transpire overline edition - edição outubro 2013

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Chegamos à edição de outubro da Transpire Overline Edition. Neste mês você acompanhará a continuação de nossa reportagem de capa da edição passada sobre parcerias transformado-ras e o empreendedorismo dentro do

esporte. O Triatleta e treinador Frank Silvestrin apresenta os cinco erros mais comuns na corrida. Tem também a cobertura fotográfica do coquetel de lançamento da DB Endurance Assessoria Esportiva, do Duathlon da Academia Centter e da POA Night Run, um resumo da Track & Field Run Series , o depoimento dos atletas gaúchos que representaram o Brasil no Campeonato Mundial de Aquathlon e Triathlon, em Londres, e a estreia do nosso novo colu-nista, Márcio de Oliveira, falando sobre coaching.

Boa leitura e até a próxima!Equipe Transpire

Carreira esportiva Expediente

#02

agenda

Mundial Master de AtletismoPorto Alegre/RSwww.wma2013.com

Ocktober Marathon Igrejinha/RS www.audax4.com.br

Corrida da Longevidade Porto Alegre/RS www.corridadalongevidade.com.br

Sul-Brasileiro Master de NataçãoPorto Alegre/RS Grêmio Náutico União

Corrida Rústica CPOR/PAPorto Alegre/RS www.corpa.esp.br

Rústica HLar São Leopoldo São Leopoldo/RS www.quadraeventos.com.br

Duathlon Tarumã Trail Adventure 2013Viamão/RS Morro Reuter/RS www.fgtri.org.br www.xrun.com.br

Mizuno 10 Miles SeriesPorto Alegre/RS www.mizunobr.com.br/10miles/porto-alegre/

20.10

curtas

Editora e Jornalista ResponsávelStéphanie Perrone - MTB 15.577

[email protected]

Diretor de FotografiaGuto Oliveira

[email protected]

[email protected]

(51) 3026-4037www.transpire.com.br

[email protected]

Curta nossa Fanpage

CapaLargada da Corrida Sogipa Asics 2013

FotoGuto Oliveira

A Transpire Overline Edition não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados. Opiniões e conceitos emitidos

pelos colunistas não representam, necessariamente, os da revista.

19.10

facebook.com/transpire.esporte16.10

a27.10

26.10

19.10e

20.10

27.10

03.11

O triathleta gaúcho Sandro Corrêa (foto) foi o melhor brasileiro na faixa etária 40-44 anos do Ironman do Hawai, prova válida como Campeonato Mundial da modalidade. Ele completou o

percurso de 3.800m de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida em 10h36min36s. E o Brasil fez história em Kona este ano com Igor Amorelli que marcou o melhor tempo de um brasileiro na história da competição. Com 8h34min59s ele conquistou o 13º lugar entre os profissionais.

Guto Oliveira/Transpire

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Os nadadores brasileiros brilharam na últimaetapa da Copa do Mundo Fina de MaratonasAquáticas. A prova foi realizada, no dia 5 de outubro,na Baía Repulse, em Hong Kong. Poliana Okimoto conquistou o primeiro lugar nos 10Km, com o tempo de 2h02min48s, seguida da italiana Martina Grimaldi e da chinesa Lei Shan. Mas o grande destaque da competição foi Samuel de Bona que consquistou o ouro inédito para o Brasil. Pela primeira vez um brasileiro subiu ao lugar mais alto do pódio em etapas da Copa do Mundo. Com o tempo de 1h53min35, o atleta do Grêmio Náutico União, de Porto Alegre, chegou à frente do francês Roman Beraud e do australiano Simon Hultenga.

Brasil brilha na maratona aquática

Uphill Marathon chega com percurso inédito

A Mizuno lançou, recentemente, um novo desafiopara os amantes dos 42.195m: a Uphill Marathon.

Unindo as subidas mais difíceis em um lugar paradísiaco, a Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, 50 atletas

convidados pela marca tentarão superar essa que promete ser uma prova marcante. Serão 256 curvas até

cruzar a linha de chegada à 1.418m acima do nível do mar. A competição será realizada no dia 1º de dezembro,

com largada da praça central de Treviso e chegada em Bom Jardim da Serra. A escolha dos participantes foi feita com base nos melhores tempos de brasileiros em provas

internacionais e a intendidade dos treinamentos.

Divulgação CPB

Mar

ina

Borg

es/C

BDA

Divulgação

Novo Ironman Fortaleza

A capital cearense foi oficializada como sededo segundo Ironman Brasil da temporada 2014.

Além da tradicional etapa realizada em Florianópolis,Fortaleza ganhará espaço na modalidade. A prova

já tem até data para acontecer: nove de novembro. Principal circuito de triathlon do mundo, o Ironman

é uma competição que exige resistência, foco e muita determinação dos participantes. São 3,8km de

natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida.

