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TRABALHOS APROVADOS

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TRABALHOS APROVADOS

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NÚMERO DO PAINEL: 1

Temário: Base de crânio

Título: RESSECÇÃO ENDOSCÓPICA EM DOIS CASOS DE OSTEOMAS CRANIOFACIAIS

Instituição: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

Autores: Angelo Guarçoni Netto; Leandro Ribeiro Chiarelli; Pedro Nunes Boechat; Jordan

Camara Moura; Carlos Eugênio Monteiro de Barros;

Resumo:

Osteomas account for 1 - 2 % of all bone masses, and occur almost always in the craniofacial

bones. It is considered the most common primary skull neoplasia. Many are unnoticed and the

true incidence is probably higher. They have a preference for young females and are found

usually as single lesions in the frontal sinus. Other usual locations are the ethmoid, maxilla and

sphenoid bones. Less common sites are the calvaria and the mandible. Objectives: To describe

two patients with osteomas under very different situations, as concerns to its locations, sizes,

anatomic relations and surgical risks. Methods: A young man of 21 yo, with a small lesions in the

sphenoid bone, in close relation to the carotid; and a young girl, with a displacement of one eye

and a huge mass in the medial wall of the right orbit. Both where submitted to purely endoscopic

resection of the masses. Results: Total endoscopic resection where achieved, without any

complications, and a excellent plastic result in the young female patient. Conclusions: Although

rarely found in the nasal cavities, osteomas are benign lesions that may occur in unusual places,

and considering there osseous resistance, they may pose extreme difficulties during resection.

Tiny drills, endoscopic close up visualizations, patience and team work are indispensable.

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NÚMERO DO PAINEL: 2

Temário: Coluna

Título: ARTRODESE CERVICAL POSTERIOR COM FIXAÇÃO C1-C2-C3 PARA UM CASO DE

SUBLUXAÇÃO ATLANTOAXIAL ANTERIOR RELACIONADA A ARTRITE REUMATÓIDE

Instituição: FAMERP

Autores: Fernando Seiji Suzuki; Lucas Crociati Meguins; Eduardo Cintra Abib; Linoel Curado

Valsechi; Filipe Guirelle Silva;

Resumo:

INTRODUÇÃO: O envolvimento da coluna cervical em pacientes acometidos pela artrite

reumatóide (AR) tem sido relacionados desde o século passado com diversos achados

patológicos sendo o mais característico as lesões por subluxações. OBJETIVO: Ilustrar o caso de

uma paciente de 62 anos com antecedente de AR apresentando quadro de dor cervical

refratário e enfraquecimento dos membros superiores e inferiores de quatro meses de

evolução. O exame de imagem complementar demonstrava a instabilidade cervical por

subluxação atlantoaxial anterior. MÉTODO: Variadas técnicas são atualmente propostas para o

tratamento cirúrgico desta condição, elegemos para este caso em particular a artrodese via

posterior C1-C2-C3 com fixação por parafusos transpediculares C1-C2 e massa lateral de C3.

RESULTADO: A paciente evoluiu com melhora importante da dor e parcialmente do deficit motor

recebendo alta no terceiro dia de pós operatório. CONCLUSÃO: A indicação e a técnica cirúrgica

utilizada se mostrou satisfatória dada as variadas opções terapêuticas descritas para este

acometimento vertebral.

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NÚMERO DO PAINEL: 3

Temário: Coluna

Título: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE TUMORAÇÃO CERVICAL ALTA COM SINTOMATOLOGIA

DE PROTRUSÃO DISCAL

Instituição: FACULDADE ASSIS GURGACZ

Autores: Claudia Zanatta; Daiany Villar da Silva; João Luis Corso Bandeira; Cleiton Schweitzer

Peron; Antonio Carlos de Andrade Soares;

Resumo:

Introdução: Os tumores em região cervical alta, muitas vezes, são de difícil diagnóstico, uma vez

que a compressão do canal medular pode levar o paciente a apresentar sintomas não

específicos. A literatura relata que os principais sintomas são déficit motor e dor radicular, o que

pode confundir com protusão distal. Objetivos: Apresentar diagnóstico diferencial de tumoração

cervical alta com sintomatologia de protrusão discal. Método: estudo de caso de uma paciente

com tumoração cervical alta, à nível de C1-C2, avaliando a clínica, imagens pré e

transoperatórias, mostrando a disposição do tumor. Resultados: mulher, 72 anos, avaliada

ambulatorialmente com queixa de cefaleia em região cervical alta e dor difusa inespecífica que

iniciaram há aproximadamente um ano. A dor cervical, localizada principalmente em lado

esquerdo, tinha irradiação para o membro superior do mesmo lado, mas sem padrão radicular.

De patologias pregressas, tinha diabetes, dislipidemia, hipertensão e depressão, todas em

tratamento. Ao exame físico, marcha claudicante, sem alterações de nervos cranianos,

hiporreflexia global (+/++), sem sinais de liberação piramidal e força grau IV em membro

superior esquerdo. Paciente traz Tomografia Computadorizada de crânio prévia, sem alterações

significativas. Solicitado Eletroneuromiografia, que mostrou polineuropatia diabética. Iniciado

tratamento com Duloxetina 60mg/dia. Após dois meses, paciente retorna com queixa de piora

de força em dimídio esquerdo, associada com piora da dor em coluna cervical. No exame físico

apresentava piora da força em membro inferior esquerdo (grau IV) e em membro superior

esquerdo. Os reflexos foram testados e se mostraram da seguinte forma: +/++ bíceps e tríceps

esquerdos; 0/++ patelar e Aquileu esquerdos; cutâneo plantar em extensão à esquerda. Desta

vez, solicitou-se Ressonância Nuclear Magnetica de crânio que evidenciou lesão solida

intracranial, extra-axial, localizada abaixo do forame magno, paramediano à esquerda,

comprimindo e deslocando a medula espinhal para a direita, em contato com o segmento V4 da

vertebra esquerda, medindo 1,3x1,8cm. Realizada ressecção completa do tumor, que no

anatopatológico mostrou ser meningioma meningoteliomatoso. Conclusão: Levando em

consideração a grande frequência da sintomatologia de dor em membro superior é importante

ter em mente o diagnóstico diferencial, até mesmo os menos prováveis, principalmente nos

pacientes que não apresentam melhora clínica após tratamento correto.

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NÚMERO DO PAINEL: 4

Temário: Coluna

Título: ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE FRATURAS

PATOLÓGICAS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE - FCM CG

Autores: Fellipe Almeida Lira; Amauri Pereira da Silva Filho; Igel de Souza Aquino; Ivanna Silveira

Santos; Ronaldo Barbosa de Farias Junior;

Resumo:

INTRODUÇÃO: As fraturas patológicas, fraturas decorrentes de condições que cursam com

redução da densidade óssea, seja ela secundária a doenças ósseas metabólicas ou até mesmo

idade avançada, são casos cada vez mais freqüentes na medicina ambulatorial e emergencial, a

necessidade de caracterização epidemiológica de tal evento se torna indispensável devido à sua

gravidade, principalmente, quando do acometimento da coluna vertebral, podendo cursar até

mesmo com síndrome medular grave. OBJETIVOS: Determinar o perfil epidemiológico dos

pacientes com fraturas patológicas da coluna vertebral em um hospital terciário. MÉTODOS:

Trata-se de um estudo retrospectivo, de caráter descritivo, com abordagem quantitativa dos

dados de 18 prontuários de pacientes internados por fratura.da coluna vertebral no período de

janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Os dados foram coletados a partir de um formulário

padrão e organizados em planilha do Microsoft Excell 2007. RESULTADOS: O gênero feminino

foi predominante e representou 88,80% da amostra (n=16). A faixa etária mais prevalente foi

acima de 46 anos, 88,80% sendo oito casos da faixa de 46 a 60 e oito acima de 60; seguida pela

faixa de 21 a 45 anos com 11,1% (n=2) e nenhum caso em pacientes menores de 20 anos. Todos

os casos foram classificados na categoria A da AoSpine e se queixavam de dor no segmento

acometido. Segundo a classificação da Asia, 11,1% (n=2) dos pacientes foram classificados em

A; 22,2% (n=4) em D e 66,66% (n=12) em E. Dentre as patologias de base, a osteoporose foi a

mais prevalente (47,05%), seguida de lúpus eritematoso sistêmico (23,52), artrite reumatóide

(17,64%), esclerose sistêmica (5,88%), doença de Crohn e vasculite, cada uma representando

2,94%. Dezessete pacientes (94,44%) foram tratados cirurgicamente e apenas um clinicamente.

CONCLUSÃO: As fraturas de coluna vertebral foram mais prevalentes em mulheres e a maioria

dos pacientes acometidos tinham mais de 45 anos. Embora seja uma complicação grave, a

maioria evoluiu sem déficit neurológico residual.

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NÚMERO DO PAINEL: 5

Temário: Coluna

Título: ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE TRAUMATISMO

RAQUIMEDULAR COM FRATURAS CERVICAIS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO

Instituição: FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: Ivanna Silveira Santos; Amauri Pereira da Silva Filho; Igel de Souza Aquino; Fellipe

Almeida Lira; Ronaldo Barbosa de Farias Junior;

Resumo:

Introdução: O traumatismo raquimedular com fraturas cervicais é uma lesão que acomete

principalmente homens adultos, sendo a causa mais frequente acidentes motociclísticos. A

abordagem terapêutica do traumatismo raquimedular deve ser multidisciplinar e necessita de

grande atenção, devendo ser reconhecida precocemente. Objetivo: Determinar o perfil

epidemiológico das fraturas cervicais em um hospital terciário. Metodologia: Trata-se de um

estudo retrospectivo, de caráter descritivo, com abordagem quantitativa dos dados de 20

prontuários de pacientes internados por fratura na coluna vertebral cervical no período de

janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Os dados foram coletados a partir de um formulário

padrão e organizados em planilha do Microsoft Excel 2007. Resultados: Pertenciam ao gênero

masculino 80% dos pacientes (n=16) e 20% (n=4) ao feminino. A faixa etária entre 20 e 45 anos

foi a mais acometida (50%) seguida por 6 (30%) casos abaixo de 20 e 2 (10%) casos acima de 60

anos, como também entre 46 e 60 anos. A lesão cervical baixa contabilizou 60% (n=12) dos

casos. Dentre as lesões cervicais altas, 62,5% (n=5) das fraturas estavam no processo odontóide

do áxis. Os acidentes motociclísticos foram a causa mais frequente (45%), seguidos por

acidentes de mergulho (20%), de carro (10%), queda de altura (10%), ferimento por arma de

fogo (10%) e atropelamento (5%). Sessenta por cento (n=12) dos pacientes foram classificados

como ASIA A, 30% (n=6) como ASIA D e 10% (n=2) como ASIA E. Treze pacientes (65%) foram

tratados cirurgicamente e sete (35%) clinicamente. Dentre as complicações clínicas, a infecção

urinária representou 60% (n=12) dos casos, seguida de 40% (n=8) de pneumonia, 20% (n=4) de

úlceras de pressão e 10% (n=2) de trombose venosa profunda. Conclusão: A fratura cervical é

um grave problema de saúde pública que sobrecarrega o sistema e acomete mais homens

economicamente ativos.

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NÚMERO DO PAINEL: 6

Temário: Coluna

Título: ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE TRAUMATISMO

RAQUIMEDULAR EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DE REFERÊNCIA NA PARAÍBA

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: Anne Jamille Ribeiro Sampaio; Amauri Pereira da Silva Filho; Miriam Lucia Galvão

Lucena; Larissa Pinto de Farias Tenório; Pammela Dayana L.C. Machado;

Resumo:

Introdução: Entende-se por Traumatismo Raquimedular (TRM) uma condição caracterizada por

lesão da medula espinhal de causa externa, podendo resultar em alteração na função motora,

sensitiva e autonômica, seja permanente ou temporária. No Brasil, não existem dados precisos

sobre sua incidência e prevalência, uma vez que o TRM não é uma condição sujeita à notificação

compulsória. Estudos como este são importantes, portanto, para a realização de medidas de

prevenção e preparação de recursos humanos e técnicos em serviços de referência ao

atendimento e tratamento. Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico dos pacientes com

fraturas da coluna vertebral em um hospital terciário no interior da Paraíba. Método: Trata-se

de um estudo retrospectivo, de caráter descritivo, com abordagem quantitativa dos dados de

126 prontuários de pacientes internados por fratura na coluna vertebral, no período entre

janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Os dados foram coletados a partir de um formulário

padrão e organizados em planilha do Microsoft Excel 2007. Resultados: O gênero masculino foi

predominante e representou 73,02% da amostra (n= 92). A faixa etária mais prevalente foi de

20 a 45 anos com 48,41% (n= 61), seguida pela faixa de 46 a 60 anos com 24,60% (n= 31) e

maiores de 60 anos com 15,87% (n= 20). O mecanismo mais comum de lesão foi o acidente

motociclístico, presente em 34,92% (n= 44), seguido de queda de altura com 21,43% (n= 27) e

atropelamento com 10,32% (n= 13). Segundo a classificação ASIA, 38,09% (n= 48) dos pacientes

foram classificados em A; 5,55% (n= 7) em B; 5,55% (n= 7) em C; 14,28% (n= 18) em D e 36,51%

(n=46) em E. Da amostra, 79,36% (n= 100) foram tratados cirurgicamente. As complicações mais

comuns foram infecção do trato urinário, em 44,4% (n= 56); pneumonia nosocomial, em 19,84%

(n= 25) e úlcera de decúbito, em 19,05% (n= 24). A taxa de mortalidade geral foi de 8,73% (n=

11). Conclusão: As fraturas de coluna vertebral foram mais prevalentes em homens jovens,

economicamente ativos, vítimas de acidentes motociclísticos, associada à alta morbidade, longa

permanência hospitalar e incapacidade permanente para o trabalho.

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NÚMERO DO PAINEL: 7

Temário: Coluna

Título: FRATURA DE CÔNDILO OCCIPTAL: RELATO DE CASO E REVISÃO CLÍNICA

Instituição: PUC-CAMPINAS

Autores: Telmo Augusto Barba Belsuzarri; Marianne Pozetti; Rui Meneses Ibiapina Coelho;

Maick Willen Fernandes Neves; João Flávio Mattos Araújo;

Resumo:

Introdução A fratura do Côndilo Occipital é uma afecção rara, ocorrendo usualmente em

traumas de grande energia, e atingindo com mais frequencia jovens vitimas de acidentes

automobilisticos. Constantemente associadas a traumas crânio-encefalicos, tais fraturas

caracterizam-se pela dificuldade diagnóstica quando recorremos apenas à radiologia

convencional, requerendo tomografia computorizada na maior parte dos casos. Tal condição

pode cursar com síndrome de pares cranianos, alem de déficits motores e sensitivos. Importante

atentar para a possivel instalação tardia dos deficits neurológicos, em decorrência da migração

do fragmento ósseo fraturado ou de formação do calo ósseo. Relatamos um paciente com FCO,

objetivando uma discussão mais detalhada sobre tal condição e suas possiveis implicações.

Objetivo Relatar o caso e apresentar revisão bibliográfica do tema, discutindo manejos clinicos

e cirurgicos. Método O paciente é um jovem de 21 anos, HDS, procedente de Campinas. Foi

admitido no PS do Hospital da Puc Campinas em abril de 2015 após acidente automobilistico,

em Glasgow: 6. Ao exame fisico apresentava-se com bacia estavel, multiplas escoriações na face,

alem de pupilas mioticas e não fotorreagentes. Após estabilização, foi realizada TC de crânio que

revelou fratura de regiao de forame magno e côndilo occiptal Tipo 3, com estenose do forame

e edema cerebral difuso. Foi entao Transferido para UTI, onde apresentou reversao parcial dos

deficts neurologicos após 20 dias de cuidados, optando-se assim por tratamento conservador

com colar cervical Philadelphia. Resultados: Trata-se de um relato de caso de um paciente com

fratura de côndilo occiptal do tipo 3, que foi tratado conservadoramente e com boa evolução

clínica. Conclusão: A fratura de côndilo occipital é um evento raro e que necessita de um estudo

radiológico avançado. A conduta para a fratura do tipo 3, geralmente é cirúrgica, no entanto em

alguns casos, a depender das condições clinicas do paciente, pode ser conservadora e com boa

evolução clínica.

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NÚMERO DO PAINEL: 8

Temário: Coluna

Título: HÉRNIA DISCAL NA INFÂNCIA

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE - FCM CG

Autores: Fellipe Almeida Lira; Amauri Pereira da Silva Filho; Igel de Souza Aquino; Ivanna Silveira

Santos; Ronaldo Barbosa de Farias Junior;

Resumo:

INTRODUÇÃO: A hérnia discal (HD) é um processo em que ocorre a ruptura do anel fibroso, com

subseqüente deslocamento da massa central do disco nos espaços intervertebrais. É uma

patologia rara na infância e mais prevalente em meninos. (74,2%), sendo a principal causa

associada o trauma (69,5%). A apresentação clínica é marcada por sintomas leves e sinais físicos

graves. Em até 92% dos casos apenas um disco é acometido. OBJETIVO: Relatar o caso de hérnia

discal em uma criança. MÉTODO: Relato de caso. RESULTADO: M.E.P.L., gênero feminino, 10

anos e com histórico de hipóxia perinatal leve. Há 6 meses passou a apresentar lombalgia

discreta, sem necessidade de intervenções, sucedida por dor radicular moderada no território

de L5-S1. Ao exame, marcha claudicante, hiporreflexia patelar e aquiliana, paresia (grau IV) e

atrofia muscular em membro inferior direito. A ressonância magnética demonstrou protusão

discal posterior central em L5-S1 associada à discreta protrusão discal lateroforaminal à

esquerda em L4-L5. A eletroneuromiografia foi compatível com radiculopatia L4-L5 e L5-S1. Foi

realizada microdisscetomia simples associada a hemilaminectomia. A paciente evoluiu sem

queixas álgicas, porém permaneceu com alteração no padrão da marcha. CONCLUSÃO: Além de

se tratar de uma entidade rara nesta faixa etária, a HD está, no início da história natural,

associada a queixas inespecíficas e de difícil reprodutibilidade para as crianças, fatos que

culminam no retardamento do diagnóstico e, consequentemente, na instituição da terapêutica

adequada. Embora seja infreqüente, esta hipótese diagnóstica deve ser aventada sempre que

crianças apresentarem dor lombar e/ou dificuldade na deambulação.

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NÚMERO DO PAINEL: 9

Temário: Coluna

Título: MANEJO DA INFERTILIDADE PÓS TRAUMA RAQUIMEDULAR COM O USO DE TERAPIA

HIPERBÁRICA EM RATOS

Instituição: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

Autores: Asdrubal Falavigna; Fábio Firmbach Pasqualotto; Elisa Braun Rizkalla; Francine;

Manuela Figueiró;

Resumo:

Introdução: O trauma da medula espinhal (TRM), desencadeia uma cascata de eventos

inflamatórios é ativada levando à degeneração e morte do tecido neuronal potencialmente

viável. Além da perda motora, os pacientes sofrem de disfunção erétil e ejaculatória, além de

deficiência na espermatogênese. O objetivo é estudar a eficácia do uso da terapia hiperbárica

(HBT) na fase aguda em ratos submetidos a TRM para recuperar a função da espermatogênese.

Materiais e Métodos: Estudo experimental, aprovado por comitê de ética em pesquisa com

animais. 18 ratos foram submetidos a TRM a nível de T9 por um peso de 25g usando o MASCIS

Impactor. Eles foram alocados em um grupo controle e outro de HBT. Os ratos submetidos à

HBT tiveram sessões de 1 hora com oxigênio a 2 atm por 7 dias. Estudos posteriores realizados

pelos autores desse estudo confirmam o protocolo de HBT escolhido. O grupo controle teve

tratamento de suporte. Biópsias testiculares foram realizadas por incisão abdominal mediana

em todos os ratos no primeiro e no vigésimo oitavo dia do estudo. As amostras obtidas foram

embebidas em solução hipo-osmótica para avaliar a concentração de espermatozoides por mL,

número de células redondas por campo, número de células inflamatórias por campo (teste

peroxidase-Endtz) e viabilidade do esperma (teste HOS). Os dados foram analisados utilizando

o software SPSS v.20, descrito como média e desvio padrão, e comparados utilizando o teste t

de Student de acordo com a parametricidade da variável. Foi considerado significativo P< 0.05.

Resultados: A concentração média de espermatozóides por mL não mudou no grupo tratado

com HBT (P<0.41) e grupo controle (P=0.74) durante os 28 dias do estudo. O número de células

redondas e células inflamatórias por campo foi significativamente maior em ambos os grupos

no vigésimo oitavo dia. A viabilidade dos espermatozoides diminuiu duas vezes no grupo

controle (P=0.001) do que no grupo HBT (P=0.017) do dia 1 ao dia 28, e a viabilidade dos

espermatozoides foi significativamente melhor no dia 28 no grupo HBT comparado com o

controle (86,67% ±5.59% vs 48,75%±21.83) (P<0.001). As outras variáveis analisadas não

apresentaram diferença estatística significante entre os grupos. Conclusão: O TRM promove

deficiências na espermatogênese que podem ser parcialmente recuperadas com o uso da HBT

na fase aguda do TRM. A viabilidade dos espermatozoides foi duas vezes melhor no grupo HBT

quando comparada ao grupo controle 28 dias após o trauma.

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NÚMERO DO PAINEL: 10

Temário: Coluna

Título: MENINGOCELE ADULTA: UM RELATO DE CASO.

Instituição: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ASSOCIADAS DE ENSINO

Autores: Bruna Luiza Thesolim; Vitor Lopes Ferreira; Amanda Carolina Zicatti da Silveira;

Leonardo Lo Duca;

Resumo:

Dentre os defeitos congênitos da coluna vertebral, um é decorrente da fusão imperfeita ou da

falta de conexão dos arcos vertebrais; situações estas que são denominadas de vértebras não

fundidas, que podem envolver somente os arcos vertebrais ósseos; deixando a medula espinhal

íntegra. Quando isso acontece (espinha bífida oculta), a pele recobre o defeito ósseo e não há

sinais e sintomas neurológicos. No entanto, uma anormalidade mais severa acontece quando

ocorre defeito no fechamento do tubo neural; os arcos vertebrais não se formam e o tecido

neural é exposto, caracterizando a espinha bífida cística. Essa anormalidade pode ter o

abaulamento envolvendo apenas as meninges, evento este denominado meningocele.

Descrever um caso clínico de meningocele em um indivíduo adulto e correlacioná-lo com outros

casos apresentados na literatura. Este relato de caso tem como objetivo apresentar um caso de

meningocele em um indivíduo com 31 anos de idade, que, ao nascer, apresentava abaulamento

em região lombar e que, atualmente, convive com uma tumoração dorsal significativa, sem

dores lombares, porém, com incompetência vesical e com eventual cefaleia holocraniana, de

intensidade moderada, sem irradiação. Tal alteração leva a dificuldades no posicionamento e

deambulação do paciente, diminuindo sua qualidade de vida. Ao realizar a Tomografia

Computadorizada de crânio, apresentou sinais de hidrocefalia comunicante e na Ressonância

Magnética de coluna lombar verificou-se meningocele lombar entre os níveis de T11 a S2, com

a tumoração apresentando dimensões de cerca de 40x15cm em seus maiores diâmetros. Tal

paciente foi submetido a tratamento e intervenção cirúrgicos para hidrocefalia, tendo sido

realizada uma derivação ventrículo peritoneal e correção da meningocele. Esta doença pode se

manifestar em qualquer faixa etária desde a infância até a oitava década, no entanto, a

apresentação de um adulto com meningocele e ausência de fibras nervosas é rara,

especialmente em idade avançada. Essa situação pode decorrer da ausência de sintomas iniciais,

levando ao crescimento da lesão. Existem autores que apontam a possibilidade de postergar a

cirurgia ao diagnosticar a meningocele na infância, tendo em vista a ausência de alterações

neurológicas. Mesmo assim, pouco se encontra nos bancos de dados sobre casos que tenham

evoluído desta maneira, isto é, sem haver tratamento já nos primeiros dias de vida do indivíduo,

tornando o caso ainda mais relevante para a comunidade científica.

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NÚMERO DO PAINEL: 11

Temário: Coluna

Título: METASTASE ÚNICA EM C2 SECUNDÁRIA A CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS: RELATO DE

CASO

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: Isabela Carvalho de Aquino; Amauri Pereira da Silva Filho; David Plácido Lopes Júnior;

Rebecca Soares de Oliveira; Viviane Fernandes Feitoza;

Resumo:

Introdução: Carcinoma de células renais (CCR) corresponde a 3% das neoplasias. As metástases

são sinal de mau prognóstico e foco ósseo é encontrado em 20-60% dos casos. Em 48% dos

pacientes a lesão óssea é o primeiro achado da doença. Normalmente as lesões são múltiplas e

podem associar-se a instabilidade mecânica, dor severa progressiva e radiculopatias. Objetivo:

Relatar caso de um paciente com metástase em C2 proveniente de um carcinoma de células

renais. Método: Relato de caso. Resultados: Masculino, 78 anos, apresentou quadro de

cervicalgia importante refratária ao uso de AINEs. Sem radiculopatias, déficits motores ou

sensitivos. A dor tornou-se incapacitante, necessitando de analgesia endovenosa e internação

hospitalar. À admissão encontrava-se em bom estado geral, estável, em uso de colar cervical,

mobilização cervical dolorosa, Glasgow=15 e Frankel=E. Exames laboratoriais sem alterações.

Tomografia de coluna cervical mostrou lesão em C2, melhor descrita após RM como lesão

osteoblástica infiltrativa de C2 comprometendo predominantemente o corpo vertebral,

sugerindo lesão secundária. Realizada investigação pelo sítio primário, o mesmo sendo

identificado após TC de abdome como lesão sugestiva de carcinoma de células renais. Biópsia

de C2 evidenciou lesão metastática com foco renal primário. O paciente foi, então, encaminhado

para radioterapia e tratamento do CCR. Conclusão: O achado típico de lesão óssea secundária a

neoplasia renal é de lesões múltiplas que acometem principalmente a divisão tóraco-lombar da

coluna vertebral. Neste paciente, chama-se atenção para a piora progressiva do quadro álgico

servindo como sinal de alarme para realizar investigação radiológica, mesmo fora da localização

típica para metástases ósseas. A descompressão cirúrgica e estabilização constituem o

tratamento de escolha para as lesões que são refratárias à radioterapia.

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NÚMERO DO PAINEL: 12

Temário: Coluna

Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR

ASSOCIADO À FRATURAS LOMBOSSACRAIS

Instituição: FCM - CG

Autores: Igel de Souza Aquino; Amauri Pereira da Silva Filho; Ivanna Silveira Santos; Fellipe

Almeida Lira; Ronaldo Barbosa Farias Junior;

Resumo:

Introdução: As emergências relacionadas à lesão medular demandam grande atenção por se

tratarem de uma síndrome neurológica grave, associada à elevada incidência de incapacidade e

que, nos dias atuais, vêm se tornando um grande problema no âmbito de saúde pública.

Objetivo: Analisar e descrever os aspectos epidemiológicos relacionados ao traumatismo

raquimedular em pacientes com fraturas lombossacrais. Métodos: Realizou-se estudo

retrospectivo, com caráter descritivo, de 40 prontuários de pacientes internados por fratura na

coluna vertebral no período de Janeiro de 2013 a Dezembro de 2014, dando importância à

análise de diversas variáveis, a citar: gênero, faixa etária, mecanismo do trauma, localização da

fratura e complicações pós-operatórias. Os dados foram coletados a partir de um formulário

padrão e organizados em planilha do Microsoft® Excell 2007. Resultados: Dos 40 pacientes, 80%

(n=32) eram do gênero masculino e 20% (n=8) feminino. A faixa etária mais acometida foi a de

entre 21 e 45 anos, com 50% (n=20), seguida dos pacientes de 46 a 60 anos, com 25% (n=10),

15% (n=6) eram maiores de 61 anos e 10% (n=4) tinham até 20 anos. As quedas foram o

mecanismo de trauma mais prevalente, com 37,5% dos casos (n=15), seguida dos acidentes

motociclísticos, com 25% (n= 10), atropelamentos 20% (n=8), acidentes automobilísticos 10%

(n=4), ferimentos por arma de fogo, com 5% (n=2) e espacamento 2,5% (n=1). No que diz

respeito á localização da fratura, 70% (n=28) eram ao nível de L1, 15% (n=6) em L2, 10% (n=4)

sacrais e 5% (n=2) em L3. O tratamento cirúrgico foi realizado em 30 casos, e as complicações

pós-operatórias foram dor residual em 25%, infecção do trato urinário em 10% e trombose

venosa profunda, úlceras de decúbito e pneumonia com 5% cada. Conclusão: Os mecanismos

de trauma mais encontrados foram as quedas e os acidentes motociclísticos, acometendo

majoritariamente os homens em idade economicamente ativa. Logo, o conjunto das causas

externas representa o principal meio de acometimento de traumatismo raquimedular associado

a fraturas lombossacrais, e por isso a importância de uma maior atenção às medidas voltadas à

prevenção de tais acidentes, com conseqüente redução de suas repercussões sociais e

econômicas para a sociedade.

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NÚMERO DO PAINEL: 13

Temário: Coluna

Título: RARA ASSOCIAÇÃO ENTRE NEUROFIBROMATOSE TIPO 1 E SÍNDROME DE ARNOLD CHIARI

TIPO 1: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA

Instituição: PUC CAMPINAS

Autores: Marianne Pozetti; Telmo Augusto Barba Belsuzarri; Natalia Cristina Barba Belsuzarri;

Maick Willen Fernandes Neves; João Flávio Mattos Araújo;

Resumo:

Introdução Neurofibromatose tipo 1 (ou doença de Von Recklinghausen) é uma das mais

comuns desordens neurocutâneas, conhecida por causar tumores de pele e manchas “café-com-

leite” nos pacientes acometidos, além de uma grande variedade de displasias cerebrais. Já a

Malformação de Arnold-Chiari tipo 1 cursa com a herniação das tonsilas cerebelares através do

forame magno, sendo usualmente complicada por siringomielia. A associação das duas doenças

é bastante rara, com poucos relatos do manejo clinico-cirúrgico das lesões. Objetivo Relato de

caso e revisão bibiográfica, com foco no manejo clinico-cirúrgico das patologias citadas. Método

O paciente é um homem negro, CCJ, 51 anos, admitido com queixas de paraparesia de membros

superiores e dificuldade na fala e deglutição. Ao exame físico foi constatada diminuição da

sensibilidade térmico-dolorosa em todo membro superior esquerdo e parte proximal de

membro inferior direito, diminuição de sensibilidade superficial em hemiface esquerda, além de

múltiplas manchas “ café-com-leite” e neurofibromas. A RNM revelou siringomielia em região

de coluna cervical e herniação tonsilar. Discussão A incidência de NF-1 associada à SAC-1 é

estimada em 1 caso para cada 16.650.000-24.790.000 indivíduos. A SAC-1 pode ser

assintomática em até 8% dos pacientes diagnosticados com NF-1. Os achados clínicos mais

comuns são as dores/cefaleias, distúrbios de sensibilidade, a clássica hipoestesia em manto,

além de siringomielia e escoliose. As técnicas cirúrgicas de descompressão podem ser divididas

em 2 subtipos menos invasivos: descompressão craniocervical simples com duroplastia sem

abertura da membrana aracnóide, ou descompressão por remoção do osso da borda posterior

do forame magno com laminectomia de c1, e eventualmente de c2. Neste paciente foi realizada

craniectomia occipital de linha média com laminectomia total de c1 e parcial de c2, associada a

tonsilectomia e ampliação da cisterna magna, devido ao intenso espessamento e obliteração do

obéx pelas tonsilas cerebelares. Conclusão A associação entre NF-1 e SAC-1 é rara, sendo o

diagnóstico precoce e tratamento cirúrgico essenciais para desaceleração da mielopatia e

prevenção de danos neurológicos sequelares. A técnica cirúrgica deve ser avaliada caso a caso

de acordo com o grau de obstrução liquórica.

