Tradução: Luisa Geisler

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Elaboração do manual:Vera Bastos

Graduada em Letras (Português/ Literaturas) pela UFRJ e pós-graduada em Literatura Portuguesa pela mesma universidade

Título Confissões de um amigo imaginário

Páginas 176

Autor (a) Michelle Cuevas

Tradução Luisa Geisler

Categoria 1

Tema (s) Conflitos da adolescência; Sociedade, política e cidadania

Gênero Literário Romance

Interdisciplinaridade Língua Portuguesa, Redação, Literatura, Artes, Psicologia, Cidadania e Filosofia

Romance é a forma literária pertencente ao gênero narrativo e que apresenta uma história composta de enredo, temporalidade, ambientação e personagens. O romance traz complexidade entre as personagens, conflitos e relações vivenciadas em épocas diferentes (passado, presente e futuro).

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CONVERSA COM O PROFESSOR

Caro professor, Já imaginou ter um livro em mãos para iniciar

um importante trabalho com seus alunos? Confissões de um amigo imaginário, de Michelle Cuevas, destaca questões fundamentais da existência humana, seja no âmbito escolar, familiar ou social. “Ser ou não ser?”, frase icônica de Hamlet — personagem célebre de William Shakespeare, importante dramaturgo e poeta da Literatura Inglesa —, é a principal questão abordada nesta obra.

De forma encantadora, o livro traz personagens reais e imaginários que estão em busca de sua identidade no mundo, de um lugar ao sol. Jacques Papier, protagonista e narrador, resolve escrever suas memórias em capítulos e, a partir daí, o conhecemos e a sua família: pai, mãe, sua irmã gêmea inseparável, Fleur, e François, o cão.

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O mundo de Jacques e Fleur era um mundo só deles, beirando realidade e fantasia. Eram felizes juntos! Mas Jacques acha que ninguém gosta dele, pois o ignoram, não é convidado para nada. Até o inusitado acontecer: Jacques descobre que é um amigo imaginário de Fleur! Isso causa uma grande confusão na cabeça do menino, e ele precisa resolver a questão: afinal, ele existe ou não existe? Ao longo da narrativa, percebemos a constante busca pelo autoconhecimento, as descobertas e os sentimentos nobres valorizados, como ajuda, solidariedade, amizade e amor. Temas como conflitos da adolescência, sociedade, política e cidadania estão presentes no romance que nos encanta, diverte e emociona.

Você tem em mãos uma boa história que alimentará a fantasia e a criatividade e, ao mesmo tempo, valorizará as boas ações. Excelente ferramenta para iniciar a construção de seres mais humanos.

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QUEM ESCREVEU A HISTÓRIA

A escritora e ilustradora Michelle Cuevas nasceu em 1982, em Berkshire County, Massachusetts, nos Estados Unidos, onde reside até hoje. Formou-se na Williams College e possui mestrado em artes plásticas e em escrita criativa pela Universidade da Virginia, onde recebeu a bolsa de estudos Henry Hoyns Fellowship.

Michelle é autora de diversos livros infantojuvenis. Alguns de seus títulos são: The Care and Feeding of Pet Black Hole; Smoot: A Rebellious Shadow; The Uncorker of Ocean Bottles; Beyond the Laughing Sky; The Masterwork of a Painting Elephant; além de Confissões de um amigo imaginário. E a Fox Animation escolheu The Care and Feeding of Pet Black Hole e Confissões de um amigo imaginário para serem adaptados para filmes.

Os hobbies da escritora incluem pintura em aquarela, desenho, aprender a tocar banjo e ser mãe de Indy,

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seu cão. Alguns de seus livros favoritos são O coelho de veludo, A árvore generosa, A teia de Charlotte, O pequeno príncipe, O sol é para todos e coleções de poesia de Shel Silverstein, James Tate e Mary Oliver.

A autora também trabalhou no departamento de primeira infância no Museu Whitney de Arte Americana, em Nova York. Se ela tivesse que escolher um trabalho diferente do que faz, seria paleontóloga.

