trabalhador da notícia

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O Trabalhador da Notícia JORNAL DA OPOSIÇÃO SINDICAL DO SINDICATO DOS JORNALISTAS DE MINAS GERAIS Ano IV – Edição nº 10 – Julho de 2011 oposicaosindical.blogspot.com - [email protected] - twitter.com/jornalistasmg - facebook.com/jornalistasdeminas Oposição Sindical reafirma seu compromisso de luta com a categoria Estabilidade no emprego, pelo direito de insta- lação do dissídio coletivo, criação do plano de carreira, unificação do piso salarial, fim do banco de horas e do assédio moral, criação e fortalecimento das subsedes no interior. Essas foram algumas das propostas da Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas (OSJM) à categoria na eleição do sindicato dos jornalistas, realizada em maio desse ano. Com 118 votos, 50% a mais em relação ao pleito de 2008, a OSJM agradece a todos os trabalhadores da notícia, sindicalizados ou não, pelo apoio e manifestações de carinho, durante e após a eleição, o que nos emocionou e nos emociona, revigorando a nossa disposição na luta pela valorização da nossa profissão. Certos de que os ventos da mudança sopram cada vez mais fortes, a Oposição Sindical vem a publico reafir- mar o seu compromisso com a categoria, de continuar a defender as bandeiras levantadas durante a eleição, entre elas a redução da anuidade e a realização de campanhas de sindicalização. Mudança indispensável para a renovação do quadro sindical e para a ampliação da representativi- dade do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais. Com um quadro composto por cerca de 3 mil jornalistas sindicalizados, não é exagero afirmarmos que devemos ser mais de 12 mil profissionais em atividade em todo o Estado. Entretanto, apenas mil estavam aptos a vo- tar e somente 502 companheiros compareceram às urnas. Não é nossa intenção deslegitimar a eleição, qualificada pela participação de três chapas. Mas é nosso compro- misso ampliar o debate com todos os trabalhadores da notícia, a fim de fortalecermos a nossa profissão. O tempo é de mudança. Nos últimos meses, em todo o país, diferentes categorias de trabalhadores têm ido às ruas na luta por melhores salários e condições de traba- lho. Os sintomas da crise financeira de 2008 ainda são sen- tidos no mundo todo, tornando mais aguda a contradição entre o capital e o trabalho, com a intensificação diária da exploração sobre a classe trabalhadora. A campanha salarial dos jornalistas de minas está em curso, com pers- pectivas não tão promissoras, em um cenário de perdas salariais que se repete há anos. É hora de juntos, os trabalhadores da notícia, avançarmos no caminho da independência, renovação e luta. Caminho que passa obrigatoriamente pela ampliação e pelo revigoramento da nossa base sindical, que traduzida em novas sindicalizações fortalecerá consequentemente nossa categoria frente ao patronato, na luta pela dignidade e valorização da nossa profissão. REDUÇÃO DA ANUIDADE JÁ! O encerramento do processo eleitoral que escolheu a nova diretoria do SJPMG não significará um recuo da Oposição Sindical na luta por um sindicato de combate na defesa dos trabalhadores da notícia de Minas Nosso sindicato só será forte na medida da sua independência Há exatamente dois anos, no dia 17 de junho de 2009, o Supremo Tribunal Federal proferiu por oito votos a um o acórdão que acabou com a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Os tubarões da mídia aplaudiram sorridentes a de- cisão que teve como argumento principal a dita “liberdade de expressão”, uma vez que a obrigatoriedade do diplo- ma foi estabelecida em 1969, durante a ditadura militar, através do Decreto-Lei 972. Evidentemente que esta “liberdade de expressão” é um termo usado à exaustão e se assenta, de maneira oportunista, numa memória histórica de um período que todos queremos ver distante. Aproveitando-se disso, apelam para uma “consciência cidadã”, diluindo nossos interesses de classe, nossa unidade enquanto categoria de trabalhadores – pois com esta decisão abre-se o cami- nho para transformar nossa categoria em uma verdadeira corporação de ofício de profissionais liberais – e conse- quentemente rasgando as bandeiras específicas da catego- ria dos jornalistas. Na prática, essa grave derrota que sofremos no STF agrava ainda mais as já precárias condições de tra- balho da categoria. A ameaça permanente da perda do emprego, por exemplo, que pesa sobre a cabeça dos tra- balhadores brasileiros também assombra os trabalhadores em todo o mundo, em decorrência do neoliberalismo que viabiliza e legitima esta exploração e é condecorado com decisões como essa lavrada pelo ministro Gilmar Mendes. O que de concreto a categoria dos jornalistas “ganhou” neste dois anos? Acúmulo de funções, jornadas dobradas, salário baixo, assédio moral etc. A equação é simples: quanto mais desregulamentada a profissão, maior a oferta de mão de obra, menor o salário e piores as con- dições de trabalho. E o que a maioria dos sindicatos de jornalistas do país e a Fenaj têm feito de efe- tivo para a volta da exigência do diploma? Pra- ticamente nada. De maneira (in) conveniente, deixam correr pelos corredores das câmaras e assembleias, na esteira da institu- cionalidade e longe do cotidi- ano dos jorna- listas, as PEC’s e as decisões sobre o rumo de nossa categoria! A luta contra este alarmante agravamento de nos- sas condições de trabalho precisa incorporar urgente- mente a luta pela ESTABILIDADE no emprego para jornalistas. A realidade tem mostrado que a ameaça da perda do emprego é usada como chantagem exercida co- tidianamente pelo patronato exatamente para inibir a luta pela reconquista da dignidade profissional e pessoal dos jornalistas brasileiros. Não deixemos que a derrota para o STF complete seu terceiro aniversário! Vamos à luta! Pela estabilidade e pela dignidade do exercício da profissão! Patronato comemora dois anos da queda da exigência do diploma Há dois anos a Oposição Sindical foi às ruas denunciar o crime contra a categoria 4

