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resumo de LRF

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1. O que Lei de Responsabilidade Fiscal? Lei que estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, com amparo no Captulo II do Ttulo VI da Constituio. obriga que as finanas sejam apresentadas detalhadamente ao Tribunal de Contas (da Unio, dos Estados ou dos Municpios.) (http://www.planalto.gov.br/ccivil).Lei Complementar n 101, uma lei brasileira que tenta impor o controle dos gastos dos Estados e Municpios, condicionado capacidade de arrecadao de tributos desses entes polticos. Tal medida foi justificada pelo costume, na poltica brasileira, de gestores promoverem obras de grande porte no final de seus mandatos, deixando a conta para seus sucessores. A LRF tambm promoveu a transparncia dos gastos pblicos. Criado durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, a LRF provocou uma mudana substancial na maneira como conduzida a gesto financeira dos trs nveis de governo (RESTON, 2000). Sua criao fez parte do esforo em reformas do estado promovido pelo governo federal para estabilizar a economia brasileira a partir do Plano Real. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Responsabilidade_Fiscal)2. D o significado d?RCL: Receita Corrente Lquida = receita corrente total parcela entregue aos municpios contribuies dos servidores para a previdncia social. (Os limites previstos na LRF so sempre tomados em relao RCL). (http://www.tce.pe.gov.br)PPI: Plano Plurianual de Investimentos - A LRF no consigna especificamente nada sobre o Plano Plurianual de Investimentos (PPI), uma vez que a parte que tratava sobre o assunto foi objeto de veto presidencial. (http://portal2.tcu.gov.br)LDO: Lei de Diretrizes Oramentrias - Estabelece diretrizes para a confeco da Lei Oramentria Anual (LOA), contendo metas e prioridades do governo federal, despesas de capital para o exerccio financeiro seguinte, alteraes na legislao tributria e poltica de aplicao nas agncias financeiras de fomento. Tambm fixa limites para os oramentos do Legislativo, Judicirio e Ministrio Pblico e dispe sobre gastos com pessoal e poltica fiscal, entre outros temas. Tem que ser enviada pelo Executivo ao Congresso at 15 de abril e aprovada pelo Legislativo at 30 de junho. Se no for aprovada nesse perodo, o Congresso no pode ter recesso em julho. (http://www12.senado.gov.br)PPA: O Plano Plurianual, no Brasil, previsto no artigo 165 da Constituio Federal, e regulamentado pelo Decreto 2.829, de 29 de outubro de 1998 um plano de mdio prazo, que estabelece as Diretrizes, Objetivos e Metas a serem seguidos pelo Governo Federal, Estadual ou Municipal ao longo de um perodo de quatro anos. O PPA dividido em planos de aes, e cada plano dever conter: objetivo, rgo do Governo responsvel pela execuo do projeto, valor, prazo de concluso, fontes de financiamento, indicador que represente a situao que o plano visa alterar, necessidade de bens e servios para a correta efetivao do previsto, aes no previstas no oramento da Unio, regionalizao do plano, etc. (http://portal2.tcu.gov.br)LOA: a Lei Oramentria Anual - o oramento anual enviado pelo Executivo ao Congresso que estima a receita e fixa a despesa do exerccio financeiro, ou seja, aponta como o governo vai arrecadar e gastar os recursos pblicos. Contm os oramentos fiscal, da seguridade social e de investimento das estatais. O projeto de lei que trata do oramento anual deve ser enviado pelo Executivo ao Congresso at o dia 31 de agosto. Pode ser aprovado at dezembro, mas essa prtica no obrigatria. (http://www12.senado.gov.br)

