trabalho de licenciatura(1)
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SISTEMA DE CONTROLO INTERNO SOBRE A GESTO DE TESOURARIA
O caso: Aeroportos de Moambique, E.P.
Jorlinho A. Frenque Mafumo
TRABALHO DE LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E FINANAS
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE ECONOMIA
Maputo, Moambique
Julho de 2012
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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE ECONOMIA
SISTEMA DE CONTROLO INTERNO SOBRE A GESTO DE TESOURAIA
O CASO: AEROPORTOS DE MOAMBIQUE, E.P.
Jorlinho A. Frenque Mafumo
Tese de licenciatura apresentada junto ao curso
de Licenciatura em Contabilidade e Finanas,
sendo esta a primeira vez que submeto um
trabalho de gnero, para a obteno do ttulo de
licenciado, junto a Faculdade de Economia da
Universidade Eduardo Mondlane.
Orientadora: Dra. Guilhermina Notio
Maputo
Julho de 2012
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Declarao
Declaro que este trabalho da mia autoria e resulta da mia investigao. Esta aprimeira vez que o submeto para obter um grau acadmico numa instituio educacional.
Maputo, O3 de \R*,tgp- de20l2
Jorlio A. Frenque Mafumo
Aprovao do Jri
Este trabalho foi aprovado "ottt {*l valores no dia$ Ae . ( L^- de 2012 por ns,
membros do Juri examinador da Universidade Eduardo Mondlane.
(Supervisor)
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Dedicatria
minha filha Kyara, que veio ao mundo no dia 21 de Setembro de 2011, facto extremamente
marcante e incentivador para o culminar deste trabalho. Filha! Mais do que uma dedicatria,
s o maior presente que DEUS enviou para mim. sua BNO.
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No h forma de medir quantos fracassos pela informao sero evitados
e quantos dollars investidos sero poupados devido ao aumento
de ateno a um efectivo sistema de controlo interno.
Donald T. Nicolaisen Chief Accountant SEC, Outubro 2004
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AGRADECIMENTOS
DEUS pela sua presena gloriosa, em todos momentos da minha vida.
Aos meus pas, especialmente a minha Me Estrela Isabel Chunguana, por toda dedicao,
perseverana, e luta incansvel na educao e formao dos seus filhos.
Aos meus irmos Drcia e Sidy, por partilharem comigo todos os bons e maus momentos, no
seio da nossa convivncia. Outro especial para Angelina, minha noiva, por continuar a
suportar todas as minhas virtudes.
minha supervisora, Guilhermina Notio por aceitar orientar-me na realizao deste
trabalho, pela sua pacincia, ateno e humildade.
Ao Dr. Antnio Silva (Administrador Financeiro), Dr. Ernesto Chama (Ex- Director
Financeiro, agora Chefe do Gabinete de Planeamento e Controlo Interno GPCI), Dr. Egas
Chioco, (Tcnico Superior de N1 afecto ao GPCI), Dr. Chongo (Chefe do Gabinete de
Qualidade), Dra Clotilde Mudlovo (Chefe do Gabinete de Informtica), e ao pessoal da rea
financeira, dos Aeroportos de Moambique, E.P., por apoiarem-me no estgio profissional e
fornecimento de dados para a realizao do estudo de caso naquela instituio.
Aos meus amigos e colegas que pela pacincia e tolerncia quando tanto precisaram de mim,
e estive ausente. Mas que de forma amigvel mantiveram sempre o seu apoio.
Por ltimo a todos que de forma directa ou indirecta, contriburam e tem contribudo para o
meu sucesso acadmico e profissional.
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LISTA DE ABREVIATURAS
ADM, E.P. Aeroportos de Moambique, E.P.
AICPA American Institute of Certified Public Accountants.
ARDs Aerdromos.
ARPs Aeroportos.
CA Conselho de Administrao.
COSO - Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission.
NIRF Normas Internacionais de Relato Financeiro.
PA Pedido de Adiantamento.
PES Plano Econmico e Social.
PGC Plano Geral de Contabilidade.
SCI Sistema de Controlo Interno.
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SUMRIO
Este trabalho foi realizado com vista elucidar a importncia de implementao das boas
prticas de corporate governance no sistema de controlo interno para que possa possibilitar
uma gesto mais profissionalizada e transparente, diminuindo a assimetria de informaes
para a maximizao do valor na empresa. As boas prticas de corporate governance,
prendem-se com a necessidade de cumprimento de normas, prestao de contas,
transparncia e senso de justia.
Para tal, foi identificado para a realizao deste trabalho um tema denominado Sistema de
Controlo Interno sobre a Gesto de Tesouraria, onde se descreve a importncia do controlo
interno na gesto pblica com o intuito de apresentar possveis solues, visando eliminar ou
minimizar os efeitos resultantes da problemtica hoje existente, relacionados nfase dada ao
controlo eficiente e eficaz dos recursos, bem como a avaliao da aco dos gestores
pblicos. Foi realizado um estudo de caso nos ADM, E.P., no qual fez-se levantamento sobre
as normas e procedimentos adoptados, bem como a discusso dos dados de pesquisa,
relacionados com o processo de Gesto de Tesouraria.
Constatou-se que, o Sistema de Controlo Interno dos ADM, E.P., levado a cabo desde os
nveis mais altos de uma organizao at aos nveis mais baixos, envolvendo desse modo o
Conselho de Administrao, as direces e outros membros das organizaes, e encontram-se
implementados os procedimentos e regulamentos de controlo interno, convergindo com as
boas prticas de governao corporativa, facto que fez validar como verdadeira a hiptese
apresentada.
O processo de gesto de tesouraria nos ADM, est relacionado com procedimentos que so
levados a cabo em operaes de recebimentos (toda a transaco de entrada de valores na
empresa, em numerrio ou documentos, desde que devidamente certificados, reconhecidos e
conferidos como originais) e operaes de pagamentos (toda a transaco que envolve sada
de valores da empresa, quer em numerrio ou documentos).
Palavras-chave: Controlo Interno, Administrao Pblica, Governao Corporativa e Gesto
de Tesouraria.
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Sistema de Controlo Interno sobre a Gesto de Tesouraria: Caso Aeroportos de Moambique, E.P.
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ndice Geral
Agradecimentos.i
Lista de abreviaturas.ii
Resumo....iii
1. INTRODUO .................................................................................................................................. 3
1.1 Contextualizao ....................................................................................................................... 3
1.2 Problema de pesquisa ................................................................................................................ 4
1.3 Relevncia da pesquisa .............................................................................................................. 4
1.4 Objectivos .................................................................................................................................. 5
1.4.1 Objectivo geral .......................................................................................................................... 5
1.4.2 Objectivos especficos ............................................................................................................... 5
1.5 Hiptese ..................................................................................................................................... 6
1.6 Metodologia .............................................................................................................................. 6
1.7 Resultados esperados ................................................................................................................. 7
1.8 Limitaes ................................................................................................................................. 8
1.9 Estrutura do trabalho ................................................................................................................. 8
2. REFERENCIAL TERICO ........................................................................................................... 10
2.1 Controlo Interno e Sistema de Controlo Interno ..................................................................... 10
2.1.1 Conceitos e interpretao ........................................................................................................ 10
2.1.2 Factores Integrantes do Controlo Interno ................................................................................ 12
2.1.3 Tipos de Controlo Interno ....................................................................................................... 14
2.2 Tcnicas de Controlos Internos ............................................................................................... 15
2.3 Princpios e regras para organizao do Sistema de Controlo Interno .................................... 16
2.4 Sistemas de Controlo Interno .................................................................................................. 20
2.4.1 Componentes do Sistema de Controlo Interno ........................................................................ 21
2.4.2 Caractersticas do Sistema de Controlo Interno e Suas Actividades ....................................... 22
2.4.3 Riscos nos Sistemas de Controlo Interno ................................................................................ 24
2.5 Medidas de controlo interno sobre as disponibilidades .......................................................... 25
2.5.1 Pagamento em dinheiro ........................................................................................................... 25
2.5.2 Pagamento via bancos ............................................................................................................. 26
2.5.3 Reconciliaes bancrias ......................................................................................................... 28
2.6 O controlo interno a nvel internacional O sarbanes-oxley act ............................................ 29
2.6.1 Governao corporativa e os valores da Lei SOX no controlo interno ................................... 30
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3. ADMINISTRAO PBLICA E CONTROLO INTERNO ...................................................... 32
3.1 Princpios norteadores da administrao pblica e controlo interno ....................................... 32
3.1.1 Importncia do Controlo Interno na Administrao Pblica .................................................. 34
3.1.2 Funes do Controlo Interno ................................................................................................... 34
3.2 Modelos de controlo interno ................................................................................................... 35
4. ESTUDO DE CASO ........................................................................................................................ 37
4.1 Breve historial da empresa ...................................................................................................... 37
4.2 Principais actividades dos ADM, E.P. .................................................................................... 39
4.3 Principais projectos da empresa em curso ............................................................................... 40
4.4 Resultados de pesquisa sobre as normas e procedimentos adoptados pelos ADM, E.P. ........ 41
4.4.1 Gesto do Oramento .............................................................................................................. 42
4.4.2 Gesto de Tesouraria ............................................................................................................... 45
4.4.2.1 Recebimentos .......................................................................................................................... 45
4.4.2.2 Pagamentos .............................................................................................................................. 46
4.4.2.3 Reconciliao bancria ............................................................................................................ 51
4.4.3 Gesto de contas bancrias ...................................................................................................... 51
4.4.4 Contabilidade e prestao de contas ........................................................................................ 52
4.5 Discusso dos resultados da pesquisa ..................................................................................... 54
5. CONCLUSES E RECOMENDAES ...................................................................................... 57
5.1 Concluses .............................................................................................................................. 57
5.2 Recomendaes ....................................................................................................................... 58
6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................................... 59
7. ANEXOS ........................................................................................................................................... 61
ndice de Tabelas
Tabela 1 Tipo de despesas pagas pelo fundo fixo ............................................................................... 48
Tabela 2 Valor do fundo fixo e seus limites ....................................................................................... 49
Tabela 3 Tabela de prestaes de contas ............................................................................................ 53
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1. INTRODUO
1.1 Contextualizao
O controlo interno entendido como sendo uma actividade que procura garantir as boas prticas de
gesto e procedimentos, bem como do cumprimento das polticas determinadas pela gesto. Ele
constitui uma forma de organizao que pressupe a existncia de um plano e sistemas coordenados,
destinados a prevenir a ocorrncia de erros e irregularidades ou a minimizar as suas consequncias e
ainda, maximizar o desempenho da entidade na qual se insere.