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NÚMERO DO PAINEL: 14

Temário: Coluna

Título: RELATO DE CASO: SIRENOMELIA

Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAÍ

Autores: Marco Antonio Herculano; Rodrigo Furlan Silva Fabri; Oswaldo Inacio Tella;

Resumo:

A sirenomelia é uma anomalia congênita grave caracterizada pela fusão da cintura pélvica e

extremidades inferiores em uma simples estrutura cônica, possuindo uma incidência de

1/100.000 nascimentos vivos, sendo relatado mais de 300 casos relatados na literatura mundial.

Nesta síndrome a extremidade inferior é sempre invertida e rodada externamente, o joelho é

situado posteriormente e os dedos projetam-se posteriormente. Nestas crianças, o cóccix está

ausente e o sacro é parcialmente ou todo. A estrutura cônica inferior fundida pode conter uma

fusão parcial dos ossos, assim como, um número normal ou a ausência dos mesmos. Sua

etiologia, ainda, é desconhecida. Alguns autores propõem, além do defeito da embriogênese

mesodérmica, a Síndrome do roubo da artéria vitelina (em que, uma grande artéria,

provavelmente, derivada da artéria vitelina surge na parte alta da aorta abdominal, além do que,

a aorta e seus ramos são hipoplásicos. Sendo assim, “artéria vitelina de roubo” desvia sangue e

nutrientes da porção caudal para a placenta). A principal anomalia associada é a agenesia renal,

fazendo com que hajam poucos sobreviventes pós-parto. No pré-natal o estudo

ultrassonográfico pode ser de grande utilidade na detecção na sirenomelia, sendo o

oligodrâmnio uma das principais alterações. Neste trabalho iremos relatar um caso que ocorreu

em nosso serviço. Recém-nascido vivo, portador de sirenomelia, possuindo imperfuração anal e

agenesia renal, vindo a falecer pouco tempo após devido incompatibilidade com a vida.

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NÚMERO DO PAINEL: 15

Temário: Coluna

Título: SCWANNOMA LOMBAR COMPLICANDO SINTOMAS DE ESTENOS DE CANAL ESPINAL:

RELATO DE CASO

Instituição: FAMERP

Autores: Lucas Crociati Meguins; Elísio Eduardo Cardoso Duarte; Raphael dos Santos Abílio;

Linoel Curado Valsechi; Dionei Freitas de Morais;

Resumo:

INTRODUÇÃO: Schwannomas são tumores da coluna vertebral originários da bainha de raízes

nervosas dorsais e representam cerca de 30% de todos os tumores da medula espinhal

extramedulares. OBJETIVO: Descrever o caso de um paciente com sintomas crônicos de

estenose espinal que apresentou piora clínica progressiva, com piora da dor radicular devido a

um schwannoma lombar. RELATO DO CASO: Mulher de 62 anos de idade foi encaminhada para

investigação neurocirúrgica devido a uma história de dois anos de dor lombar que piorou seis

meses antes da admissão com radiculopatia bilateral, mais importante no lado esquerdo. A

ressonância magnética da coluna lombar revelou estenose espinal em L3-L4 e L4-L5 associados

a uma lesão expansiva com captação heterogênea de contraste obstruindo o forame L3-L4 à

esquerda. A descompressão cirúrgica do canal vertebral lombar e forame foram realizados com

laminectomia de L3-L4 e L4-L5 associada à ressecção da lesão expansiva. O paciente teve uma

recuperação sem intercorrências. A estabilidade da coluna vertebral foi mantida através de

artrodese posterior com instrumentação de L2 a L5. Os estudos histopatológicos e imuno-

histoquímico revelaram que a lesão tratava-se de um Schwannoma (OMS Grau I). CONCLUSÃO:

Schwannoma complicando sintomas de estenose espinal lombar é uma condição extremamente

rara, que deve ser tratado com descompressão agressiva das estruturas neurológicas.

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NÚMERO DO PAINEL: 16

Temário: Coluna

Título: SÍNDROME DE KLIPPEL E FEIL: RELATO DE CASO

Instituição: HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGÉLICO DE CURITIBA

Autores: Luis Alencar Borba;

Resumo:

Tiago Gonçalves Rosa, Leonardo Kawakame Bruno Vinícius da Rocha Talita Ribeiro da Silva1,

Hugo Akio Hassegawa1, Vanessa Caroline Batistão1, Dafne Luana Bayer1. Tiago Gonçalves Rosa,

Marcio Rossi, Paulo Nakashima Introdução: A Síndrome de Klippel-Feil (SKF) é uma condição

heterogenia e rara caracterizada por ocasionar a fusão de vértebras cervicais, não possui uma

patogênese definida e costuma se apresentar por meio da tríade clássica: pescoço curto, linha

de implantação de cabelo baixa e movimentos restritos do pescoço. Estima-se uma incidência

de 1:42 mil nascimentos, com prevalência do sexo feminino (74%). Pacientes com SKF podem

apresentar outras malformações, tais como: escoliose cérvico-torácica, torcicolo, assimetria

facial, deformidade de Sprengel, problemas renais e cardiovasculares, dentre outros. O

diagnostico baseia-se nas manifestações clinicas e exames de imagem. O tratamento é individual

e varia de um manejo clínico a um plano cirúrgico. O objetivo do presente estudo é apresentar

um caso de SKF que teve como quadro clinica um comprometimento neurológico focal,

reforçando desse modo o espectro variado sintomatológico de tal síndrome. Relato de caso:

Feminino, há 4 meses apresenta quadro de disfonia e disfagia para sólidos com força muscular

grau IV em membros inferiores, além de alteração de IX par craniano, sem outras alterações

neurológicas. O exame de imagem revelou artrodese de C1-C2-C3-C4 associado à invaginação

basilar. Discussão: A manifestação clínica da síndrome é bastante diversa, pode se manifestar

pela tríade clássica ou envolver outros sistemas, tais como: músculo esquelético, cardiovascular,

genitourinário, nervoso, entre outros. Quanto maior a extensão dos níveis cervicais fusionados

maior é a incidência de movimentos espelhos em braços e mãos e neurosquise. Como na

paciente apresentada, a fusão de C4-C5 é típica de SKF e alterações faríngeas - como problemas

respiratórios, disfagia e trismo - foram relacionados com o comprometimento a nível de C1-C2

e, principalmente, com a fusão do osso occipital e as vértebras cervicais. Em casos específicos,

tais como comprometimento neurológico, o tratamento cirúrgico ortopédico é necessário.

Conclusão: A SKF é uma condição rara e que possui um espectro variado de manifestações,

variando de um quadro assintomático a um comprometimento neurológico, nessas

circunstancias torna-se necessário uma intervenção cirúrgica, a fim de garantir uma melhor

qualidade de vida e sobrevida aos doentes.

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NÚMERO DO PAINEL: 17

Temário: Coluna

Título: SÍNDROME DE KLIPPEL-FEIL: RELATO DE CASO

Instituição: HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGELICO DE CURITIBA

Autores: Luis Alencar Biurrum Borba; Leandro Borba Moreira; Matheus Quadros Ribeiro; Talita

Ribeiro da Silva; Vanessa Caroline Batistão;

Resumo:

Introdução: A Síndrome de Klippel-Feil (SKF) é uma condição heterogenia e rara caracterizada

por ocasionar a fusão de vértebras cervicais, não possui uma patogênese definida e costuma se

apresentar por meio da tríade clássica: pescoço curto, linha de implantação de cabelo baixa e

movimentos restritos do pescoço. Estima-se uma incidência de 1:42 mil nascimentos, com

prevalência do sexo feminino (74%). Pacientes com SKF podem apresentar outras

malformações, tais como: escoliose cérvico-torácica, torcicolo, assimetria facial, deformidade

de Sprengel, problemas renais e cardiovasculares, dentre outros. O diagnostico baseia-se nas

manifestações clinicas e exames de imagem. O tratamento é individual e varia de um manejo

clínico a um plano cirúrgico. O objetivo do presente estudo é apresentar um caso de SKF que

teve como quadro clinica um comprometimento neurológico focal, reforçando desse modo o

espectro variado sintomatológico de tal síndrome. Relato de caso: Feminino, há 4 meses

apresenta quadro de disfonia e disfagia para sólidos com força muscular grau IV em membros

inferiores, além de alteração de IX par craniano, sem outras alterações neurológicas. O exame

de imagem revelou artrodese de C1-C2-C3-C4 associado à invaginação basilar. Discussão: A

manifestação clínica da síndrome é bastante diversa, pode se manifestar pela tríade clássica ou

envolver outros sistemas, tais como: músculo esquelético, cardiovascular, genitourinário,

nervoso, entre outros. Quanto maior a extensão dos níveis cervicais fusionados maior é a

incidência de movimentos espelhos em braços e mãos e neurosquise. Como na paciente

apresentada, a fusão de C4-C5 é típica de SKF e alterações faríngeas - como problemas

respiratórios, disfagia e trismo - foram relacionados com o comprometimento a nível de C1-C2

e, principalmente, com a fusão do osso occipital e as vértebras cervicais. Em casos específicos,

tais como comprometimento neurológico, o tratamento cirúrgico ortopédico é necessário.

Conclusão: A SKF é uma condição rara e que possui um espectro variado de manifestações,

variando de um quadro assintomático a um comprometimento neurológico, nessas

circunstancias torna-se necessário uma intervenção cirúrgica, a fim de garantir uma melhor

qualidade de vida e sobrevida aos pacientes.

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NÚMERO DO PAINEL: 18

Temário: Coluna

Título: SURGICAL TREATMENT OF TRAUMATIC CERVICAL SPINE FACET DISLOCATIONS:

ANTERIOR, POSTERIOR OR COMBINED APPROACHES?

Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL DR.MARIO GATTI

Autores: Andrei Fernandes Joaquim; Catarina Couras Lins Toniolo do Prado; Diego Toniolo do

Prado;

Resumo:

Abstract Introduction: Surgical treatment is well accepted for patients with traumatic cervical

spine facet joints dislocations, but there are some uncertainties of which approach is best:

anterior, posterior or a combined approach. Methods: We searched in the database PubMed

and Cochrane for articles based on the following keywords: “dislocation”, “fracture”, “cervical

spine”, “anterior”, “posterior”, “treatment”. Only articles in English and about subaxial cervical

spine (C3 to C7 were included) discussing treatment of cervical spine facet joints dislocations

were included. Results: Anterior approaches can maintain or restore cervical lordosis, may have

less postoperative pain and also can be used when a traumatic disc herniation is presented.

Potential disadvantages may include postoperative dyspaghia and some difficult to achieve facet

reduction in some cases, especially in non acute injuries. Posterior approaches, on the other

hand, may provide direct reduction and longer constructions, which can be interesting for

patients with poor bone quality. The postoperative dysphagia rate is lower than anterior

approaches. However, posterior approaches may add some risk of neurological deterioration in

patients with anterior compression and at least some neurological preservation. Posterior

approaches are not able to restore cervical lordosis, which may affect long term outcome.

Combined approaches may be an option for patients with high risk of pseudoarthrosis (such as

osteoporotic patients) or with more complex and severe injuries. Although combined

approaches may increase surgical time, it can be an option in almost all clinical situations to

achieve a higher arthrodesis rate. Conclusion: Although both anterior and posterior approaches

can be used interchangeably for cervical facet dislocation, there are advantages and

disadvantages of each one. Surgeons should be able to consider each peculiarity of offering the

best procedure for their patients.

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NÚMERO DO PAINEL: 19

Temário: Coluna

Título: TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS FRATURAS DE CORPO VERTEBRAL VENTRAL DA

TRANSIÇÃO TÓRACO-LOMBAR. ARTRODESE COM FIXAÇÃO OU VERTEBROPLASTIA?

Instituição:

Autores: Carlos Alexandre Zicarelli; Paulo Henrique Pires de Aguiar; Bárbara Itimura; Francisco

Spessatto Pesente; Milena Gerke Sampaio;

Resumo:

INTRODUÇÃO:As fraturas da transição toracolombar(FTTL)estão relacionadas a patologias como

traumas,neoplasias ou espontâneas.OBJETIVO: Os autores mostram a sua casuística dos

pacientes com fraturas de transição toracolombar comparando o tratamento conservador,

tratamento cirúrgico com fixação e artrodese e tratamento cirúrgico com a realização de

vertebroplastia.MATERIAL E MÉTODOS:35 pacientes com diagnóstico de FTTL foram

selecionados,a qual foram divididos em 3 grupos.Grupo A(15 pacientes),cirúrgico com

Fixação/artrodese com colocação de parafusos transpediculares;Grupo B(10

pacientes),conservador com uso de colete Jewet e grupo C(10 pacientes),cirúrgico com a

realização de vertebroplastia.Os pacientes foram classificados de acordo com os critérios de

McCormick e AOSpine.Os critérios de seleção foram idade do paciente,condições clínicas,índice

de Karnofiski,fraturas associadas,redução da altura do corpo vertebral,osteopenia,dor refratária

e integridade do muro vertebral posterior.Em todos os casos cirúrgicos foram realizados

densitometria óssea e biópsia de corpo vertebral.RESULTADOS: Dos pacientes selecionados o

sintoma principal foi a dor intercostal em 90%,déficit motor em 40% e bexiga neurogênica em

23% dos casos.A média de idade do Grupo A,B e C foi de 66,4; 62,4 e 68,5 anos

respectivamente.No Grupo A,5 pacientes tinham fratura de L5 e 10 pacientes fratura de

T12.Destes,5 fraturas foram decorrentes de trauma,2 por tumores e 8 espontâneos por

osteopenia.Dos 15 pacientes,10 apresentaram osteopenia.Do grupo B,3 casos de FTTL foram

decorrentes de fraturas e 7 casos espontâneos.8 casos apresentaram osteopenia.No Grupo C

todos apresentaram integridade do muro posterior,8 apresentaram osteopenia sendo que 20%

destes foram decorrentes de trauma,40% decorrentes de tumores e 40% espontâneos.Em 1

caso do grupo A houve soltura do parafuso com necessidade de reabordagem e ampliação do

nível de artrodese.O índice de dor pós- tratamento foi maior no grupo B(50%)com necessidade

de indicação cirúrgica com fixação em 5 e 2 casos foram para vertebroplastia futura,seguido do

Grupo A e C 20% cada.DISCUSSÃO:É muito discutido na literatura sobre o tratamento das

FTTL.Nós optamos por não realizar acesso via anterolateral devido a grande maioria dos

pacientes possuírem idade avançada.CONCLUSÃO:Tanto a abordagem cirúrgica com fixação e

artrodese e a vertebroplastia foram superiores ao tratamento conservador no que se diz

respeito a dor, estabilidade e melhora funcional.

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NÚMERO DO PAINEL: 20

Temário: Coluna

Título: TRATAMENTO DA SÍNDROME DOLOROSA COMPLEXA REGIONAL ATRAVÉS DE BLOQUEIO

DE GÁNGLIO SIMPÁTICO LOMBAR: SÉRIE DE CASOS

Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Autores: Renan Binatti da Silva; Fernanda Machado Ribeiro; Marcos Kendi Sekine; Carlos Renan

Calabro de Almeida Lima; Carlos Tadeu Parisi de Oliveira;

Resumo:

INTRODUÇÃO: A Síndrome dolorosa complexa regional (SDCR) surgiu para designar condição

dolorosa associada às alterações sensoriais após evento nóxico, na qual temos as seguintes

características: dor, alterações vasomotoras em pele, tróficas, perda de função do membro,

levando a uma perda da qualidade de vida. O manejo da síndrome compreende diversas

estratégias de intervenção, incluindo as farmacológicas, não farmacológicas e cirúrgicas, que se

tornam necessárias quando há refratariedade aos tratamentos clínicos e de reabilitação. Este

trabalho tem o objetivo de relatar a experiência e os resultados obtidos no tratamento da SDCR

em pacientes, através de procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, utilizando-se

bloqueio de gânglio simpático lombar. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo prospectivo que visou

analisar a melhora de dor após bloqueio simpáticos lombar, em sete pacientes no pós-

operatório imediato - duas semanas, dois meses e três meses - no período de fevereiro de 2015

a maio de 2015, de acordo com a escala numérica de dor (END). Os pacientes selecionados foram

classificados como portadores da síndrome da dor complexa regional, segundo os critérios

estabelecidos pela associação internacional para o estudo da dor. Os procedimentos foram

realizados no centro cirúrgico com monitorização vigente. Utilizou-se solução de bupivacaína

2%, lidocaína 0,5%, metiprednisolona 150 mg, dexametasona 10 mg e água destilada, na cadeia

simpática de vértebra de L2 conforme a queixa principal. DISCUSSÃO E RESULTADOS: O

procedimento foi realizado em sete pacientes, mas por dificuldade de logística do arquivo, não

temos informações de dois. Entre os outros cinco pacientes, três foram submetidos a um

procedimento e dois passaram por dois, totalizando sete bloqueios de gânglio simpático lombar.

Todas as avaliações (n=7) receberam 10 pontos á admissão. Alcançou-se média de 7.72 (70%)

de melhora após procedimento e média aproximada de 25,85 dias com melhora do quadro

álgico. Apenas um procedimento (14%) não teve melhora na END. Em seis bloqueios simpáticos

lombares (86%), os pacientes relataram melhora na qualidade vida após procedimento.

CONCLUSÃO: O estudo evidenciou melhora significativa na capacidade funcional e qualidade de

vida dos pacientes, sendo que não houve piora da dor ou intercorrências durante e após os

procedimentos. É importante ressaltar o baixo custo do procedimento associado a curtos

períodos de internações, com otimização dos recursos hospitalares.

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NÚMERO DO PAINEL: 21

Temário: Coluna

Título: USO DE ARTRODESE INTERSOMÁTICA POR VIA MENOS INVASIVA E DESCOMPRESSÃO

INDIRETA PARA ESTENOSE DEGENERATIVA LOMBAR

Instituição: INSTITUTO DE PATOLOGIA DA COLUNA

Autores: Luis Marchi; Rodrigo Amaral; Fernanda Fortti; Rubens Jensen;

Resumo:

O conceito de descompressão indireta das estruturas nervosas por discectomia e fusão

intersomática prevê a restauração da coluna liquórica anterior e alívio dos sintomas de

estenose, sem que haja necessidade de ressecção direta de elementos posteriores da coluna, e

então, sem que se adicione as morbidades associadas a este procedimento por via posterior.

Uso do conceito de descompressão indireta é antigo e aplicado primeiramente para o

tratamento de estenose central cervical através da discectomia e fusão com a utilização de

espaçadores intersomáticos. O ALIF nos anos 50 enfrentou problemas como falta de “cages”

específicos, grande morbidade dos acessos transperitoniais e uso de cauterização. Após os anos

90, a transposição da descompressão indireta para coluna lombar vem sendo melhor aplicada

com o desenvolvimento de acessos menos invasivos, cages mais adequados e melhor

entendimento na seleção de casos. Este trabalho revisa a experiência de um centro de cirurgia

de coluna de 1998-2015 (+800 casos) e a literatura gerada no tema referido. Através deste

conhecimento, é montado um guia da racional e da implementação da descompressão indireta

lombar por via lateral ou anterior. Na degeneração discal acontece perda de altura discal, perda

de altura/área foraminal, abaulamento discal, dobramento ligamentar do LLP e do ligamento

flavum. Isso contribui para a estenose central, estenose de recesso lateral a estenose foraminal

(casos mais raros se não existir deformidade coronal). Com restauração da altura discal, estudos

em RM observaram que acontece aumento da altura foraminal, e o retensionamento dos

ligamentos (ligamentotaxia), e assim é possível alívio de sintomas de estenose. Com

ligamentotaxia e restauração paralela do espaço discal, foi vista ligeira correção de

deformidades (listeses, curva coronal em escolise deg). Os seguintes fatores influenciaram

negativamente no potencial de descompressão: facetas hipertróficas/fusionadas (análise em

CT), estenose congênita (pedículos curtos), afundamento do cage (minimizado por maior

dimensão do cage, evitar distração exagerada do espaço discal, evitar dano intraop do endplate,

boa qualidade óssea, caso sem grande instabilidade). A utilização da fusão intersomática por via

anterior ou lateral tem se mostrado um procedimento eficaz para promover a descompressão

dos elementos neurais em casos selecionados.

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NÚMERO DO PAINEL: 22

Temário: Coluna

Título: WILTSE ACCESS – THE REVIEW

Instituição: SANTA CASA DE RIBEIRÃO PRETO

Autores: Bruno Nasciento Bettencourt da Silva; Nícollas Nunes Rabello; Luiz Antônio Araújo

Dias; Koji Tanaka;

Resumo:

INTRODUCTION- The paravertebral approach is a surgical approach with less tissue injury, has

provided postoperative outcome with less pain, less bleeding and less damage to the muscles.

Is indicated for removal of a herniated disc, decompression channel vertebral, and the most

used in trauma.The purpose of this review is to accurately describe the anatomy of this approach

to spinal transmuscular. METHODS. Literature review, selected, 21 works which the inclusivo

criteria were studies that described the original technique of lateral access posterior by Wiltse.

RESULT- The mean time to hospital discharge is three days. After three days starts

kinesiotherapy and the patient is released to their daily activities.The pains of the lumbar spine

are produced largely by intervertebral disc degenerativo which can also reach the nerve roots

and the facet joints. Surgical treatment has been indicated when there is no good response to

conservative methods. The most commonly used surgical method for many years by most

surgeons arthrodesis is performed through large incisions and traumatic dissection of muscle

paravertebral.CONCLUSION:The Wiltse approach described more than 40 years, has provided

the realization of arthrodesis with less tissue damage, resulting in lower rates of postoperative

pain, less bleeding. Another important point of this approach is that, in addition to enabling the

realization of fusion with bone graft also bilateral decompression, extraforaminal dissectomias

and the insertion of pedicle screws, and principle on trauma. This approach has allowed the

attainment of the same procedures, previously performed with large incisions through incisions

less morbidity. However, despite the advantages mentioned, the good results are directly

related to their learning and good execution. Dynamic systems have shown decrease in

excessive mobility of the spine, and this fact supports the idea of rebalancing to reduce and

control pain caused by instability. And the method of treatment using dynamic systems has

shown good results in the control of low back pain caused .

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NÚMERO DO PAINEL: 23

Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo

Título: COLEÇÕES SUBDURAIS CRÔNICAS: AVALIAÇÃO MULTIVARIÁVEL DOS CASOS

SUBMETIDOS A TRATAMENTO NEUROCIRÚRGICO NOS ÚLTIMOS 14 ANOS EM SERVIÇO DE

REFERÊNCIA EM SÃO PAULO

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO

Autores: Tamara Melissa Zavadzki Albuquerque; Fernando Henrique Santos Cavassani; Rafael

Gomes dos Santos; Nelson Saade; Guilherme Brasileiro de Aguiar;

Resumo:

INTRODUÇÃO Coleções subdurais crônicas, representadas na sua maioria pelos hematomas

(HSDCr) e higromas (HSD), são afecções frequentes na prática neurocirúrgica. Sua apresentação

clínica, assim como as técnicas cirúrgicas empregadas para o seu tratamento, já são bem

documentadas na literatura. No entanto, com o envelhecimento da população mundial, as

características demográficas da população acometida vêm sofrendo variações. Há poucos

estudos que descrevam com precisão as características epidemiológicas dos pacientes

acometidos por estas condições em nosso país. OBJETIVOS O presente estudo tem como

objetivo traçar um perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com coleções subdurais

crônicas submetidos a tratamento neurocirúrgico no nosso serviço, no período de 2000 a 2014.

MÉTODOS Foram analisados os relatos cirúrgicos entre o período de 2000 a 2014, sendo

selecionados 580 pacientes diagnosticados com coleções subdurais crônicas, compreendendo

hematomas e higromas. Características demográficas, aspectos radiológicos da coleção

subdural à tomografia, tipo de tratamento empregado, ocorrência de recidivas, lateralidade,

localização e uso de drenagem pós-cirúrgica foram analisados. RESULTADOS No estudo, foram

analisados 580 pacientes, sendo 74,3% do sexo masculino, dentre os quais 499 (86%)

apresentaram HSDCr e 81 (13,9%) apresentaram HSD. Com relação aos HSDCr, a média de idade

foi 61,6 ± 21 anos, com extremos de 1 dia de vida a 97 anos. A trepanação foi o tipo de

intervenção mais utilizada (95%), seguido de craniotomia (4,7%) e a localizações mais

prevalentes foram em região fronto-temporo-parietal e fronto-temporal. Houve recidiva em 28

casos. Com relação aos HSD, a média de idade foi 45,7 ± 27,2, sendo a idade mínima 3 meses e

a máxima 89 anos. A trepanação foi realizada em 91,5% dos casos, seguida pela craniotomia

(3,16%), derivação subduro-peritoneal (3,1%) e derivação subdural externa (2,1%). A localização

foi frontal em 60% dos higromas subdurais. Houve 12 casos recidivados. CONCLUSÃO Na nossa

casuística, os HSDCr representam a maioria das coleções subdurais submetidas a tratamento

cirúrgico. Os pacientes idosos foram o grupo mais acometido. O tratamento cirúrgico de escolha

foi a trepanação. Os dados encontrados estão de acordo com os apresentados na literatura

mundial.

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NÚMERO DO PAINEL: 24

Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo

Título: COMPARISON OF ABSCESS AND CEREBRAL EMPYEMA: REPORT OF TWO CASES

Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

Autores: Marcela Marino de Azeredo Bastos; Denismar Borges de Miranda; Pedro Henrique

Essado Maya; Natália Costa Resende Cunha; Francisco Antônio Dias Azeredo Bastos;

Resumo:

Introduction: brain abscess-AC is an infection within the cerebral parenchyma that starts out as

cerebritis and evolves into a collection of pus within a vascularized capsule. AC must be

differentiated from parameningeal infections such as empyema, subdural Pyogenic infection in

the space between the duramater and arachnoid mater. Aimed to report and compare two cases

of patients with diagnosis of AC and S undergoing craniotomy. Results: case-1: 33 years old,

female, for 15 days with whelk temporomandibular D, no improvement with antibiotic-ATB. It

evolved with fever and headache pulsatile in hemicranium D, drainage of exudative content,

fullness and ear itching, and pain to chew and otalgia injury ends as crust. Personal history with

ex-drug addictive (abstinent for 1.5 year). REG exam and feverish, with hypoesthesia in

topography of V1 and V2 to D with crusted temporomandibular injury and ECG 15. MRI of brain

with expansive lesion fronto temporal to D, perilesional edema and satellite lesions, with

restrictions on the dissemination and uptake of contrast at edges. Undergone craniotomy

combined with ATB. Isolation of Staphylococcus aureus in specimens. Discharge without

complications. Case-2: 70 years old, female, DM, aneurysmal clipping history and there‘s 10

years intracerebral. Complaint of headache in progression and ulcerative lesion to Pustule

drainage D frontotemporal and periods of exacerbation/spontaneous remission for 6 months.

MRI of brain with subdural Pustule extensive collection to fronto-temporo-parietal D, with

restrictions on diffusion. Kept the same conduct of case 1, being watched osteomyelitis. Evolved

without intercurrences, and scheduled future cranioplasty. Conclusion: among the cases there

is greater probability of complication, since the osteomyelitis comes from contiguity, in most

cases. Subdural space infection can have rapid progression and fatal and that was considered

the most urgent neurosurgical imperative. Surgical excision, in both cases, is associated with

lower rate of recurrence and reacumulation, as well as irrigation and purulent material removal,

as well as decrease length of stay, reoperation rate, use of ATB and shown in fails with ATB.

Despite advances in the area, morbidity and mortality remains high, especially for those

patients. AC and S remain dangerous entities and challenge for neurosurgery. The successes of

these cases were related to good surgical expertise, ATB and multidisciplinary approach.

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NÚMERO DO PAINEL: 25

Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo

Título: CRITICAL ANALYSIS OF SEDATION AND ANALGESIA IN SEVERE HEAD TRAUMA

Instituição: HOSPITAL SANTA CASA DE RIBEIRAO PRETO

Autores: NICOLLAS NUNES RABELO; FABIO SANTANA MACHADO; MARCOS AUGUSTO STÁVALE;

NEIFFER NUNES RABELO; LUIZ ANTÔNIO ARAUJO DIAS JUNIOR;

Resumo:

Introduction: The head injury have director determinant of morbidity, disability and mortality in

young population. Sedatives and analgesics are commonly used in patients with brain injury with

a goal of retrieve a ICP, CMRO2 and CBF, preserving the cerebral regulation system and self

avoiding hypotension. Objective: The objective of this paper is to review about this topic, linking

the main drugs, side effects, costs, anxiolytic properties, anticonvulsants, correlating with

complacency and brain metabolism, by some algorithms and tables. Methods: Literature review

using PubMed data base, MEDLINE, EMBASE, Science Direct, The Cochrane Detabase, Google

Scolar, Clinical trials. Selected papers from 1958 to 2014. It totaled 254 papers. Were selected

135 papers, through key-words, inclusion and exclusion criteria. The volume of the brain is

reduced due dislocation of the CBV out of skull. Results: The main sedatives and analgesics are:

propofol , midazolam, etomidate, ketamine, barbiturates, dexedetomedina, morphine, fentanyl,

alfentanil, sulfenatil, remifentanil. Discusses algorithm for fast intubation sequence and

algorithm of intracranial hypertension tretment regard the systematic sedation therapy. A range

of sedatives and analgesics agents are available for sedation. Each class has its own positive and

negative effects pacientes neurotrauma. Conclusion: The correct analysis of sedation and

analgesia in neurotrauma, rapid sequence intubation and management of medications in

intracranial hypertension, provide right management in brain injury.

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NÚMERO DO PAINEL: 26

Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo

Título: ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE TRAUMATISMO

RAQUIMEDULAR EM FRATURAS TORÁCICAS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: Rebecca Soares de Oliveira; Amauri Pereira da Silva Filho; David Plácido Lopes Junior;

Isabela Carvalho de Aquino; Viviane Fernandes Feitoza;

Resumo:

Introdução: O Traumatismo raquimedular trata-se de uma lesão traumática que pode levar a

uma disfunção na coluna vertebral. Fazendo-se necessário um manejo adequado do paciente

para que não haja perda de função permanente. Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico

dos pacientes com fraturas da coluna vertebral ao nível torácico em um hospital terciário

Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, de caráter descritivo, com abordagem

quantitativa dos dados de 40 prontuários de pacientes internados por fratura na coluna

vertebral torácica no período de Janeiro de 2013 a Dezembro de 2014. Os dados foram coletados

a partir de um formulário padrão e organizado em planilha do Microsoft Excel 2007. Resultado:

A maioria dos pacientes era do gênero masculino, com 36 pacientes (90%). A faixa etária

acometida foi de 20 a 45 anos, com 55% dos casos (n=22), seguida pela faixa de 46 a 60 anos,

com 25% (n=10). O mecanismo de lesão mais comum foi o acidente motociclístico, presente em

18 casos (45%), seguido de queda de altura, com 10 casos (25%) e atropelamento, com 4 casos

(10%). Fratura no segmento T4-T8 foi o mais comum, em 55% da amostra (n=22). Segundo a

Escala de Frankel Modificada, a maioria (60%) dos pacientes que compuseram a amostra foi

classificada como A. O tratamento cirúrgico foi indicado em 90% dos casos. As complicações

mais comuns foram: infecção do trato urinário, em 80% (n=32); úlcera de decúbito, em 35%

(n=14) e trombose venosa profunda em 30% (n=12). A taxa de mortalidade geral foi de 10%

(n=4). Conclusão: As fraturas de coluna vertebral torácica foram mais prevalentes em

economicamente ativos e estiveram associadas à elevada morbidade e incapacidade

permanente para o trabalho. A causa mais comum foi acidente motociclístico.