Na foto: Poliana com o técnico Ricardo Cintra e Samuel com o técnico Kiko Klaser (à dir.)

drops

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duathlon

Duathlon Academia Centter

Texto e fotos: Transpire

No dia oito de setembro foi realizada mais uma etapa do Campeonato Estadual de Duathlon. A prova organizada pela Federação Gaúcha de Triathlon em parceria com a Academia Centter, teve como percurso a Avenida Diário de Notícias, na bela

orla do Guaíba.O trajeto de cinco quilômetros de corrida, 20 quilômetros de ciclismo e 2.500m de corri-

da. Já os atletas das categorias iniciantes e infanto-juvenil percorreram 2.500m de corrida, 10 quilômetros de ciclismo e mais 2.500m de corrida.

Na disputa por equipes, a Gush, de São Leopoldo, venceu com 645 pontos, seguida da Academia Centter e da RaiaSul, ambas de Porto Alegre.

Confira os primeiros colocados:Elite Masculina1 - Daniel Jonathas Almeida Cerda2 - Gustavo Moreira de Bitencourt3 - Uilian Jonatan Correa4 - Clayton de Melo Rodrigues5 - Leandro Castagna

Elite Feminina1 - Carolina de Ávila Rodrigues2 - Fernanda Cardones3 - Sílvia Paz de Oliveira4 - Carolina Chevarria5 - Débora Finger

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A Iimportância da corrida e da atividade física orientada

Por Rogério Menegassi (Cref 2/RS 001080-G)

Presidente da ACAD/RS (Associação das Academias do RS); Ex-presidente da AGCRS (Associação do Grupos de Corrida do RS); Ex-conselheiro do CREF2RS; Proprietário da Athlética - Cia de Ginástica

G raças ao progresso, a nossa vida passou a ter aliados em nos-sas tarefas diárias. Não andamos, dirigimos. Não subimos es-cadas, vamos de elevador. Não levantamos para trocar de ca-

nal, usamos o controle remoto. Não descascamos e esprememos frutas, compramos suco de caixinha. As crianças não sobem em árvores, não correm, não pulam, não brincam, jogam videogames e computadores.

A vida moderna nos trouxe, além de todas as facilidades:Estresse;Doenças Cardiovasculares;Sedentarismo;Alimentação inadequada e uma péssima qualidade de vida.

A atividade física orientada e/ou a corrida são o verdadeiro plano de saúde para todos os malefícios que enfrentamos nos dias de hoje. Seja qual for o exercício físico escolhido como, por exemplo, a corrida, é importante que você faça com regularidade: em média três vezes por semana é o recomendado para quem tem o objetivo de ser saudável. Não existe uma atividade única que seja totalmente completa. O ideal é a combinação de uma atividade aeróbia (corrida), com uma atividade de resistência muscular (musculação, treinamento funcional, ginástica localizada, etc.), além de exercícios de alongamento e correção postural.

BENEFÍCIOS: A atividade física regular (corrida), faz bem não só para o corpo, mas também para a mente. Com ela você vive mais e melhor:

Coração mais forte: diminuindo o risco de cardiopatias, aumen-tando a capacidade aeróbica e o condicionamento cardiovascular.

Ossos mais fortes: diminuindo o risco de osteoporose e doenças degenerativas.

Músculos mais fortes: aumentando a resistência e a força muscular.Mais disposição: quem faz atividade física sente-se mais dis-

posto e com menos cansaço.Melhora a auto-estima: mente sã e corpo são.Mais força de vontade: o estímulo de exercitar-se e superar-se faz

com que as pessoas não desistam tão facilmente das coisas.Vida mais saudável: exercícios físicos, boa postura, alimenta-

ção adequada e a mente tranquila fazem a qualidade da vida.Melhora da postura: o fortalecimento dos músculos eretores

da coluna, bem como o aumento da flexibilidade e a consciência corporal, fazem o indivíduo ter uma boa postura.

Diminuição de dores generalizadas e do stressAumento de bom humor Sono mais tranqüiloMelhora do condicionamento físico geral

Viva bem, corra regularmente, com orientação de um Profissional de Educação Física registrado ao Conselho Regional de Educação Física (CRE-F2RS) e participante da Associação dos Grupos de Corrida do RS (AGCRS).

Em abril de 2012 todos os atletas e pessoas que almejam con-quistar objetivos ganharam mais um incentivo e parceiro: a empresa Companhia de Vida. Com capacitação em Life Coa-

ching, eu - Márcio de Oliveira - apresento o meu trabalho de forma direcionada à realização dos sonhos de cada um. O processo de Coa-ching pode ser usado nas mais diversas áreas da vida: trabalho, bem--estar, relacionamentos, esporte, finanças, entre outros. A partir da edição de outubro estarei presente na revista Transpire, sempre com novidades e comentários sobre o mundo dos esportes, onde todos querem ter bons resultados e muita superação.

Planejamento e força de vontade são capazes de determinar um estilo de vida. Atletas profissionais trabalham com metas a se-rem superadas a cada prova que participam. As rotinas intensas de treinamento podem acabar não apresentando resultados efetivos se o competidor não tiver a organização necessária. Porém, não só atletas em nível de competição podem ter o Coaching como ferra-menta para alcançar novos índices, amadores e iniciantes, que uti-lizam o esporte como meio de melhorar a saúde e ter uma melhor qualidade de vida, também se enquadram nesse quesito.