importante realar que os mecanismos de controlo visam no s prevenir, mas tambm garantir uma
aplicao regular dos recursos pblicos. Para alm disso, considerando que a Administrao Pblica
deve rigorosamente servir aos fins para os quais o Estado foi criado, evidencia-se a necessidade de
permanente incidncia do controlo sobre toda e qualquer actividade administrativa.
Para que a administrao pblica possa cumprir e assegurar o bem-estar social imprescindvel que
disponha de recursos suficientes para tal fim (arrecadao de receitas), uma vez que os servios
prestados pelo Estado demandam de uma contraprestao (aplicao das despesas). Da que,
independentemente do papel do Estado a administrao pblica precisa de ser controlada e, com
intuito de conferir maior eficcia, eficincia e economicidade aos gastos pblicos e dar maior
transparncia na aplicao de recursos pblicos, existe o controlo interno, instrumento obrigatrio que
auxilia na gesto pblica e actua de forma preventiva na deteco de irregularidades.
Assim, este trabalho procurar de maneira sintetizada, elucidar da importncia de implementao das
boas prticas de corporate governance (de expresso inglesa que significa governao corporativa)
no sistema de controlo interno para que possa possibilitar uma gesto mais profissionalizada e
transparente, diminuindo a assimetria de informaes para a maximizao do valor na empresa. De
onde que, as boas prticas de corporate governance iro cingir-se basicamente, necessidade de
cumprimento de normas (compliance), prestao de contas (accountability), transparncia (disclosure)
e senso de justia (fairness).
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1.2 Problema de pesquisa
Com a aprovao do Estatuto Orgnico da Inspeco-Geral de Finanas, o correspondente
Regulamento Interno, pelo Decreto n. 40/99, de 29 de Junho, e o Diploma Ministerial n. 57/2000, de
21 de Junho, respectivamente, observou-se mais um avano no fortalecimento do controlo interno em
Moambique, uma vez que a funo de zelar pela observncia rigorosa da disciplina financeira do
Estado e outros entes pblicos j fora conferida ao rgo acima referenciado pelo prprio Estatuto
Orgnico do Ministrio das Finanas.
Todavia, o controlo interno d ao Administrador suporte e confiana na gesto do patrimnio do
Estado e ou, dos entes pblicos. Este compreende uma relevante ferramenta no domnio preventivo,
detectivo e correctivo, que deve ser operado com todo o rigor e independncia, a fim de cumprir as
finalidades que se prope.
Contudo, os inmeros casos de incompetncia, impropriedades, nepotismo, fraudes, prticas perversas
sobre a gesto de fundos pblicos, continuam abalando a confiana e a credibilidade da
sociedade/populao, em relao as instituies pblicas moambicanas. Tais factos demonstram que
os sistemas de controlo interno possuem deficincias que os impedem de garantir de forma razovel,
eficiente, eficaz e qualitativa, a gesto e a prestao de servios pelos rgos pblicos. Diante destes
factos a questo que se coloca a presente pesquisa :
Ser que a Gesto de Tesouraria feita de uma maneira eficiente e eficaz luz do Sistema de
Controlo Interno, de modo a cumprir com os procedimentos e polticas determinadas pela gesto?
1.3 Relevncia da pesquisa
A relevncia desta pesquisa em relao ao Sistema de Controlo Interno sobre a Gesto de Tesouraria
resultado do interesse de aprofundar o conhecimento no tema escolhido, traduzindo-se na
oportunidade de incrementar o aprendizado em assuntos correlatos administrao pblica, na
constituio de uma actividade imprescindvel a todo esforo humano colectivo pela busca dos
objectivos firmados. Donde que, se no existe controlo significado de que a administrao pblica
no tem como mensurar o cumprimento de metas nem a execuo de oramentos, pela inobservncia
de um dos intrnsecos instrumentos da administrao.
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Neste contexto, importa ressaltar a expanso dos limites das aces de controlo para alm do
conhecimento de eficincia, incluindo-se tambm o conceito de eficcia dos resultados. Assim, o
controlo interno em uma entidade desempenha como maior objectivo, a proteco do patrimnio
constituindo de igual modo uma ferramenta de apoio a contabilidade, o que releva a necessidade de
estudos direccionados nessa rea, tendo em vista a importncia de um Sistema de Controlo Interno que
evidencie indicadores de excelncia na execuo das polticas pblicas.
Outra justificativa, deve-se fundamentalmente pela relevncia na rea do conhecimento sobre o
controlo interno nas instituies pblicas, uma vez que a bibliografia que retrata sobre esse assunto se
volta mais amplamente para discusses no mbito das instituies privadas, o que confere a escassez
de publicaes inerentes ao tema.
1.4 Objectivos
Os objectivos podem ser divididos em final ou intermedirios, ou geral e especficos.
1.4.1 Objectivo geral
Segundo BEUREN (2003:65), O objectivo geral indica uma aco ampla, por isso mesmo deve ser
elaborado com base na pergunta da pesquisa. Assim, com base nesses conceitos, definiu-se como
objectivo geral da presente pesquisa o seguinte:
Analisar a importncia do controlo interno como um instrumento que proporciona
Administrao Pblica, uma boa gesto dos fundos pblicos atravs de um controlo eficiente e
eficaz dos recursos.
1.4.2 Objectivos especficos
De acordo com BEUREN (2003:53), os objectivos especficos devem escrever aces
pormenorizadas, aspectos especficos para alcanar o objectivo geral estabelecido.
Ainda BEUREN (2003:56), refere que, tanto objectivo geral como os objectivos o especficos
precisam manter coerncia entre si, o que pressupe a harmonizao entre eles e a subordinao destes
em relao quele. Desde j, tm-se como objectivos especficos:
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Caracterizar as polticas e procedimentos usados no processo administrativo das receitas e
despesas pblicas;
Apresentar e descrever as caractersticas e importncia do controlo interno na gesto das
receitas e despesas pblicas;
Avaliar os controlos internos e seus sistemas na gesto de tesouraria em empresas pblicas.
1.5 Hiptese
Hiptese uma soluo provisria ao problema levantado e, consequentemente, uma provvel soluo
ao tema central. De acordo com GIL (2002:30), hiptese uma explicao susceptvel de ser declarada
verdadeira ou falsa.
O controlo interno no sector pblico um mecanismo atravs do qual a entidade avalia o cumprimento
das metas previstas no oramento planeado, comprova a legalidade e avalia os resultados de acordo
com os princpios que regem a administrao pblica, controlo a gesto dos recursos pblicos,
servindo de apoio aos controlos administrativos, aos gestores e ao controlo interno. Assim, pelo facto
de que o oramento pblico pode ser uma ferramenta do controlo interno na administrao pblica e
com base na anlise dos conceitos e objectivos do controlo interno, pretende-se validar a hiptese que
a seguir se apresenta:
Ho: Os procedimentos e regulamentos do sistema de controlo interno, convergem com os
instrumentos das boas prticas de governao corporativa, quanto a gesto dos recursos pblicos.
1.6 Metodologia
A escolha do delineamento deve considerar o pressuposto que orienta a pesquisa. Neste estudo,
definiu-se o seguinte pressuposto: Sistema de Controlo Interno sobre a Gesto de Tesouraria, no que
vai cingir na descrio da importncia do controlo interno na gesto pblica com o intuito de
apresentar possveis solues, visando eliminar ou minimizar os efeitos resultantes da problemtica
hoje existente, relacionados nfase dada ao aspecto legal e formal da gesto, ao da avaliao da
aco dos gestores pblicos.
