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1 ©Reprodução proibida. Todos os direitos reservados à Igreja Batista Central de Fortaleza. TREINAMENTO DE LÍDERES CENTRALIDADE DA PALAVRA DE DEUS A palavra de Deus deve ocupar um papel central na vida de um pequeno grupo. A Pa- lavra de Deus é o fator mais poderoso para o crescimento espiritual de uma pessoa. De acordo com II Timóteo 3:16,17 e I Pedro 1:23-2:2 (não seria I Pedro 1.23-25?), Ed René afirma que: 1. A palavra de Deus é o instrumento através do qual o Espírito Santo nos traz para Jesus. “Nascemos pela palavra”, conforme diz Pedro, porque “a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus” (Romanos 10:17) 2. O alvo da Palavra de Deus é a nossa transformação, até que sejamos perfei- tos (ser como Cristo) e perfeitamente preparados para toda boa obra (fazer mais por Cristo). Como afirmou D.L. Moody, a palavra de Deus não pretende infor- mar, mas sim transformar. 3. Uma vez que somos gerados pela palavra de Deus, somente ela pode servir de alimento para o nosso crescimento espiritual. Richards, em seu livro Teologia da Educação Cristã, nos traz um alerta importante acerca da educação cristã e do estudo da Palavra de Deus: “Para pensarmos sobre educação cristã, precisamos pensar primeiramente so- bre o que significa ser cristão. Crer em certas coisas? Ter certos valores morais? Comportar-se de certa maneira? Ou há algo além disto? Há alguma essência que defina o que nós somos? Se nos basearmos nas palavras de Jesus em João 10:10, encontramos a resposta: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” Nosso destino então é sermos como Deus, porque Ele implantou em nossa personali- dade a sua própria vida. A posse da nova vida não traz mudança automática e ime- diata, mas é um processo. Então a educação cristã não deve produzir algo pronto, deve suprir o que é preciso para que o processo de crescimento se desenvolva de maneira normal e salutar. Porém só o conhecimento, mesmo sendo bíblico não deve ser a meta da educação cristã, e nem o comportamento, mesmo sendo moral, deve ser a meta. A educação cristã tem de preocupar-se com a vida, com o crescimento da vida eterna den- tro da personalidade humana, em direção à semelhança com o Deus que a dá. De acordo com Deuteronômio, o processo de ensino da palavra envolve em primeiro lugar a experiência dela pelo professor, depois a vivência dela diante do aluno, o que engloba o significado vivido e verbalizado da palavra. Na educação cristã não importa somente ensinar a palavra, importa como a palavra é ensinada. A educação cristã quer ajudar as pessoas a tornarem-se o que seus profes- sores são, não a saberem o que seus professores sabem.” TREINAMENTO DE LÍDERES Condução do Ensino

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CENTRALIDADE DA PALAVRA DE DEUS

A palavra de Deus deve ocupar um papel central na vida de um pequeno grupo. A Pa-lavra de Deus é o fator mais poderoso para o crescimento espiritual de uma pessoa. De acordo com II Timóteo 3:16,17 e I Pedro 1:23-2:2 (não seria I Pedro 1.23-25?), Ed René afi rma que:

1. A palavra de Deus é o instrumento através do qual o Espírito Santo nos traz para Jesus. “Nascemos pela palavra”, conforme diz Pedro, porque “a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus” (Romanos 10:17)2. O alvo da Palavra de Deus é a nossa transformação, até que sejamos perfei-tos (ser como Cristo) e perfeitamente preparados para toda boa obra (fazer mais por Cristo). Como afi rmou D.L. Moody, a palavra de Deus não pretende infor-mar, mas sim transformar.3. Uma vez que somos gerados pela palavra de Deus, somente ela pode servir de alimento para o nosso crescimento espiritual.

Richards, em seu livro Teologia da Educação Cristã, nos traz um alerta importante acerca da educação cristã e do estudo da Palavra de Deus:

“Para pensarmos sobre educação cristã, precisamos pensar primeiramente so-bre o que signifi ca ser cristão. Crer em certas coisas? Ter certos valores morais? Comportar-se de certa maneira? Ou há algo além disto? Há alguma essência que defi na o que nós somos? Se nos basearmos nas palavras de Jesus em João 10:10, encontramos a resposta: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.”

