triângulo 188

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • ANO VII • QUINZENÁRIO • Nº 188 • 17 DEZEMBRO 2010 • DIRECTOR: CARLOS CARDOSO jornal regional Triângulo Amadora Loures Mafra Odivelas Vila Franca de Xira LOURES Câmara reduz apoio às colectividades Pág.10 FAMÕES Ribeira poluída é perigosa atracção para as crianças Pág.13 VENDA PINHEIRO PS e PSD trocam acusações e atrasam aprovação do Orçamento Pág.19 ALHANDRA Columbófilos querem pombais na encosta da Vila Pág.21 Pág.4 AMADORA Orçamento municipal destina 21 milhões à acção social BOAS FESTAS Boas Festas Feliz 2011

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Triângulo 188

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Page 1: Triângulo 188

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • ANO VII • QUINZENÁRIO • Nº 188 • 17 DEZEMBRO 2010 • DIRECTOR: CARLOS CARDOSO

jornal regional

TriânguloAmadora Loures Mafra Odivelas Vila Franca de Xira

LOURES

Câmara reduz apoio às colectividades

Pág.10

FAMÕES

Ribeira poluída é perigosa atracção para as crianças

Pág.13

VENDA PINHEIRO

PS e PSD trocam acusaçõese atrasam aprovação

do OrçamentoPág.19

ALHANDRA

Columbófilos querem pombais na encosta da Vila

Pág.21

Pág.4

AMADORA

Orçamento municipal destina21 milhões à acção social

BOAS FESTAS

Boas FestasFeliz 2011

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2 | 17 DEZEMBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO PUBLICIDADE

ACONTECEU...

VAI ACONTECER...

Domingo, 5 de Dezembro

ODIVELAS - A Junta de Freguesia de Odivelas em colaboração com a Paróquia de Odivelas, a Sociedade Musical Odivelense e o Instituto de Emprego e Formação Profissional promoveu um encontro de coros proporcionando à população presente na Igreja Matriz de Odivelas uma tarde agradável ao som de Cânticos de Natal. Participaram os coros “Vozes de África” – Igreja Paroquial de Odivelas, Grupo Coral Maria Gomes – Sociedade Musical Odivelense e o Coro do IEFP.

Terça, 7 de Dezembro

LOURES - A Câmara Municipal de Loures e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), assinaram amanhã, um protocolo que estabelece as condições de cooperação entre a autarquia e a AICEP, com o objectivo de desenvolver estratégias de internacionalização e criar condições favoráveis ao investimento directo estruturante.

Quarta-feira, 8 de Dezembro

AMADORA - O Fórum Luís de Camões, na Brandoa, recebeu o Masters Cidade da Amadora 2010 em Esgrima. Competiram atletas nas armas de florete e espada (masculinos e femininos), nas categorias de iniciados, cadetes, juniores e seniores. O Troféu foi organizado pela Academia de Esgrima João Gomes e contou

com o apoio da Câmara Municipal da Amadora. Além da Academia de Esgrima João Gomes, estiveram presentes o Clube Atlântico de Esgrima, Círculo de Esgrima Escola Secundária da Amadora, Sport Clube do Porto e Ginásio Clube Português.

Sábado, 11 de Dezembro

ALHANDRA - Teve lugar a 27ª edição da Feira de Artesanato e Antiguidades de Alhandra, entre as 10h e as 18h, na Praça 7 de Março, em Alhandra, uma iniciativa que se realiza todos os meses com a presença de imensos artesãos.

PÓVOA DE SANTA IRIA – O Grémio Dramático Povoense, juntamente com a Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria, associou-se à manhã de teatro que teve lugar na sede da colectividade, onde foi apresentada a peça “O Príncipe Nabo”, para famílias sinalizadas pela rede social da freguesia.

Segunda –feira, 13 de Dezembro

ODIVELAS – Está patente, até ao dia 9 de Janeiro de 2011, na Casa da Juventude de Odivelas a já tradicional Exposição de Presépios. Esta exposição conta com a participação dos Jardins-de-infância e escolas de ensino básico de 1º Ciclo.

VIALONGA – Teve lugar, no Museu da Central de Cervejas e Bebidas, o encontro “Responsabilidade Social das Empresas”, iniciativa que assinalou o 10.º aniversário da Rede Social do Concelho de Vila Franca de Xira. Estão envolvidas na Rede cerca de 150 instituições, do sector público e privado. Uma década depois do seu início, o trabalho desenvolvido assenta numa parceria alargada, que tem contribuído para o planeamento estratégico da intervenção social local, articulando a intervenção dos diferentes agentes locais para o desenvolvimento social.

Terça-feira, 14 de Dezembro

ODIVELAS- O Clube do Movimento promoveu a sua Festa de natal, no Pavilhão Multiusos de Odivelas, nas Colinas do Cruzeiro, em Odivelas. O convívio fortaleceu o conceito de grupo nesta quadra, fomentando a solidariedade.

Sábado, 18 de Dezembro

BUCELAS – A Casa do Povo de Bucelas, que está a comemorar os seus 50 anos, realiza uma tarde de música popular portuguesa, com a participação do Grupo de Cavaquinhos “Os Portáteis”, da Casa do Povo de Corroios, o Grupo de Cantares da Instituição de Apoio Social da Freguesia de Bucelas e o Coro de Música Popular da Casa do Povo de Bucelas. SANTO ISIDORO – O primeiro concerto da Orquestra Sinfónica dos Jovens de Santo Isidoro, freguesia do concelho de Mafra, tem lugar, a partir das 17 horas, na sede da colectividade “Os Unidos”.

AMADORA - Após a aprovação da candidatura do município pelas Nações Unidas, o projecto “Making Cities Resilient: Amadora is Getting Ready” vai ser publicamente apresentado à comunidade numa acção de sensibilização, informação e formação a decorrer no espaço exterior do Centro Comercial Dolce Vita Tejo, no dia 18, entre as 10 e as 18 horas.

Segunda-feira, 20 de Dezembro

MINA- Realiza-se a conferência de imprensa da 36.ª edição da São Silvestre da Amadora, iniciativa desportiva organizada pelo Desportivo Operário do Rangel, e que conta com o apoio da Câmara Municipal da Amadora. Na ocasião, o atleta lacobrigense Carlos Cabral, vencedor da São Silvestre da Amadora em 1976, será homenageado. Prevê-se ainda a presença da recém-campeã Europeia de Corta Mato, Jéssica Augusto, vencedora da prova amadorense em 2006.

SÃO JOÃO DA TALHA – Decorrem até ao dia 23 as Férias Desportivas. Numa parceria estabelecida entre a Junta de Freguesia de São João da Talha e a Associação de Pais da EB1/JI de Vale Figueira, vai ser possível praticar futebol, atletismo, andebol, ginástica, basquetebol e outras modalidades, no Pavilhão José Gouveia.

Terça-feira, 21 de Dezembro

ODIVELAS - Realiza-se no auditório do Centro de Exposições de Odivelas, o I Torneio Municipal Sénior Wii, promovido pela Câmara Municipal de Odivelas, em parceria com a Nintendo Portugal. O Torneio contará com a participação de cerca de 100 munícipes seniores do concelho de Odivelas, acompanhados pelos seus respectivos netos ou outros familiares jovens..

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 17 DEZEMBRO 2010 | 3

Tiros de pólvora seca

Em Odivelas, o PCP e o BE trocam galhardetes. O BE quer participar em todas as Comissões da Assembleia Municipal, mesmo não tendo pessoas e tempo que cheguem. Então andam para ali numa roda de substituições e mais substituições que deixaram o pessoal da CDU de cabeça tonta e a protestar contra a ilegalidade da situação, numa guerra sem quartel. No meio destes tiros todos, fica por saber quem é que ganha mais: se a CDU e o BE, ou se o poder instalado lá para Odivelas?

Vá lá a gente entendê-los

E por falar em legalidade. Os autarcas da Venda do Pinheiro puseram o PSD em sentido. Os laranjas não cumprem o estatuto de oposição e, vai daí, os rosas chumbaram o orçamento. O PS diz que a lei é para se cumprir, é para todos. O PSD refuta que são questões menores. O que vale é que PS e PSD são coerentes, em todo o lado. Na Amadora, o PSD protesta que nem uma única proposta sua foi considerada, os documentos são entregues a más horas e com falhas, não são ouvidos para nada. Ao contrário do que defende a lei...só que na Amadora o PSD é a oposição e o PS o poder...Em quem devemos acreditar?

Isto já não é ignorância!

É, é isso mesmo que estão a pensar. Nas Fontainhas, em Caneças, junto da típica fonte, existe um pequeno espaço, com mesas e bancos...só que pelos vistos há quem goste de transformar os bancos em retretes. E as fontes de Caneças são um ex-libris de Odivelas. É caso para dizer é quem deixou o cão fazer o dito cócó: só com um pano encharcado de água das Fontainhas

Pudera, está tudo em família...

Carlos Teixeira, presidente da Câmara de Loures, não escondia a satisfação. Em Bucelas, desabafou com o coração sentido “como fico agradado, porque vim aqui e não foi criticada a Câmara!”.Ali, como em quase todo o lado, ou não fossem as freguesias praticamente dirigidas...pelos seus companheiros de partido. O autarca diz que isto é que é exemplo de cooperação. Como a memória é curta. Já se esqueceu das cacetadas que ele e os seus amigos davam, falando dos bairros por legalizar, das ruas por recuperar, dos espaços verdes reduzido ao mínimo, exigindo que a Câmara cumprisse o seu papel. Só que nesses verdes anos, ainda estava na oposição. Isto de ser poder obriga mesmo a muitas voltas e reviravoltas.

O mundo dá muitas voltas

Agora outra. A Câmara acabou com o subsídio de deslocação. Era um suplemento para a rapaziada que não tinha, por razões de trabalho, possibilidade de utilizar o refeitório municipal e, desta forma, ficava discriminada. O suplemento já tinha 27 anos. Quem acaba de protestar contra esta decisão é quem menos se espera. O Sintap, afecto à UGT, ligado ao aparelho socialista anda todo esbaforido, acusando tratar-se de uma decisão ilegal e reclamando o tal de suplemento. De facto, o mundo dá muitas voltas.

ComentárioCarlos Cardoso

Rolo compressor

Ficha TécnicaAdministração, Direcção e Redacção: Rua do Adro, Nº 40 - 2625-637 Vialonga Tel: 210 996 295 Fax: 211 923 115; Correio electrónico: [email protected]; Propriedade: “Ordem de Ideias”- Cooperativa de Informação, Comunicação e Produção de Eventos; Nº de Contribuinte: 506 197 808 - Correio electrónico: [email protected] ou [email protected]; Director: Carlos Cardoso - Redacção: Carlos Cardoso; Sara Cabral; Rogério Batalha (Mafra); Colunistas: Joaquim Marques; João Milheiro; José Falcão; Oliveira Dias Colaboradores: Jaime Carita (Fotógrafo); Cultura: Dr. Arquimedes Silva Santos; Dr. Miguel Sousa Ferreira; João Filipe (Automobilis-mo) Registo de Imprensa: 124093 - Depósito Legal N.º 190970/03 - Impressão: Grafedesport; Tiragem Média: 7.500 exemplares

ABERTURA

O MELGAEm Cancun, no México, onde decorreu mais uma frustrante Cimeira sobre o ambiente, um fotógrafo foi agredido pela po-lícia e esteve detido durante uma hora, tendo as autoridades mexicanas recusado a sua custódia.Revoltados com a situação, os fotojornalistas de vários órgãos nacionais e internacionais decidiram retirar-se da Cimeira, por considerarem a detenção “arbitrária” e um ataque à liber-dade de expressão. Foi esta tomada de posição que levou a que o colega de profissão ficasse preso durante pouco tempo.Relato este acontecimento, passado há dias, porque o proble-ma da liberdade, em especial no que diz respeito à liberdade de informação, assumiu nos últimos tempos contornos preocupantes.Bem sei que nos dias que correm, em que falta o açúcar na mesa e o preço dos combustíveis dispararam, é mais fácil pensar com a barriga do que com a cabeça. As necessidades apertam e essa coisa da liberdade parece ser algo de menor importância. Infelizmente, a história já deu exemplos tristes de como tudo isto tende a terminar. Também por isso, e indo contra a corrente, se impõe falar destes assuntos. A liberdade de expressão sofreu um sério ataque, com tudo o que girou em torno do site Wikileaks. Passaram-se coisas muito, muito graves: desde a pressão do poder politico sobre empresas, que fecharam as contas à Wikileaks, à submissão do poder judicial – é escandalosa a rapidez com que as forças judiciais e policiais actuaram no caso da detenção de Assange – até à própria violação de normas básicas de respeito dos direitos humanos a que, a sua libertação condicionada não serve para branquear, ou ainda o silêncio revoltante dos mais altos responsáveis po-líticos sobre as informações que vieram a lume – nem tudo é importante, convém ressalvar -, assobiando para o lado como se nada fosse com eles.A este respeito é lamentável a atitude do presidente Cavaco Silva que, sobre este assunto, se manifestou preocupado com a fraqueza dos sistemas de informação americanos, mas nada disse sobre os voos de Guantanamo ou os estranhos negócios do líder do BCP, como se essas realidades não existissem.O Wikileaks é jornalismo puro e duro? Do meu ponto de vista não é. Mas que teve o condão de rebentar com o mundo virtual da hipocrisia, disso não há dúvidas. Daí, os horríveis ataques à liberdade de expressão. Por isso, é de saudar a atitude dos jornalistas no México, atitude infelizmente tão rara entre a classe, mas essencial para garantir um muro de resistência ao rolo compressor que se advinha.

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4 | 17 DEZEMBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO

BREVESAMADORA..............................................................................................................................

Carlos Cardoso

AMADORA

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ORÇAMENTO E GRANDES OPÇÕES DO PLANO

Amadora aposta na acção socialA acção social, a educação e a qualificação do espaço público são as grandes prio-ridades das Grandes Opções do Plano (GOP) e Orçamento para 2011 e que teve a nível da vereação camarária os votos favoráveis do PS, que dirige a autarquia, a abstenção da CDU e os votos contra do PSD. “Com uma redução de cerca de 10% relativamente ao ano anterior, o Orçamento mu-nicipal é de 103.819.132,00 euros, reflectindo o agrava-mento substancial das me-didas económico-financeiras aplicáveis à Administração Local, salientando-se em particular a redução expres-siva das Participações nos Impostos do Estado por parte das autarquias que, no caso da Amadora, ascende, por comparação com o OE 2010, a cerca de 2 milhões de euros, não esquecendo o aumento do IVA”, refere em nota de imprensa a autarquia da Amadora. Uma parte do Orçamento municipal, cerca de 21 mi-lhões de euros, destina-se à área da acção social. Em 2011, será criado um Fundo de Coesão Social, “que se destina à concessão de apoios pontu-ais às famílias para fazer face a situações de emergência social que possam surgir no quadro da actual crise econó-mica e financeira. Para este fundo de referência na área das políticas municipais de inclusão social, a Autarquia reserva em orçamento uma verba de 500 mil euros”. A Câmara Municipal da Amadora está, entretanto, “a ultimar o lançamento do Pro-grama de Apoio à Construção de Equipamentos Sociais que assegurará a comparticipa-ção em 20% do investimento promovido pela AMORAMA (Lar, Centro de Actividades Ocupacionais e Serviço de Apoio Domiciliário), pela Santa Casa da Misericór-dia (Unidade de Cuidados Continuados), Fundação AFID (creche, lar e serviço de Apoio Domiciliário) e CEBESA (Unidade de Cuida-dos Continuados e Creche). Apoios que ascendem a 1,9 milhões de euros repartidos por três anos”.

Na área da educação, o orça-mento municipal contempla investimentos na ordem dos 13 milhões de euros. A Acção Social Escolar, a Escola a Tempo Inteiro e o projecto e--Escolinhas são projectos que vão continuar. “Este último, co-financiado no âmbito do QREN/Plano Tecnológico da Educação, envolve a instala-ção de quadros interactivos que vão beneficiar um uni-verso de cerca de 8 mil alunos das escolas básicas do 1.º ciclo e 1500 crianças de jardins-de--infância”. O Ordenamento e a Qualifi-cação Urbanística e a Protec-ção do Meio Ambiente, são responsáveis por cerca de 24% e 18% do investimento respectivamente. Integram os projectos “Zambujal Melho-ra” e “Bairros Críticos – Inter-venção de Requalificação da Cova da Moura”. “É também nesta função que se inserem maior parte das propostas aprovadas através do Orça-mento Participativo. O ano de 2011 ficará ainda marcado pelo avanço de outros projec-tos importantes na moder-nização e na preservação do seu património. É o caso do Metro-Bus, da requalificação do Cine-Teatro D. João V e do Palácio Condes da Lousã”.