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Assim, a pesquisa poder ser enquadrada na tipologia descritiva, de acordo com GIL (2002:45), tem
como objectivo primordial a descrio das caractersticas de determinada populao ou fenmeno ou,
ento, o estabelecimento de relaes entre variveis.
No que concerne aos procedimentos, refere-se a uma pesquisa bibliogrfica. Segundo MARTINS
(1990:23), a que se efectua para se resolver problema ou adquirir conhecimentos a partir de consultas
a livros, artigos, jornais, entre outros. Tem como objectivo recolher, seleccionar, analisar e interpretar
as contribuies tericas j existentes sobre determinado assunto.
Assim, uma vez que o estudo consistiu na colecta, seleco, anlise e interpretao da literatura
pertinente ao assunto, composta de livros, manuais, teses, dissertaes, artigos cientficos, sites
especializados de internet, e mais, a pesquisa de carcter bibliogrfico que se prender no
esclarecimento sob ponto de vista terico nos conceitos de controlo interno e sistemas de controlo
interno aliados a sua importncia na gesto pblica, uma vez que defendem o patrimnio pblico,
assegurando o cumprimento dos procedimentos previstos, prevenindo, detectando e corrigindo erros.
A pesquisa tambm pode ser classificada como documental, pois conforme conceitua BEUREN
(2003:89):
A pesquisa documental vale-se de matrias que ainda no receberam nenhuma anlise
aprofundada. Esse tipo de pesquisa visa assim, seleccionar, tratar e interpretar a informao
bruta, buscando extrair algum sentido dela e introduzir-lhe algum valor, podendo desse modo,
contribuir com a comunidade cientfica a fim de que outros possam voltar a desempenhar
futuramente o mesmo papel.
Para a elaborao do trabalho proposto, foram consultados colectneas bibliogrficas sobre os assuntos
relacionados ao tema central, que a Sistema de Controlo Interno sobre a Gesto de Tesouraria na
Empresa Pblica, alm da consulta aos instrumentos legais pertinentes ao tema.
1.7 Resultados esperados
No final, espera-se que esta pesquisa possa possibilitar novas dimenses e tratamento conferidos ao
objecto de estudo, servindo como base para direccionar novas pesquisas. Assim sendo, no h
pretenses de exaurir toda a problemtica que envolve o tema, mas sim apresentar concisamente uma
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anlise, reflexo e discusso com base na literatura pertinente, pois se considera o controlo interno
como ferramenta fundamental da gesto pblica.
1.8 Limitaes
As limitaes podem ser os entraves encontrados para a consecuo da pesquisa. Podem ser
dificuldades encontradas que podem inviabilizar a resoluo do problema. A partir desta acepo de
limitao embora o tema controlo interno seja de grande importncia para as entidades, tanto
pblicas ou privadas, os resultados obtidos no so muito divulgados, configurando-se assim, numa
limitao para o presente estudo.
Houve limitao na recolha de informaes, uma vez que a empresa encontrava-se ainda agitada,
devido aos ltimos acontecimentos de desvios de fundos do errio pblico. Da que os entrevistados e
outros funcionrios receavam muito em disponibilizar dados ou informaes relacionados com o tema
em apreo, facto que fez com que o trabalho de licenciatura levasse mais tempo do que previsto.
Outra limitao para a presente pesquisa a pouca divulgao da obrigatoriedade de se manter, na
administrao pblica, sistemas integrados de controlo interno. A pouca divulgao de informaes
sobre o controlo interno por parte das entidades pblicas, faz com que o controlo interno, em muitos
casos, ocorra de maneira no estruturada e por vezes pretextando o cumprimento da lei.
1.9 Estrutura do trabalho
O trabalho composto por V Captulos. Sendo que no Captulo I, se tem a introduo que
contextualiza a importncia dos instrumentos de controlo interno na Administrao Pblica, no que
tange a transparncia, eficincia e eficcia na aplicao dos recursos pblicos. Em seguida, apresenta-
se o problema de pesquisa quanto ao cumprimento de polticas e procedimentos pela gesto, relevando
o controlo como um instrumento de mensurao para o cumprimento de metas estabelecidas. Ainda no
mesmo captulo, encontram-se plasmados os objectivos e a hiptese a ser validada no culminar do
trabalho, a metodologia que foi usada para a pesquisa tendo em conta os pressupostos definidos, assim
como os resultados esperados e as limitaes para a realizao desta pesquisa.
O Captulo II, trata da reviso bibliogrfica de vrias obras com maior enfoque ao controlo interno e
sistemas de controlo interno, onde se apresenta diversos conceitos e interpretaes, tendo como
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referncia vrias obras e documentos que de uma forma generalizada, abordam assuntos relacionados
com o tema em apreo. J no Captulo III, debrua-se matria relacionada com a administrao pblica
e controlo interno, onde se faz meno das funes e importncia do controlo interno, bem como dos
princpios norteadores na administrao pblica.
No IV Captulo, tem-se a confrontao dos assuntos retratados nos captulos anteriores, atravs da
apresentao de um estudo de caso nos Aeroportos de Moambique, E.P. Para terminar, no Captulo
V, o presente trabalho apresenta as concluses e recomendaes dos assuntos retratados no tema
causa, sendo a bibliografia e anexos apresentados nos Captulos VI e VII, respectivamente.
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2. REFERENCIAL TERICO
2.1 Controlo Interno e Sistema de Controlo Interno
2.1.1 Conceitos e interpretao
Controlo interno compreende a plano de organizao e todos os mtodos e medidas adoptados na
empresa para salvaguardar seus activos, verificar a exactido e confiabilidade de dados contabilsticos,
promover a eficincia operacional e fomentar o respeito s polticas administrativas fixadas pela
gesto (Comit de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de Contabilistas Pblicos
Certificados (American Institute of Certified Public Accountants AICPA).
O controlo interno um instrumento de gesto que utilizado para proporcionar uma garantia
razovel de que se cumpram os objectivos estabelecidos pela direco (Organizao Internacional das
Entidades Fiscalizadoras Superiores INTOSAI).
O controlo interno numa entidade desempenha como maior objectivo, a segurana do patrimnio, alm
de gerar eficincia no alcance do objectivo social o que se manifesta como resultado e obviamente
ferramenta de apoio contabilidade. Sendo que a partir de um sistema de controlo interno, procura-se
evitar desvios, perdas e desperdcios, assegurando de uma forma razovel o comprimento de normas
administrativas e legais e proporcionando a identificao de erros, fraudes e seus respectivos
responsveis.
Assim, segundo ATTIE (1998:114), sob uma ptica empresarial, o controlo interno visa os seguintes
objectivos:
Salvaguardar e proteger seus activos;
Verificar o grau de confiabilidade e exactido dos registos contabilsticos;
Promover a eficincia operacional.
A International Organization of Supreme Audit Institutions (INTOSAI), preocupada com a
administrao pblica, promoveu em vrios pases uma pesquisa sobre o uso de controlos internos,
cujo resultado ficou consolidado no Guia para Normas de Controlo Interno, na qual define controlo
interno como sendo:
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Todo o sistema de controlos financeiros e de qualquer outra natureza da entidade, ()
incluindo a estrutura organizacional, os mtodos, os procedimentos e a auditoria
interna, estabelecido pelos administradores segundo os objectivos da entidade, que
contribuem para que ela seja regularmente administrada de forma econmica,
eficiente e eficaz, garantindo, assim, a observncia de polticas determinadas pela
administrao, salvaguardando bens e recursos, assegurando a fidelidade e
integridade dos registos contabilsticos e produzindo informaes financeiras e
gerncias confiveis e tempestivas. (INTOSAI, 1992).
Segundo o Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO)1 apud
ATTIE (1998:110), o Controlo Interno definido como sendo o processo levado a cabo pelo Conselho
de Administrao, Direco e outros membros de uma organizao, com o objectivo de proporcionar
um grau de confiana razovel na concretizao dos seguintes objectivos:
a) Eficcia e eficincia dos recursos objectivo do alcance bsico das metas de desempenho e
rentabilidade da entidade, com meno a salvaguarda dos activos;
b) Fiabilidade da informao financeira para este objectivo, as demonstraes financeiras
devem reflectir transaces reais, consignadas pelos valores reais e enquadramentos
correctos; e
c) Cumprimento das leis e normas estabelecidas observncia da aplicabilidade das normas
que a entidade est sujeita (Compliance).
Afirma ainda que, Controlo Interno compreende o plano de organizao dos mtodos e medidas,
adoptadas pela empresa, para proteger seu patrimnio, verificar a exactido e seus dados
contabilsticos fidedignos, promover a eficincia operacional e encorajar a adeso poltica traada
pela administrao.
Ainda ATTIE (1998:111), o controlo interno compreender todos os meios planeados pela empresa
para dirigir, restringir, governar e conferir suas vrias actividades com o propsito de fazer cumprir os
seus objectivos.
1 Internal Control Integrated Framework Disponvel em:
http://www.coso.org/publications/executive_summary_integrated_framework.htm, acesso 7/03/2010.
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Atravs destes conceitos, pode-se observar que a alta administrao e os gestores so os responsveis por
planear, organizar, dirigir e controlar todos os desempenhos da organizao.
