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COORDENAÇÃO DA REDE BÁSICA – CRB EQUIPE INFÂNCIA E JUVENTUDE COORDENADORA CRB: Leila Pizzato Conte EQUIPE RESPONSÁVEI: Clícia Maria Leite Nahra, Simone Rocha da Rocha Valquíria Soares Gularte 1. NOME DO PROGRAMA : TRABALHO EDUCATIVO 2. APRESENTAÇÃO O programa Trabalho Educativo da FASC destina-se ao atendimento sócio-educativo de adolescentes em situação de vulnerabilidade social e pessoal na faixa etária de 14 aos 18 anos, com base no artigo 68 do ECA – Estatuto da Criança e Adolescente e nas orientações da LOAS – Lei Orgânica de Assistência Social. O programa Trabalho Educativo foi implantado na FASC no ano de 1996, como uma etapa do programa Serviço de Apoio Sócio Educativo- SASE., no entanto, após várias discussões e avaliações técnicas chegou-se a conclusão que, por sua especificidade, deveria se estabelecer como um programa do sistema de proteção integral para adolescentes na faixa etária entre 14 e 18 anos O Trabalho Educativo propõe constituir-se num espaço concreto de formação de sujeitos críticos, criativos, responsáveis e participativos capazes de transformarem sua realidade e seu entorno social, a partir do exercício da autonomia e protagonismo, oferecendo aos adolescentes as condições necessárias para seu desenvolvimento pessoal e social na construção de sua cidadania. Preparando estes para lidarem com as questões vinculadas ao seu desenvolvimento, estimulando-os a construírem novos conhecimentos de maneira segura e competente. Os pressupostos pedagógicos do Trabalho Educativo proposto vão ao encontro de uma pedagogia progressista libertária, que visa levar os envolvidos no processo sócio-educativo a consciência da realidade em que vivem na busca da transformação social. Esta concepção de Trabalho Educativo apresentado é referenciada pelo princípio da Educação pelo Trabalho. 1

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Page 1: Trabalho educativo _2004[1]

COORDENAÇÃO DA REDE BÁSICA – CRB EQUIPE INFÂNCIA E JUVENTUDECOORDENADORA CRB: Leila Pizzato ConteEQUIPE RESPONSÁVEI: Clícia Maria Leite Nahra, Simone Rocha da Rocha Valquíria Soares Gularte

1. NOME DO PROGRAMA : TRABALHO EDUCATIVO

2. APRESENTAÇÃOO programa Trabalho Educativo da FASC destina-se ao atendimento sócio-educativo

de adolescentes em situação de vulnerabilidade social e pessoal na faixa etária de 14 aos 18 anos, com base no artigo 68 do ECA – Estatuto da Criança e Adolescente e nas orientações da LOAS – Lei Orgânica de Assistência Social.

O programa Trabalho Educativo foi implantado na FASC no ano de 1996, como uma etapa do programa Serviço de Apoio Sócio Educativo- SASE., no entanto, após várias discussões e avaliações técnicas chegou-se a conclusão que, por sua especificidade, deveria se estabelecer como um programa do sistema de proteção integral para adolescentes na faixa etária entre 14 e 18 anos

O Trabalho Educativo propõe constituir-se num espaço concreto de formação de sujeitos críticos, criativos, responsáveis e participativos capazes de transformarem sua realidade e seu entorno social, a partir do exercício da autonomia e protagonismo, oferecendo aos adolescentes as condições necessárias para seu desenvolvimento pessoal e social na construção de sua cidadania. Preparando estes para lidarem com as questões vinculadas ao seu desenvolvimento, estimulando-os a construírem novos conhecimentos de maneira segura e competente.

Os pressupostos pedagógicos do Trabalho Educativo proposto vão ao encontro de uma pedagogia progressista libertária, que visa levar os envolvidos no processo sócio-educativo a consciência da realidade em que vivem na busca da transformação social.

Esta concepção de Trabalho Educativo apresentado é referenciada pelo princípio da Educação pelo Trabalho.

Este princípio contrapõe-se às propostas de iniciação ao trabalho e de profissionalização que tenham como base o treinamento para o mundo do trabalho tanto do jovem como do adulto trabalhador, como também aracteriza-se como uma abordagem crítica da relação capital/trabalho. Assim, as atividades pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social dos adolescentes prevalecem às atividades laborais e ao aspecto produtivo.

