trabalho seleção dos materiais

Upload: thales-teixeira

Post on 14-Apr-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    1/23

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARFACULDADE DE ENGENHARIA DE TUCURU

    CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA MECNICA

    SELEO DE MATERIAISProf. Msc. Pedro Paulo Ribeiro

    Carlos Augusto da Silva e Silva08133001918Jos Edvaldo Prata Neto09133001518Gustavo Barata de Brito10133001018Thales de Souza Teixeira10133002218

    TUCURUI

    PA2013

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    2/23

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR

    FACULDADE DE ENGENHARIA DE TUCURUCURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA MECNICA

    Carlos Augusto da Silva e Silva08133001918Jos Edvaldo Prata Neto09133001518Gustavo Barata de Brito10133001018Thales de Souza Teixeira10133002218

    SELEO DE MATERIAIS PARA UMA TORRE DE TRANSMISSO DEENERGIA ELTRICA

    TUCURUIPA24/09/2013

    Trabalho apresentado comoavaliao da disciplina Seleodos Materiais, no curso deEngenharia Mecnica naUniversidade Federal do Par,Campus de Tucuru.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    3/23

    SUMRIO

    1. INTRODUO 42. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS 53. DEFINIO DO PROBLEMA 54. DEFINIO DO PRODUTO 6

    4.1. Tipos de torres de transmisso de energia eltrica 64.1.1. Formato 74.1.2. Esforos 8

    5. CRITRIOS DE SELEO 95.1. Anlise de esforos atuantes 115.2. Esforos transmitidos pelos cabos condutores 115.3. Esforos emitidos pelo prprio peso do suporte 125.4. Esforos emitidos pela ao do vento 13

    6. DETERMINAO DO NDICE DE MRITO 137. VERIFICAO DAS CARTAS DE ASHBY 158. DESCRIO DOS MATERIAIS 17

    8.1. Fibra de Carbono 178.2. Ligas de Ao 188.3. Ligas de Titnio 188.4. Ligas de Alumnio 198.5. Ligas de Nquel 19

    9. LEVANTAMENTO DE CUSTOS 2010. CONCLUSO 2211. REFERNCIAS 23

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    4/23

    4

    1. INTRODUOA cincia dos materiais faz parte dos conhecimentos bsicos para todas as

    engenharias, por ela que analisamos e definimos as propriedades mecnicas de umdeterminado corpo, podendo-se utilizar de suas aplicaes para diversas situaes. As

    propriedades dos materiais definem o desempenho de um determinado componente e oprocesso de fabricao do mesmo.

    A quantidade de materiais cresceu muito nas ltimas dcadas e a tendncia dese proliferarem mais num futuro prximo em razo do desenvolvimento eaperfeioamento dos mtodos de extrao destes na natureza, modificaes ecombinao de materiais conhecidos para a formao de novos materiais. Estimam-seem torno de 80000 diferentes materiais, contando as variantes de tratamentos trmicos ecomposio qumica (GENEROSO, 2011).

    Em raras ocasies um material rene uma combinao ideal de propriedades,

    ou seja, muitas vezes necessrio reduzir uma em benefcio da outra. Um exemploclssico so resistncia e ductilidade. Geralmente, um material de alta resistnciaapresenta ductilidade limitada. Este tipo de circunstncia exige que se estabelea umcompromisso razovel entre duas ou mais propriedades. Essa a arte da (boa) seleode materiais.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    5/23

    5

    2. PROPRIEDADES DOS MATERIAISVrios tipos de propriedades so importantes na prtica de um projeto

    mecnico, dentre eles:

    Econmicas (Preo, disponibilidade, atualizao tecnolgica);Superficiais (Corroso, frico, desgaste, revestimento, colagem);Fabricao (Usinagem, Soldagem, Colagem, Fundio, Conformao,

    Acabamento);

    Fsicas (Eltrica, magntica, tica, trmica, reatividade qumica);Microestruturais (Tipo, cristalizao, defeitos, solubilidade, tratamentos

    termo-mecnicos);

    Estticas (Aparncia, textura, etc.).Mecnicas;As propriedades mecnicas definem o comportamento do material quando

    sujeitos a esforos mecnicos. Esto relacionadas capacidade do material de resistir outransmitir estes esforos aplicados sem romper e sem se deformar de formaincontrolvel.