Pode-se observar tambm de forma bastante genrica, que o controlo interno envolve todos os
processos e rotinas de natureza contabilstica e administrativa, com a ideia de organizar a empresa de
tal forma que seus colaboradores compreendam, respeitam e faam cumprir as polticas traadas pela
administrao.
2.1.2 Factores Integrantes do Controlo Interno
Pela sua amplitude, o controlo interno, para ser compreendido correctamente deve ser examinado ao
seu real significado. Dessa forma, MORAIS (2003:18) cita alguns requisitos que devem ser
observados como factores integrantes do controlo interno:
Polticas - Compreendem o conjunto de declaraes de carcter administrativo a respeito das
intenes da organizao em relao a um determinado tema. Podem ser conceituados como guias de
raciocnio, planeadas para a tomada de deciso em nveis inferiores, decises estas aplicveis a
situaes repetitivas, tendo em vista canalizar as decises para objectivos estabelecidos. possvel a
identificao de dois nveis distintos de preocupao em termos do estabelecimento de polticas:
a) Polticas globais, que afectam todo o comportamento da organizao (polticas estratgicas);
b) Polticas operacionais, que tm uma menor faixa de influncia e que muitas vezes, aparecem
como verdadeiras regras de trabalho.
Objectivos - Devem ser entendidos como seus planos e declaraes estratgicas no amplo
sentido. O estabelecimento de objectivos precede sempre a escolha das metas e seleco, desempenho,
implementao e manuteno dos sistemas que tm como finalidade a segurana na consecuo dos
objectivos.
Metas - So alvos especficos, quantificados, dentro de sistemas especficos e podem tambm
ser denominados como metas operacionais, padres operacionais, nvel de desempenho ou resultados
esperados. Devem ser identificados em cada sistema, claramente definidas, mensurveis, com
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adequado grau de realismo e consistentes com os objectivos estratgicos. Os riscos de sua no
realizao devem ser tambm explicitamente reconhecidos.
Plano de organizao - o modo pelo qual se organiza um sistema. A estrutura organizacional
necessita corresponder a uma diviso de trabalho adequada e balanceada de forma que sejam
estabelecidas as relaes de autoridade e responsabilidade entre os vrios nveis, pelas parcelas de
trabalho exigidas para a consecuo dos objectivos da organizao. Representa, em outras palavras, a
definio de quem faz o qu, e quem tem autoridade sobre quem na organizao.
Mtodos e medidas - Estabelecem os caminhos e os meios de comparao e julgamento para
chegar a determinado fim, mesmo que no tenham sido preestabelecidos formalmente (normas,
sistemas, manuais de servio e rotinas). A organizao como um todo pode ser caracterizada como a
conjuno de vrios subsistemas. Cada um dos subsistemas, por sua vez, compe-se de uma cadeia de
procedimentos destinados a gerar e registar informaes finais. O planeamento de um sistema, alm de
resultar num sistema eficiente, prtico, econmico e til, deve levar em conta a definio de
procedimentos especficos destinados a promover o controlo sobre as operaes e as actividades
preferencialmente formalizadas atravs de manuais.
Proteco do patrimnio - Compreende a forma pela qual so salvaguardados e defendidos os
bens e direitos da organizao (custdia, controlo e contabilizao de bens, normas, e mais).
Exactido e fidedignidade dos dados contabilsticos - Correspondem a adequada preciso e
observncia aos elementos dispostos na contabilidade. A classificao dos dados dentro de uma
estrutura formal de contas, seguida da exactido de um plano de contas que facilite o seu registo,
preparao e contabilizao de um manual descritivo do uso das contas conjugado definio de
procedimentos que possibilitem a anlise, conciliao e a soluo tempestiva de quaisquer
divergncias so elementos significativos para a expresso da fiel escriturao contabilstica (Plano
Geral de Contas, regras de contabilizao, manuais de servios, conciliao contabilstica dos diversos
sistemas com a contabilidade e levantamento de contas no escrituradas electronicamente).
Eficincia operacional - Compreende a aco ou fora a ser posta em prtica nas transaces
realizadas pela organizao. A definio de adequado plano de organizao aliada aos mtodos e
procedimentos bem definidos, assim como a observao de normas convenientes no cumprimento dos
deveres e funes com a existncia de pessoal qualificado, treinado para desenvolver suas actividades
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e adequadamente supervisionado por seus responsveis, tendem a implementar a desejada eficincia
nas operaes.
Logo, de uma forma isolada ou agregada a maior parte desses requisitos podero contribuir de uma
forma positiva, para um funcionamento efectivo do Sistema de Controlo Interno.
2.1.3 Tipos de Controlo Interno
Segundo o AICPA, apud COSTA (2000:140) o controlo interno na empresa pode ser bem amplo,
assim, pode-se caracteriz-lo em dois grandes grupos: Administrativo e Contabilstico.
Controlo Interno Administrativo Inclui, embora no se limite, o plano de organizao e os
procedimentos e registos que se relacionam com os processos de deciso que conduzem autorizao
das transaces pelo rgo de gesto.
Controlo Interno Contabilstico - Compreende o plano da organizao relacionado com a proteco
dos bens, direitos e obrigaes da empresa e a fidedignidade dos registos financeiros. De modo que,
consequentemente, proporcionem uma razovel certeza de que:
a) As transaces so executadas de acordo com uma autorizao geral ou especfica do rgo de
gesto;
b) As transaces so registadas de modo a:
i. Permitirem a preparao de demonstraes financeiras em conformidade com o PCGA2
ou com qualquer outro critrio aplicvel a tais demonstraes;
ii. Manterem um controlo sobre os activos;
c) O acesso aos activos apenas permitido de acordo com autorizao do rgo de gesto;
d) Os registos contabilsticos dos activos so periodicamente comparados com esses mesmos
activos, sendo tomadas aces apropriadas sempre que se encontrem quaisquer diferenas.
2 Princpios de Contabilidade Geralmente Aceites.
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2.2 Tcnicas de Controlos Internos
Para CAVALHEIRO e FLORES (2007:38), algumas tcnicas de controlos internos devem estar
inseridas nas rotinas das pessoas e unidades administrativas para que se alcancem os objectivos do
controlo. Assim, dentre vrias tcnicas de controlos internos existem algumas que se requerem que
sejam obrigatoriamente institudas por qualquer sistema de controlo interno, a saber:
Autorizao - uma tcnica que consiste em limitar determinadas operaes mediante
autorizao de pessoa diferente da que executa a tarefa.
Correlao - Esta consiste em conciliar saldo de contas contabilsticas, ou ainda, a correlao
existente entre dados e informaes. Exemplo: conciliao bancria, inventrios fsicos e
contabilsticos, arrecadao de impostos no sector tributrio e os valores lanados na
contabilidade, a aquisio de bens patrimoniais no sector de patrimnio e os valores
contabilizados.
Numerao sequencial - uma forma de controlo bastante simples que consiste em enumerar
sequencialmente determinado documento, com o objectivo de assegurar a integridade do
processo, como pedidos e autorizaes.
Controlo de totais - O controlo de totais consiste em confrontar as somas dos valores que
importam em conferncias de forma a assegurar-se que todas as transaces foram executadas.
Operaes pendentes - Consistem em registar as operaes omissas de um processo e criar
rotinas de verificao dessas operaes.
Dupla verificao - um dos mecanismos elementares para detectar erros, consistindo na
repetio ou nova execuo em detalhes da actividade sujeita a controlo. Pode ser efectuada
pela mesma pessoa, todavia, o nvel de confiana aumenta quando a aco realizada por
outra. a implementao da cultura do fazer e conferir at o momento em que haja o
comprometimento das pessoas em se concentrarem e fazer certo da primeira vez. Mesmo
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assim, na prtica, sabe-se que h necessidade da conferncia e esta cultura deve ser fomentada,
evitando que no haja preocupao de cada pessoa com a eficcia do processo.
Controlo prvio - Esta tcnica ou mecanismo difere da dupla verificao, porque realizado
antes desta e envolve a avaliao de juzo da transaco. Exemplo: controlo da emisso da nota
de desempenho.
Anlise de balanos - A anlise das demonstraes contabilsticas da organizao pode revelar
importantes itens de controlo ou a sua ausncia, principalmente a anlise da evoluo de
ndices e indicadores onde as alteraes significativas devem ser investigadas.
Indicadores de desempenho - Os ndices de desempenho nos processos devem ser criados e
analisados e, assim como a anlise de balano, essa rotina revela desvios de comportamento e
pode indicar desvios de controlos.
2.3 Princpios e regras para organizao do Sistema de Controlo Interno
A finalidade do controlo da Administrao Pblica, em sentido amplo, de verificar se o gestor aplica
os recursos que lhes so repassados de maneira responsvel, eficiente e moral. Contudo, o controlo no
se restringe apenas s aplicaes de recursos, ele tem enfoque tambm sobre a gesto da coisa pblica.
Ele deve actuar tambm na avaliao de resultados no que diz respeito eficcia e eficincia da gesto
financeira, oramentria e patrimonial da Administrao Pblica, directa ou indirecta, assim como na
verificao da eficcia e eficincia da aplicao de recursos por entidades privadas, quando aqueles
so oriundos de ente pblico.
