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DCE-C18-529/N FEV 2009 Emissão: EDP Distribuição – Energia, S.A. DTI – Direcção de Tecnologia e Inovação R. Camilo Castelo Branco, 43 · 1050-044 LISBOA · Tel.: 210021500 · Fax: 210021444 E-mail: [email protected] Divulgação: EDP Distribuição – Energia, S.A. GBCO – Gabinete de Comunicação Rua Camilo Castelo Branco, 43 · 1050-044 LISBOA · Tel.: 210021684 · Fax: 210021635 TRABALHOS EM TENSÃO Alta Tensão – Método à distância Condições de Execução do Trabalho Elaboração: DTI Homologação: a indicada na CET Edição: a indicada na CET

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DCE-C18-529/N

FEV 2009

Emissão: EDP Distribuição – Energia, S.A.DTI – Direcção de Tecnologia e InovaçãoR. Camilo Castelo Branco, 43 · 1050-044 LISBOA · Tel.: 210021500 · Fax: 210021444E-mail: [email protected]

Divulgação: EDP Distribuição – Energia, S.A.GBCO – Gabinete de ComunicaçãoRua Camilo Castelo Branco, 43 · 1050-044 LISBOA · Tel.: 210021684 · Fax: 210021635

TRABALHOS EM TENSÃO

Alta Tensão – Método à distância

Condições de Execução do Trabalho

Elaboração: DTI Homologação: a indicada na CET

Edição: a indicada na CET

DCE-C18-529/N

FEV 2009

DTI – Direcção de Tecnologia e Inovação Pág. 2 / 2

0 - GENERALIDADESCET – AT – AD MAR 1998 Introdução

1 - ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

1.1 - Medidas a tomar pelo Responsável de Exploração

CET 111 – AT – AD MAI 2002 Regime Especial de Exploração (REE)

1.2 - Organização da Zona de Trabalhos pelo Responsável de Trabalhos

CET 120 – AT – AD MAR 1998 Equipamento do Executante

CET 121 – AT – AD MAR 1998 Manutenção das comunicações com a Exploração

CET 122 – AT – AD MAR 1998 Relações entre o Responsável de Trabalhos e o Responsável deExploração

CET 123 – AT – AD MAR 1998 Visibilidade na Zona de Trabalhos

CET 124 – AT – AD MAR 1998 Preparação da intervenção - Arranjo da Zona de Trabalhos econdução do trabalho

CET 125 – AT – AD MAR 1998 Preparação das ferramentas e dos equipamentos antes dotrabalho

CET 127 – AT – AD MAR 1998 Manutenção das ferramentas e dos equipamentos homologados

CET 128 – AT – AD MAR 1998 Interrupção temporária e recomeço do trabalho

CET 129 – AT – AD MAR 1998 Condições atmosféricas

2 - DECORRER DO TRABALHO

CET 201 – AT – AD MAR 1998 Intervenção em partes sem tensão de uma instalação em tensão

2.1 - Condições de distância

CET 211 – AT – AD MAR 1998 Distâncias a respeitar pelo Executante

CET 215 – AT – AD FEV 2009 Distâncias entre peças condutoras

2.2 - Condições resultantes do estado mecânico das instalações

CET 221 – AT – AD MAR 1998 Esforços mecânicos suplementares nos condutores esticados

CET 223 – AT – AD MAR 1998 Verificação do estado mecânico dos isoladores

2.3 - Condições resultantes do estado eléctrico das instalações

CET 231 – AT – AD MAR 1998 Subida acidental do potencial num apoio ou numa armação

3 - DIVERSOS

CET 301 – AT – AD JUL 2005 Ligação/Desligação de arcos de linhas aéreas a 60 kV

CET 315 – AT – AD JAN 2006 Lavagem de isoladores em subestações AT/MT e MT/MT

DCE - C18 - 529/N MAR 1998

1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET AT - A/D Introdução

INTRODUÇÃO

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 1/1

A execução de Trabalhos em Tensão, mediante recurso a técnicas, equipamentos e ferramentas adequadas, permite realizar intervenções em instalações eléctricas sem necessidade de interromper o fornecimento de energia e constitui uma ferramenta da Exploração, permitindo melhorar a qualidade do serviço prestado. O êxito na utilização dos Trabalhos em Tensão, agora estendido a este nível de tensão, dependerá, fundamentalmente, do interesse que lhe for dedicado por todos os intervenientes, desde as hierarquias aos executantes, para o que deverá ser criado um verdadeiro espírito de equipa. No que respeita às hierarquias, é absolutamente necessário que estas se empenhem nas diversas fases do processo: escolha dos executantes, preparação dos meios materiais e controlo permanente do bom desenvolvimento dos trabalhos e do bom estado dos meios materiais (ferramentas, equipamentos e viaturas) postos à disposição das equipas.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS As presentes Condições de Execução do Trabalho reúnem o conjunto das prescrições que devem ser cumpridas pelos diversos intervenientes nas intervenções em tensão em instalações de Alta Tensão (U = 60 kV) pelo “Método de Trabalho à Distância”. Estas Condições de Execução do Trabalho, que devem ser conjugadas com as Fichas Técnicas e os Modos Operatórios dos equipamentos e das ferramentas a utilizar, assentam nos seguintes princípios de base: 1º - O Responsável de Exploração é o único responsável pelas decisões a tomar, quer quanto à

colocação em tensão de uma instalação (ou de uma parte de uma instalação) nova ou já existente, quer quanto à sua desligação.

2º - Os Trabalhos em Tensão conduzem a uma simplificação nos procedimentos normais de intervenção em instalações eléctricas (nomeadamente, evitando as consignações e as ligações à terra e em curto-circuito), mas obrigam a que as protecções das instalações sejam eficazes e instantâneas, o que é materializado através do chamado “Regime Especial de Exploração”.

Do ponto de vista da segurança, são da competência do Responsável de Exploração: a) a colocação da saída da linha em “Regime Especial de Exploração” nos pontos de origem da

alimentação, com vista a anular as temporizações das protecções, os reengates rápidos e os lentos e a substituí-los por disparos instantâneos e definitivos, em caso de defeito;

b) a manutenção permanente desse regime durante todo tempo necessário ao desenrolar do trabalho; c) o contacto com o Responsável de Trabalhos antes da reposição da tensão em caso de actuação das

protecções, tendo em vista a obtenção do seu acordo; d) a comprovação da não existência de outras fontes de alimentação da instalação em causa

(nomeadamente, instalações de Produção Independente ou sob a dependência de um outro Responsável de Exploração), que deverão estar em “Regime Especial de Exploração”;

e) a colocação dos aparelhos situados no limite da zona que está em “Regime Especial de Exploração” encravados na posição de abertura, caso julgue necessário;

f) a emissão de uma Autorização de Intervenção em Tensão passada ao Responsável de Trabalhos, atestando que todas as disposições prescritas foram tomadas.

3º - O Responsável de Trabalhos assegura a efectiva direcção dos trabalhos de qualquer natureza dentro da Zona de Trabalhos que lhe está confiada, assume a responsabilidade de todas as medidas necessárias à boa marcha dos trabalhos, sendo, por isso, ele quem decide se o trabalho pode ou não ser feito em tensão.

DCE - C18 - 529/N MAI 2002

2ª edição Anula e substitui a edição de Março de 1998 Homologada em 2002-05-24 CET 111 - AT - A/D

REGIME ESPECIAL DE EXPLORAÇÃO (REE)

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 1/2

0 - PREÂMBULO

Diz-se que uma instalação MT está em Regime Especial de Exploração (abreviadamente, REE), quando:

⎯ se impossibilitou toda e qualquer religação automática dos disjuntores das saídas abrangidas pelo REE;

⎯ foi eliminada a temporização das protecções selectivas da instalação;

⎯ foram tomadas disposições apropriadas em relação ao dispositivo de protecção de terras, nomeadamente no que respeita à sua sensibilidade;

⎯ foram tomadas medidas para que, após um disparo, a reposição da tensão apenas possa ser feita com o acordo do Responsável de Trabalhos.

O REE destina-se a limitar as consequências de um eventual incidente eléctrico na Zona de Trabalhos, adoptando-se medidas destinadas a conhecer-se, com precisão, o regime de exploração em que se encontra a instalação em que se está a intervir em tensão.

Nas subestações, a colocação da instalação em REE pode ser efectuada localmente ou por meio de telecomando, a partir do Centro de Comando/Despacho.

1 - CONDIÇÕES PARA A COLOCAÇÃO DA INSTALAÇÃO EM REE

Antes de ser realizada uma intervenção em tensão, o Responsável de Exploração deve, com excepção dos casos previstos na secção 3, colocar a instalação afectada em REE, tendo em conta as seguintes regras:

a) se, na linha AT, existir, entre o disjuntor de protecção da saída e a Zona de Trabalhos, um disjuntor intermédio, o Responsável de Exploração deve assegurar-se que não existe o risco de esse disjuntor religar automaticamente, caso dispare;

b) se existirem, ligados à rede de AT, instalações de Produtores Independentes, o Responsável de Exploração deve assegurar-se que as protecções dessas instalações não tornam inoperante o REE.

Considera-se como estando em REE qualquer troço de uma rede separado de qualquer fonte de alimentação por um dos seguintes processos que assegurem a ausência de tensão no referido troço de rede:

⎯ encravamento de um disjuntor ou de um seccionador na posição de abertura;

⎯ abertura de pontes ou de arcos.

DCE-C18-529/N CET 111 - AT - A/D

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2 - REE POR MEIO DE TELECOMANDO

Nas subestações, a colocação da instalação em REE pode ser efectuada localmente ou por meio de telecomando, a partir do Centro de Comando/Despacho.

