la Trinidad, uma baía descoberta em 1775 no dia da Festa da Santíssima Trindade. No entanto, o Trinity River, que atravessa o condado, recebeu tal nome erroneamente por julgar-se desaguar no oceano junto à Trinity Bay.Há nomes de condados com som espa-nhol, mas na realidade são o reflexo de nomes nativos americanos registados em espanhol, tais como Colusa, Inyo, Mo-doc, Mono, Napa, Shasta, Sonoma, Tuo-lumne, Yolo and Yuba. Presumivelmente, Siskiyou e Tehama são derivativos dos respectivos nomes de tribos locais. A este respeito, John McGroarty anotou: “Embo-ra os significados das palavras não hajam sido definidos satisfatoriamente, contudo somos inclinados a crer serem referências às localidades onde as tribos estavam situadas”. (California, Its History

& Romance).Na lista de condados com nomes ingleses encontram-se Alpine, Butte, Glenn, Hum-boldt, Kern, Lake, Lassen, Orange, Ri-verside e Sutter. De origens estritamente espanhola são os nomes afixados aos con-dados que, de seguida, procurarei descre-ver sucintamente.

ALAMEDA derivou literalmente do espa-nhol alamo. Alameda significa, igualmen-te, um lugar arborizado com sombra, ou uma rua ladeada de árvores. No entanto, este condado ficou a dever o nome ao pri-mitivo Arroyo de la Alameda, um ribeiro ladeado de salgueiros e sicómoros.AMADOR foi o nome escolhido à me-mória, quer do sargento Pedro Amador, soldado espanhol, aventureiro e povoador, quer do seu filho, Jose Maria Amador, nas-cido em San Francisco, e que se distinguiu como soldado, mineiro, povoador, comer-ciante e mayordomo da San Jose Mission.CALAVERAS, caveiras em espanhol, de-rivou do Calaveras Creek, assim designa-do em 1808 pelo capitão Gabriel Moraga, ao deparar com grande número de caveiras espalhadas nas margens do ribeiro, cená-rio de muitos combates entre as tribos do Vale e da Sierra. CONTRA COSTA tomou o nome do ter-mo usado pelos exploradores espanhóis p’ra designar a costa oposta à Baía de San Francisco. DEL NORTE indica o norte e correspon-de à geográfica posição do condado na extremidade noroeste do estado califor-

niano. EL DORADO, evidentemente, recorda a descoberta do ouro na Califórnia em 1848. FRESNO, nome espanhol duma árvore, (freixo em português e ash-tree em inglês), serviu de nome ao condado devido à abun-dância de fresnos nessa localidade.LOS ANGELES é, francamente, uma versão bastante abreviada do original Rio de Nuestra Senora de La Reina de los Angeles de la Porciuncula (1769), e sub-sequentemente de El Pueblo de Nuestra Senora de Los Angeles (1781). Eventualmente, o pueblo ficou conhecido Ciudad de Los Angeles, donde derivou o nome do condado. No entanto, convém acentuar que a Cidade dos Anjos foi dedi-cada à intercessão da Virgem Maria, que tanto os espanhóis como os portugueses veneram com o título Nossa Senhora dos Anjos.

MADERA claramente derivou o nome devido à localidade encontrar-se rodeada de bosques e matas. MARIN curiosamente derivou duma abreviatura extraída de Bahia de Nuestra Senora del Rosario la Marinera, que lhe foi afixa em 1775 pelo capitão Juan de Ayala. Diz-se, também, que se pretendeu memo-rar o chefe nativo americano, que foi bapti-zado e chamado El Marinero (barqueiro).MARIPOSA, borboleta em espanhol, en-tronca-se numa narrativa do Frei Pedro Munoz, padre franciscano que acompa-nhou a expedição de Gabriel Moraga em 1806, descrevendo não só o encontro com uma extraordinária multidão de borbole-tas, provocando grande desconforto, bem como a aflição ocorrida a um explorador quando uma borboleta intrometeu-se-lhe no ouvido e houve dificuldade em extraí-la.MENDOCINO evolveu da homenagem atribuída quer a Antonio de Mendoza, primeiro vice-rei da Nova Espanha (Méxi-co) nomeado em 1535, quer a Antonio Su-arez de Mendoza, vice-rei de 1580 a 1583. MERCED derivou do Merced River, ori-ginalmente chamado Rio de Nuestra Se-nora de la Merced. MONTEREY, embora uma combinação das palavras espanholas monte e rey lite-ralmente significando montanha do rei, no entanto constituiu originalmente um tribu-to a Gaspar de Zuniga, conde de Monterey e vice-rei do México.

Roteiro Histórico (1)

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6 15 de Julho de 2010COLABORAÇÃO

A Foto da Quinzena

A Horta está cada vez mais bonita

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www.tribunaportuguesa.com

Cristiano Ronaldo constrói palacete no Norte de PortugalApesar de ser um segredo bem guardado uma revista portugue-sa acabou por descobrir o local onde o Cristiano Ronaldo está a construir uma luxuosa moradia a curta distancia do Parque Nacio-nal da Peneda-Gerês, no coração do Minho . Alertado pela noticia, o “repórter” da TRIBUNA que andava em férias pela sua terra natal, e a poucos quilómetros do local, não quiz perder a oportu-nidade de verificar “in loco” a veracidade da noticia da “Nova Gente” e tratou de ir até lá . Mas o leitor não pense que foi fácil. Para chegar perto do refúgio do famoso astro do Real Madrid e da seleção portuguesa e captar as fotografias da moradia, tinhamos que obter permissão para entrar num enorme e espetacular com-plexo turistico privado, de onde se pode admirar uma paisagem deslumbrante de toda a área, in-cluindo a casa do Cristiano Ro-naldo. Só com a preciosa ajuda do nosso primo Dr. José Paulo Tino-co da Silva, conhecedor como

ninguem das “back roads” da região, e depois de ter conse-guido junto dos seguranças a necessária autorização, (com o tal “jeitinho” bem português...) lá demos entrada no recinto tu-rístico. É verdadeiramente impressio-nante a paisagem paradisíaca que se nos depara. Ali a nossos pés estende-se a enorme albu-feira de Caniçada, sobre o rio Cávado, até perto das termas do Gerês e do Santuário de São Bento da Porta Aberta. Segundo a revista, Cristiano Ronaldo é um frequentador assíduo daque-la priveligiada zona, conhecida como a Suiça de Portugal, e foi em 2008 que se interessou por este negócio imobilário. Trata-se de um terreno de 5 mil me-tros quadrados onde mandou construir uma vivenda equipada com todo o conforto moderno, com 800 metros, encontrando-se neste momento em fase final de construção. Terá dois pisos, seis quartos duplos (concerteza

já a pensar em toda a familia) dois salões, sala de jogos, jacu-zzi e uma piscina climatizada

no exterior. Terá tambem uma rampa destinada a uma embar-cação, com acesso directo ao seu próprio cais. Alem destas como-didades, Cristiano Ronaldo vai dispor ainda de uma praia fluvial privativa ! Pois é meus amigos, o

dinheiro fala...Mas as fotos tambem falam por si e o leitor veja como o Ronaldo não podia ter escolhido um local melhor para a sua residencia de férias do que esta lindissima re-gião minhota.

Armando Martins

Armando e Nilza Martins e o Dr. Jose Paulo Tinoco Silva. Vista da Albufeira de Caniçada, sobre o Rio Cávado.

