prestaÇÕes previdenciÁrias

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1 PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS: BENEFÍCIOS E SERVIÇOS A previdência social oferta à sua clientela prestações previdenciárias, divididas em benefícios e serviços: 1) Diante da incapacidade laboral provisória provocada por doenças ou acidentes de qualquer natureza ou causa, é garantido ao segurado, desde que cumprida a carência quando exigida em lei, o auxílio-doença. 2) Diante da incapacidade laboral permanente, insuscetível de reabilitação, provocada por doenças ou acidentes de qualquer natureza ou causa, é garantida ao segurado, desde que cumprida a carência quando exigida em lei, a aposentadoria por invalidez. 3) Diante da idade avançada, é garantida ao segurado, desde que cumprida a carência, a aposentadoria por idade. Atualmente, as regras previdenciárias asseguram o direito à aposentadoria aos trabalhadores urbanos do sexo masculino aos 65 anos de idade, e do sexo feminino aos 60 anos de idade. Os trabalhadores rurais podem requerer aposentadoria por idade com cinco anos a menos: homens aos 60 anos, e mulheres aos 55 anos. 4) O homem, ao completar 35 anos de tempo de contribuição, e a mulher, ao completar 30 anos de tempo de contribuição, fazem jus à aposentadoria por tempo de contribuição. 5) O segurado enquadrado nas categorias de empregado, avulso ou se contribuinte individual cooperado, ao exercer atividade sob condições especiais que prejudiquem sua saúde ou sua integridade física, de forma habitual e permanente, durante 15, 20 ou 25 anos de contribuição, tem direito a aposentadoria especial. 6) Todas as seguradas, desde que cumprida a carência, quando exigida em lei, fazem jus ao salário-maternidade em razão do parto ou da adoção de crianças até 8 anos de idade. 7) Aos empregados e avulsos de baixa renda, hoje de valor correspondente a R$ 752,12, é garantido salário-família, caso tenha filhos ou equiparados a filhos até 14 anos ou se inválidos, sem limite de idade. 8) Em caso de óbito do segurado, a Previdência Social garante pensão por morte para seus dependentes 9) Na ocorrência de reclusão do segurado de baixa renda, seus dependente tem direito ao auxílio reclusão.

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PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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Page 1: PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS: BENEFÍCIOS E SERVIÇOS

A previdência social oferta à sua clientela prestações previdenciárias, divididas em benefícios e serviços:

1) Diante da incapacidade laboral provisória provocada por doenças ou acidentes de qualquer

natureza ou causa, é garantido ao segurado, desde que cumprida a carência quando exigida em lei, o auxílio-doença.

2) Diante da incapacidade laboral permanente, insuscetível de reabilitação, provocada por

doenças ou acidentes de qualquer natureza ou causa, é garantida ao segurado, desde que cumprida a carência quando exigida em lei, a aposentadoria por invalidez.

3) Diante da idade avançada, é garantida ao segurado, desde que cumprida a carência, a

aposentadoria por idade. Atualmente, as regras previdenciárias asseguram o direito à aposentadoria aos trabalhadores urbanos do sexo masculino aos 65 anos de idade, e do sexo feminino aos 60 anos de idade. Os trabalhadores rurais podem requerer aposentadoria por idade com cinco anos a menos: homens aos 60 anos, e mulheres aos 55 anos.

4) O homem, ao completar 35 anos de tempo de contribuição, e a mulher, ao completar 30

anos de tempo de contribuição, fazem jus à aposentadoria por tempo de contribuição.

5) O segurado enquadrado nas categorias de empregado, avulso ou se contribuinte individual cooperado, ao exercer atividade sob condições especiais que prejudiquem sua saúde ou sua integridade física, de forma habitual e permanente, durante 15, 20 ou 25 anos de contribuição, tem direito a aposentadoria especial.

6) Todas as seguradas, desde que cumprida a carência, quando exigida em lei, fazem jus ao

salário-maternidade em razão do parto ou da adoção de crianças até 8 anos de idade.

7) Aos empregados e avulsos de baixa renda, hoje de valor correspondente a R$ 752,12, é garantido salário-família, caso tenha filhos ou equiparados a filhos até 14 anos ou se inválidos, sem limite de idade.

8) Em caso de óbito do segurado, a Previdência Social garante pensão por morte para seus

dependentes

9) Na ocorrência de reclusão do segurado de baixa renda, seus dependente tem direito ao auxílio reclusão.

Page 2: PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, expressas em benefícios e serviços:

Para obtenção do benefício, é necessário que o segurado atenda às seguintes exigências: v Fazer parte de categoria que tenha sido contemplada pelo benefício em questão. Por

exemplo, a aposentadoria especial somente é destinada a empregados, avulsos e contribuintes individuais cooperados. Dessa forma, um empregado doméstico não pode pleitear o benefício. Salário-família somente é garantido por lei a empregados e avulsos de baixa renda, não podendo um contribuinte individual requerer este benefício.

v Deter a condição de segurado, ou se encontrar em período de manutenção da qualidade de segurado (período de graça). Exceção a essa regra ocorre quando os benefícios pleiteados são a aposentadoria por tempo de contribuição ou a aposentadoria especial, em que a perda da qualidade de segurado não faz efeitos, sendo exigido do trabalhador apenas o tempo de contribuição e a carência. Também, no caso da aposentadoria por idade, se o segurado atingiu a idade e a carência necessária à obtenção do benefício, a perda da qualidade não é obstáculo para a obtenção da aposentadoria.

v Ocorrência do motivo desencadeador do direito. v Carência, quando exigida pela legislação.

Dispõe sobre as prestações previdenciárias, o artigo 18 da Lei n° 8.213, de 1991:

SEGURADO DEPENDENTE

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

APOSENTADORIA

POR IDADE

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

APOSENTADORIA

ESPECIAL

AUXÍLIO-DOENÇA

AUXÍLIO-ACIDENTE

SALÁRIO FAMÍLIA

SALÁRIO

MATERNIDADE

SEGURADO DEPENDENTE

REABILITAÇÃO PROFISSIONAL

PENSÃO POR

MORTE

AUXÍLIO

RECLUSÃO

Page 3: PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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“Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: I - quanto ao segurado: a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição;

Redação anterior c) aposentadoria por tempo de serviço;

d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade; h) auxílio-acidente; i) abono de permanência em serviço;(Revogada pela Lei nº 8.870, de 1994) II - quanto ao dependente: a) pensão por morte; b) auxílio-reclusão; III - quanto ao segurado e dependente: a) pecúlios(Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995) b) serviço social; c) reabilitação profissional. § 1º Somente poderão beneficiar-se do auxílio-acidente os segurados incluídos nos incisos I, VI e VII do art. 11 desta Lei. § 2º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que permanecer em atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não fará jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao salário-família e à reabilitação profissional, quando empregado. § 3o O segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, e o segurado facultativo que contribuam na forma do § 2o do art. 21 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, não farão jus à aposentadoria por tempo de contribuição.”

Page 4: PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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AUXÍLIO-DOENÇA QUEM TEM DIREITO? Todos os segurados, inclusive aqueles que se encontram

em período de manutenção da qualidade de segurado (período de graça).

QUE EVENTO DESECADEIA O DIREITO AO BENEFÍCIO?

Incapacidade laboral provisória provocada por doença ou por acidente. No caso do empregado, essa incapacidade deve ultrapassar quinze dias, pois nesse lapso inicial a remuneração é paga pelo empregador.

CARÊNCIA? 12 contribuições Seg. especial – 12 meses de efetivo exercício de atividade rural. DISPENSA DE CARÊNCIA, em caso de doenças graves* previstas na forma da lei e de acidentes de qualquer natureza**.

INÍCIO DO PAGAMENTO?

Empregado – se requerido até o 30º. dia de afastamento, o auxílio-doença será pago pelo INSS desde o 16º. dia do afastamento. Demais segurados – se requerido até o 30º. dia de afastamento o auxílio-doença será pago pelo INSS desde o 1º. dia do afastamento. SE REQUERIDO A PARTIR DO 31º. DIA DO AFASTAMENTO, O AUXÍLIO-DOENÇA SERÁ DEVIDO A PARTIR DA DATA DO REQUERIMENTO.

