modelo predominante de edifícios de escritórios para análise energética em florianópolis

99
MODELO PREDOMINANTE DE EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOS PARA ANÁLISE ENERGÉTICA EM FLORIANÓPOLIS TIAGO TAMANINI JUNIOR ENEDIR GHISI ULISSES MUNARIM PIBIC/CNPq BIPI/UFSC ORIENTADOR COLABORADOR

Upload: tiago-junior

Post on 26-Jun-2015

1.986 views

Category:

Technology


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

MODELO PREDOMINANTE DE

EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOSPARA ANÁLISE ENERGÉTICA EM FLORIANÓPOLIS

TIAGO TAMANINI JUNIORENEDIR GHISI

ULISSES MUNARIM

PIBIC/CNPq BIPI/UFSC

ORIENTADORCOLABORADOR

Page 2: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

UNIVERSIDADEFEDERALDESANTACATARINA

CENTROTECNOLÓGICODEPARTAMENTODEENGENHARIACIVIL

PROGRAMAINSTITUCIONALDEBOLSASDEINICIAÇÃOCIENTÍFICAPIBIC/CNPq–BIPI/UFSC2012/2013

MODELOPREDOMINANTEDEEDIFÍCIOSDEESCRITÓRIOSPARAANÁLISEENERGÉTICAEMFLORIANÓPOLIS

TiagoTamaniniJunior

ORIENTADOREnedirGhisi,PhD

COLABORADORUlissesMunarim

Florianópolis,31deagostode2013.

Page 3: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

AGRADECIMENTOS

Primeiramente, ao meu orientador, Enedir Ghisi, pela oportunidade deaceitareacreditarnaminhapesquisaque,acimadetudo,éméritodacontinuidadede trabalhos precedentes e será fonte para outros futuros que assim oconsiderarempertinente.

Ao Ulisses Munarim, importante colaborador e fomentador da minhatemática e base literária. Foi quem me ingressou neste meio e que tem meestimuladoaindamaisacontinuarsendopesquisador.

À Fernanda Sasse, minha esposa, a qual esteve domeu lado em diversosmomentos da pesquisa, seja ouvindominhas felicitações por novas descobertas,sejapelasfrustraçõesdoscaminhosnãosatisfatóriosqueapesquisacientíficageraocasionalmente.

Aos meus pais, Frida Lange e Tiago Tamanini, que acreditaram e meincentivaram nos estudos desde minha formação primária. A estes devo muitomaisdoqueaindapodereiretribuir.

AoCNPqeàUFSCquemeconcederamabolsadepesquisa,aqualreconhecimelhor após o ingresso e que, se houvesse nova oportunidade, novamenteingressaria.

À JonathanRaphaelVieiradaRosa,oqualconcedeuparamimlivreusodesuafotografiadocentrodeFlorianópolisparailustraracapadestetrabalho.

Tentando fazer jus a todos que me auxiliaram de alguma forma nestapesquisa, cito os nomes das instituições, empresas e profissionais, mesmo comquestionávelriscodecometerdeslembrançadosquetambémtiveramimportâncianestetrabalho:

CotaEmpreendimentos–MarcoAurélioAlberton(DiretorTécnico).EspaçoLivreArquitetura–PatriziaChippari(Arqª).HoepckeAdministraçãoeConstrução–Adriano.RCDParticipações–AndrezaDeJesuseGilneiJoãodoBem(EngºCivil).Labcon–FernandoSimonWestphal(EngºPhD.).LabEEE–AlineSchaefer(Arqª),AriadneMarquesdeMendonça(EngªCivil),

Arthur Santos Silva (Engº Civil), Bruna Balvedi (Arqª), Cláudia Donald Pereira(Arqª Ma.), Karran Besen (Graduando em Ciências da Computação), LeonardoMazzaferro (Engº Civil), Márcio Sorgato (Arqº Me.), Miguel Pacheco (Arqº Dr.),RenataDeVecchi(ArqªlMa.)eArquitetoMestreRogérioVersage(ArqºMe.).

SUSP–EnedaeAdamdeLimaCardoso(Estagiário).

Page 4: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

“Opropósitoexistencialdoconstruiréfazerumsítiotornar‐seumlugar,istoé,revelarossignificadospresentesdemodolatenteno

ambientedado.”

ChristianNorberg‐Schulz

Page 5: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

SUMÁRIOAGRADECIMENTOS.............................................................................................................................................2LISTADETABELAS.............................................................................................................................................7SIGLAS....................................................................................................................................................................8RESUMO……...........................................................................................................................................................91INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................10

1.1Consideraçõesiniciais..........................................................................................................................101.2Objetivos.................................................................................................................................................14

1.2.1Objetivogeral....................................................................................................................................................141.2.2Objetivosespecíficos......................................................................................................................................14

1.3Estruturadotrabalho...........................................................................................................................142REVISÃOBIBLIOGRÁFICA...........................................................................................................................16

2.1Introdução..............................................................................................................................................162.2ConsumoEnergéticodaConstruçãoCivilnoBrasil........................................................................162.3AnálisedeCiclodeVidaEnergético...................................................................................................18

2.3.1ContextoHistórico..........................................................................................................................................182.3.2Normalização....................................................................................................................................................192.3.3AnálisedeCiclodeVidaEnergético(ACVE)emEdificações.......................................................20

2.4SimulaçãoComputacional...................................................................................................................222.4.1BIM–BuildingInformationModeling....................................................................................................222.4.2Simulaçãoenergéticacomputacional....................................................................................................242.4.3InteroperacionalidadeentreBIMesimulaçãoenergéticacomputacional...........................252.4.4IntegraçãoentreBIMesimulaçãoenergéticacomputacional....................................................27

2.5Modelopredominante..........................................................................................................................272.6Consideraçõesfinais.............................................................................................................................30

3MÉTODO..........................................................................................................................................................323.1Introdução..............................................................................................................................................323.2Levantamentodedados.......................................................................................................................323.3Distinçãodosedifíciosdeescritório..................................................................................................323.4Localização.............................................................................................................................................333.5Orientaçãosolardosedifícios.............................................................................................................343.6Forma.......................................................................................................................................................343.7Elementosdeproteçãosolar...............................................................................................................343.8Relaçãosolo‐edifício.............................................................................................................................343.9Definiçãodomodelopredominante..................................................................................................343.9.1Númerodepavimentos.....................................................................................................................353.9.2Forma...................................................................................................................................................35

3.9.3Dimensões.....................................................................................................................................353.9.4Orientaçõesdasfachadas...........................................................................................................353.9.5Elementosdeproteçãosolar.....................................................................................................363.9.6Detalhesconstrutivos..................................................................................................................363.9.7Percentualdeáreadejanelanafachada–PJF.......................................................................363.9.8Relaçãosolo‐edifício....................................................................................................................363.9.9Entorno..........................................................................................................................................36

3.10Consideraçõesfinais...........................................................................................................................374RESULTADOS.................................................................................................................................................38

4.1ConsideraçõesIniciais..........................................................................................................................384.2Análisedelevantamentodoparqueedilício....................................................................................41

4.2.1Tempodeexecuçãodasobras..................................................................................................................414.2.2Localizaçãodosedifícios.............................................................................................................................434.2.3OrientaçãosolardasFachadas.................................................................................................................444.2.4Formadasedificações..................................................................................................................................444.2.5Quantidadedepavimentosporedifício................................................................................................464.2.6Pé‐direitodosescritórios............................................................................................................................474.2.7Áreasenvidraçadas........................................................................................................................................474.2.8Relaçãosolo‐edifício......................................................................................................................................544.2.9Obstruçãodeentorno...................................................................................................................................55

4.3Modelopredominante..........................................................................................................................555CONCLUSÕES..................................................................................................................................................61

Page 6: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

5.1Limitaçõesdotrabalho.........................................................................................................................615.2Sugestõesparatrabalhosfuturos.......................................................................................................62

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................................64APÊNDICES.........................................................................................................................................................65ANEXOS..................................................................................................................................................................96

Page 7: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

LISTADEFIGURAS

Figura1–DiagramaesquemáticodaAnálisedeCiclodeVidaemEdificações...........................................11Figura2–ProduçãodeEnergiaPrimária.....................................................................................................................17Figura3–ParticipaçãodaconstruçãocivilnoPIB,empregoeenergiaconsumidabrasileira...........18Figura4–OrganogramadaAnálisedeCiclodeVida..............................................................................................20Figura5–CronologiaesquemáticadeumaACVEparaedifícios.......................................................................21Figura6–DiferençaentreCADeBIMparaatribuiçãodeinformaçõesemumprojeto..........................23Figura7–ProcessodegerenciamentodeummodeloBIMparaanáliseenergética.................................24Figura 8 – Ilustração dos quatro parâmetros utilizados para definição de tipo predominante deedifíciosconformeametodologiaDOE..........................................................................................................................27Figura9–Porcentagemdeedifíciosquepossuemelementosdeproteçãosolar.......................................29Figura10–Tiposdevidrosutilizadosemedifíciosdeescritórios...................................................................30Figura11–RegiãodeestudodosedifíciosdeescritórioemFlorianópolis..................................................33Figura12–Relaçãodeestudodaobstruçãodoentorno.......................................................................................37Figura13–NúmerodeHabite‐sesdeedifíciosdeescritóriosnovosliberadosporanoentre2004e2012...............................................................................................................................................................................40Figura14–Tempodeexecuçãodosedifíciosporanodeiníciodeconstrução..........................................41Figura 15 – Eficiência construtiva dos edifícios de escritórios em Florianópolis por tamanho deempreendimento......................................................................................................................................................................42Figura17‐Ocorrênciadeedifíciosdeescritóriosporbairro..............................................................................43Figura18‐Orientaçãodafachadaprincipal................................................................................................................44Figura19‐Formaemplantadosedifícios...................................................................................................................44Figura 20 – Desenho arquitetônico em corte e respectiva fotografia do edifício Dall Center pararepresentaçãodechanfronavolumetriadoedifício...............................................................................................45Figura 21 – Desenho arquitetônico em corte e respectiva fotografia do edifício ACCR parademonstraçãodeescalonamentonavolumetriadoedifício................................................................................45Figura22–Quantidadedeedifíciospornúmeropavimentos............................................................................46Figura23–Quantidadedepavimentosporedifícioemdetrimentodoanodealvará............................46Figura24–Quantidadedeedifíciosporpé‐direitodospavimentos‐tipo......................................................47Figura25–Percentualdeáreaenvidraçadaporfachadaprincipal(2004‐2012).....................................48Figura26–Percentualdeáreaenvidraçadaporfachadaprincipal(1974‐2003).....................................48Figura27–ÁreaenvidraçadanafachadaprincipalporanodeliberaçãodealvarádaSUSP...............49Figura28–Variaçãodepercentagemdeáreaenvidraçadanasfachadasprincipaisnodecorrerdotempo(datasporalvarás)....................................................................................................................................................50Figura29–Percentualdeáreaenvidraçadaporfachadasecundária.............................................................51Figura30–Percentualdeáreaenvidraçadaporfachadasecundária.............................................................52Figura31–Percentualdeáreaenvidraçadapororientaçãoetempo.............................................................53Figura32–Quantidadedeedifíciosporpavimentosnosubsolo......................................................................54Figura33–DesenhoarquitetônicoemcortemostrandoospavimentosdesubsolodoedifícioPrimeTower...............................................................................................................................................................................54Figura 34 – Premier Office Center e Max & Flora Center, empreendimentos excepcionais aosresultadosdosmodelospredominantes.......................................................................................................................58Figura35–MaqueteeletrônicadomodelopredominantedoCentro.............................................................59Figura36–MaqueteeletrônicadomodelopredominantedaBaciadoItacorubi.....................................59Figura37–Característicasdospavimentosnosmodelospredominantes....................................................60

Page 8: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

LISTADETABELAS

Tabela1–Consumodemateriaiseenergianosetordaconstruçãocivil......................................................11Tabela2–CapacidadedeinteroperacionalidadeentreferramentasBIMedesimulaçãoenergéticacomputacionalatravésdearquivosgbXML.................................................................................................................26Tabela3–Quantidadedeedifíciosocupadosporvariaçãodeanos.................................................................38Tabela4–Característicasdosedifíciosanalisados..................................................................................................39Tabela 5 – Quadro de áreas do edifício PremierOffice Center com previsão de ganho de áreaconstruídaportransferênciadodireitodeconstruireconstruçãodeobradearte.................................40Tabela6–Característicasdosmodelospredominantes........................................................................................57

Page 9: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

SIGLAS

ACV AnálisedeCiclodeVidaACVE AnálisedeCiclodeVidaEnergéticoBIM BuildingInformationModelingCAD Computer‐aidedDesignDOE DepartmentofEnergyEI EnergiaIncorporadaIBPSA InternationalBuildingPerformanceSimulationAssociationIEA InternationalEnergyAgencyISO InternationalOrganizationforStandardizationNBR NormaBrasileiraRegulamentadoraSETACSocietyofEnvironmentalToxicologyandChemistry

Page 10: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESUMO

Diantedonotável consumode energiadeumedifíciode escritóriosdurante seuciclodevida,estetrabalhoavaliaoparqueedilíciodeescritóriosdeFlorianópolis‐SC.Seuprincipalobjetivoéelaborarummodelopredominantedesteparquecominício de ocupação entre 2004 e 2012, o qual possa ser utilizado para análiseenergética. Para isso, foram realizadas, a partir de dados da Secretaria deUrbanismo e Serviços Públicos (SUSP), análises de características físicas,geométricasegeográficasassimcomoamodelagemdemaqueteseletrônicasquerepresentassemotipopredominantedessasedificaçõesnacidade.Olevantamentoenglobou30empreendimentos,dosquais18noCentroe12naBaciadoItacorubi.ParacomplementarosdadosdaSUSP,foramconsultadossoftwaresdelocalizaçãoe geração de imagens de satélite assim como profissionais da construção civilenvolvidos nos edifícios analisados. Constatou‐se assim que 57% do parqueedilíciototalpossuemmaisde50%desuperfícieenvidraçada,tendoumaumentosignificativonodecorrerdasúltimasdécadas.Apesquisaresultoutambémqueaorientaçãodemaiorpercentualdeáreaenvidraçadaestevesemprerelacionadaàvisualização pela fachada principal ou secundária e não à vulnerabilidade doimpacto da insolação pelas faces dos edifícios. Ainda foram apontados que osmodelos predominantes do Centro e da Bacia do Itacorubi possuem áreasenvidraçadas semelhantes, entretanto os edifícios do Centro possuem maiorgabaritoqueosdaBaciadoItacorubieestesmaioresáreasconstruídasdevidoaimplantações em lotes de maiores dimensões. Deste modo concluiu‐se que hápouca preocupação de órgãos públicos e parte dos projetistas na concepção eanálise da eficiência energética das edificações. A finalidade estética visual e odimensionamentodeespaçosconformedemandaseconômicasforamoselementosdeterminantesdoprojetodeedifíciosdeescritóriosemFlorianópolis.

Palavras‐chave:edifíciosdeescritórios,modelopredominante,análiseenergética.

Page 11: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

INTRODUÇÃO 10

1 INTRODUÇÃO

1.1 Consideraçõesiniciais

Abuscapor suprir asnecessidades humanasnos ambientes construídos semprefoi uma premissa básica da arquitetura. Os primeiros núcleos de civilizaçãopossuíamuma íntima integração comanatureza, onde amatéria‐primaextraídasofriapoucosprocessosdetransformaçãoatéasuafasefinaldeuso.Dessaforma,haviaumbaixoconsumodeenergia,queinicialmenteeramovidoporforçaanimal(incluindoahumana).

A partir da era moderna, os processos de transformação da matéria‐primapassaramaser industrializados,aumentandoaextraçãoderecursosnaturaiseoconsumode energia. A larga escala de produção demateriais para a construçãocivil se disseminoupelomundo e tornou amáquina o centrode expectativas dahumanidade. Durante meados do século XX foi reduzido o uso de variáveisambientais como condicionantes de projetos para edificações, visto que ossistemaselétricos(ventiladores,condicionadoresdear)substituíramossistemaspassivos de conforto ambiental e os materiais naturais para construção foramsubstituídos por materiais manufaturados. Além disso, devido ao processo deglobalização, a indústria levou ao mundo materiais de regiões específicas,aumentando as distâncias de transporte e desfavorecendo o balanço energéticoentreproduçãoeconsumolocais.

Havendoaprimeiracriseenergéticanosanos1970,comoaumentodospreçosdosbarris de petróleo no Oriente Médio, a origem das fontes energéticas foiquestionada. Reduzir o consumo e substituir combustíveis fósseis por energiasrenováveistornou‐sepautadevárioscongressoseacordosinternacionais,comoaRio92eoTratadodeKyoto.

A amplitude dessa problemática mundial chegou à construção civilposteriormente. Alguns segmentos do setor se voltaram para os processos defabricação de materiais enquanto outras linhas de pesquisa discutiram os usosfinaisdeequipamentoseletrodomésticosedeclimatização.Houvenestemomentoum despertar para as questões relacionadas ao ciclo de vida das edificações(TAVARES,2006).

Alémdacriseenergética,houvetambémpreocupaçõesrelacionadasaosimpactosda construção civil no meio ambiente e na saúde humana. Um exemplo dainterferência que o setor tem gerado em escala global a estes casos pode serobservadonaTabela1.

Page 12: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

INTRODUÇÃO 11

Tabela1–ConsumodemateriaiseenergianosetordaconstruçãocivilRecurso Índicedeuso Efeitos

Matéria‐prima 40%Atividadesdemineração

Destruiçãodoambientedemineração,geraçãoderesíduostóxicos,remoçãodeflorestas,poluiçãodoareáguadoprocessamento

Madeira 25%Exploraçãodereservas

Desflorestamento,perdadadiversidadedefaunaeflora,desertificaçãoecomprometimentode

mananciaisdeágua

Energia 40%Fontesdeenergia

Poluiçãodoar,chuvaácida,mudançadecursosderios,lixoatômicoeaumentodoaquecimento

global

Água 16%Recursoshídricoscontinentais

Poluiçãodecórregoserios,escassezdeáguaparaconsumohumano

Resíduos 50%Lixomunicipal

Acúmuloderesíduoscominfiltraçõesdelíquidostóxicosemetaispesadosparaoslençóis

freáticos

Ar30%

Máqualidadeinternadoardasnovasedificaçõesoudasreformadas

Aumentodosíndicesdedoençasrespiratóriaseperdasde10bilhõesdedólaresem

produtividadedasempresas

Fonte:Roodmanetal,1995apudTavares(2006).

Esses dados revelam, de uma forma geral, os principais impactos da construçãocivil, apontando conclusões da influência que as edificações geram ao longo desuasvidas.OestudodestesimpactosaolongodavidadeumbemouserviçoestárelacionadoaométododaAnálisedeCiclodeVida.

Essemétodo,aAnálisedeCiclodeVida,surgiuapartirdeestudosdeimpactosdeprodutos manufaturados, onde se pôde chegar posteriormente à aplicação emedifícios.Destemodo,seuconceitobaseia‐senaformaçãodeumabasededados–inventário–paraposterioravaliaçãocomparativadeentradas,saídase impactosambientaispotenciais.

