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Edição 139 | Ano XX | janeiro/fevereiro 2014 www.aborlccf.org.br Trabalho em equipe Nova diretoria aposta em gestão unificada com participação ativa dos departamentos, comitês e comissões permanentes.

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Page 1: Trabalho em equipeTrabalho em equipe Nova diretoria aposta em gestão unificada com participação ativa dos departamentos, comitês e comissões permanentes. Mensagem do Presidente

Edição 139 | Ano XX | janeiro/fevereiro 2014www.aborlccf.org.br

Trabalho em equipeNova diretoria aposta em gestão unificada com participação ativa dos departamentos, comitês e comissões permanentes.

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Mensagemdo Presidente

Dr. Fernando Ganança

Presidente da ABORL-CCF

DIRETORIA 2014

Dr. Fernando Ganança - São Paulo/SPPresidente

Dr. Sady Selaimen Costa - Porto Alegre/RSDiretor Primeiro Vice-Presidente

Dr. Domingos Tsuji - São Paulo/SPDiretor Segundo Vice-Presidente

Dra. Francini Grecco de M. Pádua - São Paulo/SPDiretora Secretária Geral

Dra. Renata Dutra de Moricz - São Paulo/SP Diretora Secretária Adjunta

Dr. José Eduardo de Sá Pedroso - São Paulo/SPDiretor Tesoureiro

Dr. Paulo Saraceni Neto - São Paulo/SPDiretor Tesoureiro Adjunto Dr. Edilson Zancanella - Indaiatuba/SP Presidente da Comissão de Comunicações

Dra. Eulália Sakano - Campinas/SPPresidente da Comissão do BJORL

Dr. Fabrízio Ricci Romano - São Paulo/SPPresidente da Comissão de Eventos e Cursos

Dr. José Alexandre Medicis da Silveira - São Paulo/SPPresidente da Comissão de Residência e Treinamento

Dr. Leonardo Haddad - São Paulo/SPPresidente da Comissão de Título de Especialista

Dr. Márcio Fortini – Belo Horizonte/MGPresidente da Comissão de Defesa Profissional

Dr. Otavio Marambaia Santos - Salvador/BAPresidente da Comissão de Ética e Disciplina

Dr. Renato Roithmann - Porto Alegre/RSPresidente da Comissão de Educação Médica Continuada

Caro associado,

Mais um ano de trabalho tem início para todos nós. A ABORL-CCF vem apresentando desenvolvimento marcante a cada ano que passa, graças ao trabalho incessante daque-les que estiveram envolvidos nas diretorias passadas, nas comissões permanentes, nos departamentos e comitês, bem como de seus funcionários, sempre muito comprome-tidos e dedicados. Teremos muitas tarefas e ainda mais desafios pela frente em 2014.

Daremos ênfase, em nossa gestão, à continuidade do projeto de internacionalização da ABORL-CCF, contribuindo para que a Associação possa assumir o lugar de destaque que lhe é de direito, como uma das maiores associações de otorrinolaringologia no mun-do. É nossa meta, também, buscar maior aproximação com as sociedades regionais de otorrinolaringologia a fim de entender as suas demandas e fortalecer as suas ações. As Academias ganham mais apoio da ABORL-CCF para desenvolver suas campanhas temáticas e participar das várias atividades científicas da nossa Associação.

Todas as comissões têm trabalhado para facilitar o exercício de nossa profissão, seja pelo esforço contínuo para alcançar uma remuneração justa, seja pela formação profissional, por meio de cursos, workshops, ensino à distância e diversos outros projetos que colo-caremos em prática ao longo de 2014.

A valorização do associado é prioridade máxima. Algumas medidas já estão sendo implantadas como a criação de uma assessoria jurídica diferenciada, formação de um serviço de acolhimento e relacionamento com o associado, por telefone ou pelo site, instalação de um programa de apoio ao aperfeiçoamento profissional (estágios de apri-moramento em serviços cuja residência/especialização seja reconhecida pela ABORL), desenvolvimento de aulas e cursos que poderão ser assistidos no computador, evitando gastos de deslocamento e hospedagem, e aprofundamento em temas sobre gestão de consultório e de carreira médica na programação científica de eventos realizados ao longo do ano.

Começamos nosso trabalho já com resultados marcantes, como o número recorde de inscritos na prova de Título de Especialista, a repercussão positiva da 16ª edição do Four Otology, a nova edição do Congresso On-line e da Campanha da Voz.

Ressalto que estamos à disposição para comentários, críticas, sugestões e que toda contribuição é muito bem-vinda. Meu e.mail é [email protected]

Obrigado pela sua confiança.

Forte abraço,

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Páginas Azuis

Perfil

Posse e mini fórum

Prova do Título de Especialista

Gestão RH

Dr. Fernando Ganança e suas metas para 2014

Nilvano de Andrade: otorrino e escritor

Cerimônia de posse da nova diretoria e as propostas das comissões permanentes para este ano

Número recorde de inscritos

Conversar com seu funcionário ajuda a melhorar o desempenho

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44o Congresso Brasileiro

Carreira

Os encantos da cidade-sede, Porto Alegre

Fellowship: uma experiência que exige planejamento

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Completamos um ano de existência da VOX Otorrino e, cada vez mais, percebemos a importância da inte-gração com os associados e o papel significativo da comunicação na ABORL-CCF. A dinâmica da comu-nicação nos traz o desafio de melhores reportagens para integrarmos e atingirmos todos os otorrinos.

Num ano com muitos acontecimentos, iniciamos trazendo a cobertura da posse da nova diretoria e na torcida por um excelente mandato ao Fernando. Destacamos a agenda de eventos para o ano, a co-meçar pelo Congresso On-line, que, em sua terceira edição, mantém a vanguarda! Trazemos o Four Oto-logy em Salvador com detalhes, e iniciamos a pre-paração para o Congresso Brasileiro já mostrando vários encantos de Porto Alegre!

O início de um novo ano traz sempre a necessidade de ajustes. Transformamos a seção de gestão num elemento fixo da VOX e abordamos os cuidados com nossos funcionários, como melhorar o atendi-mento, como cobrar pelo desempenho.

Será o momento de começar vida de consultório? Produzimos uma reportagem sobre fellowship no exterior, com boas dicas e experiências. Sem dúvi-da, a possibilidade de uma experiência nesses mol-des nos agrega tanto conhecimento técnico como pessoal. Vale a pena esta vivência!

Para não acharmos que tudo é medicina, trazemos o perfil de Nilvano Andrade, médico baiano que con-cilia com sucesso a carreira de otorrino e escritor.

Encerro com o sentimento de que 2014 será inten-so, trabalhoso e com final feliz!

Boa leitura a todos!

O primeiro ano da VOX Otorrino

Dr. Edilson Zancanella

Presidente da Comissão de Comunicações

EXPED

IENTE

Vox Otorrino

Diretor de Comunicação: Edilson Zancanella

Comissão de Comunicações: Marcelo Piza

Fabio de Rezende PinaJoão Vianney B. de Oliveira

Paulo Roberto LazariniRicardo Jacob Macedo

Allex Itar OgawaMarco Antônio Corvo

Maria Dantas C.L. GodoyVinícius Magalhães Suguri

Renato Marinho Correa

Jornalista Responsável: Eliana Antiqueira / MTB: 26.733

Reportagem: Sheila Godoi

Fotos:Vicent Sobrinho / Dreamstime / Acervo

Coordenação de Publicação e Diagramação: Julia Candido

Produção: Estação Brasil Produção Editorial

Fone: 11 3542-5264/0472

Impressão: Eskenazi Indústria Gráfica

Periodicidade: Bimestral

Tiragem:6.000 exemplares

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da ABORL-CCF.

Av. Indianópolis, 1.287CEP 04063-002 | São Paulo/SP

Fone: 11 5053-7500Fax: 11 5053-7512

Sugestões de pauta, críticas ou elogios? Fale conosco.

[email protected]

ESPAÇO LEITOR

Cartaao leitor

Edição 139 | Ano XX | janeiro/fevereiro 2014www.aborlccf.org.br

Trabalho em equipeNova diretoria aposta em gestão unificada com participação ativa dos departamentos, comitês e comissões permanentes.

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janeiro / fevereiro 2014 | www.aborlccf.org.br6 | Revista VOX OTORRINO

PáginasAzuis

Quais seus principais objetivos para a ABORL-CCF em 2014?

De uma forma simplificada, a missão da nossa diretoria estará muito focada em seis principais tópicos: valorização do associado; regionalização da ABORL--CCF; aproximação com as Academias, nossos braços científicos; prosseguir com a internacionalização da ABORL-CCF; profissionalização;,e foco na melhor rela-ção custo x benefício nas ações da enti-dade.

Como o sr. prevê este trabalho de aproximação com as regionais?

A aproximação com as regionais é fun-damental para que as ações da ABORL--CCF possam se espalhar por todo o Brasil, atingir os associados e os cidadãos de todas as regiões brasileiras. Essa apro-ximação é importante nas esferas cientí-fica e profissional, visando à atualização clínico-científica do otorrinolaringologista, sua defesa profissional e sua remunera-ção digna. O primeiro passo é conhecer a realidade dos otorrinolaringologistas de cada região e saber de suas necessida-des. Aproveitaremos ao máximo os even-tos científicos locais para visitar os colegas e conversar a esse respeito. A partir daí, propor juntamente com a comissão per-manente de defesa profissional, medidas que valorizem e protejam a atividade pro-fissional do otorrinolaringologista, além de lutar por uma remuneração mais justa. Além disso, a nossa intenção é fazer com que as regionais estejam mais ligadas à

ABORL-CCF, seja por meio da participa-ção em campanhas, cursos itinerantes e/ou transmitidos diretamente às respecti-vas sedes, ou seus associados.

E este trabalho de internacionalização, como se dará?

Será realizado por intermédio de ações como a visita a outras associações latino--americanas de otorrinolaringologia, tradu-ção de obras científicas da ABORL-CCF, do conteúdo do nosso site e das nossas revistas, participação em importantes con-gressos internacionais como o Congresso da Academia Americana de Otorrinolarin-gologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço e o Congresso Panamericano de Otorrino-laringología y Cirugía de Cabeza y Cuello.

Como a ABORL-CCF tratará a questão da defesa profissional nesta gestão?

A ABORL vai buscar maior aproximação com a AMB e ANS a fim de defender os direitos dos otorrinolaringologistas. Vamos dialogar para identificar a melhor forma de agir e valorizar a nossa atuação como especialistas. Além disso, o departamento jurídico da ABORL está sendo ampliado. Contratamos um novo escritório jurídico e o associado contará com a possibilidade de uma assessoria jurídica diferenciada relacionada ao seu exercício profissional.

O trabalho do Comitê Conexão Brasília será continuado?

O trabalho do Comitê Conexão Brasília será estimulado e aprimorado para que

Foco no associado

O novo presidente da ABORL-CCF fala dos projetos de sua gestão que tem, entre as principais metas, a valorização do associado. Outras questões como profissionalização, internacionalização e defesa profissional também são levantadas nesta primeira entrevista do Dr. Fernando Ganança.

Por Eliana Antiqueira

Filho de um otorrinolaringologista renomado, Dr. Fernando Ganança afirma que nunca houve pressão paterna na escolha da profissão, embora o contato precoce com a especialidade tenha sido definitivo na sua opção pela medicina.

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estejamos sempre a par e participante das decisões relacionadas à nossa atuação profissional, e que são tomadas pelos ór-gãos governamentais, em Brasília.

Neste ano, a ABORL optou por não ter uma campanha nacional. Por quê? O que será feito em seu lugar?

No segundo semestre de 2013, consul-tamos quatro agências de publicidade e marketing com o intuito de verificar a possibilidade e a viabilidade da realização de uma campanha nacional da ABORL--CCF. Após diversas reuniões, decidimos por não realizar uma campanha nacional devido aos altos custos envolvidos em tais campanhas e pela dificuldade de saber se elas realmente atingem as necessidades da ABORL-CCF e do associado.

Em seu lugar, estamos incentivando as cinco Academias, que são os braços cien-tíficos da ABORL-CCF, a elaborar um pro-jeto de campanha individual, que poderá ser aprovado e patrocinado parcial ou totalmente pela ABORL-CCF, com custos muito menores que os de uma campanha nacional. Em alguns casos, como os das academias de Laringologia e Voz, da Rino-logia e da Otologia, essas campanhas já existem e poderão ser alavancadas com esse apoio oficial da ABORL-CCF.

