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DCE - C18 - 525/N JUL 2008 Emissão: EDP Distribuição – Energia, S.A. DTI – Direcção de Tecnologia e Inovação R. Camilo Castelo Branco, 43 1050-044 LISBOA Tel.: 210021500 Fax: 210021444 E-mail: [email protected] Divulgação: EDP Distribuição – Energia, S.A. GBCO – Gabinete de Comunicação Rua Camilo Castelo Branco, 43 1050-044 Lisboa Tel.: 210021684 Fax: 210021635 TRABALHOS EM TENSÃO Média Tensão – Método à Distância Condições de Execução do Trabalho Elaboração: DTI Homologação: a indicada na CET Edição: a indicada na CET

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DCE - C18 - 525/N JUL 2008

Emissão: EDP Distribuição – Energia, S.A. DTI – Direcção de Tecnologia e Inovação R. Camilo Castelo Branco, 43 • 1050-044 LISBOA • Tel.: 210021500 • Fax: 210021444 E-mail: [email protected]

Divulgação: EDP Distribuição – Energia, S.A.

GBCO – Gabinete de Comunicação Rua Camilo Castelo Branco, 43 • 1050-044 Lisboa • Tel.: 210021684 • Fax: 210021635

TRABALHOS EM TENSÃO

Média Tensão – Método à Distância

Condições de Execução do Trabalho

Elaboração: DTI

Homologação: a indicada na CET

Edição: a indicada na CET

DCE - C18 - 525/N JUL 2008

DTI – Direcção de Tecnologia e Inovação Pág. 2/2

LISTA DAS CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO DO TRABALHO – MT-A/D

0 - GENERALIDADES

CET 010-MT-A/D ⎯ Campo de aplicação

CET 020-MT-A/D ⎯ Terminologia

1 - ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

1.1 - MEDIDAS A TOMAR PELO RESPONSÁVEL DE EXPLORAÇÃO

CET 111-MT-A/D ⎯ Regime Especial de Exploração

1.2 - ORGANIZAÇÃO DA ZONA DE TRABALHOS PELO RESPONSÁVEL DE TRABALHOS

CET 120-MT-A/D ⎯ Equipamento dos executantes

CET 121-MT-A/D ⎯ Manutenção das comunicações com a Exploração

CET 122-MT-A/D ⎯ Relações entre o Responsável de Trabalhos e o Responsável de Exploração

CET 123-MT-A/D ⎯ Visibilidade na Zona de Trabalhos

CET 124-MT-A/D ⎯ Preparação da intervenção, arranjo da Zona de Trabalhos e condução do trabalho

CET 125-MT-A/D ⎯ Preparação do equipamentos e ferramentas antes do trabalho

CET 127-MT-A/D ⎯ Manutenção das ferramentas e equipamentos homologados

CET 128-MT-A/D ⎯ Interrupção temporária e recomeço do trabalho

2 - DECORRER DO TRABALHO

CET 201-MT-A/D ⎯ Intervenção em partes fora de tensão de uma instalação em tensão

2.1 - CONDIÇÕES DE DISTÂNCIA

CET 211-MT-A/D ⎯ Distâncias a respeitar pelo executante

CET 213-MT-A/D ⎯ Anteparos e protectores

CET 215-MT-A/D ⎯ Distâncias entre peças condutoras

2.2 - CONDIÇÕES RESULTANTES DO ESTADO MECÂNICO DAS INSTALAÇÕES

CET 221-MT-A/D ⎯ Esforços mecânicos suplementares nos condutores esticados

CET 223-MT-A/D ⎯ Verificação do estado mecânico dos isoladores rígidos

2.3 - CONDIÇÕES RESULTANTES DO ESTADO ELÉCTRICO DAS INSTALAÇÕES

CET 231-MT-A/D ⎯ Subida acidental do potencial dos apoios e armações

CET 232-MT-A/D ⎯ Ligação, desligação e corte de condutores

3 - DIVERSOS

CET 301-MT-A/D ⎯ Abertura de pontes ou arcos para consignação

DCE - C18 - 525/N

MAI 2007

1ª edição

Anula e substitui a Introdução, de Abril 1980 Homologada em 2007-05-31 CET 010 – MT – A/D

CAMPO DE APLICAÇÃO

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 1/1

As condições de execução do trabalho (CET) definem as regras gerais a respeitar para a realização de trabalhos em tensão, nomeadamente:

— regras do relacionamento entre o responsável de exploração e o responsável de trabalhos;

— metodologias segundo as quais o trabalho deve ser preparado;

— ferramentas a utilizar;

— verificação da boa execução do trabalho;

— regras relativas às condições atmosféricas;

— regras relativas aos regimes especiais de exploração (REE).

Os trabalhadores a quem são confiados trabalhos em tensão devem dispor, nomeadamente, de equipamentos e ferramentas especialmente concebidos e do equipamento de protecção necessário à sua segurança.

As fichas técnicas (FT) e os modos operatórios (MO), relativos a cada tipo de material, equipamento ou ferramenta, indicam as suas características e respectivas condições de utilização. As FT devem indicar com precisão as condições de conservação, de manutenção, de transporte e de controlo de equipamentos e ferramentas.

Estas CET são aplicáveis aos Trabalhos em Tensão, pelo método “à distância”, em redes de Média Tensão (MT), estando em conformidade com os seguintes documentos:

⎯ NP EN 50110-1 (1999) – Exploração de instalações eléctricas;

⎯ Manual de Segurança – Prevenção do Risco Eléctrico (DPS 1/2002-EDP).

Faz-se notar que, em relação ao que não é tratado nos documentos que se seguem, e em particular no que não diz respeito ao trabalho em tensão propriamente dito, os Executantes devem aplicar os textos regulamentares em vigor.

DCE - C18 - 525/N MAI 2007

1ª edição Homologada em 2007-05-31 CET 020 – MT – A/D

TERMINOLOGIA

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág.1/4

Para efeitos de aplicação das presentes CET são válidas as definições seguintes:

1. LEGISLAÇÃO NACIONAL

Termos que figuram na NP EN 50110-1 (1999) - EXPLORAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS, que, para efeitos do Regulamento da Rede de Distribuição, é de cumprimento obrigatório:

3.1.2 Exploração

Conjunto das actividades necessárias ao funcionamento de uma instalação eléctrica, incluindo as manobras, o comando, o controlo, a manutenção, bem como os trabalhos eléctricos e os não eléctricos.

3.2.2 Responsável de Exploração

Pessoa designada para assumir a responsabilidade efectiva pela exploração da instalação eléctrica. Caso seja necessário, parte desta responsabilidade pode ser delegada em outras pessoas.

3.2.1 Responsável de Trabalhos

Pessoa designada para assumir a responsabilidade efectiva dos trabalhos. Caso seja necessário, parte desta responsabilidade pode ser delegada em outras pessoas

2. REGULAMENTAÇÃO EDP

2.1 TERMOS QUE FIGURAM NO MANUAL DE SEGURANÇA - PREVENÇÃO DO RISCO ELÉCTRICO

2.1.3 Exploração

Conjunto de actividades necessárias ao funcionamento de uma instalação eléctrica, incluindo as manobras, o comando, o controlo, a manutenção, bem como os trabalhos eléctricos e não eléctricos.

As actividades da exploração competem:

— à entidade responsável pela condução no que concerne nomeadamente à decisão, operação e autorização prévia para a execução de trabalhos ou manobras nas redes em exploração;

— aos centros locais de exploração no que respeita às acções técnicas e administrativas da exploração, compreendendo nomeadamente as operações de controlo, manutenção, reparação destinadas a manter uma instalação num estado que Ihe permita cumprir a sua função.

2.1.1 Condução

Conjunto das actividades (da exploração) de vigilância, controlo e comando, asseguradas por um centro de comando relativamente a uma ou mais instalações.

2.1.5 Manutenção

Combinação de acções técnicas e administrativas (da exploração) que compreendem as operações de vigilância destinadas a manter uma instalação eléctrica num estado que Ihe permita cumprir a sua função.

A manutenção pode ser preventiva (conservação), com o objectivo de reduzir a probabilidade de avaria ou degradamento do funcionamento da instalação, ou correctiva (reparação),

DCE - C18 - 525/N CET 020 - MT - A/D

Pág. 2/4 DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia

realizada depois da detecção de uma avaria e destinada a repor o funcionamento da instalação.

2.2.15 Responsável de Exploração

Pessoa designada por escrito, pelo empregador, para assumir a responsabilidade efectiva pela exploração duma instalação ou dum conjunto de instalações eléctricas, cujos limites estão perfeitamente definidos.

O responsável de exploração pode ser autorizado a delegar toda ou parte das suas competências num outro agente de exploração. Esta delegação deve ser objecto de um documento escrito ou de uma troca de mensagens registadas.

São, nomeadamente, atribuições do responsável de exploração tomar decisões respeitantes ao acesso às instalações e coordenar esses acessos a fim de evitar qualquer interferência de riscos eléctricos entre estaleiros onde se desenvolvam trabalhos em simultâneo.

2.2.12 Responsável de Condução

Pessoa a quem está atribuída a responsabilidade pela coordenação de todos os actos de condução duma instalação cujos limites estão perfeitamente definidos.

Pode ser autorizado a delegar as suas competências noutro agente da condução.

2.2.16 Responsável de Manutenção

Pessoa a quem está atribuída a responsabilidade pela coordenação de todas as operações de manutenção duma instalação cujos limites estão perfeitamente definidos.

Pode ser autorizado a delegar as suas competências noutro agente da manutenção.

2.2.17 Responsável de trabalhos

É o profissional qualificado designado ou indicado para assumir a direcção efectiva dos trabalhos, competindo-lhe estabelecer as medidas de segurança necessárias e zelar pela sua aplicação de acordo com as normas e regulamentos aplicáveis.

2.7.1 Autorização para Intervenção em Tensão (AIT)

Documento escrito, com validade limitada, por meio do qual o Responsável de Exploração autoriza um Responsável de Trabalhos - pertencente quer à própria empresa, quer a uma empresa exterior - a executar em tensão uma tarefa definida, em condições precisas de data e de lugar, especificando, se for caso disso, as disposições particulares de exploração, nomeadamente a duração previsível.

Excepcionalmente, quando a distância geográfica e as necessidades de exploração o justificarem, a AIT pode tomar a forma de uma mensagem registada do responsável da condução para o responsável de trabalhos. Neste caso, cada correspondente deve preencher um impresso numerado e anotar nele o número de identificação do impresso preenchido pelo outro correspondente, assim como os números de ordem da mensagem.

A autorização para intervenção em tensão fica concluída com o aviso de fim de trabalho em tensão, redigido no mesmo documento. A redacção e a transmissão são efectuadas nas mesmas condições que a autorização de trabalho em tensão.

2.7.5 Licença para Intervenção em Tensão (LIT)

Documento escrito de carácter permanente, estabelecido pelo responsável de manutenção das instalações, para uso do(s) responsável(eis) de trabalhos, em que são fixadas as operações BT habituais que, pelo seu carácter, podem ser executadas sem uma autorização para intervenção em tensão.

Para tal, o responsável de manutenção recebe uma lista de trabalhadores em condições de intervir no âmbito de uma LIT, da própria empresa e das empresas exteriores que podem actuar nas instalações a seu cargo.

DCE - C18 - 525/N CET 020 - MT - A/D

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 3/4

2.2 TERMOS QUE FIGURAM NO MANUAL DE SEGURANÇA - PREVENÇÃO DO RISCO ELÉCTRICO - DESENVOLVIMENTO

DISTÂNCIA DE TENSÃO

Na ausência de dispositivos apropriados de protecção da peça condutora, a Distância de Tensão é dada pela fórmula:

t = 0,005 Un,

em que:

t - distância de tensão, em cm;

Un - valor nominal da tensão, em kV;

sendo o resultado arrendondado ao número inteiro de decímetros mais próximo, não podendo ser inferior a 10 cm em instalações de 2ª classe.

