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TRF3TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO
Pós-edital
FINANÇAS PÚBLICASFINANÇAS PÚBLICAS
Livro Eletrônico
MANUEL PIÑON
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área de concursos públicos.Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-rio da Transparência) em 2008; e3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
MANUEL PIÑON
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área de concursos públicos.Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-rio da Transparência) em 2008; e3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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FINANÇAS PÚBLICAS
Finanças Públicas
Prof. Manuel Piñon
Finanças Públicas .......................................................................................7
1. Finanças Públicas e Orçamento Na CF/1988 ...............................................7
1.1. Aspectos Introdutórios ..........................................................................7
1.2. Atividade Financeira do Estado ...............................................................8
1.3. Embasamento Constitucional do Direito Financeiro/Orçamentário .............12
1.4. Competência para Legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento Público ...14
1.5. Finanças Públicas e Orçamento Público – Artigos 163 a 169 da CF/1988 ....17
1.6. Orçamento Público – Conceitos Adicionais .............................................34
1.7. Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária ................................45
Resumo ...................................................................................................50
Mapas Mentais .........................................................................................52
Questões Comentadas em Aula ..................................................................54
Questões de Concurso ...............................................................................59
Gabarito ..................................................................................................86
Gabarito Comentado .................................................................................87
Anexo .................................................................................................. 144
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Finanças Públicas
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Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
Seja bem-vindo ao Curso de Direito Constitucional II (parte referente às
Finanças Públicas e ao Orçamento Público) para o cargo de analista judiciá-
rio do concurso do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) 2019.
Estudar para um concurso como o da TRF-3 não é tarefa das mais fáceis. Esse
concurso apresenta um elevado grau de dificuldade em suas provas, além do alto
nível dos candidatos. Por isso, torna-se necessária uma preparação com planeja-
mento e muita disciplina.
A preparação do candidato hoje em dia não deve se limitar à simples leitura do
material. O nível de preparação dos concorrentes não permite mais que você seja
aprovado em algum certame apenas livrando a nota de corte. É necessário fazer a
diferença em todas as matérias.
Nessa linha, buscaremos aqui detalhar todo o conteúdo programático da maté-
ria, numa linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser superficial.
Nosso curso atenderá tanto ao concurseiro do nível mais básico, ou seja, aquele
que está vendo a matéria pela primeira vez, como também aquele mais avançado,
que deseja fazer uma revisão completa e detalhada da matéria.
Além disso, resolveremos aqui muitas questões da FCC, de tal forma que
você ficará bastante afiado na matéria, ao ponto de chegar à prova com bastante
segurança.
Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria
de fazer uma breve apresentação pessoal.
Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pela Fundação
Getúlio Vargas-FGV e auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado no con-
curso nacional de 2009/2010.
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FINANÇAS PÚBLICAS
Finanças Públicas
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Atuei inicialmente na Área de Arrecadação e Administração Tributária, passando
pelo setor de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal até chegar à atividade de
Fiscalização propriamente dita.
Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia exercido ante-
riormente entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso de para auditor-fiscal
da Receita Federal (na época AFTN) de 1998, e, após 2 anos de exercício na ativida-
de de fiscalização de empresas da Região Norte do país, recebi e aceitei um convite
para voltar a trabalhar na iniciativa privada em minha cidade: Salvador.
Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta satisfação alter-
nados com momentos de insatisfação, resolvi voltar a estudar para concursos pú-
blicos em 2006.
Essa fase foi muito difícil. Eu tinha uma jornada dura, mas tinha que ser discre-
to, já que trabalhava e estudava muito, mas sem “poder dar muita bandeira” dessa
dupla jornada.
Sei que muitos de vocês vivem situações parecidas, mas acreditem que essa
situação é transitória.
No meu caso, fui recompensado com a aprovação para o cargo de Analista de
Finanças e Controle (AFC) da Controladoria Geral da União (CGU) no ano de 2008.
Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelente ambiente
de trabalho na CGU, eu não me acomodei.
Continuei com meus estudos rumo ao sonho de voltar a ser auditor-fiscal da
Receita Federal, que, como já dito, pode ser realizado com a aprovação no concurso
de 2009/2010.
É isso, meu(minha) amigo(a)!
Espero dividir com você a experiência adquirida ao longo da minha preparação,
pois sei exatamente o que se passa “do outro lado”: as angústias, as expectativas,
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as dificuldades, mas também os sonhos. Não se esqueça que são os sonhos que
nos movem.
Acredite e se esforce ao máximo.
Esse é o segredo!
Feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso.
Aula Conteúdo
1Finanças Públicas
Finanças Públicas. Normas Gerais.
2Orçamento Público
Dos Orçamentos
3Rota Final
Rota Final
Ao final dessa aula quero ver tanto eu quanto você com uma sensação boa, de
que estamos no caminho certo.
Como diria Mahatma Gandhi:
“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada,
não existirão resultados”.
Então, vamos nessa!
Prof. Manuel Piñon.
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FINANÇAS PÚBLICAS
1. Finanças Públicas e Orçamento Na CF/1988
1.1. Aspectos Introdutórios
O estudo das Finanças Públicas pode ser visto pela ótica de servir para via-
bilizar a execução das funções inerentes ao Estado, contribuindo para aprimorar
o planejamento, a organização, a direção, o controle e a tomada de decisões dos
gestores públicos em cada uma dessas fases.
Em outras palavras, podemos dizer que as Finanças Públicas, também deno-
minada de Economia do setor Público, aborda os aspectos relativos atividades
de obtenção e aplicação de recursos para o custeio dos serviços públicos e para o
atendimento das necessidades sociais.
Nesse contexto, podemos dizer que as Finanças Públicas são o ramo do es-
tudo econômico em que se situa o Governo, responsável pela aplicação de
políticas que visem o contínuo aumento do bem-estar da população.
Ressalte-se que, no âmbito das finanças públicas, a sua análise precisa levar em
conta que as decisões políticas são tomadas com objetivos políticos, muitas vezes
contrariando, na prática, a direção que lava ao objetivo de maximizar o bem-estar
da população.
No que diz respeito ao seu objeto, podemos dizer que o seu principal foco é
o estudo da atividade fiscal, sendo o Orçamento Público, em verdade, o seu
principal instrumento, por meio do qual o governo retira recursos da sociedade,
sobretudo pela via da tributação sobre a renda, o patrimônio e o consumo, alocan-
do-os nas áreas selecionadas.
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Podemos dizer ainda, no âmbito econômico, que as finanças públicas têm
como objetivo principal corrigir as falhas de mercado, atingindo objetivos es-
pecíficos como melhorar a oferta de bens públicos, estimular a concorrência da
oferta, estimular atividades que tragam benefícios sociais e desestimular as que
tragam prejuízos sócias, manter bom nível de emprego, dentre outros.
Já no âmbito jurídico, a CF/1988 em seu artigo 170 (a seguir reproduzido), de-
fine os objetivos específicos da economia do setor público, que estão intimamente
aos objetivos específicos relacionados no parágrafo anterior:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre ini-ciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:I – soberania nacional;II – propriedade privada;III – função social da propriedade;IV – livre concorrência;V – defesa do consumidor;VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e presta-ção; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003)VII – redução das desigualdades regionais e sociais;VIII – busca do pleno emprego;IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
1.2. Atividade Financeira do Estado
As Finanças Públicas e o Direito Financeiro têm como objeto de estudo a
Atividade Financeira do Estado (AFE), que, por sua vez, engloba quatro ele-
mentos que estão intimamente ligados:
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Direito Financeiro
Atividade Financeira do Estado
ReceitaPública
DespesasPúblicas
OrçamentoPúblico
CréditoPúblico
1) Obter Receita Pública (orçamentária);
2) criar o Crédito Público (empréstimo público);
3) gerenciar ou gerir o Orçamento Público (LOA – Lei Orçamentária Anual);
4) despender recursos (gastar) – executar a Despesa Pública (orçamentária).
Para melhor visualização da Atividade Financeira do Estado, veja:
GERIR
OBTER
GASTAR
CRIAR
Orçamento/planejamento
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO
Receita
Despesa
Crédito
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É importante destacar que a disciplina jurídica é normativa e prática, enquanto
o estudo das finanças públicas é especulativo, já que, como dito, muitas vezes con-
trariando, na prática, a direção que lava ao objetivo de maximizar o bem-estar da
população, decisões políticas são tomadas com objetivos políticos distintos dessa
finalidade.
A maneira pela qual o Estado intervém no processo econômico é dependente
da série de instrumentos que este dispõe, de forma a financiar as suas atividades.
Em outras palavras, o estudo da ciência das finanças públicas, tem por objeto
conhecer como o “dinheiro circula” nas mãos do Estado, ou seja, como ele
arrecada e gasta seus recursos de acordo com as leis orçamentárias e correlatas.
Lembrando o saudoso Mestre Aliomar Baleeiro, que nos disse que a atividade
financeira do Estado consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro
indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a ou-
tras pessoas de direito público.
Assim, podemos “destrinchar” essa ideia em três partes:
1) o Estado, na realização da atividade financeira, tem como objetivo obter
recursos (receita pública) para poder despendê-los (despesa pública)
na aplicação de seus fins.
2) Além disso, nem sempre os recursos obtidos são suficientes, por isso o Esta-
do precisa criá-los (crédito público) para que os mesmos sejam capazes de
atender todos os dispêndios.
3) Por fim, toda essa atividade deve ser gerenciada (ORÇAMENTO PÚBLI-
CO).
Importante destacar que, no que diz respeito à extensão da atividade financeira do
Estado, o STF já manifestou posição no sentido de que os Tribunais de Contas têm
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competência para fiscalizar empresas públicas e sociedades de economia mista,
independente da exigência de dano ao Erário (MS n. 25.092 e MS n. 25.181).
Muita gente também confunde os ramos do Direito Financeiro/Orçamentário (que estuda as Finanças Pú-blicas e o Orçamento Público) e Direito Tributário, e os examinadores gostam de colocar pegadinhas nesse sentido.Na verdade, existe uma linha tênue entre o Direito Fi-nanceiro e o Direito Tributário, uma vez que ambos pertencem ao Direito Público e atuam na obtenção de receitas pelo Estado.
Existe autonomia para cada um deles, conforme previsão constitucional, mas
na prática o Direito é um só e essa classificação em ramos é apenas didática. Na
realidade, existe forte ligação entre os ramos e entre os seus dispositivos legais,
como veremos ao longo do curso.
No caso das receitas derivadas, como é o caso dos tributos, se de um lado, o
Direito Tributário regulamenta as suas respectivas alíquotas, bases de cálculo e
hipóteses de incidência, de outro, o Direito Financeiro, por seu turno, cuida da
aplicação desses tributos como instrumento de financiamento de despesas públi-
cas. Pode-se notar, portanto, o viés da grande diferença entre esses dois ramos do
Direito.
Pode-se afirmar ainda que cabe ao Direito Financeiro disciplinar e regular a
atividade financeira do Estado, exceto o que se refere à tributação, que é da alçada
do Direito Tributário.
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Podemos dizer que, de certo modo, o estudo das Finanças Públicas e o Direito
Financeiro são mais abrangentes que o Direito Tributário, já que enquanto o Direito
Financeiro estabelece normas relativas à arrecadação da receita, à gestão orça-
mentária e do crédito público e ao dispêndio público (despesa), o Direito Tributário
regulamenta apenas a receita derivada, coercitiva, imposta por lei, que é o tributo.
Além disso, não é da competência de o Direito Tributário regular a forma como
a receita tributária será aplicada no financiamento das políticas públicas em prol
da coletividade, assunto afeto ao Direito Financeiro. Na verdade, quem abarca a
decisão do Estado sobre a aplicação dos recursos arrecadados com os tributos é o
Direito Financeiro e não o Direito Tributário.
1.3. Embasamento Constitucional do Direito Financeiro/Orçamentário
O tema Finanças Públicas, o Orçamento Público e o Direito Financeiro
encontram sua “gênese normativa” na Constituição Federal de 1988 (CF/1988),
especialmente entre os artigos 163 e 169. Em sua prova, com certeza, teremos
questões retiradas deles e nessa aula vamos explorá-los ao máximo.
Mas, além da letra da CF/1988, as Finanças Públicas e Orçamento Público
têm sustentação na Lei de Normas Gerais de Direito Financeiro, Lei n. 4.320/1964,
também conhecida como lei do orçamento público, que é uma lei originalmente
ordinária, federal, porém de abrangência nacional, vinculando todos os entes polí-
ticos, quais sejam União, Estados, DF e Municípios.
A CF/1988 além de destinar um capítulo para tratar das finanças públicas, recep-
cionou a Lei n. 4.320/1964 atribuindo-lhes status de Lei Complementar.
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Reserva de Lei Complementar
Repare que o artigo 165, § 9º, da CF/1988 estabelece a competência de lei
complementar para:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:§ 9º Cabe à lei complementar:I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organiza-ção do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
Raciocine comigo: se a CF é de 1988 e antes dela já vigorava Lei n. 4.320/1964,
aprovada pelo Congresso Nacional por maioria simples, em processo legislativo de
lei ordinária, então estamos diante de uma inconsistência constitucional.
Em verdade, essa incongruência deve-se ao fato de que a CF/1988 exige lei
complementar para tratar de exercício financeiro e dos instrumentos do Plano
Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária
Anual (LOA).
Assim, contrariando a previsão da CF/1988, a lei que regulamentou o exercí-
cio financeiro, período durante o qual o Estado realiza a sua atividade financeira,
arrecadando receitas e executando despesas, é a Lei n. 4.320/1964, editada e
publicada como originalmente como lei ordinária.
Entretanto, não se pode afirmar, que pelo fato de ser uma lei pretérita à CF/1988,
que inaugurou um novo ordenamento jurídico no Brasil a partir daquele ano, e que
vai de encontro à norma do art. 165, § 9º, I, foi automaticamente revogada com
a publicação da Lei Maior.
A Lei n. 4.320/1964 não foi revogada, mas sim recepcionada como se
Lei Complementar fosse. ASSIM, de acordo com a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal (ADI n. 1726), a Lei n. 4.320/1964 foi recepcionada com o
status de lei complementar perante o texto constitucional de 1988, apesar
da sua forma originária de lei ordinária.
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Em suma, a Lei n. 4.320/1964 é uma lei formalmente ordinária, aprovada por
meio de processo legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar maioria
simples, e materialmente complementar, pois a matéria de que ela trata é de lei
complementar, com fulcro no art. 165, § 9º, I, da CF/1988.
Desse modo, pelo fato de a Lei n. 4.320/1964 ter sido recepcionada pelo atual
ordenamento jurídico brasileiro, ditado pela Carta Magna de 1988, com status de
lei complementar, somente poderá ser alterada por uma lei federal de mes-
ma matéria, e lei complementar.
Mesmo sendo uma lei formalmente ordinária e materialmente complementar, a Lei
n. 4.320/1964 somente poderá ser alterada, desde a vigência da atual Constitui-
ção, por uma lei complementar tanto quanto à forma e quanto à matéria.
Guarde que o Direito Financeiro estabelece, portanto, além do crédito público, re-
gras relativas a Orçamento público, Receita pública e Despesa pública.
É importante deixar claro que o tema Finanças Públicas e Orçamento Público
não é normatizado apenas pela CF/1988 e pela Lei n. 4.320/1964, pois a Lei Com-
plementar n. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) também tem relevante
importância.
1.4. Competência para Legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento Público
É importante registrar que a competência para legislar sobre Direito Finan-
ceiro e Orçamento Público é concorrente da União, Estados e Distrito Federal,
como define o artigo 24, I e II; e §§ 1º a 4º da CF/1988. Veja:
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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;II – orçamento;§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competên-cia suplementar dos Estados.§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei es-tadual, no que lhe for contrário.
Veja essa linha de raciocínio na sequência dos parágrafos do inciso II artigo 24
da CF/1988, especialmente o que revela o 4º:
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a esta-belecer normas gerais.§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Note que o dispositivo normativo acima não faz menção aos municípios, mas
existe a possibilidade de dispor sobre temas próprios e específicos de direito finan-
ceiro, conforme disposição expressa do art. 30, II, CF/1988. Confira:
Art. 30. Compete aos Municípios:II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
Nessa pegada, a doutrina, embora não de modo pacífico, tem aceito que
existe competência também para os Municípios, com base no art. 30, I, da CF/1988.
Sempre é bom lembrar que, no âmbito da competência concorrente, cabe à
União estabelecer normas gerais, e aos Estados, DF e Municípios suplementar o que
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foi estabelecido pela União. Em verdade, a norma geral já foi editada pela União
desde 1964. Trata-se da Lei n. 4.320/1964, lei federal de normas gerais de direito
financeiro, de abrangência nacional, vinculando, portanto, todos os entes políticos.
É importante deixar claro novamente que, no âmbito da legislação concor-
rente, cabe à União legislar sobre normas gerais de direito financeiro (art. 24, §
1º, CF/1988), e o Estado/DF mantém competência suplementar (art. 24, § 2º,
CF/1988), tendo os municípios a prerrogativa constitucional de suplementar a le-
gislação federal e estadual, no que couber, conforme já explanado (art. 30, II,
CF/1988) e com apoio da Doutrina, embora não pacífica.
E se não houvesse legislação federal, o que não é o caso, o Estado teria compe-
tência legislativa plena (art. 24, § 3º, CF/1988), o que significaria a possibilidade
jurídica de editar lei de normas gerais de direito financeiro para atender a suas
peculiaridades?
Sim!
Se ligue!
Mas como dito antes, não é o caso, pois a União já estabeleceu as Normas Ge-
rais (Lei n. 4.320/1964).
Entretanto, é importante deixar claro que mesmo diante dessa possibilidade, se
depois sobrevier a lei federal, posterior à edição da lei estadual de normas gerais
de direito financeiro, as normas contrárias da lei estadual de normas gerais terão
a sua eficácia suspensa, sendo válidas apenas as disposições normativas que não
contrariarem as federais editadas, pois a superveniência de lei federal sobre nor-
mas gerais suspende a eficácia da lei estadual no que lhe for contrária (art. 24, §
4º, CF/1988).
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1.5. Finanças Públicas e Orçamento Público – Artigos 163 a 169 da CF/1988
Como já reforçamos, as finanças públicas e o orçamento público (Direi-
to Financeiro) encontram sua “gênese normativa” na Constituição Federal
de 1988, especialmente entre os artigos 163 e 169.
Caro(a) aluno(a), é importante que quando estiver estudando essa matéria,
esteja com as legislações pertinentes em mãos para fazer as devidas anotações na
própria lei, caso tenha esse hábito. No anexo dessa aula reproduzimos esses
artigos para o seu deleite.
A leitura de “lei seca” é muito importante, sendo fundamental na Constituição
Federal de 1998 ler os artigos 163 a 169. Vamos reproduzi-los com grifos nos-
sos, intercalando os artigos com questões de prova de concursos anterio-
res que cobraram a sua literalidade.
CAPÍTULO IIDAS FINANÇAS PÚBLICASSeção INORMAS GERAIS
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Art. 163. Lei complementar disporá sobre:I – finanças públicas;II – dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais en-tidades controladas pelo Poder Público;III – concessão de garantias pelas entidades públicas;IV – emissão e resgate de títulos da dívida pública;V – fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; VI – operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;VII – compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguar-dadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvi-mento regional.Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusiva-mente pelo banco central.§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Questão 1 (FCC/ANALISTA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) A respeito do que
estabelece a Constituição Federal sobre as Finanças Públicas,
a) o banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacio-
nal, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
b) a competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pela
Casa da Moeda.
c) é permitido ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos
ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade, ainda que não seja instituição
financeira.
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d) as disponibilidades de caixa da União poderão ser depositadas em qualquer ins-
tituição financeira oficial, ressalvados os casos previstos em lei.
e) a lei ordinária disporá, dentre outros assuntos, sobre a fiscalização financeira da
Administração pública direta e indireta.
Letra a.
Note que no artigo 164, § 2º, da CF/1988 fica claro que:
o banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
Ou seja, o BACEN pode, sim, comprar e vender títulos de emissão do Tesouro
Nacional como instrumento a ser usado no âmbito da execução da política mone-
tária, de modo a regular a oferta de moeda em circulação no mercado, a taxa de
juros e exercer o controle da inflação.
De modo completamente diferente, temos no § 1º do desse mesmo artigo a uma
proibição para que o BACEN financie o Tesouro Nacional com recursos públicos, já
que é o Banco Central quem guarda as disponibilidades da União na conta única do
Tesouro Nacional.
Em suma, guarde que as operações com títulos públicos emitidos pelo Tesouro
Nacional somente podem ser realizadas no chamado mercado secundário, usando
assim os títulos negociáveis já emitidos pelo Tesouro Nacional com contraparte ex-
clusivamente de instituições financeiras.
�b) Errada. Já que o BACEN é titular da competência para emitir moeda, sendo a
casa da moeda uma mera contratada do BACEN para a sua execução física.
�c) Errada. Já que o BACEN é proibido de conceder, direta ou indiretamente, em-
préstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja insti-
tuição financeira.
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�d) Errada. Já que, conforme a literalidade do parágrafo 3º do artigo 164 da nossa
Carta Magna:
as disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Es-tados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
e) Errada. Já que esse é um tema com reserva de Lei Complementar (veja o artigo
163, V, da nossa CF/1988).
Questão 2 (FCC/ANALISTA/TCE-CE/2015) A Constituição Federal estabeleceu al-
gumas regras relacionadas com as atividades do Banco Central do Brasil. De acordo
com o texto constitucional,
I – a competência da União para emitir moeda será exercida concorrentemente
pelo Banco Central do Brasil e pelo Tesouro Nacional.
II – é vedado ao Banco Central do Brasil conceder, direta ou indiretamente, em-
préstimos ao Tesouro Nacional.