Optamos, também, em investir financei-ramente na troca de equipamentos (com-putadores e programas) da ABORL-CCF que já estavam obsoletos e na compra de equipamentos de teleconferência e transmissão de cursos e palestras, o que acabará gerando economia à ABORL--CCF e seus associados, evitando gastos excessivos de transporte e hospedagem de palestrantes, associados e membros da diretoria executiva, dos comitês, depar-tamentos e comissões permanentes.

A autonomia das Academias colabora para o crescimento da ABORL-CCF como entidade mãe?

Sim. Acredito que a aproximação com as Academias e seu fortalecimento faça com que a ABORL-CCF se desenvolva mais e consiga atingir mais facilmente os

seus objetivos. Se a Academia não está satisfeita, pode não produzir como deve-ria. Por outro lado, acredito que o estímulo da mesma fará com que os seus cursos sejam melhores, as suas campanhas e outras ações maiores e mais efetivas e quem sai lucrando com isso é o nosso associado.

O sr. vem afirmando em conversas e reuniões que pretende ampliar e inten-sificar a atuação da comunicação da ABORL. Como e com qual objetivo?

Estamos hipertrofiando o departamento de comunicação da ABORL-CCF. Enten-demos que comunicação engloba desde o relacionamento interno com os associa-dos - que são o que há de mais importante na ABORL-CCF, razão dela existir -, com os funcionários, como também em rela-ção ao que é divulgado pela assessoria de imprensa, pelos meios de comunicação da ABORL-CCF (site, revistas, mídias digi-tais), e o relacionamento externo, seja com outras associações médicas, laboratórios farmacêuticos, empresas de equipamen-tos médicos e de materiais cirúrgicos ou instituições governamentais. A comunica-ção é fundamental para que possamos atender aos anseios da ABORL-CCF e dos associados, e para a divulgação do que fazemos. Uma das ações mais impor-tantes que está sendo implementada é a criação um serviço de atendimento/aco-lhimento do associado, seja por telefone, no site ou pessoalmente na sede ou nos eventos científicos da ABORL-CCF. Uma das medidas em curso para que tudo isso possa se realizar de maneira satisfatória é a contratação de um jornalista, que ficará dedicado aos relacionamentos internos e externos da ABORL-CCF, funcionando também como um elo entre o que é reali-zado pela Associação e o que é divulgado pelos meios de comunicação.

O sr. tem ações planejadas para a re-dução de gastos da Associação?

Todas as ações da ABORL-CCF estão sendo analisadas em relação ao binômio custo x benefício. Uma destas ações é priorizar que uma das nossas publicações,

Essa aproximação (com as regionais) é importante nas esferas científica e profissional, visando à atualização clínico-científica do otorrinolaringologista, sua defesa profissional e sua remuneração digna.

a revista VOX, seja publicada em meio di-gital, podendo ser acessada em nosso site. Isso traria muita economia em relação aos gastos de impressão e postagem, além de ser ecologicamente correto. Ou-tras vantagens de se ter uma revista digital são disponibilizar, por exemplo, o vídeo de uma entrevista ou de um procedimento diagnóstico ou terapêutico. Obviamente, que a versão impressa continuará sendo enviada aos colegas que desejarem con-tinuar recebendo tal versão.

O que o associado pode esperar da sua gestão?

Além dos cursos e congressos, das publi-cações científicas, da Educação Médica Continuada, da Defesa Profissional, da as-sessoria jurídica diferenciada, do cartão de benefícios (cujos benefícios estão sendo ampliados) já existentes, o associado tam-bém contará com um Programa de Aper-feiçoamento Profissional. Por meio deste programa, a ABORL-CCF atuará como elo entre os profissionais médicos interessa-dos no aprimoramento do conhecimento e os serviços de otorrinolaringologia, cuja residência/especialização seja reconhecida pela ABORL-CCF, de acordo com a acei-tação de participação e disponibilidade de vagas de cada serviço. Mais informações serão divulgadas assim que os critérios de realização do referido programa forem de-finidos e tivermos a lista dos serviços que participarão do mesmo.

PáginasAzuis

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janeiro / fevereiro 2014 | www.aborlccf.org.br8 | Revista VOX OTORRINO

Centro de Convenções FIERGS – Av. Assis Brasil, 8787 – Porto Alegre/RS Coordenação: Departamento de Eventos da ABORL-CCF Informações: (71) 2104-3477/3434 (11) 5053-7500/7512

Março13 a 14 de março 2º Curso de Rinoplastia 2014Coordenação: Prof. Dr. Ricardo Bento e Dr. José Roberto Parisi Jurado Local: FMUSP - São Paulo/SPInformações: (11) 3068-9855

13 a 15 de março Curso de Potenciais Evocados AuditivosCoordenação: Dr. Pedro Luis Cóser Local: Clínica Cóser - Santa Maria/RS Informações: (55) 3221-9784

14 a 15 de março 4º Curso de Atualização em Microcirurgia de LaringeCoordenação: Dr. Evaldo Macedo Local: Hospital IPO - Curitiba/PR Informações: (41) 3314-1597

14 de março Curso Otoplastia - Correção Cirúrgica em Orelha de AbanoCoordenação: Prof. Dr. Fernando de A. Quintanilha Ribeiro e Prof. Dr. Ivo Bussoloti Filho Local: Santa Casa de São Paulo - São Paulo/SPInformações: (11) 2176-7235

14 a 15 de março 3ª Imersão em ORL PediátricaCoordenação: Dra. Shirley Pignatari, Dra. Claudia Figueiredo, Dra. Francini Pádua e Dra. Juliana Sato Local: Maksoud Plaza Hotel - São Paulo/SPInformações: (11) 5080-4933

20 a 22 de março Curso de Dissecção de Osso TemporalCoordenação: Dr. Edson Bastos, Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento e Prof. Dr. Richard Voegels Local: Hospital Universitário Prof. Edgard Santos - Salvador/BA Informações: (11) 3068-9855

27 a 28 de março 17º Workshop em EstroboscopiaCoordenação: Dra. Adriana Hachiya e Dra. Saramira C. Bohadana Local: Hospital Paulista - São Paulo/SPInformações: (11)3083-7009

Abril3 a 5 de abril 6º Curso de Implante CoclearCoordenação: Dr. Eduardo Barbosa de Souza Local: CEPPAJ - Salvador/BA Informações: (71) 3186-0231

3 a 5 de abril 43º Curso de Cirurgia Funcional e Estética do NarizCoordenação: Prof. Dr. José Eduardo Lutaif Dolci e Prof. Dr. Ivo Bussoloti Filho Local: Santa Casa de São Paulo - São Paulo/SPInformações: (11) 2176-7235

4 a 6 de abril 1º Congresso Goiano Brasiliense de OtorrinolaringologiaCoordenação: AGORL-CCF e AORL-DF Local: Hotel Mercure – Goiânia/GO Informações: (62) 3095-1344

5 de abril 6º Curso Teórico-Prático de Anatomia em Otorrinolaringologia/Cirurgia de Cabeça e PescoçoCoordenação: Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento e Dr. Geraldo Pereira Jotz Local: Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Porto Alegre/RS Informações: (11) 3068-9855

10 a 12 de abril Four Otology 2014 - 16ª Reunião da Sociedade Brasileira de Otologia - Edição Prof. Dr. Hélio LessaCoordenação: Dr. Paulo Lazarini Local: Bahia Othon Palace Hotel - Salvador/BA Site: www.sbotologia.com.br/fourotology Informações: (71) 2104-3477 ou [email protected]

10 a 12 de abril Curso Teórico-Prático de Microcirurgia de Laringe com Dissecção de PeçasCoordenação: Prof. Dr. Ricardo Bento, Prof. Dr. Domingos Tsuji, Prof. Dr. Luiz Ubirajara Sennes e Dr. Rui Imamura Local: FMUSP - São Paulo/SPInformações: (11) 3068-9855

12 de abril 3º Curso de Atualização em Ronco e Apneia Obstrutiva do SonoCoordenação: Dra. Adriane Zonato e Dra. Cíntia Adriano Rosa Local: Hospital IPO - Curitiba/PR Informações: (41) 3314-1597

25 de abril2ª Jornada de Imersão em Otorrinolaringologia da BahiaCoordenação: Dr. Otávio Marambaia, Dr. Amaury Gomes e Dr. Pablo Marambaia Local: Centro de Convenções do Pestana Bahia Hotel - Salvador/BA Informações: (71) 3270-8011

Maio16 a 17 de maio 3º Conesul e 8º Gauchão de OtorrinolaringologiaCoordenação: Dr. Marcelo ZaniniLocal: Conrad Punta Del Este Resort e Cassino - Punta del Este/UruguaiSite: www.assogot.org.br/congresso Informações: (51) 3311-8969/3311-9456 [email protected] [email protected]

5 de abril 3º Congresso On-line de OtorrinolaringologiaCoordenação: Dr. Renato Roithmann Local: São Paulo/SPSite: www.aborlccf.org.brInformações: (11) 5053-7500 ou [email protected]

9 a 11 de abril 86º Curso Teórico-Prático de Cirurgia Endoscópica Naso-Sinusal, XV de Dissecção em “S.I.M.O.N.T.”Coordenação: Dr. Aldo Stamm e Dr. Leonardo Balsalobre Local: Complexo Hospitalar Professor Edmundo Vasconcelos - São Paulo/SPInformações: (11) 5080-4357

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janeiro / fevereiro 2014 | www.aborlccf.org.br10 | Revista VOX OTORRINO

Posse

O trabalho continuaAo assumir a presidência da ABORL-CCF para a gestão 2014, Dr. Fernando Ganança afirmou que não sentia começando, mas continuando um trabalho que teve início desde que assumiu a 2ª vice-presidência da entidade em 2012, e destacou o orgulho de servir à Associação ao lado de uma diretoria comprometida, de funcionários dedicados e que persegue o objetivo de tornar a ABORL-CCF ainda mais forte e pujante dentro e fora do Brasil. Veja os principais momentos.

Da esquerda para a direita: Dr. Paulo Saraceni Neto, Dra. Renata Dutra de Moricz, Dra. Renata Di Francesco, Dr. Felippe Félix, Dr. José Eduardo de Sá Pedroso, Dr. Domingos Tsuji, Dra. Francini Pádua, Dr. Sady Selaimen da Costa e Dr. Fernando Ganança.

Ao transmitir o cargo, Dr. Agrício Crespo reiterou os agradecimentos à sua diretoria, a sensação de dever cumprido e transmitiu os votos de sucesso e grandes realizações ao novo presidente.

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11Revista VOX OTORRINO |janeiro / fevereiro 2014 | www.aborlccf.org.br

Posse

1. Dra. Wilma Terezinha destacou a enorme força de trabalho demonstrada por Dr. Fer-nando durante o tempo em que trabalharam juntos na edição do BJORL e disse não ter dúvidas de seu sucesso neste ano.

2. Dr. José Eduardo Dolci ressaltou o desafio que a nova diretoria terá pela frente num momento em que a imagem dos médicos nacionais está em crise e incitou a classe a se unir para obter êxito em suas demandas.

3. “Bom-senso e generosidade” assim Dr. Nedio Steffen qualificou Dr. Fernando Gana-ça, reiterando seu apoio ao atual mandato e assinalando que a renovação é uma metáfora da vida, em que há os que partem e os que chegam.

4. “Presidentes são locomotivas”, afirmou Dr. Ricardo Bento em seu breve discurso, e destacou o atual sistema de gestão da Associação, democrático e eficiente, que dá segurança ao presidente para exercer seu mandato.

5. O presidente da Associação Paulista de Medicina e otorrinolaringologista Dr. Florisval Meinão reiterou o apoio da entida-de à ABORL-CCF na luta por melhorias nas condições de trabalho e remuneração dos médicos.

6. Dr. Márcio Abrahão deu um recado pungente à nova diretoria: “não deixe que os problemas atrapalhem as grandes metas da Associação”, e destacou que o planejamento de ações a médio e longo prazo garantem o fortalecimento da entidade.

7. Dr. Paulo Pontes apontou que cabe ao líder da ABORL ser um modelo para os colegas mais jovens e citou o Papa Francisco ao incitar coragem ao presidente deste ano:”Bote fé, esperança e amor no que faz que sua vida terá um novo sabor”.

8. Dr. Pedro Mangabeira Albernaz se disse lisonjeado por fazer parte do momento, afinal trabalhou com duas gerações da família Ganança: o pai, Maurício, e o filho, Fernando e completou: “Entusiasmo significa ter Deus dentro de nós. E tenho certeza de que você, Fernando, vai liderar com todo entusiasmo”.