3. Explique os artigos 56 e 58 da LRF.

Art. 56.As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluiro, alm das suas prprias, as dos Presidentes dos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio e do Chefe do Ministrio Pblico, referidos no art. 20, as quais recebero parecer prvio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas. 1oAs contas do Poder Judicirio sero apresentadas no mbito:I - da Unio, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, consolidando as dos respectivos tribunais;II - dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justia, consolidando as dos demais tribunais. 2oO parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas ser proferido no prazo previsto no art. 57 pela comisso mista permanente referida no 1odo art. 166 da Constituioou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais. 3oSer dada ampla divulgao dos resultados da apreciao das contas, julgadas ou tomadas.O art. 56 se refere ao controle que ser exercido pela prpria administrao pblica, Poder Legislativo, Tribunais de Contas, Conselho de Gesto Fiscal, Banco Central, Ministrio Pblico, Poder Judicirio e - o mais importante - pela sociedade em geral. (http://jus.com.br/artigos/4006/lei-de-responsabilidade-fiscal-e-democratizacao-da-gestao-publica) Art. 58.A prestao de contas evidenciar o desempenho da arrecadao em relao previso, destacando as providncias adotadas no mbito da fiscalizao das receitas e combate sonegao, as aes de recuperao de crditos nas instncias administrativa e judicial, bem como as demais medidas para incremento das receitas tributrias e de contribuies. O artigo 58 traz luz procedimentos a serem desenvolvidos pelo ente pblico, quando da prestao de contas e destaca as providncias relativas fiscalizao das receitas e formas de combate sonegao. Ressalta ainda que, na prestao de contas, devero ficar explcitas as medidas tomadas para recuperar crditos contestados judicial ou administrativamente e as iniciativas adotadas para incrementar as receitas tributrias.
(http://jus.com.br/artigos)4. O que entende por Transparncia da gesto fiscal? Pode-se dizer, que o controle do cidado sobre os gastos pblicos, deriva do prprio Direito Natural.Com a edio da Lei Complementar n 101/00 foi institudo um novo regime de administrao dos recursos pblicos, a chamada gesto Fiscal Responsvel, basilada nos pilares do planejamento, da transparncia e do controle das contas pblicas, que foram asseguradas na Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado de 1789, art. 15, a qual definiu que a sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente pblico de sua administrao.Art. 48.So instrumentos de transparncia da gesto fiscal, aos quais ser dada ampla divulgao, inclusive em meios eletrnicos de acesso pblico: os planos, oramentos e leis de diretrizes oramentrias; as prestaes de contas e o respectivo parecer prvio; o Relatrio Resumido da Execuo Oramentria e o Relatrio de Gesto Fiscal; e as verses simplificadas desses documentos.Pargrafo nico. A transparncia ser assegurada tambm mediante incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e de discusso dos planos, lei de diretrizes oramentrias e oramentos.Pargrafo nico. A transparncia ser assegurada tambm mediante:(Redao dada pela Lei Complementar n 131, de 2009).I incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de diretrizes oramentrias e oramentos;(Includo pela Lei Complementar n 131, de 2009).II liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico;(Includo pela Lei Complementar n 131, de 2009).III adoo de sistema integrado de administrao financeira e controle, que atenda a padro mnimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da Unio e ao disposto no art. 48-A.(Includo pela Lei Complementar n 131, de 2009) (Vide Decreto n 7.185, de 2010)Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do pargrafo nico do art. 48, os entes da Federao disponibilizaro a qualquer pessoa fsica ou jurdica o acesso a informaes referentes a:(Includo pela Lei Complementar n 131, de 2009).I quanto despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo da despesa, no momento de sua realizao, com a disponibilizao mnima dos dados referentes ao nmero do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao servio prestado, pessoa fsica ou jurdica beneficiria do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatrio realizado;(Includo pela Lei Complementar n 131, de 2009).II quanto receita: o lanamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinrios.(Includo pela Lei Complementar n 131, de 2009).Art. 49.As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficaro disponveis, durante todo o exerccio, no respectivo Poder Legislativo e no rgo tcnico responsvel pela sua elaborao, para consulta e apreciao pelos cidados e instituies da sociedade.Pargrafo nico. A prestao de contas da Unio conter demonstrativos do Tesouro Nacional e das agncias financeiras oficiais de fomento, includo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social, especificando os emprstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos oramentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agncias financeiras, avaliao circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exerccio.

5. Um governo pode deixar contas atrasadas para seu sucessor?O entendimento majoritrio diz que s podem ficar para o sucessor as contas para as quais h dinheiro em caixa no final do mandato. Se a despesa for iniciada nos oito ltimos meses, ele no ter que pagar s as parcelas que vencem no ano, mas deixar em caixa o dinheiro para as demais. Art. 42. vedado ao titular de Poder ou rgo referido no art. 20, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.Pargrafo nico. Na determinao da disponibilidade de caixa sero considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar at o final do exerccio.

