trabalho de conclusÃo de curso - tcc relatÓrio de...
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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
EM PSICOPEDAGOGIA
NADINE TAMIRES BOLL
TOLEDO – PARANÁ
2019
NADINE TAMIRES BOLL
2
PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
EM PSICOPEDAGOGIA
Este trabalho descreve a Prática de Estágio Supervisionado do Curso de Pós Graduação em Psicopedagogia, requisito para concluir a formação em Psicopedagoga, sob a orientação da professora Ms.: Veralice Apª. Moreira dos Santos e Leia Angélica Rippel, na Faculdade Assis Gurgacz – FAG Campus Toledo.
TOLEDO - PARANÁ
2019
TERMO DE AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO
3
FACULDADE ASSIS GURGACZ CAMPUS TOLEDO
1 – PARECER DE AVALIAÇÃO DO ACADÊMICO(A) APÓS A REALIZAÇÃO DA
PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA, COM
ALUNOS DA EDUCAÇÃO INFANTL, ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO OU
SUPERIOR, OU NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTO.
CURSO___________________________________________
TURMA__________
ACADÊMICO(A)_____________________________________________________
ORIENTADORA_____________________________________________________
PARECER
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
NOTA/CONCEITO________________________________________________
________de ___________________de 2019.
__________________________________
Professora Orientadora
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 5
2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO (A) ................................................................ 7
3 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO .......... 7
3.1 Identificação do Estabelecimento ........................................................................ 8
3.2 O PPP da instituição e sua relação com a Psicopedagogia ................................ 8
4 A PSICOPEDAGOGIA E SUA RELAÇÃO COM A APRENDIZAGEM ................ 10
5 DIAGNÓSTICO - CASO I .................................................................................... 13
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR ......................... 13
5.1. Dados de Identificação ..................................................................................... 14
5.2. Motivo do encaminhamento ............................................................................. 14
5.3. História e contexto evolutivo............................................................................. 14
5.4. Síntese das áreas avaliadas ............................................................................ 15
5.5. Conclusão diagnóstica ..................................................................................... 16
5.6. Medidas de Intervenção ................................................................................... 17
5.7. Encaminhamentos ........................................................................................... 17
6 DIAGNÓSTICO - CASO II ..................................................................................... 2
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR ........................... 2
6.1. Dados de Identificação ....................................................................................... 2
6.2. Motivo do encaminhamento ............................................................................... 3
6.3. História e contexto evolutivo............................................................................... 3
6.4. Síntese das áreas avaliadas .............................................................................. 4
6.5. Conclusão diagnóstica ....................................................................................... 5
6.6. Medidas de Intervenção ..................................................................................... 5
6.7. Encaminhamentos ............................................................................................. 5
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 6
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 20
ANEXOS....................................................................................................................21
5
1 INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado é atividade obrigatória curricular para conclusão do
Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia, conforme Decreto nº 87.497 de 18 de
agosto de 1982 que determina a prática de Estágio Supervisionado como parte
integrante da grade curricular dos cursos de Pós-graduação em Psicopedagogia, a
fim de articular os conhecimentos teóricos aprendidos durante o curso com a prática
psicopedagógica.
O mesmo acontece desde o início da Especialização, quando em contato com
as teorias que embasam a Psicopedagogia e seus processos, buscando formar um
profissional por completo, área esta que aborda diversos viés e exigem que o
profissional esteja em constante formação, portanto, oferece os recursos necessários
que explicitam a prática aliada a teoria na atuação do campo profissional, este que
exige um olhar amplo do Psicopedagogo, ao estar em contato com o contexto através
do Estágio, que possui com os processos cognitivos, emocionais, orgânicos,
familiares e pedagógicos.
Acontece subdividido em etapas, a etapa inicial conta com o contato com a
Instituição de Ensino escolhida para realização do Estágio, em seguida a análise do
PPP da instituição, bem como entrevista com o Psicopedagogo ou Pedagogo e os
demais encaminhamentos do trabalho que é realizado ao falar com os professores
dos alunos que foram escolhidos para atendimento.
A segunda etapa, conta com a realização da Avaliação Psicopedagógica, que
só acontece quando está autorizada pela escola e pelos responsáveis dos indivíduos.