Seus livros são traduzidos para mais de vinte idiomas. Confissões de um amigo imaginário é considerado um dos dez melhores livros para crianças de 2015 pela Time Magazine, revista semanal de notícias de maior circulação do mundo.

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MERGULHO NO LIVRO

Sabemos que a única maneira de formar leitores é estimulando a leitura, e para isso é fundamental uma boa escolha do que se vai oferecer. O aluno deve ter a oportunidade de olhar, ouvir e manusear uma boa obra, que desperte a imaginação, a reflexão, a memória e a emoção.

O romance Confissões de um amigo imaginário de Michelle Cuevas é um livro com essas características. Ao lermos, paramos muitas vezes para indagar como alguém pôde criar uma história tão criativa e encantadora. E, ainda por cima, escrevê-la de um jeito tão leve e simples.

Um fator a ser notado é o projeto gráfico que cumpre no livro seu objetivo de clarificar a função literária por meio de informações e imagens. Há equilíbrio entre o texto principal e as intervenções gráficas, como as

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ilustrações. A capa é um convite irrecusável ao leitor. A edição da Galera Júnior apresenta um livro para qualquer público. Ilustrado, com letras grandes e capítulos pequenos, a leitura se torna fácil e gostosa.

No que diz respeito à pertinência temática, a obra vai ao encontro das pautas da sociedade atual. O leitor estará diante de uma história que fala sobre conflitos existenciais, buscas, descobertas, empatia, afeto, educação, amizade, amor, solidariedade, fantasia e realidade. São questões que fazem emergir o debate sobre diversidade cultural, relações interpessoais, valores, atitudes, conhecimento e autoaceitação.

Excelente oportunidade de explorar o mundo social, traçando paralelos e descobrindo as relações pessoais com a família, com a escola, com os amigos e consigo mesmo.

Seguindo e respeitando a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) que abraça o direito de aprendizagem e o desenvolvimento, o romance Confissões de um amigo imaginário nos abre caminhos múltiplos entre: conviver, brincar, refletir, explorar, expressar ideias e se autoconhecer.

As diversas atividades que podem ser desenvolvidas a partir da leitura deste livro apontam para o Campo de Experiência: o eu, o outro e o nós; corpo, gestos,

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movimentos, traço, escuta, fala, pensamento, imaginação; espaços, tempos, relações e transformações. É importante trabalhar temas transversais que possibilitem uma humanização em todos os sentidos.

Jacques Papier é um menino como todos os outros que vive com sua família: mãe, pai e sua irmã gêmea Fleur. Apesar de ser apenas um garotinho, ele tem alguns problemas, como por exemplo, muitas vezes se sentir invisível e acreditar que talvez as pessoas não gostem dele, já que nunca o respondem e parecem ignorar sua presença, exceto, é claro, Fleur.

Certo dia, Jacques ouve uma conversa de seus pais e descobre que aparentemente sua irmã tem um amigo imaginário, alguém com quem ela divide todos os segredos e que nunca foi apresentado a ele. Em vista disso, Jacques decide que é hora de ter um amigo assim também. A partir de então, começa uma tremenda confusão. Os pais de Fleur afirmam: “Uma garota com um amigo imaginário é uma coisa. Mas um amigo imaginário que tem seu próprio amigo imaginário? Não, não, é demais.” (p.34)

Quando a verdade é descoberta, que Jacques é o amigo imaginário de Fleur, começa a grande aventura dele em busca do sentido de sua existência. Jacques ama a companhia da garota, mas não quer ser apenas

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o amigo imaginário de alguém, não quer existir porque alguém o imaginou. Ele quer ser livre, ser alguém de verdade.

Assim, Fleur o liberta para que ele possa viver sua própria aventura. Mas nem tudo se desenrola como o menino esperava. Jacques deixa de ser o amigo imaginário de Fleur não para existir por si só, mas simplesmente para ser o amigo imaginário de outra pessoa.