No caso de atletas, com o uso do Coaching, é possível, a par-tir da meta estabelecida pelo próprio competidor, estruturar uma nova agenda, onde todas as atividades realizadas terão espaço sem

por Márcio de Oliveira

Companhia de Vida chega à Transpire OEprecisar abrir mão de um sonho. Felipão, técnico da Seleção Brasi-leira de futebol, por exemplo, utilizou estas técnicas para orientar os jogadores durante a última Copa das Confederações.

Para o início do trabalho, é necessário que o Coachee (pessoa que recebe as orientações de um Coach) tenha em mente o que almeja para a sua vida esportiva. Pode ser até mesmo em um futuro não tão próxi-mo. A Companhia de Vida mostra que a realização dos sonhos depende apenas de quem os busca e que é possível, por meio de organização pes-soal, traçar metas diárias para se chegar a um grande resultado.

Conquistar o sucesso no esporte requer muito treino e dedica-ção. Todos são capazes de atingir grandes metas, e falo por experi-ência própria, pois no final de 2009 estava beirando os 120kg e, com estratégia e disciplina, hoje estou com 93kg e sou triathleta.

Portanto, conto com a sua companhia nos próximos meses. As-sim será possível compartilharmos experiências de sucesso, tanto nas competições quanto na vida.

Grande abraço e bom treino a todos!!!

EspaçoACCRS

coaching

Márcio de OliveiraCoach em Programação Neurolinguística(51) 8446-9969

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triathlon

A prova mais esperada da temporada 2013, a grande final do Mundial de Triathlon, em Londres, com os irmãos Brownlee correndo em casa, tinha tudo para ser uma repetição das Olímpiadas de 2012, mas

o espanhol Javier Gomez desbancou o favoritismo inglês e venceu com um incrível sprint a 300m da linha de chegada. Jonathan Brownlee terminou na segunda colocação e o também espanhol, Mario Mola. Alistair Brownlee, atual campeão olímpico, sentiu uma lesão recorrente no calcanhar de aquiles e concluiu o percurso em 52º. Reinaldo Colucci, brasileiro melhor posicionado na elite masculina, terminou na nona colocação. Foi o melhor resultado do país em etapas da série mundial.

No feminino, a britânica Non Stanford, campeã mundial sub-23 no ano passado, encerrou a temporada 2013 como a grande vencedora da elite. Ela foi a primeira atleta a conseguir ambos os títulos em anos consecutivos. Em segundo lugar chegou a irlandesa Alieen Reed e em terceiro a australiana Emma Moffat. Pâmella Olivera foi a melhor brasileira na prova, terminando no 26º lugar.

A competição foi realizada no mesmo percurso das Olímpiadas de Londres, em um dos principais pontos turísticos da cidade, o Hyde Park. Participaram cerca de 8.500 atletas de 83 países, entre profissionais e amadores.

Seis atletas do Rio Grande do Sul integraram a seleção brasileira por faixas etárias nas provas de aquathlon, triathlon sprint e triathlon olímpico: Jairson Lovato, Jorge Goebel, Márcio Scotti, Marcos Chevarria, Stéphanie Perrone e Emílio Kerber. Confira na página ao lado alguns depoimentos e mais fotos da viagem.

Triathlon naTerra da Rainha

8Fotos: Guto Oliveira/Transpire e arquivo pessoal

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Competir em Londres foi moti-vador. Fui a este mundial batalhan-do para crescer e aprimorar minha qualidade tanto como atleta como conhecedor do esporte. O número de pessoas trabalhando para dar tudo certo, a pontualidade respei-tada, o respeito às regras, mais que o esporte, digno é o apreço à saú-de do atleta. Fiz uma prova (aqua-thlon) com coragem e dedicação, cujo retorno é apenas satisfação pessoal. Admirável ainda foi a co-

vivência entre brasileiros e estrangeiros, fazer novas amizades e fortalecer as antigas. Tudo isto contribuiu diretamente para o belo espetáculo desta modalidade que tanto gostamos. Vivemos dias com chuva, frio, cansaço e muita emoção. Que venha o ITU World Triathlon Grand Final Edmonton, no Canadá, em 2014!

Representar o Brasil no Campeo-nato Mundial de Aquathlon, mesmo sendo no age group (para atletas amadores), foi uma experiência in-crível. Ver pessoas do mundo inteiro que compartilham da mesma paixão que você e vivem o esporte com igual ou maior intensidade é inexplicável. O caminho até lá foi árduo, conciliar treinos, trabalho, vida pessoal, supe-rar as dificuldades com o clima e até mesmo financeiras para “bancar” a

viagem, mas percebe-se que todo o sacrifício vale a pena ao ouvir o pri-meiro soar da buzina de largada.