CDU abstêm-seA CDU, que tem pelouros ao nível do executivo camarário, absteve-se em relação em às Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2011. Con-

siderando que “a proposta, que é também um plano de contenção financeira, pre-tende dar resposta aos cortes orçamentais e à situação de agravamento da crise do sis-tema” a CDU entendeu que, apesar de discordâncias da perspectiva política “sobre as causas que levaram a elabo-rar estas Grandes Opções do Plano” que devia colaborar, tendo em vista ultrapassar “as dificuldades que foram criadas ao Município e à população”.A CDU deu diversos contribu-tos, alguns dos quais aceites. Valorizou como positivo algu-mas opções de investimento, em especial na área da educa-ção, e considerou acertadas propostas a nível social. “Em sentido contrário, considera-mos insuficiente a descida de apenas duas décimas do valor máximo da taxa do IMI, assim como não concordámos com o valor aprovado para a taxa de derrama”.

Para a bancada da CDU, ape-sar de “alguns sinais de evolu-ção positiva relativamente às Grandes Opções do Plano de 2010, subsistem diferenças de análise e de solução em algu-mas áreas que consideramos importantes na proposta de 2011”, tendo por isso optado pela abstenção.

PSD contraForam nove as razões apre-sentadas pelos vereadores do PSD para votarem contra os documentos. Para além de justificações relacionadas com o método e a qualidade dos documentos que estive-ram em discussão, os três ve-readores do PSD insurgiram--se contra “a tendência de descida do rácio do nível do investimento municipal face à despesa corrente ao longo dos últimos anos”, o facto de existirem um conjunto de áreas de actividade, como o ambiente, segurança, higiene urbana, desporto e saúde que

“necessitariam de um maior enfoque”, bem como a defesa de um “desagravamento da carga fiscal das famílias e empresas” quem, segundo o PSD, não está contemplado no actual Orçamento.Os vereadores social demo-cratas criticaram, ainda, o processo do Orçamento Par-ticipativo “que defraudou as expectativas dos munícipes, resultando na sua maioria em medidas já previstas e decididas pelo Executivo”, bem como a “a inexistência de aumento das transferên-cias de competências para as Juntas de Freguesia”.Os autarcas lembram que todas as propostas apresenta-das, no total dez, no valor de 272 mil euros, ou seja, 0,26 por cento do Orçamento, foram recusadas. Propostas de lim-peza dos graffiti no concelho, apoio a IPSS, bolsas de estudo musicais de curta duração, criação e desenvolvimento da marca “Amadora”, reforço de transferências para as fre-guesias, entre outras.Propostas do Orçamento Participativo

As Grandes Opções do Plano para 2011 contemplam 25 propostas decorrentes das discussões no âmbito do Or-çamento Particopativo que, pela primeira vez, teve lugar no concelho de Amadora. “Através de reuniões públicas nas diversas freguesias e de uma consulta na internet, os munícipes foram convidados a sugerir ideias e propostas para serem incluídas no orçamento municipal para 2011. No total foram registadas 164 sugestões, das quais 27 foram enviadas via endereço electrónico. Devidamente analisadas tecnicamente quanto à sua viabilidade de execução, foram incluídas nas Grandes Opções do Plano 25 propostas”, refere em nota de imprensa a Câmara Municipal da Amadora.

Venda

Decorre, até 24 de Dezembro, a 20ª Venda de Natal Amado-ra 2010, no Parque Delfim Gui-marães, das 11.00 ás 20.00 ho-ras. Uma organização do Centro Cultural Roque Gameiro, com o apoio da Câmara da Amadora e do centro de Emprego da Ama-dora. Ao todo são 52 pavilhões onde, para além da venda, é pos-sível apreciar trabalho ao vivo de artesanato tradicional, contem-porâneo e urbano.

S. Silvestre

No dia 31 de Dezembro, a par-tir das 18 horas, tem lugar a 36ª edição da S. Silvestre da Amado-ra. Uma prova de atletismo orga-nizada pelo Desportivo Operário do Rangel. Em 2009, a S. Silvestre da Amadora, a primeira do géne-ro em Portugal após o 25 de Abril de 1974, teve como vencedores, em masculinos Joseph Ebuya do Quénia, e em femininos, Dulce Félix.

Venteira

No passado dia 15 de Dezembro, a partir do Parque Delfim Gui-marães, teve lugar a Parada de Natal, que percorreu as ruas da Venteira. A iniciativa, dinamiza-da pela autarquia local, contou com a participação da comuni-dade educativa e a população em geral. Após a divulgação da acti-vidade inscreveram-se cerca de 600 crianças e jovens das escolas públicas e privadas da freguesia, que fizeram parte da Guarda Re-al do Pai Natal, envergando um barrete de Pai Natal e um balão vermelho. O desfile terminou no Pavilhão José Caeiro, com um es-pectáculo de animação.

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 17 DEZEMBRO 2010 | 5AMADORA

Quase 737 mil portugueses usufruíram de cheques-dentista, em dois anos e meio. O número corresponde a apenas 56% da população-alvo do programa, mas o ministério da Saúde espera que a taxa cresça e vai aumentar o investimento para quase o dobro em 2011. Os dados foram avançados pela ministra Ana Jorge numa visita à Escola EB1 Orlando Gonçalves, em Alfornelos.A c o m p a n h a d o s p e l o presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, a ministra e o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, distribuíram às crianças da EB1 Orlando Gonçalves kits de saúde oral compostos por uma escova, uma pasta dentífrica e um copo. Os responsáveis políticos tiveram também

oportunidade de verificar como os sabem lavar os dentes.

A funcionar desde Maio de 2008, o Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral abrange quatro grupos de maior vulnerabilidade: grávidas, crianças (com s e t e, d e z e 1 3 a n o s ) , idosos beneficiários do Complemento Solidário e portadores do VIH/Sida.

Verbas reforçadasAs crianças foram o grupo onde se registou uma taxa de cobertura mais elevada (70%), seguido pelas grávidas (43%). Nos idosos, a adesão ficou muito aquém das

expectativas (9%). No que toca aos portadores de VIH/Sida, apenas 1% beneficiou dos cheques-dentista . Importa lembrar, porém, que o programa apenas foi alargado a este grupo recentemente.Apesar de pouco mais de metade (56%) dos utentes dos grupos abrangidos ter usufruído do programa e de 35% dos cheques-dentista emitidos não terem sido utilizados, a ministra da Saúde, Ana Jorge, considera que não houve qualquer falhanço.

ALFORNELOS ANA JORGE VISITOU A EB1 ORLANDO GONÇALVES

737 mil portugueses utilizaram cheques-dentistaLuís Garcia

“Obviamente que o objectivo do Ministério da Saúde seria que todas as pessoas que têm necessidades pudessem ser tratadas, mas as próprias pessoas que sabem que têm direito também podem perguntar ao seu médico”, alertou a ministra.A expectativa de que a adesão ao plano aumente está também plasmada no orçamento de 31 milhões de euros que, segundo Manuel Pizarro, lhe será destinado. Esta verba representa quase

o dobro da que foi aplicada este ano, e deverá rondar os 17 milhões de euros.Ana Jorge garante que o objectivo para o futuro próximo é aumentar as taxas de cobertura nos quatro grupos actualmente abrangidos, apesar de não excluir alargamentos a outras camadas da população, numa fase posterior. “Tudo d e p e n d e d a e v o l u ç ã o destes e daquilo para que haja disponibilidade”, diz a ministra.

Números736 711 utentes abrangidos

A maioria dos beneficiários os cheques –dentista foram as crianças (627 mil), seguidos pelas grávidas (93 mil) e pelos idosos (17 mil). O programa apoiou ainda 21 portadores de VIH/Sida.

Taxa de cobertura de 56%

Do total da população-alvo do programa, apenas 1% dos portadores de VIH/Sida e 9% dos idosos foram abrangidos. A taxa de grávidas (43%) e de crianças (70%) beneficiárias é superior.

2 438 255 tratamentos realizados

As crianças lideram com quase dois milhões de tratamentos realizados. Actualmente, há mais de 3600 médicos aderentes ao programa e quase 5800 locais de prestação de serviços.

Os SMAS de Oeiras e Ama-dora organizaram, à seme-lhança dos outros anos, uma Festa de Natal para os filhos dos funcionários. O evento ocorreu no dia 11 de Dezem-bro, no Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras, onde foi apresentada a peça de teatro “Era Uma Vez Um Dragão”.A peça de teatro esteve a cargo da Dramax – Centro de Artes Dramáticas de Oeiras e retrata a história de quatro amigos – Tomás Catrapaz, Luis Catrapiz, Jesus Catrapuz e Maria da Luz, cada qual com as suas qualidades e defeitos, e com

o lema: “Um por todos e to-dos por um!”. Como vão es-tes nossos amigos reagir se os seus medos se tornarem realidade, perante a ameaça do “Dragão”, que um afirma que viu? A autoconfiança e a coragem serão as mesmas? Foi o que pudemos desco-

brir ao longo desta animada aventura.O Clube da Água esteve tam-bém presente nesta Festa de Natal, distribuindo ofertas e angariando novos sócios. Foi neste ambiente divertido e já com cheiro a Natal que as crianças lancharam e brin-

caram pela tarde fora.A Festa de Natal deste ano foi, mais uma vez, um su-cesso confirmado, em que a diversão presenciada prova que esta é uma iniciativa a repetir!

(Correspondência)

Festa de Natal dos SMAS

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6 | 17 DEZEMBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO AMADORA

Os SMAS de Oeiras e Amadora entregaram, mais uma vez, calendários às crianças do 4º ano do ensino básico das escolas dos concelhos de Amadora e de Oeiras. O calendário, este ano, foi ilustrado por Teresa Lima e divul gado pela Associação para a Promoção Cultural da Criança (APCC), que visa promover os projectos edu-cativos da associação.No concelho da Amadora,

os calendários foram entre-gues por Rui Lourenço, Admi -nistrador dos SMAS, e pela vereadora da educação da Câmara Municipal da Ama-dora, Carla Tavares, na Escola EB1 da Mina. No con celho de Oeiras, os calen dários foram entregues na EB1 Manuel Beça Múrias, por Nuno Campilho, Admi nistrador dos SMAS e Carlos Morgado, Presidente da Junta de Freguesia de Oeiras.

(Correspondência)

SMAS entregam calendários nos concelhos de Oeiras e Amadora

Habituara-se a trabalhar à média luz. À medida que a crise foi apertando, colou-se aos objectivos dos donos do restau-rante: poupar a todo o custo. Passou a laborar praticamente às escuras.Um dia, tamanha era a escuridão na cozinha que fez um arroz de pato no forno, utilizando, sem se aperceber, carne de frango desfiada que estava ao lado da do pato.-Bonito serviço! – exclamou, quando deu pelo engano.Calou-se muito bem calada e

serviu o prato como se fosse de pato. Um cliente acabou por dar pela troca e reclamou.

A cozinheira, chamada a justi ficar o engano, negou a pés juntos qualquer eventual engano:-Deve ser do seu paladar…-Reafirmo o que disse, não há a mínima hipótese de engano…Perante a continuação da reclamação, a profissional engendrou uma desculpa:-Olhe… só se foi pelo facto do pato ter estado ao lado do frango e ter tomado o seu sabor…O cliente sorriu e concordou com o que ela lhe disse. Continuou o seu jantar, de modo tranquilo, encomendando e consumindo o doce, a fruta, o café e os

digestivos.No final da refeição pediu a conta que rondava cerca de cinquenta euros. Puxou da carteira, tirou cinco euros e colocou-os no pratinho da conta, chamando a cozinheira.-Quero que a senhora seja testemunha de que estes cinco euros estiveram ao lado desta nota – e abrindo a carteira mostrou-lhe a nota de cinquenta euros que lá tinha.A cozinheira sorriu e disse:-Tem toda a razão, ela agora julga ser de cinquenta euros!

Jorge C. Chora

A cozinheira que trabalhava às escurasCONTO

A Associação de Moradores e Proprietários da Venda Nova, denunciou, na última Assembleia Municipal, um conjunto de problemas decorrentes da construção do sublanço da CRIL, Buraca/Pontinha que, ao passar “em tangente à freguesia numa grande extensão, nos preocupa sobremaneira”. “Em 27 de Janeiro último, tivemos oportunidade de chamar a atenção, para o aumento das fissurações, para o descolamento de peças cerâmicas de fachadas e interiores, para a quebra de materiais pétrios, para o empeno de portas e janelas, para a deformação da estereotomia dos pavimentos, tudo resultante dos trabalhos feitos por equipamento pesado e da movimentação de terras. Ainda agora aguardamos desde o dia 18 do mês passado que a “Estradas de Portugal, EP” nos forneçam os elementos de que carecemos para a conclusão do processo que envolve os prédios nºs. 9 e 11 da Rua Rebelo da Silva a propósito de uma desmesurada abertura na junta de dilatação dos mesmos que, de alto a baixo

e desde a frente até à traseira, põe em causa a segurança futura dos mesmos e seus moradores. O que a terá originado, já que em 2004 não existia face ao relatório de vistoria mandado efectuar pela “Estradas de Portugal, EP”?”, alertou a Associação que chegou a fazer um convite à Comissão Eventual de Acompanhamento das Obras da CRIL, constituída a nível municipal, para que junto da EP obtivesse respostas, pois a empresa não respondeu, até ao momento, aos diversos pedidos de esclarecimento

da Associação.“Parece-nos chegada a hora da Comissão Eventual ter presentes as anomalias existentes e informar do que já é do seu conhecimento para aquilatarmos do que sabem e se não haverá algo mais que precisem de saber! Se necessário, convidamos a Comissão para uma visita aos locais em causa. Veja-se, a título de mero exemplo, como decorre a obra dos arranjos da rotunda das Portas de Benfica: uma vez demolida uma rampa de “lançamento” acabada de construir e feito

um novo pavimento central eis que, agora, um dia por semana, aparece pessoal a juntar terra, a tirar terra, tira agora, põe logo… será que não sabem como acabar o “monumento”? E, já agora e ainda: o que vai acontecer à “estância emporcalhada” de tudo o que se vê e não vê, ao longo do eixo da CRIL, freguesia de Benfica, entre a citada rotunda e a estrada de A-Da-Maia?”.As criticas não se limitam, porém, às obras da CRIL. Desde Julho que a Associação anda a pedir a colocação de

oleões em locais públicos, quer à Junta, quer à Câmara, “ dizem-nos que não há, e já são passados cinco meses. Dizem-nos também que a AMI vem entregar os oleões necessários, se forem pedidos… se for preciso podemos confirmar tal disponibilidade da parte da AMI e, se for verdade, em consonância com a Junta e com os Serviços da Câmara, colaboraremos na resolução deste impasse!”.A utilização frequente da

“casa de chuto” na Rua das Fontaínhas nº 15, bem como da transformação dos estacionamentos, frente aos nºs. 11, 12 e 13, “em oficina de automóveis para reparações de chapa, de pára-choques, de arranjo de pneus, de pintura com o respectivo compressor e cabo eléctrico estendido no pavimento, lavagem de viaturas, etc” foi, também, denunciado pela Associação.

CC

VENDA NOVA ALERTA DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES E PROPRIETÁRIOS

Obras da CRIL colocam em causa a segurança de prédios

GINÁSTICA MENTALNº 7

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6935 82147

2369 47518

Confirmar soluções em página desta edição

SOLUÇÕESNº 7

Preencha a grelha com os algarismosde 1 a 9 sem que nenhum deles se repita

em cada linha, coluna ou quadrado

Jorge Barata dos Santos (Amadora)

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 17 DEZEMBRO 2010 | 7LOURES

BREVESLOURES..............................................................................................................................

Estacionamento no Prior Velho para quem apanha avião

Luís Garcia

Sede

A nova sede do Comité Paralím-pico de Portugal (CPP) ficou ins-talada no concelho de Loures, num espaço cedido pela Câma-ra Municipal ao abrigo do patro-cínio institucional que o municí-pio concede ao CPP. Inaugurada no passado dia 14 de Dezem-bro, com a presença do Secre-tário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, do Presidente da Câmara Muni-cipal de Loures, Carlos Teixeira, do Presidente do Comité Para-límpico de Portugal, Humber-to Santos, a nova sede do CPP é um espaço de partilha de res-ponsabilidades, capaz de rece-ber toda a família paralímpica.

