tratamento de efluentes por ozonização: ensaio sobre a...

19
Grupo 102A: Cátia Correia; Luciana Silva; Maria Potes; Ricardo Ramos; Rita Lima; Rui Maio; Sofia Dias Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente Ano lectivo 2013/2014 1º Semestre Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a utilização de um catalisador numa reação de ozonização

Upload: dinhque

Post on 07-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

Grupo 102A: Cátia Correia; Luciana Silva; Maria Potes; Ricardo Ramos; Rita Lima; Rui Maio; Sofia Dias

Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente

Ano lectivo 2013/2014

1º Semestre

Tratamento de efluentes por ozonização:

Ensaio sobre a utilização de um catalisador

numa reação de ozonização

Page 2: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

2 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

Agradecimentos

Por fim, não podemos deixar de declarar o nosso sincero

reconhecimento às pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para a

realização deste trabalho. Assim, as nossas palavras de apreço e gratidão vão para:

- as nossas monitoras, Sofia Lourenço e Ana Silva, pela sua dedicação, total

disponibilidade e pelas suas sugestões sempre pertinentes;

- o coordenador do Projeto FEUP do MIEA, Prof. J. J. Melo Orfão, pelas

Page 3: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

3 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

Sumário

Ao longo deste trabalho, serão abordados diversos conceitos, provenientes do

tema principal “Tratamento de Efluentes”. Será especificado o processo de ozonização,

que consiste na utilização do ozono para realizar a degradação de compostos

poluentes em soluções aquosas, neste caso o corante.

Em simultâneo, será estudado o impacto da utilização de um catalisador numa

reacção de ozonização através da medição do tempo de reacção, distinguível pela

descoloração progressiva da solução.

No final da actividade, terá sido possível estudar aprofundadamente um dos

processos mais inovadores e mais utilizados na purificação de águas/efluentes.

Page 4: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

4 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

Índice

Agradecimentos ............................................................................................................................ 2

Sumário ......................................................................................................................................... 3

Índice ............................................................................................................................................. 4

Índice de ilustrações ................................................................................................................. 5

Introdução ..................................................................................................................................... 6

Ozono ........................................................................................................................................ 7

Ozonização no tratamento de efluentes ................................................................................. 8

O processo de ozonização na experiência ........................................................................ 9

Método Experimental ................................................................................................................. 10

Resultados e Discussão ............................................................................................................... 12

Conclusão .................................................................................................................................... 18

Bibliografia .................................................................................................................................. 19

Page 5: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

5 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

Índice de ilustrações

Figura 1 - Logotipo da AdP ................................................................................................ 6

Figura 2 - Repartição percentual de água no mundo ....................................................... 6

Figura 3 - Estrutura da molécula de ozono ...................................................................... 7

Figura 4 - Funcionamento do reator .............................................................................. 10

Figura 5 - Reator com concentração de corante inicial .................................................. 11

Figura 6 - Reator após a degradação .............................................................................. 11

Page 6: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

6 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

Figura 1 - Logotipo da AdP

Figura 2 - Repartição percentual de água no mundo

Introdução

A água é o bem fundamental à vida, e nós, seres humanos, vivemos rodeados

dela- no chamado: “planeta azul”. Seria de esperar que tal facto nos mantivesse

seguros e despreocupados. Contudo, por mais abundante que os recursos hídricos

pareçam, apenas cerca de 0,8% do total (incluindo as águas superficiais e

subterrâneas) é adequado ao consumo humano.

O tema da escassez de recursos, juntamente com a problemática da poluição,

tem sido frequentemente debatido nos últimos anos.

Assim, perante estes dados, têm-se vindo a desenvolver uma série de medidas

que têm em conta o desenvolvimento sustentável e que permitem garantir a

qualidade das águas e os seus múltiplos usos.

Um dos maiores grupos empresarias na área ambiental, a nível nacional, é a

AdP: “Águas de Portugal”, que intervém no domínio do abastecimento de água e de

saneamento de águas residuais.

Page 7: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

7 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

Figura 3 - Estrutura da molécula de ozono (1)

Existem diferentes técnicas de tratamento de efluentes, a ozonização é uma

delas. Na realização desta experiência estudámos o processo de ozonização sobre uma

solução com corante, na presença de um catalisador.

Numa fase inicial e introdutória da experiencia, foi importante conhecer a

molécula do ozono, para seguidamente sermos capazes de melhor compreender o

processo principal da ozonização.

Ozono

A estrutura da molécula do ozono foi conhecida entre 1840 e 1924. Apresenta

uma geometria triangular, com um angulo obtuso de 116,45° e as duas ligações

oxigénio-oxigénio (uma covalente simples e outra covalente dupla), com comprimento

de 128pm. A molécula contém um átomo de oxigénio com seis electrões na camada de

valência, o que explica a característica electrofílica do ozono, demonstrada na maioria

das reacções químicas.

