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ABNT - UNOPAR - Completo

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SUMRIORESUMO .....................................................................................................................3

1 INTRODUO .........................................................................................................42 O USO DO CRACK: UM PROBLEMA SOCIAL RESTRITO S METRPOLES?.53 CONCLUSO ..........................................................................................................9REFERNCIAS .........................................................................................................10

1 INTRODUO

O uso do Crack no um problema social restrito somente s grandes metrpoles. Todas ascidadesbrasileiras, da menor a maior, sofrem na atualidade com esse problema, isto , com o uso indiscriminado da droga.Tem-se acompanhado pela mdia inmerasaespoliciais de represso ao uso do Crack, porm, o problema no somente uma questo de segurana, mas tambm desade pblica. Entende-se que a polcia deve atuar no combate ao trfico, mas os usurios devem ser encarados como portadores de uma doena, que a dependncia qumica, sendo assim, devem receber um tratamento adequado.

Alm da esfera daseguranae da sade, aeducao pblicae os setores socioculturais tambm devem se envolver no combate ao uso do Crack, para que possa acontecer uma incluso social do indivduo aps livrar-se do vcio.

Baseado neste pressuposto este trabalho tem por finalidade apresentar um entendimento sobre o uso do crack, os problemas socais que esta droga causa para a sociedade, com o objetivo de analisar e mostrar a realidade social que os usurios esto inseridos e situar a interveno do Servio Social.Nele ser destacado a representao social do uso do crack na sociedade, mostrando como a populao compreende esse assunto, qual a contribuio do servio social, como se deve ser o tratamento dos usurios de crack, quais os fatores histricos que revelam as desigualdades sociais e a organizao populacional urbana e principalmente quais as questes emocionais afetivas do dependente qumico e familiar e qual o papel da famlia no processo de estruturao emocional e afetiva do dependente qumico.2 o uso do crack: um problema social restrito s metrpoles?O crack uma substncia, preparada a base da mistura da pasta de cocana com bicabornato de sdio. Para obteno das pedras de crack tambm so misturadas cocana diversas substncias txicas como gasolina, querosene e at gua de bateria. A pedra docrackno solvel em guae no pode ser injetada. Ela fumada em cachimbo, tubo de PVC ou aquecida numa lata. Aps ser aquecida em temperatura mdia de 95C, passa do estado slido ao de vapor. Quando queima, produz um rudo que lhe deu nome. Pode ser misturada com maconha e fumada com ela.

O efeito da pedra muito veloz, chega muito rpido ao crebro causandodependncia qumicarpida comdanos, muitas vezes, irreversveis. Em alguns casos, o crack pode levar o usurio at a bito em pouco tempo de uso. Os efeitos causados pelo o consumo do crack so: taquicardia, hipertenso, taquipnia e hipertermia, dilatao das pupilas, tenso muscular, tremores e suor intenso.

O consumo do crack causa efeitos devastadores nos usurios, efeitos fsicos, psicolgicos e sociais. So eles:

* Fsicos Causa danos nos pulmes dores fortes, bronquite, asma, aumento datemperatura do corpo com o risco deacidente vascular cerebral, destruio de clulas cerebrais e degenerao muscular, o que confere aquela aparncia esqueltica do usurio, inibio da fome e insnia profunda;* Psicolgicos depresso, ansiedade, agressividade, diminuio de interesse sexual, o uso frequente de das drogas acarreta delitos para obteno de dinheiro, venda de objetivo pessoais e familiares e at a prostituio, tudo para sustentar o vcio.

* Sociais Abandono do trabalho, estudo ou qualquer outro interesse que no seja a droga, acaba o vnculo familiar, com aviolncia domsticae frequente abandono do lar, grande possibilidade de envolvimento com a criminalidade, a ruptura doslaos familiarese relaes sociais e de trabalho, podem levar o aumento da estigmatizao do usurio, agravando sua excluso social.

O usurio decrackpossui vriossinais de dependnciaqumica como:

* Abandono de interesses sociais no ligados ao consumo ecompra de drogas;

* Mudana de companhias e amigos;

* Comportamento deprimido, cansado e descuido da aparncia;

* Dificuldades ouabandono escolar, perda do interesse pelo trabalho;

* Mudanas de hbitos alimentares,falta de apetite, emagrecimento e insnia.* Atitudes suspeitas, como telefonar para pessoas desconhecidas dos familiares;*Extorsode dinheiro da famlia;* Mentiras frequentes;A sociedade, hoje, est vivendo um problema de alta complexibilidade e que est presente em todo o pas. o uso de drogas ilcitas, principalmente do crack, que vem crescendo a cada dia de forma assustadora nas grandes cidades e tambm nos lugares mais inspitos do pas, fazendo, assim, crianas, adolescentes e adultos refns das drogas.