Nessa ordem de ideias, CAVALHEIRO e FLORES (2007:34-38), citam vrios princpios e regras que
concorrem para uma plena organizao do sistema de controlo interno, a saber: segurana razovel,
integridade e competncia, acompanhamento dos controlos, organizao, registo oportuno, sistema de
autorizao e execuo, segregao de funes, acesso restrito, determinao das responsabilidades,
normalizao, comunicao interna, cumprimento da legislao e proteco dos activos.
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Segurana razovel - O sistema de controlo interno deve oferecer a segurana razovel de que os
objectivos gerais da organizao sero cumpridos. Para tal, h que ter um nvel satisfatrio de
confiana por meio da garantia da independncia profissional dos integrantes e dos departamentos.
Mesmo que se reconhea como metodologias existentes a Unidade de Controlo Interno ou a
Contabilidade de Gesto3, ambas integrando funes por vezes conjuntas de controlos e auditoria
ou auditoria e contabilidade em benefcio do princpio da segregao de funes, estas tarefas
devem ser desempenhadas, por medida de segurana, por diferentes departamentos e independentes. A
Auditoria deve reportar-se alta gesto e ser independente da Contabilidade de Gesto. A
Contabilidade de Gesto organiza os controlos contabilsticos e a relao destes com os outros
departamentos, sendo que a auditoria recomenda-se que seja desempenhada por departamento de
auditoria independente.
Ainda em volta do princpio da segurana dos controlos que no se recomenda que a coordenao
dos departamentos de auditoria (principalmente) e de contabilidade de gesto sejam ocupados por
pessoal que no seja de provimento efectivo da instituio.
Integridade e competncia - Os chefes, directores e colaboradores devem caracterizar-se por sua
integridade pessoal e profissional, possuir um nvel de competncia que lhes permita entender a
importncia de desenvolver, implantar e manter controlos internos apropriados, assim como alcanar
os objectivos gerais traados para os mesmos controlos. Neste mbito, o incentivo educao formal e
formao profissional deve ser constante. Tomando de princpio que pessoas instrudas e educadas
podem entender com mais facilidade a finalidade dos controlos.
Acompanhamento dos controlos - O tempo passa, os sistemas de controlos tambm modificam-se.
Mesmo os procedimentos que antes eram eficazes podem tornar-se obsoletos devido ao envolvimento
de novas tecnologias, admisso ou demisso do pessoal, assim como modificaes nos processos. Da
que, importante que haja rotinas de verificao e acompanhamento constante do sistema de controlo
interno, contudo, ser fundamental e recomendvel que as verificaes se faam em separado.
3 rgo administrativo responsvel pela gesto econmica da empresa.
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As constantes rotinas fazem parte do prprio sistema de controlo e devem estar inseridas no seu
planeamento. Consistem em testar permanentemente os sistemas de controlos, mediante relatrios e
suas correlaes ou evolues relativas a ndices de desempenho. Por exemplo, o relatrio de gastos
com veculos verificado por pessoa diferente da que elabora o relatrio e esta tem a responsabilidade
de identificar desvios de comportamento no consumo de combustveis. Ocorrendo alteraes, devem
ser investigadas e podem revelar deficincias no controlo interno. Indicadores de desempenho nos
processos so excelentes instrumentos de avaliao dos controlos internos. conveniente que para
todos os processos sejam criados indicadores para medir sua eficcia e eficincia.
Ocorrendo desvios no sistema de controlo interno, devem ser sempre investigados e podem indicar
deficincias ou melhorias necessrias nos controlos. Esses desvios podem ser alcanados por exemplo,
com o processo de compra, desde o pedido at a chegada do material, em relao ao tempo que o
processo leva na organizao, assim como o prazo mdio de compras (tempo para pagamento), no qual
os desvios em comparaes com os tempos e prazos mdios histricos podem indicar problemas ou
novas necessidades de controlos internos.
A avaliao em separado dos controlos internos serve no s para testar a eficcia dos controlos, mas
inclusive para testar a eficcia das verificaes constantes, ou seja, da auto-adaptao dos controlos. A
funo de avaliao em separado dos controlos internos feita pela auditoria interna e/ou externa.
Organizao - Na estrutura do controlo interno, todas as transaces e os factos significativos devem
estar claramente documentados, e a documentao deve estar sempre disponvel para exame. Mais
difcil do que guardar os documentos encontr-los quando se necessita deles. Por isso, importante
que a instituio tenha conscincia que um sistema de digitalizao de documentos e informatizao
sobre a localizao electrnica e fsica dos documentos essencial para a economia e segurana da
organizao. Muitas instituies chegam a adjudicar contratos para a guarda de documentos, o que
um desperdcio.
Registo oportuno - As transaces e os factos significativos devem ser prontamente registados e
adequadamente classificados. Contabilizao e outros registos administrativos em atraso apontam para
falta de controlos internos ou sua ineficincia.
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Sistemas de autorizao e execuo - As transaces e factos relevantes devem ser autorizados e
executados somente por pessoas que actuem no mbito de sua competncia. As permisses de acesso a
sistemas, softwares ou a determinados documentos e informaes devem ser claras e obedecidas, alm
de atender ao princpio da segregao de funes. Todas as referncias sobre o sistema de autorizao
e execuo devem ser feitas no manual de organizao do sistema de controlo interno.
Segregao de funes - As tarefas e responsabilidades essenciais ligadas autorizao, ao
processamento, ao registo e reviso das transaces e factos devem ser distribudas entre diferentes
pessoas e/ou unidades administrativas, a fim de reduzir os riscos de erros, fraudes e desperdcios. O
trabalho de uma pessoa ou unidade deve ser automaticamente verificado por outra nos fluxos normais
de trabalho. No pode uma nica pessoa ter todo um processo sob o seu domnio, se este domnio
possibilitar erros, fraudes ou desperdcios no identificveis em seu curso normal.
Acesso restrito - O acesso a recursos, registos e determinados locais deve ser limitado a pessoas
autorizadas, responsveis por custdia ou uso, como as do almoxarifado4 e as da tesouraria. Os
recursos devem ser confrontados com os registos peridicos, para assegurar a responsabilidade e
determinar a sua compatibilidade. Por exemplo, numa unidade de cobrana, os valores arrecadados e
obtidos pelo sistema, devem ser comparados com a arrecadao lanada na Contabilidade.
Determinao das responsabilidades - Todos devem conhecer os direitos e deveres das pessoas e das
unidades administrativas, bem como as atribuies de seus cargos com a linha hierrquica claramente
definida. No h como cobrar responsabilidades se no estiverem claras as atribuies. Ressalta-se
que, no basta que as pessoas conheam as suas responsabilidades do ponto de vista vertical da
organizao, mas, sim, que tambm conheam os seus papis nos processos de gesto.
Normalizao - Todos os procedimentos, processos e documentos devem ser alvo de normalizao ou
mediante instrues de controlo ou manual de organizao do sistema de controlo interno. A
organizao do organograma, por exemplo, com definio das atribuies especficas e comuns das
unidades administrativas, o desenho do fluxo dos processos internos, os manuais de procedimentos
sectoriais, as rotinas das unidades, bem como as determinaes sobre formulrios, procedimentos,
4 Lugar destinado armazenagem em condies adequadas de produtos para uso interno, seja em empresas pblicas ou privadas.
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prestaes de contas, devem ser objectos de normalizao. Deve-se ter o cuidado para que as
normalizaes sobre controlos internos no sejam extensas, que sejam simples e sofram peridica
reavaliao.
Comunicao interna - Sistemas de comunicao interna e acesso aos meios de comunicao devem
ser regulamentados. O uso indiscriminado de sistemas de comunicao electrnica pode ser muito
prejudicial para a entidade, por provocar perdas de tempo, desestimular o relacionamento pessoal entre
os servidores em detrimento de mensagens electrnicas, provocar mal-entendidos por mensagens lidas
e interpretadas equivocadamente, provocar falhas de segurana em sistemas da empresa por
recebimento de vrus e outros. O acesso internet tambm deve ser regulamentado para evitar abusos.
Com a expanso dos meios de comunicao, a entidade deve estabelecer os mecanismos de
comunicao que considera aceitveis e sua utilizao de forma coerente com os objectivos da
organizao.
Cumprimento da legislao - O conhecimento sobre a legislao que envolve a entidade essencial
para os controlos internos. As pessoas envolvidas com a instituio devem dominar a legislao em
que esto inseridas. Para tanto, deve haver clara determinao sobre que unidades devem cumprir
determinadas legislaes, bem como manter o acompanhamento sobre as actualizaes ou novidades
legislativas que interferiram na organizao. Por exemplo, a segurana no trabalho regulamentada e
no pode haver desconhecimento sobre essa legislao pela parte competente da entidade.
Proteco dos activos - Proteger os activos significa proteger no apenas o caixa, mas os bens e os
direitos de qualquer natureza. Determinar as responsabilidades sobre a guarda e proteco dos activos
item de controlo interno, como, por exemplo, estabelecer qual a unidade deve preocupar-se com a
busca de direitos tributrios, com a guarda e conservao dos bens mveis e imveis, seguros,
sistemas de vigilncia e proteco contra furtos e roubos.