Exemplos: Un t

(kV) (cm)

6 10

10 10

15 10

30 20

DISTÂNCIA DE GUARDA

A Distância de Guarda "g", tem como objectivo libertar o executante da preocupação permanente de manter a distância de tensão, permitindo-lhe consagrar toda a sua atenção à execução do trabalho sem se preocupar com as consequências dos gestos involuntários.

O valor de "g" é de 50 cm em instalações de 2ª classe.

A Distância de Guarda pode ser diminuída pela aplicação de meios especiais definidos nas CET.

DISTÂNCIA MÍNIMA DE APROXIMAÇÃO

Para uma determinada peça condutora (condutor activo ou estrutura condutora) cujo potencial é diferente do potencial do executante, a Distância Mínima de Aproximação no Ar "D" é a soma da distância de tensão "t" e da distância de guarda "g":

D = t + g.

Exemplo, para valores "D" no ar. e na ausência de meios particulares, definidos nas CET: Un D

(kV) (cm)

6 60

10 60

15 60

30 70

2.3 TERMOS QUE NÃO FIGURAM NO MANUAL DE SEGURANÇA - PREVENÇÃO DO RISCO ELÈCTRICO

MASSA

Designa-se por "massa" uma peça condutora que não esteja normalmente em tensão e que não esteja isolada do solo e, por extensão, o próprio solo.

DCE - C18 - 525/N CET 020 - MT - A/D

Pág. 4/4 DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia

PEÇA CONDUTORA A POTENCIAL FIXO

Chama-se "peça condutora a potencial fixo", a uma peça condutora em tensão, ou a uma massa.

PEÇA CONDUTORA A POTENCIAL FLUTUANTE

Chama-se "peça condutora a potencial flutuante" a uma peça condutora sem ligação eléctrica, voluntária ou não, com uma peça condutora a potencial fixo (condutores em tensão ou terra).

PEÇA NUA. PEÇA ISOLADA

Nestes documentos, entende-se por "peça nua" uma peça condutora não coberta com um revestimento isolante ou cujo isolamento é visivelmente defeituoso, duvidoso ou insuficiente. Quando é coberta por um dispositivo isolante homologado, é considerada como "isolada", durante a intervenção.

MÉDIA TENSÃO ( MT )

Domínio de tensões nominais das redes pertencentes ao seguinte intervalo:

1 kV < Un 45 kV.

MÉTODO À DISTÂNCIA

Metodologia de Trabalho em Tensão que se caracteriza pelo facto de os executantes, com excepção dos casos em que utilizarem dispositivos de protecção apropriados e homologados, se posicionarem para além da Distância Mínima de Aproximação, intervindo nas peças em tensão com o auxílio de ferramentas fixadas na extremidade de varas ou de cordas, dotadas de isolamento apropriado ao nível de tensão das peças em que estejam a intervir.

ZONA DE EVOLUÇÃO DO EXECUTANTE

A Zona de Evolução do Executante é a envolvente dos seus gestos e deslocações efectuados no decurso do trabalho, incluindo as peças não isolantes que manipula e com as quais está em contacto.

ZONAS INTERDITAS

Chamam-se Zonas Interditas ao Executante as zonas nas quais ele não pode penetrar sem uma protecção adaptada ao nível de tensão e nas quais só pode introduzir ferramentas e equipamentos apropriados aos Trabalhos em Tensão.

As zonas interditas ao executante são constituídas pelo conjunto de pontos situados a uma distância inferior à distância de tensão "t" em relação aos condutores (ou estruturas condutoras) nus ou insuficientemente isolados e cujo potencial é diferente do potencial do executante.

Uma zona interdita pode ser reduzida, nas condições definidas nas CET.

DCE - C18 - 525/N

MAI 2007

3ª edição

Anula e substitui a edição de 2002-05-24 Homologada em 2007-05-31 CET 111 - MT - A/D

REGIME ESPECIAL DE EXPLORAÇÃO

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 1/5

0 - PREÂMBULO

Diz-se que uma instalação MT está em Regime Especial de Exploração (abreviadamente, REE), quando:

⎯ se impossibilitou toda e qualquer religação automática;

⎯ foi eliminada a temporização das protecções selectivas da instalação;

⎯ foram tomadas disposições apropriadas em relação ao dispositivo detector de "terras resistentes";

⎯ foram tomadas medidas para que, após um disparo, a reposição da tensão apenas possa ser feita com o acordo do Responsável de Trabalhos.

O REE destina-se a limitar as consequências de um eventual incidente eléctrico na Zona de Trabalhos, adoptando-se medidas destinadas a conhecer-se, com precisão, o REE em que se encontra a instalação em que se está a intervir em tensão.

Nas subestações, a colocação da instalação em REE pode ser efectuada localmente ou por meio de telecomando, a partir do Centro de Comando/Despacho.

1 - CONDIÇÕES PARA A COLOCAÇÃO DA INSTALAÇÃO EM REE

De acordo com a operação e com as instalações em causa, o Responsável de Exploração pode escolher entre os dois regimes especiais de exploração que se seguem:

⎯ o regime B, concebido para o caso em que a operação consiste em ligar (ou separar) electricamente duas saídas alimentadas pelo mesmo transformador;

⎯ o regime A, concebido para as outras operações.

A colocação em regime A provoca os seguintes efeitos:

a) supressão de todas as religações automáticas da saída afectada pelo trabalho;

b) eliminação das temporizações das protecções selectivas dessa saída;

c) orientação em prioridade para a saída afectada, da ordem de disparo dada pelo dispositivo detector de “terras resistentes” do transformador onde está ligada esta saída. O disparo dessa saída será temporizado, no máximo a 1,5 segundos.

A colocação em regime B, que diz respeito a cada uma das saídas afectadas, provoca os mesmos efeitos indicados em a), b) e c) para o regime A, sem a temporização prevista em c).

Além disso, a colocação em regime B torna inoperantes as ordens de disparo emitidas pelo relé de corrente homopolar de cada uma das saídas implicadas.

DCE - C18 - 525/N CET 111 - MT - A/D

Pág. 2/5 DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia

CONDIÇÕES

Salvo nos casos visados pela NOTA que se segue, antes de se realizar uma operação em tensão, o Responsável de Exploração deve colocar a instalação afectada em regime A ou B, tendo em conta as prescrições seguintes.

1. Se a linha MT onde se vai dar a intervenção tem, entre o disjuntor da saída e a Zona de Trabalhos um disjuntor intermédio, o Responsável de Exploração deve assegurar-se de que não existe o risco desse disjuntor religar automaticamente, caso dispare.

2. No caso de montagem (ou desmontagem) de uma ponte entre duas saídas diferentes, além de se colocarem em REE (regime B) ambas as saídas, quando exista entre o ponto de operação e o disjuntor da saída:

⎯ um disjuntor intermédio, o Responsável de Exploração deve tomar as disposições necessárias para impedir a sua abertura;

Nota: A abertura desse disjuntor poderia resultar no estabelecimento ou no corte de cargas superiores aos limites fixados pela CET 232, correspondentes aos meios usados.

⎯ fusíveis em série na linha, a operação é proibida.

Nota: Os fusíveis de protecção de aparelhagem (transformadores, condensadores, ...) estão em derivação na linha e esta condição não se lhes aplica.

3. O Responsável de Exploração deve assegurar--se de que as protecções dos Produtores Independentes ligados à instalação não tornam o REE inoperante.

2 - REE POR MEIO DE TELECOMANDO

Nas subestações, a colocação da instalação em REE pode ser efectuada localmente ou por meio de telecomando, a partir do Centro de Comando/Despacho.

Deve ser possível seleccionar, localmente ou por meio de telecomando, um de três regimes de exploração (Regime Normal ou REE A ou REE B), assim como conhecer com precisão o REE em que se encontra a instalação em que se está a intervir em tensão.

O REE não deve ser alterado sem a autorização expressa do(s) Responsável(eis) de Trabalhos da(s) equipa(s) que estiver(em) a intervir na instalação.

3 - CASOS EM QUE SE DISPENSA A COLOCAÇÃO DA INSTALAÇÃO EM REE

1. Dispensa a colocação da instalação em REE a utilização exclusivamente para fins de controlo ou de medição:

⎯ das ferramentas ou equipamentos homologados cuja ficha técnica menciona que a sua utilização não requer a colocação em REE da instalação;

⎯ das seguintes ferramentas:

⎯ vara de medida (FT 13) fixada na extremidade de uma vara universal;

⎯ tirante com rolete (FT 23) (exclusivamente na medição de alturas ou de distâncias verticais);

⎯ verificador de concordância de fases (FT 81) fixado nas extremidades de duas varas de terminais universais;

⎯ calibre para condutores (FT 316) fixado na extremidade de uma vara de terminais universais;

⎯ espelho (FT 323) fixado na extremidade de uma vara de terminais universais.

DCE - C18 - 525/N CET 111 - MT - A/D

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 3/5

2. Quando forem tomadas todas as disposições necessárias para que os Executantes possam realizar uma operação sem se arriscarem a aproximar-se, ou a aproximar uma ferramenta ou equipamento (isolante ou não), a uma distância inferior a 90 cm das peças em tensão MT, esta operação pode ser feita sem colocar a instalação em REE.

A título de exemplo das operações visadas, citamos:

⎯ as intervenções na parte BT de um suporte misto;

⎯ a colocação de escadas.

Para as operações indicadas em 1 e 2, acima, a Autorização para Intervenção em Tensão prescrita pela CET 122 é substituída por ordem escrita (ou, o que é equivalente, por uma Mensagem Registada) do Responsável de Exploração.

Nota: considera-se como estando em REE qualquer troço de rede separado de qualquer fonte de alimentação, por encravamento na posição de aberto de um disjuntor ou de um seccionador, ou pela abertura de pontes ou arcos, que possam assegurar a ausência de tensão no referido troço de rede.

DCE - C18 - 525/N CET 111 - MT - A/D

Pág. 4/5 DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia

ANEXO À CET 111 - MT - A/D

EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DOS REGIMES ESPECIAIS DE EXPLORAÇÃO A E B DAS OUTRAS DISPOSIÇÕES A TOMAR EVENTUALMENTE (CONDIÇÕES 1 E 2) EM FUNÇÃO:

⎯ da operação a efectuar;

⎯ da localização, em relação à Zona de Trabalhos, de determinados aparelhos de corte, automáticos (disjuntores ou fusíveis).

Operações a realizar Nº de refª REE Disposições particulares a tomar

Manutenção da instalação 1

2

A

A

Nenhuma

Assegurar que, caso F dispare, não existe a possibilidade de religar automaticamente

Ligação (ou desligação) de um ramal 3

4

A

A

(*)

Assegurar que, caso H dispare, não existe a possibilidade de religar automaticamente

Colocação ou retirada de um curto-circuitador aos terminais do disjuntor E

5 A Tomar as disposições necessárias para impedir a abertura de E

Estabelecimento (ou supressão) de uma ligação em paralelo entre dois ramais

6 A Caso existam um ou mais fusíveis em série na parte da rede a fechar em anel (ou já fechada), a operação é proibida

Estabelecimento (ou supressão) de uma ligação em paralelo entre dois ramais, quer a intervenção seja feita na linha, quer seja feita na proximidade dos terminais de jusante dos disjuntores G e H (caso dos trabalhos preparatórios para a tomada da carga de G por H, por exemplo)

7 A Tomar as disposições necessárias para impedir a abertura de H e colocar fora de serviço as protecções e os automatismos de G. Caso existam um ou mais fusíveis na parte do circuito a fechar em anel (ou já fechada), a operação é proibida

Estabelecimento (ou supressão) de uma ligação em paralelo de duas linhas com origem em duas saídas diferentes, quer a intervenção seja feita na linha, quer seja feita na proximidade dos terminais de jusante dos disjuntores C e D (caso dos trabalhos preparatórios para a tomada da carga de D por C, por exemplo)

8 B

para cada uma das

saídas implicadas

Caso existam um ou mais fusíveis em série nas linhas entre o ponto da intervenção e as saídas C e D, a operação é proibida

Estabelecimento (ou supressão) de uma ligação em paralelo de duas linhas com origem em duas saídas diferentes

9 B

para cada uma das

saídas implicadas

Colocar fora de serviço as protecções e os automatismos de F e G; caso existam um ou mais fusíveis em série nas linhas entre o local de operação e as saídas C e D, a operação é proibida

(*) - Uma duração de operação superior a 1,5 s pode provocar o disparo da saída

DCE - C18 - 525/N CET 111 - MT - A/D

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 5/5

DCE - C18 - 525/N MAI 2007

2ª edição

Anula e substitui a edição de Abril de 1980 Homologada em 2007-05-31 CET 120 – MT – A/D

EQUIPAMENTO DOS EXECUTANTES

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 1/1

CONDIÇÕES

1. Para além dos equipamentos de protecção que possam ser necessários por outras razões, todas

as pessoas que participam numa intervenção em tensão, ou que se encontram na proximidade

imediata do apoio, devem usar calçado de segurança especial homologado:

— Em solo seco ou húmido, mas duro: botas de meio cano em couro.

