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7/21/2019 Trabalho Gramática Gerativa.docx http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-gramatica-gerativadocx 1/12 Introdução Em meados do século XX, o norte-americano Noam Chomsky trouxe para os estudos linguísticos uma nova ideia que iria revolucionar a Linguística até os dias atuais Em seu livro Syntactic Structures !"#$%&"'(, a)irma& *+oravante considerarei uma linguagem como um conunto !)inito ou in)inito( de sentenas, cada uma )inita em comprimento e construída a partir de um conunto )inito de elementos. Essa de)ini/o a0range muito mais do que as línguas naturais, mas, con)orme seu autor, todas as línguas naturais s/o, sea na )orma )alada, sea na )orma escrita, linguagens, no sentido de sua de)ini/o, visto que& 1oda língua natural possui um n2mero )inito de sons !e um n2mero )inito de sinais gr3)icos que os representam, se )or escrita(4 5esmo que as sentenas distintas da língua seam em n2mero in)inito, cada sentena s6 pode ser representada como uma sequ7ncia )inita desses sons !ou letras( Ca0e ao linguista que descreve qualquer uma das línguas naturais determinar quais dessas sequ7ncias )initas de elementos s/o sentenas, e quais n/o s/o, isto é, reconhecer o que se di8 e o que n/o se di8 naquela língua 9 an3lise das línguas naturais deve permitir determinar as propriedades estruturais que distinguem a língua natural de outras linguagens Chomsky cr7 que tais propriedades s/o demasiadamente a0stratas, complexas e especí)icas que n/o poderiam ser aprendidas a partir do nada por uma criana em )ase de aquisi/o da linguagem Estas propriedades 3 devem ser *conhecidas. da criana antes mesmo de qualquer contato com a língua natural e devem ser ativadas durante o processo de aquisi/o da linguagem : ;erativismo é 0aseado na teoria de que& todo ser humano é portador de uma ha0ilidade !dispositivo cere0ral( que o pré- quali)ica para a produ/o da linguagem que, no início da vida é inata, mas, que se desenvolve a partir do processo de aquisi/o da linguagem !que comea aos < ou ' anos de vida(, esta ha0ilidade é passada geneticamente por seus antecessores )amiliares !os pais(, sendo assim, existem propriedades universais da linguagem =sto é conhecido como a 0ase do ;erativismo >aseado e pré-transcrito do livro Introdução à linguística / José Luiz Fiorin (org.). – . ed.! "# rei$%ressão. – São &aulo' onteto! "*+", %-g. + e +.  1.0 - A Gramática Gerativa  9 linguística gerativa - ou gerativismo, ou ainda gram3tica gerativa - é uma corrente de estudos da ci7ncia da linguagem que teve início nos Estados ?nidos, no )inal da década de $@, a partir dos tra0alhos do linguista Noam

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Introdução

Em meados do século XX, o norte-americano Noam Chomsky trouxe para osestudos linguísticos uma nova ideia que iria revolucionar a Linguística até osdias atuais Em seu livro Syntactic Structures !"#$%&"'(, a)irma& *+oravante

considerarei uma linguagem como um conunto !)inito ou in)inito( desentenas, cada uma )inita em comprimento e construída a partir de umconunto )inito de elementos. Essa de)ini/o a0range muito mais do que aslínguas naturais, mas, con)orme seu autor, todas as línguas naturais s/o, seana )orma )alada, sea na )orma escrita, linguagens, no sentido de suade)ini/o, visto que&

• 1oda língua natural possui um n2mero )inito de sons !e um n2mero

)inito de sinais gr3)icos que os representam, se )or escrita(4• 5esmo que as sentenas distintas da língua seam em n2mero in)inito,

