trabalho de química
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Trabalho de Química sobre normas de segurança de laboratório, vidrarias e equipamentos utilizados.TRANSCRIPT
FACULDADE PITÁGORAS JUNDIAÍ
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIAS 1º SEMESTRE DE 2015
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE QUÍMICA:
SEGURANÇA, MATERIAIS E TESTE DA CHAMA
QUÌMICA GERAL E EXPERIMENTAL
JUNDIAÍ
2014
CAIQUE HIROME BANNAI – ENG. MECÂNICA (REVEZADO)
DEISE CRISTINA DOS SANTOS – ENG. PRODUÇÃO (NOTURNO)
JULIANA ROCHA SANCHES – ENG. PRODUÇÃO (REVEZADO)
LETÍCIA NOVAIS SCAPINELLI – ENG. PRODUÇÃO (REVEZADO)
MIRLLANDA DIAS – ENG. DE PRODUÇÃO (REVEZADO)
THIAGO FERRAZ LIRA – ENG. PRODUÇÃO (REVEZADO)
PROVA PARCIAL 1
Trabalho realizado para a disciplina
de Química Geral e Experimental do 1º
Semestre do Curso de Engenharia da
Faculdade Pitágoras de Jundiaí.
Profª Eliane Maria Ferrarezzo
JUNDIAÍ
2014
Sumário
Introdução..............................................................................................................................................4
1 - Segurança no laboratório:.................................................................................................................5
1.1 - Equipamentos de proteção individual (EPI)................................................................................5
1.2 - Equipamentos de proteção coletiva (EPC)................................................................................11
1.3 - Principais cuidados no manuseio de ácidos e bases.................................................................14
2 - Materiais de laboratório:.................................................................................................................17
2.1 - Principais vidrarias usadas........................................................................................................17
2.2 - Principais equipamentos usados..............................................................................................28
3 - Identificação de metais pelo Teste da Chama.................................................................................35
3.1 - Principio teórico de identificação.............................................................................................35
3.2 - Uso pratico do teste da chama.................................................................................................38
3.3 - Exemplo das cores da chama....................................................................................................39
Referências Bibliográficas.....................................................................................................................41
Introdução
No decorrer desse trabalho iremos abordar sobre normas de segurança, tipos
de materiais e técnicas utilizados dentro de um laboratório, ambiente utilizado pela
disciplina de química a fim de aplicar a teoria aprendida na sala de aula em
atividades práticas realizadas pelos próprios alunos.
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1 - Segurança no laboratório:
O trabalho no laboratório exige o uso de roupas apropriadas, (Normas Gerais
de Segurança). Além de sapatos fechados, calças compridas e camisas de material
adequado, outros itens se fazem necessários. São os Equipamentos de Proteção
Individual (EPI), que são essencialmente o jaleco (avental), luvas, óculos de
segurança e máscaras protetoras. Além deles estão presentes no laboratório os
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) – capela (exaustão), chuveiro e lava-
olhos.
1.1 - Equipamentos de proteção individual (EPI).
Segundo a Norma Regulamentadora 6 – NR 6 considera-se Equipamento de
Proteção Individual – EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado
pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.
O uso do EPI nasceu legalmente falando da CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho) por meio do Decreto Lei N° 5.452 de 1° de Maio de 1943, em seu artigo
160 foi determinado que em todas as atividades exigidas o empregador forneceria
EPI.
O uso deste tipo de equipamento só deverá ser feito quando não for possível
tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve
a atividade, ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis,
eficientes e suficientes para a atenuação dos riscos e não oferecerem completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e
do trabalho.
Os tipos de EPI´s utilizados podem variar dependendo do tipo de atividade ou
de riscos que poderão ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador e da parte do
corpo que se pretende proteger, tais como:
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Jaleco:
O jaleco é item essencial no laboratório. Não se deve, em hipótese alguma,
trabalhar sem ele. Sua finalidade é proteger da sujeira do laboratório e eventuais
derramamentos de reagentes. Neste caso ele deve ser retirado imediatamente.