— Em solo molhado ou orvalhado, ou quando chove: botas altas de borracha.

Nota: entre estes equipamentos contam-se:

— o fato de trabalho que deve cobrir os braços e as pernas.

— as luvas de trabalho em couro.

— o capacete de segurança, e

— o arnês de pára-quedas com cinto de trabalho incorporado, para as posições de trabalho que o exijam (por exemplo, nos apoios).

2. Quando os executantes estiverem numa posição de trabalho na proximidade dos condutores,

devem usar óculos de protecção contra os raios ultravioletas.

3. O fato de trabalho deve ser em tecido que não corra o risco de fundir sobre a acção de um

arco eléctrico a que eventualmente possa ficar submetido.

Nota: assim, os fatos de trabalho em nylon ou têxteis similares são proibidos.

4. As sobrevestimentas em tecido de outra natureza são autorizadas se forem usadas sobre fatos

que obedeçam à condição 3 anterior.

Nota: entre estas sobrevestimentas incluem-se, por exemplo, os fatos impermeáveis para a chuva.

DCE - C18 - 525/N MAI 2007

2ª edição

Anula e substitui a edição de Abril de 1980 Homologada em 2007-05-31 CET 121 – MT – A/D

MANUTENÇÃO DAS COMUNICAÇÕES COM A EXPLORAÇÃO

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 1/1

CONDIÇÕES

Ao chegar à Zona de Trabalhos, o Responsável de Trabalhos deve assegurar-se imediatamente de que uma ligação rádio ou telefónica com o Responsável de Exploração é possível, e de que é de boa qualidade.

Nota: as comunicações são particularmente necessárias no interesse da exploração e, portanto, é aconselhável assegurar-se de que a ligação pode ser estabelecida rapidamente.

Caso contrário, só o Responsável de Exploração pode tomar a decisão de execução do trabalho, em função da duração de interrupção que pode tolerar na saída. Poderá tomar em consideração o facto da equipa de trabalhos dispor, ou não, no local, de um sinalizador de ausência de tensão.

SOLUÇÕES À DISPOSIÇÃO DO RESPONSÁVEL DE TRABALHOS

Se o Responsável de Trabalhos dispõe de um posto de rádio, deve colocá-lo nas melhores condições de emissão e recepção compatíveis com a condução dos trabalhos.

Pode eventualmente dispor de um aparelhos de sinalização sonora de ausência de tensão (Indicador de falta de tensão – FT 95-MT-A/D)1).

1) Logo que funcione o dispositivo de sinalização sonora de ausência de tensão, o Responsável de Trabalhos toma a iniciativa de comunicar com o Responsável de Exploração.

DCE - C18 - 525/N MAI 2007

2ª edição

Anula e substitui a edição de Abril de 1980 Homologada em 2007-05-31 CET 122 – MT – A/D

RELAÇÕES ENTRE O RESPONSÁVEL DE TRABALHOS E O RESPONSÁVEL DE EXPLORAÇÃO

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 1/2

CONDIÇÕES

1. O Responsável de Trabalhos não pode fazer executar um trabalho se não estiver na posse de uma autorização de acesso às instalações em tensão materializada por um documento chamado "Autorização para Intervenção em Tensão" (AIT), que é restituído ao Responsável de Exploração, quer por iniciativa do Responsável de Trabalhos quer a pedido do Responsável de Exploração.

Nota: o Responsáve de Exploração é o único responsável pelas decisões a tomar no que respeita à colocação em tensão ou sem tensão de uma instalação (ou de parte de uma instalação) existente ou nova, no respeitante às modificações do esquema da sua rede.

2. Durante a execução do trabalho o Responsável de Trabalhos só pode modificar o esquema ou a configuração da rede se tiver recebido ordem expressa do Responsável de Exploração para tal.

Nota: a modificação do esquema ou da configuração da rede pode resultar da manobra de um aparelho de corte ou da abertura ou fecho de pontes ou arcos de ligação.

3. Antes de restituir a sua Autorização de Intervenção em Tensão ao Responsável de Exploração, o Responsável de Trabalhos deve colocar a instalação na qual interveio, no esquema eléctrico em que se encontrava antes da intervenção, a menos que tenha recebido ordem do Responsável de Exploração para proceder de forma diferente.

4. Se um disparo afectar a saída abrangida pelo trabalho em tensão, o Responsável de Exploração deve pedir o acordo prévio do Responsável de Trabalhos antes de proceder à reposição em tensão.

— se a reposição em tensão se faz mantendo o Regime Especial de Exploração, o trabalho em curso pode prosseguir;

— se a reposição em tensão requer a supressão do Regime Especial de Exploração, o Responsável de Exploração deve suspender a Autorização de Intervenção em Tensão e o Trabalho deve ser temporariamente suspenso.

A suspensão temporária do trabalho não exige que os executantes abandonem a posição de trabalho. Devem no entanto tomar todas as disposições para que não possa ter lugar qualquer contacto fortuito com os protectores.

DCE - C18 - 525/N CET 122 - MT - A/D

MEIOS À DISPOSIÇÃO DO RESPONSÁVEL DE TRABALHOS

Para evitar a modificação do esquema:

1. Caso de intervenção num Seccionador de Comando Mecânico (verificação ou manutenção, por exemplo):

— retirar os arcos de ligação, se o aparelho estiver inicialmente aberto (Fig. 1),

— colocar os curto-circuitadores com isolamento seco1), se o aparelho estiver inicialmente fechado (Fig. 2).

A manobra do aparelho pode então fazer-se sem modificar o esquema de exploração.

Fig. 1 Fig. 2

2. Caso de uma ponte condutora num apoio com amarração dos dois lados:

— colocar previamente um curto-circuitador com isolamento seco1).

1) O isolamento do curto-circuitador deve estar de acordo com a tensão da instalação.

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VISIBILIDADE NA ZONA DE TRABALHOS

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 1/1

CONDIÇÕES

Para a execução do trabalho, e sejam quais forem as condições atmosféricas que, por outras razões, o podem limitar ou proibir, a visibilidade deve ser suficiente para que:

— o executante possa usar as ferramentas com a precisão desejável;

Nota: a chuva, a neve e o nevoeiro podem ser obstáculo à visibilidade necessária ao trabalho dos executantes ou à vigilância do Responsável de Trabalhos.

— o Responsável de Trabalhos possa vigiar o desenrolar da operação;

— o Responsável de Trabalhos ou o agente designado pelo Responsável de Trabalhos, possa controlar as consequências do trabalho dos executantes na instalação implicada.

Nota: no caso de trabalho em linhas equipadas com isoladores rígidos, se os condutores tiverem que ser deslocados da sua posição inicial, é necessário poder controlar o comportamento dos isoladores nos apoios que enquadram a Zona de Trabalhos bem como o das armações que os suportam.

No caso de trabalhos em linhas equipadas com cadeias de suspensão, se os condutores tiverem que ser deslocados da sua posição inicial, deve-se poder controlar a inclinação das cadeias e o estado de tensão dos arcos de derivação nos apoios que enquadram a Zona de Trabalhos, por exemplo.

Em qualquer caso, deve-se poder verificar se a deslocação dos condutores não ultrapassa as distâncias limite a obstáculos prescritas no RSLEAT1), como sejam outras instalações, árvores, edifícios, etc..

SOLUÇÕES À DISPOSIÇÃO DO RESPONSÁVEL DE TRABALHOS

O Responsável de Trabalhos coloca-se no local que lhe parecer melhor para exercer simultaneamente a vigilância dos executantes e da instalação, quando necessário sobre o próprio apoio.

Se uma fase da operação não for visível por forma suficientemente precisa pelo Responsável de Trabalhos, o executante melhor colocado para apreciar o desenrolar dessa fase, é designado pelo Responsável de Trabalhos para dar aos companheiros as indicações necessárias à condução do trabalho.

Se o Responsável de Trabalhos o achar útil, pode encarregar um executante de vigiar a proximidade da Zona de Trabalhos, ou o comportamento da instalação fora do local daquela.

Este executante deve avisá-lo imediatamente dos pontos particulares cujo comportamento se afaste dos limites precisos que lhe tenham sido fixados pelo Responsável de Trabalhos (deslocação de cadeias de isoladores ou de pontes de derivação por exemplo.

1) Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão.

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PREPARAÇÃO DA INTERVENÇÃO, ARRANJO DA ZONA DE TRABALHOS E CONDUÇÃO DO TRABALHO

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 1/3

CONDIÇÕES

1. PREPARAÇÃO DA INTERVENÇÃO

1.1 Antes de qualquer intervenção, o Responsável de Trabalhos deve receber, da sua hierarquia, as informações necessárias à execução do trabalho.

Em caso de intervenção não programada urgente, o que deverá ser raro e limitado a trabalhos simples, o Responsável de Trabalhos obterá ele próprio essas informações no local, comunicando-as à sua hierarquia e não executando o trabalho senão por ordem desta.

Nota: estas informações, relativas:

— à identificação da instalação,

— à natureza do trabalho a efectuar, e aos meios particulares que possam ser necessários,

— às possibilidades de acesso e de estacionamento e

— à exploração (consignação, por exemplo)

são geralmente recolhidas pela pessoa que efectuou a preparação da Zona de Trabalhos.

1.2 Quando chegar à Zona de Trabalhos o Responsável de Trabalhos analisará a intervenção a realizar, tomando em atenção:

— a operação a executar,

— a instalação,

— as condições locais,

— os meios de que dispõe.

Nota: o Responsável de Trabalhos examina os locais e as instalações com vistas a definir as disposições a tomar para:

— facilitar a circulação no solo (valas, buracos, vedações, etc.),

— limitar a circulação e o estacionamento sob os condutores,

— reduzir as distâncias de transporte dos equipamentos e das ferramentas,

— assegurar um controlo correcto da actividade dos executantes.

1.3 Antes de qualquer início ou recomeço do trabalho, o Responsável de Trabalhos:

— indicará com precisão aos executantes: — a ordem de sucessão das fases da operação,

Nota: a operação pode, nomeadamente comportar fases de trabalho em tensão e os detalhes de execução.

— os equipamentos e ferramentas a utilizar, — a localização do encerado e das estantes destinados a receber estes equipamentos

e ferramentas, — a posição das escadas ou a posição do eixo da barquinha do elevador, — a localização das cordas de serviço e das cordas de manobra, em função da

posição das escadas ou do elevador,

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Nota: a localização das cordas é escolhida para evitar, em particular, o estacionamento na proximidade do apoio, e sob os condutores, do pessoal que trabalha no chão.