cada sentena s6 pode ser representada como uma sequ7ncia )inita

desses sons !ou letras(

Ca0e ao linguista que descreve qualquer uma das línguas naturaisdeterminar quais dessas sequ7ncias )initas de elementos s/o sentenas, equais n/o s/o, isto é, reconhecer o que se di8 e o que n/o se di8 naquelalíngua 9 an3lise das línguas naturais deve permitir determinar aspropriedades estruturais que distinguem a língua natural de outraslinguagens Chomsky cr7 que tais propriedades s/o demasiadamentea0stratas, complexas e especí)icas que n/o poderiam ser aprendidas a partir do nada por uma criana em )ase de aquisi/o da linguagem Estaspropriedades 3 devem ser *conhecidas. da criana antes mesmo de qualquer contato com a língua natural e devem ser ativadas durante o processo deaquisi/o da linguagem : ;erativismo é 0aseado na teoria de que& todo ser humano é portador de uma ha0ilidade !dispositivo cere0ral( que o pré-quali)ica para a produ/o da linguagem que, no início da vida é inata, mas,que se desenvolve a partir do processo de aquisi/o da linguagem !quecomea aos < ou ' anos de vida(, esta ha0ilidade é passada geneticamentepor seus antecessores )amiliares !os pais(, sendo assim, existempropriedades universais da linguagem =sto é conhecido como a 0ase do

;erativismo>aseado e pré-transcrito do livro Introdução à linguística / José Luiz Fiorin(org.). – . ed.! "# rei$%ressão. – São &aulo' onteto! "*+", %-g. + e +.

 

1.0 - A Gramática Gerativa

  9 linguística gerativa - ou gerativismo, ou ainda gram3tica gerativa - é umacorrente de estudos da ci7ncia da linguagem que teve início nos Estados?nidos, no )inal da década de $@, a partir dos tra0alhos do linguista Noam

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Chomsky, pro)essor do =nstituto de 1ecnologia de 5assachusetts!0assac1usetts Institute o2 3ec1nology ( o 5=1 Considera-se o ano de "#$% adata do nascimento da linguística gerativa, ano em que Chomsky pu0licouseu primeiro livro, Estruturas Sintáticas 1rata-se, portanto, de uma linha depesquisa linguística que possui $@ anos de plena atividade e produtividade

 9o longo desse meio século, o gerativismo passou por diversas modi)icaAese re)ormulaAes, que re)letem a preocupa/o dos pesquisadores dessacorrente em ela0orar um modelo te6rico )ormal, inspirado na matem3tica,capa8 de descrever e explicar a0stratamente o que é e como )unciona alinguagem humana  : gerativismo iniciou-se para contestar o >ehaviorismo Bara os0ehavioristas a linguagem humana era interpretada como umcondicionamento social, uma resposta que o organismo produ8ia mediante osestímulos da intera/o social Essa resposta, a partir da repeti/o constantee mecnica seria convertida em h30itos que caracteri8am o comportamentolinguístico de um )alante

Bara contestar a ideia 0ehaviorista, Chomsky apresentou uma resenhaem "#$# so0re o livro Comportamento Der0al !Der0al >ehavior( com umaradical e impiedosa crítica vis/o comportamentalista da linguagemsustentada pelos 0ehavioristas Nessa resenha Chomsky chamou aten/opara o )ato de um indivíduo sempre agir criativamente no uso da linguagem, atodo o momento os seres humanos est/o construindo novas e inéditas)rases, ou sea, amais ditas pelo pr6prio )alante que produ8iu ou por qualquer outro indivíduo Bor isso, todos os )alantes s/o criativos desde os anal)a0etosaté os autores dos cl3ssicos da literatura, 3 que todos criam in)initamentenovas )rases, das mais simples e despretensiosas s mais ela0oradas eeruditas

+e acordo com esse pensamento de Chomsky se considerar acriatividade como principal característica da linguagem, devemos a0andonar o modelo 0ehaviorista, 3 que nele n/o h3 espao para eventos criativos, poispara linguistas como >loom)ield, o comportamento, linguístico de umindivíduo deve ser interpretado como uma resposta completamente previsívela partir de um estímulo

  BEHAVIORISO 9 linguagem humana é um )enFmeno

  externo ao indivíduo, um sistemah30itos,gerado como resposta a estímulos e)ixados na repeti/o

  GERA!IVISO 9 linguagem é uma capacidade inata e

especí)ica da espécie, isto é, transmitida geneticamente?m conunto )inito de regras que gera umin)inito de sentenas