6. Explique a finalidade do art. 163 da CF de 1988. A Constituio Federal no especificou como seriam as finanas pblicas, cabendo lei complementar dispor sobre o assunto, fincando a CF, somente com normas em contexto geral, e cabendo a norma complementar dispor por completo sobre o assunto.Art. 163. Lei complementar dispor sobre:I - finanas pblicas;II - dvida pblica externa e interna, includa a das autarquias, fundaes e demais entidades controladas pelo Poder Pblico;III - concesso de garantias pelas entidades pblicas;IV - emisso e resgate de ttulos da dvida pblica;V - fiscalizao das instituies financeiras;V - fiscalizao financeira da administrao pblica direta e indireta;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 40, de 2003)VI - operaes de cmbio realizadas por rgos e entidades da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios;VII - compatibilizao das funes das instituies oficiais de crdito da Unio, resguardadas as caractersticas e condies operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.

7. A LRF substitui a lei 4.320/64?A LRF no substitui nem revoga a Lei n. 4.320/64, vigente no Pas h mais de 40 anos. Os objetivos das duas normas so distintos. A Lei n. 4320/64 estabelece as normas gerais para a elaborao e o controle dos oramentos, contabilidade e balanos; a LRF, que visa a atender ao artigo 163 da Constituio Federal de 1988, estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a gesto fiscal eficiente, eficaz e efetiva. (http://www.planalto.gov.br/ccivil)

8. Qual a finalidade do art. 169 da carta magna? Dispe sobre as despesa com pessoal ativo e inativo da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios o qual no poder exceder os limites estabelecidos em lei complementar. Alterado pela Emenda Constitucional n. 19/98, adquiriu, com seu novo texto, e principalmente com o advento da chamada Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000), o status de norma diretora na definio e na execuo oramentria, impondo aos administradores e legisladores uma atuao conjunta na conteno dos gastos pblicos com pessoal, dadas as severas sanes previstas para o descumprimento dos postulados normativos tratados. Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios no poder exceder os limites estabelecidos em lei complementar.(Redao dada pela pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 1 A concesso de qualquer vantagem ou aumento de remunerao, a criao de cargos, empregos e funes ou alterao de estrutura de carreiras, bem como a admisso ou contratao de pessoal, a qualquer ttulo, pelos rgos e entidades da administrao direta ou indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico, s podero ser feitas:(Renumerado do pargrafo nico, pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)I - se houver prvia dotao oramentria suficiente para atender s projees de despesa de pessoal e aos acrscimos dela decorrentes;(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)II - se houver autorizao especfica na lei de diretrizes oramentrias, ressalvadas as empresas pblicas e as sociedades de economia mista.(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 2 Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptao aos parmetros ali previstos, sero imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios que no observarem os referidos limites.(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 3 Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios adotaro as seguintes providncias:(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)I - reduo em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comisso e funes de confiana;(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)II - exonerao dos servidores no estveis.(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)(Vide Emenda Constitucional n 19, de 1998) 4 Se as medidas adotadas com base no pargrafo anterior no forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinao da lei complementar referida neste artigo, o servidor estvel poder perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o rgo ou unidade administrativa objeto da reduo de pessoal.(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 5 O servidor que perder o cargo na forma do pargrafo anterior far jus a indenizao correspondente a um ms de remunerao por ano de servio.(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 6 O cargo objeto da reduo prevista nos pargrafos anteriores ser considerado extinto, vedada a criao de cargo, emprego ou funo com atribuies iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 7 Lei federal dispor sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivao do disposto no 4.(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)Conforme acima transcrito, o caput do artigo 169 da Constituio Federal (cujo texto no foi alterado pela EC n. 19/98) estabelece norma de conteno financeira endereada aos entes estatais, impondo a todos no exceder os limites a serem estabelecidos em lei complementar, para suas respectivas despesas com pessoal ativo e inativo. Trata-se de norma constitucional de eficcia limitada, dependente, portanto, da lei complementar posterior que viesse a definir os limites cuja observncia obriga a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios.JOS PACIULLI (1977:19) define a despesa pblica como sendo "o gasto da riqueza pblica, autorizado pelo poder competente, com o fim de ocorrer a uma necessidade pblica", de modo que se deve entender a disposio constitucional como sendo impositiva de um limite ao comprometimento da riqueza pblica, endereado tanto aoslegisladores, responsveis pela consolidao legal da programao financeira atravs da votao e aprovao de um oramento, quanto aosadministradores, responsveis ltimos pela fiel execuo deste oramento aprovado pelo Poder Legislativo respectivo.A lei complementar a que se refere o artigo 169 da Constituio somente poderia ser lei complementar federal, no se podendo pretender, para implemento do postulado constitucional, que fosse tal lei complementar de edio pelos Poderes Legislativos de cada um dos entes estatais. De acordo com os artigos 163 e 165, 9., da Constituio, o estabelecimento de normas gerais sobre finanas pblicas ser matria de lei complementar e, consistindo a opo do constituinte numa forma de unificar o disciplinamento normativo da matria, apenas atravs de lei complementar de iniciativa da Unio (portanto, lei federal de carter nacional) ter-se-ia por obtido tal desiderato. (Rogrio Roberto Gonalves de Abreu - Juiz federal na Paraba. Professor dos cursos de graduao e de ps-graduao do Centro Universitrio de Joo Pessoa (UNIP/PB). Mestre em Direito Econmico pela Universidade Federal da Paraba (UFPB). Ps-graduado em Direito Fiscal e Tribunrio pela Universidade Cndido Mendes (UCAM/RJ http://jus.com.br-rogerio-roberto-goncalves-de-abreu)).9. Quais as principais influencias recebidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal?Podemos dizer que as influncias sofridas pela LRF so de 02 vertentes: externa e interna. Externa: traduz-se na absoro de prticas de gesto fiscal bem sucedidas em diversas partes do mundo. A primeira delas foi o Fundo Monetrio Nacional (FMI), exemplo o Cdigo de boa prticas para Transferncia fiscal.Duas outras influncias externas foram dos Estados Unidos (por exemplo a limitao de empenho sequestration, e a compensao pay as you go, mecanismos oriundos de uma lei chamada Budget Enforcement Act.) e da Nova Zelndia(nos inspirou na adoo do modelo de transparncia que determina a publicao de diversos relatrios fiscais simplificados e enseja a participao da sociedade atravs do controle social.) A legislao especfica na Nova Zelndia foi o Fiscal Responsabiliy Act.Interna, A LRF vem estabelecer um choque de moralidade na conduo da gesto pblica por meio da instituio de regras claras referentes a endividamento e fortalecimento do planejamento. A lei tambm se coaduna com as imensas reformas constitucionais, sobretudos as emendas constitucionais administrativas (EC. 19) e da reforma previdenciria (EC. 20). (http://www.bndes.gov.br) 10. O que a Lai de Responsabilidade Fiscal traz de novo em relao ao planejamento governamental?A LRF resgata a importncia do planejamento, o qual necessrio estabelecer as prioridades, deixando de ser uma fico. Os oramentos eram baseados em sonhos. H casos de Municpios que arrecadam cinco milhes e a proposta oramentria era de sessenta milhes muito acima da real capacidade de pagamento. A novidade que o oramento passa a ser trabalhado sobre este prisma. No se colocando tudo aquilo que se quer colocar, mas sim o que tem que ser colocado. a questo da verdade oramentria, a realidade nua e crua.11. Explique o que entende por transparncia na LRF?Transparncia dispor das informaes oramentrias disponibilizadas pelos rgos e entidades governamentais permitindo o exerccio da cidadania por meio da instrumentalizao do controle social.A transparncia dever assegurar:1. incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de diretrizes oramentrias e oramentos;2. liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico; e3. adoo de sistema integrado de administrao financeira e controle, que atenda a padro mnimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da Unio. (http://portal2.tcu.gov.br/portal)