Deve ser feito de material resistente, em geral algodão que não queima. Tecidos
sintéticos devem ser evitados. Deve ter mangas compridas, ir até a altura dos
joelhos e ser usado sempre fechado. O jaleco deve sempre estar limpo. Lembre-se
que a limpeza e asseio são essenciais ao trabalho organizado e seguro.
Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares;
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Proteção respiratória: máscaras e filtro;
A máscara é o equipamento de proteção respiratória. São três os tipos de
máscaras: bucal, semifacial e facial. Trataremos aqui brevemente das máscaras
semifaciais. Elas são utilizadas quando a atmosfera do laboratório apresenta
características prejudiciais à saúde, seja pela presença de vapores tóxicos e/ou
irritantes, aerossóis e mesmo particulados. Estes últimos são muitos comuns nos
procedimentos de moagem. O ideal é que não se tenha que fazer uso das máscaras
protetoras, o que significa uma atmosfera limpa no laboratório. As máscaras podem
ser montadas com filtro mecânico, filtro químico ou filtro combinado de acordo com o
material contaminante da atmosfera e de acordo com a proteção que se deseja
obter. Como elemento filtrante para os filtros químicos utiliza-se o carvão ativo e
para os filtros mecânicos utiliza-se um material poroso. O tipo de filtro e sua
utilização são indicados nos cartuchos das máscaras por um sistema de letras
(europeu) e cores (americano).
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Proteção visual e facial: óculos e viseiras;
Os óculos de segurança são proteção para os olhos. Eles devem ser de
material transparente (em geral plexiglass) e não devem atrapalhar a visão
causando distorções. Eles devem ser sempre usados, especialmente em situações
onde a projeção de material é uma possibilidade como, por exemplo, reações em
sistemas com alta pressão, montagens para destilação de solventes ou mesmo a
utilização de ácidos minerais voláteis (HCl, HF e HNO3) na abertura de amostras
minerais.
Proteção da cabeça: capacetes;
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Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes;
As luvas têm, portanto, a finalidade de proteger as mãos e manter a
integridade da pele. Elas devem ser utilizadas especialmente no manuseio de
material corrosivo, tóxico e irritante. As luvas são oferecidas no mercado nos mais
variados tipos de material. A escolha adequada da luva tem por base o material que
se está manipulando.
Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas;
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Proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões.
A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente,
EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias:
Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças
ocupacionais;
Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo
implantadas;
Para atender situações de emergência.
Os Equipamentos de Proteção Individual além de essenciais à proteção do
trabalhador, visando a manutenção de sua saúde física e proteção contra os riscos
de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho, podem
também proporcionar a redução de custos ao empregador.
Entretanto, é importante ressaltar que não basta o fornecimento do EPI ao
empregado por parte do empregador, pois é obrigação deste fiscalizar o empregado
de modo a garantir que o equipamento esteja sendo utilizado.
Nestes casos o empregador deve utilizar-se de seu poder diretivo e obrigar o
empregado a utilizar o equipamento, sob pena de advertência e suspensão num
primeiro momento e, havendo reincidências, sofrer punições mais severas como
a demissão por justa causa.
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1.2 - Equipamentos de proteção coletiva (EPC).
Capelas e Exaustores:
Estes dispositivos devem sempre estar disponíveis no laboratório e
funcionando adequadamente. Sua função é a de garantir uma atmosfera saudável
no ambiente de trabalho. Sempre use a capela para o preparo de soluções de HCl e
HNO3. Abra (e feche após o uso) os frascos do reagente concentrado, transfira-o
para o balão e retire-o da capela após ter diluído o ácido convenientemente. Assim
não há o risco de contaminação da atmosfera de trabalho. Abertura de amostras
(solubilização) com HCl, HF, HNO3 e HClO4 deve sempre ser realizadas dentro da
capela. Muitas reações orgânicas em ambiente fechado também devem ser feitas na
capela, assim como destilações. Ao usar a capela mantenha sempre o frasco do
reagente na parte de dentro e em hipótese alguma ponha a cabeça dentro da capela
para, por exemplo, examinar o andamento de uma reação. Mantenha este local
sempre limpo e livre, isto é, não use este local para a estocagem de reagentes, a
não ser aqueles que estejam sendo usados.
Ao iniciar um trabalho em capela, observe se:
O sistema de exaustão esteja operando.
