jornal classificado da notícia # 19

8
JORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2009 ANO 6 N° 19 A compra e venda de milhas se popularizou, apesar de não ser permitida pelas companhias aéreas. Página 5 Cupons com descontos garantem o movimento nos motéis de Fortaleza durante todo o ano. Página 7 Eu vou hipnotizar você Isabelle Leal e Renata Frota “Você vai sentir seus olhos pe- sados e, quando eu contar até 10, você fará tudo que eu man- dar”. Essa provavelmente é a frase que muitos associam com a hipnose. Porém, o preconceito faz com que a hipnoterapia seja ignorada enquanto tratamento válido e eficaz para diversas pa- tologias. Traumas, fobias, vícios, de- pressão, gagueira e bruxismo. Esses são alguns dos problemas para os quais a hipnose pode ser tratamento auxiliar e acele- rar o processo de cura. Por definição, hipnose é um estado alterado de consciência, natural ou induzido, que pode ser utilizado como recurso no tratamento psicológico e ape- nas não é indicado para pa- cientes psiquiátricos, como os psicóticos ou esquizofrênicos. No Brasil, a hipnose é reco- nhecida e aceita pelas entidades Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 08/09/09 Existem dois principais ti- pos de hipnose: a Clássica e a Ericksoniana. A Clássica en- volve contato físico, a Erickso- niana é basicamente verbal. Contudo, muitas outras classificações também exis- tem: a hipnose de Palco, que é basicamente um show, como visto em programas de TV; a que é feita em outros, conhe- de classe médica, odontológica e psicológica. Entretanto, há cur- sos livres que qualificam leigos. Como o tratamento é indivi- dual, não há uma regra pronta em relação ao tempo para re- sultados, porém é comprova- da a aceleração quando aliado aos tratamentos psicológicos. Segundo o hipnoterapeuta Ro- gério Castilho, “a hipnose atua entrando em contato com o in- consciente de quem apresenta alguma situação indesejada. Ali estão depositadas as memórias, as vontades e as crenças da pes- soa. Crença aqui não tem cono- tação religiosa, mas de verdades individuais”. Para o hipnoterapeuta Leon Lopes, o uso da hipnose vai além dos tratamentos psicoló- gicos. “Se uma pessoa contrair uma gripe e ela estiver deprimi- da, o seu sistema imunológico será afetado e o organismo terá mais dificuldades para se curar. Quando o uso da hipnose visa à promoção da saúde, a hipnose pode ser utilizada na maioria das situações, pois trata-se de uma abordagem que buscará apaziguar os conflitos psicoló- gicos e promover o bem-estar”. Durante a hipnose, o pa- ciente entra em transe, um estado altamente focalizado e intensificado da atenção onde a realidade passa a ser apenas a proposta pelo hipnoterapeu- ta ou pelo próprio paciente. “Todos os estímulos que antes do transe se faziam presen- tes, deixam de ‘existir’, para dar lugar a ape- nas um, aquele que está ocu- pando toda a sua energia psíquica, a que sua mente está se detendo”, define o psicólogo especialista em hipnose Odair Comin. Se existe uma dúvida entre os pacientes e todos os terapeutas citam é quanto ao nível de consciência do hipnotizado durante a ses- são. O hipnólo- go português João Morais ameniza os receios com relação a isso: “ninguém pode ser hipnotiza- do se o não quiser e, em hipnose, não fará ou dirá nada que não fi- zesse ‘acordado’”. Por não haver restrições no Brasil, a hipnose pode ser prati- cada por qualquer pessoa. “Não há legislação que regularize o uso de psicoterapias. Apenas de terapias físicas e biológicas. Portanto, o campo está aberto para todos os tipos de uso, se- jam eles éticos ou não”, ressalta o psicólogo Leon Lopes. Mitos x Verdades Histórias e curiosidades Da hipnose física à verbal cida como Hetero Hipnose; e a auto-hipnose, feita em si mesmo. A auto-hipnose é segura. Porém, deve-se ter consciência de que “tudo o que é dito e pen- sado durante o transe tem um impacto maior do que em ou- tros momentos”, alerta Odair Comin. Fabricio Correia afirma que a auto-hipnose o curou. “Há quatro anos pratico auto- hipnose e me dou muito bem. Estou curado de uma insônia e uso a auto-hipnose para dores e concentração”. Empolgado com os resultados, ele é estu- dioso da área e pretende esta- giar voluntariamente em hos- pitais de Miami, nos Estados Unidos, onde reside. A palavra Hipnose provem do latim “Hipnos” e significa sono. Hipócrates, Pai da Medicina, já afirmava que “as dores de que padecem o corpo e a alma podem ser vistas com os olhos fechados” . Há provas de que Egípcios, Assírio-babilônicos, Roma- nos, Azstecas e Mayas já uti- lizavam a técnica da hipnose para curar enfermidades. No século X, o filósofo e médico iraniano Avicenna pregava que a imagina- ção tinha força suficiente para atuar sobre o funcionamento do corpo. O médico vienense Franz Auton Mesmer foi o primeiro a usar a técnica da hipnose em tratamentos. Em 1843, o médico inglês Ja- mes Baid publicou o primei- ro tratado científico sobre a técnica, intitulando a obra como “Hipnose” . Freud utilizou a hipnose em clínica durante dez anos, ajudando seus pacientes a “pôr para fora” sentimentos reprimidos pela própria mente. Odontologia, Psicolo- gia e Medicina são os três campos da saúde nos quais a hipnose pode ser utilizada. Em pacientes com alergia à anestesia ou fobia de agulhas, a hipnoanalgesia é muito eficaz. O relaxamento profundo proporcionado pela hipnose também é útil em pacientes que tem medo de dentista. Mas é na psicologia que essa terapia encontra maior resistência, pois “apresenta resultados imediatos, como curar uma fobia em 5 minutos, e academicamente, isto é ‘im- possível’, explica Odair Comin. Multidisciplinar Há vários mitos que envolvem a hipnose. Veja as verdades segundo o Gru- po Hipnose Clínica do Instituto Brasileiro de Hipnologia. Mito A hipnose é causada pelo poder do hipnólogo Verdade Para que a hip- nose aconteça é necessário interação e confiança. Por isso, depende tanto do paciente quanto do hipnólogo. Mito O hipnólogo controla os desejos do paciente Verdade O hipnotizado não fará nada além do que faria se estivesse acordado. A vontade do paciente não enfraquece. Mito O estado de hipnose leva à perda da consciência. Verdade O paciente não perde a consciência. Ele estará ciente de tudo o que acontece e ouvirá o hipnólogo. Mito Hipnose é sono. Verdade A hipnose não é sono. O paciente não dorme, uma vez que a hipnose é um estágio anterior ao sono. A pessoa ficará relaxada, porém alerta. Mito O hipnotizado pode ficar “preso” no transe e não voltar mais. Verdade Não se fica preso ao transe. O máximo que pode acontecer é o paciente cair em sono e permanecer nele até o momento de acordar, o que é natural quando se dorme. Mito O hipnotizado revela seus segredos Verdade O hipnotizado terá a oportunidade de relembrar fatos há muito esquecidos (hiperamnésia), no entanto só falará aquilo que deseja e acha seguro. Mito A hipnose é perigosa. Verdade Assim como qual- quer tratamento, se realizada por um profissional capacitado e competente, a técnica não oferecerá nenhum perigo. FOTO: WALESKA SANTIAGO