12. Explique os seguintes princpios constitucionais da adm. pblica:

Legalidade:Art. 5, II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei;Segundo o princpio da legalidade, o administrador no pode fazer o que bem entender na busca do interesse pblico, ou seja, tem que agir segundo a lei, s podendo fazer aquilo que a lei expressamente autoriza e no silncio da lei esta proibido de agir. J o administrado pode fazer tudo aquilo que a lei no probe e o que silencia a respeito. Portanto, tem uma maior liberdade do que o administrador. (http://www.webjur.com.br/doutrina/Direito_Administrativo/)Para Hely Lopes Meirelles significa que o administrador pblico est, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e s exigncias do bem comum, e deles no se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato invlido e expor-se a responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso. Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, de forma lapidar, explana em sua obra Direito Administrativo: A observncia do referido preceito constitucional - art. 5, inciso II, da Constituio Federal garantida por meio de outro direito assegurado pelo mesmo dispositivo, em seu inciso XXXV, em decorrncia do qual a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa de leso, ainda que a mesma decorra de ato da Administrao. E a Constituio ainda prev outros remdios especficos contra a ilegalidade administrativa, como a ao popular, o hbeas corpus, o hbeas data, o mandado de segurana e o mandado de injuno; tudo isto sem falar no controle pelo Legislativo, diretamente ou com auxlio do Tribunal de Contas, e no controle da prpria Administrao.. Impessoalidade:A Administrao deve manter-se numa posio de neutralidade em relao aos administrados, ficando proibida de estabelecer discriminaes gratuitas. S pode fazer discriminaes que se justifiquem em razo do interesse coletivo, pois as gratuitas caracterizam abuso de poder e desvio de finalidade, que so espcies do gnero ilegalidade. ((http://www.webjur.com.br/doutrina/Direito_Administrativo/)