Pisos e janelas estejam limpos.
As janelas estejam funcionando perfeitamente.
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Nunca inicie trabalho que exija aquecimento, sem antes remover os produtos
inflamáveis.
Extintores de incêndio:
É preciso conhecer, identificar bem o incêndio que se vai combater, antes de
escolher o agente extintor ou equipamento de combate ao fogo. Um erro na escolha
de um extintor pode tornar inútil o esforço de combater as chamas; ou pode piorar a
situação, aumentando ainda mais as chamas, espalhando-as, ou criando novas
causas de fogo (curtos-circuitos).
Os principais agentes extintores são os seguintes:
Água na forma líquida (jato ou neblina)
Espuma mecânica (a espuma química foi proibida)
Gases e vapores inertes (CO2, N, Vapor d´água)
Pó químico
Agentes extintores:
Classes de Incêndio Água EspumaPó
químico
Gás carbônico
(CO2)
A - madeira, papel, tecidos, etc. Sim Sim Sim Sim
B - gasolina, álcool, ceras, tintas, etc.
Não Sim Sim Sim
C- equipamentos energizados, instalações, etc.
Não Não Sim Sim
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Chuveiro e Lava-olhos:
Estes dispositivos estão em áreas de acesso coletivo (corredor). Eles devem
ser usados em caso de respingo de reagente sobre o corpo ou o rosto. Eles devem
ser examinados periodicamente e seu acesso nunca deve estar bloqueado. Lava-
olhos são equipamentos projetados de forma semelhante aos chuveiros de
segurança, só que com o objetivo específico de livrar os olhos de contaminantes.
É de vital importância que em áreas de manuseio de produtos químicos
existam equipamentos que proporcionem este fluxo de água, tais como: chuveiros,
lava-olhos ou bisnagas.
Chuveiros de segurança e lava-olhos, por serem equipamentos de
emergência, devem ser mantidos de forma a estarem preparados para uso imediato
a qualquer instante.
É de responsabilidade de cada setor manter em condições de uso os
chuveiros de segurança e lava-olhos em local sob sua jurisdição.
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1.3 - Principais cuidados no manuseio de ácidos e bases
Antes da realização de um experimento o laboratorista deve procurar
conhecer em detalhes os riscos que representa cada substância manipulada. As
normas de manuseio dependem da classificação de risco de material. Aqui são
apresentadas algumas regras básicas de manipulação de acordo com a classe de
risco das diversas substâncias.
Inflamáveis (F):
Já chamamos a atenção para o fato de que uma grande parte dos incêndios é
alimentada por produtos inflamáveis. Os incêndios são causados pela junção de três
fatores: a) surgimento de vapor, b) atmosfera oxidante e c) fonte de ignição e calor.
A diminuição de qualquer um deste três diminui em muito os riscos de incêndios nos
laboratórios. E aqui vem a regra básica para a manipulação deste tipo de material.
Com não podemos, por motivos óbvios, remover o ar o que se faz é não permitir a
convivência entre os vapores inflamáveis e uma fonte de ignição. Isto significa ter
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um maior controle sobre interruptores que dão origem a centelhas e nunca utilizar
solventes inflamáveis próximos a fontes de calor como os bicos de Bunsen.
Certamente a ventilação do laboratório é importante. Deixar janelas sempre abertas
é uma prática aconselhável nos laboratórios onde este tipo de substância é sempre
manipulado.
Explosivos (E):
Vamos considerar aqui o caso das substâncias pirofóricas, que são aquelas
que reagem com o ar e com a umidade do ar espontaneamente. Estas substâncias,
diferentemente dos inflamáveis, não precisam de uma fonte externa para dar início à
reação com o ar. Dentre elas podemos citar o LiAlH4, Ca, Ti e Zr. Devem ser
guardadas em frascos lacrados e manipuladas em atmosfera inerte. As misturas
hipergólicas são outra categoria que se encaixam nesta classificação. São misturas
de substâncias que reagem violentamente produzindo calor e representando risco
de incêndio. Como exemplo de misturas hipergólica temos HClO4/Mg, HNO3/Fenol,
HNO3/Acetona. Uma norma básica para o manuseio destas misturas é sempre
manter a temperatura baixa e sob controle. Dentre os compostos explosivos, para
efeitos de manuseio, podemos considerar as substâncias que reagem com a água,
pois elas, em geral, produzem hidrogênio e oxigênio, que podem levar a incêndios.
