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Trâmite e institucionalidade dos projetos, e introdução em ciclo dos projetos
Gustavo Barbosa MozzerMinistério da Ciência e Tecnologia
04 a 06/12/2006, FIERGS
Conceitos Básicos • O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
Ciclo de projeto• Etapas do ciclo do projeto • Normas jurídicas federais diretamente relacionadas à implementação do
MDL Trâmite e institucionalidade
• Normas jurídicas federais diretamente relacionadas à implementação do MDL
• Critérios de elegibilidade para o MDL• Procedimentos e modalidades para o MDL no contexto brasileiro• Descrição sucinta das Metodologias Aprovadas pelo Conselho Executivo• Modalidades e procedimentos para projetos de pequena escala• Modalidades e procedimentos para projetos de reflorestamento e
florestamento – LULUCFExercícios• Estudo de Caso Resultados do MDL• Projetos de MDL no Brasil e no Mundo• Perspectivas do MDL
Resumo
Conceitos Básicos
Conceitos Básicos
Siglas relevantes
• UNFCCC – United Nations Framework Convention on Climate Change• CQNUMGC – Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança
do Clima• AND – Autoridade Nacional Designada• EOD – Entidade Operacional Designada• CIMGC – Comissão Interministerial de Mudanças Globais de Clima• CGMGC – Coordenação Geral de Mudanças Globais de Clima• IPCC – Intergovernamental Panel on Climate Change (Painel
Intergovernamental sobre Mudança no Clima)• CDM – Clean Development Mechanism• MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo• CO2e – Equivalente de gás Carbônico • GWP – Global Warming Potential (Potencial de Aquecimento Global)
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
Antecedentes Históricos
• Baseado na proposta brasileira de 1997 de estabelecimento de um Fundo de Desenvolvimento Limpo, adotada pelo G77 e China, modificada como mecanismo e adotada em Quioto
• Brasil foi o primeiro país a estabelecer uma Autoridade Nacional Designada (AND)
• Uma metodologia de projeto brasileira foi uma das primeiras aprovadas pelo Conselho Executivo do MDL (Aterros Sanitários – Salvador da Bahia)
• Um projeto brasileiro foi o primeiro projeto registrado como MDL (Nova Gerar)
Mecanismos do Protocolo de Quioto
Mecanismos para os países industrializados alcançarem
suas metas individuais de limitação ou redução
• Artigo 17 - Comércio de emissões (somente entre Anexo B)
• Artigo 6 - Implementação conjunta (somente entre Anexo I)
• Artigo 12 - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (entre Partes do Anexo I e não-Anexo I)
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
Objetivo do MDL
• Art.12 §2. - O objetivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpodeve ser prestar assistência às Partes não incluídas no Anexo Ipara que possam atingir o desenvolvimento sustentávele contribuir para o objetivo final da Convenção,e assistir às Partes incluídas no Anexo I para que possam cumprir a sua limitação quantificada de emissões e compromissos de redução assumidos no Artigo 3.
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
Partes Anexo I e Não Anexo
Art.12 §3. - Sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo:• (a) As Partes não incluídas no Anexo I podem se beneficiar
de atividades de projetos que resultem em reduções certificadas de emissões; e
• (b) As Partes incluídas no Anexo I podem usar as reduções certificadas de emissões, resultantes de tais atividades de projetos, para contribuir com o cumprimento de parte de sua limitação quantificada de emissões e compromissos de redução assumidos no Artigo 3, como determinado pela Conferência das Partes na qualidade de reunião das Partes deste Protocolo.
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
Características das RCEs
• Art.12 §5. Reduções de emissões resultantes de cada atividade de projeto devem ser certificadas por entidades operacionais a serem designadas pela Conferência das Partes na qualidade de reunião das Partes deste Protocolo, na base de:
(a) Participação voluntária aprovada por cada Parte envolvida;(b) Benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo relacionados com a mitigação da mudança do clima, e(c) Reduções de emissões que sejam adicionais as que ocorreriam na ausência da atividade certificada de projeto.
