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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ UNOCHAPECÓ COBERTURA DE TELHAS CERÂMICAS E FIBROCIMENTO COM ESTRUTURA DE MADEIRA André Scapin João Manoel Balestrin Mauro de Couet Mateus Pandolfo Chapecó - SC, Março de 2012.

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Page 1: Trabalho final construção civil 2

UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ

UNOCHAPECÓ

COBERTURA DE TELHAS CERÂMICAS E FIBROCIMENTO COM ESTRUTURA DE MADEIRA

André Scapin

João Manoel Balestrin

Mauro de Couet

Mateus Pandolfo

Chapecó - SC, Março de 2012.

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ

Àrea de Ciências Exatas e Ambientais

Curso: Engenharia Civil

Disciplina: Construção Civil II

Professor: Marcelo Fabiano Costella

COBERTURA DE TELHAS CERÂMICAS E FIBROCIMENTO COM ESTRUTURA DE MADEIRA

André Scapin

João Manoel Balestrin

Mauro de Couet

Mateus Pandolfo

Chapecó - SC, Junho de 2011.

Page 3: Trabalho final construção civil 2

SUMÁRIO

1. Estrutura de Madeira para telhados.................................................................................... 4

1.1 Estrutura de Madeira de um telhado é composto ...................................................... 4

1.2 Estrutura Pontaletada .............................................................................................. 5

1.3 Tesouras em Madeira .............................................................................................. 6

1.4 Terças em Madeira .................................................................................................. 6

1.5 Caibros em Madeira ................................................................................................. 6

1.6 Ripas em Madeira .................................................................................................... 7

1.7 Ligações .................................................................................................................... 7

1.8 Ligações com Pregos ................................................................................................ 8

2. Telha de Cerâmica ....................................................................................................... 10

2.1 Tipos de telhas ....................................................................................................... 10

2.2 Execução de telhados Cerâmicos ................................................................................. 12

3. Telhados de Fibrocimento .................................................................................................. 12

3.1 Modelos de Fibrocimento ...................................................................................... 13

3.2 Colocação ............................................................................................................... 15

4. Referencias Bibliograficas ................................................................................................... 16

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1- ESTRUTURA DE MADEIRAS PARA TELHADOS

A madeira geralmente é usada como material nas estruturas de telhados, para as

1mais variadas coberturas.

As principais madeiras utilizadas para esse fim são o Ipê, Cabriúva ou Itaúba,

porém, segundo THOMAZ (1982) “Todos os elementos utilizam geralmente a peroba

como madeira padrão, por ser mais resistente ao apodrecimento e também por não ser

tão duro quanto o ipê e a cabreúva, entre outras razões.”

As principais funções da estrutura de madeira são sustentar e fixar as telhas e

transmitir os esforços solicitantes para os elementos estruturais do edifício, garantindo

assim a estabilidade do telhado.

1.1 Estrutura de madeira de um telhado é composta por:

1- Ripas: são peças de madeira pregadas sobre os caibros, que servem de apoios para

as telhas cerâmicas;

2- Caibros: peças de madeira, apoiadas sobre as terças, servindo como suporte para as

ripas;

3- Terça de Cumeeira: terça da parte mais alta do telhado;

4- Terças: peças horizontais de madeira colocadas na direção perpendicular à estrutura

de apoio. Elas apoiam-se geralmente sobre tesouras, pontaletes, oitões, ou paredes

intermediárias, com a função de sustentar os caibros;

5- Contrafrechal: terça da parte inferior do telhado;

6- Frechal: viga de madeira colocada em todo o perímetro superior da parede de

alvenaria, para amarração e distribuição da carga concentrada da tesoura;

7- Chapuz: calço de madeira, geralmente de forma triangular, que serve de apoio

lateral para a terça

Tesoura: treliça de madeira que serve de apoio para a trama:

8- Asna, perna, empena ou banzo superior;

9- Linha, tirante, tensor ou banzo inferior;

10- Montante principal ou pendural;

11- Diagonal ou escora;

12- Pontalete, montante ou suspensório;

13- Ferragem ou estribo;

14- Ferragem ou cobrejunta;

15- Testeira ou aba;

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2

16- Mão francesa: peça disposta de forma inclinada, com a finalidade de travar a

estrutura.