— a localização da viatura que transporta os equipamentos e as ferramentas, — a posição das vedações que proibem, a qualquer pessoa estranha à Zona de

Trabalhos, o acesso e o estacionamento sob os condutores, — as precauções a tomar:

Nota: entre estas precauções, pode-se citar nomeadamente:

— as que se destinam a atenuar uma eventual subida acidental de potencial das armações e do apoio,

— a colocação de anteparos,

— a colocação de conjuntos de protectores. — assegurar-se-á de que cada membro da equipa compreendeu bem a sua tarefa e a

forma como esta se integra na operação de conjunto.

2. CONDUÇÃO DO TRABALHO

2.1 Arranjo da Zona de Trabalhos

— O Responsável de Trabalhos disporá a arrumação da Zona de Trabalhos de acordo com as directivas dadas aos executantes na condição 1,3.

— O Responsável de Trabalhos providenciará para que: — a corda de serviço seja triangulada, — a roldana superior da corda de serviço seja pendurada na proximidade imediata da

posição de trabalho do executante encarregado da recepção dos equipamentos e ferramentas,

— quando se usem escadas de elementos de encaixar, um ou mais elementos sejam em fibra de vidro.

Nota: a utilização de escadas metálicas que não sejam de elementos de encaixar é interdita.

2.2 Execução do trabalho

2.2.1 Durante todo o tempo de execução do trabalho, o Responsável de Trabalhos tem a responsabilidade da Zona de Trabalhos. Providenciará nomeadamente, para que o trabalho seja executado em conformidade com as Condições de Execução do Trabalho, os Modos Operatórios e as suas próprias instruções.

Nota: o Responsável de Trabalhos verificará, nomeadamente, se os executantes usam o seu equipamento de protecção individual.

2.2.2 O Responsável de Trabalhos promoverá a realização no solo do máximo de trabalhos. Os esforços que podem ser transmitidos por cordas devem ser exercidos a partir do chão.

Nota: em particular, o Responsável de Trabalhos providencia para que os executantes não efectuem uma intervenção numa peça em tensão e não mudem de posição de trabalho senão depois de ter advertido os seus colaboradores directos da sua intervenção.

2.2.3 O Responsável de Trabalhos providenciará para que os executantes que participam directamente num trabalho em tensão se informem mutuamente das suas intenções.

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2.2.4 Quando se utilizar um elevador como meio de posicionamento:

— qualquer deslocamento da barquinha só é autorizado depois de acordo entre o Responsável de Trabalhos e os executantes,

— a manobra deve ser comandada da barquinha por um único executante,

— os executantes devem limitar os seus próprios movimentos aos estritamente necessários ao comando e à vigilância do deslocamento dos braços da (ou das) barquinha(s) do elevador.

2.2.5 Quando surgir uma dificuldade de execução e for necessário um esquema de trabalho nitidamente diferente do inicialmente previsto, o Responsável de Trabalhos:

— interromperá o trabalho em curso, — mandará descer os executantes das suas posições de trabalho, — procederá a uma nova análise, — comunicará as suas novas decisões, — assegurar-se-á de que cada membro da equipa compreendeu bem a sua nova

tarefa.

2.2.6 O Responsável de Trabalhos deve assinalar claramente aos executantes qualquer passagem de uma fase de trabalho numa instalação em tensão a uma fase de trabalho numa instalação consignada, ligada à terra e em curto-circuito, e inversamente.

Deve assegurar-se de que cada membro da equipa compreendeu bem as suas instruções para a execução da fase de trabalho seguinte.

As tarefas e as responsabilidades confiadas a cada um necessitam uma rigorosa coordenação do trabalho que só é possível num perfeito espírito de equipa.

PRESCRIÇÃO GERAL (lembrança)

O RESPONSÁVEL DE TRABALHOS E OS EXECUTANTES, CADA UM NO QUE LHE COMPETE, DEVEM, EM CADA INSTANTE, PROVIDENCIAR PARA QUE SEJAM UTILIZADAS E UTILIZAR AS FERRAMENTAS E OS EQUIPAMENTOS MELHOR ADAPTADOS À EXECUÇÃO DA OPERAÇÃO EM CAUSA.

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PREPARAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS ANTES DO TRABALHO

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CONDIÇÕES

1. Os equipamentos e as ferramentas devem ser mantidos limpos e em bom funcionamento.

As partes isolantes devem ser enxugadas com um pano limpo, depois cobertas com silicone.

Antes do trabalho, todos os equipamentos e ferramentas devem ser verificados visualmente na Zona de Trabalhos: — as peças não homologadas conforme as regras da arte que lhes respeitam, — as peças homologadas conforme as modalidades indicadas na condição 3.

Nota: as fichas técnicas indicam eventualmente as disposições particulares a tomar para proceder a esta manutenção.

2. A verificação dos equipamentos e das ferramentas de uso colectivo deve ser efectuada sob a responsabilidade do Responsável de Trabalhos.

A verificação dos equipamentos e das ferramentas individuais deve ser efectuada pêlos executantes sob a sua própria responsabilidade. O Responsável de Trabalhos deverá assegurar-se de que esta verificação é bem executada.

3. As verificações devem ser efectuadas conforme as modalidades seguintes, completadas, quando for o caso, pelas verificações particulares indicadas nas Fichas Técnicas.

3.1 Verificação do estado das partes isolantes:

⎯ assegurar-se do bom estado das superfícies,

Nota: a superfície deve estar limpa e sem riscos profundos.

Os cortes e fissuras devidos ao envelhecimento são razão de substituição dos equipamentos ou ferramentas em elastómero ou em material sintético.

⎯ verificar a ausência de contornamento eléctricos ou de-perfuração,

⎯ verificar a ausência de penetração de humidade nos elementos isolantes.

Nota: as fissuras das juntas e as fibras arrancadas favorecem a penetração de humidade nas ferramentas e equipamentos constituídos por tubos em fibra de vidro.

3.2 Verificação do estado mecânico:

— assegurar-se do bom funcionamento dos mecanismos.

Nota: uma folga excessiva dos mecanismos (da vara de gancho por exemplo), um desgaste ou deformação das peças submetidas a fricção (noz da abraçadei-ra por exemplo) obrigam à reparação ou à substituição da ferramenta ou do equipamento.

⎯ verificar a ausência de defeitos que possam conduzir a uma diminuição da resistência mecânica.

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Nota: a verificação pode compreender:

— na própria peça, a pesquisa de fissuras (anteparos, protectores por exemplo) ou cordões estragados (cordas),

— nas junções, a detecção de descolamento de terminais e desligamentos de troços (varas e tirantes por exemplo), de fissuras nas soldaduras (consoladas por exemplo), de desgastes de costuras (cintos de segurança por exemplo),

— nas fixações, a pesquisa de defeitos nas peças ligadas e na eficiência da sua ligação (pegas e anéis de preensão, por exemplo).

As ferramentas e os equipamentos que sofreram uma deterioração devem:

— receber imediatamente uma etiqueta "NÃO UTILIZAR",

— ser retirados do lote de ferramentas e equipamentos a utilizar,

— ser objecto de uma ficha de avaria a enviar à LABELEC.

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MANUTENÇÃO DAS FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS HOMOLOGADOS

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CONDIÇÕES

1. MODIFICAÇÃO

A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS OU DE EQUIPAMENTOS HOMOLOGADOS, NOS QUAIS TENHAM SIDO INTRODUZIDAS MODIFICAÇÕES, SÓ PODERÁ FAZER-SE DEPOIS DE NOVA HOMOLOGAÇÃO.

2. MANUTENÇÃO

As partes isolantes das ferramentas e dos equipamentos devem ser limpas, secadas e depois siliconizadas.

As partes roscadas e as partes rotativas ou deslizantes devem ser lubrificadas moderadamente com pó de grafite.

Nota: podem ser limpas com água e sabão ou detergente. Para retirar as nódoas difíceis, utilizar álcool desnaturado, salvo proibição indicada nas fichas técnicas.

3. CONTROLO

Os controlos devem ser efectuados em peças limpas e secas, em conformidade com as modalidades a seguir indicadas, e completadas, quando for o caso, por controlos particulares indicados nas fichas técnicas.

As ferramentas e os equipamentos homologados devem ser periodicamente inspeccionados ou ensaiados conforme se indica no quadro seguinte:

Natureza do material Tipo do controlo

Partes isolantes das ferramentas e dos equipamentos, tais como varas, tirantes, protectores, elementos de

d t

Ensaio de isolamento

Partes não isolantes das peças referidas acima e outras ferramentas e equipamentos

Exame visual

Nota: os ensaios de isolamento de tubos e hastes isolantes são efectuados com o ensaiador de varas, salvo

indicação contrária dada nas fichas técnicas. Em caso de defeito detectado com o ensaiador de varas, deve ser efectuado um controlo em laboratório.

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O período máximo entre os dois controlos consecutivos é de um ano, salvo caso particular indicado nas fichas técnicas.

Em cada Direcção de Serviços de Rede será designado um agente para verificar o correcto cumprimento desta periodicidade.

Os equipamentos e as ferramentas defeituosos ou que não tenham satisfeito aos ensaios ou à verificação devem:

— receber imediatamente uma etiqueta "NÃO UTILIZAR",

— ser retirados do lote de ferramentas e equipamentos a utilizar,

— ser objecto de uma ficha de avaria a enviar à LABELEC.

Nota: a CET 125 indica certos casos de defeitos que implicam a retirada de uso ou a reparação.

4. REPARAÇÃO

Na ausência de disposição particulares, a reparação deve ser executada pela LABELEC.

Nota: a ficha técnica poderá indicar, sob a forma de disposições particulares:

— que a ferramenta ou o equipamento não deve ser reparado,

— que certas substituições de peças podem ser efectuadas pelo utilizador, com peças de origem,

— ou que a reparação pode ser executada por um reparador competente. Este reparador poderá ser o fornecedor ou o construtor, ou outro de competência reconhecida pela LABELEC.

5. CONSERVAÇÃO - TRANSPORTE

Os equipamentos e as ferramentas previamente limpos devem ser cuidadosamente arrumados nos locais previstos para esse fim.

Nota: as fichas técnicas indicam eventualmente as disposições particulares para proceder a esta arrumação.

5.1 Fora da Zona de Trabalhos, os equipamentos e as ferramentas homologados constituídos principalmente por tubos isolantes devem ser arrumados e transportados correctamente imobilizados, para evitar qualquer deterioração. Se tiverem maxilas estas devem ser fechadas.

Nota: isto pode ser realizado com caixas ou estantes munidas de abraçadeiras de borracha ou de correias.

5.2 As partes roscadas dos blocos de armação devem ser protegidas contra os choques.

Nota: estes blocos de armação devem ser conservados e transportados, conforme os modelos, armados ou desarmados, com o volante completamente aparafusado, para satisfazer esta condição.

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INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA E RECOMEÇO DO TRABALHO

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CONDIÇÕES

1. INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA

Conforme a causa da interrupção, o tempo de que se dispõe para interromper o trabalho pode ser, por exemplo:

— muito curto, em caso de aparição de uma trovoada,

— relativamente longo, em caso de interrupção voluntária do trabalho.

1.1 O tempo de que se dispõe é muito curto

Tomar todas as disposições para que:

1.1.1 as ferramentas e equipamentos que concorrem para o suporte de peças em tensão estejam bem fixados,

1.1.2 as ferramentas e equipamentos cuja presença na Zona de Trabalhos não é indispensável, sejam abrigados,

1.1.3 o acesso aos locais de trabalho seja proibido a terceiros.

1.2 O tempo de que se dispõe é relativamente longo

1.2.1 De acordo com as circunstâncias, deve-se:

— terminar a fase de trabalho em curso (por exemplo afilaçar um condutor ou colocá-lo na pinça de amarração);

— ou, se necessário:

— aproximar os condutores da sua posição inicial

— e reforçar os dispositivos que desempenham uma função mecânica e que devem ficar montados.

1.2.2 Retirar ou prender os protectores.

1.2.3 Tomar todas as disposições indicadas em 1.1.

1.3 Se a interrupção for devida a um incidente ocorrido na Zona de Trabalhos que tenha provocado o disparo da saída em REE, o Responsável de Trabalhos deve:

1.3.1 interromper o trabalho;

1.3.2 prevenir o Responsável de Exploração;

1.3.3 proceder à eliminação das causas que tenham provocado o disparo, se ainda persistirem.