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
Fundos
• Art.12 §8. - A Conferência das Partes na qualidade de reunião das Partes deste Protocolo deve assegurar que uma fração dos fundos advindos de atividades de projeto certificadas seja usada para cobrir despesas administrativas, assim como para prestar assistência às Partes países em desenvolvimento que sejam particularmente vulneráveis aos efeitos adversos da mudança do clima para fazer frente aos custos de adaptação.
Ciclo de projeto
Etapas do ciclo do projeto
1. Elaboração de documento de concepção de projeto (DCP), usando metodologia de linha de base e plano de monitoramento aprovados;
2. Validação (verifica se o projeto está em conformidade com a regulamentação do Protocolo de Quioto);
3. Aprovação pela Autoridade Nacional Designada – AND, que no caso do Brasil é a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima – CIMGC (verifica a contribuição do projeto para o desenvolvimento sustentável);
4. Submissão ao Conselho Executivo para registro; 5. Monitoramento; 6. Verificação/certificação; 7. Emissão de unidades segundo o acordo de projeto.
(1) A elaboração do Documento de Concepção de Projeto – DCP
Responsabilidade dos participantes do projeto
Deve conter descrição: • das atividades de projeto; • dos participantes da atividade de projeto; • da metodologia da linha de base; • das metodologias para cálculo da redução de emissões de gases de efeito
estufa e para o estabelecimento dos limites da atividade de projeto e das fugas;
• do plano de monitoramento.
Deve conter, ainda, a definição do período de obtenção de créditos, • justificativa para adicionalidade da atividade de projeto, • o relatório de impactos ambientais, • os comentários dos atores e informações quanto à utilização de fontes
adicionais de financiamento.
(2) Validação
Responsabilidade de uma Entidade Operacional Designada – EOD
Processo de avaliação independente de uma atividade de projeto no tocante aos requisitos do MDL, com base no
DCP.
(3) Aprovação
Responsabilidade da Autoridade Nacional Designada - AND
• processo pelo qual a AND das Partes envolvidas confirmam a participação voluntária e a AND do país onde são implementadas as atividades de projeto do MDL atesta que dita atividade contribui para o desenvolvimento sustentável do país.
* No caso do Brasil, os projetos são analisados pelos integrantes da Comissão Interministerial, que avaliam o relatório de validação e a contribuição da atividade de projeto para o desenvolvimento sustentável do país.
(4) Registro
Responsabilidade do Conselho Executivo do MDL
• Aceitação formal, pelo Conselho Executivo, de um projeto validado como atividade de projeto do MDL.
* Nesta etapa dois aspectos fundamentais são analisados, são eles a aplicabilidade da metodologia escolhida e a adicionalidade do projeto.
(5) Monitoramento da atividade de projeto
Responsabilidade dos participantes do projeto
• Recolhimento e armazenamento de todos os dados necessários para calcular a redução das emissões de gases de efeito estufa, de acordo com a metodologia de linha de base estabelecida no DCP, que tenham ocorrido dentro dos limites da atividade de projeto e dentro do período de obtenção de créditos.
(6) Verificação/Certificação
(Verificação) Responsabilidade de uma Entidade Operacional Designada (Certificação) Responsabilidade do Conselho Executivo
do MDL
• Processo de auditoria periódico e independente para revisar os cálculos acerca da redução de emissões de gases de efeito estufa ou de remoção de CO2 resultantes de uma atividade de projeto do MDL que foram enviados ao Conselho Executivo por meio do DCP.
• Esse processo é feito com o intuito de verificar se reduções de emissões efetivamente ocorreram.
• Após a verificação, o Conselho Executivo certifica que uma determinada atividade de projeto atingiu um determinado nível de redução de emissões de gases de efeito estufa durante um período de tempo específico
(7) Emissão das Reduções Certificadas de Emissões - RCEs
Responsabilidade do Conselho Executivo do MDL
• Ocorre quando o Conselho Executivo tem certeza de que todas as etapas de reduções de emissões de gases de efeito estufa decorrentes das atividades de projeto foram cumpridas.
• Assegura que estas reduções de emissões são reais, mensuráveis e de longo prazo
• As RCEs são emitidas pelo Conselho Executivo e creditadas aos participantes de uma atividade de projeto na proporção por eles definida e, dependendo do caso, podendo ser utilizadas como forma de cumprimento parcial das metas de redução de emissão de gases de efeito estufa.
