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TRABALHO DE INSTRUÇÃO DE BOMBEIROS 1º MODULO - APH LIÇÃO 10 B AFOGAMENTO

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Page 1: TRABALHO DE INSTRUÇÃO DE BOMBEIROS 1º MODULO - APH LIÇÃO 10 B AFOGAMENTO

TRABALHO DE INSTRUÇÃO DE

BOMBEIROS

1º MODULO - APH

LIÇÃO 10 B

AFOGAMENTO

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AFOGAMENTO

Definição:

Aspiração de líquido não corporal por submersão ou imersão.

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PRINCIPAIS CAUSAS DE AFOGAMENTO

• Uso de drogas.....................................................32,2%

• Epilepsia (crise convulsiva).................................18,1%

• Traumatismos......................................................16,3%

• Doenças cardíacas e/ou pulmonares..................14,1%

• Acidentes de mergulho..........................................3,7%

• Não especificadas...............................................11,6%

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FISIOPATOLOGIA DO AFOGAMENTO

O órgão alvo de maior comprometimento no afogamento é o pulmão.A função respiratória fica prejudicada pela entrada de líquido nas vias aéreas, interferindo na troca de oxigênio (O2) por gás carbônico (CO2) de duas formas principais:Pela obstrução parciais (freqüente) das vias aéreas superiores por uma coluna de líquido;Pela inundação dos alvéolos com este líquido.Estas duas situações provocam a diminuição ou a abolição da passagem do O2 para a circulação e do CO2 para o meio externo.Estes são os dois efeitos imediatos que a asfixia provoca no organismo, dos quais derivam todas as outras complicações, e serão maiores ou menores de acordo com a quantidade de líquido aspirado, conforme veremos adiante nos diversos graus do afogamento.

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FASES DO AFOGAMENTO• Medo ou pânico de afogar;• Luta para manter-se na superfície;• Apnéia voluntária na hora da submersão, cujo tempo

dependerá da capacidade física de cada indivíduo;• Aspiração inicial de líquido durante a submersão que

pode provocar irritação nas vias aéreas, suficiente para promover, em certos casos (menos de 2%, um espasmo da glote tão forte a ponto de impedir uma nova entrada de água (afogamento do tipo seco, água nos pulmões, provavelmente não existe);

• Em mais de 98% dos casos não ocorre espasmo glótico, havendo entrada de água em vias aéreas, inundando o pulmão (afogamento clássico).

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Afogamento Primário

• É o tipo mais comum, não apresentando em seu mecanismo nenhum fator incidental ou patológico que possa ter desencadeado o afogamento.

Afogamento Secundário

• É a denominação utilizada para o afogamento causado por patologia ou incidente associado que o precipita.

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CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A GRAVIDADE:

• A Classificação Clínica do Afogado tem como objetivo facilitar a avaliação e a conduta médica das vítimas deste tipo de acidente. A classificação não tem caráter evolutivo, portanto deve ser estabelecida no local do afogamento ou no primeiro atendimento, relatando se houve melhora ou agravamento do quadro clínico.

• Exemplo: O paciente encontrado em grau VI, e que for reanimado, continuará a merecer essa classificação durante todo o tempo em que permanecer internado.

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AFOGAMENTO GRAU I• A vítima encontra-se responsiva.• É representado pelas vítimas que aspiram quantidade mínima

de água, suficiente para produzir tosse.• Presença de tosse sem espuma na boca/ nariz.AFOGAMENTO GRAU II• Vítimas que aspiraram uma pequena quantidade de água,

suficiente para alterar a troca de O2 - CO2 pulmonar;• Apresentam-se lúcidas, com tosse e pequena quantidade de

espuma no nariz/ boca.• Necessitam de atendimento de Suporte Avançado de Vida,

oxigenioterapia, prevenção de hipotermia e apoio psicológico.AFOGAMENTO GRAU III• 1. Vítimas que aspiraram quantidade importante de água

(geralmente mais do que 2 a 3 ml/Kg de peso);• 2. Apresentam tosse, grande quantidade de espuma na

boca/ nariz e presença de pulso radial palpável;• 3. Por sua gravidade os casos grau III necessitam de cuidados

de Suporte Avançado de Vida imediatos.