OprocessodeAnálisedeCiclodeVidadeEdificaçõespodesercompreendidodeformaresumidaatravésdaFigura1.

Figura1–DiagramaesquemáticodaAnálisedeCiclodeVidaemEdificações.

Fonte:Tavares(2006).

Page 13: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

INTRODUÇÃO 12

A NBR ISO 14040 de 2001 identifica a ACV como uma técnica que estuda osaspectos ambientais e os impactos potenciais ao longo da vida de um bem ouserviço. Os aspectos e impactos ambientais estudados na ACV são diversos eincluemousoderecursos,asaúdehumanaeasconsequênciasecológicas.

A partir da avaliação destes impactos, a ACV pode auxiliar na melhoria dosaspectos ambientais de bens ou serviços, na tomada de decisões de empresas eorganizações governamentais, além da seleção de indicadores de desempenhoambiental(NBRISO14040,2001).

Apesar de a ACV possuir grande utilidade, exige considerável tempo e recursospara levantamento de dados (CHEHEBE, 1998). É recorrente que os impactosrelativos ao consumo de energia são significativos nos estudos de ACV. Dessaforma,analisando tempoerecursos,estapesquisase focaapenasnamodelagemdeumedifícioreferencialquepossaserutilizadoparaanáliseenergética,podendoincluirassimaAnálisedeCiclodeVidaEnergético–ACVE.

AACVEestuda,principalmente, o conceitodeEnergia Incorporada.Esta avalia asomadetodososrecursosenergéticosconsumidosnafabricaçãodeumproduto.Oprocesso inicia‐secomaextraçãodematéria‐prima,a fabricaçãoemontagemdoproduto, além de todo o ciclo de transporte necessário à consolidação edistribuiçãoatéachegadaaoconsumidorfinal(NBRISO14040,2001).

No panorama brasileiro da construção civil todos os setores apontam para umcontínuocrescimentodoconsumodeenergia.Osetorresidencialcontémomaiorvalor absoluto de consumo, enquanto o comercial, o maior valor de expansão.Entre 2001 e 2009, edifícios comerciais aumentaram em 32% o consumo deenergiaoperacional,sendoquedestaaelétricasuperousozinha44%(BEN,2011).Em Florianópolis, a eletricidade em edificações comerciais corresponde a umcrescimento de 49% para o mesmo período, significativo para uma cidade que,sobretudo,temsofridoigualmenteumaumentodoconsumode28%emedifíciosresidenciais(CELESC,2009).

O acelerado crescimento econômico de Florianópolis aliado a um ecossistemainsular e continental devem coexistir pacificamente. O setor de prestação deserviços, responsável por grande parte do PIB municipal (IBGE, 2009), mereceatençãoemmeioàsfragilidadesambientaisdacidade.Suainserçãoafloradadeummarketing dito sustentável deve provir de políticas de eficiência energéticadurantetodoociclodevidadasedificaçõesqueorepresentam.

A construção civil dentro do setor comercial, em especial os edifícios deescritórios,temsealimentadodaproduçãodeedificaçõestecnologicamentemaissofisticadas. Florianópolis já aponta propagandas e investimentos de grandescorporaçõesdaconstruçãocivilpararealizaçãodearquiteturascorporativas,ondese tem repercutido estéticas de edifícios envidraçados como ideais do sucesso

Page 14: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

INTRODUÇÃO 13

empresarial.Diversoscasosapartirdofinaldadécadade1980apontam100%deáreas envidraçadas emalgumas fachadasdos edifícios de escritórios (SANTANA,2006). Esses tipos predominantes de arquiteturas se mostram interessantes aserem analisadas, especialmente por contradizerem em alguns casos o uso detecnologiasmodernascomimpactosambientaisseveros.Oconsumodeenergiaederecursosnaturaissão fatoresrelevantesnaanálisede levantamentodos tipospredominantesdeedificaçõescomerciaisemFlorianópolis.

Osprofissionaisqueprojetamestesedifíciospossuemgranderesponsabilidadenatomada de decisões ao escolherem formas construtivas e especificação demateriais.Parâmetrosconstrutivoscomofundação,estrutura,paredesexternasecobertura influenciam na maior parte da energia incorporada em edificações(THORMARK, 2002). Embora a atual arquitetura de edifícios de escritóriosapresente modernas e inteligentes tecnologias, pouco demonstra de umapreocupaçãorealcomasustentabilidade.

Dessa forma pode‐se ter um balanço do quanto realmente as tecnologias maisrecentesdaconstruçãocivilinfluenciamnoprocessodeanálisedoprojetistacomodesenho de um envelope arquitetônico eficiente energeticamente. Devido àevoluçãotecnológicadoselementosconstrutivos,oprojetodoedifícioemsipassamuitas vezes a ser ummero desenho estético e organizacional, não relevando oprocessointelectualdoprojetistaemrealizararquiteturasinteligentesdopontodevistaambiental.

Como jácitado,desdeadécadade1990acordose tratadosambientaismundiaistêmpressionadoaconstruçãocivilamelhorarseusíndicesdeimpactoambiental.Devido a isso, o modo de projetar já inserido no meio computacional foiincorporadoanovosprocessosdetestesesimulaçõesdeedifícios.Ferramentasdecomputador que simulam o consumo de energia em edifícios e o confortoambientaltêmsidoosmaiscomunsnosnovosprocessosdeprojetaçãocomênfaseem eficiência energética. Por isso, diversos estudos e pesquisas se lançaramespecialmentenacriaçãoedesenvolvimentodessasplataformas.

Organizações como a International Building Performance Simulation Association(IBPSA) e a International Energy Agency (IEA) têm amplamente divulgado eestimulado o uso de simulação energética computacional em edificações.Encontros internacionais como a BuildingSimulationConference são as grandesapostas de possibilidades de avanço científico nos processos de projetação deedifíciosmaissustentáveis(IBPSA,2011).

Demodocontextualizadoaessesestudosentreestéticasarquitetônicaseeficiênciaenergética, esta pesquisa traz à tona a influência do envelope arquitetônico aolongo do ciclo de vida energético das edificações de escritórios. Através delevantamentosdosprincipaisedifíciosdeescritóriosdeFlorianópoliscominíciode

Page 15: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

INTRODUÇÃO 14

ocupaçãoentre2004e2012,realizar‐se‐áamodelagemdeumtipopredominantedeedifícioparautilidadeposterioremsimulaçõesenergéticascomputacionais.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivogeral

Este trabalho temcomoobjetivoprincipalelaborarummodelopredominantedeumgrupodeedifíciosdeescritóriosconstruídosemFlorianópolis‐SCentre2004e2012quepossaserutilizadoparaanáliseenergética.

1.2.2 Objetivosespecíficos

Osobjetivosespecíficosdestetrabalhoconsistemem:

Definir o modelo predominante de edifícios de escritórios com início deocupaçãoentre2004e2012emFlorianópolis–SC;

Obter um novo acervo edilício para futuras pesquisas acerca da análiseenergéticadosmesmos;

Levantarasprincipaiscaracterísticasconstrutivasdosedifíciosestudados.

1.3 Estruturadotrabalho

O presente trabalho encontra‐se divido em cinco capítulos: Introdução, RevisãoBibliográfica,Método,ResultadoseConclusões.Noprimeirocapítulo–Introdução– o tema do trabalho é apresentado e justificado, apontando brevemente aimportânciadoassuntoeosobjetivosaseremalcançados.

ARevisãoBibliográfica fazumaapresentaçãoeexplanaçãodométododeanálisede ciclo de vida energético em edificações. Revela‐se então um levantamento deformas de definição de tipo predominante para edifícios. Posteriormente sãoapresentadososprogramascomputacionaisparaefetivaçãodapesquisa.

OMétodoestáenglobadoentãonoterceirocapítulo,ondesemostrainicialmenteuma breve descrição dosmétodos adotados seguidos da explicação de como serealizouolevantamentodedadosdasedificaçõesexistentesparaposteriormentesefazeradefiniçãodotipopredominante.Aofinalémostradoumsubcapítulocombrevesconsideraçõessobreométodoinstituído.

Page 16: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

INTRODUÇÃO 15

Noquartocapítulo,Resultados,éapresentadaafasedesaídadedadosdométodoaplicado. Dessa forma, o tipo predominante é caracterizado para uso futuro deanálisesenergéticas.Aofinaldocapítulonovamentesãorealizadasconsideraçõessobreosresultadosobtidos.

São obtidas então no quinto capítulo as Conclusões, as quais são extraídas dasanálisesobtidasapartirdosresultadosexpostosnoquartocapítulodestetrabalho.Estas considerações finais apontam para um breve diagnóstico do envelopearquitetônico de edifícios de escritórios. Serão apresentadas ainda limitações dapesquisaesugestõesparafuturostrabalhos.

Page 17: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 16

2 REVISÃOBIBLIOGRÁFICA

2.1 Introdução

Nestecapítulosãoabordadosquatrotemasde importânciaparaessapesquisa:oconsumo energético da construção civil no Brasil; a análise de ciclo de vidaenergético em edificações; a simulação computacional e a análise de tipospredominantesdeedifícios.

Referente à importância de se estudar eficiência energética em edificações, osubcapítulosobreoconsumoenergéticodaconstruçãocivilnoBrasil relacionaedescreve o alto consumo de energia por parte do setor com a baixaempregabilidade e participação do PIB se visto proporcionalmente a outrossetoresdaeconomia.Aliteraturatambémpercorrereferênciasinternacionaisquemostram o impacto dos edifícios no globo e a preocupação de diversos paísesacercadotemadesdeadécadade1970.

Sequencialmente o subcapítulo da análise de ciclo de vida energético emedificações explica a origem e a importância dessa metodologia na avaliaçãopotencialdeimpactodosedifíciosnomeioambiente.

Na literatura da simulação computacional são levantadas as referênciasbibliográficas mais recentes nacionais e internacionais, principalmente às querelacionam atuais problemáticas de interoperacionalidade entre BuildingInformationModelingeSimulaçãoEnergéticaComputacional.

Antes das considerações finais há um breve levantamento de pesquisasrelacionadas a tipos predominantes de edifícios, em especial edifícios deescritórios para que se possam ser utilizadas informações construtivas nasimulaçãoecaracterizaçãodeelementosrelevantesdasedificaçõesanalisadas.

2.2 ConsumoEnergéticodaConstruçãoCivilnoBrasil

Ospaísesatingidospelacrisedopetróleoduranteadécadade1970estãoentreosmaioresfinanciadoresdepolíticasdeeficiênciaenergéticaemedificações.SegundoaInternationalEnergyAgency(IEA),asedificaçõescontamporquaseumterçodaenergia final consumida no mundo (IEA, 2011). Desta parte, aproximadamentemetade do consumo energético em edificações é devido ao aquecimento eresfriamento de ambientes assim como ao aquecimento de água. Estes fatorestornamodesempenhoenergéticoemedifíciosumcritérioessencialparapolíticasgovernamentaisempaísescomescassezdeenergia.

No panorama brasileiro, o crescimento econômico nas últimas décadas temdemandado uma expansão da matriz energética nacional. Para a expansão das

Page 18: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 17

fontes de energia, os planos nacionais de governo têm tratado de ampliar oscentros de produção de energia, em especial os derivados da cana‐de‐açúcar. AFigura 2 demonstra a variação da produção de energia primária no Brasil emquarentaanos.

Figura2–ProduçãodeEnergiaPrimária.

Fonte:MME,2012.

Contrário ao que se espera, o Brasil passou por um crescimento muito maisexpressivonaproduçãodeenergiaapartirdopetróleodoqueapartirdeenergiasrenováveis. Contudo, programas governamentais têm realizado grandesinvestimentos no setor energético renovável. Como exemplo, tem‐se a usina deBeloMonteeasusinaseólicasnordestinas.

Alémdaproduçãodeenergiarenovável,houvetambémumolharparaaeficiênciaenergéticadossetoresdaeconomiabrasileira.Comacrisedeenergiaem2001,oBrasil se voltou a inserir leis que exigissem minimamente bons desempenhosenergéticos de aparelhos e máquinas domésticas. A etiqueta Procel é o maiorcontribuinteparaessescasos.

No país, o consumo de energia elétrica em edificações, ou seja, nos setoresresidencial, comercial e público, correspondeu a 47%da eletricidade consumidaem 2010 (BEN, 2011). Porém, demodo geral, o setor da construção civil aindarecebepoucaatençãoquantoaousoracionaldeenergia.Alémdousodeenergiaparaoperaçãodasedificações,hátambémoimpactodaprópriaconstruçãoparaasociedade. A exemplo disso, a construção civil ocupa um valor significativo no

Page 19: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 18

âmbitoambiental,socialeeconômicobrasileiro.Enquantorepresenta5,7%doPIBbrasileiro,consome15%detodaaenergiasecundáriaegera7,6%deempregosnopaís.AFigura3demonstraocruzamentodessasinformaçõesemdezanos.

Figura3–ParticipaçãodaconstruçãocivilnoPIB,empregoeenergia

consumidabrasileira.Fonte:IBGE,2010.

ApesardeconsiderávelparticipaçãodoPIBedaofertadeempregos,aconstruçãocivil responde por um índicemuito elevado da energia total consumida no país.Segundo o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), a construçãocivilpoderia reduziraenergiaconsumidade30%a40%,oque significariaumaquedadeaproximadamente5%dototalnopaís.

2.3 AnálisedeCiclodeVidaEnergético

2.3.1 ContextoHistórico

No período pós‐guerra novas tecnologias para a geração de energia forampesquisadas e balanceadas entre si. Um bom exemplo disso foram as usinasnucleares, estudadas por pesquisadores para um olhar além da sua energiaproduzida,ondetambémselevantouageraçãodo“boloamarelo”edamineraçãode urânio, a gestão de resíduos a longo prazo, e até mesmo os impactos detransporte. Desse modo se formou o precursor do que ficou conhecido comoAnálise de Ciclo de Vida, um processo sistemático orientado para identificarentradasenergéticasnaproduçãodeserviçosdeenergiaparaaépoca(HORNEetal.,2009).

0

2

4

6

8

10

12

14

16

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

ParticipaçãodoPIB(%)

ParticipaçãodeEmprego(%)

EnergiaConsumida(%)

Page 20: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 19

Com a crise energética dos anos 1970 e posteriormente os interesses sociais eeconômicos,pesquisasbuscarammétodosdeavaliarimpactosambientais.Porissoas pesquisas relacionadas aos ciclos de vida completos de serviços e produtostornaram‐sedemaiorinteresseparaacomunidadecientífica.

Durantemeados dos anos 1980 novos termos apareceram para descrever essesestudos incluindo“balançoecológico”e “análisedoberçoao túmulo”–cradle‐to‐graveanalysis. Em1990o termoAvaliaçãodeCiclodeVida foi proposto emumCongresso em Vermont, Estados Unidos, realizado pela SETAC (Society ofEnvironmentalToxicologyandChemistry)(HORNEetal.,2009).

Com o rápido crescimento do interesse por parte de cientistas e políticosinternacionais, em 2002, a UNEP (UnitedNationsEnvironmentProgramme) e aSETAC criaram a UNEP/SETAC Life Cycle Iniciative para acompanhar odesenvolvimento da ACV nas bases práticas de países europeus, dos EstadosUnidosedoJapão.Posteriormente,ofocotambémsevoltouparaasindústriasdaÁsia,ÁfricaeAméricadoSulemdetrimentodoprocessodeglobalização.Assim,profissionaisdaACVaprimoraramtécnicasemétodosparacalcularimpactosdossistemasdeproduçãoeconsumo(HORNEetal.,2009).

2.3.2 Normalização

ConformeaNBRISO14040de2001,aACVéumatécnicaqueestudaosaspectosambientaiseos impactospotenciaisao longodavidadeumproduto.Nocasodeedificações,aACVpodeauxiliarnasseguintesquestões:

Melhoria dos aspectos ambientais dos edifícios em vários pontos ao longo doseuciclodevida;

Na tomada de decisão de projetos técnicos por parte de arquitetos eengenheiros;

Na seleção de indicadores pertinentes de desempenho ambiental comoinstrumentosdemediçãopadrõesparaedifícios;

No próprio marketing de um empreendimento – auxílio para certificaçãoambientaloucomousocomparativoentreumnovoedifícioeumconvencional;

Ações governamentais para redução do consumo de energia, matéria‐prima,resíduossólidosesubstânciastóxicas.

ParaumamelhorcompreensãodametodologiadaACV,pode‐seresumi‐lacomonaFigura4.

Page 21: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 20

Figura4–OrganogramadaAnálisedeCiclodeVida.

Fonte:NBRISO14040.

AFigura4podetambémserdescritaemquatrosentenças:

A. Definição de objetivo e escopo – com clareza devem declarar a aplicaçãopretendida,as razõesparaconduziroestudoeopúblicoalvo, considerandoedescrevendo‐os através de parâmetros como função e unidade funcional,fronteiras do sistema, requisitos da qualidade de dados, comparações entresistemaseconsideraçõessobreanálises;

B. Análisedeinventário–defineacaptaçãodedadospertinentescomrelaçãoaentradasesaídasdeumsistemadeproduto;

C. Avaliação de impacto – é voltada para a análise de impactos ambientaispotenciais,utilizandoosresultadosdaanálisedeinventáriodociclodevida;

D. Interpretação – faz o desfecho da ACV, onde a análise de inventário e aavaliação de impacto são combinadas a fim de se alcançarem conclusões erecomendaçõesparaostomadoresdedecisão.

2.3.3 AnálisedeCiclodeVidaEnergético(ACVE)emEdificações

Nosentidodebuscarsoluçõesparaareduçãodoconsumodeenergia,verificou‐sequeasemissõesdegasesdeefeitoestufa–C02emespecial–gasesácidos,VOCs(Volatile Organic Carbons) e outros poluidores atmosféricos poderiam seravaliadosapartirdosconceitosdeEnergiaIncorporada(ouEnergiaEmbutida),oque a tornou uma notável indicadora para a sustentabilidade de edificações(BUCHANAN e HONEY, 1994; COLE, 1999; FAY, 2000; TRELOAR et al, 2001;BROWN;BURANAKARN,2003apudTAVARES,2006).

Page 22: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 21

As análises energéticas tradicionais em edifícios comumente verificam a etapaoperacionalaolongodasuavidaútil–50anos–esugeremalteraçõesconstrutivasoudeinstalações,tomandocomodiretrizesospadrõesdeusodeequipamentoseocupação da tipologia em estudo (SANTANA, 2006). Contudo, descartam etapaspré‐operacionais,quepodemchegara40%doconsumooperacionaldaedificação(TAVARES;LAMBERTS,2005).

Aoseobservaraconsideráveldiferençacoma inclusãodaetapapré‐operacionalde Energia Incorporada nos edifícios, enxerga‐se a importância da mesma nasanálises energéticas ao longo do seu ciclo de vida. Na Figura 5 a ACVE de umaedificaçãopodesercompreendida.Éapartirdessaavaliaçãointegraldoberçoaotúmulo que a ACV se torna uma das grandes razões que auxilia nodesenvolvimentodepolíticaseconômicasnacionaiseinternacionaisvoltadasparaagestãodematérias‐primaserecursosenergéticos(EEA,2002).