Aluguer

A Câmara Municipal de Loures aprovou uma proposta, apre-sentada pelo Partido Socialista, de aluguer de 34 novas viaturas ligeiras, oito das quais de alta potencia e cilindrada, destina-das ao Presidente, vereadores do PS e assessores. Os verea-dores da CDU manifestaram-se contra esta decisão consideran-do que o PS “faz, em público, o discurso das dificuldades finan-ceiras e da necessidade de ri-gor e contenção, para justificar a falta de resposta aos proble-mas do Concelho mas em priva-do não hesita em conceder-se novas mordomias”.

Circo

Cerca de 1000 crianças de Ins-tituições Particulares de Soli-dariedade Social (IPSS) do con-celho de Loures foram ao Cir-co Victor Hugo Cardinali, insta-lado no Parque Tejo, em Saca-vém, uma iniciativa integrada no programa Câmara Municipal de Loures “Vamos Viver 2010”. Com esta iniciativa, que teve lu-gar a 16 de Dezembro, a autar-quia pretendeu proporcionar a todas estas crianças o acesso ao maior espectáculo do mundo… o Circo. Através da cedência de bilhetes, lanches e transportes municipais foi possível facultar uma tarde cheia de magia e ale-gria.

Estacionar no parque do ae-roporto de Lisboa pode custar mais do que a viagem de avião, o que obriga muitos passa-geiros a deixar o carro longe e apanhar um táxi. A partir de agora, há um novo serviço privado, a funcionar no Prior Velho, com mil lugares a um preço mais apelativo.Carlos Silva e a mulher, Cari-na Isidro, acabam de tirar as bagagens de dentro de um táxi e de pagar pouco mais de sete euros ao condutor. Vão voar para Espanha e viajaram de Aveiro a Lisboa em carro próprio, mas optaram por deixá-lo na zona dos Olivais.“Pesquisámos o preço dos parques do aeroporto e per-cebemos que iríamos pagar mais pelo estacionamento do que pela viagem”, explica o consultor de 32 anos.Como Carlos e Carina, são muitas as pessoas que prefe-rem deixar o automóvel em zonas residenciais mais ou menos próximas e apanhar um táxi ou autocarro até ao aeroporto. No entanto, esta opção tem múltiplos incon-venientes.Por um lado, muitas pessoas, sobretudo vindas de outras zonas do país, receiam deixar o carro parado por longos períodos em locais que co-nhecem mal. Por outro, se transportar a bagagem num autocarro é pouco prático, a opção táxi é mais dispendio-sa. Além disso, são muitos os passageiros a queixar-se de taxistas que se negaram a transportá-los do aeroporto para zonas da cidade de-masiado próximas e pouco rentáveis.

Cliente entrega as chavesPorém, deixar o carro no parqueamento do aeroporto pode sair caro. Apesar de

haver voos a pouco mais de vinte euros, o estacionamento para, por exemplo, quatro dias, custa, no parque mais barato, 63,50 euros. É certo que a criação de um parque de longa duração melhorou mui-to a oferta do aeroporto mas, ainda assim, a utilização deste espaço é cobrada à semana (49,50 euros por oito dias) e requer uma reserva com 24 horas de antecedência.A partir de agora, os utilizado-res do aeroporto dispõem de uma nova alternativa. Trata-se de um parqueamento com capacidade para mil viaturas, explorado pela Aeroparques, uma empresa resultante da parceria entre a espanhola

Lavacolla e a portuguesa Imoparques.O cliente pode marcar o servi-ço através da internet ou por telefone e terá à sua espera, à porta do aeroporto, um fun-cionário para receber a chave do automóvel.Depois de ser fotografado, para que o seu estado antes e depois do serviço possa ser comparado, o veículo segue para um parque de estacio-namento, com capacidade para mil veículos, que se situa no Prior Velho, a cerca de 2,5 quilómetros do aeroporto, e está equipado com câmaras de videovigilância e outros sistemas de controlo. No fim da viagem, a entrega do

veículo, lavado, processa-se de modo similar, podendo o pagamento ser feito em dinheiro ou multibanco, à entrada do aeroporto.

40 postos de trabalhoPor 48 horas de estaciona-mento, o cliente paga 14

euros. A partir do quinto dia, o preço desce para 5 euros por cada 24 horas. Ao 20º dia, a factura atinge os 108 euros e não sobe mais até aos 30 dias.Para já, o serviço vai funcio-nar com 40 funcionários, recrutados maioritariamente no concelho de Loures, atra-vés de uma parceria com o centro de emprego de Mos-cavide, mas a Aeroparques tenciona triplicar o número de postos de trabalho em ano e meio.O serviço representa um investimento de um milhão de euros que a empresa conta recuperar ao fim do terceiro ano de actividade, quando a facturação atingir os dois milhões de euros.Segundo José Matos, da Ae-roparques, a empresa prevê aumentar a capacidade do parque do Prior Velho, para 5 mil lugares, até ao final de 2011, e tenciona criar serviços de características semelhan-tes no Porto e em Barcelona, no início do próximo ano.

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8 | 17 DEZEMBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULOLOURES

A Câmara de Loures abriu a primeira loja solidária do município para fazer face ao crescente número de pedidos de ajuda de pessoas carenciadas. Comida, roupa e brinquedos são alguns dos bens que podem ser adqui-ridos a baixo custo no espa-ço que será gerido por uma instituição do concelho.Instalado na Casa da Cul-tura de Sacavém, junto aos Terraços da Ponte (antiga Quinta do Mocho), o maior bairro de realojamento do concelho de Loures, o equi-pamento tem para venda, por exemplo, um par de ténis a cinco euros, um livro a 50 cêntimos ou cinco latas de salsichas a 1,50 euros.

Os produtos podem ser adquiridos por pessoas de baixos recursos que venham referenciadas por entidades como a Câmara de Loures, as juntas de freguesia, insti-tuições particulares de soli-dariedade social (IPSS) ou a Segurança Social. Segundo a vereadora da Área Social da autarquia, Sónia Paixão, os bens poderão mesmo ser levantados gratuitamente nos casos em que os mu-nícipes não tenham meios para os adquirirem, desde que a situação de carência seja certificada por um as-sistente social.“A ideia é que o fornecimen-to de alimentos seja comple-mentar ao Banco Alimentar,

que não chega para todos os necessitados”, explica Sónia Paixão, dizendo que os vá-rios intervenientes sociais no concelho têm registado um aumento dos pedidos de ajuda. É o caso dos re-querimentos de habitação, que já ascendem a 180, só este ano. “Cada vez são mais as pessoas que não dispõem do que comer, do que vestir e do que calçar mas têm vergonha de dar a conhecer essa realidade”, acrescenta a vereadora.No entanto, em tempo de crise também a solidarie-dade dos munícipes tem sido mais mani festa. “Os portugue ses e os lourenses, em particu lar, têm grande

SACAVÉM GERIDA PELA “BARQUINHA DA CRIANÇA”

Comida e roupa barata em loja solidáriaLuís Garcia

Encontro do Banco Localdo Voluntariado de Loures

O Banco Local de Voluntariado de Loures promoveu, no Palácio dos Marqueses da Praia e de Monforte, em Loures, o seu II Encontro. A 5 de Dezembro assinalou-se o Dia Mundial do Voluntariado, fixado em 1985 pela ONU, e o encontro pretendeu fomentar a cultura do voluntariado no concelho e informar e sensibilizar para o Ano Europeu do Voluntariado – 2011. Sónia Paixão, vereadora da Câmara de Loures, responsável pela acção social, realçou algumas medidas que a autarquia pretende levar a cabo, com o objectivo de valorizar a acção voluntária. “O projecto “Não fique indiferente”, estabelecer a condecoração do Voluntário, realizar jornadas voluntárias, incentivar a formação local, realizar um filme promocional, criar um prémio para o melhor projecto na área do voluntariado”.O Banco Local do Voluntariado de Loures foi criado em Abril de 2008, tem 238 pessoas inscritas que querem fazer voluntariado, 50 projectos que contam com a a integração de pelo menos 108 voluntários, disse Eliana Severino, coordenadora do Banco Local do Voluntariado.

CC

espírito de solidariedade”, diz Só nia Paixão. “Tenho vis-to a solidariedade aumentar em inúmeras iniciativas de anga riação de fundos que as IPSS têm levado a cabo, mas também nos pedidos que faço quer aos trabalhadores do município, quer ao nível externo.”

Três novas lojas em 2011Criada e equipada pela Câ-mara de Loures, a primeira loja solidária do concelho estará aberta às terças e quintas-feiras, entre as 14 e as 17.30. O espaço, a funcio-nar desde dia 6, será gerido

pela Barquinha da Criança, uma IPSS que trabalha com crianças carenciadas em São João da Talha, desde 2002.Helena Freire, presidente da associação, explica que ha-verá uma equipa de volun-tários no espaço, quer para atender as pessoas que ali vão comprar roupa, comida ou artigos de puericultura, quer para fazer a triagem dos produtos oferecidos por particulares ou empresas.“Estas lojas são muito im-portantes porque há muita gente carenciada mas que tem um certo acanhamento de ir buscar coisas ofere-

cidas. Aqui, a pessoa pode escolher a cor e o modelo, pode experimentar a roupa no nosso provador e leva aquilo que lhe agrada. É bom para a auto-estima de pessoas que já são tão ne-cessitadas”, explica Helena Freire.Para já, a loja solidária de Sacavém receberá pessoas de todo o município, mas Sónia Paixão adianta que é intenção da autarquia abrir mais três equipamentos do género em 2011, pro-vavelmente nas freguesias de Apelação, Camarate e Bucelas.

CRECHE POPULAR DE MOSCAVIDECONVOCATÓRIA

António Augusto da Silva César, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Creche Popular de Moscavide, convoca de acordo com os Estatutos no seu artigo 18º, uma Assembleia Geral Extraordinária, a realizar no dia 29 de Dezembro de 2010, pelas dezoito horas, nas instalações da Av. de Moscavide, nº sessenta e cinco e com a seguinte Ordem de Trabalhos:1º Ponto – Informações sobre processos Judiciais2º Ponto - Eleição parcial para preenchimento das vagas verificadas nos Órgãos SociaisSe à hora marcada não estiver presente a totalidade dos associados, a mesma efectuar-se-á hora mais tarde, com os sócios presentes, conforme consignado nos Estatutos no seu artigo 30º.Moscavide, 7 de Dezembro de 2010.

O Presidente da Assembleia GeralAntónio Augusto da Silva César

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 17 DEZEMBRO 2010 | 9LOURES

Com 13 anos de Associativismo de Pais, esta é a primeira vez que escrevo no Jornal Triangulo, onde os felicitamos pela oportunidade que nos deram de podermos transmitir as nossas opiniões e o direito à palavra. Em todo esse tempo muitas coisas já passaram por nós e de onde trazemos muitas boas recordações e passagens im-portantes nesta tarefa sempre muito difícil de gerir e por vezes de “digerir”. Não são poucas as vezes que temos que deixar a nossa família em casa e sair à luta pela defesa dos nossos interesses como pais e encarregados de educação. Tentamos o melhor para os nossos filhos, essência da nossa luta diária contra esse tempo tão ausente nos dias de hoje por força das exigências da vida, em especial a profissional, e também contra outras forças de bloqueio com que nos deparamos nas escolas, onde, em alguns casos, somos “vistos” como um obstáculo e não como parceiros, que é o que somos na realidade na comunidade escolar. Lembro-me que quando come-çamos na “nossa” primeira As-sociação de Pais (aliás Comissão de Pais), foram várias as vezes em que a Sra. Directora da Escola Primária nos disse frontalmente que nós éramos um empecilho e que andávamos por ali a estor-var, intrometer, obrigar a dividir o espaço e as decisões. Eram verdadeiras “batalhas verbais” onde quase sempre as nossas

opiniões de pouco ou nada ser-viam com especial incidência na parte de dividir os espaços com a Associação de Pais, mas o que aconteceu mais tarde, foi duas senhoras que tinham sido direc-toras em anos anteriores, terem pedido transferência para outra escola e na festa de final de ano dirigiram-se a mim e disseram-me que uma das razões porque se iriam mudar tinha a ver com o relacionamento que tinham tido com a Associação, em especial comigo, o que lamentei muito em especial uma delas, que é uma excelente professora.É verdade que “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” e hoje as coisas são bem dife-rentes, embora por vezes ainda existam alguns constrangimentos de relacionamento institucional entre as duas partes, mas sempre fomos conseguindo construir o nosso espaço por direito próprio e também com muito diálogo e compreensão de parte a parte. Somos mais vezes chamados à escola para intervir e colaborar em iniciativas em conjunto, a fim de participar e conjugar as actividades. A nossa participação tornou-se mais activa na vida das escolas com a maior representa-tividade no Conselho Geral dos agrupamentos, que foi sem dú-vida uma conquista importante dos pais na implementação deste novo modelo de gestão.Fazendo uma análise mais pro-funda a estes treze anos na vida Associativa, retiramos várias

ilações do que é hoje a nossa sociedade civil. Faltam valores morais, com especial destaque para a falta de solidariedade e lealdade para com o próximo e onde também os pais têm uma falta de responsabilidade enor-me. Temos visto algumas vezes um número pequeno de pais nas reuniões com o director de turma, em que para conseguirmos um delegado para representar os pais (por norma são feitas qua-tro reuniões por ano) por vezes é preciso fazer um sorteio para vem a quem calha a “sorte” de ser delegado em representação dos pais daquela turma e ou-tras vezes são quase sempre os mesmos (No meu caso, só não fui um ano porque não estava na reunião). Não podemos dizer que não temos tempo, que não percebemos nada disso, que não estamos habituados, que não queremos saber disso para nada, etc... Porque depois vemos os re-sultados que os nossos filhos têm na escola. Isto é uma realidade na nossa sociedade nos dias de hoje e o mais grave de tudo isto é que uma grande parte dos pais culpabilizam os professores pelo insucesso dos seus filhos, mas se perguntarmos a um pai quantas vezes foi à escola do filho(a) a res-posta é “não tenho tempo para essas coisas”. Mas esses mesmos pais sempre encontram tempo para ir ao futebol, cinema, ver tudo o que passa na televisão e muito mais. Temos que dizer bas-ta! Temos que ter opções na vida e entendermos que para construir o melhor para nossos filhos temos que lhes dar “bons exemplos” e participar activamente na sua vida escolar. Não nos podemos esquecer que temos sempre uma grande quota-parte de responsa-bilidade no sucesso ou insucesso dos nossos filhos, eu considero que setenta por cento da culpa reside nos pais e não nos filhos ou nos professores.No que diz respeito à participação dos Pais na vida Associativa, as coisas não são mais animadoras. Enquanto estamos a falar de Pais de crianças do ensino básico, aí as coisas ainda correm mais ou menos, com os pais a terem tempo para participar nas festas,

O lado positivo do pessimismo no associativismoir quase sempre à escola, às reu-niões, ou mesmo um telefonema para saber tudo sobre os filhos. As Assembleias de Pais têm sempre um bom número de participantes e eles têm tempo até para fazer parte da sua Associação de Pais. Mas quando começamos a subir a escala para o segundo e terceiro ciclos, as coisas começam a alte-rar substancialmente e quando chegamos ao secundário, então por essas andanças muitas das vezes são excepções. Posso citar ainda muito recentemente na Associação que faço parte, re-gistamos a presença de apenas um pai numa Assembleia Geral e que foi a única durante o ano, obrigando-nos a remarcar para o outro dia, onde tivemos sete pais, originando assim que quase todos os presentes passaram a fazer parte da Associação, caso contrário não tínhamos condi-ções legais para continuar a existir como Associação porque são precisos 11 elementos e alguns dos elementos terem que sair pelo facto de os seus filhos saírem daquela escola.Contudo temos o lado positivo da questão. O que vamos fazen-do nas Associações de Pais e as amizades que vamos construindo não nos deixa desistir e nos faz ser ainda mais persistentes a pensar que para a próxima vai ser melhor e é sempre bom fazer a análise do que teria corrido menos bem. Te-ria sido a hora da reunião? a forma como avisamos aos pais? a falta de colaboração da comunidade docente? os alunos entregaram o aviso aos pais? Tudo isto são razões que podem ter influência no resultado no nosso objectivo, que é ter sempre a sala cheia e recebermos muitas perguntas dos encarregados de educação. No final de tudo tenho que dizer que este ano na Assembleia Geral de Pais “nossa Associa-ção” já tiveram cerca de 35 Pais e Encarregados de Educação e também tivemos voluntários para fazerem parte da Associação de Pais ao ponto de agora sermos 15 elementos em vez dos 11 que são necessários, este é o lado positivo do pessimismo no associativismo.

