Empresa paulista, optante pelo Simples Nacional que recebe nota � scal de aquisição interestadual de mercadoria (produtos importados) com alíquota do ICMS de 4%, deve recolher o ICMS sobre diferencial de alíquotas em qual percentual?

Cumpre esclarecer que a Resolução do Senado Federal nº 13/12 � xou em 4% a alíquota do ICMS nas operações interestaduais com produtos importados citados nessa norma. Sendo assim, nas operações objeto da questão, para � ns de cálculo do diferencial de alíquotas, deverá ser considerada a alíquota de 4%, face a alteração promovida pelo Decreto nº 58.923/13, que em seu artigo 1º, inciso II, atualizou a redação do parágrafo 8º do artigo 115 do RICMS/SP no que concerne ao ICMS sobre o diferencial de alíquotas. Antes dessa alteração, havia apenas a alíquota de 12% nas entradas de mercadorias em território paulista. Sendo assim, se a alíquota interna da mercadoria adquirida for de 18%, o ICMS devido sobre o diferencial será de 14%.

Uma pessoa jurídica com regime de tributação no Lu-cro Presumido poderá transmitir o arquivo EFD-ICMS/IPI com as informações detalhadas e a EFD-Contribuições de forma consolidada?Sim. O contribuinte com regime de tributação no Lu-cro Presumido poderá transmitir a EFD-Contribuições de forma consolidada e a EFD-ICMS/IPI (Sped Fiscal) de forma detalhada, conforme orientação do Guia Prá-tico da EFD-ICMS/IPI versão 2.0.12 e da EFD-Contri-buições versão 1.12.

Existe modelo de Carta de Correção Eletrônica (CC-e) ex-clusiva para Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e)?Não. Porém, após a concessão da autorização de uso do CT-e, o emitente poderá sanar erros em campos especí� cos pelo mesmo modelo de Carta de Correção Eletrônica (CC-e) utilizada na NF-e, transmitida à Se-cretaria da Fazenda.

A empresa que transfere mercadoria para uso e consu-mo, da matriz para as � liais, deve destacar o valor do ICMS na nota � scal de saída?Não haverá destaque do ICMS na saída a título de transferência de mercadoria para uso/consumo, ain-da que destinada a � liais localizadas em território paulista, conforme dispõe o inciso XV do artigo 7º do RICMS/SP.

A redução de base de cálculo do ICMS aplica-se também no cálculo da substituição tributária?Sim. A redução da base de cálculo do ICMS alcan-ça também o regime de substituição tributária, des-de que seja aplicável nas sucessivas operações ou prestações até o consumidor ou usuário � nal, ex-ceto na operação própria praticada por contribuinte optante pelo Simples Nacional, conforme artigo 51 do RICMS/SP.

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O microempreendedor individual (MEI) contratou mais de um funcionário, logo deverá efetuar o seu desenquadra-mento desse regime. Em que momento deverá comunicar e quando produzirá efeitos?Conforme o artigo 105 da Resolução CGSN nº 94/11, a pessoa jurídica do MEI deverá efetuar tal comunicação no portal do Simples Nacional até o último dia útil do mês subsequente àquele em que ocorreu a situação de veda-ção. Os efeitos serão produzidos a partir do mês subse-quente ao da ocorrência da situação impeditiva, ou seja, considerando que o empregado tenha sido contratado em setembro, por exemplo, terá até 31 de outubro para efetuar a comunicação, hipótese em que no próprio mês de outubro estará no Simples Nacional como ME.

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Os sócios de uma empresa limitada podem aumentar o ca-pital social, transferindo seus veículos particulares para o Ativo Imobilizado da empresa?Sim. Cabe ressaltar que, uma vez transferidos os riscos e benefícios dos bens à empresa, esses se tornam patri-mônio da entidade. Dessa forma, considera-se um inves-timento feito pelo sócio contribuindo para o desenvolvi-mento da atividade da empresa e geração de receita. As-sim, não há impedimento legal em integralizar o aumento do capital social com bens para a entidade.