17- A estrutura é composta por uma armação principal (tesoura) e uma secundária, mais

conhecida por trama.

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 2,

1.2 Estrutura pontaletada

As vigas principais da estrutura, a terça da cumeeira e as demais terças são

apoiadas sobre pontaletes e devem ser contraventadas com mãos francesas. Estas devem

ser colocadas dos dois lados dos pontaletes, sendo recomendável que a estrutura seja

contraventada nas duas direções.

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 19

Page 6: Trabalho final construção civil 2

3

O apoio das peças de madeira (cumeeira , terça ou viga principal) sobre os

pontaletes deve ser feito por encaixe, utilizando-se ainda talas laterais de madeira, fita

ou chapas de.

Os pontaletes não devem apoiar-se diretamente sobre a laje de forro, mas sim

sobre placas de apoio, que podem ser constituídas por seções de pranchas ou vigas de

madeira. As vigas principais devem apoiar-se sobre coxins, cintas de amarração ou

frechais, e não diretamente sobre as paredes.

Apenas devem-se apoiar as terças nos oitões de alvenaria desde que sejam

adotados reforços na região do apoio.

1.3 Tesouras em madeira

As intersecções entre eixos de três ou mais barras da tesoura devem ocorrer em

um único ponto.

As tesouras não devem ser apoiadas diretamente sobre a alvenaria, mas sim

sobre coxins, cintas de amarração ou frechais.

As tesouras devem ser contraventadas com mãos francesas e diagonais cruzadas

entre as tesouras centrais, ou com diagonais cruzadas entre todas as tesouras.

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 33

1.4 Terças em madeira

As terças devem ser posicionadas sobre os nós da tesoura, para que assim

transmitam a carga diretamente sobre eles, ou sobre os pontaletes das estruturas

pontaletadas. Devem ser apoiadas e fixadas às empenas de tesouras ou às vigas

principais de estruturas pontaletadas, com o emprego de chapuzes de madeira,

cantoneiras metálicas, tarugos de madeira, parafusos passantes ou outros dispositivos

similares.

1.5 Caibros em madeira

Recomenda-se que o espaçamento entre os caibros não seja superior a 50 cm.

Os caibros devem ser pregados às terças, sendo que a penetração do prego na

terça deve equivaler no mínimo a metade do comprimento do prego.

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COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 29

Para madeiras resistentes à umidade, ou que receberam tratamento preservativo

adequado, pode-se fixar totalmente o caibro em lajes inclinadas de concreto armado.

Nesse caso, a fixação do caibro à laje pode ser efetuada mediante a cravação de pregos

ao longo do caibro, sendo o conjunto chumbado ao concreto.

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 38

Deve-se evitar a emenda de caibros. Quando houver necessidade, a emenda

sobre caibros deve ser feita sobre a terça, seguindo os seguintes critérios:

Quando a espessura da terça for maior ou igual a 5 cm:

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 30

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5

Quando a espessura da terça for menor que 5 cm:

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 30

1.6 Ripas de madeira

O espaçamento entre ripas (galga) é dado em função das dimensões da telha

cerâmica e do recobrimento longitudinal. Para isto deve-se construir uma guia para

ripamento com base nas dimensões das telhas a serem empregadas.

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 39

As ripas são simplesmente pregadas nos caibros, sendo que a penetração do

prego no caibro deve ser pelo menos igual a metade do seu comprimento. As emendas

das ripas devem ser feitas de topo, sempre sobre os caibros.

As ripas também podem ainda ser fixadas diretamente sobre lajes inclinadas

através de parafusos e buchas.

1.7 Ligações

Todas as operações de corte e furação das peças de madeira devem ser feitas

com ferramentas apropriadas, a fim de evitar quaisquer tipos de danos à maneira e

garantir a perfeita ajustagem das superfícies em contato na ligação.

As partes das peças de madeira na região da ligação devem ser isentas de

qualquer defeito, como nós, rachaduras, etc.

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1.8 Ligações com pregos

Recomenda-se que sejam rebatidas as pontas dos pregos que eventualmente

atravessarem as peças pregadas. Quando forem pregadas conjuntamente três peças de

madeira, recomenda-se que os pregos atravessem pelo menos duas delas.