O processo inicia com as observações dos alunos no âmbito escolar, tanto na sala de
aula, quando no recreio escolar, em seguida, a entrevista com os responsáveis e em
sucessão, se iniciam os atendimentos individuais com cada aluno, de acordo com
suas necessidades.
Em seguida, a terceira etapa da elaboração do diagnóstico, da Avaliação
Psicopedagógica no Contexto Escolar, está orientada pela supervisão de duas
professoras de estágio, e a conclusão é feita com a apresentação da proposta de
intervenção do avaliado aos professores, equipe pedagógica escolar a aos
responsáveis do educando.
O Estágio deu-se em sua totalidade na Escola Municipal Érico Veríssimo,
localizada na cidade de Marechal Cândido Rondon, ele foi desenvolvido com dois
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alunos do Ensino Fundamental, um com seis anos e outro com dez anos, cumpriu as
etapas exigidas de acordo com a necessidade dos alunos, seguindo os critérios da
orientação da escrita e construção da proposta psicopedagógica.
O Estágio Supervisionado em Psicopedagogia serviu como uma base e noção
da Psicopedagogia na prática, no ato de fazer e usar a mesma no auxílio dos
educandos, buscando pesquisar e entender os processos pelos quais cada aluno
passa.
Pude observar que a Psicopedagogia dentro do ambiente escolar serve como
um instrumento de auxílio para solução de problemas pertinentes, podendo auxiliar
efetivamente na construção de uma educação de qualidade.
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2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO (A)
2.1. Nome: Nadine Tamires Boll
2.2. Professora orientadora: Veralice Moreira
2.3. Instituição de realização do estágio: Escola Municipal Érico Veríssimo
2.4. Modalidade de Ensino: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Sala de
Recursos Multifuncionais.
3 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
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3.1 Identificação do Estabelecimento
A Escola Érico Veríssimo atende nas modalidades de Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Sala de Recursos Multifuncionais, está localizada na Rua Vitória, 770
– Bairro Jardim Alvorada, na cidade de Marechal Cândido Rondon, Estado do Paraná.
Tem como entidade mantenedora a Secretaria Municipal de Educação de Marechal
Cândido Rondon, e pertence ao Núcleo Regional de Educação de Toledo.
A estrutura física da escola conta com 09 salas de aula com condicionador
de ar; 1 quadra de esportes (com cobertura); 1 sala de coordenação; 1 secretaria; 1
sala de direção; 1 sala de professores; 1 parque infantil; 1 saguão; 1 cozinha equipada;
1 lavanderia; 3 bebedouros coletivos; 2 banheiros coletivos; 1 pátio; sala de educação
física; depósito; almoxarifado.
3.2 O PPP da instituição e sua relação com a Psicopedagogia
O Projeto Político Pedagógico da Instituição se constitui em processo
democrático de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do
trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações
competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal
e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola,
diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças
e hierarquiza os poderes de decisão.
A finalidade do documento é o de validar as ações de uma escola
comprometida com a formação do cidadão, que busca refletir sobre a realidade e
tomada de consciência doe estar em constante evolução pelo bem da comunidade
escolar.
A instituição de ensino atende a 330 alunos, sendo eles divididos na Educação
Infantil e no Ensino Fundamental nos períodos Matutino e Vespertino. Os alunos da
Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental ocupam o mesmo prédio
escolar. Porém a Educação Infantil possui mobiliário (mesas, carteiras e bebedouro),
parque de lazer, brinquedos e materiais pedagógicos adequados a estatura corporal
e etapa de desenvolvimento.
Todas as turmas são atendidas de segunda a sexta-feira, das 7h 30min às 11h
30min e das 13h 30min às 17h 30min (com recreio escolar pedagógico de 15min em
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cada turno), com cinco aulas diárias, cada aula com a duração de quarenta e cinco
minutos.
O quadro de funcionários atende as exigências da escola, onde todos possuem
a formação exigida para atender as demandas de cada turma ou determinada área.
A Escola Érico Veríssimo atende seus alunos em consonância com Currículo
Escolar da AMOP, o qual apresenta seus pressupostos filosóficos, psicológicos,
pedagógicos e legais, conforme citado no Projeto Político Pedagógico da instituição.