CÁLCULO SC=>SB=>RENDA USA SB? SIM USA FATOR PREVIDENCIÁRIO?

NÃO => SB = MÉDIA

RENDA? 91% x SB LIMITE MÍNIMO? SALÁRIO MÍNIMO MENSAL, exceto em caso de

atividades concomitantes em que uma dela continue sendo exercida, somente existindo afastamento de uma delas

LIMITE MÁXIMO? TETO DO RGPS CESSAÇÃO? - Recuperação da capacidade laboral

- Transformação em aposentadoria por invalidez - Transformação em aposentadoria por idade - Início do auxílio-acidente - Óbito do segurado

SUSPENSÃO? Se o segurado não se submeter a tratamentos gratuitos determinados pela perícia médica (exceto cirurgia e transfusão de sangue) ou à reabilitação.

* Doenças graves: alienação mental, tuberculose ativa, hanseníase, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome de imunodeficiência adquirida – AIDS, contaminação por radiação com conclusão em medicina especializada, hepatopatia grave. ** Acidentes de qualquer natureza abrangem acidentes comuns e acidentes de trabalho. No caso de acidentes de trabalho, incluem-se nessa categoria os acidentes típicos e situações equiparadas, os acidentes de trajeto ou de itinerário, as doenças de trabalho e as doenças profissionais.

Page 5: PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

5

I

II

Doente, Bené não pode trabalhar por quinze dias

EMPRESA paga a remuneração dos quinze dias

Bené fica bom e no 16º. dia volta a trabalhar

30 dias depois de retornar ao trabalho, Bené contrai nova doença e volta a se afastar do trabalho

EMPRESA paga novamente a remuneração relativa aos primeiros quinze dias de afastamento

REGRA: Se o segurado for acometido de nova doença, a empresa volta a ser obrigada a pagar a remuneração relativa aos primeiros quinze dias de afastamento.

Doente, Bené não pode trabalhar por quinze dias

EMPRESA paga a remuneração dos quinze dias

Bené fica bom e no 16º. dia volta a trabalhar

30 dias depois de retornar ao trabalho, Bené tem uma recaída (mesma doença) e volta a se afastar do trabalho

INSS paga o auxílio-doença

REGRA: Se o segurado for acometido da mesma doença dentro do prazo de 60 dias do retorno à atividade, o INSS vai pagar o auxílio-doença

Page 6: PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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III

IV

Doente, Bené não pode trabalhar por vinte e cinco dias

EMPRESA paga a remuneração dos quinze dias INSS paga auxílio-doença por dez dias

Bené fica bom e no 26º. dia volta a trabalhar

30 dias depois de retornar ao trabalho, Bené tem uma recaída e volta a se afastar do trabalho

INSS reabre o AUXÍLIO-DOENÇA

REGRA: Se o segurado for acometido da mesma doença, dentro do prazo de até 60 dias do retorno à atividade, o INSS reabre o auxílio-doença.

Doente, Bené não pode trabalhar por quinze dias

EMPRESA paga a remuneração dos quinze dias

Bené fica bom e no 16º. dia volta a trabalhar

61 dias depois de retornar ao trabalho, Bené tem uma recaída e volta a se afastar do trabalho

EMPRESA paga a remuneração relativa aos primeiros quinze dias de afastamento

REGRA: Se o segurado for acometido da mesma ou de nova doença, após 60 dias do retorno à atividade, a empresa está obrigada a pagar a remuneração relativa aos primeiros quinze dias de afastamento

Page 7: PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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V

VI

Doente, Bené não pode trabalhar por vinte e cinco dias

EMPRESA paga a remuneração dos quinze dias INSS paga auxílio-doença por dez dias

Bené fica bom e no 26º. dia volta a trabalhar

30 dias depois de retornar ao trabalho, Bené é acometido de doença diversa e volta a se afastar do trabalho

EMPRESA paga a remuneração relativa aos primeiros quinze dias de afastamento

REGRA: Se o segurado for acometido de nova doença, no prazo de até 60 dias da cessação do auxílio-doença, a empresa está de novo obrigada a pagar a remuneração relativa aos primeiros quinze dias de afastamento

Doente, Bené não pode trabalhar por vinte e cinco dias

EMPRESA paga a remuneração dos quinze dias INSS paga auxílio-doença por dez dias.

Bené fica bom e no 26º. dia volta a trabalhar

61 dias depois de retornar ao trabalho, Bené tem uma recaída e volta a se afastar do trabalho

EMPRESA paga a remuneração relativa aos primeiros quinze dias de afastamento

REGRA: Se o segurado for acometido da mesma ou de nova doença, após 60 dias da cessação do auxílio-doença, a empresa está de novo obrigada a pagar a remuneração relativa aos primeiros quinze dias de afastamento

Page 8: PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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VII

Doente, Bené não pode trabalhar por quatro dias

EMPRESA paga a remuneração dos quatro dias

Bené fica bom e no 5º. dia volta a trabalhar

30 dias depois de retornar ao trabalho, Bené tem uma recaída e volta a se afastar do trabalho por vinte dias

EMPRESA paga a remuneração de onze dias de afastamento INSS paga auxílio-doença por nove dias

REGRA: Se o segurado for acometido da mesma doença, no prazo de até 60 dias do retorno à atividade, sem que a empresa tenha pago os quinze dias de afastamento, a empresa paga os dias necessários para completar os quinze e somente os dias remanescentes serão pagos pelo INSS

Page 9: PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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VIII

IX

Doente, Bené não pode trabalhar por quatro dias

EMPRESA paga a remuneração dos quatro dias

Bené fica bom e no 5º. dia volta a trabalhar

30 dias depois de retornar ao trabalho, Bené é acometido de nova doença e volta a se afastar do trabalho por vinte dias

EMPRESA paga a remuneração dos quinze dias de afastamento INSS paga cinco dias de auxílio-doença

REGRA: Se o segurado for acometido de nova doença, no prazo de até 60 dias do retorno à atividade, a empresa está de novo obrigada a pagar os quinze de afastamento. O INSS somente paga o auxílio-doença a partir do 16º. dia.

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APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

Doente, Bené não pode trabalhar por quatro dias

EMPRESA paga a remuneração dos quatro dias

Bené fica bom e no 5º. dia volta a trabalhar

61dias depois de retornar ao trabalho, Bené tem uma recaída e volta a se afastar do trabalho por vinte dias

EMPRESA paga a remuneração dos quinze dias de afastamento INSS paga cinco dias de auxílio-doença

REGRA: Se o segurado tiver recaída da mesma doença ou for acometido de nova doença, após 60 dias do retorno à atividade, a empresa está de novo obrigada a pagar os quinze de afastamento. Somente a partir do 16º. dia o INSS passa a pagar o auxílio-doença.

Page 11: PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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QUEM TEM DIREITO? Todos os segurados, inclusive aqueles que se encontram em

período de manutenção da qualidade de segurado. QUE EVENTO DESECADEIA O DIREITO AO BENEFÍCIO?

Incapacidade laboral permanente provocada por doença ou por acidente, insuscetível de reabilitação No caso do empregado, a remuneração correspondente aos primeiros quinze dias é paga pelo empregador.

CARÊNCIA? 12 contribuições Seg. especial – 12 meses de efetivo exercício de atividade rural. DISPENSA DE CARÊNCIA, em caso de doenças graves* previstas na forma da lei e de acidentes de qualquer natureza**.

INÍCIO DO PAGAMENTO?

Empregado – se requerido até o 30º. dia de afastamento a aposentadoria por invalidez será pago pelo INSS desde o 16º. dia do afastamento. Demais segurados – se requerido até o 30º. dia de afastamento a aposentadoria por invalidez será paga pelo INSS desde o 1º. dia do afastamento. SE REQUERIDO A PARTIR DO 31º. DIA DO AFASTAMENTO, A APOSENTADORIA POR INVALIDEZ SERÁ DEVIDA A PARTIR DA DATA DO REQUERIMENTO.