Jorge Goebel

Márcio Scotti

Stéphanie Perrone

Uma prova fora do país, final de mundial, é um ótimo termômetro para vermos, além de como estamos, como nosso país encara este tipo de espor-te. Infelizmente, pensando por este último, a sensação é decepcionante e ainda mais se pensarmos que teremos uma Olimpíada pela frente! É uma pena ver uma equipe desarticulada, sem uniforme ou com um uniforme que não nos revele, sem estrutura para concentração, isto sem falar na falta de incentivos e apoios. E olha que estáva-

mos com a maior delegação que o Brasil ja levou a um mundial, eram cerca de 165 pessoas! Brasil levou talvez não esteja correto dizer, o me-lhor seria: que competiram pelo país. A grande maioria vai por iniciativa própria, bancando todas as suas despesas e inscrição através de uma vaga consquitada no Campeonato Brasileiro. Mas brasileiro é assim! Va-mos lá competir assim mesmo e felizes da vida! Da realização pessoal, é muto bom participar de uma prova como esta. A sensação é única! O nível é altíssimo! Se sente na pele que qualquer erro ou atitude tomada erroneamente custa segundos e com isto, várias posições! Aprenden-de-se muito. Torcemos pelos amigos e por nossos ídolos em ruas toma-das por um grande público participativo e incentivador. E vamos assim, construindo o que chamamos de triathlon Brasil!!! Vale a pena!!!

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capa

Corrida:os 5 erros mais comuns

Nunca é demais repetir: nem sempre correr mais significa

correr mais rápido. Troque uma ou duas corridas da semana por outra atividade de baixo impacto e que potencialize o seu condicionamento aeróbio.

Uma boa sugestão é a natação e/ou ciclismo. Ao contrário da crença popular, o esforço constante durante a elevada qui-lometragem e os impactos repetitivos é que causam a maioria das lesões, e não a alta intensidade. Os problemas aparecem quando se aumenta o volume da prepara-ção em um curto espaço de tempo.

Além disso, seu corpo precisa de um descanso e de um “day off”, para se re-

Desde o “boom” da maratona no iní-cio dos anos 1980, a alta quilome-tragem de treinamento tem sido um

paradigma aceito entre os treinadores de média e longa distâncias. Tim Noakes, cujo livro “Lore of Running” continua a ser a bíblia da maioria dos treinadores, estabelece vários princípios básicos, um deles é sempre fazer o mínimo durante a preparação. O que ele quer dizer é: faça o mínimo para alcançar seu ob-jetivo. Se você não atingir, você pode sempre fazer mais. A seguir, eu compartilho com vo-cês alguns equívocos que, por incrível que pa-reça, ainda são muito comuns. Atitudes que, na busca pelo sucesso na corrida, podem co-locar em risco a saúde do praticante.

Correr todos os dias

Não variar os pisos

Sustentar um alto volume

Porto Alegre está cercada de praças e parques com pisos

macios, como areia batida e grama. Superfí-cies macias reduzem o impacto da pisada e ajudam a aliviar e prevenir dores. Faça pelo menos um treino semanal em pisos desse tipo, independentemente da intensidade do esforço. A diferença de impacto é facil-mente percebida pelo corredor.

Fico impressionado com a quantidade de pessoas que

investem horas em treinamentos de longa distância em detrimento da qualidade. É comum observarmos corredores fazendo

quilometragens absurdas, tanto na prepa-ração geral quanto no período específico, esquecendo-se de que, para se tornar rápi-do numa distância longa, é necessário ser o mais rápido que você pode nas distâncias curtas. Não pule etapas, comece pelas dis-tâncias curtas, busque motivação e alterna-tivas para melhorar suas marcas em provas de 5 e 10km. Depois que a performance estabilizar, então pode ser o momento de pensar numa meia maratona.

Há muitos atletas de alto nível que se be-neficiam da maior quilometragem e que tole-ram um alto volume durante semanas, mas é importante lembrar que demorou até che-garem a esse patamar. Fora que esses atletas estão acompanhados de perto por uma equi-pe multidisciplinar (fisioterapeuta, médicos, massagista, osteopata, nutricionista, entre outros) cujo trabalho ameniza os riscos de lesão e acelera as recuperações. Porém, essa não é a realidade da maioria e é uma estu-pidez um atleta amador querer treinar com o mesmo volume de um atleta profissional. Você já perguntou para um maratonista de elite quantas maratonas ele corre por ano? Você vai ficar surpreso com a resposta. Na grande maioria, atletas profissionais de Iron-man (triathlon de longa distância) também se preparam para apenas dois ironman por ano. O restante do calendário é recheado de provas intermediárias, incluindo provas curtas.

Um princípio básico do treinamento diz que devemos “supercompensar”. Numa ex-plicação simples e objetiva: você aplica no organismo uma carga um pouco acima do

Texto: Frank Silvestrin - Educador Físico e Triatleta

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abastecer e renovar as energias para a sessão do dia seguinte. Não são poucos os atletas que ignoram isso mesmo na se-mana da prova. O que mais pesa nas últi-mas quatro semanas que antecedem uma competição não é a sobrecarga, mas sim a regeneração promovida após a aplica-ção dessa sobrecarga. Cada pessoa reage de forma diferente ao descanso, por isso é tão importante o papel de treinador es-pecializado em corrida, elaborando um planejamento adequado de sobrecarga e descanso para os seus alunos.