Exemplos são os metais alcalinos (Li, Na e K). Reagem ainda com a água
produzindo calor (reações muito exotérmicas) os haletos anidro de alumínio, o óxido
de cálcio, o pentacloreto de fósforo e o trióxido de enxofre. A óbvia recomendação
para estas substâncias é evitar o contato de grandes quantidades com água.
Qualquer reação que faça uso deste material deve ser feita sob controle de
temperatura e em pequena escala.
Oxidantes (O):
Nesta classe estão não só os peróxidos como as substâncias que podem
formar peróxidos, estes por sua vez são compostos explosivos. Exemplos é o éter
dietílico (cujo peróxido além de explosivo, por inalação pode ser fatal),
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tetrahidrofurano, azidas, azocompostos, percloratos e os cloratos. Os peróxidos, a
partir destas substâncias, podem se formar pelo contato destas substâncias com o
ar. Deve-se ainda mencionar o potássio metálico e a sodamida que formam os
superóxidos (que contêm o ânion O2 - ). Estes compostos devem ser guardados em
lugar seco, em frascos lacrados e sob refrigeração. Ao se manusear estes
compostos deve-se evitar o uso de espátulas metálicas, dando preferência a
espátulas de plástico, madeira ou cerâmica. Nunca se deve moer este tipo de
compostos (no caso de peróxidos sólidos).
Corrosivos (C) e Irritantes (X):
Estas duas classes, para efeito de manipulação, podem ser tratadas em
conjunto. Como já vimos os compostos corrosivos e os compostos irritantes agem
principalmente sobre a pele e os olhos. Ao se manipulá-los devem-se usar luvas e
no caso dos compostos corrosivos voláteis deve-se usar obrigatoriamente a capela.
Tóxicos (T):
O uso de luvas e máscaras protetoras para o manuseio deste tipo de
substância é obrigatório. Os experimentos que se utilizam destes compostos devem
ser conduzidos em áreas especialmente separadas para este fim. Este espaço
reservado pode ser uma sala separada ou uma capela. As bancadas utilizadas para
o experimento devem estar protegidas com uma cobertura. Após os experimentos
estas bancadas devem ser descontaminadas e o laboratorista deve limpar bem as
mãos e a parte exterior das luvas. Preferencialmente o avental não deve ser levado
para outro ambiente.
Os equipamentos de proteção coletiva - EPC são dispositivos utilizados
no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos
inerentes aos processos, tais como o enclausuramento acústico de fontes de ruído,
a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e
equipamentos, a sinalização de segurança, dentre outros.
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Como o EPC não depende da vontade do trabalhador para atender suas
finalidades, este tem maior preferência pela utilização do EPI, já que colabora no
processo minimizando os efeitos negativos de um ambiente de trabalho que
apresenta diversos riscos ao trabalhador.
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2 - Materiais de laboratório:
São definidos como materiais de laboratório os instrumentos e equipamentos
utilizados pelos cientistas para manipulação específica em química, física e
bioquímica para realizar experiências, efetuar medições, reunir dados, etc.
2.1 - Principais vidrarias usadas
Almofariz com pistilo
São definidos como materiais de laboratório os instrumentos e equipamentos
utilizados pelos cientistas para manipulação específica em química, física e
bioquímica para realizar experiências, efetuar medições, reunir dados, etc.
Usado na trituração e pulverização de sólidos.
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Balão de fundo chato
Utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou mesmo, fazer
reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o tripé com tela de
amianto.
Balão de fundo redondo
Utilizado principalmente em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo,
acoplado a rotaevaporador.
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Rotaevaporador
Empregado para a remoção de solventes de amostras, o evaporador
rotativo promove esta separação de substâncias aliando os processos de
evaporação e condensação. A rotação e o aquecimento promovido pelo mesmo
equipamento potencializam a evaporação. Este equipamento também é conhecido
como rotaevaporador, rotoevaporador e rotavapor.