Os pressupostos filosóficos dizem respeito à concepção de homem e de
sociedade e à compreensão de educação, e são eles que definem a direção dos
demais fundamentos.
Os psicológicos explicitam uma concepção de desenvolvimento humano e de
aprendizagem. E os pedagógicos expressam um modo de pensar o fazer da
educação, para consolidar os pressupostos filosóficos. Assim, dizem respeito ao
método, aos conteúdos e às práticas escolares cotidianas.
Os pressupostos legais referem-se às bases presentes na legislação
educacional, que dão sustentação à operacionalização da proposta curricular.
Buscando uma educação e um atendimento de qualidade a relação do
atendimento educacional com a Psicopedagogia passa a acontecer na sala de aula,
quando o professor da turma constata que determinado aluno possui dificuldades de
aprendizagem em determinada área do conhecimento.
Na medida em que os professores percebem alguma dessas dificuldades os
alunos são encaminhados para atendimento psicopedagógico, onde são avaliados por
uma equipe multidisciplinar composta pelos seguintes profissionais: psicóloga,
fonoaudiólogo e psicopedagoga.
Após a avaliação ser concluída os alunos avaliados são encaminhados para
frequentar, em contraturno, a Classe de Apoio ou Sala de Recursos Multifuncional
onde os alunos são atendidos de forma individualizada e/ou pequenos grupos,
procurando-se atender as dificuldades específicas.
O atendimento Psicopedagógico da Escola acontece após um processo de
espera, pois a demanda que advém do município é grande e em alguns casos
possuem urgência, após o aluno ser avaliado, ele retorna aos atendimentos na escola,
quando necessário vai para Classe Especial, esta que atende de maneira direcionada
suas especificidades.
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4 A PSICOPEDAGOGIA E SUA RELAÇÃO COM A APRENDIZAGEM
A Psicopedagogia busca relacionar as áreas da Pedagogia com a Psicologia,
tem como objetivo estudar o modo como acontece a aprendizagem do aluno e quais
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são as interferências neste processo, quando a mesma não acontece de maneira
efetiva.
O processo de organização de informações na estrutura cognitiva que define a
aprendizagem, processo esse que pode acontecer de diversos meios, conforme
afirma Bock, Furtado e Teixeira (2009), sendo eles, por meio de uma aprendizagem
mecânica, esta que é a aprendizagem de novas informações sem nenhuma
associação aos conceitos já definidos, ou a aprendizagem significativa, que acontece
quando novas ideias se relacionam com conceitos já disponíveis na estrutura
cognitiva.
Busca-se levar em consideração diversas váriaveis que intevenham em um
processo de aprendizagem satisfatório, o ambiente, as forças internas que advém do
indivíduo, como interesse, a necessidade, e o objeto, este que atrai o indivíduo em
satisfazer suas forças internas que o mobilizam.
A Psicopedagogia surge como uma proposta de solução de problemas no
âmbito educativo, problemas estes que podem surguir de diversos ambientes, sendo
eles, ambiente familiar, escolar, do meio social, econômico e cultural.
Conforme cita Martins e Figueiredo (2001, pg. 2), “a psicopedagogia promove
análise aprofundada dos problemas da realidade escolar e reestrutura a
reinterpretação de fatores que levam o aluno a ter dificuldades para aprender.”.
4.1 A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE ESCOLAR NA APRENDIZAGEM
Durante o processo de aprendizagem, acontece uma relação importante entre
o aluno e o professor, o vínculo criado entre os dois deve ser saudavél para que a
aprendizagem aconteça de maneira efetiva. O processo precisa ser construído de
maneira sóciointeracionista, pois o ato de ensinar e aprender envolve o professor,
aluno e o meio onde a aprendizagem acontece.
A busca por um ambiente que favoreça a aprendizagem, deve priorizar o papel
de reconstruir a figura do aluno e do professor, onde o professor facilita a
aprendizagem e busca compreender como acontece este processo com o seu aluno,
já o aluno é criador do seu processo pessoal, educacional e cultural. A partir daí,
quando a escola ensina a aprendizagem significativa, ela passa a ter sentido para a
vida do aluno.