Deve ser possível seleccionar, localmente ou por meio de telecomando, um de dois regimes de exploração: Regime Normal ou REE.

O REE não deve ser alterado sem a autorização expressa do(s) Responsável(eis) de Trabalhos da(s) equipa(s) que estiver(em) a intervir na instalação.

3 - CASOS EM QUE SE DISPENSA A COLOCAÇÃO DA INSTALAÇÃO EM REE

Uma instalação de AT não necessita de ser colocada em REE, se:

a) a ficha técnica das ferramentas ou dos equipamentos homologados mencionar que, para efeitos exclusivamente de controlo ou de medição, a sua utilização não requer a colocação da instalação em REE;

b) para efeitos exclusivamente de controlo ou de medição, forem usadas as seguintes ferramentas:

⎯ vara de medida (FT 13), fixada na extremidade de uma vara de terminais universais;

⎯ tirante com rolete (FT 23) (exclusivamente na medição de alturas ou de distâncias verticais);

⎯ verificador de concordância de fases (FT 81), fixado nas extremidades de duas varas de terminais universais;

⎯ calibre para condutores (FT 316), fixado na extremidade de uma vara de terminais universais;

⎯ espelho (FT 323), fixado na extremidade de uma vara de terminais universais.

c) forem tomadas as disposições necessárias para que os Executantes possam realizar a operação sem se arriscarem a aproximar-se (ou a aproximarem uma ferramenta ou um equipamento, isolado ou não) a uma distância inferior a 120 cm das peças em tensão AT (como é o caso, por exemplo, da colocação de escadas).

Nos casos indicados, a Autorização para Intervenção em Tensão (AIT) referida na CET 122 pode ser substituída por uma ordem escrita (ou, o que é equivalente, por uma Mensagem Registada) do Responsável de Exploração.

DCE - C18 - 529/N MAR 1998

1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET 120 - AT - A/D

EQUIPAMENTO DO EXECUTANTE

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 1/1

Um Executante só pode participar numa intervenção em tensão se dispuser do seguinte equipamento, consoante a sua posição de trabalho:

1 - Botas de couro especiais, homologadas, qualquer que seja a sua posição de trabalho, as quais devem ser substituídas por botas altas em borracha, homologadas, quando o solo estiver molhado. Esta obrigatoriedade aplica-se igualmente a todas as pessoas que se encontrarem na proximidade imediata de um apoio.

2 - Óculos de protecção contra os raios ultravioleta, quando o Executante estiver numa posição de trabalho na proximidade de condutores.

3 - Fato de trabalho em tecido que não seja susceptível de fundir por acção de um arco eléctrico a que eventualmente fique sujeito.

Nota: devem ser excluídos os fatos de trabalho em nylon ou em tecidos similares ou ainda em tecidos que contenham qualquer tipo de fibra sintética.

4 - É autorizada a utilização de sobrevestimentas em tecido de natureza diferente da referida em 3 desde que o sejam sobre fatos que obedeçam àquela condição.

5 - Outro equipamento de protecção, de acordo com a posição de trabalho.

Nota: de entre outros, referem-se:

- fato de trabalho que cubra os braços e as pernas (em tecido que obedeça ao indicado em 3);

- luvas de protecção mecânica (conhecidas vulgarmente por luvas de trabalho em couro);

- capacete de protecção, com francalete;

- arnês de pára-quedas com cinto de trabalho incorporado, para as posições de trabalho que o exijam (por exemplo, nos apoios).

DCE - C18 - 529/N MAR 1998

1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET 121 - AT - A/D

MANUTENÇÃO DAS COMUNICAÇÕES COM A EXPLORAÇÃO

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 1/1

1 - Ao chegar à Zona de Trabalhos, o Responsável de Trabalhos deve assegurar-se imediatamente que é possível o estabelecimento de uma ligação (telefónica ou via rádio) com o Responsável de Exploração e de que essa ligação é de boa qualidade.

2 - Se essa ligação não for possível, apenas o Responsável de Exploração pode tomar a decisão de realizar o trabalho, tendo em conta a duração de interrupção que pode tolerar para a saída em causa e a existência, ou não, de um indicador de falta de tensão na Zona de Trabalhos.

Nota: atendendo a que as comunicações são particularmente necessárias por razões de exploração, é aconselhável assegurar-se que a ligação entre o Responsável de Trabalhos e o Responsável de Exploração pode ser estabelecida rapidamente.

Quando o Responsável de Trabalhos dispuser de um equipamento de rádio, deve colocá-lo nas melhores condições de recepção compatíveis com a condução dos trabalhos.

3 - Se, na Zona de Trabalhos, existir um indicador de falta de tensão, o Responsável de Trabalhos deve tomar a iniciativa de entrar em comunicação com o Responsável de Exploração sempre que o indicador funcionar.

4 - Não havendo indicador de falta de tensão, se a instalação onde o trabalho se estiver a realizar ficar fora de tensão devido à actuação das protecções, o Responsável de Exploração deve informar desse facto o Responsável de Trabalhos, devendo este mandar suspender o trabalho e dar ordem aos Executantes para descerem do apoio.

Só após ter sido informado pelo Responsável de Trabalhos que os trabalhos foram suspensos e que os Executantes não se encontram no apoio é que o Responsável de Exploração pode mandar religar a linha. Esta linha deve ser considerada como estando em tensão no final das manobras de religação.

O Responsável de Trabalhos só deve dar ordem para reiniciar os trabalhos depois de ter recebido do Responsável de Exploração a informação de que a linha já se encontra em tensão.

5 - No caso de ser necessário interromper a tensão à linha onde decorrem os trabalhos por outros motivos que não os correspondentes à actuação das protecções, o Responsável de Exploração deve informar previamente o Responsável de Trabalhos dessa necessidade. O Responsável de Trabalhos deve, nesse caso, mandar suspender os trabalhos e dar ordem aos Executantes para descerem do apoio.

Além disso, o Responsável de Exploração deve informar o Responsável de Trabalhos sobre a duração previsível dessa interrupção e sobre a possibilidade de o trabalho continuar ou não sem tensão.

Se o trabalho prosseguir sem tensão, devem ser tomadas todas as medidas de segurança correspondentes aos trabalhos sem tensão, incluindo a consignação da instalação (com as correspondentes ligações à terra e em curto-circuito).

Antes de se proceder à religação da instalação, devem ser executados os procedimentos normais para a desconsignação da instalação.

A equipa só deve retomar os trabalhos em tensão após o Responsável de Trabalhos ter recebido do Responsável de Exploração a informação de que a instalação já se encontra em tensão e em Regime Especial de Exploração (REE).

DCE - C18 - 529/N MAR 1998

1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET 122 - AT - A/D

RELAÇÕES ENTRE O RESPONSÁVEL DE TRABALHOS E O RESPONSÁVEL DE EXPLORAÇÃO

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 1/1

1 - O Responsável de Trabalhos apenas pode assumir a direcção de um Trabalho em Tensão se estiver na posse de uma autorização para aceder às instalações em tensão envolvidas por esse trabalho. Essa autorização é materializada por meio de um documento denominado “AUTORIZAÇÃO DE INTERVENÇÃO EM TENSÃO - AIT”, que deve ser restituído ao Responsável de Exploração a pedido deste ou por iniciativa do Responsável de Trabalhos. Nota: o Responsável de Exploração é o único responsável pelas decisões a tomar, quer quanto à

colocação em tensão de uma instalação (ou de uma parte de uma instalação) nova ou já existente, quer quanto à sua desligação ou, ainda, à modificação do esquema da rede.

2 - O Responsável de Trabalhos, durante a execução do trabalho, apenas pode proceder a modificações do esquema ou da configuração da rede se tiver para tal recebido uma ordem expressa do Responsável de Exploração. Nota: as referidas modificações do esquema ou da configuração da rede podem resultar da manobra de

um aparelho de corte.

3 - O Responsável de Trabalhos, após a conclusão do trabalho, e antes de restituir a AIT ao Responsável de Exploração, deve colocar a instalação abrangida por esse trabalho no esquema eléctrico em que se encontrava antes da intervenção, a menos que o Responsável de Exploração lhe tenha dado ordens para proceder de outro modo.

4 - O Responsável de Exploração, no caso de ocorrência de um disparo que afecte a saída onde está a decorrer um Trabalho em Tensão, deve obter do Responsável de Trabalhos o acordo prévio antes de proceder à recolocação da saída em tensão. Se essa recolocação:

− poder ser feita mantendo o REE, o trabalho em curso pode prosseguir;

− obrigar à supressão do REE, o Responsável de Exploração deve suspender a AIT e o trabalho em curso deve ser temporariamente suspenso.

Nota: a suspensão temporária do trabalho por supressão do REE EXIGE que os Executantes abandonem a posição de trabalho.

DCE - C18 - 529/N MAR 1998

1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET 123 - AT - A/D

VISIBILIDADE NA ZONA DE TRABALHOS

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 1/1

1 - Para executar um Trabalho em Tensão e sejam quais forem as condições atmosféricas que, por outras razões, possam limitar ou proibir o trabalho, a visibilidade na Zona de Trabalhos deve ser suficiente para que:

a) os Executantes possam usar as ferramentas com a precisão necessária;

b) o Responsável de Trabalhos possa vigiar o desenrolar da operação;

c) o Responsável de Trabalhos (ou um Executante por ele designado para o efeito) possa controlar as consequências que o trabalho dos Executantes venha a ter na instalação em causa; no caso de trabalhos em linhas aéreas deve, nomeadamente, poder observar-se a influência do trabalho nos vãos adjacentes.