CÁLCULO SC=>SB=>RENDA USA SB? SIM USA FATOR PREVIDENCIÁRIO?

NÃO => SB = MÉDIA

RENDA? 100% x SB LIMITE MÍNIMO? SALÁRIO MÍNIMO MENSAL LIMITE MÁXIMO? TETO DO RGPS

Caso necessite dos cuidados de outra pessoa, a aposentadoria por invalidez será acrescida de 25%, nos casos previstos no Anexo I do Regulamento, ainda que ultrapasse o teto.

CESSAÇÃO? - Recuperação da capacidade laboral => cessação de imediato ou após o período de recebimento de mensalidades de recuperação - Retorno voluntário à atividade => Cessação imediata ao retorno - Transformação em aposentadoria por idade - Óbito do segurado

SUSPENSÃO? Se o segurado não se submeter a tratamentos gratuitos determinados pela perícia médica (exceto cirurgia e transfusão de sangue) ou à reabilitação.

* Doenças graves: alienação mental, tuberculose ativa, hanseníase, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome de imunodeficiência adquirida – AIDS, contaminação por radiação com conclusão em medicina especializada, hepatopatia grave. ** Acidentes de qualquer natureza abrangem acidentes comuns e acidentes de trabalho. No caso de acidentes de trabalho, incluem-se nessa categoria os acidentes típicos e situações equiparadas, os acidentes de trajeto ou de itinerário, as doenças de trabalho e as doenças profissionais. CONSTATADA PELA PERÍCIA A RECUPERAÇÃO DA CAPACIDADE LABORAL DO SEGURADO A APOSENTADORIA POR INVALIDEZ CESSARÁ, NAS SEGUINTES CONDIÇÕES:

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RECUPERAÇÃO TOTAL E DENTRO DE 5 ANOS

Cessação imediata

Empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa ao se aposentar

1 ano

Demais casos

5 anos

Cessação após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez

2 anos

4 anos

3 anos

5 meses

4 meses

3 meses

2 meses

1 mês

Recebem 100% da aposentadoria por invalidez

Recuperação parcial OU

Segurado declarado apto para o exercício de trabalho diverso do que habitualmente exercia

Após 5 anos OU

Recebe mensalidades de recuperação durante 18 meses

Primeiros 6 meses

6 meses seguintes

Últimos 6 meses

100% da aposentadoria por invalidez

50% da aposentadoria por invalidez

25% da aposentadoria por invalidez

Page 13: PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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APOSENTADORIA POR IDADE QUEM TEM DIREITO? Todos os segurados.

Mesmo em caso de perda da qualidade de segurados, aqueles que já possuem a carência podem requerer o benefício quando atingem a idade.

QUE EVENTO DESECADEIA O DIREITO AO BENEFÍCIO?

Idade avançada: Homem => 65 anos Mulher => 60 anos Rurais (empregado rural, avulso rural, eventual rural, segurado especial, inclusive pescador artesanal) e garimpeiros que exercem atividade em regime de economia familiar: Homem => 60 anos Mulher => 55 anos

CARÊNCIA? 180 contribuições Seg. especial – 180 meses de efetivo exercício de atividade rural. Ingresso no RGPS até 24/07/1991 => Carência de transição 2008 => 162 c 2009 => 168 c 2010 => 174 c 2011 => 180 c

INÍCIO DO PAGAMENTO?

1) Empregado, inclusive doméstico Desligamento do emprego => se requerido até o 90º. dia do afastamento, a aposentadoria por idade será paga pelo INSS desde o 1º. dia do afastamento. =>se requerido a partir do 91º. dia do afastamento a aposentadoria por idade será concedida a partir da data do requerimento. 2) DEMAIS CASOS => A APOSENTADORIA POR IDADE SERÁ DEVIDA A PARTIR DA DATA DO REQUERIMENTO.

CÁLCULO SC=>SB=>RENDA USA SB? SIM USA FATOR PREVIDENCIÁRIO?

OPCIONAL => SB = MÉDIA ou SB = MÉDIA x fator

RENDA? SB x (70% + 1% a cada grupo de 12 contribuições) LIMITE MÍNIMO? SALÁRIO MÍNIMO MENSAL LIMITE MÁXIMO? TETO DO RGPS CESSAÇÃO? - Óbito do segurado APOSENTADORIA COMPULSÓRIA?

No caso do empregado, a empresa pode pedir a aposentadoria por idade do trabalhador quando este tiver cumprido a carência e a idade de: Homem => 70 anos Mulher => 65 anos.

No caso de empregados rurais e eventuais rurais, a carência para aposentadoria por idade,

no valor de um salário mínimo, também poderá ser contada em número de meses de atividade rural até 2010.

Page 14: PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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APOSENTADORIA ESPECIAL QUEM TEM DIREITO? Empregados, avulsos e contribuintes individuais cooperados.

Obs.: Dentre os CI somente os cooperados têm direito à aposentadoria especial, os demais CI não. A perda da qualidade não faz efeito, bastando ao segurado ter a carência e o tempo de contribuição necessário para se aposentar.

QUE EVENTO DESECADEIA O DIREITO AO BENEFÍCIO?

Efetiva exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física, de forma habitual e permanente, não ocasional nem intermitente, durante toda a jornada de trabalho, pelo período de 15 anos, 20 anos ou 25 anos de contribuição. Agentes nocivos: - Físicos - Químicos - Biológicos - Associação de agentes NOCIVIDADE + PERMANÊNCIA DA EXPOSIÇÃO

CARÊNCIA? 180 contribuições Ingresso no RGPS até 24/07/1991 => Carência de transição 2008 => 162 c 2009 => 168 c 2010 => 174 c 2011 => 180 c

INÍCIO DO PAGAMENTO?

1) Empregado Desligamento do emprego => se requerido até o 90º. dia do afastamento, a aposentadoria por idade será paga pelo INSS desde o 1º. dia do afastamento. =>se requerido a partir do 91º. dia do afastamento a aposentadoria por idade será concedida a partir da data do requerimento. 2) DEMAIS CASOS => A APOSENTADORIA SERÁ DEVIDA A PARTIR DA DATA DO REQUERIMENTO.

CÁLCULO SC=>SB=>RENDA USA SB? SIM USA FATOR PREVIDENCIÁRIO?

NÃO => SB = MÉDIA

RENDA? 100% x SB LIMITE MÍNIMO? SALÁRIO MÍNIMO MENSAL LIMITE MÁXIMO? TETO DO RGPS CESSAÇÃO? - Óbito do segurado

- Retorno à atividade sob condições especiais COMPROVAÇÃO DA EFETIVA EXPOSIÇÃO

Através da apresentação do Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP, individual para o trabalhador, confeccionado com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT.

CONVERSÃO De tempo de aposentadoria especial para comum => Sim De tempo de aposentadoria comum para especial => Não De tempo de aposentadoria especial para especial => Sim

Page 15: PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

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Considera-se trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço, considerados os períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, os de afastamento decorrentes de gozo de de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, os de percepção de salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial.

A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, consta do Anexo IV do Regulamento da Previdência Social. As dúvidas sobre o enquadramento dos agentes, serão resolvidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pelo Ministério da Previdência Social.

LAUDO TÉCNICO DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO TRABALHO

A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário denominado perfil profissiográfico previdenciário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.

Do laudo técnico deverá constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva, de medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho, ou de tecnologia de proteção individual, que elimine, minimize ou controle a exposição a agentes nocivos aos limites de tolerância, respeitado o estabelecido na legislação trabalhista.

A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita à multa. O INSS definirá os procedimentos para fins de concessão da aposentadoria especial, podendo, se necessário, inspecionar o local de trabalho do segurado para confirmar as informações contidas nos referidos documentos.

O laudo técnico deverá ser elaborado com observância das normas editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e dos atos normativos expedidos pelo INSS.

As avaliações ambientais deverão considerar a classificação dos agentes nocivos e os limites de tolerância estabelecidos pela legislação trabalhista, bem como a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO.