9. “Subo aqui na única qualificação de pai do presidente eleito”, anunciou Dr. Maurício Ganança, arrancando lágrimas do filho e emocionando os presentes. Orgulhoso, re-forçou a certeza de que o filho vai encarar as tarefas com responsabilidade e de que está preparado para os desafios que o aguardam.

10. Dr. Fernando e esposa, Érica

11. Dr. Fernando e Dr. Maurício: duas gera-ções dedicadas à otorrinolaringologia

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janeiro / fevereiro 2014 | www.aborlccf.org.br12 | Revista VOX OTORRINO

Mini Fórum

Comissões permanentes da ABORL-CCF apresentaram suas realizações e metas para 2014, durante o Mini Fórum realizado em 16 de janeiro.

O balanço das realizações e as propostas para este ano deram o tom do Mini Fórum realizado entre a nova diretoria da ABORL-CCF, com Dr. Fernando Ganança à frente da presidência, e os membros das comissões permanentes. Veja a seguir os principais objetivos de cada

comissão para este ano.

Ano novo, novos desafios!

Comissão de Defesa ProfissionalDr. Márcio Fortini acenou para a necessidade de trabalhar junto à mídia a valorização do trabalho do otorrino e de suas áreas de atuação. Também estão em pauta a revisão de pro-tocolos operacionais e aumento na programação dos con-gressos de temas referentes à gestão e defesa profissional.

Comissão de Título de EspecialistaCom a realização da prova do Título de Especialista de forma digital pela primeira vez (ver matéria na pág. 35), a comissão pretende observar eventuais falhas a serem corrigidas para que o modelo esteja consolidado para os próximos anos.

Comissão de Residência e TreinamentoDr. José Alexandre Medicis Silveira explicou que es-tão previstas visitas a nove serviços credenciados em otorrinolaringologia com o objetivo de atestar sua qualidade e sugerir eventuais melhorias. O presidente da comissão também contou que não houve nenhum descredenciamento em 2013 e que os serviços vêm melhorando progressivamente.

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13Revista VOX OTORRINO |janeiro / fevereiro 2014 | www.aborlccf.org.br

Mini Fórum

Comissão do BJORLDra. Wilma Terezinha Anselmo-Lima comemorou a con-quista do fator de impacto 0,545, alcançado em 2013, e estabeleceu com meta a manutenção e/ou aumento deste índice, esforço que já começou com a contratação, no fi-nal do ano passado, da Editora Elsevier, especializada em publicações científicas. Também propôs o debate sobre um novo critério na seleção de painéis e trabalhos inscri-tos anualmente no Congresso Brasileiro de ORL.

Comissão de ComunicaçõesDr. Edilson Zancanella propôs a reformulação do site da ABORL-CCF para um formato de portal, com ca-ráter mais interativo, um novo projeto editorial para a revista VOX Otorrino que fomente o debate, ofereça entretenimento e novas seções fixas, como tecnologia e RH, a qual já pode ser observada nesta edição (ver matéria pág. 28)

Comissão de Ética e DisciplinaDr. Otávio Marambaia Santos apresentou a proposta de fomentar o Banco de Pareceres, a implementação de um Simpósio de Ética Médica em programas de residência e estágio, suporte à Comissão Científica do Congresso Brasileiro para a apresentação de temas ligados à ética médica e ainda a premiação a traba-lhos relacionados ao tema a serem apresentados no Congresso.

Comissão de Educação Médica ContinuadaPara 2014, Dr. Renato Roithmann já apontou várias ações em curso. A realização do 3º Congresso On-line (ver matéria pág. 40), o lançamento do livro Algoritmos em ORL durante o 44º Congresso Brasileiro de ORL, em novembro, e a reativação do Otoweb para discussões práticas.

Comissão de EventosA consolidação do Departamento de Eventos da ABORL--CCF é um dos objetivos apresentados por Dr. Fabrizio Romano. Também foi sugerida uma nova proposta para organização de eventos das Academias, com mais auto-nomia; um novo método de escolha para cidades-sede do Congresso, e apresentada a candidatura do Brasil como sede do Congresso Pan-Americano de 2018, desde que haja uma rápida definição da cidade que poderá sediá-lo.

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janeiro / fevereiro 2014 | www.aborlccf.org.br14 | Revista VOX OTORRINO

A capital do Rio Grande do Sul já começou os preparativos para receber o mais importante encontro da otorrinolaringologia da América Latina.

Por Eliana Antiqueira

Porto Alegre é a cidade mais me-ridional do Brasil e ostenta mais de 80 prêmios e títulos que a distinguem como uma das me-

lhores capitais brasileiras para morar, tra-balhar, fazer negócios, estudar e se di-vertir. Também foi destacada pela ONU, por três vezes, como a Metrópole nº1 em qualidade de vida do Brasil. E ainda tem chimarrão, o melhor churrasco do país e o onipresente lago Guaíba. Por tudo isso, e por sua boa estrutura hote-leira, sistema de transporte eficiente, boa oferta de restaurantes, lojas e centros de lazer, foi escolhida para sediar o 44º Congresso Brasileiro de Otorrinola-ringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, de 12 a 15 de novembro.

O congresso será realizado no Centro de Eventos FIERGS (Federação das In-dústrias do Estado do Rio Grande do Sul). Multifuncionalidade, infraestrutu-ra, tecnologia e localização privilegiada são algumas das características que

concorreram para a escolha do espa-ço. Uma das peculiaridades do centro de eventos são as áreas interligadas e moduláveis, perfeitamente adaptáveis a qualquer tipo de evento, com área total superior a 36 mil metros quadrados. O local conta ainda com estacionamento para 3.100 vagas, acessibilidade para pessoas com deficiência, ambientes climatizados, serviço de emergências médicas com ambulatório equipado e técnico de enfermagem de plantão e monitoramento eletrônico da seguran-ça. Também dispõe de tecnologia em equipamentos para iluminação cênica, sonorização de ambientes e multimídia, além de internet banda larga, videocon-ferência e telefonia digital.

A localização privilegiada é outro dos diferenciais que contribuíram para a escolha do centro de eventos, distante apenas 15 minutos do centro da cidade e a apenas 12 minutos do Aeroporto In-ternacional Salgado Filho.

Neste ano, o Congresso é em Porto Alegre, tchê!Neste ano, o Congresso é em Porto Alegre, tchê!

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15Revista VOX OTORRINO |janeiro / fevereiro 2014 | www.aborlccf.org.br

Centro de Eventos FIERGSMultifuncionalidade, infraestrutura, tecnologia e localização privilegiada são algumas das característi-cas que fazem do Centro de Eventos FIERGS o lugar certo para a realização do 44o Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, de 12 a 15 de novembro.

“A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo. Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali... Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!”

Mário Quintana

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AV. TREZE DE MAIO, N° 33 - BLOCO B - GRUPO 515/51620031-007 - CENTRO - RIO DE JANEIRO - RJ

REPRESENTANTE EXCLUSIVO NO BRASILTECNOTON APARELHOS MÉDICOS LTDA.

TEL: 21-2253-8295 OU [email protected]

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E o que tem pra fazer na cidade, guri?Porto Alegre é uma metrópole peculiar. Além de ser uma das cidades mais arbo-rizadas do país, mantém a poucos minu-tos de seu centro urbano um variado ro-teiro turístico rural, com áreas produtivas e de preservação. A rota Caminhos Ru-rais de Porto Alegre percorre uma região de estâncias do século XIX, hoje ocupada por pequenas propriedades de agricultu-ra familiar que preservam a paisagem e o modo de vida tipicamente gaúcho. É possível escolher roteiros de apenas um dia, chamados de Domingo no Campo, nas categorias turismo agroecológico, vivência rural, turismo de flores e plantas ornamentais e turismo equestre.

Mas se a ideia for desfrutar da cidade, Porto Alegre é um deleite. Aos domin-gos, o Brique da Redenção, uma feira de artes que remete à célebre feira de San Telmo, na vizinha Buenos Aires, convi-da a passar o dia, assim como a Praça da Alfândega, relíquia do século 18 que abriga belos prédios históricos ocupa-

dos por espaços culturais de primeira linha, a poucos passos um do outro: o Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs), o Santander Cul-tural e o Memorial do Rio Grande do Sul.

A arquitetura é uma grande atração de Porto Alegre. A Casa de Cultura Mário Quintana, ocupa o prédio do antigo e elegante Hotel Majestic, erguido na década de 1920, e que hoje abriga um dos mais completos centros culturais da América Latina. A Catedral Metro-politana não passava de uma casa de pau-a-pique em 1753, ano de sua fun-dação como uma modesta capela. A construção atual segue um estilo ins-pirado na Renascença Italiana, mas as torres, inauguradas em 1971, lembram o modelo das construídas no Rio Gran-de do Sul na época das missões jesui-tas. A cúpula possui 75 metros de altura e 18 metros de diâmetro, sendo uma das maiores do mundo. Os três painéis de mosaico na fachada foram execu-tados nas oficinas do Vaticano. Outra igreja, a de Nossa Senhora das Dores, cuja construção data de 1807, mescla em sua fachada o estilo alemão ao bar-roco português, prova da evolução de diferentes tendências arquitetônicas na cidade. Valem a visita também o Thea-tro São Pedro, de 1858, e a Fundação

Onde fica:Caminhos Rurais:www.caminhosrurais.tur.br

Brique da Redenção - Domigos das 9h às 17hAv. José Bonifácio - junto ao Parque Farroupilha

Casa de Cultura Mário QuintanaRua dos Andradas, 736 - Centro Histórico

Catedral MetropolitanaRua Duque de Caxias, 1047 - Centro Histórico

Iberê Camargo, um prédio futurista que abriga mais quatro mil obras do artista plástico e colocou Porto Alegre no ce-nário mundial da arte moderna.

O Guaíba, orgulho local, merece ser apreciado de perto. Vários barcos fa-zem passeios pelo lago e canais do Del-ta do Jacuí que oferecem uma das mais belas vistas da capital gaúcha e dos grandes armazéns amarelos do Cais Mauá, que ressaltam a origem portuária da cidade. Outra excelente opção para curtir o principal cartão postal de Porto Alegre é a praia de Ipanema, na Zona Sul, caminhando pelo calçadão do bair-ro às margens do lago ou em um dos muitos bares e restaurantes da orla. É um dos pontos da cidade mais perfei-tos para comprovar a beleza do pôr do sol do Guaíba, que, segundo os nati-vos, é um dos mais lindos do mundo.

Separe um tempo para desfrutar de Por-to Alegre e siga o conselho de seu poeta maior, Mário Quintana: “A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo. Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali... Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!” (A verdadeira arte de viajar).

Fundação Iberê CamargoAv. Padre Cacique, 2.000 - Praia de Belas

Igreja Nossa Senhora das DoresRua dos Andradas, 597 - Centro Histórico

Praça da AlfândegaCentro Histórico

Theatro São PedroPraça Marechal Deodoro s/nº - Centro Histórico

Cenário rural da Vinícola Bordignon, em Belém Velho, na Capital gaúcha

Casa de Cultura Mário Quintana

Catedral Metropolitana de Porto Alegre

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AV. TREZE DE MAIO, N° 33 - BLOCO B - GRUPO 515/51620031-007 - CENTRO - RIO DE JANEIRO - RJ

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Anuidade

Está disponível a tabela da Anuidade 2014. Quanto mais cedo você quitar, maior o desconto!

Dizem que o ano começa depois do Carnaval... Mas isso não é verdade! A Associação Brasi-leira de Otorrinolaringologia e

Cirurgia Cérvico-Facial já iniciou a agenda de atividades para 2014 e preparou mui-tas novidades para os seus associados. Mas... Você já garantiu a renovação da anuidade? Desde o início de fevereiro, já está disponível no site da instituição a nova tabela para a renovação, com os valores corrigidos apenas pela inflação.

Com mais de 5 mil associados no Brasil, a instituição está entre as sociedades médi-cas com menor anuidade, de acordo com um estudo comparativo realizado em ju-

lho de 2013. A pesquisa, que considerou o valor da anuidade de 12 associações médicas brasileiras – Medicina Intensiva, Ortopedia e Traumatologia, Pneumologia e Tisiologia, Urologia, Nefrologia, Cardio-logia, Radioterapia, Psiquiatria, Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Cirurgia Cardio-vascular, Endocrinologia e Metabologia – colocou a ABORL-CCF na 5ª posição, com menor valor.