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 23

As ligações sujeitas a esforços de tração devem ser efetuadas com o auxilio de

cobre-juntas. Não sendo deve ser feita a pregação de topo.

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 33

Nas tesouras, as ligações pregadas devem apresentar pelo menos 4 pregos em

cada peça a ser ligada.

2-TELHA DE CERÂMICA

As telhas cerâmicas são constituídas por argilas ricas em ilita e montmorilonitas

(boa resistência da massa seca, telhas com elevada resistência a flexão e baixa

porosidade, etc.).

Características de um telhado de boa qualidade:

- O som emitido ao bater na peça deve ser metálico;

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7

-Não devem apresentar fissuras, esfoliações, quebras e rebarbas que dificultem o

acoplamento entre elas e que prejudiquem a estanqueidade do telhado.

-Não devem possuir manchas, superfícies esbranquiçada com sais solúveis ou nódulos

de cal.

- Devem ter regularidade de forma, dimensões e coloração; fraca absorção de água e

impermeabilidade; baixa porosidade; resistência a flexão.

Outras características, como impermeabilidade, absorção de água, resistência a

flexão, tolerâncias dimensionais e empenamento, devem estar de acordo com o conjunto

de Normas Técnicas Brasileiras (NBR).

2.1 TIPOS DE TELHAS

As telhas cerâmicas são classificadas em duas categorias: telhas de encaixe e

telhas de capa e canal.

Telhas cerâmicas de encaixe: este tipo de telha cerâmica apresenta em suas bordas,

saliências e reentrâncias que permitem o encaixe entre elas. Nesta categoria as telhas

mais conhecida e utilizadas são a francesa, a romana, a portuguesa e a termoplan.

Telha Francesa: as telhas francesas são planas, com encaixes laterais e nas

extremidades, com agarração para fixação às ripas. Suas dimensões são,

aproximadamente, 24 cm de largura, 40 cm de comprimento e 14 mm de espessura, com

peso em torno de 2,6 kg. A galga para esse tipo de telha é de 34 cm.

Telha Romana: a telha romana apresenta uma capa e um canal interligados. Suas

dimensões são, aproximadamente, 21,6 cm de largura, 41,5 cm de comprimento e 10

mm de espessura, com peso em torno de 2,6 kg. A galga para esse tipo de telha é de 36

cm.

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Telha Portuguesa: evolução da antiga e tradicional telha colonial. Ao contrario da

colonial, a portuguesa é composta por apenas uma peça. Suas dimensões são,

aproximadamente, 20,0 cm de largura e 38,0 cm de comprimento.

Telha Termoplan: apresenta uma camada interna de ar, projetada com intuito de

otimizar o desempenho térmico da telha. Suas dimensões são, aproximadamente, 21,4

cm de largura, 45,0 cm de comprimento e 26 mm de espessura, com peso em torno de

3,2 kg. A galga para esse tipo de telha é de 38 cm.

Telhas cerâmicas de capa e canal: caracterizadas por peças côncavas (canais),

apoiadas sobre as ripas e por peças convexas (capas) que se apoiam nos canais. Tanto as

capas quanto os canais apresentam detalhes (encaixes, apoios, etc.) que visam impedir o

deslizamento das capas em relação aos canais. Os principais tipos de telhas deste tipo

são a colonial, a paulista e a plan.

Telha Colonial: nesta telha não há distinção entre a capa e o canal, pois podem ser

usadas indistintamente, ou seja, um catnal como capa e vice-versa. Suas dimensões têm

as seguintes variações: largura – 14 a 18 cm; comprimento – 46 cm; espessura – 13 mm.

Seu peso é, em média, 2,25 Kg.

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Telha Paulista: tem seção circular que vai afunilando em direção a uma das

extremidades, apresenta a capa com largura ligeiramente inferior à largura do canal.

Suas dimensões têm as seguintes variações: comprimento – 46 cm; largura da capa – 12

a 16 cm; largura do canal – 14 a 18 cm; espessura 13 mm. A capa pesa, em média, 2,0

Kg, e o canal 2,15 Kg.

