jornal classificado da notícia#20

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JORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR MAIO/JUNHO DE 2010 ANO 7 N° 20 Já pensou em trabalhar como babá no Exterior? Descubra os destinos, os valores e o que é preciso para embarcar nessa experiência. Página 8 Com maiores facilidades de financiamento, cresce a venda de imóveis e as ofertas de emprego nesse setor. Página 2 Sanfona é POP Eduardo Buchholz Nada de chamar sanfoneiro apenas para tocar forró ou em festa junina. Atuando ao lado da guitarra e do violão, a san- fona, ou acordeon, passou a ser usado na música popular nacional e internacional. O arranjador cearense Adelson Viana garan- te que esse ins- trumento está no seu melhor momento e prova isso ao mostrar que músicos bra- sileiros como Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 16/06/2010 Maria Bethânia, Marisa Mon- te, Gilberto Gil, Zeca Baleiro e Fagner mantém constante- mente o instrumento em seus trabalhos. No Exterior, há destaque para a mexicana Ju- lieta Venegas. A queridinha do momento na América Lati- na inseriu os acordes da san- fona no seu Indie Rock latino. Ela passou a ser uma das in- térpretes mais premiadas de sua geração, acumulando seis Grammy e dois Billboard. A cantora participou do último CD do pernambucano Otto, “Certa manhã acordei de so- nhos intranquilos” (2009), e do álbum “Acústico MTV” do cantor Lenine, em 2006. O francês Richard Galliano é considerado uma estrela do acordeon na atualidade. Ele é um dos muitos que utilizam a sanfona no jazz, algo comum desde que o estaduniden- se Art Van Damme in- troduziu o instrumento nesse tipo de música. O norte-americano mor- reu no início de 2010 e deixou sua herança mu- sical ao também ameri- cano Frank Marroco. Adelson Viana se diz pre- ocupado com as barreiras impostas aos sanfoneiros. Se- gundo ele, no cenário regio- nal, há uma barreira imposta pela mídia, que prioriza as bandas de Forró Eletrônico. Por isso foi criada a Associa- ção Cearense do Forró (ACF), que tem encontros semanais nas terças-feiras na casa de shows Kukukaia. A ACF busca divulgar e de- fender as raízes da nossa mu- sicalidade. Viana diz que, no Brasil, há muito preconceito com o acordeon, por ser algo da cultura nordestina. Ainda reforça que, em países como a França, Itália, Alemanha, Sué- cia, Portugal, Espanha, Argen- tina e Estados Unidos, existe muito respeito e admiração pelo instrumento, que é um vetor importante do folclore e tradição dessas nações. Para aprender Inicialmente, o ensino da san- fona era passado de pai para filho. Foi o que aconteceu com Luiz Gonzaga, Sivuca e Hermeto Pascoal, os maiores sanfoneiros do Brasil. Porém, hoje em dia, há um grande número de professores des- ta arte. A procura cresceu muito no decorrer do tempo e escolas de músicas viram aí um importante investi- mento. As aulas cus- tam em média R$ 50,00 e alguns pro- fessores particulares chegam a dar cinco aulas por dia. O inte- resse dos alunos varia desde o hobby até a busca para se envolver no mercado musical do Forró Eletrônico. Além do prazer, o instrumen- to também é ferramenta de subsistência. É o caso do san- foneiro Francisco Marques do Carmo (foto ao lado). Mais conhecido como “Chico”, tem 71 anos, nasceu em Guaiuba e toca desde criança. Além do tradicional forró, outros gê- neros musicais compõem o seu repertório, como o bolero e o chorinho. A sanfona, nome popular dado ao acordeon, vai muito além da fronteira do nordeste brasileiro. O instrumento tem origem na China, mais de 2.500 anos antes de Cristo, e sofreu modificações constantes com o passar do tempo até incorporar a forma que conhecemos no início do século passado, na França. A chegada ao Brasil se deu, principalmente, devido à vinda dos imigrantes europeus, que traziam, com o instrumento, um pouco do folclore ibérico, fran- cês, italiano e alemão, tornando a sanfona popular nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste e adaptando-se muito bem à música nacional. A Associação Cearense de For- ró (ACF) foi criada com o intuito de fortalecer a música raiz da cultura cearense, prejudicada pela ascensão dos novos gru- pos de forró eletrônico no ce- nário atual. Os forrozeiros se encontram semanalmente no Kukukaya e discutem projetos, ações e propostas de combate ao novo estilo de forró, que toma todo espaço midiático, além de pro- curar outros meios de destacar a originalidade do ritmo. A Associação surge como fer- ramenta de valorização da cul- tura do Estado. Ela é composta por Adelson Viana, Ítalo Almeida, Renno Saraiva, Neo Pinel, Messias Holanda e outros músicos e artis- tas que esperam, um dia, voltar a ver o velho forró no coração de todo cearense. (EB) Informações sobre a ACF Local: Kukukaya Dia: Toda terça-feira Horário: 19h Contato: Kukukaya (3227-5661) A sanfona integra a tradição de vários povos e, por ser tão popu- lar, ela acaba ganhando alguns nomes diferentes dependendo da região. Então, veja a seguir os cinco modelos da Sanfona (Nordes- te Brasileiro), Acordeão, Acordeon, Gaita (Sul brasileiro) ou como você preferir denominar. Bandoneón Com 72 ou mais botões, o Bandoneón tem um maior alcance de notas, normalmente até 4½ oitavas, com vários planos diferen- tes. É o principal instrumento do tango. Acordeon Cromático Contém botões em sua caixa harmônica. O tamanho deles varia desde um acordeon com 20 botões e 12 baixos, até os Acorde- ons Cromáticos modernos que têm até 6 filas de botões e 160 baixos. Acordeon Piano Possui teclas de piano em sua caixa har- mônica. O primeiro foi posto em um acor- deon, primeiramente por Bouton de Paris em 1852. Melodeon Também conhecido como acordeon de estilo alemão, ele tem uma fila de dez bo- tões no seu teclado. Há quatro botões nos baixos que funcionam da mesma forma que a botonera direita. Gaita Ponto Denominada também de acordeons diatônicos de duas hileras, ela difere do Melodeon (Gaita Ponto - uma Hilera) por ter uma outra fila de botões somada ao teclado. FOTO: FABIANE DE PAULA Fonte: http://www.csr.com.br/tipos_acordeon.htm Como chegou ao Brasil Tipos de sanfona Para falar sobre forró

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Page 1: Jornal Classificado da Notícia#20

JORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR MAIO/JUNHO DE 2010 ANO 7 N° 20

Já pensou em trabalhar como babá no Exterior? Descubra os destinos, os valores e o que é preciso para embarcar nessa experiência. Página 8

Com maiores facilidades de fi nanciamento, cresce a venda de imóveis e as ofertas de emprego nesse setor. Página 2

Sanfona é POP

Eduardo Buchholz

Nada de chamar sanfoneiro apenas para tocar forró ou em festa junina. Atuando ao lado da guitarra e do violão, a san-fona, ou acordeon, passou a ser usado na música popular nacional e internacional.

O arranjador cearense Adelson Viana garan-te que esse ins-trumento está no seu melhor momento e prova isso ao mostrar que músicos bra-sileiros como

Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 16/06/2010

Maria Bethânia, Marisa Mon-te, Gilberto Gil, Zeca Baleiro e Fagner mantém constante-mente o instrumento em seus trabalhos. No Exterior, há destaque para a mexicana Ju-lieta Venegas. A queridinha do momento na América Lati-na inseriu os acordes da san-fona no seu Indie Rock latino. Ela passou a ser uma das in-térpretes mais premiadas de sua geração, acumulando seis Grammy e dois Billboard. A cantora participou do último CD do pernambucano Otto, “Certa manhã acordei de so-nhos intranquilos” (2009), e do álbum “Acústico MTV” do cantor Lenine, em 2006.