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7COLABORAÇÃO

Rasgos d’Alma

Luciano [email protected]

As voltas que o mundo dá!Às vezes, antes não as desse.Quando há coisa de quinhentos anos, destemidos navegadores,

nos lançámos de vento em popa por ma-res nunca dantes navegados para alem da Taprobana, nada nem ninguem nos fez pa-rar. Demos a volta ao mundo e pusémos o mundo a dar voltas com a nossa desmedida ambição de sermos os primeiros a cortar metas novas, a galgar horizontes deconhe-cidos. Para bem de chegarmos longe, lutá-mos duro e remámos feio sem nunca virar-mos a cara às adversidades nem forjarmos desculpas fáceis para os momentâneos in-sucessos que o mau tempo por vezes traz.Não foi fácil sagrarmo-nos, com valentia e destreza, campeões mundiais de circum-navegação. Os obstáculos desenhavam-se então ferozes e deveras intimidantes, mas nunca intransponíveis. Duvido que Portu-gal tenha alguma vez defrontado adver-sário tão tenebroso como era esse velho gigante Adamastor que fez das Tormentas Cabo histórico de tantas desilusões uni-versais. Engolia naus, destruia sonhos, destituia povos e demovia raças inteiras da sua arrojada ousadia de quererem ir sem-pre um pouco mais alem. Era, como hoje costuma dizer-se, um adversário de peso. Só que, nessa gloriosa era de áureas con-quistas e feitos imortais, tambem éramos bons. Muito bons mesmo!A história não mente.

As vitoriosas equipas de triunfantes ma-rinheiros, autênticos “heróis do mar”, que enviávamos para costear a Africa austral

há cerca de meio milénio, nada tem a ver com aquele desinspirado grupo de “Na-vegadores” sem rumo que há pouco de lá regressou, de orelha murcha, queixo caí-do, mãos vazias, olhar tristonho. Se antes voltávamos sempre de bandeira içada e taça erguida, parece que agora já é hábito regressarmos amuados e com desculpas a mais, que se vão reciclando nos repetitivos desaires de quatro em quatro anos.Para mim, a diferença é simples. Se antes éramos capazes de fazer tudo e mais algu-ma coisa, incluindo suar sangue e comer o amargo pão que o diabo amassou para conseguirmos com audácia os nossos am-bicionados objectivos, hoje desconfio mui-to dessa nossa irriquieta determinação em alcançarmos os golos necessários no mo-mento em eles mais contam. Bem que era preciso, mas não vi ninguem “comer rel-va” na África do Sul. O que acabámos por ver todos foi um descolorido conjunto de mimados milionários capazes de se come-rem uns aos outros sempre que o insucesso lhes bate à porta.

Bateram-nos à porta os coreanos, sem classe nem cabedal para a competição, e mandámo-los passear com um certo e escusa-

do arzinho da nossa despropositada arro-gância. Foram sete e podiam ter sido mais, mas fizeram-nos imensa falta. Contra os cotados costamarfinenses e mesmo ao de-frontarmos os nossos poderosos irmãos brasileiros, tinha-nos bastado apenas um. Um arzinho da nossa graça tinha mesmo dado um jeitão dos diabos porque, ao che-garem ”nuestros hermanos” e vizinhos

mal encarados, não lhe conseguimos dar com o jeito. Tínhamo-nos habituado a jo-gar para o empate. Quando assim é, como bem sabemos, ninguem ganha.

Por isso, perdemos à míngua. E não venham outra vez com a velha can-tiga de pôr a culpa no árbitro porque essa já cheira a mofo.Cada equipa apresenta os seus argumentos e cada qual joga com as suas armas. Acho que não soubemos usar adequadamente as nossas. Onde estava essa nossa histórica ambição de atacarmos – “…contra os ca-nhões marchar…” – para vencermos con-

victos das nossas reais capacidades?Se os nossos valentões de outras eras se tivessem decidido sempre a defender mais do que atacar, sabe-se lá se já não seríamos hoje todos espanholitos, sem lingua pró-pria para raciocinarmos em voz alta este nosso “futebólico” descontentamento.São as voltas que o mundo dá.Antes, éramos grandes, temidos, ambicio-sos, destemidos, imparáveis!Hoje, somos apenas uma pálida sombra dessa pujante imagem.Continuamos encalhados no Cabo da Boa Esperança.

Cabo das Tormentas

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8 15 de Julho de 2010COLABORAÇÃO

1600 Colorado AvenueTurlock, CA 95382Telefone 209-634-9069

Uma lágrima ao canto do olhoNão foi um, mas foram sete!!!E Portugal vibrou. Todos os Portugueses vibra-ram dentro e fora do País! O Pais dos sete cas-telos conquistados aos Mouros; Sete espadas, sete dores, num coração tão perfeito...; sete as Obras da Misericórdia; sete são os dias da se-mana; sete as Maravilhas do Mundo; sete são os Mares e os continentes do Mundo. Sete são os dons do Espirito Santo.. Sete é o número de Cristiano Ronaldo, que a fazer piruetas fez o golo mais engracado deste Mundial… que tem dado que falar, fazer correr muita tinta e muito correio electrónico em tudo o que é sítio para informação. Mas, sete foi também o numero do jogador de Espanha que com um simples golo e muita sorte afastou Portugal deste Mun-dial 2010.Quem é que não gosta que o seu país se repre-sente o melhor possível dentro e fora de casa?! Ninguém consegue ficar indiferente, ainda que Futebol não seja a modalidade para seu intei-ro gosto. Mas é algo contagiante, pelo amor, pela saudade que nos liga à terra. Compram-se bandeiras, camisolas e um sem-fim de outros acessórios que façam ilusòriamente ficar mais perto da equipa, dos jogadores de eleição e até de, virtualmente, viajar com eles na bagagem. Foi isso que presenciei. Uma loucura que pa-rece marcar a diferença de gostar muito, per-pectuar os momentos e não dar importância a mais coisa nenhuma.Um gosto depois abalado pelo desfecho final de um resultado que desiludiu a esperança. E se a partida para a África do Sul foi acompa-nhada de aplausos e palmadas nas costas, com palavras de ânimo e elogio, o regresso a Portu-gal já não foi assim. Chegaram tristes os joga-dores, marcados pelo número sete que simul-tâneamente lhes deu a victória e a derrota, e o sorriso amargo de um treinador/seleccionador acusado de ter cometido erros no acto de selec-cionar os melhores. Ninguém está imune! Há apenas que enfrentar as consequências, com valor, com humildade, sem deitar por terra o que já se fez e construíu! Temos que ser con-sistentes até no querer bem.Infeliz ao jogo, feliz ao Amor! Continuamos a gostar de Portugal na mesma e dos nossos jogadores, e mais ainda daqueles que tiveram mais genica, que antes de ganhar já cantaram o Hino Nacional com brio de gente patriótica... Ser Português é uma honra em qualquer parte do Mundo. Há que ensinar a Cristiano Ronaldo