Alberto Barreiro

Frases Soltas…

Associações de Pais, AEC,Empresas e Políticos…

Há uns tempos atrás estive nas Festas Crato, uma terrinha do in-terior Alentejano, onde tive o prazer de rever um grupo dos meus tempos de menino e moço, os TAXI, que entre muitas cantaram a “Chiclete”, http://www.youtube.com/watch?v=p5ATO2Tds8A , “prova, mastiga, deita fora..”, esta musica trouxe-me à memória as AP’s e as suas relações com as várias instituições, tal como as chicletes, as AP’s consoante as necessidades do momento, assim são tratadas, tanto as colocam num pedestal, como as tentam descartar quando entendem que já não precisam de delas. Umas vezes isso é conseguido, outras, nem por isso. A única coisa que pode impedir este tipo de situações, são AP’s fortes e interventi-vas, AP’s que marcam a sua presença e que trabalham para uma melhor Escola para os seus filhos. Sabemos que as empresas visam o lucro e que os políticos visam os votos, o que se entende perfeitamente, nós visamos uma melhor Escola para os nossos filhos, ora nem sempre estes três conceitos são compatíveis, pelo que se tenta reduzir a incompatibilidade, sendo que aparentemente a forma mais fácil, seria reduzir as AP’s à sua insignificância e passar a haver apenas um entendimento a dois. Para isso são utilizadas as mais diversas estratégias. Sendo que a altura mais propicia para se implementarem as estratégias é a mudança dos Corpos Sociais das AP’s, altura em que as mesmas estão, aparentemente e na maior parte das vezes mais fragilizadas (devido à pouca experiência e pouco conhecimento das relações existentes entre as forças em questão) daí ser importante que a transição entre dirigentes se faça de forma gradual. No entanto nem sempre o que parece mais obvio, é o caminho mais correcto, algumas empresas que têm desaparecido, bem como alguns políti-cos que têm caído em desgraça, são a prova disso, pois só muito tarde descobriram que as AP’s não são “Chicletes”. As AP’s precisam das empresas e dos políticos, mas o oposto é igualmente verdade. Assim sendo, a única forma de ninguém sair prejudicado deste relacionamento é existir respeito pelas institu-ições, sejam elas quais forem, há uma tendência generalizada de se menosprezar as AP’s, cada vez menos comum felizmente, esse menosprezo tem de ser banido de vez, as AP’s têm que ser vistas como um parceiro a respeitar, enquanto assim não for, criam-se conflitos que muitas vezes são difíceis de resolver. A única forma que vejo de as AP’s conseguirem respeito, é serem fortes, unidas e decididas, o que não me parece difícil, pois a nossa única prio-ridade enquanto pais, é um futuro melhor para os nossos filhos.

Afinal, apenas queremos uma Escola melhor para os nossos filhos, um objectivo difícil, mas possível com a participação de todos.

Isidoro RoquePresidente FERLAP

O Programa “Nós e a Escola” iniciou um novo ciclo de programas com o tema “Os Políticos e a Educação! Um programa/um partido”.O primeiro programa do novo ciclo realizou-se no dia 14 de Dezembro de 2010 e teve a participação do CDS/PP representado pelo Dr. João Casanova de Almeida. Um programa (pode ver aqui http://vimeo.com/17829111) interessante, em conversa informal que serviu em nossa opinião para aguçar o apetite para os próximos programas. Os 50 minutos de programa acabaram por ser muito curtos para o muito que havia a dizer, daí pensarmos na possibilidade de virmos a fazer no final deste ciclo, uma nova ronda pelos participantes.Esperamos nos programas que se seguem, podermos contar com a participação dos restantes partidos com representação parlamentar e que os programas sejam no mínimo tão interessantes como o primeiro. Os convites estão a ser endereçados, esperamos, obviamente, respostas positivas e com figuras de relevo dos diferentes partidos políticos.

Isidoro RoqueNós e a Escola - Odivelas TV

http://odivelastv.pt

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10 | 17 DEZEMBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULOLOURES

O apoio às colectividades, por parte da Câmara Municipal de Loures, vai sofrer uma redu ção drástica. “O Regula-mento Municipal de Apoio ao Associativismo será suspendo por um ano. Os protocolos vão manter-se, mas também com revisão”, diz José Carneiro, presidente do Grupo Recreativo Apelaço-nense, onde teve lugar, a 4 de Dezembro, o XIII Encontro das Colectividades do con-celho de Loures, que discutiu as medidas que foram recen-temente anunciadas pelo vereador João Pedro Domin-gos.“Sabemos que a Câmara de Loures teve um corte da ordem dos 10 por cento nas suas verbas. Compreendíamos que houvesse uma redução dessa ordem, ou até um pouco mais. Mas somos apanhados com um corte drástico, quase total. Para além disso, dizem que é só durante o ano de 2011, mas todos temos consciência que, os anos seguintes serão muito mais complicados. Estranhamos, por isso, que se tenham levado as coisas a este ponto”.José Carneiro alerta, em especial, para as implicações que uma medida destas tem nas pequenas colectividades, que não tem receitas de bilhe-teira próprias, nem meios próprios. “As colectividades vão ter de pagar pela utilização

de espaços desportivos camarários, a cedência de trans porte foi brutalmente re-du zida e quando for ultra pas-sada a cedência defi nida pela autarquia, a colectividade, se quiser fazer uma deslocação terá de pagar à Câmara”. Para se ter uma ideia, no orçamento do ano ante rior havia uma verba supe rior a um milhão de euros para o apoio às colectividades, este ano não se perspectiva cer ca 600 mil.“As actividade desenvolvida pelas colectividades deve ser vista como uma área “descen-tralizada” da própria autar-quia, destinada a desenvolver acções culturais, desportivas, sociais, etc. Do meu ponto de vista, esta medida provoca o enfraquecimento do movi-mento associativo que, ao contrário do que disse o presidente da Câmara de Loures, Carlos Teixeira, não gasta o seu dinheiro em festas e almoços, mas sim a desenvolver actividades na juventude e nos idosos”, acrescenta, por seu lado, José Vaz que vai mais longe: “Não houve nenhuma Câmara aqui à volta, que fizesse isto”.Por isso, o XIII Encontro das Colectividades do Concelho de Loures, entendendo que o “apoio às colectividades des por tivas, culturais e recrea tivas é um dever das autar quias locais” rejeitou

Colectividades contra “cortes drásticos” dos apoios da Câmara de Loures

“as medidas anunciadas pela Câmara Municipal, consubstanciadas na drástica

redução e ou extinção de apoios ao movimento asso-ciativo do concelho” e requere

CARTÓRIO NOTARIAL DE TOMARA CARGO DO NOTÁRIO

LICENCIADO JOSÉ ALBERTO SÁ MARQUES DE CARVALHOEXTRACTO

CARLOS ALBERO SIMÕES DE CARVALHO RODRIGUES, Colaborador do Notário do referido Cartório, por competência delegada CERTIFICO, que, para efeitos de publicação, por escritura de hoje lavrada a folhas vinte e sete e seguintes, do livro de notas número 248-L deste, Cartório:ADELINO MANUEL DIAS ANTUNES, solteiro, maior, natural da freguesia de Carvalhal, concelho da Sertã, onde reside no lugar de Gularã, contribuinte fiscal número 121 988 210.DECLAROU:Que, com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor do seguinte:Oito mil/noventa e oito mil setecentos e vinte avos do PRÉDIO RÚSTICO, composto de mato, pastagem ou pasto, cultura arvense de sequeiro e cultura arvense, com a área de noventa e oito mil setecentos e vinte metros quadrados, sito em GALEGAS, freguesia de S. JULIÃO DO TOJAL, concelho de LOURES, inscrito na matriz sob o artigo 1, Secção H, a confrontar do norte com Companhia de Cimento Tejo, do sul com António José Machado e outro do nascente Companhia de Cimento Tejo, Rio Trancão e caminho e do poente com serventia pública, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Loures sob o número um, encontrando-se a referida fracção registada de aquisição a favor do indicado José Lourenço Salvador e mulher Aurora dos Reis Salvador, nos termos da APRESENTAÇÃO CATORZE, DE DOIS DE OUTUBRO DE MIL NOVECENTOS E SETENTA E TRÊS, a que atribui o valor de mil euros.Que ele primeiro outorgante comprou verbalmente os citados oito mil/noventa e oito mil setecentos e vinte avos, do referido prédio aos titulares inscritos José Lourenço Salvador e mulher Aurora dos Reis Salvador, no ano de mil novecentos e oitenta e nove, não tendo chegado a assinar a respectiva escritura, não possuindo por isso, ele justificante título aquisitivo para registar a indicada fracção do prédio rústico, que lhe pertence de facto e de direito, sendo necessária, para o efeito, a assinatura e presença dos titulares inscritos, desconhecendo ele primeiro outorgante a sua morada actual ou se ainda estão vivos.Já tentando por vários meios entrar em contacto com eles, mas sem qualquer sucesso.Que assim ele primeiro outorgante já possui a indicada fracção do dito prédio, em nome próprio, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente da freguesia de S. JULIÃO DO TOJAL, lugares e freguesias vizinhas, traduzido em actos materiais de fruição, conservação e defesa, nomeadamente, usufruindo dos seus rendimentos, cultivando e recolhendo os respectivos frutos, pagando os respectivos impostos e contribuições, agindo sempre pela forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso, uma posse pública, contínua, pacífica e de boa fé, pelo que adquiriu a dita fracção do referido prédio por USUCAPIÃO, título que invoca para estabelecer o trato sucessivo.Está conforme ao original.Tomar, 10/12/2010

O COLABORADOR DO NOTÁRIOCarlos Alberto Simões de Carvalho Rodrigues

Dirigentes de colectividades preocupados com o coret radical dos apoios camarários

“o respeito e o cumprimento do RMAA com a redução proporcional ao «corte»

sofrido pela autarquia no âmbito do Orçamento Geral do Estado”. CC

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 17 DEZEMBRO 2010 | 11PUBLICIDADE

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12 | 17 DEZEMBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO LOURES

“Não nos iremos queixar da redução de verbas”. Foi assim que Hélio Santos, presidente da Junta de Freguesia de Bu-

celas, abordou a dimi nuição das transferências para a autarquia que dirige, decor-rente dos cortes decididos

pelo Governo, no decorrer da sessão solene comemorativa dos 488 anos da freguesia e 83 de elevação a Vila. O que

não significa que a Junta de Freguesia deixe de desenvol-ver projectos e responder às solicitações locais.Para o fazer, o autarca só en-contra um meio, desen volver a solidariedade. “Que a crise não afecte a solidarie dade dos buce lenses”, apelou, numa sala onde marcavam presen-ça muitos responsáveis de colectividades e asso cia ções, bem como represen tantes do mundo do ensino, da se-gurança, da vida empre sarial.Hélio Santos, aproveitou a ocasião para enunciar um conjunto de actividades de-senvolvidas no último ano e comprovar que apesar das cada vez maiores limitações de ordem financeira, é pos-sível valorizar a freguesia.Desde logo o registo da marca “Bucelas, capital do Arinto”, valorizando a nível nacional e até internacional aquela que é uma das maiores riquezas, a produção do vinho branco de excelente qualidade. A cria-ção do núcleo museológico da igreja de Nossa Senhora da Purificação, as obras de alarga mento do cemitério pa-roquial, que estão a decorrer em bom ritmo, a entrega de livros escolares gratuitos a alunos do 1º ciclo, a criação

BUCELAS HÉLIO SANTOS, PRESIDENTE DA JUNTA, E O ACTUAL MOMENTO DA FREGUESIA

“Não nos iremos queixar da redução de verbas”Carlos Cardoso

de maias de 100 lugares de estacionamento, o esforço fei-to ao nível da pavimentação de estradas, recuperação de diversos fontanários, a inau-guração do circuito das Linhas de Torres foram exemplos referenciados pelo autarca, de um trabalho a que pretende dar continuidade ao longo do ano de 2011.Um ano que será marcado pelo início de uma impor tante obra, como disse Carlos Tei-xeira, presidente da Câmara Municipal de Loures, na sua breve intervenção. “Em 2011, vai começar a cons trução do Museu do Vinho”, realçando ainda a “dinâmica que marca a fre guesia, em que quase

todos participam”.Na sessão solene, que contou ainda com breves palavras do coman dante Branco da GNR, preo cu pado com o aumen-to de índice sinistralidade rodo viária na freguesia, do padre Eduardo Freitas e do presidente da Assembleia de Freguesia, Manuel Marecos, “orgulhamo-nos de criar as condições de cidadania para os que cá moram”, foi apre sentada a infofreguesia “Bucelas Capital do Arinto”, uma representação visual da realidade da freguesia, um projecto de marketing ter-ritorial, desenvolvido pelas actividades econó micas da Câmara de Loures.

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 17 DEZEMBRO 2010 | 13ODIVELAS

BREVES

Luis Garcia

ODIVELAS..............................................................................................................................

FAMÕES SMAS NÃO RESPONDEM AOS PEDIDOS DA JUNTA DE FREGUESIA

Crianças brincam junto a ribeira poluída

Solidariedade

Pelo terceiro ano consecutivo, Odivelas organizou uma anga -riação de bens junto da popu-lação, com o intuito de o redistri-buir pelas instituições locais. “Fa-ça Alguém Sorrir”, é o nome do projecto, desen volvido pela Câ-mara Muni cipal. Este ano, o pedi-do foi direc cionado à população infantil, e o intuito foi recolher o maior número possível de CD’s, DVD’s, jogos, artigos de pueri-cultura (cadeiras, berços, camas, carros de passeio, etc.) e de hi-giene (fraldas, toalhetes, cremes hidra tantes, etc.). A distri buição dos bens recolhi-dos será feita por entidades que desenvolvem trabalho social junto de bairros/zonas mais ca-renciadas do concelho: Asso cia-ção Comuni dade Lusófo na (Va-le do Forno); Contrato Local de Desenvolvi mento Social para a Vertente Sul; Associação RU-TE (Serra da Luz/Urmeira); PRO-SALIS (Urmeira); Centro Social da Póvoa de Santo Adrião/Fundo de Apoio às Famílias Necessitadas (Barrun cho); IAC (Arroja); Távo-la Redonda (Caneças); Centro Infan til de Odivelas (Bairro Gul-benkian/Odivelas); e Cen tro Cris-tão Semente Viva (Odi velas).

Protocolo

A Câmara de Odivelas e várias instituições do ensino superior, assinaram um protocolo de co-laboração, no âmbito do pro-jecto de Reabilitação Urbana - RE»URB. Esta parceria visa a ligação e complementaridade entre o Poder Local e o mundo univer-sitário, no sentido de facultar ao Município análises e estudos credíveis que contribuam para a melhoria das tomadas de de-cisão. O protocolo foi assinado com a Faculdade de Arquitectu-ra de Lisboa, a Faculdade de Ci-ências Sociais e Humanas, o IA-DE, o Instituto Superior das Ci-ências do Trabalho e da Empre-sa (ISCTE), o Instituto Superior Técnico (IST), e a Universidade Lusíada.