Veja abaixo os valores da Anuidade 2014 e não perca tempo! Para renovar, acesse www.aborlccf.org.br/sga e confira os pro-cedimentos para o pagamento do boleto. Quanto mais cedo você quitar, maior o desconto!

Renove já!

* Somente fará jus aos descontos apontados nesta tabela aquele Residente / Especializando que estiver cursando Serviço de Residência e Estágio em Otor-rinolaringologia Reconhecido / Credenciado pela ABORL-CCF / MEC. ** Boleto bancário na internet à vista ou no cartão de crédito em 3x s/ juros. *** Válido com Censo 2014 preenchido.

Anuidade ABORL-CCF 2014 Até 14/3 Até 14/4 Até 14/5

Valor Oficial** 50% desc.*** 30% desc.*** 15% desc.***

Associado Titular / Efetivo R$ 530,00 R$ 265,00 R$ 371,00 R$ 450,50

Residente/Especializando 1º Ano / Remido*

ISENTO

Residente/Especializando 2º Ano* R$ 106,00 R$ 53,00 R$ 74,20 R$ 90,10

Residente/Especializando 3º Ano* R$ 212,00 R$ 106,00 R$ 148,40 R$ 180,20

Um ano após a conclusão da Residência/Especialização

R$ 318,00 R$ 159,00 R$ 222,60 R$ 270,30

Dois anos após a conclusão da Residência/Especialização

R$ 424,00 R$ 212,00 R$ 296,80 R$ 360,40

5ª sociedade médica de especialidade com menor anuidade no país

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19Revista VOX OTORRINO |janeiro / fevereiro 2014 | www.aborlccf.org.br

Anuidade

Programa de VantagensA ABORL-CCF mantém parcerias com estabelecimen-tos comerciais, que oferecem descontos e vantagens a todos os associados quites. Com o Cartão de Identida-de, que faz parte do Programa de Vantagens, é possí-vel obter ofertas especiais na aquisição de produtos e serviços nas áreas de lazer e viagens, esporte e saúde, eletrônicos e presentes, livros, gráficas e assinaturas de revistas.

Acesse www.aborlccf.org.br/cartaodeidentidade e confira!

Na edição 138 da revista Vox Otorrino, foram divulgados os valores da anuidade sem o repasse da inflação. Nesta reportagem, os valores estão atualizados e são válidos para o ano de 2014.

Veja você mesmo!Utilize o código acima para assistir ao vídeo preparado especialmente para você, associado da ABORL-CCF.

Benefícios para vocêFigurando entre as maiores socie-dades da especialidade no mundo em número de sócios e projeção, a ABORL-CCF cresce ano a ano. Ao passo que amplia sua atuação, a en-tidade estende aos seus membros uma gama de benefícios, frutos de parcerias. Confira ao lado algumas das vantagens:

São mais de

5 mil membros em todo o Brasil

Oferece descontos e vantagens especiais para

todos os associados quites

Mantenha-se associado à ABORL-CCF - YouTubehttp://www.youtube.com/watch?v=6UFEnVJhyCU&feat...

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Cartão de Identidade

Associação Brasileira de

Otorrinolaringologia

e Cirurgia Cérvico-Facial

» Só os membros quites recebem a versão impressa da Revista Vox e do BJORL

» São diversos os descontos para a participação em cursos e congres-sos científicos, promovidos pela ABORL-CCF ou por instituições parceiras

» Os programas de Educação Médi-ca Continuada são oferecidos em todo o país, inclusive por meio de projetos itinerantes

» Os sócios podem participar de pro-gramas de aperfeiçoamento profis-sional em serviços credenciados

» Há ofertas exclusivas para a aquisi-ção de livros lançados pela ABORL--CCF e do PRO-ORL

» Os associados contam com asses-soria jurídica para esclarecer dúvidas

» É possível fazer parte de campanhas médicas regionais ou nacionais

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Carreira

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21Revista VOX OTORRINO |

Carreira

Viver o cotidiano profissional ao lado de um profissional renomado, em serviços de excelência no exterior, é uma experiência que proporciona um salto de qualidade na carreira. Mas nem tudo é um mar de rosas. Fluência na língua, foco profissional e um bom pé de meia são importantes na hora de carimbar o passaporte rumo ao programa de fellowship.

Por Eliana Antiqueira

Encarar um curso de especia-lização no exterior não é uma decisão fácil. A escolha envol-ve se ambientar em um país

diferente, em uma língua e cultura estranhas à sua, deixar a garantia de um emprego estável em casa, muitas vezes já em franca ascensão, e in-vestir boa parte, se não todas suas economias pessoais. Apesar de to-dos esses contras, muitos otorrinos deixam o país todos os anos para fazer um fellowship, termo em inglês que define cursos de especialização em que um médico acompanha outro mais experiente a fim de aperfeiçoar suas habilidades.

O fellowship é um estágio totalmente prático. Esse curso não depende de uma instituição específica, uma vez que depende basicamente de um determinado profissional específico, que pode atuar numa instituição pú-blica ou privada. É importante lembrar que a maioria dos fellows consagra-dos acontece na Europa e Estados Unidos, logo, além do crescimento profissional, o curso é também uma oportunidade de vivência no exterior, com o benefício do aprendizado de um segundo idioma e o intercâmbio com profissionais de outros países.

Em boa companhia!

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janeiro / fevereiro 2014 | www.aborlccf.org.br22 | Revista VOX OTORRINO

Carreira

Os programas de fellowship não são remunerados e, por isso, o primeiro passo é pensar no pé de meia. Dr. Alexandre Beraldo Ordones fez sua primeira incursão nessa experiência em 2013, quando participou de um observer fellowship de cinco sema-nas no serviço de otorrinolaringologia da Universidade de Stanford em Palo Alto, Califórnia. “A cidade é pequena, localizada no Vale do Silício, sede de várias empresas conhecidas, como Google e Apple e, por causa disso, o custo de vida é elevado. Me planejei financeiramente antes de embarcar. Realmente sai caro!”. Dr. Sandro da Silva Muniz, fellowship na Fundação Fisch de Cirurgia Otológica e da Base do Crânio, em Zurique, Suíça, endos-sa as palavras do colega. “Aconselho a qualquer pessoa que queira fazer um curso fora do país a estudar bem a realidade local e calcular os custos com bastante antecedência antes de viajar”, recomenda.

“Aconselho a qualquer pessoa que queira fazer um curso fora do país a estudar bem a realidade local e calcular os custos com bastante antecedência antes de viajar.”

Dr. Sandro da Silva Muniz

Instituto Georges Portmann está com inscrições abertas Já estão abertas as inscrições para otorrinolaringologistas do Brasil que pretendem concorrer à bolsa de estudos em Otologia oferecida pelo ins-tituto francês Georges Portmann, para o período de outubro a dezembro de 2014 e outro participante de janeiro a março de 2015.  O período de aperfeiçoamento é de três meses e será disponibilizado para dois par-ticipantes esse ano. A fase de estudos ocorre no próprio instituto e na Universidade de Bordeaux II.

A bolsa dá o direito a passagem aérea, ida e volta, e US$ 600 por mês, totalizando US$ 3.000 para as despesas básicas, e tem o patrocínio da WIDEX. O concurso constará de prova de títulos e entrevista em fran-cês, devendo o interessado preencher os seguintes requisitos: ter bom conhecimento do idioma francês; residência médica ou estágio reconhe-cido pela ABORL-CCF concluído até março de 2014; estar registrado no Conselho Regional de Medicina do seu estado; estar formado em medi-cina há, no máximo, 5 anos, em 31 de dezembro de 2013;

Apresentar o curriculum vitae e duas cartas de apresentação até o dia 15 de abril de 2014 na sede da Delegação Brasileira do Instituto Portmann - aos cuidados de Felippe Felix (Centro Médico do Barrashopping, Avenida das Américas, 4.666 grupo 315, Barra da Tijuca - Rio de Janeiro (RJ) CEP: 22649-900 Brasil).

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23Revista VOX OTORRINO |janeiro / fevereiro 2014 | www.aborlccf.org.br

Carreira

Antes de embarcar, o candidato tam-bém deve definir qual seu objetivo profissional. Existem três categorias de fellowship. Pode-se optar por um programa com atuação na área de pesquisa (research fellow), com ên-fase em pesquisa e clínica (clinical fellow), ou ainda por um curso que priorize a observação do aluno, o observer fellow, que se dedica a ob-servar as atividades de outros espe-cialistas da instituição. Os programas variam, em média, de seis meses a dois anos, mas o ideal é que o alu-no se dedique em regime integral por pelo menos um ano. A escolha do tipo de fellow depende que o alu-no pretende no médio e longo prazo para sua carreira.

Para os casos de research fellow vale consultar agências governamen-tais como Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (www.capes.gov.br), CNPq – Conselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico (www.cnpq.br) e FAPESP – Funda-ção de Amparo à Pesquisa do Esta-do de São Paulo (www.fapesp.br) em busca de bolsa ou alguma forma de incentivo.

Qualquer investimento financeiro que seja voltado para o aperfeiçoamento profissional é válido, mas também é preciso prever se o retorno virá em curto ou ao longo prazo. “Os bene-fícios vêm de acordo com o planeja-

Não se perca na traduçãoDominar a língua estrangeira em que será realizado o fellowship é um dos fatores fundamentais para garantir seu sucesso.

» Para os países de língua inglesa, são recomendáveis os exames de proficiência TOEFL ou IELTS.

» Para o idioma francês, é neces-sário o DALF (Diploma Apro-fundado em Língua Francesa), nível B2, no mínimo.

» Em espanhol, o exame de profi-ciência recomendado é o DELE (Diploma de Espanhol como Língua Estrangeira), nível C1, no mínimo.

“A participação de médicos estrangeiros eram rotina no serviço do Dr. Hwang. Algumas vezes tinham médicos dos cinco continentes.”

Dr. Alexandre Ordones e Dr. Peter Hwang

mento do aluno, em saber onde ele pode aplicar o que aprendeu e viven-ciou. Isso é muito importante, caso contrário as oportunidades passarão e o conhecimento se perderá com o tempo”, aconselha Dr. Felippe Félix,

“Todo investimento acrescenta na formação e traz um diferencial no mercado. O retorno financeiro se dá pelo reconhecimento técnico envolvido na atuação profissional”

Dr. Edilson Zancanella

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janeiro / fevereiro 2014 | www.aborlccf.org.br24 | Revista VOX OTORRINO

Carreira

Plan

ejam

ento

CustosColoque tudo no papel: material, mo-radia, celular e internet, comida, mer-cado e transporte. Não se esqueça de incluir os custos com passagens, visto, tradução juramentada de do-cumentos, seguro de saúde e exame de proficiência na língua.

VistoNão deixe para a última hora. Verifique qual categoria é necessária para o visto de entrada no país de destino. Atenção também com a renovação do passapor-te. A maioria dos países não aceita passa-portes a seis meses da data de expiração da validade, ainda que você vá passar apenas algumas semanas no país.

“Um bom fellowship deve apresentar algum tipo de diferenciação em cirurgias, procedimentos ou atendimentos que o profissional só encontrará lá. Nesse período, métodos didáticos devem ser usados para se aproveitar ao máximo a experiência”

Dr. Felippe Félix

fellowship bolsista do Instituto Geor-ge Portmann.

“Apesar de sairmos mais especializa-dos, temos um mundo a conquistar ainda”, ressalta Dr. Leandro Cas-tro Velasco, que se aplicou em um fellowship de dois anos na Faculda-de de Medicina da USP. “O aperfei-çoamento enriquece nosso conhe-cimento teórico-prático, nos torna mais confiantes e aptos a conduzir casos mais complexos, é claro, mas também precisamos conquistar a confiança dos pacientes e dos cole-gas médicos fora do nosso local de aprendizagem”.

Independente da escolha é fato que, apesar de o programa não propor-cionar nenhuma titulação, as novas realidades, tecnologia de ponta, o aprendizado de mais uma língua e, principalmente, a inclusão do nome de uma instituição internacional no currículo, fazem com que o fello-wship seja um objetivo perseguido por muitos. “A importância do fello-wship se traduz em vários aspectos. Desde diferentes condutas, acesso a novos protocolos e tecnologias a diferentes vivências na discussão de casos e padronização de serviços”, aponta Dr. Edilson Zancanella, que fez o seu em Medicina do Sono pela Academia Americana de Sono.