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NÚMERO DO PAINEL: 27

Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo

Título: HEMATOMA EXTRADURAL CRÔNICO - RELATO DE CASO E REVISÃO CLÍNICA

Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

Autores: Thomás Gonzales Julio; Telmo Augusto Barba Belsuzarri; Otávio Augusto da Costa;

Maick Willen Fernandes Neves; João Flávio Mattos Araújo;

Resumo:

Introdução: As Hemorragias intracranianas são entidades comuns. Hematomas Epidurais (EDH),

por sua vez, representam apenas cerca de 1-3%, sendo mais frequentes em homens (80%). A

ocorrência de cronificação/ossificação dos EDH é ainda mais rara, o que torna o estabelecimento

de protocolos terapêuticos, prognósticos e até mesmo sua definição, imprecisos. A ocorrência

de EDH é relacionada a traumatismos cranianos (TCE) em que há fratura do crânio,

principalmente em osso temporal. Pode ocorrer rompimento de artérias (Aa.) meníngeas. A

cronificação do EDH, pode estar relacionada a injúria venosa, fato que pode explicar a menor

velocidade de formação deste hematoma. Associam-se, também, a complicações pós-

operatórias - como em exéreses tumorais - e são diagnósticos diferenciais de raras neoplasias

primárias e metastáticas que acometem o Sistema Nervoso Central: Linfoma Dural Primário com

imunofenotipo; Leucemia Linfocítica Crônica; Linfoma Linfocítico de Pequenas Células; e

Meningiomas. A formação de EDH é potencialmente letal. Seu diagnóstico e adequada

abordagem terapêutica determinam o prognóstico desses pacientes. Objetivo: Realizar um

relato de caso de um EDH crônico e revisar sua fisiopatologia. Método: Paciente de 54 anos,

masculino, com história de agressão (TCE leve), há 15 dias, associada a cefaléia e turvação visual,

sem alterações ao exame neurológico. Em TC de Crânio: Imagem isodensa biconvexa, em região

frontotemporal direita com cápsula hiperdensa e fratura temporal. Submetido a cirurgia e

drenagem do hematoma com melhora do quadro. Discussão: Em TC de crânio, um EDH é

considerado crônico quando aparece como uma densidade mista, isodensa em seu centro e

hiperdensa nas extremidades. Embora a definição de “cronicidade” dos EDH não seja consenso,

autores, em sua maioria, a consideram a partir do décimo segundo dia, após o início do

sangramento. A localização Tempero-parietal é a mais frequente (a. meníngea média), dentre

os EDH agudos ou subagudos. Podendo ocorrer em região Frontal (a. etmoidal anterior);

Occipital (aa. transversais ou seios sigmóideos); ou Vértice (seio sagital superior). Embora os

eventos EDH crônicos estejam associados a injúria das veias meníngeas médias. Conclusão: O

caso relatado, parece estar dentro das faixas comuns: epidemiológica, topográfica, radiológica

e prognosticamente. Paciente masculino; história de TCE há 15 dias; TC de crânio: Imagem

compatível com EDH-Crônico; evolução assintomática.

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NÚMERO DO PAINEL: 28

Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo

Título: HEMATOMA EXTRADURAL CRÔNICO ESPONTÂNEO EM IDOSO – RELATO DE CASO

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: Isabela Carvalho de Aquino; Amauri Pereira da Silva Filho; David Plácido Lopes Junior;

Rebecca Soares de Oliveira; Viviane Fernandes Feitoza;

Resumo:

Introdução: Hematoma extradural compreende uma coleção sanguinolenta entre o periósteo e

a superfície externa da dura-máter. Quase sempre sua etiologia é relacionada ao trauma, de

forma que representam cerca de 3% de todas as lesões traumáticas do cérebro. Sua ocorrência

espontânea é um evento raro, tanto que sua incidência não é conhecida. Objetivo: Apresentar

um caso de hematoma extradural crônico (HEDC) em um idoso sem histórico de trauma.

Métodos: Relato de caso. Resultados: Trata-se de paciente do sexo masculino, 68 anos, que

procurou o pronto socorro com confusão mental, desorientação de base, porém contatando.

Tem antecedente de doença de Alzheimer, um acidente vascular isquêmico e uso contínuo,

desde longa data, de Reminyl® ER (bromidrato de galantamina), aspirina e clopidogrel. Ainda,

refere tratamento prévio para trombose venosa profunda poplítea com varfarina sódica por

quatro meses. Nega trauma veemente. Ao exame, estado geral regular, eupneico, acianótico,

afebril, Glasgow = 12 e sem déficits. Foi admitido e, em seguida, evoluiu com confusão mental

importante, desorientação, cefaléia constante de intensidade moderada e uma crise convulsiva.

Hemograma, coagulograma (INR = 1,0), glicemia, eletrólitos, gasometria arterial, funções

hepática e pancreática, além de proteína C reativa foram solicitados e todos se encontravam

dentro dos limites da normalidade. Foi realizada uma tomografia computadorizada de crânio

que mostrou difusa atrofia cortical associada à coleção extra-axial, sugestiva de HEDC, mas

nenhuma fratura ou sinais de traumatismo. Foi instituída conduta definitiva e o paciente

apresentou remissão da sintomatologia. Conclusões: O HEDC espontâneo pode estar associado

com distúrbios de coagulação, afastados pelos exames complementares. O sangramento pode

ser justificado pelo uso contínuo de anticoagulantes, que, em algum momento, provocaram

alteração na coagulação determinando o sangramento que cronificou-se e passou a manifestar-

se clinicamente tardiamente. Assim, é fundamental a monitorização e controle do estado de

coagulação nos pacientes que usam essas medicações para evitar complicações graves.

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NÚMERO DO PAINEL: 29

Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo

Título: HEMATOMA SUBDURAL DE CLIVUS APÓS DRENAGEM DE HEMATOMA SUBDURAL

INTRACRANIANO E MEDULAR CONCOMITANTES - RARO RELATO DE CASO

Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE SAO JOSE DO RIO PRETO

Autores: Ricardo Lourenço Caramanti; Ronaldo Brasileiro Fernandes; Dionei Freitas de Morais;

Eduardo Carlos da Silva; Antonio Ronaldo Spotti;

Resumo:

Introdução: Hematomas subdural medular e intracraniano concomitantes de origem traumática

são uma condição incomum, quando associados tardiamente ao hematoma subdural retroclival

se tornam ainda mais raros. Relato de caso: Paciente C. F. B, masculino, 51 anos, vítima de

trauma de crânio por queda de tora de madeira em região parietal direita cerca de 12 dias antes

da admissão. Referia cefaléia acompanhada de náuseas e dor lombar com dificuldade de

deambulação sem melhora com analgesia comum. Ao exame físico apresentou se com força

grau IV na perna direita. Não apresentava história de coagulopatias ou uso de medicamentos. A

RM de encéfalo e coluna lombar que evidenciaram lesões cerebral bilateral e medular com

extensão de T12 a S2 de característica isointensa em T2 e Hiperintensa em T1 compatíveis com

hematoma subdural intracraniano bilateral e hematoma subdural medular. O paciente foi

submetido a drenagem da hemorragia medular através de uma laminectomia L4 - S1 seguida de

durotomia, e no mesmo tempo cirúrgico, a drenagem do hematoma craniano por uma

trepanação em cada hemisfério. Após uma semana o paciente regressou com recidiva da

cefaléia sendo feita nova RM encefálica mostrando um hematoma subdural de clivus que foi

acompanhado ambulatorialmente sem apresentar complicações. Discussão: Kokubo et al.

realizou entre agosto de 2007 e setembro de 2011 um estudo prospectivo com 168 pacientes

portadores de hematoma subdural crônico com indicações de cirurgia. Estes pacientes foram

submetidos a um rastreio para hematoma subdural lombar através de RM de coluna lombar

sendo encontrados 2 casos concomitantes ( 1,2% ). No presente caso não foram encontrados

distúrbios de coagulação ou história de punção lombar. O paciente referiu apenas traumatismo

craniano,isso parece corroborar com a hipótese de migração do hematoma subdural craniano

para a região lombar conforme proposto em Bortolotti et al, uma vez que a fisiopatologia

permanece controversa devido ao espaço subdural medular ser avascular. Os hematomas

retroclivais traumáticos são em sua maioria extradurais secundários a acidentes de trânsito,

ocorrendo mais comumente na faixa etária pediátrica e apresentando - se com clínica mais

comum de paresia de nervo abducente. No caso dos subdurais retroclivais,estes representam

0,3% de todos os SDHs. Acreditamos que com a drenagem do hematoma medular, parte do

hematoma intracraniano tenha migrado para a região do clivus

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NÚMERO DO PAINEL: 30

Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo

Título: HEMATOMA TRAUMÁTICO BILATERAL DOS NÚCLEOS DA BASE

Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR)

Autores: Murilo Bucci Vega; Pedro Tadao Hamamoto Filho; Marco Antônio Zanini;

Resumo:

Introdução: A hemorragia unilateral dos núcleos da base secundária ao traumatismo

cranioencefálico (TCE) é vista em apenas 3% dos casos. O acometimento bilateral dos gânglios

da base é uma condição extremamente rara. Objetivos: Relatar o caso de hemorragia bilateral

dos gânglios da base (HBGB) e discutir aspectos fisiopatológicos e prognósticos da lesão.

Método: Relato de caso e revisão da literatura. Resultados: Paciente masculino de 57 anos, dá

entrada ao serviço de neurocirurgia com quadro de TCE após espancamento. Ao exame físico,

apresentava-se comatoso (ECG 8), sem déficits localizatórios. Tomografia de crânio mostrou

hemorragia bilateral nos núcleos lentiformes, sem desvio de linha média, porém com contusão

cerebral, hemorragia subaracnóidea e hemorragia intraventricular. Paciente recebeu alta após

17 dias com quadro de disfunção cognitiva. Ressonância magnética no seguimento de longo

prazo mostrou lesões puntiformes difusas na substância branca, sugestivas de lesão axonal

difusa, além de área de gliose nos núcleos da base. A revisão da literatura foi feita nas bases

Cochrane, Medline, Embase e Lilacs; sendo encontrados apenas 11 relatos de caso semelhantes.

Discussão: A hemorragia espontânea dos núcleos da base é comumente encontrada em doenças

cerebrovasculares associadas à hipertensão arterial sistêmica. Nessas condições a hemorragia

se localiza no tálamo e na cápsula interna. Já as hemorragias traumáticas ocorrem tipicamente

no núcleo lentiforme e cápsula externa. O mecanismo não é completamente conhecido.

Acredita-se que se deva à distensão e ruptura de ramos da artéria coroideia anterior, após a

transmissão de forças de aceleração/desaceleração aplicadas sobre o vertex ou região occipital

do crânio. As manifestações clínicas da HBGB são dependentes da extensão do trauma e de

outras lesões associadas. Comumente há coma ou cefaleia. O prognóstico é variável, pois

depende das demais lesões associadas ao trauma, principalmente a lesão axonal difusa. De

maneira geral, pacientes com hematomas maiores de 25 ml, com volume crescente e com

hipertensão intracraniana refratária ao tratamento clínico têm pior prognóstico. Conclusão:

Apresentamos o décimo segundo caso de HBGH traumático. Destacamos que o prognóstico está

relacionado ao tamanho do hematoma e às lesões associadas, sendo os distúrbios cognitivos

muito frequentes e associados à lesão axonal difusa.

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NÚMERO DO PAINEL: 31

Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo

Título: MENINGITE DE REPETIÇÃO ASSOCIADA À FRATURA DE ESFENEOIDE E FÍSTULA LIQUÓRICA

(RELATO DE CASO)

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE - PB

Autores: Ronaldo Barbosa de Farias Júnior; Amauri Pereira da Silva Filho; Adysia Moreira

Florentino da Silva; Huggo Luan Barros Medeiros; Lucas Silva Xavier;

Resumo:

INTRODUÇÃO: Uma fístula liquórica com rinoliquorreia envolve a quebra de todas as barreiras

que separam o espaço subaracnóideo do trato aerodigestivo. Apresenta etiologia diversa, sendo

o traumatismo cranioencefálico (TCE) a causa mais frequente (aparece em até 30% dos

pacientes com fraturas da base do crânio) e se relaciona com alto risco de infecções ascendentes

(p. ex.: meningites). OBJETIVO: Este trabalho tem o objetivo de reportar um caso de múltiplas

meningites recorrentes em um paciente com fratura esfenoidal. RELATO DE CASO: Trata-se de

um paciente, sexo masculino, 16 anos, que foi admitido devido à rigidez nucal importante,

acompanhada de febre e vômitos. Procedeu-se a investigação e posterior e posterior coleta de

líquor que confirmou infecção bacteriana, sendo, então instituído tratamento especifico. Referia

TCE prévio (com abordagem cirúrgica para hematoma extradural temporário há 11 anos), desde

quando passou a apresentar rinoliquorreia direita continua associada a episódios frequentes de

cefaleia de forte intensidade, holocraniana, refratária à analgesia e associada a náuseas, vômitos

e rigidez nucal; quando, então, era diagnosticada meningite e, então, tratada com

antibioticoterapia. Diante dos antecedentes, foi considerada a hipótese de fratura de base do

crânio como causa base das infecções repetitivas, confirmada pela tomografia computadorizada

de crânio, que evidenciou fratura esfenoidal. Foi instituído tratamento cirúrgico para correção

da fistula liquórica via endonasal endoscópica, o qual se mostrou efetivo. O paciente passou a

queixar apenas de hipoacusia bilateral e disartria leve (desde o episodio de TCE). CONCLUSÕES:

As fístulas liquóricas devem ser consideradas no diagnostico diferencial de meningites

recorrentes e o seu tratamento exige uma estratégia terapêutica a fim de reduzir o risco de

infecções de repetição. A via endoscópica é altamente eficaz e segura no tratamento e está

associada a uma morbidade muito baixa sendo uma alternativa segura e eficaz em relação à

cirurgia transcraniana.

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NÚMERO DO PAINEL: 32

Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo

Título: MIGRAÇÃO DE HEMATOMA SUBDURAL AGUDO TRAUMÁTICO PARA A REGIÃO

RETROCLIVAL - RELATO DE CASO

Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE SAO JOSE DO RIO PRETO

Autores: Ricardo Lourenço Caramanti; Ronaldo Brasileiro Fernandes; Dionei Freitas de Morais;

Eduardo Carlos da Silva; Fabiano Moraes Nogueira;

Resumo:

introducao Hematomas subdurais traumáticos de fossa posterior são raramente encontrados

em adultos, apresentando na maioria das vezes desfechos graves. Sua fisiopatologia permanece

incerta sendo possíveis causas a ruptura ligamentar e a fraturas óssea. Bertolutti et al. propôs

que o hematoma pode migrar para regiões mais baixas pelo fluxo liquórico, passando pela região

clival até atingir a medula espinhal. Neste artigo apresentamos um caso de migração de

hematoma subdural agudo para a região do clivus. RELATO DE CASO: E.C. , masculino, 78 anos,

vítima de traumatismo craniano com perda de consciência por queda de própria altura, sem

história de uso de anticoagulantes ou doenças hematológicas, deu entrada no nosso serviço em

glasgow 15 com pupilas isocóricas e fotorreagentes sem déficits motores. A tomografia de crânio

evidenciou hematoma subdural agudo laminar a direita associado a contusão frontal esquerda.

Optou - se por acompanhamento clínico com internação do paciente na unidade de terapia

intensiva. A tomografia de controle realizada 2 dias após o trauma mostrou manutenção do

sangramento subdural, sem aumento de volume e manutenção da área de contusão frontal

contralateral. Após 4 dias de observação o paciente evoluiu com piora do nível de consciência,

apresentando - se em glasgow de 12, sem alterações pupilares. Realizada nova tomografia que

mostrou diminuição do hematoma subdural a direita com migração do mesmo para a região

clival. O paciente foi submetido a uma derivação ventricular externa de urgência ficando estável

no pós operatório. DISCUSSÃO: Hematomas de fossa posterior são mais comumente extradurais

e encontrados nas crianças em virtude de acidentes automobilísticos. Os subdurais de clívus são

cerca de 0,3% de todos os hematomas subdurais. Devido a gravidade, a maioria dos pacientes

não sobrevive até o diagnóstico. A clínica mais comum dos hematomas de fossa posterior é a

paresia do nervo abducente, que pode ser acompanhada por outros pares cranianos. A

fisiopatologia pode estar associada a ruptura ligamentar e fraturas de base de crânio. Em 2004

Bortolutti sugeriu uma hipótese de migração do hematoma subdural da região craniana para a

região medular, passando desta forma, pela região clival. Acreditamos que neste caso houve

migração do hematoma subdural para a região clival provocando a compressão do tronco

cerebral, contribuindo para a piora tardia do nível de consciência do paciente.

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NÚMERO DO PAINEL: 33

Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo

Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO FERIMENTO POR ARMA DE FOGO COMO TRAUMATISMO

CRANIOENCEFÁLICO EM UM HOSPITAL DE CURITIBA

Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA

Autores: Luís Alencar Biurrum Borba; DALTON MAKOTO SENDA; IRLON DE OLIVEIRA JÚNIOR;

DAFNE BAYER; VANESSA CRISTINE BATISTÃO;

Resumo:

Introdução: Os traumatismos cranioencefálicos (TCE) provocados por projétil de arma de fogo

(PAF) são qualidade de trauma grave cada vez mais prevelentes, e são responsáveis por um

importante impacto negativo socioeconômico, devido sua morbimortalidade principalmente

sobre a população denominada economicamente ativa. Representam cerca 20,6% de todos os

traumas por PAF. Foram avaliados neste estudo características epidemiológicas como idade e

gênero e também fatores possivelmente associados ao prognóstico clínico-neurológico em 29

pacientes vítimas de PAF em crânio atendidos no Hospital Universitário Evangélico de Curitiba

(HUEC) num período de 2 anos. Método: Estudo retrospectivo analisando-se o prontuário de 29

pacientes com diagnóstico de TCE causado por PAF tratados cirurgicamente no serviço de

Neurocirurgia do HUEC entre janeiro de 2012 a janeiro de 2014. Resultados: O perfil

epidemiológico revelou predominância de vítimas do sexo masculino, idade média de 34 anos,

3 a 5 pontos na escala de coma de Glasgow à admissão, pupilas simétricas e com fotorreação

preservada, e, curiosamente eventos mais freqüentes às quartas-feiras. A análise tomográfica

revelou que 72,4% dos pacientes apresentavam hemoventrículo, e 31%, desvio de linha média.

Além disso, 57,1% apresentaram uma associação de fratura de crânio e contusão cerebral como

lesão primária e 53,6% não apresentaram lesões secundárias. A taxa de óbito foi de 20,7%. Nove

pacientes (31%) evoluíram com desfecho favorável e retorno parcial às atividades laborais

prévias. Discussão: Incidência maior em homens, com idade média de 30 anos, admitidos com

ECG entre 3 e 5, com maior prevalência de PAF no quadrante superior direito, assim como a

conduta conservadora na maioria dos casos e bom prognóstico nos casos em que houve

indicação de intervenção cirúrgica. Houve divergência quanto à prevalência, ao que concerne

ao dia da semana dos eventos (segunda-feira na literatura), pupila no momento da admissão

(isomiótica) e sobrevida dos pacientes (metade dos pacientes apresentados cursou com mau

desfecho e a outra metade com desfecho favorável). Conclusão: É de extrema importância a

correlação entre dados do TCE por PAF e seu prognóstico de modo a promover uma maior gama

de dados epidemiológicos à equipe neurocirúrgica do trauma, podendo esta, deste modo, obter

uma previsão dos episódios traumáticos e realizar uma conduta adequada e que vise sobretudo

o melhor prognóstico do paciente.

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NÚMERO DO PAINEL: 34

Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo

Título: PREVENÇÃO DO NEUROTRAUMA - “PENSE BEM – CAXIAS DO SUL”. ESTUDO

PROSPECTIVO RANDOMIZADO COM MÚLTIPLAS INTERVENÇÕES EM PRÉ-ADOLESCENTES E

ADOLESCENTES

Instituição: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

Autores: Asdrubal Falavigna; Elisa Braun Rizkalla; Natália Diel Lisboa; Francisco Turella

Bassanesi; Marco Antonio Koff;

Resumo:

Introdução: Uma intervenção única não modifica as atitudes básicas de prevenção de

neurotrauma. O estudo atual foi planejado para avaliar a eficácia de múltiplas intervenções na

modificação do conhecimento e atitudes para a prevenção de neurotrauma em pré-

adolescentes e adolescentes brasileiros. Materiais e Métodos: estudo randomizado controlado,

de estudantes da quinta série do ensino fundamental (EF) e do segundo ano do ensino médio

(EM) foram divididos em um grupo controle e dois grupos de intervenção (única/múltipla). O

estudo foi conduzido em 8 estágios: T1, questionário para medir referências prévias; T2, leitura

a respeito da prevenção de trauma; T3, reaplicação do questionário; T4, intervenção do

Departamento de Trânsito; T5, teatro sobre trauma e suas consequências; T6, intervenção dos

Bombeiros; T7, intervenção do serviço de Emergência Médica; e T8, reaplicando o questionário

utilizado em T1 e T3. Respostas foram consideradas positivas quando equipamentos de

segurança eram usados “sempre ou às vezes” e negativas quando “nunca” eram usados.

Resultados: A amostra consiste em 535 estudantes. Em relação a atitudes, estudantes em todos

os grupos mostraram, em qualquer estágio da pesquisa, comportamento preventivo em mais

de 95% do tempo com relação ao uso do cinto de segurança. Apenas houve diferenças entre

atitudes entre EF e EM na etapa T8, relativa ao uso de equipamento de segurança em bicicletas

no grupo de múltipla intervenção e relativo ao uso de equipamento de segurança nos skates e

rollers tanto em intervenção única como em múltipla. Essas diferenças foram causadas

principalmente pela redução de respostas positivas pelo grupo EM, em vez de pelo aumento de

respostas positivas pelo grupo EF. Entretanto, não houve diferença entre o grupo controle e

grupos com intervenção quando comparados, independentemente das atitudes dos estudantes

dos grupos analisados. A razão mais importante para não usar equipamentos de proteção era a

crença de que não se machucariam. Conclusão: Intervenções educacionais múltiplas e de

diferentes tipos direcionados a pré-adolescentes e adolescentes de escolas públicas e privadas

não modificaram a atitude da maioria dos alunos em relação a prevenção de trauma.

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NÚMERO DO PAINEL: 35

Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo

Título: TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS LESOES TRAUMÁTICAS DO NERVO FIBULAR

Instituição:

Autores: Carlos Alexandre Zicarelli; Paulo Henrique Pires de Aguiar; Sergio Murilo Georgeto;

Francisco Spessatto Pesente; Bárbara Itimura;

Resumo:

Introdução: O nervo fibular comum é dividido em sua porção superficial onde exerce função

motora de eversão do pé e função sensitiva da parte lateral distal da perna e dorso do pé. Já sua

porção profunda exerce função motora de extensão do pé e dos dedos e sua função sensitiva se

restringe a uma área pequena entre o hálux e o segundo dedo. A lesão do nervo fibular pode

ocorrer de diversas formas porém entorses do tornozelo relacionados a atividades esportivas

ganham espaço neste tipo de lesão. Objetivos: Os autores expõem a sua casuística de lesão de

fibular e comentam as suas particularidades e opções de cirurgia. Material e Métodos: De 1998

a 2011, cinco casos de lesões do nervo fibular foram operados pelo cirurgião sênior (PHPA). Os

casos foram classificados de acordo com as escalas de Sedon e Sanderland. Todos os casos foram

diagnosticados através de Eletroneuromiografia (ENMG). Os pacientes foram divididos em 2

grupos. Grupo 1 com evidencia de Neuropraxia em ENMG e Grupo 2 com evidencia de

Neurotmese. Os resultados pós-operatórios foram avaliados em avaliações frequentes e

realização de testes funcionais. Nos casos de neuropraxia a neurólise do nervo foi indicada e nos

casos de neurotmese a anastomose sural foi preconizada. Resultados: Dos cincos casos, quatro

eram do sexo masculino e um paciente era do sexo feminino. O mecanismo de lesão foi

predominante traumático. Dois casos relacionados ao esporte e um caso por acidente

automobilístico. Um caso de lesão ocorreu após uma cirurgia vascular e outra iatrogênica após

procedimento ginecológico. Três casos apresentaram evidencia de neuropraxia e dois casos

evidencia de neurotmese pela ENMG. Nos seguimentos funcionais os pacientes submetidos a

neurólise apresentaram melhora funcional e nos casos de neurotmese somente um caso houve

uma melhora discreta não influenciando da melhora da capacidade funcional. Conclusão: Nos

casos de lesão do nervo fibular com evidëncia de neurotmese em ENMG a neurólise do nervo é

eficaz influenciando positivamente na capacidade funcional.

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NÚMERO DO PAINEL: 36

Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo

Título: TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO: CAUSAS E PERFIL DA VÍTIMA IDOSA EM UM

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.

Instituição: HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGÉLICO DE CURITIBA

Autores: Luis Alencar Borba;

Resumo:

Introdução: O trauma representa um problema de saúde pública cujas lesões afetam a qualidade

de vida das vítimas. Estudo demonstrou que 11,5% dos casos de Traumatismo cranioencefálico

(TCE) ocorreram em indivíduos com > 61 anos. De acordo com OMS, qualquer individuo com ≥

65 anos é considerado idoso. Assim, é fundamental a identificação do mecanismo do trauma,

estado geral e o provável prognóstico da vitima a fim de otimizar o tratamento e prevenção.

Método: Foi realizado estudo retrospectivo por meio da análise do prontuário de 65 vítimas de

TCE com idade ≥ 65 anos internadas no serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitários

Evangélico de Curitiba (HUEC) no período de janeiro 2012 a janeiro 2014. Investigou-se o perfil

epidemiológico, mecanismo de ação indutor do trauma, Escala de Coma de Glasgow (ECG),

pupila, presença de hemoventrículo, lesões identificadas pelos exames de imagem. Resultado:

Dos 65 pacientes internados, 60% eram do sexo masculino entre 65-103 anos. O mecanismo

prevalente foi queda. A maioria sofreu TCE leve com pupilas isocóricas fotorreagentes.

Constatou-se que ¼ das vitimas com hemoventrículo foi a óbito. 3 pacientes evoluíram a óbito

e apenas 7,7% das vítimas foram submetidos tratamento com craniectomia descompressiva.

Discussão: A idade do paciente é um fator importante para a recuperação. O TCE mostrou-se

prevalente no sexo masculino e a principal causa são as quedas. A ECG também foi

predominantemente 15 com pupilas isocórica fotorreagente. Sabendo que o perfil da vítima

idosa, torna-se necessário maior investimento nas questões de saúde do idoso com ênfase na

prevenção.

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NÚMERO DO PAINEL: 37

Temário: Vascular

Título: ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO HEMORRÁGICO NÃO TRAUMÁTICO NA POPULAÇÃO

PEDIÁTRICA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NA PARAÍBA

Instituição: H TRAUMA-CG / CLÍNICA SANTA CLARA

Autores: Amauri Pereira da Silva Filho; Miriam Lucia Galvão Lucena; Anne Jamille Ribeiro

Sampaio; Larissa Pinto de Farias Tenório; Pammela Dayana L.C. Machado;

Resumo:

Introdução: O Acidente Vascular Encefálico hemorrágico (AVEh) representa uma causa

importante de doença grave com alta morbidade em pediatria. A incidência desta afecção em

crianças é 1,4 por 100.000/ano. As principais etiologias são o traumatismo crânioencefálico e as

doenças vasculares, com destaque para as malformações vasculares. Dentre os AVEh, a

hemorragia intraparenquimatosa é o tipo mais comum e alcança até 50% de todos os casos.

Objetivo: Este trabalho tem por fim estudar as características clínicas dos AVEh espontâneos na

faixa etária pediátrica em um hospital terciário. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo,

de caráter descritivo, com abordagem quantitativa dos dados de 22 prontuários de pacientes

com até 18 anos de idade, admitidos em um hospital terciário no interior da Paraíba, que

receberam diagnóstico de AVEh não traumático, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2014. Os

dados foram coletados a partir de um formulário padrão e organizados em planilha do Microsoft

Excel 2007. Resultados: Dentre as causas, as doenças vasculares representaram o maior número,

com 45,46% (n= 10); seguidas pelas doenças hematológicas, com 27,28% (n= 6); as doenças

infecciosas – sepse – apresentaram 18,19% (n= 4) e aquelas relacionadas a medicamentos

surgiram com 4,64% (n= 1). As malformações arteriovenosas representaram 60% das afecções

vasculares, enquanto os aneurismas cerebrais e a hipertensão arterial sistêmica, responderam

por 30% e 10%, respectivamente. As doenças hematológicas encontradas foram distúrbios da

coagulação (50%), leucemias (33,33%) e anemia falciforme (16,67%). Os medicamentos

utilizados foram quimioterápicos (66,67%) e anticoagulantes (33,33%). Todos os pacientes

apresentaram cefaleia, 66,67% cursaram com crises convulsivas e 50% com alteração do nível

de consciência. Foi instituído tratamento cirúrgico de emergência em 54,54% (n= 12) e 45,46%

(n= 10) faleceram durante a internação. Déficits neurológicos no momento da alta foram

documentados em 50% dos sobreviventes. Conclusão: A etiologia do AVEh na população

pediátrica difere dos adultos, contudo os índices de mortalidade também são elevados nessa

faixa etária, a despeito dos avanços dos métodos diagnósticos e das técnicas neurocirúrgicas.

Além disso, as causas mais frequentes relatadas foram malformações arteriovenosas e

disfunções hematológicas.

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NÚMERO DO PAINEL: 38

Temário: Vascular

Título: ANEURISMA GIGANTE EM ADOLESCENTE – RELATO DE CASO

Instituição: FACULDA DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: David Plácido Lopes Júnior; Amauri Pereira da Silva Filho; Isabela Carvalho de Aquino;

Viviane Fernandes Feitoza; Rebecca Soares de Oliveira;

Resumo:

Introdução: Aneurisma intracranianos são dilatações em artérias tipicamente em pontos de

bifurcação, podendo ser caracterizado quanto a sua morfologia e tamanho, este último,

podendo variar de pequeno a gigante, sendo os gigantes apenas 5-7% dos aneurismas, e

tipicamente mais comuns em mulheres por volta da quinta a sexta década de vida. Objetivos:

Relatar caso de um aneurisma gigante em uma adolescente. Métodos: Relato de caso.

Resultados: V.S.S., 15 anos, solteira, parda; foi admitida com queixa de cefaleia súbita há cinco

dias, seguida de vômitos e febre. Ao exame físico, Glasgow 15 e Hunt-Hess 1, consciente,

orientada, sem déficit motor, apresentando lombalgia e rigidez nucal. A Tomografia

Computadorizada de crânio sem contraste evidenciava hematoma intraparenquimatoso,

próximos dos gânglios basais esquerdos, associado a hemoventriculo; Na Angiografia cerebral

foi encontrado um aneurisma sacular em artéria carótida interna esquerda com 25mm de

diâmetro. A paciente evoluiu com dois episódios de ressangramentos e foi a óbito. Conclusão:

O rompimento de aneurisma cerebral apresenta uma elevada taxa de morbimortalidade,

afetando uma população bem específica, porém, não pode-se esquecer de tal patologia como

diagnóstico diferencial em crianças com sintomatologia típica, prevenindo, de tal modo, um pior

prognóstico nesses pacientes.

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NÚMERO DO PAINEL: 39

Temário: Vascular

Título: ANEURISMA INTRACRANIANO ASSOCIADO A HEMATOMA SUBDURAL AGUDO: RELATO

DE CASO

Instituição: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE ITATIBA E HOSPITAL E MATERNIDADE SABIN/

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Autores: GISELE CRISTINA GARCIA DA SILVA; MARCOS KENDI SEKINE; DANIELA ESPERINI

GUIMARÃES; PAULO QUEIROZ LUCIANO; CARLOS ALBERTO GONÇALVES LEMES;

Resumo:

Introdução: Na maioria dos casos, hematoma subdural agudo (HSDA) está relacionado a

traumatismo cranioencefálico e é tipicamente causado pelo cisalhamento de veias pontes

corticais ou da superfície do cérebro. Hemorragia em consequência a aneurisma intracraniano

usualmente apresenta-se como hemorragia subaracnoidea (HSA) e hemorragia

intraparenquimatosa. HSDA espontânea é incomumente encontrada. A incidência de HSA

associada à HSDA varia de 0,5% a 7,9% .O presente relato de caso descreve paciente do sexo

feminino, sem história de traumatismo cranioencefálico ou coagulopatias com rebaixamento de

consciência e hemiparesia à esquerda, apresentando HSA associada a HSDA consequente a

presença de aneurisma intracraniano. Objetivos: Apresentar a relação incomum da HSDA com

HSA proveniente da artéria comunicante posterior exibindo as características incomuns da

apresentação de HSDA. Método: Relato de caso clínico de paciente de 56 anos com HSA Fisher

4 e Hunt-Hess 3 associado a HSDA, tendo angiografia compatível com aneurisma artéria

comunicante posterior. Resultados: Paciente submetida inicialmente à craniotomia fronto-

temporo-parietal de urgência para drenagem de HSDA. Posteriormente submetido a estudo

angiográfico onde foi evidenciado aneurisma de artéria comunicante posterior tendo sido

abordada no 40 dia de sangramento por microcirurgia. Evoluiu com quadro de vasoespasmo

clínico no 70 dia de sangramento apresentando piora de função motora.Paciente permaneceu

na unidade de terapia intensiva por 16 dias.No momento, em acompanhamento ambulatorial,

apresentando melhora significativa dos sintomas, mantendo hemiparesia à esquerda e disfasia.