Upload: labjor-unifor

Post on 22-Mar-2016

226 views

Category:

Documents


7 download

DESCRIPTION

Jornal laboratorial do curso de jornalismo da Universidade de Fortaleza

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Classificado da Notícia # 19

JORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2009 ANO 6 N° 19

A compra e

venda de milhas se

popularizou, apesar de

não ser permitida pelas

companhias aéreas. Página 5

Cupons com descontos garantem o movimento nos motéis de Fortaleza durante todo o ano. Página 7

Eu vouhipnotizar

você

Isabelle Leal e Renata Frota

“Você vai sentir seus olhos pe-sados e, quando eu contar até 10, você fará tudo que eu man-dar”. Essa provavelmente é a frase que muitos associam com a hipnose. Porém, o preconceito faz com que a hipnoterapia seja ignorada enquanto tratamento válido e efi caz para diversas pa-tologias.

Traumas, fobias, vícios, de-pressão, gagueira e bruxismo. Esses são alguns dos problemas para os quais a hipnose pode ser tratamento auxiliar e acele-rar o processo de cura.

Por defi nição, hipnose é um estado alterado de consciência, natural ou induzido, que pode ser utilizado como recurso no tratamento psicológico e ape-nas não é indicado para pa-cientes psiquiátricos, como os psicóticos ou esquizofrênicos.

No Brasil, a hipnose é reco-nhecida e aceita pelas entidades

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 08/09/09

Existem dois principais ti-pos de hipnose: a Clássica e a Ericksoniana. A Clássica en-volve contato físico, a Erickso-niana é basicamente verbal.

Contudo, muitas outras classifi cações também exis-tem: a hipnose de Palco, que é basicamente um show, como visto em programas de TV; a que é feita em outros, conhe-

Eu vouhipnotizar

vocêhipnotizar

vocêhipnotizar

de classe médica, odontológica e psicológica. Entretanto, há cur-sos livres que qualifi cam leigos.