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Edição de Julho - Oposião Sindical dos Jornalistas de Minas Gerais

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Page 1: Trabalhador da Notícia

O Trabalhadorda Notícia

JORNAL DA OPOSIÇÃO SINDICAL DO SINDICATO DOS JORNALISTAS DE MINAS GERAISAno IV – Edição nº 10 – Julho de 2011

oposicaosindical.blogspot.com - [email protected] - twitter.com/jornalistasmg - facebook.com/jornalistasdeminas

Oposição Sindical reafirma seu compromisso de luta com a categoria

Estabilidade no emprego, pelo direito de insta-lação do dissídio coletivo, criação do plano de carreira, unificação do piso salarial, fim do banco de horas e do assédio moral, criação e fortalecimento das subsedes no interior. Essas foram algumas das propostas da Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas (OSJM) à categoria na eleição do sindicato dos jornalistas, realizada em maio desse ano.

Com 118 votos, 50% a mais em relação ao pleito de 2008, a OSJM agradece a todos os trabalhadores da notícia, sindicalizados ou não, pelo apoio e manifestações de carinho, durante e após a eleição, o que nos emocionou e nos emociona, revigorando a nossa disposição na luta pela valorização da nossa profissão.

Certos de que os ventos da mudança sopram cada vez mais fortes, a Oposição Sindical vem a publico reafir-mar o seu compromisso com a categoria, de continuar a defender as bandeiras levantadas durante a eleição, entre elas a redução da anuidade e a realização de campanhas de sindicalização. Mudança indispensável para a renovação do quadro sindical e para a ampliação da representativi-dade do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais.

Com um quadro composto por cerca de 3 mil jornalistas sindicalizados, não é exagero afirmarmos que

devemos ser mais de 12 mil profissionais em atividade em todo o Estado. Entretanto, apenas mil estavam aptos a vo-tar e somente 502 companheiros compareceram às urnas. Não é nossa intenção deslegitimar a eleição, qualificada pela participação de três chapas. Mas é nosso compro-misso ampliar o debate com todos os trabalhadores da notícia, a fim de fortalecermos a nossa profissão.