Conclusão: A HSA associada a HSDA é apresentação clínica incomum O tratamento cirúrgico para

drenagem de HSDA e clipagem do aneurisma intracraniano além do manejo das complicações

contribuem para uma resolução satisfatória. Portanto, a história clínica para HSDA deve ser

minuciosa e quando a origem traumática não for bem estabelecida deve-se sempre pensar na

associação aneurismática.

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NÚMERO DO PAINEL: 40

Temário: Vascular

Título: ANEURISMA SACULAR DA ARTÉRIA CALCARINA: UM RELATO DE CASO

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: Rebecca Soares de Oliveira; Amauri Pereira da Silva Filho; Isabela Carvalho de Aquino;

David Plácido Lopes Júnior; Viviane Fernandes Feitoza;

Resumo:

Introdução: Os aneurismas da artéria cerebral posterior (ACP) são entidades clínicas raras (1-2%

de todas os aneurismas cerebral e de cerca de 7% de todos os aneurismas da circulação

posterior); e aqueles localizados no segmento P3 representam apenas 13% dos aneurismas da

ACP, o que representaria uma incidência aproximada de 0,09% de todos os aneurismas

cerebrais. Objetivo: Esse trabalho tem o objetivo de relatar um caso de aneurisma secular de

artéria calcarina. Resultado: Paciente do sexo feminino, 67 anos, com antecedentes de

depressão e hipertensão arterial sistêmica (HAS) sem controle efetivo. Sem antecedentes de

trauma, queixa-se de cefaleia de intensidade leve a moderada, em peso, no vértice, de fácil

controle à analgesia comum e acompanhada de mal-estar e picos hipertensivos há cerca de uma

semana. Procurou o pronto-socorro em função do aumento da intensidade da cefaleia, agora

associada a vertigem e episódios eméticos. Ao exame, estado geral regular, consciente,

orientada, afebril, fácies de dor, pressão arterial (PA) de 162x100mmHg, pares cranianos

normais e Kerning positivo. O eletrocardiograma revelou taquicardia sinusal; tomografias

computadorizadas de crânio, hematoma intraparenquimatoso em região temporo-occipital

esquerda, na transição córtico-subcortical associado a discreta hemorragia subaracnóide nos

sulcos occipitais e arteriografia mostrou aneurisma sacular na porção média da artéria calcarina

esquerda (1,78x2,52mm), associado a vasoespamo moderado da ACP. Foram realizados

controles tomográficos e controle da PA e optou-se pela abordagem não-cirúrgica

(embolização). Foram descartados cardiopatias e infecções. Conclusão: Trata-se de um caso

extremamente raro, possivelmente associado a fatores genéticos e clínicos (HAS), uma vez que

esta região trata-se de um fluxo terminal, que não guarda associação com aneurismas micóticos

nem trauma e não possui bifurcações arteriais; destarte, sem estresse hemodinâmico que

justifique a presença de aneurismas nesta localização.

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NÚMERO DO PAINEL: 41

Temário: Vascular

Título: CAVERNOMA DE TRONCO CEREBRAL RELATO DE CASO

Instituição: HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGELICO DE CURITIBA

Autores: Luis Alencar Biurrum Borba; Leandro Borba Moreira; Johnni Osvaldo Zamponi Junior;

Bruno V. Rocha; Leonardo Carmo Kawakame;

Resumo:

INTRODUÇÃO:Cavernomas, também conhecidos como hemangiomas cavernosos, são lesões

não neoplásicas do sistema nervoso central e caracterizam-se como múltiplas malformações

focais que afetam os vasos sanguíneos cerebrais. Apesar de sua incidência estar aumentando

nos últimos anos devido à melhores métodos de diagnóstico por imagem, são considerados

raros, com prevalência de 5% a 10% entre todas as malformações cerebrovascular. O índice de

hemorragia desses cavernomas chega a ser 30x maior do que os de outras localizações. Devido

à sua localização anatômica é grande a probabilidade que a hemorragia cause

comprometimentos neurológicos graves. O objetivo deste relato é apresentar a evolução clínica

de um paciente antes e após ressecção de cavernoma em tronco cerebral. CASO:W.A.I.J. 29

anos, cobrador de ônibus. Procurou o P.S. do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba

devido a soluço incoercível há 20 dias. Referiu dificuldade para falar e deglutir com início no dia

anterior a procura do serviço, cefaléia holocraniana, esporádica e de moderada intensidade há

3 meses. Ao exame físico o paciente apresentava disartria e acometimento de X e XII nervos

cranianos à direita. RM de crânio apresentou lesão expansiva e parcialmente limitada no tronco

cerebral (18mm), protraindo parcialmente para IV ventrículo. Foi submetido à microcirurgia de

ressecção da lesão. No 1 P.O., paciente encontrava-se respirando espontaneamente, GCS 15. No

10 dia após internação, recebeu alta hospitalar para acompanhamento ambulatorial em BEG,

GCS15, alimentando-se via oral, sem necessidade de traqueostomia. DISCUSSÃO:A ressecção de

lesões no tronco cerebral continua sendo um desafio mesmo entre os neurocirurgiões mais

habilidosos. A indicação cirúrgica nos casos de cavernomas supratentoriais (e cerebelares) em

pacientes jovens com sintomas leves ou não incapacitantes pode ser motivo de

questionamento. Entretanto, uma ressecção cirúrgica eletiva pode ser indicada para esses

indivíduos devido ao risco cumulativo de sangramento ou dos comprometimentos neurológicos

ao longo do tempo. A decisão sobre quando operar um cavernoma de tronco deve ressaltar os

sintomas e sinais nucleares, bem como a presença de sintomas agudos. CONCLUSÃO:Os

cavernomas apresentam grandes dificuldades e peculiaridades tanto ao médico como ao

paciente, porém estas condições podem ser minimizadas e contornadas através da sua

cuidadosa remoção com segurança por meio de acesso cirúrgico ideal.

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NÚMERO DO PAINEL: 42

Temário: Vascular

Título: DISSECÇÃO ESPONTÂNEA DA ARTÉRIA SUBCLÁVIA COM OCLUSÃO DA ARTÉRIA

VERTEBRAL

Instituição: UFPI

Autores: Ânderon Batista Rodrigues; Paulo César de Jesus Gonçalves Júnior; Felipe Batista

Rodrigues; MARX LIMA DE BARROS ARAÚJO; Benjamim Pessoa Vale;

Resumo:

INTRODUÇÃO: Dissecção da artéria subclávia (DAS) é uma entidade rara, sendo geralmente

associada a vasculatura aórtica anômala, trauma ou lesão iatrogênica durante cateterização ou

angioplastia. A DAS, espontânea ou minimamente traumática, é um evento incomum e só

recentemente foi descrita. As principais manifestações clínicas são dor no peito e nas costas e,

por vezes, sintoma neurológico com déficit focal. Quando associada à oclusão da artéria

vertebral (OAV), pode ocasionar insuficiência vertebro-basilar, manifestando-se com sintomas

como vertigem, ataxia, diplopia ou distúrbios de visão. Descrevemos um caso de dissecção

espontânea da artéria subclávia manifestando com infarto cerebelar. OBJETIVO: Relatar um caso

de dissecção espontânea da artéria subclávia esquerda com OAV ipsilateral. METÓDOS: As

informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente,

registro de métodos diagnósticos e revisão da literatura. RELATO DE CASO: Paciente masculino,

58 anos, deu entrada em pronto-socorro com dor precordial com irradiação para a mandíbula,

vômitos, vertigem, diplopia e ataxia iniciadas quatro horas antecedendo a admissão hospitalar.

Na anamnese, paciente relatou história prévia de hipertensão arterial sistêmica e

revascularização miocárdica. Ao exame físico, foi encontrado sopro supraclavicular à esquerda.

Foram realizados eletrocardiograma, doppler de carótidas e vertebrais e arteriografia do arco

aórtico e dos troncos supra-aórticos. O doppler mostrou difícil caracterização do fluxo vertebral

esquerdo e a arteriografia evidenciou dissecção da artéria subclávia esquerda com extensão até

à origem da artéria vertebral, com oclusão da mesma, confirmando o diagnóstico. Como

tratamento, optou-se pela angioplastia com implante de stent. Realizou-se nova angiografia

para seguimento e constatou-se o reestabelecimento do fluxo arterial. CONCLUSÃO: A DAS de

modo espontâneo é um evento raro, devendo ser lembrado nos casos de insuficência vertebro-

basilar ou isquemia de fossa posterior, pela possibilidade de oclusão da artéria vertebral. O

tratamento cirúrgico é pouco relatado na literatura por causa de sua ocorrência rara. A técnica

endovascular com implante de stent tem sido a terapia de escolha. Há relatos na literatura de

sucesso com tratamento conservador, utilizando heparina e antiagregantes plaquetários.

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NÚMERO DO PAINEL: 43

Temário: Vascular

Título: DOENÇA DE MOYAMOYA EM PACIENTE DE 26 ANOS APRESENTANDO COMO

COMPLICAÇÃO HEMORRAGIA SUBARACNOIDEA: UM RELATO DE CASO

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: Miriam Lucia Galvão Lucena; Amauri Pereira da Silva Filho; Anne Jammile Ribeiro

Sampaio; Pammela Dayana L.C. Machado; Verônica Cavalcante Pedrosa;

Resumo:

INTRODUÇÃO: A doença cerebrovascular oclusiva crônica, conhecida por Doença de Moyamoya

(DMM), é uma patologia rara e com etiologia ainda não comprovada; apresenta maior incidência

em crianças com menos de 10 anos, no sexo feminino e em asiáticos. Caracteriza-se por

estenose progressiva da porção terminal da artéria carótida interna bilateralmente e da porção

proximal das artérias cerebral anterior e cerebral média, assim como, pela neoformação de

pequenos vasos colaterais, o que dá o aspecto diagnóstico tradicional da DMM – Moyamoya do

japonês esfumaçado. OBJETIVO: Relatar um caso de DMM no Brasil, que se manifestou na forma

de Hemorragia Subaracnóidea (HSA) em uma paciente de 26 anos. MÉTODO: Estudo

observacional desenvolvido a partir de pesquisa em prontuário e acompanhamento

ambulatorial de uma paciente admitida em hospital de referência em neurocirúrgica.

RESULTADOS: Paciente sexo feminino, 26 anos, sem antecedentes patológicos, apresentou

quadro de cefaleia súbita de forte intensidade, associada à confusão mental, desorientação e

fraqueza nos quatro membros. Evoluiu com piora progressiva em poucas horas, acompanhada

de crise convulsiva. No exame neurológico, apenas uma discreta rigidez de nuca e déficit de

força muscular à direita. Na tomografia computadorizada de crânio foi evidenciada hidrocefalia

comunicante e uma discreta HSA entre os sulcos e giros à esquerda. Diante da hidrocefalia, foi

realizada Derivação Ventrículo Peritoneal de urgência. Exames de rotina de sangue estavam

normais. Foi solicitada angioressonância, que demonstrou arquitetura vascular compatível com

DMM, sendo confirmado o padrão com uma arteriografia. Foi realizado cirurgia de

revascularização encefálica, sendo feito um by-pass da artéria temporal superficial para a artéria

cerebral média. A paciente evoluiu com melhora progressiva do quadro, recuperando os déficits

neurológicos antes mesmo da cirurgia. No momento, encontra-se estável e sem alterações.

CONCLUSÃO: Complicações hemorrágicas na DMM são raras, porém, em concordância com o

exposto nesse caso, os estudos atuais ressaltam uma maior prevalência desses eventos na idade

adulta, quando comparadas aqueles vistos na faixa pediátrica. Essa patologia, embora mais

comum nos países asiáticos, não pode ser descartada das investigações médicas brasileiras.

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NÚMERO DO PAINEL: 44

Temário: Vascular

Título: FÍSTULA ARTÉRIO-VENOSA EXTRA E INTRA DURAL E INTRA E EXTRA CRANIANA

MIMETIZANDO TUMOR MEDULAR: RELATO DE CASO.

Instituição: UNOESTE

Autores: Pedro Henrique Petit da Silva Becker; Antônio Roberto Ferreira da Silva; Antônio

Fernandes Ferrari; Eduarda de Oliveira Maia; Monique de Oliveira Ceranto;

Resumo:

Introdução: As malformações arteriovenosas são o tipo mais comum de anomalia vascular do

sistema nervoso central (SNC), sendo as fístulas arteriovenosas responsáveis por um quinto

destas alterações e com um potencial fatal para os pacientes. Os acometidos podem apresentar

se assintomáticos ou com sintomas como zumbidos, entre outros. Objetivo: Descrever um caso

de fístula artério venosa com componentes intra e extra durais e intra e extra cranianos, raro na

literatura. Relato de caso: E.C.O., feminino, 50 anos, admitida com cervicalgia e cefaléia há 30

dias, evoluindo com hemiparesia grau 2 à esquerda. Ao exame físico apresentava paresia de

membro superior direito e hipoestesia em hemicorpo direito; exames de imagem do encéfalo

normais; RNM da coluna cervical mostrou lesão expansiva à esquerda com hiposinal em todas

as ponderações, intradural e extramedular, causando compressão medular entre C2 e C5 e sinais

de mielomalácia em T2 nos mesmos níveis. Foi realizada abordagem cirúrgica na qual notou-se

lesão com características vasculares, levando a interrupção do procedimento. Realizada

arteriografia de vasos cervicais e cerebrais confirmou se a presença de fístula vertebro-jugular

cervical a esquerda associada à irregularidades na morfologia arterial e a um aneurisma sacular

em sua origem; notou-se ainda a presença de fístula entre a artéria cerebral posterior e a veia

jugular também à esquerda; paciente evoluiu a óbito 23 dias após admissão por choque séptico

secundário a pneumonia antes que tivesse sido realizado o tratamento endovascular proposto.

Discussão: As fístulas arteriovenosas do SNC podem ser congênitas hereditárias ou esporádicas.

As lesões da coluna cervical com componentes intra e extra durais são extremamente raros e as

fístula vertebro-venosas constituem uma forma rara de fístula e é incomum esta apresentar se

com radiculopatia. Nos casos não relacionados a traumas a etiologia tem origem em aletrações

dos genes responsáveis pelo controle da angiogênese. A sintomatologia neste caso foi

decorrente de efeito compressivo sobre a medula. Essas anomalias podem ser tratadas por via

aberta ou endovascular, sendo este último o tratamento de escolha. Conclusão: Casos de fístulas

arteriovenosas com componentes intra e extradurais são raros, existindo poucos casos descritos

na literatura com as características anatômicas descritas, bem como com a repercussão clínica

encontrada neste paciente.

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NÚMERO DO PAINEL: 45

Temário: Vascular

Título: HEMORRAGIA INTRACRANIANA MULTIFOCAL ASSOCIADA À LEUCEMIA AGUDA COM

DESFECHO FATAL

Instituição: FACISA

Autores: Larissa Pinto de Farias Tenório; Amauri Pereira da Silva Filho; Miriam Lucia Galvão

Lucena; Anne Jamille Ribeiro Sampaio; Pammela Dayana L.C. Machado; Larissa Pinto de Farias

Tenório; Amauri Pereira da Silva Filho; Miriam Lucia Galvão Lucena; Anne Jamille

Resumo:

Introdução: Hiperleucocitose é uma emergência médica referida à contagem de leucócitos de

sangue periférico superior a 100.00 cél/mm³. A leucemia aguda cursa como causa mais comum

na prática pediátrica, ainda que o Sistema Nervoso Central (SNC) seja muito frequentemente

acometido por complicações dela advindas. Objetivo: O presente trabalho visa relatar um caso

de hiperleucocitose associada a múltiplos focos hemorrágicos no SNC. Método: Estudo

desenvolvido a partir de pesquisa documental, ancorada em dados obtidos do prontuário

médico do paciente, admitido em um hospital de referência em Neurocirurgia no interior da

Paraíba. Além disso, realizou-se observação da internação, bem como acompanhamento

ambulatorial do referido caso, o que fora associado à consulta bibliográfica em base de dados

com indexação. Resultados: Paciente sexo feminino, 14 anos, com histórico de obesidade e

hipertensão arterial sistêmica, tendo sido admitida com queixa de rebaixamento do nível de

consciência, associado a crises convulsivas e instabilidade hemodinâmica. Ao exame, estado

geral ruim, dispneica, afebril, bradicardica, pressão arterial 192 x 108 mmHg, Glasglow 8T

(sedada em intubação orotraqueal e ventilação mecânica). A partir disso, iniciou-se conduta de

suporte e solicitação de exames complementares. O hemograma completo, com análise de

esfregaço periférico, mostrou hiperleucocitose (349.000 cel/mm³), plaquetopenia (116.000

cél/mm³) e 95/% de células jovens; ionograma apontou hipercalemia (7,2mEq/l); tomografia

computadorizada de crânio demonstrou múltiplos focos hemorrágicos na transição córtico-

subcortical, em localizações não habituais para sangramentos hipertensivos – regiões fronto-

tempo-parietal direita; frontal, temporal e parietal esquerdas. O quadro seguiu com a paciente

tendo apresentado parada cardiorrespiratória, com ressuscitação não efetiva, o que cursou sem

tempo hábil para confirmação diagnóstica e conduta definitivos. Conclusão: Apesar da Leucemia

Linfoide Aguda (LLA) ser mais prevalente até os 14 anos, os eventos do SNC e a leucostase

pulmonar são mais comuns em crianças com Leucemia Mieloide Aguda (LMA), patologia que

também se associa à mortalidade precoce significativamente maior nesta faixa etária. Os

distúrbios metabólicos são comuns devido à contagem alta de blastos. Os dados clínicos afastam

o diagnóstico de reação leucemóide e podem ser justificados pela infiltração medular aguda, o

que sugere tratar-se de um quadro de leucemia aguda.

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NÚMERO DO PAINEL: 46

Temário: Vascular

Título: PROTOTIPAGEM DE ANEURISMAS INTRACRANIANOS UTILIZANDO ELASTÔMEROS

Instituição: FACULDADE EVAGÉLICA DO PARANÁ

Autores: Leonardo Brancia Pagnan; André Giacomelli Leal; José Aguiomar Foggiatto; Raphael

Teruaki Kondo;

Resumo:

Estima-se que os aneurismas intracranianos (AI) não-rotos estejam presentes em 6% da

população. A alta mortalidade está associada com a ruptura dos AI, que ocorrem em 2% dos

casos, causando 80% das hemorragias aracnoides espontâneas. Portanto, é necessário instituir

o tratamento adequado. As duas intervenções cirúrgicas possíveis são a embolização

intravascular e a microcirurgia. Esta última possui risco de ruptura do AI no intra-operatório,

devido à manipulação excessiva. Para minimizar esses riscos, diversos estudos têm elaborados

modelos em três dimensões para auxiliar no planejamento cirúrgico. A técnica mais utilizada é

a prototipagem rápida. Este trabalho pretende utilizar essa técnica para auxiliar o planejamento

cirúrgico criando modelos tridimensionais de elastômeros, com a possibilidade de simular a

cirurgia de clipagem de AI; o que significa redução nos custos, menor tempo de operação e, o

mais importante, menos risco para o paciente. O estudo foi realizado em duas etapas. A primeira

consistiu em selecionar dois pacientes e suas respectivas angiotomografias, processá-las em

softwares específicos e imprimir os biomodelos em três dimensões. O material utilizado é

flexível podendo ser clipado para auxiliar no planejamento cirúrgico. Na segunda fase, o modelo

foi esterilizado por óxido de etileno e comparado com as imagens da angiotomografia . Os

protótipos representam a forma exata da angioarquitetura dos AI’s em tamanho real,

principalmente do colo aneurismático. Com a esterilização do material, foi possível simular a

clipagem cirúrgica devido a flexibilidade do material. Os modelos se mostraram fiéis à

angiotomografia. Seu material maleável permitiu a prática do procedimento, apesar de não

representar a real elasticidade da parede aneurismática. Espera-se que estudos futuros

aprimorem a técnica de prototipagem e a apliquem em uma série maior de pacientes.

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NÚMERO DO PAINEL: 47

Temário: Vascular

Título: RELATO DE CASO: MOYA-MOYA

Instituição: HOSPITAL SANTA RITA DE MARINGÁ

Autores: Victor Hugo da Costa Benalia; Luciano Truite; Wagner Munemori Mariushi;

Resumo:

Primeiramente descrita no Japão, em 1957, a doença de Moya-Moya, consiste em um vasculite

de origem idiopática, que em sua apresentação clássica, acomete os vasos do polígono de Willis,

criando neovascularização e oclusões arteriais. O presente relato consiste em paciente de

26anos, feminina evolui com quadro de cefaléia e sonolência, subimetida a RNM e angiografia,

que evidenciaram doença de Moya-Moya. O tratamento proposto baseou-se em anticoagulação

com antiagregante plaquetario e bypass intracraniano entre artéria meníngea e artéria cerebral

média. Mantendo-se a paciente com antiagregação plaquetária (suspenso para o tratamento

cirurgico apenas) e realizado o bypass vascular, a paciente apresentou boa evolução clinica,

mantendo-se sem novos episódios clinicos até o momento.

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NÚMERO DO PAINEL: 48

Temário: Vascular

Título: SÍNDROME DA MÃO ALIENÍGENA E SÍNDROME DE GERSTMANN APÓS ACIDENTE

VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO

Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

Autores: Joubert Borges de Almeida Junior; Nágila Pereira Mendes; Wander Nasser Naves;

Guilherme Lourenço de Castro Junior; José Edison da Silva Cavalcante;

Resumo:

INTRODUÇÃO A síndrome da mão alienígena (SMA) é definida como uma atividade motora

involuntária do membro superior juntamente com percepção estranha do membro. Sendo

comum seu surgimento após acidente vascular encefálico (AVE) agudo. Não há correlação direta

da topografia da lesão com os sintomas apresentados, diferentemente da Síndrome de

Gerstmann, que tem correlação topográfica como o lobo parietal dominante e é caracterizada

por acalculia, disgrafia, agnosia digital e confusão direita-esquerda. OBJETIVO(S) Relatar caso de

SMA e de Síndrome de Gesrtmann e fazer breve revisão. MÉTODO Coleta e elaboração de caso

clínico seguida de revisão de literatura. RESULTADOS/RELATO DE CASO Paciente do sexo

feminino, 30 anos foi admitida em PS com queixa de quadro súbito, há 24 horas, de atividade

motora involuntária e incoordenada de MSD e quadro sugestivo de afasia sensitiva. Refere

também cefaleia hemicraniana em aperto e cervicalgia, ambas à esquerda. Ao exame

neurológico, apresentava hipoestesia e parestesia em dimídio direito, agrafia, acalculia, agnosia

digital, confusão direita-esquerda e comprometimento da propriocepção consciente à direita.

Procedeu-se internação e solicitação de exames entre os quais RM de encéfalo, o laudo revelou

isquemia aguda, predominantemente córtico e subcortical, interessando o aspecto posterior do

córtex da ínsula, e giro temporal superior, do lado esquerdo e edema citotóxico com

apagamento de sulcos e fissuras corticais nessa topografia. Fez-se as hipóteses diagnósticas de

AVEI agudo levando à síndrome de Gerstmann e SMA. Solicitou-se angio-RNM de vasos do

pescoço, cujo laudo revelou dissecção recente com acentuada redução do fluxo arterial

comprometendo os segmentos carotídeos internos cervical, petroso, cavernoso, clinóideo,

oftálmico e comunicante, do lado esquerdo. Doppler de carótidas e vertebrais, realizado 03 dias

após início da anticoagulação, sugeriu aparente estreitamento da luz da carótida interna

esquerda próximo à sua entrada na calota craniana. CONCLUSÃO Paciente em questão evoluiu

com AVEi extenso, predominante em lobo parietal dominante, após Dissecção Carotídea

Espontânea, ocasionando duas síndromes pouco convencionais após AVEi e de difíceis

diagnósticos, SMA e Gesrtmann. Verifica-se, através do caso, a crucial importância

conhecimento amplo de semiologia neurológica para a detecção dessas síndromes com vista a

facilitar o diagnóstico etiológico e posterior tratamento.

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NÚMERO DO PAINEL: 49

Temário: Vascular

Título: SÍNDROME DA VASOCONSTRIÇÃO CEREBRAL REVERSÍVEL: UM IMPORTANTE

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PARA HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA ANEURISMÁTICA

Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

Autores: Nágila Pereira Mendes; Thaís de Jesus Brasil Borges; Joubert Borges de Almeida Junior;

Elias Fouad Rabahi; Francisco Antonio Dias Azeredo Bastos;

Resumo:

INTRODUÇÃO: A síndrome da vasoconstrição cerebral reversível descreve conjunto de

alterações prováveis de distúrbios transitórios no controle do tônus vascular cerebral que

compartilham características angiográficas e clínicas principais, a saber vasoconstrição

segmentar, multifocal e reversível das artérias cerebrais, e cefaleia intensa com ou sem déficits

neurológicos focais, simulando quadro de hemorragia subaracnóidea aneurismática (HSAA).

Pode ocorrer espontaneamente ou provocada por vários fatores precipitantes como estado pós

parto e exposição a substâncias vasoativas. OBJETIVOS: Relatar um caso de cefaleia sugestivo

de hemorragia subaracnoidea espontânea e discutir sobre a diferenciação entre SVCR e HSAA.

MÉTODO: Coleta e elaboração de caso clínico, discussão clínica e revisão de literatura.

RESULTADOS/CASO CLÍNICO: Z.T.M, 52 anos, sexo feminino, procurou o PS com queixas de, há

2 semanas, quadro súbito de dor em pontada, de forte intensidade na região cervical posterior,

que evoluiu com cefaleia intensa, em região frontal D, associada a náuseas, vômitos e

escotomas, porém sem déficits neurológicos focais. Nega trauma e uso de substâncias

vasoativas. Havia procurado outros serviços de saúde, recebendo medicações analgésicas, as

quais não foram resolutivas. Em um dos serviços foi realizado TC de crânio sem contraste, na

qual não houve alterações. Após, foi internada no HNSM, realizou-se angiorressonância de

crânio, evidenciando-se hemorragia subaracnóidea interessando os sulcos dos lobos frontais de

forma mais extensa à D, bem como dilatações saculares nas carótidas internas, que não são

suficientes para justificar o quadro. No dia seguinte, realizou angiografia cerebral, a qual

evidenciou alterações segmentares de calibre de ramos corticais difusamente, indicando então

vasoespasmo. Como a cefaleia continuou por aproximadamente 2 semanas mesmo após

diversas medicações analgésicas, realizou-se tratamento com metilprednisolona 1g ao dia,

levando a regressão do quadro em menos de 5 dias (retirou-se também os analgésicos).

CONCLUSÃO: SVCR e HSA secundária a ruptura de aneurisma são quadros de difícil dissociação

clínica na fase aguda, sendo o estudo radiológico, principalmente a angiografia cerebral (AC),

imprescindível para o diagnóstico. A AC apresenta 100% de sensibilidade para SVRC e é o exame

padrão ouro em se tratando de HSA aneurismática.

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NÚMERO DO PAINEL: 50

Temário: Vascular

Título: SÍNDROME DE MOYAMOYA ASSOCIADA A NEUROFIBROMATOSE: RELATO DE CASO

Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Autores: Iracema Araújo Estevão; Paulo Henrique Pires de Aguiar; Marcos Vinicius Calfat

Maldaun; Natally Marques Santiago; Carlos Tadeu Parisi de Oliveira;

Resumo:

Introdução: Neurofibromatose tipo 1 (NF-1) ou doença de von Recklinghausen é a doença

genética autossômica dominante mais prevalente no ser humano que afeta o sistema nervoso

central e adicionalmente causa sintomas cutâneos e/ou ocularares, com amplo espectro clínico

resultante da displasia dos tecidos ectodérmicos e neuroectodérmicos. Ocorre na NF tipo I

grande prevalência de alterações intracranianas do tipo oclusão ou estenose, sendo reconhecida

a associação com padrão angiográfico característico da doença de moyamoya, patologia

cerebrovascular única, progressiva, caracterizada por estenose bilateral ou oclusão das artérias

carótidas internas com circulação colateral exuberante. Quando a doença de moyamoya está

associada a doenças congênitas passa a ser chamada de Síndrome de moyamoya. As associações

entre NF-1 e doenças vasculares não são incomuns, embora associações entre NF-1 e doenças

cerebrovasculares específicas, tais como síndrome de moyamoya sejam muito menos

frequentes. Objetivos: o presente estudo tem como objetivo descrever o caso de uma paciente

com síndrome de Moyamoya associada a neurofibromatose. Relato de caso: EF, feminino, 34

anos, apresentava-se com queixa de cefaleia diária holocraniana, crises epileptiformes parciais

relatando ter um episódio a cada três meses e crises de disestesia em dimidio esquerdo. Foi

realizado exame de angiotomografia com reconstrução 3D que revelou aspectos de doença de

Moyamoya. A paciente foi submetida a encéfalo-duro-artério-mio-sinangiose para doença de

moyamoya. Material e Métodos: Esse trabalho foi realizado a partir de uma pesquisa

documental baseada em dados obtidos do prontuário médico da paciente em questão, além da

consulta bibliográfica utilizando os bancos de dados LILACS e SciELO. Resultados: Paciente foi

seguida no pós-operatório com boa evolução clínica, sem cefaleia e sem déficits neurológicos.

Conclusão: Pessoas com sintomas neurológicos focais e diagnósticos de NF-1 merecem ser

investigados para síndrome de moyamoya devido relação entre essas patologias comprovada

pela literatura.

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NÚMERO DO PAINEL: 51

Temário: Vascular

Título: SPONTANEOUS THROMBOSIS OF GIANT INTRACRANIAL ANEURYSM AND POSTERIOR

CEREBRAL ARTERY FOLLOWED BY ALSO SPONTANEOUS RECANALIZATION

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO

Autores: Mário Vítor Caldeira Pagotto; Guilherme Brasileiro de Aguiar; Mario Luiz Marques

Conti; Maurício Jory;

Resumo:

Introduction: Spontaneous complete thrombosis in a giant aneurysm and its parent artery is a

rare event. Their spontaneous recanalization is even rarer, with few reports in the literature.

Case Report: A 17-year-old male patient was admitted in other institution complaining of blurred

vision and headache, with history of seizures three months ago. After cranial computerized

tomography and cerebral angiography, it was made the hypothesis of a partially thrombosed

giant saccular aneurysm of the segment P2 of the left posterior cerebral artery. He was refered

to our service one month later for endovascular treatment. We performed a cranial magnetic

resonance imaging and another cerebral angiography, which revealed complete thrombosis of

the vascular lesion. The patient was discharged with prescription of an anticonvulsant. Three

years later, he experienced visual worsening. Magnetic resonance imaging showed flow through

the aneurysm and the left posterior cerebral artery, wich was further confirmed by cerebral

angiography. We decided for a non-interventional management with strict clinical follow-up.

The patient remains with the previous neurological deficit, without recurrence of headaches.

Discussion: Thrombosis is not the final event in the natural history of giant aneurysms, and

partial thrombosis does not preclude the risk of rupture. Thrombosed aneurysms may present

additional growth by wall dissections or intramural hemorrhages. Their treatment may be either

surgical or with endovascular procedures, such as embolization. A non-interventional

management is possible, but demands strict clinical follow-up. Conclusion: Thrombosed giant

aneurysms are dynamic and unstable lesions. A non-interventional management is feasible, but

aneurysmal growth or recanalization may suggest the need for prompt approach.