O crescimento profissional é mesmo o grande pulo do gato do fellowship.

Mas não basta boa vontade e pou-pança, alguns requisitos precisam ser observados para conseguir uma vaga. As exigências variam de acor-do com a instituição que a oferece, mas, de forma geral, incluem teste de proficiência no idioma, carta de apro-vação da instituição no exterior e a anuência do chefe do departamento da universidade à qual o médico está vinculado no Brasil.

Os alunos de fellowship precisam, ainda, estar cientes de que estarão dividindo a atenção do mestre com colegas do mundo todo. Dificilmen-

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25Revista VOX OTORRINO |janeiro / fevereiro 2014 | www.aborlccf.org.br

te haverá exclusividade. “Os estran-geiros levam tempo para começar a atender e realizar procedimentos” atesta Dr. Marco Aurélio Fornazieri, clinical observership no Smell and Taste Center da Universidade da Pen-silvânia, uma das 10 mais importan-tes universidades dos Estados Uni-dos e, por isso mesmo, com fellows concorridíssimos também entre os nativos.

De volta para a casaDepois de um aprendizado rico em experiências no exterior, é hora de colocar todo esse conhecimento em prática. E aí tem início um novo desa-fio. “Estou tentando implantar a rotina de médico americano com veio aca-dêmico, que concentra suas ativida-des no menor número de locais pos-sível e dedica pelo menos um dia a elaboração de trabalhos científicos”, conta Dr. Marco Aurélio, que vem conseguindo sucesso em seu méto-do. Mas quem volta à dura realidade tupiniquim tem um choque desani-mador. “É desagradável ver como es-tamos atrasados em relação a novas tecnologias, muito devido à política de saúde do país e às dificuldades impostas para que novos produtos cheguem aqui”, exemplifica Dr. Feli-

Carreira

Plano de SaúdeMédicos também ficam doentes. Não embarque sem um plano em mãos. Uma agência de viagens pode indicar um plano que caiba nos seus custos.

Chegue antesNão chegue ao país um dia antes do início de suas aulas, vá com alguns dias de antecedência para conhecer a cidade onde irá morar, se habituar ao ritmo do lugar, à cultura, às pes-soas e ao seu novo lar.

Onde morarO serviço de homestay, em casas de família, costuma ser mais econômico. Muitas vezes a própria universidade tem alojamento ou dá referências de bons lugares.

“Entre as vantagens do meu fellow, destaco a oportunidade de conhecer o funcionamento de um hospital de excelência americano.”

Dr. Marco Aurélio Fornazieri

ppe Félix. Mas o coro dos satisfeitos supera qualquer eventual frustração imposta pelas dificuldades cotidia-nas. “Minha experiência no fellow foi inesquecível. Só tenho a agradecer a experiência inestimável de aprendi-zagem”, reforça Dr. Leandro Velasco.

“Aprender técnicas diferentes e tra-zer para o seu dia a dia e para o Bra-sil, vivenciar o cotidiano de outros hospitais e serviços diferentes dos nossos, adquirir outros parâmetros de comparação com sua realidade, aprimorar o senso crítico, exercitar outra língua. São inúmeros os pon-tos positivos”, afirma Dr. Sandro Mu-niz. “E tem os amigos que fazemos”, complementa Dr. Edilson Zancanella. “Estabeleci contatos que mantenho até hoje, tanto que anualmente sou convidado para o Alumni do servi-ço durante o Congresso Americano de Sono”. “Acredito que todos os otorrinolaringologistas devem rea-lizar um estágio no exterior ou um fellowship. Além de aprender novas técnicas, conhecemos uma relação médico paciente diferente da nossa. É impossível não se sentir estimula-do para buscar o que há de novo na nossa área. E a experiência de vida é inesquecível!”, conclui Dr. Alexandre Ordones.

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janeiro / fevereiro 2014 | www.aborlccf.org.br26 | Revista VOX OTORRINO

EducaçãoContinuada

A otite externa necrotizante é uma infecção potencialmente letal que inicia no canal audi-

tivo externo e se estende a base do crânio. O objetivo do trabalho foi rea-lizar uma revisão sistemática das evi-dências científicas sobre otite externa necrotizante (maligna), com ênfase em dados epidemiológicos, critérios diagnósticos, protocolos de trata-mento e seguimento (1968 a 2011). Os resultados mostraram inexistên-cia de evidências de peso no que se refere a critérios diagnósticos, pro-tocolos de tratamento e seguimento de pacientes. Critérios não padroni-zados e empíricos são utilizados na prática clínica.

A revisão confirmou como fato-res de risco (não exclusivos) ser do sexo masculino, idoso e dia-bético.

Aspectos relevantes e preocupantes:1. Falta de prevenção primária na população de risco

2. Demora no encaminhamento do paciente para o especialista e início do tratamento

3. Mau uso de antibióticos (pro-blemas na identificação do agen-te bacteriológico, cepas resis-tentes)

4. Recorrências tardias

Providências:Os autores enfatizam a necessidade de educação médica com melhor di-fusão da informação disponível sobre a melhor forma de conduzir esta im-portante doença.

O que há de novo?

Caros colegas, esta seção da VOX Otorrino tem novidades para este novo ano. Além dos temas “O que há de novo nos últimos dois anos”,  teremos também artigos comentados por especialistas da nossa ABORL-CCF.  Mais ainda: serão apresentados algoritmos práticos de diagnóstico e tratamento das diver-sas doenças que acometem os pacientes no dia a dia do consultório do otorrino. Nesta edição, apresen-

tamos um primeiro artigo comentado sobre um tipo muito importante de otite externa:  a necrotizante ou maligna.  Trata-se de uma revisão sistemática sobre o tema. O verão é uma época em que as otites externas ocorrem com maior frequência, sendo que, na maioria das vezes, os agentes etiológicos, tanto bacterianos como fúngicos, são de fácil diagnóstico e tratamento.  Contudo, especial atenção deve ser dada aos pacientes que não evoluem bem, especialmente se mais idosos e diabéticos. Boa leitura.

Dr. Renato Roithmann Presidente da Comissão Educação Médica

Continuada da ABORL-CCF

Otite externa necrotizante: Revisão sistemática

Mahdyoun P et al. Otol Neurotol 34:620-29,2013. Nice University Hospital, Nice, France.

Renato Roithmann

Professor de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade Luterana do Brasil. Associate Scientific Sta-ff, Departamento de Otorrinolaringologia,

Mount Sinai Hospital, Toronto, Canadá.

Felippe Felix

Medico Assistente do HUCFF-Universidade Federal do Rio de Janeiro e do HSE- RJ, Mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Revista VOX OTORRINO |

EducaçãoContinuada

Discussão:Apesar de poder ocorrer em pacien-tes mais jovens e não diabéticos, o paciente típico costuma ser do sexo masculino, idoso e diabético. Imu-nodeprimidos (ex: HIV) também são considerados de risco entre outros estados de imunossupressão. Os sintomas/sinais clássicos iniciais são otalgia e otorréia. Mais específico é a presença de tecido de granulação ou pólipo no assoalho do canal au-ditivo externo pela osteíte subjacen-te, e comprometimento de nervos cranianos pela necrose e neuroto-xinas liberadas pelo Pseudomonas aureginosa. Porém 75% dos autores consideram como critério mandató-rio para o diagnóstico, a resposta ao tratamento empregado. Contudo, a revisão evidenciou que na prática clínica, demora, em média, cerca de 70 dias para que o diagnóstico seja estabelecido. A bactéria mais fre-quente é o Pseudomonas auregino-sa (76.2%), ainda sensível ao cipro-floxacino na maior parte dos casos. Assim sendo, o uso de antimicro-bianos de maior espectro como a ceftazidime não deveria ser a regra. Diante da suspeita clínica, imagem é comumente utilizada para confirmar o diagnóstico. A mais utilizada é a tomografia computadorizada com contraste (TC), porém a cintilografia com tecnécio (Tc99) pode mostrar

osteíte em estágios bem iniciais da doença, antes mesmo da erosão óssea aparecer na TC. O acompa-nhamento pode ser feito com cinti-lografia com Gálio (Ga67), embora não tenha evidência científica com-provando tal ato. A ressonância magnética é ainda mais eficaz em demonstrar a extensão da doença em direção ao apex petroso, partes moles mais profundas da cabeça e pescoço e estruturas intracranianas.

Tratamento e Desfechos: Drogas antipseudomonas são man-datórias para o sucesso do trata-mento. As mais utilizadas são o ciprofloxacino e a ceftazidime. Mui-tos têm utilizado a combinação das duas, em função do aumento da resistência bacteriana do pseudo-monas aureginosa ao ciprofloxaci-no. O mais correto seria o exame bacteriológico com a determinação das concentrações inibitórias míni-mas. Considerando que existe os-teomielite associada, o tratamento deveria se estender por seis sema-nas ou mais. Cirurgia extensa de base de crânio tem sido abando-nada em função da efetividade dos antimicrobianos antipseudomonas. Debridamento cirúrgico local sob anestesia geral ou não, permite aná-

lise histológica e também microbio-lógica (diagnóstico diferencial). Te-rapia com oxigênio hiperbárico tem sido pouco utilizada. Mesmo sem um protocolo estabelecido e inter-nacionalmente aceito de tratamento, as taxas de cura ficam em torno de 87-100% quando bem orientados. O paciente deve ser acompanhado por um longo período para comprovar a cura e a parada no antimicrobiano. A taxa de recorrência fica em torno de 9,6%. Os estudos salientam que todos os resultados acima descritos vêm de estudos com baixo nível de evidência científica. Portanto, ainda não existe um protocolo internacio-nalmente aceito de diagnóstico, tra-tamento e follow-up.

Medidas de prevenção primária devem ser adotadas nos grupos de risco. Diabéticos devem evitar exposição a água nas orelhas e/ou trauma na orelha externa (ex: auto-limpeza ou manobras iatrogênicas). Em tese, da mesma forma como se orienta prevenção do pé diabético, deveria se prevenir as complicações da orelha do diabético. Pacientes com otite externa, sem melhora em 48-72 horas com os tratamen-tos usuais, devem ser reavaliados. Biópsia pode ser necessária para afastar outras possiblidades diag-nósticas (carcinoma de conduto au-ditivo externo, por exemplo).

NOVO BJORLAgora editado pela Elsevier

BRAZILIAN JOURNAL OF OTORHINOLARYNGOLOGYVOLUME 79, NUMBER 6 – NOV/DEC, 2013

IMPACT FACTOR 2012: 0.545© THOMSON REUTERS JOURNAL CITATION

REPORTS, SCIENCE EDITION (2012)

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Gestão RH

Não importa o tamanho, em-presas de todos os portes já compreenderam que para sobreviver é preciso profis-

sionalizar. Neste cenário, é preciso deixar de lado a pessoalidade do ne-gócio. É o famoso “amigos, amigos, negócios à parte” posto em prática. Na empresa, todos têm um papel a desempenhar. Funções e atribuições precisam ser claras para que as co-branças por resultados sejam efetivas. Mas, às vezes, isso não é o suficiente, e o funcionário precisa ser chamado para uma conversa. Para o chefe, esta

é uma oportunidade de correção de trajetória, de reconhecimento de de-sempenho e mesmo de orientação. Para o funcionário, porém, a percep-ção é uma só: lá vem bronca.

Esta conversa para acertar rumos é chamada de feedback e não neces-sariamente deve ser encarada como crítica. O palestrante e consultor or-ganizacional Eduardo Shinyashiki defende que há um equívoco nessa conceituação. “O feedback não de-veria ser visto como uma ferramenta de gestão, mas como princípio de

aprimoramento pessoal e profissio-nal. É a forma de passá-lo que deter-minará quais efeitos ele deve produzir no negócio”, diz.

Quando o feedback é transmitido de forma incorreta, a conotação de bronca é quase sempre inevitável. Mas a ferramenta em si é positiva. “O contexto e a forma como ele é dado o tornam negativo. Eu posso dizer ‘eu te amo’ a alguém, mas posso fazê-lo de forma tão insignificante que isso produzirá um efeito contrário”, com-para Shinyashiki.

Precisamos conversar...Se fosse um relacionamento afetivo, seria o momento da temida DR. Mas não é o caso. A convocação acima é comum (ou, ao menos, deveria ser) em empresas de todos os setores, inclusive o de saúde. Não tenha medo de chamar seu funcionário para uma conversa. Todos saem ganhando com essa atitude.