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AFOGAMENTO GRAU IV1. A vítima nestes casos se apresenta em coma (não desperta

nem com estímulos fortes);• 2. Apresenta-se com grande quantidade de espuma

na boca/ nariz e pulso radial não palpável.

AFOGAMENTO GRAU V1. A vítima nestes casos se apresenta em parada

respiratória (apnéia), mas com pulso arterial carotídeo presente, indicando atividade cardíaca;

2. Encontra-se em coma leve a profundo (inconsciente), com cianose intensa, grande quantidade de secreção oral e/ou nasal, e distensão abdominal freqüente por ingestão excessiva de água;

3. Pode ser reanimado, se for atendido precocemente (de imediato) com o restabelecimento de sua função respiratória, através dos métodos de ventilação artificial.

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AFOGAMENTO GRAU VI

• É a parada cardiorrespiratória (PCR), representada pela apnéia (parada respiratória), e pela ausência de batimentos cardíacos (pulsos arteriais ausentes). Encontram-se inconscientes.

• Fatores que juntos ou isolados podem explicar os casos de sucesso na reanimação cardiopulmonar de vítimas submersas por tempo maior do que cinco minutos:

• Redução das necessidades metabólica devido a hipotermia nos acidente em água fria;

• A continuação da troca gasosa de O2 e CO2 apesar da presença de líquido no alvéolo até ocorrer à interrupção da atividade cardíaca;

• Em crianças, se houver o reflexo de mergulho (reflexo que reduz o consumo de oxigênio em mamíferos que entram dentro d’ água reduzindo o metabolismo a níveis basais), haverá uma reserva maior de oxigênio para se consumir, portanto, maior possibilidade de sobrevivência.

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ABORDAGEM, IMOBILIZAÇÃO E

REMOÇÃO DE VÍTIMAS DE TRAUMA

EM ÁGUA RASA

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TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR PARA VÍTIMAS DE AFOGAMENTO

COM SINAIS VITAIS:1. Realizar a análise primária e secundária e tratar os problemas encontrados em ordem de prioridade;2. Verificar se a situação se enquadra no POP 02-04 –Acionamento de SAV ou 02-10 – Transporte Imediato;3. Retirar as vestes molhadas e secar imediatamente todo o corpo da vítima;4. Mantê-la aquecida com cobertor ou manta aluminizada, mantendo apenas a face exposta e conduzi-la para ambiente aquecido. Ex. interior da UR; 5. Se não há indícios de que tenha sofrido lesão de coluna, posicioná-la e mantê-la na posição de drenagem postural - decúbito lateral Direito - durante o atendimento e transporte;6. Se há indícios de que tenha sofrido lesão de coluna, posicioná-la e mantê-la na em DDH para o transporte;7. Monitorá-la constantemente durante o transporte.

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TRAQUÉIA

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COM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA:

1. Na ausência de pulso carotídeo, iniciar a REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR;(melhor prognóstico – possibilidade de recuperação - quando as vitimas estiverem submersas por menos de 60 minutos em água com temperatura inferior a 21ºC);2. Empregar o POP 02-04 – Acionamento de SAV ou o POP 02-10 – Transporte Imediato;3. Prevenir o aumento da hipotermia durante a reanimação cardiopulmonar, removendo as vestes molhadas, secando o corpo da vítima tão logo seja possível, cobrindo-a de forma a deixar exposta somente a face e o tórax, conduzindo-a para o interior de ambiente aquecido.

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ATENÇÃO

• Não tentar drenar fluído dos pulmões ou do estômago através da utilização de manobras de compressão abdominal (Manobra de Heimlich). A tentativa de esvaziar o estômago distendido só aumenta o risco de bronco-aspiração na ausência de intubação endotraqueal (medida realizada pelo SAV), portanto é contra-indicada.

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