O francês Richard Galliano é considerado uma estrela do acordeon na atualidade. Ele é um dos muitos que utilizam a sanfona no jazz, algo comum

desde que o estaduniden-se Art Van Damme in-troduziu o instrumento nesse tipo de música. O norte-americano mor-reu no início de 2010 e

deixou sua herança mu-sical ao também ameri-

cano Frank Marroco.

Adelson Viana se diz pre-ocupado com as barreiras impostas aos sanfoneiros. Se-gundo ele, no cenário regio-nal, há uma barreira imposta pela mídia, que prioriza as bandas de Forró Eletrônico. Por isso foi criada a Associa-ção Cearense do Forró (ACF), que tem encontros semanais nas terças-feiras na casa de shows Kukukaia.

A ACF busca divulgar e de-fender as raízes da nossa mu-sicalidade. Viana diz que, no Brasil, há muito preconceito com o acordeon, por ser algo da cultura nordestina. Ainda reforça que, em países como a França, Itália, Alemanha, Sué-cia, Portugal, Espanha, Argen-tina e Estados Unidos, existe muito respeito e admiração pelo instrumento, que é um vetor importante do folclore e tradição dessas nações.

Para aprender

Inicialmente, o ensino da san-fona era passado de pai para filho. Foi o que aconteceu com Luiz Gonzaga, Sivuca e Hermeto Pascoal, os maiores sanfoneiros do Brasil. Porém, hoje em dia, há um grande número de professores des-

ta arte. A procura cresceu muito no decorrer do

tempo e escolas de músicas viram aí um importante investi-mento. As aulas cus-tam em média R$ 50,00 e alguns pro-fessores particulares chegam a dar cinco

aulas por dia. O inte-resse dos alunos varia

desde o hobby até a busca para se envolver no mercado

musical do Forró Eletrônico.Além do prazer, o instrumen-to também é ferramenta de subsistência. É o caso do san-foneiro Francisco Marques do Carmo (foto ao lado). Mais conhecido como “Chico”, tem 71 anos, nasceu em Guaiuba e toca desde criança. Além do tradicional forró, outros gê-neros musicais compõem o seu repertório, como o bolero e o chorinho.

A sanfona, nome popular dado ao acordeon, vai muito além da fronteira do nordeste brasileiro. O instrumento tem origem na China, mais de 2.500 anos antes de Cristo, e sofreu modifi cações constantes com o passar do tempo até incorporar a forma que conhecemos no início do século passado, na França.

A chegada ao Brasil se deu, principalmente, devido à vinda dos imigrantes europeus, que traziam, com o instrumento, um pouco do folclore ibérico, fran-cês, italiano e alemão, tornando a sanfona popular nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste e adaptando-se muito bem à música nacional.

A Associação Cearense de For-ró (ACF) foi criada com o intuito de fortalecer a música raiz da cultura cearense, prejudicada pela ascensão dos novos gru-pos de forró eletrônico no ce-nário atual.

Os forrozeiros se encontram semanalmente no Kukukaya e discutem projetos, ações e propostas de combate ao novo estilo de forró, que toma todo espaço midiático, além de pro-curar outros meios de destacar a originalidade do ritmo.

A Associação surge como fer-ramenta de valorização da cul-tura do Estado. Ela é composta por Adelson Viana, Ítalo Almeida, Renno Saraiva, Neo Pinel, Messias Holanda e outros músicos e artis-tas que esperam, um dia, voltar a ver o velho forró no coração de todo cearense. (EB)

Informações sobre a ACFLocal: KukukayaDia: Toda terça-feiraHorário: 19hContato: Kukukaya (3227-5661)

A sanfona integra a tradição de vários povos e, por ser tão popu-lar, ela acaba ganhando alguns nomes diferentes dependendo da região. Então, veja a seguir os cinco modelos da Sanfona (Nordes-te Brasileiro), Acordeão, Acordeon, Gaita (Sul brasileiro) ou como você preferir denominar.

BandoneónCom 72 ou mais botões, o Bandoneón tem um maior alcance de notas, normalmente até 4½ oitavas, com vários planos diferen-tes. É o principal instrumento do tango.

Adelson Viana garan-te que esse ins-trumento está no seu melhor momento e prova isso ao mostrar que músicos bra-sileiros como

um dos muitos que utilizam a sanfona no jazz, algo comum

desde que o estaduniden-se Art Van Damme in-troduziu o instrumento nesse tipo de música. O norte-americano mor-reu no início de 2010 e

deixou sua herança mu-sical ao também ameri-

cano Frank Marroco.

pelo instrumento, que é um vetor importante do folclore e tradição dessas nações.

Para aprender

Inicialmente, o ensino da san-fona era passado de pai para filho. Foi o que aconteceu com Luiz Gonzaga, Sivuca e Hermeto Pascoal, os maiores sanfoneiros do Brasil. Porém, hoje em dia, há um grande número de professores des-

ta arte. A procura cresceu muito no decorrer do

aulas por dia. O inte-resse dos alunos varia

desde o para se envolver no mercado

musical do Forró Eletrônico.Além do prazer, o instrumen-to também é ferramenta de subsistência. É o caso do san-foneiro Francisco Marques do Carmo (foto ao lado). Mais conhecido como “Chico”, tem 71 anos, nasceu em Guaiuba e toca desde criança. Além do tradicional forró, outros gê-neros musicais compõem o seu repertório, como o bolero e o chorinho.

Acordeon Cromático Contém botões em sua caixa harmônica. O tamanho deles varia desde um acordeon com 20 botões e 12 baixos, até os Acorde-ons Cromáticos modernos que têm até 6 fi las de botões e 160 baixos.

Acordeon Piano Possui teclas de piano em sua caixa har-mônica. O primeiro foi posto em um acor-deon, primeiramente por Bouton de Paris em 1852.

MelodeonTambém conhecido como acordeon de estilo alemão, ele tem uma fi la de dez bo-tões no seu teclado. Há quatro botões nos baixos que funcionam da mesma forma que a botonera direita.

Gaita PontoDenominada também de acordeons diatônicos de duas hileras, ela difere do Melodeon (Gaita Ponto - uma Hilera) por ter uma outra fila de botões somada ao teclado.

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Fonte: http://www.csr.com.br/tipos_acordeon.htm

Como chegou ao Brasil

Tipos de sanfona

Para falar sobre forró

Page 2: Jornal Classificado da Notícia#20

2 CLASSIFICADO DÁ NOTÍCIASOBPRESSÃOMAIO / JUNHO DE 2010

Jornal Classificado dá Notícia - Fundação Edson Queiroz - Universidade de Fortaleza - Centro de Ciências Humanas - Diretora do CCH: Profa. Erotilde Honório - Curso de Comunicação Social - Jornalismo - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Eduardo Freire - Disciplina Princípios e Técnicas de Jornalismo Impresso I - Concepção: Prof. Jocélio Leal - Projeto Gráfico: Prof. Eduardo Freire - Diagramação: Bruno Barbosa e Camila Marcelo - Estagiários de Produção Gráfica: Luiza Machado - Conselho Editorial: Professores Beth Jaguaribe e Eduardo Freire - Revisão: Profa. Solange Morais - Supervisão gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor - Tiragem: 500 exemplares - Estagiários de Redação: Camila Marcelo e Viviane Sobral.

Confira mais matérias dos alunos da Disciplina Impresso I, semestre 2009.2, pelo blog http://blogdolabjor.wordpress.com

Quarto e sala: mesmo num espaço pequeno, conforto é quesito fundamental Foto: divulgação

A agenda positiva do setor imobiliário

Mara Rebouças

O mercado imobiliário vive uma boa fase em 2010. O de-sempenho resulta numa agen-da positiva. Mais empregos no setor, mais oferta e mais ven-das, movidas a mais facilidades de financiamento. A venda de imóveis em Fortaleza aumen-tou 13,73 % entre dezembro de 2009 e o início deste ano. O número foi apurado pelo Ins-tituto Euvaldo Lodi (IEL), que calcula o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) para apresen-tá-lo ao Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon). Dados compara-

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 20/05/2010

tivos da pesquisa mostram que entre janeiro do ano passado e o mesmo mês deste ano, o vo-lume de vendas aumentou 3,62 pontos percentuais.

