trabalhando temas atuais à luz da doutrina espírita · no estado de barbaria, os povos um só...

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  • CVDEE - Centro Virtual de Divulgao e Estudo do Espiritismo - www.cvdee.org.br Sala Virtual de Estudos Evangelize

    Estudos destinados Evangeliza o Infanto- Juvenil e Moc idades.

    Trabalhando temas atuais luz da Doutrina Esprita

    Ol amigos da sala evangelize!!!:)

    Frequentemente rec ebemos em nossa evangeliza o questes trazidas por nossas c rian as ou jovens sobre anovela, o filme, o desenho animado, as novidades na esc ola etc .E nos deparamos c om a nec essidade de estar trabalhando c om eles, a luz da Doutrina Esprita, as questes que elesvivem em seu cotidiano.Este trec ho abaixo pode ajudar em nossa reflexo e estudo desta semana.

    Extrado do livro: A Gnese - cap. I - item 55

    "Um ltimo c arter da revela o esprita, a ressaltar das c ondi es mesmas em que ela se produz, que, apoiando-se em fatos, tem que ser, e no pode deixar de ser, essencialmente progressiva, como todas as cincias deobservao. Pela sua substnc ia, alia- se Cinc ia que, sendo a exposi o das leis da Natureza, c om rela o ac erta ordem de fatos, no pode ser c ontrria s leis de Deus, autor daquelas leis. As desc obertas que a Cinc iarealiza, longe de o rebaixarem, glorific am a Deus; unic amente destroem o que os homens edific aram sobre as falsasidias que formaram de Deus.

    O Espirit ismo, pois, no estabelec e c omo princ pio absoluto seno o que se ac ha evidentemente demonstrado, ou oque ressalta logic amente da observa o. Entendendo c om todos os ramos da ec onomia soc ial, aos quais d o apoiodas suas prprias desc obertas, assimilar sempre todas as doutrinas progressivas, de qualquer ordem que sejam,desde que hajam assumido o estado de verdades prtic as e abandonado o domnio da utopia, sem o que ele sesuic idaria. Deixando de ser o que , mentiria sua origem e ao seu fim providenc ial. Caminhando de par com oprogresso, o Espiritismo jamais ser ultrapassado, porque, se novas desc obertas lhe demonstrassem estar emerro ac erc a de um ponto qualquer, ele se modific aria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a ac eitar."

    Vamos, ento, c onversar sobre os temas atuais Luz da Doutrina Esprita?

    1) Qual a importnc ia do evangelizador manter- se atualizado perante o mundo em que vive?2) Quais os temas atuais que voc c onsidera indispensvel trabalhar em sua turma na evangeliza o?3) Como podemos trabalhar estes temas atuais luz da Doutrina Esprita?Envie suas sugestes de Plano aula, atividades, histrias ou experinc ias.

    Esperamos que todos partic ipem!

    Abraos a todos c om carinho!!

    Equipe Evangelize - CVDEELu, Rosane, Karina e Ivair

    http://www.c vdee.org.br/c ontato.asp

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    www.cvdee.org.brhttp://www.cvdee.org.br/contato.asp

  • Apesar de raramente partic ipar eu nunca deixo de ler os emails do grupo. E c om meus alunos ns sempretrabalhamos temas que so atuais porque desperta muita mais a aten o e o interesse do aluno , por isso eusempre aproveito a aportunidade do est passando na mdia para que eles possam intender na viso dadoutrina.Assuntos c omo a Eutansia , Mortes Coletivas e Clonagem humana as Guerras . Dia 23 vai haver avota o do Referendo c ontra os desarmamento. E os meus alunos que so de pr- moc idade apesar de no votar,ns vamos estar disc utindo o que eles ac ham sobre o desarmanento, eu pensei em est fazendo um Jur Simulado,eu vou passar o meu plano de aula e se algum tiver alguma sugesto, de alguma outra fonte aonde eu possa estenc ontrando, sobre o assunto. eu agradec eria muito.

    obrigado.

    Edna - Uberaba

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    Cara irm Edna : Paz em Jesus.Aqui esto textos que tirei do site da FEB sobre o desarmamento.Fora e luz,Regina"Jamais os bons Espritos foram os instigadores do mal; jamais ac onselharamou legitimaram o assassnio e a violnc ia"Santo Agostinho (O Livro dos Espritos)

    "Quando banida se ac ha para sempre das legisla es humanas a era das c egasrepreslias, que esperais mant- la no ideal?"PAULO, apstolo. (O Livro dos Espritos)

    O LIVRO DOS ESPRITOS - DA LEI DE DESTRUIO728. lei da Natureza a destrui o?"Prec iso que tudo se destrua para renasc er e se regenerar. Porque, o quechamais destrui o no passa de uma transformao, que tem por fim arenova o e melhoria dos seres vivos."

    a) - O instinto de destrui o teria sido dado aos seres vivos por desgniosprovidenc iais?"As c riaturas so instrumentos de que Deus se serve para c hegar aos f ins queobjetiva. Para se alimentarem, os seres vivos rec iproc amente se destroem,destrui o esta que obedece a um duplo fim: manuteno do equilbrio nareprodu o, que poderia tornar- se exc essiva, e utiliza o dos despojos doinvluc ro exterior que sofre a destrui o. Esse invluc ro simplesac essrio e no a parte essenc ial do ser pensante. A parte essenc ial oprinc pio inteligente, que no se pode destruir e se elabora nasmetamorfoses diversas por que passa."

    729. Se a regenera o dos seres faz nec essria a destrui o, por que osc erc a a Natureza de meios de preserva o e c onserva o?"A fim de que a destrui o no se d antes de tempo. T oda destrui oantec ipada obsta ao desenvolvimento do princ pio inteligente. Por isso foique Deus fez que c ada ser experimentasse a nec essidade de viver e de sereproduzir."

    730. Uma vez que a morte nos faz passar a uma vida melhor, nos livra dosmales desta, sendo, pois, mais de desejar do que de temer, por que lhe tem ohomem, instintivamente, tal horror, que ela lhe sempre motivo deapreenso?"J dissemos que o homem deve procurar prolongar a vida, para c umprir a suatarefa. T al o motivo por que Deus lhe deu o instinto de c onservao,instinto que o sustenta nas provas. A no ser assim, ele muitofreqentemente se entregaria ao desnimo. A voz ntima, que o induz arepelir a morte, lhe diz que ainda pode realizar alguma c oisa pelo seuprogresso. A ameaa de um perigo c onstitui aviso, para que se aproveite dadila o que Deus lhe c oncede. Mas, ingrato, o homem rende gra as mais vezes sua estrela do que ao seu Criador."

    731. Por que, ao lado dos meios de c onserva o, c oloc ou a Natureza osagentes de destrui o?" o remdio ao lado do mal. J dissemos: para manter o equilbrio e servirde c ontrapeso."

  • 732. Ser idntic a, em todos os mundos, a nec essidade de destrui o?"Guarda propor es c om o estado mais ou menos material dos mundos. Cessa,quando o fsic o e o moral se acham mais depurados. Muito diversas so asc ondi es de existnc ia nos mundos mais adiantados do que o vosso."

    733. Entre os homens da T erra existir sempre a nec essidade da destrui o?"Essa nec essidade se enfraquec e no homem, medida que o Esprito sobrepujaa matria. Assim que, c omo podeis observar, o horror destrui o c resc ecom o desenvolvimento intelec tual e moral."

    742. Que que impele o homem guerra?"Predominnc ia da natureza animal sobre a natureza espiritual etransbordamento das paixes. No estado de barbaria, os povos um s direitoc onhecem - o do mais forte. Por isso que, para tais povos, o de guerra um estado normal. medida que o homem progride, menos freqente se torna aguerra, porque ele lhe evita as c ausas, fazendo- a c om humanidade, quando asente nec essria."

    743. Da fac e da T erra, algum dia, a guerra desaparec er?"Sim, quando os homens c ompreenderem a justi a e pratic arem a lei de Deus.Nessa poc a, todos os povos sero irmos."

    746. c rime aos olhos de Deus o assassnio?"Grande c rime, pois que aquele que tira a vida ao seu semelhante c orta o fiode uma existnc ia de expia o ou de misso. A que est o mal."

    747. sempre do mesmo grau a c ulpabilidade em todos os c asos de assassnio?"J o temos dito: Deus justo, julga mais pela inteno do que pelo fato."

    748. Em c aso de legtima defesa, esc usa Deus o assassnio?"S a nec essidade o pode esc usar. Mas, desde que o agredido possa preservarsua vida, sem atentar c ontra a de seu agressor, deve faz- lo."

    753. Por que razo a c rueldade forma o c arter predominante dos povosprimitivos?"Nos povos primitivos, c omo lhes c hamas, a matria prepondera sobre oEsprito. Eles se entregam aos instintos do bruto e, c omo no experimentamoutras nec essidades alm das da vida do c orpo, s da c onserva o pessoalc ogitam e o que os torna, em geral, c ruis. Demais, os povos de imperfeitodesenvolvimento se c onservam sob o imprio de Espritos tambm imperfeitos,que lhes so simptic os, at que povos mais adiantados venham destruir ouenfraquec er essa influnc ia."

    757. Pode- se c onsiderar o duelo c omo um c aso de legtima defesa?"No; um assassnio e um c ostume absurdo, digno dos brbaros. Com umac iviliza o mais adiantada e mais moral, o homem compreender que o duelo to ridc ulo quanto os c ombates que outrora se c onsideravam c omo o juzo deDeus."

    758. Poder- se- c onsiderar o duelo c omo um assassnio por parte daquele que,c onhec endo a sua prpria fraqueza, tem a quase c erteza de que suc umbir?" um suic dio."

    a) - E quando as probabilidades so as mesmas para ambos os duelistas,haver assassnio ou suic dio?"Um e outro."Em todos os c asos, mesmo quando as probabilidades so idntic as para ambosos c ombatentes, o duelista inc orre em culpa, primeiro, porque atentafriamente e de propsito deliberado c ontra a vida de seu semelhante; depois,porque expe inutilmente a sua prpria vida, sem proveito para ningum."

    759. Que valor tem o que se c hama ponto de honra, em matria de duelo?"Orgulho e vaidade: dupla c haga da Humanidade."

    a) - Mas, no h c asos em que a honra se ac ha verdadeiramente empenhada e emque uma recusa fora c ovardia?"Isso depende dos usos e c ostumes. Cada pas e c ada sc ulo tem a esserespeito um modo de ver diferente. Quando os homens forem melhores eestiverem mais adiantados em moral, c ompreendero que o verdadeiro ponto dehonra est ac ima das paixes terrenas e que no matando, nem se deixando

  • matar, que repararo agravos."H mais grandeza e verdadeira honra em c onfessar- se c ulpado o homem, sec ometeu falta, ou em perdoar, se de seu lado esteja a razo, e, qualquer queseja o c aso, em desprezar os insultos, que o no podem atingir.

    760. Desaparec er algum dia, da legisla o humana, a pena de morte?"Inc ontestavelmente desaparec er e a sua supresso assinalar um progressoda Humanidade. Quando os homens estiverem mais esc larec idos, a pena de morteser c ompletamente abolida na T erra. No mais prec isaro os homens de serjulgados pelos homens. Refiro-me a uma poca ainda muito distante de vs."Sem dvida, o progresso soc ial ainda muito deixa a desejar. Mas, seriainjusto para c om a soc iedade moderna quem no visse um progresso nasrestri es postas pena de morte, no seio dos povos mais adiantados, e natureza dos c rimes a que a sua aplic a o se acha limitada. Se c ompararmosas garantias de que, entre esses mesmos povos, a justi a proc ura c erc ar oacusado, a humanidade de que usa para c om ele, mesmo quando o rec onhec eculpado, c om o que se pratic ava em tempos que ainda no vo muito longe, nopoderemos negar o avan o do gnero humano na senda do progresso.