Para Celso Antnio Bandeira de Mello ("Curso de Direito Administrativo", 7 ed., So Paulo: Malheiros, p. 68): diz que: "no princpio da impessoalidade se traduz a idia de que a Administrao tem que tratar a todos os administrados sem discriminaes, benficas ou detrimentosas.

Para Hely Lopes Meirelles impessoalidade: "O princpio daimpessoalidade, referido na Constituio de 1988 (art. 37,caput), nada mais que o clssico princpio dafinalidade, o qual impe ao administrador pblico que s pratique o ato para o seufim legal. E ofim legal unicamente aquele que a norma de direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de formaimpessoal.

Moralidade:A Administrao deve atuar com moralidade, isto de acordo com a lei. Tendo em vista que tal princpio integra o conceito de legalidade, decorre a concluso de que ato imoral ato ilegal, ato inconstitucional e, portanto, o ato administrativo estar sujeito a um controle do Poder Judicirio.(http://www.webjur.com.br/doutrina/Direito_Administrativo/) ParaHelly Lopes Meirelles"A moralidade administrativa constitui hoje em dia, pressuposto da validade de todo ato da Administrao Pblica (Const. Rep., art. 37, caput). No se trata diz Hauriou, o sistematizador de tal conceito da moral comum, mas sim de uma moral jurdica, entendida como "o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administrao". Desenvolvendo a sua doutrina, explica o mesmo autor que o agente administrativo, como ser humano dotado da capacidade de atuar, deve, necessariamente, distinguir o Bem do Mal, o honesto do desonesto. E, ao atuar, no poder desprezar o elemento tico de sua conduta. Assim, no ter que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas tambm entre o honesto e o desonesto. Por consideraes de direito e de moral, o ato administrativo no ter que obedecer somente lei jurdica, mas tambm lei tica da prpria instituio, porque nem tudo que legal honesto, conforme j proclamavam os romanos 'non omne quod licet honestum est'. A moral comum, remata Hauriou, imposta ao homem para sua conduta externa; a moral administrativa imposta ao agente pblico para a sua conduta interna, segundo as exigncias da instituio a que serve, e a finalidade de sua ao: o bem comum.(...)O certo que a moralidade do ato administrativo, juntamente com a sua legalidade e finalidade, constituem pressupostos de validade, sem os quais toda atividade pblica ser ilegtima."Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro ensina que:"No preciso penetrar na inteno do agente, porque do prprio objeto resulta a imoralidade. Isto ocorre quando o contedo de determinado ato contrariar o senso comum de honestidade, retido, equilbrio, justia, respeito dignidade do ser humano, boa f, ao trabalho, tica das instituies. A moralidade exige proporcionalidade entre os meios e os fins a atingir; entre os sacrifcios impostos coletividade e os benefcios por ela auferidos; entre as vantagens usufrudas pelas autoridades pblicas e os encargos impostos maioria dos cidados.Por isso mesmo, a imoralidade salta aos olhos quando a Administrao Pblica prdiga em despesas legais, porm inteis, como propaganda ou mordomia, quando a populao precisa de assistncia mdica, alimentao, moradia, segurana, educao, isso sem falar no mnimo indispensvel existncia digna."Publicidade:A Administrao tem o dever de manter plena transparncia de todos os seus comportamentos, inclusive de oferecer informaes que estejam armazenadas em seus bancos de dados, quando sejam solicitadas, em razo dos interesses que ela representa quando atua.Para Celso Antnio Bandeira de Melo: O Principio da Publicidade consagra o dever do administrativo de manter plena transparncia em seus comportamentos. No pode haver em um estado democrtico de Direito, no qual o poder reside no povo (art. 1, pargrafo nico, da Constituio), ocultamento aos administrados dos assuntos que a todos interessam, e muito menos em relao aos sujeitos individualmente afetados por alguma medida. (de Melo, Celso Antnio Bandeira, Direito Administrativo, 10 ed., pg. 71, revista, ampliada, atualizada, Malheiros Editores).Para Hely Lopes Meirelles: Publicidade a divulgao oficial do ato para conhecimento pblico e incio de seus efeitos externos. Da porque as leis, atos e contratos administrativos que produzem consequncias jurdicas fora dos rgos que os emitem exigem publicidade para adquirirem validade universal, isto , perante as partes e terceiros. A publicidade no elemento formativo do ato; requisito de eficcia e moralidade. Por isso mesmo, os atos irregulares no se convalidam com a publicao, nem os regulares a dispensam para sua exequibilidade, quando a lei ou o regulamento a exige. (Meirelles, Hely Lopes, Direito Administrativo Brasileiro, 37 ed., pg. 96 e 97, atualizada at a Emenda Constitucional 67, de 22. 12. 2010 Malheiros Editores).