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Quando este processo não acontece dentro do modo planejado, a
Psicopedagogia intervém para apontar quais as principais causas, para definir como
este educando aprende, e quais fatores estão impedindo o acontecimento do
processo eficaz da aprendizagem.
Segundo Scoz, citado por Martins e Figueiredo (2001, p. 4):
[...] A psicopedagogia além de dominar a patologia e a etiologia dos problemas de aprendizagem, aprofundou conhecimentos que lhe possibilitam uma contribuição efetiva não só relacionada aos problemas de aprendizagem, mas, também, na melhoria da qualidade do ensino oferecido nas escolas. [...].
Os elementos fundamentais para manter as novas informações adquiridas e
processadas pelo indivíduo são o estímulo, o impulso, o reforço e a resposta. Sendo
assim, a aprendizagem só ira acontecer quando o sujeito se sentir inserido no contexto
educacional, para só então desenvolver competências que lhes são esperadas de
acordo com o seu desenvolvimento maturacional.
Conforme afirma Martins e Figueiredo (2001), “para a escola resolver
problemas de aprendizagem, ela deve levar em conta todas as esferas em que o
indivíduo participa, ou seja, a própria escola, a família, o ambiente fora da família e da
escola.”.
A criança só constrói seu aprendizado quando sente-se segura, tendo ligação
com seus aspectos afetivos, compreendendo, assim, que a criança escolhe seus
conteúdos emocionais, ligados a sua realidade interna e externa. Nesse sentido,
Parolin (2005, p. 71) defende que:
[...] a construção do eu-sujeito acontecerá antes e concomitantemente à construção da realidade. Será a qualidade da vida afetiva da criança, ao longo dos primeiros anos de vida, que viabilizará suas aprendizagens. A temperatura do campo afetivo em que a criança viver será o propulsor das aprendizagens produzidas por ela.
As relações afetivas com a criança desde a sua gestação, determinarão seu
sentimento de pertencimento a um grupo humano, desenvolvendo suas emoções e
sensações, construindo sentimentos e aprendizagens em contato com o meio,
sentindo-se segura em seu nível de desenvolvimento físico, biológico e psíquico, pois
esse “ser cognoscente que aprende em diferentes situações e, com suas
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aprendizagens, torna-se senhor de si mesmo, do seu mundo e das múltiplas redes
relacionais que ele consegue gerir e gerenciar”, como aponta Parolin (2005, p. 73).
Sendo necessário considerar que um dos fatores primordiais para uma
aprendizagem com êxito, é quando se leva em consideração que a criança quando
ingressa em um ambiente escolar, vem com uma ampla bagagem de conhecimentos
e sentimentos, precedentemente advindas do âmbito familiar de seu convívio e, “ao
mesmo tempo em que é único, faz parte de um grupo social; é biologicamente
constituído; está inserido em um cenário afetivo particular e ao mesmo tempo, vive e
convive em um ambiente que é natural e cultural”. (PAROLIN, 2005, p. 49).
A criança em seu desenvolvimento, possui habilidade cerebral de criar noções
de neuroplasticidade, conforme afirma Vygotsky (2005), que possibilita intervenções
nos primeiros anos de vida, podendo reveter quadros que eram vistos como irrersiveis,
tendo como principal objeto, além do conhecimento teórico, o investimento afetivo, ou
da possibilidade da criança de ressignificar seu lugar no contexto familiar e escolar.
Para que o sujeito sinta necessidade de vínculo com o aprendizado, ele precisa
estar inserido em um ambiente que o estimule e exija novas ações diante de novas
possibilidades e a criação de novas ações, do contrário, a aprendizagem não
acontecerá, apresentando uma dificuldade em formar novos conceitos.
Conforme Leontiev, citado por Sforni (s.d):
Designamos pelo termo de atividade os processos que são psicologicamente determinados pelo fato de aquilo para que tendem no seu conjunto (o seu objeto) coincidir sempre com o elemento objetivo que incita o paciente a uma dada atividade, isto é, com o motivo (LEONTIEV, s.d, p. 315).
Sendo fundamental, o professor ter um olhar para sua metodologia, como ela
está influenciando nesta dificuldade do aluno, e quais são as suas possibilidades de
mudança, levando em consideração os aspectos biológiocos e culturais do seu aluno.