III – é autorizado ao Banco Central do Brasil conceder, indiretamente, emprésti-
mos a órgão ou entidade que não seja instituição financeira, nos termos de
lei complementar.
IV – o Tesouro Nacional poderá comprar e vender títulos de emissão do Banco
Central do Brasil, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de
juros.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e IV.
b) I e III.
c) II.
d) III e IV
e) IV.
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Letra c.
Vamos julgar os itens e marcar a alternativa correspondente.
I - Errada. Já que o artigo 164 da CF/1988 define que a competência da União
para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central.
II - Correta. “Cara crachá” com o § 1º do artigo 164. Confira:
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Te-souro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
III - Errada. Já que existe vedação nesse sentido no artigo 164 da CF/1988.
IV - Errada. Já que o Banco Central pode comprar e vender títulos de emissão do
Tesouro Nacional no intuito de regular a oferta de moeda/taxa de juros.
Seção IIDOS ORÇAMENTOSArt. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:I – o plano plurianual;II – as diretrizes orçamentárias;III – os orçamentos anuais.§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as dire-trizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro sub-sequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Questão 3 (FCC/TÉCNICO/TST/2017) Em uma situação de crise fiscal, um dos
efeitos mais sentidos é a queda da arrecadação tributária, fato que atinge todas
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as esferas de poder dos entes federativos. Diante dessa situação, a Administração
promoveu a alteração da legislação tributária por meio da lei orçamentária anual.
Essa medida contrariou formalmente a Constituição Federal que determina que
a) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de al-
teração é o Plano Plurianual.
b) deficit de arrecadação não é fundamento legal para essa alteração.
c) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de al-
teração é a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) a alteração na legislação tributária somente seria possível no caso de criação de
novo tributo.
e) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de al-
teração é o Demonstrativo da Execução Orçamentária.
Letra c.
Conforme dispõe o artigo da CF a seguir reproduzido, o instrumento de planeja-
mento correto para dispor acerca dessa espécie de alteração é a Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e priorida-des da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá so-bre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
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§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamen-te, detenha a maioria do capital social com direito a voto;III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações insti-tuídos e mantidos pelo Poder Público.§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
Questão 4 (FCC/TÉCNICO/TST/2017) Considere:
I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público.
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indi-
retamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
Conforme estabelecido na Constituição Federal, uma das funções desses orçamen-
tos, compatibilizados com o Plano Plurianual, é
a) estabelecer benefícios fiscais aos entes federativos com menor arrecadação.
b) promover o orçamento sustentável dos órgãos da Administração direta e indi-
reta da União.
c) priorizar a alocação de verbas a fundos e fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público.
d) indicar parâmetros para o estabelecimento de metas fiscais.
e) reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
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Letra e.
Guarde que uma das funções do PPA em conjunto com o orçamento fiscal e de in-
vestimentos (LOA) é reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional, conforme determina o § 7º do artigo 165 da CF/1988:
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de cré-ditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.§ 9º Cabe à lei complementar:I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organiza-ção do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumpri-mento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) § 10. A administração tem o dever de executar as programações orçamentá-rias, adotando os meios e as medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade. (Incluído pela Emenda Cons-titucional n. 100, de 2019)
Questão 5 (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/2012) A Cons-
tituição Federal fixa a competência legislativa em matéria de finanças públicas,
determinando que será disposto especificamente por lei complementar
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a) o plano plurianual e as diretrizes orçamentárias.
b) as normas gerais sobre finanças públicas.
c) a lei orçamentária anual.
d) a abertura de crédito suplementar.
e) a abertura de crédito extraordinário.
Letra b.
A resposta dessa questão está no que dispõe o § 9º do artigo 165 da CF/1988.
Confira com grifos nossos.
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:§ 9º Cabe à lei complementar:I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei or-çamentária anual;II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pa-gar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019).
Repare que os assuntos de que deve tratar a lei complementar no artigo 165 su-
pracitado referem-se a normas gerais sobre finanças públicas.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Con-gresso Nacional, na forma do regimento comum.
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Questão 6 (FCC/TÉCNICO/TRT-21/2017) A Constituição Federal, ao tratar dos
projetos de lei para os instrumentos de planejamento orçamentário, estabelece que
devem ser apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional. Essa norma cons-
titucional abrange, expressamente, a Lei Orçamentária Anual, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias, o Plano Plurianual e os projetos de lei referentes a
a) restos a pagar.
b) gastos com assistência social.
c) créditos adicionais.
d) suprimento de fundos.
e) dívida ativa.
Letra c.
O caput do artigo 166 da CF/1988 dispõe:
Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orça-mento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congres-so Nacional, na forma do regimento comum.
Assim, serão somados todos os deputados e senadores (com um voto para cada,
claro) dentro do mesmo lugar (Congresso Nacional) para apreciar e votar esses
projetos de lei, modo típico da forma do regimento comum das duas Casas.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e se-toriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orça-
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mentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá pa-recer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifi-quem somente podem ser aprovadas caso:I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:a) dotações para pessoal e seus encargos;b) serviço da dívida;c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ouIII – sejam relacionadas:a) com a correção de erros ou omissões; oub) com os dispositivos do texto do projeto de lei.§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprova-das quando incompatíveis com o plano plurianual.§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
Questão 7 (FCC/ANALISTA/TST/2017) A Constituição Federal dita a tramitação
de projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei
Orçamentária Anual e créditos adicionais e dispõe que
a) cabe ao Senado examinar e emitir parecer sobre esses projetos.
b) as emendas devem ser apresentadas no Plenário das duas casas do Congresso
Nacional e serão apreciadas na Comissão Mista permanente de Senadores e Depu-
tados.
c) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para
propor modificação nos projetos enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.
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d) as emendas aos projetos somente podem ser aprovadas com a indicação dos
recursos necessários, requisito dispensado no caso de despesa para educação e
saúde.
e) a anulação de despesa não é considerada fonte de recursos para fins de apro-
vação de emendas.
Letra c.
De acordo com parágrafo 5º do artigo 166 da nossa Carta Magna,
o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
�a) Errada. Na verdade, a emissão de parecer cabe a comissão mista permanente
de Senadores e Deputados (CMO).
�b) Errada. Na verdade, as emendas são apresentadas na Comissão mista.
�d) Errada. Inexiste a exceção para despesas com educação e saúde.
e) Errada. Sim, é admitida a anulação de despesa para emendas.
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
Embora exista previsão constitucional, ainda não existe regulamentação em Lei
Complementar, valendo os prazos do artigo 35 do ADCT (Ato das Disposições Cons-
titucionais Transitórias).
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§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o dispos-to nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei or-çamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, con-forme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois dé-cimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações incluídas por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal, no montante de até 1% (um por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) § 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem téc-nica. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) § 14. Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 11 e 12 deste artigo, os ór-gãos de execução deverão observar, nos termos da lei de diretrizes orçamen-tárias, cronograma para análise e verificação de eventuais impedimentos das programações e demais procedimentos necessários à viabilização da execução dos respectivos montantes. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) I – (revogado); (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) II – (revogado); (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) III – (revogado); (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) IV – (revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) § 15. (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) § 16. Quando a transferência obrigatória da União para a execução da progra-mação prevista nos §§ 11 e 12 deste artigo for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente federativo desti-
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natário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) § 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias pre-vistas nos §§ 11 e 12 poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da recei-ta corrente líquida realizada no exercício anterior, para as programações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por cento), para as programações das emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) § 18. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá re-sultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes previstos nos §§ 11 e 12 deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das demais despesas discricionárias. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019). § 19. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obriga-tório que observe critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igua-litária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) § 20. As programações de que trata o § 12 deste artigo, quando versarem so-bre o início de investimentos com duração de mais de 1 (um) exercício finan-ceiro ou cuja execução já tenha sido iniciada, deverão ser objeto de emenda pela mesma bancada estadual, a cada exercício, até a conclusão da obra ou do empreendimento.(Incluído pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019).
De acordo com a Jurisprudência do STF, a proposta de emenda orçamentária
feita no âmbito do Poder Legislativo não viola a competência do Poder Execu-
tivo de iniciar os projetos de leis orçamentárias (ADI n. 1050 MC/SC).
O artigo 167 será estudado no tópico 1.7. desta aula (vedações constitucionais em
matéria orçamentária).
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Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Fede-ral e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de car-gos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só po-derão ser feitas: I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de des-pesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os re-passes de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites. § 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Fe-deral e os Municípios adotarão as seguintes providências:I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; II – exoneração dos servidores não estáveis. § 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou asse-melhadas pelo prazo de quatro anos. § 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no § 4º.
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Questão 8 (FCC/ANALISTA/TCE-AP/2012) Para a concessão de vantagem ou au-
mento de remuneração dos servidores públicos da administração pública direta
NÃO é necessário
a) obediência aos limites com despesa com pessoal fixados na Lei de Responsabi-
lidade Fiscal.
b) prévia dotação orçamentária suficiente para atender os acréscimos às projeções
da despesa com pessoal.
c) abertura de crédito extraordinário para custear este aumento de despesa impre-
visível e urgente.
d) autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias.
e) respeitar o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal
inativo.
Letra c.
Vamos analisar as alternativas e escolher a errada! Se ligue! O examinador quer
a errada!
�a) Correta. Já que está em conformidade com o caput do artigo 169 da CF/1988.
Confira:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Fede-ral e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
A Lei Complementar no caso é a LRF, LC n. 101/2000.
�b) Correta. Já que está em conformidade com o § 1º, inciso I, do artigo 169 da
CF/1988. Confira:
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§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de car-gos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só po-derão ser feitas: I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de des-pesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
�c) Errada. Já que não é possível fazer a abertura de crédito extraordinário com o
fito de custear aumento de remuneração ou vantagem dos servidores, tendo em
vista a sua natureza de urgência e imprevisibilidade. Lembre-se do § 3º do artigo
167 da CF/1988:
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção in-terna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
�d) Correta. Já que está em conformidade com o § 1º, inciso II, do artigo 169 da
CF/1988. Confira:
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de car-gos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só po-derão ser feitas: [...]II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
e) Correta. Já que, em conformidade com o caput do artigo 169 da CF/1988, res-
peitar o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo
para que seja possível conceder vantagem ou aumento de remuneração dos servi-
dores públicos da administração pública direta.
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A ideia aqui foi lhe dar uma visão geral dos artigos da CF/1988 que tratam das
Finanças Públicas e do Orçamento Público. Durante o curso esses artigos serão
constantemente relacionados à teoria e à resolução de questões.
1.6. Orçamento Público – Conceitos Adicionais
1.6.1. Definições Iniciais
Nosso objetivo agora é avançar um pouco mais no tema Orçamento Público,
também chamado de “orçamentos anuais”, mas que tecnicamente falando, é a
LOA (Lei Orçamentária Anual).
Podemos dizer que a LOA ou Orçamento Público é, em verdade, um proces-
so contínuo, dinâmico e flexível, que traduz em termos financeiros para
determinado período (um ano), os planos e programas de trabalho do go-
verno.
Em outras palavras, é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecada-
ção de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano
e o Poder Legislativo lhe autoriza, através de LEI, a execução das despesas
destinadas ao funcionamento da máquina administrativa.
Note que o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo lhe autoriza (te-
mos um sistema misto), por certo período, e em pormenor, a execução das des-
pesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados
pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já
criadas em lei.
De modo mais direto podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato
contendo a aprovação prévia das Receitas e Despesas Públicas para um
período determinado.
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1.6.2. Orçamento Autorizativo x Impositivo
É importante deixar registrado que, no Brasil, o orçamento público é, em rela-
ção às despesas discricionárias, autorizativo, e não impositivo, ou seja, a fixação
de despesas é uma mera sugestão ou previsão de gastos, sem que haja o
dever legal de executá-los.
Em verdade, em nossa pátria, a realização de uma despesa pública (gasto públi-
co) está, portanto, condicionada à disponibilidade financeira de receitas arrecada-
das durante o exercício financeiro (1º de janeiro a 31 de dezembro, conforme art.
34, Lei n. 4.320/1964).
Nesse sentido, nossa Carta Magna determina que o Poder Executivo publique,
até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução
orçamentária.
Ainda de acordo com a CF/1988 em seu artigo 168 “os recursos correspon-
dentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e
especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia
20 de cada mês”.
A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam
ficar sem o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da
receita, anualmente, o Presidente da República tem publicado um decreto de con-
tingenciamento, bloqueando recursos, que passam a não estar disponíveis para
empenho até segunda ordem.
Com a entrada da Emenda Constitucional (EC n. 86/2015), apelidada de
“EC do orçamento impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação
orçamentária relativa às emendas individuais à LOA por parte dos con-
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gressistas, sendo que tais emendas serão aprovadas até 1,2% da Receita Corren-
te Líquida (RCL) prevista no projeto de LOA encaminhado ao Congresso Nacional.
Registre-se que esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas
uma pequena fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo assim
do conceito doutrinário de orçamento impositivo, aquele em que a aprovação da Lei
obriga o Executivo a executar a LOA de forma mais amarrada.
De qualquer forma, guarde que a EC n. 86/2015 tornou impositiva apenas
emendas individuais dos parlamentares, mas não trouxe qualquer novida-
de em relação às chamadas emendas de bancadas, aquelas que são apresenta-
das, por exemplo, por parte de uma bancada de determinado Estado da Federação.
Apenas com a promulgação da EC n. 100/2019, é que as emendas de bancada
também passaram a ser obrigatórias (limite para a execução de 0,8% em
2020 e, a partir de 2021, de 1% da RCL) e houve a revogação dos incisos I a IV
do § 14, que tratavam das medidas a serem tomadas em caso de impedimento de
ordem técnica que inviabilizassem a execução das emendas.
Ainda de acordo com a nova redação de nossa Carta Magna trazida pela EC n.
100/2019, quando as emendas impositivas resultarem em transferências
obrigatórias a Estados e Municípios, os recursos transferidos não integram
a RCL dos entes destinatários.
Além dessas novidades, a EC n. 100/2019, em seu § 17 do artigo 165, dispôs
acerca dos restos a pagar no âmbito do orçamento impositivo, determinan-
do que os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas
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nos § 11 e 12 (emendas impositivas individuais e de bancada) poderão ser
considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o limite de
0,6% (seis décimos por cento) da RCL realizada no exercício anterior, para
as programações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco
décimos por cento), para as programações das emendas de bancada.
Atente, portanto, ao fato de que metade das emendas impositivas (0,6%
e 0,5%, respectiva dos 1,2% para as emendas individuais e do 1% para as
emendas de bancada) podem ser destinadas para o pagamento de restos
a pagar.
Mas guarde que as emendas impositivas podem ser contingenciadas, de
acordo com os ditames da LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ainda temos o § 19 do artigo 165 que dispôs acerca do critério equitativo
para execução das emendas, definindo como equitativa a execução das pro-
gramações de caráter obrigatório que observe critérios objetivos e imparciais
e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas,
independentemente da autoria.
Em suma, guarde o seguinte: Emendas individuais impositivas – tra-
zidas pela EC n. 85 – tem como limite para execução de 1,2% da RCL, e
Emendas de bancada impositivas – trazidas pela EC 100/2019 tem como
limite para a execução de 1% da RCL a partir de 2021, sendo em 2020 esse
limite de 0,8% da RCL.
Ainda falando das chamadas emendas impositivas, a partir do 3º ano da pro-
mulgação, ou seja, em 2022, até o último exercício de vigência do regime
de teto de gastos públicos (EC n. 95), o limite para a execução das emen-
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das impositivas de bancada será o montante do exercício anterior corrigi-
do pela inflação.
Lembre-se deque a EC n. 95, também chamada de “PEC dos Gastos”, que
estabeleceu o “Novo Regime Fiscal” trazendo no artigo 111 do ADCT da nossa
CF/1988 que:
Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o último exercício de vigência do Novo Regime Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal corresponderão ao montante de execução obrigatória para o exer-cício de 2017, corrigido na forma estabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Mastigando essa informação para você, o que a “PEC dos Gastos” trouxe à baila
foi que a partir de 2018 até o fim do Novo Regime Fiscal, a aprovação e execução
das emendas individuais de execução obrigatória terão como limite o valor do exer-
cício anterior acrescido do IPCA de 12 meses.
O chamado novo Regime Fiscal também inovou ao constitucionalizar os famo-
sos “restos a pagar”, uma vez que, até então, os resíduos passivos relativos às
despesas empenhadas e ainda não pagas dentro do mesmo ano, só tinha previsão
em legislação infraconstitucional, determinando que os restos a pagar podem ser
considerados, até o limite de 0,6% da RCL do ano anterior, para fins de cumprimen-
to da execução financeira obrigatória de emendas individuais.
1.6.3. Natureza Jurídica do Orçamento
É importante deixar registrado que o orçamento público embora tenha formato
de lei, sendo aprovado como tal, o STF decidiu que o orçamento público, no Bra-
sil, é lei apenas em sentido formal.
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Assim, em relação à sua natureza jurídica, é bom deixar registrado que o orça-
mento público embora tenha formato de lei, sendo aprovado como tal, a doutrina
dominante, embora não pacífica, é a de que o orçamento público, no Brasil, é
lei em sentido formal.
Esse é o posicionamento do STF atualmente, para a Magna Corte, o or-
çamento público, no Brasil, é lei em sentido formal. Entretanto, no que diz ao
controle abstrato de constitucionalidade de uma lei orçamentária, o STF entende
que é possível sim (ADI n. 4048 e n. 4049).
Quando mencionamos o sentido formal da LOA é que temos uma lei que tem
“cara”, ou “forma” de lei, sendo formalmente aprovada pelo Poder Legislativo. A
LOA pode ser chamada de lei de efeitos concretos, sendo apenas lei quanto à
forma (aprovada pelo Legislativo), mas não quanto à matéria.
Em contraste, uma lei em sentido material é aquela norma que tem abstra-
ção e generalidade, não tendo destinatário certo. É um conjunto de hipóteses
normativas abstratas, como por exemplo, o Código Penal Brasileiro, tipifica o crime
de furto, elenca explicitamente o tipo penal como “subtrair coisa alheia móvel”,
especificando as penalidades para quem comete o ilícito, não mencionando quem
será penalizado. Qualquer pessoa, em regra, que subtrair coisa alheia móvel de
terceiro, estará cometendo o crime, não tendo a lei destinatário certo. É uma nor-
ma genérica, portanto. Assim sendo, o Código Penal é uma lei em sentido material.
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1.6.4. Outros Aspectos Relevantes do Orçamento
Quem elabora e executa o orçamento Público no Brasil? É apenas o Poder Exe-
cutivo? O que você acha?
Na realidade, todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas pro-
postas orçamentárias, porém, quem executa a maior parte das despesas
públicas é o Poder Executivo, mesmo porque essa é a sua principal função.
Basicamente, em termos de elaboração da proposta orçamentária, genericamen-
te falando, funciona da seguinte forma: todos os Poderes (Executivo, Legislativo,
Judiciário e mais o Ministério Público), e demais órgãos (Unidades Orçamentárias)
elaboram as suas propostas orçamentárias e encaminham para o Poder Executivo
(Ministério da Economia que absorveu o antigo MPOG – Planejamento, Or-
çamento e Gestão), que faz a consolidação de todas as propostas e encaminha um
projeto de Lei de Orçamento ao Congresso Nacional.
Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode
ser encaminhada diretamente ao Congresso Nacional. Essa competência é priva-
tiva do Presidente da República (inciso XXIII do art. 84 da CF).
O famoso doutrinador Alexandre de Moraes, agora Ministro do STF, descreve
que a iniciativa das leis orçamentárias é exclusiva e obrigatória para Estados e
Municípios e ainda argumenta que se trata de iniciativa legislativa vinculada, uma
vez que deverá ser remetida ao Congresso Nacional no tempo estabelecido pela
própria Constituição Federal (In: Direito Constitucional. 16. ed., p. 594).
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É até comum, em provas de concurso, perguntares sobre quem tem competência
para dispor sobre orçamento público no Brasil. Essa competência é exclusiva do
Congresso Nacional.
Fique ligado(a), pois o termo dispor significa votar, apresentar e rejeitar emen-
das, manter ou derrubar vetos do Presidente da República, aprovar créditos adicio-
nais, fiscalizar etc.
Aí eu lhe pergunto: caso o Presidente da República se omita, deixando de en-
caminhar o projeto de lei de orçamento ao Congresso Nacional, pode qualquer
parlamentar apresentar esse projeto de lei?
Não, essa competência é é exclusiva do chefe do poder executivo, função
essa exercida pelo Presidente da República. A proposta apresentada por par-
lamentar caracteriza inconstitucionalidade formal.
Nessa mesma linha de pensamento, se o envio ao Congresso Nacional do projeto
de lei orçamentária anual é de competência privativa (art. 84, caput, inciso XXIII)
do chefe do Poder Executivo e o parágrafo único do mesmo artigo não menciona
explicitamente o inciso XXIII como possibilidade de delegação pelo Presidente da
República da matéria nele constante, significa dizer que a iniciativa do orçamento
público é indelegável.
Assim, o Doutrinador Alexandre de Moraes, agora Ministro do STF, e, portanto,
“produtor” de jurisprudência, prefere, portanto, chamá-la de competência exclu-
siva.
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Essa distinção é feita em razão da existência de uma diferenciação entre a compe-
tência privativa e a competência exclusiva; esta é indelegável, aquela é passível de
delegação. Entretanto, muitas vezes existe confusão e trata-se os dois conceitos de
forma indistinta. Registre que o fato de a iniciativa ser exclusiva do Presidente
da República, no caso da União, dentre outras características, faz com que a LOA
seja uma lei ordinária especial.
Importante deixar registrado ainda que a CF/1988 concedeu autonomia adminis-
trativa e financeira ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, ao Poder Legislativo e
ao Tribunal de Contas da União para elaborarem suas próprias propostas orçamen-
tárias, encaminhando-as ao Poder Executivo para consolidação final.