Figura5–CronologiaesquemáticadeumaACVEparaedifícios.

Fonte:Tavares(2006).

Dessa forma, a soma dos recursos energéticos do berço ao túmulo de umaedificaçãoédefinidacomoenergiatotalouglobal(NBRISO14040,2001).Estaécomposta pela energia incorporada ou pré‐operacional, pela energia demanutençãoouoperacionalepelaenergiadedesconstruçãooupós‐operacional.

Aenergiaincorporadacontemplatodososinsumosenergéticosdiretoseindiretosparaaconstruçãodeumedifício,contandotambémcomosconsumosdeenergiaparafabricaçãodemateriaisnaconstruçãocivil.

Aenergiademanutençãoéanalisadaduranteavidaútildeumedifício.Algumasnecessidades de operação e reforma consomem consideravelmente energia einsumos naturais. Para operação considera‐se o funcionamento adequado deequipamentoscomosistemasdeiluminação,climatização,cocção,entretenimentoe ferramentas de trabalho. Nas reformas o consumo normalmente se dá pelareadequaçãodeambientesdepreciadosoualteraçõesparafinsestéticos.

Page 23: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 22

A energia de desconstrução é obtidana etapa final do ciclo de vida.Os resíduosgeradosnademolição oudesmontagemdos edifícios são contabilizados tambémpara o consumo de energia. Eventualmente no processo de reutilização oureciclagemde determinadas peças essa energia é balanceada no uso para novasedificações(TAVARES,2006).

2.4 SimulaçãoComputacional

Acomputação temrevolucionadoa formade representareprojetaredifícios.NoiníciosurgiucomatecnologiaCAD‐Computer‐aideddesign–apenascomoformade representaçãográficaeapossibilidadedemultiplicaçãoemaiorprecisãodosdesenhos.Os softwares iniciais de cálculo para estruturas e eficiência energéticatrabalhavam numericamente e exigiam do usuário uma grande capacidade deintegrar todas as informações de compatibilização de projetos. Estesprocedimentos têm sido responsáveis por diversos problemas e atrasos naconstruçãocivil,oqueatornouumdossetoresmaisdefasadosdentrodasciênciastecnológicas.Asoluçãoemviabilizarmelhoracompatibilizaçãodeprojetossurgiucomferramentascomputacionaisdeintegração,dentreelas,aferramentaBIM.

2.4.1 BIM–BuildingInformationModeling

OsatuaisprocessosdeelaboraçãodeprojetosparaaAEC(Arquitetura,Engenhariae Construção) permanecem fragmentados e dependem da comunicação entre asinformações geradas. Erros e omissões nestas documentações frequentementecausamcustosimprevistos,atrasoseeventuaisprocessosjudiciaisentremembrosdeequipesdeprojeto.Esforços recentes têm incluídoestruturasorganizacionaisalternativas para melhorar metodologias de concepção de edificações como ocompartilhamentodedocumentos e projetos viaWebsites e a implementaçãodeferramentas3DCAD(EASTMANetal.,2008).

Um dos problemas mais comuns associados ao papel da comunicação entre asdocumentações durante as fases de projeto é o considerável gasto financeiro etemporal para se analisar as informações sobre o projeto proposto, incluindocustos estimados, análise energética, detalhes estruturais, entre outros. Estasanálisesnormalmentesãorealizadasentreasúltimasetapas,quandoosprojetospermitemapenaspequenasalterações.Devidoaessasaçõesnãoaconteceremnasetapas preliminares, consideráveis esforços por parte de equipes de projetonecessitamrealizarmudançasemergenciais,oquefrequentementecomprometeoprojetobase(EASTMANetal.,2008).

Visandoapoiaraintercomunicaçãoentreosprocessosdeprojeto,oconceitoBIM–BuildingInformationModeling – permite a construção de ummodelo de edifício

Page 24: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 23

atribuído de informações (EASTMAN et al., 2008). No método tradicional deferramentasCAD‐Computer‐aideddesign–cadavistaédesenhadaseparadamentesemqualquerrelaçãoentresi.OsdesenhosCADsãosimplesmenteumacoleçãodedados gerados manualmente, onde o próprio usuário deve produzir asinformaçõesdoprojetoparaconstrução.NosistemaBIM,ofocoeoesforçoestãolocalizados no próprio modelo BIM. Este modelo tem a capacidade de gerarplantas, seções, detalhes e outras informações pertinentes ao projeto de formaintegradaeautomática,reduzindoerrosfuturosnacompatibilizaçãoeconstruçãodas edificações (KRYGIEL; NIES, 2008). Pode‐se resumidamente afirmar que,enquantonoCAD informações sãogeradas apartirdosdesenhoselaborados,noBIMasinformaçõeséquegeramosdesenhos–Figura6.

Figura6–DiferençaentreCADeBIMparaatribuiçãodeinformaçõesemum

projeto.Fonte:KrygieleNies(2008).

Da mesma forma que a integração entre projeto arquitetônico e projetoscompatibilizados ocorre apenas em fases finais, a análise energéticafrequentemente tem sido realizada apenas após a concepção do projeto base(SCHLUETER; THESSELING, 2009). Esse equívoco gera uma análise que poucoaltera o envelope arquitetônico, ficando responsável pela eficiência energéticaapenasasatribuiçõesaoMEP(Mechanical,ElectricalandPlumbing).

A intercomunicação entre equipesdeprojetopara análise energética é facilitadacomoBIM,principalmentenasetapasiniciais.OsdadosparametrizadosdentrodeummodeloBIMservemparaquantificaçãodeelementosconstrutivoseposterioranálise energética, gerando maior acesso aos profissionais da Arquitetura,EngenhariaeConstruçãoparaquepossamelaboraredifícioscommenorescalade

Page 25: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 24

impactosambientais(GRAFetal.,2012).EstasanálisessãorealizadasatravésdopróprioBIM,depluginsinternosouaindaemplataformasexternas.

Alémde novos projetos, as análises energéticas tambémpodem ser realizadas apartir de modelos BIM de edificações existentes ou históricas. O corretolevantamento da arquitetura, estrutura e instalações de um edifício existentegeram ao BIM um completo modelo edificado, podendo posteriormente serrealizadas simulações energéticas. Os resultados das simulações, por sua vez,levantam as possíveis alterações a serem feitas na edificação em questão. Osaspectos a seremmodificadosnoedifício são trabalhadosnovamentenomodeloBIM,criandoumanovaetapadaedificação,semqueseexcluaaantiganomesmoarquivo.Asimultaneidadedemodelosdeedifíciosemumsóarquivopermiteaosprojetistas identificar quais as alterações mais pertinentes que devem serprognosticadas ao projeto assim como a compatibilização entre as disciplinas.Destemodo,osconflitossãoprevistoscommaiorfacilidadeeprecisãocomgastode tempo menor, garantindo redução de custos e erros em um processo dereabilitaçãooureformadeumaconstrução(OSELLOetal.,2011).AsíntesedessametodologiapodeseraveriguadanaFigura7.

Figura7–ProcessodegerenciamentodeummodeloBIMparaanálise

energéticaFonte:Oselloetal.(2011).

2.4.2 Simulaçãoenergéticacomputacional

Para as análises de performances energéticas em edificações é necessário saberquaisosdadosdeentradaesaídaquesedesejamparaqueapartirdestesoedifício

Page 26: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 25

em estudo seja projetado de forma eficiente. Na simulação energéticacomputacionalosdadosdeentradapodemsercoletadosdoBIM,ondeageometriae as informações atribuídas ao desempenho são determinadas pelos projetistas.Comasimulaçãoenergéticadoedifício,omodeloBIMéposteriormentealteradoconformeosresultadosdosdadosdesaída.Apósalterações,oprojetoénovamentesimuladoatéquesealmejeumpontoótimoentredesenhoeeficiênciaenergéticapara a equipe de projeto. Com o BIM, diversos estudos visando eficiênciaenergéticasãofacilmenteincorporadosàsimulação.

NoBrasil,apesardasimulaçãoenergéticacomputacionalestarpoucaatribuídaaoBIM,elatemsidoumaferramentaimportantenaevoluçãodeprojetosdeedifícioseficientes.Desdeadécadade1980asimulaçãovemtrazendoconsigoprogramascomputacionais importadospara finsdepesquisanopaís.Osgruposdepesquisaquevieramadesenvolversuasprópriasplataformasparasimulaçãosedestacaramno estímulo de edificações de melhor desempenho (MENDES et al., 2005).Entretanto,omercadodaconstruçãocivilaindatemutilizadoempoucoscasosasimulação.

NaaplicaçãodoBIMparaadeterminaçãodeenergia incorporadadeumedifício,porém,estudosjácomprovamviabilidadedeuso.Grafetal.(2012)demonstraramque é possível realizar estudos de impactos ambientais a partir apenas de ummodeloBIMeplanilhaseletrônicasparacálculodeenergiaincorporadaeemissãodeCO2.Paraocálculodeenergiaincorporada,apesquisanãoapresentouerrosnolevantamento quantitativo de materiais realizados pelo BIM em relação a umlevantamento convencional por planilha, o que comprova a viabilidade dessametodologiadeconcepçãodeprojetoparaedificações.

2.4.3 Interoperacionalidade entre BIM e simulação energéticacomputacional

OBIMéuma ferramentaadequadaparaconstruçãodegeometriascomplexasdeedificações, entretanto ainda possui restrições como ferramenta de análiseenergética.Umprogramanãoconseguesuprirtodasasnecessidadesdeelaboraçãode um projeto, o que torna a interoperacionalidade com outras plataformasessencialparaoseubomdesempenho(KRYGIEL;NIES,2008).

A capacidade de interoperacionar com ferramentas já existentes de análises deorçamentos, energia, conforto, iluminação e ciclo de vida em edificações é umdesafioparaoBIM.Emalgunscasos,pararealizarumaanáliseenergéticadeumedifícioemumaplataformaexternaaoBIMégastoemtornodametadedotempoapenas para se recriar ummodelo tridimensional já produzido no próprio BIM(KRYGIEL;NIES,2008).

Page 27: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 26

AimportânciaacercadatemáticadeinteroperacionalidadeentreBIMesimulaçãose mostrou enfaticamente naBuildingSimulation2011 na Austrália. Dos artigosapresentadosnaconferência,maisdevintetratavamapenasdousodasimulaçãoenergéticapara ferramentasBIM (IBPSA, 2011).A expectativa para os próximosanosentreBIMesimulaçãoestánodesenvolvimentodebibliotecasdemateriaisdeconstruçãocompatíveisentreasplataformasparaqueosmodelosgeométricosdo BIM sejam exportados com propriedades consistentes dos materiais para aanálisedeumasimulaçãoenergéticacomputacional(CHAIRMAN,2011).

Moon et al. (2011) levaram à conferência uma publicação de um estudocomparativode interoperacionalidadeentreplataformasdiversasdesimulaçãoeBIM.Oprincipalcritériodevalidaçãodapesquisafoiacapacidadedasplataformasde simulação energética computacional aceitarem as informações geradas nomodelo BIM com a maior precisão e quantidade informacional possível. Asinformações consideradasde importânciapara simulação foramasutilizadasemarquivos gbXML ‐ um tipo de linguagem computacional que permite comunicarinformaçãoentreBIMesimulaçãoenergéticacompoucaounenhumainterferênciahumana. As ferramentas BIM testadas foram oRevitArchitecture e oRevitMEP,ambas daAutodesk, enquanto os simuladores de energia foramo EnergyPlus, E‐quest, Ecotect e IES/VE. Nas plataformas BIM, o RevitMEP demonstrou melhordesempenho em aceitar informações relacionadas a aspectos termoenergéticos.Paraasimulação,oEnergyPluseoE‐questapresentarammelhorcompatibilidade,apesar do primeiro não conseguir importar corretamente informações dageometria do edifício em estudo. A Tabela 2 sintetiza essa comparação deinteroperacionalidadeentreBIMesimulação.

Tabela2–CapacidadedeinteroperacionalidadeentreferramentasBIMedesimulaçãoenergéticacomputacionalatravésdearquivosgbXML.

FERRAMENTASDEMODELAGEMBIM(EXPORTAÇÃO) VALIDAÇÃODECRITÉRIOS

(INFORMAÇÕESGBXML)

SIMULADORESENERGÉTICOSCOMPUTACIONAIS(IMPORTAÇÃO)

REVITARCHITECTURE

(2011)

REVITMEP(2011)

ENERGYPLUS6.0(VIAGBS)

EQUEST3.64(VIAGBS)

ECOTECT2011

IES/VE6.2

O O Geometriadaedificação

Superfícies O O O OO O Aberturas X O O OO O Composição

espacialAmbiente O X O O

X O Zona X O X OX O

Materiaisdeconstrução

Construção O O X XX O Layer O O X XX O Materiais O O X XX O Tiposdejanelas X O X XX O

Carregamentosinternos

Pessoas O O X XX O Iluminação O O X XX O Equipamentos O O X XX O Arexterno X O X XX O

UsoeocupaçãoUsoeocupaçãogeral O O X X

X O Usosemanal O O X XX O Usodiário O O X XX X Arcondicionado ‐ O O X X

Fonte:Moonetal.(2011).

Page 28: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 27

2.4.4 IntegraçãoentreBIMesimulaçãoenergéticacomputacional

A Autodesk, companhia produtora do Revit, também tem trabalhado com aimplantação sistemas de análise energética dentro do seu próprio BIM(AUTODESK, 2013). Contudo, o simulador ainda está em fase de estudos e suafunçãoestávoltadaàconcepçãoconceitualdeanálisedeenergia,oquenãovalidaumasimulaçãoespecíficacomoasquejáocorremháanoscomoutrasferramentasdesimulaçãoenergéticacomputacional.

2.5 Modelopredominante

A fim de obter resultados sobre ACVE a partir dos edifícios de escritórios emFlorianópolis,omodelopredominanteéumconjuntodecaracterísticasreduzidasdeumadeterminadapopulaçãoedilíciaescolhida(CARLO;TOCCOLINI,2005).Como modelo caracterizado, pode‐se simulá‐lo nas mais diversas plataformas paracomparações de ACVE, como nas ferramentas BIM e de simulação energéticacomputacional.

As características analisadas para a elaboração de um modelo referencial sãoinseridasconformenecessidadesdoestudoaserrealizado.ODOE(DepartmentofEnergy) utiliza um método com entrada informacional de quatro áreas deinvestigação: programa, forma, fabricação e equipamento. Corgnati et al. (2012)traduzem essa combinação para as edificações nos respectivos parâmetros:operação,forma,sistemaseenvelope(Figura8).

Figura8–Ilustraçãodosquatroparâmetrosutilizadosparadefiniçãodetipo

predominantedeedifíciosconformeametodologiaDOE.Fonte:Corgnatietal.(2012).

Page 29: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 28

Hádiversosmétodosparaformulaçõesdemodelospredominantesdeedificações.O método utilizado está relacionado com a finalidade e dados disponíveis dapesquisa.Corrado,BallarinieCorgnati(2012)classificamtrêsformasdemétodosdemodelospredominantesdeedifícios:

O Edifício (Referencial) Exemplo tem a função de servir como modelo nainexistênciadedadosestatísticosouimpossibilidadedeobtençãodosmesmos.Omodelo levantado surge a partir do conhecimento técnico de especialistas eestudiosos do assunto. Os questionamentos apontam para uma combinação deelementosquemostramumedifícioqueéomaisprováveldeumgrupoedilício,comumalocalizaçãoselecionadaeumaidadedeexistência.

OusodoEdifício(Referencial)Realéaqueleconsideradoomaissemelhanteentreas médias estatísticas de uma determinada categoria levantada. O resultadoprovémdeumalargaanálisedeamostrasdeumestoqueedificadopesquisado.

Porúltimo, oEdifício (Referencial)Teórico consistenaobtençãode informaçõesestatísticasdecomposiçãodeumestoqueedificado.Oedifícioéentãomodeladoapartirdevaloresmédiosdossistemasemateriaislevantados.

Na literatura brasileira as pesquisas por modelo predominante de edifíciosapontaram para um uso maior do Edifício Referencial Teórico. Santana (2006)usouessemodelodeedifícioparaFlorianópolisenquantoLamberts,GhisieRamos(2006)realizaramvastoslevantamentosnopaís,ondeacoletadeinformaçõesdeedifíciosreaisgerouummodeloteóricobaseadoemtodasasmédiasanalisadas.

Em Florianópolis, Minku et al. (2005) pesquisaram 47 edifícios de escritóriosconstruídosentre1974e2003.Destes,73%tinhamaáreadejanelaentre0a40%daáreadafachadae23%possuíamelementosdeproteçãosolar.Apesardehaverumcrescimentodonúmerodeedifícios com fachadas totalmenteenvidraçadasapartir do final da década de 1980, o levantamento geral concluiu que a área dejanela média era condizente com o clima da região. Contudo, os elementos deproteçãosolarestiverampoucopresentese,quandoexistentes,tinhampormaiorfinalidadeumrefinamentoestéticodaedificação.

O trabalho de Santana (2006) utilizou a pesquisa Minku et al. (2005) em seumétodoparaadefiniçãofísicadomodelopredominante,enquantoolevantamentodeMoreira(2005)serviuparaaobtençãodedadosdospadrõesdeusoeocupação.Aofinal,Santana(2006)consideroudiversasvariáveis,entreelas:

Localização; Númerodeedifícios; Orientaçãosolar; Númerodepavimentos; Forma; Elementosdeproteçãosolar;

Page 30: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 29

Percentualdeáreadejanelanafachada(PJF); Sistemasdeabertura; Paredes; Cor; Vidros; Coberturas; Padrãodeusodeequipamentos; Padrãodeocupação.

Ométodo utilizado por Santana (2006) também foi semelhante ao utilizado porLamberts,Ghisi eRamos (2006)na avaliaçãode edifíciosde escritóriosnasoitozonas bioclimáticas brasileiras, definidas pela NBR 15220‐3. Usando os mesmoparâmetros já apresentados, o estudo concluiu haver homogeneidade nascaracterísticas físicasdas edificações. Fatores como forma,paredes, coberturas esistemasdeaberturassemostraramsemelhantes.Florianópolis,localizadanazonabioclimática3,apresentoualgumasdiferençasdasdemaislocalidades.Aexistênciade elementos de proteção solar foi identificada como a menor dentre todas ascidades, contudo os vidros especificados foram em maioria o fumê, umaexcepcionalidadecomosdemais lugaresondevidrostransparentesdominaramapesquisa.AsFiguras9e10abaixodemonstramessasduasdiferenças.

Figura9–Porcentagemdeedifíciosquepossuemelementosdeproteção

solar.Fonte:Lamberts,GhisieRamos(2006).

Page 31: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 30

Figura10–Tiposdevidrosutilizadosemedifíciosdeescritórios.

Fonte:Lamberts,GhisieRamos(2006).