Imóveis para compraA demanda por imóveis para aluguel permanece estável e a procura por residências para compra está em ascensão, de acordo com o presidente do Conselho Regional dos Correto-res de Imóveis do Ceará (Creci-CE), Apollo Scherer.

O diretor da Viva Imóveis, ar-quiteto Paulo Angelim, afirmou que na empresa o volume de vendas cresceu em 41 % no ano de 2009, em relação a 2008. “Neste ano, nos dois primeiros meses, nós estamos 20% acima dos resultados que tivemos no ano passado. Nossa expectativa também para este ano é que vol-te a crescer em torno de 20%”.

Financiamento de moradias

A participação do Ceará no projeto “Minha Casa, Minha Vida” foi classificada pelo pre-sidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção

(CBIC), Paulo Safady Simão, em entrevista ao Jornal O Povo, como ridícula. Um mi-lhão de moradias para famílias com renda de até dez salários mínimos, em parceria com es-tados, municípios e a iniciativa privada, estão previstas para serem construídas, mas os re-sultados no Ceará foram pífios. Inferiores a 30% da meta.

No mercado em geral, crédi-to não tem sido problema. “O financiamento hoje está mais barato, de modo que as pesso-as não veem mais um empeci-lho no sistema, rompendo com o paradigma que nós tínhamos muito forte do mercado ao re-jeitar [o financiamento]”, afir-ma Paulo Angelim.

O corretor de imóveis Erna-ne Passos diz que na Zona Les-te, região mais cara da cidade, o que mobiliza o mercado são as vendas. O empresário e cor-retor de imóveis Júlio Brasil reforça essa ideia ao afirmar que os financiamentos pelos bancos públicos em parce-ria com as construtoras são o principal alicerce da procura por imóveis residenciais.

Oportunidades de emprego O coordenador estadual da in-termediação de profissionais do Sistema Nacional de Em-pregos e Instituto de Desen-volvimento do Trabalho (Sine/IDT), Antenor Tenório, explica que nos primeiros dois meses deste ano, o Sine registrou uma expectativa de crescimen-to com a colocação no mercado de quase 2 mil trabalhadores na construção civil.

O cenário atual sucede uma fase de pequena retração, por causa da crise econômica inter-nacional entre 2008 e 2009. No ano passado, o setor saiu da ter-ceira colocação, como um dos setores de maior inserção de profissionais no mercado, para o quarto lugar. Foram inseridos 7.926, contra 7.952 em 2008.

Apesar da crise, chegou a haver carência de profissionais qualificados. Bons engenheiros foram disputados pelas cons-trutoras. “As várias propostas que surgem ao mesmo tempo permitem ao engenheiro civil, em alguns casos, escolher onde irá trabalhar”, afirma o enge-nheiro civil Jorge de Lima. Mas

ele ainda acredita que persiste a escassez.

O Sine tem dificuldades de inserir alguns profissionais nas vagas captadas para o se-tor, de acordo com Tenório. “A construção civil tem um perfil com poucas exigências, mas é necessário ter conhecimentos específicos para o uso de novos equipamentos”.

A opção pelos condomínios

O mercado de imóveis residen-ciais fechados em Fortaleza se revela promissor. O cliente “quer ver no imóvel a seguran-ça que não consegue ter na rua” e, portanto, é grande a compra de imóveis de condomínios ver-ticais e horizontais, afirma o diretor da Viva Imóveis, Paulo Angelim. “O crescimento exa-gerado da violência em nossa Capital estimulou a procura por imóveis em condomínios fecha-dos”, diz o corretor de imóveis Ernane Passos. Segundo ele, a cada dez unidades que são co-mercializadas na Zona Leste, pelo menos sete são em condo-mínio fechado, justamente por conta da segurança.

Maria Falcão e João Neto

Solidão ou privacidade? Essa ambiguidade de sentimentos deve, por certo, passar muitas vezes na mente das pessoas que optam por morar em quitinetes.

Esses novos inquilinos ga-nham cada vez mais espaço no mercado imobiliário de For-taleza. Muitos são os motivos que cercam a escolha desse tipo de moradia: individuali-dade, economia, privacidade, praticidade e, por que não, a própria falta de escolha.

Para a psicóloga Glei de Sou-sa, essa aparente solidão, pelo fato de se morar só, é ilusória. Para ela, existem outros meios de convivência que suprem essa carência de moradia. Quando questionada sobre os indivídu-os que optam por ter seu pró-prio espaço, a psicóloga afirma

Morar sozinho como estilo de vida

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 20/05/2010

que esse caso deve ser analisa-do individualmente. “Estamos em uma era em que as pessoas não precisam conviver sobre o mesmo teto para que haja uma interação. A internet encurtou o caminho da socialização”.

Além de estudantes vindos de outras cidades para ficarem mais perto das universidades, jovens que possuem empregos estáveis, empresários, professores que transitam por faculdades da re-gião, divorciados e até aposenta-dos também procuram esse tipo de moradia individual.

O universitário João Paulo de Freitas, 20, chegou a Fortaleza há quase dois anos. Sem alguém para dividir apartamento, teve de optar por morar só. “Adaptar a esse novo modelo de moradia

foi o meu principal problema. No decorrer dos meses, entrei na rotina e não vejo mais nenhum problema em morar só”.

O mercado na Cidade

Em Fortaleza, o mercado de qui-tinetes está em grande expansão. Segundo a corretora imobiliária Leide Rodrigues, a procura por esse tipo de apartamento vem aumentando a cada ano. “A bus-ca desses imóveis para o aluguel de temporadas se intensifica no início de cada ano. Isso se deve ao início do ano letivo, já que a procura normalmente é feita por jovens”, explica .

As construtoras começam a seguir a tendência de merca-do. Quitinetes e apartamentos cada vez menores, justificados

pelas famílias formadas no sé-culo XXI, nas quais o número de filhos se reduziu a um, no máximo dois, vão ganhando espaço onde só eram construí-dos grandes condomínios.

A característica principal des-te tipo de imóvel é o tamanho. Em geral, um quitinete possui entre 20 e 25 metros quadrados e abriga, em um mesmo ambiente, sala, cozinha, quarto e banheiro. Espaço que integra tudo que é necessário para uma pessoa vi-ver bem e ter sua privacidade.

O diretor da Viva Imóveis, Paulo Angelim, reforça que as áreas mais procuradas pelos estudantes são os locais pró-ximos aos campi das grandes universidades de Fortaleza. Já os valores coincidem com os

O Flat é um apartamento em condomínio que oferece serviço de hotel, isto é, você sai de casa e os funcionários tomam conta de tudo: da arrumação do imó-vel, troca de roupa de cama e banho, até lavagem de roupas e abastecimento do frigobar. A taxa de condomínio é mais alta e o aluguel pode variar entre R$ 500 e R$ 2 mil.

No quitinete, a mobília e os serviços do apartamento são por conta do inquilino. “Existem quitinetes que têm serviço de abastecimento de água incluso no aluguel, mas é como um apar-tamento comum, só em tamanho reduzido”, explica a consultora da MRV Engenharia, Camila Guedes.

Saiba mais...

Flat x Quitinete

bairros nobres da cidade, como Meireles, Aldeota e Cocó. “Nor-malmente esse tipo de produto está em locais mais adensados, com boa infra-estrutura de ser-viços e comércio”.

Para quem quer economizar, as áreas mais baratas ficam em áreas como Messejana, Parque Araxá ou até mesmo o Centro da cidade. O preço médio do aluguel de uma quitinete varia entre R$ 180,00 e R$ 300,00.