Se nada se opuser a isso, o Responsável de Trabalhos pode proceder ao recomeço dos trabalhos.

1.4 De acordo com a natureza do trabalho, o Responsável de Trabalhos deve prevenir o Responsável de Exploração se houver alteração do momento previsto para o fim dos trabalhos.

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2. RECOMEÇO DO TRABALHO

Quando do recomeço do trabalho:

2.1 Se as ferramentas ou equipamentos isolantes foram poluídos, LIMPAR os que ficaram em contacto com as peças em tensão.

Nota: entende-se por poluição qualquer sujidade proveniente de fuligem, poeiras, nevoeiros, produtos químicos ou de pedreiras, etc..

2.2 RETIRAR os protectores de peças em tensão para os limpar, e verificar em particular se o seu interior está seco; SUBSTITUÍ-LOS se a secagem e a cobertura com silicone do interior forem impossíveis.

Nota: não é necessário retirar os protectores a não ser que tenham sido poluídos ou molhados durante a interrupção e que haja dúvidas a respeito da secura do seu interior.

SOLUÇÕES À DISPOSIÇÃO DO RESPONSÁVEL DE TRABALHOS

1. INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA

1.1 Se o tempo de que se dispõe é curto (aparição de trovoada, por exemplo)

1.1.1 VERIFICAR o aperto das abraçadeiras e mangas.

1.1.2 DESCER até ao solo todo o equipamento e ferramenta que não seja indispensável.

1.1.3 DESMONTAR os elementos inferiores das escadas de elementos de encaixar (MO 73):

— COLOCAR os letreiros "Instalação em Tensão - Perigo de Morte" nos elementos de escada que ficam montados.

— COLOCAR dispositivos que impeçam o acesso de terceiros às cordas que fiquem amarradas ao solo.

Nota: as disposições da anterior secção 1.1.3 não são obrigatórias se a vigilância da Zona de Trabalhos for assegurada.

1.2 Se o tempo de que se dispõe é relativamente longo, deve-se além disso:

1.2.1 APROXIMAR os condutores do poste à distância mínima admissível.

— LEVAR a espera das abraçadeiras de alavanca ao contacto com o poste e FIXÁ-LA a este por meio de uma corrente de amarração ou de uma corda.

— APROXIMAR do poste os cabos com isolamento seco afastados do mesmo por varas de suporte de condutor fixadas em abraçadeiras; se os cabos secos estiverem ligados a condutores de pequena secção, REDUZIR o esforço imposto a estes.

1.2.2 — DUPLICAR as varas de afastamento ou COLOCAR um tirante isolante e amarrá-lo ao poste.

— TRAVAR o tirador das talhas, à saída do cadernal, por meio de ligadores.

— SUBSTITUIR em todos os locais onde isso for possível, os tirantes que tenham a sua corda amarrada ao solo por varas de suporte de condutor fixadas em abraçadeiras.

— ATAR o tirador das talhas a uma abraçadeira de anéis fixada a meia altura do poste e FIXAR aí solidamente as pontas das cordas que sobrarem para que não possam ser agarradas a partir do solo.

1.2.3 — VERIFICAR a fixação dos protectores e COLOCAR eventualmente atilhos de sujeição suplementares.

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— IMPEDIR o escorregamento eventual dos protectores de condutor, por meio de ligadores fixados nos condutores.

2. RECOMEÇO DO TRABALHO

Se as ferramentas ou equipamentos isolantes (varas, etc.) estiverem poluídos: limpá-los à distância (ver fig. 1, abaixo), começando pela parte superior.

Nota: esta maneira de proceder leva a criar desde o início da intervenção uma zona que não corre o risco de ser poluída de novo por um escorrimento eventual da humidade restante, à medida que prossegue a operação de limpeza.

Fig. 1

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INTERVENÇÃO EM PARTES FORA DE TENSÃO DE UMA INSTALAÇÃO EM TENSÃO

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PREÂMBULO

Algumas intervenções em tensão comportam fases de trabalho em partes da instalação fora de tensão. Este documento tem a finalidade de fixar as condições que, nesse caso, a equipa de TET deve respeitar.

CONDIÇÕES

1. Salvo nos casos que são objecto das condições 3, 4 e 5 abaixo indicados, quando uma parte dos trabalhos confiados a uma equipa de TET não puder ser feito no âmbito do estabelecido no Manual de Prevenção do Risco Eléctrico (documento DPS 1/2002-EDP, de Janeiro de 2002), a parte da instalação implicada pelos trabalhos citados deve ser previamente consignada e ligada à terra e em curto-circuito.

Nota: a condição acima é aplicável em particular à ligação de uma derivação, o que não pode ser feito antes desta ter sido entregue ao Responsável de Exploração.

Se o Responsável de Trabalhos da equipa TET for titular das habilitações necessárias, o Responsável de Exploração pode designá-lo como "Chefe de Consignação por conta própria" e da equipa que dirige, mencionando-o na AIT.

A AIT deverá ainda descrever sem ambiguidade:

a) para os operações de consignação:

— os elementos que permitem identificar sem ambiguidade a instalação a consignar e os seus limites,

— as manobras e encravamentos de interruptores e de pontes MT, de disjuntores BT, etc. a efectuar.

b) para as operações de recolocação em tensão ou de colocação em tensão de uma instala-ção nova;

— que a execução de manobras de aparelhos ou o fecho de pontes provocando a colocação em tensão da instalação só poderá ser feita depois de o Responsável de Exploração dar o seu acordo

c) para a colocação em tensão de uma instalação nova:

— o número e a localização dos dispositivos de ligação à terra e em curto-circuito que deverão ser retirados por ordem do Responsável de Exploração antes da colocação em tensão da instalação.

Nota: trata-se de dispositivos de ligação à terra e em curto-circuito:

— que serviram para a construção da instalação e não tiverem sido retirados,

— eventualmente colocados depois da construção da instalação por ordem do Responsável de Exploração.

2. Salvo nos casos que são objecto das condições 3, 4 e 5 abaixo:

— as partes de instalações que não estão consignadas, ligadas à terra e em curto-circuito, devem ser consideradas como estando em tensão,

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— os trabalhos a realizar nessas partes de instalações devem ser executados de acordo com o Manual de Prevenção do Risco Eléctrico (documento DPS 1/2002-EDP, de Janeiro de 2002).

Nota: resulta desta condição que as partes fora de tensão devem ficar consignadas, ligadas à terra e em curto-circuito até ao fim das intervenções com "mãos nuas" (ver comentário à condição 3, abaixo).

3. No caso de um seccionador, um interruptor, um disjuntor ou um descarregador de sobretensões instalado num apoio de linha estar completamente separado de qualquer condutor activo por corte perfeitamente visível, as intervenções nesse aparelho podem ser feitas com "mãos nuas" sem que seja necessário:

— colocar placas de consignação,

— verificar a ausência de tensão,

— ligar à terra e em curto-circuito,

— delimitar a zona de intervenção.

Nota: é necessário cuidar em particular de separar o aparelho de qualquer alimentação em retorno que possa resultar da presença de um transformador de tensão.

A expressão com "mãos nuas" quer dizer que as intervenções são realizadas sem luvas ou ferramenta isolante; a utilização de luvas de trabalho é, evidentemente, aconselhada.

4. No caso de uma intervenção num posto de transformação do tipo aéreo, no qual todos os terminais MT do transformador estão, no próprio apoio, separados dos condutores de linha por um corte perfeitamente visível:

a) se não estiver prevista a realimentação da rede BT, as intervenções podem ser feitas com "mãos nuas" depois:

— da verificação de ausência de tensão nos condutores BT da rede,

— da ligação à terra e em curto-circuito dos mesmos.

Não é, no entanto, necessário:

— colocar as placas de consignação,

— delimitar a zona de intervenção.

b) Se estiver prevista a realimentação da rede BT, as intervenções não podem ser feitas com "mãos nuas" senão depois de os condutores BT terem sido separados, por um corte perfeitamente visível, dos terminais a jusante do disjuntor BT.

Nesse caso não é necessário: — colocar as placas de consignação, — verificar a ausência de tensão, — ligar à terra e em curto-circuitoa parte de instalação em que se for trabalhar, — delimitar à zona de intervenção.

Nota: lembra-se que os executantes devem respeitar as regras do trabalho em tensão BT quanto às partes de instalação realimentadas.

5. As intervenções fora de tensão na parte exterior das entradas de um posto de transformação (PT) em alvenaria podem ser efectuadas com "mãos nuas": — o aparelho de corte correspondente situado no interior do posto de transformação

(seccionador, interruptor, etc.) esteja encravado em posição de aberto; — e se os arcos exteriores de ligação da linha tiverem sido retirados.

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DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 3/3

Nesse caso, após verificação de ausência de tensão, não é necessário:

— ligar em curto-circuito e à terra a parte de instalação em que se trabalha,

— delimitar a zona de intervenção.

Nota: a condição ao lado visa as intervenções para as quais a ligação à terra e em curto-circuito no interior do PT sejam difíceis ou mesmo impossíveis.

Lembra-se que os executantes devem respeitar as condições de distância em relação aos condutores MT que estão em tensão.

6. Durante as intervenções com "mãos nuas" visadas nas condições 3, 4 e 5 acima, todas as intervenções pelo método de trabalho em tensão "à distância" no mesmo apoio ficam proibidas.

7. Para proceder à implantação ou ao arranque de apoios de uma linha MT ou à deslocação de aparelhos em tensão, o manobrador da máquina deve estar sob a responsabilidade de um Responsável de Trabalhos habilitado para trabalhos em tensão MT.

Essa intervenção requer a colocação da instalação em REE.

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2ª edição

Anula e substitui a edição de Abril de 1980 e respectivo Aditamento, de Fevereiro de 1984

Homologada em 2007-05-31 CET 211 – MT – A/D

DISTÂNCIAS A RESPEITAR PELO EXECUTANTE

EM RELAÇÃO ÀS PEÇAS: ⎯ Em tensão ⎯ Podendo passar a estar em tensão pela execução do trabalho ⎯ Podendo entrar em tensão acidentalmente

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CONDIÇÕES

1. ZONA INTERDITA

1.1 Qualquer peça não isolante que se enconte ou penetre (mesmo só parcialmente) numa zona interdita, deve ela própria ser considerada em tensão e envolvida por uma zona interdita.

Nota: faz excepção à regra a haste de um "disruptor de hastes" que esteja ligada à massa: ainda que se encontre em parte na zona interdita que rodeia a outra haste, não pode ser considerada em tensão, pois está ligada ao circuito de terra.

1.2 Qualquer peça não isolante ligada mecanicamente, por intermédio de um dispositivo isolante de nível apropriado, a uma peça em tensão não é considerada como estando em tensão.

Nota: deve entender-se por dispositivo isolante de nível apropriado:

— um isolador adequado à tensão da rede,

— uma ferramenta homologada prevista para o efeito,

— um comprimento (L) de tubo isolante homologado, definido no seguinte quadro:

Tensão (U) Comprimento (L)

U 25 kV L ≥ 60cm

25 kV < U 35 kV L ≥ 90cm

Os valores aqui indicados, para o comprimento L do tubo isolante (60 cm ou 90 cm) são superiores aos que seriam necessários no ar. Permitem o trabalho sob chuva até à tensão de 35 kV.

Esta possibilidade supõe, contudo, que os tubos estejam limpos e siliconizados.

Com efeito, a presença de uma película contínua (chuva, neve, geada, nevoeiro, gelo, etc.), cobrindo um tubo isolante, reduz o seu nível de isolamento a um valor que proíbe os trabalhos em tensão.