2.4 Sistemas de Controlo Interno
Um sistema de Controlo Interno um processo que levado a cabo desde os nveis mais altos de uma
organizao at aos nveis mais baixos, envolvendo desse modo o Conselho de Administrao, as
direces e outros membros das organizaes.
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Para COSTA (2000:124), o sistema de controlo interno estende-se para alm das matrias que se
relacionam directamente com as funes do sistema contabilstico e compreendem o ambiente de
controlo e procedimentos de controlo.
Entende-se por ambiente de controlo, a atitude global, a consciencializao e as aces dos directores
e administradores relativamente ao sistema de controlo interno e sua importncia para a empresa.
Quanto aos procedimentos de controlo significam as polticas e os procedimentos que, para alm do
ambiente de controlo, o rgo de gesto estabeleceu a fim de atingir os objectivos especficos da
empresa.
Sendo que para a NIR5 400 (parg. 08), um Sistema de Controlo Interno, significa todas as polticas e
procedimentos (Controlo Interno) adoptados pela gerncia de uma entidade para contribuir para a
obteno do objectivo da gerncia de assegurar, tanto quanto praticvel a conduo ordenada e
eficiente do seu negcio, incluindo a aderncia as polticas de gesto, a salvaguarda de activos, a
preveno e deteco de fraudes e erros, e o rigor da plenitude dos registos contabilsticos, e
preparao tempestiva de informao financeira credvel.
De acordo com as citaes acima, pode-se sinteticamente, concluir-se que um sistema de controlo
interno possibilita a manuteno de um procedimento clere e actualizado de informaes
administrativas e financeiras que torna eficiente e segura a tomada de decises e proporciona maior
tranquilidade ao gestor pblico em relao aos actos que possam ser praticados por seus subordinados.
2.4.1 Componentes do Sistema de Controlo Interno
Segundo o COSO (1992), o sistema de controlo interno composto de cinco componentes inter-
relacionadas, que derivam da forma como a gesto gere o negcio e de como so integradas no
processo de gesto. O modelo do COSO considera que as componentes do controlo formam um
sistema integrado, que reage dinamicamente, face a condies de mudana. Essas componentes so as
seguintes:
O ambiente de controlo que significa a atitude geral, a consciencializao e as aces da gesto
e do rgo de gesto a respeito do sistema de controlo interno e a sua importncia dentro da
5 Norma Internacional de Reviso/Auditoria. IFAC.
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entidade e que d a tnica a uma organizao, influenciando a conscincia de controlo do seu
pessoal. o ponto de partida para os outros componentes do controlo interno, proporcionando
disciplina e estrutura;
A avaliao do risco a identificao e anlise pela entidade dos riscos relevantes para a
realizao dos seus objectivos, formando a base para a determinao de como os riscos devem
ser geridos;
As actividades de controlo so as polticas e os procedimentos que ajudam a assegurar que os
objectivos da gesto so executados, minimizando o risco. As actividades de controlo incluem
controlos do tipo preveno, deteco, orientao, correco, compensao, informticos e de
gesto;
A informao e comunicao a identificao, recolha e troca de informao de forma a
permitir a todos levarem a cabo as suas responsabilidades e;
A Superviso que o processo que avalia a qualidade do desempenho do controlo interno ao
longo do tempo. A auditoria interna desempenha um papel importante como rgo ideal de
superviso.
2.4.2 Caractersticas do Sistema de Controlo Interno e Suas Actividades
Segundo a INTOSAI, as actividades de controlo representam as aces e procedimentos estabelecidos
pela organizao, direccionados gesto do risco detectado. Para que tais actividades sejam efectivas
devem ser apropriadas, funcionar de um modo consistente de acordo com o plano traado durante o
perodo, ter um custo efectivo, razoabilidade e integrao com os objectivos gerais.
Por regra, as actividades de controlo so classificadas em preventivas e detectivas, consoante o fim
para o qual foram estabelecidas. Assim, as preventivas so destinadas a evitar que um determinado
erro ocorra, e as detectivas destinadas a identificar o evento que porventura tenha acorrido. Na prtica,
as actividades detectivas actuam como factor de medida da eficincia das actividades preventivas.
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As actividades de controlo acontecem em todos os nveis da organizao e etapas da gesto. A relao
das aces de controlo comporta uma srie de polticas e procedimentos de diversos aspectos, em que
vrios autores classificam como caractersticas ou princpios de controlo.
Assim, segundo ATTIE (1998:15), as caractersticas do controlo interno compreendem:
Plano de organizao um plano simples que se deve prestar ao estabelecimento de linhas
claras de autoridade e responsabilidade. Um elemento importante em qualquer plano de
organizao a independncia estrutural das funes de operaes, custdia, contabilidade e
auditoria (segregao de funes);
Entende-se por segregao de funes a separao das actividades de execuo das de controlo
atendendo ao lema quem faz no controla. Assim, ningum pode ter o controlo completo de uma
transaco, sob pena de causar vulnerabilidade no sistema.
A independncia estrutural requer uma separao de funes de tal forma que os registos existentes,
fora de cada departamento sirvam como controlo das actividades, dentro de departamento. Embora a
independncia estrutural requeira separao o trabalho de todos os departamentos deve ser integrado e
coordenado, a fim de possibilitar fluxo suave de trabalho e eficincia da operao.
Sistema de autorizao e procedimentos de escriturao integrado por um sistema adequado
de contabilidade para assegurar que as transaces sejam classificadas e registadas com
respeito a documentos originais, em conformidade com o plano de contas e em tempo
oportuno;
Manual de procedimentos - estabelece os procedimentos operacionais e contabilsticos,
polticas e instrues que normalizam tais procedimentos;
Manual de formulrios e documentos - possibilita padronizar os formulrios, estabelecendo
seus objectivos, finalidades, nvel de informao que deve conter, usurios emitentes, pontos
de controlo, critrios e locais de arquivos, devendo conter ainda, campos especficos para
vistos, assinaturas e autorizaes.
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Estimulo eficincia operacional abrange a competncia do pessoal, baseado na capacidade
tcnica prevista para o cargo, e a responsabilidade para definir claramente os nveis de
atribuies, de modo que possibilite apurar a responsabilidade por prejuzos ocorridos por
negligncia, incapacidade tcnica ou fraude; e
Aderncia s polticas existentes esta aderncia constituda por superviso, indicando que
os funcionrios devem ser supervisionados por pessoas de reconhecido valor e honra, e
auditoria interna para actuar na organizao como um factor de persuaso, pelo facto de os
subordinados saberem que esto sendo monitorados.
2.4.3 Riscos nos Sistemas de Controlo Interno
De acordo com CAVALHEIROS e FLORES (2007:64), os controlos internos no podem ser
considerados como a salvao da organizao. No significa que a entidade ter sucesso ao possuir
bons controlos; todavia, o insucesso bem provvel caso no mantenha controlos adequados. Alguns
riscos rondam qualquer sistema de controlo e podem ser identificados:
Obsolescncia do SCI6 Mesmo um bom sistema de controlo interno deteriora-se sem
melhorias constantes, seja por alteraes em legislaes, seja por melhores prticas, evoluo
tecnolgica; logo, o risco sempre presente e o antdoto a reviso peridica.
Crena em sistemas perfeitos - No existe sistema de controlo isento de falhas, at porque a
manuteno dos sistemas feita por pessoas e estas esto sujeitas a falhas.
Rotina - A aco rotineira das pessoas quanto aos controlos pode impedir que se preste ateno
em determinadas actividades que se afastam das melhores prticas, devido fadiga, ao mau
julgamento, distraco.
6 Sistema de Controlo Interno.
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M-f - Os mais perfeitos controlos podem ser estudados no sentido de encontrar falhas por
deliberao das pessoas que fazem parte ou supervisionam os controlos, para a satisfao de
interesses pessoais.
Conluio - Duas ou mais pessoas agindo deliberadamente para fraudar o maior inimigo de
qualquer sistema de controlo. O conluio pode envolver pessoas de dentro e de fora da
organizao.
Custo/benefcio dos controlos - O benefcio advindo do controle deve ser maior que o custo do
controle, sob pena de inviabiliz-lo no ponto de vista econmico.
Contudo, alguns controlos estratgicos, mesmo que um pouco onerosos, podem ser mantidos se
houver objectivo de preservao da cultura dos controlos, e estudado caso a caso.
2.5 Medidas de controlo interno sobre as disponibilidades
Para COSTA (2000:247-252), dos activos da empresa, as disponibilidades (sobretudo a nvel dos
meios monetrios) so os mais vulnerveis a ponto de, eventualmente, serem objecto de utilizao no
apropriada por parte das pessoas que, a qualquer nvel, trabalhem nessa empresa. evidente que a
dimenso da empresa determinar, de forma significativa, o sistema de controlo a implementar,
incluindo necessariamente a segregao das funes, a qual deve sempre existir entre as pessoas
encarregadas do manuseamento de valores (Caixas; Tesoureiros; cobradores) e as pessoas que tm a
seu cargo os registos contabilsticos desses mesmos valores (Guarda-livros; Escriturrios). Assim,
seguem-se alguns aspectos que podero ser seguidos nesta rea.