    761. A lei de c onservao d ao homem o direito de preservar sua vida. Nousar ele desse direito, quando elimina da soc iedade um membro perigoso?"H outros meios de ele se preservar do perigo, que no matando. Demais, prec iso abrir e no fechar ao c riminoso a porta do arrependimento."

    762. A pena de morte, que pode vir a ser banida das soc iedades c ivilizadas,no ter sido de nec essidade em poc as menos adiantadas?"Necessidade no o termo. O homem julga nec essria uma c oisa, sempre queno desc obre outra melhor. propor o que se instrui, vai c ompreendendomelhormente o que justo e o que injusto e repudia os exc essos c ometidos,nos tempos de ignornc ia, em nome da justi a."

    763. Ser um indc io de progresso da c iviliza o a restri o dos c asos emque se aplic a a pena de morte?"Podes duvidar disso? No se revolta o teu Esprito, quando ls a narrativadas c arnific inas humanas que outrora se faziam em nome da justi a e, noraro, em honra da Divindade; das torturas que se infligiam ao c ondenado eat ao simples ac usado, para lhe arranc ar, pela agudeza do sofrimento, ac onfisso de um c rime que muitas vezes no c ometera? Pois bem! Se houvessesvivido nessas poc as, terias ac hado tudo isso natural e talvez mesmo, seforas juiz, f izesses outro tanto. Assim que o que parec eu justo, numapoca, parec e brbaro em outra. S as leis divinas so eternas; as humanasmudam c om o progresso e c ontinuaro a mudar, at que tenham sido postas deacordo c om aquelas."

    764. Disse Jesus: Quem matou c om a espada, pela espada perec er. Estaspalavras no c onsagram a pena de talio e, assim a morte dada ao assassinono c onstitui uma aplic a o dessa pena?"T omai c uidado! Muito vos tendes enganado a respeito dessas palavras, c omoacerc a de outras. A pena de talio a justi a de Deus. Deus quem aaplic a. T odos vs sofreis essa pena a c ada instante, pois que sois punidosnaquilo em que haveis pec ado, nesta existnc ia ou em outra. Aquele que foic ausa do sofrimento para seus semelhantes vir a ac har- se numa c ondi o emque sofrer o que tenha feito sofrer. Este o sentido das palavras de Jesus.Mas, no vos disse ele tambm: Perdoai aos vossos inimigos? E no vosensinou a pedir a Deus que vos perdoe as ofensas c omo houverdes vs mesmosperdoado, isto , na mesma propor o em que houverdes perdoado,c ompreendei- o bem?"

    887. Jesus tambm disse: Amai mesmo os vossos inimigos. Ora, o amor aosinimigos no ser c ontrrio s nossas tendnc ias naturais e a inimizade noprovir de uma falta de simpatia entre os Espritos?"Certo ningum pode votar aos seus inimigos um amor terno e apaixonado. Nofoi isso o que Jesus entendeu de dizer. Amar os inimigos perdoar- lhes elhes retribuir o mal c om o bem. O que assim procede se torna superior aosseus inimigos, ao passo que abaixo deles se c oloc a , se procura tomarvingana."

    - XXXX -

    O Bem e o Mal

  • 629. Que defini o se pode dar da moral?"A moral a regra de bem proceder, isto , de distinguir o bem do mal.Funda- se na observnc ia da lei de Deus. O homem proc ede bem quando tudo fazpelo bem de todos, porque ento c umpre a lei de Deus."

    630. Como se pode distinguir o bem do mal?"O bem tudo o que c onforme lei de Deus; o mal, tudo o que lhe contrrio. Assim, fazer o bem proceder de acordo c om a lei de Deus. Fazero mal infringi- la."

    631. Tem meios o homem de distinguir por si mesmo o que bem do que mal?"Sim, quando c r em Deus e o quer saber. Deus lhe deu intelignc ia paradistinguir um do outro."

    632. Estando sujeito ao erro, no pode o homem enganar- se na aprec ia o dobem e do mal e c rer que pratic a o bem quando em realidade pratic a o mal?"Jesus disse: vede o que quereis que vos fizessem ou no vos fizessem. Tudose resume nisso. No vos enganareis."

    633. A regra do bem e do mal, que se poderia c hamar de rec iproc idade ou desolidariedade, inaplic vel ao proc eder pessoal do homem para c onsigomesmo. Achar ele, na lei natural, a regra desse proc eder e um guia seguro?"Quando c omeis em excesso, verific ais que isso vos faz mal. Pois bem, Deusquem vos d a medida daquilo de que nec essitais. Quando exc edeis dessamedida, sois punidos. Em tudo assim. A lei natural traa para o homem olimite das suas nec essidades. Se ele ultrapassa esse limite, punido pelosofrimento. Se atendesse sempre voz que lhe diz - basta, evitaria a maiorparte dos males, c uja c ulpa lan a Natureza."

    635. Das diferentes posi es soc iais nasc em nec essidades que no soidntic as para todos os homens. No parec e poder inferir- se da que a leinatural no c onstitui regra uniforme?"Essas diferentes posi es so da natureza das c oisas e c onformes lei doprogresso. Isso no infirma a unidade da lei natural, que se aplic a a tudo."As c ondi es de existnc ia do homem mudam de ac ordo c om os tempos e oslugares, do que lhe resultam nec essidades diferentes e posi es soc iaisapropriadas a essas nec essidades. Pois que est na ordem das c oisas, taldiversidade c onforme lei de Deus, lei que no deixa de ser una quanto aoseu princ pio. razo c abe distinguir as nec essidades reais das fic tc iasou c onvenc ionais.

    636. So absolutos, para todos os homens, o bem e o mal?"A lei de Deus a mesma para todos; porm, o mal depende princ ipalmente davontade que se tenha de o pratic ar. O bem sempre o bem e o mal sempre omal, qualquer que seja a posi o do homem. Diferena s h quanto ao grau daresponsabilidade."

    637. Ser c ulpado o selvagem que, c edendo ao seu instinto, se nutre de c arnehumana?"Eu disse que o mal depende da vontade. Pois bem! T anto mais c ulpado ohomem, quanto melhor sabe o que faz." As c irc unstnc ias do relativagravidade ao bem e ao mal. Muitas vezes, c omete o homem faltas, que, nem porserem c onseqnc ia da posi o em que a soc iedade o c oloc ou, se tornam menosrepreensveis. Mas, a sua responsabilidade proporc ional aos meios de queele dispe para c ompreender o bem e o mal. Assim, mais c ulpado , aos olhosde Deus, o homem instrudo que pratic a uma simples injusti a, do que oselvagem ignorante que se entrega aos seus instintos.

    638. Parec e, s vezes, que o mal uma c onseqnc ia da for a das c oisas.T al, por exemplo, a nec essidade em que o homem se v, nalguns c asos, dedestruir, at mesmo o seu semelhante. Poder- se- dizer que h, ento,infra o da lei de Deus?"Embora nec essrio, o mal no deixa de ser o mal. Essa nec essidadedesaparec e, entretanto, medida que a alma se depura, passando de uma aoutra existnc ia. Ento, mais c ulpado o homem, quando o pratic a, porquemelhor o c ompreende."

    639. No sucede freqentemente resultar o mal, que o homem pratic a, daposi o em que os outros homens o c oloc am? Quais, nesse c aso, os c ulpados?"O mal rec ai sobre quem lhe foi o c ausador. Nessas c ondi es, aquele que

  • levado a pratic ar o mal pela posi o em que seus semelhantes o c oloc am temmenos c ulpa do que os que, assim proc edendo, o oc asionaram. Porque, c ada umser punido, no s pelo mal que haja feito, mas tambm pelo mal a que tenhadado lugar."

    640. Aquele que no pratic a o mal, mas que se aproveita do mal pratic ado poroutrem, to c ulpado quanto este?" c omo se o houvera pratic ado. Aproveitar do mal partic ipar dele. T alvezno fosse c apaz de pratic - lo; mas, desde que, ac hando- o feito, dele tirapartido, que o aprova; que o teria pratic ado, se pudera, ou se ousara."

    641. Ser to repreensvel, quanto fazer o mal, o desej- lo?"Conforme. H virtude em resistir- se voluntariamente ao mal que se desejapratic ar, sobretudo quando h possibilidade de satisfazer- se a esse desejo.Se apenas no o pratic a por falta de oc asio, c ulpado quem o deseja."

    642. Para agradar a Deus e assegurar a sua posi o futura, bastar que ohomem no pratique o mal?"No; c umpre- lhe fazer o bem no limite de suas for as, porquanto responderpor todo mal que haja resultado de no haver pratic ado o bem."

    643. Haver quem, pela sua posi o, no tenha possibilidade de fazer o bem?"No h quem no possa fazer o bem. Somente o egosta nunc a enc ontra ensejode o pratic ar. Basta que se esteja em rela es c om outros homens para que setenha oc asio de fazer o bem, e no h dia da existnc ia que no ofere a, aquem no se ac he c ego pelo egosmo, oportunidade de pratic - lo. Porque,fazer o bem no c onsiste, para o homem, apenas em ser c aridoso, mas em sertil, na medida do possvel, todas as vezes que o seu c oncurso venha a sernec essrio."

    645. Quando o homem se acha, de c erto modo, mergulhado na atmosfera dovc io, o mal no se lhe torna um arrastamento quase irresistvel?"Arrastamento, sim; irresistvel, no; porquanto, mesmo dentro da atmosferado vc io, c om grandes virtudes s vezes deparas. So Espritos que tiveram afor a de resistir e que, ao mesmo tempo, rec eberam a misso de exerc er boainflunc ia sobre os seus semelhantes."

    ----- XXXProgresso da legisla o humana794. Poderia a soc iedade reger- se unic amente pelas leis naturais, sem oc onc urso das leis humanas?"Poderia, se todos as c ompreendessem bem. Se os homens as quisessempratic ar, elas bastariam. A soc iedade, porm, tem suas exignc ias. So- lhenec essrias leis espec iais."

    795. Qual a c ausa da instabilidade das leis humanas?"Nas poc as de barbaria, so os mais fortes que fazem as leis e eles asfizeram para si. propor o que os homens foram compreendendo melhor ajusti a, indispensvel se tornou a modific a o delas. Quanto mais seaproximam da vera justi a, tanto menos instveis so as leis humanas, isto, tanto mais estveis se vo tornando, c onforme vo sendo feitas para todose se identific am com a lei natural."

    A c iviliza o c riou nec essidades novas para o homem, nec essidades relativas posi o soc ial que ele ocupe. T em- se ento que regular, por meio de leishumanas, os direitos e deveres dessa posi o. Mas, influenc iado pelas suaspaixes, ele no raro h c riado direitos e deveres imaginrios, que a leinatural c ondena e que os povos risc am de seus c digos medida queprogridem. A lei natural imutvel e a mesma para todos; a lei humana varivel e progressiva. Na infnc ia das soc iedades, s esta pode c onsagrar odireito do mais forte.

    796. No estado atual da soc iedade, a severidade das leis penais noc onstitui uma nec essidade?"Uma soc iedade depravada c ertamente prec isa de leis severas. Infelizmente,essas leis mais se destinam a punir o mal depois de feito, do que a lhesec ar a fonte. S a educa o poder reformar os homens, que, ento, noprec isaro mais de leis to rigorosas."

    797. Como poder o homem ser levado a reformar suas leis?

  • "Isso oc orre naturalmente, pela for a mesma das c oisas e da influnc ia daspessoas que o guiam na senda do progresso. Muitas j ele reformou e muitasoutras reformar. Espera!"

    Influnc ia do Espiritismo no progresso799. De que maneira pode o Espiritismo c ontribuir para o progresso?"Destruindo o materialismo, que uma das c hagas da soc iedade, ele faz queos homens c ompreendam onde se enc ontram seus verdadeiros interesses.Deixando a vida futura de estar velada pela dvida, o homem perc eber melhorque, por meio do presente, lhe dado preparar o seu futuro. Abolindo osprejuzos de seitas, c astas e c ores, ensina aos homens a grandesolidariedade que os h de unir c omo irmos."