Telha Plan: apresenta as formas acentuadas retas. O canal é de seção retangular e mais

ampla. São telhas muito pouco empregadas, pois são difíceis de cortar bem como

encontrar peças no mercado para substituição. Suas dimensões têm as seguintes

variações: comprimento – 46 cm; largura da capa – 12 a 16 cm; largura do canal – 14 a

18 cm; espessura 13 mm. A capa pesa, em média, 2,29 Kg, e o canal 2,28 Kg.

A ABNT e o INMETRO decidiram normalizar apenas os 3 tipos mais

consagrados de telhas de capa e canal (colonial, paulista e plan), estabelecendo ainda

um único comprimento (46 cm) e uma única galga (40 cm) para essas telhas.

2.2 - EXECUÇÃO DE TELHADOS CERÂMICOS

O telhado deve ser executado com telhas com dimensões padronizadas, com

tolerâncias dimensionais que atendam a sua respectiva especificação, dessa forma,

haverá perfeito encaixe entre as telhas, facilitando a colocação e garantindo a

estanqueidade à água do telhado

É recomendado adquirir uma quantidade de telhas aproximadamente 5%

superior à quantidade calculada para o telhado, como margem de folga.

Colocação das telhas: segundo o livro Coberturas com Estrutura de Madeira e

Telhados com Telhas Cerâmicas: Manual de Execução (p. 39, 1988):

A colocação das telhas deve ser feita por fiadas, iniciando-se pelo beiral e

prosseguindo-se em direção a cumeira.

A sequência de colocação das telhas de encaixe em cada fiada varia de

acordo com o seu desenho, isto é, de acordo com a posição relativa das

saliências e das reentrâncias que definem o recobrimento lateral. Assim

sendo, em cada fiada as telhas podem ser colocadas da direita para a esquerda

ou vice-versa. As telhas da fiada seguinte são colocadas de forma a

encaixarem-se perfeitamente naquelas da fiada inferior [...]

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É orientado que, telhados com inclinação entre 45% e 100% , tenham um

esquema de amarração como o mostrado na figura a seguir. Para telhados com

inclinação maior que 100%, recomenda-se amarrar todas as telhas à estrutura de apoio,

a cada cinco telhas uma é fixada.

45% e 100% 25% e 100%

Para telhados, com declividades entre 25% e 100%, todos os canais devem ser

fixados à estrutura de apoio, e as capas devem ser fixadas de maneira alternada, a cada

cinco telhas uma é fixada.

Durante a execução do telhado, devem-se dispor pilhas de telhas sobre a trama,

nos cruzamentos dos caibros com as ripas, evitando que o montador caminhe com telhas

na mão sobre a parte já coberta. Para a distribuição das telhas pode-se dispor algumas

tabuas longitudinais (direção da água) sobre o madeiramento, de forma que os

montadores possam caminhas sobre elas.

Beiral: o primeiro apoio da primeira fiada de telhas deve ter duas ripas

sobrepostas ou por testeiras.

Em beirais desprotegidos, recomenda-se amarrar as telhas de encaixe às ripas. Já

as telhas de capa e canal devem ter as capas emboçadas com a argamassa e os canais

devem ser fixados às ripas, caso haja platibanda ou caso seja empregado forro no beiral,

as telhas não necessitarão ser fixadas à estrutura de madeira, já nos beirais laterais o

emboçamento de peças cerâmicas apropriadas (cumeeiras ou capas de telhas do tipo

capa e canal).

Cumeeira: deve ser executada com peças cerâmicas denominadas “cumeeiras”, ou

pode-se utilizar capas de telhas do tipo capa e canal.

Essas peças devem ser colocadas obedecendo-se um sentido de colocação

contrario ao dos ventos dominantes.

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Primeiramente, com a colher de pedreiro coloca-se o emboço nas extremidades

das telhas, de forma a criar duas linhas contínuas, em toda extensão da cumeeira

também deve-se colocar o emboço no rebaixo da telha anterior. Então encaixam-se as

peças, sendo que deve-se observar ainda um recobrimento longitudinal mínimo de 60

mm entre as peças

Espigão: também pode ser executado com peças de cumeeiras ou capas de telhas de

capa e canal. As peças são colocadas da mesma forma que na cumeeira sendo que

devem ser colocadas no beiral em direção à cumeeira.