Tratar de um assunto tão delicado e inocente como a mente de uma criança é sem dúvida encantador, e é ainda mais encantador quando essa criança é apenas fruto da imaginação de um igual. Já no início da narrativa somos conquistados pelo personagem principal e somos levados a vivenciar (mesmo que só por imaginação, o que acreditem, não é pouco) todas as experiências passadas por ele, todos os seus conflitos, angústias, descobertas e aventuras.

A separação de Jacques e Fleur é de cortar o coração do leitor, mas todos esses acontecimentos foram necessários para a aprendizagem e amadurecimento de Jacques, que ao longo da narrativa descobre que pode ajudar muitas crianças que também se sentem invisíveis. “Todos nós queremos encontrar aquela pessoa que conhece o nosso eu real, nossas esquisitices, e, ainda assim, nos compreende. Alguém já viu você?

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Realmente, de verdade, a parte mais profunda que parece invisível ao resto do mundo? Espero que alguém tenha visto. Alguém me viu. A Fleur sempre me viu.” (p. 21)

Outra ideia genial é o aparecimento de um “grupo de apoio para amigos imaginários”. Afinal, o protagonista não é o único amigo imaginário que conhecemos; ele acaba se relacionando com outros, buscando ajuda e amparo. Perceber quantos assuntos cotidianos “reais” são inseridos em um mundo de fantasia e como são vivenciados e desenvolvidos é uma experiência literária única.

É encantador acompanhar a vida de Jacques, que acaba descobrindo que tem um papel muito importante: ajudar as crianças a crescerem de forma saudável. Ele passa a se tornar amigo imaginário de várias — uma de cada vez, claro, até não ser mais necessário —, e isso faz com que ele se conheça e se aceite melhor também.

Jacques pode ser não só um amigo imaginário, mas também uma ideia de como seria maravilhoso se pudéssemos colocar tudo de bom que temos para fora. De uma forma mais interna, ele é a sua própria consciência. “Só sou invisível se me sentir invisível, seja eu imaginário ou não.” (p.147)

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A leitura dessa história traz ensinamentos e reflexões que podem ser levados para a vida inteira, independentemente da idade do leitor. O romance nos propicia momentos engraçados e emocionantes. Permite que mergulhemos no nosso eu e tenhamos a oportunidade de nos descobrir e nos aceitar como somos.

A cena final é capaz de nos arrancar lágrimas, nos fazendo perceber que o amor liberta, que jamais acabará e nem poderá ser esquecido. Confissões de um amigo imaginário é um livro para todos aqueles que um dia já se sentiram à margem, deixados de lado... invisíveis. 

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PRÉ-LEITURA

Para o trabalho com o livro Confissões de um amigo imaginário, de Michelle Cuevas, você poderá:

1) solicitar aos alunos um relato (oral) a respeito do que sabem sobre a existência de um amigo imaginário. Deixe que eles falem sobre o que conhecem a respeito do assunto. Estimule-os a falar se já tiveram algum amigo imaginário ou se conhecem alguém que já teve um.

2) pedir que os alunos analisem a capa do livro e digam o que ela sugere. Importante levá-los a verificar a importância da ilustração e das palavras usadas. O que seria uma autobiografia? Quem deve ser Jacques Papier? O que é um relato?

3) explicar o que é uma biografia e uma autobiografia. Perguntar se alunos já leram alguma. Depois,

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levá-los à sala de leitura ou biblioteca para que possam pesquisar alguns livros biográficos ou autobiográficos. Sugerir que pesquisem em casa a biografia da escritora Michelle Cuevas e de Jacques Papier (não irão achar a de Jacques, mas isso faz parte da incógnita);

4) fazer uma roda de conversa sobre a frase na contracapa do livro: “Você só se torna invisível se acreditar nisso, imaginário ou não.” Levá-los a pensar se eles se acham invisíveis em algumas situações. Quando? Por quê? Onde? Depois, pedir que cada aluno registre seu relato.

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PROPOSTA DE ATIVIDADE

Neste espaço encontram-se propostas de atividades que podem ser usadas na escola, ampliando, dessa forma, ainda mais a relação dos estudantes com a leitura literária e os direitos de aprendizagem e desenvolvimento humano:

1) pedir ao aluno que construa um mapa dos lugares prediletos dele, em que gosta de ficar, brincar, passear...