Page 3: Jornal Classificado da Notícia#20

3CLASSIFICADO DÁ NOTÍCIASOBPRESSÃO

MAIO / JUNHO DE 2010

ma de televisão, no qual havia uma garota com o cabelo loiro e liso, que o vendeu por mais de mil reais. A avó da Priscila brincou dizendo para ela fazer o mesmo. No momento, ela acha-va não ser possível, já que era ondulado e castanho, mas de-pois percebeu que ela poderia vender também. “Como faz cer-ca de 15 anos que não tenho um corte mais leve e ele está dentro das características de bem cui-

Áquila Leite

Deixar o cabelo crescer pode ser um negócio bastante lu-crativo. Ainda mais se ele for loiro, liso, natural e volumo-so. Pouca gente sabe, mas o mercado de cabelos é bem movimentado. Existem em-presas que chegam a pagar cerca de R$ 2 mil por 300 gramas do “produto”.

Os cabelos são avaliados conforme o comprimento e a qualidade. Segundo Camila Souza, especialista em alon-gamentos capilares, no co-mércio de cabelos, os loiros estão em alta, pois são mais raros. “Um cabelo claro na-tural é mais difícil de conse-guir. O que não tem nenhu-ma química para ficar loiro é mais caro”, comenta. Cachos também são bastante valo-rizados. A cabeleireira afir-ma que um cabelo ondulado grande (de 80 a 90 cm), pode custar até R$ 4,1 mil, o quilo. É necessário que os fi os este-jam bonitos, com comprimen-to acima de 50 cm e não sejam

Mercado de cabelos em alta

Comer salada fi cou associado ao vegetarianismo Foto: FaBiaNe de Paula

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 18/06/2010

tratados quimicamente.O mercado tem até cotação.

Um cabelo com permanen-te importado da Europa com 60 a 70 centímetros de com-primento é avaliado em R$ 8.590, o quilo. Mais caro do que qualquer commodity ne-gociada em bolsa de valores.

A utilidade dos cabelos varia. Eles podem ser usa-dos em apliques, perucas e até em implantes, mas antes de serem comercializados passam por um processo de limpeza. Eles são lavados diversas vezes, pintados, secados e cuidadosamen-te penteados. Camila Souza explica que a procura por apliques está cada vez maior e é necessário um cuidado especial para que os clientes fiquem satisfeitos com o re-sultado final. “Para garantir um penteado bonito, os fios são esterilizados em estufa para depois chegarem à ca-beça do novo dono da vasta cabeleira”, afirma.

O perfil da consumidora do cabelo alheio é o de uma mulher que busca mudar o visual repentinamente. A contadora Cristine Santos, que já fez dois apliques, se diz realizada com a nova aparência. “Sempre sonhei em ter cachos longos e defi-nidos. Acho que independen-te de ser meu próprio cabelo ou não, o importante é estar feliz consigo mesma”, disse. Ela também afirma conhecer várias pessoas que já muda-ram o visual com essas técni-

cas. “A maioria quer fazer o megahair”, explica.

Os homens também são clientes, principalmente os calvos. “Há um crescimen-to da procura por parte do público masculino”, revelou a dona de um salão de ca-beleireiros, Roberta Pinhei-ro. Ela explica que a peruca cobre todo o couro cabeludo da cabeça e a prótese apenas a parte onde há a calvície. Além dos carecas, homos-sexuais também compram o cabelo natural para fazer o aplique. “A maioria dos meus clientes homens tem essa preferência sexual e querem deixar o visual mais femini-no”, declarou.

O comércio de cabelos pode ser um bom negócio para quem tem um cabelo bo-nito e comprido. “Geralmente são as pessoas que procuram o serviço por meio de anún-cios”, disse Roberta. Ela ain-da afirma que quem quiser adquirir um cabelo lindo sem precisar cuidar demais pode recorrer à técnica do entre-laçamento, onde o cabelo do cliente é todo trançado e cos-turado com lã especial. “As tiras de cabelo são costuradas nas tranças já feitas, uma por uma”, confirma.

Para a colocação do cabelo é cobrado o valor do cabe-lo com base na quantidade de gramas e comprimento necessário para um alonga-mento e o valor da mão de obra. O preço varia entre R$ 700,00 e R$ 1.200,00.

Comprimento de famíliaA maior parte dos cabelos utili-zados no país vem da Ásia, mas por causa do alto preço, muitas mulheres estão começando a pensar quanto valem suas ma-deixas. “No Brasil, está se tornan-do comum esse comércio, mas a preferência ainda são os cabelos indianos e japoneses. Além da ausência de produtos químicos, os cabelos geralmente são mui-to longos e variam de lisos a on-dulados com cachos profundos, o que atendem as exigências do mercado brasileiro”, afi rma He-lena Pinheiro, 38, cabeleireira e dona de estabelecimento com seu nome.

Os preços são determinados pelos cabeleireiros, que pagam por qualidade, peso e tamanho. Eles variam de R$ 500 e R$ 3 mil, fora a manutenção, depen-dendo da origem do cabelo e do trabalho para ser aplicado. O tempo de duração do Mega Hair é cerca de 3 meses. Após esse período deverá ser refeito ou retirado.

Quem pode fazer Mega Hair? Profi ssionais indicam que po-dem usar Mega Hair as pessoas que tenham cabelos saudáveis e que não estejam com proble-mas como queda acentuada.

Quais os diferentes tipos de Mega Hair?Há o micro links, que utiliza mi-cro esferas de metal para fi xa-ção dos tufos no cabelo. Existe também o entrelaçamento, que consiste em ‘trançar’ os fi os do Mega Hair com o seu cabelo, e o Hair links, que utiliza telas com micro links para fi xar nos fi os do seu cabelo.

Cabelos que utilizam Mega Hair podem ser tingidos?Sim, podem, desde que você faça a tintura no salão de beleza onde foi feito seu aplique. Caso haja algum problema, você está nas mãos do especialista que foi responsável pela execução do seu Mega Hair. (Érika Neves)

Made in AsiaPriscila Gasparetto, 27 anos, cursa Física na Universidade Estadual do Ceará (Uece) e tem 90 cm de cabelo castanho. Para quem não a conhece, quando ela solta os cabelos, a primei-ra reação é de curiosidade. “A pergunta que mais fazem é se deixei crescer por conta de al-guma promessa. Alguns elo-giam e acham bonito, outros comentam que não veem como poderia valer a pena, pois não é prático para o dia a dia”.

O clima quente de Fortaleza e o fato de levar mais de 45 mi-nutos no banho para conseguir desfazer todos os nós quase a fi zeram desistir de manter o seu cabelo grande, que desde os doze anos deixa crescer. “Mi-nha vó e minha mãe também tiveram cabelos bem longos quando eram jovens. Minha mãe cortou na altura dos om-bros e a mecha que fi cou para o cabeleireiro tinha 1.10m. En-tão, na verdade, sempre quis deixar grande porque achava lindo. Só pensei em vendê-lo nos últimos dois anos”.

A ideia surgiu de um progra-

dado e sem química, achei que quando decidisse cortar seria bom vendê-lo. Além de receber parte do investimento de volta, faz com que ele não seja des-cartado direto pro lixo. Depois de todo trabalho que tive, sin-to como se fosse um sacrilégio simplesmente jogá-lo fora pra ter um novo corte”.

Ela tem inúmeros cuidados durante o dia, como usar cre-me para pentear e de ação hi-dratante, além de prendê-lo, para não deixar exposto muito tempo ao sol. Não pode lavar todos os dias, até porque de-mora quase um dia para secar naturalmente. “Lavo cerca de uma ou duas vezes por semana no verão e uso creme para pen-tear no meio tempo para evitar quebrar os fi os mais resseca-dos”. Mesmo com todo esse tra-balho, Priscila acredita que vai sentir saudades quando cortar o seu cabelo, no fi nal deste ano, depois da sua formatura. “De-pois de tantos anos, impossível não sentir. Bem provável que acabe deixando-o crescer no-vamente”. (Camila Marcelo)

• Para deixá-los menos quebra-diços, certifi que-se de que o seu cabelo está totalmente mo-lhado antes de aplicar o xampu. Despeje um pouco e esfregue-o antes entre as palmas das mãos. Não ensaboe a cabeça por mais do que 30 segundos.