Assim, a partir dessa consolidação final, realizada no âmbito do Ministério da
Economia (antes era no MPOG – Planejamento, Orçamento e Gestão), uma
proposta consolidada de orçamento da unidade da federação é encaminhada ao
Legislativo, que a apreciará.
Importante também deixar registrado que, apesar de o Executivo receber inú-
meras propostas setoriais de orçamento público, por força do princípio da uni-
dade orçamentária (implícito no art. 165, § 5º, da CF/1988, combinado com art.
2º, caput, da Lei n. 4.320/1964, onde está explícito), somente poderá haver um
único projeto de LOA, para cada ente político, e em cada exercício financei-
ro, de sorte que o Congresso só recebe um PLOA.
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Cuidado com essa pegadinha. Existem questões de concursos que alegam que
seria possível um Poder enviar sua própria proposta orçamentária diretamente ao
Poder Legislativo. Fique atento, não vacile, marque falsa!
Fique atento(a) também pois existem questões que afirmam ser constitucional o
próprio Poder Legislativo aprovar a sua própria proposta orçamentária, por
ter a prerrogativa de aprovar as leis. Fique atento, não vacile, marque falsa!
A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento público propriamente dito, de-
vendo conter exclusivamente duas matérias: previsão de receita e fixação de
despesa.
Importante atentarmos para a palavra previsão para receita, já a receita or-
çamentária pode ser arrecadada acima do valor previsto no orçamento público por
não existir teto para a receita!
Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por
ser prevista com um limite até o qual poderá ser executada.
A esse limite de autorização de gastos dá-se o nome de dotação orçamentá-
ria, que é a expressão monetária do crédito orçamentário, autorização discrimi-
nada para se gastar recursos.
No tocante às despesas, o orçamento público estabelece autorizações de gas-
tos por meio dos chamados créditos orçamentários, limitados por suas respectivas
dotações.
Destaque-se ainda que, de acordo com o artigo 166 da nossa Carta Magna, os
projetos de lei relativos ao PPA, à LDO, à LOA e aos créditos adicionais devem
ser apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regi-
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mento comum, ou seja, devem ser analisados e votados pelo Poder Legis-
lativo.
No tocante às despesas, o orçamento público estabelece autorizações de gas-
tos por meio dos chamados créditos orçamentários, limitados por suas respectivas
dotações.
O próprio artigo 167, VII, da CF/1988 estabelece a seguinte vedação orçamen-
tária:
Art. 167. São vedados:(...)VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
Raciocine comigo: se é o Poder Legislativo quem autoriza a LOA e, portanto,
os créditos orçamentários com suas respectivas dotações, significa dizer que o Le-
gislativo não poderá conceder um crédito ilimitado para o Poder Executivo gastar
ilimitadamente.
Concorda?
Por essa razão existem limites de gastos preestabelecidos para cada crédito
orçamentário...
Professor, na prática, como se elabora o orçamento público?
Aí eu lhe digo que essa tarefa é bastante complexa e é chamada de processo
de elaboração da proposta orçamentária, entretanto, pode ser simplificada-
mente explicada da seguinte forma:
Pense no seu orçamento familiar, onde são orçados os gastos do mês em função
das receitas recebidas.
Só que tenho que lhe dizer que na Administração Pública funciona um pouco
diferente, pois as receitas a serem arrecadadas já estão previstas em Lei, e incum-
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be ao Poder Executivo prever o quanto será arrecadado no ano subsequente e a
fixação das despesas em função dessas receitas, cabendo ao Congresso Nacional
autorizar sua execução.
A previsão das receitas e a fixação das despesas é semelhante ao à ideia do seu
orçamento familiar, só que com muito mais complexidade e burocracia...
Assim, para atender o que determinam as normas atuais e as mais avançadas
técnicas orçamentárias, no atual modelo orçamentário brasileiro deve existir es-
treita conexão entre planejamento e orçamento, formando assim, o poderíamos
chamar de binômio inseparável.
Na verdade a distribuição de recursos são políticas públicas. Para tanto, deve
haver planejamento para o entrelaçamento entre Planejamento, orçamento-
-programa e Implementação das ações.
Esse inter-relacionamento, no caso brasileiro, teve seu marco inicial, pelo me-
nos do ponto de vista legal, com o advento da Lei n. 4.320/1964, que pretendeu
instituir o orçamento-programa, instrumento de alocação de recursos com ênfa-
se não no objeto de gasto.
Amigo(a), você não precisa ser entendido no assunto para saber que os princi-
pais problemas da economia brasileira tem sido a deficiência ou até mesmo a au-
sência de planejamento de longo prazo.
1.7. Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária
No artigo 167 da CF/1988 temos os dispositivos constitucionais proibitivos, ou
seja, as vedações constitucionais em matéria orçamentária. Vamos vê-los
agora, intercalando com questões de concursos anteriores:
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Art. 167. São vedados:I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os cré-ditos orçamentários ou adicionais;III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a re-partição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a presta-ção de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legis-lativa;VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir deficit de empresas, fun-dações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financei-ras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos qua-tro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a des-pesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
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§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se re-ferem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contra garantia à União e para pagamento de débitos para com esta. § 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Exe-cutivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo.
Analisando o conteúdo dos incisos de parte do artigo acima transcrito, podemos
ver que o inciso I proíbe o início de programas ou projetos não incluídos na
LOA.
Em outras palavras, mesmo com previsão no PPA ou na LDO acerca da realiza-
ção de despesas vinculadas a determinadas ações ou programas governamentais,
o efetivo gasto e, assim, a execução do projeto, somente poderão ir adiante se
houver previsão específica quanto às receitas e despesas na LOA, em consonân-
cia com o princípio da universalidade.
Já o inciso II proíbe a realização de despesas que superem os créditos
orçamentários ou adicionais, ou seja, toda despesa deve estar vinculada a uma
receita, não sendo permitido assumir obrigações sem a indicação da respectiva
fonte de financiamento.
Podemos ver que no inciso III, existe um limite quanto à realização de
operações de crédito, tendo em vista que ao serem contratadas e contraí-
das aumentam o endividamento do Estado.
Essa é a chamada “Regra de Ouro” das Finanças Públicas! De acordo com a
“Regra de Ouro” das Finanças Públicas, a contratação de operações de crédito
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não poderá ser superior ao montante das despesas de capital, a não ser que haja
autorização específica pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta, mediante cré-
dito adicional suplementar ou especial, com finalidade precisa.
Essa regra tenta garantir que as receitas advindas do endividamento estejam no
mesmo patamar do gasto com investimentos.
Seguindo nossa análise, o inciso IV trata do Princípio Orçamentário da
Não Vinculação da Receita de Impostos a Órgão, Fundo ou Despesa.
Adiante, o inciso VI combinado com o § 5º (exceção) tratam do Princípio da
Proibição do Estorno de Verbas, também já estudado.
Voltando ao inciso V combinado com os §§ 2º e 3º, que tratam de créditos adi-
cionais, aparecem os mecanismos que retificam o orçamento anual.
No inciso IX temos a vinculação da instituição de fundos, aqueles instrumentos
orçamentários criados com o objetivo de destinar recursos a programas, projetos e
atividades governamentais, à prévia autorização legislativa.
No inciso X a vedação visa é limitar a facilitação do aumento e superação de
limites em relação às despesas de pessoal. Em outras palavras, fica vedada a trans-
ferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos pelo Governo Fede-
ral e Estadual e respectivas instituições financeiras, cujo objetivo seja o pagamento
de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista dos Estados, Distrito Federal
e Municípios.
Seguindo nossa análise dos dispositivos do artigo 167 da CF/1988, chegamos ao
inciso XI, que limita a utilização dos recursos/receitas decorrentes da arrecadação
de contribuições destinadas ao financiamento da Seguridade Social ao pagamento
do regime geral de previdência social, disciplinado no artigo 201 da CF/1988.
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Em outras palavras, enquanto nas receitas dos impostos, a regra é a da
não vinculação, quando se trata da disciplina das contribuições, a norma
constitucional é inversa: deve haver vinculação à finalidade pela qual o tribu-
to foi exigido.
É importante deixar registrado também que o STF firmou JURISPRUDÊNCIA
acerca do artigo 169, § 1º, da CF/1988, entendendo que a ausência de do-
tação orçamentária prévia em legislação específica não autoriza a declara-
ção de inconstitucionalidade da lei, impedindo tão somente a sua aplicação
naquele exercício financeiro.
Assim, caso uma lei conceda um aumento de remuneração a servidores sem
dotação suficiente na LOA ou sem autorização na LDO, ela não será declarada in-
constitucional.
Nessa linha de raciocínio, a única restrição é que a referida lei não poderá ser
aplicada naquele exercício financeiro. Caso, no exercício seguinte, exista dotação
na LOA e autorização na LDO, a lei que concede o aumento poderá ser aplicada.
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RESUMO
A Atividade Financeira do Estado (AFE) consiste em obter, criar, gerir e
despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado as-
sumiu ou cometeu a outras pessoas de direito público.
As Finanças Públicas, o Orçamento Público, a AFO e o Direito Financeiro
em especial, encontra sua “gênese normativa” na Constituição Federal de
1988, especialmente entre os artigos 163 e 169.
O orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação
de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder
Legislativo lhe autoriza, através de LEI, a execução das despesas destinadas ao
funcionamento da máquina administrativa.
É importante deixar registrado que o orçamento público embora tenha formato
de lei, sendo aprovado como tal, o STF decidiu que o orçamento público, no Bra-
sil, é lei apenas em sentido formal.
A competência para legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento é concor-
rente da União, Estados e Distrito Federal, como define o artigo 24, I e II; e §
1º a 4º da CF/1988. Apesar de não fazer menção explícita aos municípios, existe
a possibilidade de dispor sobre temas próprios e específicos de direito financeiro,
conforme disposição expressa do art. 30, II, CF/1988.
É importante deixar registrado que o orçamento público embora tenha formato
de lei, sendo aprovado como tal, o STF decidiu que o orçamento público, no Bra-
sil, é lei apenas em sentido formal.
O orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação
de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder
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Legislativo lhe autoriza, através de LEI, a execução das despesas destinadas ao
funcionamento da máquina administrativa.
Todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas propostas or-
çamentárias, porém nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Po-
der Legislativo, pode ser encaminhada diretamente ao Congresso Nacional. Essa
competência é privativa do Presidente da República (Inciso XXIII do art. 84 da
CF). Mas quem tem competência para dispor sobre orçamento público no Brasil, é
exclusivamente do Congresso Nacional.
Vedações constitucionais: no artigo 167 da CF/1988 temos os dispositivos
constitucionais proibitivos, ou seja, as vedações constitucionais em matéria orça-
mentária. Vale a pena ler novamente esse artigo outras vezes e reler esse artigo
na véspera da prova!
A Lei n. 4.320/1964 não foi revogada, mas sim recepcionada como se Lei
Complementar fosse. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
(ADI n. 1726), a Lei n. 4.320/1964 foi recepcionada com o status de lei com-
plementar perante o texto constitucional de 1988, apesar da sua forma originária
de lei ordinária.
A Lei n. 4.320/1964 é uma lei formalmente ordinária, aprovada por meio de
processo legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar maioria simples,
e materialmente complementar, pois a matéria de que ela trata é de lei comple-
mentar, com fulcro no art. 165, § 9º, I, da CF/1988.
Mesmo sendo uma lei formalmente ordinária e materialmente complementar,
a Lei n. 4.320/1964 somente poderá ser alterada, desde a vigência da atual
Constituição, por uma lei complementar tanto quanto à forma e quanto à
matéria.
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MAPAS MENTAIS
Finanças Públicas e Orçamento Público na CF/1988
Finanças Públicas e
Orçamento
Público na CF/1988
Vedações em matéria
Orçamentária
(artigo 167 da CF/1988)
Atividade Financeira
do Estado
Embasamento
Constitucional
e Legal
Instrumentos
Orçamentários
Banco
Central
- Receita Pública - Crédito Público- Gestão do Orçamento Público- Despesa Pública
- CF/1988 - artigos 165 a 169- Lei 4.320164- LRF
- PPA- IDO - LOA
- Não pode emprestar dinheiro ao Tesou-ro ou a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira
- Pode usar títulos públicos do Tesouro como instrumento de Política Monetária , emprestar dinheiro a bancos e receber as disponibilidades de caixa da União,
- Abrir crédito suplementar ou especial sem autorização legislativa e utilização ou concessão de créditos ilimita-dos
- Transposição, remanejamento ou transferência de uma categoria para outra
- Início de programas ou projetos não incluídos na LOA e realizar gastos superiores aos créditos orçamentários (incluindo os adicionais)
- Instituir fundos sem autorização legal e usar recursos (orçamentos fiscal e seguridade) para cobrir deficits da administração indireta
- Regra de Ouro: o valor das operações de crédito não pode ser superior ao das despesas de capital, exceto em caso de autorização específica via crédito adicional su-plementar ou especial
- Nenhum investimento que ultrapasse um exercício fi-nanceiro pode ser iniciado sem inclusão no PPA ou sem lei que autorize a inclusão
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Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária
Vedações Constitucionaisem matéria Orçamentária
(artigo 167 CF/1988)
Utilização, sem autorizaçãolegislativa específicas, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir deficit de empresas, fundações e fundos
a Realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social com recursos provenientes das contribuições social
a abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública
a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa
a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos governo federal e estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do DF e dos Municípios.
relação de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditossuplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade
início de programas ou projetos não incluídos na LOA
a Instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa
realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais.
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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA
Questão 1 (FCC/ANALISTA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) A respeito do que
estabelece a Constituição Federal sobre as Finanças Públicas,
a) o banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacio-
nal, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
b) a competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pela
Casa da Moeda.
c) é permitido ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos
ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade, ainda que não seja instituição
financeira.
d) as disponibilidades de caixa da União poderão ser depositadas em qualquer ins-
tituição financeira oficial, ressalvados os casos previstos em lei.
e) a lei ordinária disporá, dentre outros assuntos, sobre a fiscalização financeira da
Administração pública direta e indireta.
Questão 2 (FCC/ANALISTA/TCE-CE/2015) A Constituição Federal estabeleceu al-
gumas regras relacionadas com as atividades do Banco Central do Brasil. De acordo
com o texto constitucional,
I – a competência da União para emitir moeda será exercida concorrentemente
pelo Banco Central do Brasil e pelo Tesouro Nacional.
II – é vedado ao Banco Central do Brasil conceder, direta ou indiretamente, em-
préstimos ao Tesouro Nacional.
III – é autorizado ao Banco Central do Brasil conceder, indiretamente, emprésti-
mos a órgão ou entidade que não seja instituição financeira, nos termos de
lei complementar.
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IV – o Tesouro Nacional poderá comprar e vender títulos de emissão do Banco
Central do Brasil, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de
juros.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e IV.
b) I e III.
c) II.
d) III e IV
e) IV.
Questão 3 (FCC/TÉCNICO/TST/2017) Em uma situação de crise fiscal, um dos
efeitos mais sentidos é a queda da arrecadação tributária, fato que atinge todas
as esferas de poder dos entes federativos. Diante dessa situação, a Administração
promoveu a alteração da legislação tributária por meio da lei orçamentária anual.
Essa medida contrariou formalmente a Constituição Federal que determina que
a) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de al-
teração é o Plano Plurianual.
b) deficit de arrecadação não é fundamento legal para essa alteração.
c) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de al-
teração é a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) a alteração na legislação tributária somente seria possível no caso de criação de
novo tributo.
e) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de al-
teração é o Demonstrativo da Execução Orçamentária.
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Questão 4 (FCC/TÉCNICO/TST/2017) Considere:
I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público.
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indi-
retamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
Conforme estabelecido na Constituição Federal, uma das funções desses orçamen-
tos, compatibilizados com o Plano Plurianual, é
a) estabelecer benefícios fiscais aos entes federativos com menor arrecadação.
b) promover o orçamento sustentável dos órgãos da Administração direta e indi-
reta da União.
c) priorizar a alocação de verbas a fundos e fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público.
d) indicar parâmetros para o estabelecimento de metas fiscais.
e) reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
Questão 5 (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/2012) A Cons-
tituição Federal fixa a competência legislativa em matéria de finanças públicas,
determinando que será disposto especificamente por lei complementar
a) o plano plurianual e as diretrizes orçamentárias.
b) as normas gerais sobre finanças públicas.
c) a lei orçamentária anual.
d) a abertura de crédito suplementar.
e) a abertura de crédito extraordinário.
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Questão 6 (FCC/TÉCNICO/TRT-21/2017) A Constituição Federal, ao tratar dos
projetos de lei para os instrumentos de planejamento orçamentário, estabelece que
devem ser apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional. Essa norma cons-
titucional abrange, expressamente, a Lei Orçamentária Anual, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias, o Plano Plurianual e os projetos de lei referentes a
a) restos a pagar.
b) gastos com assistência social.
c) créditos adicionais.
d) suprimento de fundos.
e) dívida ativa.
Questão 7 (FCC/ANALISTA/TST/2017) A Constituição Federal dita a tramitação
de projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei
Orçamentária Anual e créditos adicionais e dispõe que
a) cabe ao Senado examinar e emitir parecer sobre esses projetos.
b) as emendas devem ser apresentadas no Plenário das duas casas do Congresso
Nacional e serão apreciadas na Comissão Mista permanente de Senadores e Depu-
tados.
c) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para
propor modificação nos projetos enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.
d) as emendas aos projetos somente podem ser aprovadas com a indicação dos
recursos necessários, requisito dispensado no caso de despesa para educação e
saúde.
e) a anulação de despesa não é considerada fonte de recursos para fins de apro-
vação de emendas.
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Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
Questão 8 (FCC/ANALISTA/TCE-AP/2012) Para a concessão de vantagem ou au-
mento de remuneração dos servidores públicos da administração pública direta
NÃO é necessário
a) obediência aos limites com despesa com pessoal fixados na Lei de Responsabi-
lidade Fiscal.
b) prévia dotação orçamentária suficiente para atender os acréscimos às projeções
da despesa com pessoal.
c) abertura de crédito extraordinário para custear este aumento de despesa impre-
visível e urgente.
d) autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias.
e) respeitar o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal
inativo.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FCC/ANALISTA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) Será compatível com
a disciplina das finanças públicas na Constituição Federal a hipótese em que
a) a União deixe de efetuar ao Município transferência relativa à execução de pro-
gramação orçamentária proveniente da aprovação de emenda parlamentar indivi-
dual ao projeto de lei orçamentária federal, por estar o Município em situação de
inadimplência.
b) o Município considere, como integrante da base de cálculo da receita corrente
líquida para fins de aplicação do limite de despesa de pessoal fixado em lei comple-
mentar, a transferência da União relativa à execução de programação orçamentária
proveniente da aprovação de emenda parlamentar individual ao projeto de lei or-
çamentária federal.
c) haja o remanejamento de recursos de uma categoria de programação para ou-
tra, mediante ato do Poder Executivo, independentemente de prévia autorização
legislativa, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o obje-
tivo de realizar projeto restrito a uma dessas funções.
d) haja vinculação de receitas geradas pelo produto da arrecadação do imposto do
Estado sobre a propriedade de veículos automotores pertencente ao Município para
o fim de pagamento de débitos do Município para com o próprio Estado.
e) o servidor público municipal não estável seja exonerado, a fim de o Município
cumprir limite de despesa com pessoal estabelecido em lei complementar, median-
te indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
Questão 2 (FCC/ANALISTA/MPE-PE/2018) A respeito das competências legisla-
tivas dos entes federados para criarem seus orçamentos, a Constituição Federal
dispõe que
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a) o Congresso Nacional, através de resolução, pode delegar competência ao Pre-
sidente da República para legislar sobre orçamentos.
b) a iniciativa das leis orçamentárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câ-
mara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional.
c) compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre orçamento.
d) a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei
orçamentária anual.
e) o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, em caso de relevante in-
teresse público, podem ser alterados por medida provisória.
Questão 3 (FCC/ANALISTA/MPE-PE/2018) A Emenda Constitucional no 95 de
2016 instituiu Novo Regime Fiscal no âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguri-
dade Social da União, para vigorar por vinte exercícios financeiros, estabelecendo,
entres outras, as seguintes regras:
I – Ficam estabelecidos, para cada exercício, limites individualizados para as
despesas primárias do Poder Executivo, de órgãos do Poder Judiciário (STF,
STJ, CNJ, Justiça Federal, Justiça Militar da União, Justiça Eleitoral, Justiça
do Distrito Federal e Territórios), do Senado, da Câmara dos Deputados, do
Tribunal de Contas da União, do Ministério Público da União e da Defensoria
Pública da União.
II – Para o exercício de 2017, cada um dos limites das despesas primárias a se-
rem observados pelos Órgãos Federais, mencionados na EC 95/2016, equi-
valerá à despesa primária paga no exercício de 2016, incluídos os restos a
pagar pagos e demais operações que afetam o resultado primário, corrigida
em 7,2% (sete inteiros e dois décimos por cento).
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III – Para os exercícios posteriores ao exercício de 2017, cada um dos limites das
despesas primárias a serem observados pelos Órgãos Federais, mencionados
na EC n. 95/2016, equivalerá ao valor do limite referente ao exercício ime-
diatamente anterior, sem correção ou atualização monetária.
IV – A Emenda Constitucional n. 95/2016 estabelece os limites das despesas pri-
márias de órgãos federais, determinando a inclusão, na base de cálculo e
nos referidos limites estabelecidos, dos créditos extraordinários previstos na
Constituição Federal, as despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a
realização de eleições e as despesas com aumento de capital de empresas
estatais não dependentes.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) III.
e) I e IV.