O levantamento de modelos predominantes de edifícios de escritórios écomumenteutilizadoparaasetapasoperacionaisdociclodevidadasedificações.Entretanto, para a determinação da energia incorporada, além dos parâmetroscitados,oquantitativototaldemateriais,otransportedosinsumosemão‐de‐obraatéaobratambémdevemserinclusos.

De forma geral, a literatura técnica relacionada à ACV utiliza estudos de casoparticulares de edifícios, não havendo levantamento de grupos edilícios para aelaboração de ummodelo predominante de edifício para análise. Entretanto, ascaracterísticas específicas da ACV para determinação do modelo predominantepodem ser analisadas através demédias regionais. Isso porque diversos gruposedilíciosemFlorianópolissãoconstruídosporumpequenogrupodeconstrutoras,ondeaorigemdosmateriaisedamão‐de‐obraprovémdeformasemelhantedosmesmoslugares.

2.6 Consideraçõesfinais

Os pontos levantados nesta revisão consideraram a importância da análiseenergética para o ciclo de vida das edificações. Como visto, algumas pesquisasmostraramcontradiçõesaoseinspecionarfasespré‐operacionais,poisemalgunscasos a redução da energia incorporada inicial aumenta o consumo da energiaoperacionalevice‐versa.

O grau de insustentabilidade da construção civil também foi claramenteapresentado. O seu consumo de energia é muito alto em detrimento da poucageração de empregos e participação do PIB se comparado a outros setores da

Page 32: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REVISÃOBIBLIOGRÁFICA 31

economiabrasileira.OquadrodeconsumodaenergianoBrasilpelaAECéumcasode formulaçãodenovosprogramasdeplanejamentoparaareduçãodeconsumoenergético e consequentemente dos impactos ambientais e socioeconômicos.Apesardeexistiremnormasdedesempenhoenergético,hápoucaexigênciaaindadaeficiênciaenergéticadosmateriaisutilizadosnaconstruçãocivil,assimcomoopróprioprocessodeconstruçãoemsidasedificações.

A simulação computacional foi apresentada comoummétodo importante para aprojetação de edifícios novos ou existentes, pois declara a consciência emelhorpreparação para os desafios da AEC. O BIM como novo compatibilizador deprojetoseauxiliadordeferramentasdesimulaçãoenergéticafoidiscutidoparaseevidenciar sua atual posição dentro do setor de eficiência energética emedificações. Como apontou a literatura, sua existência ainda em fase provisóriademonstradiversasnovasdificuldadesparaprojetistasassimcomoparaoprópriomercadodaconstruçãocivil.

Com a pesquisa por literaturas relacionadas à determinação de modelosreferenciaisdeedifícios,notou‐seanecessidadedeinvestigaçãodascaracterísticasarquitetônicas gerais das edificações como a envoltória e suas proporções e ossistemas internospara o funcionamentodamesma.A caracterizaçãode um tipopredominantedeedifícioéclaramenteaelaboraçãodosdadosdeentradadeumaanálise energética, tanto relacionada à análise energética operacional quanto àanáliseenergéticapré‐operacional.

Aotérminodestarevisãobibliográficaseiniciaentãooprocessometodológicodapesquisa. Este trabalhará conjuntamente com os assuntos abordados nestecapítuloemumprocessolinear:levantamentodedadosdosedifíciosdeescritóriosdeFlorianópolisemodelagemdotipopredominantequerepresenteesseconjuntoedilício.

Page 33: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

MÉTODO 32

3 MÉTODO

3.1 Introdução

Estapesquisaapresentaummétodoparaselevantarcaracterísticascomunsentreedificações de escritórios a fim de posteriormente realizar análises energéticas.Essasanálisespodemserrealizadasemsimuladoresenergéticoscomputacionaiseoutras plataformas para que se possa avaliar a eficiência da envoltória, aquantidade de edifícios construídos na cidade, suas características estéticas econstrutivas,análisedeciclodevida,entreoutros.

Resumidamente,esselevantamentopodesermostradodaseguinteforma:

Distinçãodascaracterísticastipológicasdosedifíciosaseremestudados; Definiçãodoperíododeiníciodeocupaçãodasedificações; Localizaçãodogrupoedilício; LevantamentodascaracterísticasdeprojetodaedificaçãonaSUSP; Levantamento das mesmas características através dos construtores eincorporadoresresponsáveispelaexecuçãodosedifícios;

Levantamento in loco de dados não disponíveis na SUSP e nas empresas deexecuçãodosprédios;

Definição do modelo predominante através da aplicação de métodosestatísticos.

Estasetapasestãomaisdetalhadasnasseçõesaseguir.

3.2 Levantamentodedados

Os dados foram obtidos de quatro fontes distintas: levantamentos na SUSP,questionários aos construtores, levantamentos in loco e complementações demapasviasatélitefornecidospelosoftwareGoogleEarth.

3.3 Distinçãodosedifíciosdeescritório

Com ênfase na análise de edifícios de múltiplos pavimentos‐tipo e considerávelaltura,foramselecionadassomenteconstruçõescomexistênciadeelevadoresque,por consequência, possuíssem cinco oumais pavimentos. O uso escolhido foi deambientes para escritórios, podendo ser público ou privado. Edifícios exclusivosparafinalidadesmédicascomoprédiosdeclínicasforamexcluídosporpossuíremenvelopesarquitetônicosealgumasdimensõesdistintasdeedifíciosdeescritóriosconvencionais.

Page 34: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

MÉTODO 33

3.4 Localização

SegundoaNBR15220(ABNT,2005),análisesdedesempenhotérmicodeedifíciosemFlorianópolisfazempartedaZonaBioclimática3.Nacidadearegiãodeestudoescolhidafoitodaaáreacentralinsular,incluindoaBaciadoItacorubi,oMaciçodoMorro da Cruz e a Baía Sul (Figura 11). Como estas duas últimas regiões nãopossuíam edificações comerciais, atentou‐se apenas para o Centro e a Bacia doItacorubi. A região continental e demais bairros da ilha de Florianópolis foramexcluídosdapesquisaporapresentarempoucarelevânciaquantitativaoudistintaforma de planejamento de empreendimentos. Ressalta‐se que, mesmo assim, ogrupo edilício obtido representa mais de 75% dos edifícios de escritórios cominíciodeocupaçãoentre2004e2012emFlorianópolis.

Figura11–RegiãodeestudodosedifíciosdeescritórioemFlorianópolis.

Fonte:adaptadoapartirdeGoogleEarth(2013).

BRASIL

CENTRO

AGRONÔMICA

SACODOSLIMÕES

CARVOEIRA

PANTANAL

CÓRREGOGRANDE

ITACORUBI

TRINDADEMORRODA

CRUZ

PRAINHA

JOSÉMENDES

SANTAMÔNICA

FLORIANÓPOLIS

FLORIANÓPOLISCONTINENTAL

Page 35: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

MÉTODO 34

3.5 Orientaçãosolardosedifícios

AsorientaçõesforamobtidasatravésimagensdesatélitedosoftwareGoogleEarth.A partir das imagens foi possível obter os ângulos das fachadas em relação aospontoscardeais.

3.6 Forma

Asformasforamclassificadasvisualmenteemrelaçãoàsproporçõesdaplantadopavimento‐tipo. Os grupos seguiram as seguintes formas: quadrado, retângulo,trapézio,triânguloeL.

3.7 Elementosdeproteçãosolar

Elementos dispostos na fachada que sombreavam os edifícios de formasignificativa foramconsideradosno levantamento,mesmoquesemesteobjetivo.Saliências para fins estéticos, como cornijas e frisos, foram desconsideradas portrazerempoucaounenhumacontribuiçãoemmodelosparaanáliseenergética.

3.8 Relaçãosolo‐edifício

Devidoàimportânciadainfluênciaqueosolopossuinareduçãodoganhotérmicoemedifícios,arelaçãosolo‐edifíciofoiconsideradanolevantamento.Onúmerodepavimentos abaixodoníveldo solo eomodode contatoquepossuía atravésdaenvoltória arquitetônica foram analisados. Estas informações foram obtidas apartirdosdesenhosarquitetônicoseespecificaçõesdemateriaisdisponibilizadosnosarquivosdaSUSP.

3.9 Definiçãodomodelopredominante

Para definir o modelo predominante que representasse o grupo edilício deescritóriosdeFlorianópolis,osdadosobtidosprovieramdeinformaçõesdaSUSP,dosoftwareGoogleEarth,deconstrutoras,profissionaisliberaisedevisitasinloco.Dentre os métodos apresentados por Corgnati et al. (2012), utilizou‐se o demodelagem do Edifício Referencial Teórico. Os dados foram tratados de formasemelhante à Schaefer et al. (2012), com levantamento em campo, tratamento eanálisee,porfim,determinaçãodosprotótipos.

A partir dos dados organizados em planilhas, calculou‐se amédia da frequênciados parâmetros quantitativos levantados (área envidraçada, dimensões dos

Page 36: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

MÉTODO 35

edifícios, tempo de construção, área construída, entre outros). Aos parâmetrosqualitativos foi calculada a moda de modo que, quando houvesse empate emdeterminado parâmetro, fosse utilizado aquele que estivesse mais presente emgruposmaioresdeedifíciossemelhantesentresi.

Porfim,comasaídadedadosparaconstruçãodosmodelos,foioptadoemutilizarde maneira subjetiva a composição das fachadas. Mesmo que baseado nadisposição entre área opaca e transparente, os parâmetros subjetivos foramdispostos a se equivaler com alguns edifícios que utilizassem disposiçõessemelhantesentresi.

Para compreender cada parâmetro adotado na construção do modelopredominante, são descritos a seguir os métodos de tratamento e análise dosdadoslevantados.

3.9.1 Númerodepavimentos

O levantamentoobteveumaamostrade edifícios commaisde cincopavimentosque possuíssem elevador. O número de pavimentos foi contabilizado, incluindosubsolos,térreos,sobrelojas,pilotis,pavimentos‐tipoeáticos.Aênfasedoestudoestá nos pavimentos‐tipo, onde as características levantadas foram maisminuciosas.

3.9.2 Forma

Atravésdolevantamentodasformasdasplantasdosedifícios,amaisfrequentefoiutilizadaparaomodelopredominante.

3.9.3 Dimensões

A partir das dimensões gerais do perímetro dos edifícios, pés‐direitos, medidasinternasdosescritórioseproporçõesencontradasnoslevantamentosdaSUSP,foidefinidootamanhopadrãodomodeloreferencial.

3.9.4 Orientaçõesdasfachadas

Comauxíliodo softwareGoogleEarthedasplantasdesituaçãodosprojetosdasedificaçõesfoilevantadaaorientaçãodasfachadasparaomodelopredominante.Afrequência das orientações foi considerada e utilizada para o modelopredominante.

Page 37: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

MÉTODO 36

3.9.5 Elementosdeproteçãosolar

Paraincluirounãooselementosdeproteçãosolarforamanalisadasasfrequênciasde suaexistêncianasorientaçõesdosedifícios.Quandoencontradosemmaioria,foram considerados na modelagem, quando não encontrados, foramdesconsiderados.

3.9.6 Detalhesconstrutivos

Asespecificaçõesdemateriaisdaenvoltóriaforamcontabilizadaseescolhidasporfrequênciadeocorrência.Apartirdosmateriaismaisutilizadosparacadapartedaedificação,foimontadoentãooedifíciomodelo.

3.9.7 Percentualdeáreadejanelanafachada–PJF

Paracadafachadafoiaveriguadoumquocienteentreáreaenvidraçadaeáreatotal,gerandoumvalorquefoiconvertidoposteriormenteempercentagem.Oresultadofinaléumasínteseentreorientaçãodafachadaepercentagemdeáreadejanela.

3.9.8 Relaçãosolo‐edifício

Anecessidadede construir andaresno subsolo surgedasvagasdegaragensquenão conseguem suprir a totalidade exigida de estacionamento pelos própriospavimentos de garagens acima do andar térreo. Estes pavimentos têm poucainfluência no consumo energético de operação do edifício, contudo possuemenergiaincorporadanaconstruçãodomesmodeformaconsiderávelpelovolumedeterraescavadoeaestruturanecessáriaparaimplantaçãodestesambientes.

Para a análise, foi de importância para a relação solo‐edifício a quantidade depavimentossubsolodasedificações.Aobtençãodessesdadosfoiretiradaapartirdedesenhosarquitetônicosemcortedasedificações.

3.9.9 Entorno

A análise de entorno, apesar de grande importância, foi pouco encontrada emreferênciasdeliteratura.Santana(2006)utilizouaLeiComplementarnº1/97doCódigodeObrasdeFlorianópolispara simulardiferentes tiposdeobstruçõesdeentorno.Deformasemelhante,ométododeanálisedeentornodestetrabalhousouosseiscasosdeobstruçãodeSantana(2006)paraquantificarosedifíciosemvolta

Page 38: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

MÉTODO 37

dosanalisados.AFigura12apresentaaspossibilidadesdeentornoestudadasparaestelevantamento.

Figura12–Relaçãodeestudodaobstruçãodoentorno.Fonte:SANTANA,2006.

3.10 Consideraçõesfinais

Duranteométododestapesquisafoiapresentadoogrupoedilíciolevantado,suascaracterísticas e seu recorte dentre a totalidade existente em Florianópolis.Através dos dados obtidos, foi mostrado o método de tratamento e análise dedadosque,porfim,foiutilizadoparaconstruiromodelopredominante.

Apesardeexistiremvastasliteraturasparamontagemdemodelosreferenciaisdeedifíciosparaanálisedeconsumoenergético,poucasabordamatemáticadaACV.Adiferençadessaabordagempodeapontarque,porexemplo,enquantonaanáliseenergética computacional da fase de operação de edificações, os vidros duplos,normalmente mais eficientes, reduzem o consumo energético, na fase deconstrução dos edifícios a energia incorporada é muito maior, visto que aquantidadenecessáriadealumínioparasustentaçãodevidrosduplosémaiorqueem vidros comuns. Como o alumínio é um dos materiais de maior consumoenergéticodentroda construção civil (AnexoA), ele incorporamuitaenergiaemum edifício, o que conclui uma contradição entre construção e operação deedifícios em alguns casos. Deste modo, a concepção de modelos predominantesparaACVapresentamresultadosdeimpactosenergéticosmaisreaisquemodelosparaanálisedeconsumooperacional,principalmenteaoquetangeaoconsumodamatrizenergéticanacionaledosrecursosnaturais.

Page 39: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 38

4 RESULTADOS

4.1 ConsideraçõesIniciais

Através dos dados fornecidos pela SUSP, puderam‐se extrair informações quemoldaram o modelo predominante de edifícios de escritórios em Florianópolis.Foramperceptíveis tambémalgumascaracterísticasnovasdosempreendimentoslevantados nesta pesquisa em relação aos resultados de Santana (2006). Umagrandepartedosempreendimentoscomeçouaocuparregiõesforadaáreacentral,diferentedecomohaviasidoatéiníciodosanos2000.Alémdisso,aquantidadedeedifíciosconstruídosanualmentetambémseelevou(Tabela3).Enquantode1974a 1989 foram construídos apenas onze edifícios, nas décadas de 1990 e 2000foram erguidos 34 (dezessete para cada decênio somente na região central deFlorianópolis).

Tabela3–Quantidadedeedifíciosocupadosporvariaçãodeanos.

IníciodaOcupação(Habite‐

se)

Quantidadetotaldeedifícios Fonte

1974‐1979 8*

SANTANA,20061980–1989 3*1990–1999 17*2000–2003 7*2004–2009 15 (10)*

SUSP,20122010–2012 15(8)*

*localizadossomentenocentrodeFlorianópolis.

Para identificar melhor os edifícios analisados, a Tabela 4 apresenta seusrespectivos nomes na época em que foram consultados (2012), seu código deinscrição quando receberam o alvará para construção da obra, as datas oficiaiscedidas pela Prefeitura de Florianópolis para o Alvará e o Habite‐se e a áreaconstruída total do empreendimento. Além destes dados individuais de cadaprédio, podem ser encontradas mais informações no Apêndice A, onde cadaempreendimento é apresentado com todas as suas informações utilizadas nestetrabalho.

Page 40: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 39

Tabela4–Característicasdosedifíciosanalisados.

Edifício Cód.deInscrição

IníciodaConstrução(Alvará)

IníciodaOcupação(Habite‐se)

ÁreaConstruída

(m²)HoepckeBlueCenter 45491 14/08/96 16/12/2004 6.471,59Ed.daAdvocaciaGeraldaUnião 45581 24/09/96 25/04/2008 3.247,62LagunaCorporateCenter 49371 03/08/01 01/10/2004 6.264,02CentroExecutivoAtlantis 50167 28/05/02 16/03/2005 4.140,69PlatinumTower 50191 11/06/02 20/07/2005 7.825,38MadisonCenter 50889 30/07/03 02/06/2006 8.914,42SededaCaixaEconômicaFederal 52338 06/04/04 05/05/2008 15.797,04MinistérioPúblico 52984 20/04/05 24/07/2007 1.409,80ComercialKosmos 53342 29/12/04 27/03/2008 3.958,33MeridianOffice 53777 16/02/06 06/08/2009 8.534,46PrimeTower 53820 07/02/06 28/01/2009 6.587,27EspaçoCapital 53870 12/01/06 10/06/2008 3.660,29CentroEmpresarialMauroRamos

54097 30/11/05 07/10/2008 5.023,30

Galaxy 54365 14/02/06 17/12/2010 8.529,93CentroExecutivoWilmarHenriqueBecker

54404 14/02/06 16/04/2010 8.633,94

MaxeFloraCenter 54435 24/02/06 12/01/2010 18.957,37AmericaOffice 54880 14/09/06 05/12/2011 18.321,12EdifícioSolesedie 55108 19/10/07 19/08/2009 5.704,20HanteiOfficeBuilding 55292 16/01/08 07/05/2012 23.496,99DallCenter 55423 27/04/07 08/09/2009 6.730,85IsolaSarezzo 55529 28/01/08 11/07/2012 6.899,08MulticorpBusinessCenter 55724 07/02/08 04/05/2010 5.493,27CentroEmpresarialLuizEliasDaux

55758 25/01/08 26/04/2011 21.660,64

TractebelEnergia 55901 18/01/08 14/07/2011 17.947,71CentroExecutivoACCR 56332 04/06/08 24/09/2010 8.677,66RoyalBusinessCenter 56484 30/10/08 20/07/2011 6.269,67PremierOfficeCenter 56551 26/01/09 15/08/2012 17.648,70SantaClara 57018 27/01/09 26/12/2011 7.897,74TheOfficeAvenida 57116 29/09/09 18/10/2012 11.328,72CentroExecutivoVerbena 57186 26/11/09 10/02/2012 12.166,92

Fonte:SUSP,2012.