    800. No ser de temer que o Espiritismo no c onsiga triunfar da neglignc iados homens e do seu apego s c oisas materiais?"Conhec e bem pouc o os homens quem imagine que uma c ausa qualquer os possatransformar c omo que por encanto. As idias s pouco a pouco se modific am,c onforme os indivduos, e prec iso que algumas gera es passem, para que seapaguem totalmente os vestgios dos velhos hbitos. A transformao, pois,somente c om o tempo, gradual e progressivamente, se pode operar. Para c adagera o uma parte do vu se dissipa. O Espiritismo vem rasg- lo de alto abaixo. Entretanto, c onseguisse ele unic amente c orrigir num homem um nic odefeito que fosse e j o haveria for ado a dar um passo. T er- lhe- ia feito,s c om isso, grande bem, pois esse primeiro passo lhe fac ilitar os outros."

    Igualdade perante Deus e os homens822. Sendo iguais perante a lei de Deus, devem os homens ser iguais tambmperante as leis humanas?"O primeiro princ pio de justi a este: No fa ais aos outros o que noquerereis que vos fizessem."

    DA LEI DE JUSTIA, DE AMOR E DE CARIDADE873. O sentimento da justi a est em a Natureza, ou resultado de idiasadquiridas?"Est de tal modo em a Natureza, que vos revoltais simples idia de umainjusti a. fora de dvida que o progresso moral desenvolve essesentimento, mas no o d. Deus o ps no c orao do homem. Da vem que,freqentemente, em homens simples e inc ultos se vos deparam noes maisexatas da justi a do que nos que possuem grande c abedal de saber."

    874. Sendo a justi a uma lei da Natureza, c omo se explic a que os homens aentendam de modos to diferentes, c onsiderando uns justo o que a outrosparec e injusto?" porque a esse sentimento se misturam paixes que o alteram, c omo suc ede maior parte dos outros sentimentos naturais, fazendo que os homens vejam ascoisas por um prisma falso."

    875. Como se pode definir a justi a?"A justi a c onsiste em c ada um respeitar os direitos dos demais."a) - Que o que determina esses direitos?"Duas c oisas: a lei humana e a lei natural. T endo os homens formulado leisapropriadas a seus c ostumes e c arac teres, elas estabelec eram direitosmutveis c om o progresso das luzes. Vede se hoje as vossas leis, alisimperfeitas, c onsagram os mesmos direitos que as da Idade Mdia. Entretanto,esses direitos antiquados, que agora se vos afiguram monstruosos, parec iamjustos e naturais naquela poca. Nem sempre, pois, ac orde c om a justi a odireito que os homens presc revem. Demais, este direito regula apenas algumasrela es soc iais, quando c erto que, na vida partic ular, h uma imensidadede atos unic amente da al ada do tribunal da c onsc inc ia."

    876. Posto de parte o direito que a lei humana c onsagra, qual a base dajusti a, segundo a lei natural?"Disse o Cristo: Queira c ada um para os outros o que quereria para si mesmo.No c orao do homem imprimiu Deus a regra da verdadeira justi a, fazendo quec ada um deseje ver respeitados os seus direitos. Na inc erteza de c omo devaproc eder c om o seu semelhante, em dada c irc unstnc ia, trate o homem de sabercomo quereria que c om ele procedessem, em c irc unstnc ia idntic a. Guia maisseguro do que a prpria c onsc inc ia no lhe podia Deus haver dado."Efetivamente, o c ritrio da verdadeira justi a est em querer c ada um paraos outros o que para si mesmo quereria e no em querer para si o que

  • quereria para os outros, o que absolutamente no a mesma c oisa. No sendonatural que haja quem deseje o mal para si, desde que c ada um tome pormodelo o seu desejo pessoal, evidente que nunc a ningum desejar para oseu semelhante seno o bem. Em todos os tempos e sob o imprio de todasas c ren as, sempre o homem se esfor ou para que prevalec esse o seu direitopessoal. A sublimidade da religio c rist est em que ela tomou o direitopessoal por base do direitodo prximo.

    877. Da necessidade que o homem tem de viver em soc iedade, nasc em- lheobriga es espec iais?"Certo e a primeira de todas a de respeitar os direitos de seussemelhante. Aquele que respeitar esses direitos proc eder sempre c omjusti a. Em o vosso mundo, porque a maioria dos homens no pratic a a lei dejusti a, c ada um usa de represlias. Essa a c ausa da perturba o e daconfuso em que vivem as soc iedades humanas. A vida soc ial outorga direitose impes deveres rec proc os."

    878. Podendo o homem enganar- se quanto extenso do seu direito, que oque lhe far c onhecer o limite desse direito?"O limite do direito que, c om relao a si mesmo, reconhecer ao seusemelhante, em idntic as c irc unstnc ias e rec iprocamente."

    a) - Mas, se c ada um atribuir a si mesmo direitos iguais aos de seusemelhante, que vir a ser da subordina o aos superiores? No ser isso aanarquia de todos os poderes?"Os direitos naturais so os mesmos para todos os homens, desde os dec ondi o mais humilde at os de posi o mais elevada. Deus no fez uns delimo mais puro do que o de que se serviu para fazer os outros, e todos, aosSeus olhos, so iguais. Esses direitos so eternos. Os que o homemestabelec eu perec em com as suas institui es. Demais, c ada um sente bem asua for a ou a sua fraqueza e saber sempre ter uma c erta defernc ia parac om os que o mere am por suas virtudes e sabedoria. importante ac entuaristo, para que os quese julgam superiores c onheam seus deveres, a fim de merec er essasdefernc ias. A subordina o no se ac har c omprometida, quando a autoridadefor deferida sabedoria."

    879. Qual seria o c arter do homem que pratic asse a justi a em toda a suapureza?"O do verdadeiro justo, a exemplo de Jesus, porquanto pratic aria tambm oamor doprximo e a c aridade, sem os quais no h verdadeira justi a."

    Direito de propriedade. Roubo880. Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem?"O de viver. Por isso que ningum tem o de atentar c ontra a vida de seusemelhante, nem de fazer o que quer que possa c omprometer- lhe a existnc iacorporal."

    881. O direito de viver d ao homem o de acumular bens que lhe permitamrepousar quando no mais possa trabalhar?"D, mas ele deve faz- lo em famlia, c omo a abelha, por meio de um trabalhohonesto, e no c omo egosta. H mesmo animais que lhe do o exemplo deprevidnc ia."

    882. T em o homem o direito de defender os bens que haja c onseguido juntarpelo seu trabalho?"No disse Deus: "No roubars?" E Jesus no disse: "Dai a Csar o que deCsar?"O que, por meio do trabalho honesto, o homem junta c onstitui legtimapropriedade sua, que ele tem o direito de defender, porque a propriedade queresulta do trabalho um direito natural, to sagrado quando o de trabalhare de viver.

    883. natural o desejo de possuir?"Sim, mas quando o homem deseja possuir para si somente e para suasatisfa o pessoal, o que h egosmo."a) - No ser, entretanto, legtimo o desejo de possuir, uma vez aquele quetem de que viver a ningum pesado?

  • "H homens insac iveis, que acumulam bens sem utilidade para ningum, ouapenaspara sac iar suas paixes. Julgas que Deus v isso c om bons olhos? Aqueleque, ao c ontrrio, junta pelo trabalho, tendo em vista soc orrer os seussemelhantes, pratic a a lei de amor e c aridade, e Deus abenoa o seutrabalho."

    884. Qual o c arter da legtima propriedade?"Propriedade legtima s a que foi adquirida sem prejuzo de outrem."Proibindo- nos que fa amos aos outros o que no desejramos que nos f izessem,a lei de amor e de justi a nos probe, ipso fac to, a aquisi o de bens porquaisquer meios que lhe sejam c ontrrios.

    885. Ser ilimitado o direito de propriedade?" fora de dvida que tudo o que legitimamente se adquire c onstitui umapropriedade. Mas, c omo havemos dito, a legisla o dos homens, porqueimperfeita, c onsagra muitos direitos c onvenc ionais, que a lei de justi areprova. Essa a razo por que eles reformam suas leis, medida que oprogresso se efetua e que melhor c ompreendem a justi a. O que num sculoparec e perfeito, afigura- se brbaro no sc ulo seguinte."

    887. Jesus tambm disse: Amai mesmo os vossos inimigos. Ora, o amor aosinimigos no ser c ontrrio s nossas tendnc ias naturais e a inimizade noprovir de uma falta de simpatia entre os Espritos?"Certo ningum pode votar aos seus inimigos um amor terno e apaixonado. Nofoi isso o que Jesus entendeu de dizer. Amar os inimigos perdoar- lhes elhes retribuir o mal c om o bem. O que assim procede se torna superior aosseus inimigos, ao passo que abaixo deles se c oloc a , se procura tomarvingana."

    889. No h homens que se vem c ondenados a mendigar por c ulpa sua?"Sem dvida; mas, se uma boa educao moral lhes houvera ensinado a pratic ara lei de Deus, no teriam c ado nos exc essos c ausadores da sua perdi o.Disso, sobretudo, que depende a melhoria do vosso planeta."

    Carac teres do homem de bem918. Por que indc ios se pode rec onhecer em um homem o progresso real quelhe elevar o Esprito na hierarquia esprita?"O esprito prova a sua eleva o, quando todos os atos de sua vida c orporalrepresentam a prtic a da lei de Deus e quando antec ipadamente c ompreende avida espiritual."

    Sac rifc io da prpria vida951. No , s vezes, meritrio o sac rifc io da vida, quando aquele que ofaz visa salvar a de outrem, ou ser til aos seus semelhantes?"Isso sublime, c onforme a inteno, e, em tal c aso, o sac rifc io da vidano c onstitui suic dio. Mas, Deus se ope a todo sac rifc io intil e no opode ver de bom grado, se tem o orgulho a manch- lo. S o desinteresse tornameritrio o sac rifc io e, no raro, quem o faz guarda oculto um pensamento,que lhe diminui o valor aos olhos de Deus."Todo sac rifc io que o homem faa c usta da sua prpria felic idade um atosoberanamente meritrio aos olhos de Deus, porque resulta da prtic a da leide c aridade. Ora, sendo a vida o bem terreno a que maior apreo d o homem,no c omete atentado o que a ela renunc ia pelo bem de seus semelhantes:cumpre um sac rifc io. Mas, antes de o cumprir, deve refletir sobre se suavida no ser mais til do que sua morte.

    954. Ser c ondenvel uma imprudnc ia que c ompromete a vida sem necessidade?"No h c ulpabilidade, em no havendo inten o, ou c onsc inc ia perfeita daprtic ado mal."

    O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRIT ISMOBEM-AVENTURADOS OS QUE SO MISERICORDIOSOS4. A miseric rdia o c omplemento da brandura, porquanto aquele que no formiseric ordioso no poder ser brando e pac fic o. Ela c onsiste noesquec imento e no perdo das ofensas. O dio e o ranc or denotam alma semeleva o, nem grandeza. O esquec imentodas ofensas prprio da alma elevada, que paira ac ima dos golpes que lhe

  • possam desferir. Uma sempre ansiosa, de sombria susc etibilidade e c heia defel; a outra c alma, toda mansido e c aridade.Ai daquele que diz: nunc a perdoarei. Esse, se no for c ondenado peloshomens, s- lo- por Deus. Com que direito rec lamaria ele o perdo de suasprprias faltas, se no perdoa as dos outros? Jesus nos ensina que amiseric rdia no deve ter limites, quando diz que c ada um perdoe ao seuirmo, no sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. H, porm, duasmaneiras bem diferentes de perdoar: uma, grande, nobre, verdadeiramentegenerosa, sem pensamento oculto, que evita, c om delic adeza, ferir oamor- prprio e a susc etibilidade do adversrio, ainda quando este ltimonenhuma justif ic ativa possa ter; a segunda a em que o ofendido, ou aqueleque tal se julga, impe ao outro c ondi es humilhantes e lhe faz sentir opeso de um perdo que irrita, em vez de ac almar; se estende a mo aoofensor, no o faz c om benevolnc ia, mas c om ostentao, a fim de poderdizer a toda gente: vede c omo sou generoso! Nessas c irc unstnc ias, impossvel uma reconc ilia o sinc era de parte a parte. No, no h agenerosidade; h apenas uma forma de satisfazer ao orgulho. Em todacontenda, aquele que se mostra mais c onc iliador, que demonstra maisdesinteresse, c aridade e verdadeira grandeza dalma granjear sempre asimpatia das pessoas imparc iais.