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NÚMERO DO PAINEL: 52

Temário: Vascular

Título: VASOESPASMO CEREBRAL NÃO ANEURISMÁTICO

Instituição: SANTA CASA DE MISERICORDIA DE RIBEIRAO PRETO

Autores: IGOR DE SOUZA FURTADO; NICOLLAS NUNES RABELO; GEORGE DOS SANTOS PASSOS;

BRUNO NASCIMENTO BETTENCOURT; LUIZ ANTÔNIO ARAUJO DIAS;

Resumo:

Introdução: Vasoespasmo cerebral de origem não aneurismático tem grande importância clinica

por ser uma complicação bastante frequente, diante de trauma crânio encefálico, anemia

falciforme, malformação artério-venosa, tumor cerebral (principalmente os meningiomas de asa

do esferoide e hipófise, angulo ponto cerebelar), eclampsia, AVC, síndrome da vasoconstricção

cerebral reversível, enxaqueca e vasculite. Todas essas causas, como vasoespasmo

aneurismático, carrega significativa morbidade, mortalidade e necessita de cuidados

especializados. O vasoespasmo mais comum é a do traumatismo cranioencefalico (TCE), que

pode ser resultante de hemorragia subaracnóide traumática (HSAt), ou até mesmo por trauma

direto contra os vasos encefálicos “blast-induced”, a qual também oferece de forma

independente pior desfecho neurológico e funcional para a população vulnerável. Objetivos:

Realização de extensa revisão bibliográfica para obtenção de maiores informações a cerca da

epidemiologia, fisiopatologia, critérios diagnósticos e terapêuticos do vasoespasmo de origem

não aneurismática, destacando as principais diferenças e semelhanças com o vasoespasmo de

origem aneurismático. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando base de

dados Scielo, Pubmed, Science Direct, Medline. Foram excluídos artigos que mencionavam

sobre vasoespasmo aneurismático. Resultados: A incidência relatada de vasoespasmo

traumático varia de 19%-68%. O vasoespasmo de etiologia traumática pode ocorrer nos

primeiros 3 dias subsequentes ao trauma, tendo uma duração mais curta e limitada, porém pode

apresentar clinica importante, assim como as outras causas, cada um com fisiopatologia própria.

Hipertensão é o pilar do tratamento do vasoespasmo associado com HSAa. Deve ser utilizado

cuidadosamente em pacientes com TCE, e já os bloqueadores dos canais de cálcio não

apresentam benefícios, como no HSAa. Conclusão: A escassez de grandes estudos prospectivos

de coorte e de dados nível I de evidência, limita a capacidade para formar recomendações

baseadas em evidências sobre o diagnóstico, tratamento e compreensão fisiológica do

vasoespasmos não aneurismáticos.

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NÚMERO DO PAINEL: 53

Temário: Estudo anatômico e/ou via de acesso

Título: ABORDAGEM MINIMAMENTE INVASIVA PARA TUMORES DA REGIÃO LATERAL DA

ÓRBITA

Instituição: FACULDADE ASSIS GURGACZ

Autores: Daiany Villar da Silva; João Luis Corso Bandeira; Claudia Zanatta; Antonio Carlos de

Andrade Soares;

Resumo:

Introdução: os tumores da região orbital tem sua região e natureza variáveis. Há dois tipos

principais de abordagem cirúrgica sendo uma pela via transorbitária e outra pela via

extraorbitária. As Técnicas de imagem como tomografia e ressonância auxiliam na escolha da

abordagem dependendo da possível natureza da lesão, a relação com estruturas vizinhas e

principalmente sua localização anatômica. Objetivos: Apresentar um relato de caso sobre uma

abordagem minimamente invasiva para tumores da região lateral da órbita. Método: Estudo de

caso de uma paciente feminina de 49 anos, com tumor localizado na região lateral da órbita foi

realizado. Além da descrição de técnica cirúrgica, imagem pré e pós operatórias e clínica.

Resultados: Neste estudo é apresentado um caso de tumor de órbita em paciente feminina de

49 anos. Paciente relatava dor em região retro-orbitária direita, sem irradiação, de caráter

pulsátil acompanhada de náusea. Ao exame físico havia exoftalmia, sem alterações nos pares

cranianos, sem demais particularidades no exame. Solicitada ressonância magnética de encéfalo

que mostrou lesão expansiva em região intra orbitária direita, retrobulbar, sugerindo

hemangioma cavernoso. A abordagem do tumor foi feita da seguinte maneira: Após realizar

assepsia, anti-sepsia e colocação dos campos, paciente em decúbito dorsal, cabeça posicionada

em rotação lateral esquerda, foi realizado incisão pterional clássica direita, rebatido couro

cabeludo e realizado drilagem à 30º na parede lateral da órbita. Por este acesso, a exérese da

tumoração foi completa. No pós cirúrgico paciente apresentou paresia do sexto nervo craniano,

que melhorou, ficando assintomática após dois meses. Realizada nova ressonância magnética

de encéfalo que demonstrou ressecção completa da lesão tumoral e anatomopatológico

confirmou hemangioma cavernoso. Conclusão: Há a necessidade de inovação das técnicas

neurocirúrgicas, com o intuito de ter uma abordagem minimamente invasiva principalmente

para tumorações localizadas em áreas nobres do SNC, para que diminua os riscos de sequelas.

Com o devido estudo pode-se observar a boa evolução pós operatória da paciente, obtendo

resultado estético satisfatório e ressecção completa do tumor, podendo esta técnica ser

aplicada às tumorações semelhantes.

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NÚMERO DO PAINEL: 54

Temário: Estudo anatômico e/ou via de acesso

Título: ANEURISMA CEREBRAL COM DISSECÇÃO DE SEIO CAVERNOSO: RELATO DE CASO

Instituição: PUC GOIÁS

Autores: Ana Luisa Sabino de Campos Faria; Pedro Henrique Essado Maya; José Edison da Silva

Cavalcante; Joubert Borges de Almeida Junior; Roseane Lucena Marquez;

Resumo:

INTRODUÇÃO: Os aneurismas no segmento cavernoso da artéria carótida interna correspondem

a 2 a 9 % de todos os aneurismas intracranianos e são completamente extradurais,

apresentando um baixo risco de evoluir com hemorragia subaracnóidea espontânea, possuindo

assim uma morbimortalidade significativamente baixa. Sua etiologia pode ser idiopática,

traumática, iatrogênica ou infecciosa. A sintomatologia é variável e está associada ao tamanho

do aneurisma e trombose em seu interior, tendo especial importância a cefaleia intensa que

pode ser oriunda da compressão de nervos cranianos presentes no interior no seio cavernoso,

com dor retroorbitária ou alterações na motricidade ocular extrínseca. A dissecção do seio é

desafiante, podendo lesionar estes nervos. OBJETIVO: Relatar o caso de uma paciente com

aneurisma não roto em segmento não habitual pela topografia, com lesão indicativa nos pares

cranianos, atendida no Hospital Santa Mônica, e realizar uma breve revisão de literatura sobre

o tema. MÉTODOS: Os dados foram coletados do prontuário médico da paciente, mediante

autorização desta, além da utilização de artigos recentes acerca deste tema. RELATO DO CASO:

M.A. há um mês com cefaleia progressiva, tipo pulsátil em região fronto-temporal e retroocular

direita, ptose palpebral à direita e hiperalgesia em topografia de V1. Uso de analgésicos sem

melhora clínica (“a dor era tão intensa que ela cogitou a possibilidade de suicídio”). Exame físico:

ptose palpebral à direita, midríase fixa à direita, fotoreagente consensual, hiperalgesia em

topografia de V1, estrabismo divergente e fotofobia. Angiografia: aneurisma sacular do

segmento comunicante posterior da artéria carótida interna direita. RESULTADOS: Durante o

ato cirúrgico confirmou-se que o aneurisma dissecava o seio cavernoso. No pós-cirúrgico não

houve melhora da ptose palpebral e midríase fixa à direita, fotoreagente consensual, estrabismo

divergente e fotofobia, apenas do quadro álgico. Angiografia de controle mostrou ausência de

aneurisma residual no segmento comunicante posterior da artéria carótida interna direita.

CONCLUSÃO: A remoção de lesões, em especial aneurisma, dissecando o seio cavernoso são

desafiantes no campo da neurocirurgia em vista da dificuldade da preservação das estruturas

neurais e vasculares durante o ato cirúrgico, além da existência de poucos trabalhos científicos

pormenorizando este tema, o que torna este relato de caso de grande importância para o

conhecimento científico.

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NÚMERO DO PAINEL: 55

Temário: Estudo anatômico e/ou via de acesso

Título: FASCÍCULO LONGITUDINAL INFERIOR. É NECESSÁRIO A SUA PRESERVAÇÃO NAS LESÕES

DO LOBO TEMPORO OCCIPTAL?

Instituição:

Autores: Carlos Alexandre Zicarelli; Sergio Murilo Georgeto; Paulo Henrique Pires de Aguiar;

Francisco Spessatto Pesente; Célia Sarah Gava de Almeida Jorge;

Resumo:

Introdução: O fascículo longitudinal inferior (FLI) faz a conexão da parte anterior do lobo

temporal com o lobo occiptal. Corre lateralmente e inferiormente para o corno temporal do

ventrículo lateral. Descrito inicialmente em 1822 por Burdach, apresenta atualmente grande

interesse do que se diz respeito as cirurgias realizadas na região medial do lobo temporal.

Materiais e Métodos: Os autores realizam revisão da literatura através do banco de dados do

PUBMED e MEDLINE para enfatizar as correlações anatomo-funcionais do FLI, com imagens de

fibras brancas e pós processamento por tratografia em ressonância com tensos de difusão

Discussão: Segundo muitos autores a desconexão do FLI parece não trazer consequências na

qualidade de vida dos pacientes assim como o fascículo uncinado (FU). Outros autores advogam

a existência de eloquência do FLI preconizando a lobectomia temporal mais posteriormente

para evitar distúrbios de linguagem. Conclusão: O conhecimento anatomo-funcional do FLI pode

melhorar os resultados das lobectomias temporais.

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NÚMERO DO PAINEL: 56

Temário: Estudo anatômico e/ou via de acesso

Título: HIDROCEFALIA DE PRESSÃO NORMAL. ESPECTROSCOPIA É UMA ARMA DIAGNÓSTICA?

Instituição:

Autores: Carlos Alexandre Zicarelli; Sergio Murilo Georgeto; Paulo Henrique Pires de Aguiar;

Francisco Spessatto Pesente; Célia Sarah Gava de Almeida Jorge;

Resumo:

Introdução: A hidrocefalia de Pressão Normal (HPN) é definida pelo aumento ou dilatação do

sistema ventricular sem o aumento contínuo da Pressão Intracraniana (PIC). Material e

Métodos: Os autores enfatizam a realização pré-operatória com Ressonância Magnética com

Espectroscopia (RMespct) para melhorar a acurácia diagnóstica da HPN. Discussão: A HPN

caracteriza-se, tipicamente, por uma tríade clássica de apraxia de marcha, incontinência

esfincteriana e síndrome demencial. A demência causada pela HPN, diferentemente das

demências conhecidas, é a única que pode ser totalmente reversível após procedimento

neurocirúrgico. Porém apenas 65% apresenta a tríade clínica característica, com valor preditivo

negativo de 82%. Conclusão: A RMespect é útil para o diagnóstico de HPN evidenciando pico de

colina.

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NÚMERO DO PAINEL: 57

Temário: Estudo anatômico e/ou via de acesso

Título: RELATO DE CASO DE PACIENTE COM MÚLTIPLOS MENINGIOMAS

Instituição: FACULDADE ASSIS GURGACZ

Autores: Claudia Zanatta; Daiany Villar da Silva; João Luis Corso Bandeira; Antonio Carlos de

Andrade Soares; Cleiton Schweitzer Peron;

Resumo:

Introdução: Meningiomas são os tumores do sistema nervoso central primários mais comuns.

Os meningiomas múltiplos são definidos como presença de dois ou mais meningiomas em

diferentes localizações intracranianas, simultâneos ou não, excluindo-se a neurofibromatose.

Estudos demonstram prevalência entre 4,4% e 10,5% de todos os meningiomas. Objetivos:

Apresentar o relato de caso de paciente com múltiplos meningiomas. Método: Estudo de caso

de uma paciente com meningiomas múltiplos foi realizado. Além da clínica, imagem e

características histológicas. Resultados: Neste estudo é apresentado meningiomas múltiplos em

paciente de 42 do sexo feminino. A paciente apresentava distúrbio de conduta, bradpsiquismo,

cefaleia e história de crises tônico clônicas generalizadas. Relatava já ter sido submetida a duas

cirurgias cranianas para retirada de meningioma em 2003 e 2009. A paciente não apresentava

antecedentes pessoais ou familiares de neurofibromatose. Após exames de imagem sugerindo

tumorações em região frontal, foi submetida em 2010 a craniotomia bifrontal com incisão

bicoronal, ressecçao de grande parte da dura máter que continha varias nodulações tumorais.

Anatomopatológico confirmou a suspeita de meningioma meningoteliomatoso, sem sugerir

malignidade. A tomografia de crânio pós operatória demonstrou presença de nódulo

hiperdenso, hipercaptante em região frontal a esquerda e nódulo sólido de mesma

característica, em projeção do corno occipital do ventrículo lateral a direita. Retorna em 2013

com nova tomografia de crânio que demonstrava lesoes expansivas, realce após contraste, a

maior localizada no interior do ventriculo lateral direito, medindo 3,7 x 3,7 cm e presença de

outras mesmas lesoes com as mesmas características esparsas, com aspecto extra axial na

maioria. Submetida a nova cirurgia neste mesmo ano, com dissecção tumor intraventricular

após corticotomia temporoparietal direita posterior, resse cção da lesão arredondada 4cm de

diâmetro, intraventricular direita além de colocação de DVE a direita. Anatomopatológico

novamente confirmou meningioma, margens cirúrgicas livres com pelo menos um centímetro.

Paciente relatava visão turva e dificuldade auditiva bilateral, evoluindo bem no pós operatório,

com dislalia e sem maiores déficits. Conclusão: Com o devido estudo pode-se observar que

apesar de a paciente ter sido submetida a diversas cirurgias e ressecado diversos meningiomas,

evoluiu bem clinicamente sem maiores déficits.

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NÚMERO DO PAINEL: 58

Temário: Funcional

Título: EXTENT OF SURGICAL RESECTION PREDICTS LONG-TERM SEIZURE OUTCOME IN LOW-

GRADE GLIOMAS OF THE TEMPORAL LOBE.

Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (FAMERP)

Autores: Lucas Crociati Meguins; Carlos Umberto Pereira; Jean Gonçalves de Oliveira; Gerardo

Maria de Araújo Filho; Lúcia Helena Neves Marques;

Resumo:

INTRODUCTION: Epileptic seizures are a common manifestation of brain tumors, frequently the

presenting symptom and the main factor influencing quality of life. AIM: To present a surgical

series of patients with temporal LGG causing intractable epilepsy, focusing on long-term seizure

outcome. METHODS: A retrospective study was conducted with patients diagnosed with

temporal LGG. RESULTS: Sixty five patients with temporal LGG were operated in our institution.

Males were more affected than females and the mean age at surgery was 32.3±8.4 (9-68 years).

The mean age at seizure onset was 25.7±9.2 (11-66 years). After one year of follow up, forty two

patients (64.6%) were Engel I; seventeen (26.2%) Engel II; four (6.2%) Engel III and two (3.1%)

Engel IV. Statistically significant difference in seizure outcome was obtained when comparing

the extension of resection. Engel I was observed in 39 patients (69.6%) with total resection and

in only 3 (33.3%) patients with partial resection (Fisher exact test, p-value=0.0435).

CONCLUSION: Gross-total resection of temporal LGGs is a critically important factor in achieving

seizure-freedom.

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NÚMERO DO PAINEL: 59

Temário: Funcional

Título: FATORES PROGNÓSTICOS E RESULTADOS APÓS CORPO CALOSOTOMIA

Instituição: FUNDAÇÃO FACULDADE REGIONAL DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Autores: Rodrigo Anotnio Rocha da Cruz Adry; Lucas Crociati Meguins; Sebastião Carlos da Silva

Junior; Gerardo Maria Araujo Filho; Lucia Helena Neves Marques;

Resumo:

Introdução: Epilepsia refratária é uma condição debilitante que pode ser um desafio. Estudos

têm demonstrado que corpo calosotomia (CC) seria suficiente para melhorar as crises

generalizadas aliviando a gravidade das convulsões em vez de para erradicá-los. O objetivo deste

estudo é analisar o resultado das calosotomias em relação a tipos de crises e frequências, drogas

antiepilépticas utilizadas (DAE) e fatores que influenciam no resultado das convulsões e

complicações. Métodos: A análise foi realizada em todos os pacientes que foram submetidos a

CC entre 2003 e 2012 e foram seguidos por pelo menos um ano após a cirurgia. Os dados

referentes a seus tipos de crises e freqüências, foram analisados e os resultados dos exames,

deficiências associadas, tipo e número de DAE utilizados foram analisados. Resultados: Quarenta

pacientes foram submetidos a CC para a epilepsia intratável (21 homens; 52,5%) com idade

média de 13,8 anos. A maioria dos pacientes tinha mais de um tipo de crise. O número médio

de DAEs usados antes da CC foi 3,05 e 1,92 após um ano de acompanhamento. Fatores clínicos

e sociodemográficos foram analisados correlacionados a classe de Engel, como sexo,

lateralidade, idade, presença de déficit neurológico e disfunção cognitiva, Ressonancia

Magnetica e vídeo-eletroencefalograma (VEEG) anormalidades, a idade de início das crises,

duração da epilepsia e tipo e número de DAE utilizados. A disfunção cognitiva, alterações VEEG

e anormalidades na ressonância magnética teve uma significância estatística. Houve redução da

freqüência das crises por mês, sem grandes complicações pós-cirúrgicas neste grupo de

pacientes. Conclusão: O presente estudo observou que CC efetivamente reduziu a freqüência

de crises com um risco baixo pós-cirúrgico e melhorou frequência de crises, especialmente em

pacientes mais jovens e naqueles com tempo de doença mais curto.

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NÚMERO DO PAINEL: 60

Temário: Funcional

Título: LONGER EPILEPSY DURATION AND MULTIPLE LOBES INVOLVEMENT PREDICT WORST

SEIZURE OUTCOME OF PATIENTS WITH REFRACTORY TEMPORAL LOBE EPILEPSY ASSOCIATED

WITH NEUROCYSTICERCOSIS

Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (FAMERP)

Autores: Lucas Crociati Meguins; Carlos Umberto Pereira; Jean Gonçalves de Oliveira; Gerardo

Maria de Araújo Filho; Lúcia Helena Neves Marques;

Resumo:

INTRODUCTION: Neurocysticercosis (NCC) is an infection of the central nervous system and its

meninge coverings by the larval stage of the pork tapeworm Taenia solium. This tapeworm is

endemic in most low-income countries where pigs are raised, and continues to be one of the

most important causes of seizures in the world AIM: To investigate the surgical outcome of

patients with temporal lobe epilepsy associated hippocampal sclerosis (TLE-HS) and

neurocysticercosis (TLE-HS plus NCC). METHODS: A retrospective investigation was conducted

in a tertiary center of patients with TLE-HS. RESULTS: Seventy nine patients (62.2%) were Engel

I; thirty seven (29.1%) Engel II; six (4.7%) Engel III and five (3.9%) Engel IV. Fifty two patients

(71.2%) with ten years or less of epilepsy duration before surgery were seizure-free after one

year of operation, whereas 27 (50.0%) with more than ten years of epilepsy duration were

seizure-free after surgery (Fisher exact test, p=0.0121). forty three patients (72.9%) with three

or less lobes affected by NCC were seizure-free after one year of operation, while 36 patients

(52.9%) with more than three lobes involved were seizure-free after surgery (Fisher exact test,

p=0.0163). CONCLUSION: Longer epilepsy duration and multiple lobes involvement predict

worst seizure outcome in TLE-HS plus NCC.

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NÚMERO DO PAINEL: 61

Temário: Funcional

Título: TEMPORAL STEM ANALYSIS AFTER TRANSSYLVIAN SELECTIVE

AMIGDALOHIPOPCAMPECTOMY

Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP

Autores: Enrico Ghizoni; João Paulo Sant Ana Santos de Souza; Pamela Castro Pereira; Fernando

Cendes; Brunno Machado Campos;

Resumo:

Background: The transsylvian approach was described as a selective approach on the surgical

treatment of the mesial temporal lobe epilepsy (TMLE), with minimal damage to both neocortex

and temporal stem (TS) components. But, as far as we know, no paper about the long term

temporal stem consequences after transsylvian approach has been published. Purpose: The aim

of this study was to evaluate the anatomical consequences of this approach for the integrity of

the temporal stem and temporal neocortex in treatment of the TMLE. Methods: Patients with

mesial temporal lobe epilepsy submitted to the transsylvian approach were analyzed. DTI

analysis was performed in order to evaluate the inferior fronto-occipital fasciculus (IFOF), the

uncinate fasciculus (UF), and the optic radiation (OR) of the TS, and structural images were used

to evaluate the temporal neocortex. Patients were divided in two groups according the type of

transsylvian approach used, transinsular (TI) group and transuncus (TU) group. Results: The

images of 57 patients were analyzed. Temporal stem analysis showed complete interruption of

the UF in 54 patients (TI = 34 – TU = 20 – p > 0,05) and complete interruption of the IFOF in 30

patients (TI = 25 – TU = 5 – p = 0,0002). The remaining IFOFs showed no significant difference in

the number of voxels, number of fibers and FA of the IFOF between hemispheres submitted to

the TI and TU approaches, but there was significant difference (p < 0,001) when comparing the

FA of IFOF with healthy controls. In relation to the OR, there was no significant difference

between TU and TI concerning the number of voxels, number of fibers and FA, or complete

interruption. Discussion: Our results have shown an important damage to the anterior portion

of the temporal stem and an important compromise of the integrity of the remaining fibers,

suggesting some loss of function. Conclusion: A severe damage to the anterior portion of the

temporal stem was identified on patients submitted to the transsylvian approach to treat mesial

temporal lobe epilepsy, regardless of the approach used (TI or TU). Therefore, these approaches

are not as selective as expected.

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NÚMERO DO PAINEL: 62

Temário: Neurocirurgia Minimamente Invasiva

Título: CHALLENGES OF DIFFERENTIAL DIAGNOSIS BETWEEN NEOPLASTIC AND NON-

NEOPLASTIC BRAIN LESIONS IN RADIOLOGY.

Instituição: SANTA CASA DE RIBEIRÃO PRETO

Autores: LUCIANO JOSÉ DA SILVEIRA FILHO; NICOLLAS NUNES RABELO; BRUNO NASCIMENTO

BETTENCOURT; LUIZ ANTÔNIO ARAUJO DIAS; FERNANDO PLASTINA;

Resumo:

Introduction: Observation of multiple lesions in the skull computed tomography (CT) scan is

always cause for concern because of the frequent possibility of neoplastic etiology, although

granulomatous diseases, infectious, vascular, iatrogenic, demielinating, trauma, and parasitic or

not, and strokes can produce similar aspect on radiology. A wide range of non-neoplastic

conditions can mimic a brain tumor, both clinically and radiologically, representing a potential

pitfall for physicians involved in patient care. Objetive: The study‘s goal is to alert the possibility

of other neoplastic and non-neoplastic etiologies in the differential diagnosis of hypodense

lesions in non-contrast tomography, and discourse about each caracteristics. Methods:

Literature review using PubMed, MEDLINE, Google Scolar, Clinical Trials, EBSCO, Scielo, Topics

in radiology,. Were selected by 1986-2015 period. Results: Knowledge of various etiologies when

faced with multiple lesions on computed tomography allows the targeting of diagnosis and the

realization of this is of fundamental importance for the proper treatment, avoiding the

irradiation of non-neoplastic lesions and unnecessary surgeries. The lesions were most often the

neoplasm (74% to 86%), especially gliomas, followed by infections (8% to 15%) and infarcts (0.6%

to 6%), which represent non-neoplastic lesions. Conclusion: As a possible result of the relatively

high percentage of wrong diagnoses neuroradiological. Histological diagnosis should be

necessary most cases, because even RMI give some dificult to make diference of this lesions.

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NÚMERO DO PAINEL: 63

Temário: Neurocirurgia Minimamente Invasiva

Título: MULTIPURPOSE USE OF VENTRICULOSCOPE

Instituição: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

Autores: Angelo Guarçoni Netto; Leandro Ribeiro Chiarelli; Pedro Nunes Boechat; Jordan

Camara Moura; Carlos Eugênio Monteiro de Barros;

Resumo:

Objectives: Case report of a patient with Tuberous Sclerosis, Subependimal lesions,

Hydrocephalus and a Third Ventricular Colloid Cyst. Results: We describe the clinical and

radiological aspects of a patient with a strange and complex lesion in the third ventricle that

could be investigated and treated through endoscopy. And also the multipurpose use of

endoscopy in diagnose and treatment. Conclusion: Ventricular endoscopy is a safe and elegant

method of investigating and treating a variety of lesions in the ventricular cavities .

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NÚMERO DO PAINEL: 64

Temário: Neurocirurgia Minimamente Invasiva

Título: REMOÇÃO ENDOSCÓPICA DE CISTICERCO DENTRO DO IV VENTRÍCULO: APRESENTAÇÃO

DE 3 CASOS

Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL DOUTOR JOSE DE CARVALHO FLORENCE

Autores: Humberto Belém de Aquino; Fábio Jeandro Souza Magalhães; João dos Santos Louza

Neto; Marcelo Medeiros Felippe; Marília Fábia Bentivi Andrade;

Resumo:

Introdução: Neurocisticercose(NCC) é a mais frequente infestação parasitária do sistema

nervoso central (SNC). No Brasil é observado em 2% a 7,5% dos pacientes hospitalizados com

disfunção neurológica1,2. O envolvimento do sistema ventricular (SV) ocorre em 7% a 33% dos

casos, e se dá pela passagem do embrião hexacanto através dos capilares do plexo coróide. O

IV ventrículo é o mais frequente local de invasão do parasita, e apresenta uma significante taxa

de morbidade e mortalidade2. O quadro clínico é bastante diversificado e muitas vezes os

pacientes ficam assintomáticos por um longo período de tempo. Os cistos localizados dentro do

IV ventrículo podem causar hidrocefalia por aracnoidite ou por obstrução dos forames de saída

de liquido cefalorraquidiano (LCR)3. O implante de sistemas de derivação ventricular (SDV) ou a

abordagem direta do IV ventrículo por craniotomia da fossa posterior (CFP) são as formas mais

comuns de tratamento cirúrgico6. A remoção neuroendoscópica de cisticerco localizado dentro

do sistema ventricular (ventrículo lateral, III e IV ventrículos) representa um importante avanço

no tratamento desta infestação parasitária, onde recentemente se observa taxas crescentes de

sucesso7,8,9.Objetivo: Apresentamos 3 casos (casos 1,2,3) operados recentemente em nosso

serviço com cisticerco localizado dentro do IV ventrículo, todos documentados com tomografia

computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), onde descrevemos o quadro clínico de

apresentação de cada caso, o diagnóstico radiológico das imagens de TC e RM, a técnica

endoscópica usada nos 3 casos e os resultados obtidos. Método: Avaliamos os prontuários e os

vídeos das cirurgias dos 3 casos recentes de cisticercose localizada dentro do IV ventrículo

tratados, com neuroendoscópio rígido via transaquedutal, sendo 1 caso com introdução do

endoscópio dentro do IV ventrículo, e 2 casos com remoção por aspiração do cisto na entrada

do aqueduto cerebral. Resultados: Todos os pacientes operados por via transaquedutal para

remoção endoscópica de cisticerco do IV ventrículo obtiveram sucesso com esta abordagem.

Conclusão: Acreditamos que a remoção endoscópica transaquedutal de cisticerco dentro do IV

ventrículo deve ser a primeira opção de escolha de tratamento, em ventrículo dilatados. É uma

técnica considerada segura e pode ser executada rapidamente, expondo o paciente a um

mínimo de tempo cirúrgico e anestésico.

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NÚMERO DO PAINEL: 65

Temário: Neurocirurgia Minimamente Invasiva

Título: TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DE CISTO NEUROEPITELIAL DE LOCALIZAÇÃO TÁLAMO

MESENCEFÁLICA COM HIDROCEFALIA: NOTA TÉCNICA

Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL DOUTOR JOSE DE CARVALHO FLORENCE

Autores: Humberto Belem de Aquino; Fábio Jeandro Souza Magalhães; João dos Santos Louza

Neto; Marcelo Medeiros Felippe; Renan Salomão Rodrigues;

Resumo:

Introdução: Cistos neuroepiteliais ou ependimários localizados na região tálamo mesencefálica

são lesões de ocorrência rara, benigna, muitas vezes assintomática. São diagnosticados quando

exercem efeito compressivo no III ventrículo (relação de proximidade), devido a hidrocefalia do

tipo obstrutiva, ameaçadora a vida1,2. Tem origem em segmentos da parede do tubo neural,

que corresponde a locais de formação da tela coroideia. Exames microscópicos da parede do

cisto revelam uma variação de estruturas, com células ciliadas ou formas cuboides. Como um

cisto, o conteúdo líquido apresenta um baixo teor de proteína, que pode ser apreciado por

exame de ressonância magnética (RM)2,3. Devido a sua raridade, poucos casos são descritos na

literatura, principalmente na localização tálamo mesencefálica4,5 (similar ao caso apresentado),

e tratados por endoscopia5. Objetivo: Apresentamos o único caso diagnosticado nesta

localização em nosso serviço, que foi identificado após investigação de síndrome de hipertensão

intracraniana (cefaleia, vômitos e edema de papila), por exames radiológicos de tomografia

computadorizada do crânio (TC) e ressonância magnética (RM), com hidrocefalia do tipo

obstrutiva. Método: Relatamos o quadro clínico, apresentamos os exames radiológicos pré e

pós operatório imediato, descrevemos a técnica cirúrgica endoscópica adotada e registrada em

vídeo (terceiro ventriculostomia endoscópica e fenestração cisto - III ventrículo). Resultado: Com

a técnica endoscópica aplicada observamos melhora completa dos sinais de hipertensão

intracraniana, inclusive do edema de papila e restabelecimento do fluxo liquórico com

diminuição da ventriculomegalia. Conclusão: Acreditamos se tratar de uma técnica segura e que

deve ser aplicada nos casos que cursam com hidrocefalia.

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NÚMERO DO PAINEL: 66

Temário: Neurocirurgia Minimamente Invasiva

Título: USO DA ULTRASSONOGRAFIA NA NEUROCIRURGIA NO INTRA E PÓS OPERATÓRIO

Instituição: SANTA CASA DE MISERICORDIA DE RIBEIRAO PRETO

Autores: IGOR DE SOUZA FURTADO; NÍCOLLAS NUNES RABELO; BRUNO NASCIMENTO

BETTENCOURT; LUIZ ANTÔNIO ARAUJO DIAS; KOJI TANAKA;

Resumo:

Introdução: A ultrasonografia, é um exame barato e de fácil utilização. Tem ganhado grande

espaço na prática neurocirúrgica intra-operatória e pós operatória. Tem a capacidade de

localizar estruturas intracranianas, estimar extensão, limites, distância a partir da superfície,

relação dos principais vasos e seus fluxos para avaliar vasoespasmos, através do doppler. Faz

mensurações lineares da profundidade de estruturas ecogênicas, tamanho dos ventrículos e sua

relação com a lesão. Objetivo: Esse trabalho tem o objetivo de evidenciar a importância do uso

da técnica da ultrassonografia com doppler para prática diária intra e pós operatória da

neurocirurgia, como método barato e rápido, para auxiliar e guiar na programação cirúrgica,

tratamento e reconhecimento de complicações precocemente. Métodos: Foi realizada uma

revisão bibliográfica utilizando base de dados Scielo, Pubmed, Science Direct, Medline. No

decorrer da revisão foram selecionados artigos e publicações do período de 1884 à 2014. Foram

excluídos artigos que mencionavam uso de sonotrombólise, neuroestimulação ultra-sônico,

aspiração ultrassônica. Resultados: Ultrasonografia pode ajudar no planejamento de cirurgias

cerebrais como biópsia, endoscopia de base de crânio, localizar fluxo arteriais de fistula AV,

MAV, aneurismas, tumores vascularizados como hemangiomas e meninigiomas, massas como

abcessos e granulomas. Pode servir de auxilio em biópsias estereotáxicas, e drenagem de

hamatomas, localizaçoes de fístulas durais no pós operatório, guiar punções de alívio de

coleções epidurais de ferida operatória, bloqueio espinhal epidural, coleta de licor em cisternas

e na medula espinhal. Na doença de Parkinson, por exemplo, pode mostrar aumento da

ecogenicidade, ou hiperecogenicidade, na região da substância negra mesencefálica, presente

em mais de 90% dos casos, o que reflete disfunção da via dopaminérgica nigroestriatal. Útil

também, na programação de craniotomias cada vez mais econômicas e uma alternativa para

serviços que não estão disponíveis a neuronavegação. Conclusão: Pode-se concluir que uso do

método mencionado pode corroborar de forma inexorável a prática diária da neurocirurgia

tornando tanto a programação cirúrgica, quanto guia para tratamento das doenças e

complicações neurocirúgicas de forma mais precisa.