Com suas ideias Chomsky revitali8ou a concep/o racionalista dosestudos da linguagem 9 linguística gerativa propAe-se a analisar a linguagemhumana de uma )orma matem3tica e a0strata que se aproxima da linha

interdisciplinar de estudos da mente humana conhecida como Ci7nciasCognitivas

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 9 primeira ela0ora/o do modelo gerativista )icou conhecida como;ram3tica 1rans)ormacional :s o0etivos desta )ase do gerativismoconsistiam em descrever como os constituintes trans)ormavam-se em outros,por meio da aplica/o de regras

Bor exemplo, a sentena G: estudante leu o livroG possui cinco itens

lexicais, que est/o organi8ados entre si através de relaAes estruturaischamadas de marcadores sinta"máticos, e tais marcadores poderiamso)rer regras de trans)ormaAes de modo a )ormar outras sentenas, como Golivro )oi lido pelo estudanteG, Go que o estudante leuHG, Gquem leu o livroHG,etc :u sea, os gerativistas perce0eram que as in)initas sentenas de umalíngua eram )ormadas a partir da aplica/o de um )inito de regras !agram3tica(, que trans)ormava uma estrutura em outra !sentena ativa emsentena passiva, declarativa em interrogativa, a)irmativa em negativa, etc(-e é precisamente esse sistema de regras que, ent/o, se assumia como oconhecimento linguístico existente na mente do )alante de uma língua, o qualdeveria ser descrito e explicado pelo linguista gerativista

Deamos o exemplo Na sentena !I( *o aluno leu o livroG é )ormado pelarela/o estrutural entre o sintagma nominal !IN( Go alunoG e o sintagmaver0al !ID( Gleu o livroG : IN é )ormado pelo determinante !+E1( GoG e pelonome !N( GalunoG, e o ID por sua ve8, é )ormado pelo ver0o !D( GleuG e pelooutro IN Go livroG respectivamente 1oda essa estrutura pode ser melhor visuali8ada no esquema a0aixo, denominado diagra$a ar45reo  !ousimplesmente 3rvore(, que é a )amosa maneira pela qual os gerativistasrepresentam as estruturas sint3ticas

Essas regras de composi/o sintagm3tica explicam como uma estruturasimples como essa é gerada, mas n/o s/o su)icientes para explicar comouma outra estrutura relacionada, como a vo8 passiva, seria )ormada a partirda estrutura 0ase, no caso, a vo8 ativa Bara dar conta da rela/o entreestruturas di)erentes, mas relacionadas, os gerativistas )ormularam as regrastrans)ormacionais Essencialmente, uma trans)orma/o )orma de umaestrutura a partir de uma previamente existente 9 estrutura primeiramente)ormada chama-se Estrutura #ro$unda e a dela derivada se chama

Estrutura Su%er$icia&. Nesse sentido a vo8 ativa é interpretada comoestrutura pro)unda, so0re a qual s/o aplicadas regras trans)ormacionais que

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geram a vo8 passiva, estrutura super)icial

 9 ideia das trans)ormaAes como operaAes computacionais !)enFmenossint3ticos( que derivem sentenas é o t6pico central da pesquisa gerativistaaté hoe

 '.0 - A (om%et)ncia *in"u+stica

  J a por/o do conhecimento do sistema linguístico do )alante que lhepermite produ8ir o conunto de sentenas de sua língua4 é um conunto deregras que o )alante construiu em sua mente pela aplica/o de sua

capacidade inata para a aquisi/o da linguagem aos dados linguísticos queouviu durante a in)ncia  9o ler e escrever, os alunos aprendem a usar as construAes socialmentemais aceitas, tidas como mais elegantes por serem usadas por escritoresconsagrados, a construir textos 0em mais ela0orados, com argumenta/ocoerente, tendo como plano de )undo os ensinamentos prescritivos eanalíticos da tradi/o gramatical escolar : conhecimento linguístico que 3possui e que )oi adquirido antes mesmo de seu ingresso na escola  Bodemos di8er ent/o, que existe um conhecimento linguístico que sedesenvolve independentemente dos ensinamentos escolares e outro que éaprendido na escola 9 partir de "#$%, a teoria gerativa, proposta pelo

linguista norte-americano Noam Chomsky, assumiu, como seu o0etivo deestudo, a descri/o e a explica/o de algumas características particulares doconhecimento linguístico adquirido e amplamente desenvolvido nos primeirosanos de vida de um ser humano, independentemente da instru/o