Ciclo de projeto
Normas jurídicas federais diretamente relacionadas à implementação do MDL
Quadro Institucional Nacional
Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima (CIMGC),a AND brasileira
– Composta de representantes de 11 Ministérios– Presidente: Ministro de Ciência e Tecnologia - MCT
Secretário Executivo – MCT– Vice-presidente: Ministra de Meio Ambiente – MMA
• Comissão se reúne a cada 2 meses• Decreto Presidencial Julho de 1999
Representantes na Comissão
• Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento;• Ministério de Transporte;• Ministério de Minas e Energia;• Ministério do Meio Ambiente;• Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;• Ministério das Cidades;• Ministério de Relacões Exteriores; • Ministério de Ciência e Tecnologia;• Ministério de Planejamento, Orçamento e Administração;• Ministério da Fazenda;• Casa Civil da Presidência da República.
Normas jurídicas federais diretamente relacionadas à implementação do MDL
Atribuições da Comissão
• Emitir parecer, sempre que demandado, sobre propostas de políticas setoriais, instrumentos legais e normas que contenham componente relevante para a mitigação da mudança global do clima e para adaptação do País aos seus impactos;
• Fornecer subsídios às posições do Governo nas negociações da Convenção sobre Mudança do Clima e instrumentos subsidiários de que o Brasil seja parte;
• Realizar articulação com entidades representativas da sociedade civil, no sentido de promover as ações dos órgãos governamentais e privados, em cumprimento aos compromissos assumidos pelo Brasil perante a Convenção sobre Mudança do Clima e instrumentos subsidiários de que o Brasil seja parte;
Normas jurídicas federais diretamente relacionadas à implementação do MDL
Atribuições da Comissão
• Definir critérios de elegibilidade adicionais àqueles considerados pelos Organismos da Convenção, encarregados do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto no Artigo 12 do protocolo de Quioto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, conforme estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável;
• Apreciar pareceres sobre projetos que resultem em redução de emissões e que sejam considerados elegíveis para o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), a que se refere o inciso anterior, e aprová-los, se for o caso.
Normas jurídicas federais diretamente relacionadas à implementação do MDL
Novo Projeto
Deliberação da CIMGC
Aprovação com Ressalva
Revisão Aprovação
Emissão de Carta de Aprovação
Nova deliberação
Ciclo do Projeto na AND Brasileira
Trâmite e institucionalidade
Normas jurídicas federais diretamente relacionadas à implementação do MDL
Legislação Nacional (CIMGC)
• Resolução nº 1 de 11 de setembro de 2003• Apresentar descrição da contribuição da atividade de projeto para o desenvolvimento sustentável
(Anexo III)• Reitera que a CIMGC é a DNA Brasileira• Cópias dos convites de comentários enviados aos atores regionais• Procedimentos e documentos necessários para a submissão de projetos. Traduz para o Português o
DCP, Relatório de Validação, Formulário de Registro. • Incorpora a Decisão 17/CP.7 à legislação Brasileira (Art. 3 III)• Declaração assinada por todos os participantes do projeto estipulando o responsável e o modo de
comunicação com a Secretaria Executiva (Art. 3 IV)• Documentos que assegurem a conformidade da atividade de projeto com a legislação ambiental e
trabalhista em vigor (Art. 3 V)• Determina que a validação e a verificação/certificação de projetos MDL seja feita por EOD
plenamente estabelecida em território nacional e tenha capacidade de assegurar o cumprimento dos requerimentos pertinentes da legislação brasileira. (Art. 4 II)
• Resolução nº 2 de 10 de agosto de 2005• Define os requisitos para participação em atividade MDL de Florestamento. (Art. 2 & 3)• Define os requisitos para participação em atividade MDL de Florestamento de pequena escala (Art.