AliberaçãodeHabite‐sesentre2010e2012temelevadoaindamaisaquantidadedeedifíciosnovosocupados (Figura13), foramquinze,dosquaisoitonoCentro.Outra característica que se destacou nos novos edifícios, neste caso ainda dosencontradosforadaregiãocentraldacidade,éaexistênciadeconjuntosdetorrespara cada empreendimento, que ocorreu nos bairros Agronômica, Trindade eItacorubi.EstefatorsedeveàquestãodaBaciadoItacorubidisponibilizarterrenosmaiores e menor ocupação em relação ao bairro Centro. Contudo, ainda assimalguns edifícios do Centro obtiveram grandes áreas construídas, principalmentecomauxílioda transferênciadodireitodeconstruiredaconstruçãodeobrasdearte disponibilizado pelo Plano Diretor de Florianópolis (exemplo deempreendimentonaTabela5).

Page 41: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 40

Figura13–NúmerodeHabite‐sesdeedifíciosdeescritóriosnovosliberados

poranoentre2004e2012.Fonte:adaptadodeSUSP,2012.

Tabela5–QuadrodeáreasdoedifícioPremierOfficeCentercomprevisãodeganhodeáreaconstruídaportransferênciadodireitodeconstruire

construçãodeobradearte.Nível ÁreaCoberta ÁreaDescoberta Subtotal

2ºSubsolo 1.729,43m² ‐ 1.729,43m²1ºSubsolo 1.742,63m² ‐ 1.742,63m²Térreo 1.287,44m² 525,46m² 1.812,90m²Sobreloja 507,51m² ‐ 507,51m²1ºPvtoGaragem 1.738,69m² ‐ 1.738,69m²2ºPvtoGaragem 589,78m² 1.083,61m² 1.673,39m²Tipox9(589,54m²) 5.308,02m² ‐ 5.308,02m²10ºe11ºPvto(519,54m²) 1.039,08m² 70,24m² 1.109,32m²12ºao14ºPvto(428,43m²) 1.285,29m² 92,30m² 1.377,59m²Ático 241,57m² 175,47m² 417,04m²CasadeMáquinas 79,52m² ‐ 79,52m²Barrilete 79,21m² ‐ 79,21m²ReservatórioSuperior 73,45m² ‐ 73,45m²Subtotal 15.701,62m² 1.947,08m² 17.648,70m² TotalConstruído 17.648,70m² ÁreadoTerrenoTitulado 2.140,09m²+462,00m²=2.602,09m²Atingidopelosistemaviário 303,38m²Remanescente 2.298,71m²Áreaareceber 2.247,18m²

(atravésdatransferênciadodireitodeconstruir¹ eprevisãodeobradearte²)¹ Autorização expedida pelo município para que os proprietários de imóveis urbanos possam edificar emoutro local, ou alienar mediante escritura pública, o potencial construtivo de determinado terreno(FLORIANÓPOLIS,2010);

² Enquadrada como Área de Desenvolvimento Incentivado (ADI), as edificações de caráter privado queimplantamobrasdeartepúblicapodembeneficiar‐secomumacréscimodedoisporcentonoseuÍndicedeAproveitamento(IA)(FLORIANÓPOLIS,2010).

Fonte:SUSP,2012.

0

1

2

3

4

5

6

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Quantidadedeedifícios

Iníciodeocupação(Habite‐se)

Page 42: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 41

4.2 Análisedelevantamentodoparqueedilício

4.2.1 Tempodeexecuçãodasobras

Analisando a Tabela 4 é possível também apreender o tempo necessário deconstrução das edificações em Florianópolis. Considerando‐se a liberação doAlvará como ponto inicial da construção do edifício e o Habite‐se como aconclusão,essaavaliaçãopodecontemplarotempoemquecadaunidadeedilíciaéerigida(Figura14)eacapacidademédiademetrosquadradosconstruídospordiaemFlorianópolis(Figura15).

Figura14–Tempodeexecuçãodosedifíciosporanodeiníciodeconstrução.

Fonte:SUSP,2012.

Nota‐se na Figura 14 que ao longo dos anos os edifícios não tiveram evoluçõesquantoàreduçãodotempodeconstrução.Amédiadetempodeconstruçãofoide1.279dias–emtornodetrêsanosemeio–excetonoEdifícioHoepckeBlueCentere no Edifício da Advocacia Geral da União (este último de caráter público), com3.045 – oito anos e quatro meses – e 4.231 dias – onze anos e sete meses –respectivamente.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

1996 2001 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Númerodemesesdeconstrução

Iníciodaconstrução(Alvará)

Page 43: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 42

Ao que tange o tempo de execução dos empreendimentos, foi notável que oaumento da área construída total dos edifícios é proporcional ao aumento daquantidade de metros quadrados construídos por dia (Figura 14). Esta análisedemonstraqueareduçãodotempodeconstruçãosecomprovacomoaumentodareproduçãodepavimentos‐tipo.OmaioríndicedeproduçãoconstrutivaestevenoCentroEmpresarialLuizEliasDaux,ondehouveaconstruçãodequatrotorrescomonzepavimentoscada,sendotrêspavimentoscomunsatodos(Subsolo,TérreoeGaragem 1) e um pavimento de garagem em pilotis, seis pavimentos‐tipo e umáticoparacadatorre.Oempreendimentocontoucom21.660,64m²construídoseuma produção de 16,9 m² construídos por dia. A pior produção esteve com oEdifíciodaAdvocaciaGeraldaUnião,com0,8m²construídopordiaemumaobrade3.247,62m²deáreaconstruídatotal.

Figura15–Eficiênciaconstrutivadosedifíciosdeescritóriosem

Florianópolisportamanhodeempreendimento.Fonte:adaptadodeSUSP,2012.

1.40.8

3.43.34.0

4.6

5.85.85.4

5.7

5.0

2.2

7.8

3.8

6.97.4

4.8

5.65.7

10.3

7.1

8.6

11.7

10.6

12.1

13.8

9.6

13.4

16.9

12.5

y=0.3975x+1.0357R²=0.7734

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

1,409.80

3,247.62

3,660.29

3,958.33

4,140.69

5,023.30

5,493.27

5,704.20

6,264.02

6,269.67

6,587.27

6,649.70

6,730.85

6,899.08

7,825.38

7,897.74

8,529.93

8,534.46

8,633.94

8,677.66

8,914.42

11,328.72

12,166.92

15,797.04

17,648.70

17,947.71

18,321.12

18,957.37

21,660.64

23,496.99

Áreaconstruídapordia(m²/dia)

Áreaconstruídatotaldoempreendimento(m²)

Page 44: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 43

4.2.2 Localizaçãodosedifícios

Dentre os doze bairros estudados, apenas quatro apresentaram existência deedifíciosdeescritórioscommaisdecincopavimentos.ApredominânciaaindasemantémnoCentrocom60%donúmerodeempreendimentos(Figuras16e17)e51%daáreaconstruídatotal.

Osbairrosquenãopossuematipologiadopresenteobjetodeestudonormalmentesedevemaofatodenãopossuíremdisponibilidadedeterrenos,fácilacessibilidadeouterempredominânciaresidencial.

Figura16–Mapadelocalizaçãodostrintaedifíciosemestudo.

Fonte:adaptadoapartirdeGoogleEarth(2013).

Figura17‐Ocorrênciadeedifíciosdeescritóriosporbairro.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Centro Agronômica Itacorubi Trindade

Quantidadedeedifícios

Page 45: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 44

4.2.3 OrientaçãosolardasFachadas

O resultado geral para orientações semostrou equilibrado (Figura 18), contudonosbairrosesseequilíbriosedeuapenasnoCentroeTrindade,ondealocalizaçãodosedifíciosémaisesparsa.NaAgronômicaenoItacorubi,devidoàconcentraçãode edifícios em regiões específicas, a variação foi pequena, com a orientaçãopredominante Nordeste para a Agronômica e Norte para o Itacorubi. Um dosfatores que influencia na tendência de pouca variabilidade de orientação nestesdois bairros é a direção que se encontram as vias principais, que formam umaspectodemalhaurbanaemespinhadorsal,semviasdemaiorporteemsentidostransversaisouparalelosàsprincipais.

Figura18‐Orientaçãodafachadaprincipal.

4.2.4 Formadasedificações

Os volumes das edificações seguiram formas prismáticas, com bases formadaspelos recuos dos terrenos. Apenas 13% das edificações não possuíam basequadriláterareta,sendotodosesteslocalizadosnoCentro,ondeadisponibilidadedeterrenosnemsempreobedeceuformasregulares(Figura19).

Figura19‐Formaemplantadosedifícios.

01234567

Oeste Norte Sudoeste Nordeste Noroeste Sudeste Leste Sul

Quantidadede

edifícios

02468101214161820

Retângulo Quadrado Trapézio Triângulo L

Quantidadedeedifícios

Page 46: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 45

Destaca‐setambémque,apesardasformasprismáticas,algunsempreendimentosapresentavamchanfroouescalonamentodeandaresnosúltimospavimentos.Estedetalheestárelacionadoaoartigo114parágrafo2ºdoPlanoDiretor,oqualexigequeavolumetriadaedificaçãoestejadentrodeumângulode70°emrelaçãoaoeixodavia.ComomuitasruasdoCentropossuíamdimensõesreduzidas,33%dosedifíciosnesta região foramconstruídoscomessapeculiaridade.AsFiguras20e21 mostram dois edifícios que utilizam respectivamente o chanfro e oescalonamentocomoformadeaproveitaromáximodovolumepermitidoemlei.

Figura20–Desenhoarquitetônicoemcorteerespectivafotografiado

edifícioDallCenterpararepresentaçãodechanfronavolumetriadoedifício.Fonte:SUSP,2012eGoogleEarth.

Figura21–DesenhoarquitetônicoemcorteerespectivafotografiadoedifícioACCRparademonstraçãodeescalonamentonavolumetriado

edifício.Fonte:SUSP,2012eacervopróprio.

Page 47: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 46

4.2.5 Quantidadedepavimentosporedifício

NaFigura22,nota‐sequeaquantidadedepavimentosmaiscomumnosedifícioséde catorze assim como a sua média. Esta quantidade representa apenas atotalidade de andares, sendo que estão também considerados os pavimentos degaragens, subsolos, térreos, pilotis e áticos. Em termos de pavimentos‐tipo, amédiaesteveemnovepavimentoseomaiorresultadofoidecatorzepavimentos‐tipo,noedifícioHanteiOfficeBuilding,oqualjámencionadoutilizoutransferênciado direito de construir e incorporou a si uma obra de arte, aumentando seupotencialdegabarito.

Figura22–Quantidadedeedifíciospornúmeropavimentos.

OsedifíciosdeescritóriosdeFlorianópolistambémnãoapresentaramaumentoemgabaritocomodecorrerdotempo(Figura23).Essefatodemonstraestabilidadedealtura das edificações por parte dos órgãos públicos, que não têm alterado seuregimentoemrelaçãoaessacaracterísticanoCódigodeObrasdacidade.

Figura23–Quantidadedepavimentosporedifícioemdetrimentodoanode

alvará.

0

1

2

3

4

5

6

8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Quantidadede

edifícios

Númerodepavimentos

0

5

10

15

20

25

1996 2001 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Númerodepavimentos

AnodeliberaçãodealvaráPavimentos‐Tipo DemaisPavimentos

Page 48: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 47

4.2.6 Pé‐direitodosescritórios

Compoucavariabilidade,amaiorpartedospés‐direitosdeescritóriosestiveramentre 2,60 m e 2,69 m (Figura 24). Os edifícios que apresentaram pés‐direitosmaioresque2,80mforamprojetadoscomintençãodereceberforrosacústicosefacilitarasinstalaçõesprediais.

Figura24–Quantidadedeedifíciosporpé‐direitodospavimentos‐tipo.

4.2.7 Áreasenvidraçadas

NaanálisedeSantosePereira(2008),constatou‐sequeovidropodechegarateratécincovezesmaisimpactoenergéticoqueousodealvenariacerâmicanociclodevidadeumedifíciodeescritórios.Essefatorsedeveprincipalmenteaousodoalumínio nas esquadrias, o qual aumenta a energia incorporada dessescomponentes.Dessaforma,aanálisedeáreasenvidraçadaséumdosfatoresmaisimportantes a serem considerados na eficiência energética de edifícios deescritórios.

Nesteestudoobservou‐sequeopercentualentre40,1%e50%deenvidraçamentona fachadaprincipalsemostrouomaiordetodoscom23%dosedifícios(Figura25).Entretanto,houveumasegundaparcelasignificativadasedificaçõescom20%defrequênciaquepossuíaentre70,1%e80%deáreaenvidraçada.Seconstatadosapenas os edifícios com percentual de envidraçamento entre 70,1% e 100%,obtém‐seumgrupode47%datotalidadeanalisada.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Até2,59m De2,60ma2,69m De2,70ma2,79m Maisde2,80m

Quantidadedeedifícios

Pé‐direito

Page 49: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 48

Figura25–Percentualdeáreaenvidraçadaporfachadaprincipal(2004‐

2012).

Na mesma avaliação realizada por Santana (2006), os resultados se mostraramdiferentes (Figura26). Enquanto66%dos edifícios apresentaramáreade janelaigualouinferiora50%nafachadaprincipal,napresentepesquisaaproporçãoseinverteucom57%doparqueedilíciocommaisde50%desuperfícieenvidraçada.Essa diferença demonstra claramente o aumento percentual de superfícieenvidraçadaaolongodotempo.

Figura26–Percentualdeáreaenvidraçadaporfachadaprincipal(1974‐

2003).Fonte:Santana(2006).

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0‐10 10,1‐20 20,1‐30 30,1‐40 40,1‐50 50,1‐60 60,1‐70 70,1‐80 80,1‐90 90,1‐100

Quantidadedefachadasprincipais

Áreaenvidraçada

Norte Nordeste Leste Sudeste Sul Sudoeste Oeste Noroeste Total

Page 50: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 49

Além do aumento de envidraçamento temporal entre os estudos de Santana(2006)eeste,naprópriaentradadedadossobreáreasenvidraçadasentre1996e2009(anosdeliberaçãodoalvará)nestapesquisafoiconstatadoumaumentonafachada principal. A Figura 27 apresenta essas informações baseadas no ano deliberaçãode alvará da SUSP, pois se entende assimquenos períodos emqueosedifícios foramprojetadoshaviaa intençãodemaioroumenor transparênciadaenvoltóriaarquitetônica.

Figura27–Áreaenvidraçadanafachadaprincipalporanodeliberaçãode

alvarádaSUSP.

Contudo,oaumentoprogressivodaáreaenvidraçadapelo temponãoocorreemalgumasfachadas(Figura28).Asorientaçõesdeenvidraçamentomaispropíciasaoganhodecalorpelainsolaçãoreduziramoupermaneceramestáveis.Aorientaçãooeste, normalmente amais vulnerável, ocorreu em cinco edifícios e reduziu suaáreadeenvidraçamentonodecorrerdotempo.Jáaorientaçãonoroeste,tambémtendênciaamaiorganhodecalor,permaneceuestávelcomaproximadamente40%de superfície envidraçada. Todas as demais orientações tiveram aumentopercentualdeenvidraçamentonasfachadasprincipais.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1996 2001 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Percentagemdeáreaenvidraçadaeopaca

iníciodeconstrução(alvará) Áreaenvidraçada Áreaopaca

Page 51: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 50

y=0.0556x+0.2503R²=0.3469

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%

1996

2001

2002

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Áreaenvidraçadana

fachadaprincipal(%) y=0.0325x+0.63

R²=0.7694

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%

1996

2001

2002

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Áreaenvidraçadana

fachadaprincipal(%)

y=0.0542x+0.2767R²=0.2694

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%

1996

2001

2002

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Áreaenvidraçadana

fachadaprincipal(%) y=0.0919x+0.0508

R²=0.325

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%

1996

2001

2002

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Áreaenvidraçadana

fachadaprincipal(%)

y=0.0106x+0.6194R²=0.0144

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%

1996

2001

2002

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Áreaenvidraçadana

fachadaprincipal(%) y=0.1098x‐ 0.0755

R²=0.7206

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%

1996

2001

2002

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Áreaenvidraçadana

fachadaprincipal(%)

Sul Sudoeste

y=‐0.0849x+1.0419R²=0.5717

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%

1996

2001

2002

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Áreaenvidraçadana

fachadaprincipal(%) y=0.0007x+0.4055

R²=0.0019

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%

1996

2001

2002

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Áreaenvidraçadana

fachadaprincipal(%)

Oeste Noroeste

Leste Sudeste

Norte Nordeste

Figura28–Variaçãodepercentagemdeáreaenvidraçadanasfachadasprincipaisnodecorrerdotempo(datasporalvarás).

Page 52: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 51

As fachadas secundárias apresentaram resultados diferentes das fachadasprincipais, como Santana (2006) já havia constatado. Das 90 analisadas, 23apresentarampercentualdeáreaenvidraçadaentre30,1%e40%(Figura29).Amédia de área envidraçada foi de 32%, sendo que não houve predominância deorientaçãonaspercentagensestudadas.

Figura29–Percentualdeáreaenvidraçadaporfachadasecundária.

Santana (2006) levantou que 80% das fachadas secundárias possuíamenvidraçamento igual ou inferior a 50% (Figura30).Dos edifícios ocupadosnosúltimos nove anos, 83% apresentaram a mesma característica. Todavia o quedifere a predominância das fachadas neste estudo em relação à de Santana é asuperfície envidraçada predominante. Enquanto Santana apontou que 28% dasfachadassecundáriasestavamentre10,1%e20%desuperfícieenvidraçada,nestapesquisafoiconstatadoumdeslocamentodessacaracterísticaparaumpercentualentre 20,1% e 30%, onde 26% dos casos estavam englobados nessa faixa desuperfície envidraçada. Dessa forma a relação de percentual em fachadassecundárias permanece semelhante às últimas décadas, tendo apenas um leveaumentopercentualdeenvidraçamento.

0

5

10

15

20

25

0‐10 10,1‐20 20,1‐30 30,1‐40 40,1‐50 50,1‐60 60,1‐70 70,1‐80 80,1‐90 90,1‐100

Quantidadedefachadassecundárias

Áreaenvidraçada

Norte Nordeste Leste Sudeste Sul Sudoeste Oeste Noroeste Total

Page 53: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 52

Figura30–Percentualdeáreaenvidraçadaporfachadasecundária.

Fonte:Santana(2006).

Em análise ao percentual de áreas envidraçadas por tipo de fachada e ano deconstrução(liberaçãodealvará)naFigura31,nota‐senovamenteumaproporçãomaior na fachada principal em relação às secundárias (laterais e posterior).Enquantoresultadosdefigurasanterioresdemonstraramquepercentuaisdeáreasde vidros não possuem uma relação direta com orientação solar, nota‐se aqui arelaçãodeorientaçãoparaaviacomofatordeterminantedoaumentooureduçãode envidraçamento por parte da decisão de projetistas. Com exceção de algunsempreendimentosquemantiveramproporçõessemelhantesemtodasasfachadasoureduziramsuperfíciesdevidroemorientaçõesdemaiorganhosolar,emgrandeparteoparqueedilícioseguiuapropostadevalorizaçãodafachadaprincipalcommaiorenvidraçamento,independentedeorientaçãopelosol.