Por Sheila Godoi

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Dicas para uma conversa produtiva Evite comparações entre funcionários

Não faça julgamentos caracterizando o funcionário como descompromissado, incompetente ou irresponsável

Deixe claro quais são as atribuições e responsabilidades do funcionário e evite cobranças indevidas

Não faça críticas em público

Mantenha a calma durante a conversa para que o funcionário possa se fixar no conteúdo e não na forma

Seja específico em relação ao erro apontado

Evite expressões que não ajudam o funcionário a entender onde errou, como “faltou brilho nos olhos”, ou “vejo que não deu o seu melhor”

Observe o perfil psicológico e o histórico do colaborador antes de começar a conversa

Prepare-se com fatos e argumentos

Não guarde broncas antigas

Fonte: Profissional & Negócios

Gestão RH

É importante lembrar também que o fe-edback tem um dono: a chefia imediata. Não adianta dar a função a alguém que não acompanha a área de atuação da-quele colaborador ou que está no mes-mo nível hierárquico que ele.

Outra regra máxima é a especifici-dade desse retorno dado ao funcio-nário. “Tem que ser pontual – se a pessoa fez algo positivo, você elogia, mas não o tempo todo, e da mesma forma se ocorre o oposto. Nunca pode ser genérico. Tem que ser liga-do a um fato concreto e específico”, orienta Djair Picchiai, professor da Escola de Administração de Empre-sas de São Paulo da Fundação Getú-lio Vargas (FGV-EAESP).

A descrição do fato sobre o qual gira o feedback é importante para situar o funcionário e orientar a correção. “É preciso descrever para que ela mesma possa julgar. Eu não posso julgar a pes-soa, nem afetar o seu emocional”, pon-tua Picchiai. Sandra Oliveira, diretora de treinamentos da Dale Carnegie Training São Paulo e consultora na área de de-senvolvimento comportamental, exem-plifica a colocação do colega: se o mé-dico pede à recepcionista da clínica que atenda ao telefone até o terceiro toque e ele percebe que isso não está acon-tecendo, tem que corrigi-la, mas com

“Se omitir é um erro. Dar feedback mostra que a pessoa é importante.”

Djair Picchiai, professor da FGV-EAESP

“O feedback não deveria ser visto como uma ferramenta de gestão, mas como princípio de aprimoramento pessoal e profissional.”

Eduardo Shinyashiki, palestrante e consultor

organizacional

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Gestão RH

evidências, que, nesse caso, seriam dias, horários, frequência... “É diferente de falar: ‘você não atende ao telefone como deveria’ ou ‘toda hora o telefone está tocando’. Essas expressões não se configuram como evidências.”

A mesma regra da descrição vale também para os elogios e há, inclu-sive, um adendo: quando a pessoa tem um alto desempenho, ela tam-bém deve ser perguntada sobre quais caminhos usou para conseguir tal de-sempenho. “Isso reforça sua capaci-dade”, complementa a consultora.

Conversa agendadaOs especialistas concordam que o feedback precisa ser dado de for-ma objetiva. Não adianta identificar uma situação-problema e deixar para resolvê-la duas semanas depois. Shinyashiki explica que quando uma criança comete um erro, por exemplo, a orientação é que ela seja corrigida naquela hora. Com os adultos, a lógi-ca é a mesma. “Quando há algo erra-do, deve ser evidenciado no momen-to em que está acontecendo, pois a pessoa está no sentimento da ação e o gestor dará a ela a consciência. Não se deve ser condescendente nesses casos”, informa o consultor.

Sandra defende que haja também uma periodicidade padrão para uma con-versa individual com os colaboradores do consultório. A dica da especialista é a realização de reuniões mensais, com uma lista de ações e objetivos a serem validados. “É preciso verificar se foi feito dentro do prazo e com quali-dade, ou seja, se o colaborador obteve

“Para se reconhecer a pessoa, é preciso destacar primeiro a qualidade. Em seguida, é preciso dar uma evidência, perguntar a ela como se faz para conseguir esse desempenho.”

Sanda Oliveira, diretora de treinamentos da Dale Carnegie Training São Paulo

Técnica do SanduícheAlvo de muitos estudos na área de gestão de pessoas, a “Técnica do Sanduíche” envolve três principais passos, em alusão ao formato do lan-che. “A parte desconfortável – destinada a falar do comportamento – é o recheio. As fatias dos pães representam a confiança na mudança desse comportamento”, explica o consultor Eduardo Shinyashiki.

» Primeiro fale das coisas boas da pessoa, daquilo que ela é real-mente. Enfatize as características e valores.

» O segundo ponto é o comportamento. É nessa etapa que en-tram os apontamentos dos erros. É a hora de dizer: “Em determi-nado momento, você teve uma atitude impessoal com o paciente ao agir de tal forma”.

» A etapa conclusiva é a do direcionamento e motivação para o funcionário.

100% de aproveitamento. Caso isso não tenha ocorrido, é preciso identifi-car porque não foi feito e se houve al-gum problema no desenvolvimento do funcionário”, detalha.

Há muitas técnicas e modelos que orientam esse papo. Mas o professor Picchiai garante: não existe uma re-ceita de bolo, pronta e universal. É a vivência que faz essa relação de con-fiança e reciprocidade se desenvol-ver. No geral, deve-se partir dos pon-tos positivos, passar pelos negativos e fechar a conversa com sugestões também positivas. Isso, para gerar motivação ao funcionário. Sandra ex-plica que há três erros muito comuns no processo de feedback: o primeiro é ir à reunião sem se preparar com evidências; o segundo é não seguir a ordem de informações (fechamen-

to do ciclo com pontos positivos); e o terceiro é o uso excessivo da pala-vra você. “Por exemplo, se o médico pede um relatório diário da relação de pacientes que compareceram ao consultório. Em um dia, o responsá-vel esquece um nome. Depois, isso se repete... A maneira mais adequa-da de falar é ‘estamos aqui, porque há um erro no relatório’ e não ‘você entregou a lista com erro’. Isso aju-da a não levar a correção para o lado pessoal”, informa.

Também é válido buscar informações em cursos especializados de gestão hospitalar. O médico precisa partici-par e desenvolver questões de rela-cionamento interpessoal, liderança, comportamento organizacional, ges-tão de pessoas, entre outras. Afinal, sua clínica é uma empresa.

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Opinião

Olá, Doutor!

Você já parou para pensar o quanto é im-portante treinar adequadamente suas se-cretárias?

As secretárias são consideradas um dos cartões de visita de nosso consultório, sendo um dos primeiros profissionais com quem o paciente tem contato em um ser-viço de saúde. Por isso, é fundamental que cause uma primeira impressão positiva para, dessa forma, alcançarmos a satisfa-ção de nosso paciente.

Como líderes de uma equipe, mesmo que de uma pessoa só, temos que conhecer suas necessidades e anseios, mantendo--a motivada, em desenvolvimento cons-tante, inspirada e, acima de tudo, treinada para oferecer um atendimento de alto nível ao paciente. Dicas simples como esclare-cer para todos da equipe qual é a missão, a visão e os valores do profissional ou da clínica, assim como deixar claro que o foco principal é atingir e, se possível, superar a expectativa do cliente, já podem produzir grandes resultados.

Ter uma equipe de alto nível implica orientá--la sempre sobre como receber o paciente--cliente com um sorriso no rosto e demons-trar cortesia da melhor forma possível. Por exemplo, após fazer o cadastro para tornar a espera pela consulta mais confortável, é indicado oferecer água ou café, assim como acomodá-lo em um assento e indicar onde estão as revistas para seu entretenimento. Em relação à apresentação pessoal, mes-mo que algumas orientações nos pareçam óbvias, elas devem ser educadamente transmitidas à equipe. Devemos orientá-la em relação ao uso de roupas adequadas, à necessidade do uso de uniformes em al-gumas situações, sobre a manutenção de uma boa higiene pessoal, sobre a inadequa-ção do uso exagerado de perfumes, quanto ao desconforto causado pelo odor de cigar-ro e sobre o quanto a conservação dos den-tes. Mascar chiclete durante o atendimento então, nem pensar!

Devemos ainda orientar nossa equipe a evitar conversas inapropriadas na frente de pacientes e acompanhantes. É importante também não iniciar assuntos que possam ter um tom de fofoca ou gerar polêmicas como, por exemplo, problemas de saúde, religião, política, entre outros. Ter bom senso é fundamental.

Vale lembrar que quase sempre o primeiro contato do paciente com sua clínica é por telefone. Oferecer treinamento para falar ao telefone, mostrando a importância de um cordial cumprimento e a forma correta de apresentar ao cliente seu currículo e ser-viços é uma regra importante. Em tempos de comunicação pela internet, é da mesma forma importantíssimo ensinar e criar junto com sua secretária mensagens padroniza-das e regras simples de como escrever um bom e-mail.

Nosso papel como motivador da equipe não deve ser esquecido. Fazer elogios faz parte dessa estratégia, lembrando que quando feitos em público, podem ganhar propor-ções maiores e produzir efeitos importantes. Por outro lado, as críticas construtivas são também importantes e por vezes necessá-rias, mas essas jamais devem ser feitas na frente de pacientes e acompanhantes.

Para atingir um bom nível de atendimento, devemos planejar um treinamento curto pe-riodicamente. Sugiro uma boa conversa de cerca de duas horas, com a equipe reunida, pelo menos a cada dois meses. Sempre du-rante o expediente ou mediante pagamento de hora extra. Vale aproveitar esses momen-tos para introduzir novos conceitos, firmar pontos importantes, dar e receber feedback da equipe. Um curso maior e bem estrutu-rado pode ser oferecido a cada seis meses.

Por fim, deixar claro qual a importância da equipe no processo de oferecimento de um atendimento de alto nível levará ao maior com-prometimento de todos e uma maior chance de atingirmos nosso objetivo principal: o en-cantamento de nosso paciente-cliente!

Bom treinamento e forte abraço a todos!

A importância do treinamento das secretárias

Dr. Bruno Rossini

Mestre em Otorrinolaringologia pela Escola Paulista de Medicina

Fundador do Eleva Saúde (www.facebook.com/ElevaSaude)

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Perfil

Na medicina, ele encontrou a técnica; na poética, a inspiração. Entre a cirurgia e a literatura, Dr. Nilvano Andrade encontrou sua paixão.

Por Sheila Godoi

Dr. Nilvano Andrade é um ad-mirador assumido. Admira-dor das palavras, da arte, da literatura e música. Médico

otorrinolaringologista e biólogo por for-mação. Poeta e compositor por hobby. Ele fez da Bahia o enredo para o seu trabalho na medicina e nas artes.

Seguiu a otorrino ao se espelhar no pai, o também médico Dr. Otaviano Dorea de Andrade, e encontrou na mãe, a professora de música e piano Nildete Alves de Andrade, a inspiração neces-sária para imprimir no papel os próprios sentimentos. “Não tenho a menor dú-vida que meu pai foi a minha base de sustentação na otorrinolaringologia. O fato de tê-lo na mesma especialidade favoreceu a transmissão e compartilha-mento de vivências. Hoje, espero que

possa transmitir a meu filho, José An-drade, também otorrinolaringologista, o mesmo apoio que recebi durante os anos que meu pai esteve ao meu lado”, diz sobre a carreira médica.

Já na literatura, Andrade conta que os primeiros versos foram registrados na adolescência. “Na época, havia uma grande mudança na apresentação da escrita. O poema contemporâneo dei-xava a forma canônica e passava a ex-pressar o pensamento de sua geração e seus conflitos”, recorda. “Minha família, sempre me apoiou, mesmo vendo que tudo não passava de um rascunho diá-rio poético”, afirma.

As referências literárias se misturavam com a música e o resultado não pode-ria expressar outro sentimento, senão o de paixão por criar. Carlos Drummond

Admirador das palavras

“Escolhi medicina porque trouxe para mim uma conjunção entre o trabalho humanista do médico e a arte da música de minha mãe”

Dr. Nilvano em noite de autógrafos na Livraria Saraiva de Salvador

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Perfil

de Andrade, Cecília Meireles, Rubem Braga, Fernando Pessoa, Jorge Ama-do, Ariano Suassuna... O contato com a produção de autores clássicos da li-teratura brasileira fizeram de Dr. Nilvano um poeta. Mas não foram os únicos. “A força da música dos Beatles, Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil trouxe para o poema uma retroalimen-tação. Assim, por sua forma, o poema caminhava para a música”, descreve o médico.