4)• Incorpora a Decisão 19/CP.9 e 14/CP.10 à legislação Brasileira
• Resolução nº 3 de 24 de março de 2006• Estabelece os critérios para definição de comunidades de baixa renda para fins do desenvolvimento
de atividade MDL de pequena escala de florestamento e reflorestamento (Art. 3)• Determina que sejam encaminhados documentos que comprovem a legitimidade dos
representantes das atividades de projeto para assinarem documentos junto à CIMGC (Art. 4 e 5)• Estabelece os procedimentos de análise de projetos da CIMGC criando a categoria de Aprovação
com Ressalvas (Art. 7) e Revisão (Art. 8)• Estabelece os procedimentos para aprovação das atividades de projeto de pequena escala no
âmbito do MDL
Anexo III
a) Contribuição para a sustentabilidade ambiental localb) Contribuição para o desenvolvimento das condições de trabalho e a geraçãolíquida de empregosc) Contribuição para a distribuição de rendad) Contribuição para capacitação e desenvolvimento tecnológicoe) Contribuição para a integração regional e a articulação com outros setores
Atores Regionais
- Prefeitura e Câmara dos vereadores;- Órgãos Ambientais Estadual e Municipal;- Fórum Brasileiro de ONG’s e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente eDesenvolvimento; - Associações comunitárias;- Ministério Público;
Circular BACEN nº 3.291 de 8/9/2005
• Cria código específico para entrada de recursos para “crédito de carbono” (29/(NR) 45500)
• Desde que de acordo com Resolução 3.265 de 4/3/2005
Normas jurídicas federais diretamente relacionadas à implementação do MDL
Modalidades e procedimentos para projetos de grande escala
Classes de Projetos MDL (1)
• “Grande Escala”• Não há limitação de tamanho• As metodologias podem ser propostas e adaptadas livremente pelos
proponentes de projeto• É permitido o agrupamento de pequenas atividades de projeto• Validação e Verificação devem ser feitas por EOD diferentes• É necessário que seja avaliado, caso a caso, questões como:
1. Fugas2. Transporte de Matéria-Prima3. Disposição de Resíduos4. Fronteira do Projeto5. Monitoramento – Calibração e Registro
Modalidades e procedimentos para projetos de pequena escala
Classes de Projetos MDL (2)
• Pequena Escala• Há limitação de tamanho• As metodologias são propostas pela UNFCCC e não podem ser
adaptadas• Não é permitido o desagrupamento de grandes atividades de projetos
em pequenos projetos MDL• A Validação e a Verificação podem, caso solicitado, serem realizadas
por uma única EOD• Algumas questões são tratadas de forma mais simplificada, como:
1. Fugas2. Transporte de Matéria Prima3. Disposição de Resíduos4. Fronteira do Projeto5. Monitoramento – Calibração e Registro
Modalidades e procedimentos para projetos de reflorestamento e florestamento – LULUCF
Classes de Projetos MDL (3)
• MDL de florestamento e reflorestamento (regra geral):
• Estabelece dois tipos específicos de Reduções Certificadas de Emissões, RCE temporária (RCEt) e RCE de longo prazo (RCEl);
• RCEt perde a validade no final do período de compromisso subseqüente àquele em que tenha sido emitida;
• RCEl perde a validade no final do período de obtenção de créditos da atividade de projeto de florestamento ou reflorestamento no âmbito do MDL para o qual tenha sido emitida.
• Define os seguintes valores mínimos para atividades MDL de florestamento e reflorestamento (Resolução n° 02 da CIMGC)
• cobertura de copa das árvores: 30%• área de terra: 1 hectare• altura de árvore: 5 metros
Classes de Projetos MDL (4)
• “Grande Escala” de florestamento e reflorestamento• As regras para projetos “MDL de grande Escala” convencionais
aplicam-se, via de regra, mutatis mutandis às atividades de projetos de florestamento e reflorestamento no âmbito do MDL.
• Pequena Escala de florestamento e reflorestamento• Devem gerar reduções de emissões antrópicas líquidas de gases de
efeito estufa por sumidouros inferiores a oito quilotoneladas de CO2 por ano;
• Devem ser desenvolvidas ou implementadas por comunidades de baixa renda, conforme determinado pela Parte Anfitriã (Resolução n° 03 da CIMGC - Art. 3).
• “... as comunidades cujos membros envolvidos no desenvolvimento e implementação das atividades de projeto tenham renda mensal familiar per capita de até meio salário mínimo.”