Questão 4 (FCC/CONSULTOR LEGISLATIVO/CLDF/2018) Com base nas dispo-
sições constitucionais sobre a Lei Orçamentária Anual,
a) o Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de demonstrativo da compa-
tibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e as metas constantes
no Anexo de Riscos Fiscais.
b) o Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de demonstrativo da estimati-
va e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas
obrigatórias de caráter continuado.
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c) os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do Projeto de Lei
Orçamentária Anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utiliza-
dos, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e
específica autorização legislativa.
d) as emendas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual podem ser aprovadas caso
indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação
de despesa com pessoal e encargos sociais, mesmo em conformidade com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias.
e) o dispositivo que autorize o cancelamento de restos a pagar não processados
ao final do exercício, caso não haja disponibilidade de caixa, estará contido na Lei
Orçamentária Anual.
Questão 5 (FCC/AUDITOR/SEFAZ-GO/2018) De acordo com a Constituição Fe-
deral de 1988, as emendas ao Projeto de Lei do Orçamento Anual ou aos projetos
que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso
a) sejam compatíveis com o Plano de Governo e sejam relacionadas com a corre-
ção de erros ou omissões e com os dispositivos do texto do projeto de lei.
b) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes, desde que
não comprometidos, do superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do
exercício anterior.
c) sejam apresentadas em comissão mista permanente que emitirá parecer quanto
à compatibilidade com o Plano Diretor Estratégico.
d) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes do produ-
to de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
Poder Executivo realizá-las.
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e) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anu-
lação de despesa, excluídas, entre outras, as que incidam sobre as dotações para
pessoal e seus encargos e serviço da dívida.
Questão 6 (FCC/CONSULTOR/CLDF/2018) A fim de adequar a despesa com pes-
soal ativo e inativo ao limite estabelecido em lei complementar federal, o Governa-
dor de determinado Estado promoveu a redução em 30% das despesas com cargos
em comissão e funções de confiança, além de ter exonerado servidores ocupantes
de cargos efetivos há menos de 3 anos em exercício.
Nessa hipótese, o Governador do Estado procedeu de modo
a) compatível com a Constituição Federal, fazendo, no entanto, os servidores que
houverem perdido os cargos nas referidas condições jus à indenização correspon-
dente a um mês de remuneração por ano de serviço.
b) compatível com a Constituição Federal, considerando-se extintos os cargos ob-
jeto de redução, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições
iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
c) incompatível com a Constituição Federal apenas no que se refere aos servidores
ocupantes de cargo efetivo, que farão jus à reintegração ao serviço.
d) incompatível com a Constituição Federal apenas em relação aos cargos em
comissão e funções de confiança, por ter extrapolado o limite estipulado constitu-
cionalmente, sendo ainda assegurada aos ocupantes de cargo efetivo indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
e) incompatível com a Constituição Federal, tanto em relação aos ocupantes de
cargos em confiança, que fazem jus à indenização correspondente a um mês de re-
muneração por ano de serviço, quanto em relação aos ocupantes de cargo efetivo,
que fazem jus à reintegração ao serviço.
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Questão 7 (FCC/AUDITOR/SEFAZ-SC/2018) De acordo com a disciplina consti-
tucional em matéria de lei orçamentária anual federal,
a) cabe a uma comissão mista permanente de Senadores e Deputados, dentre
outras competências, examinar e emitir parecer sobre o respectivo projeto de lei e
exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação
das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas.
b) é vedada a aprovação de emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária
anual na hipótese de os respectivos recursos serem provenientes de anulação de
despesas.
c) os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados,
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, independente-
mente de prévia e específica autorização legislativa.
d) as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária anual serão aprovadas
no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida
prevista no projeto encaminhado pelo Presidente da República, devendo dois terços
desse percentual ser destinado a ações e serviços públicos de saúde.
e) é obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações contidas
na Lei Orçamentária Anual, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois
décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior.
Questão 8 (FCC/AUDITOR/SEFAZ-SC/2018) Determinado Estado pretende ins-
tituir fundo para a melhoria do corpo de bombeiros, tendo como uma de suas re-
ceitas taxa cobrada pelo Estado em razão do poder de polícia exercido por aquele
órgão estadual. Trata-se de pretensão
a) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que é vedada a vinculação de
receita tributária a órgão, fundo ou despesa.
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b) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que a arrecadação de taxa
não pode ser vinculada a órgão, fundo ou despesa, mas apenas a arrecadação de
impostos para os fins previstos na Constituição Federal.
c) compatível com a Constituição Federal, devendo o fundo ser instituído mediante
prévia autorização legislativa.
d) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que é vedada a vinculação da
arrecadação de taxa a órgão, fundo ou despesa até 31 de dezembro de 2023.
e) compatível com a Constituição Federal, podendo o fundo ser constituído por de-
creto, independentemente de autorização legislativa.
Questão 9 (FCC/ANALISTA/TRT-6/2018) Sobre as finanças públicas, suas nor-
mas gerais e orçamentos, dispõe a Constituição Federal que:
a) leis de iniciativa do Poder Legislativo estabelecerão o plano plurianual, as dire-
trizes orçamentárias e os orçamentos anuais.
b) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para
propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada
a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta
c) a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, ainda que referentes à autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito.
d) cabe à lei ordinária estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da
Administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funciona-
mento de fundos.
e) a lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as metas e prioridades da
Administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, e disporá sobre as alterações na legislação tributária.
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Questão 10 (FCC/ANALISTA/TRT-6/2018) À luz da disciplina constitucional das
finanças públicas,
a) lei delegada poderá dispor sobre concessão de garantias pelas entidades públi-
cas.
b) a competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo
Conselho Monetário Nacional.
c) não é permitida ao Banco Central a compra e venda de títulos de emissão do
Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
d) medida provisória poderá dispor sobre a concessão de garantias pelas entidades
públicas.
e) é vedado ao Banco Central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financei-
ra.
Questão 11 (FCC/ANALISTA/TRT-2/2018) Suponha que o Tribunal Superior do
Trabalho pretende implementar, no exercício financeiro corrente, programa para
dar celeridade à prestação jurisdicional, que demandará a admissão de servidores
públicos. Todavia, os gastos com a execução do programa não foram previstos na
lei orçamentária anual vigente, assim como não há previsão de dotações orçamen-
tárias suficientes para atender às projeções de despesa de pessoal relativas às
admissões de servidores públicos. Considerando que essas medidas são urgentes
e de excepcional interesse público em face do expressivo aumento da litigiosidade,
o Tribunal pretende executá-las sem que sejam alteradas as disposições da lei or-
çamentária, assim como dispensará a abertura de créditos adicionais, inclusive os
extraordinários. Nessa situação, a Constituição Federal
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a) permite que seja iniciada a imediata execução do programa e que sejam reali-
zadas despesas com a admissão de servidores públicos, uma vez que se trata de
situação de excepcional interesse público.
b) permite que seja implementado o programa e que sejam realizadas despesas
com a admissão de servidores públicos, desde que sejam autorizados por medida
provisória.
c) veda que seja implementado o programa, mas permite que sejam realizadas
as despesas com a admissão dos servidores públicos, uma vez que as limitações
constitucionais ao aumento de despesas com pessoal não se aplicam aos gastos do
Poder Judiciário.
d) permite que seja implementado o programa, mas veda que sejam realizadas as
despesas com a admissão dos servidores públicos, uma vez que haverá aumento
de despesas com pessoal não previstas em orçamento.
e) veda que seja implementado o programa, assim como que sejam realizadas as
despesas com a admissão dos servidores públicos.
Questão 12 (FCC/PROCURADOR/PGE-AP/2018) Na hipótese de o Estado extra-
polar o limite de gastos com pessoal previsto em lei complementar federal, essa
situação
a) autoriza a União a não repassar ao Estado o valor da arrecadação do imposto
sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimen-
tos pagos pelo Estado, a qualquer título, suas autarquias e fundações que instituir
e mantiver.
b) pode justificar a exoneração de servidores titulares de cargos públicos estáveis,
observados os requisitos constitucionais, dentre os quais o pagamento de indeniza-
ção correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
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c) não pode ensejar a exoneração dos servidores titulares de cargos públicos efeti-
vos, mas pode justificar a exoneração de servidores titulares de cargos públicos em
comissão, observados os requisitos constitucionais, dentre os quais o pagamento
de indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
d) pode justificar a colocação de servidores titulares de cargos públicos efetivos em
disponibilidade, observados os requisitos constitucionais, dentre os quais o paga-
mento de remuneração mensal proporcional ao tempo de serviço.
e) não pode ensejar a exoneração dos servidores titulares de cargos públicos efe-
tivos, nem de servidores titulares de cargos públicos em comissão.
Questão 13 (FCC/PROCURADOR/PGE-TO/2018) Suponha que em 31 de dezem-
bro de 2017 foi editada lei de iniciativa do Tribunal de Contas da União aumentando
a remuneração dos respectivos servidores, embora tenha sido constatado que o
projeto de lei não estava amparado em prévia dotação orçamentária suficiente para
arcar com a vantagem remuneratória no exercício de 2018. A falta de previsão de
dotação orçamentária para fazer frente às despesas criadas pela lei fundamentou
o ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal
Federal contra o referido ato normativo federal. Nessa situação, considerando o
disposto na Constituição Federal e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a
lei federal mostra-se
a) incompatível com a Constituição Federal, por ter sido aprovada sem prévia dota-
ção orçamentária suficiente, o que, embora não autorize sua declaração de incons-
titucionalidade em sede de ação direta, impede que seja aplicada em 2018.
b) incompatível com a Constituição Federal, devendo ser declarada formalmente
inconstitucional, uma vez que o projeto de lei tratou de matéria de iniciativa priva-
tiva de uma das Casas do Congresso Nacional.
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c) incompatível com a Constituição Federal, devendo ser declarada formalmente
inconstitucional, uma vez que o projeto de lei tratou de matéria de iniciativa priva-
tiva do Presidente da República.
d) incompatível com a Constituição Federal, por ter sido aprovada sem prévia
dotação orçamentária suficiente, devendo ser declarada inconstitucional por esse
motivo.
e) compatível formal e materialmente com a Constituição Federal, não sendo exigí-
vel a prévia dotação orçamentária para que a lei seja aplicada no exercício de 2018.
Questão 14 (FCC/ANALISTA/ALESE/2018) Com o objetivo de fazer com que o
Poder Público adote medidas voltadas para a gestão administrativa financeiramente
responsável, a Constituição Federal prescreve:
I – A necessidade de prévia dotação orçamentária suficiente para atender às
projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes como
condição à concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração,
à criação de cargos, empregos e funções ou à alteração de estrutura de car-
reiras, bem como à admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título,
pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fun-
dações instituídas e mantidas pelo poder público.
II – A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei
complementar, salvo mediante expressa autorização do Senado Federal.
III – Decorrido o prazo legal para a adaptação aos limites de despesa com pes-
soal estabelecidos em lei complementar, poderão ser suspensos, desde que
mediante processo administrativo que assegure a ampla defesa e o contra-
ditório, todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites.
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Está correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
e) I, apenas.
Questão 15 (FCC/ANALISTA/ALESE/2018) De acordo com a disciplina atribuída
pela Constituição da República às finanças públicas,
a) sendo de iniciativa do Poder Executivo, o projeto de lei do orçamento anual não
poderá sofrer emendas pelo Poder Legislativo, cabendo a esse apenas, se entender
necessário, aprová-lo com ressalvas a serem encaminhadas à apreciação do Poder
Executivo.
b) são quatro as espécies de leis orçamentárias de iniciativa do Poder Executivo: a
Lei de Diretrizes Orçamentárias, a Lei Orçamentária Anual, o Plano Plurianual e a
lei que fixa o limite de endividamento do Estado.
c) é absolutamente proibida a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, salvo em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
d) a realização de investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro
exige a sua prévia inclusão no Plano Plurianual ou lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de responsabilidade.
e) sempre que constatar, após a realização de todas as despesas previstas para
determinado órgão, a existência de sobras orçamentárias, o Poder Executivo pode-
rá, sem prévia autorização legislativa, realizar o remanejamento de recursos desse
órgão para outro.
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Questão 16 (FCC/AUDITOR/TCE-RS/2018) A Constituição de certo Estado prevê
a instituição de fundo de despesa voltado para custear a construção de casas popu-
lares, constituído por 0,4% da arrecadação de impostos de competência estadual.
De modo semelhante, lei desse mesmo Estado destina 0,7% da receita da arreca-
dação de impostos de competência estadual para fundo de despesa voltado para o
combate ao desemprego.
A vinculação de receita de impostos estabelecida
a) em ambos atos normativos é compatível com a Constituição Federal, que permi-
te a vinculação de receita de impostos para fins sociais.
b) na Lei Estadual é compatível com a Constituição Federal, mas não a vinculação
prevista na Constituição Estadual.
c) na Constituição Estadual é compatível com a Constituição Federal, mas a Lei
Estadual não poderia vincular receita de impostos ao fundo nela previsto.
d) em ambos atos normativos é incompatível com a Constituição Federal, uma vez
que é vedada a vinculação de receita de impostos a fundos como os referidos.
e) na Constituição Estadual é compatível com a Constituição Federal, mas a Lei
Estadual não poderia vincular mais de 0,5% da receita de impostos ao fundo nela
previsto.
Questão 17 (FCC/TÉCNICO/TRT-6/2018) De acordo com as disposições da Cons-
tituição Federal que disciplinam os Orçamentos, a realização de operações de cré-
dito que excedam o montante das despesas de capital
a) é permitida apenas para suprir deficit de regime previdenciário próprio do ente,
quando esgotadas outras fontes alternativas de receitas ordinárias ou extraordiná-
rias.
b) é vedada no último ano do mandato do Chefe do Executivo, salvo se necessária
para fazer frente ao pagamento de folha de pessoal ou inativos.
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c) é vedada, salvo quando aprovada mediante créditos suplementares ou especiais
com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
d) deve ser computada como dívida fundada do ente, onerando o limite de endivi-
damento fixado pelo Senado Federal, correspondente a, no máximo, duas vezes a
receita corrente líquida do exercício.
e) somente é permitida para fazer frente a investimentos em saúde, educação e
segurança pública, mediante autorização legislativa específica e limitada a dois
exercícios financeiros.
Questão 18 (FCC/ASSISTENTE/DPE-AM/2018) Considere que o projeto de lei or-
çamentária anual apresentado pela União tenha contemplado dotações para inves-
timento em projeto cuja duração supere um exercício financeiro. De acordo com
as disposições constitucionais e legais que disciplinam a matéria, tal circunstância
a) é expressamente vedada, em face do princípio da anualidade.
b) é possível, se houver previsão no Plano Plurianual.
c) é viável, mas apenas para as áreas da saúde e educação.
d) é vedada, salvo autorização expressa na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
e) somente é possível no último ano do mandato presidencial.
Questão 19 (QUESTÃO INÉDITA/2018) Julgue o item a seguir.
A CF estabelece que a LOA possua caráter meramente autorizativo, ou seja, ine-
xiste a obrigatoriedade de o Poder Executivo exaurir a verba orçamentária prevista
nas diferentes dotações. Dessa forma, a CF não acolheu em seus dispositivos a
hipótese de orçamento impositivo.
Questão 20 (FCC/ANALISTA/FUNAPE/2017) A Emenda Constitucional no 86, de
2015, introduziu o caráter equitativo para a execução orçamentária e financeira,
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segundo critérios a serem definidos em lei complementar, consolidando o que se
convencionou chamar de “orçamento impositivo”, que, entre outros aspectos, con-
templa
a) a obrigatoriedade da execução orçamentária e financeira das emendas individu-
ais ao projeto de lei orçamentária, aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente
líquida do exercício anterior, das quais 50% deverão, necessariamente, ser desti-
nadas à ações e serviços públicos na área da saúde, afastada a obrigatoriedade no
caso de impedimentos de ordem técnica.
b) a inviabilidade de apresentação de emendas parlamentares ao projeto de lei or-
çamentária encaminhado pelo Poder Executivo, salvo se respaldadas na revisão das
estimativas das projeções de receita constantes do anexo de metas fiscais que in-
tegra a Lei de Diretrizes Orçamentárias ou para ações destinadas à área da saúde.
c) a obrigatoriedade de destinar ao menos um terço do valor da estimativa de re-
ceitas prevista na Lei Orçamentária Anual para emendas individuais de parlamen-
tares, das quais 50% deverão, necessariamente, ser destinadas a ações e serviços
públicos na área da educação e saúde.
d) a vedação à apresentação de emendas individuais de parlamentares ao projeto
de lei orçamentária anual encaminhado pelo Poder Executivo, salvo para correção
de erros e inexatidões, ou para assegurar a aplicação dos limites mínimos previstos
na Constituição Federal para programas e ações nas áreas da saúde e educação
e) a obrigatoriedade do estrito cumprimento da execução orçamentária e financei-
ra dos programas consignados na Lei Orçamentária Anual, inclusive os oriundos de
emendas individuais de qualquer natureza, salvo na hipótese de revisão das metas
fiscais ou materialização de passivos contingentes.
Questão 21 (FCC/ANALISTA/TST/2017) Compatibiliza-se com as normas da
Constituição Federal em matéria orçamentária:
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a) a suspensão dos repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Dis-
trito Federal e aos Municípios que não adequarem sua despesa com pessoal ativo e
inativo aos parâmetros estabelecidos em lei complementar, no prazo legal.
b) a alteração, pelo Presidente da República, das propostas orçamentárias encami-
nhadas pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,
ainda que tenham sido enviadas no prazo e elaboradas em conformidade com os
limites estipulados conjuntamente com os demais poderes na Lei de Diretrizes Or-
çamentárias.
c) o início de programa ou projeto sem que a respectiva despesa tenha sido incluí-
da na Lei Orçamentária Anual, quando houver relevância e urgência, sendo desne-
cessária, nesse caso, a abertura de créditos adicionais.
d) a abertura de créditos suplementares por ato do Chefe do Poder Executivo, in-
dependentemente de prévia autorização legislativa, desde que mediante indicação
dos recursos correspondentes.
e) a instituição de fundo de qualquer natureza, por ato do Chefe do Poder Executi-
vo, independentemente de autorização legal.
Questão 22 (FCC/ANALISTA/TST/2017) A União pretende cobrir deficit apresen-
tado por empresa pública federal mediante utilização de recursos do orçamento
fiscal. A realização dessa despesa, todavia, não foi prevista na lei orçamentária
vigente. Considerando as disposições da Constituição Federal, a União
a) não poderá cobrir o deficit tal como pretendido, uma vez que a despesa não foi
prevista na lei orçamentária, excedendo, portanto, os créditos orçamentários, sen-
do inconstitucional eventual autorização legislativa que permita a execução dessa
medida.
b) não poderá cobrir o deficit tal como pretendido, uma vez que é vedado à União
cobrir o deficit de empresas públicas, sendo inconstitucional eventual autorização
legislativa que permita a execução dessa medida.
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c) não poderá cobrir o deficit tal como pretendido, uma vez que é vedada a utili-
zação de recursos do orçamento fiscal para a finalidade desejada pela União, sen-
do inconstitucional eventual autorização legislativa que permita a execução dessa
medida.
d) poderá cobrir o deficit tal como pretendido, mediante edição de decreto de aber-
tura de crédito suplementar, independentemente de autorização legislativa especí-
fica.
e) poderá cobrir o deficit tal como pretendido, mediante autorização legislativa
específica.
Questão 23 (FCC/ESPECIALISTA/ARTESP/2017) Diante do Princípio da Separação
de Poderes e do Princípio da unidade do orçamento, a proposta orçamentária do
Poder Judiciário
a) é elaborada, encaminhada e deliberada independentemente do Poder Executivo,
ao qual compete apenas a disponibilização dos recursos.
b) depende apenas de ratificação e análise de viabilidade da existência de previsão
de receitas suficientes por parte do Poder Executivo antes do encaminhamento ao
Legislativo.
c) é encaminhada ao Poder Executivo para aprovação, que, por sua vez, pode fazer
as alterações necessárias a ajustar as despesas previstas às receitas estimadas.
d) é integrada à proposta do Poder Executivo, para apresentação de peça una na
qual seja garantido o equilíbrio entre as estimativas de receitas e despesas, me-
diante compensações recíprocas.
e) é remetida ao Executivo, para encaminhamento conjunto com seu orçamento
ao Poder Legislativo, somente onde podem ser feitas alterações na proposta do
Judiciário.
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Questão 24 (CESPE/PROCURADOR/PREFEITURA DE FORTALEZA/2017) Acerca
de tributação e finanças públicas, julgue o item subsequente, conforme as disposi-
ções da CF e a jurisprudência do STF.
As disponibilidades financeiras do município devem ser depositadas em instituições
financeiras oficiais, cabendo unicamente à União, mediante lei nacional, definir
eventuais exceções a essa regra geral.
Questão 25 (CESPE/PROCURADOR/MUNICÍPIO DE FORTALEZA/2017) Com fun-
damento na disciplina que regula o direito financeiro e nas normas sobre orçamen-
to constantes na CF, julgue o item a seguir.
Constitui ofensa à competência reservada ao chefe do Poder Executivo a iniciativa
parlamentar que prevê, na LDO, a inclusão de desconto no imposto sobre a pro-
priedade de veículos automotores, em caso de pagamento antecipado.
Questão 26 (FCC/ANALISTA/TCE-CE/2015) A Constituição Federal estabelece re-
gras a respeito do depósito das disponibilidades de caixa da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, dos órgãos ou entidades do Poder Público e das
empresas por ele controladas. De acordo com o texto constitucional,
a) 51%, pelo menos, das disponibilidades de caixa dos Estados e do Distrito Fede-
ral serão depositadas no Banco Central do Brasil.
b) 51%, pelo menos, das disponibilidades de caixa dos Municípios serão deposita-
das no Banco Central do Brasil.
c) 49%, no máximo, das disponibilidades de caixa dos Municípios serão deposita-
das no Banco Central do Brasil.
d) 15%, no máximo, das disponibilidades de caixa dos Estados e do Distrito Federal
serão depositadas em instituições financeiras oficiais, indicadas em lei estadual ou
distrital.