Nosso destino então é sermos como Deus, porque Ele implantou em nossa personali-dade a sua própria vida. A posse da nova vida não traz mudança automática e ime-diata, mas é um processo.

Então a educação cristã não deve produzir algo pronto, deve suprir o que é preciso para que o processo de crescimento se desenvolva de maneira normal e salutar. Porém só o conhecimento, mesmo sendo bíblico não deve ser a meta da educação cristã, e nem o comportamento, mesmo sendo moral, deve ser a meta. A educação cristã tem de preocupar-se com a vida, com o crescimento da vida eterna den-tro da personalidade humana, em direção à semelhança com o Deus que a dá.

De acordo com Deuteronômio, o processo de ensino da palavra envolve em primeiro lugar a experiência dela pelo professor, depois a vivência dela diante do aluno, o que engloba o signifi cado vivido e verbalizado da palavra.

Na educação cristã não importa somente ensinar a palavra, importa como a palavra é ensinada. A educação cristã quer ajudar as pessoas a tornarem-se o que seus profes-sores são, não a saberem o que seus professores sabem.”

TREINAMENTO DE LÍDERES

Condução do Ensino

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O EXEMPLO DE JESUS

O revolucionário

Jesus entrou num cenário religioso complicado e poluído. Estava congestionado com saduceus, fariseus, herodianos, zelotes e essênios. Os líderes judeus haviam desen-volvido um sistema religioso com 613 leis. Eles escolheram o número 613 porque este era o número de letras do texto dos dez mandamentos. Acharam 613 mandamentos no Pentateuco. Dividiam esta lista em dois tipos: mandamentos afi rmativos (faça isso) e mandamentos negativos (não faça isso).

Havia 248 mandamentos afi rmativos, um para cada parte do corpo humano, como eles entendiam. Havia 365 mandamenos negativos, um para cada dia do ano. Depois eles dividiram a lista em mandamentos compulsórios e não compulsórios. Eles pas-savam os seus dias discutindo se aquela divisão e a classifi cação dos mandamentos dentro de cada divisão eram adequadas.

Entra Jesus. Jesus tem a habilidade de tomar o complexo e transformá-lo em simples. Um exemplo clássico é Mateus 22:37-40, quando Jesus oferece o que fi cou conhe-cido como o Grande Mandamento. Aqui está a cena: Jesus acabara de desbancar os saduceus. Literalmente! Ele os silenciou com sua sabedoria (Mateus 22:34). Os próximos eram os fariseus. Quem sabe eles conseguem fazer melhor e derrubar esse revolucionário.

Os fariseus se juntam para uma reunião. Eles preparam uma estratégia de debate. O objetivo deles é humilhar a Jesus diante da multidão. Escolhem o mais inteligente entre eles, um advogado, para enfrentar Jesus. Ele pergunta a Jesus qual é o maior mandamento na lei. Dentre todos os 613 mandamentos, ele está perguntando a Jesus qual é o maior. Jesus respondeu: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior manda-mento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

Pense na importância daquele momento. Ele disse que toda a lei (e acrescentou os profetas) está resumida nessa frase simples e perfeita. Jesus não estava diminuindo o padrão da lei. Não estava abolindo a lei. Ele estava captando todo o seu espírito, toda a sua essência, em uma única afi rmação. Jesus disse que tudo depende disso. Ele re-sumiu 613 mandamentos em dois. Jesus pegou a complexidade e o desenvolvimento da lei e tornou-a muito simples.

O seu jugo

Jesus era um rabino, um mestre. Na cultura judaica, cada rabino tinha uma carga de ensino. Sua carga era a sua instrução, seu contentamento e sua mensagem. Muitos rabinos colocavam cargas de ensino sobre as pessoas que eram impossíveis e legalis-tas. Essas cargas empurravam as pessoas para longe da graça de Deus em vez de atraí-las.