O ozono é um gás azul, instável e de odor característico. Pode ser detectado em

concentrações muito baixas, aproximadamente de 0,02 a 0,05 ppm em volume. A

contínua exposição a este gás em concentrações moderadas causa irritação das vias

respiratórias e mucosas oculares e, em concentrações maiores, pode causar dores de

cabeça e náuseas.

Podemos obter ozono puro através de liquefacção fraccionada de misturas de

oxigénio com ozono, da electrólise de ácido sulfúrico e pela acção de luz ultravioleta

em moléculas de O2.

Page 8: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

8 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

Ozonização no tratamento de efluentes

As aplicações da ozonização têm vindo a crescer nos últimos anos,

particularmente na descoloração e tratamento de efluentes. Neste processo, o ozono

diminui a cor devido à sua acção degradante sobre a ligação covalente dupla entre dois

átomos de azoto ou outros grupos cromóforos, responsáveis pela coloração. No

entanto, no processo de ozonização, os corantes são desdobrados em moléculas

orgânicas menores que não outorgam cor.

Segundo Gähr, et al., (1994), os processos de oxidação removem a cor de

efluentes industriais pela quebra das ligações dos compostos orgânicos policíclicos que

alternam ligações simples e duplas1. Deste modo, o processo de oxidação

provavelmente não mineraliza as complexas moléculas dos corantes. Da parcela que

foi oxidada, há formação de moléculas de menor massa molar que não são degradadas

eficientemente pela ozonização simples.

O ozono inibe/destrói as propriedades espumantes de surfactantes residuais e

oxida uma porção significativa da matéria orgânica presente. Melhora a

biodegradabilidade dos efluentes, que contêm uma alta fração de componentes não-

biodegradáveis e tóxicos pela transformação dos corantes em intermediários mais

facilmente biodegradáveis.

O tratamento de efluentes domésticos ou industriais por ozono é usualmente

conduzido em reactores. O conhecimento dos parâmetros cinéticos da reacção entre

ozono e os corantes em solução é essencial para o projecto do sistema de tratamento

do efluente.

É também de destacar que no processo de ozonização o pH das soluções

diminui com a degradação de corantes azotados.

A principal desvantagem da ozonização está relacionada com a produção de

subprodutos que podem ter propriedades cancerígenas e tóxicas e, portanto, devem

ser mais estudados.

Page 9: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

9 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

O processo de ozonização na experiência

Na solução estudada é utilizado o corante Cibracron Blue BR. Um corante é uma

substância que, quando adicionada a uma solução, altera a sua cor inicial. Pode ser um

pigmento, tinta ou composto químico. Dentro de um conjunto de requerimentos

ideais, estas substâncias devem ser estáveis à luz, especialmente à ultravioleta.

Também é usado um catalisador. A velocidade de todo este processo aumenta

com a utilização de um catalisador químico. O catalisador é definido como uma

substância que, quando adicionado a uma dada reação, vai interatuar com os

reagentes proporcionando um novo percurso energeticamente mais favorável para a

formação dos produtos, tornando deste modo a reação mais rápida. Este novo

percurso é constituído por uma sequência de etapas elementares com baixas energias

de ativação, que se repetem continuamente, sendo o catalisador regenerado no final

da reação. Esta substancia, para além de acelerar o processo químico, também o

permite efectuar com o máximo de rendimento possível, tornando a reação mais

vantajosa económica e ambientalmente.

Assim, após o esclarecimento de alguns conceitos básicos e fundamentais para

a realização da experiência, somos capazes de melhor compreender um processo que

tem tomado a dianteira no tratamento de águas e outros componentes, essenciais à

boa coordenação da sociedade moderna.

Page 10: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

10 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

Método Experimental

Iniciamos a nossa atividade experimental retirando 700 ml de uma solução já

preparada de água destilada com o corante reativo (Cibacron Blue BR) com uma

concentração 100ml/g. Colocamos esta solução no reator e adicionamos 0,350g do

catalisador óxido de cério, de seguida ligamos o gerador para formar ozono partir do

oxigénio. Pretendia-se passar um caudal de 50g/min, no entanto devido a erros do

analisador acertamos para um valor próximo. No seguimento do trabalho

experimental recolhemos com o auxílio das seringas amostras para a medição do TOC

e da absorvância no espectrofotómetro, respeitando os intervalos de tempo indicados no

protocolo. No espectrofotómetro realizamos as medições de absorvância das amostras

recolhidas ao longo do tempo com a finalidade de estudarmos a evolução da

concentração do corante. Após este processo, o ozono que não reagiu na solução

converteu-se em oxigénio por ação da solução KI e foi lançado novamente para a

atmosfera (figura 4). No inicio e no final da experiencia medimos também o pH.