Assim, esta concepção baseia-se no princípio da formação integral que aponta para não separação do pensar e do fazer do trabalho, vinculando duas realidades distintas:

O tempo de vivência do adolescente com suas necessidades e potencialidades afetivas e sociais.

O espaço do mundo do trabalho com suas contradições próprias da vida adulta.

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3. OBJETIVO GERAL

Desenvolver ações sócio-educativas voltadas ao adolescente, na faixa etária dos 14 aos 18 anos, em situação de vulnerabilidade pessoal e social, com vistas a sua proteção integral e exercício de cidadania, onde o jovem se constitua em protagonista, capaz de transformar sua realidade construir seu projeto de vida.

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Contribuir com o desenvolvimento integral do Adolescente; Favorecer o fortalecimento de vínculos familiares, interpessoais e sociais; Incentivar o adolescente a sua permanência, ingresso, regresso na escola; Constituir com os jovens alternativas de participação democrática, política e

autônoma; Oportunizar ao adolescente espaços lúdicos de criação, participação e

protagonismo; Proporcionar aos adolescentes a participação em oficinas pedagógicas de

aprendizagem; Fazer prevalecer as atividades pedagógicas sobre as de aspectos produtivos; Desenvolver ações pedagógicas estruturados em conhecimento: básico, específico

e de gestão. Subsidiar o adolescente com conhecimentos que contribuam para a construção de

uma crítica qualitativa sobre sua vida, cultura e realidade. Constituir um espaço educativo em que as ações nele desenvolvidas conduzam o

adolescentes a sua emancipação e ao exercício da sua auto- estima. Constituir espaço educativo voltado a preparação do adolescente para que este se

aproxime do mundo do trabalho.

5. PÚBLICO – ALVO

O ingresso dos adolescentes segue os critérios sociais de inclusão tais como: Adolescentes provenientes de famílias cuja a renda percapita seja de até ½ salário

mínimo. Adolescentes em situação de ameaça ou violação de direitos. Adolescentes encaminhados pelo Conselho Tutelar, Ministério Público, Juizado da

Infância, Programa Família, Educação Social de Rua , PEMSE, ABRIGOS, Escola e Comunidade,

Adolescentes na faixa etária compreendida entre 14 e 18 anos; Adolescentes que pertencem a região de Abrangência do Centro Regional.

6. METODOLOGIA

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”Os programas/serviços sócio-educativos em meio aberto não podem ser uma repetição da escola, nem resumir-se aos tradicionais “cursinhos profissionalizantes” e “reforço escolar”. A importância destes programas está em serem um espaço aberto, criativo, estimulador, onde a arte, a cultura, o esporte, o lazer, (...) conjugadas num projeto pedagógico diferenciado da escola” (Volpi, 1994).

O Trabalho Educativo caracteriza-se por conter ações sócio-educativas voltadas ao desenvolvimento integral do adolescente. Uma alternativa didático-metodológica que pretende dar conta destes objetivos são as oficinas pedagógicas que caracterizam-se pela construção de conhecimento e conceitos e através destes, ações de desconstrução e re-construção dos mesmos de maneira lúdica, criativa, crítica, dialogada, com trocas de saberes, e interessante aos sujeitos envolvidos no processo de exercício da aprendizagem.

A oficina pedagógica é um espaço educativo que conta com recursos didáticos variados e se utiliza dos conhecimentos específicos para buscar nestes todos os conhecimentos básicos e de gestão que estes contêm e que no exercício das ações são incorporados e ou modificados pelo sujeito, ator da ação educativa.

Toda a atividade sócio-educativa, e em especial a oficina de trabalho educativo só se viabiliza se for constituído um espaço permanente de planejamentos interdiciplinares e intencionais que exigem da equipe pedagógica (educadores, oficineiros, coordenadores, técnicos) absoluta sintonia e acompanhamento constante de todo o processo desencadeado junto ao grupo. Pela necessidade de implementar de forma qualificada a proposta didático-metodológica, aponta-se para que cada equipe de trabalho sócio-educativa, do Centro Regional e Entidades Conveniadas, promova reunião coletiva da equipe mensalmente e que a cada reunião sejam reavaliados os planos de trabalho.

Os Planos de Trabalho devem ser elaborados a partir do princípio didático-pedagógico interacionais que tratam os conhecimentos com um bloco de saberes elaborados ou não constituído na síntese entre prática e realidade desenhando a ação educativa numa dimensão dialética de prática-teoria-prática, fazendo assim um diálogo permanente entre a realidade vivida pelo adolescente, sua crítica e opções de diferenciação, devolvendo ao entorno social uma nova realidade, experenciada e elaborada pelo sujeito. É importante salientar que um plano de trabalho deve ser flexível na sua execução, pois não pode haver rigidez e linearidade quando trabalhamos com um ser de em um momento de vida tão complexo como a adolescência.