Essas cargas estressavam as pessoas e as desanimavam. Jesus entrou nesse cenário e um dia disse a multidão:

“Venham a mim, todos que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes da-rei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jogo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11:28-30)

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Jesus disse: “meu jugo é suave.” Os seus ensinos estavam em total contraste com o dos rabinos religiosos de seus dias. Ele não estava oferecendo um conjunto longo e complicado de leis, regras e regulamentos. Ele estava oferecendo graça. Ele estava oferecendo um relacionamento com Deus.

(Igreja Simples, Thom Rainer e Eric Geiger, pg 29 a 31)

APRENDIZAGEM NO PEQUENO GRUPO

Estimular e ajudar seus liderados a aplicarem as verdades bíblicas às suas realidades é uma das principais responsabilidades de um líder de pequeno grupo. A transmissão da Palavra de Deus se dá melhor num ambiente de clima favorável à interação, à aber-tura para questionamentos e onde o aprendizado é construído em conjunto. Ed Renê, no seu livro Koinonia, sugere que o ensino em pequeno grupo deve possuir quatro características:

• Participativo X Discursivo – ênfase no relacionamento pessoal e no es-forço conjunto para estudar a Bíblia

• Informal X Formal – pessoas sentadas em círculo num contexto de par-ticipação e discussão

• Básico X Exaustivo – ater-se ao elementar e dar subsídios e estímulos para que os participantes aprofundem sua busca da verdade bíblica

• Pessoal X Intelectual – não visa transmitir informações úteis, mas facilitar para que as verdades bíblicas se concretizem na vida dos integrantes

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MÉTODOS E RECURSOS VARIADOS

Ao examinar a realidade do grupo, o líder pode criar e recriar, dentro de suas possi-bilidades e limitações, elementos alternativos que facilitem o ensino e proporcionem maior fi xação do que for ensinado.

Existe uma infi nidade de recursos que podem auxiliar os líderes a desenvolver melhor a construção do conhecimento.

Jesus escolhia e usava muito bem métodos e recursos no seu ensino. Ele usava a conversação informal, contava histórias, fazia perguntas, conduzia discussões, em-pregava o método da encenação e, às vezes, usava recursos

visuais para ilustrar o seu ensino. O emprego dessa variedade de métodos e recursos visava sempre a realização de seu propósito. Ele nunca fi cou preso a um método, mas usou os métodos para melhor atender às necessidades de seus alunos.

A importância de se usar métodos e recursos.

DADOS RETIDOS APÓS 3 HORAS DADOS RETIDOS APÓS 3 DIAS

SOMENTE ORAL 70% 10%SOMENTE VISUAL 72% 20%

ORAL E VISUAL SIMULTÂNEO 85% 65%

Existem fatores que devem ser levados em consideração ao se escolher os métodos e os recursos a serem usados.

• O propósito do líder para o seu ensino • A natureza da lição estudada• As condições para o ensino• A experiência e habilidade do líder no uso daquele método, além do seu estilo pessoal • A formação e maturidade dos membros do grupo.• Do tempo disponível.

É o facilitador do ensino no pequeno grupo que torna signifi cativo qualquer método ou recurso; é ele que os torna úteis no processo de ensino-aprendizagem.

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Os métodos e recursos são limitados somente pela nossa criatividade. Precisamos aprender a usar aquilo que está ao alcance das nossas mãos. Para usar qualquer método ou recursos é preciso:

• Planejar e pesquisar• Preparar com antecedência• Ser assertivo – não ter medo de errar e usar coisas novas

CRIATIVIDADE = 90% SUOR + 10% INSPIRAÇÃO COPIAR + ADAPTAR

“Quando se copia de uma só pessoa é plágio, quando se copia de várias pessoas é pesquisa”

BANCO DE IDEIAS

1. Desafi os – Solução de problemas

É a resolução de uma situação-problema e exige pensamento refl exivo, crítico e criativo.A partir de alguns dados enunciados na descrição do problema, os integran-tes do grupo terão que descobrir a solução. Não necessariamente haverá apenas uma solução. Várias soluções e sugestões podem ser encontradas.

Etapas

Apresentar ao grupo um determinado problema;

Orientar as pessoas a fazerem um levantamento de hipóteses e uma análise dos dados;

Buscar uma solução;

A partir da solução encontrada, verifi car os princípios e valores que foram norteadores da situação.