Como proceder na transferência de bens dos sócios para o aumento de capital social?Na hipótese dos bens estarem em nome do sócio, se faz necessário que o mesmo emita um recibo de transferência dos bens para a empresa a título de integralização de ca-pital social. A empresa, por sua vez, deve emitir uma nota � scal de entrada desses bens em nome do sócio. Essa prática está em acordo com o Princípio da Entidade (Reso-lução CFC nº 750/93, com alterações pela Resolução CFC nº 1282/10). Cabe ressaltar que haja bom senso nessa operação, tendo em vista não poder efetuar a transferência desses bens com valor notoriamente acima do mercado.

A empresa pode receber empréstimo em dinheiro junto aos sócios para aquisição de bens destinados ao Ativo Imobilizado?De acordo com as disposições do Código Civil - Lei 10.406/02 e da Resolução CFC nº 1.282/10, não há im-pedimento legal com relação ao empréstimo de valores feito pelos sócios para a aquisição de bens para o Ativo Imobilizado da empresa. Entretanto, esse procedimento deve ser registrado corretamente através de documen-tos idôneos. Para o empréstimo de pessoa física (sócios) para pessoa jurídica, com prazo determinado para o pa-gamento, deverá ser elaborado um contrato entre as par-tes envolvidas, no qual devem ser � xadas as condições gerais de operação, ou seja, prazo e forma de pagamen-to, juros e atualizações monetária, entre outras condições e garantias inerentes ao contrato.

A distribuição de lucros aos sócios deve ser de acordo com o percentual de participação de cada um no capital social da empresa?

Sim. Considerando que o lucro é a remuneração do capital investido na empresa pelos sócios, esse deve ser distribuído conforme a proporção da participação de cada um deles no capital social da entidade conforme destaca o Código Civil, em seu artigo 997. Logo, o lucro e sua distribuição aos sócios não poderão ser feitos desproporcionalmente.

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A empresa deve abonar a falta ao serviço do empregado que apresentou uma declaração, emitida por despachante, em que consta que a falta ao trabalho foi devido ao fato da realização de exames práticos para obtenção da CNH?

Inexiste qualquer dispositivo legal que obrigue o empregador a abonar as faltas do trabalhador ao serviço para � ns de realização de exames práticos e/ou teóricos relativos a obtenção da CNH. Dessa forma, a declaração emitida pelo despachante serve apenas para justi� car o motivo o qual o empregado esteve ausente naquele dia, porém, está sujeito ao desconto do respectivo período em que deixou de trabalhar.

Qual o intervalo mínimo para refeição a ser concedido ao empregado que trabalha seis horas diárias?Em conformidade com o artigo 71 da CLT, se a du-ração do trabalho for superior a quatro horas e não exceder seis horas, será obrigatório um intervalo de 15 minutos. Sendo assim, se a jornada de trabalho do empregado em questão é de seis horas, será devido um intervalo de 15 minutos.

Pode-se somar os atrasos diários do empregado e com-putar ao � nal do mês como falta integral?Não. Considerando que a jornada de trabalho é diária, os atrasos deverão ser computados diariamente como minutos/horas e no dia em que ocorreram. Eles não podem ser somados com a � nalidade de computar como falta integral.

Qual o prazo para pagamento das verbas rescisórias no caso de falecimento do empregado?Cumpre esclarecer que o falecimento do empregado constitui um dos meios de encerramento do contrato de trabalho, sendo que na determinação dos cálcu-los das verbas rescisórias, equipara-se ao pedido de demissão, sem aviso prévio e sem a multa do FGTS, extinguindo o contrato na data do falecimento. Assim, o pagamento das parcelas constantes do instrumento

de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado até o décimo dia, contado da data do falecimento do empregado, conforme determina a alínea “b” do § 6º do artigo 477 da CLT.

O adicional de insalubridade compõe o salário do empre-gado para � ns de cálculo das férias?Sim. O adicional de insalubridade compreende na re-muneração do empregado, para todos os efeitos le-gais, na forma do artigo 457 da CLT. Inclusive o § 5º do artigo 142 da CLT determina que deverá ser com-putado no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das férias. Assim, o adicional de insalu-bridade integra o cálculo de férias e deve ser somado ao salário do empregado.

O empregado trabalhou oito meses e afastou-se para prestação do serviço militar. Quando do retorno do em-pregado, esse tempo trabalhado anterior ao afastamento será computado para � ns de período aquisitivo de férias?Sim. O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para serviço militar obrigatório será com-putado no período aquisitivo, porém, desde que ele compareça ao estabelecimento dentro de 90 dias da data em que se veri� car a respectiva baixa, nos termos do artigo 132 da CLT.