A partir da publicação da Instrução Normativa INSS/DC nº 99, de 5 de setembro de 2003, para as empresas obrigadas ao cumprimento das Normas Regulamentadoras do MTE, nos termos do item 1.1 da NR-01 do MTE, o LTCAT será substituído pelos programas de prevenção PPRA, PGR e PCMAT.As demais empresas poderão optar pela implementação dos programas referidos no caput, em substituição ao LTCAT. Esses documentos devem ser atualizados pelo menos uma vez ao ano, quando da avaliação global, ou sempre que ocorrer qualquer alteração no ambiente de trabalho ou em sua organização.. As empresas desobrigadas ao cumprimento das NR do MTE, nos termos do item 1.1 da NR-01 do MTE, que não fizeram opção pelo disposto no § 1º do artigo anterior, deverão elaborar LTCAT, respeitada a seguinte estrutura: I - reconhecimento dos fatores de riscos ambientais; II - estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; III - avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; IV – especificação e implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; V - monitoramento da exposição aos riscos; VI - registro e divulgação dos dados; VII – avaliação global do seu desenvolvimento, pelo menos uma vez ao ano ou sempre que ocorrer qualquer alteração no ambiente de trabalho ou em sua organização, contemplando a realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. Para o cumprimento do inciso I, deve-se contemplar: a) a identificação do fator de risco;

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b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras; c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição; f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; g) os possíveis danos à saúde, relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; h) a descrição das medidas de controle já existentes.

O LTCAT deverá ser assinado por engenheiro de segurança do trabalho, com o respectivo número da Anotação de Responsabilidade Técnica-ART junto ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura-CREA ou por médico do trabalho, indicando os registros profissionais para ambos.

São consideradas alterações no ambiente de trabalho ou em sua organização, entre outras, aquelas decorrentes de: I – mudança de layout; II - substituição de máquinas ou de equipamentos; III – adoção ou alteração de tecnologia de proteção coletiva; IV - alcance dos níveis de ação estabelecidos na NR-09, aprovadas pela Portaria nº 3.214, de 1978, do MTE, se aplicável; V - extinção do pagamento do adicional de insalubridade. PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO - PPP (cf IN INSS/PRES Nº 20/ 2007) A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico previdenciário, abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho ou do desligamento do cooperado, cópia autêntica deste documento, sob pena da multa.

Considera-se perfil profissiográfico previdenciário o documento histórico-laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo Instituto Nacional do Seguro Social, que, entre outras informações, deve conter registros ambientais, resultados de monitoração biológica e dados administrativos.

A cooperativa de trabalho atenderá emitirá o PPP com base nos laudos técnicos de condições ambientais de trabalho emitido pela empresa contratante, por seu intermédio, de cooperados para a prestação de serviços que os sujeitem a condições ambientais de trabalho que prejudiquem a saúde ou a integridade física, quando o serviço for prestado em estabelecimento da contratante. Também utilizará o LTCAT do contratante a empresa contratada para prestar serviços mediante cessão ou empreitada de mão-de-obra.

O PPP tem como finalidade: I - comprovar as condições para habilitação de benefícios e serviços previdenciários, em especial, a aposentadoria especial; II - prover o trabalhador de meios de prova produzidos pelo empregador perante a Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos sindicatos, de forma a garantir todo direito decorrente da relação de trabalho, seja ele individual, ou difuso e coletivo; III – prover a empresa de meios de prova produzidos em tempo real, de modo a organizar e a individualizar as informações contidas em seus diversos setores ao longo dos anos, possibilitando que a empresa evite ações judiciais indevidas relativas a seus trabalhadores; IV - possibilitar aos administradores públicos e privados acessos a bases de informações fidedignas, como fonte primária de informação estatística, para desenvolvimento de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como definição de políticas em saúde coletiva.

A partir de 1º de janeiro de 2004, a empresa ou equiparada à empresa deverá elaborar PPP, de forma individualizada para seus empregados, trabalhadores avulsos e cooperados, que laborem expostos a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, ainda que não presentes os requisitos para a concessão desse benefício, seja pela eficácia dos equipamentos de proteção, coletivos ou individuais, seja por não se caracterizar a permanência.

A exigência do PPP, em relação aos agentes químicos e ao agente físico ruído, fica condicionada ao alcance dos níveis de ação de que trata a Norma Regulamentadora-NR nº 09, do Ministério do Trabalho e Emprego-MTE, e aos demais agentes, à simples presença no ambiente de trabalho.

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Após a implantação do PPP em meio magnético pela Previdência Social, este documento será exigido para todos os segurados, independentemente do ramo de atividade da empresa e da exposição a agentes nocivos, e deverá abranger também informações relativas aos fatores de riscos ergonômicos e mecânicos.

A empresa ou equiparada à empresa deve elaborar, manter atualizado o PPP para os segurados empregados, avulsos e contribuintes individuais cooperados, bem como fornecer a estes, quando da rescisão do contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou Órgão Gestor de Mão de Obra-‘OGMO, conforme o caso, cópia autêntica desse documento.

O PPP deverá ser emitido pela empresa empregadora, no caso de empregado; pela cooperativa de trabalho ou de produção, no caso de cooperado filiado; pelo OGMO, no caso de trabalhador avulso portuário e pelo sindicato da categoria, no caso de trabalhador avulso não portuário.

O sindicato de categoria ou OGMO estão autorizados a emitir o PPP somente para trabalhadores avulsos a eles vinculados.

O PPP deverá ser emitido com base nas demais demonstrações ambientais: LTCAT, O PPP deverá ser atualizado sempre que houver alteração que implique mudança das

informações contidas nas suas seções, com a atualização feita pelo menos uma vez ao ano, quando permanecerem inalteradas suas informações. O PPP será impresso nas seguintes situações: I - por ocasião da rescisão do contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou OGMO, em duas vias, com fornecimento de uma das vias para o trabalhador, mediante recibo; II - sempre que solicitado pelo trabalhador, para fins de requerimento de reconhecimento de períodos laborados em condições especiais; III - para fins de análise de benefícios por incapacidade, a partir de 1º de janeiro de 2004, quando solicitado pelo INSS; IV - para simples conferência por parte do trabalhador, pelo menos uma vez ao ano, quando da avaliação global anual do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais-PPRA, até que seja implantado o PPP em meio magnético pela Previdência Social; e V - quando solicitado pelas autoridades competentes.

O PPP deverá ser assinado por representante legal da empresa, com poderes específicos outorgados por procuração, contendo a indicação dos responsáveis técnicos legalmente habilitados, por período, pelos registros ambientais e resultados de monitoração biológica.

A comprovação da entrega do PPP, na rescisão de contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou OGMO, poderá ser feita no próprio instrumento de rescisão ou de desfiliação, bem como em recibo à parte.

O PPP e a comprovação de entrega ao trabalhador, na rescisão de contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou OGMO, deverão ser mantidos na empresa por vinte anos.

A prestação de informações falsas no PPP constitui crime de falsidade ideológica, nos termos do art. 297 do Código Penal.

As informações constantes no PPP são de caráter privativo do trabalhador, constituindo crime nos termos da Lei nº 9.029, de 13 de abril de 1995, práticas discriminatórias decorrentes de sua exigibilidade por outrem, bem como de sua divulgação para terceiros, ressalvado quando exigida pelos órgãos públicos competentes.

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APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO QUEM TEM DIREITO? Todos os segurados, exceto:

- segurado especial e - facultativo e CI que optaram pela inclusão previdenciária Obs.: A perda da qualidade não faz efeito, bastando ao segurado ter a carência e o tempo de contribuição necessário para se aposentar.

QUE EVENTO DESECADEIA O DIREITO AO BENEFÍCIO?

Tempo de contribuição: Homem => 35 anos Mulher => 30 anos Professor => 30 anos Professora => 25 anos TC = TC + TS + TNS+ TB + TT

CARÊNCIA? 180 contribuições Ingresso no RGPS até 24/07/1991 => Carência de transição 2008 => 162 c 2009 => 168 c 2010 => 174 c 2011 => 180 c

INÍCIO DO PAGAMENTO?