Balão volumétrico
Possui volume definido e é utilizado para o preparo de soluções em
laboratório.
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Becker
É de uso geral em laboratório. Serve para fazer reações entre
soluções, dissolver substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e
aquecer líquidos. Pode ser aquecido sobre a tela de amianto.
Bureta
Aparelho utilizado em análises volumétricas.
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Cadinho
Peça geralmente de porcelana cuja utilidade é aquecer substâncias a seco e
com grande intensidade, por isto pode ser levado diretamente ao bico de bunsen.
Cápsula de porcelana
Peça de porcelana usada para evaporar líquidos das soluções.
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Condensador
Utilizado na destilação, tem como finalidade condensar vapores gerados pelo
aquecimento de líquidos.
Dessecador
Usado para guardar substâncias em atmosfera com baixo índice de umidade.
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Erlenmeyer
Utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para dissolver substâncias
e proceder reações entre soluções.
Funil de buchner
Utilizado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a função de filtro em
conjunto com o kitassato.
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Funil de separação
Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na extração
líquido/líquido.
Funil de haste longa
Usado na filtração e para retenção de partículas sólidas. Não deve ser
aquecido.
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Kitassato
Utilizado em conjunto com o funil de buchner em filtrações a vácuo.
Pipeta graduada
Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis. Não pode
ser aquecida.
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Pipeta volumétrica
Usada para medir e transferir volume de líquidos. Não pode ser aquecida,
pois possui grande precisão de medida.
Proveta ou cilindro graduado
Serve para medir e transferir volumes de líquidos. Não pode ser aquecida.
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Tubo de ensaio
Empregado para fazer reações em pequena escala, principalmente em testes de
reação em geral. Pode ser aquecido com movimentos circulares e com cuidado
diretamente sob a chama do bico de bünsen.
Vidro de relógio
Peça de vidro de forma côncava, é usada em análises e evaporações. Não
pode ser aquecida diretamente.
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2.2 - Principais equipamentos usados
Anel ou argola
Usado como suporte do funil na filtração.
Balança:
É um instrumento para determinação de massa. Nos laboratórios existem dois
tipos dela, a Analítica (precisão de 4 a 5 casas após a virgula) e a Semi-Analítica
(precisão de 3 ou menos casas após a virgula).
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Banho-maria
Serve para fazer reações enzimáticas a fim de manter temperatura exata e
constante.
Centrifuga
É um aparelho que acelera o processo de decantação através do movimento de rotação.
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Bico de bünsen
É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. Mas
contemporaneamente tem sido substituído pelas mantas e chapas de aquecimento.
Estante para tubo de ensaio
É usada para suporte dos tubos de ensaio.
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Garra de condensador
Usada para prender o condensador à haste do suporte ou outras peças como
balões, erlenmeyers etc.
Mufa
Adaptador para prender peças ao suporte.
Pinça de madeira
Usada para prender o tubo de ensaio durante o aquecimento.
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Pinça metálica
Usada para manipular objetos aquecidos.
Pisseta ou frasco lavador
Usada para lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de água,
álcool ou outros solventes.
Placa de agitação
Serve para aquecimento e também para dissolver soluto e preparar soluções
aquosas.
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Suporte universal
Utilizado em operações como: filtração, suporte para condensador, bureta,
sistemas de destilação etc. Serve também para sustentar peças em geral.
Tela de amianto
Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto é distribuir
uniformemente o calor recebido pelo bico de bunsen.
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Tripé
Sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias diversas de
laboratório. É utilizado em conjunto com a tela de amianto.
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3 - Identificação de metais pelo Teste da Chama
O teste da chama é um importante método de identificação, principalmente de
cátions metálicos, utilizado na análise química. Neste ensaio, ocorrem as interações
atômicas através dos níveis e sub níveis de energia quantizada. Quando um objeto é
aquecido, ele emite radiação, que pode ser observada através da sua cor. Um
exemplo é o aquecimento de metais nas indústrias metalúrgicas, quando eles
emitem uma cor vermelha intensa.