    14. Quantas vezes perdoarei a meu irmo? Perdoar- lhe- eis, no sete vezes,mas setenta vezes sete vezes. A tendes um dos ensinos de Jesus que mais vosdevem percutir a intelignc ia e mais alto falar ao c ora o. Confrontai essaspalavras de miseric rdia c om a ora o to simples, to resumida e to grandeem suas aspira es, que ensinou a seus disc pulos, e o mesmo pensamento sevos deparar sempre. Ele, o justo por exc elnc ia, responde a Pedro:perdoars, mas ilimitadamente; perdoars c ada ofensa tantas vezes quantasela te for feita; ensinars a teus irmos esse esquec imento de si mesmo, quetorna uma c riatura invulnervel ao ataque, aos maus proc edimentos e sinjrias; sers brando e humilde de c ora o, sem medir a tua mansuetude;fars, enfim, o que desejas que o Pai c elestial por ti fa a. No est ele ate perdoar freqentemente? Conta porventura as vezes que o seu perdo desc ea te apagar as faltas?Prestai, pois, ouvidos a essa resposta de Jesus e, c omo Pedro, aplic ai- a avs mesmos. Perdoai, usai de indulgnc ia, sede c aridosos, generosos,prdigos at do vosso amor. Dai, que o Senhor vos restituir; perdoai, que oSenhor vos perdoar; abaixai- vos, que o Senhor vos elevar; humilhai- vos,que o Senhor far vos assenteis sua direita.Ide, meus bem-amados, estudai e c omentai estas palavras que vos dirijo daparte d'Aquele que, do alto dos esplendores c elestes, vos tem sempre sob assuas vistas e prossegue c om amor na tarefa ingrata a que deu c omeo, fazdezoito sc ulos. Perdoai aos vossos irmos, c omo prec isais que se vosperdoe. Se seus atos pessoalmente vos prejudic aram, mais um motivo a tendespara serdes indulgentes, porquanto o mrito do perdo proporc ionado gravidade do mal. Nenhum merec imento tereis em relevar os agravos dosvossos irmos, desde que no passassem de simples arranhes.Espritas, jamais vos esqueais de que, tanto por palavras, c omo por atos,o perdo das injrias no deve ser um termo vo. Pois que vos dizeisespritas, sede- o. Olvidai o mal que vos hajam feito e no penseis senonuma c oisa: no bem que podeis fazer. Aquele que enveredou por esse c aminhono tem que se afastar da, ainda que por pensamento, uma vezque sois responsveis pelos vossos pensamentos, os quais todos Deus c onhec e.Cuidai, portanto, de os expungir de todo sentimento de ranc or. Deus sabe oque demora no fundo do c ora o de c ada um de seus filhos. Feliz, pois,daquele que pode todas as noites adormec er dizendo: Nada tenho c ontra o meuprximo. Simeo. (Bordus, 1862.)

    15. Perdoar aos inimigos pedir perdo para si prprio; perdoar aos amigos dar- lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas mostrar- se melhor doque era. Perdoai, pois, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe,porquanto, se fordes duros, exigentes, inflexveis, se usardes de rigor atpor uma ofensa leve, c omo querereis que Deus esquea de que c ada dia maiornec essidade tendes de indulgnc ia? Oh! ai daquele que diz: "Nunc aperdoarei", pois pronunc ia a sua prpria c ondenao. Quem sabe, alis, se,desc endo ao fundo de vs mesmos, no rec onhec ereis que fostes o agressor?Quem sabe se, nessa luta que c omea por uma alf inetada e ac aba por umaruptura, no fostes quem atirou o primeiro golpe, se vos no esc apou algumapalavra injuriosa, se no proc edestes c om toda a modera o nec essria? Semdvida, o vosso adversrio andou mal em se mostrar exc essivamente

  • susc etvel; razo de mais para serdes indulgentes e para no vos tomardesmerecedores da invec tiva que lhe lan astes. Admitamos que, em dadac irc unstnc ia, fostes realmente ofendido: quem dir que no envenenastes asc oisas por meio de represlias e que no f izestes degenerasse em querelagrave o que houvera podido c air fac ilmente no olvido? Se de vs dependiaimpedir as c onseqnc ias do fato e no as impedistes, sois c ulpados.Admitamos, finalmente, que de nenhuma c ensura vos rec onheceis merecedores:mostrai- vos c lementes e c om isso s fareis que o vosso mrito c res a. Mas,h duas maneiras bem diferentes de perdoar: h o perdo dos lbios e operdo do c ora o. Muitas pessoas dizem, c om refernc ia ao seu adversrio:"Eu lhe perdo", mas, interiormente, alegram-se c om o mal que lhe advm,c omentando que ele tem o que merec e. Quantos no dizem: "Perdo" eac rescentam. "mas, no me reconc iliarei nunca; no quero tornar a v- lo emtoda a minha vida." Ser esse o perdo, segundo o Evangelho? No; o perdoverdadeiro, o perdo c risto aquele que lan a um vu sobre o passado; esseo nic o que vos ser levado em c onta, visto que Deus no se satisfaz c om asaparnc ias. Ele sonda o rec esso do c ora o e os mais sec retos pensamentos.Ningum se lhe impe por meio de vs palavras e de simulac ros. Oesquec imento c ompleto e absoluto das ofensas pec uliar s grandes almas; orancor sempre sinal de baixeza e de inferioridade. No olvideis que overdadeiro perdo se rec onhec e muito mais pelos atos do que pelas palavras.- Paulo, apstolo. (Lyon, 1861.)

    18. Caros amigos, sede severos c onvosc o, indulgentes para as fraquezas dosoutros. E esta uma prtic a da santa c aridade, que bem pouc as pessoasobservam. T odos vs tendes maus pendores a vencer, defeitos a c orrigir,hbitos a modific ar; todos tendes um fardo mais ou menos pesado a alijar,para poderdes galgar o c ume da montanha do progresso. Por que, ento, haveisde mostrar- vos to c larividentes c om rela o ao prximo e to c egos c omrela o a vs mesmos? Quando deixareis de perc eber, nos olhos de vossosirmos, o pequenino argueiro que os inc omoda, sem atentardes na trave que,nos vossos olhos, vos c ega, fazendo- vos ir de queda em queda? Crede nosvossos irmos, os Espritos. T odo homem, bastante orgulhoso para se julgarsuperior, em virtude e mrito, aos seus irmos enc arnados, insensato eculpado: Deus o c astigar no dia da sua justi a. O verdadeiro c arter dac aridade a modstia e a humildade, que c onsistem em ver c ada um apenassuperfic ialmente os defeitos de outrem e esfor ar- se por fazer que prevale ao que h nele de bom e virtuoso, porquanto, embora o c ora o humano seja umabismo de c orrupo, sempre h, nalgumas de suas dobras mais ocultas, ogrmen de bons sentimentos, c entelha vivaz da essnc ia espiritual.Espirit ismo! doutrina c onsoladora e bendita! felizes dos que te c onhec em etiram proveito dos salutares ensinamentos dos Espritos do Senhor! Paraesses, iluminado est o c aminho, ao longo do qual podem ler estas palavrasque lhes indic am o meio de c hegarem ao termo da jornada: c aridade prtic a,c aridade do c orao, c aridade para c om o prximo, c omo para si mesmo; numapalavra: c aridade para c om todos e amor a Deus ac ima de todas as c oisas,porque o amor a Deus resume todos os deveres e porque impossvel amarrealmente a Deus, sem pratic ar a c aridade, da qual fez ele uma lei paratodas as c riaturas. -Duftre, bispo de Nevers. (Bordus.)

    AMAI OS VOSSOS INIMIGOSRetribuir o mal com o bem1. Aprendestes que foi dito: "Amareis o vosso prximo e odiareis os vossosinimigos." Eu, porm, vos digo: "Amai os vossos inimigos; fazei o bem aosque vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e c aluniam, a fim de serdesfilhos do vosso Pai que est nos c us e que faz se levante o Sol para osbons e para os maus e que c hova sobre os justos e os injustos. - Porque, ses amardes os que vos amam, qual ser a vossa rec ompensa? No proc edem assimtambm os public anos? Se apenas os vossos irmos saudardes, que o que c omisso fazeis mais do que os outros? No fazem outro tanto os pagos?" (S.MATEUS, cap. V, vv. 43 a 47.)- "Digo- vos que, se a vossa justi a no for mais abundante que a dosesc ribas e dos fariseus, no entrareis no reino dos c us."(S. MATEUS, c ap.V, v. 20.)

    2. "Se somente amardes os que vos amam, que mrito se vos rec onhecer, umavez que as pessoas de m vida tambm amam os que os amam? - Se o bem somenteo fizerdes aos que vo- lo fazem, que mrito se vos rec onhecer, dado que omesmo faz a gente de m vida? - Se s emprestardes queles de quem possaisesperar o mesmo favor, que mrito se vos rec onhec er, quando as pessoas de

  • m vida se entreajudam dessa maneira, para auferir a mesma vantagem? Peloque vos toc a, amai os vossos inimigos, fazei bem a todos e auxiliai semesperar c oisa alguma. Ento, muito grande ser a vossa rec ompensa e sereisfilhos do Altssimo, que bom para os ingratos e at para os maus. - Sede,pois, c heios de miseric rdia, c omo cheio de miseric rdia o vosso Deus."(S. LUCAS, cap. VI, vv. 32 a 36.)

    3. Se o amor do prximo constitui o princ pio da caridade, amar os inimigos a mais sublime aplic a o desse princ pio, porquanto a posse de tal virtuderepresenta uma das maiores vitrias alc an adas c ontra o egosmo e o orgulho.Entretanto, h geralmente equvoc o no toc ante ao sentido da palavra amar,neste passo. No pretendeu Jesus, assim falando, que c ada um de ns tenhapara c om o seu inimigo a ternura que dispensa a um irmo ou amigo. A ternurapressupe c onfian a; ora, ningum pode depositar c onfian a numa pessoa,sabendo que esta lhe quer mal; ningum pode ter para c om ela expanses deamizade, sabendo- a c apaz de abusar dessa atitude. Entre pessoas quedesc onfiam umas das outras, no pode haver essas manifesta es de simpatiaque existem entre as que c omungam nas mesmas idias. Enfim, ningum podesentir, em estar c om um inimigo, prazer igual ao que sente na c ompanhia deum amigo. A diversidade na maneira de sentir, nessas duas c irc unstnc iasdiferentes, resulta mesmo de uma lei fsic a: a da assimila o e da repulsodos fluidos. O pensamento malvolo determina uma c orrente fludic a queimpressiona penosamente. O pensamento benvolo nos envolve num agradveleflvio. Da a diferen a das sensa es que se experimenta aproximao deum amigo ou de um inimigo. Amar os inimigos no pode, pois, signific ar queno se deva estabelec er diferen a alguma entre eles e os amigos. Se estepreceito parece de difc il prtic a, impossvel mesmo, apenas porentender- se falsamente que ele manda se d no c ora o, assim ao amigo, c omoao inimigo, o mesmo lugar. Uma vez que a pobreza da linguagem humana obrigaa que nos sirvamos do mesmo termo para exprimir matizes diversos de umsentimento, razo c abe estabelec er as diferen as, c onforme aos c asos.Amar os inimigos no , portanto, ter- lhes uma afei o que no est nanatureza, visto que o c ontac to de um inimigo nos faz bater o c ora o de modomuito diverso do seu bater, ao c ontac to de um amigo. Amar os Inimigos nolhes guardar dio, nem rancor, nem desejos de vingana; perdoar- lhes, sempensamento oculto e sem c ondi es, o mal que nos c ausem; no opor nenhumobstculo a rec onc ilia o c om eles; desejar- lhes o bem e no o mal; experimentar jbilo, em vez de pesar, c om o bem que lhes advenha; soc orr- los, em se apresentando oc asio; abster- se, quer por palavras,quer por atos, de tudo o que os possa prejudic ar; , f inalmente,retribuir- lhes sempre o mal c om o bem, sem a inteno de os humilhar. Quemassim proc ede preenche as c ondi es do mandamento: Amai os vossos inimigos.