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Falta de reforço muscular

Negligenciar a técnica

A corrida evoluiu muito nos últimos anos e é obvio

que a forma como se corre influenciará a qualidade dos treinos. A técnica de cor-rer também está diretamente relacionada às forças aplicadas ao solo, a uma maior proteção contra lesões, à menor agressão muscular e principalmente à performance. Além disso, quem não gosta de correr bo-nito, com um bom estilo e ainda gastar o mínimo de energia? Se você é iniciante, é importante aprender agora a postura ide-al para não adquirir maus hábitos que po-dem comprometer o seu rendimento. Para a maioria dos corredores iniciantes a apti-dão cardiovascular é o que mais importa, o

resto fica em terceiro plano. Isso pode ser um desperdício de tempo, pois o iniciante precisa dominar e desenvolver habilidades básicas como a técnica e a mecânica da corrida.

Entender a posição ideal da pisada e do corpo inteiro (tronco, braços, pernas e cabeça) são fatores diretamente rela-cionados ao desempenho e à saúde. No treinamento de ciclismo, a cadência (rota-ções por minuto) é determinante na apli-cação de força e no aumento de potência. Sabemos que a cadência mais eficiente está em torno de 90 e 100rpm. Na cor-rida, não é diferente: a cadência (frequ-ência de passadas por minuto) também é uma variável da técnica que deve ser desenvolvida, podendo ajudá-lo a correr mais rápido e mais econômico.

que ele está habituado, quebrando o equi-líbrio, depois repousa bem, se alimenta adequadamente e, em seguida, aplica uma nova carga. Com a aplicação sucessiva de cargas crescentes e a quebra constante do equilíbrio, aliados ao repouso e à alimenta-ção adequados, há uma resposta positiva do organismo, fazendo com que sua forma física melhore em relação ao estado ante-rior. Se não houver repouso, recuperação, descanso e um equilíbrio entre treinar e re-cuperar, não haverá uma resposta positiva e dificilmente você irá atingir um novo pa-tamar de condicionamento.

Por exemplo: se você está treinando para uma maratona, o seu pico de volu-me (período com maior quilometragem) acontece na quarta ou quinta semana anterior à prova. Nas últimas quatro se-manas você reduz o volume de treinos de forma gradual, respeitando o período de polimento sem perder o condicionamen-to adquirido. É preciso respeitar a indivi-dualidade de cada atleta, mas digamos que você vem correndo 50km por sema-na. Então, reduza para 35 a 40km na quar-ta semana. Se a sua progressão semanal é de 10%, lembre-se de descansar na quar-ta ou quinta semana, baixando a quilome-tragem em torno de 20%, o que favorece o efeito da “supercompensação”.

Após 15 anos de triathlon, pude perceber a diferença

que o treinamento compensatório fez nos meus resultados. Sempre me preocupei com a prevenção e nunca deixei de prati-car algum exercício que pudesse compen-sar os esforços repetitivos do triathlon: musculação, pilates, yôga e treinamento funcional. Não consigo entender como se-ria possível atingir excelentes resultados se durante esta trajetória tivesse que con-viver com lesões e ainda quebrar o ciclo da continuidade. Com o treinamento de força/preventivo, pude melhorar a minha estrutura musculoesquelética, os dese-quilíbrios de força, a mobilidade articular, tornando os movimentos mais fortes, efi-cientes e econômicos. Muitos atletas que começaram comigo abandonaram o es-porte de alto nível devido à quantidade de lesões. E não pense que fico horas fazendo exercícios. São necessários 45 minutos, de duas a três vezes por semana.

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5Fotos: Guto O

liveira/Transpire

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Contato: (51) 9919-0730 - com RitaE-mail: [email protected]

“The dark side”Novamente os RUNNERS mostraram sua força nas corridas

pelo Estado, a competição desta vez foi a POA Night Run, corrida noturna que agitou a capital no dia 28 de setembro. Destaque para o atleta Eduardo Barbosa (foto ao lado) que conquistou a terceira colocação nos três quilômetros.

E em breve a equipe terá novidades. As novas camisetas já foram confeccionadas e serão lançadas no dia 21 de outubro durante evento na academia AeroStep.

Fotos: Guto Oliveira/Transpire

blitz

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Renata Rudoi Schwartz - Nutricionista, CRN 2/7396Mestre em Metabolismo pela Universidade de Barcelona; Pós-graduada em Nutrição e Patologias; Proprietária da Clínica Nutriskin - Rua Mostardeiro, 5 / sala 810 e 812 - Fone: (51) 3314-8520 - www.nutriskin.com.br

por Renata Rudoi Schwartz

Os esportes de endurance são atividades que envolvem intensida-de baixa a moderada por um longo tempo de duração. Exemplos desse tipo de exercício são: maratonas, provas de ciclismo, maratonas aquá-ticas, triathlon, Ironman.

Fisiologicamente falando, esse tipo de atividade envolve um gran-de gasto dos estoques de carboidrato e de gordura corporal. Por isso, começar o exercício com os estoques de energia (principalmente de carboidrato/glicose) em alta é de extrema importância para o desem-penho. Energeticamente falando, apesar da baixa a moderada intensi-dade, esses esportes envolvem um gasto de calorias altíssimo devido ao longo período em que são praticados. Por isso, nem sempre é atingido através da alimentação o mínimo necessário para fornecer ao indivíduo a energia da qual necessita.