Nota: a chuva, a neve e o nevoeiro podem constituir um obstáculo à visibilidade necessária ao trabalho dos Executantes ou à vigilância que deve ser exercida pelo Responsável de Trabalhos.

No caso de trabalhos em linhas antigas, se os condutores tiverem que ser deslocados da sua posição inicial, é necessário poder controlar o comportamento dos isoladores nos apoios que enquadram a Zona de Trabalhos, bem como das armações que os suportam.

No caso de trabalhos em linhas equipadas com cadeias de suspensão, se os condutores tiverem que ser deslocados da sua posição inicial, é necessário poder controlar, por exemplo, a inclinação das cadeias e o estado de tensão dos arcos de derivação nos apoios que enquadram a Zona de Trabalhos.

Em qualquer dos casos, deve ser possível verificar se a deslocação dos condutores não reduz as distâncias a obstáculos (árvores, edifícios, etc.) de tal forma que não sejam respeitadas as distâncias mínimas regulamentares (Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão, aprovado pelo Decreto Regulamentar nº 1/92, de 18 de Fevereiro).

2 - O Responsável de Trabalhos deve colocar-se no local que lhe parecer mais adequado para exercer simultaneamente a vigilância dos Executantes e da instalação, podendo, se necessário, colocar-se no próprio apoio.

3 - Quando uma dada fase do trabalho não for suficientemente visível pelo Responsável de Trabalhos, este deve designar um Executante para dar aos restantes as indicações necessárias à condução do trabalho. Esse Executante deve ser o melhor colocado para apreciar o desenrolar dessa fase do trabalho

4 - Se o Responsável de Trabalhos o achar útil, pode encarregar um Executante de vigiar as proximidades da Zona de Trabalhos ou o comportamento da instalação fora da Zona de Trabalhos. Este Executante deve avisar imediatamente o Responsável de Trabalhos dos pontos particulares cujo comportamento se afaste dos limites precisos que este lhe tenha fixado, tais como deslocação de cadeias de isoladores ou de pontes de derivação, por exemplo.

DCE - C18 - 529/N MAR 1998

1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET 124 - AT - A/D

PREPARAÇÃO DA INTERVENÇÃO ARRANJO DA ZONA DE TRABALHOS E CONDUÇÃO DOS TRABALHOS

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 1/4

1 - PREPARAÇÃO DA INSTALAÇÃO 1.1 - Antes de realizar qualquer intervenção TET, o Responsável de Trabalhos deve receber, da sua

hierarquia, as informações necessárias à execução desse trabalho. Nota: as informações referidas dizem respeito:

- à identificação da instalação;

- à natureza dos trabalhos a efectuar e dos meios particulares que possam ser necessários;

- às possibilidades de acesso e de estacionamento;

- à exploração (por exemplo, consignação), em regra recolhidas pela pessoa que fez a preparação da Zona de Trabalhos.

1.2 - O Responsável de Trabalhos, após chegar à Zona de Trabalhos, deve analisar a intervenção a realizar, tendo em atenção os seguintes aspectos:

a) a operação a executar;

b) a instalação;

c) as condições locais;

d) os meios de que dispõe;

e) as condições atmosféricas. Nota: o Responsável de Trabalhos deve examinar os locais e as instalações com vista a definir as

disposições a tomar para:

- facilitar a circulação no solo (valas, buracos, vedações, etc.):

- limitar a circulação e o estacionamento sob os condutores;

- reduzir as distâncias de transporte dos equipamentos e das ferramentas;

- assegurar um controlo correcto da actividade dos Executantes.

1.3 - Antes de iniciar (ou de reiniciar) um trabalho, o Responsável de Trabalhos deve:

a) indicar, com precisão, aos Executantes:

- a ordem de sucessão das fases da operação (que pode incluir, nomeadamente, fases de trabalho em tensão e fases de trabalho em instalações sem tensão, consignadas e ligadas à terra e em curto-circuito);

- os detalhes de execução;

- os equipamentos e as ferramentas a utilizar;

- a localização do encerado e das estantes, destinados a receber o equipamento e as ferramentas;

DCE-C18-529/N CET 124 - AT - A/D

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 2/4

- a posição das escadas, das plataformas rotativas e o eixo das barquinhas do veículo elevador, se forem utilizados estes equipamentos;

- a localização das cordas de serviço e das cordas de manobra, em função da posição das escadas ou do veículo elevador; Nota: a localização das cordas é escolhida por forma a evitar, em particular, a permanência dos

Executantes na proximidade do apoio e sob os condutores, quando trabalharem no solo.

- a localização da viatura que transporta os equipamentos e ferramentas;

- a posição das vedações que delimitam a Zona de Trabalhos e que interditam o acesso e a permanência, sob os condutores, de pessoas estranhas à equipa;

- as precauções a tomar, tendo em vista os riscos de electrocussão; Nota: essas precauções incluem as destinadas a atenuar uma eventual subida acidental do potencial

das armações e do apoio.

b) assegurar-se que cada elemento da equipa compreendeu bem a sua tarefa e a forma como esta se integra na operação de conjunto;

c) interditar a permanência, sob os condutores, de pessoas estranhas à Zona de Trabalhos e limitar, ao estritamente necessário, essa permanência em relação aos elementos da sua equipa.

2 - CONDUÇÃO DO TRABALHO

2.1 - Arranjo da Zona de Trabalhos

O Responsável de Trabalhos deve:

a) arrumar a Zona de Trabalhos de acordo com as directivas dadas aos Executantes antes do início (ou do reinício) do trabalho (ver 1.3);

b) providenciar para que:

- a corda de serviço seja triangulada;

- a roldana superior da corda de serviço seja pendurada na proximidade imediata da posição de trabalho do Executante encarregado da recepção dos equipamentos e das ferramentas;

- um ou mais dos elementos de encaixar das escadas (quando forem usadas escadas deste tipo) sejam isolantes (fibra de vidro); Nota: é proibido o uso de escadas metálicas que não sejam de elementos de encaixar ou de qualquer

outro tipo não homologado.

- quando for usado um elevador com barquinha, o respectivo veículo esteja correctamente posicionado e estabilizado.

2.2 - Execução do trabalho

2.2.1 - O Responsável de Trabalhos tem, durante o tempo de execução do trabalho, a responsabilidade da Zona de Trabalhos, devendo, nomeadamente, providenciar para que o trabalho seja executado de acordo com as Condições de Execução do Trabalho (CET), com os Modos Operatórios e com as suas próprias instruções. Nota: o Responsável de Trabalhos deve, nomeadamente, verificar se os Executantes usam o seu

equipamento de protecção individual.

DCE-C18-529/N CET 124 - AT - A/D

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 3/4

2.2.2 - O Responsável de Trabalhos deve promover a realização, no solo, do maior número possível de trabalhos, devendo os esforços transmitidos por cordas ser exercidos a partir do solo. Nota: o Responsável de Trabalhos deve, nomeadamente, providenciar para que os Executantes não

realizem uma intervenção numa peça em tensão nem mudem de posição de trabalho sem terem advertido os seus colaboradores directos da sua intenção.

2.2.3 - O Responsável de Trabalhos deve providenciar para que os Executantes que participem directamente num trabalho em tensão se informem mutuamente das suas intenções.

2.2.4 - Quando se utilizar um veículo elevador como meio de posicionamento:

- qualquer deslocação da barquinha só é autorizado depois de ter havido acordo entre o Responsável de Trabalhos e os Executantes;

- a manobra deve ser comandada a partir da barquinha por um único Executante;

- os Executantes devem limitar os seus próprios movimentos aos estritamente necessários ao comando e à vigilância do deslocamento dos braços da (ou das) barquinhas do veículo elevador.

2.2.5 - O Responsável de Trabalhos, se surgir uma dificuldade de execução e for necessário um esquema de trabalho nitidamente diferente do inicialmente previsto, deve:

- interromper o trabalho em curso e, mandar descer os Executantes das suas posições de trabalho;

- proceder a uma nova análise;

- verificar se cada elemento da equipa compreendeu bem a sua nova tarefa.

2.2.6 - O Responsável de Trabalhos deve assinalar claramente aos Executantes qualquer passagem de uma fase do trabalho em tensão a uma outra numa instalação consignada e proceder às ligações à terra e em curto-circuito antes de iniciar essa fase, procedendo de forma inversa no final desta. Deve, igualmente, assegurar-se que cada elemento da equipa compreendeu bem as suas instruções para a execução da fase seguinte do trabalho.

2.2.7 - O Responsável de Trabalhos, antes de os Executantes que estão no apoio iniciarem qualquer operação, deve determinar, para cada um, qual é a sua Zona de Evolução. Para isso, cada Executante deve, com uma vara marcada com a distância de segurança - 120 cm - determinar, em relação às peças em tensão, qual o degrau da escada ou o ponto limite do apoio a partir do qual não pode subir e marcá-los por meio de uma fita de cor que a torne facilmente visível a partir do solo (esta marcação permite ao Responsável de Trabalhos controlar melhor, a partir do solo, a evolução de cada Executante, avisando-o sempre que preveja que este possa vir a ultrapassar essa marca durante a execução do trabalho). Na figura 1 está esquematizada esta operação.