O Planejamento de Trabalho Educativo deve ser único para todo o Centro Regional e Entidades Conveniadas e deve conter todas as informações necessárias para a construção dos planos de trabalho de cada oficina e estes por sua vez deverão estar finalizados até o início da ação junto aos adolescente, sem deixar de fazer constar nos mesmos um espaço para replanejamento e participação dos adolescentes. O planejamento de cada oficina deve ser flexível possibilitando constantes mudanças de acordo com a realidade e processo vivido por cada grupo e se necessário for, ser remodelado e re-significado. Os planejamentos devem levar em conta que os conhecimentos estarão dispostos em básicos, específicos e de gestão, os quais devem ser vistos a partir de uma visão interdisciplinar.

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O Educador Social envolvido neste processo deve ser comprometido politicamente com sua tarefa de educador compreendendo a importância social do seu trabalho, a dimensão transformadora da sua ação e a importância social, cultural, coletiva e política da sua tarefa. Na realidade o ato de educação exige necessariamente uma espécie de renovação diária do compromisso com o ato educativo. O Educador Social dentro do Trabalho Educativo tem como papel:- Entender-se como integrante do processo, com função articuladora e mediadora, a fim de

contribuir com o(a) adolescente na construção da autonomia e protagonismo;- Organizar os espaços e tempos de acordo com as exigências do trabalho a ser

executado; - Estar disponível e atento aos caminhos do grupo, escutando o que os(as) adolescentes

sabem e necessitam expressar; - Interrogar-se sobre o modo como partilha o poder e a democracia no grupo,

compreendendo os(as) adolescentes como sujeitos competentes e capazes;- Participar de espaços educativos de formação continuada na perspectiva de sua evolução

profissional, ampliando sua capacidade de estabelecer relações saudáveis, promotoras de desenvolvimento e emancipação, superando a mera execução de tarefas na construção de uma práxis;

- Realizar estudos e pesquisas na área de apoio sócio-educativo, em articulação com a rede, produzindo conhecimento e elaborando propostas alternativas de atendimento à adolescência.

6.1 EIXOS PROGRAMÁTICOS/CONHECIMENTO DE ATENDIMENTO DIRETO

Pensar os conhecimentos de maneira articulada requer um exercício de tentar perceber o sujeito como um ser integral que faz interação com um objeto de conhecimento e que para haver um conhecer verdadeiro é preciso que o sujeito entre em relação com a totalidade do objeto a ser estudado e principalmente que este use de toda a sua pessoalidade para desenvolver este processo.

O desenvolvimento metodológico se dá com a constituição de cada grupo1, através da realização de oficinas2 , em projetos3 articulados, a partir de três eixos programáticos de atendimento direto e dois de atendimento indireto.

6.1.1 CONHECIMENTOS BÁSICOS 1 Segundo Pichon-Rivière, 1985-“ Grupo é um conjunto restrito de pessoas que, ligadas por constantes de tempo e espaço, e articuladas por sua mútua representação interna, se propõe de forma explícita ou implícita uma tarefa, que constitui sua finalidade, interatuando através de complexos mecanismos de assunção e atribuição de papéis.” (Gayotto, Maria Leonor Cunha et al. Liderança: aprenda a mudar em grupo. RJ, Vozes, 1995).2 De acordo com Vieira ( PUC /RS ) “ a oficina não é um método ou técnica a mais, mas sim uma modalidade de ação. Não é somente um lugar para aprender fazendo. Supõe, principalmente, o pensar, o sentir, o intercâmbio de idéias, a problematização, o jogo , a investigação, a descoberta e a cooperação. Prevê a realização conjunta de projetos”. Para Cuberez ( 1989 ) “ a oficina é um tempo e espaço para a aprendizagem, um processo ativo de transformação recíproca entre sujeito e objeto, um caminho de alternativas, com equilibrações e desiquilibrações que nos aproximam, progressivamente do objeto a conhecer”. 3 “ Projeto é a integração, que transforma o trabalho grupal em uma criação que vai além da tarefa e produz novas possibilidades de ação aos integrantes, situados em seus contextos, comprometidos com e inseridos ativamente na realidade.” (Gayotto, Maria Leonor Cunha et al. Liderança: aprenda a mudar em grupo. RJ, Vozes, 1995).