    A determinao das propriedades mecnicas feita atravs de ensaiosmecnicos. Utilizam-se corpos de prova (amostra do material) para o ensaio mecnico,

    j que por razes tcnicas e econmicas quase nunca praticvel realizar o ensaio na

    prpria pea. Para isso usam-se normas tcnicas para o procedimento das medidas econfeco do corpo de prova para garantir que os resultados sejam comparveis.(GENEROSO, 2011).

    3. DEFINIO DO PROBLEMAEste trabalho tem como objetivo a seleo de materiais para a fabricao de

    uma torre de transmisso de energia eltrica, visando selecionar o material maisapropriado para as devidas condies de esforos mecnicos e tambm para ascondies climticas da regio de Tucuru PA. As linhas de transmisso tm como

    finalidade sustentar os cabos condutores e para-raios, respeitando uma distnciaadequada de segurana, desempenho e custo.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    6/23

    6

    4. DEFINIO DO PRODUTONo Brasil, a energia que alimenta residncias, comrcio e indstrias geralmente

    gerada em usinas hidreltricas, que transforma a energia em subestaes eltricas comdiversos nveis de tenso definidos no SEPSistema Eltrico de Potncia. A partir da,a energia transportada por meio de cabos eltricos, e estes, por sua vez, so apoiados

    em estruturas metlicas conhecidas como Torre de Transmisso.

    As torres metlicas de transmisso de energia eltrica caracterizam-se porserem obras de grande extenso linear, geralmente com difceis condies de acesso,suportadas por estruturas metlicas. As fundaes destas torres servem de base para asestruturas. Normalmente adotam-se fundaes do tipo grelha metlicas, estacas, tubuloe sapata em obras de linha de transmisso, sempre mediante prospeco da natureza dosolo. As fundaes tm um papel muito importante neste tipo de empreendimento, poisa escolha da soluo pode impactar diretamente no tempo de execuo da obra e custo,

    bem como na data de energizao da linha.

    Figura 1. Torre de Transmisso de energia eltrica.

    Fonte:PORTAL METLICA, 2013.

    4.1. Tipos de torres de transmisso de energia eltricaBasicamente, existem dois tipos de torre de transmisso de energia eltrica,

    definida quanto forma de resistir ao carregamento, so elas: Torre estaiada e Torre

    autoportante.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    7/23

    7

    Figura 2. Classificao das torres quanto a forma de resistir aos carregamentos.

    Fonte: Fonte: SINGH, 2009.

    Para a regio de Tucuru-PA, foi observado que geralmente de maior uso astorres do tipo autoportante, na qual ser projetada neste trabalho.

    4.1.1. FormatoQuanto ao formato, as torres autoportantes mais empregadas em linhas de

    transmisso so:

    a)Tronco-piramidal;b)Delta;c)Delta cara de gato.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    8/23

    8

    Figura 3. Classificao das torres autoportantes quanto ao formato.

    Fonte: SINGH, 2009.

    De acordo com SINGH (2009), a escolha do tipo de torre a ser utilizada emuma linha de transmisso depende de vrios fatores, entre eles: espaamento mximo emnimo, configurao dos isoladores, flecha dos condutores, nmero de circuitos, alturade segurana, etc.

    4.1.2. EsforosNas estruturas de uma torre autoportante, os esforos so transmitidos ao solo

    atravs de suas fundaes. Segundo SINGH (2009), podem ser de trs tipos:

    Rgidas: So aquelas que, mesmo sob ao das maiores solicitaes, noapresentam deformaes elsticas perceptveis em qualquer direo.