É nesse momento que entra o suplemento alimentar. Muito usado pe-los praticantes dos esportes de endurance, os suplementos têm como fun-ção suprir as necessidades remanescentes da alimentação e, ainda mais importante, nutrir o esportista em momentos nos quais simplesmente não é possível realizar uma alimentação, como durante a prova por exemplo.

Nesse caso, os tipos mais usados de suplementos são os reposito-res hidroglicoeletrolíticos (que repõem água, carboidrato e eletrólitos), os estimulantes (à base de cafeína) e os repositores energéticos à base de carboidrato e/ou proteína.

Os repositores hidroglicoeletrolíticos servem para repor água e os sais minerais que foram perdidos através do suor e também para forne-cer energia para a manutenção do exercício. São geralmente consumidos durante a atividade, em intervalos de 45 minutos. São importantíssimos para manutenção do desempenho evitando a desidratação, diminuindo a temperatura corporal e protelando a fadiga muscular.

Os estimulantes à base de cafeína podem ser utilizados para promo-ver aumento do nível de alerta, disposição e excitação. São consumidos preferencialmente meia hora antes do exercício e também possuem a capacidade de retardar a percepção de fadiga, ou seja, “enganar” o cor-po aliviando as dores.

Por fim, os repositores energéticos á base de carboidratos devem ser utilizados antes do exercício para aumentar a disponibilidade de carboidrato para as células, retardando a depleção dos estoques de carboidratos corporais. Após a atividade, o uso de repositores que con-tenham carboidratos e proteínas é ideal para recuperar as reservas de energia desgastadas durante o esforço e estimular a recuperação da musculatura, que também sofreu intensa degradação.

O importante é saber adequar o nível do esporte às suas necessidades pessoais. Não existe uma “receita de bolo” pronta que funcione para todas as pessoas. Em virtude disso, o acompanhamento de profissionais capaci-tados como o educador físico (para o treinamento) e o nutricionista (para a alimentação) é essencial para o sucesso da prática de esportes.

Esportes de endurance

EspaçoNutrinforma

O verão está chegando! Você está

preparado?

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Repetindo o sucesso da edição de março deste ano, a POA Night Run provou que o público gaúcho gosta de unir esporte e badalação. Em uma noite de clima agradável, mais de 3.000 atletas participaram da corrida noturna que agitou a capital e ofereceu opções de distâncias para todos os tipos de condicionamento físico: três, cinco e dez quilômetros. O público presente pode desfrutar também da arena com diversos serviços e atrações.

Confira os vencedores:3Km Masculino1 - Ioran Fernandes Etchechury - 09min08s >> 2 - Jardelino dos Santos Flech - 09min17s >> 3 - Eduardo Barbosa - 09min52s

3Km Feminino1 - Jocasta Oliboni da Luz - 12min00s >> 2 - Paula Aparecida Ody - 12min08s >> 3 - Renata Pansera - 12min57s

corrida

Clima de balada

Fotos: Guto Oliveira/Transpire

5Km Masculino1 - Jurandir Pinto de Jesus - 15min20s >> 2 - Jeferson Lopes - 15min33s >> 3 - Daniel da Silva - 15min47s

5Km Feminino1 - Ingrith do Nascimento - 18min28s >> 2 - Rosa Padilha - 19min51s >> 3 - Fernanda Cardones - 20min35s

10Km Masculino1 - Rodinei Medeiros - 32min28s >> 2 - Claudir Rodrigues - 32min59s >> 3 - Cezar Machado Cabral - 33min31s

10Km Feminino1 - Maria Rosana Nunes - 37min07s >> 2 - Janete Tedesco - 38min47s >> 3 - Eloiza Testolin Rodrigues - 41min20s

Page 15: Transpire Overline Edition - Edição Outubro 2013

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É hora de pensarno futuro...

A carreira de um atleta não é eterna, pelo contrário, ela é extremamen-te fugaz, por isso um dos grandes

desafios dos esportistas é: o que fazer após o final desse período. Existem atletas que conseguem superar a barreira do término e usar a experiência adquirida dentro do am-biente esportivo em outras áreas ou mesmo dentro do segmento. Na edição anterior, trouxemos o exemplo do ex-nadador, Gus-tavo Borges, que desde 2004 dedica-se à gestão da rede de academias que leva o seu nome e do triathleta gaúcho Frank Silvestrin que vem passando por este período de tran-sição. Este mês, dando continuidade a ma-téria das Parcerias Transformadoras, vamos abordar as questões técnicas que envolvem o período de transição do atleta, profissio-nal ou não, para a vida pós-aposentadoria e como é possível planejar este processo.

16

carreira

Um dos pontos decisivos na carreira de qualquer profissional é estabelecer o momento certo de “pendurar as chuteiras”. A aposentadoria é um período inevitável e que requer planejamento e ajustes em todas as esferas da vida. No caso dos atletas, esta questão se torna mais urgente devido a brevidade do esporte de alto rendimento.