o lindo poema da Portuguesa, para que nestas ocasiões pelo menos ele não faça a má figura que fez. Termos de ouvir os locutores-comen-tadores de qualquer estação de televisão dizer que ele foi o único jogador que não cantou o hino português, não ficou mal para os portu-gueses; tão só a ele ficou mal. Mas, o que lá vai, lá vai! Mais um facto para a História do Mundial e a Imprensa não perdoa! Quantas mais notícias, melhores vendas se farão, sobre-tudo se houver escândalo que se aproveite.Que se aproveite, houve por aqui, em Santa Clara e São José da California, o tão anunciado Congresso do Espírito Santo, que muita palavra botou. Não nas suas sete lín-guas de fogo, mas pelo menos em duas, Por-tuguês e Inglês. Vieram de todas partes! Dos Açores, Portugal Continental, Brasil, Angola, Cabo Verde, Hawai, Canadá, Estados Unidos, os Congressistas. Deveras, não sei se o Divino terá tido mais Festa do que a habitual, presumo que sim já pelo encontro saudoso e saudável entre pessoas que vieram de longe, ou se as Sôpas terão estado à altura e sabor da circuns-tância, mas muitas explicações foram dadas pelos diversos intervencionistas para chegar ao âmago da questão. Eu diria que em algumas intervenções a essência do assunto se perdeu, dando lugar a verdadeiros roteiros turísticos, e num acontecimento histórico desta nature-za, mesmo que se trate de uma Lenda, tem de haver o sentido forte da crença, a razão mais perene da existência ou presença do Espírito Santo, a verdadeira ligação do povo com a Fé. Foi o que nos transmitiu o testemunho de Evelyn DaRosa-Feliciano, de San Diego, num caso particular de doença, em que a Fé esteve presente na promessa ao Divino; do sr. Vicen-te Matos, através de Manuela Toledo Aguiar, pelo trajecto de Fé ao Espírito Santo feito em São Jorge do Katófe-Angola, que a todos dei-xou uma lágrima ao canto do olho. Muitos séculos passaram já, desde o Milagre das Rosas. Se todos os países têm lendas, o nosso prima por elas: lindas de verdade e há que preservá-las, estudando e contando en-quanto o tempo vai passando. O futuro é sem-pre muito perto para as coisas de Deus e nunca será demais ouvir falar delas pelo Pe. Heldar Fonseca Mendes e pelo escritor/poeta/ensaísta, Álamo Oliveira, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Agua Viva

Filomena [email protected]

Coroa do Espírito Santo existente no Museu Carlos Machado, Ponta Delgada, São Miguel

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9COLABORAÇÃO

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10 15 de Julho de 2010COLABORAÇÃO

Reflexos do Dia–a–Dia

Diniz [email protected]

Memorandum

João-Luís de [email protected]

IV Congresso InternacionalSobre as festividades do ES

Estava numas pequenas férias, quando passei pelo ecrã de um compu-tador e vi esta manchete

da revista Visão "Morre José Sa-ramago." Comentei com os meus colegas da passeata, em voz alta, ao ponto do moço a quem perten-cia o dito computador assegurar-me que sim, José Saramago havia morrido há dois dias. Fiquei bas-tante triste. Há anos que sou um leitor assíduo e um admirador da sua obra literária e da sua fron-talidade. Nem sempre concor-dei com Saramago, mas sempre apreciei o seu espírito crítico, a sua coragem de dizer a verdade, seja quem for, o seu estilo literá-rio. Tenho e li toda a sua obra em português, e muitas traduções para o inglês. Aos 88 anos, José Saramago deixa-nos. É que tal como ele escreveu: "a vida é bre-ve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver."Saramago foi um homem verti-cal. Tinha os seus lapsos, como todos os seres humanos, mas era extremamente fiel à suas convic-ções. O mundo precisa de ho-mens e mulheres como José Sa-ramago. O seu amigo pessoal, o teólogo brasileiro Leonardo Boff (que também não tem grandes fãs dentro da ortodoxia católica) soube sintetizar a filosofia do es-critor português mais detestado pelas chefias da igreja: "Sarama-go cultiva a espiritualidade como

sentimento do mistério do mun-do, da profundidade humana e do amor aos oprimidos." Não vou repetir o que todo o mundo sabe sobre José Sarama-go. Apenas desejo reflectir o que ele representou para um simples e inábil aprendiz da vida, a residir em Tulare na Califórnia. Foi um homem com um coração grande e um defensor das classes menos favorecidas, algo que já passou de moda, a não ser para a tal carida-de que faz bem a algumas almas e que as ortodoxias religiosas impigem como forma de salvar o mundo. Embora todos saibamos que só com justiça social se salva o mundo. Já muitos o disseram, até mesmo Jesus Cristo. Impres-sionava-me o compromisso que Saramago tinha com os margina-lizados e os esquecidos, ao pon-to de logo a seguir à tragédia do Haiti ter solicitado ao seu editor uma nova edição da "Jangada de Pedra" com o objectivo de en-tregar todos os lucros ao povo haitiano. O livro lançado com o título Uma "Jangada de Pedra" a Caminho do Haiti, citava a razão da sua publicação porque "todos temos uma obrigação." Infeliz-mente, os homens e as mulheres esquecem-se, cada vez, as suas obrigações. Com a sua morte vieram para a rua muitas manifestações. Algu-mas, as oficiais, são as que se es-perava. A direita, agora que ele

está morto, gosta dele. Mas a di-reita é sempre assim. Relembro que há meses num evento da nos-sa comunidade em que se falava emotivamente de um membro da organização que havia faleci-do, um dos seus eternos rivais, levantou-se e falou com lágrimas sobre o defunto. Temos esse de-feito: na vida um demónio, na morte um santo. Como comentei com um amigo meu: ainda tenho esperança---depois de morto, claro. Mas voltando a Saramago, o que seguiu após a sua morte foi o que era de esperar. E fico feliz por Portugal, mesmo com a febre do Mundial, ter feito uma home-nagem bastante digna. No campo literário, as mesmas quezilas e os mesmos ciúmes. Por um lado os que gostam dele como escritor e por outro os que não admiram a escrita dele. A co-munidade académica sempre se divide em relação aos escritores. Mas o mais interessante foi aqui-lo que escutei de gente que nunca o leu, mas que tem uma opinião sobre a escrita dele. Também es-tamos infestados com essa praga nas nossas comunidades. Esses pseudo-intelectuais matam-me. Dão-se ao luxo, alguns até nas nossas pequena pracetas públi-cas, de dissertarem sobre a obra de Saramago sem nunca terem lido um livro dele. Gente, que como foi dito algures, satisfaz o seu apetite literário com o bo-

letim paroquial de domingo a domingo, instantaneamente, se torna em leitores e assessores da obra de um dos mais importantes escritores em língua portuguesa e o único na nossa língua a rece-ber, até ao momento, o Nobel da Literatura. Como dizia a minha santa avó: mas que grande des-caramento!

Quem já teve oportuni-dade de visitar o es-tado de Arizona sabe que é um lugar co-

lossal. É lá que temos o Grand Canyon e outras belezas da na-tureza. Infelizmente, é também um lugar onde se pratica o pior racismo e a pior descriminação em terras americanas. Refiro-me é lei recentemente promulgada pela governadora do mesmo es-tado que é, indubitavelmente, um assalto à população hispânica da-quele estado e a quem por lá pas-seia. A lei é simples: as entida-des policias, ao pararem qualquer cidadão por qualquer infracção poderão pedir prova de cidada-nia. Tudo bem! Porém se forem parados dois indivíduos, um com olhos azuis e cabelo louro e outro mais escuro, com olhos castanhos e cabelo escuro, a qual deles será solicitado documentos? Nem se precisa pensar duas vezes, como se diz popularmente. A lei, que o governo federal e ainda bem, acaba de levar para os bancos do

tribunal é completamente dis-criminatória e não terá qualquer efeito na emigração clandestina do México e da América Cen-tral. Todos sabem que se há emigração clandestina é porque há empregos para esses emigran-tes. Daí a necessidade duma nova lei nacional de emigração, que abra o caminho para que os cerca de 12 milhões de clan-destinos tenham a possibilidade de se legalizarem e de ficarem neste país. Uma lei que coloque penalidades severas nas entida-des patronais que persistem em empregar mão de obra clandes-tina. Chegou o momento de se instituir um debate sério sobre a emigração clandestina a fim de termos, a curto prazo, uma série de leis que resolvam este dilema. É que, com cada dia que se pas-sa sem o tal debate sério, sobre este assunto, extemamente perti-nente, é dar mais possibilidades para que tenhamos ainda outros Arizonas, onde o oportunismo político ultrapassou todas as re-gras de bom senso e ficou à mer-cê dum nativismo populista que infelizmente não é novo na his-tória americana. Mas a a classe política tem responsabilidades e não pode, nunca, dar ouvidos, às vozes retrógradas, aos racistas deste país. Isso é falta de patrio-tismo. É anti-americano!