    Flexveis: So aquelas que, sob ao das solicitaes de maior intensidade,apresentam deformaes sensveis, que, por serem elsticas, desaparecem aocessar a solicitao.

    Suportes mistos ou semi-rgidos: So estruturas que apresentam rigidez emuma das direes principais.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    9/23

    9

    5. CRITRIOS DE SELEOPara atender as caractersticas da regio de Tucuru-PA, o tipo de torre

    selecionado para o projeto ser a autoportante, pois a torre estaiada exige uma reaconsidervel para instalao: aproximadamente 10 vezes a rea utilizada para torresautoportantes da mesma altura (METLICA, 2013), o que a torna invivel em terrenos

    irregulares e de alta densidade de vegetao, na qual o projeto estar sujeita.

    Neste trabalho, concentra-se o estudo em uma torre metlica autoportante dotipo tronco-piramidal utilizada como estrutura de suspenso em uma linha detransmisso de 138 kV, segundo as normas da ABNT NBR-5422 (1985). Para a seleode materiais da mesma, devemos levar em considerao as seguintes condies no quala torre ser submetida:

    Deve ser de um material com uma densidade razovel e que, ao mesmotempo, tenha uma boa resistncia mecnica e tenha um custo (preo)razovel, alm de fcil disponibilidade;

    Ter uma alta resistncia a corroso, pois estar exposta as condiesclimticas extremas (sol, chuva, alta umidade relativa do ar, etc.);

    Ter um baixo grau de elasticidade, pois a ao do vento pode influenciaraos esforos atuantes nas reas mais crticas da torre, levando a mesma ater um efeito sanfona.

    Devido a estas condies especificadas, foi criado um modelo no softwareAutoCAD para a fabricao nos moldes na qual ser mostrado na Figura 4.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    10/23

    10

    Figura 4. Croqui estrutural criado pelos integrantes do grupo.

    Fonte: Os autores.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    11/23

    11

    5.1. Anlise de esforos atuantesSegundo normas da ABNT NBR-5422 (1985), para a anlise de esforos

    atuantes em uma torre de transmisso de energia, deve-se levar em considerao osseguintes fatores:

    Esforos transmitidos pelos cabos decorrentes; Peso prprio do suporte (torre); Presso do vento no suporte.

    5.2. Esforos transmitidos pelos cabos condutoresOs cabos que sero sustentados pela torre podem ser considerados

    suficientemente flexveis quando os pontos de suspenso estiverem razoavelmente

    afastados entre si, de forma a descreverem, quando suspensos, curvas semelhantes acatenrias. Portanto, os esforos axiais, o comprimento do cabo, as reaes de apoio nos

    pontos de fixao dos cabos so calculados a partir de formulaes baseadas na equaoda catenria.

    Figura 5. Sistema que representa um cabo suspenso em dois suportes A e B, de mesma altura, separadosentre si por uma distncia (vo)L. Nas linhas de transmisso, as alturas de suspensoHdos cabos estodiretamente relacionadas com o valor das distncias dos vrtices das curvas ao solo (hs) e da flecha (f).

    Fonte: SINGH, 2009.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    12/23

    12

    Figura 6. Ilustrao de como os cabos iro se comportar quando anexados a estrutura da torre.

    Fonte: Os autores.

    Para encontrar a tenso atuante nos cabos em relao a torre, deve-se utilizar aequao 1:

    (1)

    Onde:

    Trao exercida pelos cabos (Pa);pPresso esttica do cabo (g/m);

    L Vo (m);

    fflecha (m).