É sabido que durante sua trajetória dentro do esporte, um atleta passa por diferentes transições, do início na escolinha ao aperfeiçoamento e posterior saída das competições, todas possuem exigências e características próprias. O termo “carreira esportiva” refere-se justamente a essa multiplicidade de atividades do indivíduo que pretende o desenvolvimento e reconhecimento no esporte.

Pode-se dividir a carreira esportiva em períodos que compreendem: a iniciação; o desenvolvimento; a transição; e o término. A fase de transição é uma das mais importantes pois normalmente é marcada por um acontecimento ou processo que resulta na mudança de percepção do atleta sobre si mesmo e sobre o mundo, gerando a mudança necessária para a decisão de deixar a prática esportiva. Isto significa

que o atleta durante sua trajetória, e após ela, deverá passar por diversos estágios, cada um com exigências específicas e características próprias.

Muitos fatores levam ao término da carreira esportiva, como idade, lesão, não alcance de índices de desempenho, escolha própria, desejo de mudança, falta de apoio financeiro, motivações pessoais, perda de motivação, etc. Segundo o Professor do curso de Administração do IPA, Félix João Rossato Neto, “a idade pode gerar fatores fisiológicos, psicológicos e sociais tanto em relação a queda no desempenho quanto a repensar os valores e os objetivos da sua vida enquanto atleta. Outro fator é a ocorrência de seguidas lesões que também pode levar os atletas ao fim da carreira. É importante que nesse momento seja uma decisão pensada e que possa ser planejada.”

Seja qual for o motivo, é necessária a adaptação do atleta a esta nova fase da sua vida, caraterizada por novos vínculos sociais, novas perspectivas profissionais e muitas vezes a prática da atividade física de forma não competitiva.

Vida após a “aposentadoria”O período de transição dentro da

carreira esportiva desperta diversos sentimentos e requer estratégias de enfrentamento. Essa fase exige a busca pela autonomia pessoal durante toda a carreira e a consciência sobre formas de investimento, reinvestimento e desligamento dentro e/ou fora da área esportiva. Muitos atletas negligenciam a importância desta preparação, principalmente os considerados “celebridades” dentro de suas modalidades pois acreditam que a notoriedade irá resolver todas as questões.

O sucesso de um ex-atleta não está ligado somente ao seu desempenho no período competitivo, mas também ao modo como ele enfrenta o encerramento de sua carreira e ingressa em uma nova fase da vida, agora como gestor de sua própria marca, ou em um novo ramo profissional.

O fato de muitos ex-atletas não

obterem sucesso pós-aposentadoria pode estar relacionado desde aos conflitos para a realização da prática até a falta de planejamento de suas carreiras. “O apoio da família, amigos e clubes é fundamental durante toda a trajetória esportiva, facilitando ou não o término da carreira. O sucesso na transição de carreira esportiva está relacionado a procura pela autonomia pessoal durante a carreira esportiva e a consciência sobre formas de investimento, renúncias e perdas dentro e/ou fora da área esportiva. Alguns atletas não percebem a importância desta preparação, pois pensam que o seu sucesso no esporte será automaticamente deslocado para outras atividades depois da ‘aposentadoria’ enquanto atleta”, destaca Félix.

E para encerrar, o professor dá a dica para os que estão passando ou ainda irão passar pelo processo de transição: “o atleta pode buscar desenvolver atividades paralelas à prática esportiva, por se tratar de uma estratégia facilitadora para o término da carreira e adaptação a uma nova atividade não esportiva. Planejar essa transição é fundamental, seja buscando: retorno aos estudos, maior dedicação à família, inserção em outros grupos sociais, entre outros”.

Colabou nesta matéria o professor do curso de Administração do Centro Univeresitário Metodista do IPA, Félix João Rossato Neto.

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Track & Field Run Series

Confira os vencedores:

10Km Masculino1 - Dalvane dos Santos - 33min06s >> 2 - Gabriel Picarelli - 33min58s3 - Clayton de Melo Rodrigues - 35min36s >> 4 - Marcelo do Canto Zysko - 36min45s >> 5 - André Senna Trindade - 37min12s

10Km Feminino1 - Marizete da Veiga Medeiros - 40min04s >> 2 - Cínthia Paes - 45min05s >> 3 - Tamara Aderneuer - 45min45s >> 4 - Noeli da Silva Favero - 46min33s >> 5 - Ângela Sturzrbecher - 46min56s

5Km Feminino1 - Ingrith Nascimento Barbosa - 18min36s >> 2 - Carla Eliete dos Santos - 20min54s >> 3 - Rita Abero - 21min25s >> 4 - Leda Sallete Ferri Nascimento - 21min45s >> 5 - Meri Cataneo - 22min37s

A etapa Porto Alegre da Track & Field Run Series reuniu, no dia 15 de setembro, cerca de 1.500 atletas. Os participantes se divertiram e participaram ativamente do evento antes, durante e após a corrida, podendo desfrutar de uma ampla infra-estrututra montada no pátio do Shopping Iguatemi.

5Km Masculino1 - Yuri Fajardo - 16min56s >> 2 - Bruno da Rocha Berger - 16min59s3 - Tauro Susin Bonorino - 17min46s >> 4 - Felipe Garcez Costa - 16min49s >> 5 - Marcos Amaral - 17min58s

Fotos: Christiano Cardoso

corrida

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Nova VidaVocê sabe como a cocaína/crack agem no organismo?