    4. Amar os inimigos , para o inc rdulo, um contra- senso. Aquele para quem avida presente tudo, v no seu inimigo um ser noc ivo, que lhe perturba orepouso e do qual unic amente a morte. pensa ele, o pode livrar. Da, odesejo de vingar- se. Nenhum interesse tem em perdoar, seno para satisfazero seu orgulho perante o mundo. Em c ertos c asos, perdoar- lhe parec e mesmo umafraqueza indigna de si. Se no se vingar, nem por isso deixar de c onservarranc or e sec reto desejo de mal para o outro. Para o c rente e, sobretudo,para o esprita, muito diversa a maneira de ver, porque suas vistas selan am sobre o passado e sobre o futuro, entre os quais a vida atual nopassa de um simples ponto. Sabe ele que, pela mesma destina o da T erra,deve esperar topar a c om homens maus e perversos; que as maldades c om quese defronta fazem parte das provas que lhe c umpre suportar e o elevado pontode vista em que se c oloc a lhe torna menos amargas as vic issitudes, queradvenham dos homens, quer das c oisas. Se no se queixa das provas, tampoucodeve queixar- se dos que lhe servem de instrumento. Se, em vez de se queixar,agradec e a Deus o experiment- lo, deve tambm agradec er a mo que lhe densejo de demonstrar a sua pac inc ia e a sua resigna o. Esta idia o dispenaturalmente ao perdo. Sente, alm disso, que quanto mais generoso for.tanto mais se engrandec e aos seus prprios olhos e se pe fora do alc anc edos dardos do seu inimigo. O homem que no mundo ocupa elevada posi o no sejulga ofendido c om os insultos daquele a quem considera seu inferior. Omesmo se d c om o que, no mundo moral, se eleva ac ima da humanidadematerial. Este c ompreende que o dio e o rancor o aviltariam e rebaixariam.Ora, para ser superior ao seu adversrio, prec iso que tenha a alma maior,mais nobre, mais generosa do que a desse ltimo.

    Se algum vos bater na fac e direita, apresentai- lhe tambm a outra

  • 7. Aprendestes que foi dito: olho por olho e dente por dente. - Eu, porm,vos digo que no resistais ao mal que vos queiram fazer; que se algum vosbater na fac e direita, lhe apresenteis tambm a outra; - e que se algumquiser pleitear c ontra vs, para vos tomar a tnic a, tambm lhes entregueiso manto; - e que se algum vos obrigar a c aminhar mil passos c om ele,c aminheis mais dois mil. - Dai quele que vos pedir e no repilais aqueleque vos queira tomar emprestado. (S. MATEUS, cap. V, vv. 38 a 42.)

    8. Os prec onc eitos do mundo sobre o que se c onvenc ionou c hamar "ponto dehonra" produzem essa susc etibilidade sombria, nasc ida do orgulho e daexalta o da personalidade, que leva o homem a retribuir uma injria c omoutra injria, uma ofensa c om outra, o que tido c omo justi a por aquelec ujo senso moral no se ac ha ac ima do nvel das paixes terrenas. Por isso que a lei moisaic a presc revia: olho por olho, dente por dente, de harmoniacom a poca em que Moiss vivia. Veio o Cristo e disse: Retribui o mal c om obem. E disse ainda: "No resistais ao mal que vos queiram fazer; se algumvos bater numa fac e, apresentai- lhe a outra." Ao orgulhoso este ensinoparec er uma c ovardia, porquanto ele no c ompreende que haja mais c oragem emsuportar um insulto do que em tomar uma vingana, e no c ompreende, porquesua viso no pode ultrapassar o presente. Dever- se- , entretanto, tomar aop da letra aquele prec eito? T ampouc o quanto o outro que manda se arranque oolho, quando for c ausa de esc ndalo. Levado o ensino s suas lt imasconseqnc ias, importaria ele em c ondenar toda represso, mesmo legal, edeixar livre o c ampo aos maus, isentando- os de todo e qualquer motivo detemor. Se se lhes no pusesse um freio as agresses, bem depressa todos osbons seriam suas vtimas. O prprio instinto de c onservao, que uma leida Natureza, obsta a que algum estenda o pesc o o ao assassino. Enunc iando,pois, aquela mxima, no pretendeu Jesus interdizer toda defesa, masc ondenar a vingan a. Dizendo que apresentemos a outra fac e quele que noshaja batido numa, disse, sob outra forma, que no se deve pagar o mal c om omal; que o homem deve aceitar c om humildade tudo o que seja de molde a lheabater o orgulho; que maior glria lhe advm de ser ofendido do que deofender, de suportar pac ientemente uma injusti a do que de pratic ar alguma;que mais vale ser enganado do que enganador, arruinado do que arruinar osoutros. E, ao mesmo tempo, a c ondena o do duelo, que no passa de umamanifesta o de orgulho. Somente a f na vida futura e na justi a de Deus,que jamais deixa impune o mal, pode dar ao homem for as para suportar c ompac inc ia os golpes que lhe sejam desferidos nos interesses e noamor-prprio. Da vem o repetirmos inc essantemente: Lanai para diante oolhar; quanto mais vos elevardes pelo pensamento, ac ima da vida material,tanto menos vos magoaro as c oisas da T erra.

    9. A vingana um dos ltimos remanesc entes dos c ostumes brbaros quetendem a desaparec er dentre os homens. E, c omo o duelo, um dos derradeirosvestgios dos hbitos selvagens sob c ujos guantes se debatia a Humanidade,no c omeo da era c rist, razo por que a vingana c onstitui indc io c erto doestado de atraso dos homens que a ela se do e dosEspritos que ainda as inspirem. Portanto, meus amigos, nunca essesentimento deve fazer vibrar o c ora o de quem quer que se diga e proc lameesprita. Vingar- se , bem o sabeis, to c ontrrio quela presc ri o doCristo: "Perdoai aos vossos inimigos", que aquele que se nega a perdoar nosomente no esprita c omo tambm no c risto. A vingana umainspira o tanto mais funesta, quanto tem por c ompanheiras assduas afalsidade e a baixeza.Com efeito, aquele que se entrega a essa fatal e c ega paixo quase nunc a sevinga a c u aberto. Quando ele o mais forte, c ai qual fera sobre o outro aquem chama seu inimigo, desde que a presena deste ltimo lhe inflame apaixo, a c lera, o dio. Porm, as mais das vezes assume aparnc iashipc ritas, oc ultando nas profundezas do c ora o os maus sentimentos que oanimam. Toma c aminhos escusos, segue na sombra o inimigo, que de nadadesc onfia, e espera o momento azado para sem perigo feri- lo. Esc onde- se dooutro, espreitando- o de c ontnuo, prepara- lhe odiosas armadilhas e, em sendopropc ia a oc asio, derrama- lhe no c opo o veneno, Quando seu dio no c hegaa tais extremos, atac a- o ento na honra e nas afei es; no rec ua diante dac alnia, e suas prfidas insinua es, habilmente espalhadas a todos osventos, se vo avolumando pelo c aminho. Em c onseqnc ia, quando o perseguidose apresenta nos lugares por onde passou o sopro do perseguidor, espanta- sede dar c om semblantes frios, em vez de fisionomias amigas e benevolentes queoutrora o ac olhiam. Fic a estupefato quando mos que se lhe estendiam, agorase recusam a apertar as suas. Enfim, sente- se aniquilado, ao verific ar que

  • os seus mais c aros amigos e parentes se afastam e o evitam, Ah! o c ovardeque se vinga assim c em vezes mais c ulpado do que o que enfrenta o seuinimigo e o insulta em plena fac e. Fora, pois, c om esses c ostumes selvagens!Fora c om esses proc essos de outros tempos! T odo esprita que ainda hojepretendesse ter o direito de vingar- se seria indigno de figurar por maistempo na falange que tem como divisa: Sem caridade no h salvao! Mas,no, no posso deter-me a pensar que um membro da grande famlia espritaouse jamais, de futuro, c eder ao impulso da vingana, seno para perdoar. -Jlio Olivier. (Paris, 1862.)

    O dio10. Amai- vos uns aos outros e sereis felizes. T omai sobretudo a peito amaros que vos inspiram indiferena, dio, ou desprezo. O Cristo, que deveisc onsiderar modelo, deu- vos o exemplo desse devotamento, Missionrio do amor,ele amou at dar o sangue e a vida por amor, Penoso vos o sac rif c io deamardes os que vos ultrajam e perseguem; mas, prec isamente, esse sac rifc io que vos torna superiores a eles. Se os odisseis, c omo vos odeiam, novalereis mais do que eles. Am- los a hstia imcula que oferec eis a Deusna ara dos vossos c ora es, hstia de agradvel aroma e c ujo perfume lhesobe at o seio. Se bem a lei de amor mande que c ada um ame indistintamentea todos os seus irmos, ela no c oura a o c ora o c ontra os maus proc ederes;esta , ao c ontrrio, a prova mais angustiosa, e eu o sei bem, porquanto,durante a minha ltima existnc ia terrena, experimentei essa tortura. MasDeus l est e pune nesta vida e na outra os que violam a lei de amor. Noesqueais, meus queridos filhos, que o amor aproxima de Deus a c riatura e odio a distanc ia dele. - Fnelon, (Bordus, 1861.)

    O duelo11. S verdadeiramente grande aquele que, c onsiderando a vida uma viagemque o h de c onduzir a determinado ponto, pouc o c aso faz das asperezas dajornada e no deixa que seus passos se desviem do c aminho reto. Com o olharc onstantemente dirigido para o termo a alc anar, nada lhe importa que asurzes e os espinhos ameacem produzir- lhe arranhaduras; umas e outros lheroam a epiderme, sem o ferirem, nem impedirem de prosseguir na c aminhada.Expor seus dias para se vingar de uma injria rec uar diante das provaesda vida, sempre um c rime aos olhos de Deus; e, se no fsseis, c omo sois,iludidos pelos vossos prejuzos, tal c oisa seria ridc ula e uma supremaloucura aos olhos dos homens. H c rime no homic dio em duelo; a vossaprpria legisla o o reconhece. Ningum tem o direito, em caso algum, deatentar c ontra a vida de seu semelhante: um c rime aos olhos de Deus, quevos tra ou a linha de c onduta que tendes de seguir. Nisso, mais do que emqualquer outra c irc unstnc ia, sois juizes em causa prpria. Lembrai- vos deque somente vos ser perdoado, c onforme perdoardes; pelo perdo vos ac erc aisda Divindade, pois a c lemnc ia e irm do poder. Enquanto na Terra c orrer umagota de sangue humano, vertida pela mo dos homens, o verdadeiro reino deDeus ainda se no ter implantado a, reino de paz e de amor, que h debanir para sempre do vosso planeta a animosidade, a disc rdia, a guerra.Ento, a palavra duelo somente existir na vossa linguagem c omo longnqua evaga rec orda o de um passado que se foi. Nenhum outro antagonismo existirentre os homens, afora a nobre rivalidade do bem. - Adolfo, bispo de Argel.(Marmande, 1861.)