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CONSULTORIA LEGALMATIC PHOENIX 03

O empregado que teve o afastamento de auxílio-doença altera-do para auxílio-doença acidentária, após constatada uma doen-ça adquirida em função do trabalho, tem direito à estabilidade?Cabe esclarecer que as doenças ocupacionais são equipa-radas a acidente de trabalho. Por sua vez, a Lei nº 8.213/91, em seu artigo 118, diz que o segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 me-ses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empre-sa após a cessação do auxílio-doença acidentário, inde-pendentemente de percepção de auxílio-acidente.

O trabalhador autônomo aposentado por tempo de contri-buição que voltou a prestar serviços tem desconto da con-tribuição previdenciária sobre a sua remuneração?Em conformidade com o § 3º do artigo 12 da Lei nº 8.212/91, o aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) que estiver exercendo, ou que voltar a exercer ativi-dade abrangida por esse regime, é segurado obrigatório em relação a essa atividade, � cando sujeito às contribuições de que trata essa lei, para � ns de custeio da seguridade social.

Qual o prazo que uma segurada autônoma que não reque-reu o salário-maternidade em época própria tem qual prazo para solicitar o pagamento do benefício?O § único do artigo 103 da Lei nº 8.213/91 informa que prescreve em cinco anos, a contar da data em que de-veriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver

prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferen-ças devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil. Assim, a segurada poderá requerer o benefício do salário--maternidade, em até cinco anos a contar da data do parto ou da adoção ou da guarda judicial para � ns de adoção.

É devido ao empregado o pagamento da cota do salário-família relativa ao período que o benefício foi suspenso por falta de apresentação da caderneta de vacinação dos � lhos?

De acordo com as disposições do inciso II do § 3º do artigo 233 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 20/07, após comprovada as vacinações do � lho pelo empregado, ainda que fora do prazo, é devido o pagamento das cotas suspensas.

Salário utilidade - ApuraçãoNão havendo a lei � xado critério objetivo de apuração e quanti� cação da utilidade veículo, a� gura-se “justo e razoável” (artigo 456, § 1º da CLT) o critério utilizado pelo Tribunal Regional, que considerou o combustível gasto pelo reclamante, tendo por base a quilometra-gem em razão da relação km/litro. Embargos não co-nhecidos integralmente.TST – ERR 350984 –Rider Nogueira de Brito

Vale-refeição – SupressãoA ajuda-alimentação concedida ao trabalhador por lon-gos anos incorpora-se a seu patrimônio, não poden-do ser suprimida, sob pena de violar o direito adquiri-do constitucionalmente garantido no artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição da República de 1988.TRT– RO 16104/01 –José Roberto Freire Pimenta

Moradia gratuita – CompensaçãoTendo o empregador fornecido graciosamente moradia ao trabalhador, a qual não foi concedida para facilitar a execução

do trabalho, é inequívoco constituir-se um plus salarial como compensação pelo serviço havido, que, por ser vantagem ha-bitual, deve integrar a remuneração do reclamante para todos os efeitos legais, consoante regra inserta no artigo 458 da CLT. Recurso conhecido e não provido nesse aspecto.TRT – RO 13568/00 – Lorival Ferreira Dos Santos

Trabalho autônomo - Relação de empregoO trabalhador autônomo é aquele que exerce, habitu-almente, por conta própria, e sem qualquer subordina-ção, atividade pro� ssional remunerada, explorando, em proveito próprio, sua força de trabalho. Assim, embo-ra reunindo em sua relação jurídica com o tomador de serviços todos os demais pressupostos da relação em-pregatícia, ou seja, trabalho prestado por pessoa física, com pessoalidade, não eventualidade e sob remunera-ção, deixa de apresentar, no contexto dessa relação o pressuposto da subordinação jurídica, traduzida como aquela situação na qual o empregado está submetido ao poder de direção do empregador.TRT - 934/2002 - Marlon Freitas

pagamento da cota do salário-família relativa ao período que o benefício foi suspenso por falta de apresentação da caderneta

do inciso II do § 3º do artigo 233

PRES nº 20/07, após comprovada

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