É notório tambémum aumento de envidraçamento emquase todas as fachadas,apesar da regressão linear da Figura 31 não apresentar indícios precisamenteconclusivosdessecasonodecorrerdotempo.Omaioraumentoocorrenafachadaprincipal,enquantoemumadasfachadaslateraisexisteredução.

Page 54: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 53

Figura31–Percentualdeáreaenvidraçadapororientaçãoemrelaçãoàviaetempo.

Relacionandoaindaospercentuaisdeenvidraçamentoentrefachadasprincipaisesecundárias, nota‐se uma nítida diferença de proporção entre as mesmas. Arelação se dá emmédia o dobro, independente de orientação de fachada. Destemodo fica evidenteque amaiorpartedas edificações comerciais são concebidasentre frente e fundos, ou seja, fachadas principais visualmente melhores, commaior energia incorporada e secundárias mais pobres em detalhamentoarquitetônicoemenoráreaenvidraçada,reduzindotambémoconsumodeenergia.

O desequilíbrio entre as fachadas também acarreta em diferenças de consumoenergético nos escritórios. Escritórios localizados nas fachadas posteriores têmtendência a consumir menos energia, enquanto outros com áreas envidraçadasmaiores, devido ao grande ganho de calor domeio externo, tendem a consumirmaisenergiapelousomaisfrequentedecondicionadoresdear.

y=0.0077x+0.5065R²=0.0863

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1996 2009

Percentagemdeárea

envidraçada

FachadaFrontal

y=‐0.0035x+0.4256R²=0.0159

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1996 2009

Percentagemdeárea

envidraçada

FachadaLateralI

y=0.0045x+0.2265R²=0.0554

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1996 2009

Percentagemdeárea

envidraçada

FachadaLateralII

y=0.0013x+0.2977R²=0.0022

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1996 2009

Percentagemdeárea

envidraçada

FachadaPosterior

Page 55: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 54

4.2.8 Relaçãosolo‐edifício

Conforme levantamento dos pavimentos abaixo do nível do solo, houve umapredominânciapelaexistênciadeaomenosumpavimentocomessacaracterística(Figura32).ApenasoedifícioLagunaCorporateCenternãopossuíapavimentonosubsolo, suas garagens se localizavam logo acima do andar térreo. Dos demais,63%possuíamumandarnosubsolo,30%doisandareseumedifíciotrêsandares.OedifícioPrimeTowercomtrêspavimentosnosubsolo(Figura33)possuíamaisdois pavimentos em garagem, totalizando cinco andares de estacionamento dosdezenovetotais(26%dospavimentosapenasemgaragens).

Figura32–Quantidadedeedifíciosporpavimentosnosubsolo.

Figura33–Desenhoarquitetônicoemcortemostrandoospavimentosde

subsolodoedifícioPrimeTower.Fonte:SUSP,2012.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

0 1 2 3

Quantidadedeedifícios

Pavimentosnosubsolo

Page 56: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 55

Apesarde existirempoucas literaturasque relacionemo consumoenergéticodociclo de vida de edificações com a influência dos meios de transporte urbanos,constata‐seaquiquesomenteandaressubsolos têmgrande impactona fasepré‐operacional de construções. Serviços de escavações, estruturas de contenção desoloesistemasdeventilaçãomecânicasãoalgunsdoselementosqueaumentamoconsumoenergéticonaconcepçãodeedifícios.Éimportanteobservaraindaqueoimpactodousoabusivodeautomóveistambéminterferenociclodevidadarotinade trabalhodeusuáriosdas edificações analisadas.O consumoenergéticodiretoestimulado pelo próprio edifício como já observado pela despreocupação comáreasenvidraçadaspodesersomadoaoincentivoqueomesmoproporcionapelademasiada oferta de vagas para automóveis em garagens. À vista disso torna‐seevidentequeaconstruçãocivilpodetambéminfluenciarindiretamentenoimpactoenergéticodeoutrossetoresdaeconomia.

4.2.9 Obstruçãodeentorno

A obstrução de entorno tem grande influência no sombreamento e redução deganhodecaloremedifícios.Pode tambémemalgunscasosaumentarproblemaspatológicos relacionados à umidade assim como dificultar a iluminação e aventilaçãonatural.

Osresultadosapontaramqueaomenosumadasfachadasdosedifíciosanalisadoshavia algum tipo de obstrução do entorno. Já a existência de duas fachadasobstruídas ocorreu em apenas 43% das edificações. De todas as fachadasnormalmenteassecundáriaserammuitomaisprejudicadasdoqueasprincipais,vistoqueadistânciaentrelotesopostosaumamesmaviaeramaiordoqueentrelotes vizinhos com limítrofes diretos. Por consequência, os escritórios maisprejudicadossãoosdosprimeirospavimentos.

4.3 Modelopredominante

A partir dos dados de entrada obtidos pela SUSP, construtoras e visitas in locu,definiu‐seummodelopredominanteparaoCentro,umparaaBaciadoItacorubieumparaFlorianópolis–esteúltimocomomédiaponderadaentreosoutrosdoismodelos.Estadistinçãoocorreuemvirtudedealgumascaracterísticasdestoarementreasedificaçõesdeumaregiãoparaaoutra,principalmentedevidoàformadeurbanização e ao tempo histórico em que houve o parcelamento do solo nesseslugares.Tambémfoiimportanteparaseremrealizadascomparaçõesmaisprecisasao estudo de Santana, visto que nesta outra pesquisa apenas se analisaramedificaçõesdoCentrodeFlorianópolis.

Page 57: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 56

4.3.1 Avaliaçãocomparativadosmodelospredominantes

Apósacompilaçãodedadosparaformaçãodosmodelospredominantes(Tabela6)separando‐os por regiões, constataram‐se poucas diferentes entre os tipos. Asmaioresdistinções couberamàsgeometriasdosedifíciosemvistadasdiferentesdisponibilidadesdelotesdoCentroedaBaciadoItacorubi.Notou‐sequeomodelopredominantedaregiãocentraltevemaiorgabaritopordiversasvezesconseguirutilizaroaumentodeáreasconstruídaspelatransferênciadodireitodeconstruir,já citado anteriormente. Contudo, o aumento de gabarito junto à dificuldade dedisposiçãodegrandes lotes formounoCentroempreendimentosemquasetodosos casos de apenas uma torre – com exceção apenas do caso do HanteiOfficeBuilding – com índices de compacidade volumétricos maiores. Estes índicesocasionaram aos empreendimentos do Centro maior área de fachada porsuperfície construída, o que significaque as áreasde trocade calor tambémsãomaiores,havendoumatendênciademaiorconsumodeenergiaparaestabilizarastemperaturasdeconfortodentrodosambientesdeescritório.

FoinotóriotambémqueaconstruçãodosempreendimentosdaBaciadoItacorubitemsidorealizadaemprazosmenores,mesmocomáreasconstruídasmaiores.Naanálise de área construída por dia foi observado em capítulos anteriores quequanto maior a área do empreendimento, maior a tendência do tempo deconstrução ser reduzido em virtude do aumento da capacidade produtiva deconstrução. Como alguns empreendimentos da Bacia do Itacorubi foramconcebidos em conjuntode torres, estes aumentarama capacidadeprodutivadeconstruçãoereduziramassimotempototaldeobradosempreendimentos.

Às questões que se referem à arquitetura, como composição de fachadas,volumetria e especificações de materiais, houve pouca diferença entre asedificações como um todo. As áreas envidraçadas permaneceram semelhantes,com65%e33%noCentroe62%e32%naBaciado Itacorubiparaas fachadasprincipais e secundárias, respectivamente. Este fato demonstra umahomogeneidade na decisão de projetistas para as edificações comerciais deFlorianópolis.Asproteçõessolaresocorreramempoucosedifíciosdevidoàgrandeexibição de vidros para finalidades estéticas, principalmente em fachadasprincipais. Casos excepcionais como o Premier Office Center e o Max & FloraCenter conseguiram equilibrar suas áreas envidraças em todas as fachadas, commédias de 37% e 41% respectivamente, não excedendo em nenhum momentomaisdoque45%desuperfícieenvidraçada.Nestesdoisempreendimentoshouvetambémclaraintençãodeadaptaçãoclimáticacomposicionamentodebrisesnasfachadas de maior ganho solar, as quais eram coincidentemente as principais(Figura32).

Page 58: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 57

Tabela6–Característicasdosmodelospredominantes.

Materiais

Vidros Laminado8mm Laminado8mm Laminado8mm

Paredesexternas

Blococerâmicodeoitofurosassentadonamenordireção+

revestimentocerâmico

Blococerâmicodeoitofurosassentadonamenordireção+

revestimentocerâmico

Blococerâmicodeoitofurosassentadonamenordireção+

revestimentocerâmico

Lajeentrepisos

Vigotaspré‐moldadascom

preenchimentoempoliestirenoexpandido

Vigotaspré‐moldadascom

preenchimentoempoliestirenoexpandido

Vigotaspré‐moldadascom

preenchimentoempoliestirenoexpandido

Cordasfachadas Branco Branco BrancoCobertura Fibrocimento Fibrocimento Fibrocimento

Geometria

Formadaplanta Retangular Retangular RetangularDimensões– larguraxprofundidadexaltura–pavimentostipo(m)

21,00mx17,40mx29,23m

28,00mx23,70mx22,32m

23,8mx19,92mx27,47m

Dimensões–larguraxprofundidadexaltura

–base(m)

36,30mx30,40mx14,61m

32,10mx27,60mx12,37m

33,94mx29,28mx13,71m

Construção ÁreaConstruída(m²) 7.447,73 8.958,86 8.052,18

Tempodeconstrução(meses)

51 44 48

Áreaconstruídapordia(m²/dia)

7,1 7,4 7,2

ModeloPredominante Centro BaciadoItacorubi

Médiaponderada

Pavimentos

Subsolo(garagem) 1 1 1Térreo 1 1 1Sobreloja 1 ‐ 1

GaragemSuperior 1 1 1Pilotis 1 1 1Tipo 10 8 9Ático 1 1 1

Gabaritototal 16pavimentos 13pavimentos 15pavimentos

Fachadas

Orientaçãodafachadaprincipal

Oeste Norte Oeste

Áreaenvidraçadanafachadaprincipal(%)

65% 62% 63%

Áreaenvidraçadanasfachadassecundárias

(%)33% 32% 32%

Page 59: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 58

Figura34–PremierOfficeCentereMax&FloraCenter,empreendimentos

excepcionaisaosresultadosdosmodelospredominantes.

Nas especificações de materiais foi observada uma importante mudança emrelação aos edifícios comerciais antigos. Enquanto em edificações comerciaisanteriores a esta pesquisa utilizavamemmaioria revestimentode argamassadecimentoepintura,nosedifíciosdosúltimosanosorevestimentomaiscomumfoiaplaca cerâmica. Grande parte usufruiu de pastilhas de rápida aplicação e fácilmanutenção. Uma das justificativas do uso deste revestimento é a redução demanutençãocomapintura, reduzindocustoscomcondomínio.Este fator,apesardenãoseranalisadocomparativamentenociclodevidadasedificações,mostrou‐sepositivodeseradotado.

Visualmente,osedifíciosdoCentroedaBaciadoItacorubigeraramdoismodelosbemdistintos.NoCentrooenvidraçamentodafachadaprincipalsedeudeformamais contínua, normalmente formando um só painel contínuo (Figura 35). NaBacia do Itacorubi, apesar de existirem quatro empreendimentos com painéiscontínuos de vidro, oito possuíam alguma interrupção, não gerando assim ummodelopredominantecompeledevidro(Figura36).Estainterrupçãocompositivanormalmentegerouesquadriasemfitahorizontaloudesenhosemquadrículas.AdiferençaentreoscasosdoCentroedaBaciadoItacorubiéqueháumatendênciade melhor distribuição de luz nos edifícios da Bacia do Itacorubi, enquanto noCentroumamaiorconcentraçãodeluminosidadeempontosespecíficos.

Page 60: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 59

Figura35–MaqueteeletrônicadomodelopredominantedoCentro.

Figura36–MaqueteeletrônicadomodelopredominantedaBaciado

Itacorubi.

Page 61: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

RESULTADOS 60

Figura37–Característicasdospavimentosnosmodelospredominantes.

Page 62: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

CONCLUSÕES 61

5 CONCLUSÕES

Estetrabalhorealizoulevantamentodedadosparaanáliseenergéticadosedifíciosdeescritóriosentre2004e2012emFlorianópolis.Suacontribuiçãofoiobterumacervoedilíciopara futuraspesquisasdeeficiênciaenergéticaparaa temáticadeedificaçõescomerciaisassimcomoparasimulaçõesenergéticascomputacionaisapartir dos modelos predominantes gerados. Estes dados podem ser utilizadostambémparaprofissionaisdomercadodaconstruçãocivilque tenham interesseemaumentarodesempenhoenergéticodosnovosedifíciosdeescritóriosaseremconstruídos,principalmenteoslocalizadosnasregiõesdestelevantamento.

Diantedosresultadosobtidos,revela‐sea importânciadaanáliseenergéticaparatodo o ciclo de vida das edificações. Enquanto grande parte dos estudos dedesempenho energético analisa o consumo operacional das edificações, estecontrapôs tambéma etapapré‐operacional. Isso significa queno casodo uso devidrosmaiseficientesouduplos,umaedificaçãocomercialpodeaindaapresentargrande consumo energético devido à fabricação dos materiais utilizados (etapapré‐operacional da edificação), como o caso do alumínio, normalmente usadocomo estrutura das esquadrias de fachadas envidraçadas. Dessa forma a origemdosmateriais utilizados deve ser analisada com omesmo grau de consideraçãoquesuaeficiênciaenergéticaquandoemfuncionamento.

O levantamento do trabalho também concluiu que, embora a especificação devidros tenhamelhorado em relação ao estudo de Santana, o percentual de áreaenvidraçada continua elevado para a fachada principal e é desequilibrado àsfachadassecundárias.Nota‐seassimumadesqualificaçãodefachadassecundárias,emespecialasposterioresque,quandonãoutilizadasparasanitários,circulaçõesverticaisouparainstalaçãoaparelhosdearcondicionado,possuíamdesequilíbrioentre as salas comerciais. Este desequilíbrio se dá na qualidade ambiental, noconsumo energético e na qualidade estética, gerando volumes edificados compoucarelaçãoamistosaemseuslimítrofesdelotesvizinhos.

5.1 Limitaçõesdotrabalho

Dentreàslimitaçõesencontradasduranteapesquisa,estasdevemseresclarecidasafimdenãohaverdúvidasquantoàprecisãoderesultadosouaométodoadotado.

Os edifícios levantados abrangem toda a região do Centro, Bacia do Itacorubi,MaciçodoMorrodaCruzeBaíaSul, contudosomenteasduasprimeiras regiõespossuíamedificações comerciais com cinco oumais pavimentos, dentre os quaiscom térreos e pavimentos‐tipo, todos com elevadores e com início de ocupaçãoentre 2004 e 2012. A região continental de Florianópolis, fora deste estudo,apresentoucincoempreendimentos.Outrasregiõesdacidade,principalmentenarodoviaSC‐401quefazconexãoentreoCentroeoNortedailha,tambémpossuem

Page 63: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

CONCLUSÕES 62

empreendimentos,contudoemmenornúmeroecomcaracterísticasdeocupaçãoainda mais distintas, como os casos do Parque Tecnológico Alfa (João Paulo), oCorporatePark(SantoAntôniodeLisboa)eoSapiensParque(Canasvieiras).Aindaassim o estoque edificado escolhido para esta pesquisa possui pertinência poranalisarmaisde75%dasedificaçõesqueseenquadramnoperfiljádescrito.

Os comentários realizados acerca dos resultados não surgiram diretamente desimulações dos modelos predominantes que pudessem concluir com exatidão odesempenho das edificações analisadas. Entretanto, fundamentadas nos estudosde diversas outras pesquisas com temáticas semelhantes (MINKU et al., 2005;SANTANA,2006;SANTOSePEREIRA,2008;TAVARES,2006),asconclusõesforamconvenientesparaconfirmaradiscussãodosresultados.

5.2 Sugestõesparatrabalhosfuturos

Junto às contribuições desta pesquisa, também se ressalta aqui possibilidadesfuturas de outras pesquisas que venham a continuar esta. Estas novascontribuiçõespodemviraser:

AnálisedeCiclodeVidadosmodelospredominantesdesteestudoedeSantana,apresentandooaumentoouareduçãodoconsumoenergéticodasedificaçõescomerciaisdeFlorianópolis;

Simulações Termoenergéticas Computacionais a fim de analisar o consumooperacionaldosmodelospredominantesdestapesquisaedirigirdiretrizesparareduçãoenergéticadosmesmos;

Realizar um estudo de impacto dos meios de transporte sobre o uso dasedificações, visto que algumas chegam a ter entre 25% e 30% de seuspavimentosdestinadosapenasàsgaragens;

Analisar a influência dos lotes urbanos e seus limites e das vias da cidadenaconcepçãodasedificaçõescomerciais,vistoqueseconcluiuqueamaiorpartedo parque edilício possuía clara distinção entre frentes e fundos, gerandodesequilíbriosnaqualidadedeconfortoedesempenhoenergéticodassalasdeescritórios;

Explorarousoda tecnologiaBIMparaanálisede ciclodevida,especialmentecomo ferramenta que possa fragmentar e quantificar partes das edificações,almejandodessa formaresultadosmaisprecisosquantoaos impactosdecadaetapadeconstruçãodosedifícios;

Gerar novos modelos predominantes para a região continental e os parquestecnológicosdeFlorianópolis,afimdeabrangeraindamaisapesquisa;

Realizar um estudo de análise de ciclo de vida de edifícios comerciais compresença e ausência de proteções solares. Este estudo poderia apontar se aquantidade de energia incorporada em brises de alumínio e PVC na fase defabricaçãoécompensadapelareduçãodoconsumoenergéticodurantesuafase

Page 64: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

CONCLUSÕES 63

operacional,vistoqueambososmateriaispossuemaltogastodeenergiaemsuafabricação.

Page 65: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS 64

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS

ABNT. Desempenho térmico de edificações, NBR 15220. Rio de Janeiro, Brasil: AssociaçãoBrasileiradeNormasTécnicas,2005.p.7

AUTODESK.RevitConceptualEnergyAnalysis.Disponívelem:<http://usa.autodesk.com/adsk/servlet/item?siteID=123112&id=15400801&linkID=9243097>.Acessoem:5mar.2013.

BEN.Balançoenergéticonacional2011:AnoBase2010.RiodeJaneiro:EPE,2011.

CARLO, J. C. e TOCCOLINI, G. Levantamentodedados visando adefiniçãodeprotótiposdeedificaçõesbrasileiras..[S.l:s.n.],2005.

CELESC.CentraisElétricasdeSantaCatarina.Disponívelem:<http://www.celesc.com.br>.

CHAIRMAN,J.M.BIM&BuildingSimulation.p.14–16,2011.