Sugestão: Divida o grupo em dois ou mais subgrupos e apresente o mesmo prob-lema para todos. Depois de um tempo, peça para que os grupos compartilhem suas resoluções. Ouça as diversas formas de se resolver o problema e discuta sobre os fatores que infl uenciaram as escolhas. Você pode fazer várias rodadas.

2. Dramatização

Representação teatral. Conte uma história em que estejam inseridos conceitos, argu-mentos e ideias e desafi e o grupo a usar a imaginação que constrói o conhecimento de forma espontânea.

Etapas

Dividir o grupo em dois ou mais subgrupos;

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Distribuir temas ou situações diferentes para cada subgrupo;

Dê um tempo para que os grupos se organizem e planejem suas apre-sentações;

Enquanto um grupo se apresenta, o(s) outro(s) observa(m) e tenta(m) descobrir o tema central da dramatização.

Sugestão: Você pode sugerir que se faça teatro mudo, cantado ou declamado. Pode também organizar uma competição e desafi ar os que estão assistindo a descobrirem o que a dramatização ensina.

3. Estudo de caso

Análise detalhada de uma situação real; investigação de um caso. Inspire a argumen-tação do grupo e desafi e a um forte envolvimento.

Etapas

Apresentar o caso (falado ou escrito) para o grupo;

Incentivar o grupo a questionar o que foi exposto e analisar o caso apre-sentando seus pontos de vista.

Debater, com o grupo, suas soluções e conclusões.

Sugestão: Você pode criar um “divã”. Cada membro terá sua vez de contar a história de sua vida, suas vitórias e conquistas, bem como suas lutas e difi culdades. O grupo tem liberdade para questionar, tirar dúvidas, etc. Se alguma difi culdade for colocada, o grupo terá oportunidade de ajudar.

4. Estudo de texto

É a exploração de ideias a partir de um texto. Pode ser exercitado nos momentos de mobilização, construção e elaboração de um resumo do assunto principal.

Etapas

Estudar o contexto (data, tipo de texto, autor e dados sobre ele);

Fazer uma análise (compreensão da mensagem do autor);

Identifi car e discutir as questões relacionadas com a mensagem do texto;

Chegar a uma conclusão (O que podemos extrair e aplicar à nossa reali-dade?).

Sugestão: Divida o grupo em subgrupos, entregue a cada um o texto/frase e deter-mine um tempo. Peça para que contextualizem, analisem, façam levantamento e discutam o texto, compartilhando suas conclusões com o restante do grupo.

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5. Jogos

Atividades recreativas com fundo didático-pedagógico.

Sugestão: A partir do tema a ser discutido no grupo, escolha um jogo. Por exemplo: se o assunto for fi nanças, pode jogar “Banco Imobiliário”. Pode pedir também que o grupo traga objetos que não esteja mais usando, como roupas, sapatos, adereços e ferramentas, e monte um “brechó”. Crie uma moeda fi ctícia, demarque preços e, ao fi nal, faça um balanço das compras dos participantes.

6. Júri Simulado

Monte um tribunal de júri e, a partir de um caso a ser julgado, apresente os fatos para fundamentar os trabalhos de defesa (advogado) e acusação (promotor). Peça ao grupo que identifi que o(a) juiz(juíza) e os(as) advogados(as) de defesa e acusação, bem como o corpo de jurados. Essa atividade desenvolve a criticidade, a argumenta-ção, a defesa de ideias, a capacidade de julgar e a tomada de decisão.

Etapas

Eleger juiz e réu (o réu é optativo, pois se pode julgar uma situação ou caso que não precise ser representado por uma pessoa);

Dividir o restante do grupo em três subgrupos: promotoria (1 ou mais pessoas), defesa (1 ou mais pessoas) e conselho de sentença (o restante);

Anunciar o caso a ser julgado uma semana antes do julgamento, a fi m de que a promotoria e a defesa preparem suas argumentações (se achar muito tempo, pode anunciar na própria reunião e dar um tempo para que o grupo se prepare);

O juiz presidirá o julgamento e instruirá o conselho de sentença quanto aos quesitos para decidir o destino do réu;

O conselho de sentença, após ouvir os argumentos de defesa e acusa-ção, decidirá a condição do réu e o juiz anunciará a sentença.