O tempo é de mudança. Nos últimos meses, em todo o país, diferentes categorias de trabalhadores têm ido às ruas na luta por melhores salários e condições de traba-lho. Os sintomas da crise financeira de 2008 ainda são sen-tidos no mundo todo, tornando mais aguda a contradição entre o capital e o trabalho, com a intensificação diária da exploração sobre a classe trabalhadora. A campanha salarial dos jornalistas de minas está em curso, com pers-pectivas não tão promissoras, em um cenário de perdas salariais que se repete há anos.

É hora de juntos, os trabalhadores da notícia, avançarmos no caminho da independência, renovação e luta. Caminho que passa obrigatoriamente pela ampliação e pelo revigoramento da nossa base sindical, que traduzida em novas sindicalizações fortalecerá consequentemente nossa categoria frente ao patronato, na luta pela dignidade e valorização da nossa profissão.

REDUÇÃO DA ANUIDADE JÁ!

O encerramento do processo eleitoral que escolheu a nova diretoria do SJPMG não significará um recuo da Oposição Sindical na luta por um sindicato de combate na defesa dos trabalhadores da notícia de Minas

Nosso sindicato só será forte na medida da sua independência

Há exatamente dois anos, no dia 17 de junho de 2009, o Supremo Tribunal Federal proferiu por oito votos a um o acórdão que acabou com a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista.

Os tubarões da mídia aplaudiram sorridentes a de-cisão que teve como argumento principal a dita “liberdade de expressão”, uma vez que a obrigatoriedade do diplo-ma foi estabelecida em 1969, durante a ditadura militar, através do Decreto-Lei 972.

Evidentemente que esta “liberdade de expressão” é um termo usado à exaustão e se assenta, de maneira oportunista, numa memória histórica de um período

que todos queremos ver distante. Aproveitando-se disso, apelam para uma “consciência cidadã”, diluindo nossos interesses de classe, nossa unidade enquanto categoria de trabalhadores – pois com esta decisão abre-se o cami-nho para transformar nossa categoria em uma verdadeira corporação de ofício de profissionais liberais – e conse-quentemente rasgando as bandeiras específicas da catego-ria dos jornalistas.

Na prática, essa grave derrota que sofremos no STF agrava ainda mais as já precárias condições de tra-

balho da categoria. A ameaça permanente da perda do

emprego, por exemplo, que pesa sobre a cabeça dos tra-balhadores brasileiros também assombra os trabalhadores em todo o mundo, em decorrência do neoliberalismo que viabiliza e legitima esta exploração e é condecorado com decisões como essa lavrada pelo ministro Gilmar Mendes.

O que de concreto a categoria dos jornalistas “ganhou” neste dois anos? Acúmulo de funções, jornadas dobradas, salário baixo, assédio moral etc. A equação é simples: quanto mais desregulamentada a profissão, maior a oferta de mão de obra, menor o salário e piores as con-dições de trabalho.

E o que a maioria dos sindicatos de jornalistas do país e a Fenaj têm feito de efe-tivo para a volta da exigência do diploma? Pra-ticamente nada. De maneira (in)c o n v e n i e n t e , deixam correr pelos corredores das câmaras e assembleias, na esteira da institu-cionalidade e longe do cotidi-ano dos jorna-listas, as PEC’s e as decisões sobre o rumo de nossa categoria!

A luta contra este alarmante agravamento de nos-sas condições de trabalho precisa incorporar urgente-mente a luta pela ESTABILIDADE no emprego para jornalistas. A realidade tem mostrado que a ameaça da perda do emprego é usada como chantagem exercida co-tidianamente pelo patronato exatamente para inibir a luta pela reconquista da dignidade profissional e pessoal dos jornalistas brasileiros.

Não deixemos que a derrota para o STF complete seu terceiro aniversário! Vamos à luta! Pela estabilidade e pela dignidade do exercício da profissão!