• Após aplicar o xampu, en-xágüe os cabelos com água fria para fazer a umidade aderir aos fi os de cabelo.

• Seque o cabelo todo com uma toalha antes de usar o secador. Você vai eco-nomizar tempo e ainda evitar que os cabelos se danifi quem com o excesso de calor.

• Para diminuir a ele-tricidade estática, umedeça sua escova antes de escovar.

• Evite usar e s c o v a s no cabelo m o l h a d o , pois elas o tornam que-bradiço. De-sembarace an-tes do xampu.

• Queda de cabelo e cabelos sem vida podem ser sinal de má alimentação. Tente dimi-nuir o colesterol e as gorduras.

• Use uma faixa de borracha encapada ou um prendedor macio para segurar os rabos de cavalo e pontas de tranças. Assim você diminui a tensão

sobre o seu cabelo.

Cuidados básicos

aderir aos fi os de cabelo.

• Seque o cabelo todo com uma toalha antes de usar o secador. Você vai eco-nomizar tempo e ainda evitar que os cabelos se danifi quem com o excesso de calor.

• Para diminuir a ele-tricidade estática, umedeça sua escova antes de escovar.

pois elas o tornam que-bradiço. De-sembarace an-tes do xampu.

Fonte: www.uol.com.brSite Médico

Priscila com seus 90cm de cabelo

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Saiba mais...

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4 CLASSIFICADO DÁ NOTÍCIASOBPRESSÃOMAIO / JUNHO DE 2010

Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 17/05/2010

ma amadora e mais barata, torna-se difícil fazer um serviço de qua-lidade e vender a mesa pequena por R$ 400,00 e a profi ssional por, no máximo, R$ 7 mil.

Apesar disso, Célia Gonzaga, que trabalha há qua-tro anos na Locadora de Sinuca Contenaro, afi rma que antes de ela começar nessa loja, havia

registro de mais pessoas alu-gando.Agora elas prefe-

rem comprar. Nessa locadora, são mais de mil mesas dis-tribuídas nos bares de Fortaleza. O va-lor arrecadado com

o as fi chas vendidas é

dividido 50% entre o lo-cador e o dono do bar.

Para as mesas que são reservadas para eventos e residências nos fi ns de semana,

o preço depende do número de fi chas dese-

jad0 pelo cliente.

Tipos de jogosSe alguém for convidado para jogar sinuca e se deparar com oito bolas, cada quatro de uma cor, e uma branca, não vai ser incomum, apesar de se tratar de uma variação de Mata-Ma-ta. Isso porque a sinuca é o jogo mais aliado às mesas de bilhar. Ela é derivada do Snooker, que teve início em 1875, na Índia, por experiências do ofi cial in-glês Sir Neville Francis depois

Mesas de bilhar são atrativos para encaçapar lucros

Camila Marcelo

Ano de Copa e, quando se pen-sa em bola, imagina-se ape-nas aquela em meio a 22 joga-dores. Mas que tal pensar em uma outra, ou melhor, em vá-rias bolas coloridas? A mesa de bilhar é uma atração dos bares mais simples aos mais caros da cidade. Assim como o futebol, ela também atinge todas as classes sociais.

O jogo ainda é ferramenta de muitos locais de Fortaleza para garantir a freguesia. É chamariz para homens e mulheres, de di-ferentes idades. Com dez anos no mercado, o Sinuca Drink’s, no Centro, aposta em 14 mesas no seu espaço. Segundo o geren-te Vandinei Freire, o bar con-segue arrecadar, por mês, em média R$ 5 mil, em decorrência, principalmente, das mesas me-nores.

Inaugurado em 2008, no Montese, a Confraria La Bom-bonera, dentre os seus diferen-tes ambientes, reservou um de-les para quatro mesas de sinuca, que lhe rendem no fi nal do mês R$1.800. “A média de espera por uma sinuca, às vezes, é de três horas no fi m de semana”, comenta a caixa Kátia Mendes.

Essa boa re-percussão tam-bém acontece num dos bares mais tradicio-nais de Fortaleza, o Parente Snooker Bar, no Benfi ca. Por dia, vão geralmente de 60 a 70 pesso-as para jogar sinuca, segundo o dono, Célio Parente.

Comércio na sinuca Apostar nessa prática e arreca-dar lucros parece não ser para todos os setores. O dono da Si-nucas Paulistas e Jogos, conhe-cido como Chico da Sinuca, afi r-ma que esse mercado nunca teve tempo favorável, embora ele já esteja nesse ramo há 32 anos.

Ele explica que a difi culda-de em fazer boas vendas anu-almente se dá em resultado da concorrência.

Os bares e donos de casas de praia ainda procuram comprar as suas mesas, mas, como há as loca-doras e, principal-mente, os locais que confeccionam de for-

de várias partidas de bilhar.

A Confede-ração Brasi-leira de Bi-lhar e Sinuca tem campeo-natos e regras estabelecidas aos jogos de Sinuca, Snooker, Bilhar francês, Pool (bola 8, bola 9 e 14x1) e Mata-Mata. Mas nada impe-de que, em situações diárias e com jogadores amadores, as regras se adaptem à memória e às decisões dos participan-tes. Assim, o entretenimen-to se sobrepõe a qualquer formalismo e o mesmo jogo muda o seu nome ou até mes-mo a forma de ser praticado a

ma amadora e mais barata, torna-se difícil fazer um serviço de qua-lidade e vender a mesa pequena por R$ 400,00 e a profi ssional por, no máximo, R$ 7 mil.

Apesar disso, Célia

dividido 50% entre o lo-cador e o dono do bar.

Para as mesas que são reservadas para eventos e residências nos fi ns de semana,

o preço depende do número de fi chas dese-

jad0 pelo cliente.

de várias partidas de

A Confede-ração Brasi-leira de Bi-lhar e Sinuca tem campeo-natos e regras estabelecidas aos jogos de Sinuca, Snooker, Bilhar francês, Pool (bola 8, bola 9 e 14x1) e

cada grupo de joga-dores.

On lineA mesa é vir-tual, mas a in-ternet segue regras e repro-

duz diferentes torneios para

quem quer jogar as diferentes modali-

dades de bilhar sem sair da frente do computador.

Jogar com parceiros vir-tuais, com dois jogadores em um mesmo computador ou mesmo sozinho. Inúme-ros sites oferecem a oportu-nidade de ter a sensação de competição e diversão, mes-mo estando em um ambiente longe dos bares.

registro de mais pessoas alu-gando.Agora elas prefe-

rem comprar. Nessa locadora, são mais de mil mesas dis-tribuídas nos bares de Fortaleza. O va-lor arrecadado com

o as fi chas vendidas é

Os bares e donos de casas de praia ainda procuram comprar as suas mesas, mas, como há as loca-doras e, principal-mente, os locais que confeccionam de for-

três horas no fi m de semana”, comenta a caixa Kátia

Essa boa re-percussão tam-bém acontece num dos bares mais tradicio-nais de Fortaleza, o Parente Snooker Bar, no Benfi ca. Por dia,

Sozinho ou em um grupo de amigos, a mesa de bilhar possibilita diversão e competição por meio de diferentes jogos que vão da tradicional bilhar e sinuca até as suas adaptações, que dependem dos jogadores. Isso, independente de o bar ser no Bom Jardim ou na Aldeota Foto: HYaNa roCHa

Page 5: Jornal Classificado da Notícia#20

5CLASSIFICADO DÁ NOTÍCIASOBPRESSÃO

MAIO / JUNHO DE 2010

Bilhar Conhecido como bilhar francês, nesse jogo a mesa é limitada por tabelas e não tem buracos. São usadas três bolas: uma vermelha e duas brancas (uma delas com um ponto).