Desde 1981, Andrade já publicou cinco livros, todos associados a exposições de peças de arte e pinturas, com lan-çamento em escolas de artes plásticas, museus, shoppings, livrarias. A segun-da edição do Canoa de Vidro, publica-ção mais recente, contou com a apre-sentação de um recital e música ao vivo, com letras de própria autoria, no Museu Rodin Bahia.

Nesses anos todos, muita coisa mudou. O mundo ficou mais ágil e as pessoas foram cercadas de informações. Para acompanhar a evolução tecnológica, o escritor tratou logo de entrar nos meios digitais, ao disponibilizar uma versão gratuita de e-book para a App Store de seu último lançamento.

Recentemente, Dr. Nilvano também tem reservado um tempo para compor letras musicais. “Estou finalizando o terceiro CD, com músicas de diferentes estilos e interpretadas por diversos cantores de expressão nacional”, conta. E adianta que em breve terá novidades para apre-sentar: “Estou trabalhando em um livro que deve ter o título de ‘Verdes Azuis’”..

O trabalho é intenso no hospital...Apesar de todo o tempo dedicado à pro-dução artística, Dr. Nilvano Andrade man-tém uma rotina intensa para as atividades médicas. E não é de hoje que ele se desdo-bra para cumprir a agenda profissional. “Fiz os dois cursos em paralelo. Me formei em biologia em 1980 e em medicina em 1982. Esta vivência me fez conhecer o ciclo bioló-gico como um todo”, explica. A residência médica em otorrinolaringologia foi realizada no Hospital Ibirapuera, em São Paulo.

Além de atender em consultório parti-cular, atua como coordenador do pro-grama de residência medica e chefe do serviço de otorrinolaringologia do Hos-pital Santa Izabel - Santa Casa de Mi-sericórdia da Bahia, é professor adjunto de ORL da Fundação para o Desenvol-vimento das Ciências – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e participa de atividades sociais na área de saúde.

Quando presidente da Sociedade de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Ca-beça e Pescoço do Estado da Bahia (SOESBA), recorda de um mutirão realizado na cidade de Porto Seguro. “Convidamos diversos serviços de otorrinolaringologia do país, que en-viaram residentes para o atendimento à população carente. Em três meses, foram mais de 4 mil procedimentos, entre clínicos e cirúrgicos. No ano se-guinte, realizamos um congresso a partir dos dados colhidos no mutirão. As dificuldades foram gigantescas.”

Momentos especiais» Concluiu o curso de medicina em 1982, pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde

Pública, da Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências

» Em 2005, foi empossado como presidente da Sociedade de Otorrinolaringologia e CCP do Estado da Bahia (SOESBA);

» Dirigiu a Academia Brasileira de Rinologia entre 2009 e 2011;

» Como reconhecimento do trabalho desenvolvido, em 2008, deu nome ao serviço da es-pecialidade do Hospital Santa Izabel: Unidade de Otorrinolaringologia Nilvano Andrade

“O poeta é um fingidor. Finge tão completamente. Que chega a fingir que é dor. A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve. Na dor lida sentem bem.”

Fernando Pessoa citado por Nilvano Andrade

Ao lado de Aldo Stamm, inauguração da Unidade de ORL que leva seu nome, no

Hospital Santa Izabel

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Perfil

O dia a dia exige perseverança. Na avaliação do médico, a otorrinolaringo-logia é uma especialidade, como tan-tas outras da medicina brasileira, em que é necessário vencer as dificuldade oferecidas, pela falta de planejamento, má gestão de recursos e uma política de saúde inadequada às demandas da população. “Hoje, a ORL brasileira é respeitada em todo o mundo. Exercer esta especialidade significa trabalhar com os principais órgãos dos sentidos e sistemas vitais do nosso organismo. Cada vez mais resoluta e avançada, na abordagem clínica e cirúrgica, a ORL tem acesso fronteiriço com diversas especialidades, gerando assim uma ação multidisciplinar”, analisa.

Para ele, o maior desafio da carreira foi criar o primeiro programa de ORL da Bahia, implantado no serviço do Hos-pital Santa Izabel – Santa de Misericór-dia Casa Bahia, em 1992. Depois, foi necessário ampliar o número de pre-ceptores, implementar a sistematiza-ção do aprendizado da especialidade e gerar um espaço dentro do hospital para a construção de um centro de es-tudos e pesquisas. “Hoje com mais de 60 residentes formados nos 22 anos de programa, tenho orgulho de ter for-mado um grupo de jovens otorrinola-ringologistas, preceptores, que forma-rão novos especialistas. Tenho certeza, que todas as nossas conquistas foram uma consequência deste primeiro de-safio”, diz com satisfação.

“Seguir pensamentos como o do Saint-Exupéry – ‘As sementes são invisíveis. Elas dormem no segredo da terra até que uma cisme de despertar’ – favorece o plantio de novos pensamentos que depois nascem como poemas. Logo as ‘paixões’ não são paralelas, mas apenas um exercício de plantar ideias e sentimentos”

Livros publicadosSão cinco as obras assinadas por Nilvano Andrade, todas misturando prosa e poesia:

Cristãdor – 1981

Pássaro Silente – 1987

Olhos de prata – 1989

Canoa de vidro – 2007

Canoa de vidro 2ª edição – 2010

O que era apenas um diário poético adolescente se transformou em atividade de corpo e alma

O otorrino em ação durante campanha da Sociedade Brasileira de Rinologia

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TítuloEspecialista

A prova de Título de Especialista terá 293 candidatos neste ano. Aumento de 20% em relação aos anos anteriores.

Uma prova completamente re-formulada, totalmente digital e em apenas um dia, assim será o exame teórico-prático

para obtenção do Título de Especia-lista em Otorrinolaringologia a partir de 2014. O nível de excelência na confecção da prova nos últimos anos culminou numa procura recorde para o exame deste ano. São 293 inscritos, um aumento de até 20% em relação aos anos anteriores. “A residência em otorrino é muito disputada e o candi-dato que chega para a prova do título já passou por uma peneira natural, porque tem que ter feito residência ou estágio em serviço reconhecido pelo MEC ou pela ABORL ou, no mínimo, seis anos de experiência comprova-da na especialidade. O aumento do número de candidatos reflete o cres-cimento da categoria e confere ain-da mais importância à necessidade do título”, diz Dr. Leonardo Haddad, presidente da Comissão de Título de Especialista da ABORL-CCF.

O modelo digital do exame é um evi-dente ganho logístico que permitiu unificar o exame teórico e prático em apenas um dia (até 2013 eram dois dias de provas), garantindo economia e comodidade tanto aos candidatos quanto à comissão, que cede seu tempo voluntariamente. “Ao término da prova teórica, realizada de manhã,

Recorde de inscritos

o candidato sairá com suas respos-tas impressas. O gabarito oficial será publicado pouco tempo depois no site da ABORL-CCF, o que permitirá ao candidato conferir seu índice de acertos. Já a prova prática será cor-rigida exclusivamente pela comissão, conferindo mais agilidade ao proces-so”, explica Dr. Leonardo.

O candidato ao Título de Especialista tem que ter feito residência ou estágio em serviço reconhecido pelo MEC ou pela ABORL ou, no mínimo, seis anos de experiência comprovada na especialidade.

Dr. Leonardo Haddad: candidato à prova do título já passou por uma peneira natural

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Título de Especialista

A prova teórica terá 100 questões e quatro horas de du-ração. Os candidatos podem responder as questões em qualquer ordem e modificar suas respostas até o limite de tempo do exame, quando a prova será encerrada au-tomaticamente. Já para a prova prática será destinada uma hora, na qual as questões serão apresentadas se-

Ao término da prova teórica o candidato sairá com suas respostas impressas. O gabarito oficial será publicado pouco tempo depois no site da ABORL-CCF

quencialmente na tela do computador sem a possibili-dade de o candidato voltar às questões anteriores para responder, corrigir ou acrescentar respostas.

Os gabaritos oficiais finais e a relação dos aprovados se-rão divulgados a partir de 16 de abril de 2014, no site da Associação: www.aborlccf.org.br.

Manual do candidato: dicas preciosas para um dia importante!» A Comissão de Título de Especialistas recomenda que o candidato vá ao local da prova de táxi ou

transporte público. O estacionamento abre apenas às 7h30, não é subsidiado, e o excesso de carros para manobrar pode acarretar atraso para o candidato.

» A prova teórica começará impreterivelmente às 8h30. A comissão de Título de Especialista solicita que o candidato esteja no local até as 8 horas, munido de CRM e RG.

» A prova prática terá início pontualmente às 15h, e os candidatos devem se apresentar até as 14h30.

» O crachá de identificação será retirado no local.

» As canetas serão fornecidas exclusivamente pela Comissão de Título de Especialista.

» As salas de exames precisam estar refrigeradas por causa dos equipamentos. Recomenda-se levar um agasalho.

» Evite levar bolsas grandes e mochilas, pois o espaço na chapelaria é limitado e não será permitida a entrada na sala de exames.

» Será fornecida água, barra de cereais e chocolate durante a prova teórica. Não é necessário levar lanche. A ABORL-CCF fornecerá o almoço e não será permitida a entrada de alimentos e bebidas na sala de exames da prova teórica.

» Por se tratar de um modelo novo de exame, a Comissão de Título encaminhará com antecedência, uma breve apresentação, via e-mail, a cada candidato, explicando a dinâmica da prova.

Serviço: Data: 22 de março de 2014 Horário: 8 horas

Local: Centro Fecomércio de Eventos Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 1º andar – Bela Vista

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Revista VOX OTORRINO |

Avaliação objetiva

Mais de quatrocentos resi-dentes e especializandos participaram, em fevereiro, da prova de avaliação de

R1 e R2, que acontece anualmente para médicos que estejam no primei-ro ou segundo ano de residência em otorrinolaringologia.

A novidade deste ano foi a redução no número de questões, que caíram de cem para 80. De acordo com o presidente da Comissão de Título de Especialista, Dr. Le-onardo Haddad, a meta era tornar a ava-

liação mais objetiva. “A prova ficou mais rápida e enxuta. Com isso, eliminamos muitas dúvidas dos candidatos”, informa.

A comissão é responsável pela ela-boração do teste, que começa a ser preparado com um ano de antece-dência. “Apesar de não ter o mesmo formato que a prova de Título de Es-pecialista, esse teste tem questões semelhantes. Assim, conseguimos fazer com os candidatos saibam quais são suas próprias deficiências e a sociedade identifique as deficiên-cias dos serviços”, detalha Haddad.

A prova foi realizada nas cidades de Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Do total de especializandos inscritos, quase metade realizou o exame na capital paulista. Veja o que disseram alguns candidatos que passaram pela avaliação:

“Achei a prova boa e com dificulda-de média. O nosso serviço tem foco direcionado à teoria e nos prepara bem”, Dr. Luan Amaral Moletta, R1, da Fundação do ABC, em São Ber-nardo do Campo (SP).

“Costumo estudar todos os dias des-de a faculdade. No serviço, temos três provas por ano e seminário toda ter-ça-feira. Achei a prova de R2 mais fá-cil que a de R1”, Dr. Frederico Santos, R2, da Othorinus, em São Paulo (SP).

“A avaliação estava dentro das minhas expectativas. Foi um exame bastante sucinto e objetivo”, Dra. Raíssa Ferreira Gonçalves, R1, da Faculdade de Medi-cina do ABC, de Santo André (SP).

“A prova foi bem objetiva. Em Brasília, participo do Reune, uma parceria entre alguns serviços para a realização de ati-vidades científicas. Isso contribuiu muito”, Dra. Juliana Pontes, R1, do Hospital das Forças Armadas, em Brasília (DF).

As provas de R1/E1 e R2/E2, que aconteceram em fevereiro, sofreram mudanças e agora estão mais curtas e objetivas.

Por Sheila Godoi

Prova deR1 e R2

Créditos futurosAs provas de residentes também somam pontos na nota da prova de Título de Especialista. A regra funciona assim:R1/E1: 50% de aproveitamento = 0,2 pontosR2/E2: 70% de aproveitamento = 0,2 pontos

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Campanhada Voz

ABLV se prepara para o Dia Mundial da VozConsagrada, campanha chega à 16ª edição com foco para os cuidados necessários ao diagnóstico precoce do câncer de laringe.

Por Sheila Godoi

O ex-presidente Lula, o astro hollywoodiano Michael Dou-glas e até o ex-Beatle George Harrison, entre outros nomes...