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SILVIA E HENRIQUE, 03/01/-1,
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São todos os conteúdos não específicos, que estão na órbita do objeto cognoscível. Tudo aquilo que faz parte das propriedades do objeto, seu uso, concepções histórico- sociais, sua dimensão cultural, e sua consagração ao longo do tempo, além de valores, formas de interação com o sujeito e outros devem estar presentes no rol dos conhecimentos básicos. É através deles que os demais conhecimentos devem se articular e estes devem ser os balizadores de toda a ação do sujeito bem como não ser este o único espaço, mas sim o principal para que o sujeito exercite seus valores de cidadania, auto-estima, estima do grupo e construção de seu projeto de vida. Neste módulo deverão ser oferecidas oficinas culturais, pedagógicas, esportivas e desportivas.

6.1.2 CONHECIMENTO ESPECÍFICO

Espaço que busca, na relação direta e prática, com o objeto de conhecimento, o interesse do sujeito, e através deste objeto trabalhar aspectos específicos do conhecimento estudado, bem como inserir todos os conhecimentos básicos e de gestão que couberem na ação educativa instaurada e que esteja sincronizada com a dinâmica circunstancial do grupo num determinado instante. É importante também salientar que nenhuma ação poderá ser fortuita e que todas deverão estar vinculadas intrinsecamente de maneira intencional com um interlaçamento lógico que articule e mobilize todos os conhecimentos.

6.1.3 CONHECIMENTO DE GESTÃO

Deve-se considerar todos os conteúdos vinculados a utilização do objeto de conhecimento pela sociedade e pela maneira como esta liga tal objeto aos valores, sejam estes econômicos, sociais ou sentimentais. Pela Gestão o sujeito deverá encontrar maneiras de transformar estes conhecimentos em algo que seja passível de negociação e gerenciamento, onde todo o processo tanto de caracterizá-lo como tal ou fazê-lo ganhar valor seja o mote principal nesta modalidade de conhecimento.

6.2. EIXOS PROGRAMÁTICOS/CONHECIMENTO DE ATENDIMENTO INDIRETO

6.2.1 ACOMPANHAMENTO ESCOLAR O acompanhamento escolar, com freqüência mínima mensal de quatro horas,

concretiza-se através de visitas às escolas freqüentadas pelos participantes do TE, preferencialmente com ficha4 para registro de acompanhamento do adolescente. Ele é importante para discussões nas reuniões da Rede de Atendimento da Região, no sentido de somar esforços e definir, conjuntamente, apoios e estratégias para a superação das dificuldades no sentido de auxiliar o adolescente e sua família no processo de desenvolvimento. Além disso, é preciso sistematicamente ter dados sobre a freqüência do adolescente, especialmente em situações de evasão da escola ou do TE.

4 A ficha é instrumento de ligação entre a escola e a Unidade Operacional, atualizada a partir de encontros periódicos com professores, orientadores educacionais ou supervisores, com informações sobre os interesses e dificuldades da criança/adolescente e sua família, serve como subsídio para a equipe no trabalho.

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Para o adolescente a ação de acompanhamento escolar propicia mais atenção com seu processo de aprendizagem, influenciando e alterando sua auto-estima e suas competências escolares.

6.2.2. ACOMPANHAMENTO FAMILIAR

O acompanhamento familiar é parte fundamental no processo de atendimento ao adolescente do TE. Toda família que apresente alto grau de vulnerabilidade necessitará de inclusão em programa de atendimento familiar, tais como :PETI, NASF, outros.

A participação das famílias através de atividades sistemáticas, permitirá que os fatores de risco que motivaram o ingresso do adolescente sejam trabalhados; portanto as entrevistas individuais e familiares, as reuniões de grupo e as visitas domiciliares são instrumentos que viabilizam o acompanhamento e compõe a estrutura metodológica do programa.

Reunião com famílias : A reunião com as famílias deverá ocorrer com freqüência mínima mensal .Nestes

momentos todos terão possibilidade de expor-se à mudança no processo de compreender o que está acontecendo, oportunizando a troca de informações que possibilite a descoberta de significados comuns. Devemos considerar a família como sendo capaz de encontrar saídas para seus problemas, de forma a possibilitar a seus filhos desfrutar seus direitos. Além disso, os educadores devem ampliar sua compreensão das diferentes formas de ver as famílias respeitando suas funções e responsabilidades diante dos(as) adolescentes e suas possibilidades de ação.