Em geral, a sociedade enxergar o dependente de crack, tambm chamado de noiado, como um marginal, um bandido, que deve ser mantido longe de tudo e de todos. A falta de assistncia do poder pblico com projetos de ajuda psicossocial acaba fazendo com que seja usado a fora bruta (polcia), que vai varrendo o dependente qumico, em especial, o usurio de crack, e eles acabam se agrupando em locais afastados, onde a sociedade evita passar ou frequentar, por medo ou at mesmo por descaso. A polcia, por sua vez, no faz questo de vigiar, sentindo assim seguros e livres para o consumo desenfreado da droga, onde surge a cidade dos usurios do crack, conhecida como a cracolndia.O poder pblico e a sade se afastam, tratam essa classe com mero esquecimento, dando senhorio aos traficantes. A maior parte da sociedade desconhece o sofrimento desta gente, que para suportar a dor apelam para o uso do crack. Dor est insuportvel que motivada pela excluso social e pelos problemas familiares. Nem todos os usurios do crack sofrem da excluso social, uma parte comea a usar o crack por hedonismo, curiosidade ou sofrimento que provavelmente, persistiro aps a dependncia, ou at mesmo com o objetivo de vivenciar novas experincias.Para enfrentar-se a epidemia do CRACK e tambm de outras drogas, no bastam apenas operaes militares mirabolantes. preciso um processo de tratamento e recuperao que permita a sada destas pessoas debilitadas e dependentes qumicas das ruas, de modo a possibilitar que elas tenham condies de acesso rede de serviosde sade, assistncia social, moradia, trabalho e renda. Assim, o desafio maior tirar o lugar que o CRACK ocupa hoje em nossas casas e em nossas famlias, alm de cuidarmos de seus usurios com respeito e responsabilidade, de forma real e efetiva.A drogadio est relacionada com fatores sociais, econmicos e culturais, sendo assim precisoromper comdiversos paradigmas para que se possa resgatar a populao drogadita e realizar trabalhos preventivos com o intuito de amenizar o crculo de violncia e criminalidade.

Participar de programas de socorro populao em situao de calamidade pblica, no atendimento e defesa de seus interesses e necessidades.

O assistente social deve estimular aparticipao da famliada comunidade e de toda a sociedade civil na formulao de propostas para o enfrentamento da demanda de usurios de crack, o fenmeno que a cada dia ocupa mais espao em nossa sociedade, proporcionando assim reflexes sobre os direitos dessa populao.

O assistente social frente a estas demandas, deve estar engajado em seu Projeto tico Poltico, atravs de um conhecimento terico metodolgico, para que se possalidar coma complexidade destes fenmenos, que atua em nossa sociedade. o assistente social necessita de conhecimentos especficos para desenvolver suas aes compreender as relaes que determinam fatos e situaes, sendo assim necessrio que se apresente o conhecimento, posicionamento e a operacionalidade de um profissional, para interceder em uma determinada realidade social. Reflexes sobre os direitos dessa populao articulando implantando e orientando meios para que o sujeito tenha acesso a essas polticas, como sade, educao e assistncia social, buscando envolvimento com outros setores com o intuito da efetivao dos direitos garantidos a essa populao.

Nos aspectos histricos, deve-se levar em considerao que a chegada da Corte proporcionou reflexos nos negcios, sendo que a partir de 1808 no se pode mais falar que o Brasil uma colnia, pois com a chegada da Famlia Real e da Corte Portuguesa a cidade do Rio de Janeiro neste ano, o Centro-sul da Amrica Portuguesa passam a cumprir um papel de metrpole ante o resto do Imprio portugus.

Alm da abertura dos portos, a presena da famlia real gerou uma maior dinmica urbana, como aumento de subatividades, caracterstica que permanece no Rio de Janeiro at os dias de hoje. Pode-se dizer que um dos momentos cruciais para a ocupao do Rio foi aabolio da escravaturaem 1888. Esse momento histrico agravou a crise da produo cafeeira no Brasil, a massa populacional aumenta consideravelmente, do campo para as cidades.