AS TAREFAS E AS RESPONSABILIDADES CONFIADAS A CADA UM NECESSITAM DE UMA RIGOROSA COORDENAÇÃO DO TRABALHO, O QUE SÓ É POSSÍVEL SE EXISTIR UM PERFEITO ESPÍRITO DE EQUIPA

O RESPONSÁVEL DE TRABALHOS E OS EXECUTANTES, CADA UM NO QUE LHE COMPETE, DEVEM, EM CADA INSTANTE, VELAR PARA QUE SEJAM USADAS AS FERRAMENTAS E OS EQUIPAMENTOS QUE MELHOR SE ADAPTEM À EXECUÇÃO DAS DIFERENTES OPERAÇÕES QUE TIVEREM QUE SER FEITAS NOS TRABALHOS EM TENSÃO

DCE-C18-529/N CET 124 - AT - A/D

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 4/4

Fig. 1 - Delimitação da Zona de Evolução de um Executante

DCE - C18 - 529/N MAR 1998

1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET 125 - AT - A/D

PREPARAÇÃO DAS FERRAMENTAS E DOS EQUIPAMENTOS ANTES DO TRABALHO

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 1/1

1 - As ferramentas e os equipamentos devem ser mantidos limpos e em bom estado de funcionamento, devendo: a) as partes isolantes ser enxugadas com um pano limpo e depois cobertas com silicone; b) antes de qualquer trabalho, ser verificadas, visualmente e na Zona de Trabalhos:

- as peças homologadas, segundo as condições indicadas na secção 3; - as peças não homologadas, segundo as regras da arte que lhe forem aplicáveis.

Nota: as Fichas Técnicas de cada equipamento e de cada ferramenta indicam, eventualmente, as disposições a tomar para proceder a esta manutenção.

2 - A verificação do equipamento e das ferramentas de uso colectivo deve ser efectuada sob a responsabilidade do Responsável de Trabalhos. A verificação do equipamento e das ferramentas de uso individual deve ser efectuada por cada um dos Executantes, sob a sua própria responsabilidade, devendo o Responsável de Trabalhos assegurar-se de que essa verificação foi bem executada.

3 - As verificações devem, para além das que eventualmente constarem como verificações particulares nas Fichas Técnicas respectivas, ser realizadas do seguinte modo:

3.1 - Verificação do estado das partes isolantes: - assegurar-se do bom estado das superfícies;

Nota: as superfícies devem apresentar-se limpas e sem riscos profundos, sendo os cortes e as fissuras devidos ao envelhecimento razão para se proceder à substituição dos equipamentos ou ferramentas em elastómeros ou em materiais sintéticos.

- verificar a ausência de contornamentos (eléctricos) ou de perfurações; - verificar a ausência de penetração de humidade nos elementos isolantes.

Nota: as fissuras das juntas e as fibras arrancadas favorecem a penetração da humidade nas ferramentas e nos equipamentos constituídos por tubos em fibra de vidro.

3.2 - Verificação do estado mecânico: - assegurar-se do bom funcionamento dos mecanismos;

Nota: uma folga excessiva nos mecanismos (por exemplo, nas varas de gancho), um desgaste ou uma deformação das peças submetidas à fricção (por exemplo, das nozes das abraçadeiras), obrigam à reparação ou à substituição da ferramenta ou do equipamento.

- verificar a ausência de defeitos que possam conduzir a uma diminuição da resistência mecânica. Nota: esta verificação pode incluir:

- na própria peça, a pesquisa de fissuras (nas varas, etc.) ou de cordões danificados (nas cordas);

- nas junções, a detecção de descolamentos de terminais e desligamento de troços (por exemplo, em varas e em tirantes), de fissuras nas soldaduras (por exemplo, em consolas) ou de desgastes de costuras (por exemplo, em arnêses ou em cintos de trabalho);

- nas fixações, a pesquisa de defeitos nas peças ligadas e na eficiência da sua ligação (por exemplo, nas pegas e nos anéis de preensão).

AS FERRAMENTAS E OS EQUIPAMENTOS QUE SOFREREM DETERIORAÇÕES DEVEM: - RECEBER UMA ETIQUETA COM A INDICAÇÃO “ NÃO UTILIZAR”; - SER RETIRADOS DO LOTE DAS FERRAMENTAS E DOS EQUIPAMENTOS A UTILIZAR; - SER OBJECTO DE UMA “FICHA DE AVARIAS”, A ENVIAR À DTA.

DCE - C18 - 529/N MAR 1998

1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET 127 - AT - A/D

MANUTENÇÃO DAS FERRAMENTAS E DOS EQUIPAMENTOS HOMOLOGADOS

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 1/2

1 - MODIFICAÇÃO A utilização de ferramentas ou de equipamentos homologados, nos quais tenham sido introduzidas modificações, só pode fazer-se depois de nova homologação.

2 - MANUTENÇÃO CORRENTE

As partes isolantes das ferramentas e dos equipamentos devem ser limpas, secas e, depois, siliconizadas.

As partes roscadas e as partes rotativas das ferramentas e dos equipamentos devem ser moderadamente lubrificadas com pó de grafite. Nota: as partes isolantes das ferramentas e dos equipamentos podem ser limpas com água e sabão. Para

retirar nódoas difíceis, pode ser utilizado “Flugène 113”, excepto se a Ficha Técnica respectiva o proibir.

3 - CONTROLO

Os controlos devem ser efectuados em peças limpas e secas de acordo com as modalidades a seguir indicadas, completadas, quando for o caso, pelos controlos particulares previstos nas Fichas Técnicas.

As ferramentas e os equipamentos homologados devem ser periodicamente inspeccionados ou ensaiados nas condições indicadas no quadro seguinte.

Natureza do equipamento ou ferramenta Tipo de controlo

Partes isolantes (por exemplo, de varas, tirantes, protectores, elementos de escadas, etc.) Ensaio de isolamento

Partes não isolantes (por exemplo, de varas, tirantes, protectores, elementos de escadas, etc.) Ensaio visual

Nota: os ensaios de isolamento de tubos e de hastes isolantes devem ser efectuados com o ensaiador de varas, salvo indicação em contrário nas Fichas Técnicas. Em caso de defeito detectado pelo ensaiador de varas em tubos e em hastes isolantes, ou, pelo menos, uma vez por ano, estes devem ser controlados em laboratório.

Salvo casos especiais indicados nas Fichas Técnicas, o período máximo entre dois controlos consecutivos é de um ano.

Em cada Empresa deve ser designada especificamente uma pessoa para verificar o correcto cumprimento desta periodicidade.

Os equipamentos e as ferramentas defeituosos ou que não tenham passado nos ensaios ou nas verificações devem:

⎯ receber imediatamente uma etiqueta com a indicação “NÃO UTILIZAR”,

⎯ ser retirados do lote dos equipamentos e das ferramentas a utilizar;

⎯ ser objecto de uma Ficha de Avarias, a enviar à DTA. Nota: a CET 125 - AT - A/D indica alguns casos de defeitos que implicam retirada de uso de equipamentos e

de ferramentas ou o seu envio para reparação.

DCE-C18-529/N CET 127 - AT - A/D

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4 - REPARAÇÃO

A reparação dos equipamentos e das ferramentas defeituosos deve ser feita apenas em entidades cuja competência para o efeito tenha sido reconhecida pela DTA. Nota: as Fichas Técnicas dos equipamentos e das ferramentas podem indicar, sob a forma de disposições

particulares:

- que o equipamento ou a ferramenta não deve ser reparado;

- que certas substituições de peças podem ser feitas pelo utilizador, desde que o sejam com peças de origem;

- que a reparação pode ser feita por uma entidade competente para o efeito, que poderá ser o Fornecedor ou o Construtor do equipamento ou da ferramenta ou ainda uma outra entidade reconhecida para o efeito pela DTA.

5 - CONSERVAÇÃO - TRANSPORTE

Os equipamentos e as ferramentas, após terem sido limpos, devem ser cuidadosamente arrumados nos locais previstos para esse fim. Nota: as Fichas Técnicas dos equipamentos e das ferramentas podem eventualmente indicar as disposições

particulares para se proceder à referida arrumação.

5.1 - Fora da Zona de Trabalhos, os equipamentos e as ferramentas homologados, constituídos principalmente por tubos isolantes, devem ser arrumados e transportados correctamente imobilizados, para evitar qualquer deterioração. No caso de possuírem maxilas, estas devem ser fechadas. Nota: isto pode ser realizado por meio de caixas ou de estantes munidas de abraçadeiras de borracha

ou de correias.

5.2 - As partes roscadas dos blocos de armação devem ser protegidas contra os choques (mecânicos). Nota: com vista a satisfazer a esta condição, os blocos de armação devem ser conservados ou

transportados, conforme os modelos, armados ou desarmados e com o volante completamente aparafusado.

5.3 - O braço isolante dos elevadores com barquinha, quando não estiver em uso, deve ser protegido por meio de uma cobertura adequada (que envolva por completo a sua parte em material isolante).

DCE - C18 - 529/N MAR 1998

1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET 128 - AT - A/D

INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA E RECOMEÇO DO TRABALHO

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 1/2

1 - INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA DO TRABALHO Conforme a causa que originou a interrupção, o tempo de que se dispõe para interromper um trabalho pode ser, por exemplo: ⎯ muito curto, no caso de aparecimento de uma trovoada; ⎯ relativamente longo, no caso de interrupção voluntária do trabalho.

Se a interrupção tiver tido como causa um incidente no local do trabalho, e que tenha provocado o disparo da saída em REE, o Responsável de Trabalhos deve: ⎯ mandar suspender o trabalho; ⎯ contactar o Responsável de Exploração; ⎯ eliminar as causas que ocasionaram o disparo.