CHEHEBE, J. R. Análise de ciclo de vida de produtos: ferramenta gerencial da ISO14000.Qualitymared.RiodeJaneiro:[s.n.],1998.p.104

CORGNATI,S.P.;FABRIZIO,E.;FILIPPI,M.eMONETTI,V.Referencebuildingsforcostoptimalanalysis: Method of definition and application. Applied Energy, v. 102, p. 983–993,doi:10.1016/j.apenergy.2012.06.001,2012.

CORRADO,V.; BALLARINI, I. e CORGNATI, S. P.BuildingTypologyBrochure– Italy. Disponívelem: <http://www.building‐typology.eu/downloads/public/docs/brochure/IT_TABULA_TypologyBrochure_POLITO.pdf>Acesso:5mar.2013.

EASTMAN, C.; TEICHOLZ, P.; SACKS, R. e LISTON, K. BIM Handbook: A Guide to BuildingInformationModelingforOwners,Managers,Designers,EngineersandContractors.[S.l:s.n.],2008.

GRAF,H.F.;MARCOS,M.H.C.;TAVARES,S.F.eSCHEER,S.EstudodeviabilidadedousodeBIMpara mensurar impactos ambientais de edificações por energia incorporada e CO2incorporado.n.1,p.3571–3577,2012.

HORNE, R.; GRANT, T.; VERGHESE, K. e HORNE, R. E.Principles ,PracticeandProspectsandcontext.2009.

IBPSA. Building Simulation 2011. Disponível em: <http://www.ibpsa.org/m_bs 2011.asp>.Acessoem:5mar.2013.

IEA.TechnologyRoadmap‐Energy‐efficientBuildings:HeatingandCoolingEquipment.Paris:[s.n.],2011.

KRYGIEL, E. eNIES, B.GreenBIM :SuccessfulSustainableDesignwithBuilding InformationModeling.1st.ed.Indianapolis,Indiana:WileyPublishing,Inc.,2008.

LAMBERTS, R.; GHISI, E. e RAMOS, G. Impactos da Adequação Climática Sobre a EficiênciaEnergéticaeoConfortoTérmicodeEdifíciosdeEscritóriosnoBrasil.2006.

MENDES,N.;WESTPHAL, F. S.; LAMBERTS,R. e CUNHANETO, J.A. B.Da.Usode instrumentoscomputacionaisparaanálisedodesempenhotérmicoeenergéticodeedificaçõesnoBrasil.p.47–68,2005.

Page 66: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS 65

MINKU,P.M.;SANTANA,M.V.;GHISI,E.eLAMBERTS,R.Tipologiasconstrutivasdeedifíciosdeescritório localizadosemFlorianópolis‐SC. In: ENCAC ‐ ELACAC 2005. Anais.Maceió: ANTAC,2005.

MOON,H.J.;CHOI,M.S.;KIM,S.K.eRYU,S.H.CasestudiesfortheevaluationofinteroperabilitybetweenaBIMbasedarchitecturalmodelandbuildingperformanceanalysisprograms.p.14–16,2011.

MOREIRA, C. S. Padrão de ocupação e de uso de equipamentos para fins de simulaçãocomputacional: estudo de caso em edifícios de escritório localizados em Florianópolis.UniversidadeFederaldeSantaCatarina‐[S.l.].2005.

NBR ISO14040.NBRISO14040Gestãoambiental ‐Avaliaçãodociclodevida ‐Princípioseestrutura.p.1–10,2001.

OSELLO,A.;CANGIALOSI,G.;DALMASSO,D.;PAOLO,A.Di;TURCO,M.Lo;PIUMATTI,P.eVOZZOLA,M.Architecturedataandenergyefficiencysimulations:BIMandinteroperabilitystandards.p.14–16,2011.

PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS. PlanoDiretor de Florianópolis. . Brasil: [s.n.],2010.

SANTANA,M.V.Influênciadeparâmetrosconstrutivosnoconsumodeenergiadeedifíciosdeescritório localizados em Florianópolis ‐ SC. Dissertação (Mestrado). Departamento deEngenhariaCivil,UniversidadeFederaldeSantaCatarina‐Florianópolis.2006.

SANTOS, I. G. Dos e PEREIRA, A. F. Análise de Ciclo de Vida:Uso do Software ECO‐IT paracomparação entre dois sistemas de fachada (alvenaria e vidro). In: ENTAC 2008 ‐ XIIENCONTRONACIONALDETECNOLOGIADOAMBIENTECONSTRUÍDO.Anais...Fortaleza:ANTAC,2008.

SCHAEFER, A.; ALMEIDA, L. S. S.; GHISI, E.; FREITAS,M. N. De e DUARTE, É.Determinaçãodemodelosdehabitaçãode interesse socialdaGrandeFlorianópolisparausoem simulaçãocomputacional.2012.

SCHLUETER,A. eTHESSELING, F.Building informationmodelbasedenergy/exergyperformanceassessment in early design stages. Automation in Construction, v. 18, n. 2, p. 153–163,doi:10.1016/j.autcon.2008.07.003,2009.

TAVARES, S. F. Metodologia de Análise do Ciclo de Vida Energético de EdificaçõesResidenciaisBrasileiras. (Tese)ProgramadePós‐GraduaçãoemEngenhariaCivil,UniversidadeFederaldeSantaCatarina‐Florianópolis.2006.

TAVARES,S.F.eLAMBERTS,R.Consumodeenergiaparaconstrução,operaçãoemanutençãodasedificaçõesresidenciaisnoBrasil.In:VIIIENCACENCONTRONACIONALSOBRECONFORTONOAMBIENTE CONSTRUÍDO; IV ENLACAC ENCONTRO LATINO‐AMERICANO SOBRE CONFORTONOAMBIENTECONSTRUÍDO.Anais...Maceió:ANTAC,2005.

THORMARK,C.A lowenergybuilding ina lifecycle—itsembodiedenergy,energyneed foroperation and recycling potential. Building and Environment, v. 37, n. 4, p. 429–435,doi:10.1016/S0360‐1323(01)00033‐6,2002.

Page 67: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 66

HoepckeBlueCenter

Cód.deInscrição 45491 Forma trapézioEndereço NordesteAlvaráIníciodeocupação LateralII

14/08/1996 Obstruçãodeentorno16/12/2004

R.CristóvãoNunesPires,110 Fachadaprincipal

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

ApêndiceA‐Característicasdosedifícioslevantados

ProjetoArquitetônico

Execução

15 6.471,59110 Pé‐direito(m) 2,88 367,11303

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) ‐

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Cordasfachadas bege

FachadasOrientação

Fachada1 NordesteFachada2 SudesteFachada3 SudoesteFachada4 Noroeste

40,55%29,50 35,00 30,33%15,50 35,0029,50 35,00 30,33%

PAF(%)Largura(m) Altura(m)

Material ‐

15,50 35,00 24,33%

Sist.deabertura maximarEsquadrias

MarceloGevaerdCarlosHoepckeEmpreendimentos

Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

91,22

Page 68: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 67

Cód.deInscrição 45581 Forma retangularEndereçoAlvaráIníciodeocupação PosteriorProjetoArquitetônico

AdvocaviaGeraldaUnião

RuaSãoFrancisco,56‐Centro Fachadaprincipal Noroeste

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

24/09/1996 Obstruçãodeentorno25/04/2008CenyCarlosGomeseNelsonLuizLopesj q

Execução

1116 Pé‐direito(m) 2,63 248,11122

Cobertura Esp.(cm) ‐Esp.(cm) ‐

Paredesexternas Esp.(cm) ‐bege

FachadasOrientação

Fachada1 NoroesteFachada2 NorteFachada3 SudesteFachada4 Sudoeste

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)3.247,62

Nºdepavimentosnosub‐solo

‐‐

87,84Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

Característicasconstrutivasgerais‐

y p

DarosEdificaçõeseObras

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Largura(m) Altura(m) PAF(%)

Cordasfachadasexternas

EsquadriasMaterial ‐

36,78 18,50 24,61%29,50 35,00 59,62%

36,00 18,50 43,35%7,50 18,50 58,38%

Sist.deabertura Máximo‐arebasculante

Lajeentrepavimentostipo

Page 69: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 68

LagunaCorporateCenter

Cód.deInscrição 49371 Forma quadradoEndereço NorteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação FachadasProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

RuaProf.AyrtonRobertodeOliveira,32 Fachadaprincipal03/08/200101/10/2004LeilaMariadeLemosBolzanj q

Execução

12 6.264,0208 Pé‐direito(m) 2,60 381,09324

Cobertura lajeimpermeabilizada Esp.(cm) 30Esp.(cm) 30

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) 20Coresdasfachadasexternas branco

FachadasOrientação

Fachada1 NorteFachada2 LesteFachada3 SulFachada4 Oeste

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

70,75Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

ECPO(EmpresaCatarin.dePlan.eObras)

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo ‐

EsquadriasMaterial ‐Sist.deabertura maximar

Largura(m) Altura(m) PAF(%)17,70 26,66 47,64%21,62 26,66 36,82%17,70 26,66 47,64%21,62 26,66 36,82%

Page 70: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 69

CentroExecutivoAtlantis

Cód.deInscrição 50167 Forma retangularEndereço SulAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação LateralIProjetoArquitetônico

Av.RioBranco,691 Fachadaprincipal28/05/200216/03/2005MarceloRibasPereira

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

ProjetoArquitetônico

Execução

15 4.140,69110 Pé‐direito(m) 2,60 309,86202

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) ‐

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas branco

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 SulFachada2 OesteFachada3 NorteFachada4 Leste 20,65 28,80 11,88%

20,65 28,80 65,18%9,30 28,80 39,31%

Largura(m) Altura(m) PAF(%)9,30 28,80 75,23%

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

BautecConstruçõeseIncorporaçõesLtda.

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

MarceloRibasPereira

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

44,60Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

Page 71: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 70

PlatinumTower

Cód.deInscrição 50191 Forma quadradoEndereço OesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação LateralIProjetoArquitetônico

Av.MauroRamos,1450 Fachadaprincipal28/05/200220/07/2005AntônioDodoné

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

j q

Execução

19 7.825,38113 Pé‐direito(m) 2,60 309,86655

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) ‐

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas branco

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 OesteFachada2 NorteFachada3 LesteFachada4 Sul 20,65 36,40 23,17%

20,65 36,40 86,14%15,60 36,40 70,80%

Largura(m) Altura(m) PAF(%)15,60 36,40 86,48%

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

RAIncorporaçõesLtda.

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

42,86Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

Page 72: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 71

MadisonCenter

Cód.deInscrição 50889 Forma quadradoEndereço SudoesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação LateralIProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

RuaDesemb.VitorLima,260 Fachadaprincipal30/07/200302/06/2006MilanieKleinArquitetosj q

Execução

15 8,914.42110 Pé‐direito(m) 2.65 477.9215015

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 15

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas branco

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 SudoesteFachada2 NoroesteFachada3 NordesteFachada4 Sudeste

q

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

20.06Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

ConstrutoraPinheiroLtda.

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)22.90 29.04 16.26%20.65 29.04 109.29%22.90 29.04 16.26%20.65 36.40 23.17%

Page 73: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 72

SededaCaixaEconômicaFederal

Cód.deInscrição 52338 Forma retangularEndereço NordesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação FrontalProjetoArquitetônico

Fotodoedifício‐Fonte:Mercovidro Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

Srvd.NossaSenhoradeLourdes,111 Fachadaprincipal06/04/200405/05/2008ManoelLuizS.L.Fariasj q

Execução

12 15.797,0416 Pé‐direito(m) 2,80 750,0061

CaracterísticasconstrutivasgeraisCobertura lajeimpermeabilizada Esp.(mm) ‐Lajeentrepavim. nervuradabidirecionalemcubetas Esp.(mm) ‐Paredesexternas rebocointerno+blococerâmico8furos+rev.pastilhascerâmicas Esp.(mm) 150Corpredominantedasfachadas branco

Estrutura alumínio Vidro laminado8mmprataSist.deabertura maximar

FachadasOrientação

Fachada1 NordesteFachada2 SudesteFachada3 SudoesteFachada4 Noroeste

Esquadrias

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

RCDInvestimentoS.A.

534,29Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

Largura(m) Altura(m) PAF(%)

Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório(m²)

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)

52,53 20,54 69,41%13,56 20,54 6,15%52,53 20,54 11,70%13,56 20,54 6,15%

Page 74: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 73

MinistérioPúblico

Cód.deInscrição 52984 Forma retangularEndereço OesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação FachadasProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

Av.Prof.OthonGamaD'eça,622 Fachadaprincipal30/11/200524/07/2007RCArquiteturaj q

Execução

9 1.409,80113 Pé‐direito(m) 2,60 134,62131

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 15

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas bege

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 OesteFachada2 NorteFachada3 LesteFachada4 Sul

q

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

98,00Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

FormaccoConstruçãoeFomercioLtda.

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)18,10 16,50 54,50%7,08 16,50 0,00%18,08 16,50 25,34%8,07 16,50 0,00%

Page 75: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 74

ComercialKosmos

Cód.deInscrição 53342 Forma quadradoEndereço SudoesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação FachadasProjetoArquitetônico

R.ConselheiroMafra,750 Fachadaprincipal23/05/200527/03/2008CenyC.Gomes

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

j q

Execução

16 3,958.33113 Pé‐direito(m) 2.70 175.65393

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 18

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas bege

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 SudoesteFachada2 NoroesteFachada3 NordesteFachada4 Sudeste 13.90 28.80 23.25%

13.90 28.80 13.13%13.50 28.80 17.36%

Largura(m) Altura(m) PAF(%)13.50 28.80 31.25%

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

DarosEngenharia

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

y

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

37.57Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

Page 76: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 75

MeridianOffice

Cód.deInscrição 53777 Forma retangularEndereço SulAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação FachadasProjetoArquitetônico

RuaCónegoBernardo,105 Fachadaprincipal16/02/200606/08/2009MilaniKleinArquitetura

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

j q

Execução

14 8,534.4619 Pé‐direito(m) 2.60 469.97

12614

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 28

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas branco

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 SulFachada2 OesteFachada3 NorteFachada4 Leste 14.80 25.92 17.67%

14.80 25.92 21.31%33.95 25.92 23.34%

Largura(m) Altura(m) PAF(%)33.95 25.92 47.01%

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

ConstrutoraPinheiroLtda.

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

q

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

21.60Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

Page 77: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 76

PrimeTower

Dadosgerais TipologiaarquitetônicaCód.deInscrição 53820 Forma retangularEndereço OesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação PosteriorProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Av.PrefeitoOsmarCunha Fachadaprincipal07/02/200628/01/2009EspaçoLivreArquiteturaj q

Execução

Pavimentos19 6.587,27311 Pé‐direito(m) 2,53 238,21444

CaracterísticasconstrutivasgeraisCobertura fibrocimentopintadonacorbranca Esp.(mm) 8Lajeentrepavim. vigotaspré‐moldadascompreenchimentocer. Esp.(mm) 240Paredesexternas alvenariacerâmica(14cm)+rebococomrev.fulget (3cm) Esp.(mm) 170Corpredominantedasfachadas marrom

Estrutura alumínio Vidro laminado8mmprataSist.deabertura maximar

FachadasOrientação

Fachada1 OesteFachada2 NorteFachada3 LesteFachada4 Sul

Esquadrias

p ç q

Nºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

KoerichEngenhariaLtda.

Nºdepavimentostipo

39,47Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

Largura(m) Altura(m) PAF(%)

Áreamédiadeescritório(m²)

Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios

19,94 36,72 78,73%12,92 36,72 58,93%22,34 36,72 14,32%9,15 36,72 43,38%

Page 78: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 77

EspaçoCapital

Cód.deInscrição 53870 Forma retangularEndereço SudesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação FachadasProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

R.VitorKonder,223 Fachadaprincipal12/01/200610/06/2008MarchettiBonettiArq.eAssociad.j q

Execução

12 3.660,2917 Pé‐direito(m) 2,62 225,3671

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 18

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas bege

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 SudesteFachada2 SudoesteFachada3 NoroesteFachada4 Nordeste

q

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

159,91Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

KoerichComércioeConstr.Ltda

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)9,49 22,40 35,74%19,38 22,40 3,05%9,94 22,40 7,07%19,38 22,40 11,56%

Page 79: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 78

CentroEmpresarialMauroRamos

Cód.deInscrição 54097 Forma trapézioEndereço NoroesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação NenhumaProjetoArquitetônico

Av.MauroRamos,224 Fachadaprincipal30/11/200507/10/2008PauloAlmeida

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

j q

Execução

14 5,023.3018 Pé‐direito(m) 2.60 247.15324

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 15

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas verdeclaro

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 NoroesteFachada2 NordesteFachada3 SudesteFachada4 Sul 28.58 22.00 6.11%

17.90 22.00 34.74%9.35 22.00 2.80%

Largura(m) Altura(m) PAF(%)20.33 22.00 34.52%

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

ObraEmpreendimentosImob.Ltda

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

45.59Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

Page 80: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 79

Galaxy

Cód.deInscrição 54365 Forma retangularEndereço SudoesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação TotalProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

R.ConselheiroMafra,784 Fachadaprincipal14/02/200617/12/2010Habitengej q

Execução

16 8.529,9329 Pé‐direito(m) 2,70 384,79182

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 18

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas marromclaro

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 SudoesteFachada2 NoroesteFachada3 NordesteFachada4 Sudeste

g

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

153,88Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

GalaxyEmpreendimentosImob.Ltda

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)14,32 25,92 85,06%32,57 25,92 21,20%9,42 25,92 2,21%32,54 25,92 17,54%

Page 81: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 80

CentroExecutivoWilmarHenriqueBecker

Cód.deInscrição 54404 Forma retangularEndereço LesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação PosteriorProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

R.NereuRamosc/Av.RioBranco,847 Fachadaprincipal14/02/200616/04/2010CenyCarlosGomesj q

Execução

17 8.633,94211 Pé‐direito(m) 2,70 353,41999

Cobertura fibrocimento Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 18

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas branco

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 LesteFachada2 SulFachada3 OesteFachada4 Norte

y

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

31,60Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

ÁlamoConst.eIcorporadoraLtda

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)39,20 31,68 49,88%10,70 31,68 60,43%39,20 31,68 16,36%10,70 31,68 77,58%

Page 82: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 81

MaxeFloraCenter

Cód.deInscrição 54435 Forma retangularEndereço OesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação LateralIProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

RuaLauroLinhares,2055 Fachadaprincipal24/02/200612/01/2010DóriaLopeseFiuzaArq.eAssoc.j q

Execução

14 18.957,371 2torres8 Pé‐direito(m) 2,58 454,52729

CaracterísticasconstrutivasgeraisCobertura pisocerâmico(últimopvto)efibrocimento(ático) Esp.(mm) 8Lajeentrepavim. vigotaspré‐moldadascompreenchimentocer. Esp.(mm) 300Paredesexternas blococerâmico8furos(14cm)+rev.cerâmico(3cm) Esp.(mm) 170Corpredominantedasfachadas branco

Estrutura alumínio Vidro simples4mmtransparenteSist.deabertura maximar Aberturas(%) 69%