1) Empregado Desligamento do emprego => se requerido até o 90º. dia do afastamento, a aposentadoria por idade será paga pelo INSS desde o 1º. dia do afastamento. =>se requerido a partir do 91º. dia do afastamento a aposentadoria por idade será concedida a partir da data do requerimento. 2) DEMAIS CASOS => A APOSENTADORIA SERÁ DEVIDA A PARTIR DA DATA DO REQUERIMENTO.

CÁLCULO SC=>SB=>RENDA USA SB? SIM USA FATOR PREVIDENCIÁRIO?

SIM => SB = MÉDIA x fator

RENDA? 100% x SB LIMITE MÍNIMO? SALÁRIO MÍNIMO MENSAL LIMITE MÁXIMO? TETO DO RGPS CESSAÇÃO? - Óbito do segurado

FATOR PREVIDENCIÁRIO

Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria; Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria; Id = idade no momento da aposentadoria; e a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31.

Considera-se tempo de contribuição o tempo, contado de data a data, desde o início até a data do requerimento ou do desligamento de atividade abrangida pela previdência social, descontados os períodos legalmente estabelecidos como de suspensão de contrato de trabalho, de interrupção de exercício e de desligamento da atividade.

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TC = TC + TS + TNS + TB + TT

TC = Tempo de Contribuição Períodos de: -exercício de atividade remunerada abrangida pela previdência social urbana e rural, ainda que anterior à sua instituição, desde que efetuada a indenização; - contribuição efetuada por segurado depois de ter deixado de exercer atividade remunerada que o enquadrava como segurado obrigatório da previdência social - contribuição efetuada como segurado facultativo - exercício de mandato classista junto a órgão de deliberação coletiva em que, nessa qualidade, tenha havido contribuição para a previdência social; - licença remunerada, desde que tenha havido desconto de contribuições; - em que o segurado tenha sido colocado pela empresa em disponibilidade remunerada, desde que tenha havido desconto de contribuições; - atividade patronal ou autônoma, exercida anteriormente à vigência da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, desde que indenizado; - atividade na condição de empregador rural, desde que comprovado o recolhimento de contribuições; - atividade dos auxiliares locais de nacionalidade brasileira no exterior, amparados pela Lei nº 8.745, de 1993, anteriormente a 1º de janeiro de 1994, desde que sua situação previdenciária esteja regularizada junto ao Instituto Nacional do Seguro Social; - exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, desde que tenha havido contribuição em época própria e não tenha sido contado para efeito de aposentadoria por outro regime de previdência social - contribuição efetuado pelo servidor público

TS = Tempo de Serviço Períodos de tempo de serviço: - militar, salvo se já contado para inatividade remunerada nas Forças Armadas ou auxiliares, ou para aposentadoria no serviço público, ainda que anterior à filiação ao RGPS - público, inclusive prestado a autarquia, sociedade de economia mista ou fundação pública, regularmente certificado na forma da Lei nº 3.841/60, desde que a respectiva certidão tenha sido requerida na entidade para a qual o serviço foi prestado até 30/09/75, véspera do início da vigência da Lei nº 6.226/75; - público prestado à administração federal direta e autarquias federais, bem como às estaduais, do Distrito Federal e municipais, quando aplicada a legislação que autorizou a contagem recíproca de tempo de contribuição; - do segurado trabalhador rural anterior à competência novembro de 1991; - prestado à Justiça dos Estados, às serventias extrajudiciais e às escrivanias judiciais, desde que não tenha havido remuneração pelos cofres públicos e que a atividade não estivesse à época vinculada a regime próprio de previdência social. TNS = = Tempo de não serviço, no caso do anistiado - período de afastamento da atividade do segurado anistiado que, em virtude de motivação exclusivamente política, foi atingido por atos de exceção, institucional ou complementar, ou ou que, em virtude de pressões ostensivas ou expedientes oficiais sigilosos, tenha sido demitido ou compelido ao afastamento de atividade remunerada TB = Tempo em que o segurado este em gozo de benefício - o período em que o segurado esteve recebendo auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, entre períodos de atividade - período em que a segurada esteve recebendo salário-maternidade - período em que o segurado esteve recebendo benefício por incapacidade por acidente do trabalho, intercalado ou não TT = Tempo de trabalho -tempo de trabalho em que o segurado esteve exposto a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física

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AUXÍLIO-ACIDENTE QUEM TEM DIREITO? Empregados, avulsos e segurados especiais QUE EVENTO DESECADEIA O DIREITO AO BENEFÍCIO?

Redução da capacidade para o trabalho motivada por seqüela definitiva em virtude de lesão provocada por acidente de qualquer natureza (tanto acidentes comuns como de trabalho)

CARÊNCIA? Dispensa INÍCIO DO PAGAMENTO?

Quando cessa o auxílio-doença

CÁLCULO SC=>SB=>RENDA USA SB? SIM, utiliza-se o SB do auxílio-doença que o precedeu. USA FATOR PREVIDENCIÁRIO?

NÃO => SB = MÉDIA

RENDA? 50% x SB LIMITE MÍNIMO? Pode ser inferior ao salário-mínimo uma vez que não substitui o

salário ou rendimento do trabalhador. LIMITE MÁXIMO? TETO DO RGPS CESSAÇÃO? - Óbito do segurado

- Reabertura do auxílio-doença que o precedeu - Aposentadoria

O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado empregado, exceto o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar seqüela definitiva, conforme as situações discriminadas no anexo III do Regulamento, que implique: I - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam; II - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exija maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exerciam à época do acidente; ou III - impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época do acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social. O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinqüenta por cento do salário-de-benefício que deu origem ao auxílio-doença do segurado, corrigido até o mês anterior ao do início do auxílio-acidente e será devido até a véspera de início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. O auxílio-acidente será devido a contar do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria. O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente Retorno à atividade # Empresa INSS Cessação do auxìlio-doença # # # X1 --------------------X2 ------------------------------X3 ------------------------- $ $ $ $ $ Acidente 15 dias 16º. D Auxílio-doença Alta Auxílio - acidente $ Lesão consolidada $ Seqüela definitiva $ Redução da capacidade laboral

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SALÁRIO-MATERNIDADE QUEM TEM DIREITO? Todas as seguradas. QUE EVENTO DESECADEIA O DIREITO AO BENEFÍCIO?

Parto antecipado ou não => 120 dias Aborto não criminoso => 2 semanas Adoção ou guarda judicial para fins de adoção: Criança até 1 ano => 120 dias Criança com mais de 1 ano até 4 anos => 60 dias Criança com mais de 4 anos até 8 anos => 30 dias

CARÊNCIA? Dispensa => empregadas, avulsas e empregadas domésticas 10 c => contribuintes individuais e facultativas 10 m => seguradas especiais Obs.: Em caso de parto antecipado a carência pode ser reduzida.

INÍCIO DO PAGAMENTO?

No caso do parto, a previsão do pagamento do SM é de 28 dias antes e 91 dias depois. Caso apresentado atestado médico específico, o período de repouso pode ser iniciado duas semanas antes ou prorrogado por duas semanas. Para o pagamento deve ser apresentado: atestado médico ou certidão de nascimento da criança; termo de guarda judicial para fins de adoção.

CÁLCULO USA SB? NÃO USA FATOR PREVIDENCIÁRIO?

NÃO

RENDA? Empregada – última remuneração Avulsa - remuneração integral equivalente a um mês de trabalho Empregada doméstica – último salário-de-contribuição Segurada especial – 1 salário mínimo CI e facultativa – 1/12 da soma dos últimos doze salários-de-contribuição em período não superior a quinze meses

LIMITE MÍNIMO? SALÁRIO MÍNIMO MENSAL LIMITE MÁXIMO? Empregada e avulsa => subsídio do Ministro do STF

Empregada doméstica, CI e facultativa => TETO DO RGPS REEMBOLSO

v O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, durante cento e vinte dias, com início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto, podendo ser prorrogado. Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico específico. v O salário-maternidade é devido à segurada independentemente de a mãe biológica ter recebido

o mesmo benefício quando do nascimento da criança. v 2º O salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda não contiver a observação de

que é para fins de adoção ou só contiver o nome do cônjuge ou companheiro. v Para a concessão do salário-maternidade é indispensável que conste da nova certidão de

nascimento da criança, ou do termo de guarda, o nome da segurada adotante ou guardiã, bem como, deste último, tratar-se de guarda para fins de adoção.