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NÚMERO DO PAINEL: 67

Temário: Neurocirurgia pediátrica

Título: CORREÇÃO INTRA-ÚTERO DE MIELOMENINGOCELE E COMPLICAÇÕES: RELATO DE CASO

Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

Autores: Telmo Augusto Barba Belsuzarri; Heitor Furlan Giordano; Camila Muramatsu Pereira;

João Flávio Mattos Araujo ;

Resumo:

Introdução: O estudo Management of Myelomeningocele mostrou que a cirurgia intra-

útero(CIU) de mielomeningocele(MMC) diminuiu as herniações e a necessidade de derivação

ventriculoperitoneal(DVP), melhorou a função motora e a capacidade de andar

independentemente. Evidenciou, porém, maior descolamento prematuro de placenta,

prematuridade e separação corioamniótica,. Após isso, a CIU passou a ser teoricamente a

melhor opção para quem preencher os critérios da cirurgia, porém ainda é questionável sua

aplicabilidade para o Brasil. Objetivo: Descrever um caso clínico de CIU de MMC, comparar as

complicações com a cirurgia pós-natal e com a realidade brasileira. Método: Foi realizado estudo

observacional descritivo com dados de prontuário e revisão bibliográfica. Relato: Na 24ª semana

de gestação, o ultrassom revelou Malformação de Chiari II com disrafia de L2 a S1. Na 26ª

semana, foi feita CIU em outro serviço. Após três dias, a gestante evoluiu com trabalho de parto

prematuro, amniorexe e cesárea. O RN nasceu com peso de 970g, perímetro cefálico(PC) de

26,5cm, doença da membrana hialina(DMH) grau II/III. Apresentou icterícia precoce, convulsão,

anemia, infecção ovular e reflexo plantar ausente. Evoluiu com broncodisplasia pumonar(BDP)

e importante hidrocefalia (índice ventricular de 0,67 ao USTF). Após elevação do PC(35cm) e

ganho de peso(1735g) é feita DVP no 60º dia. Apresentou no 14ª dia pós-operatório deiscência

em região retroauricular, suspeita de meningite e retirou-se a DVP. Conclusão: Este caso clínico

evidencia uma evolução desfavorável da CIU. Não preveniu a hidrocefalia, déficit motor e DVP,

além do mais apresentou DMH que, somada ao longo tempo de intubação em UTI, provocou

BDP. Elevou-se ainda mais o custo da dispendiosa doença, o custo de vida útil total de cuidados

a uma criança com espinha bífida é estimado em US$ 560,000 nos EUA. De acordo com o MMC

Maternal-Fetal Management Task Force, seriam condições ideais: centro de terapia fetal

acreditado, eficaz gestão perioperatória, cuidados a longo prazo, aconselhamento familiar,

relatórios dos resultados e amplo acesso. No Brasil, as UTIs possuem taxas de infecção hospitalar

entre 18,9 a 57,7%, nos países desenvolvidos é de 8,4 a 26%, o acesso ao procedimento é

limitado e os relatórios dos resultados são ainda poucos, não havendo parâmetros reais quanto

aos benefícios ou malefícios da cirurgia.

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NÚMERO DO PAINEL: 68

Temário: Neurocirurgia pediátrica

Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES PEDIÁTRICOS SUBMETIDOS À CRANIECTOMIA

DESCOMPRESSIVA APÓS TRAUMATISMO CRANIANO

Instituição: UNIVERSIDADE POSITIVO

Autores: Soraia Heloise Benassi; Alan Bueno; Joseph Franklin Chenisz; Cristina Terumi Okamoto;

Carlos Frederico Oldenburg Neto;

Resumo:

O trauma crânio encefálico (TCE) é uma das principais causas de morte traumática de crianças

em países em desenvolvimento. Apesar de poucos casos serem graves, em média 70 % destes,

evoluem para hipertensão intracraniana. A craniectomia descompressiva é uma técnica utilizada

para tratamento da hipertensão intracraniana pós-traumática refratária ao tratamento

conservador, e suas indicações, complicações e efetividade ainda não bem descritas para a

população pediátrica. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes pediátricos,

submetidos à craniectomia descompressiva por aumento de pressão intracraniana decorrente

de traumatismo craniano. Método: Trata-se de um estudo Observacional Descritivo-Analítico

Retrospectivo, realizado através da análise de prontuários de pacientes pediátricos submetidos

à craniectomia descompressiva no período de 2003 a 2013, no Hospital do Trabalhador de

Curitiba-PR. Resultados: foram analisados 188 prontuários de pacientes de 0 a 16 anos que

sofreram traumatismo cranio-encefálico. Crianças do sexo masculino foram maioria, com

62,23%. A idade mais acometida foi 9 anos, e a média 7,24 anos. Atropelamento foi maioria com

49,47%. A taxa de óbitos total foi 7,44%. Tratamento cirúrgico em crânio foi realizado em 33,51%

dos pacientes, dentre esses 7,98% (15 casos) craniectomia descompressiva. Para estes, a

indicação cirúrgica não foi descrita precisamente no prontuário, tampouco o tempo decorrido

até o ato cirúrgico. A média de idade para esse procedimento foi 9,2 anos. Sequela neurológica

foi descrita em 26,67%; 13,33% tiveram fístula liquórica pós-cirúrgica; todos receberam alta com

ECG 15 e a taxa de óbitos foi de 26,67%.

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NÚMERO DO PAINEL: 69

Temário: Neurocirurgia pediátrica

Título: PNEUMOENCEFALO RETROCLIVAL CAUSANDO PARALISIA BILATERAL DO NERVO

ABDUCENTE EM CRIANÇA – RELATO DE CASO

Instituição: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO

Autores: Aline Lariessy Campos Paiva; Guilherme Brasileiro de Aguiar; Milton Hikaro Toita;

Vinicius Ricieri Ferraz; João Luiz Vitorino Araujo;

Resumo:

INTRODUÇÃO: O trauma cranioencefalico (TCE) é lesão pouco comum na população pediátrica

quando comparado a incidência entre adultos. Geralmente nas crianças o quadro clínico é

oligossintomático por se tratarem de lesões de baixa energia que não evoluem com TCE grave e

apresentam boa evolução. Entre estas lesões, os traumas que causam alterações em fossa

posterior são ainda mais raros, entretanto geralmente manifestam-se com quadro neurológico

mais exuberante, deterioração clínica precoce e consequente maior morbimortalidade.

OBJETIVO: Apresentar caso atípico de TCE na faixa etária pediátrica RELATO DE CASO:

Apresentamos o caso de uma criança do sexo masculino de 12 anos que foi vítima de TCE por

trauma direto (impacto de ônibus em movimento no crânio do paciente), sem perda de

consciência na ocasião, mas que se manifestou com alteração de nervos cranianos e cefaleia. A

criança apresentou-se com diplopia, paralisia facial periférica à direita e estrabismo

convergente. Na tomografia de crânio foi evidenciada presença de várias regiões com

pneumoencéfalo, sendo um deles localizado na região retroclival (este provavelmente foi o que

causou lesão bilateral dos nervos abducente com consequente paralisia dos músculos

inervados). A criança permaneceu em observação neurológica por 72h, recebendo analgesia e

oxigênio sob máscara e apresentou boa evolução, com regressão da cefaleia, mas manteve a

paralisia facial e o estrabismo convergente na alta. CONCLUSÃO: O TCE em crianças apesar de

menos frequente e geralmente menos grave, pode causar manifestações clínicas incomuns,

principalmente pelas diferenças anatômicas nesta faixa etária.

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NÚMERO DO PAINEL: 70

Temário: Neurocirurgia pediátrica

Título: PRIMARY INTRAMEDULLARY MULTIFORME GLIOBLASTOMA IN CHILDREN: CASE REPORT

Instituição: PUC GOIAS

Autores: Fernanda Mendonça Galvão; Denismar Borges de Miranda; Maria Tereza Galvão

Guiotti; Murilo Galvão Guiotti;

Resumo:

Introduction: Glioblastoma multiform, GBM, is classified as grade-IV astrocytoma, more

common in adults ≥50 years old. It is rare in children but affects them in the first decade of life.

Spinal cord tumors in children account for less 1% of all CNS tumors. Of these, 35% there are

classified as low-grade intramedullary (ependymomas and astrocytomas) and 1-3% are high-

grade glioma (GBM). Aimed to report the case of a child with primary GBM intramedullary

submitted to neurosurgery. Method: a case report about the evolution of a child with

intramedullary primary GBM. Literature review supported the discussion of the case. Result: a

10 years old female student, without comorbidities, in use of hGH for idiopathic failure for 10

months. She reported severe headache complaints persistent for 4 months, history of falls and

convulsive seizure. When hydrated physical examination, ruddy, afebrile, eupneic, verbalizing

and wandering. Bilateral of patellar arreflexia. Normal fundus. Standard laboratory tests with

RM confirming hydrocephalus and expansive intramedullary mass topography of T9-T11.

Submitted to ventricle-peritoneal shunt and laminectomy with subtotal resection of infiltrative

intramedullary lesion; uneventful procedure. Biopsy, histopathological and

immunohistochemical confirmed GBM. She passed in the immediate post-operative with

biosphincteric changes and driving force of the lower limbs, making it difficult walking. It evolved

with urinary tract infection (Escherichia coli multidrug-resistant) and recurrence of

hydrocephalus, being underwent to new leads. Only six months later began radiotherapy

sessions. She showed memory impairment and behavior with metastatic brain lesions 4 months

ago. Despite the possibility of neurosurgery, family opted for supportive treatment. Conclusion:

the spinal cord is a rare place of pediatric GBM with average survival of one year. The multimodal

therapy includes maximal resection followed by radiation damage with / without chemotherapy,

which has been shown to improve prognosis. In this case, the subtotal resection was due to

infiltrating characteristic of the lesion. The absence of chemotherapy, the use of which is still

undefined in cases of GBM, justified by the patient presents insulation multidrug-resistant

bacteria in the urine. Supportive therapy is well indicated, given the relief of symptoms and

improvement of neurological function, keeping the patient in family life.

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NÚMERO DO PAINEL: 71

Temário: Neurocirurgia pediátrica

Título: TRATAMENTO DA ESPASTICIDADE SECUNDÁRIA À PARALISIA CEREBRAL EM CRIANÇAS

Instituição: UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

Autores: Vanessa de Paula Tersi; Valéria Marques Figueira Muoio Ciolfi Pinto; João Vitor da Cruz

Garcia;

Resumo:

Resumo A espasticidade, secundária ou não à paralisia cerebral, representa um enorme impacto

negativo na qualidade de vida e desenvolvimento neurológico, social e emocional das crianças

por ela acometidas. Frequentemente o tratamento conservador (medicamentoso e

fisioterápico) não alcança os objetivos terapêuticos, e portanto, a abordagem cirúrgica deve ser

preconizada. Este trabalho revisa o tratamento cirúrgico da espasticidade secundária à paralisia

cerebral e propõe um fluxograma de tratamento. Introdução A Paralisia Cerebral é definida

como sequela de uma agressão encefálica, que se caracteriza por um transtorno persistente do

tônus, da postura e do movimento, que aparece na primeira infância e que não só é diretamente

secundário a esta lesão não evolutiva do encéfalo, senão devido, também, à influência que tal

lesão exerce na maturação neurológica. É uma encefalopatia crônica não evolutiva associada a

sintomas motores e a outros quadros clínicos com etiologia muito variável. A Paralisia cerebral

é a causa mais comum de espasticidade em crianças, e é consideravelmente prevalente entre

crianças, especialmente nos países em desenvolvimento. Apesar disto, poucos profissionais

reconhecem e tratam adequadamente a Espasticidade, privando tais pacientes do máximo

desenvolvimento das suas potencialidades. Métodos Realizado levantamento bibliográfico

sobre o tratamento da espasticidade secundária a Paralisia cerebral,em crianças, nos últimos 10

anos. Resultados A anamnese rigorosa e o estabelecimento da paralisia cerebral como causa de

espasticidade são imperativos.O tratamento inicial, via de regra, é composto por drogas

miorrelaxantes, como baclofeno e a toxina botulínica. Para os casos onde a terapia

medicamentosa é falha, ineficiente ou tóxica, indicam-se procedimentos como as osteotomias,

os implantes de bombas de fármacos e as Rizotomias dorsais seletivas.Cada um destes

tratamentos pode ser feito isoladamente ou combinado com as outras modalidades, de acordo

com as necessidades da criança. A manutenção e precocidade da fisioterapia são fundamentais.

Considerações finais O tratamento da espasticidade em crianças portadoras de paralisia cerebral

é complexo e pouco praticado.Deve ser feito de forma cautelosa e individualizada, levando-se

em consideração idade, grau de comprometimento e comorbidades, e regiões acometidas. Uma

equipe multidisciplinar habituada à complexidade da doença é fundamental para a melhora do

desempenho neurológico destas crianças.

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NÚMERO DO PAINEL: 72

Temário: Neurocirurgia pediátrica

Título: TUMORES TALÂMICOS PEDIÁTRICOS: REVISÃO DA TOPOGRAFIA, ACESSO CIRURGICO E

HISTOPATOLOGIA

Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

Autores: Cristina Góes Schaurich; Sergio Cavalheiro; Patricia Alessandra Dastoli; Andrea

Capellano; Najla Saba Silva;

Resumo:

OBJETIVO: Revisar e descrever a anatomia e os acessos cirúrgicos realizados para a abordagem

dos tumores talâmicos operados no Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP GRAACC),

ecorrelacionar a topografia com a histopatologia e o índice de sobrevida MATERIAIS E MÉTODOS

: Estudo retrospectivo de prontuários, imagens e lâminas de 31 pacientes submetidos a cirurgia

para retirada de lesão expansiva em topografia talâmica do Instituto de Oncologia Pediátrica -

GRAACC/ UNIFESP no período entre 2000 a 2014 com idade inferior a 18 anos e análise dos

seguintes dados: via de acesso cirúrgico, topografia talâmica da lesão (anteromedial,

anterolateral, posterolateral e posteromedial), histopatologia e curva de sobrevida. CRITERIOS

DE EXCLUSAO : pacientes que não apresentavam as informações completas no prontuário, assim

como imagem pré e/ou pós-operatória disponível. RESULTADOS:31 pacientes, 15 F(48,4%),

idade média 9 anos (+/- 4 ),15 (48.4%) tálamo direito e 3(9,7%) bitalamicos. TOPOGRAFIA:

9(29%) anteromediais, 4(12,9%) anterolaterais, 8(25,8%) posterolaterais e 7 (22,6%)

posteromediais. HISTOPATOLOGIA: 12(38,7%) astrocitoma grau 1; 4 12,9%) astrocitoma grau 2,

4(12,9) astrocitoma grau 3; 2 6,5%) Glioma baixo Grau e 11(35,5) glioma de alto grau. ACESSOS:

7(22,6%) via endoscópica, supracerebelar em 3(9,7%), parietoociptal 7 (22.6%), transtemporal

3 (9,7%), frontal transcortical em 5 (16,1%), transcaloso 6 (19,4%). Foi considerado excisao

completa (>90% da lesão) em 11(36,7) dos casos, excisão incompleta (<90% da lesão) em

14(46,7%) dos casos e biopsia em 5 (16,7%).TOPOGRAFIA VS HISTOLOGIA: 63% dos Astrocitomas

grau 1 foram associados a topografia anterior ( likelihood ratio 0,004); 27% dos astrocitomas

grau 3 asscociados a topografia posterior (likelihood ratio 0,011), 47% dos gliomas de alto graus

(glioblastomas) foram associados a topografia posterior (likelihood ratio 0,206). Associação

valida entre gliomas de baixo grau e topografia anterolateral em 33,3% dos casos (Qui-Square

0,007) e entre glioma de alto grau e topografia posteromedial em 7 casos, 100% dos gliomas de

alto grau com topografia posterior (Qui-Square 0,007). SOBREVIDA: tumores de baixo graus nao

tivemos nenhum evento de óbito (p=0,043), tumores de alto grau a sobrevida media encontrada

foi de 16 meses nos astrocitoma grau 3 (p=0,032) a 18 meses no glioblastoma (p= 0,043). Índice

de mortalidade de 33,3% (10 casos) com media de sobrevida total de 33 +/- 36 meses.

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NÚMERO DO PAINEL: 73

Temário: Tumores

Título: ACESSO TRANSFALCINO INTERHEMISFÉRICO PARA TUMORES DE PINEAL – NOTA TÉCNICA

Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Autores: Iracema Araújo Estevão; Paulo Henrique Pires De Aguiar; Marcos Vinicius Calfat

Maldaun; Tatiana Peres Vilasboas Alves; Carlos Tadeu Parisi De Oliveira;

Resumo:

Introdução: A pineal é uma glândula de formato elíptico localizada sobre a lâmina quadrigêmea

na porção posterior do terceiro ventrículo. Os tumores da região pineal constituem um desafio

importante para o neurocirurgião experiente e atualmente são necessários vários recursos

tecnológicos para a remoção destes tumores. Os tipos de abordagens cirúrgicas são três: 1 –

supracerebelar, infratentorial; 2- suboccipital inter-hemisférico justatentorial ou transtentorial;

3 – combinado. Nesta nota técnica é descrito uma nova abordagem cirúrgica para os tumores

de pineal, realizando um acesso transfalcino, supra-tentorial inter-hemisférico. Objetivo:

Descrever a técnica do acesso transfalcino inter-hemisférico para a lâmina quadrigêmea e

relatar o caso de dois pacientes operados por essa técnica. Casuística e Métodos: Foram

analisadas as informações clínicas, tomográficas e de ressonância magnética de onze pacientes

submetidos à cirurgia por um mesmo grupo de cirurgiões com a utilização do acesso descrito

para cirurgia de tumores da pineal. Resultados: Foram operados onze casos com a utilização da

técnica descrita tendo resultado satisfatório do acesso cirúrgico, permitindo boa visualização do

campo operatório pelo cirurgião. Em 0% dos casos houve infarto venoso. Conclusão: A escolha

do acesso cirúrgico dependerá essencialmente do ângulo da superfície tentorial do cerebelo

visto na ressonância de perfil com a linha perpendicular, saindo da torcula. Se o ângulo for maior

que 45º o acesso poderá ser o supracerebelar infratentorial em posição semi-sentada, caso

contrário, as dificuldades técnicas para este acesso tornam o acesso infraoccipital justa tentorial

mais fácil para se acessar a região. Quando o ângulo é muito agudo normalmente é feito o acesso

transtentorial, mas para tumores pequenos a visão do cirurgião pode ser muito limitada.

Segundo a experiência dos autores quando o ângulo formado pela perpendicular vertical saindo

da tórcula com a linha sobre a superfície tentorial for menor que 45º é preferível o acesso

transfalcino inter-hemisférico permitindo ao cirurgião um bom campo-visual.

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NÚMERO DO PAINEL: 74

Temário: Tumores

Título: ADENOCARCINOMA VESICAL METASTIZANDO PARA COLUNA TORÁCICA

Instituição: FCM-CG

Autores: Viviane Fernandes Feitoza; Amauri Pereira da Silva Filho; David Plácido Lopes Júnior;

Isabela Carvalho de Aquino; Rebecca Soares de Oliveira;

Resumo:

Introdução:O adenocarcinoma vesical é um tumor raro, frequentemente caracterizado por ser

diagnosticado tardiamente. O tratamento é agressivo e o prognóstico restrito. Se classificam em

primários, de uraco e metastáticos (este sendo o mais comum). Apesar disso, há poucos relatos

de metastização vertebral. Objeitvo:Relatar o caso de um homem com metástase vertebral de

um adenocarcinoma vesical. Método: Relato de caso. Resultados: Masculino, 64 anos,

previamente hígido, evoluiu com dorsalgia importante, paraparesia crural com nível sensitivo

T5. Quadro clínico ainda apresentou retenção urinária e constipação. Iniciou-se investigação

imaginológica com RM de coluna torácica evidenciando lesão infiltrativaT5-T6 associada a

importante compressão medular sugestivo de metástase. O tratamento cirúrgico foi indicado,

sendo feita a laminectomia T5-T6 mais fixação da coluna. Foi realizada biópsia de corpo vertebral

cujo resultado do histopatológico mostrou lesão secundária à Adenocarcinoma Vesical. O

paciente foi, então, encaminhado para tratamento quimioterápico e seguimento de lesão

vesical. Conclusão: No caso apresentado, encontramos uma rara complicação associada ao

adenocarcinoma vesical, com acometimento vertebral. A forma mais eficaz de conduzir esse

tratamento ainda é discutida na literatura.

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NÚMERO DO PAINEL: 75

Temário: Tumores

Título: ATYPICAL TERATOID RHABDOID TUMOR IN A CHILD

Instituição: FAMERP

Autores: Fernando Seiji Suzuki; Lucas Crociati Meguins; Ronaldo Brasileiro de Miranda Batista

Fernandes; Ricardo Lourenço Caramanti; Mário José Góes;

Resumo:

Atypical teratoid/rhabdoid tumor (ATRT) is a rare and aggressive type of embryonal tumor of

the central nervous system (CNS) occurring in childhood. The present study aims to describe the

case of a 16-year-old girl who presented with an occipital mass lesion that was diagnosed as

ATRT. We present a brief review of the current knowledge of the treatment of this rare

neoplasm. A previously healthy 16-year-old girl was referred after two episodes of partial

complex seizure 2 weeks before admission. MRI showed a right parieto-occipital lesion with

homogeneous contrast-enhancing and significant surrounding brain edema. The patient

underwent uneventful surgical resection of the lesion and was discharged home on the fifth

postoperative day. Pathologic examination revealed it to be ATRT. The patient was referred to

chemother- apy and radiotherapy. After 6 months of follow-up, the patient remains free of

seizure and disease progression. ATRT is a rare and aggressive disease. Therefore, early diagnosis

and treatment may improve the patient’s prognosis and quality of life.

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NÚMERO DO PAINEL: 76

Temário: Tumores

Título: AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA DOS PRIMEIROS 32 PACIENTES OPERADOS POR VIA

ENDOSCÓPICA TRANSESFENOIDAL EM UM HOSPITAL DE ENSINO

Instituição: UNOESTE

Autores: Gabriel Chaves da Silva; Felipe Franco Pinheiro Gaia; Antônio Fernandes Ferrari; Marco

Aurélio Franco de Godoy; Monique de Oliveira Ceranto;

Resumo:

Introdução: Os adenomas da hipófise compreendem 10-15% dos tumores intracranianos,

representando a neoplasia neuroendócrina benigna mais comum do sistema nervoso central.

São classificados como não secretores e secretores, e também de acordo com o tamanho, sendo

os menores de 10mm denominados microadenomas e os maiores, macroadenomas. Os

sintomas dos macroadenomas frequentemente recorrem do efeito de massa e compressão de

estruturas neurais. A classificação de extensão tumoral proposta por Knosp envolve o seio

cavernoso, e é baseada em exames de ressonância magnética, exclusivamente relacionada a

extensão lateral dos tumores hipofisários. O tratamento de escolha para os adenomas da

hipófise é a cirurgia de ressecção transesfenoidal endoscópica. Neste trabalho, foi abordada

uma série de variáveis importantes para o direcionamento cirúrgico e seguimento de cada caso.

Existem diversas complicações pós-operatórias, tendo como principais a diabetes insipídus e a

fístula liquórica. Objetivo: Expor a epidemiologia, resultados e taxas de complicações dos

pacientes operados por via endoscópica transesfenoidal. Metodologia: Revisão retrospectiva de

prontuários médicos de pacientes submetidos à cirurgia transesfenoidal endoscópica de

adenoma de hipófise, no período de 2011 à 2015 em hospital de ensino. Resultados: Foram

revisados prontuários de 32 pacientes, com idades variando entre 14 e 84 anos, somando um

total de 35 cirurgias de ressecção transesfenoidal de adenoma de hipófise. Destes pacientes

68,75% são homens e 31,25% mulheres. Dos pacientes operados, 97,14% eram macroadenomas

e 2,85% microadenomas. Dentre as complicações, as mais comuns foram diabetes insípidus

(37,14%) e fístula liquórica (22,85%). A taxa de óbito foi de 5,71%. Conclusão: Os dados obtidos

neste estudo de prontuários são condizentes com os encontrados na literatura revisada,

contudo, as taxas de complicações foram maiores do que as relatadas em literatura, pois estes

representam os primeiros casos operados, justificados dessa forma, pela curva de aprendizado.

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NÚMERO DO PAINEL: 77

Temário: Tumores

Título: CISTO LIQUÓRICO SUBHEPÁTICO: COMPLICAÇÃO DE DERIVAÇÃO VENTRÍCULO

PERITONEAL EM HIDROCEFALIA SECUNDÁRIA A TUMOR DE III VENTRÍCULO - RELATO DE CASO

Instituição: FACULDA DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: David Plácido Lopes; David Plácido Lopes Júnior; Franklin Melo Peixoto; Igel de Souza

Aquino;

Resumo:

Introdução: A hidrocefalia é caracterizada pelo acúmulo anormal de líquido cefalorraquidiano

(LCR) nas cavidades ventriculares, levando à dilatação das mesmas e aumento da pressão

intracraniana. A hidrocefalia surge a partir de três alterações fundamentais: aumento da

produção do líquor, resistência à circulação e diminuição da absorção, tendo às vezes como

causa algum estado mórbido subjacente como tumores, infecções ou hemorragias

intracranianas, entre outros. O método de tratamento mais usado na hidrocefalia é a derivação

ventrículo-peritoneal (DVP) com válvula, ocorrendo como complicações mais frequentes o mau

funcionamento do sistema e infecções. Complicações abdominais estão presentes em até 25%

dos casos, a exemplo de perfuração de vísceras, obstrução do cateter pelo epíplon, penetração

do cateter no escroto e, mais raramente, cistos intraperitoneais. Objetivo: Relatar cisto liquórico

intraperitoneal subhepático como complicação pós-cirúrgica de DVP. Métodos: Relato de caso.

Resultados: ZRSC, feminino, 43 anos, enfermeira, admitida com cefaléia progressiva, sobretudo

matinal, com início há 2 meses, associada a déficit de memória e distúrbio de marcha.

Tomografia computadorizada (TC) cerebral foi inconclusiva, já a Ressonância Magnética (RM)

evidenciou lesão cística e componente sólido pequeno no terceiro ventrículo com extensão para

ventrículo lateral direito e presença de hidrocefalia. Foi submetida à microcirurgia para

ressecção do tumor (ependimoma grau II, segundo histopatológico) e colocação de derivação

ventricular externa. RM de controle evidenciou lesão residual no terceiro ventrículo, sendo

realizada radioterapia, porém, devido à permanência da hidrocefalia foi implantada uma DVP

com válvula com conseqüente remissão da dilatação ventricular. Após a alta, evoluiu com dor

abdominal persistente e TC abdominal revelou coleção liquida subhepática. Realizada

laparoscopia que confirmou a presença de cisto liquórico subhepático por bloqueio do cateter

da DVP, sendo o cisto drenado e o cateter da DVP reposicionado. Após alta paciente retorna às

atividades, tendo atualmente vida ativa em casa e no trabalho. Conclusão: Cistos sub-hepáticos

são pouco descritos na literatura como complicações relacionadas à cirurgia de DVP, porém,

devem ter seu diagnóstico e intervenção precoce devido a riscos de piora de prognóstico

relacionados, principalmente, a abdome agudo.

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NÚMERO DO PAINEL: 78

Temário: Tumores

Título: ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE METASTÁSES

VERTEBRAIS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM NEUROCIRURGIA

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: Miriam Lucia Galvão Lucena; Amauri Pereira da Silva Filho; Anne Jamille Ribeiro

Sampaio; Larissa Pinto de Farias Tenório; Pammela Dayana L.C. Machado;

Resumo:

Introdução: Doença Vertebral Metastática (DVM) é uma patologia que vem se apresentando

com frequência e caracteriza-se por lesões que geram prejuízo na qualidade de vida do paciente,

devido à dor que é causada pela instabilidade mecânica e por disfunções neurológicas. As

principais complicações da DVM são a compressão nervosa e a fratura patológica, que,

geralmente, é combinada com lesão neurológica e dor. A coluna vertebral é o local mais comum

de metástases ósseas, sendo mais frequente no segmento torácico (60 a 80%), seguido pelo

lombossacral (15 a 30%). Os principais tumores primários que causam metástases

toracolombares são de mama, de pulmão, de próstata e de rim. Objetivo: Determinar o perfil

epidemiológico dos pacientes com metástases vertebrais em um hospital terciário. Método:

Trata-se de um estudo retrospectivo, de caráter descritivo, com abordagem quantitativa dos

dados de 15 prontuários de pacientes internados com diagnóstico de metástase vertebral, no

período de janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Os dados foram coletados a partir de um

formulário padrão e organizados em planilha do Microsoft Excel 2007. Resultados: O gênero

feminino predominou, representando 60% dos casos (n= 9). A faixa etária de maior prevalência

foi de 60 anos, com 46,7% (n= 7), seguida de pacientes entre 45 e 60 anos, com 6 casos (40%).

A topografia mais comum foi o seguimento torácico, com 80% dos casos (n= 12); o seguimento

lombossacral surgiu a seguir, com 4 pacientes (26,6%) e em 2 pacientes foram encontradas

metástases múltiplas. Quanto ao sítio primário, os principais foram pulmão, mama e local

indefinido, todos com três casos cada; mieloma múltiplo apresentou 2 casos, assim como

próstata. Segundo a escala de Frankel modificada, 50% dos pacientes deram entrada no serviço

classificados como A, tendo dor como principal sintoma. O tratamento cirúrgico foi indicado em

14 casos. As complicações mais comuns foram: infecção do trato urinário (53,3%), trombose

venosa profunda (33,3%), pneumonia (33,3%) e sepse (40%). Conclusão: As metástases para

coluna vertebral são comuns e constituem-se em uma emergência médica quando causam

compressão da medula. A incidência das mesmas está aumentando, tendo em vista o aumento

da sobrevida dos pacientes com câncer.