    5.3. Esforos emitidos pelo prprio peso do suporteSegundo a norma ABNT NBR-5422 (1985), todas as cargas devem ser

    consideradas atuando sobre o suporte nos pontos reais de aplicao. Entretanto, podemser feitas simplificaes, desde que conservadoras, com relaes as cargas indicadas ao

    peso prprio do suporte.Tendo isto em mente, deve-se levar em conta que o material a ser selecionado

    tenha um peso relativamente aceitvel para manter a estrutura firme e, ao mesmo tempo,no exera uma fora-peso excessiva para as suas bases.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    13/23

    13

    5.4. Esforos emitidos pela ao do ventoSegundo a norma ABNT NBR-6123 (1988), a fora do vento sobre uma

    estrutura depende do mtodo e da sequncia da construo. razovel admitir que avelocidade mxima caracterstica do vento no ocorrer durante um perodo pequeno detempo. Assim sendo, a verificao da segurana em uma estrutura parcialmente

    executada pode ser feita com uma velocidade caracterstica menor.A velocidade bsica do vento a velocidade de uma rajada de 3 segundos,

    excedida em mdia uma vez em 50 anos, a 10 metros acima do terreno, em campoaberto e plano. Como regra geral, admitido que o vento bsico pode soprar dequalquer direo horizontal.

    De um modo geral, uma componente qualquer da fora global obtida pelaequao (3):

    (2)

    Onde:

    FFora em uma superfcie plana de rea A, perpendicular respectiva superfcie

    (Pa);

    CfCoeficiente de arrasto;

    qPresso dinmica do vento (N/m);

    A rea frontal efetiva da torre (m).

    6. DETERMINAO DO NDICE DE MRITOUtilizando o software SAP 2000, foi verificado os locais onde se encontravam

    mais esforos atuantes em determinadas regies da torre. Na figura 7 podemosvisualizar com mais clareza as regies crticas da torre.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    14/23

    14

    Figura 7. Imagem que mostra os principais esforos exercidos na torre. Em rsea, localizam-se as regiesonde atuam os esforos por compresso, e em vermelho, localizam-se as regies onde os esforos de

    trao.

    Fonte: HATASHITA; JUSTINO; ABDALLA, 2009.

    Observando a figura, percebe-se que os esforos mais crticos a torre so osesforos de trao (colorao vermelha). Sendo assim, calculamos o ndice de mrito(IM) baseado nesses esforos, pois se o material resistir aos esforos mais crticos,consequentemente se adaptar aos esforos secundrios. Para o clculo do ndice demrito, faz-se uma associao da trao exercida pelos cabos com os esforos atuantes

    pela ao do vento.

    Correlacionando a Eq. (1) com a Eq. (2), temos:

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    15/23

    15

    ndice de Mrito (IM): (

    )

    Onde:

    Massa especfica (kg/m)

    7. VERIFICAO DAS CARTAS DE ASHBYPara podermos inserir os dados nas cartas de Ashby, deve-se logaritmar o

    ndice de mrito (IM), pois assim obtm-se a reta que ser utilizada para a anlise dequais materiais sero selecionados.

    Fazendo a logaritmizao do ndice de mrito, temos:

    ()

    (3)

    Fazendo a estimativa do peso do material, e inserindo os valores na Eq. 3,temos:

    (3)

    Para a estimativa de resistncia a tenso, utiliza-se a equao (1):

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    16/23

    16

    OBS: Para a obteno dos valores de pe foi preciso consultar a mdia de pesodos cabos condutores (CONDUSPAR, 2013), multiplicando pela acelerao dagravidade. Porm, para critrios de projeto, utilizaremos o valor de 200 MPa..

    Tendo todos os dados levantados, pode-se utilizar a carta de Ashby, sendo estacom a relao Fora x Densidade.

    Figura 8. Carta de Ashby para a relao Fora x Densidade. A linha vermelha mostra ainclinao da reta conforme o ndice de mrito (IM); as linhas azuis so a logaritmizao do ndice demrito com base em valores estimados e a linha amarela a tenso admitida pelo material da torre a qual

    o mesmo deve resistir.