Só será possível dialogar com a família se primeiro tentarmos compreender o seu referencial, sem julgá-la, recriminá-la, apenas porque não partilha de nossos valores.

As situações que ameaçam a vida e a integridade do adolescente não estão no âmbito de escolha da família. Valores de sobrevivência têm prioridade sobre quaisquer outros. Agressões físicas e sexuais têm de ser interrompidas, antes de qualquer outro procedimento com as famílias. Porém, em situações que envolvem problemas como procedimentos disciplinares, de higiene, de acompanhamento escolar e de saúde física e mental, as famílias com os educadores sociais podem ir construindo juntos alternativas de mudança proporcionando o acompanhamento integral da vida do sujeito.

Os grupos podem ser organizados da seguinte forma:a)Grandes grupos, com um tema geral para ser discutido, escolhido pelas famílias e com a ajuda dos profissionais, onde por exemplo se faça uma exposição sobre determinado tema, depois se façam pequenos grupos para reflexão e discussão, com retorno ao final para o grande grupo, contemplando relato do pequeno grupo e síntese do coordenador.b)Pequenos grupos para discussão de determinados temas ou situações específicas sugeridas pelas próprias famílias ou pela equipe.c)Grupos de pais e educadores (eventualmente adolescentes) reunidos em conjunto para opinar e avaliar o planejamento global das ações de protagonismo sobre os diversos aspectos e temas pertinentes ao trabalho, discutir questões comuns da Instituição, da comunidade e da sociedade. Este último não exclui os anteriores.

Podem ser exemplos de temas: Drogas, Sexualidade, Exclusão Social, Participação e Cidadania, trabalhados através de dinâmicas de grupo, de “esquetes teatrais” escritos e apresentados pelas próprias crianças/adolescentes, vivências do próprio Serviço, entre outros.

Visitas Domiciliares6

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As visitas domiciliares objetivam fornecer subsídios para compor o acompanhamento, fortalecer vínculos, conhecer a criança e o adolescente que motivou o ingresso das famílias, fazer convites para atividades. Este instrumento também é importante para contatar outros membros familiares, que não comparecem ao serviço ou negam-se a isto, bem como, nas situações de abandono do programa.

A visita, sem dúvida, constitui-se na expressão da linguagem de aproximação ou de controle, de poder ou de submissão, de fortalecimento ou de estigmatização. Na face da aproximação deve-se observar elementos que venham a contribuir no acompanhamento qualificado em processo, no diálogo, abordar assuntos e/ou temáticas que permitam que os visitados possam se expressar na linguagem de seu meio, reconhecendo que o espaço é privativo da família ou dos sujeitos envolvidos.

No acompanhamento social, identifica-se a necessidade e estabelece-se o objetivo e a finalidade, instituindo relações de fortalecimento, de autonomia, de promoção e comprometimento com os sujeitos.

A visita é informal, sem anotações na presença das pessoas, com diálogo aberto, sem o jogo de perguntas e respostas. Esta técnica de relação, permite espontaneidade sem máscaras ou rótulos, sem medo de denúncia e permite também uma descrição mais coerente com a finalidade da visita.

Atendimentos individuais e familiaresOs atendimentos individuais e familiares proporcionam um espaço de escuta que

possibilita compreender os significados simbólicos que as famílias/ sujeitos estão atribuindo ao trabalho, garantindo que cada grupo familiar tenha respeitada a sua singularidade.

Os atendimentos familiares da mesma forma que os individuais, são aqueles realizados com os responsáveis e demais membros do grupo, com o objetivo de conhecer e intervir nas dinâmicas familiares, visando a melhor relação entre seus membros. Tal atendimento é realizado toda vez que a família ou o profissional sente a necessidade do contato entre o conjunto de pessoas da família.

6.3 ETAPAS METODOLÓGICAS

As etapas metodológicas não devem ser vistas como momentos isolados, elas se interrelacionam e acontecem concomitantemente. O envolvimento da família se dá em todas as etapas.

6.3.1 INGRESSO É quando acontece a triagem (avaliação de pertinência ou não de inclusão no serviço), com momento de escuta individualizada com o(a) adolescente, com levantamento de informações através de entrevistas com a família e visitas domiciliares, realizadas pelo Técnico Social, Referência ou Coordenador(a) do programa de Trabalho Educativo.