Modalidades e procedimentos para projetos de reflorestamento e florestamento – LULUCF
Descrição sucinta das Metodologias Aprovadas pelo Conselho Executivo
• Metodologias para projetos MDL de “Grande Escala” aprovadas• 33 Metodologias Aprovadas• 10 Metodologias Consolidadas
• Metodologias para projetos MDL de Pequena Escala• Disponíveis na forma de um “Cardápio” no seguinte documento:
“Apêndice B1 das modalidades a procedimentos simplificados para atividades de projeto MDL de pequena escala”
• Tipo I – Projetos de Energia renovável (n. 4)• Tipo II – Projetos de aumento de eficiência Energética (n. 6)• Tipo III – Outras atividades de projeto (n. 10)
• Metodologias para projetos MDL de “Grande Escala” Florestal• 4 Metodologias Aprovadas
• Metodologias para projetos MDL de Pequena Escala Florestal• Não estão disponíveishttp://cdm.unfccc.int/methodologies
www.mct.gov.br/clima
Políticas e Circunstâncias Nacionais e Setoriais em Cenários de Linha de Base
Relatório EB 22 Anexo 3
• Tipo E+: Políticas ou regulações nacionais e/ou setoriais que dão vantagens comparativas para tecnologias ou combustíveis mais intensivos em emissão contra tecnologias ou combustíveis menos intensivos em emissão.
Apenas políticas do Tipo “E+” implementadas antes da adoção de Quioto, deverão ser desconsideradas no desenvolvimento do cenário de linha de base
• Tipo E-: Políticas ou regulações nacionais e/ou setoriais que dão vantagens comparativas para tecnologias ou combustíveis menos intensivos em emissão contra tecnologias ou combustíveis mais intensivos em emissão (por exemplo, subsídios públicos para promover difusão de energia renovável ou para financiar programas de eficiência energética).
Apenas políticas do Tipo “E-” implementadas após a adoção pela COP das Modalidades e Procedimentos do MDL (COP 11 dezembro 2005), deverão ser desconsideradas no desenvolvimento do cenário de linha de base
Políticas e Circunstâncias Nacionais e Setoriais
• Proalcool• Probiodiesel• Proinfa• Subrogação da CCC
Políticas e Circunstâncias Nacionais e Setoriais
Proalcool
Criado em 14 de novembro de 1975 pelo decreto n° 76593 com o objetivo de estimular a produção de etanol.
Cerca de:• 25% de mistura de álcool na gaslolina (Gasool)• 110 milhões de toneladas de emissões evitadas de CO2 • 550 milhões de barris de petróleo não importados• Economia de divisas da ordem de 11,5 bilhões de dólares
Faz parte da linha de base brasileira por se tratar de um programa amplamente implementado e anterior a adoção do Protocolo de Quioto pela COP, decisão 1/CP.3, 11 de dezembro 1997.
- Não se enquadra como uma política E-
Probiodiesel
• Criado em 13 de janeiro de 2005 pela Lei n° 11.097
• Fixa em 5%, em volume, o percentual mínimo obrigatório de adição de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor final em 2013
• Define que já em 2008 será utilizado um percentual mínimo de 2%, em volume.
- Não se enquadra como uma política E-Não são vantagens comparativas criadas por políticas de governo
Percentual obrigatório do uso de Biodiesel
0
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2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
%
Proinfa
• O PROINFA é um instrumento para a diversificação da matriz energética nacional• 3.300 MW de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) divididos igualmente
entre as seguintes fontes:• Eólica• Biomassa • Pequenas centrais hidrelétricas (PCHs)
- Enquadra-se como uma política E-
• Trata-se de um subsídio público para a promover a difusão de energia renovável.• Sua linha de base deverá ser elaborada em cima de um cenário hipotético,
desconsiderando os benefícios desta política.
Subrogação da CCC
“Conta de Consumo de Combustíveis” Política do tipo E+
• Criada em 27 de maio de 1998 pela Lei n° 9.648
• Os dispêndios em 2004 com a CCC totalizaram R$ 4,8 bilhões• A sub-rogação de recursos CCC facilita a substituição do consumo de combustíveis
fósseis por alternativas e fontes renováveis,
- Enquadra-se como uma política E-
• Trata-se de um subsídio público para a promover a difusão de energia renovável.• Sua linha de base deverá ser elaborada em cima de um cenário hipotético,
desconsiderando os benefícios desta política.