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e) as disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central do
Brasil.
Questão 27 (FCC/AUDITOR/SEFAZ-PI/2015) A vedação constitucional da vincu-
lação de receitas de impostos a órgão, fundo ou despesa
a) admite exceções, estabelecidas em lei complementar, e desde que a vinculação
se dê, caso a caso, mediante prévia autorização legislativa.
b) não alcança a prestação de garantia ou contra garantia à União, em se tratando
de receitas próprias geradas pelos impostos de competência dos Estados, Distrito
Federal e Municípios.
c) somente se excepciona para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como
as decorrentes de guerra, comoção in terna ou calamidade pública.
d) alcança a realização de atividades da administração tributária, salvo para o fim
de compartilhamento de cadastros e de in formações fiscais, entre os diferentes
entes da Federação, na forma da lei ou convênio.
e) pode ser excepcionada, mediante prévia autorização legislativa, para suprir ne-
cessidade ou cobrir deficit de empresas, fundações ou fundos vinculados à seguri-
dade social.
Questão 28 (FCC/PROCURADOR/TCM-RJ/2015) O orçamento é conceituado pela
doutrina como uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito
concreto e com certo prazo de vigência. Por isso, sua natureza jurídica é de “lei”,
sendo uma lei autorizativa, porque autoriza a Administração a praticar atos admi-
nistrativos, assim como cobrar tributos e efetuar despesas. Sobre as espécies de
orçamento, é correto afirmar:
a) A doutrina afirma que a Constituição Federal brasileira adotou o chamado Or-
çamento Misto, em que o Poder Executivo tem a competência para elaboração dos
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projetos de leis orçamentárias e o envio destes projetos ao Poder Legislativo, para
sua discussão e aprovação.
b) A Constituição Federal consagrou três espécies de leis orçamentárias, ou seja,
Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual, todas
com a mesma duração no tempo, pois todas têm vigência de um ano, diferencian-
do, apenas, quanto ao conteúdo de cada uma delas.
c) O Brasil adotou, em sua Constituição, o orçamento legislativo, cuja elaboração,
discussão e votação competem ao Poder Legislativo, cabendo ao Poder Executivo
apenas a sua realização.
d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias se desdobra em três subespécies, a saber: lei
de orçamento fiscal, lei de orçamento das empresas estatais e lei de orçamento da
seguridade social.
e) A lei que instituir o Plano Plurianual compreenderá as metas de prioridade da
Administração federal, vedando, entretanto, a inclusão das despesas de capital
para o exercício financeiro subsequente e consagrando, assim, o princípio da anu-
alidade orçamentária.
Questão 29 (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE CUIABÁ/2014) Com relação
às Normas Gerais sobre Finanças Públicas em face da Constituição Federal de 1988,
considere as seguintes afirmações:
I – Lei ordinária federal disporá sobre concessão de garantias pelas entidades
públicas e emissão e resgate de títulos da dívida pública.
II – A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente
pelo banco central, sendo permitida a concessão indireta de empréstimos
ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição
financeira.
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III – O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Na-
cional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e III.
c) III.
d) II.
e) I.
Questão 30 (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2014) Compete à lei complementar disci-
plinar
a) o plano plurianual.
b) a dívida pública.
c) o orçamento anual.
d) as diretrizes orçamentárias.
e) os créditos adicionais.
Questão 31 (FCC/ANALISTA/SPPREV/2012) Ao lidar com temas que tratam de
recursos provenientes de tributos ou venda de serviços, com endividamento exter-
no ou interno do Estado, com emissão de papel-moeda ou créditos para cobertura
de gastos, pode-se afirmar que se trata de
a) deficit primário e inflação.
b) gastos públicos e captação de recursos.
c) receitas primárias e obrigações financeiras.
d) deficit primário e captação de recursos.
e) gastos públicos e obrigações financeiras.
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Questão 32 (FCC/JUIZ DO TRABALHO/TRT-20/2012) Em 25 de fevereiro de
2008, foi editada Medida Provisória (MP) abrindo crédito extraordinário em favor
da União, para as finalidades que especificou. Em março daquele mesmo ano, um
partido político com representação no Congresso Nacional ajuizou Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) em face da edição da referida medida provisória, sob
a alegação de ausência dos pressupostos constitucionais de urgência e relevância.
A ADI em questão teve desde logo sua inicial indeferida por decisão do Relator, em
face da qual foi interposto recurso pelo autor da ação. Antes que o recurso pudes-
se ser julgado, a MP foi convertida em lei, em 19 de junho de 2008. Em agosto
de 2009, o Relator considerou prejudicados a ação e, por consequência, o recurso
interposto, por não ter sido requerido o aditamento da inicial, para declarar a in-
constitucionalidade da lei resultante da conversão da MP. Novo recurso sobreveio,
tendo lhe sido negado provimento, por decisão unânime do Plenário do Supremo
Tribunal Federal (STF), proferida em março de 2011, desta feita por se considerar
ter havido “perda superveniente de objeto, considerado o exaurimento da eficácia
jurídico normativa do ato hostilizado”.
Nesse caso, a decisão final do Plenário do STF tem funda mento na regra constitu-
cional segundo a qual
a) créditos extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem au-
torizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, de maneira que, no caso em questão, já deveriam ter sido utili-
zados ou teriam perdido sua vigência, quando do julgamento do recurso.
b) é vedada a edição de medida provisória sobre matéria relativa a planos pluria-
nuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares,
ressalvada a hipótese de abertura de crédito extraordinário, para atendimento a
despesas imprevisíveis e urgentes, requisitos estes não observados no caso em tela.
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c) as medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem converti-
das em lei no prazo de sessenta dias, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por
decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes, de modo que a medida
provisória sob comento teria perdido eficácia, quando do julga mento do recurso.
d) a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura
de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, aplicando-se ao
caso em tela a exceção prevista na norma constitucional.
e) a abertura de crédito suplementar ou especial depende de prévia autorização
legislativa e indicação dos recursos correspondentes, o que, no caso em tela, veio
a ser suprido com a conversão em lei da medida provisória, razão pela qual teria a
ação perdido objeto.
Questão 33 (FCC/TÉCNICO/TCE-AP/2012) A atividade financeira do Estado com-
preende
a) apenas a obtenção de receitas originárias.
b) apenas a obtenção de receitas, tanto originárias como derivadas.
c) a obtenção de receitas e a realização de despesas.
d) a prestação de serviços públicos e a realização de obras públicas.
e) apenas a geração das despesas.
Questão 34 (FCC/ANALISTA/TCE-PR/2012) Quanto à definição de Finanças Pú-
blicas, considere:
I – É ciência que estuda as atividades fiscais e não fiscais dos poderes públicos
na sua aplicação a empreendimentos de caráter público e privado.
II – É atividade desempenhada pelos poderes públicos na obtenção de recursos
para o cumprimento de suas finalidades.
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III – É atividade desempenhada pelos poderes públicos na aplicação de recursos
para o cumprimento de suas finalidades.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I
b) II
c) III
d) I e III
e) II e III
Questão 35 (FCC/ANALISTA/TCE-PR/2011) De acordo com a Constituição Fede-
ral de 1988, a competência para legislar sobre direito financeiro e orçamento é
a) exclusiva da União.
b) privativa da União, dos Estados e do Distrito Federal.
c) privativa da União.
d) exclusiva da União, dos Estados e do Distrito Federal.
e) concorrente da União, Estados e Distrito Federal.
Questão 36 (FCC/PROCURADOR/TCE-SP/2011) A Lei no 14.309, de 27 de de-
zembro de 2010, do Estado de São Paulo, dispõe em seus arts. 1º e 9º:
“Art. 1º Esta lei orça a receita e fixa a despesa do Estado para o exercício de 2011,
compreendendo, nos termos do artigo 174, § 4º, da Constituição Estadual: I – o
Orçamento Fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo
Poder Público; II – o Orçamento da Seguridade Social, abrangendo todas as enti-
dades e órgãos a ela vinculados, da administração direta e indireta, bem como os
fundos e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público; III – o Orçamento
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de Investimentos das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto.”
“Art. 9º Fica o Poder Executivo, observadas as normas de controle e acompanha-
mento da execução orçamentária, e com a finalidade de facilitar o cumprimento da
programação aprovada nesta lei, autorizado a remanejar recursos, entre atividades
e projetos de um mesmo programa, no âmbito de cada órgão, obedecida a distri-
buição por grupo de despesa”.
A esse respeito, considere as seguintes afirmações, à luz da disciplina constitucio-
nal da matéria.
I – Cotejando-se as definições constitucionais sobre as leis orçamentárias com o
quanto previsto no artigo 1º acima transcrito, pode-se inferir que a Lei esta-
dual n. 14.309/2010 corresponde à lei de diretrizes orçamentárias do Estado
de São Paulo para o exercício de 2011.
II – A estrutura da lei orçamentária para o exercício de 2011, contida no artigo
1º da Lei estadual n. 14.309/2010, reproduz para a esfera estadual o quanto
previsto a esse respeito, na Constituição da República, relativamente à lei
orçamentária anual federal.
III – O Estado de São Paulo está legitimado a legislar sobre a matéria contida no
artigo 9º da Lei estadual n. 14.309/2010, por se inserir dentre as competên-
cias concorrentes previstas na Constituição da República.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
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Questão 37 (FCC/ANALISTA/TRF4) A lei orçamentária anual, segundo a Consti-
tuição, é de iniciativa
a) do Congresso Nacional.
b) do Senado Federal.
c) do Presidente da República.
d) da Câmara Federal.
e) do Ministro da Fazenda.
Questão 38 (FCC/ANALISTA/TRT22) A elaboração da proposta orçamentária pú-
blica, segundo a Constituição Federal de 1988, é de competência privativa do che-
fe do
a) Ministério da Fazenda.
b) Poder Legislativo.
c) Poder Judiciário.
d) Ministério do Planejamento.
e) Poder Executivo.
Questão 39 (FCC/ANALISTA/TRT3) As iniciativas das leis orçamentárias (Lei do
Plano Plurianual − PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO e Lei do Orçamento
Anual − LOA), cujos projetos deverão ser apresentados ao Legislativo, privativa-
mente pelo Chefe do Executivo, nos prazos estabelecidos pela Constituição Federal,
denominam-se
a) suplementares.
b) parlamentares.
c) gerais.
d) discricionárias.
e) vinculadas.
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Questão 40 (FCC/ANALISTA/MPU) A consolidação do projeto de lei orçamentária
anual da União é de responsabilidade
a) do Ministério da Fazenda.
b) da Secretaria do Tesouro Nacional.
c) da Secretaria da Receita Federal.
d) do Ministério da Indústria e do Comércio.
e) do Ministério do Planejamento.
Questão 41 (FCC/ANALISTA/TRE-PE) O instrumento que contém a previsão de
receita e a fixação da despesa para um determinado exercício, elaborado em con-
sonância com a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias, é denominado
a) leverage financeiro.
b) cash-flow.
c) orçamento público.
d) contabilidade pública.
e) programa de governo.
Questão 42 (FCC/TÉCNICO/TCE-MG) Em relação à competência para legislar so-
bre matéria financeira, considere:
I – A lei complementar disporá sobre o exercício financeiro, a vigência, o prazo,
a elaboração e a organização das leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA).
II – Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamento são matérias que
podem ser veiculadas por meio de medidas provisórias.
III – Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemen-
te sobre direito financeiro.
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GABARITO
1. c
2. c
3. a
4. c
5. e
6. b
7. a
8. c
9. b
10. e
11. e
12. b
13. a
14. e
15. d
16. d
17. c
18. b
19. E
20. a
21. a
22. e
23. e
24. C
25. E
26. e
27. b
28. a
29. c
30. b
31. b
32. a
33. c
34. e
35. e
36. e
37. c
38. e
39. e
40. e
41. c
42. d
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FCC/ANALISTA/PREFEITURA DE RECIFE/2019) Será compatível com
a disciplina das finanças públicas na Constituição Federal a hipótese em que
a) a União deixe de efetuar ao Município transferência relativa à execução de pro-
gramação orçamentária proveniente da aprovação de emenda parlamentar indivi-
dual ao projeto de lei orçamentária federal, por estar o Município em situação de
inadimplência.
b) o Município considere, como integrante da base de cálculo da receita corrente
líquida para fins de aplicação do limite de despesa de pessoal fixado em lei comple-
mentar, a transferência da União relativa à execução de programação orçamentária
proveniente da aprovação de emenda parlamentar individual ao projeto de lei or-
çamentária federal.
c) haja o remanejamento de recursos de uma categoria de programação para ou-
tra, mediante ato do Poder Executivo, independentemente de prévia autorização
legislativa, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o obje-
tivo de realizar projeto restrito a uma dessas funções.
d) haja vinculação de receitas geradas pelo produto da arrecadação do imposto do
Estado sobre a propriedade de veículos automotores pertencente ao Município para
o fim de pagamento de débitos do Município para com o próprio Estado.
e) o servidor público municipal não estável seja exonerado, a fim de o Município
cumprir limite de despesa com pessoal estabelecido em lei complementar, median-
te indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
Letra c.
Para acertar essa questão é necessário ter em mente as modificações que a Emen-
da Constitucional 85/2015 trouxe para o artigo 167 da nossa CF/1988, especial-
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mente a exceção à vedação do inciso VI, quando introduziu o § 5º no artigo 167.
Confira com grifos nossos:
Art. 167. São vedados:(...)VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legis-lativa;(...)§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ci-ência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da pré-via autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo.
�a) Errada. Já que, com a EC n. 86/2015, a execução da programação orçamentá-
ria das Emendas Parlamentares individuais, aprovadas na forma do artigo 166, §
2º, 3º e 4º, da CF/1988, passou a ser impositiva/obrigatória.
�b) Errada. Já que, em verdade, tal parcela deve ser excluída do cálculo da RCL
(Receita Corrente Líquida), conforme artigo 166, § 13, da CF/1988.
�d) Errada. Já que, de acordo com o artigo 167, § 4º, da nossa Constituição Federal
de 1988, é sim permitida a vinculação de tais receitas transferidas na forma do arti-
go 158, III, relativas à quota do IPVA pertencente aos municípios para a prestação
de garantia ou contra garantia à União e para pagamento de seus débitos.
e) Errada. Já que, no artigo 169, § 4º, da CF, temos a possibilidade de perda do
cargo do servidor público estável, por excesso de despesas de pessoal, além
das hipóteses previstas no artigo 41, § 1º, da nossa Carta Magna.
Questão 2 (FCC/ANALISTA/MPE-PE/2018) A respeito das competências legisla-
tivas dos entes federados para criarem seus orçamentos, a Constituição Federal
dispõe que
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a) o Congresso Nacional, através de resolução, pode delegar competência ao Pre-
sidente da República para legislar sobre orçamentos.
b) a iniciativa das leis orçamentárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câ-
mara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional.
c) compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre orçamento.
d) a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei
orçamentária anual.
e) o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, em caso de relevante in-
teresse público, podem ser alterados por medida provisória.
Letra c.
Sim, compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemen-
te sobre orçamento, conforme dispõe o artigo 24, inciso II, da CF/1988. Confira
com nossa grifada:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:II – orçamento;
�a) Errada. Já que tal competência, em verdade, já é do Presidente.
�b) Errada. Já que cabe ao Poder Executivo.
�d) Errada. Já que isso vale para a LDO e não para a LOA.
�e) Errada. Já que, na verdade, trata-se de uma exceção, pois mesmo em caso
de relevante interesse público, não se pode editar medida provisória sobre
PPA, LDO e LOA, conforme disposto na CF/1988. Confira:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
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§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
Questão 3 (FCC/ANALISTA/MPE-PE/2018) A Emenda Constitucional no 95 de
2016 instituiu Novo Regime Fiscal no âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguri-
dade Social da União, para vigorar por vinte exercícios financeiros, estabelecendo,
entres outras, as seguintes regras:
I – Ficam estabelecidos, para cada exercício, limites individualizados para as
despesas primárias do Poder Executivo, de órgãos do Poder Judiciário (STF,
STJ, CNJ, Justiça Federal, Justiça Militar da União, Justiça Eleitoral, Justiça
do Distrito Federal e Territórios), do Senado, da Câmara dos Deputados, do
Tribunal de Contas da União, do Ministério Público da União e da Defensoria
Pública da União.
II – Para o exercício de 2017, cada um dos limites das despesas primárias a se-
rem observados pelos Órgãos Federais, mencionados na EC 95/2016, equi-
valerá à despesa primária paga no exercício de 2016, incluídos os restos a
pagar pagos e demais operações que afetam o resultado primário, corrigida
em 7,2% (sete inteiros e dois décimos por cento).
III – Para os exercícios posteriores ao exercício de 2017, cada um dos limites das
despesas primárias a serem observados pelos Órgãos Federais, mencionados
na EC n. 95/2016, equivalerá ao valor do limite referente ao exercício ime-
diatamente anterior, sem correção ou atualização monetária.
IV – A Emenda Constitucional n. 95/2016 estabelece os limites das despesas pri-
márias de órgãos federais, determinando a inclusão, na base de cálculo e
nos referidos limites estabelecidos, dos créditos extraordinários previstos na
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Constituição Federal, as despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a
realização de eleições e as despesas com aumento de capital de empresas
estatais não dependentes.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) III.
e) I e IV.
Letra a.
Vamos avaliar os itens e marcar a alternativa correspondente.
I - Correta. Veja o que a EC n. 95/2016 trouxe para a CF/1988:
Art. 107. Ficam estabelecidos, para cada exercício, limites individualizados para as des-pesas primárias: I – do Poder Executivo;II – do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça, da Justiça do Trabalho, da Justiça Federal, da Justiça Militar da União, da Jus-tiça Eleitoral e da Justiça do Distrito Federal e Territórios, no âmbito do Poder Judiciário;III – do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Tribunal de Contas da União, no âmbito do Poder Legislativo;IV – do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público; e V – da Defensoria Pública da União.
II - Correta. De acordo com o previsto na Emenda Constitucional n. 95/2016, cujo
trecho correspondente reproduzimos a seguir:
Art. 107, § 1º Cada um dos limites a que se refere o caput deste artigo equivalerá: I – para o exercício de 2017, à despesa primária paga no exercício de 2016, incluídos os restos a pagar pagos e demais operações que afetam o resultado primário, corrigida em 7,2% (sete inteiros e dois décimos por cento).
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III - Errada. Já que deve sim haver a correção do IPCA ou outro índice que vier
a substituir, conforme EC n. 95/2016, cujo trecho abaixo reproduzimos com grifos
nossos:
Art. 107, § 1º Cada um dos limites a que se refere o caput deste artigo equivalerá: II – para os exercícios posteriores, ao valor do limite referente ao exercício imediata-mente anterior, corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ou de ou-tro índice que vier a substituí-lo, para o período de doze meses encerrado em junho do exercício anterior a que se refere a lei orçamentária.
IV - Errada. Já que não compõem a base de cálculo. Confira no trecho da EC men-
cionada, com grifos nossos:
Art. 107, § 6º Não se incluem na base de cálculo e nos limites estabelecidos neste artigo: I – transferências constitucionais estabelecidas no § 1º do art. 20, no inciso III do pará-grafo único do art. 146, no § 5º do art. 153, no art. 157, nos incisos I e II do art. 158, no art. 159 e no § 6º do art. 212, as despesas referentes ao inciso XIV do caput do art. 21, todos da Constituição Federal, e as complementações de que tratam os incisos V e VII do caput do art. 60, deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; II – créditos extraordinários a que se refere o § 3º do art. 167 da Constituição Federal;III – despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a realização de eleições; e IV – despesas com aumento de capital de empresas estatais não dependentes.
Questão 4 (FCC/CONSULTOR LEGISLATIVO/CLDF/2018) Com base nas disposi-
ções constitucionais sobre a Lei Orçamentária Anual,
a) o Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de demonstrativo da compa-
tibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e as metas constantes
no Anexo de Riscos Fiscais.
b) o Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de demonstrativo da estimati-
va e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas
obrigatórias de caráter continuado.
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c) os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do Projeto de Lei
Orçamentária Anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utiliza-
dos, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e
específica autorização legislativa.
d) as emendas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual podem ser aprovadas caso
indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação
de despesa com pessoal e encargos sociais, mesmo em conformidade com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias.
e) o dispositivo que autorize o cancelamento de restos a pagar não processados
ao final do exercício, caso não haja disponibilidade de caixa, estará contido na Lei
Orçamentária Anual.
Letra c.
Para acertar essa questão é necessário ter em mente o artigo 166, § 8º, da nossa
CF/1988. Confira com grifos nossos:
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
�a) Errada. Já que, na verdade, o PLOA deve conter em anexo demonstrativo da
compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas cons-
tantes no Anexo de Riscos Fiscais.
�b) Errada. Já que, na verdade, não consta esta margem de expansão das despesas
obrigatórias de caráter continuado. Além disso, na CF/1988 temos também que:
o projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsí-dios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
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Como informa o seu artigo 165, § 6º.
�d) Errada. Já que, na verdade, admite-se as emendas ao Projeto de LOA desde que
cumpridos os seguintes requisitos, previstos no artigo 166 § 3º, da nossa CF/1988:
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:a) dotações para pessoal e seus encargos;b) serviço da dívida;c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ouIII – sejam relacionadas:a) com a correção de erros ou omissões; oub) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
e) Errada. Já que agride o princípio da Exclusividade, segundo o qual a LOA não
pode conter dispositivo estranho à fixação de Despesas e Previsão de Receitas.