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NÚMERO DO PAINEL: 79

Temário: Tumores

Título: FORMA TUMORAL DE NEUROCISTICERCOSE – RELATO DE CASO

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO

Autores: Aline Lariessy Campos Paiva; João Miguel de Almeida Silva; Guilherme Brasileiro de

Aguiar;

Resumo:

OBJETIVO O relato tem como objetivo descrever um caso incomum de Neurocisticercose que

simulou uma neoplasia de Sistema Nervoso Central (SNC). RELATO Paciente do sexo masculino,

59 anos, apresentou-se com relato de cefaleia de forte intensidade com piora progressiva há 6

meses e hemiparesia à direita semanas antes da avaliação inicial. Neste momento apresentava

ainda disfasia, sinais de liberação piramidal, com sinal de Babinski presente à direita. Na

investigação complementar for realizada RNM encéfalo que evidenciou lesão heterogênea

frontotemporal esquerda, sólido-cística, com efeito de massa e desvio das estruturas de linha

média, edema e compressão do ventrículo lateral adjacente. Neste momento levantou-se como

principal hipótese diagnóstica neoplasia primária do SNC e optou-se por abordagem

neurocirúrgica. Durante o procedimento foi evidenciado que a lesão era composta por

cisticercos (o que foi confirmado pela análise histopatológica). CONCLUSÃO A neurocisticercose

é uma doença endêmica no Brasil e uma das principais causas de epilepsia em adultos. Pode ser

assintomática ou se manifestar com déficits neurológicos focais, hidrocefalia ou crises

convulsivas. Quando há lesões intraventriculares e multicísticas o tratamento com

antiparasitários não é eficaz. Logo, nestes casos e quando há importante efeito de massa como

neste paciente, o tratamento neurocirúrgico está indicado.

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NÚMERO DO PAINEL: 80

Temário: Tumores

Título: GLIOBLASTOMA MULTIFORME CEREBELAR EM ADULTO: RELATO DE CASO

Instituição: FAMERP

Autores: Linoel Curao Valsechi; Lucas Crociati Meguins; Filipe Guirelle Silva; Fernando Seiji

Suzuki; Matheus Rodrigo Laurenti;

Resumo:

Introdução: Glioblastoma multiforme (GBM) é o tumor primário do sistema nervoso central mais

comum em adulto, porem apenas 1% localiza-se no cerebelo.Trata-se de tumor extremamente

maligno com baixa sobrevida apesar das medidas instituídas. Objetivo: Relato de um caso de

GBM cerebelar em adulto em um hospital universitário do interior paulista. Relato do caso:

Paciente masculino, 64 anos, admitido com historia de tontura, náuseas, vômitos e alteração

em marcha com quedas da própria altura para direita há 1 mês. Perda de 10kg em 3 meses. Ao

exame neurológico apresentava ataxia apendicular, dismetria, disdiadococinesia, ataxia de

marcha, sinal de Romberg positivo e nistagmo horizontal. TC de crânio evidenciou lesão

hipodensa mal definida em hemisfério cerebelar a direita com efeito compressivo sobre o IV

ventrículo. Na RM de encéfalo tal lesão apresentava-se heterogeneamente hiperintensa em T2,

de limites mal definidos, com realce intenso e irregular após contraste. Paciente foi submetido

a microcirurgia para ressecção subtotal de lesão expansiva, cujo resultado do exame de

congelação no intra-operatório foi de neoplasia glial de alto grau com presença de necrose, o

qual foi confirmado no anatomopatológico como glioblastoma multiforme (Grau IV – OMS) e

corroborado pela himunohistoquimica, nos quais os espécimes mostraram-se positivos para os

anticorpos S100, GFAP, Synaptofiina, Ki67. Paciente recebeu alta 9 dias após admissão em GCS

15, mantendo sintomas cerebelares. Apresentou nova internação devido infecção de ferida

operatória, sendo realizado desbridamento e antibioticoterapia. Paciente mantém

acompanhamento ambulatorial, realizando radioterapia e quimioterapia adjuvante. Conclusão:

GBM cerebelar é uma entidade rara com alta morbidade e mortalidade com sobrevida media de

14 meses segundo literatura. O tratamento de escolha com comprovado aumento de sobrevida

até o momento é a ressecção tumoral associado à radioterapia adjuvante.

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NÚMERO DO PAINEL: 81

Temário: Tumores

Título: GLIOBLASTOMA MULTIFORME PEDIÁTRICO: UM RELATO DE CASO

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: Pâmmela Dayana Lopes Carrilho Machado; Amauri Pereira da Silva Filho; Anne Jamille

Ribeiro Sampaio; Miriam Lucia Galvão Lucena; Larissa Pinto de Farias Tenório;

Resumo:

Introdução: Glioblastoma Multiforme (GBM) é o astrocitoma mais comum em adultos,

prevalente no sexo masculino, sendo a neoplasia cerebral mais recorrente. É um tumor clínico,

histologicamente e geneticamente muito heterogêneo, contudo poucos casos são relatados na

faixa etária pediátrica. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo reportar um caso de um GBM

em uma criança. Método: Estudo desenvolvido a partir de pesquisa documental, ancorada em

dados obtidos do prontuário médico do paciente, admitido em um hospital de referência em

Neurocirurgia no interior da Paraíba. Além disso, realizou-se observação da internação, bem

como acompanhamento ambulatorial do referido caso, o que fora associado à consulta

bibliográfica em base de dados com indexação. Resultados: O caso retrata um paciente sexo

masculino, 12 anos, previamente hígido e sem histórico de exposição à radiação ionizante. Há

quatro meses, iniciou quadro de tremor na extremidade do membro superior direito,

progressivo e aos movimentos volitivos. Após dois meses, passou a queixar-se de cefaleia

frontoparietal, em pontadas, de forte intensidade – que cedia à analgesia comum –,

acompanhada de vômitos em jato e, posteriormente, de alucinações visuais, mas sem

rebaixamento do nível de consciência. O paciente foi, então, encaminhado para um serviço

especializado, tendo realizado tomografia computadorizada e ressonância magnética de crânio,

os quais evidenciaram uma lesão neoplásica expansiva, volumosa e infiltrativa, com epicentro

em tálamo esquerdo, que se estendia para o tálamo contralateral, região hipotalâmica e

mesencéfalo, apresentando sinais de disseminação. Diante disso, optou-se pela abordagem

microcirúrgica para ressecção da massa, tendo sido instalada uma derivação ventrículo

peritoneal, devido ao desenvolvimento de hidrocefalia, quadro dias após exérese da lesão. O

anatomopatológico confirmou ser um astrocitoma de alto grau, com necrose – GBM. Como

fechamento do quadro, paciente realizou quimioterapia com Temodal e radioterapia, tendo

cursado com uma sobrevida de 9 semanas. Conclusão: Glioblastoma multiforme é um dos

tumores mais agressivos em seres humanos. É uma patologia rara em crianças, porém culmina

em lacunas em sua compressão. Além disso, deve ser considerado no diagnóstico diferencial,

uma vez que os fatores de risco são, em sua maioria, desconhecidos. Em acréscimo, tem-se um

melhor prognóstico em pacientes pediátricos que em adultos.

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NÚMERO DO PAINEL: 82

Temário: Tumores

Título: LINFOMA PRIMÁRIO DE ENCEFALO - NOVAS APRESENTAÇÕES

Instituição: SANTA CASA DE RIBEIRÃO PRETO

Autores: Bruno Nascimento Bettencourt da Silva; Nícollas Nunes Rabelo; Anna Carolina Cunha

da C Ramos; Luiz Antônio Araújo Dias;

Resumo:

INTRDUCAO: Sabemos que a incidência de casos de linfoma vem aumentando, por uma maior

acuraria no diagnóstico primário ou por achado após laudo imunohistoquimico; o estudo aponta

as novas tendência nas apresentações. Gostaríamos também de propor uma nova classificação

para os linfoma que assumem um aspecto " multiforme " de clinica e imagem.Vimos através da

classificação da OMS ainda não há novo subtipo de Linfomas "multiforme" porém por novos

exames ainda promissores, imagem avançada, e a genética, ainda inconclusivos podem nos

ajudar em novos diagnósticos. OBJETIVO:Discutir a clinica e aspectos tanto intraoperatorio

quanto tumorail radiológico, o padrão multiforme que novos casos de Linfomas encefálicos vem

se apresentado na pratica clinica tem mudado em relação à literatura. METODOS:Revisão em

biblioteca virtual e prontuários de casos submetidos a procedimento cirúrgicos, retrospectivos

(2010/15). RESULTADO: Os Linfomas em geral estão intimamente relacionados com

imunossupressão, acomentem a idade adulto, uma prevalências em homens. Em imagem

avançada encontramos uma lesão extra axial, captante ao contraste. Na expresso genica temos

achado inespecificos, com exceção da telomerase em atividade que remete há um fator de bom

prognóstico, quando presente; assim como VEVF +, melhor prognóstico por melhor resposta a

QT;.CONCLUSAO:Se tratando de Linfomas um tumor de rápida deterioração clinica do paciente,

os dados que temos é diagnostico e classificação ainda são inespecificos e não há ainda predição

de prognóstico por dados que temos. Os estudos até então apresentados nos guiam para achar

o número de lesões e multifocalidade e disseminação.Na busca por outros dados como

proteínas, DHL.Temos o melhor tratamento a quimioterapia, precoce, logo após o diagnóstico,

terapias combinadas são úteis como radioterapia e quimioterapia, além de cirurgia para casos

de biópsia diagnóstica ou redução dos sintomas, vimos também que por se tratar de uma doença

com deteriorização neurológica variável, devido a "multiciplicidade" do local de acometimento

cerebral e números de lesões, essa patologia pode então assumir uma forma "multiforme"

clinica e radiológica devido fatores como local de acometimento parenquimal, grau de

imunodeficiência, devendo então ter um tratamento diferenciado e individualizado, mesmo em

casos de diagnósticos tardio ou após laudo imunológico.

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NÚMERO DO PAINEL: 83

Temário: Tumores

Título: MENINGIOMA COM METÁSTASE EXTRACRANIANA: RELATO DE CASO COM ÊNFASE NOS

FATORES PREDISPONENTES

Instituição: PUC-GOIÁS

Autores: Catarine Ottobeli; Marcela Marino de Azeredo Bastos; Natalia Costa Resende Cunha;

Isabelle Franco Melazzo; Ledismar José da Silva;

Resumo:

INTRODUÇÃO: Os meningiomas são tumores originados das células da membrana aracnóide,

benignos em sua maioria, sendo que em 2-10% dos casos eles apresentam características

malignas. A prevalência de metástases quando consideramos todos os meningiomas é de 0,76%,

porém quando consideramos apenas os meningiomas malignos esta taxa sobe para 43%.

OBJETIVO: Discutir os fatores predisponentes à metastatização dos meningiomas com base em

um relato de caso. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino recebeu diagnóstico de

meningioma aos 56 anos. Ressonância Magnética (RM) demonstrou lesão expansiva sólida

extra-axial na transição parieto-occipital, com erosão da calota craniana e infiltração do seio

sagital superior. Foi submetida ao tratamento cirúrgico, e o resultado histopatológico foi

compatível com meningioma fibroso, com ausência de sinais de malignidade. Sete meses após

a cirurgia, houve recidiva da doença e paciente foi submetida a novo tratamento cirúrgico. Nos

dois anos subseqüentes, apresentou 2 recidivas da doença, e após tratamento cirúrgico,

histopatológico mantido como meningioma Grau I. Cinco anos após o diagnóstico primário,

paciente apresentava quadro de tosse persistente e foi solicitada tomografia de tórax, revelando

múltiplos nódulos sólidos em ambos os pulmões. O histopatológico e imuno-histoquímica da

biópsia percutânea guiada de um dos nódulos foram compatíveis com metástase do

meningioma. Realizou tratamento com hormonioterapia e quimioterapia, apresentando

estabilidade das lesões pulmonares e do sistema nervoso central no follow-up de sete anos.

DISCUSSÃO: O grau histológico do tumor é o fator preditivo mais importante da ocorrência de

metástases. Segundo a Organização Mundial de Saúde, os parâmetros que classificam um

meningioma como maligno são: pleomorfismo nuclear, hipercelularidade, índice mitótico,

necrose tumoral, perda da arquitetura e invasão cerebral. Além disso, outros fatores já foram

identificados, como a ausência de receptores de progesterona, a presença de receptores hTR

beta-1 de hormônio tireoidiano e a instabilidade genética decorrente de algumas mutações. Os

fatores presentes no caso relatado que sugerem a habilidade de metástase do tumor são a

recorrência local, e a infiltração de ossos (calota craniana) e de vasos (seio sagital). CONCLUSÃO:

O reconhecimento dos pacientes que apresentam meningiomas com fatores predisponentes à

metastatização é de suma importância para seu acompanhamento.

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NÚMERO DO PAINEL: 84

Temário: Tumores

Título: MENINGIOMA DA REGIÃO DA PINEAL

Instituição: SANTA CASA SP

Autores: TIAGO MARQUES AVELAR; Aline Lariessy Campos Paiva; Márcio Costa; Guilherme

Brasileiro de Aguiar;

Resumo:

INTRODUÇÃO: Tumores da glândula pineal são raros, com a incidência de 0.4-1% de todos os

tumores intracranianos nos adultos. Na literatura, encontram-se como tipo histológico mais

comum acometendo a região da pineal os germinomas os quais tipicamente englobam a

glândula pineal, apresentam-se na ressonância com restrição a difusão devido a celularidade

densa e com intensa captação de contraste. Meningiomas da região pineal são incomuns e

contabilizam 2-8% de todos os tumores localizados nessa área, não tem achados específicos à

ressonância, mas costumam apresentar-se com captação ávida e homogênea de contraste. Os

principais sintomas encontrados na apresentação inicial das lesões expansivas de pineal são

cefaleia, tontura e alteração de marcha. OBJETIVOS: O presente trabalho tem por objetivo

apresentarmos o caso de uma paciente submetida a tratamento cirúrgico de meningioma da

região da pineal, discutindo os principais aspectos dessa afecção. RELATO DO CASO: Paciente do

sexo feminino, 43 anos, professora, com história de cefaleia refratária a analgesia iniciada há

um ano. Ao exame físico inicial apresentava-se sem alterações visuais, de marcha, déficits

motores ou sinais cerebelares. Procedeu-se a ressonância magnética de encéfalo a qual

evidenciou lesão expansiva em região de glândula pineal, inicialmente cogitando-se como

diagnósticos diferenciais germinona e meningioma. Realizou-se então craniotomia parietal

direita e acesso transtentorial para ressecção da lesão. A análise histopatológica e imuno-

histoquímica revelou-se tratar de meningioma. CONCLUSÕES: os meningiomas da região da

pineal são lesões raras. Por não apresentarem características específicas aos exames de imagem,

sempre deve ser considerado como diagnóstico diferencial das lesões expansivas dessa região.

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NÚMERO DO PAINEL: 85

Temário: Tumores

Título: MENINGIOMAS E PARALISIA DO TERCEIRO PAR CRANIANO

Instituição: HOSPITAL SANTA CASA DE RIBEIRAO PRETO

Autores: NICOLLAS NUNES RABELO; BRUNO NASCIMENTO BETTENCOURT; SAMUEL MARQUES

BORGES; LUIZ ANTÔNIO ARAUJO DIAS; KOJI TANAKA;

Resumo:

Introdução: Meningiomas são neoplasias que surgem da aracnóide, de lento crescimento,

predominantemente em adultos e com acometimento maligno em apenas 1% dos casos.

Existem clínicas e localizações específicas, bem como diagnósticos diferenciais a ser

considerados. Objetivo: Relatar alteração rara de paralisia do terceiro par craniano por

meningioma, realizar diagnóstico diferencial principalmente de lesões vasculares, sendo estas

mais comum, evidenciar achados clínicos, dificuldade diagnóstica por imagem e abordagem

cirúrgica. Métodos: Foi realizado revisão sistemática a respeito do tema para elucidação das

principais evidências, bem como, constatação dos dados do prontuário, anamnese clinica e

discursão do caso em reuniões científicas do serviço. Resultado: Paciente D.D.L.Q de 14 anos,

sexo masculino, caucasiano, procedente de Ribeirão Preto. Refere que há 2 anos iniciou queda

da pálpebra superior do olho esquerdo. Sintomas não cessaram e foram evoluindo. Após um

mês apresentou desvio do olhar para esquerda do olho esquerdo, com estrabismo divergente.

Nesse período o paciente refere que apresentou dificuldades de leitura e diplopia esporádicas,

o qual evoluiu para diplopia persistente com vertigem subjetiva. Após um mês iniciou turvação

visual a esquerda associado com escotomas sintilantes. Associada a uma cefaleia intermitente,

intensidade. Na admissão apresentava terceiro par completo com turvação acentuada do olho

esquerdo e dificuldade de imobilização da musculatura ocular. RMN sugeriu neurinoma do 3º

par a esquerdo, anterior ao mesencéfalo e Angio RMN normal. Foi realizado a cirurgia de exérese

do tumor de terceiro par paraclinoideo com craniotomia peterional a esquerda, sem

neuromonitorização, por dificuldade dos planos de saúde. Sem intercorrências. A

imunohistoquímica veio com EMA, S100, Ki67 positivo, sugestivo de meninigoma grau I(OMS).

Conclusão: A cirurgia com ressecção total é a principal modalidade de tratamento, a subtotal se

acometer delicadas fibras nervosas. Radiocirurgia, pode ser uma alternativa útil. Fisioterapia e

acompanhamento é necessário para resgatar possíveis déficits do pós operatório. Faz-se

também necessário realizar diagnóstico diferencial como, por exemplo: aneurisma cerebral da

artéria comunicante posterior (efeito de massa no nervo, como o meningioma) e Schwanoma

do oculomotor (tumor cresce do nervo). O quanto mais precoce for submetido a cirurgia, com

surgimento dos sintomas, melhor terá o resultado da ressecção.

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NÚMERO DO PAINEL: 86

Temário: Tumores

Título: METÁSTASE HIPOFISÁRIA DE ADENOCARCINOMA MAMÁRIO: RELATO DE CASO

Instituição: UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA

Autores: Gabriel Chaves da Silva; Felipe Franco Pinheiro Gaia; Antônio Fernandes Ferrari; Marco

Aurélio Franco de Godoy Belfort; Gabriela Maldonado Cortez;

Resumo:

Introdução:Lesões metastáticas da hipófise são incomuns, ocorrem em 1% das ressecções.

Mama e pulmão são as origens mais frequentes, seguido de próstata, rim, trato gastrointestinal,

linfoma, tireoide e plasmocitoma. Localizam-se principalmente na hipófise posterior, devido a

intensa vascularização, porém podem ocorrer na anterior, predominando a origem mamária.

Tem crescimento rápido e progressivo, provoca destruição óssea e invasão de estruturas

adjacentes. Objetivo:Descrever caso de metástase mamária para a região selar, evidenciando

dados clínicos/radiológicos que tornam o diagnóstico plausível. Relato de caso:Paciente, 56

anos, feminino, com diagnóstico de adenocarcinoma mucinoso mamário submetida à

mastectomia, recebendo tratamento adjuvante de quimioterapia, radioterapia e

hormonioterapia. Nove meses após, evoluiu com ptose palpebral direita associada à diplopia e

dor orbitária. Exame neurológico com anisocoria, paresia de reto medial e ptose palpebral

direita. Negou diminuição de acuidade visual e outras queixas. Exames de imagem com lesão

selar na topografia de adenohipófise, invasão de seio cavernoso direito e realce heterogêneo ao

gadolíneo. Perfil hormonal e exames laboratoriais normais. Optou-se por hipofisectomia

transesfenoidal endoscópica. A ressecção foi subtotal devido ao contato com o seio cavernoso

direito. Não houveram complicações no pós-operatório, recebendo alta 3 dias após a cirurgia.

Exame anatomopatológico/imunohistoquímico evidenciou foco metastático de

adenocarcinoma mucinoso de mama. Está recebendo radioterapia adjuvante. Discussão:A

maioria das apresentações é assintomática. Devido à topografia mais comum, é frequente

ocorrer diabetes insipidus associada ou não a déficits de pares cranianos. Não foram relatados

critérios específicos que permitam a diferenciação radiológica, mas existem alguns achados

sugestivos: espessamento da haste hipofisária, perda do hipersinal da hipófise posterior,

isointensidade de sinal de T1 e T2, invasão do seio cavernoso e mudança esclerótica em torno

da sela túrcica. Frente as dificuldades, achados radiológicos sugestivos e dados como historia do

paciente e malignidade podem tornar essa hipótese pláusivel. Conclusão:Apesar de raras, tais

lesões devem ser consideradas como diagnóstico diferencial, principalmente em idosos, história

de malignidade ou sintomas rapidamente progressivos. O tratamento pode aliviar os sintomas

compressivos, melhorar a qualidade de vida, porém sem melhora na sobrevida.

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NÚMERO DO PAINEL: 87

Temário: Tumores

Título: METÁSTASE INTRAORBITÁRIA DE CÂNCER DE MAMA

Instituição: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO

Autores: Guilherme Brasileiro de Aguiar; Aline Lariessy Campos Paiva; João Miguel de Almeida

Silva;

Resumo:

INTRODUÇÃO: As neoplasias de mama frequentemente se manifestam também com doença

metastática (em aproximadamente 30%). Mais comumente afetam pulmões, ossos, SNC e

fígado. As metástases cerebrais cujo sítio primário é mama ocorrem em 10% dos pacientes,

especialmente nos com diagnóstico tardio. Na maioria dos casos há múltiplas lesões que

impedem a ressecção cirúrgica e são melhor abordadas com quimioterapia ou radioterapia (ou

radiocirurgia). OBJETIVO: Descrever o caso raro de Metástase de mama para órbita e estruturas

adjacentes. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 64 anos, com antecedente de câncer

de mama (carcinoma ductal invasivo) tratado há 12 anos, apresenta-se com queixa de diplopia.

Ao exame neurológico foi evidenciada ausência de abdução do olho esquerdo. Foi solicitada

ressonância nuclear magnética encefálica que evidenciou a presença de lesões nodulares nos

músculos reto inferior e lateral do olho esquerdo. Além disso as lesões também tinham

disseminação na paquimeninge, com áreas nodulares de captação de gadolíneo na convexidade

temporal direita. Devido à proximidade com estruturas nobres, optou-se por realizar

radioterapia do encéfalo. A paciente teve melhora da diplopia após a sétima sessão de

irradiação. CONCLUSÃO: As neoplasias de mama frequentemente afetam o SNC e a abordagem

terapêutica deve considerar variáveis como topografia, quantidade de lesões e status funcional

do paciente.

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NÚMERO DO PAINEL: 88

Temário: Tumores

Título: MÚLTIPLOS SÍTIOS METASTÁTICOS ÓSSEOS DE UM TUMOR PRIMÁRIO NÃO

IDENTIFICADO

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: Humberto Fernandes Veloso Neto; Blenda Neiva de Farias; Huggo Luan Barros

Medeiros; Francisco Lucas de Souza; Amauri Pereira da Silva Filho;

Resumo:

Introdução/Objetivo: A disseminação de carcinomas, têm nos ossos seu terceiro sítio mais

comum de metástase. A doença óssea metastática é responsável por mais de 99% dos tumores

malignos que acometem o esqueleto, e estas, surgem com maior frequência dos carcinomas

mamários, pulmonares, renais, prostáticos e tireoidianos. A localização primária permanece

desconhecida em até 3% dos casos. Este trabalho tem o objetivo de referir um caso de múltiplas

metástases ósseas de um tumor primário não identificado. Relato de caso: Paciente do sexo

feminino, 52 anos, com queixa de dores ósseas generalizadas, piores na região cervical,

agravadas pelo repouso e atenuadas pelo exercício físico moderado. As dores tornaram-se mais

intensas, de caráter insidioso, piores na região cervical, dorsal e esternal, quando um serviço

especializado foi procurado. Realizados exames de tomografia computadorizada, estes,

revelaram lesões líticas que acometiam todos os corpos vertebrais torácicos e os segundo,

terceiro e quinto lombares, com extensão para os pedículos e fratura patológica em T6, além de

mielopatia compressiva a este nível; acometimento dos arcos costais inferiores e de

praticamente todos ossos do crânio e da coluna cervical por lesões da mesma natureza, além de

uma outra lesão expansiva no manúbrio esternal, todas sugestivas de envolvimento neoplásico

secundário. Foi admitida e evoluiu com um episódio de crise convulsiva, paraplegia e hipoestesia

em membros inferiores. Realizou-se uma laminectomia descompressiva e coleta de material

para anatomopatológico, que se revelou inconclusivo. Paciente segue estável e em terapia de

suporte. Conclusão: A ampla distribuição de metástases pelos ossos, abre espaço para um

quadro variado de sintomas focais, principalmente pela osteodinia, localizada em vários pontos,

e ainda a ocorrência de fraturas e compressão de estruturas importantes, neste caso, a medula

a nível de T6. O acometimento metastático obedeceu uma grande distribuição, mas típica, com

localização das lesões predominantemente no esqueleto axial, o que corrobora com as

manifestações clínicas. Não sendo possível identificar o tumor primário pelos métodos

diagnósticos então empregados, assim o caso passa a constituir uma estatística ínfima nesta

situação. Por outro lado, as características clínicas e os aspectos radiológicos sugerem a princípio

lesão primária de mama.

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NÚMERO DO PAINEL: 89

Temário: Tumores

Título: NEUFIBROMA PLEXIFORME - RELATO DE CASO

Instituição: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

Autores: Alessandra Eifler Guerra Godoy; Isnard Elman Litvin; Natália Diel Lisbôa; Marco Antônio

Koff; Talita Regina Marks;

Resumo:

O neurofibroma plexiforme, também conhecido como neuroma plexiforme, paquidermatocele

ou elefantíase neurofibromatosa, é um tumor neurogênico benigno resultante do crescimento

exacerbado de células do envoltório neural. É composto por células de Schwann, células

perineurais e fibroblastos, originando-se de partes centrais dos nervos e envolvendo inúmeros

fascículos e ramos nervosos. É ricamente vascularizado, normalmente não metastático,

ocorrendo na infância e geralmente na adolescência. Usualmente, observa-se a formação de

nervos de morfologia irregular e tortuosa. Esse tipo de neurofibroma pode causar desde

mínimos danos motores e/ou sensitivos, e até mesmo interferir em funções intestinas, vesicais

e sexuais, quando acomete feixes nervosos do abdome inferior, por exemplo. As diferentes

clínicas dessa neoplasia dependem de seu tamanho, grau de evolução e a quantidade de nervos

afetados. Paciente, JMN, 23 anos, vem a consulta com cirurgião com queixa de lesão expansiva

na coxa direita, firme e de aspecto infiltrativo, com dor. Sem outras queixas ou achados. Os

exames laboratoriais mostraram-se normais. A exploração cirúrgica mostrou grande lesão mal

delimitada, medindo cerca de 21 cm no maior eixo. O exame microscópico mostra características

compatíveis com neurofibroma plexiforme. Devido ao seu grande volume e envolvimento de

vários fascículos nervosos e tecidos, o risco de disfunções e déficits neurológicos após excisão

cirúrgica é alto. Nesse sentido, intervenções cirúrgicas são postergadas o máximo possível. A

maioria das intervenções são limitadas, assim, geralmente há reincidência tumoral, fazendo-se

necessárias novas abordagens. É essencial no diagnóstico da neurofibromatose tipo 1 (NF1),

prevalecendo em 30% dos casos, sendo destes 14,3% na região da cabeça, 28,6% no tronco,

23,8% nos membros superiores e 33,3% nos membros inferiores, doença que acomete

aproximadamente 80000 pessoas no Brasil e 1,5 milhão no mundo. É clinicamente relevante no

diagnóstico da NF1, sendo que a biópsia se torna desnecessária para sua confirmação na

presença dos achados sugestivos de neurofibroma plexiforme nos exames de imagem

(principalmente RM com contraste). Sofre malignização de 2 a 5% dos casos, ocasionando

morbimortalidade devido a numerosa proliferação celular e invasão de tecidos adjacentes.

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NÚMERO DO PAINEL: 90

Temário: Tumores

Título: NEUROCISTICERCOSE GIGANTE NO ÂNGULO PONTOCEREBELAR SIMULANDO TUMOR

CEREBRAL (RELATO DE CASO)

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE - PB

Autores: Ronaldo Barbosa de Farias Júnior; Amauri Pereira da Silva Filho; Lucas Silva Xavier;

Adysia Moreira Florentino da Silva; Huggo Luan Barros Medeiros;

Resumo:

INTRODUÇÃO: A Neurocisticercose (NCC) é uma infecção do sistema nervoso central (SNC)

causada pela implantação da forma larval da Taenia solium. A OMS estima que cerca de

50.000.000 pessoas possuem o cisticerco no SNC. A manifestação clínica mais importante é a

convulsão (80% dos casos). A apresentação gigante do cisco (entre 4 e 5 cm de diâmetro) é

raramente citada na literatura, assim como a localização atípica no ângulo ponto cerebelar.

RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 59 anos, hipertenso, iniciou quadro de cefaleia

inespecífica, marcha atáxica e hipoacusia progressiva há três meses. Ao exame, não apresentou

sinais meníngeos, alterações sensitivas ou déficits apendiculares e com Glasgow 15. A

tomografia computadorizada de crânio com e sem contraste revelou lesão cística de 4 cm de

diâmetro em ângulo ponto cerebelar esquerdo com consequente compressão do troco

encefálico, além de discreta hidrocefalia. Ressonância magnética evidenciou a lesão como

sólido-cística e apresentou compressão do n. craniano VIII esquerdo. Laudo da radiologia

apontou para tumor epidermóide ou schwanoma do n. craniano VIII. Foi encaminhado para

ressecção neurocirúrgica da lesão. No intra-operatório foram retiradas várias vesículas da lesão,

as quais foram enviadas para estudo anatomopatológico que evidenciou lesão consistente com

NCC gigante. O paciente evoluiu sem intercorrências, regressão total da cefaleia e da ataxia e

regressão parcial da hipoacusia e foi submetido ao tratamento com Albendazol durante seis

meses. CONCLUSÃO: Este caso revela ser atípico pela apresentação incomum da NCC no tocante

ao tamanho, a localização e a apresentação clínica sem convulsões. O diagnóstico desse tipo de

lesão revela além de exames de imagens acurados, informações clínicas precisas da evolução do

paciente.

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NÚMERO DO PAINEL: 91

Temário: Tumores

Título: NEUROFIBROMATOSE DE LÍNGUA: UM RELATO DE CASO

Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA

Autores: Luís Alencar Biurrum Borba; DALTON MAKOTO SENDA; THOMAS RIBEIRO MARCOLINI;

Dafne Bayer; Hugo Akio Hasegawa;

Resumo:

Introdução: Neurofibromatose (NF) engloba 3 doenças de origem autossômica dominante - Tipo

1 (síndrome de Von Recklinghausen), Tipo 2 (acústica bilateral ou central) e Schwannomatose.

A NF1 é rara e possui caráter progressivo, caracterizada por processo displásico afetando os

derivados neuroectodérmicos, tecidos mesenquimatosos e ósseos. Manifesta-se logo ao

nascimento ou tardiamente, com incidência de 1:2000 a 1:5000 indivíduos. A alteração genética

acarreta ausência da proteína Neurofibromina, moduladora da atividade de crescimento e

diferenciação das células desde a vida intrauterina, como neurônios, oligodendrócitos e

astrócitos. Relato de caso: C.S.F, 47 anos, feminina, admitida na emergência do Hospital

Universitário Evangélico de Curitiba com quadro de paraparesia, disestesia e dificuldade de

marcha há 4 meses, associado à dor difusa tipo queimação. Previamente diagnosticada com

NF1, após ressecção cirúrgica de neurofibroma que comprimia a medula cervical. O exame físico

revelou ainda hipoestesia tátil e dolorosa em tronco e membros, sinal de Babinski e Hoffmann

presentes bilateralmente, além de paresia crural simétrica (grau IV-). A RNM de crânio

evidenciou diversas nodulações na língua e em região mastóidea, e a imagem da coluna cervico-

torácica identificou diversas lesões sugestivas de neurofibromas em raízes nervosas de C1 a T2,

com efeito de massa sobre a medula e estendendo-se para tecidos moles paravertebrais.

Optado pelo tratamento clínico intra-hospitalar para a melhora sintomática da paciente.

Discussão: Estima-se que lesões orais na NF1 ocorram em cerca de 10% dos casos, sendo a língua

o local mais atingido na cavidade oral, frequentemente apresentando nódulos unilaterais.

Neurofibromas da língua pequenos e assintomáticos podem ser confundidos com variações da

anatomia intra-oral. Quando há aumento de volume ou desconforto, as lesões são facilmente

diagnosticadas e devem ser devidamente tratadas. Conclusão: A NF1 acomete o indivíduo de

forma multissitêmica, e devido ao seu caráter displásico sobre tecidos diversos, pode repercutir

sobre o psicológico levando a alteração comportamental, além de dificuldades de

aprendizagem. O acompanhamento multidisciplinar e o tratamento adequado, inclusive

cirúrgico, são essenciais para a promoção de melhores qualidade de vida e prognóstico ao

paciente.