'.1 - O ,ue a Gramática Gerativa a$irma

  >em, a)irma que os seres humanos nascem dotados de uma)aculdadeKdispositivo !+9L +ispositivo de 9quisi/o Linguagem(, que éum componente do cére0roKmente especi)icamente dedicado língua Essedispositivo em seu estado inicial, ou sea, logo que a criana nasce, é

considerado uni)orme em rela/o a toda espécie humana =sso signi)ica que,todas as crianas, seam elas )alantes de mandarim, ingl7s, alem/o,

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portugu7s, s/o dotadas do mesmo dispositivo e partem de um estado inicialpadr/o Esse estado inicial vai sendo modi)icado medida que a criana vaisendo exposta a um determinado am0iente linguístico +essa maneira, umacriana que cresce em um am0iente onde se )ala portugu7s desenvolve oconhecimento dessa língua, a partir da intera/o da in)orma/o genética que

ela tra8 no estado inicial de sua )aculdade da linguagem com os dadoslinguísticos a que é exposta !=sso é v3lido para todas as crianas quecrescem tendo contato com outras línguas( Esse conhecimento permite scrianas construírem todas as sentenas possíveis de sua língua e somenteelas  Esse tipo de conhecimento linguístico é adquirido somente por meio daparticipa/o da criana nas interaAes ver0ais entre os mem0ros de suacomunidade linguística, sem que isso envolva qualquer estimula/oespecí)ica ou qualquer corre/o por parte dos pais ou das pessoas com asquais elas interagem Crianas s/o corrigidas com rela/o propriedade doque )alam em rela/o situa/o social em que se encontram, ao uso de

certos itens lexicais e a pronuncia de certos sons

  9lguns linguistas t7m sugerido que esse conhecimento é adquirido por meio da memori8a/o de listas das propriedades descritivas de construAesde uma língua Borém, entretanto, contundo, se )osse assim, o processo deaquisi/o deveria ser demasiadamente lento e, sem d2vida alguma, muitomais 3rdua, ou, como se )ala em ingl7s *hard. N/o se veem crianastentando decorar construAes para )a8er perguntas, negaAes ouconstruAes impessoais Ie tivéssemos de )a8er isso para adquirir oconhecimento de nossa língua, os anos pré-escolares certamente seriam ospiores anos de nossas vidasM Iea qual )or o am0iente linguístico em que acriana cresa, seam quais )orem suas condiAes socioeconFmicas, oestado inicial do dispositivo de linguagem de qualquer criana é o mesmoEm termos deste estado inicial, n/o existem di)erenas entre crianasnascidas no hemis)ério Norte ou Iul, entre crianas po0res e ricas, entre)ilhos de no0res e ple0eus  Esse estado inicial tem sido chamado ;ram3tica ?niversal e é entendidocomo um conunto de princípios linguísticos determinados geneticamenteoe em dia, admite-se que a ;? é constituída de dois tipos de princípios 9lguns deles s/o rígidos e invari3veis, enquanto outros s/o a0ertos Essesprincípios a0ertos s/o chamados de parmetros, e seu valor s6 é )ixado ao

longo do processo de aquisi/o, com 0ase na in)orma/o linguística qual acriana é exposta Bortanto, adquirir o conhecimento de uma língua consiste,)undamentalmente, em atri0uir os valores esta0elecidos por essadeterminada língua aos parmetros da ;?