6.3.2 ACOLHIMENTO

O acolhimento é o momento no qual se dá a apresentação do(a) adolescente ao grupo, aos diversos ambientes da Instituição, aos educadores sociais e às propostas de atividades. Uma acolhida bem feita vai favorecer o desenvolvimento das demais etapas e deve renovar-se diariamente em diversos momentos pelo grupo de educadores sociais, adolescentes e demais profissionais da Instituição. O acolhimento pressupõe o envolvimento

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que começa pela conquista da confiança, tanto do(a) adolescente, como da família. A família, enquanto principal agente de proteção, deve ser estimulada a participar deste processo.

6.3.3 CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO INDIVIDUAL E FAMILIAR A partir do conhecimento da história familiar (avaliação sócio-familiar) e do registro

(prontuário), será possível trabalhar com os(as) adolescentes a ressignificação de sua história de vida. Esta etapa se dará durante todo o período de execução do programa.

6.3.4 ACOMPANHAMENTO

Nessa etapa acompanha-se a trajetória do(a) adolescente, dando os suportes necessários para que a construção de novas referências, valores e iniciativas, dentro de um processo protagônico. O acompanhamento se dá através de visitas domiciliares, entrevistas individuais e familiares, observações, contatos interinstitucionais devidamente registrados para socialização com a equipe, com vistas à análise e discussão em estudos de casos, para acompanhamento e/ou posterior encaminhamento a outros serviços/programas. Esta etapa coloca os(as) adolescentes, família e educadores no centro do processo educativo, sendo os primeiros sujeitos/protagonistas e os últimos os mediadores, que criam as condições adequadas, que ampliam os espaços a serem ocupados, facilitando a informação e oferecendo instrumentos para o aprendizado.

6.3.5 VÍNCULO

O vínculo é a relação, a ligação, os laços que são construídos na convivência grupal. É através do vínculo que a aprendizagem se torna possível. Na relação e na troca com o outro, a pessoa pode, interagindo, construir e reconstruir suas possibilidades.

O vínculo tem o seu papel preponderante em toda e qualquer ação que objetiva mudanças e transformações, funcionando como elo de uma corrente que liga os indivíduos sem prendê-los. Elo flexível que permite renovar os sentimentos e atividades grupais e individuais quebrando preconceitos, impedindo que rótulos se tornem permanentes e os papéis fixos. A partir do momento que o(a) adolescente é valorizado(a), respeitado(a) e compreendido(a) vai estabelecendo elos com os educadores sociais. Uma ligação afetiva que abre canais de comunicação.

A vinculação envolve escolhas (conscientes ou inconscientes) e compromisso de ambos os lados. Muitas vezes, o(a) adolescente acaba estabelecendo vínculos apenas com alguns educadores, pois encontra nesses e, consequentemente, na Instituição, referências positivas para a sua vida.

Ampliar o modo de sentir e perceber o outro facilita a mudança de atitudes, permitindo a todos enriquecer os seus conhecimentos e abrindo espaço para novos questionamentos. A aceitação das diferenças individuais e do jeito de ser de cada um possibilita a compreensão de que a diferença é um elemento que enriquece, mostrando outras formas de ser e fazer. Aprender a valorizar as diferenças permite ampliar o horizonte de cada participante. Todos no grupo devem ter voz e vez. Respeitando essa condição, as oportunidades são dadas para todos e cada um pode encontrar uma forma de expressão, de acordo com seu jeito de ser, desse modo as diferenças passam a ser acolhidas e entendidas.

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É necessário encontrar no educador social um continente, ou seja, aquela pessoa que acolhe, ouve, está disponível para receber o que o outro deseja compartilhar, cuidando do bem estar do grupo, oferecendo e propiciando condições que garantam a expressão, assim como a reflexão do que é vivido.

O educador deve valorizar os sentimentos, emoções, pensamentos e as opiniões do grupo, utilizando-se de linguagens e técnicas diversas que permitam a descoberta de maneiras criativas e prazerosas para sua expressão. O educador deve demonstrar delicadeza de tratamento, não deixando de ser firme e decidido, de modo a perceber a melhor forma de se dirigir a cada um, criando um clima de confiança, acolhimento e afeto.

O vínculo verdadeiro só se estabelece se existe a disponibilidade interna do educador e de cada participante do grupo; é preciso que todos desejem estar ali para construir algo em comum , é importante que cada um se sinta um elo da corrente.

É fundamental acreditar na possibilidade de transformação pessoal, reconhecendo em todo indivíduo a capacidade de adaptar-se a novas experiências e formas de ser, resistindo e superando situações adversas em direção ao crescimento e desenvolvimento pessoal e social.