Um curso de água poluído devido a descargas de esgo-tos domésticos e industriais no Bairro do Trigache, em Famões, tem feito a vida negra aos moradores, que alertam as autoridades competentes para o problema há dois anos, sem obter resposta.O mau cheiro sente-se a me-tros de distância, mas os ha-bitantes do bairro garantem que é bem pior no Verão, quando a pequena ribeira quase não corre e o calor acelera a decomposição. “É um fedor insuportável, não se pode passar por aqui”, diz Rui Alves, o mais inconformado dos moradores.No pequeno curso de água, mistura-se uma pasta aparen-temente composta por papel higiénico e outros produtos que lhe dão um aspecto meta-lizado. A água poluída atrai ao local todo o tipo de insectos e já houve casos de moradores que tiveram de recorrer às urgências médicas por causa da quantidade de picadas de mosquito.A agravar este cenário dá-se o facto de a ribeira ser contígua a um parque infantil. Apesar de o curso de água estar ta-pado com uma rede, naquela zona, a protecção já foi, por várias vezes, furada por crian-ças e jovens que resolvem ir brincar para a água.“É inacreditável que se deixe arrastar esta situação quando

se fala tanto em surtos de malária, leptospirose e outras doenças. Isto é um caso de saúde pública”, reclama Rui Alves, ele próprio médico de profissão, que alerta as autoridades competentes há dois anos, juntamente com outros moradores do Bairro do Trigache.A vogal do Ambiente e subs-tituta legal do presidente da Junta de Freguesia de Famões, Sofia Mateus, garante que a competência de fiscalização e resolução de uma situação deste tipo é dos Serviços Municipalizados de Loures (que também actuam no município de Odivelas). Se-gundo a autarca, a Junta de Famões tem contactado os SMAS “quase todas as sema-nas, por telefone, e-mail e pessoalmente” mas a situação permanece por resolver. Segundo Sofia Mateus, a poluição da ribeira é um problema antigo, mas inten-sificou-se a partir de Maio do ano passado, altura em que ocorreram “descargas mais influentes”. “Nota-se que é algo prateado, parecido com alumínio”, diz a autarca, acreditando que algumas das descargas ilegais sejam de natureza doméstica mas que outras provenham de alguma pequena indústria.Aliás, segundo a responsá-vel, esta situação foi mesmo confirmada por técnicos dos

SMAS de Loures que estive-ram no local, acompanhados por elementos da Junta de Famões e da Câmara de Odi-velas, por mais de uma vez. Na altura, os técnicos terão manifestado a intenção de averiguar quem estava a fa-zer as descargas. No entanto, segundo Sofia Mateus, “nun-ca mais nos disseram nada nem respondem às nossas solicitações”.O Triângulo contactou os SMAS de Loures mas também não obteve resposta até ao fecho desta edição.

Actividades solidárias “Operação Solidária – Rodar”, é o nome de uma iniciativa que irá decorrer na freguesia de Olival Basto, juntando a autarquia local, um grupo de Associações ligadas à área do Cicloturismo e BTT do concelho de Odivelas bem como a Associação de Pais da Escola António Gedeão. No domingo, 19 de Dezembro, a partir das 10.30h, vão percorrer as ruas de Odivelas, dirigindo-se para o Bairro Cassapia, no Olival Basto, onde farão a entrega de brinquedos a crianças carenciadas. Ainda nesta freguesia e numa colaboração entre a autarquia e a firma Tanagra, vão ser entregues, a 23 de Dezembro, cabazes de Natal, a famílias carenciadas.Numa outra freguesia, a norte do concelho, decorre a campanha “Caneças Solidária”, que envolve um grande número de pessoas ligadas à vila, que pretende recolher bens de primeira necessidade que serão distribuídos na quadra natalícia pela Obra do Padre Abel e pelas famílias mais carenciadas da freguesia, em colaboração com o Grupo Sócio Caritativo da Paróquia de São Pedro. Este ano, realizam a recolha junto dos supermercados da zona, nos dias 18 e 19 de Dezembro. Na freguesia mais populosa do concelho, Odivelas, tem lugar e entrega de Cabazes de Natal a famílias carenciadas. Os produtos alimentares recolhidos através da campanha SOLIDARIEDAR, vão agora ser entregues, pela Junta de Freguesia, em forma de Cabaz de Natal, a 63 famílias que vivem momentos particularmente difíceis. Será a 18 de Dezembro, pelas 10h, no Pavilhão Polivalente de Odivelas, tendo o processo de triagem das famílias sido efectuado pela autarquia, após um levantamento da situação familiar dos inscritos, para que os Cabazes sejam entregues a quem realmente precisa. Além dos produtos da campanha de recolha de alimentos não perecíveis, a Junta de Freguesia de Odivelas vai contribuir para cabazes de Natal mais recheados com a compra de azeite, bacalhau, batatas e bolo-rei.

CC

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O Movimento Odivelas no Coração está desde Março deste ano à espera que o seu pedido de adesão ao CLASO – Conselho Local de Acção Social de Odivelas seja aprovado. A 9 de Março foi entregue em mãos a ficha de adesão na “Divisão dos Assuntos Sociais da Câmara Municipal de Odivelas”, onde, segundo o Conselho Directivo do MOC, foram informados “que a próxima sessão do CLASO ocorreria em finais de Outubro e que até teríamos bastante tempo para formalizarmos a nossa candidatura”. Como em Setembro ainda não tinha recebido qualquer resposta, “contactámos o s m e s m o s s e r v i ç o s via telefone, para nos inteirarmos da morosidade de resposta. Desse contacto resultou a transmissão que efectivamente teria sido enviado em 29 de Julho de 2010, uma informação via e-mail proveniente do

gabinete da vereadora com o pelouro da Acção Social, Fernanda Franchi, no qual nos era solicitada uma cópia do nosso Plano de Actividades bem como dos nossos Estatutos. O MOC – Movimento Odivelas no Coração não foi recebedor de tal informação e demos imediatamente conta dessa situação”. A 13 de Outubro, o MOC e n t r e g o u , e n t ã o , o s documentos em causa. Para além de “um pedido de desculpas verbal, foi assegurado que o processo iria ser bem encaminhado e que o MOC, ir ia ser informado o quanto antes para comparecer na próxima sessão do CL ASO que ocorreria dia 9 de Novembro de 2010”.Como, entretanto, não foram contactos para a reunião, responsáveis do MOC diligenciaram, a 5 de Novembro, junto dos serviços da autarquia, para saber

o que se passava. “Daqui resultou a informação que, a sua chefia ainda não teria realizado tal contacto, que o iria fazer mas não haveria qualquer impedimento no que diria respeito á nossa comparência, e mais que o MOC até faria parte da lista dos potenciais aderentes ao CLASO constantes do ponto nº 2 da ordem de trabalhos da mencionada sessão. Inclusive foram-nos até facultados todos os dados da reunião via telefone, nomeadamente local data e hora”, denuncia, em nota de imprensa, o MOC.Porém, “nada disto se veio a verificar a não ser a recepção de um sms na véspera da reunião, informando que o MOC só poderia estar presente na próxima sessão do CLASO e não na de 9 de Novembro, em virtude de aguardarem os pareceres j u r í d i c o s s o l i c i t a d o s ao ISS. Esta sucessão de acontecimentos permite-nos

concluir que, efectivamente este processo é o reflexo de uma total inoperância sem precedentes por parte dos serviços técnicos afectos à Rede Social, ou por parte dos serviços que enquadram tal competência. Restaria sermos conhecedores que tais constrangimentos não se teriam eventualmente verificado com as restantes entidades proponentes, e que com essas sim o processo terá sido conduzido de outra forma tanto mais que se fizeram representar nesta sessão, conforme facilmente se poderá comprovar com a posterior publicação ou divulgação da respectiva

Acta desta sessão de 09 de Novembro”. As sessões do CLASO têm lugar duas vezes no ano. A próxima ocorrerá já em 2012. “Esperamos que os serviços já tenham em sua posse os pareceres jurídicos necessários para que o MOC seja proposto à deliberação dos demais membros que compõem o CLASO”, termina a nota de imprensa.O MOC é uma Associação que tem por objecto a promoção do exercício de cidadania e da actividade cívica no concelho de Odivelas. A sua actividade promove o incremento do espírito cívico, realizando actividades de natureza social

MOC (des)espera pela adesãoao Conselho Local Acção Social de Odivelas

que beneficiem a qualidade de vida no Concelho e o bem-estar da população.

CC

O Movimento Odivelas no Coração, assinou no dia 9 de Dezembro, um protocolo de cooperação com o Banco Alimentar contra a Fome. “Esta colaboração, vai permitir dar continuidade ao apoio que o Movimento Odivelas no Coração oferece neste momento, já a cerca de 30 famílias de Odivelas” representando, segundo o Conselho Directivo do MOC, um “reconhecimento do nosso trabalho”.

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Uma sondagem recente, mostra que os portugueses continuam a considerar os políticos como a classe mais corrupta da nossa sociedade.Nesta quadra festiva que agora entra, pareceu-me bem fazer, em voz alta, algumas considerações sobre questões de valores e de ética na política. Sem falsos professorismos ou moralismos.A pessoa humana, pela sua própria essência, tem uma di-mensão social: comunga com os seus semelhantes.Entre outros aspectos dessa comunhão, avulta a actividade política.Muitas pessoas sentem que a vertente da dimensão social da sua humanidade para a qual se sentem vocacionadas é a da política activa.É claro que, se se trata de uma dimensão social, o primeiro cri-tério a observar é o da busca do bem comum.Nele ela encontra a sua completa justificação e significado. E o bem comum inclui o conjunto das

condições da vida social, isto é, dos indivíduos, das famílias e das instituições.Depois, a política tem que fa-vorecer, nas pessoas e na socie-dade, a defesa e promoção da justiça: apoiar e promover os direitos e deveres de todos e de cada um, na base do respeito pela dignidade da pessoa humana.Finalmente devemos realçar o espírito de serviço. A actividade política envolve, necessaria-mente, o conceito de serviço: disponibilidade desinteressada, entrega generosa, solidariedade profunda.Só com estes predicados é pos-sível tirar as pessoas e as socie-dades do anonimato, dar-lhes consciência do seu estatuto enquanto cidadãos e enriquecê-los com tudo aquilo a que têm direito.A coesão das sociedades de-pende, em boa parte, da solidez, estabilidade e credibilidade da sua classe política.Os políticos, por isso, têm que estar bem preparados, instruí-dos com os meios necessários e oportunos, colhidos através da sua formação pessoal e do cuidado em integrarem-se nos diversos grupos e ambientes da sociedade civil onde estão inse-ridos, por meio do diálogo com eles. Costuma chamar-se a isto experiência.Os políticos, assim envolvidos, devem expressar o legítimo sentir da sociedade, sendo a locomotiva

das necessidades e anseios das pessoas que os elegeram ou que pretendem representar.Isto pressupõe, evidentemente, uma constante luta interior de cada político para superar certas tentações que, infelizmente, ao prevalecerem, são o descrédito da classe política e provocam o desencanto com que os cidadãos a valorizam: “os políticos são todos iguais” costuma dizer-se, fa-zendo um nivelamento por baixo.De facto, as fraquezas por que os políticos se deixam arrastar – re-curso à deslealdade e à mentira, desperdício dos dinheiros públi-cos, vantagens para uns poucos, promoção de clientelas e uso de meios ilícitos, ou, pelo menos, equívocos, para a qualquer custo conquistar, conservar ou aumen-tar o seu poder - não abonam nada em seu favor.Em Portugal, a imagem que existe dos políticos é esta:a) Não estão preparados ou são incompetentes; quantos de nós já não nos interrogámos, vezes sem conta, sobre a preparação teórica e prática de tantos autarcas, nos executivos das Câmaras Mu-nicipais e das Juntas de Freguesia. Basta assistir às suas reuniões públicas; b) Não assumem os erros, igno-rando-os, ou passando as culpas para outros;existe sempre uma conjuntura económica e política e uma oposição renitente para tudo justificar;

c) Dizem, ou prometem, hoje, uma coisa e, num espaço de tempo cada vez mais curto, desdizem-se ou fazem o con-trário; quantos novos mercados, pavilhões desportivos, piscinas, escolas, etc, não se prometeram nas campanhas eleitorais e que depois são todos absorvidos por um espesso nevoeiro?d) Tratam primeiro dos seus inter-esses e das suas carreiras e dos das suas clientelas; é só passar em revista a quantidade de as-sessores, adjuntos, avençados e similares que pululam nos gabine-tes de tantas Câmaras e até Juntas de Freguesia, para além dos que estão nas empresas municipais; e) Manifestam uma confrangedo-ra falta de humildade na maneira como procedem. Olham o mundo como algo que gira à sua volta;“perdão”, “desculpem”, “enganei-me”, etc., são termos que rara-mente se ouvem dos políticos.Tudo isto, infelizmente, está hoje na ordem do dia ao olharmos para o estado a que chegou o nosso querido Portugal.Trabalhar para o bem comum, defender e promover a justiça e ter espírito de serviço, são roupas que temos muita dificuldade em vestir nos nossos políticos.Mas a pior coisa que pode acon-tecer é os cidadãos, enojados com toda ou alguma classe política, desligarem-se desta realidade, mesmo quando esta lhes aplica grandes sacrifícios e injustas penalizações, por razões para

as quais em nada contribuíram.Quanto pior é a situação, mais esta exige a participação activa e responsável de todos na vida pública, desde os cidadãos indi-vidualmente, aos vários grupos, movimentos, sindicatos, militan-tes, porventura adormecidos, dos partidos.Todos e cada um devemos ser, não só destinatários da política, mas protagonistas dela.E existe, actualmente, uma razão acrescida para isso.Avizinha-se uma ainda maior vaga de pobreza e de dificuldades económicas, a qual deve fazer apelo a uma maior solidariedade.Mas a solidariedade não pode ser um sentimento de vaga compaixão ou de enternecimento superficial pelos males que vão sofrer tantas pessoas, próximas ou distantes.Não! Sem descurar a ajuda ao próximo, a solidariedade tem que ser hoje a determinação firme e perseverante de cada um se empenhar pelo bem comum, pelo bem de todos e de cada um, porque todos nós somos responsáveis por todos.E isto faz-se pelo envolvimento e pelo interesse na actividade polí tica, a qual começa, eviden-te mente, nos partidos, movi-mentos, sindicatos, mas também nas autarquias, fre guesias e municípios.E todos os meios legítimos são permitidos.É assim que se combate o ar-

rivismo, a idolatria do poder, o egoísmo, a corrupção e a incom-petência, que são muitas vezes assacadas às classes dominantes do poder político.É também assim que se regenera o tecido político, com uma nova plêiade, porventura mais perfei-ta, porque nascida e amadurecida nas dificuldades.Nada, nem ninguém, justificam, nem o cepticismo, nem o ab-sentismo dos cidadãos quanto à coisa pública.Por falar nisto, parece-me que o melhor modo de ter pessoas competentes e desinteressadas na política é trazer para ela aqueles que na sociedade civil mais produzem, anonimamente e com grande dedicação e sacrifício das suas vidas e famílias, em favor de quem precisa.Refiro-me a quem se dá aos outros em diferentes actividades sociais de bem-fazer.Existem alguns na política, em Odivelas, e são nestes que eu mais acredito, porque ao terem, antes, um passado solidário e de entrega ao bem comum, garantem uma política com dignidade, hones-tidade e de serviço ao próximo.E que amanhã, ao bem gover-narem, criem as condições para que cada vez menos cidadãos precisem das suas ajudas de hoje.