1.1 - Caso de tempos para interrupção muito curtos Nos casos em que os tempos para interrupção sejam muito curtos, devem ser tomadas disposições para que:

a) as ferramentas e os equipamentos cuja função esteja relacionada com o suporte de peças em tensão fiquem bem fixados;

b) as ferramentas e os equipamentos cuja presença na Zona de Trabalhos não seja indispensável fiquem abrigados;

c) o acesso aos locais do trabalho fique interdito a terceiros.

1.2 - Caso de tempos para interrupção relativamente longos Nos casos em que os tempos para interrupção sejam relativamente longos, deve-se:

a) tomar as medidas indicadas em 1.1.

b) terminar a fase do trabalho em curso;

c) se necessário, aproximar os condutores da sua posição inicial e reforçar os dispositivos que desempenhem funções mecânicas e que devam ficar montados;

2 - RECOMEÇO DO TRABALHO

Quando se reiniciar o trabalho, deve-se proceder à limpeza de todas as ferramentas e equipamentos que fiquem em contacto com peças em tensão e que tenham ficado poluídos durante o período de interrupção. Nota: por “poluição” entende-se qualquer sujidade proveniente de fuligem, de poeiras, de nevoeiro, de

produtos químicos, de pó das pedreiras, etc.

DCE-C18-529/N CET 128 - AT - A/D

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SOLUÇÕES À DISPOSIÇÃO DO RESPONSÁVEL DE TRABALHOS NAS INTERRUPÇÕES

1 - INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA 1.1 - Se o tempo para interrupção for curto (por exemplo, aparecimento de trovoada):

a) VERIFICAR o aperto das abraçadeiras e das mangas; b) DESCER para o solo todos os equipamentos e ferramentas não indispensáveis; c) DESMONTAR os elementos inferiores das escadas de elementos de encaixar, COLOCAR

letreiros com a indicação: “INSTALAÇÃO EM TENSÃO - PERIGO DE MORTE” nos elementos dessas escadas que ficarem montados (MO 73) e COLOCAR dispositivos que impeçam o acesso de terceiros às cordas que ficarem amarradas ao solo1).

1.2 - Se o tempo para interrupção for relativamente longo, deve-se além do indicado em 1.1:

a) APROXIMAR os condutores do poste à distância mínima admissível, LEVAR a espera das abraçadeiras de alavanca ao contacto com o poste e FIXAR a espera por meio de uma corrente de amarração ou de uma corda;

b) DUPLICAR as varas de afastamento ou COLOCAR um tirante isolante e AMARRÁ-LO ao poste, BLOQUEAR, por meio de ligadores, a corda das talhas à saída do cadernal, SUBSTITUIR, em todos os locais onde tal seja possível, os tirantes que tenham a sua corda amarrada ao solo por varas de suporte de condutores fixadas em abraçadeiras, ATAR a corda das talhas a uma abraçadeira de anéis fixada a meia altura do poste e FIXAR aí solidamente as pontas das cordas que sobrarem, para que não possam ser alcançadas a partir do solo.

2 - RECOMEÇO DO TRABALHO 2.1 - Se os equipamentos ou as ferramentas isolantes (por exemplo, as varas) estiverem poluídos,

limpá-los à distância, começando pela parte superior 2).

Nota: por “poluição” entende-se, neste caso, qualquer sujidade proveniente de fuligem, poeiras, produtos

químicos ou de pedreiras, nevoeiro salino, geada, etc.

1) Estas medidas não são obrigatórias se a vigilância da Zona de Trabalhos for assegurada.

2) Esta maneira de proceder, leva a criar, desde o início da intervenção, uma zona que não corra o risco de ser poluída de novo em consequência de um eventual escorrimento da humidade restante, à medida que se prossegue a operação de limpeza.

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1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET 129 - AT - A/D

CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS

Os Trabalhos em Tensão em condutores nus situados em instalações de 60 kV estão limitados pelas condições atmosféricas da forma indicada, resumidamente, no quadro seguinte.

Trabalhos em instalações

Condições atmosféricas Exteriores Interiores

Precipitação atmosférica pouco importante

O Trabalho pode ser iniciado e acabado, se de curta duração

Precipitação atmosférica importante

Nevoeiro espesso

Vento violento (*)

O Trabalho não pode ser iniciado nem acabado

(não aplicável)

Trovoada O Trabalho não pode ser iniciado nem acabado

(*) – os Modos Operatórios indicam, se for caso disso, o valor da força a partir do qual o vento é considerado violento

Nota: as indicações resumidas neste quadro não dispensam a consulta das condições fixadas nas Prescrições Gerais para a Execução de Trabalhos em Tensão (DPS-C18-520/N).

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DCE - C18 - 529/N MAR 1998

1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET 201 - AT - A/D

INTERVENÇÃO EM PARTES SEM TENSÃO DE UMA INSTALAÇÃO EM TENSÃO

Quando, durante a realização de Trabalhos em Tensão, houver que realizar fases dos trabalhos em partes das instalações que estejam sem tensão, as equipas que as executarem devem fazê-lo de acordo com as seguintes Condições:

1 - Excepto nos casos referidos nas secções 3 e 4, quando uma parte dos trabalhos não puder ser feita em tensão (no âmbito coberto pelas Prescrições Gerais constantes do documento DPS-C18-520/N), a parte da instalação abrangida pelos trabalhos deve ser previamente consignada e ligada à terra e em curto-circuito. Nota: esta condição aplica-se em particular à ligação de uma derivação, que não pode ser feita antes de

esta ter sido entregue ao Responsável de Exploração no âmbito dos Trabalhos Fora de Tensão, uma vez que nos TET-AT não é permitido fazer ou desfazer ligações de derivações ou aberturas ou fechos de arcos ou de pontes.

Se o Responsável de Trabalhos da equipa TET for titular das necessárias habilitações, o Responsável de Exploração pode designá-lo como “Chefe de Consignação por Conta Própria” e da equipa que dirige, mencionando esse facto na AIT, a qual deverá, ainda, indicar, sem ambiguidades:

a) para as operações de consignação:

- os elementos que permitam identificar claramente a instalação a consignar e os seus limites,

- as manobras e os encravamentos a efectuar em seccionadores e em interruptores, em arcos e em pontes, em disjuntores, etc.;

b) para as operações de recolocação em tensão de uma instalação existente (ou de colocação em tensão de uma instalação nova):

- que as manobras de aparelhos ou o fecho de pontes que coloquem em tensão a instalação só podem ser feitas depois de o Responsável de Exploração ter dado o seu acordo;

c) para as operações de colocação em tensão de uma instalação nova:

- número e a localização dos dispositivos de ligação à terra e em curto-circuito que devam ser retiradas por ordem do Responsável de Exploração antes de a instalação ser colocada em tensão.

2 - Excepto nos casos referidos nas secções 3 e 4:

⎯ as partes da instalação que não estejam consignadas e ligadas à terra e em curto-circuito devem ser consideradas como estando em tensão; Nota: por este motivo, as partes sem tensão devem permanecer consignadas e ligadas à terra e em

curto-circuito até ao fim da intervenção sem tensão (também designadas por intervenções com as “mãos nuas”; na Nota da secção 3 dão-se indicações sobre o sentido desta expressão).

⎯ os trabalhos que seja necessário realizar nas partes da instalação consideradas em tensão devem ser realizados de acordo as Prescrições Gerais constantes do documento DPS-C18-520/N. Nota: recorda-se que actualmente o único método seguido nas equipas da EDP para os Trabalhos em

Tensão em instalações aéreas de AT é o da distância.

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DCE-C18-529/N CET 201 - AT - A/D

3 - No caso de intervenções em aparelhos (seccionadores, interruptores, disjuntores ou pára-raios) instalados em apoios, desde que esses aparelhos estejam completamente separados de qualquer condutor activo por corte perfeitamente visível, as intervenções podem ser feitas com “mãos nuas”, sem que seja necessário:

⎯ colocar placas de consignação;

⎯ verificar a ausência de tensão;

⎯ ligar à terra e em curto-circuito;

⎯ delimitar a zona de intervenção. Nota: é necessário ter, em particular, o cuidado de separar o aparelho a intervencionar de qualquer

alimentação de retorno, como por exemplo a que possa resultar de transformadores de tensão ou de instalações de Produtores Independentes.

A expressão “mãos nuas” designa as intervenções realizadas sem luvas ou ferramentas, isolantes, não significando ela a ausência de luvas de protecção mecânica, cujo uso é, evidentemente, aconselhável.

4 - As intervenções sem tensão na parte exterior das entradas de um posto de corte ou de seccionamento em alvenaria podem ser feitas com “mãos nuas” se se verificarem simultaneamente as duas condições seguintes:

⎯ o seccionador correspondente, situado no interior do posto, estiver encravado na posição de “aberto”;

⎯ os arcos exteriores de ligação da linha tiverem sido desligados.

Nesse caso, não é necessário, após a verificação da ausência de tensão:

⎯ ligar à terra e em curto-circuito a parte da instalação onde se trabalha;

⎯ delimitar a zona de intervenção. Nota: esta Condição aplica-se às intervenções para as quais a ligação à terra e em curto-circuito no

interior do posto seriam delicadas ou impossíveis. Isto não dispensa os elementos da equipa de respeitarem as distâncias em relação aos condutores em tensão que se situem nas proximidades do local onde vão intervir.

5 - Durante as intervenções com “mãos nuas” referidas em 3 e 4, é proibido realizar, no mesmo apoio, qualquer intervenção em tensão pelo método “à distância”.