Patronato comemora dois anosda queda da exigência do diploma

Há dois anos a Oposição Sindical foi às ruas denunciar o crime contra a categoria

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Page 2: Trabalhador da Notícia

Estabilidade no emprego é condição da verdadeira liberdade do jornalista O exercício de um jornalismo digno, crítico e transformador exige o pressuposto da liberdade. Mas como falar na liberdade do jornalista sem falar em esta-bilidade no emprego? Na garantia de que o trabalhador da notícia e seus familiares-dependentes não serão lança-dos ao absoluto desabrigo se suas informações, análises e opiniões entrarem em choque com os interesses políticos, econômicos e ideológicos dos donos da mídia? É para re-fletir sobre isso e lutar contra isso que a Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas (OSJM) está lançando com este manifesto a campanha pela estabilidade no emprego no jornalismo.

Como se sabe, primeira grande medida estratégica da ditadura instalada em nosso país em 1° de abril de 1964 pelos patrões e seus prepostos militares foi a supressão da estabilidade no emprego em 1966. Até então, os novos donos do poder centraram sua ação no encarceramento, tortura e morte de comunistas, socialistas, democratas e líderes de movimentos sociais em geral e, de outro lado, na institucionalização jurídico-política da ditadura. Feito isso, os novos mandantes partiram para medidas de alcance estrutural, estratégico, que pudessem garantir – como de fato garantiram – a manutenção e ampliação de já enor-mes níveis de lucratividade do capital no país.

Pela lei anterior, o trabalhador do setor privado se tornava automaticamente estável após 10 (dez) anos de trabalho na empresa. Em 1966, foi baixada a lei do FGTS (5.107/66), que substituía a estabilidade por uma indeni-zação através de uma ‘opção’ do próprio trabalhador. Com um detalhe: aqueles que não optavam eram perse-guidos ou demitidos arbitrariamente sob alegações falsas de justa causa. Vivíamos uma ditadura, enfim. Foi o pilar do regime do FGTS, derrubada a estabilidade, que susten-

tou o arracho salarial de toda a ditadura e o consequente enriquecimento brutal da burguesia em todo o período.

Cai a ditadura em 1985, mas não cai a pesada cor-rente do justificado medo do desemprego que chega a im-pedir o trabalhador de sair à luta por seus interesses e sua dignidade. Tão importante hoje quanto identificar e punir os torturadores da ditadura é a recuperação da estabili-dade no emprego para o trabalhador brasileiro. O governo brasileiro atual tem que explicitar de que lado realmente está: ou dos trabalhadores, ou dos patrões.

Não há outra opção. Na realidade, para o traba-lhador a ditadura dos patrões ainda não foi posta abaixo. O movimento sindical, hegemonizado por forças governis-tas, vem fazendo de conta todo este tempo que não vê este problema, já que enfrentá-lo é enfrentar o patronato em seu interesse mais fundamental: o de seus exorbitantes lucros no país. A estabidade é arma indispensável do tra-balhador na luta por suas condições de vida. E hoje, di-ante da crescente selvageria patronal, temos inclusive que reduzir para um período razoável – de 02 (dois) anos, por exemplo – o prazo para a obtenção da estabilidade.

E para nós jornalistas a estabilidade tem uma di-mensão de maior urgência e densidade. Em jogo, nossas condições materiais de vida e, mais que isso, nossa digni-dade profissional. Para o real cumprimento de nossa mis-são de informar, formar e – o mais importante, dizer a verdade –, o trabalhador da notícia necessita da estabili-dade como do próprio ar que respira.

Estabilidade Já!