2.5.1 Pagamento em dinheiro
De uma forma geral, os pequenos pagamentos efectuados pelas empresas devem apenas ser em
dinheiro, devendo neste caso os pagamentos normais a terceiros serem realizados via bancos. Os
pequenos pagamentos a dinheiro, referem-se a despesas midas, tais como, selos fiscais e de correios,
transportes pblicos, txis, e demais.
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2.5.1.1 Fundo fixo de caixa
Dever-se- constituir um fundo fixo de caixa o qual dever ser reposto periodicamente quando o
numerrio em caixa atinja um limite que se considere mnimo.
Sempre que cada pagamento seja feito da caixa pequena, o seu responsvel dever constatar a
autenticidade do documento que origina e verificar se o mesmo foi devidamente aprovado, aps disso
que o poder registar na chamada folha de caixa, depois de lhe ter aposto um carimbo de PAGO.
Na altura da reposio do fundo dever-se- emitir um cheque nominativo, ordem do responsvel do
fundo (o qual dever ser apenas uma pessoa), pelo valor correspondente aos documentos entretanto
pagos. Os documentos sero devidamente contabilizados nas respectivas contas de custo nessa data.
Por tal motivo, e independentemente do perodo estabelecido para a reposio do fundo, dever-se-
estabelecer que o mesmo ser reposto no ltimo dia de cada ms para que, quela data, no sejam
considerados em disponibilidades custos j incorridos. O uso de caixa pequena em sistema de fundo
fixo possibilita algumas vantagens, a saber:
- Limita a um valor determinado (dependendo do tipo de empresa e/ou do volume de transaces) o
mximo do numerrio existente em caixa e facilita as contagens de surpresa caixa uma vez que, em
qualquer momento, o somatrio do numerrio existente com os documentos pagos e no resgatados
ter de ser, forosamente, igual ao limite estabelecido.
claro que as circunstncias especficas de cada actividade, podero ditar para que dentro da mesma
empresa possa existir mais caixa pequena, cada uma com seu responsvel. Nas mdias ou pequenas
empresas, a responsabilidade da caixa pequena, poder ser adstrita a uma secretria ou recepcionista.
2.5.2 Pagamento via bancos
As empresas devem efectuar os seus pagamentos normais a terceiros (fornecedores, empregados,
Administrao Fiscal, segurana social, entre outros) atravs dos bancos, utilizando uma das seguintes
formas: cheques, transferncias bancrias ou ordens permanentes de pagamento.
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2.5.2.1 Pagamento por cheques
A emisso dos cheques relativos a pagamentos a terceiros deve estar a cargo de um empregado
responsvel o qual dever providenciar no sentido de ficar com uma cpia de cada cheque emitido.
Todos os cheques devero ser emitidos ao nominado e cruzados ou barrados, devendo o espao
frente do nome do beneficirio ser inutilizado com um trao horizontal.
Cada cheque dever ser assinado por duas pessoas, cujas funes sejam independentes. Os cheques s
devem ser assinados na presena dos respectivos documentos de suporte, previamente conferidos,
devendo a primeira pessoa que assina verificar, rubricando, a concordncia do valor e o beneficirio e
a segunda pessoa proceder (ou mandar proceder na sua presena) aposio de um carimbo de
PAGO em tais documentos a fim de evitar que os mesmos possam ser apresentados, com outro
cheque, a outras pessoas com poderes de assinatura.
Os cheques em branco devem estar guarda de um empregado responsvel e em lugar seguro. Quando
por qualquer motivo, se anula um cheque j emitido deve o mesmo ser arquivado depois de se lhe
destrurem as assinaturas, no caso de o mesmo j estar assinado.
Por razes de segurana, nunca devem ser assinados cheques em branco. A alternativa ser alargar o
nmero de pessoas com poderes de assinatura. Nos casos em que for de todo impossvel seguir este
procedimento, a forma de minimizar o perigo de sacar um cheque em branco ser cruzar e escrever o
nome do beneficirio.
2.5.2.2 Pagamento por transferncia bancria ou por conta.
Ao contrrio de efectuar pagamentos a terceiros atravs de cheque, a empresa poder recorrer
transferncia, sendo que o mesmo sistema oferece algumas vantagens, a saber:
A ordem de transferncia pode ser feita atravs de uma carta previamente preparada e
padronizada;
A ordem de transferncia pode ser colectiva, isto , a empresa d instrues ao seu banco para
transferir, por dbito da sua conta e para crdito das contas dos diversos beneficirios, as
importncias mencionadas;
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As pessoas que assinam a ordem de transferncia s tm de assinar uma vez, ao contrrio do
que acontece no caso de os pagamentos serem feitos por cheques;
O lanamento a crdito da conta de depsitos ordem, feito pelo total das transferncias,
diferentemente, no caso de cheques tero de ser feitos tantos lanamentos;
Como resultado da alnea anterior, as reconciliaes bancrias sero muito mais fceis de
efectuar.
Logicamente que os cuidados a ter com as assinaturas destas ordens de transferncia devem ser
idnticos aos que se v no caso de os pagamentos serem efectuados por cheques.
2.5.2.3 Ordens permanentes de pagamento
Os pagamentos de determinados servios de tipo repetitivo, podem ser efectuados atravs dos bancos
desde que a empresa lhes d instrues precisas neste sentido e avise de tal facto as entidades
prestadoras dos servios.
Para o pagamento das despesas de gua, electricidade, telefone, telefax, rendas, seguros, quotas,
assinaturas de jornais e revistas, entre outras, poder se usar ordens permanentes de pagamento.
Assim, h no entanto, que ter ateno o facto de ser usual mediar um lapso de tempo aprecivel, entre
a data do dbito na conta por parte do banco e a data de recepo do respectivo recibo ou borderaux. O
controlo de tais situaes deve ser feito atravs da anlise das reconciliaes bancrias mensais. no
entanto, aconselhvel existir uma conta bancria especfica para este tipo de pagamentos.
2.5.3 Reconciliaes bancrias
As reconciliaes bancrias sero elaboradas mensalmente por um empregado que no pertena
Seco de Tesouraria e que na Seco de Contabilidade no tenha acesso s contas correntes. Para tal
dever-lhe-o ser remetidos, directamente do Sector de Correio ou da Secretria-Recepcionista, os
respectivos extractos bancrios. Tais reconciliaes devero ser feitas previamente com a posio
diria dos Bancos, devido ao atraso, muito usual, da escriturao das contas correntes.
As reconciliaes bancrias devem ser feitas de maneira normalizada e devem ser visadas pelo Chefe
da Contabilidade ou pelo Director Financeiro. Os itens de reconciliao que apaream dois meses
consecutivos na reconciliao devero ser adequadamente investigados. No caso de se tratar de dbitos
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e/ou crditos do Banco que no tenham sido contabilizados na Empresa haver que detectar a razo do
sucedido e, se no existirem ou tiverem sido extraviados os respectivos documentos de suporte,
solicitar ao Banco as respectivas segundas vias.
No caso de cheques que h vrios meses permaneam pendentes de levantamento haver que
contactar por escrito o beneficirio, e se tal no resultar, dever-se- proceder ao seu estorno e instruir o
Banco no sentido de no proceder ao seu pagamento. Ser emitido um novo cheque se o beneficirio
reclamar.
2.6 O controlo interno a nvel internacional O sarbanes-oxley act
Os escndalos financeiros ocorridos em empresas globais como, entre outras, a Enron, a WorldCom, a
Parmalat e a Mitsubishi Motors, contriburam decisivamente para uma alterao do status quo da
organizao empresarial.
Estes acontecimentos provaram sociedade que imperativo analisar as transaces que esto na
origem dos registos na contabilidade, sendo que a melhor forma de o fazer atravs da anlise dos
processos e controlos institudos na empresa. precisamente neste contexto que surge o Sarbanes-
Oxley Act (doravante abreviadamente denominado por Lei SOX), fundado pelos Senadores Paul
Sarbanes (Democrata de Maryland) e Michael Oxley (Republicano de Ohio), sendo, provavelmente, o
mais importante documento legislativo a nvel do mbito, rigor e impacto mundial nesta rea. De seu
nome oficial Public Company Accounting Reform and Investor Protection Act, foi aprovado pelo
Congresso dos EUA em Julho de 2002, sendo aplicvel a todas as empresas presentes nos mercados
accionistas norte-americanos (ex. NYSE, NASDAQ), com o intuito de estabelecer requisitos bastante
rigorosos na rea de Corporate Governance, nomeadamente na definio do sistema de controlo
interno e seu funcionamento, e na responsabilidade dos Gestores relativamente fiabilidade das
Demonstraes Financeiras.
A Lei SOX veio exigir que as sociedades pblicas dos EUA e respectivas filiais europeias, bem como
as sociedades estrangeiras registadas num dos mercados bolsistas dos EUA, instalem, no respectivo
comit de fiscalizao, procedimentos de recepo, aceitao e tratamento das queixas recebidas em
matria de contabilidade, controlos contabilsticos internos ou outros assuntos nesta rea; e a
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transmisso confidencial e annima pelos empregados de preocupaes nestas matrias (A Lei
Sarbanes-Oxley Act, Seco 301 (4)).