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DCE - C18 - 529/N MAR 1998

1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET 211 - AT - A/D

DISTÂNCIAS A RESPEITAR PELO EXECUTANTE

1 - TERMINOLOGIA 1.1 - ZONA DE EVOLUÇÃO DE UM EXECUTANTE A Zona de Evolução de um Executante é a envolvente dos pontos que este pode alcançar com os seus gestos e deslocações no decurso de um trabalho, incluindo as peças não isolantes que este possa manipular e as peças não isolantes com as quais esteja em contacto.

1.2 - DISTÂNCIA DE TENSÃO (t) A Distância de Tensão é uma distância que um Executante, com vista a protegê-lo de qualquer fenómeno de disrupção, deve respeitar em relação às peças condutoras cujo potencial seja diferente do seu e na ausência de dispositivos apropriados de protecção dessas peças. A Distância de Tensão é dada pela expressão:

2Ut = (para U = 60 kV, t = 30 cm).

em que:

t - é a distância de tensão, em centímetros.

U - é a tensão nominal da instalação, em kilovolts.

1.3 - DISTÂNCIA DE GUARDA (g) A Distância de Guarda é uma distância que permite a um Executante realizar o seu trabalho sem se preocupar em permanência com o respeito pela Distância de Tensão em relação às peças em tensão, precavendo-o dos gestos involuntários. Para as tensões acima de 1 000 V, o seu valor é igual a 50 cm.

A Distância de Guarda pode ser diminuída pela aplicação de meios especiais, definidos nas CET. Nota: distâncias a respeitar em relação:

- às peças em tensão;

- às peças que possam passar a estar em tensão devido à execução do trabalho;

- às peças que possam passar a estar acidentalmente em tensão.

1.4 - DISTÂNCIA MÍNIMA DE APROXIMAÇÃO (D) A Distância Mínima de Aproximação é a distância que um Executante deve respeitar em relação às peças condutoras cujo potencial seja diferente do seu, com vista a protegê-lo de qualquer fenómeno de disrupção e que lhe permite realizar o seu trabalho sem se preocupar com os gestos involuntários (é a soma das distâncias “t” indicada na secção 1.2 e “g” indicada na secção 1.3). Para U = 60 kV, a Distância Mínima de Aproximação D = 80 cm.

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 1/4

DCE-C18-529/N CET 211 - AT - A/D

1.5 - ZONAS INTERDITAS Consideram-se Zonas Interditas ao Executante as zonas nas quais este não possa penetrar sem uma protecção adaptada ao nível de tensão e nas quais só possa introduzir ferramentas e equipamentos apropriados aos Trabalhos em Tensão.

As Zonas Interditas ao Executante são constituídas pelo conjunto dos pontos situados à distância de tensão “t” (indicada na secção 1.2) em relação aos condutores (ou estruturas condutoras) nus ou insuficientemente isolados, cujo potencial seja diferente do potencial do Executante.

Uma Zona Interdita pode ser reduzida nas condições definidas nas CET.

2 - CONDIÇÕES RELATIVAS À ZONA INTERDITA

2.1 - Qualquer peça não isolante que se encoste ou que penetre (mesmo que só parcialmente) numa Zona Interdita, deve ela própria ser considerada como estando em tensão e, para ela, ser definida uma Zona Interdita. Nota: constituem excepção a esta regra as partes metálicas dos aparelhos cujas massas estejam

ligadas à terra, ainda que estejam, em parte, dentro de uma Zona Interdita, por não poderem ser consideradas como estando em tensão.

2.2 - Qualquer peça não isolante, ligada mecanicamente a uma outra em tensão por intermédio de um dispositivo isolado para um nível de tensão apropriado, não é considerada como estando em tensão. Nota: por “dispositivo isolado para um nível de tensão apropriado” entende-se:

- um isolador adaptado à tensão da rede;

- uma ferramenta homologada e prevista para o efeito;

- um comprimento de tubo isolante homologado (que, para U = 60 kV, deve ser L = 120 cm).

O valor indicado de L = 120 cm é superior ao necessário para a distância no ar e destina-se a permitir os Trabalhos em Tensão sob chuva de fraca intensidade (CET 129 AT-A/D).

Esta possibilidade pressupõe que os tubos estejam limpos e siliconizados, pois a presença de uma película contínua (de chuva, de neve, de geada, de nevoeiro, de gelo, etc.) e que cubra o tubo reduz o seu nível de isolamento a um valor que proíbe os Trabalhos em Tensão.

3 - CONDIÇÕES RELATIVAS À EVOLUÇÃO DO EXECUTANTE E GESTOS DE TRABALHO

EM CASO ALGUM, A ZONA DE EVOLUÇÃO DE UM EXECUTANTE (secção 1.1) PODE INTERCEPTAR UMA ZONA INTERDITA (secção 1.5).

Com vista a garantir que, em caso algum, no decurso das evoluções de um Executante na proximidade de peças em tensão ou no decurso da execução dos seus gestos de trabalho, nenhuma parte do seu corpo (ou nenhuma peça não isolante em contacto com o seu corpo) possa penetrar numa Zona Interdita, deve ser tomada uma das seguintes medidas: 3.1 - Respeito pela Distância Mínima de Aproximação (D) O Executante deve manter sempre, entre a sua Zona de Evolução e as peças em tensão, uma distância não inferior à Distância Mínima de Aproximação (D). Nota: em regra, o Executante deve manter-se sempre tão afastado das peças em tensão quanto lho permita a

boa execução do trabalho, competindo ao Responsável de Trabalhos dar-lhe as indicações necessárias para isso. Para respeitar esta exigência, deve-se ter em conta:

- o modo como cada Executante está ligado à sua posição de trabalho e a liberdade que daí resulta;

- a habilidade do Executante.

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 2/4

DCE-C18-529/N CET 211 - AT - A/D

No caso de utilização de um elevador com barquinha, a envolvente do braço e da barquinha faz parte da Zona de Evolução do Executante.

3.2 - Emprego de anteparos e de protectores

Em Trabalhos em Tensão em instalações aéreas de 60 kV pelo método “à distância”, NÃO É PERMITIDO O RECURSO A ANTEPAROS NEM A PROTECTORES para garantir a não penetração do corpo de um executante (ou de uma peça não isolante em contacto com o seu corpo) numa Zona Interdita.

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 3/4

DCE-C18-529/N CET 211 - AT - A/D

SOLUÇÕES À DISPOSIÇÃO DO RESPONSÁVEL DE TRABALHOS

1 - UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS ISOLANTES Para melhor apreciar as distâncias, devem ser afixadas, nas varas de tubo isolante, marcas às seguintes distâncias das suas cabeças metálicas:

⎯ 60 cm para U < 20 kV;

⎯ 90 cm para U = 30 kV;

⎯ 120 cm para U = 60 kV.

2 - ESCOLHA DA LOCALIZAÇÃO DA POSIÇÃO DE TRABALHO A utilização de uma plataforma ou de um elevador com barquinha permitem ao Executante colocar-se convenientemente para executar o seu trabalho e respeitar a Distância Mínima de Aproximação em relação às peças em tensão.

NÃO É PERMITIDO O RECURSO A PROTECTORES OU A ANTEPAROS ISOLANTES NOS TET 60 kV PELO MÉTODO "À DISTÂNCIA"

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 4/4

DCE - C18 - 529/N

FEV 2009

2ª edição Homologada em Fevereiro de 2009 CET 215 - AT - A/D

DISTÂNCIAS ENTRE PEÇAS CONDUTORAS

DTI – Direcção de Tecnologia e Inovação Pág. 1/4

1 - TERMINOLOGIA

1.1 - PEÇA CONDUTORA A POTENCIAL FIXO

Designa-se por Peça Condutora a Potencial Fixo qualquer peça condutora em tensão ou que nãoesteja isolada da terra.

Para efeitos de aplicação do presente documento, consideram-se ao potencial da terra todos osapoios, seja qual for a sua natureza (mesmo os de madeira).

1.2 - PEÇA CONDUTORA A POTENCIAL FLUTUANTE

Designa-se por Peça Condutora a Potencial Flutuante qualquer peça condutora que não tenhaqualquer ligação (voluntária ou não) com uma peça condutora a potencial fixo (condutores emtensão ou terra).

2 - CONDIÇÕES

2.1 - A distância a respeitar durante a realização de intervenções TET em AT entre duas peças nuas apotenciais fixos diferentes não deve ser inferior a 30 cm (esta regra não se aplica às distânciasentre as hastes de descarga).

DCE-C18-529/N CET 215 - AT - A/D

Pág. 2/ 4 DTI – Direcção de Tecnologia e Inovação

2.2 - Se, no decurso de um intervenção em tensão, uma peça condutora a potencial flutuante seencontrar ou se se deslocar na proximidade de duas peças condutoras a potenciais fixosdiferentes (como por exemplo, peças aos potenciais de uma fase e da terra), a distância mínimaa respeitar deve ser a correspondente à soma das distâncias entre a peça a potencial flutuantee as peças a potencial fixo (isto é, a soma da distância d1 com a distância d2, indicadas nafigura 2, não deve ser inferior a 30 cm).Nota: na aplicação das regras indicadas nas secções 2.1 e 2.2 deve ter-se em conta:

a) todas as possibilidades de deslocação relativa entre as peças condutoras a potencial fixo e apotencial flutuante;

b) a dificuldade de avaliar as distâncias (d, d1 e d2);

c) a imprecisão dos gestos dos executantes.

2.3 - Se, durante a análise prévia da Zona de Trabalhos ou durante os trabalhos, se tornar visível que adistância entre uma peça condutora em deslocação e as peças que a rodeiam pode vir a serinferior às distâncias indicadas nas secções 2.1 ou 2.2, o Responsável de Trabalhos deve, antesde iniciar a operação ou a fase dos trabalhos em causa, limitar ou controlar mais eficazmente adeslocação da peça condutora, por forma a evitar o risco referido.