Sugestão: Organize o tribunal em torno de uma personagem ou assunto de interesse do grupo.

7. Mapa Conceitual

Construção do quadro relacional de um tema ou problema. Tem como objetivo iden-tifi car conceitos básicos e mostrar o que está ligado ao tema proposto. Leva à con-strução de uma “teia relacional”. Ao longo da elaboração da “teia”, assuntos são debatidos e conclusões são construídas.

Etapas

Defi nir um objeto de discussão;

Identifi car o que está relacionado ao assunto central e registrar e fazer ligações entre ele e as ideias que surgirem;

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À medida que forem sendo feitas, as observações devem ser registra-das;

Um assunto leva a outro. Inclua conceitos e ideias sobre o assunto em discussão, ao mesmo tempo em que estimule a análise das conclusões a que o grupo for chegando;

Buscar estabelecer, no mapa, a relação entre as palavras que surgirem e criar as ligações entre elas.

Sugestão: Coloque no centro do grupo um painel grande, em branco, que tanto pode ser de papel, no chão, ou uma lousa encostada na parede. Escreva bem no meio uma palavra ou frase curta para ser discutida. A partir do que você escreveu, desafi e cada pessoa a se dirigir ao quadro e escrever o que lhe vier à cabeça. À medida que au-mentar o número de palavras, deve crescer também a quantidade de termos relacio-nados a elas, até que as pessoas estejam escrevendo em cima dos conceitos que o próprio grupo construiu. Quando o quadro estiver completo, passe a discutir com tudo o grupo o que foi construído a partir do tema central.

8. Ofi cina

Construção de conhecimento por meio da prática. Possibilita a descontração e estim-ula o descobrir, o reinventar, o criar e o recriar. Podem-se usar textos, músicas, vídeos, experimentos, etc.

Etapas

Escolher um tema previamente;

Pesquisar algo a ser construído/elaborado com o grupo que remeta ao tema;

Providenciar o material necessário para a realização da ofi cina;

Explicar o que deve ser construído e sua respectiva aplicação.

Sugestão: Ao falar de serviço, você pode levar uma receita de sopa, ou ensinar o grupo a customizar caixas, ou consertar eletrodomésticos. Depois podem servir uma comunidade, ou um grupo específi co, com o que aprenderam no Pequeno Grupo.

9. Painel

Apresentação dos pontos de vista de um grupo de pessoas sobre um determinado assunto. É interessante porque envolve mais de uma pessoa na discussão. Uma parte do grupo discute entre si e apresenta aos demais o tema em questão e as opiniões e conclusões à que chegou.

Etapas

Decidir quais serão as duplas ou formar os grupos;

Distribuir entre eles os assuntos a serem debatidos;

Marcar as exposições de motivo.

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Dar tempo para que os grupos estudem e preparem o material a ser apresentado.

Sugestão: O assunto pode ser, por exemplo, “personagens bíblicos” ou “frutos do Es-pírito”. Cada grupo terá que preparar uma apresentação sobre seu respectivo assunto e você deverá marcar uma apresentação por encontro, que deverá acontecer nos primeiros minutos da reunião. Essa é uma ferramenta a mais que deve complementar e/ou enriquecer a reunião.

10. Portfólio – Scrapbook

Construção e registro dos pontos centrais das observações que o grupo tenha feito. Possibilita o acompanhamento detalhado de tudo que esteja acontecendo no ambi-ente.

Etapas

Providenciar um caderno ou pasta (onde os registros serão armazena-dos);

Combinar as formas de registro (escritas manualmente ou digitadas);

Fazer a identifi cação (anotar dados como data, pessoas presentes e lo-cal da reunião, etc.);

Colher e registrar informações de tudo que acontecer na reunião;

Incluir materiais como fotos, rascunhos, recortes, etc.;

Anotar sua percepção sobre o encontro.

Sugestão: Pode ser usado como um registro do PG. Monte uma escala no grupo, para que, a cada reunião, alguém fi que responsável pelo registro. Na reunião seguinte ou durante a semana, os faltosos poderão acessar esse registro e se atualizar com o que aconteceu no PG. Ao fi nal do semestre ou na multiplicação, o material servirá para fazer uma retrospectiva ou revisão do que aconteceu no grupo.