    Fonte: ASHBY, 1999.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    17/23

    17

    8. DESCRIO DOS MATERIAISAps a anlise pela carta de Ashby, podemos levar em considerao os

    seguintes materiais para a fabricao da torre de transmisso de energia eltrica:

    1. Fibra de Carbono;2. Aos;3. Ligas de titnio;4. Ligas de alumnio;5. Ligas de Nquel.

    8.1. Fibra de CarbonoA fibra de carbono um material compsito, segundo PADILHA (2000) os

    materiais compsitos so materiais projetados de modo a conjugar caractersticasdesejveis de dois ou mais materiais. A fibra de carbono um compsito filamentoso,obtido a partir de vrios tipos de materiais compostos de carbono atravs dadecomposio trmica sem oxigenao, tambm conhecida como pirlise, contendo

    pequenas quantidades de materiais inseridos em sua estrutura, como resinas porexemplo. Em virtude de sua resistncia e baixa densidade utilizada na fabricaonaves espaciais, nas indstrias de automveis e em equipamentos empregados emtcnicas eletroanalticas.

    Tabela 1. Principais caractersticas da fibra de carbono.

    Vantagens DesvantagensElevada resistncia trao;

    Elevado mdulo de elasticidade

    longitudinal;

    Baixa massa especfica;

    Elevada condutibilidade elctrica;

    Elevada estabilidade dimensional;

    Baixo coeficiente de dilatao trmica;

    Bom comportamento a elevadas

    temperaturas de servio;

    Inrcia qumica exceto em ambientes

    fortemente oxidantes;

    Boas caractersticas de amortecimentoestrutural.

    Reduzida resistncia ao impacto;

    Elevada condutibilidade trmica;

    Fratura frgil;

    Baixa deformao antes da fratura;

    Baixa resistncia compresso;

    Difcil aquisio;

    Custo elevado.

    Fonte: MOREIRA, 2009.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    18/23

    18

    8.2. Ligas de aoDe todos os materiais, os ao so material de maior uso, sendo empregado na

    maioria dos equipamentos de processo, ficando a utilizao de qualquer outro materialrestrita aos casos que no possvel o emprego do ao carbono. A razo que as ligas

    de ao, alm de ser um material de fcil usinagem, de boa soldabilidade, de fcilobteno e encontrado em todas as formas de apresentao, o material metlico demenor preo em relao sua resistncia mecnica. Para mostrar a predominncia doao carbono, basta dizer que a produo desse material corresponde a 90% da soma da

    produo de todos os outros materiais metlicos.

    O ao talvez o mais verstil dos materiais estruturais. As vantagens do aocomo metal construtivo provm de sua natureza fsica e de seu processo industrial. As

    principais propriedades fsicas do ao so descritas na tabela 2.

    Tabela 2. Principais caractersticas dos aos.

    Vantagens DesvantagensAlta razo resistncia/peso;

    Baixa fluncia;

    Comportamento elstico;

    Alto ndice de reciclagem;

    Alta durabilidade;

    Boa ductilidade;

    Boa tenacidade;

    Preo e aquisio mais acessvel.

    Manuteno;

    Proteo contra incndios;

    Alta corroso;

    Fonte: INSTITUTO TECNOLGICO DA AERONUTICA, 2013.

    8.3. Ligas de titnioAs ligas de titnio so classificadas de acordo com a concentrao de

    elementos de liga adicionados para modificar sua microestrutura e propriedadesmecnicas. Os elementos de liga so divididos em e estabilizadores de acordo com a

    sua influncia sobre a temperatura de transformao alotrpica do titnio. Dentre as

    suas diversas aplicaes, destaca-se a indstria aeronutica, aeroespacial, biomdica,naval e qumica.