1 - Devoções & Tradições

Consciente das minhas limitações para ofere-cer uma reportagem, tipo foto-memória, dos

aspectos culturais e ‘cultoais’ que ilustraram o programa do recen-te congresso realizado em Santa Clara Valley, Califórnia (Junho 24-27, 2010), resolvi vir a terrei-ro para oferecer uma fala sucinta sobre a autenticidade das mani-festações em louvor do Espírito Santo, criadas e interpretadas por “gente da nossa gente”. Antes de penetrar na teia de con-siderações mais ou menos abs-tractas alusivas à ancestralidade das nossas tradições e devoções, gostaria de deixar registado neste ligeiro depoimento o portento-so entusiasmo organizativo da equipa que ofereceu o seu “cor-po ao manifesto” para que o IV Congresso Internacional sobre as Festas do Espírito Santo atingisse o nível de excelência amplamen-te testemunhado por milhares de pessoas, nas ruas e praças da cidade de San José (inclusivé, as duas centenas de participantes oriundos de vários pontos do glo-bo, formalmente convidados para o efeito).Não seria justo retirar ou diluir a componente religiosa do even-

to. Estamos a viver numa época do humanismo da inovação que mede o valor da vida pelo cresci-mento espiritual da humanidade. Seria aconselhável traduzir na linguagem do tempo que passa, os antigos valores receitados pela cristandade medieval: resigna-ção, caridade, puridade; veritas liberabit vos (seremos libertados pela verdade). Como há décadas nos ensinou o inesquecível Pier-reTheilhard de Cardin, continuo a suspeitar da doutrina que com-para o coração humano ao copo que se esvazia quando comparti-lha...Como peregrino adventício nas áreas de Santa Clara, San José, San Francisco (não obstante a mi-nha condição minoritária de aço-riano oriental) tive a boa ventura de permanecer em contacto direc-to com a diversidade insular e de sentir o pulsar ocidental da aço-rianidade: Sim, alegria! Alegria socializante! No contacto com a pluralidade emotiva daquele IV Congresso Internacional, senti a Redenção mais colada à ideia de libertação do que ao veredicto do sacrifício. Sabemos que a felici-dade não se deixa apanhar... mas vamos continuar a perseguir o seu imaginário perfume de astró-latra... Entretanto, ouvi alguém dar vivas à democracia do ‘pão-bento’, e falar das circunstâncias em que a ‘bandeira” da Irmanda-

de era um símbolo mais aliciante do que a própria ‘coroa’. Enfim...Vamos agora meditar no tri-pé da felicidade: tranquilidade; prazer; crescimento. Nas comu-nidades inspiradas na tradição do Divino, o mordomo não é o centro da irmandade, porque “e o ‘primeiro’servidor’ da obra em curso. A festa é do povo! Se através do policroísmo do des-file das coroações, o bisturi do eclectismo moral detecta algum rabisco vistoso de sensualidade, a convicção é a de que não existe tentativa de beliscadura espiritu-al. De resto, somos informados de que a beleza é obra do Criador (... tenho procurado não cometer o pecado da indiferença perante a genialidade providencial do Su-premo Escultor...).

2 – encruzilhada de afectos e de opiniões

O IV Congresso In-ternacional sobre as tradições e devoções em louvor do Espirito

Santo foi em boa verdade uma encruzilhada de afectos e de opi-niões.Na manifesta impossibilida-de de comentar a pluralidade e a profundidade dos trabalhos apresentados ao plenário (aliás a organização do congresso teve

o afanoso cuidado de editar em tempo útil todos os textos das comunicacões),resta realçar a preocupação por parte da equipa organizadora em garantir a igual-dade dos prerequisitos exigidos aos diferentes oradores (mesmo àqueles cuja primeira língua era o Inglês).Os painéis do Congresso servi-ram de império emocional aos representantes de Canadá, Cabo Verde, Angola, e de várias áreas do Brasil (a ilha de Santa Catari-na é vista como a “décima ilha” açoriana). A propósito, parece estarmos ainda a ouvir o sotaque brasileiro duma voz a lembrar que a devoção ao Divino desembar-cou em Santa Catarina no cora-ção dos pioneiros insulares... Pre-sentes também os representantes continentais e insulares, e ainda de várias mordomias da Florida, Hawai, Nevada, Nova Inglaterra, Rhode Island, e obviamente, da Califórnia).Falta dizer que a Igreja Católi-ca, o Governo da República e a Administração Açoriana tiveram presença interessada e actuaram com a dignidade correspondente à dimensão étnico-cultural do evento. Um parêntesis para refe-rir a presença muito significati-va da honorable Mayor de Santa Clara, e bem assim do respectivo Comandante de polícia. Por outro lado, é justo realçar a presença

infatigável da comunicação so-cial local..../.../...

P.S. – Conhecendo a eficácia or-ganizativa e a autenticidade da modéstia largamente demonstra-das pela valorosa equipa de tra-balho liderada por Tony Goulart e José Couto Rodrigues (oriun-dos do Pico e S. Miguel, respecti-vamente), não vamos inventariar os adjectivos que obviamente merecem. Vamos apenas desejar – Haja Saúde!

Deixo aqui registada a expressão tão espontânea quão sincera pro-ferida por uma congressista com sotaque brasileiro: “... só Deus conhece o tamanho da minha fé...”

...a vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver."

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11COLABORAÇÃO

Tendências coloridas estão aparecendo nas manadas produtoras de leite dos Esta-dos Unidos

Uma crescente tendên-cia no processo de ensiminação artifi-cial, e não só, está li-

teralmente mudando o panorama da indústria da agropecuária nos E.U.. As manadas estão ficando mais coloridas.Preto e branco ainda domina a paisagem,mas uma mudança gra-dual para outras cores está clara-mente em movimento. Cruzar as fêmeas “Holstein” com animais coloridos de outras cores é uma pratica geral que se estabeleceu em muitas manadas, e as suas fêmeas cruzadas são já responsá-

veis por uma avultada quantidade da produção de leite na Nação.Cherie Bayer, directora da “Ame-rican Jersey Cattle Association” numa conferência em Amarillo Texas, disse que, em 2009 uma estimativa de 6.6% tinham sido identificadas como manadas de raças misturadas. Este número é mais alto que o número de qual-quer outra raça, excepto preto-branco (Holstein) e é 135% mais alto que no ano 2000.Os números de raças cruzadas e Jersey estão aumentando, e é claramente à custa das Holsteins, ainda que estas sejam em larga escala as preferidas nos Estados Unidos (87.3 % de todas as vacas em producao).Que está por trás desta mudança de cor? Esta Directora diz que a

resposta é fácil - “Multiple Com-ponent Milk Pricing” adaptado nas “Federal Marketing Orders” em Janeiro de 2000. Os produ-tores de leite estavam na espec-tativa de como seria pago o seu leite, debaixo deste novo sistema e estavam anticipando um cresci-mento da sua produção do solidez e proteína para aumentar os pre-

ços do leite. Um outro benefício dos cruzamentos é os melhores resultados na reprodução, menos problemas nos nascimentos e lon-gevidade dos animais.Bayer diz que enquanto que não for conhecido o número exato de animais com as raças cruza-das nas nossas manadas, estas são uma significante componen-te do total e espera-se um con-tínuo crescimento. Uma razão é que maiores percentagens do

crescimento no leite produzido é transformado em larga escala em produtos manufacturados. Os aumentos na demanda continuam a ser nesses productos - maior de-mando por leite com mais alta so-lidez e proteína - com as margens de lucros incertas, os produtores são forcados a procurar alternati-vas e leite com mais alta solidez está provando ser o caminho do futuro.