2. EVOLUÇÕES DO EXECUTANTE - GESTOS DE TRABALHO

EM NENHUM CASO, A ZONA DE EVOLUÇÃO DUM EXECUTANTE PODE INTERCEPTAR UMA ZONA INTERDITA

Para ficar seguro de que em caso algum, no decurso das evoluções do executante na proximidade de peças em tensão ou no decurso da execução dos seus gestos de trabalho, nenhuma parte do seu corpo ou uma peça não isolante em contacto com ele penetra numa zona interdita, deve ser tomada uma das seguintes disposições:

2.1 Respeito da distância mínima de aproximação “D”

Na ausência de anteparos é protectores, o executante deve manter entre a sua zona de evolução e as peças em tensão, uma distância pelo menos igual à distância mínima de aproximação “D”.

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Nota: regra geral, o executante deve manter-se sempre tão afastado das peças em tensão quanto lho permita a boa execução do seu trabalho.

É ao Responsável de Trabalhos que compete dar as indicações necessários.

Para o fazer terá em conta:

— o modo como o executante está ligado à sua posição de trabalho, e a liberdade de movimentos que daí resulta,

— a habilidade do executante.

No caso de utilização de um elevador, a envolvente do braço e da barquinha faz parte da zona de evolução do executante.

2.2 Emprego de Anteparos e de Protectores

Quando forem colocados anteparos e protectores, o executante pode roçá-los. Por outro lado, estes anteparos e protectores não permitem reduzir a distância mínima de aproximação, que deve ser respeitada, entre a barquinha ou o respectivo braço e os condutores em tensão. Nota: as indicações respeitantes a estes dispositivos são dadas nas CET 213 e nas FT e MO correspondentes a

cada um dos equipamentos e ferramentas utilizados.

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DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 3/8

Com efeito, em caso de:

— falsa manobra,

— balanço da barquinha,

o braço e a barquinha poderiam:

— deslocar um protector e fazer-lhe perder a sua eficácia,

— deslocar um anteparo e penetrar na zona interdita

SOLUÇÕES À DISPOSIÇÃO DO RESPONSÁVEL DE TRABALHOS

1. UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS ISOLADAS

Para melhor apreciar as distâncias, nas varas de tubo isolante estão afixadas duas marcas, às seguintes distâncias das cabeças metálicas das mesmas:

— 60 cm para U 20 k V,

— 90 cm para U = 30 kV.

2. AFASTAMENTO DOS CONDUTORES EM TENSÃO

O afastamento do condutor permite ao executante ter acesso ao isolador e à armação.

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3. ESCOLHA DA LOCALIZAÇÃO DA POSIÇÃO DE TRABALHO

A utilização da plataforma ou de um elevador de barquinha permite ao executante colocar-se convenientemente para executar o seu trabalho e respeitar a distância mínima de aproximação em relação às peças em tensão.

4. UTILIZAÇÃO DE ANTEPAROS

A interposição de um anteparo, entre o executante e a "zona interdita" que rodeia o condutor em tensão, baliza a zona de evolução do executante. Contudo, a barquinha e o braço do elevador devem encontrar-se a uma distância pelo menos igual à distância mínima de aproximação D.

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DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 5/8

5. UTILIZAÇÃO DE PROTECTORES

A colocação de um protector em redor duma peça em tensão autoriza o executante a roçar o protector no decurso de um trabalho ou de uma deslocação (ver CET 213).

O braço e a barquinha não devem aproximar-se das peças em tensão a uma distância inferior a D.

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DISTÂNCIAS A RESPEITAR PELO EXECUTANTE

UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS HIDRÁULICAS COM TUBO FLEXÍVEL ISOLANTE

CONDIÇÕES

Na utilização de ferramentas hidráulicas accionadas por intermédio de um TUBO FLEXÍVEL ISOLANTE (FT 403B-MT-A/D), deve ser tida em conta a seguinte condição de execução:

A distância (A) que deve ser mantida entre a zona interdita e a zona de evolução do executante, será tal que o comprimento (L) do tubo flexível isolante entre aquelas duas zonas seja igual ou superior a:

Tensão (U) Comprimento (L)

U 25 kV L ≥ 0,80 m

25 kV<U 35kV L ≥ 1,20 m

Nota: as distâncias mínimas definidas pressupõem, contudo, que os tubos flexíveis isolantes estejam limpos e siliconizados, uma vez que, se cobertos com uma película contínua de humidade, chuva, neve, geada, gelo, etc., o seu nível de isolamento fica reduzido.

O tubo flexível isolante descrito na FT 403B-MT-A/D só deve ser utilizado cheio de óleo preconizado (FT 1012-MT) e depois de ter sido ensaiado em laboratório a 75 kV/30 cm, e se o seu aspecto superficial não apresentar princípio de cortes, dobras ou bolhas.

Para melhor avaliar as distâncias, no tubo flexível isolante deverão ser afixadas duas marcas, com cores idênticas às utilizadas nas varas, às seguintes distâncias da extremidade de acoplamento das ferramentas:

— 0,90 m para U 25 kV,

— 1,40 m para 25 kV < U 35 kV.

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EXEMPLOS DE SOLUÇÕES À DISPOSIÇÃO DO RESPONSÁVEL DE TRABALHOS

1 EXECUTANTE POSICIONADO NUMA ESCADA ISOLANTE

As marcas afixadas sobre o tubo flexível isolante permitem ao executante e ao responsável de trabalhos aperceberem-se mais facilmente das distâncias a respeitar no ar.

A marca correspondente à gama de tensão em que decorre a intervenção em tensão deve, em qualquer circunstância, permanecer fora da zona de evolução do executante.

2 EXECUTANTE POSICIONADO NUMA PLATAFORMA ISOLANTE

O executante, posicionado sobre uma plataforma isolante, deve ter em atenção que a marca no tubo flexível isolante correspondente à tensão da linha se mantém sempre fora da sua zona de evolução.

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3 EXECUTANTE POSICIONADO NUM ELEVADOR COM BARQUINHA

A distância de segurança “A” é também mantida relativamente ao braço elevador e à barquinha isolantes.

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2ª edição

Anula e substitui a edição de Abril de 1980 Homologada em 2007-05-31 CET 213 – MT – A/D

ANTEPAROS E PROTECTORES

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 1/2

CONDIÇÕES

1. ANTEPARO

Um anteparo é um equipamento em material isolante que permite reduzir a distância mínima de aproximação dum executante a uma peça em tensão e limitar a sua zona de evolução.

Nota: para os seus gestos não limitados pelo anteparo, o executante deve respeitar a distância mínima de aproximação (D = t + g) em relação às peças em tensão.

Este equipamento não deve contudo ser considerado como tendo uma qualidade dieléctrica transversal controlada e uma resistência mecânica que permita apoiar-se nele.

1.1 O anteparo deve ser colocado entre o executante e o limite da zona interdita de uma peça em tensão. Tem por fim impedir materialmente uma penetração na zona interdita pela paragem de um gesto involuntário.

1.2 O executante deve evitar exercer esforço sobre o anteparo.

Nota: sendo limitada a resistência mecânica dum anteparo, este pode deformar-se ou deslocar-se sob a pressão dum gesto do executante. É por isso que o anteparo não deve ser colocado justamente no limite da zona interdita, podendo uma eventual deformação ocasionar uma penetração no interior desta zona interdita.

Este esforço eventual não deve nunca ter por consequência levar uma parte qualquer deste anteparo a penetrar na zona interdita.

2. PROTECTOR

Um protector é um invólucro isolante que tem propriedades dieléctricas transversais controladas mas uma resistência mecânica insuficiente para servir de apoio.

Nota: na prática, um protector não realiza uma protecção eficaz senão quando está correctamente montado, em conjunto com outros protectores e sobre as peças para as quais foi concebido.

Os conjuntos de protectores asseguram uma protecção contínua, pois o conjunto foi ensaiado como se fosse um único protector.

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2.1 Caso das redes de tensão nominal inferior ou igual a 20 kV

O executante não deve permanecer em contacto permanentemente com um protector.

O executante não é autorizado a entrar em contacto com um protector:

— senão por gestos fortuitos ou de curta duração, no decurso do trabalho,

— ou, roçando-o, nas suas deslocações.

Nota: o executante deve respeitar a distância mínima de aproximação D = t + g, em relação às peças em tensão não protegidas.

2.2 Caso das redes de tensão nominal superior a 20 kV e inferior ou igual a 35 kV

2.2.1 Na ausência de chuva:

— o executante não deve permanecer em contacto permanente com um protector,

— o executante não é autorizado a entrar em contacto com um protector:

— senão por gestos fortuitos ou de curta duração, no decurso do trabalho,

— ou, roçando-o, nas suas deslocações.

2.2.2 Em tempo de chuva:

— o executante não deve entrar em contacto com o protector.

Nota: o executante prevê a sua zona de evolução e os seus gestos de forma a não entrar em contacto com o protector.

Uma distância, mesmo que pequena, garante a sua segurança.

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DCE - C18 - 525/N JUL 2008

3ª edição

Anula e substitui a edição de Maio de 2007 Homologada em 2008-07-25 CET 215 – MT – A/D

DISTÂNCIAS ENTRE PEÇAS CONDUTORAS

DTI – Direcção de Tecnologia e Inovação Pág. 1/4

PREÂMBULO

Para aplicação deste documento, considerar-se-ão todos os apoios, seja qual for a sua natureza (mesmo que de madeira), como estando ao potencial da terra.

CONDIÇÕES

1. No decurso de uma intervenção em tensão, a distância "d" entre duas peças condutoras nuas a potenciais fixos diferentes, com excepção da que está prescrita entre as hastes dos disruptores, deve ser sempre superior ou igual à distância “A”, indicada no quadro seguinte:

Un A

Un 20 kV 10 cm

20 kV < Un 35 kV 20 cm

2. Se, no decurso de uma intervenção em tensão uma peça condutora a potencial flutuante encontrar ou se deslocar na proximidade duas peças condutoras com potenciais fixos diferentes (fase e terra, por exemplo) a soma (d1 + d2) das distâncias entre essa peça a potencial flutuante e as peças a potenciais fixos diferentes deve sempre ser superior ou igual à distância “A“, prescrita pela condição 1.

DCE - C18 - 525/N CET 215 - MT - A/D

Nota: para aplicação das condições 1 e 2 deve-se ter em conta:

— todas as possibilidades de deslocação relativa das peças condutoras a potencial fixo ou flutuante, — a dificuldade de apreciar as distâncias, d, d1 e d2 no espaço, — a imprecisão dos gestos do executante.

3. Se, no decurso da análise prévia da zona de trabalhos ou durante os trabalhos, se tornar visível que a distância entre uma peça condutora em deslocação e as que a rodeiam corre o risco de ser inferior às distâncias prescritas nas condições 1 e 2, o Responsável de Trabalhos deve, antes da operação ou da fase de trabalhos em causa:

— tomar as disposições necessárias para limitar ou controlar mais eficazmente a deslocação da peça condutora para evitar o risco indicado;

— ou, isolar com protectores ou mantas homologadas uma das peças.

4. No fim de uma intervenção em tensão e antes de devolver a sua AIT ao Responsável de Exploração, o Responsável de Trabalhos deve assegurar-se, mesmo se a instalação ou a modificação efectuada tiver apenas carácter provisório, que as seguintes distâncias no ar (entre os condutores de linha e das pontes condutoras em relação a outras peças) são respeitadas.

Distâncias mínimas Un

Fase-terra Entre fases

10 kV Un 35 kV 48 cm 54 cm

Pág. 2/4 DTI – Direcção de Tecnologia e Inovação

DCE - C18 - 525/N CET 215 - MT - A/D

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 3/4

EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DAS DISPOSIÇÕES PREVISTAS NA CET 215

A - CONTROLO DOS MOVIMENTOS DA PEÇA METÁLICA

Utilização de estribos isolantes:

— o último gesto, que consistirá em deslocar o arco condutor do ponto A para o ponto B, será de pequena amplitude; só provocará uma deslocação e uma deformação limitadas do conjunto do arco, estando portanto assegurado o controlo da deslocação.