5 DIAGNÓSTICO - CASO I
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR
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5.1. Dados de Identificação
Nome do Aluno: V. G. S. S
Data de nascimento: 11 /11 /2012 Idade: 7 anos
Pai: G. J. S Mãe: A. R. S. R
Responsáveis: G. J. S e A. R. S. R.
Instituição: Escola Municipal Érico Veríssimo
Ano Escolar: 1° ano Turno: Matutino Repetência(s): Não
Professor (es): J. F. R
Data de início da avaliação 06 de agosto de 2019 e término em 07 de novembro de
2019.
5.2. Motivo do encaminhamento
Apresenta dificuldade de aprendizagem, não consegue acompanhar o
desenvolvimento do conteúdo.
5.3. História e contexto evolutivo
A mãe compareceu a entrevista com atraso, após contato, justificou que não
havia entendido o recado do horário marcado.
Relatou que recebeu bem a notícia da gravidez e que havia sido planejada, fez
todo o tratamento pré-natal, durante a gravidez apresentou um quadro de complicação
relacionada ao útero, acompanhado de sangramentos o que ocasionou em seu
internamento.
V. G. S. S, nasceu de parto normal, com 5, 300 kg, e 51 cm. A respiração e
choro foram espontâneas logo após nascer foi encaminhado ao quarto, recebeu
aleitamento materno até os 11 meses e fez uso da mamadeira até os 3 anos,
atualmente faz em torno de 4 refeições diárias, tem uma boa saúde.
A mãe relatou que seu desenvolvimento psicomotor, ocorreu mais tarde ele
engatinhou com 10 meses e andou com 1 ano e 3 meses, e apresentou o controle dos
esfíncteres com 2 anos de idade.
Na aprendizagem, o desenvolvimento da linguagem, suas primeiras palavras
foram ditas com 2 anos de idade e apresentou gagueira até os 4 anos, mas logo
conseguiu se apropriar da linguagem padrão e consegue expressar com tranquilidade
com algumas exceções.
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Com relação a saúde, V. G. S. S, vai ao médico uma vez ao ano, quando
necessário, apresentou uma infecção no olho que necessitou de internamento, com 4
anos de idade. Já em relação ao sono, possui um sono normal e dorme em quarto
separado dos pais.
A socialização é boa quando não está na escola, ele fica em casa e brinca com
sua irmã, tem facilidade em fazer amizades, e gosta da companhia de outras crianças.
Com relação a independência, a mãe relata que o auxilia em todas as
atividades básicas, como tomar banho e vestir-se.
V. G. S. S, mora com os pais e uma irmã, e possuem aparentemente um
relacionamento saudável. Com relação a sua vida escolar, V. G. S. S, começou a ir à
escola com 4 anos de idade, desde então trocou três vezes de escola, na escola atual,
iniciou em julho deste ano, consequentemente não conseguindo criar vínculo com os
colegas e a professora.
5.4. Síntese das áreas avaliadas
Na primeira sessão, em contato com a EOCA, o aluno demonstrou certa
timidez, não conseguindo dizer seu nome completo, somente o primeiro nome,
demonstrou ser observador com relação aos objetos que estavam a sua disposição.
Apresentou uma postura corporal adequada para o esperado, utilizou de linguagem
formal, e realizou poucas expressões corporais, demonstrando estar atento e curioso
por sua feição, apresentou um tom de voz baixo e retraído de início e no decorrer do
atendimento demonstrou segurança e conversou com naturalidade.
Nas atividades de avaliação projetiva que se busca avaliar a área emocional,
no desenho projetivo da área familiar, ele desenhou a família completa, demonstrando
segurança e interesse, desenhou sua casa e os demais objetos que ele determinou
ser importante, demonstrando ter noção da organização familiar e de apresentou
vínculo saudável.
Nos demais desenhos das técnicas projetivas, V. G. S. S, desenhou o que lhe
foi solicitado com facilidade e manifestou tranquilidade e segurança, não
apresentando nada a ser pontuado, no desenho relacionado ao par educativo,
primeiramente desenhou sua irmã como alguém que ensina, e no desenho seguinte,
quando orientado ao ambiente escolar, desenhou a professora, denotando-se pouco
vínculo afetivo, mas o desenhou próximo a ela.