Cada jogador deve fazer a sua bola, previamente defi nida, tocar nas outras duas. Acertando os dois alvos, acumula um ponto. O ganhador é aquele que atin-gir primeiro o valor de pontos combinado.

Ainda há diferentes variantes para difi cultar as jogadas, como a regra de uma tabela e das três tabelas. Na primeira, a bola deve, antes de tocar na terceira bola, bater, pelo menos, uma vez numa tabela lateral da mesa. Na segunda, a bola tem de bater no mínimo três vezes na lateral da mesa antes de bater na segunda bola.

Sinuca As partidas disputadas usando uma bola branca e sete coloridas, valendo: vermelha, 1; amarela, 2; verde, 3; marrom, 4; azul, 5; rosa, 6 e preta, 7 pontos. A branca é conhe-cida como “tacadeira” e, com ela, o jogador deve encaçapar a “bola da vez”, que é identi-fi cada como sendo a de menor valor.

Para o início do jogo, as bolas de 1 a 7 são colocadas em suas respectivas marcas. Sem tocar em outra, a tacadeira é usada como “bola na mão”, colocada em qualquer ponto sobre e/ou delimitado pelo semicírculo “D”.

O primeiro jogador é decidido por sorteio e o vencedor joga ou transfere a ação, sem direito de recusa. São alternadas as saídas das partidas seguintes. O jogo termina quando a bola sete é encaçapada e a diferença de pontos for 27 e 46 entre os dois jogadores ou times.

Bilhar X Sinuca

Mesas de bilhar são atrativos para encaçapar lucrosLocais para jogar em Fortaleza

Bebedouro BarRua Norvinda Pires, 22 / Bairro Aldeota Telefone: 3224.4759De terça a sábado, a partir das 17h30Sinuca: R$ 0,50 (a ficha)

Confraria La BomboneraAv. José do Patrocínio, 1334 / Bairro MonteseTelefone: 3491.7878Terça a quinta (11h à 00h), sexta a sábado (11h às 1h) e do-mingo (11h às 23h)Sinuca: R$ 4,90 (hora ou fração)

Eu amo SinucaRua Ana Bilhar, 1460 / Bairro Varjota Telefone: 3267.4908Todos os dias (a partir das 18h)Sinuca: R$ 12,00 (hora) e R$ 8,00 (meia hora)

Parente Snooker BarRua Dom Jerônimo, 554 / Bairro BenficaTelefone: 3223.9206Segunda a sexta (14h até 2h) e aos sábados (10h às 23h)Sinuca: R$ 7,20 (hora)

Sinuca Drink´sRua Meton de Alencar, 15 / Bairro Centro Telefone: 3221.2172Todos os dias (10h até 1h) Sinuca grande: R$ 6,00 (hora)Sinuca pequena: R$ 0,25 (fi cha)

Noite AforaAv. Washington Soares, 747 / Bairro Água FriaTelefone: 3241.6008Terça-feira a sábado (a partir das 17h)Sinuca: R$ 8,00 (hora)

Snooker Texas ClubRua Vicente Leite, próximo a NormatelTelefone: 3227.0406Segunda-feira a sábado (18h a 1h)Sinuca: R$ 8,00 (hora)

Para alugar:

Locadora de Sinuca ContenaroRua Salvador Correia de Sá, 681 / Bairro Edson QueirozTelefone: 3472.6008

Locadora de Bilhar Sales LtdaAv Castelo Castro, 1185 / Bairro Conjunto São Cristóvão Telefone:3269-1822

Para comprar:

Sinucas Paulistas e JogosRua Senador Alencar, 718 / Bairro Centro Telefone: 3212.6614

Serviço

Sozinho ou em um grupo de amigos, a mesa de bilhar possibilita diversão e competição por meio de diferentes jogos que vão da tradicional bilhar e sinuca até as suas adaptações, que dependem dos jogadores. Isso, independente de o bar ser no Bom Jardim ou na Aldeota Foto: HYaNa roCHa

Page 6: Jornal Classificado da Notícia#20

6 CLASSIFICADO DÁ NOTÍCIASOBPRESSÃOMAIO / JUNHO DE 2010

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Suiani Sales

O coordenador do Sistema Na-cional de Emprego (Sine) da Regional de Fortaleza, Marcus Cunha, afirma que há muitas vagas para poucas empregadas. “Empregada doméstica é uma função em extinção. As vagas não são preenchidas por falta de interesse das trabalhadoras. As domésticas de hoje preferem não dormir no trabalho. Já a pro-cura para preencher as vagas de diaristas são mais disputadas”.

É aí que a situação compli-ca. Os irmãos Liana e Leonar-do Beviláqua são de Tianguá e estão em Fortaleza para es-tudar. Os dois moram em um apartamento e Liana comenta que achar uma empregada do-méstica, hoje em dia, está mui-to difícil. “Já tentamos contra-tar várias moças, mas elas não querem dormir no trabalho e possuem várias exigências. Não gostamos da ideia de dia-

Doméstica: há vagas

Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 18/05/2010

ristas, pois elas cobram mais caro pelo serviço”.

Já o casal Rogério e Maria aderiu aos serviços de uma dia-rista. “Mesmo sendo um pouco mais caro, nós preferimos dia-ristas, pois não nos sentimos à vontade com alguém dormindo na nossa casa. Não acho isso ne-cessário, pois à noite eu e meu marido não precisamos da assis-tência dela”, comenta Maria.

A diarista Nice Maria, 37 anos, prefere ir ao trabalho e voltar para casa no começo da noite. “Tenho que cuidar da mi-nha família também. Não gosto de pensar que tenho que dormir todo dia numa casa que não é minha. Uma dona de casa pre-cisa botar as coisas em ordem todo dia. Além disso, ganho meu dinheirinho diariamente e não volto pra casa de mãos vazias”. A psicóloga Siena Guerra co-menta que uma empregada do-méstica é imprescindível para o andamento de sua casa. “Eu e meu marido passamos o dia trabalhando e precisamos de alguém para dar assistência às nossas filhas neste período diurno. Não temos tempo de fazer almoço, limpar a casa, la-var roupa. Nos finais de sema-na, estamos sempre em família, mas, quando eu e meu marido queremos ter um tempo para nós dois, é a nossa empregada que fica cuidando com muito carinho das nossas meninas. Mesmo elas já sendo gran-

dinhas, é importante ter um adulto de responsabilidade e que durma em nossa casa. Pra nós isso é essencial”.

A empregada doméstica Olívia da Silva, 20 anos, veio de Ocara, interior do Ceará, a procura de emprego. “Pra mim não dá pra ficar indo e voltan-do pra casa todo dia. Tenho que me contentar com as folgas quinzenais. Lá na minha cida-de não tem muita opção de em-prego, minha família é grande e tenho que ajudar meus pais no sustento da casa”.

Segundo Edina Maria San-tos, secretária da empresa Elvis Presley, que oferta serviços de empregadas, o ramo de cada uma delas tem sua especificida-de. Ela afirma que existem dois tipos de trabalhadoras: as dia-ristas, que prestam serviços do-mésticos de forma autônoma na casa das famílias ocasionalmen-te, e as empregadas domésticas, que trabalham diariamente na casa da pessoa que a contratou e dormem na casa dos patrões de-pende de um acordo prévio.

Edina também comenta que a procura por empregada doméstica é maior do que por diaristas, por ser um empre-go fixo na casa das famílias. “As pessoas que nos procuram para preencher as vagas de diaristas nós encaminhamos para o Sine, pois a procura de empregada doméstica é bem maior do que a de diarista”.