Questão 5 (FCC/AUDITOR/SEFAZ-GO/2018) De acordo com a Constituição Fede-
ral de 1988, as emendas ao Projeto de Lei do Orçamento Anual ou aos projetos que
o modifiquem somente podem ser aprovadas caso
a) sejam compatíveis com o Plano de Governo e sejam relacionadas com a corre-
ção de erros ou omissões e com os dispositivos do texto do projeto de lei.
b) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes, desde
que não comprometidos, do superávit financeiro apurado em balanço patrimonial
do exercício anterior.
c) sejam apresentadas em comissão mista permanente que emitirá parecer quan-
to à compatibilidade com o Plano Diretor Estratégico.
d) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes do produ-
to de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
Poder Executivo realizá-las.
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e) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anu-
lação de despesa, excluídas, entre outras, as que incidam sobre as dotações para
pessoal e seus encargos e serviço da dívida.
Letra e.
É possível termos emendas ao Projeto de LOA desde que cumpridos os seguintes
requisitos, previstos no artigo 166, § 3º, da nossa CF/1988. Confira com grifos
nossos:
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:a) dotações para pessoal e seus encargos;b) serviço da dívida;c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ouIII – sejam relacionadas:a) com a correção de erros ou omissões; oub) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
�a) Errada. Já que as emendas precisam ser compatíveis com o PPA e com a LDO.
�b) Errada. Já que, conforme inciso II, os recursos devem ser provenientes de anu-
lação de despesa.
�c) Errada. Já que as emendas precisam ser apreciadas por uma comissão mista
de deputados e senadores que emitirá parecer e a apreciação ocorrerá no plenário
das duas casas do Congresso e precisam ser compatíveis com o PPA e com a LDO.
d) Errada. Já que, conforme inciso II, os recursos devem ser provenientes de anu-
lação de despesa.
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Questão 6 (FCC/CONSULTOR/CLDF/2018) A fim de adequar a despesa com pes-
soal ativo e inativo ao limite estabelecido em lei complementar federal, o Governa-
dor de determinado Estado promoveu a redução em 30% das despesas com cargos
em comissão e funções de confiança, além de ter exonerado servidores ocupantes
de cargos efetivos há menos de 3 anos em exercício.
Nessa hipótese, o Governador do Estado procedeu de modo
a) compatível com a Constituição Federal, fazendo, no entanto, os servidores que
houverem perdido os cargos nas referidas condições jus à indenização correspon-
dente a um mês de remuneração por ano de serviço.
b) compatível com a Constituição Federal, considerando-se extintos os cargos ob-
jeto de redução, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições
iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
c) incompatível com a Constituição Federal apenas no que se refere aos servidores
ocupantes de cargo efetivo, que farão jus à reintegração ao serviço.
d) incompatível com a Constituição Federal apenas em relação aos cargos em co-
missão e funções de confiança, por ter extrapolado o limite estipulado constitu-
cionalmente, sendo ainda assegurada aos ocupantes de cargo efetivo indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
e) incompatível com a Constituição Federal, tanto em relação aos ocupantes de
cargos em confiança, que fazem jus à indenização correspondente a um mês de re-
muneração por ano de serviço, quanto em relação aos ocupantes de cargo efetivo,
que fazem jus à reintegração ao serviço.
Letra b.
Ao promover a redução em 30% das despesas com cargos em comissão e funções
de confiança, além de ter exonerado servidores ocupantes de cargos efetivos há
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menos de 3 anos em exercício, o Governador do Estado procedeu de modo com-
patível com a Constituição Federal, considerando-se extintos os cargos objeto de
redução, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou
assemelhadas pelo prazo de quatro anos, em consonância com as regras previs-
tas no artigo 169 § 3º, I e II, da CF/1988 já que a medida do Governador reduziu
em mais de 20% os cargos em comissão e previu a demissão de servidores não
estáveis (com menos de 3 anos de efetivo serviço) ressaltando-se que mesmo os
servidores estáveis poderão perder o cargo, caso não atendidos os limites da LRF
após as medidas tomadas anteriormente, conforme determina nossa CF/1988 em
seu artigo 164, § 4º.
As demais alternativas são falsas, já que somente o servidor estável que tiver per-
dido o cargo em consonância com o artigo 169, § 4º, tem direito à indenização,
conforme manda o artigo 169, § 4º, também da nossa CF/1988.
Questão 7 (FCC/AUDITOR/SEFAZ-SC/2018) De acordo com a disciplina constitu-
cional em matéria de lei orçamentária anual federal,
a) cabe a uma comissão mista permanente de Senadores e Deputados, dentre
outras competências, examinar e emitir parecer sobre o respectivo projeto de lei e
exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação
das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas.
b) é vedada a aprovação de emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária
anual na hipótese de os respectivos recursos serem provenientes de anulação de
despesas.
c) os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados,
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conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, independente-
mente de prévia e específica autorização legislativa.
d) as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária anual serão aprovadas
no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida
prevista no projeto encaminhado pelo Presidente da República, devendo dois terços
desse percentual ser destinado a ações e serviços públicos de saúde.
e) é obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações contidas
na Lei Orçamentária Anual, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois
décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior.
Letra a.
A alternativa a de refere corretamente à chamada Comissão Mista de Planos,
Orçamentos Públicos e Fiscalização com papel previsto no artigo 166, § 1º, da
CF/1988. Confira com grifos nossos:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Con-gresso Nacional, na forma do regimento comum.§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regio-nais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
�b) Errada. Já que a anulação de despesas é hipótese, segundo o artigo 166, § 3º,
da CF/1988, que permite a aprovação de emendas ao projeto de lei orçamentária.
�c) Errada. Já que é necessária prévia e específica autorização legislativa, nos ter-
mos do artigo 166, § 8º, da nossa Carta Magna.
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�d) Errada. Já que, na verdade, nos termos do artigo 166, § 9º, da CF/1988, me-
tade desse percentual deve ser destinado a ações e serviços públicos de saúde, e
não dois terços como diz a alternativa.
e) Errada. Já que, de acordo com o artigo 166, § 9º, da CF/1988, a obrigatorieda-
de é das emendas parlamentares individuais.
Questão 8 (FCC/AUDITOR/SEFAZ-SC/2018) Determinado Estado pretende ins-
tituir fundo para a melhoria do corpo de bombeiros, tendo como uma de suas re-
ceitas taxa cobrada pelo Estado em razão do poder de polícia exercido por aquele
órgão estadual. Trata-se de pretensão
a) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que é vedada a vinculação de
receita tributária a órgão, fundo ou despesa.
b) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que a arrecadação de taxa
não pode ser vinculada a órgão, fundo ou despesa, mas apenas a arrecadação de
impostos para os fins previstos na Constituição Federal.
c) compatível com a Constituição Federal, devendo o fundo ser instituído mediante
prévia autorização legislativa.
d) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que é vedada a vinculação
da arrecadação de taxa a órgão, fundo ou despesa até 31 de dezembro de 2023.
e) compatível com a Constituição Federal, podendo o fundo ser constituído por de-
creto, independentemente de autorização legislativa.
Letra c.
De acordo com o artigo 167, IX, da nossa CF/1988, fica vedada a instituição de
fundo sem a prévia autorização legislativa, sendo que a instituição de fundo para
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a melhoria do corpo de bombeiros, tendo como uma de suas receitas taxa cobrada
pelo Estado em razão do poder de polícia exercido por aquele órgão estadual é uma
pretensão compatível com a Constituição Federal nos termos do seu artigo 145, II.
�a) Errada. Já que a CF/1988, em seu artigo 167, IV, proíbe a vinculação de receita
de impostos, e não de taxas.
�b) Errada. Já que a CF/1988, em seu artigo 167, IV, proíbe a vinculação de receita
de impostos, e não de taxas.
�d) Errada. Já que, em verdade, a desvinculação de receitas da União relativas a
impostos, taxas e impostos, é no percentual de 30%, conforme nos obriga o arti-
go 76-A do ADCT da nossa CF/1988, que tem origem na Emenda Constitucional n.
93/2016.
e) Errada. Já que só pode ser instituído por lei.
Questão 9 (FCC/ANALISTA/TRT-6/2018) Sobre as finanças públicas, suas nor-
mas gerais e orçamentos, dispõe a Constituição Federal que:
a) leis de iniciativa do Poder Legislativo estabelecerão o plano plurianual, as dire-
trizes orçamentárias e os orçamentos anuais.
b) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para
propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada
a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta
c) a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, ainda que referentes à autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito.
d) cabe à lei ordinária estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da
Administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funciona-
mento de fundos.
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e) a lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as metas e prioridades da
Administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, e disporá sobre as alterações na legislação tributária.
Letra b.
Podemos confirmar a correção da letra b pela literalidade do artigo 166, § 5º, da
CF/1988. Confira com grifos nossos:
Art. 166.§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
Veja como a banca vai tentar lhe pegar nesse dispositivo de três formas:
1) o presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional
para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto
não iniciada a discussão, na Comissão mista, da parte cuja alteração é pro-
posta (não é discussão, é votação).
2) O presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional
para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto
não iniciada a votação do projeto, na Comissão mista (não é do projeto, é
da parte cuja alteração é proposta).
3) O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional
para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto
não iniciada a votação, no plenário, da parte cuja alteração é proposta (não
é no Plenário, é na Comissão Mista).
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�a) Errada. Na verdade, são leis de iniciativa do Poder Executivo:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:I – o plano plurianual;II – as diretrizes orçamentárias;III – os orçamentos anuais.
�c) Errada. Na verdade, temos uma exceção autorizada ao princípio da exclusivida-
de orçamentária, prevista no art. 165, § 8º, da Constituição:
Art. 165.§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
�d) Errada. Na verdade, cabe à lei complementar (art. 165, § 9º, CF):
Art. 165.§ 9º Cabe à lei complementar:I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organiza-ção do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
�e) Errada. Opa. É LDO, e não PPA. Confira com grifos nossos:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:I – o plano plurianual;II – as diretrizes orçamentárias;III – os orçamentos anuais.§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as dire-trizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercí-cio financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
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Questão 10 (FCC/ANALISTA/TRT-6/2018) À luz da disciplina constitucional das
finanças públicas,
a) lei delegada poderá dispor sobre concessão de garantias pelas entidades públi-
cas.
b) a competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo
Conselho Monetário Nacional.
c) não é permitida ao Banco Central a compra e venda de títulos de emissão do
Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
d) medida provisória poderá dispor sobre a concessão de garantias pelas entidades
públicas.
e) é vedado ao Banco Central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financei-
ra.
Letra e.
Podemos ver as prerrogativas do BACEN no que tange às Finanças do Estado, den-
tre elas a do art. 164, § 1º, usada pela FCC na letra e. Confira com grifos nossos:
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central.§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, emprésti-mos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja institui-ção financeira.§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
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É importante destacar que a proibição do § 1º do art. 164 manifesta uma proibição
expressa para financiar o Tesouro Nacional com recursos que são do próprio erário,
uma vez que o Bacen detém as disponibilidades da União na Conta Única do Tesou-
ro Nacional.
Nessa toada, as operações só poderão ocorrer no chamado mercado secundário, ou
seja, com títulos negociáveis já emitidos pelo Tesouro, em tem como contraparte
exclusivamente instituições financeiras.
Assim, no § 2º a CF/1988 menciona a compra e venda de títulos do tesouro como
uma das formas utilizada pelo Banco Central para regular a oferta de moeda em
circulação no mercado, a taxa de juros e exercer o controle da inflação.
�a) Errada. Na verdade, quem pode dispor sobre concessão de garantias pelas enti-
dades públicas é a Lei complementar. Veja o artigo 163, III, da nossa Carta Magna,
com grifos nossos:
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:III – concessão de garantias pelas entidades públicas;
�b) Errada. Em verdade, tal competência é exercida exclusivamente pelo Banco
Central (art. 164, CF). Confira:
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central.
�c) Errada. É permitido, sim! Veja o art. 164, § 2º:
Art. 164.§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
�d) Errada. Na verdade, quem pode dispor sobre concessão de garantias pelas en-
tidades públicas é a Lei complementar. Veja o artigo 163, III, da nossa CF/1988:
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:[...]III – concessão de garantias pelas entidades públicas;
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Questão 11 (FCC/ANALISTA/TRT-2/2018) Suponha que o Tribunal Superior do
Trabalho pretende implementar, no exercício financeiro corrente, programa para
dar celeridade à prestação jurisdicional, que demandará a admissão de servidores
públicos. Todavia, os gastos com a execução do programa não foram previstos na
lei orçamentária anual vigente, assim como não há previsão de dotações orçamen-
tárias suficientes para atender às projeções de despesa de pessoal relativas às
admissões de servidores públicos. Considerando que essas medidas são urgentes
e de excepcional interesse público em face do expressivo aumento da litigiosidade,
o Tribunal pretende executá-las sem que sejam alteradas as disposições da lei or-
çamentária, assim como dispensará a abertura de créditos adicionais, inclusive os
extraordinários. Nessa situação, a Constituição Federal
a) permite que seja iniciada a imediata execução do programa e que sejam reali-
zadas despesas com a admissão de servidores públicos, uma vez que se trata de
situação de excepcional interesse público.
b) permite que seja implementado o programa e que sejam realizadas despesas
com a admissão de servidores públicos, desde que sejam autorizados por medida
provisória.
c) veda que seja implementado o programa, mas permite que sejam realizadas
as despesas com a admissão dos servidores públicos, uma vez que as limitações
constitucionais ao aumento de despesas com pessoal não se aplicam aos gastos do
Poder Judiciário.
d) permite que seja implementado o programa, mas veda que sejam realizadas as
despesas com a admissão dos servidores públicos, uma vez que haverá aumento
de despesas com pessoal não previstas em orçamento.
e) veda que seja implementado o programa, assim como que sejam realizadas as
despesas com a admissão dos servidores públicos.
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Letra e.
Sim, a iniciativa viola algumas de vedações constitucionais relativas a direito finan-
ceiro dispostas no artigo 167 da nossa CF/1988. Confira:
Art. 167. São vedados:I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os cré-ditos orçamentários ou adicionais;V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legis-lativa;§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
É importante destacar ainda que o artigo 169, § 1º, da CF/1988, condiciona qual-
quer aumento de remuneração, criação de cargos, empregos e funções à previsão
orçamentária e previsão na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Veja:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Fede-ral e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. § 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de car-gos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só po-derão ser feitas: I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de des-pesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Podemos concluir, portanto, que o TST não pode dar início ao programa, pois não
este foi incluído na lei orçamentária (artigo 167, I). Como não há previsão de dota-
ções orçamentárias para as despesas previstas, incorre em violação do inciso II do
artigo 167 e artigo 169, § 1º, uma vez que não pretende abrir créditos adicionais,
nem mesmo extraordinários.
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�a) Errada. Sem atender o disposto na CF/1988, o TST não pode dar início à exe-
cução do programa.
�b) Errada. Como é vedada a edição de medida provisória sobre leis de natureza
orçamentária, com exceção de medidas provisórias (artigo 167, § 3º, CF/1988),
mas cuja situação disposta na alternativa b não se enquadra. Confira com grifos e
observações nossas:
Art. 167.§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62 (abertura por medida provisó-ria).
�c) Errada. Já que o Poder Judiciário está obrigatoriamente vinculado às disposi-
ções do artigo 169 da CF/1988 acerca da limitação com despesas de pessoal.
d) Errada. Em verdade, não permite que seja implementado o programa, tendo
em vista a série de vedações estabelecidas nos artigos 167 e 169 da CF/1988.
Questão 12 (FCC/PROCURADOR/PGE-AP/2018) Na hipótese de o Estado extra-
polar o limite de gastos com pessoal previsto em lei complementar federal, essa
situação
a) autoriza a União a não repassar ao Estado o valor da arrecadação do imposto
sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimen-
tos pagos pelo Estado, a qualquer título, suas autarquias e fundações que instituir
e mantiver.
b) pode justificar a exoneração de servidores titulares de cargos públicos estáveis,
observados os requisitos constitucionais, dentre os quais o pagamento de indeniza-
ção correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
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c) não pode ensejar a exoneração dos servidores titulares de cargos públicos efeti-
vos, mas pode justificar a exoneração de servidores titulares de cargos públicos em
comissão, observados os requisitos constitucionais, dentre os quais o pagamento
de indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
d) pode justificar a colocação de servidores titulares de cargos públicos efetivos
em disponibilidade, observados os requisitos constitucionais, dentre os quais o pa-
gamento de remuneração mensal proporcional ao tempo de serviço.
e) não pode ensejar a exoneração dos servidores titulares de cargos públicos efe-
tivos, nem de servidores titulares de cargos públicos em comissão.
Letra b.
Guarde que a perda do cargo do servidor estável pode ocorrer em quatro hipóteses,
descritas no § 1º do artigo 41 e no artigo 169, § 4º, da nossa CF/1988:
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa;IV – uma outra hipótese de perda do cargo pelo servidor estável, que nem todos se lembram, é a do art. 169, § 4º, o qual prevê a possibilidade de o servidor estável vir a perder o cargo, em virtude de ultrapassagem do limite com despesa de pessoal previsto em lei complementar.
Assim, não sendo suficientes as providências para retorno aos limites previstas no
§ 3º do artigo 169, o servidor estável poderá vir a perder o cargo, desde que ato
normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o
órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. Confira:
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Art. 169.§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Fe-deral e os Municípios adotarão as seguintes providências:I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança;II – exoneração dos servidores não estáveis. § 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.
Importante destacar que aquele servidor que perder o cargo dessa forma fará jus
a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. Além
disso, o cargo objeto da redução será considerado extinto, vedada a criação de
cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de
quatro anos.
�a) Errada. Essa sanção não está prevista no artigo 169, § 3º, da CF/1988.
�c) Errada. Essa sanção não está prevista no artigo 169, § 3º, da CF/1988.
�d) Errada. Hipótese inexistente.
e) Errada. Essa sanção não está prevista no artigo 169, § 3º, da CF/1988.
Questão 13 (FCC/PROCURADOR/PGE-TO/2018) Suponha que em 31 de dezem-
bro de 2017 foi editada lei de iniciativa do Tribunal de Contas da União aumentando
a remuneração dos respectivos servidores, embora tenha sido constatado que o
projeto de lei não estava amparado em prévia dotação orçamentária suficiente para
arcar com a vantagem remuneratória no exercício de 2018. A falta de previsão de
dotação orçamentária para fazer frente às despesas criadas pela lei fundamentou
o ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal
Federal contra o referido ato normativo federal. Nessa situação, considerando o
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disposto na Constituição Federal e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a
lei federal mostra-se
a) incompatível com a Constituição Federal, por ter sido aprovada sem prévia do-
tação orçamentária suficiente, o que, embora não autorize sua declaração de in-
constitucionalidade em sede de ação direta, impede que seja aplicada em 2018.
b) incompatível com a Constituição Federal, devendo ser declarada formalmente
inconstitucional, uma vez que o projeto de lei tratou de matéria de iniciativa priva-
tiva de uma das Casas do Congresso Nacional.
c) incompatível com a Constituição Federal, devendo ser declarada formalmente
inconstitucional, uma vez que o projeto de lei tratou de matéria de iniciativa priva-
tiva do Presidente da República.
d) incompatível com a Constituição Federal, por ter sido aprovada sem prévia do-
tação orçamentária suficiente, devendo ser declarada inconstitucional por esse mo-
tivo.
e) compatível formal e materialmente com a Constituição Federal, não sendo exi-
gível a prévia dotação orçamentária para que a lei seja aplicada no exercício de
2018.
Letra a.
De acordo com a CF/1988 existe a necessidade de dotação orçamentária prévia
para qualquer aumento remuneratório. Veja essa determinação no artigo 169, com
grifos nossos:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Fe-deral e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei com-plementar.§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a cria-ção de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
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I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
Entretanto, de acordo com a jurisprudência do STF, não ocorre a inconstitucionali-
dade de dispositivo legal em decorrência de inexistência de previsão orçamentária
quanto a aumento remuneratório previsto no referido dispositivo. Confira:
(...) 7. A ausência de dotação orçamentária prévia em legislação específica não autoriza a declaração de inconstitucionalidade da lei, impedindo tão-so-mente a sua aplicação naquele exercício financeiro. (...) (ADI 3599/ DF – Dis-trito Federal).
Questão 14 (FCC/ANALISTA/ALESE/2018) Com o objetivo de fazer com que o
Poder Público adote medidas voltadas para a gestão administrativa financeiramente
responsável, a Constituição Federal prescreve:
I – A necessidade de prévia dotação orçamentária suficiente para atender às
projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes como
condição à concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração,
à criação de cargos, empregos e funções ou à alteração de estrutura de car-
reiras, bem como à admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título,
pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fun-
dações instituídas e mantidas pelo poder público.
II – A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei
complementar, salvo mediante expressa autorização do Senado Federal.
III – Decorrido o prazo legal para a adaptação aos limites de despesa com pes-
soal estabelecidos em lei complementar, poderão ser suspensos, desde que
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mediante processo administrativo que assegure a ampla defesa e o contra-
ditório, todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
e) I, apenas.
Letra e.
Apenas o item I está correto, já que a assertiva apresentou a definição de respon-
sabilidade fiscal de acordo com a nossa Carta Magna em seu artigo 169, § 1º, I:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Fede-ral e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de car-gos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só po-derão ser feitas:I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de des-pesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II - Errada. Em verdade, os limites estabelecidos pela LRF para a despesa com
pessoal ativo e inativo dos entes federados não pode ser afastada por Resolução
do Senado Federal, por ausência de exceção nesse sentido no caput do artigo 169,
da CF/1988:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Fede-ral e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
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III - Errada. Também não existe previsão de processo administrativo para
suspensão imediata dos repasses de verbas federais e estaduais a Estados, DF
e Municípios que não observarem os prazos legais para retorno aos limites com
despesa de pessoal. Confira no artigo 169, § 2º, da nossa CF/1988:
Art. 169.§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os re-passes de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites.