3.1 - Principio teórico de identificação
É baseado no fato de que quando, uma certa quantidade de energia é
fornecida a um determinado elemento químico (no caso da chama, energia em
forma de calor), alguns elétrons da última camada de valência absorvem esta
energia passando para um nível de energia mais elevado, produzindo o que
chamamos de estado excitado. Quando um desses elétrons excitados retorna ao
estado fundamental, ele libera a energia recebida anteriormente em forma de
radiação (Luz). Cada elemento libera a radiação em um comprimento de onda
característico, pois a quantidade de energia necessária para excitar um elétron é
única para cada elemento. A radiação liberada por alguns elementos possui
comprimento de onda na faixa do espectro visível, ou seja, o olho humano é capaz
de enxergá-las através de cores. Assim, é possível identificar a presença de certos
elementos devido à cor característica que eles emitem quando aquecidos numa
chama.
Esse teste é rápido e fácil de ser feito, porém, a quantidade de elementos
detectáveis é pequena e existe uma dificuldade em detectar concentrações baixas
de alguns elementos, enquanto que outros produzem cores muito fortes que tendem
a mascarar sinais mais fracos. Os olhos humanos detectam as diferentes cores
devido às diferentes frequências da luz, eles respondem de maneira diferente a cada
frequência. Na realidade somente uma porção de frequências de onda são 37
detectada pela retina humana e as ondas com essas frequências possuem
comprimentos de onda entre 400 e 700 nanômetros.
Quando um objeto é aquecido ele emite radiação, que pode ser analisada
por sua cor. Esta é uma analise qualitativa do objeto, pode-se descobrir a faixa de
freqüência da luz que esta sendo emitida pela identificação da cor. E pela equação
de Max Planck é possível definir a energia de uma radiação descobrindo a sua
frequência e posteriormente o comprimento de onda. A equação esta representada
abaixo:
“E” é a energia
“h” é a constante de Max Planck que tem o valor de 6,63×10-34 J.s.
é o comprimento de onda, como já foi mencionado.
“c” é a velocidade da luz (3,00x108 m/s).
Niels Bohr, um cientista dinamarquês aprimorou o modelo atômico de
Rutherford e elaborou a teoria atômica mais completa e aceita ate hoje. Ele acabou
por explicar a teoria atômica de Rutherford que era um desafio para a sociedade
cientifica da época, pois não poderia ser explicada pela Física Clássica. Bohr se
baseando nas teorias de Max Planck de energia quantizada determinou seus
postulados:
A energia radiada não é emitida ou absorvida de maneira contínua,
somente quando um elétron passa de uma órbita estacionária para outra
diferente (salto quântico).
Os elétrons giram em torno do núcleo em órbitas circulares e bem
definidas (fixas) que são as órbitas estacionárias. Mais tarde, seriam as
chamadas "camadas eletrônicas" (K, L, M, N, O, P e Q).
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O equilíbrio dinâmico dos sistemas nos estados estacionários se dá
pelas leis da mecânica clássica, o que não é verificado quando um elétron
passa para um diferente estado estacionário. Ao passar de um estado
estacionário para outro, um elétron absorve uma radiação bem definida, que é
o quantum, dado pela relação: E = h.v (“v” representa a frequência).
De forma simplificada, observa-se que quando um elétron recebe
energia ele salta para uma orbita mais externa. E a quantidade pacote de
energia absorvida e bem definida (quantum) que é equivalente á diferença
energética entre as camadas. E quando um elétron esta no estado excitado
ele volta para a sua orbita estacionaria ele libera energia na forma de ondas
eletromagnéticas (luz) de frequência característica do elemento desse átomo.
Bohr então propõe que o átomo só pode perder energia em certas
quantidades discretas e definidas, e isso sugere que os átomos possuem
níveis com energia definida. Essas teorias de Bohr hoje são comprovadas a
partir de cálculos e experimentos. Entre eles esta o teste da chama.