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Page 12: Tribuna Portuguesa Julho 15

12 15 de Julho de 2010PATROCINADORES

Page 13: Tribuna Portuguesa Julho 15

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Page 14: Tribuna Portuguesa Julho 15

14 15 de Julho de 2010 FESTAS

Page 15: Tribuna Portuguesa Julho 15

15 FESTAS

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16 15 de Julho de 2010FESTAS

I.E.S. de San José celebra o Divino Espírito Santo há 96 anos

Em cima: as raínhas de 2009-2010: Baby Queen April da Rosa e aias Kaeli e Natalia; Junior Queen Jessica Oliveira e aias Joclynn e Alyssa; Senior Queen Ashley Meneses e aias Kylee e Frankie. Em baixo: cavaleiros e acompanhantes das raínhas; directores à saída da missa; lançamento da ‘alva pomba’ pela Junior Queen Brianna Goulart.

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17CONGRESSO

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18 15 de Julho de 2010CONGRESSO

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19CONGRESSO

IV Congresso Internacional sobre as Festas do Espírito Santo A Parada

As páginas do IV Congresso Internacional do Espírito Santo tiveram o patrocínio de Medina Construction Company de Ildeberto e Ondina Medina e Furtado Imports de António e Gina Furtado.

As delegações do IV Congresso Internacional sobre as Festas do Espírito Santo tomaram parte na parada da 96ª Festa da Irmandade do Espírito Santo (I.E.S.) de San José. Em cima: As representações dos Estados Unidos, Portugal, Brasil e Canadá.Ao lado: A Tradição Açoriana ao Divino Espírito Santo com as tradicionais rosquilhas.Em baixo: A beleza das nossas jovens raínhas das irmandades do Espírito Santo da California; a Alum Rock Avenue encerrada ao trânsito para a parada anual; as bandeiras nacionais em frente à Igreja Nacional Portuguesa das Cinco Chagas em San José.Para ver a reportagem completa do congresso, vá a www.PortugueseTribune.com e clique em ‘Latest Photos’.

Fotos de Miguel Valle Ávila

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20 15 de Julho de 2010PATROCINADORES

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21 PATROCINADORES

Page 22: Tribuna Portuguesa Julho 15

22 15 de Julho de 2010COMUNIDADE

Cães de Fila para Venda

P'ra uma casa guardar, não há nada como um cãosó precisa ele ladrar

para fugir o ladrão.

Para mais informações contactar António Carvalho 559-351-2181

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For the Children's Hospital Central CaliforniaSaturday, July 24, 2010 - 7 pm Laton Lions Rodeo Grounds

Admission $10.00 Gates open 4pmCavaleiros - Alberto Conde, João Serra Coelho e Sário CabralForcados Amadores do Aposento de Turlock e Amadores de Merced

6 Toiros de 6 GanadariasMS - JR - AC - JS - MC - JP

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23PUBLICIDADE

Outras 15 Estações Internacionais Mudam o Número do

Canal de Transmissão

SACRAMENTO, CA (Junho 29, 2010) – A Comcast da Região da Califórnia anunciou hoje o lançamento de 14 estações premium internacionais em Sacramento (consulte a lista de estações e números dos canais, abaixo). Vinte comunidades na Região da Capital (consulte a lista completa das cidades, abaixo) terão acesso à nova programação como parte de um crescente alinhamento de XFINITY TV na área Central da Califórnia, que se expandiu em resultado da recente actualização digital da Comcast de clientes do siste-ma analógico para o sistema digital. Além das novas estações, 15 estações internacionais estão a mudar de número de canal por forma a padronizarem o alinhamento dos canais através do estado, e para agruparem géneros de programação assim como canais que partilham uma língua ou país de origem idênticos (consulte a lista abaixo). No início do ano corrente, a Comcast levou a efeito uma iniciativa digital oferecendo actualizações a clientes do Expanded Basic de forma a poderem passar do sistema ana-lógico para digital e convertendo os canais a partir do 31 (inclusive) para um formato digital. A actualização digital da Comcast requereu largura de banda analógica para permitir à companhia oferecer mais produtos e serviços aos clientes como internet mais rápida, mais canais e mais conteúdo ON DEMAND. A Comcast terminou a actualização digital na Bay Area de San Francisco mas continua com o projecto em outras áreas do Centro da Califórnia que irão receber a nova programação deTV XFINITY em fases posteriores no fim do verão.

“Os nossos clientes disseram-nos que estão muito interessados na programação multi-cultural e HD, por isso estamos contentes com o aumento da nossa oferta dessas esta-ções e por oferecermos aos nossos clientes ainda mais valor como parte da actualiza-ção digital,” referiu Natalie Rouse, Directora do Departamento de Marketing Étnico da Comcast. “O lançamento destes canais insere-se na promessa feita pela Comcast aos seus clientes que através da conversão digital poderia oferecer-lhes imediatamente mais dos produtos e serviços que eles querem.”

A partir de hoje, a nova programação estará disponível para residências e empresas nas seguintes cidades: Sacramento, Antelope, Camino, Carmichael, Citrus Heights, Davis, Elk Grove, Elverta, Fair Oaks, Folsom, Galt, Gold River, Manteca, Mather, North Hi-ghlands, Orangevale, Rancho Cordova, Rescue, Roseville e Rio Linda.

Todas estas cidades receberão as 14 estações premium internacionais incluindo Antenna Satellite, Band Internacional, C1R, Deutsche Welle, GMA Life TV, MYX, PFC, RTPi, STAR India GOLD, STAR India NEWS, STAR ONE, TV Globo, tvK e VIJAY.

À medida que a Comcast processa a sua actualização digital, oferece até três peças de equipamento digital, sem custo extra, aos clientes afectados, permitindo-lhes continu-ar a receber os canais existentes juntamente com as novas estações e todos os outros benefícios da TV Digital da Comcast. Os clientes podem ligar para 1-877-634-4434 ou consultar www.comcast.com/digitalnow para obtenção do equipamento digital grátis e para mais informações sobre a actualização

14 NOVAS ESTAÇÕES PREMIUM INTERNACIONAIS

Para informações sobre a programação consulte www.comcast.com/internationaltv

Estação N. do Novo Canal

TV Globo (Português/Português do Brasil) 305PFC (Português/Português do Brasil) 306Band Internacional (Português/Português do Brasil) 307RTPi (Português) 310Antenna Satellite (Grego) 312Deutsche Welle (Alemão) 315

Channel One Russia (Russo) 325tvK* (Coreano) 332STAR India NEWS (Sul-Asiático - Hindi) 341STAR ONE (Sul-Asiático - Hindi) 342STAR India GOLD (Sul-Asiático - Hindi) 343VIJAY (Sul-Asiático - Tamil) 349MYX* (Inglês) 368GMA Life TV (Inglês + Tagalo) 370

*A MYX e a tvK estão disponíveis na Comcast Digital Preferred Tier Services

15 MUDANÇAS DE CANAIS

Estação N. do Novo Canal N. do Novo Canal

TV5MONDE (Francês) 252 317Rai Italia (Italiano) 254 319RTN (Russo) 255 324Impact TV (Russo) 256 329TV Japan (Japonês) 245 330SBTN (Vietnamita) 248 331Zee TV (Sul-Asiático) 246 336TV Asia (Sul-Asiático) 247 337SET Asia (SONY) (Sul-Asiático) 249 338STAR India PLUS (Sul-Asiático) 250 340ART (Árabe) 253 350CTI-Zhong Tian Channel (Chinês/Mandarim) 243 354CCTV-4 (Chinês/Mandarim) 244 355The Filipino Channel (Filipino) 241 367GMA Pinoy TV (Filipino) 242 369

Sobre a Comcast

A Comcast Corporation (Nasdaq: CMCSA, CMCSK) é um dos principais distribuidores nacionais de produtos e serviços de entretenimento, informações e comunicações. Com 23,5 milhões de clientes de cabo, 16,3 milhões de clientes de internet de alta velocidade e 7,9 milhões de clientes de voz digital, a Comcast está prioritariamente envolvida no desenvolvimento, gestão e funcionamento de sistemas de cabo e na entrega de conteúdos de programação.