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NÚMERO DO PAINEL: 92

Temário: Tumores

Título: O DESENVOLVIMENTO DO TUMOR CEREBRAL EM UM PACIENTE DE MEIA IDADE. O PAPEL

DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCESSO DO CUIDADO.

Instituição: SOCIEDADE EDUCACIONAL DE TRÊS DE MAIO

Autores: Fernanda Engerroff; Aline Teichmann; Darlene Aline Konzen;

Resumo:

Os tumores cerebrais, apesar de não apresentarem grande incidência na população, relacionado

aos demais tipos de tumores, trazem consigo risco aumentado de mortalidade e morbidade,

sendo fator angustiante tanto ao paciente quanto aos seus familiares. A qualidade de vida de

pacientes acometidos pela patologia, geralmente é significativamente comprometida. Sendo

assim, o diagnóstico precoce é fator essencial para um melhor prognóstico da doença, podendo

diminuir as seqüelas e alterações físicas que o paciente pode vir a apresentar. Levando-se em

conta os diferentes aspectos que envolvem esta patologia, tendo em vista a sintomatologia

apresentada e a necessidade de um tratamento na fase inicial da doença, surge à necessidade

de aprofundar os conceitos acerca do tema proposto. O presente estudo desenvolveu-se

durante as Práticas Clínicas, sendo desenvolvido em um município de médio porte da Região

Noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Apresenta-se em forma de estudo de caso, com o

objetivo de aprofundar os conhecimentos acerca da patologia que envolve o tumor (TU)

cerebral, bem como de promover a interdisciplinaridade dos componentes curriculares do

quarto período do curso de Bacharelado em Enfermagem. Trata-se de uma pesquisa de cunho

qualitativo, que compreende a aplicação do Processo de Enfermagem (PE), elaborado a partir

da coleta de dados obtida por meio de uma entrevista, com questões abertas, semi-

estruturadas, respondidas pela familiar de um paciente com diagnóstico de tumor cerebral, que

se encontrava hospitalizado na unidade das referidas Práticas Clínicas. Para fins legais, foi

utilizado o Termo de Consentimento Livre e Informado, em cumprimento à Resolução 466/2012.

O estudo traz, além das informações obtidas através da entrevistada e elaboração do PE, um

referencial bibliográfico que visa embasar os conceitos teóricos acerca desta patologia, os sinais

e sintomas desencadeadores da doença, a realização do diagnóstico e tratamento terapêutico

indicado. Os resultados finais do estudo demonstram a importância do PE em uma melhor

interação entre o profissional/paciente/familiar, a partir do envolvimento da Sistematização de

Enfermagem (SAE) como método de direcionar a assistência prestada. O trabalho traz, nas suas

conclusões, que o cuidado de enfermagem individualizado ao paciente portador de TU cerebral,

não só é essencial, como deve ser realizado com enfoque na humanização, tendo como

ferramenta a aplicação das etapas do Processo de Enfermagem.

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NÚMERO DO PAINEL: 93

Temário: Tumores

Título: OCORRÊNCIA SINCRÔNICA DE METÁSTASE INTRAVENTRICULAR DE CARCINOMA RENAL E

MENINGIOMA.

Instituição: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

Autores: Guilherme Lellis Badke; João Luiz Vitorino Araujo; Ivan Rondelli; Alexandros Theodoros

Panagopoulos; José Carlos Esteves Veiga;

Resumo:

Introdução: A ocorrência simultânea ou sincrônica de neoplasias intracranianas é incomum e foi

descrita algumas vezes, especialmente em síndromes familial e após radioterapia craniana. A

associação de meningioma e metástase intraventricular de carcinoma de células renais nunca

foi descrita anteriormente. Objetivo: Relato de um caso excepcionalmente raro e breve revisão

da literatura. Métodos e Resultado: Paciente do gênero masculino, 55 anos, com antecedente

pessoal de nefrectomia por carcinoma de células claras renais (CCCR), foi admitido com história

de cefaléia, alteração comportamental e declínio cognitivo de instalação progressiva. Os exames

de neuroimagem (TC e RNM) evidenciaram volumosa lesão expansiva em corno frontal direito

do ventrículo lateral associado a neoplasia meningotelial com aproximadamente 2 cm de

diâmetro em assoalho da fossa anterior (figura 1). O paciente foi submetido a acesso inter-

hemisférico transcaloso anterior com ressecção completa da lesão (figura 2). O diagnóstico

histopatológico foi compatível com metástase de CCR (figura 3). O paciente evoluiu sem

intercorrências no período pós-operatório, apresentando importante melhora cognitivo-

comportamental, sem déficits motores ou sensitivos. No momento, realiza seguimento

ambulatorial em terapia neoadjuvante. Discussão: A ocorrência sincrônica de neoplasias é

atribuída a fatores genéticos, epigenéticos, ambientais e hemodinâmicos. O fator

hemodinâmico consisti no aumento progressivo do aporte sanguíneo para o encéfalo na

presença de uma neoplasia, promove o crescimento da lesão com consequente aumento na

possibilidade de disseminação de tumores de outras localizações. O presente caso consisti na

primeira descrição da associação de meningioma de base de crânio com metástase de carcinoma

renal.

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NÚMERO DO PAINEL: 94

Temário: Tumores

Título: RELATO DE CASO: CARCINOMA PITUITÁRIO E MIELINÓLISE EXTRAPONTINA PÓS-

OPERATÓRIA.

Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

Autores: Lórimer Sandoval Carneiro; Gabriel Rocha Santos Knorst; Maria Fernanda de Sene

Lima; Matheus Maia Garcia;

Resumo:

Introdução: Carcinoma Pituitário é definido pela presença de um tumor selar de origem

hipofisária que apresenta-se fora do sítio selar, ou seja, metástase cérebro-espinhais ou

extracraniais. São extremamente raros e representam aproximadamente 0.2% de todas as

neoplasias adeno-hipofisárias operadas. Apenas 132 casos foram reportados na literatura de

1961 até 2009. Os carcinomas pituitários desenvolvem-se quase em igual frequência em ambos

os sexos entre a 3ª e 5ª década de vida em pacientes com adenomas pituitários preexistentes.

Os sinais clínicos no diagnóstico não são específicos. Diferentemente de outras neoplasias

malignas, o diagnóstico do carcinoma pituitário é baseado em metástase e não em critérios

histológicos como invasão, pleomorfismo celular, anormalidades nucleares, atividade mitótica

e necrose. O sistema nervoso central é o sítio metastático mais frequente, incluindo o cérebro

(35 % dos casos) e medula espinal (17%). Objetivo(s): Relatar caso raro de uma paciente com

carcinoma pituitário. Método: Coleta de dados de ficha clínica e prontuário de uma paciente

submetida a tratamento em hospital de Goiânia. Relato: Paciente, 61 anos, feminino, com

quadro de diplopia e hemianopsia heterônima bitemporal, encaminhada após avaliação

oftalmológica em pós operatório de catarata. Paciente apresentava-se lúcida com paresia nervo

abducente esquerdo e paralisia oculomotora direita; submetida à avaliação hormonal

hipofisária e RM de sela túrcica que mostrou lesão selar e supra selar com compressão

quiasmástica e do seio cavernoso; submetida à ressecção vias transesfenoidal endonasal

binostril com descompressão das estruturas; submetida novamente à ressecção transcraniana

via pterional direita com ressecção parcial. A paciente apresentou quadro de mielinólise

extrapontina com quadro de tetraparesia e paralisia pseudobulbar, submetida à radiocirurgia

complementar. A paciente apresentou quadro de vômitos e rebaixamento do nível de

consciência com RM compatível com hidrocefalia obstrutiva e lesão intraventricular no 4º

ventrículo. Realizado DVE e nova abordagem cirúrgica com ressecção da lesão, cujas

histopatologia e imunohistoquímica confirmaram carcinoma hipofisário.

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NÚMERO DO PAINEL: 95

Temário: Tumores

Título: RELATO DE CASO: CISTO DE INCLUSÃO EPITELIAL NO IV VENTRÍCULO CEREBRAL

Instituição: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

Autores: Alessandra Eifler Guerra Godoy; Eduardo Caberlon; Bianca Tonietto Tonolli; Marco

Antonio Koff; Natália Diel Lisboa;

Resumo:

Introdução: Os cistos de inclusão epitelial, também chamados de cistos epidermoides (CI) são

congênitos, benignos, e constituem cerca de 1% dos tumores intracranianos. São originados a

partir de invaginações da epiderme e contêm queratina e lipídios derivados das secreções

sebáceas. Têm uma parede semelhante à epiderme normal, composta de epitélio de

revestimento pavimentoso estratificado, preenchida com margens laminadas de queratina. São

circunscritos, firmes e muitas vezes móveis. Relato de Caso: Paciente TKM, feminina, 26 anos,

com queixa de cefaleia persistente. Histórico de LEIAG em colo uterino, há 1 ano, tratada. A RM

mostrou lesão expansiva em IV ventrículo, provocando discreta obstrução. Paciente submetida

a craniotomia com ressecção da lesão. O exame anatomopatológico demonstrou tratar-se de

cisto de inclusão epidérmica. Discussão: Os CI têm localização variável, podendo ser, em ordem

decrescente de frequência: o ângulo pontocerebelar, a região parasselar, a díploe dos ossos

frontal e parietal e as cavidades ventriculares. Afetam preferencialmente o sexo masculino e a

quinta década de vida, mas podem ser encontrados em qualquer idade. Possuem

desenvolvimento lento e expansivo. Chama-se atenção à possibilidade de ocorrerem alterações

do líquor capazes de induzir a diagnósticos errôneos, especialmente de neurossífilis e de

neurocisticercose e para o fato de que cerca de 80% dos casos são equivocadamente

diagnosticados como cistos sebáceos. Tais constatações evidenciam a necessidade de uma

melhor elucidação dessa patologia. O prognóstico é favorável com ressecção cirurgica completa,

embora cistos intraventriculares constituam um desafio cirúrgico, em decorrência da localização

profunda dessas lesões. CI localizados no IV ventrículo apresentam características de extrema

importância para o relato de caso, uma vez que são achados raros entre as doenças do SNC.

Além disso, a possibilidade de cura advinda da intervenção cirúrgica ou de prolongada remissão

através de ressecção subcapsular ou parcial constitui fator importante para o estudo de tal

achado. Em contrapartida, a falta de manejo adequado pode levar à infecção cística, ruptura de

membrana em casos de liquefação do conteúdo tumoral, leptomeningite crônica, e raramente

transformação maligna.

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NÚMERO DO PAINEL: 96

Temário: Tumores

Título: RELATO DE UM CASO DE METÁSTASE CEREBRAL DIFUSA: UMA DIFÍCIL CONDUÇÃO

DIAGNÓSTICA

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: Anne Jamille Ribeiro Sampaio; Amauri Pereira da Silva Filho; Verônica Cavalcante

Pedrosa; Miriam Lucia Galvão Lucena; Pammela Dayana L.C. Machado;

Resumo:

Introdução: As Metástases cerebrais são mais recorrentes do que os Tumores Primários (TP) do

Sistema Nervoso Central (SNC). Além disso, o câncer pulmonar apresenta-se como etiologia

metastática mais frequente. Entretanto, tomando como aporte o quadro neurológico, não é

possível distinguir um evento metastático cerebral de um TP de SNC. Objetivo: Relatar um caso

de adenocarcinoma metastático infiltrando o tecido cerebral que, inicialmente, foi tratado como

neurotuberculose. Método: Estudo observacional desenvolvido a partir de pesquisa em

prontuário e acompanhamento hospitalar e ambulatorial de uma paciente admitida em hospital

de referência em neurocirurgia no interior da Paraíba. Resultados: Paciente de sexo feminino,

40 anos, apresentou dois quadros de síncopes associados à cefaleia, progredindo para confusão

mental e déficit motor em membro superior esquerdo e inferior direito. História de criação de

galinhas e ingestão frequente de carne suína, negando patologias anteriores. Tomografia

Computadorizada (TC) sem contraste apontou lesão de substância branca, sem respeito por

território vascular; TC com contraste identificou lesão (1,6cm x 1,2cm) hipoatenuante à direita

e realce anelar periférico; TC de tórax apresentou consolidação pulmonar em segmento

ápicoposterior de Lóbulo Superior Esquerdo (LSE), com múltiplas opacidades centrolobulares

difusas e aspecto de “árvore em brotamento”, além de opacidades nodulares do LSE escavadas,

sugestivas de Tuberculose (TB). LCR normal; hemocultura, urocultura e HIV negativos.

Ressonância Magnética de crânio ressaltou várias lesões sólidas intra-axiais esparsas no

parênquima, envolvendo principalmente região córtico/subcortical frontoparietal

bilateralmente, além de edema no parênquima cerebral adjacente inespecífico, principalmente

em região perirolândica – semelhante a quadro inflamatório/infecioso –, sugestivo de

neurocisticercose, neurocriptococose e neurotuberculose. Frente à forte epidemiologia para TB,

iniciou-se tratamento, porém ineficaz, tendo evoluído com piora – tetraplegia flácida, hipotonia

e torpor. Após biópsia cerebral, evidenciou-se adenocarcinoma metastático. A paciente foi a

óbito antes de submeter-se a biópsia pulmonar. Conclusão: É válido ressaltar que pacientes com

tumor cerebral devem ser submetidos à investigação de TP em outro sítio. Além disso, este caso

foi conduzido como doença granulomatosa, até que a clínica guiasse para o diagnóstico correto

de metástase cerebral difusa.

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NÚMERO DO PAINEL: 97

Temário: Tumores

Título: SARCOMA DE EWING PRIMÁRIO EM REGIÃO OCCIPITAL EM UMA CRIANÇA: UM RELATO

DE CASO

Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE MARILIA - FAMEMA

Autores: José Luís Simões Júnior; Tathiane Bonifácio Giarleti; Gabriel Rissoli Ramos; Gustavo

Colussi Cenci;

Resumo:

Introdução: O Sarcoma de Ewing primário em crânio é uma condição rara, representando menos

de 5% dos casos relatados na literatura científica. Objetivo: Descrever um caso de tumoração de

crescimento rápido em região occipital em uma criança de sete anos, diagnosticada após

biópsia, como Sarcoma de Ewing. Método: As informações contidas neste trabalho foram

obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com paciente, registro fotográfico dos

métodos diagnósticos, aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. Resultados:

Paciente feminina, de sete anos, apresentou abaulamento de crescimento rápido em região

occipital, chegando a apresentar um volume de 1.183 cm3 (13 x 13 x 7 cm), indolor, associado a

deficit visual. Foi submetida a cirurgia para ressecção da massa, a qual foi enviada ao exame

anatomopatológico, tendo como resultado, ao estudo imunohistoquímico, Sarcoma de Ewing.

Conclusão: Trata-se de uma neoplasia mais frequente em adultos na faixa etária de 10 a 25 anos

de idade, localizada na diáfise de ossos longos como tíbia, fêmur e úmero. Sua ocorrência na

calota craniana é rara e de difícil diagnóstico e tratamento. Assim, tendo em vista a escassez de

relatos de caso de Sarcoma de Ewing, diagnosticado em região occipital, nas bases MedLine,

Lilacs e Scielo, os autores decidiram por relatá-lo.

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NÚMERO DO PAINEL: 98

Temário: Tumores

Título: SCHWANNOMAS MÚLTIPLOS DE CAUDA EQUINA EM UMA CRIANÇA SEM

NEUROFIBROMATOSE: RELATO DE CASO

Instituição: FACISA

Autores: Larissa Pinto de Farias Tenório; Amauri Pereira da Silva Filho; Miriam Lucia Galvão

Lucena; Anne Jamille Ribeiro Sampaio; Pammela Dayana L.C. Machado;

Resumo:

Introdução: Schwannomas são os principais tumores do sistema nervoso periférico. São

entidades normalmente benignas, que apresentam prevalência na quinta década de vida, além

de responderem histologicamente ao grau I na classificação da OMS e serem responsáveis por

cerca de 30% dos tumores espinais primários. Além disso, é alta a incidência de schwannomas

em pacientes com Neurofibromatose tipo 2 (NF2), associação que é bem abordada na literatura.

Objetivo: Este trabalho tem por fim relatar um caso de schwannomas múltiplos de cauda equina

em uma criança sem neurofibromatose. Método: Estudo desenvolvido a partir de pesquisa

documental, ancorada em dados extraídos do prontuário médico do paciente, admitido em um

hospital de referência em Neurocirurgia no interior da Paraíba. Além disso, realizou-se

observação da internação, bem como acompanhamento ambulatorial do referido caso, o que

fora associado à consulta bibliográfica em base de dados com indexação. Resultados: O caso

abordado trata de um paciente do sexo masculino, um ano e seis meses de idade, que iniciou

quadro de dificuldades para andar e fraqueza em membro inferior direito, com relato de

antecedente de tuberculose pulmonar tratada. Ressonância Magnética (RM) de coluna

lombossacral realizada apontou lesão em T12-L1, seguida por edema medular. Em dois meses

de observação, houve piora progressiva da sintomatologia, optando-se por seguir a investigação

com biópsia da lesão. O resultado mostrou um infiltrado inflamatório. Assim, o paciente foi

encaminhado para tratamento fisioterápico, apresentando, após seis meses, piora do quadro

com “pé caído” e disfunção esfincteriana. Após nova RM, se evidenciou múltiplas lesoes em

cauda equina, sugestivas de schwannomas espinais. Diante disso, realizou-se ressecção cirúrgica

das lesões, com análise histopatológica – com diagnóstico confirmado. É válido ressaltar que o

paciente não apresentava critérios para neurofibromatose, apresentando apenas manchas café-

com-leite. Conclusão: Schwannomas em pacientes não portadores de NF2 são quase sempre

únicos. O diagnóstico diferencial inclui hérnia discal sintomática. Além disso, os métodos de

imagem mais acurados são a tomografia computadorizada com mielografia ou a RM. O

prognóstico é melhorado com detecção e tratamento precoces, além da fisioterapia ser um fator

importante na reabilitação. É válido ressaltar ainda que patologias espinais podem mimetizar

sintomas de dorsalgia, rotineiramente vistos na prática clínica.

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NÚMERO DO PAINEL: 99

Temário: Tumores

Título: TUMOR CEREBRAL PRIMÁRIO FRONTAL SUSCITANDO TRANSTORNO DEPRESSIVO

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: Humberto Fernandes Veloso Neto; Blenda Neiva de Farias; Huggo Luan Barros

Medeiros; Francisco Lucas de Souza; Amauri Pereira da Silva Filho;

Resumo:

Introdução/Objetivos: Os tumores cerebrais (TC) são as causas estabelecidas de distúrbios

neurológicos focais, logo também, não são achados raros estas lesões se apresentando

primariamente como alterações neurocomportamentais na ausência de quaisquer sinais

localizatórios ou déficits. Alguns estudos tentaram correlacionar a localização da neoplasia e sua

associação com sintomas neurocomportamentais. Com este trabalho, objetiva-se relatar um

caso no qual um paciente com TC diagnosticado primariamente com transtorno depressivo e

enfatizar a importância do diagnóstico diferencial das doenças psiquiátricas com causas

orgânicas. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 45 anos, previamente hígido e sem

antecedentes psiquiátricos na família, que passou a apresentar apatia, labilidade emocional,

retraimento, cefaléia ocasional e dificuldade para relações interpessoais há seis meses, quando,

então, foi diagnosticado com depressão e iniciado terapia com fluoxetina. Dois meses depois,

evoluiu com cefaléia insidiosa, holocraniana, em peso e de difícil controle associada a vômitos,

agressividade, confusão mental, afasia e crise convulsiva. Solicitada uma tomografia

computadorizada de crânio, foi evidenciado um processo expansivo frontal esquerdo irregular

com disseminação inter-hemisférica via corpo caloso, sem edema importante. Posteriormente,

a sorologia para HIV foi negativa e a ressonância magnética mostrou uma lesão expansiva na

porção ântero-medial do lobo frontal esquerdo, cortico-subcortical, com envolvimento do corpo

caloso e do ventrículo lateral esquerdo, sem restrição à difusão e sugestiva de neoplasia. Optou-

se pela abordagem cirúrgica, com posterior admissão na unidade de terapia intensiva e desfecho

fatal. O anatomopatológico revelou tratar-se de glioblastoma multiforme. Conclusão: É de suma

importância considerar os TC no diagnóstico diferencial de condições psiquiátricas de início

recente e com antecedentes negativos, e assim, considerar a abordagem neuroimaginológica

em todos pacientes com sintomas atípicos psiquiátricos, independentemente da ausência de

sintomatologia neurológica, onde as neoplasias localizadas no lobo frontal podem se apresentar

com abulia, mudança de personalidade ou depressão.

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NÚMERO DO PAINEL: 100

Temário: Tumores

Título: TUMOR HIPOFISÁRIO METASTÁTICO, DIAGNÓSTICO RARO E DESAFIADOR

Instituição: SANTA CASA DE RIBEIRÃO PRETO

Autores: LUCIANO JOSÉ SILVEIRA FILHO; NICOLLAS NUNES RABELO; BRUNO NASCIMENTO

BETTENCOURT; LUIZ ANTÔNIO ARAUJO DIAS; KOJI TANAKA;

Resumo:

Introdução: Metástase para a glândula pituitária é incomum, podendo encontrar de 1-26% nas

autopsias de neoplasias, e ocorre mais frequentemente em pacientes com carcinomas da mama

em mulheres, e pulmão em homens. Menos comuns, os tumores primários colorretais, renal e

melanoma. A maioria é assintomática, mas pode manifestar-se com diabetes insípidos,

alterações visuais, cefaleia, oftalmoplegia e insuficiência da pituitária anterior. Espessamento da

haste hipofisária, invasão de seio cavernoso e esclerose ao redor da sela, podem sugerir esse

diagnóstico. Objetivos: Descrever os achados clínicos, diagnóstico e a abordagem cirúrgica no

tratamento de uma metástase hipofisária com antecedente de tumor primário do pulmão do

tipo adenocarcinoma. Métodos: Foi realizado revisão sistemática a respeito do tema para

elucidação das principais evidências, bem como, constatação dos dados do prontuário,

anamnese clinica e discursão do caso em reuniões científicas do serviço. Resultados: D.P de G.,

procedente de Pirassununga - SP, 61 anos, há 7 meses, apresentava sede incontrolável e há 3

meses diminuição da acuidade visual, sem evidenciar doenças oftalmológicas. Associado a dor

cervical, a qual irradiava para MMII D com perda dos movimentos parciais, força grau 4+. RMN

de crânio com quatro pequenos nódulos em região tempo parietal direito e cerebral. No exame

físico com hemianopsia temporal em campos inferiores da visão. Tinha quadro de dispnéia, a

qual em TC torácica evidenciou lesão em ápse pulmonar, e a biópsia indicou adenocarcionoma

pulmonar. Tem histórico de ter contato durante 40 anos fogão a lenha e tratar de

hipotireoidismo. No exame físico apresentava hemianopsia temporal em campos inferiores da

visão. Campimetria com perda visual bilateralmente. Foi realizada excerese total por via

endoscópica. No pós operatória evidenciou diabetes insípidos, discreto sangramento, síncope

com sudorese, taquicardia seguido de crise convulsiva parcial simples, TVP em ilíaca e femoral,

e delirium, com uso de ddavp e predinisona, hidantal e marevan. Após estabilização de 6 dais,

paciente foi de alta, porém perdeu seguimento do ambulatório. Conclusão: O tratamento para

estes tumores é frequentemente multimodal e inclui cirurgia, terapia de radiação, e

quimioterapia. Sobrevida de 6 a 22 meses. Ressalta-se a importância de se estabelecer esse

diagnóstico como diagnóstico diferencial de doenças suprasselares. devido similaridade

radiológica.

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NÚMERO DO PAINEL: 101

Temário: Tumores

Título: TUMOR PRIMÁRIO DE PÂNCREAS METASTIZANDO PARA COLUNA TORÁCICA: RELATO DE

CASO

Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE

Autores: Pâmmela Dayana Lopes Carrilho Machado; Amauri Pereira da Silva Filho; Anne Jamille

Ribeiro Sampaio; Miriam Lucia Galvão Lucena; Larissa Pinto de Farias Tenório;

Resumo:

Introdução: O câncer de pâncreas apresenta grandes dificuldades para o diagnóstico precoce, o

que leva muitos pacientes a estágios avançados, em cerca de 80% dos casos. Além disso,

metástases ósseas acometem em torno de 30 a 70% dos pacientes oncológicos. Entretanto, são

poucos os relatos de metástases ósseas secundárias a tumores pancreáticos. Objetivo: Este

trabalho visa relatar um caso de tumor primário de pâncreas que sofreu metástase para a coluna

torácica. Método: Estudo realizado a partir de pesquisa documental, ancorada em dados

extraídos do prontuário médico do paciente, admitido em um hospital de referência em

Neurocirurgia no interior da Paraíba. Além disso, promoveu-se observação da internação, bem

como acompanhamento ambulatorial do referido caso, o que fora associado à consulta

bibliográfica em base de dados com indexação. Resultados: O caso abordado trata-se de um

paciente sexo masculino, 72 anos, que, há dois meses, iniciou quadro de dor e distensão

abdominal com icterícia 3+/4+ e emagrecimento progressivo. Ao procurar serviço de cirurgia

geral, foi diagnosticado com câncer de pâncreas, tendo sido submetido a tratamento cirúrgico.

Após dois meses da cirurgia, evoluiu com dorsalgia, paraplegia crural súbita, com nível sensitivo

T5-T6, além de retenção urinária e constipação. Ao exame, apresentava-se com estado geral

comprometido, acamado e paraplégico. Os exames laboratoriais evidenciaram anemia de

doença crônica; radiografia de tórax não apresentou alterações. Além disso, foi realizada

ressonância magnética de coluna torácica, a qual mostrou lesão infiltrativa, com destruição do

pedículo e corpo vertebral de T6, associada a importante compressão medular sugestivo de

metástase. Posteriormente, o paciente foi submetido à Laminectomia Simples, com biópsia de

corpo vertebral de T6. O resultado do histopatológico mostrou tumor metastático com foco

primário em pâncreas. Em seguida, o paciente foi encaminhado para radioterapia e seguimento

do tratamento da lesão pancreática. Conclusão: O caso apresentado mostra-se como uma

complicação rara e pobremente descrita na literatura de metastização de câncer de pâncreas. A

rápida evolução clínica do paciente, que em dois meses encontrava-se com paraplegia, mostra

a agressividade desta entidade nosológica, o que torna primordial o diagnóstico e tratamento

precoces.

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NÚMERO DO PAINEL: 102

Temário: Tumores

Título: TUMOR TERATOID RHABDOID ATYPICAL IN ADOLESCENTS IN THE CEREBELLAR POINT

ANGLE: CASE REPORT

Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

Autores: Denismar Borges de Miranda; Pedro Henrique Essado Maya; Natália Costa Resende

Cunha; Marcela Marino de Azeredo Bastos; José Edison da Silva Cavalcante;

Resumo:

Introduction: in pediatric, atypical teratoid-rhabdoid tumors-ATRT are rare with high

malignancy. They represent less than 5% of all pediatric CNS tumors with a slight predominance

for males. Most commonly in the cerebellum, but affects other rare sites: cerebellopontine

angle-CPA, brainstem, and spinal cord pineal region. Neuroimaging shows large mass of

heterogeneous intensity and histopathological presence of rhabdoid cells. Aimed to reporting

adolescent affair with ATRT in CPA, underwent neurosurgical resection. Result: 16 years old,

male, without allergies and associated comorbidities presented complained of axial and

appendicular ataxia, progressive headache, vomiting and TC describing voluminous expansive

lesion in the posterior fossa. When hydrated physical examination, ruddy, afebrile, eupneic,

verbalizing and wandering; without motor or sensory deficit. Normal laboratory tests and MRI

confirmed extra axial expansive lesion, with its epicenter in the cistern of the CPA, submitted to

resection of the tumor CPA with preservation of cranial nerves, without complications. MRI

control without remaining lesions. Biopsy and histopathological suggested ATRT. Discharge on

the 6th PO without complaints and outpatient attendance. It returns after a month with

dizziness frame, severe headache, visual changes, nausea and vomiting. Surgical

rapprochement, uneventful. Keeping it in the histopathological diagnosis. At 30 days PO evolved

with nausea, intense headache, bilateral hearing loss, agitation, aggression, confusion and

dysarthria. Result of the surgical rapprochement, uneventful. Keeping it in the histopathological

diagnosis. At 30 days PO evolved with nausea, intense headache, bilateral hearing loss, agitation,

aggression, confusion and dysarthria. Result of the immunohistochemical confirmed ATRT. TC

showed recurrence ATRT in CPA and metastasis. Referred to oncology service, and died on 3rd

day. Conclusion: ATRT is a primary neoplasm of the CNS, rare and highly aggressive. Always in

the presence of expansive lesions the differential diagnosis should be taken. Survival less than 1

year with local recurrence and spread. Immunohistochemistry confirmed the diagnosis that in

general, the race against time is a determining factor for initiation of therapy (macroscopically

complete resection, radiotherapy and chemotherapy). Unfortunately the unfavorable evolution

of this case confirms the epidemiology of this disease for its high malignancy and rapid evolution.

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NÚMERO DO PAINEL: 103

Temário: Tumores

Título: TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL NA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA EM HOSPITAL

DE REFERÊNCIA EM NEUROCIRURGIA NA PARAÍBA

Instituição: H TRAUMA-CG / CLÍNICA SANTA CLARA

Autores: Amauri Pereira da Silva Filho; Miriam Lucia Galvão Lucena; Anne Jamille Ribeiro

Sampaio; Larissa Pinto de Farias Tenório; Pammela Dayana L.C. Machado;

Resumo:

Introdução: Os tumores do Sistema Nervoso Central (t SNC) representam a principal neoplasia

sólida na infância, com incidência anual de 4,5/100.000. Estima-se que cerca de 8 a 15% das

neoplasias pediátricas são representadas por esse grupo, que se apresentam como a principal

causa de morte por câncer em pediatria. A distribuição histológica varia de acordo com a faixa

etária analisada, mas, de modo geral, os tumores neuroepiteliais somam 75% dentre os t SNC

primários na infância. Objetivo: Este trabalho visa estudar as características clinicas dos t SNC na

faixa etária pediátrica, em um hospital de referência em neurocirurgia na Paraíba. Método:

Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa dos dados de 50

prontuários de pacientes com até 18 anos, admitidos no hospital supracitado e que receberam

diagnóstico de t SNC, entre janeiro de 2013 e janeiro de 2015. Os dados foram coletados a partir

de um formulário padrão e organizados em planilha do Microsoft Excel 2007. Resultados: Os t

SNC primários corresponderam a 94% (n= 47), ao passo que os tumores metastáticos somaram

6% (n= 3) – derivados de tumor renal (n= 1), osteosarcoma (n=1) e melanoma (n= 1). A média

de idade dos pacientes foi de 8,5 anos (± 4,5). Com relação à localização, a região supratentorial

representou 31,9% (n= 15), a medular 19,5% (n= 9) e a infratentorial representou 48,9% (n= 23).

Todos os pacientes com tumores supra e infratentorial apresentaram cefaleia e déficit motor

completo ou incompleto para os tumores medulares. O Astrocitoma Pilocítico foi o tipo

histológico mais prevalente, com 29,7% (n= 14), seguido por Ependimoma, com 17,02% (n= 8),

Meduloblastoma, com 12,7% (n= 6) e Glioblastoma Multiforme, com 12,7% (n= 6). Também

foram encontrados Papilomas e Carcinomas do Plexo Coroide, Tumor Teratóide Rabdóide,

DNET, Hemangioblastoma, Astrocitomas de baixo grau, Craniofaringioma e Meningioma.

Conclusão: Houve predomínio marcante da linhagem neuroepitelial e da localização

infratentorial. A média de idade encontrada foi mais elevada do que em estudos semelhantes,

devido à dificuldade de acesso à saúde e a baixa escolaridade familiar, além das manifestações

clinicas serem habituais, tais como dor de cabeça.