    O titnio um metal de transio que possui uma transformao alotrpica emtorno de 883 C. Abaixo desta temperatura sua Estrutura cristalina da formahexagonal compacta, sendo denominada fase . A fase possui uma estrutura cbica de

    corpo centrado, sendo formada em temperaturas acima de 883 C e permanecendoestvel at a fuso do metal.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    19/23

    19

    Tabela 3. Principais caractersticas das ligas de titnio.

    Vantagens DesvantagensBaixa densidade;

    Boa resistncia mecnica trao;

    Excelente resistncia corroso;Boa tenacidade;

    Excelente resistncia fadiga;

    Alta dureza e resistncia mecnica.

    Custo elevado;

    Difcil obteno;

    Baixa resistncia ao desgaste.

    Fonte: INFOMET, 2013.

    8.4. Ligas de alumnioO alumnio um metal leve, macio e resistente. Possui um aspecto cinzaprateado e fosco, devido fina camada de xidos que se forma rapidamente quando

    exposto ao ar. O alumnio no txico como metal, no-magntico, e no cria fascasquando exposto a atrito. O alumnio puro possui tenso de cerca de 19 megapascais(MPa) e 400 MPa se inserido dentro de uma liga. Sua densidade aproximadamente deum tero do ao ou cobre. A tradicional liga de alumnio, o duralumnio (conhecidatambm como alumnio-cobre-magnsio), pode ser endurecida por um tratamentoestrutural (maturao ou envelhecimento) que a torna utilizvel na fabricao deautomveis e avies. Outras ligas, com cobre-nquel, com magnsio (alumig), commagnsio-zinco (zicral), sofrem igualmente esse tratamento trmico caracterstico.

    Tabela 4. Principais caractersticas das ligas de alumnio.Vantagens Desvantagens

    Alta resistncia corroso;

    Alta relao resistncia/peso;

    Boa maleabilidade;

    Alto ndice de reciclagem;

    Alta durabilidade;

    Versatilidade.

    Baixa resistncia ao fogo;

    Preo elevado;

    Baixa resistncia ao vento.

    Fonte: ABAL, 2013.

    8.5. Ligas de nquelSomando cerca de 14% do nquel usado, as ligas de nquel so empregadas

    principalmente em servios submetidos a altas temperaturas e corroso. As ligascontendo cromo apresentam uma boa resistncia oxidao em temperaturas elevadas etambm resistem corroso. Variedades contendo quantidades apropriadas de alumnioe titnio so endurecveis por precipitao e apresentam uma alta resistncia mecnica a

    temperaturas elevadas.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    20/23

    20

    Em relao ao sistema de classificao, o nquel se divide em quatro famlias:nquel comercialmente puro; ligas binrias, tais como Ni-Cu e Ni-Mo; ligas ternrias,tais como, Ni-Cr-Fe e Ni-Cr-Mo; ligas complexas, como Ni-Cr-Fe-Mo-Cu (com a

    possibilidade de outros elementos adicionais); e as superligas. As ligas so melhoresreconhecidas pelo seus nomes comerciais, tais como Monel, Hastelloy, Inconel,Incoloy, etc.

    Tabela 5. Principais caractersticas das ligas de nquel.

    Vantagens DesvantagensExcelente resistncia corroso;

    Elevada resistncia mecnica;

    Boa resistncia oxidao.

    Difcil obteno;

    Custo elevado.

    Fonte: INFOMET, 2013.

    Observando os critrios dos materiais listados, eliminamos a hiptese deutilizao da fibra de carbono e da liga de alumnio por no se adequarem

    perfeitamente aos critrios do projeto, restando somente:

    Ligas de titnio; Aos; Ligas de nquel.

    9. LEVANTAMENTO DE CUSTOSFigura 9. Tabela de preos aproximados de materiais, Cm($/Kg)

    Fonte: ASHBY, 1999.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    21/23

    21

    Analisando a tabela 6, e levando em considerao os critrios do projeto,vemos que a escolha mais apropriada para o material da torre de transmisso de energiao ao com baixo teor de carbono. Tendo em vista que o mesmo se adapta melhor ascondies solicitadas. Para especificar a classe ao e ser usada, utiliza-se a tabela 6.