.0 A GRA/!I(A IVERSA* #RI(2#IOS E #AR3E!ROSCom a evolu/o da linguística gerativa, no início dos anos O@ a ideia da

compet7ncia linguística como um sistema de regras especí)icas cedeu lugar  hip6tese da ;ram3tica ?niversal !;?( +eve-se entender por ;? o conuntodas propriedades  gramaticais comuns compartilhadas por todas as línguasnaturais, 0em como as di)erenas entre elas que s/o previsíveis segundo o

leque de opAes disponíveis na pr6pria ;? 9 Paculdade da Linguagem é odispositivo inato presente em todos os seres humanos, como herana

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0iol6gica, que  nos )ornece um algoritmo, isto é, um sistema gerativo, umconunto de instruAes passo-a-passo, como as inscritas num programa decomputador, o qual nos torna aptos para  desenvolver !ou adquirir( agram3tica de uma língua Esse algoritmo é a ;? Bara procurar descrever anature8a e o )uncionamento da ;?, os gerativistas )ormularam uma teoria

chamada de Brincípios e Barmetros Essa teoria possui pelo menos duas)ases& a )ase da 1eoria da Qeg7ncia e da Liga/o !1QL(, que perdurou por toda a década de O@, e o Brograma 5inimalista !B5(,em desenvolvimentodesde o início da década de #@ até o presente

 9s pesquisas da teoria de Brincípios e Barmetros )oram e s/odesenvolvidas principalmente na 3rea da sintaxe, pois é exatamente nasestruturas sint3ticas que mais  evidentemente se perce0em as grandessemelhanas entre todas as línguas do mundo, mesmo entre aquelas quen/o possuem nenhum parentesco, o que )acilita o estudo da línguaBor exemplo, todas as línguas do mundo possuem estruturas como oraAesadetivas, oraAes interrogativas,e )unAes sint3ticas como sueito,predicado

,complementos  9 possi0ilidade de estudar a sintaxe isolada dos demaiscomponentes da  gram3tica !léxico, )onologia, mor)ologia, semntica( éconseqR7ncia de um conceito  )undamental do gerativismo, o de  gram3ticamodular Iegundo ele, os componentes da gram3tica devem ser analisadoscomo m6dulos autFnomos, independentes entre si, no sentido de que s/ogovernados por suas pr6prias regras, que n/o so)rem in)lu7ncia  parte not3veldiretados outros m6dulos =sto é, o )uncionamento de um m6dulo como,digamos, a sintaxe, é cego em rela/o s operaAes da )onologia, por exemplo Naturalmente, existem pontos  de interse/o entre os m6dulos dagram3tica, a)inal a sintaxe cria sintagmas e sentenas  a partir das palavrasdo léxico, e o produto )inal da sintaxe !a sentena( deve rece0er  uma leitura)onol6gica e tam0ém uma interpreta/o semntica 03sica, que no gerativismose chama Porma L6gica Bodemos visuali8ar essa intera/o entre osm6dulos da gram3tica no esquema a seguir 

*45I(OSI!A5E

6OO*OGIA SE3!I(A

Nessa ilustra/o, vemos que o elemento central da gram3tica é a sintaxe Elaretira do léxico as palavras com as quais construir3, segundo suas pr6prias

regras,  estruturas como sintagmas e sentenas, que da sintaxe s/oencaminhadas para a prepara/o para a pron2ncia, no m6dulo )onol6gico, epara a interpreta/o )ormal, no  m6dulo semntico Nessa maneira decompreender o )uncionamento da gram3tica, a mor)ologia é interpretadacomo parte do léxico, 3 que d3 conta da estrutura da palavra, e tam0ém comoparte da )onologia, uma ve8 que deve dar conta das alteraAes  m6r)icas)onologicamente condicionadas No Brograma 5inimalista atual, entendemospor Brincípio as propriedades gramaticais que s/o v3lidas para todas aslínguas naturais, ao passo que Barmetro deve  ser compreendido como aspossi0ilidades !limitadas sempre de maneira 0in3ria( de varia/o entre aslínguas Bor exemplo, quando analisamos as sentenas 