Exercícios
Estudo de Caso 1 (pequena escala)
• Projeto X (n° 20)
• Consiste na geração de eletricidade utilizando resíduos de madeira de uma empresa de manejo florestal certificada
» Equipamentos Instalados– Caldeira de alta pressão (42 bar - 420° C)– Turbina a vapor de múltiplo estágio– Gerador elétrico de 9 MW
• Localiza-se na região norte do Brasil, no estado do Amazonas.• Suprirá uma região não conectada a rede elétrica brasileira, 100% abastecida por geradores a
diesel.• Faz jus a Subrogação da CCC na quantia de R$ 31.5 milhões, equivalente a produção de 83
MW.
– A potência do projeto é inferior a 15 MW– Aplicável à metodologia de pequena escala I.D.
Estudo de Caso 2 (grande escala)
• Projeto Y (n° 65)
O projeto é composto de três Pequenas Centrais Elétricas – PCH
Utiliza a metodologia ACM0002 “Metodologia de linha de base consolidada para geração de eletricidade conectada à rede a partir de fontes renováveis”
• PCH Indiavaí - Indiavaí – MT, controlada por Arapucel Indiavaí S.A. (28 MW)• PCH Ombreiras - Araputanga e Jauru – MT, controlada por Arapucel Ombreiras
S.A. (26 MW)• PCH Alto Jauru – Araputanga – MT, controlada por Araputanga Centrais
Elétricas S.A. (20 MW)
Estudo de Caso 2 (grande escala)
Estudo de Caso 2 (grande escala)
Estudo de Caso 2 (grande escala)
– Submetido em 22/11/2005– 1ª Análise durante a 26ª reunião da CIMGC (19/12/2005)
REVISÃO• Licença de Operação• Duvida quanto a localização do empreendimento• DCP/PDD incompleto, análises de adicionalidade• Versão incompatível do relatório de validação
– Encaminhamento de Ofício n° 089– 2ª Análise durante a 27ª reunião da CIMGC (24/03/2006)
APROVADO COM
RESSALVA• DCP/PDD corrigir data de início da atividade de projeto
– Encaminhamento de carta de aprovação (06/05/2006)APROVADO
• Revisão da Metodologia ACM0002– Encaminhamento de nova carta de aprovação (14/07/2006)
APROVADO
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Resultados do MDL
23/11/06
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Nº de Atividades de Projeto do MDL
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Reduções de Emissões de CO2e (1º período de obtenção de crédito)
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Reduções de Emissões Anuais (CO2e)
Atividades de projeto MDL no Brasil
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n/0
5fe
v/0
5m
ar/
05
abr
/05
ma
i/05
jun
/05
jul/0
5a
go/0
5se
t/05
out
/05
nov
/05
dez
/05
jan
/06
fev/
06
ma
r/0
6a
br/0
6m
ai/0
6ju
n/0
6ju
l/06
ago
/06
set/0
6o
ut/0
6
mês
nº
de
pro
jeto
s
Validação
Registro
Número de projetos
Posição do país em número de projetos
25.409.869
190.277.476
2.839.283.366
3º in the world
3º in the world125702
63
44
22
24
9
6
17
39
N2O
Eficiência Energética
Indústria Energética
Energia Renovável
Manejo e Tratamento de Resíduos
Aterro Sanitário
Indústria Manufatureira
Substituição de Combustíveis
Projetos MDL no Brasil
197
2º no mundo
anual
Total de CO2eq a ser reduzido
inicío do projeto até 31/12/2012
1º período de crédito
CH4
Posição do país em ém total de CO2eq a ser reduzido
anual
1º período de crédito
GasesCO2
Recuperação de Metano
Indústria Química
Setores
ACM0001 17
ACM0002 18
ACM0004 1
ACM0005 2
ACM0002 / ACM0006 16
ACM0009 2
AM0002 1
AM0003 2