Entre as redes de conteúdos e investimentos da Comcast incluem-se E! Entertainment Television, Style Network, Golf Channel, VERSUS, G4, PBS KIDS Sprout, TV One, 11 estações regionais de desporto dirigidas pela Comcast Sports Group e pela Comcast Interactive Media, que desenvolve e dirige os negócios de internet da Comcast incluindo a Comcast.net (www.comcast.net). A Comcast também é uma das principais detentoras da Comcast-Spectacor, que é proprietária de duas equipas profissionais, a equipa de bas-quetebol Philadelphia 76ers da NBA e a equipa de hóquei Philadelphia Flyers da NHL e uma arena enorme, multiusos em Philadelphia - o Wachovia Center e gere ainda outras instalações para eventos desportivos, concertos e outros eventos.

A Comcast lança 14 Novas Estações Internacionais em Sacramento

Inseridas no Seu Serviço de Televisão Xfinity

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24 15 de Julho de 2010TAUROMAQUIA

A pega de Michael Lopes

Quarto Tércio

José Á[email protected]

Atiro-me para o chão de contente, dou d

Quando lerem este jornal estarei na Praia da Vitória, gozando férias e tra-balhando neste jornal e no outro que há-de vir, e à espera das suas festas populares que começam a 30 de Julho.

Quero tirar o meu chapéu bem alto aos Forca-dos Amadores de Turlock pela suas actuações, quer nas Sanjoaninas, quer na Semana Cultural das Velas. Saber representar a California nos Açores e mostrar o bom que nós temos, é uma boa oferta para todos.

Fiquei com o meu chapéu enfiado na ban-deira da Monumental de Angra quando ouvi dizer que o Júri da 4ª. Corrida das Sanjoaninas, que iria apreciar as actuações dos cavaleiros, dos toiros e dos forcados, era constituído por um representante da Or-ganização, um representante dos Forcados da Tertúlia Terceirense e um representante dos Forcados do Ramo Grande. E os outros? Não teriam também direito a ter um representante? Isto não fez sentido nenhum. O Júri nunca deveria ter sido anunciado daquela maneira. O júri deve ser sempre constiuído por pessoas idóneas e aficionadas, e não por representantes de grupos de for-cados. Penso que foi um descuido dos meus amigos da organização. Mesmo errando, o júri será sempre so-berano.

O meu chapéu ficou todo esmigalhado quan-do vi diversas entidades a falharem as suas respon-sabilidades na 3ª. Corrida das Sanjoaninas. Primeiro, falhou o Cabo de Forcados da Tertulia Terceirense, ao não ter compreendido a tempo e horas que a sua maior responsabilidade era defender a integridade fisíca dos seus homens e não defender um toiro manso, mansar-rão, que não merecia o esforço dos bravos rapazes da Terceira. Segundo, errou o Director de Corridas, que muito embora tivesse mandado para dentro o toiro, não foi ouvido nem respeitado pelos forcados (excitados, em querer pegar num toiro que não merecia o seu es-forço). O Director tem sempre uma arma secreta, que não chegou a usar e foi pena - deveria ter ordenado ao director de curro para mandar abrir as portas e de lá ter saído as chocas, e se isso tivesse acontecido talvez o que que se viu depois, poderia ter sido evitado.Se ao valente forcado da Tertulia João Pedro Avila que foi para o Hospital de Angra, tivesse acontecido algo de maior gravidade, quem seria o culpado?

Quero tirar o meu chapéu, com muita ami-zade, a todos os forcados que participaram nas Sanjo-aninas 2010. Sendo eles os mais e únicos românticos da festa brava, sobre eles caiem muitas reponsabilidades, que ainda hoje, e em todo o Portugal, não são minima-mente respeitadas, em termos económicos. Ainda gos-taria de ver uma greve de forcados em todo o País, para que os nossos empresários aprendessem de uma vez por todas a respeitar os moços das ramagens coloridas.

Ponho o chapéu debaixo de mim e machuco-o todo, quando oiço dizer em alta voz que a Orga-nização das Sanjoaninas pagou fortunas aos cavaleiros vindos do Continente (em tempo de crise), e esses, trou-xeram montadas de 3ª. classe e foi o que se viu, com algumas excepções. Será isto verdade? Será isto justo para a aficion da Terceira? Como é que nos deixamos enganar? Que falta de respeito é este?Hoje, já muita gente se esqueceu disso e podemos cair no mesmo erro no ano que vem. Recordei-me então, do excelente editorial do Ildebrando Ortins, na Revista "Festa na Ilha". Vale a pena lê-lo.

Atirei o meu chapéu ao ar, ele atravessou o canal e ficou pendurado no piquinho do Pico, quando vi, com os meus olhos, a falta de quali-dade dos recortadores espanhois que foram a São Jorge. Deveriam chamar-se "saltadores" porque de recortado-res tinham muito pouco. Depois de ter ouvido "aleluias" sobre a actuação deles no Canadá, fiquei descorçoado com tanta falta de habilidade. Uma senhora a meu lado dizia: "Eles devem ser da 3ª. divisão". Dá para rir. Para não falar no novilheiro espanhol ...

Vir às Sanjoaninas dá sempre um grande gozo para quem gosta de toiros. Desde que a nossa Praça de Angra começou a sua função em 1984, tem sido sempre intenção dos responsáveis das Sanjoaninas faze-rem feiras taurinas de grande gaba-rito. Este ano, além dos artistas que por cá já passaram, tivemos a opor-tunidade de ver pela primeira vez na Terceira um dos maiores matadores de toiros do mundo - Miguel Angel Perera e o cavaleiro de alternativa português Tiago Carreiras. Também assistimos à alternativa do quinto ca-valeiro terceirense - Rui Lopes.O maior triunfo teve lugar na pri-meira corrida, quando a Miguel An-gel Perera saíu um excelente toiro de Rego Botelho, tendo saído pela Porta Grande, depois de uma grande e in-tensa faena. A maior bronca aconteceu na quarta corrida quando a organização auto-rizou, perante o pagamento de uma multa, a ganadaria de Herdeiros de Ezequiel Rodrigues, a apresentar um garraio de 370 quilos. Uma vergonha para uma feira desta categoria.

Um dos momentos mais importan-tes desta Feira foi a homenagem rea-lizada na 3ª Corrida, a um grande ho-mem dos toiros e dos cavalos - Raul Pamplona. Aficionado dos quatro costados e sempre ponto para ajudar em tudo o que se relacionava com os toiros. A homenagem foi prestada na presença de seu filho João Pamplona e netos Tiago e João, todos eles cava-leiros com provas dadas.A Ganadaria vencedora desta Feira foi a de Rego Botelho, pois apresen-tou alguns exemplares de muita classe (sexto da primeira, quinto da quarta).

No geral, e devido ao mau inverno, a apresentação dos toiros esteve abaixo das expectativas desta feira.