As telhas das águas do telhado são cortadas no seu encontro com o espigão, de

forma que o recobrimento entre as peças de espigão e as telhas seja no mínimo 30 mm.

Rincão ou água furtada: é constituído por uma calha metálica fixada na estrutura de

madeira do telhado, elas devem ser cortadas na direção do mesmo, recobrindo a calha

metálica em pelo menos 60 mm de cada lado. A largura livre da calha deve ser de

aproximadamente 150 mm, também pode ser executado com peças especiais com

recobrimento longitudinal mínimo de 60 mm.

Arremates: com fim de garantir a estanqueidade do telhado, os encontros dos telhados

com paredes paralelas ou transversais ao comprimento das telhas devem ser executados

empregando-se rufos metálicos ou componentes cerâmicos.

3 TELHADOS DE FIBROCIMENTO

Depois das telhas cerâmicas, as telhas de fibrocimento são as mais conhecidas

dos brasileiros. Constituídas por fibras de amianto e cimento, estas telhas são fabricadas

em diversos modelos, tamanhos e espessuras.

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O fibrocimento é composto basicamente de água, cimento e amianto, uma fibra

mineral presente em abundancia na crosta terrestre. Esses elementos, quando usados em

conjunto proporcional à cobertura: durabilidade, estanqueidade, resistência mecânica,

baixo peso, trabalhabilidade, versatilidade, incombustibilidade, isolamento acústico, são

bastante utilizadas em edifícios habitacionais de padrão popular, inclusive unifamiliares,

embora não proporcionem adequado conforto, sobretudo térmico. Devem atender às

disposições da norma “NBR 7581 – Telha ondulada de fibrocimento – Especificações”.

3.1 MODELOS DE FIBROCIMENTO

Telha ondulada

A telha ondulada de fibrocimento, por ser apoiada em estrutura leve é uma

opção racional muito utilizada para telhados residenciais, depósitos, galpões e

edificações rurais. Possui características adequadas para a aplicação em indústria, sendo

usada tanto em coberturas com em fechamentos laterais.

Suas espessuras mais comuns são a de 5 mm, 6 mm e 8 mm, sendo que as mais

utilizadas são as de 6 e 8 mm. O peso do telhado em fibrocimento varia conforme a

espessura das peças, sendo de 15 Kg/m² para as de 5 mm, 18 Kg/m² para as de 6 mm e

24 Kg/m² para as de 8 mm.

Peças complementares

Existem peças complementares para as telhas onduladas de fibrocimento com as

seguintes finalidades:

- Arremate entre duas ou mais águas de uma cobertura (Cumeeira normal, cumeeira

universal, cumeeira articulada ondulada, espigão)

Cumeeira normal: Cumeeira Universal:

Cumeeira articulada ondulada: Espigão:

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13

- Arremate entre uma água de cobertura e uma parede ou fechamento lateral (Cumeeira

shed, rufo);

Cumeeira shed: Cumeeira shed simétrica: Rufo:

- Proporcionar recursos de ventilação e arejamento à área coberta (telha de ventilação,

telha com claraboia);

Telha de ventilação:

-

Arremate entre dois ou mais fechamentos laterais (cantoneira e aresta).

Cantoneira: Aresta:

Além destes ainda existe uma ampla gama de peças complementares que

resolvem detalhes de arremate, ventilação e iluminação.

3.2 MANUSEIO E ESTOCAGEM

- o corte, lixamento e furação dos produtos devem ser feitos em locais abertos, com boa

ventilação e, se possível, separados das demais tarefas;

- recomenda-se realizar o trabalho com ferramentas manuais, que provocam menor

desprendimento de poeira fina no ambiente;

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14

- é preciso umidificar o piso ao redor do local de trabalho e as peças que estão sendo

trabalhadas, reduzindo a possibilidade de geração de poeira;

- a retirada de rebarbas e a limpeza das peças, ferramentas e demais equipamentos

deverá ser feita utilizando um pano ou esponja umedecidos, ou sistema de aspiração;

- os equipamentos fixos – furadeira de bancada, serra circular etc. – deverão possuir

necessariamente um sistema de captação de poeira;

- a lavagem das peças de trabalho será feita separadamente das demais peças de uso

diário;

- durante o trabalho, o operador deve usar máscara específica (descartável do tipo P2

para poeira);

- terminado o trabalho, o operador deve tomar banho no serviço antes de trocar de

roupa;

A aplicação dessas recomendações garante ao usuário dos produtos de

fibrocimento uma utilização segura e sem riscos à saúde.