    12. Em certos c asos, sem dvida, pode o duelo c onstituir uma prova decoragem fsic a, de desprezo pela vida, mas tambm , inc ontestavelmente, umaprova de c ovardia moral, c omo o suic dio. O suic ida no tem coragem deenfrentar as vic issitudes da vida; o duelista no tem a de suportar asofensas, No vos disse o Cristo que h mais honra e valor em apresentar afac e esquerda aquele que bateu na direita, do que em vingar uma injria? Nodisse ele a Pedro, no jardim das Oliveiras: "Mete a tua espada na bainha,porquanto aquele que matar c om a espada perec er pela espada?" Assimfalando, no c ondenou, para sempre, o duelo? Efetivamente, meus filhos, que essa c oragem oriunda de um gnio violento, de um temperamento sangneo ec olric o, que ruge primeira ofensa? Onde a grandeza d'alma daquele que, menor injria, entende que s c om sangue a poder lavar? Ah! que ele trema!No fundo da sua c onsc inc ia, uma voz lhe bradar sempre: Caim! Caim! quefizeste de teu irmo? Foi-me necessrio derramar sangue para salvar a minhahonra, responder ele a essa voz, Ela, porem, retruc ar: Procuraste salv- laperante os homens, por alguns instantes que te restavam de vida na T erra, eno pensaste em salv- la perante Deus! Pobre louc o! Quanto sangue exigiriade vs o Cristo, por todos os ultrajes que rec ebeu! No s o feristes c om os

  • espinhos e a lan a, no s o pregastes num madeiro infamante, c omo tambm ofizestes ouvir, em meio de sua agonia atroz, as zombarias que lheprodigalizastes, Que repara o a tantos insultos vos pediu ele? O ltimobrado do c ordeiro foi unia splic a em favor dos seus algozes! Oh! c omo ele,perdoai e oral pelos que vos ofendem. Amigos, lembrai- vos deste prec eito:"Amai- vos uns aos outros" e, ento, a um golpe desferido pelo diorespondereis c om um Sorriso, e ao ultraje c om o perdo. O mundo, sem dvida,se levantar furioso e vos tratar de c ovardes; erguei bem alto a fronte emostrai que tambm ela se no temeria de c ingir- se de espinhos, a exemplo doCristo, mas, que a vossa mo no quer ser c mplic e de um assassnioautorizado por falsos ares de honra, que, entretanto, no passa de orgulho eamor-prprio. Dar- se- que, ao c riar- vos, Deus vos outorgou o direito devida e de morte, uns sobre os outros? No, s Natureza c onferiu ele essedireito, para se reformar e rec onstruir; quanto a vs, no permite, sequer,que disponhais de vs mesmos. Como o suic ida, o duelista se achar marc adocom sangue, quando c omparec er perante Deus, e a um e outro o Soberano Juizreserva rudes e longos c astigos. Se ele ameaou c om a sua justi a aquele quedisser rac a a seu irmo, quo mais severa no ser a pena que c omine ao quechegar sua presen a c om as mos tintas do sangue de seu irmo! - SantoAgostinho. (Paris, 1862.)

    13. O duelo, c omo o que outrora se denominava o juzo de Deus, uma dasinstitui es brbaras que ainda regem a soc iedade. Que direis, no entanto,se vsseis dois adversrios mergulhados em gua fervente ou submetidos aocontac to de um ferro em brasa, para ser dirimida a c ontenda entre eles,rec onhec endo- se estar a razo c om aquele que melhor sofresse a prova?Qualif ic areis de insensatos esses c ostumes, no exato? Pois o duelo c oisa pior do que tudo isso. Para o duelista destro, um assassniopratic ado a sangue frio, c om toda a premedita o que possa haver, uma vezque ele est c erto da efic c ia do golpe que desfec har. Para o adversrio,quase c erto de sucumbir em virtude de sua fraqueza e inabilidade, umsuic dio c ometido c om a mais fria reflexo, Sei que muitas vezes se procuraevitar essa alternativa igualmente c riminosa, c onfiando ao ac aso a questo:- mas, no isso voltar, sob outra forma, ao juzo de Deus, da Idade Mdia?E nessa poca infinitamente menor era a c ulpa. A prpria denominao dejuzo de Deus indic a a f, ingnua, verdade, porm, afinal, f na justi ade Deus, que no podia c onsentir suc umbisse um inoc ente, ao passo que, noduelo, tudo se c onfia for a bruta, de tal sorte que no raro o ofendidoque sucumbe. estpido amor- prprio, tola vaidade e louco orgulho, quandosereis substitudos pela c aridade c rist, pelo amor do prximo e pelahumildade que o Cristo exemplif ic ou e prec eituou? S quando isso se derdesaparec ero esses prec eitos monstruosos que ainda governam os homens, eque as leis so impotentes para reprimir, porque no basta interditar o male presc rever o bem; prec iso que o princ pio do bem e o horror ao mal moremno corao do homem. - Um Esprito protetor. (Bordus, 1861.)

    14. Que juzo faro de mim, c ostumais dizer, se eu recusar a reparao quese me exige, ou se no a rec lamar de quem me ofendeu? Os loucos, c omo vs,os homens atrasados vos c ensuraro; mas, os que se ac ham esc larec idos pelofacho do progresso intelec tual e moral diro que proc edeis de ac ordo c om averdadeira sabedoria. Refleti um pouco. Por motivo de uma palavra dita svezes impensadamente, ou inofensiva, vinda de um dos vossos irmos, o vossoorgulho se sente ferido, respondeis de modo ac re e da uma provoc a o. Antesque c hegue o momento dec isivo, inquiris de vs mesmos se proc edeis c omoc ristos? Que c ontas fic areis devendo soc iedade, por a privardes de um deseus membros? Pensastes no remorso que vos assaltar, por haverdes roubado auma mulher o marido, a uma me o filho, ao filho o pai que lhes servia deamparo? Certamente, o autor da ofensa deve uma repara o; porm, no lheser mais honroso d- la espontaneamente, rec onhec endo suas faltas, do queexpor a vida daquele que tem o direito de se queixar? Quanto ao ofendido,c onvenho em que, algumas vezes, por ele achar- se gravemente ferido, ou emsua' pessoa, ou nas dos que lhe so mais c aros, no est em jogo somente oamor- prprio: o c ora o se acha magoado, sofre.Mas, alm de ser estpido arrisc ar a vida, lanando- se c ontra um miservelc apaz de pratic ar infmias, dar- se- que, morto este, a afronta, qualquerque seja, deixa de existir? No exato que o sangue derramado imprimeretumbnc ia maior a um fato que, se falso, c airia por si mesmo, e que, severdadeiro, deve fic ar sepultado no silnc io? Nada mais restar, pois, senoa satisfa o da sede de vingan a. Ah! triste satisfa o que quase sempre dlugar, j nesta vida, a c austic antes remorsos. Se o ofendido que sucumbe,

  • onde a repara o? Quando a c aridade regular a c onduta dos homens, elesc onformaro seus atos e palavras a esta mxima: "No fa ais aos outros o queno quiserdes que vos fa am." Em se verif ic ando isso, desaparec ero todas asc ausas de dissenses e, c om elas, as dos duelos e das guerras, que so osduelos de povo a povo. - Franc isc o Xavier, (Bordus, 1861.)15. O homem do mundo, o homem venturoso, que por uma palavra chocante, umacoisa ligeira, joga a vida que lhe veio de Deus, joga a vida do seusemelhante, que s a Deus pertenc e, esse c em vezes mais c ulpado do que omiservel que, impelido pela c upidez, algumas vezes pela nec essidade, seintroduz numa habita o para roubar e matar os que se lhe opem aosdesgnios. T rata- se quase sempre de uma c riatura sem educao, c omimperfeitas no es do bem e do mal, ao passo que o duelista pertenc e, emregra, c lasse mais c ulta. Um mata brutalmente, enquanto que o outro o fazc om mtodo e polidez, pelo que a soc iedade o desculpa. Ac resc entarei mesmoque o duelista infinitamente mais c ulpado do que o desgra ado que, c edendoa um sentimento de vingana, mata num momento de exaspera o. O duelista notem por esc usa o arrebatamento da paixo, pois que, entre o insulto e arepara o, dispe ele sempre de tempo para refletir. Age, portanto,friamente e c om premeditado desgnio; estuda e c alc ula tudo, para c om maissegurana matar o seu adversrio. E c erto que tambm expe a vida e isso oque reabilita o duelo aos olhos do mundo, que nele ento s v um ato dec oragem e pouc o c aso da vida. Mas, haver c oragem da parte daquele que estseguro de si? O duelo, remanesc ente dos tempos de barbrie, em os quais odireito do mais forte c onstitua a lei, desaparec er por efeito de umamelhor aprec ia o do verdadeiro ponto de honra e medida que o homem fordepositando f mais viva na vida futura. -Agostinho. (Bordus, 1861.)

    O homem de bem3. O verdadeiro homem de bem o que cumpre a lei de justi a, de amor e dec aridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a c onsc inc ia sobre seusprprios atos, a si mesmo perguntar se violou essa lei, se no pratic ou omal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente algumaocasio de ser til, se ningum tem qualquer queixa dele; enfim, se fez aoutrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita f em Deus, na Suabondade, na Sua justi a e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissonada ac ontec e e se Lhe submete vontade em todas as c oisas. T em f nofuturo, razo por que c oloc a os bens espirituais ac ima dos bens temporais.Sabe que todas as vic issitudes da vida, todas as dores, todas as dec ep esso provas ou expia es e as ac eita sem murmurar. Possudo do sentimento decaridade e de amor ao prximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma;retribui o mal c om o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sac rific asempre seus interesses justi a. Enc ontra satisfa o nos benefc ios queespalha, nos servi os que presta, no fazer ditosos os outros, nas lgrimasque enxuga, nas c onsola es que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiroimpulso para pensar nos outros, antes de pensar em si, para c uidar dosinteresses dos outros antes do seu prprio interesse. O egosta, aoc ontrrio, c alc ula os proventos e as perdas dec orrentes de toda a ogenerosa. O homem de bem bom, humano e benevolente para c om todos, semdistin o de ra as, nem de c renas, porque em todos os homens v irmosseus. Respeita nos outros todas as c onvic es sinc eras e no lan a antemaaos que c omo ele no pensam. Em todas as c irc unstnc ias, toma por guia ac aridade, tendo c omo c erto que aquele que prejudic a a outrem c om palavrasmalvolas, que fere c om o seu orgulho e o seu desprezo a susc etibilidade dealgum, que no recua idia de c ausar um sofrimento, uma c ontrariedade,ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o prximo eno merece a c lemnc ia do Senhor. No alimenta dio, nem rancor, nem desejode vingan a; a exemplo de Jesus, perdoa e esquec e as ofensas e s dosbenefc ios se lembra, por saber que perdoado lhe ser c onforme houverperdoado. indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que tambmnecessita de indulgnc ia e tem presente esta senten a do Cristo: "Atire- lhea primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se c ompraz emrebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenc i- los. Se a isso se vobrigado, proc ura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas prpriasimperfei es e trabalha inc essantemente em c ombat- las. T odos os esfor osemprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma c oisa traz em si demelhor do que na vspera. No procura dar valor ao seu esprito, nem aosseus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revs, todas as oc asiespara fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. No se envaidec e dasua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhefoi dado pode ser- lhe tirado. Usa, mas no abusa dos bens que lhe so

  • c onc edidos, porque sabe que um depsito de que ter de prestar c ontas eque o mais prejudic ial emprego que lhe pode dar o de aplic - lo satisfa o de suas paixes. Se a ordem soc ial c oloc ou sob o seu mando outroshomens, trata- os c om bondade e benevolnc ia, porque so seus iguais peranteDeus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e no para os esmagarc om o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posi osubalterna em que se enc ontram. O subordinado, de sua parte, c ompreende osdeveres da posi o que ocupa e se empenha em cumpri- los c onsc ienc iosamente.Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seussemelhantes do as leis da Natureza, c omo quer que sejam respeitados osseus.No fic am assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem debem; mas, aquele que se esforc e por possuir as que ac abamos de menc ionar, noc aminho se ac ha que a todas as demais c onduz.