O segundo executante, segurando a ponte condutora, permitirá controlar as deslocações desta.

A utilização da corda impede a extremidade livre do condutor em regulação de se aproximar dos condutores, em tensão.

DCE - C18 - 525/N CET 215 - MT - A/D

Pág. 4/4 DTI – Direcção de Tecnologia e Inovação

B - UTILIZAÇÃO DE PROTECTORES PARA EVITAR AS CONSEQUÊNCIAS DE UM CONTACTO FORTUITO

A presença do protector na fase inferior permite evitar um contacto fortuito entre o arco e a fase no decurso do deslocamento do arco.

A presença da manta isolante homologada permite evitar um contacto fortuito entre a filaça e o ferro de suporte. O executante cortará a filaça antes que o comprimento liberto crie o risco de entrar em contacto fora da manta.

manta isolante homologada

C - CASO DOS DISRUPTORES DE HASTES

A presença do calibre isolante sobre a lâmina antipássaros limita ao contacto com o mesmo a deslocação da haste de descarga.

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3ª edição

Anula e substitui a edição de Junho de 1985 Homologada em 2007-05-31 CET 221 – MT – A/D

ESFORÇOS MECÂNICOS SUPLEMENTARES NOS CONDUTORES ESTICADOS

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 1/2

PREÂMBULO

Alguns trabalhos impõem aos condutores esforços mecânicos suplementares que podem causar a rotura desses mesmos condutores, particularmente se a sua resistência mecânica inicial tiver sido diminuída:

— por feridas, principalmente nos condutores unifilares de pequena secção, ou

— pela presença de alguns acessórios de rede que pode dar origem a um ponto fraco.

As condições seguintes são definidas para evitar que no decorrer de uma intervenção possa acontecer a rotura dos condutores esticados. Estas condições não são portanto aplicáveis nem a pontes, nem a a arcos, nem a fiadores.

CONDIÇÕES

1. Antes de qualquer intervenção sobre um condutor, o Responsável de Trabalhos deve determinar, com o máximo rigor possível, o estado mecânico desse condutor bem como dos acessórios que o equipam:

1.1 Qualquer torcedura ou ferida (indícios de mordaça, rotura de fios ou outra deterioração mecânica) detectada no condutor deve ser considerada sempre como um ponto duvidoso.

No entanto, em cabos de 19 ou mais fios, a ferida ou a rotura de um ou dois fios não deve ser considerada como um ponto duvidoso.

Nota: este exame será em princípio limitado ao vão de condutor em que vai ter lugar a intervenção, e eventualmente aos vãos adjacentes se houver risco destes serem mecanicamente afectados pela intervenção.

1.2 Os acessórios a seguir indicados devem igualmente ser considerados como pontos duvidosos:

— pinças de amarração de aperto mecânico associadas a disruptores de hastes em que a haste do lado em tensão não esteja directamente ligada ao condutor por uma ligação especial,

— uniões de aperto cónico,

— uniões em hélice pré-formadas em cabos heterogéneos,

Nota: não se incluem as mangas de reparação em hélice pré-fórmadas.

— uniões por simples torsão dos condutores,

— uniões por soldadura.

Nota: esta lista pode eventualmente ser completada com instruções estabelecidas localmente em função do conhecimento do estado de determinada rede, em particular da sua antiguidade, do meio ambiente e de anteriores incidentes de exploração.

2. Os esforços mecânicos suplementares impostos aos condutores pela intervenção não devem, em caso algum, conduzir a fazê-los suportar tensões mecânicas superiores a um terço da sua carga de rotura.

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Pág. 2/2 DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia

3. O quadro seguinte precisa as situações em que as intervenções são interditas ou autorizadas.

Nota: esta disposição traduz uma preocupação de segurança, pois os esforços, mesmo temporários, impostos aos condutores, respeitam os prescritos pelo RSLEAT.

Condutor Operações requerendo um aumento

notável da tensão mecânica

Características Estado mecânico Não Sim

Cabo de cobre: S > 14 mm2 Duvidoso (*) Autorizada Interdita

Cabo de outra natureza: S > 22 mm2 Bom Autorizada Autorizada

(*) O ponto duvidoso pode ser eliminado pela montagem de um dispositivo de retenção mecânica apropriado (ver FT 98-MT-A/D).

Notas: a tensão mecânica de um condutor pode ser verificada por meio de um aparelho de medição apropriado.

"S" representa a secção real do condutor.

Consideram-se como requerendo um aumento notável da tensão mecânica do condutor, os trabalhos que impliquem:

— a deslocação longitudinal do condutor por corda, cadernal, ou tirante, ou

— o afastamento lateral do condutor.

A deslocação de alguns centímetros, imposta a um condutor para a substituição de uma cadeia de suspensão, não deve ser considerada como requerendo aumento notável da tensão mecânica.

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2ª edição

Anula e substitui a edição de Abril de 1980 Homologada em 2007-05-31 CET 223 – MT – A/D

VERIFICAÇÃO DO ESTADO MECÂNICO DOS ISOLADORES RÍGIDOS

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 1/1

CONDIÇÕES

1. Antes de começar um trabalho que provoque esforços mecânicos num isolador rígido:

— o Responsável de Trabalhos deve previamente verificar com os binóculos o estado do isolador,

— o executante, chegado à sua posição de trabalho, deve fazer uma segunda verificação com o espelho, e dar conta do resultado ao Responsável de Trabalhos.

2. Se o isolador estiver deteriorado:

Nota: um isolador que tenha todas as abas partidas ou rachadas, pode desagregar-se durante o trabalho (quando da colocação das varas ou do desfazer da filaça).

— quando na colocação de ferramentas isolantes evitar submeter o isolador a esforços mecânicos,

— quando estiver colocada a triangulação, antes de desfazer a filaça do isolador, colocar o condutor em pré-esforço numa direcção que o afaste do ferro do isolador (Fig. 1).

Nota: caso o isolador se desagregue no momento em que a filaça é cortada na gola do isolador, o pré-esforço afastará imediatamente o condutor do ferro de suporte do isolador.

Fig. 1

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3ª edição

Anula e substitui a edição de Junho de 1985 Homologada em 2007-05-31 CET 231 – MT – A/D

SUBIDA ACIDENTAL DO POTENCIAL DOS APOIOS E DAS ARMAÇÕES

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 1/12

PREÂMBULO

Durante uma intervenção numa rede em tensão, as armações e o apoio podem sofrer uma subida acidental de potencial.

Uma tal eventualidade pode ocorrer, por exemplo:

— quando o executante provoca um contacto fase-massa,

— quer pela aproximação de uma peça em tensão de uma peça cuja protecção, prevista na CET 215 "Distâncias entre peças condutoras", foi deslocada durante o trabalho,

— quer curto-circuitando um isolador com uma extremidade metálica da ferramenta,

— quando a intervenção provoca a quebra do isolador.

Essa subida do potencial pode provocar um acidente eléctrico do executante e das pessoas no solo que estejam em contacto simultaneamente com uma ou mais peças a potencial diferente.

Entre as peças susceptíveis de serem levadas a potenciais diferentes, encontram-se, por exemplo:

— o apoio que sofreu a subida acidental de potencial, Nota: o executante colocado sobre um apoio, qualquer que seja o seu meio de colocação, é

considerado como estando em contacto com o apoio e ao potencial deste, acompanhando portanto as variações de potencial, ainda que esteja colocado sobre um elemento em fibras de vidro das escadas de encaixar ou numa plataforma em material isolante.

— a parte metálica do elevador, em contacto com o solo,

— a parte metálica das escadas de encaixar, em contacto com o solo,

— outras peças condutoras, tais como:

— as armações,

— as bases metálicas dos aparelhos colocados no apoio,

— os condutores de MT consignados, ligados à terra e em curto-circuito (os condutores de MT não estejam ligados à terra e em curto-circuito devem considerar-se como estando em tensão),

— os condutores de ligação à terra não ligados à armação MT,

— a armadura dos cabos da transição linha aérea/subterrânea, as suas caixas terminais ou a extremidade nua dos seus condutores,

— os condutores BT, incluindo o neutro, nus ou com isolamento insuficiente, quer estejam em tensão ou consignados, ligados à terra e em curto-circuito,

— as espias.

Para aplicação da presente CET, os elevadores com braços e barquinhas isolantes devem ser considerados como elementos não isolantes.

DCE - C18 - 525/N CET 231 - MT - A/D

Pág. 2/12 DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia

CONDIÇÕES

1. No decurso de qualquer intervenção em tensão na rede MT o executante deve precaver-se contra as consequências de uma eventual subida do potencial, evitando entrar em contacto com as peças que estejam, ou susceptíveis de serem levadas a um potencial diferente do seu.

Nota: o executante pode evitar os contactos com peças a um potencial diferente do seu: — afastando-se dessas peças, — isolando-se dessas peças por meio de equipamentos homologados (mantas isolantes MT,

elementos de escadas em fibras de vidro), — realizando uma ligação equipotencial entre essas peças e o seu posto de trabalho.

2. Para evitar entrar em contacto com peças que estejam, ou susceptíveis de serem levadas, a um potencial diferente do seu, e consoante o meio como está colocado, o executante deve respeitar uma das seguintes condições:

2.1 Executante colocado na barquinha de um braço elevatório:

Quando o executante está colocado na barquinha de um braço elevatório, no momento em que intervém em tensão na rede MT, deve:

⎯ ter afastado a barquinha e ter-se ele mesmo afastado para uma distância pelo menos igual a: ⎯ 0,20 m das peças susceptíveis de serem levadas a um potencial diferente do seu, ⎯ 0,30 m dos condutores de uma rede BT em tensão

ou

⎯ ter isolado, por revestimento com mantas isolantes MT homologadas, nos pontos de contacto possíveis, o apoio e as peças das quais não se pode afastar.

Nota: a colocação das mantas pode ser efectuada: — à distância, — pelo método de trabalho ao contacto (utilizando portanto luvas isolantes homologadas) sobre

condutores BT em tensão, — com "mãos nuas", nos condutores BT ou MT consignados, ligados à terra e em curto-circuito,

bem como noutras peças condutoras sem tensão ao alcance dos executantes.

2.2 Executante colocado sobre uma plataforma:

Quando o executante está colocado sobre uma plataforma, sobre um apoio metálico, ou com o auxilio de estribos, no momento em que intervém em tensão na rede MT, deve:

⎯ ter-se afastado para uma distância pelo menos igual a: ⎯ 0,20 m das peças susceptíveis de serem levadas a um potencial diferente do seu (com

excepção do apoio), ⎯ 0,30 m dos condutores de uma rede BT em tensão

ou

⎯ ter isolado por revestimento com mantas isolantes homologadas, nos pontos de contacto possíveis, as peças de que não se pode afastar

ou ainda

⎯ no caso de uma das peças estar ligada à terra, ter realizado uma ligação equipotencial entre todas essas peças (incluindo o condutor de terra) e a armação que suporta o condutor MT em que terá lugar a intervenção. Nota: no caso de um apoio metálico essa ligação equipotencial é geralmente realizada na construção,

entre a torre e as armações MT; em qualquer outro tipo de apoio, a ligação equipotencial pode ser feita, se se tratar de uma terra de descarregador de sobretensões, ou de aparelhagem (por exemplo, seccionador de comando mecânico) ou da armadura do cabo de uma transição linha aérea para cabo subterrâneo, por meio de um cabo flexível de secção mínima equivalente a 25 mm2 de cobre e equipado com ligadores de anel.

Esta disposição é proibida quando o condutor de ligação à terra é o mesmo do neutro de uma rede BT, ou de uma rede consignada e ligada à terra e em curto-circuito.

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DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 3/12

2.3 Executante colocado sobre uma escada:

⎯ se esta for de elementos de encaixar, no momento em que intervém numa rede MT, o executante deve:

⎯ estar colocado no segundo degrau (ou a um nível mais elevado) de um elemento em fibras de vidro, qualquer que seja o tipo de apoio,

⎯ ter tomado as precauções indicadas na condição 2.2 anterior, perante as peças, além do apoio, com as quais pode entrar em contacto, e que corram o risco de serem levadas a um potencial diferente do seu,

Nota: recorda-se que a utilização de escadas metálicas que não sejam as de elementos de encaixar é proibida.