As empregadas domésticas possuem vários direitos que nem sempre são contempla-dos, pois alguns patrões, às vezes, costumam não atentar para as normas legais. Uma doméstica tem direito à car-teira assinada e Previdência Social devidamente anotada; o salário tem que ser pelo menos o mínimo estabelecido pelo art. 7º, parágrafo único da Consti-tuição Federal (R$ 510,00) e ela também possui direito ao 13º salário. Os feriados civis e religiosos também devem ser concedidos. Para quem não sabe, as secretárias do lar tam-bém têm direito às férias de 30

dias e a estabilidade no empre-go no caso de uma gravidez até cinco meses após o parto.

Além disso, de acordo com a Justiça do Trabalho, entende-se por empregada doméstica aquela que presta serviços de natureza contínua e de finali-dade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial destas. Isso quer dizer que a secretária do lar não pode tor-nar seu ambiente de trabalho outro meio de auferir lucro. Seus patrões também não po-dem exigir mão de obra que não seja de âmbito doméstico.

Já a situação das diaristas é peculiar. O Tribunal Superior

do Trabalho (TST) não reco-nhece vínculo empregatício a uma diarista que trabalhe até três vezes na semana na mesma casa, pois os encargos sociais já estão embutidos na remuneração diária que elas recebem. No caso de ela vir a trabalhar rotineiramente durante a semana na mesma residência, e dependendo de outros aspectos a serem anali-sados pelos tribunais, a diaris-ta pode acionar a justiça para tentar reconhecer seu vínculo empregatício e, com isso, pos-suir carteira assinada, dentre outros direitos que são cabíveis aos empregados domésticos.

Doméstica ( Eduardo Dussek - Luis Carlos Góes)

Foi trabalharRecomendada prá dois gringosLogo assimQue chegou do interiorEra um casalTipo metido a granfinoMas o salárioEra tipo, um horror...

A tal da madame, tinha maniaEsquisitona de baterE baixava a porradaQuando a coisa tava erradaNão queria nem saber...

Doméstica!Ela eraDoméstica!Sem carteira assinadaSó caía em ciladaEra empregadaDoméstica!...

Nunca notouA quantidade de giletesNão reparouA mesa espelhada no salãoNão perguntouO quê que era um papeloteBaixou “os home”Ela entrou no camburão...

Na delegaciaSua patroa americana amea-çou:“Lembra que eu souUma milionária,Eu fungava, de gripadaNão seja otária, por favor”...

Doméstica!Traficante disfarçadaDe domésticaEra manchete nos jornaisO casal lhe deu prá trásSujando brabo prá doméstica...

No presídio aprendeuCom as companheirasA ser dar bemA descolar, como ninguémFicou famosaNo ambiente carcerário

Como a mulataQue nasceu prá ser alguém...

Pois não é que aDoméstica!Conseguiu uma prisão, domés-ticaSaiu por bom comportamentoMas jurou nesse momentoVingar a raça das domésticas...

Então alguémLhe aconselhou logo de cara“Dá um passeioVê se arranja um barão”Porque melhorQue o interior ou que uma celaÉ ter turista e faturarNo calçadão...

Até que um diaUm Mercedinho prateado buzinouEra um louro alemãoQue lhe abriu a porta do carroE lhe tacou um bofetão...

Doméstica!Virou uma baronesaDoméstica!Mesmo com as taras do barãoSegurou a situaçãoLevando uma vida doméstica....

Realizada em sua mansãoEm StutgardOuvindo Mozart de Beethoven de montãoCom um piveteMulatinho pela casaQue era herdeiroDe olho azul como o barão...

Precisou de uma babáBotou um anúncioBilíngüe no jornalSeu mordomo abriu a portaUma loira meio bregaUma yankee de quintal...

Doméstica!Era a americana, de domésticaA nêga deu uma gargalhadaDisse: “Agora tô vingadaTu vai ser minha Doméstica”! (2x)

Doméstica x Diarista

Em Fortaleza, elas nem mais costumam ser chamadas assim: “empregadas domésticas”. Aqui, elas ganharam novas alcunhas por conta de uma espécie de eufemismo da classe média. No mais das vezes, são denomina-das como “secretária”, “assessora” ou, de modo mais usual, “a meni-na que trabalha lá em casa”.

Confira alguns filmes da lista do site www.listasde10.blogspot.com nos quais as domésticas são personagens em destaque.

Domésticas (Brasil, 2001)conta a vida de cinco domésti-cas sob o ponto de vista das próprias.

Espanglês (EUA, 2005)uma mexicana vai para os EUA com a filha trabalhar sem saber nada de inglês.

Romance da Empregada(Brasil, 1988)Fala sobre Fausta, que acorda às 5h para pegar o trem e ir trabalhar.

La Teta Assustada (Espanha, 2009)Para pagar o enterro da mãe, a moça trabalhará como doméstica para um pianista.

No tom

A menina que trabalha lá em casa

Page 7: Jornal Classificado da Notícia#20

7CLASSIFICADO DÁ NOTÍCIASOBPRESSÃO

MAIO / JUNHO DE 2010

Tratamento público por opção

Taís Monteiro

“Começo a perceber melhora no jeito dele”. É o comentário de uma das mães dos pacientes que recebem apoio psicológi-co nos Capsi. Essa é a visão de muitos familiares dos pacien-tes em tratamento nos 12 Cen-tros de Atenção Psicossocial para Atendimento de Álcool e outras Drogas (Caps AD), além dos Capsi (Centros Infantis). A vinculação da família com o tratamento é uma das ver-tentes dos Centros. “O nosso grande aliado são as famílias. Aqui, o paciente é atendido e o parente também”, explica a coordenadora do Caps AD da Secretaria Executiva Regional (SER) II e terapeuta ocupacio-nal, Adriana Magalhães .

Há duas maneiras habitu-ais de o paciente ingressar no centro. Eles chegam dos hos-pitais psiquiátricos e postos de saúde, após uma crise de abstinência ou superdose da droga, ou ingressam por de-

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 11/12/09

manda espontânea. A grande maioria é levada por familia-res, que também tem acom-panhamento nos centros. Não é exigida a abstinência na chegada do paciente, mas há a obrigatoriedade de ser assí-duo nas atividades.

Logo após o primeiro con-tato, os pacientes passam por uma conversa médico-paciente para traçar um pla-no terapêutico individual, no qual o paciente escolhe em que atividade irá se engajar para sua maior recuperação. As atividades podem ser entre

Múltiplas funções e nenhuma utilidade

Raynna Benevides

Tudo começou com os MP3 players, destinados a tocar música. Logo depois, vieram os MP4, capazes de reproduzir vídeos. Em seguida, a indústria chinesa teve a ideia de incluir câmeras nos aparelhos, dando origem, assim, aos MP5. O pas-so seguinte foi inserir compo-nentes de telefonia, nascendo, então, celulares com múltiplas utilidades, como conhecemos hoje. Rádio, GPS, internet... são tantas funções, que às ve-zes até esquecemos para que os celulares servem exatamente.

Os preços variam. O smar-thphone N85, da Nokia, por

Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 10/05/2010

exemplo, chega a custar cerca de R$1.3 mil, enquanto o “clo-ne” deste aparelho, de origem chinesa, é encontrado por R$ 249,00. É bem mais barato, mas a qualidade é duvidosa. Harol-do Gutemberg, 25, adquiriu em 2009 um desses aparelhos e se arrependeu. “Troquei meu aparelho que custava R$ 250 por um desses produtos made in China. O que tinha de bo-nito, tinha de frágil. Qualquer queda leve, um dos cantos, ou a tela, se quebrava. A pintura descascou, encaixes quebravam com facilidade. Além disso, usei por pouquíssimo tempo, logo deu defeito”, relata.

Siglas como MP6, MP7, MP8, MP9, MP10, MP11 são usadas para identifi car celula-res multifuncionais chineses. O problema desses celulares não é serem feitos na China, mas serem imitações, não raro contrabandeadas, além de não possuírem autorização do ór-gão competente para serem comercializadas. Não existe nenhum pudor com relação à natureza desses produtos. Na internet, é possível encontrar vários sites nos quais as cópias

são vendidas abertamente, sendo anunciados como “idên-ticas ao original”.