    9. O amor de essnc ia divina e todos vs, do primeiro ao ltimo, tendes,no fundo do c ora o, a c entelha desse fogo sagrado. E fato, que j haveispodido c omprovar muitas vezes, este: o homem, por mais abjeto, vil ec riminoso que seja, vota a um ente ou a um objeto qualquer viva e ardenteafei o, prova de tudo quanto tendesse a diminu- la e que alc an a, noraro, sublimes propor es. A um ente ou um objeto qualquer, disse eu, porqueh entre vs indivduos que, c om o c ora o a transbordar de amor, despendemtesouros desse sentimento c om animais, plantas e, at, c om coisas materiais:espc ies de misantropos que, a se queixarem da Humanidade em geral e aresistirem ao pendor natural de suas almas, que busc am em torno de si aafei o e a simpatia, rebaixam a lei de amor c ondi o de instinto.Entretanto, por mais que fa am, no logram sufocar o grmen vivaz que Deuslhes depositou nos c ora es ao c ri- los. Esse grmen se desenvolve e c resc ecom a moralidade e a intelignc ia e, embora c omprimido amide pelo egosmo,torna- se a fonte das santas e doc es virtudes que geram as afei es sinc erase durveis e ajudam a c riatura a transpor o c aminho esc arpado e rido daexistnc ia humana.H pessoas a quem repugna a reenc arna o, c om a idia de que outros venham apartilhar das afetuosas simpatias de que so c iosas. Pobres irmos! o vossoafeto vos torna egostas; o vosso amor se restringe a um c rc ulo ntimo deparentes e de amigos, sendo- vos indiferentes os demais. Pois bem! parapratic ardes a lei de amor, tal c omo Deus o entende, prec iso se faz c hegueispasso a passo a amar a todos os vossos irmos indistintamente. A tarefa longa e difc il, mas cumprir- se-: Deus o quer e a lei de amor constitui oprimeiro e o mais importante prec eito da vossa nova doutrina, porque elaque um dia matar o egosmo, qualquer que seja a forma sob que se apresente,dado que, alm do egosmo pessoal, h tambm o egosmo de famlia, de c asta,de nac ionalidade. Disse Jesus: "Amai o vosso prximo c omo a vs mesmos."Ora, qual o limite c om relao ao prximo? Ser a famlia, a seita, a nao?No; a Humanidade inteira. Nos mundos superiores, o amor rec proco queharmoniza e dirige os Espritos adiantados que os habitam, e o vossoplaneta, destinado a realizar em breve sensvel progresso, ver seushabitantes, em virtude da transformao soc ial por que passar, a pratic aressa lei sublime, reflexo da Divindade. Os efeitos da lei de amor so omelhoramento moral da ra a humana e a felic idade durante a vida terrestre.Os mais rebeldes e os mais vic iosos se reformaro, quando observarem osbenefc ios resultantes da prtic a deste prec eito: No fa ais aos outros oque no quiserdes que vos fa am: fazei- lhes, ao c ontrrio, todo o bem quevos esteja ao alc anc e fazer- lhes. No ac rediteis na esterilidade e noendurec imento do c ora o humano; ao amor verdadeiro, ele, a seu mau grado,c ede. E um m a que no lhe possvel resistir. O c ontac to desse amorvivific a e fec unda os germens que dele existem, em estado latente, nosvossos c ora es. A T erra, orbe de prova o e de exlio, ser entopurif ic ada por esse fogo sagrado e ver pratic ados na sua superfc ie.

    Caridade para c om os c riminosos (Evangelho segundo o Espiritismo)14. A verdadeira c aridade c onstitui um dos mais sublimes ensinamentos queDeus deu ao mundo. Completa fraternidade deve existir entre os verdadeirosseguidores da sua doutrina. Deveis amar os desgra ados, os c riminosos, c omoc riaturas, que so, de Deus, s quais o perdo e a miseric rdia seroconcedidos, se se arrependerem, c omo tambm a vs, pelas faltas que c ometeisc ontra sua Lei. Considerai que sois mais repreensveis, mais c ulpados do queaqueles a quem negardes perdo e c omisera o, pois, as mais das vezes, elesno c onhecem Deus c omo o c onheceis, e muito menos lhes ser pedido do que avs. No julgueis, oh! no julgueis absolutamente, meus c aros amigos,

  • porquanto o juzo que proferirdes ainda mais severamente vos ser aplic ado eprec isais de indulgnc ia para os pec ados em que sem c essar inc orreis.Ignorais que h muitas a es que so c rimes aos olhos do Deus de pureza eque o mundo nem sequer c omo faltas leves c onsidera?A verdadeira c aridade no c onsiste apenas na esmola que dais, nem, mesmo,nas palavras de c onsola o que lhe aditeis. No, no apenas isso o queDeus exige de vs. A c aridade sublime, que Jesus ensinou, tambm consiste nabenevolnc ia de que useis sempre e em todas as c oisas para c om o vossoprximo. Podeis ainda exerc itar essa virtude sublime c om rela o a serespara os quais nenhuma utilidade tero as vossas esmolas, mas que algumaspalavras de c onsolo, de enc orajamento, de amor, c onduziro ao Senhorsupremo.Esto prximos os tempos, repito- o, em que nesse planeta reinar a grandefraternidade, em que os homens obedec ero lei do Cristo, lei que serfreio e esperana e c onduzir as almas s moradas ditosas. Amai- vos, pois,c omo filhos do mesmo Pai; no estabele ais diferen as entre os outrosinfelizes, porquanto quer Deus que todos sejam iguais; a ningum desprezeis.Permite Deus que entre vs se achem grandes c riminosos, para que vos sirvamde ensinamentos. Em breve, quando os homens se enc ontrarem submetidos sverdadeiras leis de Deus, j no haver nec essidade desses ensinos: todos osEspritos impuros e revoltados sero relegados para mundos inferiores, deacordo c om as suas inc lina es.Deveis, queles de quem falo, o soc orro das vossas prec es: a verdadeiracaridade. No vos c abe dizer de um c riminoso: ~ um miservel; deve- seexpurgar da sua presena a T erra; muito branda , para um ser de talespc ie, a morte que lhe infligem." No, no assim que vos c ompete falar.Observai o vosso modelo: Jesus. Que diria ele, se visse junto de si umdesses desgra ados? Lament- lo- ia; c onsider- lo- ia um doente bem digno depiedade; estender- lhe- ia a mo. Em realidade, no podeis fazer o mesmo; mas,pelo menos, podeis orar por ele, assistir- lhe o Esprito durante o tempo queainda haja de passar na T erra. Pode ele ser toc ado de arrependimento, seorardes c om f. E tanto vosso prximo, c omo o melhor dos homens; sua alma,transviada e revoltada, foi c riada, c omo a vossa, para se aperfei oar;ajudai- o, pois, a sair do lameiro e orai por ele. Elisabeth de Frana.(Havre, 1862.)

    Deve- se expor a vida por um malfeitor?15. Acha- se em perigo de morte um homem; para o salvar tem um outro queexpor a vida. Sabe- se, porm, que aquele um malfeitor e que, se esc apar,poder c ometer novos c rimes. Deve, no obstante, o segundo arrisc ar- se parao salvar?Questo muito grave esta e que naturalmente se pode apresentar aoesprito. Responderei, na c onformidade do meu adiantamento moral, pois o deque se trata de saber se se deve expor a vida, mesmo por um malfeitor. Odevotamento c ego; socorre- se um inimigo; deve- se, portanto, socorrer oinimigo da soc iedade, a um malfeitor, em suma. Julgais que ser somente morte que, em tal c aso, se c orre a arrancar o desgra ado? E, talvez, a todaa sua vida passada. Imaginai, c om efeito, que, nos rpidos instantes que lhearrebatam os derradeiros alentos de vida, o homem perdido volve ao seupassado, ou que, antes, este se ergue diante dele. A morte, qui , lhe c hegacedo demais; a reencarnao poder vir a ser- lhe terrvel. Lanai- vos,ento, homens; lanai- vos todos vs a quem a c inc ia esprita esc larec eu;lanai- vos, arrancai- o sua c ondenao e, talvez, esse homem, que teriamorrido a blasfemar, se atirar nos vossos bra os. T odavia, no tendes queindagar se o far, ou no; soc orrei- o, porquanto, salvando- o, obedec eis aessa voz do c ora o, que vos diz: "Podes salv- lo, salva- o!" - Lamennais.(Paris, 1862.)

    A GNESE - SINAIS DOS TEMPOS

    15. - Quem quer que haja meditado sobre o Espirit ismo e suas c onseqnc ias eno o c irc unsc reva produ o de alguns fenmenos ter c ompreendido que eleabre Humanidade uma estrada nova e lhe desvenda os horizontes do infinito.Inic iando-a nos mistrios do mundo invisvel, mostra- lhe o seu verdadeiropapel na c ria o, papel perpetuamente ativo, tanto no estado espiritual,c omo no estado c orporal. O homem j no c aminha s c egas: sabe donde vem,para onde vai e por que est na T erra. O futuro se lhe revela em suarealidade, despojado dos prejuzos da ignornc ia e da supersti o. J na setrata de uma vaga esperana, mas de uma verdade palpvel, to c erta c omo asuc esso do dia e da noite. Ele sabe que o seu ser no se ac ha limitado a

  • alguns instantes de uma existnc ia transitria; que a vida espiritual no seinterrompe por efeito da morte; que j viveu e tornar a viver e que nada seperde do que haja ganho em perfei o; em suas existnc ias anteriores deparac om a razo do que hoje e rec onhec e que: do que ele hoje, qual se fez asi mesmo, poder deduzir o que vir a ser um dia.

    16. - Com a idia de que a atividade e a c oopera o individuais na obrageral da c iviliza o se limitam vida presente, que, antes, a c riatura nadafoi e nada ser depois, em que interessa ao homem o progresso ulterior daHumanidade? Que lhe importa que no futuro os povos sejam mais bemgovernados, mais ditosos, mais esc larec idos, melhores uns para c om osoutros? No fic a perdido para ele todo o progresso, pois que deste nenhumproveito tirar? De que lhe serve trabalhar para os que ho de vir depois,se nunc a lhe ser dado c onhec - los, se os seus psteros sero c riaturasnovas, que pouc o depois voltaro por sua vez ao nada? Sob o domnio danegao do futuro individual, tudo for osamente se amesquinha sinsignif ic antes propor es do momento e da personalidade. Entretanto, queamplitude, ao c ontrrio, d ao pensamento do homem a c erteza da perpetuidadedo seu ser espiritual! Que de mais rac ional, de mais grandioso, de maisdigno do Criador do que a lei segundo a qual a vida espiritual e a vidac orprea so apenas dois modos de existnc ia, que se alternam para arealiza o do progresso! Que de mais justo h e de mais c onsolador do que aidia de estarem os mesmos seres a progredir inc essantemente, primeiro,atravs das gera es de um mesmo mundo, de mundo em mundo depois, at perfei o, sem solu o de c ontinuidade! T odas as a es tm, ento, umafinalidade, porquanto, trabalhando para todos, c ada um trabalha para si erec iproc amente, de sorte que nunca se podem c onsiderar infec undos nem oprogresso individual, nem o progresso c oletivo. De ambos esses progressosaproveitaro as gera es e as individualidades porvindouras, que outras noviro a ser seno as gera es e as individualidades passadas, em mais altograu de adiantamento.17. - A fraternidade ser a pedra angular da nova ordem soc ial; mas, no hfraternidade real, slida, efetiva, seno assente em base inabalvel e essabase a f, no a f em tais ou tais dogmas partic ulares, que mudam com ostempos e os povos e que mutuamente se apedrejam, porquanto,anatematizando- se uns aos outros, alimentam o antagonismo, mas a f nosprinc pios fundamentais que toda a gente pode ac eitar e ac eitar: Deus, aalma, o futuro, o progresso individual indefinido, a perpetuidade dasrela es entre os seres. Quando todos os homensestiverem c onvenc idos de que Deus o mesmo para todos; de que esse Deus,soberanamente justo e bom, nada de injusto pode querer; que no dele, pormdos homens vem o mal, todos se c onsideraro filhos do mesmo Pai e seestendero as mos uns aos outros. Essa a f que o Espirit ismo fac ulta e quedoravante ser o eixo em torno do qual girar o gnero humano, quaisquer quesejam os c ultos e as c renas partic ulares.18. - O progresso intelec tual realizado at ao presente, nas mais largaspropor es, c onstitui um grande passo e marc a uma primeira fase no avanogeral da Humanidade; impotente, porm, ele para regener- la. Enquanto oorgulho e o egosmo o dominarem, o homem se servir da sua intelignc ia edos seus c onhec imentos para satisfazer s suas paixes e aos seus interessespessoais, razo por que os aplic a em aperfei oar os meios de prejudic ar osseus semelhantes e de os destruir.19. - Somente o progresso moral pode assegurar aos homens a felic idade naT erra, refreando as paixes ms; somente esse progresso pode fazer que entreos homens reinem a c oncrdia, a paz, a fraternidade. Ser ele que deitarpor terra as barreiras que separam os povos, que far c aiam os prec onc eitosde c asta e se c alem os antagonismos de seitas, ensinando os homens a seconsiderarem irmos que tm por dever auxiliarem- se mutuamente e nodestinados a viver c usta uns dos outros. Ser ainda o progresso moral que,secundado ento pelo da intelignc ia, c onfundir os homens numa mesma c renafundada nas verdades eternas, no sujeitas a c ontrovrsias e, emconseqnc ia, ac eitveis por todos. A unidade de c rena ser o la o maisforte, o fundamento mais slido da fraternidade universal, obstada, desdetodos os tempos pelos antagonismos religiosos que dividem os povos e asfamlias, que fazem sejam uns, os dissidentes, vistos, pelos outros, c omoinimigos a serem evitados, c ombatidos, exterminados, em vez de irmos aserem amados.20. - Semelhante estado de c oisas pressupe uma mudana radic al nosentimento das massas, um progresso geral que no se podia realizar senofora do c rc ulo das idias ac anhadas e c orriqueiras que fomentam o egosmo.