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v Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é devido um único salário-maternidade relativo à criança de menor idade. v O salário-maternidade de que trata este artigo é pago diretamente pela previdência social à

empregada mãe adotante e às demais seguradas, em qualquer caso. Apenas a empregada, mãe biológica pode receber o salário maternidade da empresa a qual depois se reembolsa do valor pago quando da quitação das contribuições previdenciárias. v O salário-maternidade integra o salário-de-contribuição, sendo objeto de incidência de

contribuições. v A empregada deve dar quitação à empresa dos recolhimentos mensais do salário-maternidade

na própria folha de pagamento ou por outra forma admitida, de modo que a quitação fique plena e claramente caracterizada. v A empresa deve conservar, durante dez anos, os comprovantes dos pagamentos e os

atestados ou certidões correspondentes para exame pela fiscalização. v Compete à interessada instruir o requerimento do salário-maternidade com os atestados

médicos necessários. v Quando o benefício for requerido após o parto, o documento comprobatório é a Certidão de

Nascimento, podendo, no caso de dúvida, a segurada ser submetida à avaliação pericial junto ao Instituto Nacional do Seguro Social. O início do afastamento do trabalho da segurada empregada será determinado com base em atestado médico ou certidão de nascimento do filho. v O salário-maternidade da segurada empregada será devido pela previdência social enquanto

existir relação de emprego, observadas as regras quanto ao pagamento desse benefício pela empresa. Durante o período de graça, a segurada desempregada fará jus ao recebimento do salário-maternidade nos casos de demissão antes da gravidez, ou, durante a gestação, nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, situações em que o benefício será pago diretamente pela previdência social. v No caso de empregos concomitantes, a segurada fará jus ao salário-maternidade relativo a

cada emprego. v Nos meses de início e término do salário-maternidade da segurada empregada, o salário-

maternidade será proporcional aos dias de afastamento do trabalho. v O documento comprobatório para requerimento do salário-maternidade da segurada que

mantenha esta qualidade é a certidão de nascimento do filho, exceto nos casos de aborto espontâneo, quando deverá ser apresentado atestado médico, e no de adoção ou guarda para fins de adoção, casos em deve ser apresentado o termo de guarda para fins de adoção, devendo o evento gerador do benefício ocorrer, em qualquer hipótese, dentro do período de graça. v O salário-maternidade não pode ser acumulado com benefício por incapacidade. Quando

ocorrer incapacidade em concomitância com o período de pagamento do salário-maternidade, o benefício por incapacidade, conforme o caso, deverá ser suspenso enquanto perdurar o referido pagamento, ou terá sua data de início adiada para o primeiro dia seguinte ao término do período de cento e vinte dias. v A segurada aposentada que retornar à atividade fará jus ao pagamento do salário-maternidade.

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SALÁRIO-FAMÍLIA QUEM TEM DIREITO? Empregados e avulsos de baixa renda.

Empregados e avulsos aposentados por invalidez ou em gozo de auxílio-doença. Trabalhador rural aposentado por idade aos sessenta anos, se do sexo masculino, ou cinqüenta e cinco anos, se do sexo feminino. Empregados e trabalhadores avulsos aposentados aos sessenta e cinco anos de idade, se do sexo masculino, ou sessenta anos, se do sexo feminino.

QUE EVENTO DESECADEIA O DIREITO AO BENEFÍCIO?

Encargos familiares - Filho até 14 anos de idade - Filho inválido sem limite de idade - Equiparado a filho – enteado ou tutelado – até 14 anos de idade - Equiparado a filho – enteado ou tutelado – inválido sem limite de idade Obs.: A invalidez deve ser comprovada pela perícia do INSS

CARÊNCIA? Dispensa de carência INÍCIO DO PAGAMENTO?

Empregado – A partir da apresentação na empresa de certidão de nascimento ou da documentação dos equiparados a filhos. Avulso – A partir da apresentação de certidão de nascimento ou da documentação dos equiparados a filhos junto ao INSS, ou caso exista convênio, junto ao sindicato.

CÁLCULO USA SB? NÃO USA FATOR PREVIDENCIÁRIO?

NÃO

RENDA? Cota de SF por filho ou equiparado Valor da cota Renda até R$ ______ => Cota = R$ ______ por filho ou equiparado

Renda de R$______a _______ => Cota = R$ _____ por filho ou equip. CESSAÇÃO Morte do filho ou equiparado – a contar do mês seguinte ao do

óbito Filho ou equiparado completa a idade de 14 anos – a contar do mês seguinte ao do aniversário, salvo se inválido Recuperação da capacidade do filho ou equiparão inválido – a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade Pelo desemprego do segurado

DOCUMENTOS - Certidão de nascimento - Documentação dos equiparados - Termo de Responsabilidade - Prova de quitação - Atestado anual de vacinação obrigatória, para crianças até 6 anos - Comprovante de freqüência à escola a partir dos 7 anos

REEMBOLSO A empresa paga o salário-família ao empregado e se reembolsa, deduzindo os valores quando da quitação da Guia da Previdência Social relativas às contribuições previdenciárias devidas no mês.

v O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota.

v Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao salário-família.

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v As cotas do salário-família, pagas pela empresa, deverão ser deduzidas quando do recolhimento das contribuições sobre a folha de salário.

v O pagamento do salário-família será devido a partir da data da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado, estando condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, até seis anos de idade, e de comprovação semestral de freqüência à escola do filho ou equiparado, a partir dos sete anos de idade.

v A empresa deverá conservar, durante dez anos, os comprovantes dos pagamentos e as cópias das certidões correspondentes, para exame pela fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social, conforme o disposto no § 7º do art. 225.

v Se o segurado não apresentar o atestado de vacinação obrigatória e a comprovação de freqüência escolar do filho ou equiparado, nas datas definidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social, o benefício do salário-família será suspenso, até que a documentação seja apresentada.

v Não é devido salário-família no período entre a suspensão do benefício motivada pela falta de comprovação da freqüência escolar e o seu reativamento, salvo se provada a freqüência escolar regular no período.

v A comprovação de freqüência escolar será feita mediante apresentação de documento emitido pela escola, na forma de legislação própria, em nome do aluno, onde consta o registro de freqüência regular ou de atestado do estabelecimento de ensino, comprovando a regularidade da matrícula e freqüência escolar do aluno.

v A invalidez do filho ou equiparado maior de quatorze anos de idade deve ser verificada em exame médico-pericial a cargo da previdência social.

v O salário-família correspondente ao mês de afastamento do trabalho será pago integralmente pela empresa, pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, conforme o caso, e o do mês da cessação de benefício pelo Instituto Nacional do Seguro Social.

v Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do pátrio-poder, o salário-família passará a ser pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido.

v Para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o segurado deve firmar termo de responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar à empresa ou ao Instituto Nacional do Seguro Social qualquer fato ou circunstância que determine a perda do direito ao benefício, ficando sujeito, em caso do não cumprimento, às sanções penais e trabalhistas.

v A falta de comunicação oportuna de fato que implique cessação do salário-família, bem como a prática, pelo empregado, de fraude de qualquer natureza para o seu recebimento, autoriza a empresa, o Instituto Nacional do Seguro Social, o sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, conforme o caso, a descontar dos pagamentos de cotas devidas com relação a outros filhos ou, na falta delas, do próprio salário do empregado ou da renda mensal do seu benefício, o valor das cotas indevidamente recebidas, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.

v O empregado deve dar quitação à empresa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra de cada recebimento mensal do salário-família, na própria folha de pagamento ou por outra forma admitida, de modo que a quitação fique plena e claramente caracterizada.

v As cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício.