Questão 15 (FCC/ANALISTA/ALESE/2018) De acordo com a disciplina atribuída
pela Constituição da República às finanças públicas,
a) sendo de iniciativa do Poder Executivo, o projeto de lei do orçamento anual não
poderá sofrer emendas pelo Poder Legislativo, cabendo a esse apenas, se entender
necessário, aprová-lo com ressalvas a serem encaminhadas à apreciação do Poder
Executivo.
b) são quatro as espécies de leis orçamentárias de iniciativa do Poder Executivo:
a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a Lei Orçamentária Anual, o Plano Plurianual e a
lei que fixa o limite de endividamento do Estado.
c) é absolutamente proibida a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, salvo em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
d) a realização de investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro
exige a sua prévia inclusão no Plano Plurianual ou lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de responsabilidade.
e) sempre que constatar, após a realização de todas as despesas previstas para
determinado órgão, a existência de sobras orçamentárias, o Poder Executivo pode-
rá, sem prévia autorização legislativa, realizar o remanejamento de recursos desse
órgão para outro.
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Letra d.
A letra d está correta por estar em conformidade com o artigo 167, § 1º, da
CF/1988. Confira:
Art. 167. São vedados:[...]§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
�a) Errada. Na verdade, podem ser apresentadas emendas ao projeto de lei orça-
mentária anual enviado pelo Poder Executivo, conforme artigo 166, § 2º, CF/1988.
Confira com grifos nossos:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Con-gresso Nacional, na forma do regimento comum.[...]§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emi-tirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
�b) Errada. Na verdade, são três as espécies de leis orçamentárias de iniciativa do
Executivo, nos termos do artigo 165, caput, da CF/1988:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:I – o plano plurianual;II – as diretrizes orçamentárias;III – os orçamentos anuais.
�c) Errada. Na verdade, a proibição constitucional da não vinculação de impostos a
Fundo, Órgão ou Despesa encontra exceções no próprio artigo 167, IV:
Art. 167. São vedados:[...]IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a re-partição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária,
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como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a presta-ção de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
�e) Errada. Na verdade, a prévia autorização legislativa, em regra, é necessária
para o remanejamento de recursos orçamentários, nos termos do artigo 167, IV,
da nossa Carta Magna. Mas tenha em mente que nem sempre haverá necessidade
de prévia autorização legislativa, em função do que dispõe o § 5º, do artigo 167,
introduzido pela Emenda Constitucional n. 85/2015:
Art. 167. São vedados:VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legis-lativa;§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo.
Questão 16 (FCC/AUDITOR/TCE-RS/2018) A Constituição de certo Estado prevê
a instituição de fundo de despesa voltado para custear a construção de casas popu-
lares, constituído por 0,4% da arrecadação de impostos de competência estadual.
De modo semelhante, lei desse mesmo Estado destina 0,7% da receita da arreca-
dação de impostos de competência estadual para fundo de despesa voltado para o
combate ao desemprego.
A vinculação de receita de impostos estabelecida
a) em ambos atos normativos é compatível com a Constituição Federal, que per-
mite a vinculação de receita de impostos para fins sociais.
b) na Lei Estadual é compatível com a Constituição Federal, mas não a vinculação
prevista na Constituição Estadual.
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c) na Constituição Estadual é compatível com a Constituição Federal, mas a Lei
Estadual não poderia vincular receita de impostos ao fundo nela previsto.
d) em ambos atos normativos é incompatível com a Constituição Federal, uma vez
que é vedada a vinculação de receita de impostos a fundos como os referidos.
e) na Constituição Estadual é compatível com a Constituição Federal, mas a Lei
Estadual não poderia vincular mais de 0,5% da receita de impostos ao fundo nela
previsto.
Letra d.
A única correta é a letra d estando as demais erradas por exclusão. Confira o artigo
167, IV, da CF/1988:
Art. 167. São vedados: (...)IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a re-partição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a presta-ção de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
A CF/1988 autoriza ainda a vinculação de percentuais da receita tributária líquida
(que inclui impostos, taxas e contribuições) ou da receita orçamentária (receita to-
tal) a algumas outras despesas, sendo que a questão não se enquadra em qualquer
das hipóteses aqui descritas.
Questão 17 (FCC/TÉCNICO/TRT-6/2018) De acordo com as disposições da Cons-
tituição Federal que disciplinam os Orçamentos, a realização de operações de cré-
dito que excedam o montante das despesas de capital
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a) é permitida apenas para suprir deficit de regime previdenciário próprio do ente,
quando esgotadas outras fontes alternativas de receitas ordinárias ou extraordiná-
rias.
b) é vedada no último ano do mandato do Chefe do Executivo, salvo se necessária
para fazer frente ao pagamento de folha de pessoal ou inativos.
c) é vedada, salvo quando aprovada mediante créditos suplementares ou especiais
com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
d) deve ser computada como dívida fundada do ente, onerando o limite de endivi-
damento fixado pelo Senado Federal, correspondente a, no máximo, duas vezes a
receita corrente líquida do exercício.
e) somente é permitida para fazer frente a investimentos em saúde, educação e
segurança pública, mediante autorização legislativa específica e limitada a dois
exercícios financeiros.
Letra c.
Como determinado pela nossa boa e velha regra de ouro, a realização de opera-
ções de crédito que excedam o montante das despesas de capital é vedada, salvo
quando aprovada mediante créditos suplementares ou especiais com fina-
lidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
Questão 18 (FCC/ASSISTENTE/DPE-AM/2018) Considere que o projeto de lei or-
çamentária anual apresentado pela União tenha contemplado dotações para inves-
timento em projeto cuja duração supere um exercício financeiro. De acordo com
as disposições constitucionais e legais que disciplinam a matéria, tal circunstância
a) é expressamente vedada, em face do princípio da anualidade.
b) é possível, se houver previsão no Plano Plurianual.
c) é viável, mas apenas para as áreas da saúde e educação.
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d) é vedada, salvo autorização expressa na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
e) somente é possível no último ano do mandato presidencial.
Letra b.
Na verdade, é possível contemplar dotações para investimento em projeto cuja
duração supere um exercício financeiro, se houver previsão no plano plurianual,
conforme previsto no § 1º do art. 167 da Constituição:
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
Questão 19 (QUESTÃO INÉDITA/2018) Julgue o item a seguir.
A CF estabelece que a LOA possua caráter meramente autorizativo, ou seja, ine-
xiste a obrigatoriedade de o Poder Executivo exaurir a verba orçamentária prevista
nas diferentes dotações. Dessa forma, a CF não acolheu em seus dispositivos a
hipótese de orçamento impositivo.
Errado.
O item está errado, uma vez que a Emenda Constitucional (EC n. 86/2015), ape-
lidada de “EC do orçamento impositivo”, tornou obrigatória a execução da progra-
mação orçamentária relativa às emendas individuais à LOA por parte dos congres-
sistas.
Questão 20 (FCC/ANALISTA/FUNAPE/2017) A Emenda Constitucional no 86, de
2015, introduziu o caráter equitativo para a execução orçamentária e financeira,
segundo critérios a serem definidos em lei complementar, consolidando o que se
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convencionou chamar de “orçamento impositivo”, que, entre outros aspectos, con-
templa
a) a obrigatoriedade da execução orçamentária e financeira das emendas individu-
ais ao projeto de lei orçamentária, aprovadas no limite de 1,2% da receita corrente
líquida do exercício anterior, das quais 50% deverão, necessariamente, ser desti-
nadas à ações e serviços públicos na área da saúde, afastada a obrigatoriedade no
caso de impedimentos de ordem técnica.
b) a inviabilidade de apresentação de emendas parlamentares ao projeto de lei or-
çamentária encaminhado pelo Poder Executivo, salvo se respaldadas na revisão das
estimativas das projeções de receita constantes do anexo de metas fiscais que in-
tegra a Lei de Diretrizes Orçamentárias ou para ações destinadas à área da saúde.
c) a obrigatoriedade de destinar ao menos um terço do valor da estimativa de re-
ceitas prevista na Lei Orçamentária Anual para emendas individuais de parlamen-
tares, das quais 50% deverão, necessariamente, ser destinadas a ações e serviços
públicos na área da educação e saúde.
d) a vedação à apresentação de emendas individuais de parlamentares ao projeto
de lei orçamentária anual encaminhado pelo Poder Executivo, salvo para correção
de erros e inexatidões, ou para assegurar a aplicação dos limites mínimos previstos
na Constituição Federal para programas e ações nas áreas da saúde e educação
e) a obrigatoriedade do estrito cumprimento da execução orçamentária e financei-
ra dos programas consignados na Lei Orçamentária Anual, inclusive os oriundos de
emendas individuais de qualquer natureza, salvo na hipótese de revisão das metas
fiscais ou materialização de passivos contingentes.
Letra a.
Após a entrada em vigor da Emenda Constitucional (EC n. 86/2015), apelidada
de “EC do orçamento impositivo”, passou a ser obrigatória a execução da pro-
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gramação orçamentária relativa às emendas individuais à LOA por parte
dos congressistas, sendo que tais emendas serão aprovadas até 1,2% da Receita
Corrente Líquida (RCL) prevista no projeto de LOA encaminhado ao Congresso Na-
cional.
Questão 21 (FCC/ANALISTA/TST/2017) Compatibiliza-se com as normas da
Constituição Federal em matéria orçamentária:
a) a suspensão dos repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Dis-
trito Federal e aos Municípios que não adequarem sua despesa com pessoal ativo e
inativo aos parâmetros estabelecidos em lei complementar, no prazo legal.
b) a alteração, pelo Presidente da República, das propostas orçamentárias encami-
nhadas pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,
ainda que tenham sido enviadas no prazo e elaboradas em conformidade com os
limites estipulados conjuntamente com os demais poderes na Lei de Diretrizes Or-
çamentárias.
c) o início de programa ou projeto sem que a respectiva despesa tenha sido incluí-
da na Lei Orçamentária Anual, quando houver relevância e urgência, sendo desne-
cessária, nesse caso, a abertura de créditos adicionais.
d) a abertura de créditos suplementares por ato do Chefe do Poder Executivo, in-
dependentemente de prévia autorização legislativa, desde que mediante indicação
dos recursos correspondentes.
e) a instituição de fundo de qualquer natureza, por ato do Chefe do Poder Executi-
vo, independentemente de autorização legal.
Letra a.
Em conformidade com o artigo 169, § 2º, da CF/1988, deve haver a suspensão
dos repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos
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Municípios que não adequarem sua despesa com pessoal ativo e inativo aos parâ-
metros estabelecidos em lei complementar, no prazo legal, existindo ainda previsão
para que o servidor estável perca o cargo, na forma de ato normativo de cada Po-
der, como manda o artigo 169, § 4º, da CF/1988.
�b) Errada. Já que, de acordo com o artigo 99, § 4º, da CF/1988, somente se as
propostas orçamentárias forem encaminhadas pelo Judiciário em desacordo com os
limites da LDO é que o Poder Executivo poderá promover modificações unilaterais.
�c) Errada. Reveja o que manda artigo 167 da CF/1988 em seus incisos I e V:
Art. 167. São vedados:I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;
�d) Errada. Já que o art. 167, inciso V, da Constituição veda abertura de crédito
suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos
recursos correspondentes
�e) Errada. Como determina o art. 167, inciso IX, da Constituição Federal, abaixo
reproduzido com grifos nossos:
Art. 167. São vedados:IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legisla-tiva.
Questão 22 (FCC/ANALISTA/TST/2017) A União pretende cobrir deficit apresen-
tado por empresa pública federal mediante utilização de recursos do orçamento
fiscal. A realização dessa despesa, todavia, não foi prevista na lei orçamentária
vigente. Considerando as disposições da Constituição Federal, a União
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a) não poderá cobrir o deficit tal como pretendido, uma vez que a despesa não foi
prevista na lei orçamentária, excedendo, portanto, os créditos orçamentários, sen-
do inconstitucional eventual autorização legislativa que permita a execução dessa
medida.
b) não poderá cobrir o deficit tal como pretendido, uma vez que é vedado à União
cobrir o deficit de empresas públicas, sendo inconstitucional eventual autorização
legislativa que permita a execução dessa medida.
c) não poderá cobrir o deficit tal como pretendido, uma vez que é vedada a utili-
zação de recursos do orçamento fiscal para a finalidade desejada pela União, sen-
do inconstitucional eventual autorização legislativa que permita a execução dessa
medida.
d) poderá cobrir o deficit tal como pretendido, mediante edição de decreto de aber-
tura de crédito suplementar, independentemente de autorização legislativa especí-
fica.
e) poderá cobrir o deficit tal como pretendido, mediante autorização legislativa
específica.
Letra e.
Guarde que, de acordo com o artigo 165, § 5º, da nossa CF/1988, apenas se tiver
autorização legislativa específica pode a União utilizar recursos do orçamento
fiscal para cobrir deficit de empresas estatais, mediante lei que autorize créditos
adicionais especiais (não existia previsão).
�a) Errada. já que pode, sim, via créditos adicionais especiais, com base no que
diz o artigo 167, § 2º, da nossa CF/1988.
�b) Errada. já que, como explicado na letra e, poderá sim.
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�c) Errada. Já que, como explicado na letra e, poderá sim.
d) Errada. Já que não pode ser via decreto, mas sim por lei. Além disso, o crédito
adicional tem que ser do tipo especial, e não do tipo suplementar, já que não existia
previsão inicial.
Questão 23 (FCC/ESPECIALISTA/ARTESP/2017) Diante do Princípio da Separa-
ção de Poderes e do Princípio da unidade do orçamento, a proposta orçamentária
do Poder Judiciário
a) é elaborada, encaminhada e deliberada independentemente do Poder Executivo,
ao qual compete apenas a disponibilização dos recursos.
b) depende apenas de ratificação e análise de viabilidade da existência de previsão
de receitas suficientes por parte do Poder Executivo antes do encaminhamento ao
Legislativo.
c) é encaminhada ao Poder Executivo para aprovação, que, por sua vez, pode fazer
as alterações necessárias a ajustar as despesas previstas às receitas estimadas.
d) é integrada à proposta do Poder Executivo, para apresentação de peça una na
qual seja garantido o equilíbrio entre as estimativas de receitas e despesas, me-
diante compensações recíprocas.
e) é remetida ao Executivo, para encaminhamento conjunto com seu orçamento
ao Poder Legislativo, somente onde podem ser feitas alterações na proposta do
Judiciário.
Letra e.
Na verdade, o Poder Judiciário deve encaminhar sua proposta orçamentária
ao Executivo, para que o mesmo consolide com a proposta de todos os Poderes e
encaminhe ao Congresso Nacional.
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Entretanto, ressalte-se que, apesar de enviar a proposta ao Poder Executivo, a
CF/1988, no artigo 99, conferiu autonomia administrativa e financeira ao Judiciário.
Questão 24 (CESPE/PROCURADOR/PREFEITURA DE FORTALEZA/2017) Acerca
de tributação e finanças públicas, julgue o item subsequente, conforme as disposi-
ções da CF e a jurisprudência do STF.
As disponibilidades financeiras do município devem ser depositadas em instituições
financeiras oficiais, cabendo unicamente à União, mediante lei nacional, definir
eventuais exceções a essa regra geral.
Certo.
Exato. Confira o diz parágrafo 3º do artigo 164 da nossa CF/1988, com grifos nos-
sos:
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central.[...]§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Destaque-se que o STF, em julgamento da ADI 2.661/MA, de 23/08/2002,
pacificou a jurisprudência nesse sentido, ao determinar que as disponibi-
lidades de caixa dos Estados-membros e seus respectivos órgãos e enti-
dades devem ser depositadas em instituições financeiras oficiais, cabendo
unicamente à União, mediante lei de caráter nacional, definir as exceções,
conforme o dispositivo constitucional acima reproduzido.
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Questão 25 (CESPE/PROCURADOR/MUNICÍPIO DE FORTALEZA/2017) Com fun-
damento na disciplina que regula o direito financeiro e nas normas sobre orçamen-
to constantes na CF, julgue o item a seguir.
Constitui ofensa à competência reservada ao chefe do Poder Executivo a iniciativa
parlamentar que prevê, na LDO, a inclusão de desconto no imposto sobre a pro-
priedade de veículos automotores, em caso de pagamento antecipado.
Errado.
O STF já pacificou o entendimento de que a iniciativa parlamentar em assunto
de Direito Tributário não invade a competência do Poder Executivo sobre
matéria orçamentária (ADI n. 724).
Nessa toada, o STF manifestou entendimento de que até mesmo a concessão de
benefícios fiscais não é legislar sobre orçamento (ADI n. 2464).
Questão 26 (FCC/ANALISTA/TCE-CE/2015) A Constituição Federal estabelece re-
gras a respeito do depósito das disponibilidades de caixa da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, dos órgãos ou entidades do Poder Público e das
empresas por ele controladas. De acordo com o texto constitucional,
a) 51%, pelo menos, das disponibilidades de caixa dos Estados e do Distrito Fede-
ral serão depositadas no Banco Central do Brasil.
b) 51%, pelo menos, das disponibilidades de caixa dos Municípios serão deposita-
das no Banco Central do Brasil.
c) 49%, no máximo, das disponibilidades de caixa dos Municípios serão deposita-
das no Banco Central do Brasil.
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d) 15%, no máximo, das disponibilidades de caixa dos Estados e do Distrito Federal
serão depositadas em instituições financeiras oficiais, indicadas em lei estadual ou
distrital.
e) as disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central do
Brasil.
Letra e.
A resposta dessa questão está no § 3º do artigo 164 da CF/1988. Confira com gri-
fos nossos:
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressal-vados os casos previstos em lei.
Questão 27 (FCC/AUDITOR/SEFAZ-PI/2015) A vedação constitucional da vincu-
lação de receitas de impostos a órgão, fundo ou despesa
a) admite exceções, estabelecidas em lei complementar, e desde que a vinculação
se dê, caso a caso, mediante prévia autorização legislativa.
b) não alcança a prestação de garantia ou contra garantia à União, em se tratando
de receitas próprias geradas pelos impostos de competência dos Estados, Distrito
Federal e Municípios.
c) somente se excepciona para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como
as decorrentes de guerra, comoção in terna ou calamidade pública.
d) alcança a realização de atividades da administração tributária, salvo para o fim
de compartilhamento de cadastros e de in formações fiscais, entre os diferentes
entes da Federação, na forma da lei ou convênio.
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e) pode ser excepcionada, mediante prévia autorização legislativa, para suprir ne-
cessidade ou cobrir deficit de empresas, fundações ou fundos vinculados à seguri-
dade social.
Letra b.
É por meio da arrecadação dos Impostos que o Estado obtém parte de suas receitas
públicas para cumprimento das suas finalidades, havendo assim a proibição pre-
vista no artigo 167, IV, da CF/1988 de vincular receita de impostos a órgão, fundo
ou despesa. Entretanto, de acordo com a CF/1988, no parágrafo 4º do artigo 167,
não ocorre vedação a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos que
fazem parte dos artigos 155 e 156, e dos recursos de que tratam os artigos 157,
158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contra garantia à União e
para pagamento de débitos para com esta. Confira com grifos nossos:
Art. 167. São vedados:(...)§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contra garantia à União e para paga-mento de débitos para com esta.
Questão 28 (FCC/PROCURADOR/TCM-RJ/2015) O orçamento é conceituado pela
doutrina como uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito
concreto e com certo prazo de vigência. Por isso, sua natureza jurídica é de “lei”,
sendo uma lei autorizativa, porque autoriza a Administração a praticar atos admi-
nistrativos, assim como cobrar tributos e efetuar despesas. Sobre as espécies de
orçamento, é correto afirmar:
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a) A doutrina afirma que a Constituição Federal brasileira adotou o chamado Or-
çamento Misto, em que o Poder Executivo tem a competência para elaboração dos
projetos de leis orçamentárias e o envio destes projetos ao Poder Legislativo, para
sua discussão e aprovação.
b) A Constituição Federal consagrou três espécies de leis orçamentárias, ou seja,
Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual, todas
com a mesma duração no tempo, pois todas têm vigência de um ano, diferencian-
do, apenas, quanto ao conteúdo de cada uma delas.
c) O Brasil adotou, em sua Constituição, o orçamento legislativo, cuja elaboração,
discussão e votação competem ao Poder Legislativo, cabendo ao Poder Executivo
apenas a sua realização.
d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias se desdobra em três subespécies, a saber: lei
de orçamento fiscal, lei de orçamento das empresas estatais e lei de orçamento da
seguridade social.
e) A lei que instituir o Plano Plurianual compreenderá as metas de prioridade da
Administração federal, vedando, entretanto, a inclusão das despesas de capital
para o exercício financeiro subsequente e consagrando, assim, o princípio da anu-
alidade orçamentária.
Letra a.
Excelente questão para confirmar que o entendimento da FCC acompanha a dou-
trina no sentido de que o Orçamento é uma lei formal, especial (trata de matéria
específica), de efeito concreto e com certo prazo de vigência e que, por isso, sua
natureza jurídica é de “lei”, sendo uma lei autorizativa, porque autoriza a Adminis-
tração a praticar atos administrativos, assim como cobrar tributos e efetuar despe-
sas.
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�a) Correta. Realmente a Doutrina entende que o orçamento brasileiro é misto,
já que o Poder Executivo tem a competência para elaboração dos projetos de leis
orçamentárias e ao Poder Legislativo cabe a sua discussão e aprovação, diferente-
mente dos modelos Legislativo e Executivo, em que apenas um dos Poderes atua.
�b) Errada. O PPA tem vigência de 4 anos, nos termos inciso I do § 2º do artigo 35
da ADCT da CF/1988.
�c) Errada. Como exposto antes, o modelo pátrio é o misto.