2) no capítulo oito, a partir do seguinte trecho: “A verdade é que é isso que qualquer pessoa quer: ser conhecida dessa maneira, ser vista. E não falo do cabelo, ou de nossas roupas, eu quero dizer vista mesmo por quem somos de verdade. Todos nós queremos encontrar aquela pessoa que conhece nosso eu real, nossas esquisitices,

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e ainda assim, nos compreende. Alguém já viu você? Realmente a parte mais profunda que parece invisível ao resto do mundo?” (p.21), o aluno deverá entrevistar pessoas, fazendo essa pergunta e colhendo respostas que poderão ser apresentadas à turma e discutidas por todos;

3) após a leitura, pedir à turma que faça um reconto da história;

4) dividir a turma em grupos e pedir que escolham substantivos interessantes. Depois, deverão dar o significado, o sinônimo, o antônimo, o habitat natural, padrões migratórios, alimentação, atividades comuns. Assim como sugere a escritora no capítulo nove. A atividade pode ser exposta no mural. Isso garantirá boas risadas;

5) pedir que o aluno imagine possuir um amigo imaginário. Como ele seria? Que nome daria a ele? Descreva-o de forma ficcional ou poética. Depois, oriente o aluno a desenhar o amigo imaginário criado por ele. Ao final, que tal montar um varal/ mural com esses desenhos e as respectivas descrições feitas?

6) abrir uma reflexão sobre a diferença: como você se vê e como os outros te veem. Pedir que o aluno registre no papel seus pensamentos;

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7) montar um jogo da memória com os amigos imaginários criados e brincar;

8) de onde surgiu o termo Imaginários Anônimos? Perguntar se a turma conhece outros grupos com essa denominação, “Anônimos”. Pedir que pesquisem o que fazem, qual trabalho realizam. Depois montem um mural informativo;

9) propor uma brincadeira com as palavras, assim como fez a escritora no capítulo 39, com a palavra 100pre; outros exemplos: 10zena, 1guento, 100topeia...

10) incentivar os alunos a montar um show de talentos na escola, excelente atividade de integração, respeito, descoberta de dons e elevação de autoestima;

11) propor que o aluno se visualize como um amigo imaginário. Em que lugares ele gostaria de ir, que aventuras gostaria de viver? Depois, o aluno deverá registrar e criar um conto, que poderá ser lido para a turma;

12) propor que a turma desenvolva um texto dissertativo argumentativo, a partir do seguinte trecho do livro: “Às vezes, problemas imaginários são mais difíceis de suportar do que problemas reais.” (p.55)

13) solicitar que o estudante invente uma tirinha, charge ou cartum com o amigo imaginário criado por ele;

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14) pedir que adaptem o romance Confissões de um amigo imaginário para História em Quadrinhos;

15) sugerir ao aluno que escreva uma carta para o personagem Bernard falando sobre bullying na escola. Pode ser solidário, contando se já passou por isso, como o aluno se sente e que atitudes podem ser tomadas para solucionar tal questão.

16) propor ao aluno a criação do próprio diário e disponibilizar o dia de escrita nele;

17) Jacques gostava das palavras liberdade e realidade. Pedir que a turma escolha algumas palavras das quais goste e crie uma história com elas;

18) trabalhar com os alunos o conceito de liberdade. Levá-los a pesquisar na Filosofia, na Psicologia e no dicionário e, depois, incentivá-los a criar suas próprias definições para ela. A atividade pode prosseguir, abrindo um debate: liberdade, realidade ou utopia?

19) confeccionar um jornal da turma cujo tema seja liberdade. Pode-se criar um conto, poema, quiz, conceituação, notícia, reportagem, classificados poéticos, entrevistas, charge, tirinha etc.

20) pedir aos alunos que montem um lindo mural com frases significativas e tocantes do romance.

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PÓS-LEITURA

A BNCC — Base Nacional Curricular Comum — reconhece que a educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana e socialmente justa.