Autorização da Anatel

No Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é responsável pela homolo-gação dos aparelhos. O selo da instituição, que fi ca atrás da bateria do telefone, garan-te que o produto passou por todos os testes de qualidade. São avaliadas funcionalidades, compatibilidade e segurança elétrica.

Para se evitar a compra de aparelhos sem certifi cação, a Anatel disponibiliza em seu site (www.anatel.gov.br) uma consulta por meio do Siste-ma de Gestão de Certifi cação e Homologação (SGCH), que permite saber se um determi-nado produto está ou não devi-damente aprovado, garantindo ao consumidor que ele não terá problemas de fabricação ao usá-lo. Além disso, sem a veri-fi cação, quem compra corre o risco de não conseguir habilitá-lo junto à operadora desejada devido, ao uso de tecnologias diferentes e incompatíveis.

grupos terapêuticos, ofi cinas com artistas, atividades físicas e comunitárias, entre outras. Então, é feita uma avaliação clínica dos danos das drogas no organismo do paciente. Os tratamentos nos Caps AD objetivam a abstinência dos dependentes químicos. Há centros que trabalham com ‘redução de danos’, que é uma diminuição gradual do uso de drogas, até que o paciente dei-xe o vício totalmente.

Os Caps possuem atividades ocupacionais diversas como grupos de arte-educação, saú-

de do corpo inteiro, resgate da infância, entre outros. E é nes-se processo de ações educati-vas e paliativas que não devem ser abandonadas. A frequên-cia é um ponto importante na reabilitação do dependente químico ou alcoólatra.

Origem

Em 2004, quando foram criados os Caps, a grande maioria dos pacientes não ti-nha condições de pagar uma clínica particular e recorria aos serviços sociais públicos. Entretanto, essa visão está

mudando. Vários dependen-tes químicos da classe mé-dia ou alta estão começando a frequentar os centros que são reconhecidos pela sua confiabilidade.

Hoje são mais de 300 pro-fi ssionais atuando na rede de saúde mental da Prefeitura. Cada unidade possui uma equipe especializada mul-tidisciplinar, que pode ser composta por: clínico geral, enfermeiro, psiquiatra, técni-co em enfermagem, assistente social, terapeuta ocupacio-nal, arte-educador, psicólogo, educador físico e farmacêuti-co. É oferecido aos pacientes um atendimento ambulatorial com tratamento intensivo, próximo ao que se oferece a um hospital.

São feitas visitas domicilia-res, acompanha-se o paciente nos postos de saúde e assis-tência farmacêutica.

A outra face da problemá-tica é o fato de que não há leitos para os dependentes nos hospitais públicos. Ge-ralmente, os pacientes são enviados a hospitais psiquiá-tricos que não têm condições de atendê-los da forma que necessitam. Uma parcela dos pacientes afirma a necessida-de de programação nos cen-tros durante o fim de semana, que segundo os psicólogos é quando o dependente tem maior oportunidade de recair, e voltar a usar drogas.

Slide show

Câmera

Calendário

TV

GPS

Mensagem

Relógio mundial

Conversor de unidades

E - book

MP3

MP4

EmailChamadas

Calculadora

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 13/05/2010

Sede do Caps na Regional VI : em toda a cidade, 300 profi ssionais atuam na rede de saúde mental da Prefeitura Foto: divulgação

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Page 8: Jornal Classificado da Notícia#20

8 CLASSIFICADO DÁ NOTÍCIASOBPRESSÃOMAIO / JUNHO DE 2010

Au Pair dá pé

De Fortaleza para Michigan (EUA): a aluna de jornalismo Lia Dias foi aos 18 anos trabalhar como babá no Exterior, aproveitando também para conhecer a cultura e a língua norte-americanas Fotos: arQuivo Pessoal

Érika Neves

Se você sonha em trabalhar e estudar no Exterior e ado-ra crianças, ser Au Pair pode ser sua chance. Au Pair, que é uma gíria francesa que sig-nifica “troca de trabalho por moradia e alimentação”, é um programa de trabalho re-munerado que envia jovens a diversos países do mundo na condição de babás, em tro-ca de um salário semanal e a oportunidade de conhecer a cultura de outro país.

O intercâmbio é exclusi-vo para garotas que preten-dem morar por pelo menos um ano fora, fazendo parte de uma família, trabalhando para ela cuidando das crian-

ças. É preciso ter experiên-cia com os pequenos, pois as principais responsabilidades de uma Au Pair são brincar com eles, cuidar de seus per-tences, preparar o lanche, dar banho e até organizar a bagunça que fazem.

Os países disponíveis na maioria das empresas de via-gem brasileiras são Alema-nha, Áustria, Estados Uni-dos, França e Holanda. “O programa representa para o intercambista uma oportu-nidade de assimilar a língua e a cultura, ao mesmo tempo em que é remunerado.” afir-ma Danielle Sá, atendente da empresa de intercâmbio CI.

Para o programa, que pode durar no máximo dois anos, são aceitas apenas mulheres entre 18 e 26 anos, que te-nham nível intermediário de inglês, sejam solteiras, sem filhos e possuam carteira de habilitação e prática de di-reção. É de responsabilidade da Au Pair buscar e levar as crianças para a casa e, mui-tas vezes, no carro da família. Mas isso não quer dizer que a intercambista pode usar o automóvel na hora que qui-ser. O carro é exclusivo para

“Quero ir para a Alemanha para conhecer mais da cultura, ter novas experiência e mais fl uência no idioma. Ganhar dinheiro também, por que não? Eu adoro criança, cuido da minhas irmãs pequenas quando é necessário. Escolhi Alemanha porque faço curso da língua há dois anos. Se eu gostar do intercâmbio, volto pro País para fazer mestrado”

Priscila Serbim, estudante de Direito

“Cuidei do James (3) e Elly Raham (6). De-ram um trabalhão! A menina fazia muita molecagem para chamar atenção, coloca-va o pé em cima da mesa na hora do almo-ço e eu tinha que educá-la sem estresses. Às vezes eu tinha vontade de gritar, mas me controlei muito. A experiência é incrí-vel. Fiquei um ano com a família e adquiri responsabilidade para a vida inteira”

Lia Dias, estudante de Jornalismo

o uso com as crianças.A idade das crianças varia

de 1 a 12 anos. Portanto, haja responsabilidade! “A família normalmente é de classe mé-dia ou alta e pode ser de dife-rentes composições: pai, mãe e filhos, mãe solteira, pai sol-teiro, por exemplo. A Au Pair pode ser responsável por até quatro crianças”, diz Daniel-le. O trabalho dura em média de 30 a 45 horas por semana e o salário é em torno de US$ 195, que são R$ 391,95 se-manais (considerando US$1 = R$ 2,01).

Tempo livre também tem. Cada país tem regras diferen-tes de intercâmbio. Mas, se o país escolhido for os Estados Unidos, a intercambista terá um final de semana livre por mês pra fazer o que quiser e, no final do programa, pode passear durante um mês in-teiro pelo país.

Lembrando que ser Au Pair não é ser empregada doméstica, mas como mem-bro da família, ela também entrará na divisão de tarefas da casa. Um dia pode lavar prato, outro dia, quem sabe, o banheiro.

Em qualquer época do ano

é possível se inscrever no programa, pois ele funciona o ano inteiro. É importante que a interessada se matricu-le pelo menos 4 meses antes da data desejada de início, para haver reuniões de prepa-ro com a empresa, tempo de

tirar passaporte, visto e uma iniciação com a família, troca de e-mails ou telefonemas.

Para saber mais:http://www.manualdaaupair.com.br

Serviço

Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 18/05/2010

A viagem de Lia

Eu vou

Já fui