Alm disso, a Seco 806 da Lei SOX prev medidas de proteco contra aces de retaliao aos
empregados que recorram ao sistema de denncia de infraces com o intuito de apresentar provas de
fraudes ocorridas em sociedades cotadas na bolsa.
A Lei SOX prope ainda mudanas importantes no reporting financeiro estabelecendo normas
relativamente funo de auditoria e seus protagonistas, abordando questes que vo desde a
explicitao da responsabilidade das Administraes at s penalizaes criminais dos responsveis,
em caso de no conformidade da informao.
A Lei SOX privilegia, assim, o papel crtico do controlo interno, como um processo executado pelos
corpos gerentes ou por outras pessoas da empresa que impulsionam o sucesso dos negcios em trs
categorias:
1) Eficcia e eficincia das operaes;
2) Confiana dos relatrios financeiros;
3) Cumprimento de leis e regulamentos aplicveis.
Diante disto, pode-se concluir que, embora com tendncia a ser mais sofisticado nas empresas de
maior dimenso, nenhuma empresa, por mais pequena que seja, pode exercer a sua actividade sem ter
institudo um sistema de controlo interno, ainda que menos formal ou sistematizado. Do ponto de vista
da auditoria externa, o mesmo dizer que nenhum trabalho deveria realizar-se sem que fosse efectuada
uma anlise e teste aos sistemas institudos.
2.6.1 Governao corporativa e os valores da Lei SOX no controlo interno
A governao corporativa em uma empresa no diz respeito apenas ao disciplinar as relaes entre
suas diversas reas, ou destas com partes externas. A implementao das boas prticas de governao
corporativa possibilita uma gesto mais profissionalizada e transparente, diminuindo a assimetria de
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informaes e o problema de agncia7. Assim, procura fazer convergir os interesses de todas as partes
relacionadas, buscando maximizar a criao de valor na empresa.
Nesse sentido, a CVM (2002)8 define governao corporativa como sendo um conjunto de prticas que
tem por finalidade optimizar o desempenho de uma companhia ao proteger todas as partes
interessadas, tais como investidores, empregados e credores, facilitando o acesso ao capital. A anlise
das prticas de governao corporativa aplicada ao mercado de capitais envolve, principalmente:
transparncia, equidade de tratamento dos accionistas e prestao de contas.
A Sarbanes-Oxley act (Lei SOX) tem como um dos principais objectivos a minimizao dos riscos e
uma melhor gesto dos controlos internos das empresas. Ela trouxe uma maior necessidade de
transparncia das informaes, intensificando a busca pela contnua melhoria nos aspectos de
controlos internos e governao corporativa das empresas. Assim, as boas prticas de governao
corporativa se guiam por 4 valores que se fundamentam Lei Sarbanes-Oxley, basicamente, a
necessidade de cumprimento de normas (compliance), prestao de contas (accountability),
transparncia (disclosure) e senso de justia (fairness).
O compliance significa o cumprimento de normas, legislaes e procedimentos, tanto internos quanto
externos, visando conformidade da organizao com todas as regulamentaes necessrias para o seu
pleno funcionamento. O accountability9 envolve a utilizao de adequadas tcnicas de contabilidade e
auditoria, de maneira que as informaes prestadas pela organizao retratem a realidade de modo
fidedigno. O princpio da transparncia (disclosure) indica que a comunicao no deve restringir-se
ao desempenho econmico-financeiro, mas sim, contemplar tambm os demais factores (inclusive
intangveis) que norteiam a aco empresarial e que conduzem criao de valor. O senso de justia
(fairness) voltado para o tratamento igualitrio dos accionistas maioritrios e minoritrios, evitando-
se favorecimento a uma ou outra categoria. Deve-se garantir o respeito aos direitos dos accionistas
minoritrios, tanto nos resultados quanto na participao nas decises.
7 Quando as pessoas possuem interesses diferentes e buscam a maximizao dos prprios interesses, em detrimento das necessidades
dos demais. 8 Comisso de Valores Mobilirios, disponvel em: www.google.com 9 Prestao de contas.
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Contudo, existem algumas crticas que se fazem Lei SOX, dizem respeito aos custos de sua
implementao. H, porm, opinies favorveis tese de que os custos da implementao no devem
ser comparados com os benefcios de curto prazo, mas sim com um novo patamar de qualidade de
gesto e de informao pblica resultante dos benefcios de longo prazo.
3. ADMINISTRAO PBLICA E CONTROLO INTERNO
3.1 Princpios norteadores da administrao pblica e controlo interno
Segundo MEIRELLES (1990), a funo administrativa do sector pblico submete-se a tratamento
especial doutrinado em princpios jurdicos administrativos. Sua caracterstica essencial reside, de um
lado, na admissibilidade da ideia de que a execuo da lei por agentes pblicos exige o deferimento de
necessrias prerrogativas de autoridade, que faam com que o interesse pblico juridicamente
predomine sobre o interesse privado; e de outro, na formulao de que o interesse pblico no pode ser
livremente disposto por aqueles que, em nome da colectividade, recebem o dever-poder de realiz-los.
Na administrao pblica, o controlo interno deve estar presente, actuando de forma preventiva, em
todas as suas funes, administrativa, jurdica, oramental, contabilstica, financeira, patrimonial, de
recursos humanos, dentre outra, na busca da realizao dos objectivos a que se prope.
Ainda MEIRELLES (1990) consiste, na verdade, no regime jurdico decorrente da conjugao de dois
princpios bsicos: o princpio da supremacia dos interesses pblicos e o da indisponibilidade dos
interesses pblicos. Assim, tem-se como alguns princpios da administrao pblica:
Legalidade Que a actuao do gestor pblico e a realizao de procedimentos
administrativos na forma da lei;
Razoabilidade - Enuncia-se com este princpio que a Administrao, ao actuar no exerccio de
discrio, ter de obedecer a critrios aceitveis do ponto de vista racional, em sintonia com o
senso normal de pessoas equilibradas e respeitosas das finalidades que presidiram a outorga da
competncia exercida;
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Economicidade - Pressupe na utilizao dos recursos (humanos, materiais e financeiros)
compatveis com as necessidades e resultados esperados, considerando-se a relao
custo/benefcio;
Eficcia - Pressupe que os resultados obtidos estejam dentro dos objectivos propostos para a
entidade. Obtm-se da relao entre a produo e os resultados, no est ligada s actividades,
mas sim aos resultados;
Publicidade Acto de tornar pblico actos administrativos;
Eficincia Pressupe na obteno de nveis mximos de produo com mnimos de recursos
possveis. A eficincia obtm-se da relao entre produo e os recursos aplicados;
Igualdade Tratamento de igualitrio, proibio de actos que levam a discriminao. Num
processo licitatrio o gestor no pode incluir clusulas que restrinjam ou frustrem o carter
competitivo favorecendo uns em detrimento de outros, que acabam por beneficiar, mesmo que
involuntrios determinados participantes;
Impessoalidade O interesse pblico est acima dos interesses pessoais. Ser dispensado a
todos os interessados tratamento igual, independente se a organizao pequena, mdia ou
grande;
Moralidade A licitao dever ser realizada em estrito cumprimento dos princpios morais, de
acordo com a Lei, no cabendo nenhum deslize, uma vez que o Estado custeado pelo cidado
que paga seus impostos para receber em troca os servios pblicos;
Probidade Administrativa O gestor deve ser honesto em cumprir todos os deveres que lhe so
atribudos por fora da legislao;
Vinculao ao Instrumento Convocatrio - A Administrao, bem como os licitantes, ficam
obrigados a cumprir os termos do edital em todas as fases do processo: documentao,
propostas, julgamento e ao contrato;
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Julgamento Objectivo - Pedidos da Administrao em confronto com o oferecido pelos
participantes devem ser analisados de acordo com o que est estabelecido no Edital,
considerando o interesse do servio pblico e os factores de qualidade de rendimento,
durabilidade, preo, eficincia, financiamento e prazo.
Compulsando sobre os aspectos citados por MEIRELLES, possvel concluir sinteticamente, que os
mecanismos de controlo visam no s a prevenir, mas tambm a garantir e regular a aplicao dos
recursos pblicos. E, ainda, considerando que a Administrao Pblica deve rigorosamente servir aos
fins para os quais o Estado foi criado, evidencia-se a necessidade de permanente incidncia do
controlo sobre toda e qualquer actividade administrativa, zelando pela responsabilidade e transparncia
na gesto pblica.
3.1.1 Importncia do Controlo Interno na Administrao Pblica
O controlo interno ganha maior importncia na Administrao Pblica em virtude dessa esfera no
dispor de mecanismos naturais de correco de desvios, diferentemente do processo que ocorre nas
actividades privadas, onde a competio e o lucro funcionam como potentes instrumentos para
reduzir desperdcios, melhorar o desempenho e alocar os recursos de forma mais eficiente.
Deste mod