  • Em diversas pocas, homens de esc ol procuraram impelir a Humanidade por essecaminho; mas, ainda muito jovem, ela se c onservou surda e os ensinamentosque eles ministraram foram como a boa semente c ada no pedregulho. Hoje, aHumanidade est madura para lan ar o olhar a alturas que nunca tentoudivisar, a fim de nutrir- se de idias mais amplas e c ompreender o que antesno c ompreendia. A gera o que desaparec e levar c onsigo seus erros eprejuzos; a gera o que surge, retemperada em fonte mais pura, imbuda deidias mais ss, imprimir ao mundo ascensional movimento, no sentido doprogresso moral que assinalar a nova fase da evolu o humana.21. - Essa fase j se revela por sinais inequvoc os, por tentativas dereformas teis e que c omeam a encontrar ec o. Assim que vemos fundar- seuma imensidade de institui es protetoras, c ivilizadoras e emanc ipadoras,sob o influxo e por inic iativa de homens evidentemente predestinados obrada regenera o; que as leis penais se vo apresentando dia a dia impregnadasde sentimentos mais humanos. Enfraquec em- se os prec onc eitos de ra a, ospovos entram a c onsiderar- se membros de uma grande famlia; pelauniformidade e fac ilidade dos meios de realizarem suas transa es, elessuprimem as barreiras que os separavam e de todos os pontos do mundorenem-se em comc ios universais, para as justas pac ific as da intelignc ia.Falta, porm, a essas reformas uma base que permita se desenvolvam,completem e c onsolidem; falta uma predisposi o moral mais generalizada,para fazer que elas frutif iquem e que as massas as ac olham. Ainda a h umsinal c arac terstic o da poc a, porque h o preldio do que se efetuar emmais larga esc ala, propor o que o terreno se for tornando mais favorvel.22. - Outro sinal no menos c arac terstic o do perodo em que entramosenc ontra- se na rea o que se opera no sentido das idias espiritualistas; narepulso instintiva que se manifesta c ontra as idias materialistas. Oesprito de inc redulidade, que se apoderara das massas, ignorantes ouesc larec idas, e as levava a rejeitar c om a forma a substnc ia mesma de todac ren a, parec e ter sido um sono, a c ujo despertar se sente a nec essidade derespirar um ar mais vivific ante. Involuntariamente, l onde o vcuo sefizera, procura- se alguma coisa, um ponto de apoio.23. - Se supusermos possuda desses sentimentos a maioria dos homens,poderemos fac ilmente imaginar as modific a es que dai dec orrero para asrela es soc iais; todos tero por divisa: c aridade, fraternidade,benevolnc ia para c om todos, tolernc ia para todas as c ren as. a meta paraque tende evidentemente a Humanidade; esse o objeto de suas aspira es, deseus desejos, sem que, entretanto, ela perc eba c laramente por que meio as hde realizar. Ensaia, tateia, mas detida por muitas resistnc ias ativas, oupela for a de inrc ia dos prec onc eitos, das c ren as estac ionrias erefratrias ao progresso. Faz- se- lhe mister venc er tais resistnc ias e essaser a obra da nova gera o. Quem ac ompanhar o c urso atual das c oisasrec onhecer que tudo parec e predestinado a lhe abrir c aminho. Ela ter porsi a dupla for a do nmero e das idias e, de ac rsc imo, a experinc ia dopassado.24. - A nova gera o marchar, pois, para a realiza o de todas as idiashumanitrias c ompatveis c om o grau de adiantamento a que houver c hegado.Avanando para o mesmo alvo e realizando seus objetivos, o Espirit ismo seenc ontrar c om ela no mesmo terreno. Aos homens progressistas se depararnas idias espritas poderosa alavanc a e o Espirit ismo ac har, nos novoshomens, espritos inteiramente dispostos a ac olh- lo. Dado esse estado dec oisas, que podero fazer os que entendam de opor- se- lhe?25. - O Espiritismo no c ria a renovao soc ial; a madureza da Humanidade que far dessa renova o uma nec essidade. Pelo seu poder moralizador, porsuas tendnc ias progressistas, pela amplitude de suas vistas, pelageneralidade das questes que abrange, o Espirit ismo mais apto, do quequalquer outra doutrina, a secundar o movimento de regenera o; por isso, ele c ontemporneo desse movimento. Surgiu na hora em que podia ser deutilidade, visto que tambm para ele os tempos so c hegados. Se viera maisc edo, teria esbarrado em obstc ulos insuperveis; houvera inevitavelmentesucumbido, porque, satisfeitos c om o que tinham, os homens ainda nosentiriam. falta do que ele lhes traz. Hoje, nasc ido c om as idias quefermentam, encontra preparado o terreno para rec eb- lo. Os espritosc ansados da dvida e da inc erteza, horrorizados c om o abismo que se lhesabre frente, o ac olhem c omo ncora de salva o e c onsola o suprema.26. - Grande, por c erto, ainda o nmero dos retardatrios; mas, que podemeles c ontra a onda que se alteia, seno atirar- lhe algumas pedras? Essa onda a gera o que surge, ao passo que eles se somem c om a gera o que vaidesaparec endo todos os dias a passos largos. At l, porm, eles defenderopalmo a palmo o terreno. Haver, portanto, uma luta inevitvel, mas luta

  • desigual, porque a do passado dec rpito, a c air em frangalhos, c ontra ofuturo juvenil. Ser a luta da estagnao c ontra o progresso, da c riaturac ontra a vontade do Criador, uma vez que c hegados so os tempos por eledeterminados.A gerao nova - CAPTULO XVIII

    27. - Para que na T erra sejam felizes os homens, prec iso que somente apovoem Espritos bons, enc arnados e desenc arnados, que somente ao bem sedediquem. Havendo c hegado o tempo, grande emigra o se verif ic a dos que ahabitam: a dos que pratic am o mal pelo mal, ainda no toc ados pelosentimento do bem, os quais, j no sendo dignos do planeta transformado,sero exc ludos, porque, seno, lhe oc asionariam de novo perturba o ec onfuso e c onstituiriam obstculo ao progresso. Iro expiar o endurec imentode seus c ora es, uns em mundos inferiores, outros em ra as terrestres aindaatrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem, aos quais levaro osc onhec imentos que hajam adquirido, tendo por misso faz- las avanar.Substitu- los- o Espritos melhores, que faro reinem em seu seio a justi a,a paz e a fraternidade. A T erra, no dizer dos Espritos, no ter detransformar- se por meio de um catac lismo que aniquile de sbito uma gerao.A atual desaparec er gradualmente e a nova lhe suc eder do mesmo modo, semque haja mudana alguma na ordem natural das c oisas. T udo, pois, seprocessar exteriormente, c omo si ac ontecer, c om a nic a, mas c apitaldiferena de que uma parte dos Espritos que encarnavam na T erra a no maistornaro a encarnar. Em cada c riana que nascer, em vez de um Espritoatrasado e inc linado ao mal, que antes nela encarnaria, vir um Espritomais adiantado e propenso ao bem. Muito menos, pois, se trata de uma novagera o c orprea, do que de uma nova gera o de Espritos. Sem dvida, nestesentido que Jesus entendia as c oisas, quando dec larava: Digo- vos, emverdade, que esta gera o no passar sem que estes fatos tenham oc orrido.Assim dec epc ionados fic aro os que c ontem ver a transformao operar- se porefeitos sobrenaturais e maravilhosos.28. - A poca atual de transi o; c onfundem- se os elementos das duasgera es. Coloc ados no ponto intermdio, assistimos partida de uma e c hegada da outra, j se assinalando c ada uma, no mundo, pelos c arac teres quelhes so pec uliares. T m idias e pontos de vista opostos as duas gera esque se suc edem. Pela natureza das disposi es morais, porm sobretudo dasdisposi es intuitivas e inatas, torna- se fc il distinguir a qual das duaspertenc e c ada indivduo. Cabendo- lhe fundar a era do progresso moral, a novagera o sedistingue por intelignc ia e razo geralmente prec oc es, juntas ao sentimentoinato do bem e a c renas espiritualistas, o que c onstitui sinal indubitvelde c erto grau de adiantamento anterior. No se c ompor exc lusivamente deEspritos eminentemente superiores, mas dos que, j tendo progredido, seac ham predispostos a assimilar todas as idias progressistas e aptos asecundar o movimento de regenera o.O que, ao c ontrrio, distingue os Espritos atrasados , em primeiro lugar,a revolta c ontra Deus, pelo se negarem a rec onhec er qualquer poder superioraos poderes humanos; a propenso instintiva para as paixes degradantes,para os sentimentos antifraternos de egosmo, de orgulho, de inveja, dec ime; enfim, o apego a tildo o que material: a sensualidade, a c upidez, aavareza. Desses vc ios que a T erra tem de ser expurgada pelo afastamentodos que se obstinam em no emendar- se; porque so inc ompatveis c om oreinado da fraternidade e porque o c ontac to c om eles c onstituir sempre umsofrimento para os homens de bem. Quando a T erra se achar livre deles, oshomens c aminharo sem bic es para o futuro melhor que lhes est reservado,mesmo neste mundo, por prmio de seus esfor os e de sua perseveran a,enquanto esperem que uma depura o mais c ompleta lhes abra o ac esso aosmundos superiores.29. - No se deve entender que por meio dessa emigra o de Espritos sejamexpulsos da T erra e relegados para mundos inferiores todos os Espritosretardatrios. Muitos, ao c ontrrio, a voltaro, porquanto muitos h que oso porque c ederam ao arrastamento das c irc unstnc ias e do exemplo. Nesses,a c asc a pior do que o c erne. Uma vez subtrados influnc ia da matria edos prejuzos do mundo c orporal, eles, em sua maioria, vero as c oisas demaneira inteiramente diversa daquela por que as viam quando em vida,c onforme os mltiplos c asos que c onhecemos. Para isso, tm a auxili- losEspritos benvolos que por eles se interessam e se do pressa emesc larec - los e em lhes mostrar quo falso era o c aminh