11. Tempestade de ideias

Estimula o surgimento de novas ideias e a imaginação de forma espontânea e natural. Não há certo ou errado. Tudo que for sugerido será considerado.

Etapas

Cada pessoa deve receber uma folha, em que deve constar, bem no centro, o tema central escolhido pelo líder;

Ao sinal, todos devem escrever palavras ou frases curtas que lhes ven-ham à mente quando pensam sobre o tema sugerido;

Tudo deve ser escrito ao redor do tema central e ligado a ele por traços;

Quando o sinal for dado novamente, todo mundo deve trocar de folha;

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Daí devem fazer tudo de novo só que com as palavras sugeridas a partir do tema;

O sinal pode ser repetido até que todo o grupo tenha participado;

O líder encerra a atividade e todos partem para analisar o que foi escrito.

Sugestão: O tema central pode ser um motivo de constante discussão em seu grupo: fi nanças, namoro, sexo, profi ssão, obediência aos pais, etc. Você pode pedir que cada pessoa selecione duas ou três palavras que mais lhe chamem atenção. Discuta sobre a repercussão do assunto e as opiniões dos participantes.

12. Dinâmicas

Dinâmicas de grupo são, geralmente, atividades para descontrair. Você pode usar, por exemplo, um quebra-gelo como forma de facilitar e/ou sedimentar o conhecimento uns dos outros, como introdução ou conclusão do assunto.

13. Vídeo e Imagens

Mostrar um vídeo relacionado ao conteúdo ou imagens para ilustrar determinada informação torna o ensino mais atraente e ajuda a prender a atenção daqueles que participam.

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ANEXO – PACTO DO PEQUENO GRUPO

O propósito (por que nos encontramos?) do nosso grupo é...

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Alguns objetivos (em que direção queremos caminhar?) para nosso grupo são...

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Nós nos reuniremos até ________________. Após este período avaliaremos nossa direção.

O componente “serviço” de nosso grupo terá os seguintes planos e parâmetros...

Ex.: Doando cestas para a Ação Social, servindo juntos nos Centuriões, etc. Quando?

Como?

• _________________________________________________________________

• _________________________________________________________________

• _________________________________________________________________

Repita o passo anterior para os demais componentes que o grupo decidir.

Ex.: Vamos estudar juntos o livro de Atos durante oito encontros, cada qual com um facilitador

diferente. Vamos estudar os textos bíblicos que falam sobre dízimo e compartilhar

como cada membro organiza suas fi nanças pessoais, trazendo um modelo de

planilha para controle de despesas. Vamos estabelecer o alvo de convidar pelo menos

um descrente por mês para o PG.

Em _____ meses, especifi camente, gostaríamos de ver nosso Grupo....

(Quanto à maturidade, aos relacionamentos, enfi m, quanto aos pontos que o Grupo

levantou)

• _________________________________________________________________

• _________________________________________________________________

• _________________________________________________________________

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Concordamos que… (exemplo)

1. Nós nos reuniremos ______________, das _____ às _____ horas, e faremos todo

o possível para iniciar e terminar no horário.

2. Nós nos reuniremos fazendo um rodízio de casa em casa ou _________

3. A cada semana faremos um rodízio estabelecendo quem fi cará responsável por

preparar o local da reunião e o lanche, conduzir o louvor, facilitar o estudo, etc.

Estamos de acordo com os seguintes valores principais para o nosso Grupo:

1. Confi dência – O que for falado nas reuniões não pode ser comentado, por hipótese

alguma, com pessoas estranhas ao grupo.

2. Cadeira vazia – O grupo está sempre aberto para receber pessoas novas.

3. _________________________________________________________________

4. _________________________________________________________________

5. _________________________________________________________________

6. _________________________________________________________________

7. _________________________________________________________________

1. Que comportamentos você espera dos membros do nosso Grupo?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2. Quais destes comportamentos, em sua opinião, seriam os mais importantes?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3. Descreva cada um dos valores escolhidos para nosso Grupo.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________