DCE-C18-529/N CET 215 - AT - A/D

DTI – Direcção de Tecnologia e Inovação Pág. 3/4

2.4 - No final de uma intervenção em tensão, e antes de devolver a AIT ao Responsável de Exploração,o Responsável de Trabalhos deve assegurar-se, mesmo se a instalação ou a modificação foremprovisórias, que as distâncias no ar entre peças condutoras não são inferiores às seguintes:

a) distância entre os condutores da linha: distâncias de construção próprias da instalaçãoonde está a intervir.

b) distância das pontes condutoras a outras peças:

- fase-terra 63 cm

- fase-fase 70 cm

DCE-C18-529/N CET 215 - AT - A/D

Pág. 4/ 4 DTI – Direcção de Tecnologia e Inovação

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

CONTROLO DOS MOVIMENTOS DE UMA PEÇA METÁLICA

Fig.4 - A utilização da corda impede que a extremidade livre do condutor em regulação se aproxime dos condutores em tensão

DCE - C18 - 529/N MAR 1998

1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET 221 - AT - A/D

ESFORÇOS MECÂNICOS SUPLEMENTARES NOS CONDUTORES ESTICADOS

1 - PREÂMBULO

Alguns trabalhos impõem, aos condutores, esforços mecânicos suplementares que podem causar a rotura dos mesmos, particularmente se a sua resistência mecânica inicial tiver sido diminuída por:

a) presença de certos acessórios de rede, que podem originar um ponto fraco;

b) ferimento dos condutores.

As Condições indicadas na presente CET têm em vista evitar que, no decurso de uma intervenção TET, possa ocorrer a rotura de um condutor esticado, não sendo, por isso, aplicáveis nem às pontes nem aos arcos nem aos fiadores.

2 - CONDIÇÕES

2.1 Antes de iniciar qualquer intervenção em tensão sobre um condutor, o Responsável de Trabalhos deve determinar, com o máximo rigor possível, qual é o estado mecânico desse condutor e o dos acessórios que o equipam, devendo considerar, como pontos duvidosos, entre outros, os seguintes:

2.1.1 qualquer torcedura ou ferida detectada no condutor (indícios de mordeduras, roturas de fios ou outras deteriorações mecânicas). No entanto, nos cabos de 19 ou mais fios, não deve ser considerado como ponto duvidoso o ponto onde exista ferida ou rotura de um ou de dois dos seus fios.

2.1.2 os seguintes acessórios:

a) pinças de amarração de aperto mecânico, associadas a disruptores de hastes em que a haste do lado em tensão não esteja directamente ligada ao condutor por meio de uma ligação especial;

b) ligadores do tipo AMPACT em condutores de cobre;

c) uniões em hélice pré-formadas em cabos heterogéneos (como os de alumínio-aço, Almelec-aço, etc.), com exclusão das mangas de reparação pré-formadas. Nota: esta lista pode, eventualmente, ser completada por instruções estabelecidas em cada local,

em função do conhecimento do estado de cada rede, em particular da sua antiguidade, do meio ambiente onde está instalada e de anteriores incidentes de exploração nela ocorridos.

2.2 As tensões mecânicas a que ficarem sujeitos os condutores em resultado dos esforços mecânicos suplementares que lhes forem aplicados não devem, em caso algum, serem superiores a um terço da respectiva carga de rotura. Nota: esta condição tem em vista a segurança, uma vez que os esforços aplicados aos condutores,

mesmo os temporários, não devem exceder o valor referido (Artigo 24º do RSLEAT).

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 1/2

DCE-C18-529/N CET 221 - AT - A/D

2.3 O quadro seguinte precisa as situações em que são autorizadas ou interditas as intervenções.

Condutor Operações requerendo um aumento notável da tracção

mecânica

Características Estado mecânico Não Sim

Cabo de cobre S > 14 mm2 Duvidoso (*) Autorizadas Interditas

Cabo não cobre S > 22 mm2 Bom Autorizadas Autorizadas

(*) – O ponto duvidoso pode ser eliminado pela montagem de um dispositivo de retenção mecânica apropriado (Ver FT 98-MT-A/D)

Nota: a tensão mecânica de um condutor pode ser verificada por meio de um aparelho de medição apropriado.

Para efeitos de aplicação da presente CET, consideram-se como requerendo um aumento notável da tensão mecânica de um condutor os trabalhos que impliquem:

a) a deslocação longitudinal desse condutor por meio de corda, de talha ou de tirante;

b) o afastamento lateral desse condutor.

A deslocação de alguns centímetros, imposta a um condutor para a substituição de uma cadeia de suspensão, não deve ser considerada como requerendo um notável aumento da tensão mecânica.

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 2/2

DCE - C18 - 529/N MAR 1998

1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET 223 - AT - A/D

VERIFICAÇÃO DO ESTADO MECÂNICO DOS ISOLADORES

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 1/1

CONDIÇÕES

1 Antes de se iniciar um trabalho que provoque esforços mecânicos sobre um isolador ou sobre um grupo de isoladores, deve ser verificado previamente o seu estado, nomeadamente:

a) pelo Responsável de Trabalhos, à distância, por meio de binóculos;

b) pelo Executante à chegada à sua posição de trabalho com o auxílio do espelho, devendo o resultado desta segunda verificação ser transmitido ao Responsável de Trabalhos.

2 Sempre que seja detectada qualquer deterioração num isolador ou num conjunto de isoladores, deve evitar-se submetê-lo a esforços mecânicos nas operações de colocação de ferramentas. Nota: a aplicação de esforços elevados a isoladores com as saias partidas pode ocasionar a separação

entre a campânula e o espigão, com rotura da cadeia.

DCE - C18 - 529/N MAR 1998

1ª edição Homologada em 1998-03-20 CET 231 - AT - A/D

SUBIDA ACIDENTAL DO POTENCIAL NUM APOIO OU NUMA ARMAÇÃO

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 1/2

1 - PREÂMBULO Durante uma intervenção numa instalação em tensão, o apoio ou as armações podem sofrer uma subida acidental do seu potencial, o qual pode ocorrer quando:

a) o Executante provocar um contacto acidental fase-massa por:

- aproximação de uma peça em tensão de uma outra peça cuja protecção, embora inicialmente feita nas condições previstas nas Condições aplicáveis (CET-215-AT-A/D), foi deslocada durante o trabalho;

- curto-circuito de um isolador por meio da extremidade metálica de uma ferramenta.

b) ocorrer, durante a intervenção, a quebra de um isolador.

Esta subida de potencial pode provocar acidentes eléctricos no Executante e nas pessoas que se encontrarem no solo que estejam simultaneamente em contacto com uma ou mais peças a potenciais diferentes. Entre essas peças a potenciais diferentes podem encontrar-se, por exemplo:

- o apoio que sofreu a subida acidental do potencial; Nota: um Executante colocado num apoio, seja qual for o seu meio de colocação, é considerado como

estando em contacto com esse apoio, e, portanto ao potencial deste, acompanhando, por isso, as variações desse potencial. Isto é válido mesmo quando o Executante estiver colocado sobre uma escada isolante ou sobre uma plataforma isolante.

- a parte metálica de um elevador que esteja em contacto com o solo; - a parte metálica das escadas de encaixar que esteja em contacto com o solo; - outras peças condutoras, tais como:

- as armações; - os condutores consignados, ligados à terra e em curto-circuito (os que o não estejam,

devem ser considerados como estando em tensão); - os condutores de ligação à terra não ligados às armações; - as armaduras dos cabos duma transição aéreo-subterrânea, as suas caixas terminais ou as

extremidades nuas dos seus condutores; - os condutores de BT nus ou com isolamento insuficiente, incluindo o neutro, quer se

encontrem em tensão quer consignados, ligados à terra e em curto-circuito; - as espias.

Para aplicação das presentes Condições de Execução do Trabalho, os elevadores com braços e barquinhas, isolantes, devem ser considerados como elementos não isolantes.

2 - CONDIÇÕES 2.1 - No decurso de uma intervenção numa instalação AT, os Executantes devem precaver-se contra

as consequências de uma eventual subida do potencial, evitando entrar em contacto com peças que estejam ou que possam ficar a um potencial diferente do seu. Nota: formas de os Executantes evitarem os contactos com peças a potenciais diferentes do seu:

- afastando-se dessas peças; - isolando-se dessas peças por meio de equipamentos homologados (mantas isolantes); - realizando uma ligação equipotencial entre essas peças e o seu posto de trabalho.

DCE-C18-529/N CET 231 - AT - A/D

GBNT - Gabinete de Normalização e Tecnologia Pág. 2/2

2.2 - Para evitar entrar em contacto com peças que estejam ou possam ficar a um potencial diferente do seu, os Executantes devem, consoante a forma como estão colocados, respeitar as seguintes condições:

2.2.1 - Executante colocado em barquinha de elevador no momento da intervenção: a) afastar a barquinha e ele próprio para uma distância não inferior a:

- 0,30 m das peças susceptíveis de ficarem a um potencial diferente do seu potencial; - 0,30 m dos condutores das redes de BT.

b) isolar, nos pontos de contacto possível e por meio de revestimento com mantas isolantes homologadas, o apoio e as peças das quais não se possa afastar. Nota: esta colocação das mantas pode ser feita:

- à distância; - ao contacto, com recurso a luvas isolantes homologadas (apenas nos condutores de BT

em tensão); - com as “mãos nuas” (nos condutores consignados, ligados à terra em curto-circuito, bem

como em todas as outras peças condutoras sem tensão que se encontrem ao alcance dos Executantes).