6.3.6 PARTICIPAÇÃO E CONSTRUÇÃO COLETIVA

A prática sócio-educativa tem por finalidade a participação5, o protagonismo e a construção coletiva. Participar é envolver-se em processos de elaboração, decisão e execução de ações. A quantidade e a qualidade das oportunidades de participação, influencia de maneira decisiva nos níveis de autonomia e de autodeterminação que os(as) adolescentes serão capazes de alcançar na vida familiar, profissional e social, na vida adulta. Os níveis de participação, no programa, revelam o grau de autonomia do sujeito.

O diálogo constitui-se numa exigência à participação, como comunicação entre as pessoas do grupo e entre outros grupos. O(a) adolescente vai se desenvolver, colocando-se enquanto ser que pensa, que emite opiniões, que pode realizar um trabalho com outros, num processo de integração efetiva.

A proposta do Trabalho Educativo prevê a participação dos(as) adolescentes em todas as fase do processo educativo (planejamento, execução, avaliação), uma vez que estes devem ser protagonistas, tanto no processo de decisão, quanto na execução das ações. A participação deverá ser um exercício permanente e efetivo.

6.3.7 REGRAS DE FUNCIONAMENTO E CONVIVÊNCIA

As Regras de funcionamento referem-se as exigências de cada oficina bem como sua dinâmica e devem ser construídas com os adolescentes nos primeiros contatos do educador com o grupo.

As regras de convivência são todas aquelas que tratam do relacionamento entre os atores da ação educativa e do uso dos espaços por cada um do grupo.

6.3.8 DESLIGAMENTO5 5 Neste sentido a participação deve ser entendida como um processo e não como uma dádiva , como concessão, ou algo “preexistente”, visto que, não existe participação acabada; participação deve ser objetivada na autopromoção. Ela é um processo e não uma concessão de favores, de tutela, porque é através da participação consciente que o homem percebe o espaço que ocupa no mundo, descobre para que e o que conquistar, isto é, ser efetivamente cidadão, com possibilidades reais de gerar melhores condições de vida e construir um novo mundo, mais justo, democrático e solidário. Para Sposati, (1993), não basta o participacionismo, onde está posta a presença, é necessária a capacidade e a possibilidade de realizar a alteração.

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O processo de desligamento deve ser discutido com toda a equipe de profissionais envolvidos, de acordo com os seguintes critérios:

a) O desligamento acontecerá a partir da avaliação de superação da vulnerabilidade que motivou o ingresso.

b) Em caso de evasão do(a) adolescente, deverá haver contato com família, Conselho Tutelar, Escola, Ministério Público afim de avaliar a situação, a alternativa de permanência ou de desligamento com encaminhamento a outros serviços.

c) Quando o adolescente completar 18 anos.

7. ROTINAS E CRONOGRAMA DE AÇÃO

O Programa Trabalho Educativo propõe atendimento em 05(cinco) dias semanais, sempre contrários ao horário da escola, num período de quatro horas diárias. O atendimento direto ocorrerá em 3(três) turnos semanais, mesclando os módulos de conhecimento, com aproximadamente 40% conhecimentos básicos, 40% conhecimento específicos e 20% conhecimento de gestão. Nos outros 2(dois) dias deverão ser oferecidas atividades lúdicas, esportivas e culturas, que deverão ser desenvolvidas em parcerias com outras instituições e locais da comunidade. As atividades diárias envolvem alimentação, buscando atender às necessidades nutricionais mínimas (café e almoço para os grupos da manhã; almoço e lanche para os grupos da tarde).

De forma assistemática, deverão ocorrer atividades complementares que envolvam o conjunto de adolescentes, tais como: passeios e visitas com caráter educativo, cultural e recreativo; vivências fora da Instituição, em espetáculos culturais, museus, praças, parques, feiras, exposições, entre outros, garantindo além da integração, o conhecimento e acesso a outros espaços de aprendizagem e lazer.

O Trabalho Educativo caracteriza-se como um programa de ação continuada, mesmo tendo este formado é proposto que ao final de cada ano, mais especificamente no mês de dezembro, seja realizado um momento que represente um marco de conquista para o adolescente, por sua participação efetiva no programa. Este será um momento de integração entre os adolescentes, as famílias e os profissionais envolvidos neste processo sócio-educativo. O adolescente receberá um certificado de participação, constando carga horária total e o seu percentual de freqüência no ano.