João CarvalhoJurista

Ex-membro da Assembleia Municipal de Odivelas

[email protected]

A (des) credibilização da actividade política“Nações, homens e cães, todos têm o mesmo instinto, o mesmo pecado de gula, e, diante do osso,o mesmo esquecimento de toda a justiça”

(Eça de Queiroz, “Ecos de Paris”)

OPINIÃO

Polémicas á parte, aquilo que aconteceu ao Dr. Manuel Varges, foi indigno pelo modo como aconteceu. Goste-se ou não da pessoa em causa, e sem entrar nos méritos ou deméritos, da-quele cidadão, a verdade é que as funções que exerceu não foram fáceis dada a singularidade de que se revestiram e refiro-me não apenas ao período em que presidiu á comissão instaladora do Município de Odivelas, mas também ao primeiro mandato saído das eleições neste mesmo Município.Foi bom, foi mau? A medalha de Honra não se destina, certamen-te, ao resultado dessa avaliação, por isso essa questão não se deve colocar.Outros teriam conseguido ins-talar o Município? Concerteza. Então a medalha não devia servir para honrar essa instalação, pois a instalação do município por parte da Comissão instaladora correspondia a um dever em que foram investidos os respectivos membros da mesma: Dr. Manuel Varges, Carlos Lourenço, Dr. Fernando Ferreira, Dra. Natália Santos e Francisco Pereira. Fi-

zeram a sua obrigação, por isso não vejo fundamento para essa homenagem.Mesmo os senhores deputados que subscreveram os vários projectos partidários votados na Assembleia da República, mais não fizeram que a sua obrigação, e ainda assim porque não se atre-veram contrariar um processo já imparável.Uma homenagem, em princípio, deve ser realizada para quem ultrapassa o simples dever de função. E esta é que é a questão.Só no caso dessa instalação com subsequente mandato electivo tivesse decorrido de uma forma verdadeiramente excepcional, o que não é o caso, pois subsistem problemas fruto de erros políti-cos, de que avulta o famoso caso dos SMAS. Independentemente de quem tem culpas no cartório.Quando sabemos, hoje, que o Município de Odivelas ocupa a posição de 15º município no indicador populacional, num universo de 308 municípios;Quando sabemos que em demo-cracia só foram criados 4 novos Municípios (Amadora, Vizela, Tro-fa e Odivelas), e mesmo antes da

revolução de 1974, á décadas não nascia nenhum novo município;Então aí sim a criação do Mu-nicípio de Odivelas foi algo de verdadeiramente excepcional, sobretudo porque contou com muitas e poderosas resistências, uma delas vindas da própria Pre-sidência da República que temia segundo afirmou em discurso num congresso da ANMP em Vi-lamoura “a atomização do poder municipal em Portugal”.Dito isto a história registará, já registou, que se o Município de Odivelas conheceu a luz do dia, foi porque um conjunto de cidadãos, dando-se ao trabalho de fazer algo mais do que a sua simples obrigação, se juntaram, e formalizaram a sua associação do Movimento Odivelas a Concelho.E foi este Movimento, é certo não com igual contributo dos seus membros, em que uns se destacaram mais do que outros, fomentou o ideal e alavancou a criação do Município de Odivelas.Ao MOC se deve creditar o mérito do objectivo alcançado, á época, pois hoje cada um dos membros do MOC é credor do reconhe-cimento da sua acção, visto ter

sido aquele movimento extinto, cumprida que foi a sua Missão.E que Missão. Impossível para muitos (demasiados) e fazível, para poucos. E aqui bate o ponto: foram aqueles que abandonando uma atitude passiva de assistir ao que outros fazem, estes com o sacrifício da sua vida pessoal, familiar, profissional e académica, em prol de um ideal, quantas vezes sentindo que forças po-derosas obstaculizam o sonho, algumas vezes parecendo algo distante esse sonho. Sem terem a obrigação de o fazer. Sem almejar outra coisa que não o desenvolvimento da sua terra. Sem terem interesses mobiliários, imobiliários ou outros, esta gente, os membros do MOC, ultrapas-sando o simples dever de função, ou de cidadania, logrou tornar possível uma realidade de forma verdadeira extraordinária.O Município de Odivelas já atri-buiu várias medalhas de honra, ao longo da sua existência, mas nunca se dignou fazê-lo aos que primacialmente deveriam ter sido agraciados. O Dr. Manuel Varges também tem culpas no cartório, pois nos 7 anos que esteve á

frente do município nunca se lembrou do MOC, e hoje sente na pele (grande ironia) a ingratidão alheia.Os que deveriam ter sido os pri-meiros honrados com a medalha, são: Edgar Francisco Edgar Valles, José Luis Anacleto Rosa Mendes, Horácio dos Santos Barrileiro, Jor-ge Manuel Mendes, José Alberto Alves Baptista, José António de Oliveira Dias, António Eduardo dos Santos Gonçalves, António Manuel Figueiredo Nunes, José Manuel Damas Duarte, José Manuel Mendes Tudela, Maria de Fátima Barros de Oliveira Figueiredo Nunes, Maria Helena de Almeida Morgado, João Pedro da Cruz Dias Caratão, João Mário Pestana Figueira, Carlos Manuel Pereira Lérias, Edmundo Fernan-do Paula de Assunção, Victor Ma-nuel Lourenço Machado, estes 17 fundadores do MOC;E ainda Armando Fernando Ramalho dos Santos e António Adolfo Faustino, integrantes dos corpos sociais do movimento juntamente com os fundadores.Mas a justiça só será feita se o mentor de tudo isto também for incluído – o Victor Peixoto.

Odivelas não se deve envergo-nhar da sua história recente. E esta gente pode ser esquecida, pode até ser ignorada, mas nin-guém lhes retira o valor, pois esse está á vista.

Oliveira Dias, Politólogo

Medalha de Honra Grau Ouro - OdivelasOPINIÃO

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16 | 17 DEZEMBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO ODIVELAS

“A Ilha Encantada”Depois dos sucessos de “Capuchinho Vermelho”, “João e o Pé de Feijão” e “O Gato das Botas”, estreou no passado dia 14 de Outubro a peça de teatro infantil “A Ilha Encantada”, com texto e encenação de Fernando Gomes e que estará em cena até ao final de Julho do próximo ano e destinada às crianças de todas as idades.A proposta é um novo espec-táculo onde, tal como nos anteriores, não vai faltar a magia, o divertimento, o estímulo à imaginação; uma fonte de prazer e aprendizagem.Para escrever A Ilha Encantada, Fernando Gomes inspirou-se nos contos maravilhosos que ouviu

em criança - há muitos... muitos anos atrás! - mas que o tempo não apagou da sua memória. Através do prazer e das emoções que as histórias proporcionam, o ‘maravilhoso’ sempre foi e continua a ser um dos elementos mais importantes da literatura destinada aos mais novos....A Ilha Encantada é contada em forma de lenda, uma tradição oral que, passando de geração em geração, narra acontecimentos fantásticos; contada... e cantada, uma vez que a música é uma presença constante neste espectáculo, uma maravilhosa Fantasia Musical. O público é convidado a entrar numa ilha, uma ilha

misteriosa onde se destaca um castelo, um barco, e o seu mais velho habitante, um simpático contador de histórias, que além de receber os visitantes, os convida a participar no jogo teatral do “faz de conta”. Assim, Actores e Público vão “desembarcar” no mundo das lendas, no mundo do teatro, no mundo dos sonhos, no mundo da Ilha Encantada!“E conta a lenda... que há muitos, muitos anos atrás, aqui não havia nada, só mar, um imenso mar... até que um dia, um pescador, que ali andava a pescar, sentiu o barco a tremer, o mar a desaparecer e nesse mesmo lugar uma ilha vi nascer.

E segundo conta a lenda, essa ilha era apenas habitada por animais de diferentes espécies e raças, mas todos se davam maravilhosamente bem uns com os outros. Todos!’Até que apareceu um pirata e com ele... A Poluição! Tudo isto conta a lenda... Mas o mais que a lenda conta... não posso agora contar! Deixo isso para os Actores que no palco vão entrar... e com amor, com magia... A história da Ilha Encantada... a todos vão revelar! Preparem-se pois para uma viagem ao maravilhoso mundo das lendas... no mundo do teatro... no mundo dos sonhos... no mundo da Ilha Encantada!

Com autoria e adaptação de Fátima Éffe e encenação de Hélder Gamboa, O Vendedor de Fósforos é a proposta do Centro Cultural Malaposta para o público infantil, que estreou no passado dia 8 de Dezembro e estará em cena até 30 de Janeiro, no Auditório, para escolas durante a semana por marcação e ao fim de semana para o público em geral. Numa localidade próxima daqui, é tempo de Natal.Tempo de frio, de muito frio. E de neve. As pessoas correm atarefadas com os sacos carregados de compras, laços, fitas e enfeites. Porque falta sempre um último presente apesar do muito, excessivo, dinheiro que já se gastou. Apressadas e bem agasalhadas, atropelam-se, impacientam-se com as esperas e as demoras.Um rapazinho, um vulgar vendedor de tapetes, observa o leve tombar da neve e o pesado atropelo das pessoas... até que descobre uma curiosa e misteriosa caixa. De quê? De fósforos? Quem os teria perdido? E como é que a caixa está enxuta e intacta apesar da neve que tomba? Será que ele se atreverá... a acender? E, depois? O que pode acontecer?Afinal, esta bem poderia ser ‘apenas’ mais uma história de Natal...Mas talvez não seja... Talvez acenda o espanto e o encanto do rapazinho - e de todos nós! - Sempre que descobrimos a poderosa magia dos tais fósforos...

O Vendedor de Fósforos O Vendedor de FósforosFernando Gomes é o autor de “Garret no Coração”. Peça de teatro-comédia que estreou no dia 2 de Dezembro, no Auditório do Centro Cultural Malaposta, às 21H30, e com a qualidade a que já nos habituou em anteriores espectáculos. No salão nobre do Convento das Madalenas Calçadas. Sob a direcção da Madre Ribalta, as irmãs Sensibilidade, Benilde, Tragédia, Paulette, Suplício e La Salete, acompanhadas por dois irmãos do Convento dos Sandalinhas do Pescador organizam uma récita de homenagem a Almeida Garrett, com o propósito de darem a conhecer um pouco sobre a vida e obra do autor, contribuindo assim para o aumento do nível cultural do país.Juntando o útil ao agradável, com esta récita, as Madalenas Calçadas têm ainda a esperança de conseguirem angariar fundos, que as ajudem a suportar a crise económica que também atingiu o convento.Encenado por Fernando Gomes, a partir de textos seus e de Almeida Garrett, o espectáculo “GARRETT NO CORAÇÃO”, é um musical de convento.A acção decorre no Salão Nobre do Convento das Madalenas Calçadas, durante uma récita de homenagem ao autor de “Frei Luís de Sousa”Sob a direcção da Madre Superiora, as irmãs Sol, Lua, Angústia, Benvinda e Suplícios, acompanhadas pela música da banda “Os Papos de Anjo”, homena geiam Almei da Garrett em for ma de récita, ou “jogos florais”.Estas personagens, grandes admiradoras do “escritor român tico, solda do do liberalismo, c o m p r e e n s i v o e aberto, reformador clari vi dente, diplo-m ata h a b i l i d o s o, e m p r e e n d e d o r e revolucionário”, so-bem ao palco com o propósito de dar a conhecer um pou co sobre a vida e obra do autor. Um espectáculo recheado de mo-mentos humo rísticos construídos com base em algumas das mais m a r c a n t e s o b ra s e personagens de Almeida Garrett.

João Chora é o fadista que irá actuar no Café-Teatro do Centro Cultural Malaposta no dia 18 de Dezembro, Sábado, às 22H00, num espectáculo com apresentação e canto de Maria Mendes e Manuela Tonizzetti como artista convidada.Nos inícios da década de oitenta, numa sequência lógica dos aparecimentos dos Grupos de Musica Popular Portuguesa, “Brigada Victor Jara”, “Ronda dos Quatro Caminhos”, João Chora integra o “Grupo Gente” na Chamusca. Faz, para além de inúmeros espectáculos em Portugal, a sua primeira digressão a França em 1984. Mas é o fado que o fascina. Pelo Ribatejo faz inúmeros espectáculos acompanhando os guitarristas e amigos José Inês, Raimundo Seixas, José Manuel Bacalhau, Custódio Castelo, Luís Petisca, José Carlos Marona, Paulo Leitão ou Bruno Mira. Reparte palco com grandes violas de fado nomeadamente, Carlos Velez, Gilberto Silva, Carlos José Garcia, Alexandre Silva, Rui Girão e Pedro Pinhal. Em meados da década de oitenta o fado sucede habitualmente em Almeirim na “Tendinha” e Entroncamento no “Jockey Bar”. João Chora tem cerca de 30 anos de actividade artística. Desde a musica sacra, de baile, à popular, ligeira e ao fado, poder-se-á dizer

João Chora

que João Chora é u m a r t i s t a multifacetado. No ano que com-pleta meio século de v ida, João Chora inova e renova-se, sendo um dos artistas mais queridos do grande público e dos verdadeiros a m a n t e s d o fado. É sempre um privilégio para quem o vê e o ouve, sinónimo de qualidade e de grande profissio-nalismo. João Chora um Fadista de ontem, de ho je e do amanhã.

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 17 DEZEMBRO 2010 | 17ODIVELAS

Paulo Aido, 49 anos, jorna-lista, vereador independente na Câmara Municipal de Odivelas, lançou, recente-mente, o livro “A Confidente de Sá Carneiro”, que já vai na sua terceira edição, tendo ocupado o top de vendas na Bertrand e na Bulhosa, por exemplo.Não se trata da sua primeira obra. Paulo Aido já publicara diversos livros, todos de te-mática religiosa. Esta obra surge, por isso, ao arrepio daquilo que fizera até ao momento.A confidente de Sá Carneiro é Conceição Monteiro que, durante seis anos acompa-nhou o percurso, político e pessoal, daquele que é considerado, especialmente por parte dos militantes e simpatizantes do PSD, o seu “líder mítico”. E porque se trata de um olhar liberto e descomprometido, no sentido em que não existe a preocupação de fazer análi-se política ou de avalizar a história, para mais passados trinta anos de muitos dos acontecimentos que são narrados, o livro surpreende principalmente por uma visão mais intimista, tra-zendo à luz do dia episódios curiosos.Conceição Monteiro, oriun-da de uma família abastada e que vivia em Loures, liga--se ao PSD de uma forma emocional, depois de ou-vir uma intervenção de Sá Carneiro na televisão. E, num processo empático interessante, Sá Carnei-ro, após alguns primeiros contactos, pede-lhe que seja sua secretária. “Não uma secretária qualquer, não uma dactilógrafa. Era uma secretária especial, era de facto a pessoa que iria tomar conta dele. Criou-se a partir daí, falamos de seis anos, um dos quais em que Sá Carneiro esteve no Go-verno, uma relação íntima, de grande amizade”.

É esta relação que trespassa o livro. Não se está, pois, perante uma biografia do que político, mas sim pe-rante um “retrato intimis-ta, o retrato pessoal de Sá Carneiro, feito por Concei-ção Monteiro” uma mulher que “viveu para o partido e para Sá Carneiro”. E viveu não apenas em termos da militância partidária, pois era uma típica funcionária do PSD, mas igualmente no foro pessoal.“Conceição Monteiro com-preendeu o percurso de vida do líder social-democrata, mesmo o seu percurso de vida pessoal, a sua relação com Snu Abecassis. Ela é cúmplice nesse trajecto, que foi muito complicado. Só que, uma das características de Conceição Monteiro é a de ser um poço sem fundo. Não revelava nada”, diz Paulo Aido.Trata-se de um dos aspectos mais interessantes do livro. Sá Carneiro era um homem conservador, católico, um católico activo, oriundo do Norte do País. Era um homem casado, pai de cinco filhos. A sua intervenção politica e a dedicação a uma causa em que acreditava, que o obrigou a vir para Lisboa, terão levado ao progressivo afastamento de sua primeira mulher, Isa-bel. Pressupõe-se, por isso, que, em certos momentos da sua vida, terá vivido uma solidão íntima.Num encontro com a es-critora Natália Correia, esta falou-lhe de tal forma de Snu Abecassis, responsável pela D.Quixote, que já pu-blicara, inclusive, livros de Sá Carneiro, que este aca-bou por pedir a Conceição Monteiro que lhe marcasse um encontro. Quando veio tinha um brilho nos olhos, refere, no livro, a Confiden-te, no que seria o princípio de um amor que terminou de forma dramática.Não foi um processo fácil.

Falamos de um Portugal que começava a despertas para novas realidades há poucos anos. Manter uma relação pública com uma mulher, para mais um homem com responsabilidades, católico, sem estar ainda divorciado, implicou fazer frente a um rol de preconceitos. “Foi uma atitude de coragem ao tempo. De grande frontalidade. A sua relação com Snu Abecassis estava acima de tudo, de tal forma que colocou mesmo

a hipótese de abandonar o partido se o país não o en-tendesse”.Conceição Monteiro refe-re que Sá Carneiro disse “que iria morrer cedo”. Assim aconteceu, falecendo na que-da de um avião em Camarate. “ Morreu com 46 anos e com ele, a seu lado, Snu Abecassis. Estamos de facto perante uma tragédia de amor”.A “Confidente”, que fala no li-vro como se o tivesse escrito, assumiu para si própria um

objectivo, “o de perpetuar o legado de Sá Carneiro. Fá-lo de uma forma muito fácil, pois tem uma memória extraordinária. Tem agendas com notas das reuniões e dos encontros, mas disse--me que se soubesse que Sá Carneiro iria morrer pre-cocemente, teria feito um diário”.Uma mulher que surpreen-deu o escritor Paulo Aido. “Pensava que Conceição Monteiro, era uma pessoa

resistente a falar do passado. Mas não, encontrei alguém absolutamente disponível. Falámos horas e horas. Penso que o essencial está aqui, um retrato através da memória de Conceição Monteiro”, um retrato de alguém que gostava de um bom chouriço ou de um vinho típico, um retrato do homem, talvez menos do que do político. Por que essa será outra lei-tura, mais complexa e não menos polémica.

“A CONFIDENTE DE SÁ CARNEIRO”

As memórias de Conceição Monteiro pelas palavras de Paulo Aido

Carlos Cardoso

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18 | 17 DEZEMBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO MAFRA

BREVESMAFRA..............................................................................................................................

Carlos Cardoso

Concurso de montras de Natal em Mafra com a participação do comércio local

Concerto

Na Basílica do Palácio Nacional de Mafra tem lugar, a 19 de De-zembro, pelas 21.30, um con-certo de Natal, com entrada livre. Para além do Grupo Co-ral de Mafra, participa o Grupo Coral do Montijo, bem como o Grupo Coral de Benavente.