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Na área da linguagem oral e escrita, o aluno apresentou não estar alfabetizado
ainda, mas no processo denota-se estar na fase alfabética, pois reconhece as vogais
e as letras do seu nome, e identifica as letras que lhe foram solicitadas, mas não
consegue organizá-las em ordem alfabética, com relação as atividades de consciência
fonológica, apresentou dominância na síntese silábica, rimas e apresentou boa
discriminação auditiva.
Na área dos conhecimentos matemáticos, demonstrou compreensão em
questões de localização espaço-temporal, apresenta conhecimento acerca de
quantidades de objetos, formas geométricas e cores, apresenta domínio na contagem
linear de número até 20, identifica formas de diferentes tamanhos e com relação a
lógica, conseguiu realizar as atividades propostas dentro do esperado para idade e
série.
Na área das habilidades corporais e motoras, o aluno demonstrou
conhecimento do esquema corporal, bem como dominância de lateralidade, com
relação aos conceitos de orientação espacial dominou as áreas solicitadas, sendo
elas, de coordenação global, equilíbrio dinâmico, estático e de dissociação.
5.5. Conclusão diagnóstica
Após realizar os atendimentos com V. G. S. S, o aluno demonstrou ter suas
capacidades cognitivas preservadas, dentro do esperado para a sua idade
cronológica, desde o início dos atendimentos até o final, apresentou aprendizagem e
um desenvolvimento significativo, o que ocasionou em uma melhora notória em sua
evolução.
As dificuldades com relação a escrita e leitura e raciocínio e a socialização, são
naturais de sua idade, sendo que ele estava se sociabilizando no ambiente escolar
novo, e apresentando confusões normais em sala de aula, o que o leva a sentir
retraído e com receio de mostrar o que sabe, com medo de ser corrigido, não
aceitando a frustração com relação ao erro.
Apesar de demonstrar na organização dos conteúdos que lhe são exigidos de
acordo com a sua idade, mas está em constante aprendizado e evolução. O aluno não
demonstra nenhum processo que lhe impeça de construir aprendizados novos e
significativos, mas precisa de ajuda mais individualizada.
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5.6. Medidas de Intervenção
• Sentar-se próximo a mesa da professora;
• Realizar atividades que reforcem o vínculo com os colegas e professora;
• Realizar atividades escolares e em casa que o façam expressar suas ideias,
respeitando seu ponto de vista;
• Incentivar o diálogo sobre a possibilidade de acertos e erros;
• Trabalhar conteúdos e emoções através de jogos;
• Aumentar possibilidade de vínculo com outras crianças fora do ambiente
escolar.
• Auxilia-lo com práticas de leitura, escrita e contação de histórias;
• Retomar atividades com números e conceitos decimais.
5.7. Encaminhamentos
• Psicólogo para trabalhar a questão da insegurança e medo com relação ao
erro.
• Classe Comum com apoio pedagógico para reforçar aprendizagem.
_____________________________
Nadine Tamires Boll
Psicopedagoga Estagiária
_____________________________
Veralice Moreira dos Santos
Psicopedagoga
______________________________
Sandra Regner
Coordenadora Pedagógica
PRESENTES NA DEVOLUTIVA:
____________________________ ____________________________
Responsáveis pelo educando
2
____________________________
Giovana Patricia Speck Toebe
Direção Escolar
____________________________
Professora Regente
6 DIAGNÓSTICO - CASO II
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR
6.1. Dados de Identificação
Nome do Aluno: G. H. A.
Data de nascimento: 10/10/2009 Idade: 10 anos
Pai: V. A. Mãe: A. P. A. A.
Responsáveis: V. A e A. P. A. A.
3
Instituição: Escola Érico Veríssimo
Ano/Série: 4° ano Turno: Vespertino Repetência(s): Não
Professor (es): M. P.
Prazo da avaliação: 12 de agosto de 2019 até 23 de outubro de 2019.
6.2. Motivo do encaminhamento
O aluno demonstra dificuldade de concentração e atenção, se distrai com
facilidade.