Não são poucos os casos de câncer de laringe no mundo. Só no Brasil, são es-timados cerca de oito mil novos casos da doença por ano, uma das mais altas taxas de incidência, de acordo com Ins-tituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva.

Apesar do número alarmante, a expec-tativa é positiva, na avaliação do espe-cialista e presidente da Associação Bra-sileira de Laringologia e Voz, Dr. Antonio Lobo. “A boa notícia é que a incidência tem diminuído nos últimos 20 anos e admite-se que o esclarecimento da po-pulação, por meio de campanhas, tem contribuído de forma substancial para que isso ocorra”, informa.

Projetos de conscientização têm colabo-rado de forma significativa para o diag-nóstico precoce e a consequente redu-ção na taxa de incidência de câncer de garganta no país. Não é a toa que, neste ano, será comemorada a 16º edição da Campanha Nacional da Voz, data já consagrada para ações de prevenção a doenças relacionadas à voz e à laringe. Desde 1999, o projeto vem ganhando espaço entre a população e a grande imprensa por sua relevância na educa-ção para a saúde. E em 2003, ganhou ares internacionais, com a instituição do Dia Mundial da Voz.

A data reservada para as ações educati-vas é 16 de abril. Esse é um dos projetos

mais importantes na área que ganhou notoriedade fora do país, segundo o co-ordenador nacional da campanha, Dr. Gustavo Korn. “Por meio de ações de orientação e conscientização, a Cam-panha da Voz promove um processo de sensibilização em relação aos cuidados com a voz. A iniciativa tem por finalida-de reforçar essa mensagem constante-mente. A cada ano, nossa campanha é um tijolo na grande construção que es-tamos desenvolvendo”, compara.

Os médicos podem colaborar informan-do-se e transmitindo conhecimentos so-bre o projeto no próprio consultório, nos serviços em que trabalham, em campa-nhas, quando solicitado na mídia, etc. “O Dia Mundial da Voz é um lembrete para ações que o médico já assume na sua rotina profissional diária”, pontua Lobo.

ProgramaçãoUma série de ações para a divulgação está programada para os 16 anos da campanha, entre elas: troca de experiências relativas ao Dia Mundial da Voz com sociedades internacionais; divulgação para sociedades de ORL esta-duais, serviços e hospitais que atuem na área da laringologia e cirurgia de cabeça e pescoço, estimulando o desenvolvimento de ações locais; difusão do evento para outras entidades que congregam profissionais da voz como cantores, atores, locutores, radialistas, etc.

A ABLV estuda, atualmente, a exposição de um inflável gigante em formato de laringe para visitação do público: “Nosso projeto prevê ainda a atualização do material de divulgação disponibilizado no site da Academia e a viabilidade de associar a exposição a um evento artístico que possa adquirir projeção na mídia e, assim, atingir um maior número de pessoas”, diz Dr. Antonio Lobo.

Leia no BJORL, volume 79, editorial assinado pelo Dr. Gustavo Korn sobre os resultados de ações da Campanha Nacional da Voz.

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Four Otology

Acontecerá em Salvador, de 10 a 12 de abril, a 16ª edição do Four Otology, o tradicional en-contro científico da Sociedade

Brasileira de Otologia. A escolha pela ca-pital baiana tem um motivo especial: é a terra do homenageado desta edição, Dr. Hélio Lessa. “O nosso querido professor foi presença constante nas atividades da SBO e a presidiu no ano de 1993. Com seu carisma, cordialidade e características agregadoras, foi a pessoa que represen-tou melhor a Bahia durante tantos anos na otologia brasileira, declara Dr. Paulo Laza-rini, presidente da SBO e do Four Otology,

Esta edição conta com uma grade bas-tante diversificada. Na presidência da co-missão científica do evento, Dr. Marcelo Tepedino explica a abrangência dos te-mas, passando pelas cirurgias dos ouvi-dos externo e médio, que acontecem co-tidianamente, até os implantes cocleares, cuja procura cresce exponencialmente. A otologia permite hoje que, por meio dos implantes cocleares e de tronco cerebral, pessoas completamente surdas possam voltar a escutar. A especialidade tem o principal papel de melhorar a qualidade de vida das pessoas”, afirma.

Convidados internacionaisNeste ano, o Four Otology traz prestigia-dos convidados internacionais que devem contribuir para o enriquecimento científico de todos os presentes.

Dr. Bruce J. Gantz, professor e chefe do Departamento de ORL da Universida-de de Iowa (EUA), recebe brasileiros em busca dos cursos organizados por sua instituição há mais de 20 anos. Atuante pesquisador e cirurgião, ele falará sobre implantes cocleares híbridos, preserva-ção da audição em cirurgia do schawan-noma vestibular e reconstrução em tim-panomastoidectomias, além de participar de mesa-redonda sobre paralisia facial.

Já o Dr. Thomas Lenarz, diretor da Clinica Otorrinolaringológica da Escola de Medi-cina de Hannover (Alemanha), é bastante conhecido em todo o mundo por sua in-tensa atuação na especialidade, divulgan-do a cirurgia otológica e da base do crânio em cursos transmitidos via internet. Co-manda um grupo de 35 especialistas em Hannover e sua área de atuação é o diag-nóstico e tratamento da deficiência audi-tiva. Sua palestra vai se basear na atuali-zação em implantes cocleares; implantes de orelha média e de tronco encefálico

Em abril tem o Four Otology. Não perca!O evento chega à sua 16ª edição com importantes debates sobre o avanço da especialidade e palestrantes estrangeiros renomados.

Por Sheila Godoi

além de participar de uma mesa-redonda sobre deficiência auditiva sensório-neural.

O evento terá ainda a presença do Dr. Vincent Darrouzet, chefe do Serviço de Otorrinolaringologia - Departamento de Cirurgia da Base do Crânio no Hospital Universitário de Bordeaux . Expert em otoneurocirurgia esteve no Brasil no pas-sado e é lembrado por suas excelentes apresentações. Para o Four Otology, ele irá apresentar temas como a deiscência de canal semicircular superior; acesso retrolabiríntico em tumores de fossa pos-terior e novo método para diagnóstico da Doença de Meniere.

Segundo Dr. Paulo Lazarini, todos es-tes nomes são líderes em suas áre-as de pesquisa e trarão um grande diferencial ao evento. “Conseguimos trazer convidados do Brasil e do ex-terior, o que vai contribuir muito com o avanço da especialidade. Por isso, contamos com a presença de todos os colegas, convida Dr. Tepedino.

Dr. Bruno Gantz, professor e chefe do Departamento de ORL da Universidade de Iowa

Dr. Vincent Darrouzet, chefe do Serviço de Otorrinolarin-gologia no Hospital Universi-tário de Bordeaux

Dr. Marcelo Tepedino, presi-dente da comissão científica do Four Otology

Dr. Paulo Lazarini, presiden-te da Sociedade Brasileira de Otologia

Dr. Thomas Lenarz, diretor da Clinica Otorrinolaringológica da Escola de Medicina de Hannover

Serviço:Data: 10 a 12 de abril

Local: Bahia Othon Palace Hotel – Av. Oceânica, 2294 Salvador/BA

www.sbotologia.com.br/fourotology

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CongressoOn-line

Em sua terceira edição, Congresso On-Line traz convidados internacionais, discussão de casos e debates.

Acontece em 5 de abril a tercei-ra edição do Congresso On--Line, iniciativa da Comissão de Educação Médica Conti-

nuada. As inscrições estão abertas até 28 de março e podem ser feitas pelo site da Associação. Os inscritos rece-berão um link com login e senha exclu-sivos para o evento que darão acesso às três salas de onde vão acontecer as sessões. O conteúdo das aulas tam-bém ficará disponível, apenas para ins-critos, para futuras consultas.

O evento foi organizado com o pro-pósito de fornecer educação à dis-tância de qualidade com conteúdo de alto nível. Mas também atende a uma necessidade institucional, a de aproximar as Academias dos depar-tamentos da ABORL-CCF. “O presi-dente de cada Academia indicou seu tema, os debatedores e os convida-dos internacionais que participarão dos debates remotamente. Teremos

um convidado dos Estados Unidos para falar sobre Surdez na Infância, outro de Portugal, que vai debater Otite Média Crônica e Disfonia no Adulto”, explica Dr. Renato Roith-mann, presidente da Comissão de Educação Médica Continuada.

O presidente do Congresso On-Line, Dr. Felippe Félix, está entusiasmado com o interesse e adesão dos associados, e avisa: “teremos novidade”, Além das dis-cussões de casos, o congresso trará a sessão “Gestão de Consultório Médico: honorários e processos de serviços. “Este tema é muito útil ao jovem otorri-no que está iniciando carreira e também aos mais antigos para checarem se sua estrutura de trabalho está adequada”.

As sessões terão início às 8h15 nas três salas, cada um com um tema e um grupo de debatedores específico. As mesas re-dondas serão totalmente práticas, permi-tindo ampla discussão de casos clínicos do cotidiano da otorrinolaringologia.

Educação à distância

Veja abaixo a programação do 3º Congresso On-lineHorário 8h 8h15 - 9h30 9h30 - 10h45 10h45 - 11h15 11h15 - 12h30 12h30 - 12h45

Sala 1

Abertura

Otite Média Crônica

LabirintopatiasSimpósio Satélite 1

Surdez na infância

Encerramento

Sala 2IVAS de

repetição na infância

Disfonia no Adulto

Simpósio Satélite 2

Rinossinusite Aguda e Crônica:

tratamento

Sala 3Ronco e Apneia

do SonoRinoplastia

Simpósio Satélite 3

Gestão de consultório

médico: honorários e processos de

serviços

Serviço:3º Congresso On-Line 5 de abril, das 8h às 12h45 Inscrições até 28 de março Sócios – R$ 75,00 Não Sócios – R$ 200,00

www.aborlccf.org.br/3congressoonline

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TRATADO DE

O toR inoL aringologiae Cirurgia Cérvicofacial

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HumORL

A perícia e o crente O

colega Alberto Nudelmann, referência em otorrinolaringolo-gia ocupacional, era assistente técnico em uma perícia que envolvia a especialidade e foi assisti-la no consultório de um colega designado como perito. Eram amigos e, por longo

tempo, atuaram juntos nesta área legal.

O caso era bastante comum – funcionário de uma grande empresa alegava que ficara surdo em razão do ruído permanente e altamente irritante existente no local onde trabalhara por vários anos.

Na posição de assistente técnico, a função de Alberto era comprovar a existência de concausas capazes de, se não afastar por definitivo o diagnóstico de Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR), pelo me-nos obter o beneplácito da dúvida e dividir os encargos alegando a presença de fatores extra-ocupacionais igualmente causadores da redução da audição.

A perícia obedece regras quanto ao preenchimento de dados impor-tantes tais como cabeçalho, nome, idade, sexo, endereço residencial, função, tempo exercido, ambiente de trabalho, etc., etc. A seguir, faz-se a avaliação otorrinolaringológica propriamente dita, constando de um exa-me básico e de uma anamnese dirigida para as questões técnicas – do-enças contemporâneas, fumo, álcool, outras drogas. E assim por diante.

As respostas, invariavelmente, eram negativas – não tinha doenças, não usava drogas e, salvo pela surdez, estava em gozo de perfeita saúde. Deitava e rolava. Tomava conta do ambiente, tanto que, quan-do chegou ao tabaco, acrescentou orgulhoso:

– Não fumo, sou evangélico!

O perito, aborrecido com o reduzido tempo disponível para a perícia, já ia passando adiante quando Nudelmann, respeitosamente, solici-tou permissão para fazer uma pergunta. Autorizado ele questionou:

– E antes de receber Jesus o senhor fumava?

O funcionário acusou o golpe. Olhou sério, respirou fundo e disse:

– O senhor invocou o nome de Jesus. Neste caso não posso mentir. Antes de ser crente eu fumava e bebia muito.

O perito, espantando com a reposta, acrescentou:

– Quer dizer que era pinguço?

– Não chegava a tanto mas, no mínimo, tomava um liso de cana por dia. Ah, e fumava duas carteiras de cigarro.

Deu-se conta então da presença de Nudelmann, não um reles coad-juvante sentado ao seu lado mas, sim, um importante protagonista naquele evento. Virou-se para o examinador e perguntou:

– Quem é este cidadão que invoca Jesus numa questão médica?

O perito não deixou por menos:

– Que impressionante, o senhor nunca ouviu falar do Pastor Alberto?

Que falta de sorte! O entrevistado jamais ouvira falar daquele religioso.

José Seligman

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ANUNCIO IPO

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