Alm disso, a Lei urea criou instantaneamente uma imensa massa de desempregados miserveis, analfabetos e sem qualquercapacitao profissional. Foram esses novos desempregados que comearam a se amontoar no Centro do Rio ao longo da segunda metade do sculo XIX. Naturalmente, a demanda por moradia e emprego era muito maior que a oferta, restando a essa massa o improviso. O Rio de Janeiro, ento uma cidade que acumulava as funes administrativa e porturia, foi vendo as ruas estreitas e tortas de seu centro antigo lotarem de cortios. Sob o argumento da higienizao da cidade do Rio higienizao que de fato houve a gesto Pereira Passos em quatro anos deu sequncia a um plano que j havia sido iniciado anos antes com a derrubada de alguns cortios (como o clebre Cabea-de-Porco). Nesse perodo inmeros moradores do Centro receberamordens de despejo, e seus cortios foram postos abaixo para a construo de avenidas, praas e novos edifcios.Com as obras de demolio, vrios prdios que serviam de moradia s populaes pobres, foram destrudas. De fato com o alargamento das ruas centrais e a inaugurao de novas vias de comunicao, ocorreu a destruio de inmeros cortios, que eram entendidos como snteses da insalubridade e da violncia, espao da barbrie. Uma das maiores preocupaes de Pereira Passos era com a higiene e, para executar planos de saneamento bsico contou com a ajuda e orientao de Oswaldo Cruz. Um dos episdios mais marcantes dessa empreitada foi a "Revolta da Vacina", em 1904. As pessoas temiam ser vacinadas e era preciso que os agentes de sade fossem at a casa de todos acompanhados da polcia e isso gerou um grande descontentamento. A reorganizao do espao urbano carioca, sob novas orientaes econmicas e ideolgicas, no condizia com a presena de pobres na rea central da cidade. Afastar os pobres da rea central da cidade e no permiti-los entrar nas reas nobres so objetivos de todos os prefeitos at Pereira Passos. A cidade com a reforma define quem deve ou no deve estar na rea centra. Uma cidade nasce a partir do momento em que um determinado nmero de pessoas se instala numa certa regio atravs de um processo chamado de urbanizao. Diversos fatores so determinantes na formao das cidades, tais como a industrializao, o crescimento demogrfico. etc... A rede urbana interfere na vida das pessoas de maneiras diferentes. As pessoas de classe social mais alta podem aproveitar de tudo numa metrpole, todos os recursos esto disposio. Mas outros que j no podem nem levar ao mercado o que produzem, so presos aos preos e as carncias locais. Para estes a rede urbana no totalmente uma realidade. As condies de determinada regio determinam a desigualdade entre as pessoas. Por isso, muitos so cidados diminudos ou incompletos. O mesmo ocorre em So Paulo outro fator do crescimento de So Paulo foi a expanso da produo do caf, "Em So Paulo cada vez mais as classes mdia e acima da mdia se concentram no quadrante sudoeste da cidade. As classes baixas ocupam outras regies."

3 CONCLUSODiante dos fatos estudados e pesquisados, pode-se concluir que a cada ano o crack vem se tornando um dos maiores problemas de sade pblica. necessrio a criao de normas e diretrizes que visam a ajudar os dependentes qumicos a se livrar do uso excessivo de substncias qumicas.

O crack umproblema socialque exige aes integradas do poder pblico juntamente com a sociedade, somente com a unio de todas as esferas do poder e a participao ativa da populao, conseguira-se combater esse grave problema, que o uso do crack.REFERNCIAS

ALVAREZ, Gilberto. A cracolndia no um caso de polcia. Linha Direta, em 17-01-2012. Disponvel em Acesso em: Acesso em 03 JUN. 2014.

COLLETTA, Denise Dalla. Projeto Quixote: tratando pequenos adultos. poca So Paulo Qui, 2/2/2012: ASSISTENCIA SOCIAL, HABITAO, POLTICAS PBLICAS, REVITALIZAO, TAGS: ASSISTNCIA SOCIAL, CRACK, CRACOLNDIA, REINSERO. Disponvel em: Acesso em 03 JUN. 2014.JUNIOR, Rafael & BLOTA, Joo. Nia O poder tentador de nossas fraquezas. Edio: 1 Editora: 300 Editoras. Ano de Lanamento: 2009.

NOVAIS, Eliana. Revista Combate ao crack. Fortaleza:2010. Disponvel em: www.eliananovais40100.com.br. Acesso em 04 JUN. 2014.

PASA, Morgana Scheffer Graciela Gema; ALMEIDA, Rosa Maria Martins de.Dependnciade lcool, cocana e crack e transtornos psiquitricos. Psic. Teor. E Pesq. [Online].2010, vol.26, n.3, pp.533-541. Disponvel em: Acesso em 04 JUN. 2014.ZANETA, Lcia Helena Rodrigues; POLVERINI, Vera Lcia, Cartilha sobre o crack, 4 composio Braslia: 2011 Conselho Nacional de Justia. Disponvel em : www.cnj.jus.br. Acesso em 03 JUN. 2014.

Sistema de Ensino Presencial Conectado

servio social

MARIA ANTONIA OLIVEIRA DE ALMEIDA DE PAULA

o uso do crack:

Um problema social restrito s metrpoles?

Porto Velho/RO

2014

MARIA ANTONIA OLIVEIRA DE ALMEIDA DE PAULA

o uso do crack:

Um problema social restrito s metrpoles?

Trabalho Interdisciplinar apresentado Universidade Norte do Paran - UNOPAR, como requisito parcial para a obteno de mdia bimestral na disciplina de Psicologia Geral; Antropologia; Formao Social, Poltica e Econmica do Brasil; Fundamentos Histricos, Tericos e Metodolgicos do Servio Social I.

Orientador: Prof. Lisnia Rampazzo, Giane Albiazzetti, Gleiton Lima, Rosane Malvezzi.

Porto Velho/RO

2014