Os cavaleiros que trouxeram mon-tadas não condizentes com a impor-tância desta Feira viram as suas ac-tuações muitos furos abaixo daquilo que a aficion da Terceira merece. Esta falta de respeito dos cavaleiros não é nova, já tem muitos anos, por isso a organização não pode e não deve pac-tuar com estes "malabarismos" a não ser que os cavaleiros sejam pagos ao nível das montadas que trazem. Há sempre remédio para tudo. Con-tratem cavaleiros espanhois, exigin-do montadas de primeira e logo se verá os nossos cavaleiros a mudarem de ideias. Quero crer, que os nossos cavaleiros nunca ganham, nem ga-nharão tanto dinheiro em Portugal Continental, como ganham aqui na Terceira, por isso não me venham dar lições de "malabarismos".O que eles sabem a mim já me esque-ceu...

Tenho pena que o Rui Lopes tivesse aceite tourear o seu toiro de alternati-va, um toiro que se inferiorizou logo no principio da lide e que nada fez para merecer estar na arena num dia tão especial para o nosso cavaleiro terceirense. Poderia ter havido uma outra solução, já que havia dois sobre-ros. E não me venham com a história da regulamentação, pois ninguém a cumpre.

Quer o novilheiro Ruben Pinar quer o matador Antonio Ferrera fizeram o seu melhor perante os toiros que lhes saíram e pensamos que muita gente gostou. Estiveram muito toureiros.

Tiago Pamplona foi uma grande surpresa na 3ª. Corrida, pela manei-ra calma, inteligente, como toureou o seu primeiro toiro. O seu segundo não lhe deu tantas oportunidade de triunfar.O João Pamplona não esteve nos seus dias, e foi pena não ter repetido o triunfo que teve na California.

Deixei para o fim os maiores vence-dores desta feira, além do Perera - os FORCADOS.Quer os da Tertúlia Terceirense, quer os do Ramo Grande, quer os de Tur-lock, todos eles estiveram à altura das suas responsabilidades, excepto na-quela cena que já falei e que acontece de vez em quando, devido ao querer, e à vontade que os forcados têm em nunca deixarem por mãos alheias as suas responsabilidades. Mas, deve haver limites para tudo. E é aqui que os cabos de forcados têm de ter a cabeça mais fria do que o resto do seu grupo.Esta mania de não quererem deixar um toiro "vivo" na arena tem de aca-bar. A VIDA é mais importante que uma pega a um toiro que não quer ser pegado.

É importante que a nova organização para 2011 avalie o que correu bem e o que correu menos bem e como sempre, faça uma Feira à altura da nossa aficion, tendo em atenção as realidades da crise que atravessamos, além de rever com cuidado a questão das montadas de 3ª. categoria.Quem paga é quem manda, por isso, o pão e o queijo, estão nas vos-sas mãos e não nas dos empresários e cavaleiros.

Sanjoaninas 2010

4500 pessoas na Monumental de Angra mais 1680 pessoas na Internet viram esta excelente pega do Michael Lopes. Infelizmente houve uma ou duas pessoas que a não viram.

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Atiro-me para o chão de contente, dou d

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26 15 de Julho de 2010ARTES & LETRAS

Em meados do verão de 2010 aqui te-mos mais duas entrevistas do nosso amigo e distinto colaborador Afonso Quental. São com dois homens das le-tras dos Açores sobejamente conheci-dos: Marcolino Candeias, um dos nosso melhores poetas e Ermelindo Ávila, um dos nossos melhores cronistas.

abraçosdiniz

Entrevista ao Escritor

Marcolino Candeias1.ª – Nome, naturalidade, cidade e país onde reside?Marcolino Candeias. Nos Açores, de re-gresso, há mais de 12 anos; mas nasci aqui, na Terceira, donde quase não saí até aos 21 anos.

2ª- O Primeiro livro que leu?Não sei exatamente, mas... livro, a merecer esse nome terá sido a Bíblia.

3ª - Quando sentiu o chamamento para a escrita?Cedo demais. Aí pelos treze anos terei ou-sado escrever sonetos. Nada menos.

4ª - Qual é o seu género literário?Poesia.

5ª – Na escola primária era habitual ter boas classificações nas redacções?Sim. Muito boas. Era notado. No liceu também.

6.ª – Há algum livro dos seus que gosta-ria de reescrever?Não.

7.ª – Quais os livros que publicou e o mais recente?Reeditei em 2002, Na distância deste tem-po. O primeiro aos 10 anos, mas escrito aos 18: Por ter escrito AMOR. Escrevo muito pouco. Comecei cedo, a escrever muito. Depois aprendi que publicar algu-ma coisa que não envergonhe o leitor e o autor exige bastante auto-crítica e discipli-na; e aprender que tudo quanto se escreve é importante para o autor, mas não para o leitor, necessariamente. Isso exige apren-der também a decidir aquilo que – e o mo-mento – deve ir para o lixo. A humildade não nasce com o ser humano, aprende-se; é um exercício.

8.ª – Indique-me um livro de um escri-tor açoriano que gostaria de ter sido o autor?Mau tempo no canal, sem dúvida, se fala-mos de narrativa... Na poesia, não direi um livro. Mas há poemas de Roberto de Mes-quita, Pedro da Silveira e Emanuel Félix que reverencio ao mais alto grau. Perdo-em-me os que muito admiro e não mencio-no e não penso só nos vivos. Não deixarei de mencionar Eduíno de Jesus, que é um grande poeta (açoriano e não só).

9ª - Como se relaciona com outros escri-tores?Quase sempre ando muito afastado dos meios literários: por feitio, por exigências de ofício, etc. Mas, desde adolescente, que foi quando me estreei nas letras, sempre me prezei de cultivar as melhores relações e sempre me esforcei por isso, para além da minha própria natureza que a isso é propensa. Penso eu!

10.ª – Pensa enriquecer como escritor?A Poesia não me tem impedido de ter o pés na terra...

11ª – Que livro nunca recomendaria a um amigo?Não citarei nenhum, mas – valha a imagi-nação de quem ler – não recomendaria os

best-sellers que estão na berra. Alguém lê Campos Júnior? Foi um grande best-seller dos finais do séc. XIX, princípios do séc. XX. E não escrevia pior do que o atuais. Chronos, o sábio deus do Tempo – já que os homens, através dos media, se encarni-çam a fazer o contrário – selecionará os bons.

12ª - Que livro gostaria de deixar e que ainda não escreveu?De momento... nenhum.

Entrevista a

Ermelindo Avila1. Nome, Naturalidade, cidade e país onde reside?- Ermelindo dos Santos Machado Ávila, ou somente Ermelindo Ávila.- Nasci na vila das Lajes do Pico, Açores, onde sempre tenho residido.

2. Primeiro livro que leu?- Não me recordo bem, mas julgo ter sido “As Grandes Maravilhas de Fátima” do Visconde de Montelo.

3. Quando sentiu o chamamento para a escrita?- Por volta dos dezasseis anos. Escrevi uma pequena crónica para o jornal “O Dever”, que então se publicava na Calheta de S. Jorge, embora sob a direcção do seu proprietário Pe. Xavier Madruga que, ao tempo, era pároco da Candelária do Pico.

Essa crónica foi publicada a 16 de Abril de 1932.

4. Qual é o seu género literário?- Particularmente o Jornalismo, e princi-palmente a crónica e os artigos reivindi-cativos de defesa da minha terra. Gosto de escrever, também, sobre assuntos relacio-nados com a história picoense, mormente aqueles que são mais ignorados. Nunca tive inclinação para a poesia, se bem que aprecie um bom soneto ou um poema.