Eficincia:A Administrao Pblica deve buscar um aperfeioamento na prestao dos servios pblicos, mantendo ou melhorando a qualidade dos servios, com economia de despesas. - Binmio: qualidade nos servios + racionalidade de gastos. relevante lembrar que mesmo antes da incluso deste princpio na Constituio com a emenda constitucional 19/98, a Administrao j tinha a obrigao de ser eficiente na prestao de servios. Ex: Lei 8078/90; Lei 8987/95. http://www.webjur.com.br/doutrina/Direito_Administrativo/)Para ALEXANDRE MORAES: o princpio da eficincia o que impe administrao pblica direta e indireta e a seus agentes a persecuo do bem comum, por meio do exerccio de suas competncias de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da qualidade, rimando pela adoo dos critrios legais e morais necessrios para melhor utilizao possvel dos recursos pblicos, de maneira a evitarem-se desperdcios e garantir-se maior rentabilidade social."O ltimo princpio expresso no caput do art. 37 o da eficincia, que abarca dois entendimentos possveis: tange ao agente pblico, que no pode atuar amadoristicamente, devendo buscar a consecuo do melhor resultado possvel, como tambm diz respeito forma de organizao da Administrao Pblica, que deve atentar para os padres modernos de gesto ou administrao.Para CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO, cita:Quanto ao principio da eficincia no h nada a dizer sobre ele. Trata-se, evidentemente, de algo mais do que desejvel. Contudo, juridicamente to fluido e de to difcil controle ao lume do Direito, que mais parece um simples adorno agregado ao art. 37 ou o extravasamento de uma aspirao dos que burilam no texto. De toda sorte, o fato que tal princpio no pode ser concebido seno na intimidade do principio da legalidade, pois jamais suma suposta busca de eficincia justificaria postergao daquele que o dever administrativo por excelncia. Finalmente, anote-se que este principio da eficincia uma faceta de um principio mais amplo j superiormente tratado, de h muito, no Direito italiano: o princpio da boa administrao.

Legitimidade:os atos administrativos so presumidos verdadeiros e legais at que se prove o contrrio. Assim, a Administrao no tem o nus de provar que seus atos so legais e a situao que gerou a necessidade de sua prtica realmente existiu, cabendo ao destinatrio do ato o encargo de provar que o agente administrativo agiu de forma ilegtima. Este atributo est presente em todos os atos administrativos. (http://www.stf.jus.br)Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ato administrativo a declarao do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurdicos imediatos, com observncia da lei, sob o regime jurdico de direito pblico e sujeita ao controle pelo Poder Pblico.Para Hely Lopes Meireles (2011, p. 739-740) explica que o princpio da verdade material, tambm denominado da liberdade na prova, autoriza a Administrao a valer-se de qualquer prova lcita de que a autoridade processante ou julgadora tenha conhecimento, desde que a faa trasladar para o processo. (http://revista.tce.mg.gov.br)Economicidade: esse princpio est expresso no artigo 70 da CF/ 88, onde assinala que a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direita e indireta, quando a legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncias de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. (http://www.ambito-juridico.com.br).

Para Maria Sylvia Z. Di Pietro, a seu turno, consagra a tese de que o controle da economicidade, assim como da legitimidade, envolve questo de mrito, para verificar se o rgo procedeu, na aplicao da despesa pblica, de modo mais econmico, atendendo, por exemplo, a uma adequada relao custo-benefcio.Para Maral Justen Filho, no tocante ao princpio da economicidade assim afirma No basta honestidade e boas intenes para validao de atos administrativos. A economicidade impe adoo da soluo mais conveniente e eficiente sob o ponto de vista da gesto dos recursos pblicos. (Justen Filho, 1998, p.66)