Figura 4 - Funcionamento do reator (2)

Page 11: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

11 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

Figura 5 - Reator com concentração de corante inicial

Figura 6 - Reator após a degradação

Page 12: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

12 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

y = 135,41x + 1,436 R² = 0,9975

0

20

40

60

80

100

120

0 0,2 0,4 0,6 0,8

con

c (m

g/l)

Abs

Resultados e Discussão

Após a conclusão do trabalho experimental, verificou-se maior percentagem de

mineralização bem como de remoção de carbono orgânico total (TOC) aquando da

presença de catalisador após a comparação realizada com os resultados obtidos na

ausência de catalisador.

A determinação da reta de calibração foi bem-sucedida pois obteve-se um

coeficiente de determinação de 0.9975 numa escala de 0 a 1, que indica a força e a

direção do relacionamento linear entre duas variáveis, neste caso a absorvância e a

concentração, conferindo viabilidade às medições efetuadas.

A determinação da reta de calibração teve como base os valores da seguinte

tabela:

Tabela 1: Concentração vs Absorvância.

Conc (mg/l) Abs 1 Abs 2 Abs

0 0 0 0

10 0,0714 0,0716 0,0715

25 0,1459 0,1463 0,1461

50 0,3665 0,3659 0,3662

75 0,5457 0,5450 0,5454

100 0,7273 0,7274 0,7274

Gráfico 1: Reta de calibração.

Page 13: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

13 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

A equação da reta de calibração obtida foi:

Os resultados da tabela 2 obtiveram-se, através da observação dos valores da

absorvância em função do tempo. A concentração calculada em partes por milhão

(ppm) foi calculada com o auxílio da reta de calibração:

Tabela 2: Degradação da Concentração de Corante

t(min) Abs 1 Abs 2 Abs C(ppm) C/C0 C/C0 sem catalisador

0 0,7261 0,7255 0,7258 99,72 1,00 1,00

2 0,5757 0,5741 0,5749 79,28 0,80 0,85

5 0,4513 0,4519 0,4516 62,59 0,63 0,69

10 0,3056 0,3057 0,3057 42,82 0,43 0,43

15 0,1270 0,1262 0,1266 18,58 0,19 0,21

30 0,0206 0,0220 0,0213 4,32 0,04 0,06

60 0,0043 0,0041 0,0042 2,00 0,02 0,01

90 0,0091 0,0092 0,0092 2,68 0,03 0,01

120 0,0105 0,0097 0,0101 2,80 0,03 0,01

Gráfico 2: Diminuição da Concentração de Corante.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

0 50 100 150

C/C

o

t(min)

Ensaio sem catalisador

Ensaio com catalisador

Page 14: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

14 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

De acordo com a tabela e o gráfico apresentados em cima, verifica-se que a

velocidade de degradação do corante é independente da presença de catalisador. De

facto, na visualização do gráfico, é quase imperceptível a diferença entre o ensaio

padrão e o ensaio com catalisador. Portanto, podemos afirmar obter-se a

transformação mais rápida de corante, a utilização de catalisador não apresenta

grandes efeitos práticos.

A medição de TOC em água envolve medir o CO₂ inicial (carbono inorgânico, ou

IC), oxidar completamente todos os orgânicos para a forma de CO₂ e, então, medir a

concentração total de CO₂ após a oxidação (carbono total, ou TC). Portanto, o carbono

orgânico total é calculado usando a expressão: TC-IC=TOC.

A tabela 3 demonstra a relação entre os valores observados e calculados nos ensaios

sem catalisador (Padrão) e nos ensais com catalisador.

Tabela 3: Variação do Carbono Orgânico Total (TOC).

t(min) TOC/TOCo TOC/TOCo

Sem

catalisador

%Remoção de

TOC

%Remoção de TOC

Sem catalisador

0 1 1 0 0

15 0,972 0,963 2,8 3,7

60 0,708 0,763 29,2 23,7

120 0,330 0,670 67,0 33,3

Atendendo aos valores da Tabela 3, conclui-se que os valores relativos à

presença de catalisador manifestam maior variação de TOC. Ou seja, verifica-se que a

quantidade de carbono orgânico ao fim de 120 minutos é bastante menor

comparativamente aos dados recolhidos na ausência de catalisador. Este facto aplica-

se provavelmente às características do catalisador que ao estimularem a aceleração

das reações por diminuição da energia de ativação, provocando uma maior colheita de

Page 15: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

15 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

carbono inorgânico durante os processos oxidativos dado que vai haver

mais tendência a quebrar moléculas orgânicas até gerar moléculas inorgânicas (ou

minerais) como se pode comprovar pelo gráfico 3, no qual é estudada a mineralização.