A leitura e as atividades propostas muito contribuirão para uma consciência coletiva: o eu e o mundo, o eu e o outro. Serão experiências nas quais os alunos poderão construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e interações, o que possibilitará aprendizagem, desenvolvimento e socialização.

Deixem também que os alunos sugiram outras atividades, brincadeiras, confecção de materiais, jogos, música e tudo mais o que suscitar, a partir das propostas apresentadas por vocês, professores. É primordial que o aluno possa se expressar, como sujeito crítico e sensível, capaz de descobrir, opinar,

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questionar a fim de construir sua identidade cultural, pessoal e social.

Que tal convidar uma psicóloga para falar de alguns conflitos na adolescência tão comuns à maioria dos jovens: não aceitação, timidez, bullying, desrespeito, falta de identidade, relacionamentos conflituosos na escola ou na família.

Buscar outros livros ou filmes que possam dialogar com a mesma temática é uma recomendação. Sugerimos o livro: Memórias de um amigo imaginário, de Mattew Dicks, editora ID. E alguns filmes também como: Toy Story (1995, classificação livre); Intocáveis (2011, classificação 14 anos) e Bogus, meu amigo secreto (1996, classificação livre).

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INTERDISCIPLINARIDADE

A interdisciplinaridade é uma das propostas apresentadas pelo PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) e que tem com o objetivo ampliar o aprendizado dos alunos por meio de uma conexão entre diferentes disciplinas. Sua utilização é uma forma de integrar os conteúdos de uma disciplina a outras áreas de conhecimento desenvolvidas na escola. Essa interação entre matérias permite a formulação do saber crítico-reflexivo, superando a fragmentação entre as disciplinas e possibilitando o diálogo que estimula a compreensão da realidade pelo aluno.

Confissões de um amigo imaginário apresenta in-formações complementares que podem servir de base para um trabalho interdisciplinar. Isso porque inclui aspectos relacionados à Língua Portuguesa (estudo das palavras, criação, leitura, interpretação),

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à Redação (escrita de diferentes gêneros discursivos), à Sociologia (o eu e o outro, aceitação, parâmetros de comportamento, bullying), à Psicologia (descobertas, autoconhecimento, respeito ao outro e a si próprio), às Artes (criação de imagens que possam dialogar com a temática, dramatização) e à Literatura (estudo do texto, figuras de linguagens, estilo).

Dessa forma, a obra insere-se, perfeitamente, no temas Conflitos da adolescência e Sociedade, política e cidadania. Pode-se perceber que a interdisciplinaridade está presente na narrativa.

Em Confissões de um amigo imaginário, a temática da convivência, um exercício de valores, por exemplo, aparece na obra de forma natural. Os seus desdobramentos podem ser trabalhados pelos professores da turma em diversas áreas de conhecimento. É importante salientar que o trabalho interdisciplinar exige planejamento coletivo, a fim de abarcar conteúdos e atender os objetivos de interesse de mais de uma disciplina.

Professores, vocês estão com um rico material em mãos, desejamos um bom trabalho.

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PARA SABER MAIS...

Bibliografia:

CUEVAS, Michelle. Confissões de um amigo imaginário. Tradução Luisa D. Geisler. 2.ed. Rio de Janeiro. Editora Galera Record, 2017.

DICKS, Mattew. Memórias de um amigo imaginário. São Paulo. Editora Planeta , 2013.

Sites:

— Base Nacional Comum CurricularDisponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>Acesso em junho de 2018.

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— Brasil EscolaDisponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/

sociologia/bullying.htm>Acesso em junho de 2018.

-Info EscolaDisponível em: <https://www.infoescola.com/pedagogia/

interdisciplinaridade/>Acesso em junho de 2018.

-Nova EscolaDisponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1530/

cyberbullying-a-violencia-virtual>Acesso em junho de 2018.

Filmes:

— Bogus, meu amigo secreto (Alvin Sargent, 1996, censura livre);

— Intocáveis (Philippe Pozzo di Borgo, 2011, censura 14 anos).

— Toy Story (John Lasseter/ Peter Docter/ Andrew Stanton/ Joe Ranft, 1995, censura livre).

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