A empresa efetuar o reembolso do valor da cota de salário-família ou do salário-maternidade sem pagar o benefício ao segurado configura conduta prevista no Art. 168-A do Código Penal: “Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. § 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social. § 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. § 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.”

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PENSÃO POR MORTE QUEM TEM DIREITO? Dependentes dos segurados QUE EVENTO DESECADEIA O DIREITO AO BENEFÍCIO?

- Morte do segurado - Morte presumida

CARÊNCIA? Dispensa de carência INÍCIO DO PAGAMENTO?

A partir do óbito se requerida até o 30º dia da ocorrência. A partir da data do requerimento se requerida a partir do 31º. dia depois do óbito. A partir da decisão judicial em caso de morte presumida.

CÁLCULO USA SB? NÃO USA FATOR PREVIDENCIÁRIO?

NÃO

RENDA? Óbito de segurado aposentado Valor da pensão => 100% do valor da aposentadoria Óbito de segurado não aposentado Valor da pensão => 100% do valor da aposentadoria por invalidez a que teria direito o segurado na data do óbito Óbito de segurado recluso cujo dependente se encontra em percepção de auxílio-reclusão => conversão do auxílio-reclusão em pensão.

CESSAÇÃO - Morte do pensionista - Filhos, equiparados a filhos e irmãos, ao completarem vinte e um anos, salvo se inválidos. - Filhos, equiparados a filhos e irmãos inválidos, com mais de vinte e um anos, pela cessação da invalidez. Filhos, equiparados a filhos e irmão, pela emancipação. Exceção: Se o inválido se emancipar pela colação de grau em curso superior, não perde a condição de dependente. - Pela adoção Exceção: Se o adotante for companheiro ou cônjuge do pai ou mãe da criança.

DOCUMENTOS - Cônjuge : Certidão de casamento civil - Companheiro (a): Conjunto de 3 provas que demonstrem a existência da união estável - Ex-cônjuge ou ex-companheiro (a): comprovação de que faz jus à pensão alimentícia por parte do(a) segurado(a) falecido(a). - Filhos: Certidão de nascimento, declaração de não emancipação. - Equiparados a filhos: Documentos que demonstrem a condição de enteado, termo de tutela no caso do tutelado, conjunto de 3 provas que demonstrem a dependência econômica relativamente ao segurado, declaração firmada pelo segurado que demonstre a vontade de que o equiparado seja seu dependente. - Pais: Certidão de nascimento, conjunto de 3 provas que demonstrem a dependência econômica relativamente ao segurado, declaração de inexistência de segurados do grupo I. - Irmãos: Certidão de nascimento, conjunto de 3 provas que demonstrem a dependência econômica relativamente ao segurado, declaração de inexistência de segurados dos grupos I e II, declaração de não emancipação.

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No caso de requerimento da pensão após 30 dias do óbito, a data de início do benefício será a data do óbito, aplicados os devidos reajustamentos até a data de início do pagamento, não sendo devida qualquer importância relativa ao período anterior à data de entrada do requerimento.

O valor da pensão por morte devida aos dependentes do segurado recluso que, nessa condição, exercia atividade remunerada será obtido mediante a realização de cálculo com base no novo tempo de contribuição e salários-de-contribuição correspondentes, neles incluídas as contribuições recolhidas enquanto recluso, facultada a opção pela pensão com valor correspondente ao do auxílio-reclusão.

A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente, e qualquer habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente somente produzirá efeito a contar da data da habilitação.

A pensão por morte somente será devida ao dependente inválido se for comprovada pela perícia médica a existência de invalidez na data do óbito do segurado. Ao dependente aposentado por invalidez poderá ser exigido exame médico-pericial, a critério do Instituto Nacional do Seguro Social. O pensionista inválido está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.

O cônjuge ausente somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilitação e mediante prova de dependência econômica, não excluindo do direito a companheira ou o companheiro. O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, que recebia pensão de alimentos, receberá a pensão em igualdade de condições com os demais dependentes do grupo I.

A pensão poderá ser concedida, em caráter provisório, por morte presumida: I - mediante sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária, a contar da data de sua emissão; ou II - em caso de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou desastre, a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil.

Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores recebidos, salvo má-fé. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos, em partes iguais. Reverterá em favor dos demais dependentes a parte daquele cujo direito à pensão cessar. Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão por morte será encerrada. O dependente menor de idade que se invalidar antes de completar vinte e um anos deverá ser submetido a exame médico-pericial, não se extinguindo a respectiva cota se confirmada a invalidez.

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AUXÍLIO-RECLUSÃO QUEM TEM DIREITO? Dependentes dos segurados, cujo último salário seja menor

ou igual ao valor da baixa renda QUE EVENTO DESECADEIA O DIREITO AO BENEFÍCIO?

Reclusão ou detenção do segurado de baixa renda.

CARÊNCIA? Dispensa de carência INÍCIO DO PAGAMENTO?

A partir da reclusão se requerido até o 30º dia da ocorrência. A partir da data do requerimento se requerida a partir do 31º. dia depois da reclusão.

CÁLCULO USA SB? NÃO USA FATOR PREVIDENCIÁRIO?

NÃO

RENDA? Reclusão de segurado aposentado, em gozo de auxílio-doença ou que receba remuneração da empresa Valor do auxílio-reclusão => 0 Reclusão de segurado não aposentado Valor do auxílio-reclusão => 100% do valor da aposentadoria por invalidez a que teria direito o segurado na data da reclusão

CESSAÇÃO - Morte do dependente - Filhos, equiparados a filhos e irmãos, ao completarem vinte e um anos, salvo se inválidos. - Filhos, equiparados a filhos e irmãos inválidos, com mais de vinte e um anos, pela cessação da invalidez. Filhos, equiparados a filhos e irmão, pela emancipação. Exceção: Se o inválido se emancipar pela colação de grau em curso superior, não perde a condição de dependente. - Pela adoção Exceção: Se o adotante for companheiro ou cônjuge do pai ou mãe da criança.

DOCUMENTOS - Cônjuge : Certidão de casamento civil - Companheiro (a): Conjunto de 3 provas que demonstrem a existência da união estável - Ex-cônjuge ou ex-companheiro (a): comprovação de que faz jus à pensão alimentícia por parte do(a) segurado(a) falecido(a). - Filhos: Certidão de nascimento, declaração de não emancipação. - Equiparados a filhos: Documentos que demonstrem a condição de enteado, termo de tutela no caso do tutelado, conjunto de 3 provas que demonstrem a dependência econômica relativamente ao segurado, declaração firmada pelo segurado que demonstre a vontade de que o equiparado seja seu dependente. - Pais: Certidão de nascimento, conjunto de 3 provas que demonstrem a dependência econômica relativamente ao segurado, declaração de inexistência de segurados do grupo I. - Irmãos: Certidão de nascimento, conjunto de 3 provas que demonstrem a dependência econômica relativamente ao segurado, declaração de inexistência de segurados dos grupos I e

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II, declaração de não emancipação. SUSPENSÃO - Fuga do segurado

O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço, desde que o seu último salário-de-contribuição seja inferior ou igual a baixa renda.

É devido auxílio-reclusão aos dependentes do segurado quando não houver salário-de-contribuição na data do seu efetivo recolhimento à prisão, desde que mantida a qualidade de segurado. O pedido de auxílio-reclusão deve ser instruído com certidão do efetivo recolhimento do segurado à prisão, firmada pela autoridade competente.

É necessária, no caso de qualificação de dependentes após a reclusão ou detenção do segurado, a preexistência da dependência econômica.

O auxílio-reclusão é devido, apenas, durante o período em que o segurado estiver recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto.

O exercício de atividade remunerada pelo segurado recluso em cumprimento de pena em regime fechado ou semi-aberto que contribuir na condição de contribuinte individual ou facultativo não acarreta perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão pelos seus dependentes.

O auxílio-reclusão será mantido enquanto o segurado permanecer detento ou recluso. O beneficiário deverá apresentar trimestralmente atestado de que o segurado continua detido ou recluso, firmado pela autoridade competente.