5. Na escola primária era habitual ter boas classificações nas redacções?- Saí da escola primária há oitenta e três (83) anos. No meu tempo não era hábito fazer redacções mas somente cópias, por causa da caligrafia e ditados, para exercí-cio da ortografia.

6. Há algum livro dos seus que gostaria de reescrever? - Talvez o “Ilha do Pico”, para desenvolver alguns assuntos nele inseridos resumida-mente. Mas, infelizmente, porque a idade não perdoa, já não me é nem será possível fazê-lo. Outros ficarão com esse encar-go...

7. Quais os livros que publicou e o mais recente? - Além de algumas separatas, publiquei “Ilha do Pico – suas origens e suas gen-tes (Notas Históricas)”, 1988; “Conven-tos Franciscanos na Ilha do Pico – (Notas Históricas)”, “Figuras & Factos” – ( No-

"TERTULIA Açoriana"Diniz [email protected]

Apenas Duas Palavras

tas Históricas), “Crónicas da Minha Ilha”, “Emigrados – Imigrantes”, “Sociedade Filarmónica Recreio Ribeirense – 1900-2000”, “Crónicas da Minha Ilha – Volume II”e “Figuras e Factos – II Volume”. Este, o último, publicado em 2005. Todavia dei a minha colaboração a alguns, como, v.g., “Balada das Baleias”.

8. Indique o livro de um escritor açoria-no de que gostaria de ter sido o autor. - Não é fácil dar uma resposta concreta a esta pergunta pois não me julgo capaz de subscrever qualquer das muitas obras pu-blicadas por autores açorianos. Pois se não me julgo escritor...

9- Como se relaciona com os outros es-critores?- Julgo que tenho um relacionamento nor-mal com todas as pessoas, das mais diver-sas actividades sociais incluindo, portanto, aqueles que são escritores. Recordo neste momento, além de outros, o Padre Xavier Madruga, que considero o meu Mestre, o escritor picoense Dias de Melo, a quem me ligava uma amizade familiar de muitos anos, o professor Emanuel Felix, já faleci-dos e dos vivos Manuel Ferreira e Daniel de Sá, além de outros mais.

10. Pensa enriquecer como escritor?- Nunca recebi qualquer quantia por aqui-lo que escrevo há setenta e oito anos. Se esperasse por algum provento da escrita, andava hoje a pedir esmola, ou estava in-ternado num asilo. Escrevo porque isso me dá prazer e é o quanto basta neste ocaso da vida.

11. Que livro nunca recomendaria a um amigo?- Não um mas algumas dezenas, pois nem tudo aquilo que se publica é capaz de en-trar em qualquer lar, e muito menos ser lido, principalmente pela juventude. Pode esta minha resposta não agradar a algum ou alguns leitores mas nada perco com isso. Cada qual tem a sua opinião, que res-peito e aceito embora não concorde com muitas.

12. Que livro gostaria de deixar e que ainda não escreveu?-Aquele que nunca fui capaz de escrever...

EntrevistadorAfonso Quental

[email protected]

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28 15 de Julho de 2010

Corrida da Festa de Santo António de Hanford

PATROCINADORES

Alberto Conde Paulo Ferreira

Forcados Amadores de TurlockForcados Amado-res do Aposento de Turlock

Ganadarias:

São Sebastião 2 ToirosAçoriana 2 ToirosTerceirense Tulare 2 Toiros

2 de Agosto de 2010, pelas 8 horas Laton Rodeo Grounds

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portuguese s e r v i n g t h e p o r t u g u e s e – a m e r i c a n c o m m u n i t i e s s i n c e 1 9 7 9 • e n g L i s h s e c t i o n

Ideiafix

Miguel Valle Á[email protected]

Parabéns e Obrigado! This is what California and the Portu-guese-American community should express to Tony Goulart and José do Couto Rodrigues for spearheading the IV Internation-al Conference on the Holy Spirit Festas. When these two brave men scheduled a meeting with a few dozen people some months ago to propose that the local com-munity get together to host this event, the details seemed over-whelming. Little by little, differ-ent organizations and individuals took responsibility for the dif-ferent elements of planning and under their leadership, the results were achieved to perfection. Not being professional conference organizers, our local community raised to the occasion.The conference participants, es-pecially those attending from Portugal, Brazil, Canada, and throughout the U.S. were amazed at the quality of everything that was presented to them. From the pre-conference tours to San Francisco and Monterey to shut-tle service from/to the airports and the hotel to the quality of the printed registration materials, ev-erything leading into the confer-ence already smelled of success.When the session opened at the S.E.S. Corporation hall in Santa Clara, a united community was there to welcome the guests with its band, foliões, and choir. The

next day, the formal presenta-tions were hosted at the sala de visitas da nossa comunidade, the Portuguese Athletic Club in San José. One by one, each presenter showcased her/his region’s tra-ditions of celebrating the Holy Spirit. I will always remember the strong emotional presenta-tions by Pascoalino Lopes Ri-beiro of Rio Grande do Sul, Bra-zil, Angelina Leandres Phelan of St. Petersburg, Florida, and our own Manuela Aguiar, who de-scribed the Holy Spirit celebra-tions in Katófe, Angola where she had been raised and the struggle to leave the country through a refugee camp in Pretoria, South Africa to catch the ‘aerial bridge’ to Portugal in November 1975. Countless embraces and tears were shared at the P.A.C., all un-der the Divine eye of the Holy Spirit. The youth was also present. Sev-enteen-year-old Anthony Perei-ra-Costa from British Columbia, Canada, is an inspiration to cur-rent and future generations. His enthusiasm and desire for knowl-edge on the subject will definitely help maintain this tradition alive on the west coast of Canada for many decades to come. The California panel broke with the mold. An all-women panel from three different generations showed that once again, Califor-nia may be ahead of the pack in

community leadership.The receptions, lunches, and din-ners were prepared by our own organizations. The attention to menu detail to avoid overlap, to the different venues, showed our visitors why our Azorean-Cali-fornian community may well be most united.I had the privilege of working with some amazing people to set up the art, photography, jewelry, crystal, ceramics, queen capes, and Holy Ghost crown exhibit that won’t soon be forgotten. Goretti Silveira, Yvette Sousa, Carlos Fagundes, Bernadine and Lionel Goularte, Helena Ol-iveira, Maxine Olson, Gina and António Furtado, Idalmiro Rosa, João Bendito, Fernanda da Silva, Angela Barcelos, Maria Ignagni, and the artists and artifact owners who contributed with them to the exhibit deserve a huge obrigado.The icing on the cake to our visi-tors was the I.E.S.’s Holy Spirit festa. Amazed at the number of irmandades on the parade, the people lining East Santa Clara Street and Alum Rock Avenue, the amount of food prepared, the color of our banners and queen capes, and the beauty of our al-most centennial church, our guests left very impressed with us. Bem hajam e que regressem sempre!

IV International Conference on Holy Spirit Festas - An Amazing Success

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30 15 de Julho de 2010PATROCINADORES

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31 TAUROMAQUIA

Forcados de Turlock nas Sanjoaninas

Luis Rouxinol, Rui Fernandes, Tiago Carreiras, Forcados da Tertulia Terceirense, Forcados Amadores de Turlock, Forcados do Ramo Grande, toiros de Rego Botelho e Casa Agricola José Albino Fernandes

Os Forcados Amadores de Turlock mais uma vez mostraram o seu valor em terras portuguesas. Pegaram dois toiros na 4ª Corrida das Sanjoaninas. Na nossa próxima edição falaremos da Feira Taurina da Semana Cultural das Velas. Embaixo à direita: Pega de George Martins Jr. A pega de Michael Lopes pode ser vista na página 24.

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