�d) Errada. Quem se subdivide desse modo é a LOA, e não a LDO, conforme § 5º
do artigo 165 da CF/1988.
e) Errada. Quem tem essa incumbência é a LDO, e não a LOA, conforme § 5º do
artigo 165 da CF/1988.
Questão 29 (FCC/PROCURADOR/PREFEITURA DE CUIABÁ/2014) Com relação
às Normas Gerais sobre Finanças Públicas em face da Constituição Federal de 1988,
considere as seguintes afirmações:
I – Lei ordinária federal disporá sobre concessão de garantias pelas entidades
públicas e emissão e resgate de títulos da dívida pública.
II – A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente
pelo banco central, sendo permitida a concessão indireta de empréstimos
ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição
financeira.
III – O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Na-
cional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
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Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e III.
c) III.
d) II.
e) I.
Letra c.
Vamos analisar os itens e marcar a alternativa correta correspondente.
I - Errada. Já que quem deve dispor sobre concessão de garantias pelas entidades
públicas e emissão e resgate de títulos da dívida pública é a lei complementar, e
não a Lei Ordinária.
II - Errada. Já que, segundo o parágrafo 1º do artigo 164 da CF/1988 é vedado ao
Banco Central a concessão indireta de empréstimos ao Tesouro Nacional e a qual-
quer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
III - Correta. Já que está em conformidade com o artigo 164 da CF/1988 pará-
grafo 2º.
Questão 30 (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2014) Compete à lei complementar disci-
plinar
a) o plano plurianual.
b) a dívida pública.
c) o orçamento anual.
d) as diretrizes orçamentárias.
e) os créditos adicionais.
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Letra b.
A resposta dessa questão está inciso II do artigo 163 da CF/1988. Confira com gri-
fos nossos.
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:I – finanças públicas;II – dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;III – concessão de garantias pelas entidades públicas;IV – emissão e resgate de títulos da dívida pública;V – fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; VI – operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;VII – compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguar-dadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvi-mento regional.
Questão 31 (FCC/ANALISTA/SPPREV/2012) Ao lidar com temas que tratam de
recursos provenientes de tributos ou venda de serviços, com endividamento exter-
no ou interno do Estado, com emissão de papel-moeda ou créditos para cobertura
de gastos, pode-se afirmar que se trata de
a) deficit primário e inflação.
b) gastos públicos e captação de recursos.
c) receitas primárias e obrigações financeiras.
d) deficit primário e captação de recursos.
e) gastos públicos e obrigações financeiras.
Letra b.
Podemos resolver essa questão com a definição de AFE (Atividade Financeira do
Estado), de acordo com Rubens Gomes de Sousa. Segundo esse autor, A AFE se
desenvolve fundamentalmente em três campos:
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1) a receita [captação de recursos], quer sejam obtidos por imposição, quer
sejam criados diretamente pelo Estado;
2) a gestão, que é a administração de tais recursos e a conservação do patri-
mônio público; e
3) a despesa (gastos públicos), ou seja, o emprego desses recursos para a
realização dos fins visados pelo Estado.
Questão 32 (FCC/JUIZ DO TRABALHO/TRT-20/2012) Em 25 de fevereiro de
2008, foi editada Medida Provisória (MP) abrindo crédito extraordinário em favor
da União, para as finalidades que especificou. Em março daquele mesmo ano, um
partido político com representação no Congresso Nacional ajuizou Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) em face da edição da referida medida provisória, sob
a alegação de ausência dos pressupostos constitucionais de urgência e relevância.
A ADI em questão teve desde logo sua inicial indeferida por decisão do Relator, em
face da qual foi interposto recurso pelo autor da ação. Antes que o recurso pudes-
se ser julgado, a MP foi convertida em lei, em 19 de junho de 2008. Em agosto
de 2009, o Relator considerou prejudicados a ação e, por consequência, o recurso
interposto, por não ter sido requerido o aditamento da inicial, para declarar a in-
constitucionalidade da lei resultante da conversão da MP. Novo recurso sobreveio,
tendo lhe sido negado provimento, por decisão unânime do Plenário do Supremo
Tribunal Federal (STF), proferida em março de 2011, desta feita por se considerar
ter havido “perda superveniente de objeto, considerado o exaurimento da eficácia
jurídico normativa do ato hostilizado”.
Nesse caso, a decisão final do Plenário do STF tem funda mento na regra constitu-
cional segundo a qual
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a) créditos extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem au-
torizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, de maneira que, no caso em questão, já deveriam ter sido utili-
zados ou teriam perdido sua vigência, quando do julgamento do recurso.
b) é vedada a edição de medida provisória sobre matéria relativa a planos pluria-
nuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares,
ressalvada a hipótese de abertura de crédito extraordinário, para atendimento a
despesas imprevisíveis e urgentes, requisitos estes não observados no caso em
tela.
c) as medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem converti-
das em lei no prazo de sessenta dias, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por
decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes, de modo que a medida
provisória sob comento teria perdido eficácia, quando do julga mento do recurso.
d) a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura
de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, aplicando-se ao
caso em tela a exceção prevista na norma constitucional.
e) a abertura de crédito suplementar ou especial depende de prévia autorização
legislativa e indicação dos recursos correspondentes, o que, no caso em tela, veio
a ser suprido com a conversão em lei da medida provisória, razão pela qual teria a
ação perdido objeto.
Letra a.
Essa questão é de um grau de dificuldade superior e serve para conhecermos a um
pouco a aplicação da jurisprudência do STF no âmbito da nossa matéria. Note que
como a medida provisória objeto desta ação foi publicada em fevereiro de 2008,
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podemos concluir que os créditos previstos ou já foram utilizados ou perderam sua
vigência, não sendo possível, dessa forma, a subsistência de situações passíveis de
correção em 2011, caso reconhecida a sua inconstitucionalidade. Assim, ocorreu
a chamada perda superveniente de objeto considerado o exaurimento da eficácia
do ato, como a CF/1988 em seu artigo 167, § 2º, nos revela. Confira com grifos
nossos:
Art. 167. São vedados:§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício finan-ceiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
Vamos agora conferir no julgado referido no enunciado da questão como se posi-
cionou o STF, com grifos nossos:
Medida Provisória n. 420/2008, convertida na Lei n. 11.708/2008, que abriu crédito extraordinário em favor da União, com fundamento no art. 167, § 2º, da Constituição Federal. Créditos dessa natureza têm vigência temporal-mente limitada ao exercício financeiro para os quais foram autorizados, salvo se editados nos últimos quatros meses desse exercício, circunstância em que suas realizações serão postergadas para o exercício financeiro seguinte. (...) A jurisprudência desta Corte é pacífica quanto à prejudicialidade da ação direta de inconstitucionalidade por perda superveniente de objeto, que tanto pode decorrer da revogação pura e simples do ato impugnado como do exaurimento de sua eficácia. Precedentes. 4. Não é passível o recebimento dessa ação como ação de descumprimento de preceito fundamental, uma vez que não subsistem quaisquer efeitos jurídicos a serem regulados. 5. Agravo regimental não provido. (ADI 4041 AgR-AgR-AgR, Rel. Min. Dias TOFFOLI, Tri-bunal Pleno, julgado em 24/03/2011).
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�b) Errada. Já que os mencionados requisitos não foram apreciados pelo STF para
indeferir a ação direta.
�c) Errada. Já que a medida provisória em tela já havia sido convertida em lei e já
tinha tido a sua eficácia exaurida com a execução orçamentária dos respectivos
créditos extraordinários.
�d) Errada. Já que o caso em tela não tem relação com o princípio da exclusividade
orçamentária e não trata de créditos adicionais do tipo suplementar, mas sim de
créditos adicionais do tipo extraordinário.
e) Errada. Já que a edição de créditos extraordinários não exige a indicação das
fontes orçamentárias.
Questão 33 (FCC/TÉCNICO/TCE-AP/2012) A atividade financeira do Estado com-
preende
a) apenas a obtenção de receitas originárias.
b) apenas a obtenção de receitas, tanto originárias como derivadas.
c) a obtenção de receitas e a realização de despesas.
d) a prestação de serviços públicos e a realização de obras públicas.
e) apenas a geração das despesas.
Letra c.
A Atividade Financeira do Estado (AFE) abrange quatro elementos que estão inti-
mamente ligados: obter Receita Pública, criar o Crédito Público, gerir o Orçamento
Público e despender Recursos. Nessa toada, embora não esteja completa, a melhor
alternativa é a c.
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Questão 34 (FCC/ANALISTA/TCE-PR/2012) Quanto à definição de Finanças Pú-
blicas, considere:
I – É ciência que estuda as atividades fiscais e não fiscais dos poderes públicos
na sua aplicação a empreendimentos de caráter público e privado.
II – É atividade desempenhada pelos poderes públicos na obtenção de recursos
para o cumprimento de suas finalidades.
III – É atividade desempenhada pelos poderes públicos na aplicação de recursos
para o cumprimento de suas finalidades.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I
b) II
c) III
d) I e III
e) II e III
Letra e.
Questão fácil, mas com uma pegadinha mortal. Já viu a pegadinha?
A pegadinha está no item I, já que Finanças Públicas é ciência que estuda as ativi-
dades fiscais e não fiscais dos poderes públicos na sua aplicação a empreendimen-
tos de caráter público (e não privado).
Os demais itens (II e III) estão corretos!
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Questão 35 (FCC/ANALISTA/TCE-PR/2011) De acordo com a Constituição Fede-
ral de 1988, a competência para legislar sobre direito financeiro e orçamento é
a) exclusiva da União.
b) privativa da União, dos Estados e do Distrito Federal.
c) privativa da União.
d) exclusiva da União, dos Estados e do Distrito Federal.
e) concorrente da União, Estados e Distrito Federal.
Letra e.
A resposta dessa questão está na literalidade da CF/1988 em seu artigo 24. Confira
com grifos nossos:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorren-temente sobre:I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;II – orçamento;
Questão 36 (FCC/PROCURADOR/TCE-SP/2011) A Lei no 14.309, de 27 de de-
zembro de 2010, do Estado de São Paulo, dispõe em seus arts. 1º e 9º:
“Art. 1º Esta lei orça a receita e fixa a despesa do Estado para o exercício de 2011,
compreendendo, nos termos do artigo 174, § 4º, da Constituição Estadual: I – o
Orçamento Fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo
Poder Público; II – o Orçamento da Seguridade Social, abrangendo todas as enti-
dades e órgãos a ela vinculados, da administração direta e indireta, bem como os
fundos e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público; III – o Orçamento
de Investimentos das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto.”
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“Art. 9º Fica o Poder Executivo, observadas as normas de controle e acompanha-
mento da execução orçamentária, e com a finalidade de facilitar o cumprimento da
programação aprovada nesta lei, autorizado a remanejar recursos, entre atividades
e projetos de um mesmo programa, no âmbito de cada órgão, obedecida a distri-
buição por grupo de despesa”.
A esse respeito, considere as seguintes afirmações, à luz da disciplina constitucio-
nal da matéria.
I – Cotejando-se as definições constitucionais sobre as leis orçamentárias com o
quanto previsto no artigo 1º acima transcrito, pode-se inferir que a Lei esta-
dual n. 14.309/2010 corresponde à lei de diretrizes orçamentárias do Estado
de São Paulo para o exercício de 2011.
II – A estrutura da lei orçamentária para o exercício de 2011, contida no artigo
1º da Lei estadual n. 14.309/2010, reproduz para a esfera estadual o quanto
previsto a esse respeito, na Constituição da República, relativamente à lei
orçamentária anual federal.
III – O Estado de São Paulo está legitimado a legislar sobre a matéria contida no
artigo 9º da Lei estadual n. 14.309/2010, por se inserir dentre as competên-
cias concorrentes previstas na Constituição da República.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
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Letra e.
Vamos julgar os itens e marcar a alternativa correspondente:
I - Errada. Pois a Lei n. 14.309, de 27 de dezembro de 2010, é a LOA, já que fixa
a despesa, prevê a receita e compreende os orçamentos fiscal, da seguridade social
e de investimentos.
II - Correta. Conforme comentário do item anterior.
III - Correta. Segundo o art. 24 da CF, compete à União, ao Distrito Federal e aos
Estados legislar concorrentemente sobre orçamento.
Questão 37 (FCC/ANALISTA/TRF4) A lei orçamentária anual, segundo a Consti-
tuição, é de iniciativa
a) do Congresso Nacional.
b) do Senado Federal.
c) do Presidente da República.
d) da Câmara Federal.
e) do Ministro da Fazenda.
Letra c.
Questão do tipo “cara-crachá” com o artigo 165, III, da CF/1988 que estabelece:
Art. 165 Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerãoI – o plano plurianual;II – as diretrizes orçamentárias;III – os orçamentos anuais.
Questão 38 (FCC/ANALISTA/TRT22) A elaboração da proposta orçamentária pú-
blica, segundo a Constituição Federal de 1988, é de competência privativa do chefe
do
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a) Ministério da Fazenda.
b) Poder Legislativo.
c) Poder Judiciário.
d) Ministério do Planejamento.
e) Poder Executivo.
Letra e.
Vamos novamente usar o artigo 165 da CF/1988:
Art. 165 Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:I – o plano plurianual;II – as diretrizes orçamentárias;III – os orçamentos anuais.
Questão 39 (FCC/ANALISTA/TRT3) As iniciativas das leis orçamentárias (Lei do
Plano Plurianual − PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO e Lei do Orçamento
Anual − LOA), cujos projetos deverão ser apresentados ao Legislativo, privativa-
mente pelo Chefe do Executivo, nos prazos estabelecidos pela Constituição Federal,
denominam-se
a) suplementares.
b) parlamentares.
c) gerais.
d) discricionárias.
e) vinculadas.
Letra e.
Em verdade, trata-se de uma iniciativa legislativa vinculada, já que é exclu-
siva e obrigatória.
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Questão 40 (FCC/ANALISTA/MPU) A consolidação do projeto de lei orçamentária
anual da União é de responsabilidade
a) do Ministério da Fazenda.
b) da Secretaria do Tesouro Nacional.
c) da Secretaria da Receita Federal.
d) do Ministério da Indústria e do Comércio.
e) do Ministério do Planejamento.
Letra e.
Somente poderá existir um único projeto de LOA para cada ente político em cada
exercício financeiro, por força do princípio orçamentário da unidade (art. 2º, Lei n.
4.320/1964, combinado com art. 165, § 5º, CF/1988).
Entretanto, ainda de acordo com a CF/1988, os órgãos dos demais Poderes têm au-
tonomia administrativa e financeira, de sorte que cada um deles tem a prerrogativa
constitucional para elaborar a sua própria proposta parcial de orçamento.
No entanto, as mencionadas propostas parciais de orçamento não podem ser en-
viadas isoladamente para o Congresso Nacional, sob pena de inconstitucionalidade
formal, uma vez que a iniciativa do processo legislativo orçamentário é exclusiva
do chefe do Poder Executivo.
Nessa pegada, a consolidação final do PLOA fica a cargo do super Ministério
da Economia que engloba, dentre outras, as funções de Planejamento, Orçamento
e Gestão, já que é o Poder Executivo que tem a prerrogativa, de forma exclusiva,
de iniciar o processo legislativo das leis que tratam de matéria orçamentária (PPA,
LDO e LOA).
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Questão 41 (FCC/ANALISTA/TRE-PE) O instrumento que contém a previsão de
receita e a fixação da despesa para um determinado exercício, elaborado em con-
sonância com a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias, é denominado
a) leverage financeiro.
b) cash-flow.
c) orçamento público.
d) contabilidade pública.
e) programa de governo.
Letra c.
Sem dúvida, é o orçamento público é o instrumento que contém a previsão da re-
ceita e a fixação da despesa. Ele deve ser elaborado em consonância com o PPA e
com a LDO, já que as autorizações de gastos se vinculam às diretrizes, aos objeti-
vos e às metas estipuladas no PPA e às metas e prioridades da LDO.
Questão 42 (FCC/TÉCNICO/TCE-MG) Em relação à competência para legislar so-
bre matéria financeira, considere:
I – A lei complementar disporá sobre o exercício financeiro, a vigência, o prazo,
a elaboração e a organização das leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA).
II – Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamento são matérias que
podem ser veiculadas por meio de medidas provisórias.
III – Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemen-
te sobre direito financeiro.
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Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
Letra d.
Vamos julgar os itens e marcar alternativa correta.
I - Correta. Por estar de acordo com o art. 165, § 9º, I, da CF/1988, que nos diz
que uma lei complementar disporá sobre as matérias elencadas na assertiva.
II - Errada. Já que o artigo 62, § 1º, inciso I, alínea d, da nossa Carta Magna veda
a edição de medidas provisórias para tratar de planos plurianuais, diretrizes orça-
mentárias, orçamento e crédito adicionais suplementares e especiais, exceto cré-
ditos adicionais extraordinários, que são previstos em medida provisória na União.
III - Correta. Já que está em consonância com o artigo 24, caput, e com o inciso
I, da CF/1988, ou seja, realmente legislar sobre Direito Financeiro é matéria que se
enquadra no âmbito da legislação concorrente.
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ANEXO
(Artigos 163 a 169 da CF/1988)
CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Seção I
NORMAS GERAIS
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I – finanças públicas;
II – dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e de-
mais entidades controladas pelo Poder Público;
III – concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV – emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V – fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; (Redação
dada pela Emenda Constitucional n. 40, de 2003)
VI – operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Es-
tados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII – compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União,
resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao
desenvolvimento regional.
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusiva-
mente pelo banco central.
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos
ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição finan-
ceira.
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§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro
Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central;
as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do
Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras ofi-
ciais, ressalvados os casos previstos em lei.
Seção II
DOS ORÇAMENTOS
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada,
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação
das agências financeiras oficiais de fomento.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados
pelo Congresso Nacional.
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§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e man-
tidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indi-
retamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos
a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e funda-
ções instituídos e mantidos pelo Poder Público.
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regio-
nalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias,
remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com
o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regio-
nais, segundo critério populacional.
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda
que por antecipação de receita, nos termos da lei.
§ 9º Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orça-
mentária anual;
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração di-
reta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
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III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos
que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento
de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a re-
alização do disposto no § 11 do art. 166. (Incluído pela Emenda Constitucional n.
86, de 2015)
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamen-
tárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas
Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as
contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais
e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscali-
zação orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso
Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Con-
gresso Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamen-
tárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
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a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito
Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser
aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacio-
nal para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não
iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do or-
çamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional,
nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o
disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do proje-
to de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com
prévia e específica autorização legislativa.
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no
limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida
prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade des-
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te percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde
previsto no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do
inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou
encargos sociais. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a
que se refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro
e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior,
conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei
complementar prevista no § 9º do art. 165. (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 86, de 2015)
§ 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não serão
de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 13. Quando a transferência obrigatória da União, para a execução da progra-
mação prevista no §11 deste artigo, for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a
Municípios, independerá da adimplência do ente federativo destinatário e não inte-
grará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites
de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 86, de 2015)
§ 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que
integre a programação, na forma do § 11 deste artigo, serão adotadas as seguintes
medidas: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
I – até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder
Executivo, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defenso-
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ria Pública enviarão ao Poder Legislativo as justificativas do impedimento; (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
II – até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder
Legislativo indicará ao Poder Executivo o remanejamento da programação cujo im-
pedimento seja insuperável; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
III – até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso
II, o Poder Executivo encaminhará projeto de lei sobre o remanejamento da pro-
gramação cujo impedimento seja insuperável; (Incluído pela Emenda Constitucio-
nal n. 86, de 2015)
IV – se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo
previsto no inciso III, o Congresso Nacional não deliberar sobre o projeto, o rema-
nejamento será implementado por ato do Poder Executivo, nos termos previstos na
lei orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 15. Após o prazo previsto no inciso IV do § 14, as programações orçamentá-
rias previstas no § 11 não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimen-
tos justificados na notificação prevista no inciso I do § 14. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 86, de 2015)
§ 16. Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da
execução financeira prevista no § 11 deste artigo, até o limite de 0,6% (seis déci-
mos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 17. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resul-
tar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes
orçamentárias, o montante previsto no § 11 deste artigo poderá ser reduzido em
até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas dis-
cricionárias. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
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§ 18. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obriga-
tório que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, inde-
pendentemente da autoria. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
Art. 167. São vedados:
I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam
os créditos orçamentários ou adicionais;
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das des-
pesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou
especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria ab-
soluta;
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas
a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158
e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da ad-
ministração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º,
212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação
de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legis-
lativa e sem indicação dos recursos correspondentes;
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia au-
torização legislativa;
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
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VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos or-
çamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir deficit de
empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização le-
gislativa.
X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclu-
sive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas insti-
tuições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pen-
sionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 19, de 1998)
XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que tra-
ta o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize
a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício finan-
ceiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos
últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de
seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção inter-
na ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que
se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e
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159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para
pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 3,
de 1993)
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das ativi-
dades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados
de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem neces-
sidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo. (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 85, de 2015)
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreen-
didos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão
entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complemen-
tar a que se refere o art. 165, § 9º. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.
45, de 2004)
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Dis-
trito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei
complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação
de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como
a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades
da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
poder público, só poderão ser feitas: (Renumerado do parágrafo único, pela Emen-
da Constitucional n. 19, de 1998)
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 19, de 1998)
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II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, res-
salvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo
para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos
todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal
e aos Municípios que não observarem os referidos limites. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 19, de 1998)
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, du-
rante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comis-
são e funções de confiança; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
II – exoneração dos servidores não estáveis. (Incluído pela Emenda Constitucio-
nal n. 19, de 1998) (Vide Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem sufi-
cientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referi-
da neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo
motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou
unidade administrativa objeto da redução de pessoal. (Incluído pela Emenda Cons-
titucional n. 19, de 1998)
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a in-
denização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
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§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será conside-
rado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais
ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 19, de 1998)
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetiva-
ção do disposto no § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
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