O teste da chama é um procedimento usado na química para identificar a
presença de alguns íons metálicos, baseado no espectro de emissão característico
de cada elemento. O teste é baseado no fato de que quando certa quantidade de
energia (no caso da chama, energia em forma de calor) é fornecida a determinado
elemento químico os elétrons da ultima camada dos seus átomos saltam para um
nível de energia mais elevado e quando estão no estado excitado eles retornam
para o estado fundamental liberando energia na forma de luz com um comprimento
de onda característico, pois a quantidade de energia necessária para excitar um
elétron é única para cada elemento. Apenas alguns elementos liberam radiação com
comprimento de onda na faixa da luz visível, e o olho humano é capaz de identificar
as cores emitidas por esses elementos. Dessa forma é possível identificar alguns
elementos através das cores emitidas por eles quando aquecidos numa chama.
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3.2 - Uso pratico do teste da chama
Como já dito anteriormente é possível identificar o elemento que está
presente no composto através da cor apresentada pela chama e para isso usam-se
os seguintes materiais:
Bico de Bunsen ou lamparina a álcool (o bico de Bunsen produz um
melhor resultado).
Fósforos.
Fio de níquel-cromo (pode ser conseguido em lojas de materiais
elétricos ou em arames de resistências de chuveiros) ou palitos de
churrasco e algodão.
Pregador ou pinça de madeira.
Sais diversos, como: LiCl, BaCl2, NaCl, CuSO4, CaCl2, KCl, etc..
Solução de ácido clorídrico a 1%.
Água destilada.
Esse experimento pode ser feito de três formas como segue abaixo:
1 - Segura-se uma das pontas do fio com a pinça de madeira e, com a outra
ponta, na forma de círculo, pega-se uma amostra de um dos sais. Posteriormente,
coloca-se esse sal em contato com a chama do bico de Bunsen. A cor da chama irá
se alterar.
Depois é só lavar esse arame com água destilada, colocá-lo na solução de
HCl e introduzi-lo no fogo para verificar se não há nenhum vestígio do sal utilizado
no arame.
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2 - Uma segunda alternativa, no caso de não ter o bico de Bunsen é utilizar
uma lamparina a álcool; no lugar dos sais sólidos, usam-se soluções desses sais; e
no lugar do fio, adotam-se os palitos de churrasco com um algodão enrolado na
ponta. Molha-se esse algodão em uma das soluções para, em seguida, introduzi-lo
na chama. A intensidade da cor será menor que no teste anterior, porém ainda é
possível visualizar bem a mudança na cor da chama.
3 - A terceira e última alternativa seria borrifar as soluções dos sais, uma de
cada vez, na chama. Porém, aconselha-se que ninguém esteja perto da chama e
que esse procedimento seja feito pelo professor ou alguém experiente.
3.3 - Exemplo das cores da chama
Como cada sal apresenta elementos diferentes, com átomos que têm níveis de
energia também de valores diferentes, a luz emitida por cada um dos sais será em
um comprimento de onda bem característico de cada um.
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É por isso que ao colocarmos, por exemplo, o sal de cozinha (Cloreto de
sódio – NaCl) na chama, vemos uma coloração amarela intensa, em razão da
presença do sódio; enquanto que se colocarmos o sulfato de cobre (CuSO4), o
cobre fará com que a chama adquira coloração verde.
As chamas adquirem colorações amarela e verde durante a vaporização de
íons sódio e cobre, respectivamente.
Além disso, visto que esse método é o mesmo usado nos fogos de artifício,
para que ele apresente aquele efeito bonito com várias cores diferentes. Não é um
teste muito seguro, já que o olho humano não é capaz de detectar sutis diferenças
entre uma cor e outra e acabar confundindo átomos que tenham coloração de
chama parecida.
Segue abaixo tabela de cores conforme cada composto:
Símbolo Nome Cor
As Arsênio Azul
B Boro Verde
Ba Bário Verde
Ca Cálcio Vermelho-tijolo
Cu(I) Cobre (I) Azul
Fe Ferro Dourada
K Potássio Lilás
Li Lítio Rosa/Magenta
Mg Magnésio Branco brilhante
Mn(II) Manganês(II) Verde marelado
Na Sódio Amarelo intenso
P Fósforo Verde turquesa
Pb Chumbo Azul
Zn Zinco Verde turquesa
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Referências Bibliográficas
Unesp - <http://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#vidrarias> Acesso no dia
12 de Abril de 2015 às 10:45
Ebah - <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABujcAH/teste-chama> Acesso
no dia 11 de Abril de 2015 às 18:50
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