6.3. História e contexto evolutivo
Os pais compareceram na entrevista no horário marcado, e a mãe observou
que a gravidez foi planejada e a houve a execução do calendário pré-natal com êxito
e tudo ocorreu bem, nasceu com 3, 650 kg e com 51 cm e ao nascer foi encaminhado
para o quarto, onde sendo assim, recebeu aleitamento materno até os 8 meses de
idade, tomou leite na mamadeira até os 4 anos e possui atualmente uma alimentação
regular, fazendo três refeições por dia.
O desenvolvimento psicomotor, aconteceu sequencialmente, engatinhou com
6 meses e caminhou com 1 ano e 2 meses, com 3 anos teve controle dos esfíncteres.
Com relação a linguagem, os pais não souberam responder sobre o processo
de apropriação da fala. Já sono é irregular, possui sono inquieto, com pavor noturno,
aos dez anos, ainda dorme no quarto com os pais.
No aspecto da socialização, quando não está na escola, assiste televisão e
brinca com seu irmão mais novo, gosta de companhias e faz amizade facilmente, mas
se irrita com facilidade e se envolve em confusão quando contrariado. Quando os pais
estão trabalhando, ele fica com a avó e ajuda a cuidar do irmão.
O aluno iniciou a vida escolar com 6 meses, em um Centro Municipal de
Educação Infantil e teve uma adaptação tranquila, quando necessitou de uma
mudança de escola para entrar no Ensino Fundamental, apresentou dificuldades na
adaptação, permanece na mesma escola desde o primeiro ano, a família relatou que
o aluno gosta da professora, apresenta falta de vontade e atenção para realizar
determinadas atividades.
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6.4. Síntese das áreas avaliadas
Na primeira sessão, em contato com a EOCA, o aluno adentrou a sala com
timidez e receio, falou poucas palavras e de início escolheu os livros que estavam à
disposição na caixa, quando em contato com os jogos, conseguiu cumprir com os
objetivos revelando ter atenção, percepção e organização.
Nas atividades de avaliação projetiva, G. H. A na área emocional, demonstrou
interesse e satisfação ao desenhar, desenhou com empenho e com detalhes, na área
familiar desenhou sua família completa, durante o desenho conversou sobre sua
família e referiu-se com carinho a avó e os alimentos que ela fazia, deixando claro o
laço de afetividade que possui com ela. No desenho projetivo do Par Educativo, foi
solicitado que desenhasse alguém que aprende e outro que ensina, desenhou ele e
um professor o ensinando. Nos outros desenhos que lhe foi solicitado, entre elas que
o deixa feliz e que ele tem medo, apresentou medos naturais para sua idade.
Na área da linguagem oral e escrita, o aluno demonstrou possuir domínio de
um vocabulário adequado para sua idade, apresentou boa fala com naturalidade e
consegue expressar seus objetivos. Na área da escrita, apresenta dificuldade de
organização textual, apresentando confusão entre parágrafos e organização do texto,
as ideias escritas são claras e sucintas, mas ao colocar o texto no papel acaba
misturando e não alcança os objetivos propostos, esquece de sinais de pontuação,
paragrafação e letras maiúsculas nos lugares que se é necessário. Conseguiu realizar
análise e interpretação das atividades propostas, na escrita de algumas palavras, faz
erros de ortografia, realizando a troca ou a falta de alguns grafemas.
Nas atividades de discriminação auditiva, o aluno conseguiu identificar todas
palavras que apresentavam sons iguais e pares diferentes, não apresentando
nenhuma dificuldade, já na avaliação de consciência fonológica, apresentou domínio
da síntese silábica, fonêmica, conseguindo distinguir as palavras que rimam.
Na área dos conhecimentos Matemáticos, o aluno apresenta compreensão e
interpretação de situações problema, conseguiu resolver e responder com facilidade
as atividades que lhe foram propostas, possui domínio de localização espaço
temporal. Conseguiu realizar cálculos das quatro operações, apresentando
dificuldades em algumas situações mais complexas.
Na área das habilidades corporais e motoras, demonstrou conhecimento e
domínio pleno de seu corpo e as possibilidades de utilização, apresenta destreza
5
motora global e final, possui dominância de lateralidade, equilíbrio dinâmico, estático
e de dissociação.