2.2.2 - Executante colocado sobre uma plataforma, um apoio metálico ou com o auxílio de estribos, no momento da intervenção: a) afastar-se para uma distância não inferior a:

- 0,30 m das peças susceptíveis de ficarem a um potencial diferente do seu potencial (com excepção do apoio);

- 0,30 m dos condutores das redes de BT. b) isolar, nos pontos de contacto possível e por meio de revestimento com mantas isolantes

homologadas, o apoio e as peças das quais não se possa afastar; c) realizar, se uma das peças estiver ligada à terra, uma ligação equipotencial entre todas as

peças acessíveis (incluindo o condutor de terra) e a armação que suporta o condutor onde se vai realizar a intervenção. Esta disposição é proibida quando o condutor de ligação à terra for o mesmo que o que realiza as ligações à terra e em curto-circuito numa instalação consignada. Nota: no caso de um apoio metálico, esta ligação equipotencial é geralmente realizada durante a

construção da linha, entre o poste e a armação. Em qualquer outro tipo de apoio, esta ligação pode ser feita por meio de um cabo flexível de cobre de 35 mm² (ou equivalente), equipado com ligadores de anel.

2.2.3 - Executante colocado sobre uma escada de elementos de encaixar, no momento da intervenção:

- colocar-se no terceiro degrau (ou a um nível mais elevado) de um dos elementos isolantes (fibra de vidro), qualquer que seja o tipo de apoio; Nota: recorda-se que a utilização de escadas metálicas que não sejam de elementos de encaixar

é proibida.

- tomar as precauções indicadas na secção 2.2.2 perante as peças com as quais possa entrar em contacto (para além do apoio) e para as quais exista risco de ficarem a um potencial diferente do seu.

2.3 - No caso de trabalho simultâneo, a partir do apoio e de uma barquinha de um elevador, é proibido, no momento em que um dos executantes intervier na instalação AT, qualquer contacto que possa constituir uma ligação entre os Executantes colocados nesses pontos. Nota: esta condição visa particularmente a transferência de ferramentas condutoras (ou consideradas

como condutoras), a qual deve ser feita respeitando uma distância entre Executantes não inferior a 0,30 m.

2.4 - Enquanto os Executantes estiverem a intervir numa peça em tensão, as pessoas que estejam no solo devem estar afastadas de vários metros do apoio (e do veículo elevador). Nota: a triangulação da corda de serviço facilita esta condição.

DCE-C18-529/N JUL 2005

1ª edição Baseada na CET Nº 3.6.B - HTB-L, da EDF Homologada em 2005-07-14 CET 301-AT-A/D

LIGAÇÃO / DESLIGAÇÃO DE ARCOS DE LINHAS AÉREAS A 60 kV

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia

Empresa: EDP Distribuição

1 PREÂMBULO

São objecto da presente CET as ligações e as desligações de arcos de linhas aéreas a 60 kV.

As regras de ligação-desligação impoem, nomeadamente, condições específicas para a extinção dos arcos eléctricos ocasionados quando dessas operações.

Distinguem-se então:

⎯ as ligações-desligações realizáveis sem um Dispositivo de manobra em vazio (DMV) – FT 92-AT-A/D – desde que a parte da instalação abrangida por estas regras tenha um comprimento inferior ou igual a L, definido na secção 4.1 do presente documento.

⎯ as ligações-desligações realizáveis unicamente com um DMV – desde que a parte da instalação abrangida tenha um comprimento superior a L e inferior a L’, permitido pelo dispositivo utilizado, definido na secção 4.2 do presente documento.

0

0 12500 mSE 3000 m

Operações de ligação e de desligação

Objecto da presente CET

Comprimento a ligar ou a desligar

L

Operações de ligação e de desligação autorizadas

2 DEFINIÇÕES

2.1 O termo ligação abrange a operação que consiste emparte da instalação de comprimento inferior a L’, inicialm

2.2 O termo desligação abrange a operação que consisparte da instalação de comprimento inferior a L’, inicialm

Operações de ligação e de desligação interditas

Sem DMV

Com DMV

L’

Pág. 1/3

SE

colocar ao potencial de uma fase uma ente a potencial flutuante.

te em colocar a potencial flutuante uma ente ao potencial fixo de uma fase.

DCE-C18-529/N CET 301-AT-A/D

2.3 Os termos seguintes constam do Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão, aprovado pelo Decreto-lei nº 180/91, de 14 de Maio, Capítulo l, Secção lV – Definições, Artigo 4º:

14 – arco de condutor - troço de condutor destinado a assegurar a continuidade eléctrica, sem esforço mecânico, entre dois troços de condutor de uma linha aérea, entre um condutor de uma linha aérea e um condutor de uma linha subterrânea ou entre um condutor de uma linha aérea e um aparelho.

37 – fiador - troço de condutor destinado a assegurar uma ligação suplementar, mecânica e eléctrica, entre dois troços de um condutor de uma linha aérea em vãos contíguos. Comentário: recomenda-se não utilizar o termo “fiador” associado ao conceito de “arco de

condutor” definido no nº 14.

3 CONDIÇÕES OPERATÓRIAS

Quando de uma ligação ou de uma desligação, a trajectória do arco a ligar ou a desligar deve ser determinada de forma tal que o arco eléctrico, susceptível de se desenvolver, respeite as distâncias no ar, estabelecidas na CET 215-AT-A/D: Distâncias entre peças condutoras.

4 REGRAS DE LIGAÇÃO / DESLIGAÇÃO

4.1 A ligação ou a desligação de uma parte de instalação em condutores nus de qualquer secção utilizada nas redes a 60 kV pode ser realizada sem DMV, desde que o respectivo comprimento seja inferior ou igual a 3000 m (L).

4.2 Logo que a parte da instalação a ligar ou a desligar tenha um comprimento superior a 3000 m (L), mas inferior a 12500 m (L’), o Responsável de Trabalhos deve mandar instalar um DMV.

Nota: as características do DMV são definidas na respectiva Ficha Técnica (FT 92-AT-A/D).

4.3 Uma ligação começa no momento em que a distância entre as peças a ligar é inferior a 30 cm.

Uma ligação termina e só é considerada efectiva quando está estabelecido um contacto permanente entre as peças.

Nota: enquanto z1 < 30 cm, z 2 deve ser superior ou igual a 60 cm (ver figura 1).

Com efeito, quando a distância entre as peças a ligar é inferior ou igual a 30 cm, o arco eléctrico de ligação é susceptível de se formar.

A peça a ligar, considera-se, então, como estando ao potencial a atingir.

Circuito a ligar ou a desligar

Figura 1

Pág. 2/3 DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia

DCE-C18-529/N CET 301-AT-A/D

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 3/3

4.4 Uma desligação começa no momento da separação do contacto entre as peças a desligar e termina logo que a distância entre elas é superior ou igual a 30 cm.

Nota: o circuito a desligar, está desligado logo que se encontre a 30 cm do potencial a que se encontrava.

Enquanto z1 < 30 cm, z 2 deve ser superior ou igual a 60 cm (ver figura 1).

Com efeito, quando a distância entre as peças a desligar é inferior ou igual a 30 cm, o arco eléctrico de desligação é susceptível de não se extinguir.

A peça a desligar, considera-se, então, como estando ao potencial a que se encontrava

4.5 Desde que uma ligação começa e, por outro lado, enquanto uma desligação não termina, as peças devem ser consideradas como estando a potencial fixo; os Executantes devem manter-se a uma distância da peça a ligar ou a desligar pelo menos igual a 80 cm.

DCE - C18 - 529/NJAN 2006

1ª edição Homologada em 2006-01-18 CET 315 – AT – A/D

LAVAGEM DE ISOLADORES EM SUBESTAÇÕES AT/MT E MT/MT

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 1/1

1 PREÂMBULO

É objecto da presente CET a lavagem de isoladores de subestações AT/MT e MT/MT, em tensão,com água sob pressão, de forma a remover a sujidade neles depositada.

Esta técnica baseia-se no facto que, acima de um determinado valor da pressão da água emantendo uma determinada distância mínima entre a boquilha de saída e as partes da instalaçãoem tensão, não há risco de se estabelecer uma passagem de corrente através do jacto da água.

Uma correcta execução da lavagem com jacto da água depende basicamente de quatroparâmetros:¾ distância de aplicação do jacto;¾ condutividade da água;¾ pressão da água;¾ diâmetro da boquilha.

2 APLICAÇÕES

A lavagem de isoladores com água sob pressão proporciona bons resultados para os seguintestipos de poluição: salina, terras, pó e cinzas.

O mesmo não se verifica quando os isoladores estão recobertos de cimento com presa, limalha deferro, poluição industrial ou dejectos de aves.

3 CONDIÇÕES OPERATÓRIAS

3.1 Características da água

Condutividade máxima da água a utilizar: 400 μS/cm.

Nota: a condutividade da água aumenta com a temperatura.

3.2 Boquilha

A boquilha utilizada tem um diâmetro de 1/4”.

3.3 Pressão da água

A pressão recomendada para a boquilha de 1/4” é de 40 kg/cm2.Nota: pressões mais baixas reduzem a distância e a eficácia da lavagem;

pressões mais elevadas podem criar turbulências no jacto de água, reduzindo o seu impacto nosisoladores.

3.4 Distância de segurança

A distância mínima entre a boquilha de 1/4” e as partes da instalação em tensão (AT ou MT), paraum valor da condutividade da água de 400 μS/cm, é de 4 m.