Gráfico 3: Mineralização

Como podemos conferir pela observação do gráfico 3, relativamente ao ensaio

padrão, houve uma maior mineralização na presença de catalisador.

A partir dos valores de TOC, foi possível calcular a sua percentagem de remoção

e apresentar o seguinte gráfico:

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

0 15 60 120

TOC

/TO

C0

Tempo (min)

TOC/TOC0 com catalisador

TOC/TOC0 sem catalisador

Page 16: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

16 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

.

Gráfico 4: Percentagem de remoção de TOC

O Gráfico 4 permite uma vez mais, reforçar a ideia de que há uma maior remoção de

carbono orgânico na presença de catalisador pois, como podemos observar na reta

que estuda os valores obtidos nos ensaios sem catalisador, a percentagem de remoção

situa-se aproximadamente nos 30% após duas horas. Por outro lado, os valores

relativos à presença de catalisador apresentam valores na faixa dos 70% de remoção.

Foi, ainda, medido o pH da solução utilizada nos ensaios. Esta medição

procedeu-se no início e no final do trabalho laboratorial com o objetivo de estudar a

sua variação. Obtiveram-se os seguintes valores destacados na tabela 4.

Tabela 4: Medição do pH

Momento da Medição pH

Inicio 5,33

Fim 3,24

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 15 60 120

%R

em

oçã

o d

o T

OC

Tempo (min)

%Remoção de TOC sem catalisador

%Remoção do TOC com catalisador

Page 17: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

17 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

Através dos dados observados na tabela 4, pode-se concluir que houve um

decréscimo do valor do pH da solução entre o princípio e o fim, ou seja, durante o

processo a acidez aumentou. Esta variação do pH é explicada pela formação de

compostos com características ácidas durante a ozonização. Contudo, não só o CO2 é

formado durante as reações, existem também outros compostos formados que

contribuem para a diminuição do pH.

Page 18: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

18 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

Conclusão

As indústrias têxteis possuem grande potencial poluidor dos corpos hídricos

naturais devido à diversidade de processos envolvidos onde são consumidas grandes

quantidades de água e consequentemente levam a geração de elevados volumes de

efluentes líquidos. Além disso, a existência de cor intensa nos efluentes têxteis devido

à presença de corantes é um dos principais problemas encontrados nas estações de

tratamento de efluentes. Como tal, é uma área de extrema importância para o estudo

da Engenharia Ambiental e por isso, é de salientar a relevância deste trabalho

experimental para o futuro. Por outro lado, também permitiu a familiarização com o

laboratório, com algum do equipamento de trabalho e de algumas técnicas utilizadas

durante todo o processo.

Tal como foi referido anteriormente na discussão dos resultados, concluiu-se

que a eficácia da reacção na remoção de TOC aumenta com a utilização do catalisador

óxido de cério.

Por outro lado, através dos gráficos e tabelas elaboradas a propósito da

concentração de corante no reator por unidade de tempo, concluiu-se que

independentemente da presença de catalisador, a velocidade de transformação do

corante é semelhante à observada nos ensaios sem catalisador. Os resultados obtidos

da mineralização e da remoção do TOC demonstram que o catalisador proporcionou

um aumento da mineralização da solução. A remoção de TOC foi maior pois a

quantidade de carbono orgânico diminuiu.

Todas as etapas deste trabalho laboratorial foram executadas com sucesso e

os resultados do estudo da ozonização de um corante reactivo com a presença de

catalisador foram satisfatórios.

Page 19: Tratamento de efluentes por ozonização: Ensaio sobre a ...projfeup/submit_13_14/uploads/relat_MIEA... · Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014 Figura

19 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEA 2013/2014

Bibliografia

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422007000100032

http://profs.ccems.pt/PauloPortugal/CHYMICA/Hidrocarbonetos/Hidrocarbonetos.ht

m - imagem1

http://www.friorganic.pt/produtos/categories/produtores_de_ozono/propriedades_d

o_ozono.pdf

http://www.ciencia20.up.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=103

https://webmail.fe.up.pt/rc/?_task=mail&_framed=1&_action=get&_mbox=INBOX&_uid=266

&_part=2&_frame=1 (2)

1teses.ufrj.br/COPPE_D/AlessandraCristinaSilva.pd

http://profs.ccems.pt/PauloPortugal/CHYMICA/Hidrocarbonetos/Hidrocarbonetos.ht

m (1)

http://www.ciencia20.up.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=103

http://www.friorganic.pt/produtos/categories/produtores_de_ozono/propriedades_d

o_ozono.pdf

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422007000100032