8. INTERFACES

O Trabalho Educativo necessita articulação constante intersecretarias nas políticas da educação, transporte, saúde, habitação, indústria e comércio, cultura, esporte e lazer, bem como, com as demais Instituições conveniadas, para viabilizar o acesso, intercâmbio ou inserção dos adolescentes e famílias no programa.

Além disso, há necessidade de articulação interna da Instituição com os órgãos que encaminham o público atendido, para inclusão dos adolescentes e famílias, quando for o caso, onde a interface direta com os Conselhos Tutelares, DECA, JIJ e MP se faz necessária.

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Também pode ocorrer necessidade de articulação com Conselhos Tutelares e Prefeituras de outros municípios com relação a encaminhamentos de adolescentes e famílias de outras localidades. Sempre que na instituição houver mais de um programa de atendimento, a primeira articulação será interna, o que facilitará o atendimento integral dos adolescentes.

9. AVALIAÇÃO

A concepção do processo sócio- educativo como processo de crescimento da visão de mundo, da compreensão da realidade, de desenvolvimento da capacidade de interpretação e de produção do novo, de avaliação das condições de uma determinada realidade e de inserção social têm-se este processo, sócio- educativo, a possibilidade de abertura de janelas ao adolescente para ver o mundo.

A avaliação é reflexão transformadora em ação. Reflexão permanente do educador sobre sua realidade e acompanhamento, passo a passo, da criança/adolescente/família, na sua trajetória de construção do conhecimento.

Entende-se a avaliação como essencial, inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento, reflexão sobre a ação.

Todavia, avaliar o resultado do trabalho sócio- educativo significa levar em consideração as informações que, o adolescente, a família e equipe de educadores são capazes de desenvolver .A prática avaliativa da equipe reproduz e revela fortemente suas vivências como usuários e como educadores.

Tal avaliação não pode acontecer de maneira individualizada, segmentada e isolada. É uma tarefa coletiva e não somente uma obrigação formal e burocrática. Será sistemática e contínua, e contará com a participação efetiva de todos os envolvidos (pais, adolescentes, técnicos e educadores sociais, comunidade).

A avaliação deve ser usada para facilitar o gerenciamento dos problemas cotidianos e subsidiar na elaboração de planejamento e tomada de decisões futuras.Como pontos importantes da avaliação pode-se destacar que é um reflexo objetivo da realidade e, por isso mesmo deve estar sempre ao alcance da mão. A avaliação consiste no julgamento da qualidade intrínseca daquilo que é avaliado, valor em si (mérito) e da validez da atividade avaliada em relação ao seu contexto, valor extrínseco ( relevância) daquilo que está sendo avaliado e implica numa coleta organizada de informações sobre o foco da atenção e a realidade que a cerca.

Sendo democrática, a Avaliação deve atender às necessidades e interesses dos diversos segmentos envolvidos na atividade avaliada.

A equipe que realizará a Avaliação deve estar estruturada, capaz de coordenar a participação de todos os envolvidos no processo.

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BIBLIOGRAFIA

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ANDER EGG, Ezequiel. Avaliação de Serviços e Programas Sociais. Rio de Janeiro, Vozes, 1995.

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ANEXOS

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ANEXO 1

Sugestão de planilha do Plano de trabalho

O QUÊ? (assunto) PARA QUÊ? (objetivo) COMO? (ações) QUANDO? (início, duração, término)

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ANEXO 2Sugestão de controle de freqüência

Nome da Instituição: Acompanhamento Anual de Freqüência no Trabalho

Educativo - 1º Semestre2004

Mês/Dias de Atendimento Jan: 22 Fev: 19 Mar: 22 Abr: 20 Mai: 20 Jun: 21 Total

FREQÜÊNCIA FREQÜÊNCIA FREQÜÊNCIA FREQÜÊNCIA

FREQÜÊNCIA FREQÜÊNCIA

FREQÜÊNCIA

Nº Criança/Adolescente

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

1

2

3

4

5

6

7

8

9

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Anexo 3

LISTA DE FREQÜENCIA – REGIONALIZAÇÃO DE ___________________________ DATA:_________________

NOME ENTIDADE FONE E- MAIL

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Pauta da Regionalização:

ANEXO 4

Sugestão de Quadro de Atividades de Trabalho Educativo

Dias / turnos

2ª-feira 3ª-feira 4ª-feira 5ª-feira 6ª-feira

MANHÃ

Dias / turnos

2ª-feira 3ª-feira 4ª-feira 5ª-feira 6ª-feira

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TARDE

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