6.5. Conclusão diagnóstica
Após os atendimentos realizados com G. H. A, conclui-se que o aluno
demonstrou ter suas capacidades cognitivas preservadas, apresentando uma
evolução desde o início dos atendimentos, ao ser atendido individualmente.
Levando em consideração a causa do encaminhamento, no individual ele
atenção e foco, demonstrando ter domínio dos conteúdos e conhecimento, porém
apresenta uma certa distração que interfere em sua organização e produção.
Nesses termos observou-se que o aluno supera a distração e pode ter melhor
atenção, concentração e resultados positivos ao ser orientado no individual.
Com relação a área da linguagem, onde o aluno apresentou fragilidade em
relação a escrita, há necessidade de trabalho direcionado a atenção e percepção na
organização textual em atividades de escrita.
6.6. Medidas de Intervenção
• Sentar-se próximo a mesa da professora;
• Realizar atividades que exijam concentração e foco;
• Trabalhar produção e reescrita de textos, buscando organizar pontuações e
organização textual;
• Explorar a memória visual e a percepção da grafia;
• Intervir na escrita com atividades de fixação de ortografia;
• Trabalhar foco e atenção através de jogos.
6.7. Encaminhamentos
• Classe Comum com apoio pedagógico para reforçar aprendizagem.
6
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Nadine Tamires Boll
Psicopedagoga Estagiária
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Veralice Aparecida Moreira dos Santos
Psicopedagoga
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Sandra Regner
Coordenadora Pedagógica
PRESENTES NA DEVOLUTIVA:
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Responsáveis pelo educando
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Giovana Patricia Speck Toebe
Direção Escolar
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Marlice Rosani Przygodda Gundt
Professora Regente
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Conclui-se que o trabalho presente tem como objetivo instruir e capacitar o
futuro Psicopedagogo a colocar seus conhecimentos teóricos em prática. Sendo
fundamental para execução da profissão de Psicopedagogo.
Exercer o papel da Psicopedagogia é comprometer-se com a possibilidade da
esperança de entender e dar novos rumos para o que antes parecia estar em uma
situação instável, colocar o conhecimento adquirido em prática, é estudar e escolher
o que melhor se enquadra no seu paciente, e comprometer-se em dar o seu melhor.
No decorrer do estágio, é possível perceber que os indivíduos inseridos neste
processo necessitam constantemente uns dos outros, tanto a criança que está em
pleno desenvolvimento, que no início do atendimento apresentou peculiaridades que
no findar do estágio já estavam supridas, como o psicopedagogo em formação.
Compreender as necessidades dos alunos que estão envolvidos no processo
requer uma pesquisa baseada em bibliografia e a desconstrução de conceitos pré-
definidos.
É de suma importância passar por essa fase do estágio, sendo ela,
fundamental para formação e capacitação do Psicopedagogo, que ainda que não atua
ou siga a carreira, poderá ampliar seus conhecimentos e adequar o atendimento aos
seus alunos, pois como o objeto principal de estudo da Psicopedagogia, o mesmo irá
compreender como cada educando seu aprende, cada um com sua especificidade.
REFERÊNCIAS
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Disponível em: https://educere.bruc.com.br/ANAIS2013/pdf/9479_5472.pdf Acesso
em: 11 de novembro de 2019.
8
MARTINS, Marlene Nunes; FIGUEIREDO, Lília Márcia de Souza. Um olhar
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SUPERIOR DE EDUCAÇÃO E TEOLOGIA. Jaciara – MT. Ano IV, Número 06,
novembro de 2011. Disponível em:
https://pedagogiafadba.files.wordpress.com/2013/03/olhar-psicopedagogico.pdf.
Acesso em: 09 de novembro de 2019.
PAROLIN, Isabel. Professores formadores: a relação entre a família, a escola e a
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SFORNI, Marta Sueli de Faria; MOURA, Manoel Oriosvaldo de. Aprendizagem
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Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003. Acesso em:
<https://bdpi.usp.br/item/001305641> Acesso em: 26 de novembro de 2019.
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memoria-da.html> Acesso em: 26 de novembro de 2019.
ANEXOS
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CASO I
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CASO II
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