O mês de junho foi marcado pela greve dos Bombeiros do Rio de Janeiro, movimento que ao ocupar o quartel central da corporação foi duramente reprimido. Mais de 400 manifestantes foram presos pela tropa de choque da PM do Rio de Janeiro. Em solidariedade, várias categorias de traba-lhadores manifestaram seu apoio à luta dos companhei-ros bombeiros, entre os quais os profissionais da educação do estado, atualmente tam-bém em greve. A repressão ordena-da pelo governador Sérgio Cabral mostrou a face real da coalizão política costurada entre PT e PMDB. Sem-pre truculenta para com os trabalhadores e servil aos inte-resses das classes dominantes. Mesmo diante da combatividade dos grevistas, Cabral apresentou uma proposta de reajuste vergonhosa:

menos de 70 reais de aumento para boa parte da categoria. Em Minas Gerais os professores da rede pública também fazem greve por um piso salarial digno para a

categoria, a que recebe os pi-ores salários do país. A Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas Gerais apóia as lutas dos bombeiros e profissionais da educação no Rio e em Minas. Em nosso estado, os tra-balhadores da notícia que trabalham nas assessorias de imprensa da máquina públi-ca – falamos aqui daqueles que de fato trabalham, e não daqueles que ocupam cargos

de confiança e apaniguados em geral – são igualmente muito mal remunerados e vítimas de frequentes atos de assédio moral. Fica aqui portanto registrada nossa solidariedade aos companheiros em luta.

A posse da nova diretoria do Sindicato dos Jorna-listas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), gestão “No Rumo Certo”, eleita para o triênio 2011/2014, realizada no último 11 de junho, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Minas Gerais (Crea/MG), foi sem dúvida aguardada com a expectativa de quais mu-danças seriam indicadas nesse primeiro ato solene. Aos poucos, com a composição da mesa, mar-cada pela representação oficial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, da Prefeitura de Belo Horizonte, do Governo de Minas, do anfitrião da noite, o presidente do Crea-MG, além do mandatário da Federação Nacional dos Jornalistas, vimos um velho roteiro sendo rodado em uma nova película. A novidade das primeiras cenas foi o uso repetido da expressão “trabalhadores da notícia” pela presidente Eneida da Costa, em seu discurso. Nos agradaria muito a nós da Oposição Sindi-cal dos Jornalistas de Minas Gerais (OSJM) ver nossas posições e nossas palavras, defendidas ao longo dos úl-timos anos, incorporadas pela nova diretoria. Entretanto,

nos preocupa, e muito, o fato de esses conceitos serem usados de maneira apenas formal, destituídos de seu ver-dadeiro significado de um chamamento à luta de um sindi-cato autônomo e independente. Pois, ao contrário do que afirmou em seu discurso o subsecretário de Comunicação do Governo de Minas, Nestor Oliveira (“Nós precisamos muito de companheiros da indústria da comunicação de Minas Gerais como força política”), nosso sindicato não pode abrir mão de uma prática sindical autônoma e inde-pendente em relação a conveniências de governos e de partidos. Para a OSJM, um sindicato combativo só se cons-trói a partir desses três princípios – autonomia, inde-pendência e consciência de classe –, capazes de resgatar a tradição de luta do SJPMG e que passa obrigatoriamente pela renovação da sua base, incorporando aos seus qua-dros os trabalhadores da notícia a partir da redução da anuidade. Defendemos, lutamos e esperamos por essas mudanças, pois só com elas saberemos que estamos no rumo certo, e não no caminho do continuísmo.

Bombeiros e profissionais da educação mostram o caminho da luta e da vitória

No rumo errado

Demissão na Inconfidência O experimentado e respeitado jornalista, profes-sor e radialista Getúlio Neuremberg, nosso companheiro de Oposição Sindical, acaba de ser sumariamente demiti-do da Rádio Inconfidência por uma diretoria empenhada em sucatear e jogar na lata do lixo todo o progresso e avanço duramente conquistados pelos profissionais que lá

trabalharam e trabalham.

Com a demissão de Getúlio fica indisfarçavelmente claro o objetivo da diretoria da rádio em desqualificar a pro-gramação e setores estratégicos da emissora, como o jorna-lismo e o esporte. No fundo uma estratégia de privatização da nossa Inconfidência. A todos os companheiros da Rádio Inconfidência nossa solidariedade e compromisso de luta. 32

Marcos de Paula / AE