Larga Escala AM0004 2
119 AM0005 2
AM0008 5
AM0011 2
AM0015 29
AM0016 16
AM0021 1
AM0027 1
AM0033 1
AM0034 1
I.A 1
I.C 7
I.D 24
I.B 2
Pequena Escala I.D / III.E 13
77 III.B 2
III.D 16
II.E 8
III.E 3
II.F 1
Sem Metodologia 1
81
62
41
58
23/11/2006
Projetos MDL no Brasil
Metodologias
EOD / EC*
DNV
TUV SUD
SGS
BVQITUV NORD
Projetos na CIMGC Número de projetosRedução anual
de emissão
Redução de emissão no 1º
período de obtenção de
crédito
Número de projetos
Redução anual de emissão
Redução de emissão no 1º
período de obtenção de
crédito
Geração Elétrica 36 2.284.713 17.322.802 26% 10% 10%Cogeração com Biomassa 51 2.486.835 17.503.738 37% 11% 10%Substituição de Combustíveis 8 555.821 4.104.695 6% 3% 2%Disposição e manejo de dejetos 20 1.652.643 16.313.797 14% 7% 10%Indústria Química 1 17.137 119.960 1% 0% 0%Aterros sanitários 20 8.965.007 67.278.510 14% 40% 40%Redução de N2O 1 5.961.165 41.728.155 1% 27% 25%Recuperação de metano 1 241.576 2.415.758 1% 1% 1%Total 138 22.164.897 166.787.415 100% 100% 100%
Projetos em Validação/Aprovação Número de projetosRedução anual
de emissão
Redução de emissão no 1º
período de obtenção de
crédito
Número de projetos
Redução anual de emissão
Redução de emissão no 1º
período de obtenção de
crédito
Geração Elétrica 44 2.502.251 18.949.098 22% 10% 10%Cogeração com Biomassa 62 3.529.831 24.469.980 31% 14% 13%Substituição de Combustíveis 15 1.607.449 11.593.778 8% 6% 6%Disposição e manejo de dejetos 22 1.749.102 17.176.585 11% 7% 9%
Aterros sanitários 24 9.326.060 69.805.881 12% 37% 37%
Redução de N2O 2 6.043.111 42.301.777 1% 24% 22%
Indústria Química 1 17.137 119.960 1% 0% 0%
Recuperação de metano 18 564.228 5.230.968 9% 2% 3%
Eficiência energética 9 70.700 629.449 5% 0% 0%
Total 197 25.409.869 190.277.476 100% 100% 100%
23/11/2006
Capacidade instalada (MW) das atividades de projeto aprovadas na CIMGC
938,5
474,71
290200,2 159 101,32
0100200300400500600700800900
1000
Cog
eraç
ãode
bag
aço
PC
H
Hid
relé
tric
a
Cog
eraç
ãoco
m o
utra
sbi
omas
sas
Eól
ica
Bio
gás
74o Item da Pauta de Exporatação
Brasileira
Status atual dos projetos (AND brasileira)
• Aprovados 103• Aprovados com ressalvas 12• Em revisão 14• Novos projetos submetidos 9
– Total DNA 138– A ser submetido 59– Total 197
Status atual dos projetos brasileiros (Conselho Executivo)
– Registrados 76– Requerendo Registro 11 – Total 87
– Outros já aprovados (AND) 28
– Ainda em validação/aprovação 82– Total 197
Número de atividades de projeto do MDL no Brasil por estado
SP
MG
MT
RS
PR
GO
SC
RJ
MS
ES
CE
BA
PE
AL
RO
RN
PA
AM
PB
SE
SP - 25%
MT9%
MG - 13%RS8%
PRGO
Número de atividades de projeto do MDL por região
Sudeste46%
Sul21%
Centro-Oeste19%
Nordeste Norte
Número de atividades de projeto do MDL no Brasil por países partes
020406080
100120140160
Uni
late
ral
Rei
noU
nido
Hol
anda
Japã
o
Ale
man
ha
Can
adá
Sué
cia
Fra
nça
Irla
nda
Esp
anha
Sui
ça
No. de projetos registrados
0102030405060708090
100110120130
Índi
a
Bra
sil
Méx
ico
Chi
na
Chi
le
Mal
ásia
Hon
dura
s
Equ
ador
Cor
éia
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Arg
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Filip
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Col
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Áfr