FachadasOrientação

Fachada1 OesteFachada2 NorteFachada3 LesteFachada4 Sul

p q

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

33,87Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

CotaEmp.ImobiliáriosLtda

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Esquadrias

Largura(m) Altura(m) PAF(%)14,00 23,04 39,68%33,00 23,04 42,09%14,00 23,04 39,68%33,00 23,04 42,09%

Page 83: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 82

AmericaOffice

Cód.deInscrição 54880 Forma retangularEndereço NorteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação FachadasProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

R.Prof.AyrtonR.deOliveiraeR.SC‐404 Fachadaprincipal14/09/200605/12/2011DóriaLopeseFiuzaArq.eAssoc.j q

Execução

13 18.321,121 2torres8 Pé‐direito(m) 2,65 543,26

10413

CaracterísticasconstrutivasgeraisCobertura pisocerâmico(últimopvto)efibrocimento(ático) Esp.(mm) 8Lajeentrepavim. vigotaspré‐moldadascompreenchimentocer. Esp.(mm) 300Paredesexternas blococerâmico8furos(14cm)+rev.cerâmico(3cm) Esp.(mm) 170Corpredominantedasfachadas branco,cinzaeamarelo

Estrutura alumínio Vidro simples4mmtransparenteSist.deabertura maximar Aberturas(%) 69

FachadasOrientação

Fachada1 NorteFachada2 LesteFachada3 SulFachada4 Oeste

p q

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

28,76Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

CotaEmp.ImobiliáriosLtda

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Esquadrias

Largura(m) Altura(m) PAF(%)13,65 24,48 38,31%39,65 24,48 32,97%13,65 24,48 38,31%39,65 24,48 43,85%

Page 84: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 83

EdifícioSolesedie

Cód.deInscrição 55108 Forma retangularEndereço NordesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação LateralIIProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

Av.Gov.IrineuBornhausen,3036 Fachadaprincipal19/10/200719/08/2009ManoelLuizS.L.Fariasj q

Execução

12 5.704,2016 Pé‐direito(m) 2,81 344,8461

Cobertura lajeimpermeabilizada Esp.(mm) ‐Lajeentrepavim. nervuradabidirecionalemcubetas Esp.(mm) 250Paredesexternas rebocointerno+blococerâmico8furos+rev.pastilhascerâmicas Esp.(mm) 150Corpredominantedasfachadas marrom

Estrutura alumínio Vidro laminado8mmprataSist.deabertura maximar

FachadasOrientação

Fachada1 NordesteFachada2 SudesteFachada3 SudoesteFachada4 Noroeste

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

262,79Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

ValterAguiarZilli

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Esquadrias

Largura(m) Altura(m) PAF(%)11,42 18,36 91,83%30,68 18,36 25,69%11,42 18,36 6,18%30,68 18,36 25,69%

Page 85: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 84

HanteiOfficeBuilding

Cód.deInscrição 55292 Forma quadradoEndereço SulAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação FachadasProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

R.EmilioBlum,131 Fachadaprincipal16/01/200807/05/2012ManoelLuizS.L.Fariasj q

Execução

17 23.496,992 duastorres11 Pé‐direito(m) 2,65 535,86999

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) ‐

Paredesexternas alvenaria Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas branco

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 SulFachada2 OesteFachada3 NorteFachada4 Leste

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

43,35Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

HanteiConstruçõeseInc.Ltda

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)21,20 30,80 79,46%25,30 30,80 8,50%21,20 30,80 79,46%25,30 30,80 32,81%

Page 86: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 85

DallCenter

Cód.deInscrição 55423 Forma triangularEndereço SudesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação FachadasProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

R.PadreRoma,409 Fachadaprincipal27/04/200708/09/2009LuizFernandoBianchinij q

Execução

16 6.730,85210 Pé‐direito(m) 2,76 279,98101

Cobertura lajeimpermeabilizada Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 30

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas marrom

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 SudesteFachada2 SudoesteFachada3 NorteFachada4 Nordeste

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

184,96Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

OHMSPart.Adm.eConsultoriaLtda

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)25,43 30,60 100,00%21,44 30,60 46,64%33,27 30,60 16,95%10,22 30,60 29,35%

Page 87: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 86

IsolaSarezzo

Cód.deInscrição 55529 Forma quadradoEndereço NorteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação TodasProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

R.Prof.AyrtonRobertodeOliveira,64 Fachadaprincipal28/01/200811/07/2012MuriloAzevedoBrasilj q

Execução

12 6.899,0817 Pé‐direito(m) 2,73 377,54568

Cobertura fibrocimento Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 25

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas bege

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 NorteFachada2 LesteFachada3 SulFachada4 Oeste

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

32,81Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

ConstrutoraFontanaLtda

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)23,70 20,83 41,46%18,00 20,83 14,47%23,70 20,83 27,66%18,00 20,83 14,47%

Page 88: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 87

MulticorpBusinessCenter

Cód.deInscrição 55724 Forma retangularEndereço LesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação FrontalProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

R.PatricioFarias,123 Fachadaprincipal07/02/200804/05/2010DesenhoAlternativoj q

Execução

9 5.493,2714 Pé‐direito(m) 2,60 493,4382

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 20

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas branco

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 LesteFachada2 SulFachada3 OesteFachada4 Norte

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

221,79Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

Ben‐HurCassiusMargarida

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)12,10 12,40 91,62%41,80 12,40 23,56%12,10 12,40 91,62%41,80 12,40 29,45%

Page 89: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 88

CentroEmpresarialLuizEliasDaux

Cód.deInscrição 55758 Forma retangularEndereço NorteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação FachadasProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

R.PaschoalApóstoloPitsica,4876 Fachadaprincipal25/01/200826/04/2011ManoelLuizSimõesLopesFariasj q

Execução

11 21.660,641 quatrotorres6 Pé‐direito(m) 2,60 364,6961

Cobertura lajeimpermeabilizada Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 28

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas marromclaro

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 NorteFachada2 LesteFachada3 SulFachada4 Oeste

p

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

279,14Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

CassioMachadoFretta

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)12,50 17,28 94,42%33,00 17,28 29,82%11,05 17,28 5,09%33,00 17,28 28,81%

Page 90: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 89

TractebelEnergia

Cód.deInscrição 55901 Forma retangularEndereço NordesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação LateralIProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

R.ApóstoloPaschoalPitsica Fachadaprincipal18/01/200814/07/2011ManoelLuizSimõesLopesFariasj q

Execução

14 17.947,7118 Pé‐direito(m) 2,90 814,6581

CaracterísticasconstrutivasgeraisCobertura lajeajardinada Esp.(mm) ‐Lajeentrepavim. nervuradaemcubetas Esp.(mm) ‐Paredesexternas blocoscerâmicos8furos(14cm)+rev.pastilhasemporcelana(3cm) Esp.(mm) 17Corpredominantedasfachadas azulescuro

Estrutura alumínio Vidro duplo6(18)6Sist.deabertura maximar Aberturas(%) ‐

FachadasOrientação

Fachada1 NordesteFachada2 SudesteFachada3 SudoesteFachada4 Noroeste

p

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

ValterAguiarZilli

Esquadrias

579,84Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Largura(m) Altura(m) PAF(%)34,75 27,36 86,55%23,26 27,36 28,73%34,75 27,36 18,36%23,26 27,36 28,73%

Page 91: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 90

CentroExecutivoACCR

Cód.deInscrição 56332 Forma retangularEndereço NorteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação FachadasProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

RuaPresidenteCoutinho,232 Fachadaprincipal04/06/200824/09/2010MonteiroArquiteturaj q

Execução

17 8.677,66311 Pé‐direito(m) 2,60 382,25222

Cobertura fibrocimento Esp.(mm) ‐‐ Esp.(mm) 15

Paredesexternas ‐ Esp.(mm) ‐Coresdasfachadasexternas marromclaro

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 NorteFachada2 LesteFachada3 SulFachada4 Oeste

q

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

139,04Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

RDConstruçõesLtda

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)9,75 30,25 100,00%35,77 30,25 31,38%9,75 30,25 54,55%35,77 30,25 54,55%

Page 92: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 91

RoyalBusinessCenter

Cód.deInscrição 56484 Forma retangularEndereço OesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação FachadasProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

AvenidaPrefeitoOsmarCunha Fachadaprincipal30/10/200820/07/2011RCArquiteturaj q

Execução

16 6.269,6729 Pé‐direito(m) 2,61 285,16546

Cobertura lajeimpermeabilizada Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 35

Paredesexternas alvenaria8furos+argamassadereboco Esp.(cm) 20Coresdasfachadasexternas bege

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 OesteFachada2 NorteFachada3 LesteFachada4 Sul

q

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

28,94Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

RafaelL.Prazeres

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)22,93 26,64 40,70%13,98 26,64 22,34%21,41 26,64 22,89%14,20 26,64 33,76%

Page 93: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 92

PremierOfficeCenter

Cód.deInscrição 56551 Forma LEndereço NoroesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação PosteriorProjetoArquitetônico

R.PadreRoma Fachadaprincipal26/01/200915/08/2012EspaçoLivreArquitetura

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

j q

Execução

21 17,648.70214 Pé‐direito(m) 2.63 589.781269

Cobertura fibrocimentopintadonacorbranca Esp.(cm) 8vigotaspré‐moldadascompreenchimentocerâm. Esp.(cm) 24

Paredesexternas alv.cerâm.8furosemassaacrílicasobrereb.,fachadaoestec/melamínico Esp.(cm) 17Coresdasfachadasexternas branco

laminadoverde8mmmaximar

FachadasOrientação

Fachada1 NoroesteFachada2 NordesteFachada3 SudesteFachada4 Sudoeste 25.90 40.32 29.11%

28.33 40.32 34.53%31.40 40.32 38.61%

Largura(m) Altura(m) PAF(%)29.86 40.32 44.75%

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasVidroSist.deabertura

KoprimeConstrutoraeInc.Ltda

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

p ç q

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

46.01Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

Page 94: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 93

SantaClara

Cód.deInscrição 57018 Forma quadradoEndereço SudoesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação LateralIIProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

RuaDesembargadorVitorLima Fachadaprincipal27/01/200926/12/2011DóriaLopesFiuzaArq.Associadosj q

Execução

13 7.897,7417 Pé‐direito(m) 2,55 433,47142

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 15

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) 15Coresdasfachadasexternas verdeclaro

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 SudoesteFachada2 NoroesteFachada3 NordesteFachada4 Sudeste

p q

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

173,83Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

ACCRConstruções

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)20,65 21,60 78,72%20,10 21,60 54,83%21,36 21,60 49,94%19,08 21,60 54,61%

Page 95: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 94

TheOfficeAvenida

Cód.deInscrição 57116 Forma retangularEndereço LesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação FachadasProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

Av.Prof.OthonGamaD'eça,672 Fachadaprincipal29/09/200918/10/2012RCArq.|MantovaniRitaArq.j q

Execução

17 11.328,72210 Pé‐direito(m) 2,73 477,84707

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) 22

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) 20Coresdasfachadasexternas branco

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 LesteFachada2 SulFachada3 OesteFachada4 Norte

q | q

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

48,90Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

CotaEmpreendimentos.Imob.Ltda

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)15,54 30,60 71,55%31,80 30,60 33,21%15,54 30,60 34,32%31,80 30,60 49,66%

Page 96: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

APÊNDICES 95

CentroExecutivoVerbena

Cód.deInscrição 57186 Forma retangularEndereço SudesteAlvará ObstruçãodeentornoIníciodeocupação LateralIIProjetoArquitetônico

Fotodoedifício Plantabaixadopavimentotipo

Dadosgerais Tipologiaarquitetônica

RuaPedroIvo,231 Fachadaprincipal26/11/200910/02/2012JunckesConstrutoraeInc.Ltdaj q

Execução

16 12.166,92210 Pé‐direito(m) 2,80 503,80202

Cobertura ‐ Esp.(cm) ‐‐ Esp.(cm) ‐

Paredesexternas ‐ Esp.(cm) ‐Coresdasfachadasexternas branco

‐maximar

FachadasOrientação

Fachada1 SudesteFachada2 SudoesteFachada3 NoroesteFachada4 Nordeste

J

PavimentosNºtotaldepavimentos Áreatotalconstruída

(m²)Nºdepavimentosnosub‐solo

169,29Nºdeescritóriosporpvto‐tipo

JunckesConstrutoraeInc.Ltda

Nºdepavimentostipo Áreadecadapavimento(m²)Nºtotaldeescritórios Áreamédiadecadaescritório

(m²)

Característicasconstrutivasgerais

Lajeentrepavimentostipo

EsquadriasMaterialSist.deabertura

Largura(m) Altura(m) PAF(%)32,20 28,00 72,50%15,30 28,00 37,35%32,20 28,00 28,39%15,30 28,00 37,35%

Page 97: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

ANEXOS

AnexoA–EnergiaIncorporadaemmateriaisdeconstruçãobrasileiros

MateriaisEI

(MJ/kg)EI

(MJ/m³)Desperd.(%)

Dens.(kg/m³)

Aço–chapagalvanizada 33,80 265.330,00 7.850Aço–chapadobrada 30,00 235.500,00 7.850Aço–laminadoCA50A 30,00 235.500,00 10 7.850Aço‐reciclado 12,50 Acrílico 80,00 Água 0,02 20,00 1.000Alumíniolingote 98,20 265.140,00 2.700Alumínioanodizado 210,00 567.000,00 2.700Alumínioreciclado‐ extrudado 17,30 Alumínioreciclado‐ anodizado 42,90 Areia 0,05 75,75 50 1.515Argamassa–mistura 2,10 3.906,00 40 1.860Asfalto 51,00 107.865,00 2.115Batente–madeiraaparelhada 3,50 2.100,00 600Borrachanatural‐látex 69,00 63.480,00 920Borrachasintética 135,00 160.650,00 1.190Brita 0,15 247,50 40 1.650Calvirgem 3,00 4.500,00 50 1.500Carpete 50,00 15Cêra 52,00 CerâmicaAzulejo 6,20 12.400,00 2.000Cerâmica–blocode8furos 2,90 4.060,00 15 1.400Cerâmica–branca 25,00 52.075,00 5 2.000Cerâmica–pisoesmaltado 5,00 10.000,00 2.000Cerâmica–revest,biqueima 6,20 12.400,00 2.000Cerâmica–revest,monoqueima 5,10 10.200,00 15 2.000Cerâmica–porcelanato 13,00 27.300,00 15 2.100Cerâmica–refratária 32,40 Cerâmica–telha 5,40 10.260,00 1.900Chapadecompensado 8,00 4.400,00 15 550Chumbolingote 21,00 238.140,00 11.340CimentoPortland 4,20 8.190,00 40 1.950Cobre 75,00 669.975,00 8.933Concretoarmado 3,10 Concretobloco 1,00 2.000,00 15 2.000Concretosimples 1,20 2.760,00 10 2.300Dobradiça–ferro 40,00 314.800,00 7.870Fechaduras 55,00 467.500,00 8.500FerroFundido 32,80 246.000,00 7.500Fibradevidro 24,00 768,00 32Fibrocimento–telha 6,00 11.520,00 10 1.920Fiotermoplástico 83,00 201.690,00 25 2.430Gesso 4,00 3.200,00 800Gessoacartonado 6,10 Granito–aparelhada 2,00 5.400,00 2.700Lãmineral 19,00 2.090,00 110Latão 80,00 682.400,00 8.530Madeira–aparelhadasecaforno 3,50 2.100,00 15 600Madeira–aparelhadasecaarlivre 0,50 300,00 15 600Madeira–laminadacolada 7,50 4.875,00 15 650Madeira–MDF 9,00 9.000,00 15 1.000Mármore 1,00 2.680,00 2.680Marmorite 0,48

96

Page 98: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

ANEXOS

Materiais EI(MJ/kg)

EI(MJ/m³)

Desperd.(%)

Dens.(kg/m³)

Palha 0,24 31,20 130Papel 18,54 17.242,20 930PapelKraft 37,70 Papeldeparede 36,40 Placadegesso 4,50 4.500,00 35 1.000Poliamida–nylon 125,00 143.750,00 1.150Poliestirenoexpandido 112,00 6.160,00 55Polietilenodealtadensidade 95,00 90.250,00 950Polipropileno 83,80 92.180,00 1.100Poliuretano–espuma 74,00 2.590,00 35Porta–madeiraaparelhada 3,50 2.275,00 650Prata 128,20 1.346.100,00 10.500Selante–formaldeído 80,00 120.000,00 1.500Solo‐cimento–bloco 0,60 1.020,00 1.700Solvente–tolueno 67,90 74.690,00 1.100Telhadevidro 23,13 55.512,00 2.400Tintaacrílica 61,00 79.300,00 15 1,3kg/lTintaóleo 98,10 127.530,00 15 1,3kg/lTintaPVAlátex 65,00 84.500,00 15 1,3kg/lTorneiraseregistros 95,00 TuboPVC 80,00 104.000,00 17 1.300Tubodeferrogalvanizado 33,80 Vermiculita 1,37 167,14 122Vidroplano 18,50 46.250,00 5 2.500Vidro‐blindex 26,20 Vinil 47,00 Zinco 51,00 364.140,00 7.140

Fonte:TAVARES(2006).

97

Page 99: Modelo Predominante de Edifícios de Escritórios para Análise Energética em Florianópolis

UNIVERSIDADE FEDERALDE SANTA CATARINA

Diante do notável consumo de energia de um edifício de escritórios durante seu ciclo de vida, este trabalho avalia o parque edilício de escritórios de Florianópolis - SC. Seu principal objetivo é elaborar um modelo predominante deste parque com início de ocupação entre 2004 e 2012, o qual possa ser utilizado para análise energética. Para isso, foram realizadas, a partir de dados da Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos (SUSP), análises de características físicas, geométricas e geográ�-cas assim como a modelagem de maquetes eletrônicas que representassem o tipo predominante dessas edi�cações na cidade. O levantamento englobou 30 empreen-dimentos, dos quais 18 no Centro e 12 na Bacia do Itacorubi. Para complementar os dados da SUSP, foram consultados softwares de localização e geração de imagens de satélite assim como pro�ssionais da construção civil envolvidos nos edifícios analisados. Constatou-se assim que 57% do parque edilício total possuem mais de 50% de superfície envidraçada, tendo um aumento signi�cativo no decorrer das últimas décadas. A pesquisa resultou também que a orientação de maior percentual de área envidraçada esteve sempre relacionada à visualização pela fachada principal ou secundária e não à vulnerabilidade do impacto da insolação pelas faces dos edifí-cios. Ainda foram apontados que os modelos predominantes do Centro e da Bacia do Itacorubi possuem áreas envidraçadas semelhantes, entretanto os edifícios do Centro possuem maior gabarito que os da Bacia do Itacorubi e estes maiores áreas construídas devido a implantações em lotes de maiores dimensões. Deste modo concluiu-se que há pouca preocupação de órgãos públicos e parte dos projetistas na concepção e análise da e�ciência energética das edi�cações. A �nalidade estética visual e o dimensionamento de espaços conforme demandas econômicas foram os elementos determinantes do projeto de edifícios de escritórios em Florianópolis.