Sangue

No domingo, 12 de Dezembro, realizou-se na APERCIM uma colheita de sangue, levada a ca-bo pela Associação de Dadores de Mafra. A adesão foi enorme, mais exactamente 246 presen-ças, das quais 20 deram sangue pela primeira vez.

Ericeira

A Secção de Patinagem Artísti-ca do Grupo Desportivo União Ericeirense, realizou o Sarau de Natal 2010, no Pavilhão Muni-cipal da Ericeira. Um momen-to de convívio para os atletas, mas também pretende a opor-tunidade de se deleitar o olhar de quem observa a alegria as-sociada à exibição do fruto do trabalho de todo um ano.

Presépios

Está patente na Galeria Orlan-do Morais, até dia 9 de Janeiro de 2011, uma exposição dedi-cada aos presépios, elaborados por 27 artistas diferentes. A ex-posição pode ser visitada todos os dias das 10h00 às 18h00. Os presépios são feitos em mate-riais muito diferentes, desde o barro e o tecido, à madeira, es-camas de peixe, bambu, entre muitos outros. A Galeria Orlan-do Morais fica situada na vila de Ericeira, no Posto de Turismo.

A adesão ainda está longe das potencialidades, mas o pontapé de saida foi dado. Cerca de meia dúzia de co-merciantes responderam ao desafio da ACISM- Associa-ção do Comércio, Indústria e Serviços do Concelho de Mafra que retomou uma iniciativa, que não sendo uma ideia inédita, pretende contribuir para promover o comércio do concelho, a realização de um concurso de montras com o tema da época: o Natal.Carlos Santos, presidente da Direcção da ACISM, no convite que endereçou aos associados, lembra que o “Natal é por si só um pe-ríodo de maior dinâmica no comércio em geral mas, porque queremos dinamizar o comércio local durante todo o ano e principalmen-te neste período propício a um aumento do consumo, resolvemos relançar esta ini-ciativa. Faz parte da tradição exibir uma montra diferente, ainda mais apelativa que o habitual, no Natal, com ele-mentos decorativos alusivos à época, e por isso lançámos o desafio a todos os asso-ciados com estabelecimen-tos do concelho de Mafra”. Sob o tema do Natal, a ACISM apelou a todos os seus as-sociados, de todo o conce-lho, que decorassem as suas montras, tornando ainda mais agradável o actual perí-odo natalício e contribuindo

para sensibilizar a população no sentido de fazer as suas compras nas lojas e empresas do concelho de Mafra.“Se, por um lado, a ACISM pretende dinamizar os es-tabelecimentos, por outro deseja suscitar a curiosidade da população na sua visita e apreciação às montras a concurso”, acrescenta Carlos Santos.Estimular o comércio tradi-cional, motivar o concelho e sua população para con-

sumir nos estabelecimentos locais, “em detrimento das grandes superfícies e centros comerciais, fortalecendo as

suas raízes com a sua terra, onde o ambiente é mais fa-miliar e o conceito de Natal ainda assume as sua carac-

terísticas mais simbólicas” foi ao fim e ao cabo o grande objectivo de mais uma con-curso de montras de Natal.

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 17 DEZEMBRO 2010 | 19MAFRA

A Assembleia de Freguesia da Venda do Pinheiro, realizada a 7 de Dezembro, chumbou a proposta de Orçamento e Plano de Actividades para 2011, apresentada pelo exe-cutivo liderado pelo social--democrata Vítor Rodrigues. A Assembleia de Freguesia da Venda do Pinheiro é consti-tuída por seis autarcas do PSD, cinco do PS, uma da CDU e um do PP. Nas eleições realizadas em Outubro de 2009, o PSD perdeu a maioria absoluta.O chumbo do Orçamento e do Plano de Actividades está a provocar uma acesa troca de acusações entre PS e PSD, as forças políticas com maior peso eleitoral. Em causa está, essencialmente, o cumprimento do estatuto de oposição, por parte de quem dirige a autarquia.“Aquando da discussão do Plano de Actividades e Or-çamento para 2010, em 23 de Dezembro do ano passado o Partido Socialista alertou de forma escrita, e outros par-tidos desta Assembleia com o seu voto, que de acordo com a Lei em vigor, todos os Partidos que não estão repre-sentados no Executivo desta Junta, deve riam ser ouvidos aquando da elaboração do Plano de Actividades e Or-çamento para 2011. Com esse propósito, a bancada do PS e os restantes partidos da oposição presentes na Assembleia abstiveram-se para, em nome da popula-ção, dar forma e condições de governabilidade ao pre-sente Executivo para 2010. Esperava-se que os incum-primentos e o desrespeito democrático não mais se voltassem a repetir”, refere, na sua declaração de voto, a bancada socialista.Em causa está, pois, o cumpri mento do articulado da Lei 24/98. Porém, a sua não concretização, tornou a acontecer, aquando da apre-sen tação do Orçamento e do Plano para 2011. Documen-tos que são, segundo os socia-listas, a”continuação de uma política sem estratégia, feita avulso, sem planeamento integrado e afastado das po-pulações com um somatório de opções que acentuam as desigualdades e aumentam a exclusão social. Numa das freguesias do concelho com uma componente urbano exponencial o seu desenvol-vimento sustentado conti-nua ausente...Nenhuma das

propostas que ao longo das seis sessões de Assembleia já realizadas e que o PS propôs, foi tida em linha de conta. É lamentável e revela autismo político”. Daí, e em nome da “credibilidade de princí-pios”que o PS tenha votado contra a aprovação do Plano e do Orçamento.Uma atitude politica desde logo condenada pelo PSD de Mafra. A Comissão Política Concelhia acusa o PS de ter assumido uma “posição irresponsável” consideran-do que o voto contra, “foi fundamentado em questões menores e processuais. O que o Partido Socialista e os seus autarcas na Assembleia de Freguesia da Venda do Pinheiro alterariam na pro-posta de Orçamento e Plano de Actividades para 2011 apresentada pela Junta de Freguesia? Estarão o PS de Mafra e os seus autarcas na Assembleia de Freguesia da Venda do Pinheiro conscien-tes do impacto da sua decisão de voto na gestão financeira de curto prazo na fregue-sia da Venda do Pinheiro?”, perguntam os social demo-cratas. “Não existe qualquer estratégia alternativa e cons-trutiva por parte do Partido Socialista, apenas a política da irrespon sabilidade do não governo”, acusam, ainda.A resposta não se fez es-perar. Em comunicado, o Secre tariado da Comissão Politica da Concelhia do Partido Socialista em Mafra lembra que o PS “em todos as Assem bleias de Freguesia já realizadas, sempre tem feito recordar ao Executivo do PSD que este necessita de cumprir a Lei, dando conhecimento documental dos seus actos e chamando os partidos da oposição ao debate prévio dos documen-tos fundamentais de gestão. É uma obrigação legal que o PSD não cumpre...Ficamos estupefactos quando um partido político que já foi Governo neste Pais considera que “questões menores” são o respeito e o cumprimento da Lei”.

O PS rejeita, por outro lado, a acusação do “impacto da decisão do seu voto na gestão financeira da Junta”, referin-do que “os custos financeiros correspondem a 0,0007 por cento do Orçamento pro-posto. Agora, o que importa referir e mais importante do que a despesa que o chumbo representa, é a quem cabe a exclusiva responsabilidade politica por o mesmo ter acontecido! E, esse facto, tem um único responsável, o PSD”.Indo mais longe, o PS lembra que em todas as Assembleias de Freguesia apresentaram propostas e “disponibili-dade para trabalhar com o Executivo na resolução de problemas da freguesia, como foi o caso do fecho do Posto da Segurança Social, cuja condução do processo o Presidente da Junta Vítor Rodrigues declinou porque o quis fazer sozinho … ten-do fracassado”. Indo mais longe, acusa o “actual Presi-dente, de estar a auferir um

vencimento de presidente a meio-tempo, mas nunca estar presente. Basta ir à Junta para se verificar quantas vezes lá se encontra!”.O PS, aproveita para trazer á tona um conjunto de proble-mas que estão por resolver. “ Onde está a resolução da tomada e largada de alunos no acesso ao Colégio de Stº André, em segurança? “Onde está a instalação da ETAR no Parque Empresarial da Venda Pinheiro? “Onde está a segurança das pessoas ao longo da Av. 9 de Julho? O P S reafirma que está disponível para ajudar a melhorar a vida das populações, ainda que para isso tenha de viabili-

PS E PSD FAZEM ACUSAÇÕES MÚTUAS DEVIDO AO CHUMBO DO PLANO E ORÇAMENTO PARA 2011

Ambiente “quente”na Venda do Pinheiro

zar os Planos Actividades e Orçamentos propostos, nas diversas freguesias, por quem é nosso adversário politico. Agora ,o que não pactuamos é com mentiras, falta de visão estratégica e incumprimen-tos legais”.À hora do fecho desta edi-ção, eia ter lugar uma nova

Assembleia de Freguesia, esperando-se, e caso todos os autarcas estejam presentes, que o problema se venha a resolver e o executivo con-siga ver aprovado o Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2011. O que não invalida que o primeiro sinal tenha sido dado.

Carlos Cardoso

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20 | 17 DEZEMBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO MAFRA

O Director de Formação do Comando de Instrução e Doutrina do Exército, Major – General João Manuel dos Santos Carvalho, presidiu, na manhã de 14 de Dezembro, ao Juramento de Bandeira dos 115 soldados recrutas do 10º Curso de Formação Geral Comum de Praças do Exército 2010. A cerimónia teve lugar, na Parada Coronel Magalhães Osório, na Casa – Mãe da Infantaria, com bom tempo.Na Porta d’ Armas, pouco an-tes das 11 horas, realizou-se a homenagem aos Mortos pela Pátria, com a deposição de um ramo de flores e orações recitadas pelo capelão da EPI Rui Peralta.Após as honras militares foram atribuídas condecora-ções a militares da Unidade, recentemente agraciados. A medalha de comportamen-to exemplar, grau prata, foi entregue ao capitão Pedro Miguel Vaz Pires Ferreira. Receberam a mesma me-dalha, mas de grau cobre, o 1º Cabo David Miguel dos Santos Cruz e o 2º Sargento Ana Cecília Afonso Castro Teixeira. Com a medalha comemorativa de comissões de serviço especiais foram condecorados o capitão Bru-no Alexandre G. Oliveira, Sar-gento Rui Nuno G. Fernandes e o 1º Sargento Paulo João V. de Oliveira.O Capitão de Infantaria Rui Miguel Coelho Borges pro-feriu uma alocução tendo

salientado a certa altura: «A decisão de cumprirem o ser-viço militar, foi uma enorme manifestação de coragem. A vossa disponibilidade, dedicação e vontade de bem

servir o Exército e Portugal deve ser realçada e apontada como exemplo de pleno exer-cício da cidadania, de escolha livre, responsável e modelar para os jovens de hoje».

Na EPI houve mais um juramento de bandeira

CARTÓRIO NOTARIAL DE TOMAR A CARGO DO NOTÁRIOLICENCIADO JOSÉ ALBERTO SÁ MARQUES DE CARVALHO

EXTRACTO

CARLOS ALBERO SIMÕES DE CARVALHO RODRIGUES, Colaborador do Notário do referido Cartório, por competência delegada CERTIFICO, que, para efeitos de publicação, por escritura de hoje lavrada a folhas vinte e três e seguintes, do livro de notas número 248-L deste, Cartório:JOSÉ MANUEL RAMOS LUCAS, e mulher ISILDA RODRIGUES DIAS RAMOS LUCAS, ele natural da freguesia de Vale de Espinho, concelho do Sabugal, ela natural da freguesia de Sarzedas, concelho de Castelo Branco, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua Henrique Galvão, lote 353, Bairro da Castelhana, S. João da Talha, Loures, contribuintes fiscais nºs 115 563 903 e 120 520 940.

DECLARARAM:Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte:Zero, vírgula, noventa e três/quarenta oito avos do PRÉDIO RÚSTICO, composto de parcela de terreno para cultura arvense e olival, com a área de vinte e dois mil quinhentos e noventa metros quadrados, sito na QUINTA DA MASSAROCA, freguesia de S. JOÃO DA TALHA, concelho de LOURES, inscrito na matriz sob o artigo 4, Secção D, (parte), a confrontar do norte com Rua Projectada, do sul com Maria Madalena Pereira Vanzeller Botelho Neves, do nascente com Canal do Alviela e do poente com Bairro da Castelhana, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Loures sob o número cento e vinte e dois, encontrando-se a referida fracção registada de aquisição a favor de Joaquim Tripeça Maucabelo, casado sob o regime da comunhão geral com Lucinda dos Santos Baptista, nos termos da APRESENTAÇÃO CINQUENTA E TRÊS, DE VINTE E SETE DE JANEIRO DE MIL NOVECENTOS E NOVENTA E OITO, a que atribuem o valor de cem euros.Que eles primeiros outorgantes compraram verbalmente os citados zero, vírgula, noventa e três/quarenta e oito avos, do referido prédio ao titular inscrito Joaquim Tripeça Maucabelo e mulher Lucinda dos Santos Baptista, no ano de mil novecentos e oitenta e nove, não tendo chegado a assinar a respectiva escritura, não possuindo por isso, título aquisitivo para registar a indicada fracção do prédio rústico, que lhes pertence de facto e de direito, sendo necessária, para o efeito, a assinatura e presença dos ora requeridos, desconhecendo eles primeiros outorgantes a sua morada actual ou se ainda estão vivos.Já tentando por vários meios entrar em contacto com eles, mas sem qualquer sucesso.Que assim eles primeiros outorgantes já possuem a indicada fracção do dito prédio, em nome próprio, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente da freguesia de S. JOÃO DA TALHA, lugares e freguesias vizinhas, traduzido em actos materiais de fruição, conservação e defesa, nomeadamente, usufruindo dos seus rendimentos, cultivando e recolhendo os respectivos frutos, pagando os respectivos impostos e contribuições, agindo sempre pela forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso, uma posse pública, contínua, pacífica e de boa fé, pelo que adquiriram a dita fracção do referido prédio por USUCAPIÃO, título que invocam para estabelecer o trato sucessivo.Está conforme ao original.Tomar, 10/12/2010 – Emendei: 10/12/2010

O COLABORADOR DO NOTÁRIOCarlos Alberto Simões de Carvalho Rodrigues

CARTÓRIO NOTARIAL DE TOMAR A CARGO DO NOTÁRIOLICENCIADO JOSÉ ALBERTO SÁ MARQUES DE CARVALHO

EXTRACTO

CARLOS ALBERO SIMÕES DE CARVALHO RODRIGUES, Colaborador do Notário do referido Cartório, por competência delegada CERTIFICO, que, para efeitos de publicação, por escritura de hoje lavrada a folhas vinte e cinco e seguintes, do livro de notas número 248-L deste, Cartório:MANUEL DE ALBUQUERQUE REI, e mulher EMÍLIA NUNES DE SOUSA REI, ele natural da freguesia de Avelal, concelho do Sátão, ela natural da freguesia de Pinheiro, concelho de Aguiar da Beira, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes Av. S. Sebastião, lote 36, Portela da Azóia, Santa Iria de Azóia, Loures, contribuintes fiscais nºs 101 146 515 e 101 146 540.