No caso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver recaptura do segurado, será restabelecido a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja ainda mantida a qualidade de segurado.

Se houver exercício de atividade dentro do período de fuga, o mesmo será considerado para a verificação da perda ou não da qualidade de segurado.

Falecendo o segurado detido ou recluso, o auxílio-reclusão que estiver sendo pago será automaticamente convertido em pensão por morte.

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ABONO ANUAL

QUEM TEM DIREITO? Segurado e dependente que, durante o ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão

CÁLCULO Da mesma forma que a gratificação natalina dos trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada ano. O valor do abono anual correspondente ao período de duração do salário-maternidade será pago, em cada exercício, juntamente com a última parcela do benefício nele devida

DECRETO Nº 6.927, DE 6 DE AGOSTO DE 2009.

Dispõe sobre a antecipação do abono anual devido ao segurado e ao dependente da Previdência Social, no ano de 2009.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 40 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991,

DECRETA:

Art. 1o No ano de 2009, o pagamento do abono anual de que trata o art. 40 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, será efetuado em duas parcelas, sendo a primeira, equivalente a até cinquenta por cento do valor do beneficio correspondente ao mês de agosto, paga juntamente com o beneficio correspondente a esse mês.

Parágrafo único. A segunda parcela corresponderá à diferença entre o valor total do abono anual e o valor da parcela antecipada.

Art. 2o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 6 de agosto de 2009; 188o da Independência e 121o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Nelson Machado José Pimentel

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REABILITAÇÃO PROFISSIONAL O QUE É? Assistência (re)educativa e de (re)adaptação profissional OBJETIVO Visa proporcionar aos beneficiários, incapacitados parcial ou totalmente para o

trabalho, em caráter obrigatório, independentemente de carência, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios indicados para proporcionar o reingresso no mercado de trabalho e no contexto em que vivem

QUEM TEM DIREITO?

Segurados, inclusive aposentados, e, de acordo com as possibilidades administrativas, técnicas, financeiras e as condições locais do órgão, aos seus dependentes Pessoas portadoras de deficiência serão atendidas mediante celebração de convênio de cooperação técnico-financeira

FUNÇÕES BASICAS I - avaliação do potencial laborativo; II - orientação e acompanhamento da programação profissional; III - articulação com a comunidade, inclusive mediante a celebração de convênio para reabilitação física restrita a segurados que cumpriram os pressupostos de elegibilidade ao programa de reabilitação profissional, com vistas ao reingresso no mercado de trabalho; e IV - acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de trabalho: é obrigatório e tem como finalidade a comprovação da efetividade do processo de reabilitação profissional.

EXECUÇÃO Mediante o trabalho de equipe multiprofissional especializada em medicina, serviço social, psicologia, sociologia, fisioterapia, terapia ocupacional e outras afins ao processo

ONDE É REALIZADA?

Sempre que possível na localidade do domicílio do beneficiário, ressalvadas as situações excepcionais em que este terá direito à reabilitação profissional fora dela.

FORNECIMENTO DE PRÓTESE?

Quando indispensáveis ao desenvolvimento do processo de reabilitação profissional, o Instituto Nacional do Seguro Social fornecerá aos segurados, inclusive aposentados, em caráter obrigatório, prótese e órtese, seu reparo ou substituição, instrumentos de auxílio para locomoção, bem como equipamentos necessários à habilitação e à reabilitação profissional, transporte urbano e alimentação e, na medida das possibilidades do Instituto, aos seus dependentes. não reembolsará as despesas realizadas com a aquisição de órtese ou prótese e outros recursos materiais não prescritos ou não autorizados por suas unidades de reabilitação profissional

CONCLUSÃO Concluído o processo de reabilitação profissional, o Instituto Nacional do Seguro Social emitirá certificado individual indicando a função para a qual o reabilitando foi capacitado profissionalmente, sem prejuízo do exercício de outra para a qual se julgue capacitado.

A programação profissional será desenvolvida mediante cursos e/ou treinamentos, na comunidade, por meio de contratos, acordos e convênios com instituições e empresas públicas ou privadas.

O treinamento do reabilitando, quando realizado em empresa, não estabelece qualquer vínculo empregatício ou funcional entre o reabilitando e a empresa, bem como entre estes e o Instituto Nacional do Seguro Social. Compete ao reabilitando, além de acatar e cumprir as normas estabelecidas nos contratos, acordos ou convênios, pautar-se no regulamento daquelas organizações.

Não constitui obrigação da previdência social a manutenção do segurado no mesmo emprego ou a sua colocação em outro para o qual foi reabilitado, cessando o processo de reabilitação profissional com a emissão do certificado. Cabe à previdência social a articulação com a comunidade, com vistas ao levantamento da oferta do mercado de trabalho, ao direcionamento da programação profissional e à possibilidade de reingresso do reabilitando no mercado formal.

A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois por cento a cinco por cento de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:

I- até duzentos empregados, dois por cento; II- de duzentos e um a quinhentos empregados, três por cento; III- de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou IV- mais de mil empregados, cinco por cento.

A dispensa de empregado na condição estabelecida neste artigo, quando se tratar de contrato por tempo superior a noventa dias e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, somente poderá ocorrer após a contratação de substituto em condições semelhantes.

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ACIDENTE DE TRABALHO E ACIDENTE DE QUALQUER NATUREZA OU CAUSA De acordo com o artigo 19 da Lei n° 8.213, de 1991, acidente do trabalho é o que ocorre

pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Entende-se como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem traumática e por exposição a agentes exógenos (físicos, químicos e biológicos), que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda, ou a redução permanente ou temporária da capacidade laborativa. TIPOS DE ACIDENTE DE TRABALHO

Os acidentes do trabalho são classificados em três tipos: I – acidente típico (tipo 1), é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa; II – doença profissional ou do trabalho (tipo 2); III – acidente de trajeto (tipo 3), é aquele que ocorre no percurso do local de residência para o de trabalho, desse para aquele, ou de um para outro local de trabalho habitual, considerando a distância e o tempo de deslocamento compatíveis com o percurso do referido trajeto. Se o acidente do trabalhador avulso ocorrer no trajeto do órgão gestor de mão-de-obra ou

sindicato para a residência, é indispensável para caracterização do acidente o registro de comparecimento ao órgão gestor de mão-de-obra ou ao sindicato.

Não se caracteriza como acidente de trabalho o acidente de trajeto sofrido pelo segurado que, por interesse pessoal, tiver interrompido ou alterado o percurso habitual.

PROTEÇÃO DO TRABALHADOR

A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.

Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.

É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.

O Ministério da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento. DEFINIÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO E SITUAÇÕES EQUIPARADAS

Consideram-se acidente do trabalho as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social; II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos inciso I e II resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho

Não são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa;

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d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.

Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior.

NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO

A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID, em conformidade com o que dispuser o regulamento.

A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto no parágrafo anterior quando demonstrada a inexistência do nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo

A empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da empresa ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência Social. COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO

A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia

útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.

As Comunicações de Acidente do Trabalho feitas perante o INSS devem se referir às seguintes ocorrências:

I – CAT inicial: acidente do trabalho típico, trajeto, doença ocupacional ou óbito imediato;

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II – CAT reabertura: afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou de doença profissional ou do trabalho; III – CAT comunicação de óbito: falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, após o registro da CAT inicial. A CAT deverá ser preenchida com todos os dados informados nos seus respectivos

campos, em quatro vias, com a seguinte destinação: I – 1º via: ao INSS; II – 2º via: ao segurado ou dependente; III – 3º via: ao sindicato dos trabalhadores; IV – 4º via: à empresa; Da comunicação do acidente de trabalho receberão cópia fiel o acidentado ou seus

dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria. Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus

dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.

A comunicação efetuada pelo acidentado/família/sindicato não exime a empresa de responsabilidade pela falta do cumprimento da obrigação de comunicar o acidente.

Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela Previdência Social, das multas aplicadas pela não comunicação do acidente de trabalho.

Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do

início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.