    Tabela 6. Propriedades mecnicas dos materiais da ABNT.

    Fonte: ABNT.Utilizando a tenso de escoamento de 200 MPa proposta pelo problema,

    encontramos o material ABNT 1030 LF. O ao 1030 LF um ao comum constitudobasicamente de ferro e carbono (Fe-C), alm de certos elementos resultantes doprocesso de fabricao como: mangans, silcio, fsforo, enxofre.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    22/23

    22

    10. CONCLUSOO seguinte projeto pde nos proporcionar a oportunidade de aplicar

    conhecimentos que foram adquiridos ao longo do curso. No mesmo, enfatizamosresistncia, densidade e custo do material selecionado, alm de consideraesrelacionadas ao meio de exposio da torre de transmisso, como ndice de ventos

    (varivel) e corroso. O material precisaria reagir de forma positiva corroso que omeio proporcionaria, no sendo afetado de forma significativa. Inicialmente,selecionou-se os aos 1020, 1030 e 1045.

    Com um estudo mais aprofundado, verificou-se que o ao 1020 era de baixadureza e baixa resistncia mecnica. J no ao 1045, os seus teores de carbono estavamacima do esperado. Por fim, tomamos a deciso de selecionar o ao 1030, que dentrodos requisitos admitidos, tornou-se imprescindvel a aplicao no projeto, por ser o maisadequado, depois de submetido a um tratamento galvnico que, por sua vez adquiriumaior resistncia (proteo) e melhor esttica. O projeto foi direcionado a reas urbanas,onde o mesmo no poderia ser de grande porte.

  • 7/27/2019 Trabalho Seleo dos Materiais

    23/23

    11. REFERNCIAS

    GENEROSO, Ruy Alexandre - Engenharia de Materiais (Projeto Leitura), acessado em 19/09/2013.

    SINGH, Kellen de SouzaANLISE ESTTICA DE TORRES METLICASTRELIADAS AUTOPORTANTES PARA LINHAS DE TRANSMISSO.Dissertao de Mestrado. Universidade de BrasliaUNB, BrasliaDF, abril de 2009.

    HATASHITA, L. S.; JUSTINO, M. R.; ABDALLA, J. E. - ANLISE DECONFIABILIDADE ESTRUTURAL DE TORRES DE TRANSMISSO DEENERGIA ELTRICA QUANDO SUJEITAS A VENTOxS FORTES VIAMTODO ANALTICO FORM. Artigo apresentado no XIII Encuentro RegionalIberoAmericano de Cigr. Puerto Iguaz, Argentina24 a 28 de maio de 2009.

    FERREIRA, Jos Rui 2004 - SISTEMAS ELCTRICOS DE ENERGIA I,, acessado em 20/09/2013.

    PORTAL METLICA - Torres de Transmisso de Energia,, acessado em20/09/2013.

    ASBHY, M. - Materials Selection in Mechanical Design. 2nd ed.M. Ashby (B-H_1999).

    ABNT, Associao Brasileira de Normas TcnicasForas devidas ao vento em

    edificaes. ABNT, Junho1988.

    ABNT, Associao Brasileira de Normas TcnicasProjeto de linhas areas detransmisso de energia eltrica. ABNT, Fevereiro1985.

    MOREIRA, Anabela MendesMateriais Compsitos., acessado em23/09/2013.

    INSTITUTO TECNOLGICO DE AERONUTICA - Diviso de engenharia civil, acessado em 23/09/2013.

    ABAL, Associao Brasileira do AlumnioVantagens do Alumnio., acessado em 23/09/2013

    INFOMET - Propriedades Fsicas e Qumicas do Ttnio, acessado em23/09/2013

    INFOMET - Nquel e suas ligas. , acessado em23/09/2013.