DECLARARAM:Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte:PRÉDIO URBANO, composto de lote de terreno para construção urbana, com a área de duzentos e vinte metros quadrados, designado por lote DUZENTOS E QUARENTA E CINCO, sito na AV. SÃO SEBASTIÃO, PORTELA DA AZÓIA, freguesia de SANTA IRIA DE AZÓIA, concelho de LOURES, inscrito na matriz sob o artigo provisório 7.310, pendente de avaliação matricial, a que atribuem o valor de MIL EUROS, a confrontar do norte com lote duzentos e quarenta e quatro, do sul com o lote duzentos e quarenta e seis, do nascente com Av. São Sebastião e do poente com Rua 19 de Junho, a desanexar do prédio urbano denominado CALÇADINHA e PATEIRA, sito em SANTA IRIA DA AZÓIA, freguesia de SANTA IRIA DA AZÓIA, concelho de LOURES, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Loures sob o número mil e oitenta e nove, registado de aquisição a favor de Joaquim Assunção Resende, nos termos da APRESENTAÇÃO DEZ, DE VINTE E NOVE DE JANEIRO DE MIL NOVECENTOS E SETENTA, inscrito na matriz sob o artigo 10, Secção B, (PARTE).Que eles primeiros outorgantes compraram verbalmente o citado lote de terreno aos titulares inscritos Joaquim Assunção Resende e mulher Maria Helena da Costa Francisco Resende, no ano de mil novecentos e setenta e dois, já dividido e demarcado anteriormente ao Decreto-Lei 289/73 de 6 de Junho, não tendo chegado a assinar a respectiva escritura, não possuindo por isso, os justificantes título aquisitivo para registar o indicado lote de terreno, que lhe pertence de facto e de direito, sendo necessária, para o efeito, a assinatura e presença titulares inscritos, desconhecendo os ora justificantes a sua morada actual ou se ainda estão vivos.Que assim eles justificantes já possuem o dito prédio, dividido e demarcado anteriormente ao Decreto-Lei nº 289/73, de 6 de Junho, em nome próprio, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente da freguesia de SANTA IRIA DA AZÓIA, lugares e freguesias vizinhas, traduzido em actos materiais de fruição, conservação e defesa, nomeadamente, suportando os encargos da sua conservação e delimitação, com a colocação de marcos no terreno, pagando os respectivos impostos e contribuições, agindo sempre pela forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso, uma posse pública, contínua, pacífica e de boa fé, pelo que adquiriram o dito prédio por USUCAPIÃO, título que invocam para estabelecer o trato sucessivo.Está conforme ao original.Tomar, 10/12/2010 – Emendei: 10/12/2010

O COLABORADOR DO NOTÁRIOCarlos Alberto Simões de Carvalho Rodrigues

O Chefe da Secretaria de Comando da EPI, Sargento – Ajudante António Ma-nuel Janelas Ferreira, leu os deveres militares. O Co-mandante das Forças em

Parada, Tenente – Coronel Francisco José Fonseca Rijo, leu a fórmula do juramento que foi repetida, em voz alta, pelos recrutas.Os militares desfilaram pe-rante o Estandarte Nacional e Tribuna de Honra onde se encontravam a vereadora Célia Salgado, em repre-sentação do Presidente da Edilidade mafrense; Director do Palácio Nacional de Mafra, Mário Pereira dos Santos; Coronel Aníbal Rodrigues da Silva, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mafra; Coronel João Quadros, Co-mandante do Centro Militar de Mafra; Major - General José Inácio Sousa, Presidente da Direcção do Clube Militar de Oficiais de Mafra e outros convidados.A Banda Militar de Évora, di-rigida pelo Sargento – Chefe Craveiro, executou os trechos musicais «Marcha Portugal Eterno»; «Se os teus olhos

falassem»; «Lisboa à noite» e «Fernando Pessa». Seguiu-se uma demonstração de acti-vidades militares na parada do quartel.Foram estes os recrutas, naturais dos concelhos de Sintra, Mafra, Torres Vedras e Peniche, que juraram ban-deira na Escola Prática de Infantaria: «Concelho de Sin-tra» - Freguesia de Algueirão – Mem Martins – Bruno Leiria Mimoso; Rio Mouro – Fábio dos Santos Pinto; Agualva – Cacém – Micael José Ribeiro da Costa; Sintra – Bernardo Felício Pinto; S. João das Lampas – Fábio José Simões Frade. «Concelho de Mafra» - Freguesia da Malveira – Tiago Aragão Rodrigues. «Concelho de Torres Vedras» - Freguesia da Ventosa – David Carlos Santos Zeferino. «Concelho de Peniche» - Freguesia de Atouguia da Baleia – Tiago Filipe Ferreira Sousa.

Rogério Batalha

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 17 DEZEMBRO 2010 | 21VILA FRANCA DE XIRA

BREVES

Carlos Cardoso

V. F. XIRA..............................................................................................................................

Devem os pombais, situados na zona antiga de Alhandra, permanecer ou ser retirados? São ou não responsáveis por algumas derrocadas que têm acontecido na zona? São um problema ou devem fazer par-te da solução, que passa pela recuperação e conversação de toda aquela área?Estas são, ao fim e ao cabo, as questões que se levantam quando se fala da zona antiga de Alhandra, que o decreto-lei de 22 de Fevereiro de 1999 declarou como “área critica de recuperação e conversão”, e mais especificamente, da área da encosta do cemitério, onde se situam uma parte expres-siva dos pombais. Questões que motivaram um debate, promovido pelo BE, na sede da Columbófila de Alhandra que juntou, principalmente, diversos columbófilos, preo-cupados com o anátema que se está a lançar sobre a sua actividade.Rui Perdigão, principal dina-mizador do encontro, lem-brou que a zona dos pombais está dentro da área critica, delimitada pelo Decreto--Lei que, ainda hoje, espera por uma qualquer plano de intervenção. “Quando fala-mos da encosta, estamos a referir-nos a um conjunto de percursos pedonais ou de ruas, a muros, aos pombais e a espaços verdes. Falamos de

um espaço que tem entre a quota inferior, onde se situam muitas habitações e o adro da igreja, mais ou menos 21 metros”.Devido à inclinação da en-costa, os percursos existen-tes, construídos ao longo dos anos sem especial rigor, são sustentados pelos mu-ros. A verdade, porém, é que um olhar mais atento permite perceber, aqui e acolá, problemas ao nível do solo, apresentando sinais de “desagregação, erosão e até instabilidade”, fruto, muito provavelmente, de um deficiente sistema de esco-amento das águas pluviais, bem como da realização de obras no topo, que levaram a uma sobrecarga nos terre-nos, ancorados pelos muros

que revelam, alguns deles, deslizes e fissuras, sinais de degradação. Sintomas que se revelam em toda a zona e que leva Rui Perdigão a afirmar que “o problema é mais amplo, tem a ver com o conjunto da área, não tem a ver com os pombais”. O refutar de uma acusação que surge após o resvalar de alguma pedras que levou ao apontar do dedo aos pombais, como sendo a origem de todos os males. Uma tese que recebe acolhi-mento na Câmara Municipal de Vila Franca de Xira que, segundo Rui Perdigão, “enter-ra a cabeça na areia e diz que são os pombais que estão a sobrecarregar a encosta. Mas entretanto, manda construir a casa mortuária no topo da própria encosta...”.Jorge Balão, presidente da Columbófila, é taxativo: “Se tirarem dali os pombais, ao todo são uns 25, a Columbó-fila, que consta com cerca de 280 associados, morre”. Uma

afirmação que não surge por acaso, pois uma das hipóte-ses que a Câmara colocou é a transferência dos pombais para um terreno – sempre fora da Vila de Alhandra – mas que ainda não se sabe qual é.Rui Perdigão não vê razão para isso. Defende mesmo que as construções pom-balinas “formam um tecido urbano consolidado, diver-sificado e integrado no pre-existente, sendo caso úni-co em Portugal”. A solução seria, pois, “tornar o local mais aprazível”.Actuando nos pombais que necessi-tem de intervenção mas, essencialmente, apostando na requalificação, manten-do os seus quatro usos, “o circuito pedonal, a zona de estar pública, a actividade columbófila e os espaços verdes”. Para isso é imperioso fazer o básico, ou seja, “uma análise técnica à estabilidade da encosta”, bem como criar uma equipa multidisciplinar que trabalhasse uma área de

intervenção e um programa específico, elaborar um pla-no de pormenor e conceber projectos de estabilização da encosta, requalificação de espaços públicos e acções de “legalização, reconstrução ou reabilitação” do construido.O que os columbófilos temem, bem como alguns habitantes, é que sob a capa da protecção se retome a desertificação do lugar. José Manuel lembra que os pombais existem, há mais de 60 anos, que o local era uma autêntica lixeira e foi com a instalação dos pom-bais que houve sanidade no lugar”. Mas alertou, por outro lado, que existem diversas construções, que não são pombais, que se encontram ao abandono e são “um foco de porcaria. Sobre essa é que é necessário actuar”. Jaime Duarte sintetizou, por seu lado, o que ia na alma dos presentes, “os columbófilos devem ser vistos como uma mais valia e não o contrário”.

ALHANDRA COLUMBÓFILOS CONTRA A RETIRADA DOS POMBAIS

“É imperioso fazer uma análise técnica à estabilidade da encosta”

Acessibilidades

Já com a edição na gráfica, teve lugar, a17 de Dezembro, na Es-cola EB 1 de Á-dos-Loucos (Azi-nhaga da Escola), na freguesia de São João dos Montes, a as-sinatura do contrato-progra-ma para Beneficiação de Aces-sibilidades no Concelho de Vi-la Franca Xira, para fazer face aos prejuízos provocados pe-las condições climatéricas ad-versas do último Inverno, com a presença do Secretário de Es-tado da Administração Local, José Junqueiro.

Creche

Foi inaugurada uma nova cre-che em Vila Franca de Xira, pe-lo Secretário de Estado da Se-gurança Social Pedro Marques. A nova creche é gerida pela As-sociação de Bem-Estar Infantil de Vila Franca de Xira (ABEI), e foi construída no âmbito do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais. O equipamento, situado na “Quinta dos Fidalgos”, tem ca-pacidade para 66 utentes dos 3 meses aos dois anos de idade. Dispõe de 2 salas para crian-ças entre os 3 e os 12 meses; outras duas salas para crian-ças entre os 12 e os 24 meses e mais duas para crianças entre os 24 e os 36 meses. O equipamento envolveu um investimento total de 665.579,33 euros e contou com as seguintes compartici-pações financeiras: Governo, em 466.908,83 euros e da Câ-mara Municipal em 94.841,00 euros.

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22 | 17 DEZEMBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO VILA FRANCA DE XIRA

O CASBA- Centro de Apoio Social do Bom Sucesso e Arce-na vai realizar um jantar Solidário, no próximo dia 22 de Dezembro, dirigido a pessoas e famílias que vivem, neste momento, um período de maiores dificuldades.O jantar terá lugar nas instalações do CASBA e as inscrições estão a ser feitas através da Instituição S. Romão e do Centro Comunitário, vocacionadas para apoiar a e dar resposta às carências dos mais idosos. A Junta de Freguesia de Alverca está a par desta acção solidária que Fernando Rosa, presi-dente desta IPSS, pretende que seja, principalmente, um momento de amizade e de alegria, envolvendo mais de uma centena de pessoas.De referir que, para além do voluntariado dos profissionais do CASBA, esta iniciativa conta com a adesão de diversas empresas que forneceram muitos dos produtos necessários para confeccionar as refeições.O CASBA tem, actualmente, 314 utentes nas valências de creche, pré-escolar e AT e conta com 56 colaboradores. Neste momento está em vias de conclusão - já se realiza-ram as duas Assembleias Gerais-, o processo de integração da Instituição de S. Romão no CASBA, faltando apenas os pareceres da Segurança Social o que significa, na prática, que o CASBA passará a ter uma maior abrangência, dando respostas, igualmente, à comunidade idosa.Com o objectivo de melhorar os seus serviços. o Centro de Apoio Social do Bom Sucesso e Arcena adquiriu, recente-mente, duas novas viaturas, “um investimento de 60 mil euros, totalmente assumido pelo CASBA”, disse ao Triângulo Fernando Rosa.Um dos veículos, uma carrinha de nove lugares, destina-se ao transporte de crianças e a outra carrinha para o transporte de refeições. “Confeccionamos e distribuímos 170 refeições para as escolas, isto de um total de mais 540 refeições que são preparadas, todos os dias, nas nossas instalações. Este carro está adaptado e certificado para este tipo de activi-dade, permitindo que o CASBA dê uma resposta cabal às necessidades, principalmente, das escolas da zona”.

CC

CASBA promove jantar solidário

Meia tonelada de roupas para adulto e criança, bem como de brinquedos, fo-ram recolhidas no âmbito da campanha “Reciclar + Dar = Ajudar”, que decorreu em Outubro e Novembro, nas Casas de Juventude do concelho, através da cola-boração da população. A roupa e os brinquedos foram entregues à “Obra das Mães”, da Paróquia de Alhandra, a quem compete, a partir de agora, fazer chegar às famí-lias mais necessitadas.“Foi a primeira vez que de-senvolvemos esta iniciativa e a adesão foi excelente. É isto que também pretendemos das Casas da Juventude, que sejam uma plataforma de contactos com a população e as escolas”, disse o vereador Fernando Paulo.O “Recilar+Dar=Ajudar” é uma iniciativa de solida-riedade, promovida pelo Pelouro de Juventude do Município de Vila Franca de Xira, através da qual se pro-pôs aos jovens e população em geral, que, durante os meses de Outubro e Novem-bro, depositassem nas Casas da Juventude bens que não necessitassem, apelando as-sim à sua consciência cívica e entreajuda social. “Tivemos a participação de cerca de centena e meia de jovens,

com idades compreendidas entre os 20 e 30 anos”.A “Obra das Mães” tem mais de 10 anos de actividade. Conta com a actividade voluntária de 13 pessoas, e outras que se agregam em acções mais pontuais, e dá apoio a mais de 30 famílias.“Temos um pequeno espaço no mercado onde divulga-mos a actividade e vendemos produtos que fazemos, as-sim como rifas, para arranjar fundos. Isto para além de actividades que realizamos ao longo do ano e do apoio de casa comerciais”, explica

Alice Pedro da “Obra das Mães”.Existe um olhar particular para as jovens mães que se confrontam com dificulda-des sociais, mas o apoio está disponível, dentro das pos-

sibilidades, para outras pes-soas, nomeadamente para os idosos. “Este contributo é muito positivo, em especial vindo da juventude”.

Carlos Cardoso

INICIATIVA DO PELOURO DA JUVENTUDE DA CMVFXIRA

Meia tonelada de brinquedose roupas entregue à “Obra das Mães”

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 17 DEZEMBRO 2010 | 23VILA FRANCA DE XIRA

É difícil reconhecê-lo, barbe-ado e sem os óculos escuros que lhe protegiam os olhos quando milhões de pessoas em todo o mundo o viram sair da famosa mina de San José, no Chile. Mas muita gente se lembrará ainda do nome de Luis Urzúa. De passagem por Portugal, para participar numa conferência na Socie-dade Central de Cervejas, em Vialonga, o líder dos mineiros que ficaram aprisionados durante 69 dias, afirma que a união e a fé dos 33 homens foram as chaves para a sua sobrevivência.“Não houve muitos conflitos entre nós. Logo após o aciden-te, disse-lhes que tudo tinha de ser explicado e conversado e que não haveria problemas se todos falássemos a verda-de”, recorda o homem que mais tempo passou soterrado de que há registo.No dia 6, numa conferência sobre liderança organizada pela Sociedade Central de Cervejas, que dá início a um périplo internacional, Luis

Urzúa relatou os tempos di-fíceis passados a 700 metros de profundidade, sob uma temperatura constante de 40 graus e 80% de humidade.A situação foi especialmente dramática nos primeiros dias, quando os mineiros – que, em muitos casos, não

se conheciam entre si – não sabiam que estavam a decor-rer buscas.No final do quinto dia, o si-lêncio absoluto foi interrom-pido pelo barulho da sonda a perfurar o solo. “Era a melhor música que poderíamos ter ouvido!”, diz Urzúa.

VIALONGA MINEIRO CHILENO LUIS URZÚA FALOU DO RESGATE DOS 33 HOMENS

“Sou filho da Terra”Luís Garcia

Meio copo de leite por diaNos 17 dias decorridos entre o acidente e o estabelecimento de contacto entre os mineiros e o exterior, os 33 homens sobreviveram comendo duas colheres de atum e um biscoi-to, acompanhados por meio copo de leite por dia.Neste período, a iluminação também foi muito condicio-nada. “Só tínhamos as luzes dos capacetes e baterias tira-das das máquinas para fazer luz, mas tudo era racionado para não acabar de um mo-mento para o outro”, descreve Luis Urzúa.Para passar o tempo, a maioria dos mineiros jogava damas e dominó, mas também havia quem escrevesse cartas à famí-lia e até poemas. As discussões sobre futebol eram frequentes, sobretudo entre adeptos do Universidad do Chile e do Colo-Colo. “É como o Sporting e o Benfica”, explica o próprio Urzúa.Fundamentais foram as pala-vras de incentivo dos mineiros mais experientes para os mais

Exposiçãode artesanato

De 11 a 19 de Dezembro, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Vialonga, artesãos do Círculo de Artistas de Vialonga expuseram e venderam, trabalhos que levaram a cabo ao longo dos últimos meses. Um ponto de partida de um caminho que, segundo Elsa Pinheiro, se pretende dinâmico, com a realização de mais iniciativas, abrangendo inclusive outras formas de expressão artística.

jovens, bem como os momen-tos de oração conjunta. “Havia muitas religiões, muitas cren-

ças, mas decidimos rezar a um só Deus”, diz o homem que se considera “um filho da Terra”.

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24 | 17 DEZEMBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO PUBLICIDADE