3.3 COLOCAÇÃO

O melhor aproveitamento das telhas se dá com a inclinação de 15° (27%) e

procurar utilizar esta inclinação sempre que possível.

Na montagem da primeira fiada as chapas precisam ser fixadas com um parafuso

por chapa (colocado na crista da 2a onda), necessitando a última chapa ser fixada com

dois parafusos (na crista das 2a e 5a ondas). Nas chapas das fiadas intermediárias, terão

de ser aplicados dois ganchos chatos na cava da 1a e 4a onda. As cumeeiras deverão ser

fixadas com um parafuso de cada lado, sendo a última delas com dois parafusos de cada

lado. O caimento mínimo a ser empregado é de 10º, ou seja, 17,6% (abaixo desse limite,

estar-se-á arriscando infiltração de água através da junção das telhas).

A superposição das chapas varia conforme sua inclinação, sendo, portanto:

- para telhados com menos de 15º de inclinação, usar recobrimento longitudinal mínimo

de 20 cm;

- para caimentos maiores de 15º, pode-se usar recobrimento longitudinal de 14 cm.

O espaçamento máximo entre as terças é de 1,69 m. Por essa razão, a chapa mais

econômica é a de 1,83 m, já que para as telhas maiores se torna indispensável a

colocação de terça intermediária (para telhas de 6 mm de espessura). Quanto aos beirais,

os comprimentos das chapas, máximo e mínimo, em balanço são:

- beirais sem calha: máximo 40 cm e mínimo 25 cm;

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- beirais com calha: máximo 25 cm e mínimo 10 cm.

- beiral lateral: 10 cm

A montagem das telhas deverá ser iniciada a partir do beiral para a cumeeira.

Para uma montagem e utilização do sistema de cobertura em telhas onduladas de

fibrocimento eficientes, precisam ser seguidas as seguintes recomendações:

- não se pode pisar diretamente sobre as telhas; usar tábuas apoiadas em três terças, em

coberturas muito inclinadas, amarrar as tábuas;

- utilizar ferramentas manuais (serrote, arco de pua, etc.). Se houver a necessidade de

utilização de serras elétricas, recomenda-se as de baixa rotação para evitar a dispersão

do pó de amianto;

- procurar sempre realizar o trabalho ao ar livre;

- umedecer as peças de fibrocimento antes de cortá-las ou perfurá-las.

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4 - REFENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Pini Web – Telhas Cerâmicas – Bianca Antunes.

Disponível em: http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/telhas-ceramicas-80046-1.asp Acesso em: 12 mar. 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA.

Manual Técnico de Fibrocimento. São Paulo: PINI. 1988

COMO Construir. Fev. 2002. Disponível em:

http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/como-construir-81765-1.asp. Acesso

em: 15 mar. 2012.

ESCOLHA sua Telha. Disponível em: http://www.hinkel.arq.br/hhtelhas.html.

Acesso: 11mar. 2012.

IPT - INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO

PAULO S.A. Cobertura com Estrutura de Madeira e Telhados com Telhas

cerâmicas. São Paulo: IPT, 1988.

MAYER, Marcio. Coberturas em Madeira. Disponível em:

http://www.eternit.com.br/produtos/index.php. Acesso em: 17mar. 2012.

PATOLOGIAS mais Frequentes Encontradas em Coberturas com Telhas Cerâmicas.

Disponível em: http://www.pintpor.com/pdf/patologiasdostelhadosetelhas.pdf. Acesso

em: 16 mar. 2012.

Catalogo Eternit. Disponível em: http://www.eternit.com.br/produtos/index.php/.

Acesso em: 18mar. 2012.