⎯ se a escada é de madeira, o executante deve ter tomado as precauções indicadas na condição 2.2 anterior.

3. Por outro lado, no caso de trabalho simultâneo a partir do apoio e da barquinha de um elevador, no momento em que um dos executantes intervém na rede MT, é proibido qualquer contacto que possa constituir uma ligação condutora entre os executantes colocados no apoio e os executantes colocados na barquinha do elevador.

Nota: esta condição visa particularmente a transferência de ferramentas condutoras ou como tal consideradas; a transferência de ferramentas deve efectuar-se respeitando a distância de 0,20 m entre executantes.

4. Enquanto os executantes estiverem a intervir numa peça em tensão, as pessoas no solo devem estar afastadas vários metros do apoio e do engenho elevador.

Nota: a triangulação da corda de serviço facilita o respeito por esta condição.

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Pág. 4/12 DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia

ANEXO

ILUSTRAÇÃO DA CET 231

A. EXEMPLOS DE RISCOS DE ACIDENTE ELÉCTRICO RESULTANTE DE UMA SUBIDA ACIDENTAL DO POTENCIAL DAS ARMAÇÕES E DO APOIO

B. EXEMPLOS DE PRECAUÇÕES A TOMAR PARA SE PRECAVER CONTRA OS RISCOS DE ACIDENTE ELÉCTRICO

1. EXECUTANTE POSICIONADO NA BARQUINHA DE UM BRAÇO ELEVATÓRIO

O executante posicionado na barquinha de um braço elevatório corre o risco de entrar em contacto com peças susceptíveis de se encontrar a um potencial diferente do seu, como por exemplo:

— O apoio O executante afasta a barquinha e afasta-se ele próprio para uma distância pelo menos igual a 0,20 m do apoio.

A protecção por revestimento das massas (conforme CET 215), que se deslocou no decorrer da intervenção

Protecção das massas conforme a CET 215

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DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 5/12

— Uma rede BT em tensão ou ligada à terra e em curto-circuito

O executante:

— revestiu os condutores da rede BT com mantas isolantes MT homologadas,

— afastou a barquinha e afastou-se ele próprio para uma distância pelo menos igual a 0,20 m do apoio.

O executante afasta a barquinha e afasta-se ele próprio para uma distância pelo menos igual a:

— 0,20 m dos condutores da rede BT ligados à terra e em curto-circuito,

— 0,30 m dos condutores da rede BT em tensão.

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Pág. 6/12 DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia

2. EXECUTANTE POSICIONADO SOBRE O APOIO

2.1. O executante está posicionado com o auxílio de estribos

O executante, posicionado sobre o apoio com o auxílio de estribos (ou sobre uma plataforma), está em contacto com o apoio e corre o risco de entrar em contacto com peças condutoras susceptíveis de estarem a um potencial diferente do do apoio; por exemplo:

O executante afasta-se para um distância pelo menos igual a 0,20 m das armações MT.

O executante revestiu uma parte da armação MT com mantas isolantes MT homologadas.

⎯ As armações MT

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DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 7/12

⎯ Uma rede BT em tensão ou ligada à terra e em curto-circuito

O executante afasta a barquinha e afasta-se, ele próprio, para uma distância pelo menos igual a:

— 0,20 m dos condutores da rede BT ligados à terra e em curto-circuito,

— 0,30 m dos condutores da rede BT em tensão.

O executante revestiu os condutores da rede BT com mantas isolantes MT homologadas.

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2.2. O executante está posicionado sobre uma escada de madeira

O executante, posicionado sobre uma escada de madeira, encontra-se em contacto com o apoio em certas fases do trabalho, correndo o risco de entrar em contacto com peças condutoras susceptíveis de estarem a um potencial diferente do do apoio; por exemplo:

⎯ Uma rede BT em tensão ou ligada à terra e em curto-circuito

O executante afasta-se para uma distância pelo menos igual a:

— 0,20 m dos condutores da rede BT ligados à terra e em curto-circuito;

— 0,30 m dos condutores da rede BT em tensão.

O executante revestiu os condutores da rede BT com mantas isolantes MT homologadas.

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2.2. O executante está posicionado sobre uma escada de elementos de encaixar

O executante, posicionado sobre uma escada de elementos de encaixar, está em contacto com o apoio e corre o risco de entrar em contacto, entre outras coisas, com:

— A parte metálica da escada em contacto com o solo

O executante colocou um elemento em fibra de vidro e encontra-se no segundo degrau (ou a um nível superior) desse elemento.

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— A parte metálica da escada em contacto com o solo, uma rede BT em tensão ou ligada à terra e em curto-circuito

O executante:

— colocou um elemento em fibra de vidro e encontra-se no segundo degrau (ou a um nível superior) desse elemento.

— afasta-se para uma distância pelo menos igual a: — 0,20 m dos condutores da rede BT

ligados à terra e em curto-circuito, — 0,30 m dos condutores da rede BT em

tensão.

O executante:

— colocou um elemento em fibra de vidro e encontra-se no segundo degrau (ou a um nível superior) desse elemento,

— revestiu uma parte da armação MT com mantas isolantes MT homologadas.

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A parte metálica da escada em contacto com o solo.

— A caixa terminal de um cabo MT ligado à terra e em curto-circuito

O executante:

— colocou um elemento em fibra de vidro e encontra-se no segundo degrau (ou a um nível superior) desse elemento,

— revestiu a caixa terminal e a extremidade do cabo com mantas isolantes MT homologadas.

O executante:

— colocou um elemento em fibra de vidro e encontra-se no segundo degrau (ou a um nível superior) desse elemento,

— fez uma ligação equipotencial entre o cabo de ligação à terra do disruptor de hastes, as extremidades nuas dos condutores e a armadura do cabo.

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3. INTERVENÇÃO SIMULTÂNEA A PARTIR DO APOIO E DE UM BRAÇO ELEVATÓRIO

Os executantes sobre o apoio correm o risco de estar a um potencial diferente do dos executantes nas barquinhas.

Os executantes, posicionados respectivamente sobre o apoio e nas barquinhas, mantêm-se a uma distância pelo menos igual a 0,20 m uns dos outros.

4. PESSOAS NO SOLO

As pessoas intervenientes no solo correm o risco de entrar em contacto com o apoio, o qual é susceptível de sofrer uma subida acidental de potencial.

As pessoas no solo colocam-se a vários metros do apoio.

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2ª edição

Anula e substitui a edição de Abril de 1980 Homologada em 2007-05-31 CET 232 – MT – A/D

LIGAÇÃO, DESLIGAÇÃO E CORTE DE CONDUTORES

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CONDIÇÕES

1. As Autorizações para Intervenção em Tensão (AIT) que são entregues ao Responsável de Trabalhos pelo Responsável de Exploração devem mencionar as estimativas das cargas a ligar ou a cortar.

2. Os limites máximos de estabelecimento ou de corte de corrente admitidos por simples ligação, ou corte, são as seguintes:

Nota: uma ligação ou desligação efectua-se aproximando ou afastando bruscamente os contactos. Durante o aperto dos ligadores de anel o contacto é mantido por tracção na vara de gancho.

O corte de um condutor requer a utilização de um alicate de corte e de uma vara de grampo (ou de uma ferramenta similar); esta última permite uma separação brusca das pontas cortadas, exercendo tracção numa das partes do condutor.

2.1 Caso de abertura ou fecho de um circuito aéreo alimentando apenas transformadores em vazio: — para U 20 kV, a corrente magnetizante deve ser inferior ou igual a 0,5 A, — para 20 kV < U 35 kV, a corrente magnetizante deve ser inferior ou igual a 0,3 A.

Nota: estes valores permitem a colocação em tensão ou o corte em vazio de transformadores cuja soma das potências não ultrapasse os valores indicados no quadro que se segue:

Tensão nominal

Soma das potências

(kV) (kVA)

5 40 10 80 15 120 20 160 30 120 33 130

2.2 Caso de abertura ou de fecho de um circuito de cabos em vazio: — para U 20 kV, a corrente capacitiva deve ser inferior ou igual a 0,20 A, — para 20 kV < U 35 kV, a corrente capacitiva deve ser inferior ou igual a 0,12 A.

Nota: os valores abaixo permitem a colocação em tensão ou o corte dos comprimentos de cabos que se seguem, qualquer que seja a sua natureza (com campo radial ou não, unipolar ou tripolar) quando nenhum transformador lhes está ligado.

Secção Comprimento (m)

(mm2) 5 kV 10 kV 15 kV 20 kV 30 kV 33 kV

30 1050 520 350 260 105 95 48 810 410 270 200 80 75 75 670 335 220 165 65 60 95 610 305 200 150 60 55

116 535 270 180 135 55 50 148 480 240 160 120 50 45 240 380 190 125 95 40 35

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2.3 Caso da abertura ou de fecho de um circuito em carga:

— qualquer que seja a tensão da instalação, a carga deve ser inferior ou igual a 40 kW, supondo-se o factor de potência igual a 0,7.

Nota: lembra-se que para obter uma potência de 40 kW, com cos ϕ = 0,7, são suficientes as intensidades:

I Un

(A) (kV)

1,0 33

1,1 30

1,7 20

2,2 15

3,3 10

6,6 5

3. Acima dos valores indicados é necessário usar, nos limites das suas possibilidades, indicadas nas Fichas Técnicas, os dispositivos de manobra em carga.

4. Acima dos limites dos dispositivos de manobra em carga, as desligações e ligações de um condutor não podem ser feitas em tensão.

MEIOS À DISPOSIÇÃO DO RESPONSÁVEL DE TRABALHOS

Pinça amperimétrica para controlar a carga a cortar.

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2ª edição

Anula e substitui a edição de Abril de 1980 Homologada em 2007-05-31 CET 301 – MT – A/D

ABERTURA DE PONTES OU ARCOS PARA CONSIGNAÇÃO

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PREÂMBULO

É possível pôr uma instalação em consignação não só por abertura dos aparelhos de separação previstos para o efeito, como também por abertura de pontes ou arcos. Para que a abertura de pontes ou arcos, que pode ser feita em tensão, permita consignar uma instalação, devem ser respeitadas as condições seguidamente apresenradas.

CONDIÇÕES

1. Para consignar uma instalação, as pontes ou arcos, devem ser:

— retirados, ou

— rebatidos, sendo a sua extremidade fixada nos condutores.

2. A distância mínima entre a instalação a consignar e qualquer peça em tensão deve ser de 45 cm.

Nota: para aplicação da condição acima, é necessário ter em conta todas as possibilidades de deslocação das peças condutoras.

A distância mínima de 45 cm é fixada pelo Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão: Art. 31º - 3.

3. A presença entre a parte em tensão e a parte fora de tensão de elementos isolantes, tais como:

— uma cadeia de isoladores inserida na linha,

— um estribo isolante,

— um dispositivo de manobra em carga,

— um tubo isolante (tirantes, varas),

não permite assegurar uma consignação.

4. O encravamento em posição de abertura deve ser materializado em cada condutor, colocado pelo método de trabalho à distância.

5. Quando, no seguimento da abertura de pontes ou arcos num apoio, uma instalação foi consignada, ligada à terra e em curto-circuito, enquanto essa consignação não for retirada, ficam proibidas:

— as operações que possam reduzir a distância entre as partes fora de tensão e as partes em tensão a uma distância inferior à definida na condição 2,

— as intervenções em tensão nesse suporte, e nos vãos e apoios adjacentes,

— as intervenções com varas na parte sem tensão das pontes ou arcos que serviram para a consignação.

Nota: as intervenções com "mãos nuas" na parte fora de tensão dessas pontes ou arcos são autorizadas, pois esse método permite uma maior precisão de gestos.