!a( *So/o disse que ele vai se casar. e!0( *Ele disse que So/o vai se casar.,

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vimos que em !a( o  pronome *ele. pode re)erir-se tanto a *So/o. quanto aqualquer outro homem anteriormente citado no discurso, enquanto na )rase!0(*ele. n/o pode se re)erir a *So/o., e necessariamente )a8 re)er7ncia a umoutro homem Essa di)erencia/o entre a re)erencialidade do pronome *ele.nas duas )rases pode ser explicada da seguinte maneira& nesse contexto, o

pronome )a8 re)er7ncia a  algum elemento que precisa ter sido citadoanteriormente no texto T trata-se de um pronome ana)6rico J um Brincípioda ;? que uma an3)ora necessariamente deve   suceder o seu re)erente, enunca o contr3rio J por isso que na )rase !a( *ele. pode ser tanto *So/o.quanto outro homem citado numa )rase anterior, 3 que am0os os termosantecedem o pronome S3 no caso de !0( *So/o. n/o pode ser o re)erente de*ele., pois o  pronome antecede o nome Ie tradu8íssemos !a( e !0(paraqualquer língua do mundo, o resultado seria sempre o mesmo& em !0( seriaimpossível ligar o pronome ao nome citado, mas em !a( isso pode ocorrer1rata-se, portanto, de um Brincípio da ;?

Bi7&io"ra$ia

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NE;QU: ED 6na%1ora in 7razilian &ortuguese o$%le$ent Structure. 1esede +outoramento, 5adison ?niversidade de Visconsin, "#OW

C:5IY, N 8 on1eci$ento da língua' sua natureza! orige$ e uso.

1radu/o 9na0ela ;onalves e 9na 1eresa 9lves Lis0oa& Editorial Caminho,"#OW ZZZZZ 7arriers. Cam0ridge, 5ass 5=1 "#OW ZZZZZ Language and &ro4le$s o2 9no:ledge. 31e 0anagua Lectures.Cam0ridge, 5ass& 5=1, "#OO

ENE+Y, E ;erativismo =n& 53rio Eduardo 1oscano 5artelotta !:rg( =n&5anual de lingRística I/o Baulo& Contexto, <@@O, v ", p "<%-"[@

8usti$icativa

: tra0alho a ser apresentado trata-se de expor a 1eoria do;erativismo, onde é possível ter 0ases te6ricas para explicar a aquisi/oda linguagem 9 importncia dessa pesquisa serviu para nos proporcionar conhecimento necess3rio do modo que os gerativistas veem a língua  :

texto tam0ém procurar a0ordar algumas das contri0uiAes que estagram3tica tra8 para a linguística moderna, en)ati8ando sua maior 

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contri0ui/o que di8 respeito sintaxe da língua na medida em queesta0elece um novo modelo de an3lise sint3tica permitindo analisar constituintes que o modelo tradicional n/o é possível

IEQD=\: B]>L=C: PE+EQ9L?N=DEQI=+9+E PE+EQ9L +: B9Q^

C95B?I ?N=DEQI=1^Q=: +E 59Q9>^P9C?L+9+E +E EI1?+:I +9 L=N;?9;E5

C?QI: +E L=CENC=91?Q9 E5 LE1Q9I =N;L_I

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 959N+9 P:Q: +9 I=LD9

LE:N9Q+: BEQE=Q9 +:I QE=I

QY9N 9P:NI: +9 I=LD9 9P:NI:

1`1?L:& ;EQ91=D=I5:I?>1`1?L:& 9 9?=I=\U: +9 L=N;?9;E5 +: B:N1: +E D=I19

;EQ91=D=I19

5ara03 T B9<@"'

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1ra0alho apresentado Paculdade de Estudos daLinguagem da ?niversidade Pederal do Bar3,campus universit3rio de 5ara03, como requisitoparcial para o0ten/o de nota da disciplina=ntrodu/o aos Estudos Linguísticos, so0 aorienta/o da Bro)b 5ichele P; de Dargas

Marabá – PA

2013

(OSI9ERA:;ES 6IAIS

 9 teoria do ;erativismo )oi de grande importncia para oapro)undamento dos estudos nesta 3rea do conhecimento Na verdade,Chomsky estava mais voltado s questAes l6gicas da língua, suainten/o era demonstrar que o indivíduo 3 nasce dotado de estruturas

mentais que sustentam a compet7ncia para o desempenho linguístico 9sua grande sacada mesmo é a ideia de uma ;ram3tica ?niversal a partir 

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da qual, por meio das estruturas cognitivas, os indivíduos conce0em aestrutura da língua !qualquer língua(, desencadeando o processo deaquisi/o da linguagem