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Pan
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Sri
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P. N
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né
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Bol
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Jam
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Cam
boja
Mon
gólia Fiji
But
ão
Emissões a serem reduzidas durante o 1º período de obtenção de créditos dos projetos registrados
China BrasilÍndiaCoréia do SulMéxicoArgentinaChileNigériaMalásiaEgitoIndonésiaPaquistãoTunísiaVietnamNicaráguaP. N. GuinéEquador3GuatemalaCosta RicaMarrocosBangladeshHondurasÁfrica do SulArmêniaPeruDominican Rep. Sri LankaFilipinasPanamáIsraelBolíviaColômbiaJ amaicaMoldáviaNepalCambojaMongóliaFijiButão
China
Brasil122
Índia
Coréia do Sul
(836 milhões de t CO2 eq)
Unidades Emitidas (RCEs)18.141.603 t CO2eq
ÍndiaBrasilCoréia do SulChinaChileMéxicoGuatemalaMalásiaJamaicaHodurasColômbiaNicaráguaEquadorSri Lanka
Índia
Coréia do Sul
China
Brasil2.988.921
Número de projetos com RCEs emitidas (Total: 96)
34
05
101520253035
Índi
a
Bra
sil
Hon
dura
s
Méx
ico
Chi
na
Chi
le
Mal
ásia
Equ
ador
Gua
tem
ala
Jam
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Nic
arág
ua
Cor
éia
doS
ul
Col
ômbi
a
Sri
Lank
a
Demanda por RCEs
• A maior parte dos países da Europa Ocidental aumentaram suas emissões acima das metas de Quioto– Exceções: Alemanha e Reino Unido
• A maior parte dos países da Europa Oriental têm metas em Quioto maiores que as emissões atuais (“hot air”)– Exceção: Eslovênia– Difícil politicamente usar “hot air”
• Preferência para projetos de Implementação Conjunta• Emissões podem aumentar até 2012 se medidas adicionais não
são estabelecidas
Diferença entre emissões em 2003 e as Metas de Quioto em 2012 (-1,492.7 milhões t CO2 eq)
-1167282-392160
-160189-100789
-97043-96796
-75353-57310
-30224-29220-22285-18490-16071-12315
-1092-3112517621182125
3475514811093130851637418333204532146622253
3869347694
91699118291
165146184324
2272
Federação Russa
Croácia
República Checa
UcrâniaPolônia
Alemanha
Belarus
Bulgária
Romênia
Reino Unido
Lituânia
Estônia
LuxemburgoHungria
LetôniaEslováquia
Liechtenstein
IslândiaNoruegaEslovêniaNova Zelândia
SuiçaSuécia
Dinamarca
Paises BaixosFinlândiaIrlanda
ÁustriaBélgicaPortugal
Grécia
FrançaItáliaEspanha
CanadáJapão
Percentagem das Emissões em 2003 em relação às Metas de Quioto
-67,91%-63,73%
-52,14%-44,35%-42,90%-42,66%-41,36%
-38,40%-30,20%
-26,34%-16,73%
-12,97%-12,89%
-8,83%-8,69%
-1,03%3,11%4,02%
6,21%6,49%7,13%7,87%9,36%10,46%12,02%
15,96%17,03%17,23%
19,18%23,67%
28,72%28,76%
37,25%37,78%39,10%
41,65%EspanhaGrécia
PortugalIrlanda
Áustria
CanadáFinlândiaItália
DinamarcaBélgica
Japão
EslovêniaLiechtenstein
França
SuéciaSuiçaPaises
IslândiaNoruega
Nova Zelândia
CroáciaAlemanhaLuxemburgo
HungriaReino UnidoRepública Checa
Eslováquia
Polônia
Federação RussaRomênia
UcrâniaEstônia
BelarusBulgária
Lituânia
Letônia
2o. Período de Compromisso
• Metas do Anexo B para os países do Anexo I• Duração do Segundo Período• Diferenciação/Divisão do ônus• Final das Negociações para permitir Ratificação
Perspectivas do MDL
www.mct.gov.br/clima