Para saber mais sobre o Projeto Nova Vida e como ajudar na sua continuidade entre em contato com a Transpire através do e-mail [email protected]

O lá, leitores da Transpire! Hoje vou explicar um pouco mais como o crack e a cocaína agem em no

nosso corpo. Muita gente me pergunta como uma pessoa pode perder tanto o con-trole de sua vida por causa de uma substân-cia tão pequena, do tamanho de uma pe-drinha de cascalho, ou então um pó muito parecido com farinha. Falo, especificamen-te, do crack e de sua versão mais cara: a co-caína. Vale salientar que o crack é cocaína, porém o processo de fabricação e inalação são distintos, como veremos a seguir.

Vou abordar essas duas drogas tendo em vista que são as com maior poder de de-pendência ao lado do álcool. Porém sobre o álcool vou tratar em outra oportunidade.

A cocaína é uma substância extraída da América Latina, muito conhecida como coca. As plantações de coca surgiram na antiguida-de e eram cultivadas por índios nativos que até hoje conservam os costumes e utilizam a folha de coca para uso medicinal e religioso.

Em 1884 Freud publicou o livro Über Coca, no qual ele recomendava a cocaína para tratar diversas doenças, entre elas a depres-são, nervosismo, dependência de morfina, al-coolismo e doenças digestivas Nesta mesma época, a cocaína era comercializada em for-ma de bebida pela Coca-Cola, que manteve a substância em sua fórmula até 1906.

A década de 80 também foi responsá-vel pelo surgimento de um subproduto da cocaína, que ficou conhecido como crack, atingindo um extrato social e uma faixa etá-ria mais baixa. Sua utilização provoca efei-tos devastadores no organismo, uma eufo-ria de grande magnitude e curta duração, com intensa fissura e síndrome de urgência para repetir a dose. Pelo seu baixo preço, agregou facilmente novos consumidores.

Além disso, o que facilita muito sua am-pla comercialização é o fato dela poder ser consumida de diversas formas: a cocaína utilizada em pó tem uma ação lenta, pois a metabolização pelo trato digestivo tem o pico plasmático somente entre 15 minutos após o consumo. Pela via inalada (forma de crack), a atuação é devastadora pela via na qual ela chega à corrente sanguínea.

Ao ser inalada, a fumaça e os vapores são compostos por diversas partículas de cocaína que chegam rapidamente aos al-véolos e tomam toda sua extensão, após isto ela entra em contato com a circulação pulmonar, vai para o ventrículo esquerdo e chega a cérebro através da circulação pul-monar. Toda esta troca demora em torno de 5 segundos. Logo após concluir seu ca-minho, a cocaína é rapidamente metaboli-zada, sento excretada em até 24 horas.

Esta rápida e intensa duração da coca-ína no organismo leva os usuários a se tor-narem dependentes, seja qual for a forma na qual a cocaína é administrada. Isto é ex-plicado pela maneira como esta droga age, pois ao agir no SNC ela acaba aumentando a recaptação de noradrenalina e seratonina, o que leva ao comportamento de “luta ou fuga”, onde o indivíduo fica com a pupila di-latada, há um aumento da pressão arterial e da sudorese, por isso ficam tão eufóricos e propensos a atitudes hostis. Nesta mesma linha, o indivíduo necessita, cada vez mais, aumentar a dose da droga para sentir os mesmos efeitos, isto é explicado pela adap-tação do organismo aquele estímulo.

Por isso, muitas vezes quando o sujei-

to quer largar o uso, ele sente o “craving” ou “fissura” devido ao seu organismo pe-dir mais da substância. Para se ter idéia do que isso significa, os cientistas apontam o orgasmo como maior forma de prazer do ser humano, onde são liberadas diversas substâncias que geram prazer, porém o que ocorre no organismo ao se utilizar o crack é aproximadamente nove vezes mais intenso do que o orgasmo, isso seria como dizer que o crack gera 900% de prazer, por isso basta apenas uma pedra para se tornar depen-dente. E o usuário fica tão refém da droga que faz qualquer coisa para ter mais dessa substância, por isso tantos roubam, ma-tam, traficam, vendem os próprios filhos, se prostituem e por ai vai.

Mas existe saída para quem entrou nes-te mundo? SIM!!! Na próxima edição fala-mos de como o exercicio pode beneficiar o dependente a levar uma vida sóbria, sem utilizar mais essas substâncias. Espero que tenham gostado.

Até a próxima, bons treinos!!!

Texto : Cristiano Fetter Antunes - Educador Físico

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Daniel Berton lançou no dia 17 de setembro a DB Endurance Assessoria Esportiva. Durante o coquetel realizado na loja Win Sports da Souza Reis foram apresentados aos alunos, apoiadores e convidados os novos uniformes da equipe.

Quer saber mais sobre a DB Endurance acesse www.dbassessoriaesportiva.com.br ou entre em con-tato pelo e-mail [email protected]

Garantia de sucesso!

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