Como o tratamento é indivi-dual, não há uma regra pronta em relação ao tempo para re-sultados, porém é comprova-da a aceleração quando aliado aos tratamentos psicológicos. Segundo o hipnoterapeuta Ro-gério Castilho, “a hipnose atua entrando em contato com o in-consciente de quem apresenta alguma situação indesejada. Ali estão depositadas as memórias, as vontades e as crenças da pes-soa. Crença aqui não tem cono-tação religiosa, mas de verdades individuais”.

Para o hipnoterapeuta Leon Lopes, o uso da hipnose vai além dos tratamentos psicoló-gicos. “Se uma pessoa contrair uma gripe e ela estiver deprimi-da, o seu sistema imunológico será afetado e o organismo terá mais difi culdades para se curar. Quando o uso da hipnose visa à promoção da saúde, a hipnose pode ser utilizada na maioria das situações, pois trata-se de uma abordagem que buscará apaziguar os confl itos psicoló-gicos e promover o bem-estar”.

Durante a hipnose, o pa-ciente entra em transe, um estado altamente focalizado e intensifi cado da atenção onde a realidade passa a ser apenas a proposta pelo hipnoterapeu-ta ou pelo próprio paciente. “Todos os estímulos que antes

do transe se faziam presen-tes, deixam de ‘existir’, para dar lugar a ape-nas um, aquele que está ocu-pando toda a sua energia psíquica, a que sua mente está se detendo”, defi ne o psicólogo especialista em hipnose Odair Comin.

Se existe uma dúvida entre os pacientes e todos os terapeutas citam é quanto ao nível de consciência do hipnotizado durante a ses-são. O hipnólo-go português João Morais ameniza os receios com relação a isso: “ninguém pode ser hipnotiza-do se o não quiser e, em hipnose, não fará ou dirá nada que não fi -zesse ‘acordado’”.

Por não haver restrições no Brasil, a hipnose pode ser prati-cada por qualquer pessoa. “Não há legislação que regularize o uso de psicoterapias. Apenas de terapias físicas e biológicas. Portanto, o campo está aberto para todos os tipos de uso, se-jam eles éticos ou não”, ressalta o psicólogo Leon Lopes.

Mitos x Verdades

Histórias e curiosidades

Da hipnose física à verbalcida como Hetero Hipnose; e a auto-hipnose, feita em si mesmo.

A auto-hipnose é segura. Porém, deve-se ter consciência de que “tudo o que é dito e pen-sado durante o transe tem um impacto maior do que em ou-tros momentos”, alerta Odair Comin.

Fabricio Correia afi rma

que a auto-hipnose o curou. “Há quatro anos pratico auto-hipnose e me dou muito bem. Estou curado de uma insônia e uso a auto-hipnose para dores e concentração”. Empolgado com os resultados, ele é estu-dioso da área e pretende esta-giar voluntariamente em hos-pitais de Miami, nos Estados Unidos, onde reside.

A palavra Hipnose provem do latim “Hipnos” e signifi ca sono.

Hipócrates, Pai da Medicina, já afi rmava que “as dores de que padecem o corpo e a alma podem ser vistas com os olhos fechados”.

Há provas de que Egípcios, Assírio-babilônicos, Roma-nos, Azstecas e Mayas já uti-lizavam a técnica da hipnose para curar enfermidades.

No século X, o fi lósofo e médico iraniano

Avicenna pregava que a imagina-ção tinha força

sufi ciente para atuar sobre o funcionamento do corpo.

O médico vienense Franz Auton Mesmer foi o primeiro a usar a técnica da hipnose em tratamentos.

Em 1843, o médico inglês Ja-mes Baid publicou o primei-ro tratado científi co sobre a técnica, intitulando a obra como “Hipnose”.

Freud utilizou a hipnose em clínica durante dez anos, ajudando seus pacientes a “pôr para fora” sentimentos reprimidos pela própria mente.

Odontologia, Psicolo-gia e Medicina são os

três campos da saúde nos quais a hipnose pode ser utilizada. Em pacientes com alergia à anestesia ou fobia de

agulhas, a hipnoanalgesia é muito efi caz. O relaxamento

profundo proporcionado pela

hipnose também é útil em pacientes que tem medo de dentista.

Mas é na psicologia que essa terapia encontra maior resistência, pois “apresenta resultados imediatos, como curar uma fobia em 5 minutos, e academicamente, isto é ‘im-possível’, explica Odair Comin.

Multidisciplinar

Há vários mitos que envolvem a hipnose. Veja

as verdades segundo o Gru-

po Hipnose Clínica do Instituto Brasileiro de Hipnologia.

Mito A hipnose é causada pelo poder do hipnólogo

Verdade Para que a hip-nose aconteça é necessário interação e confi ança. Por isso, depende tanto do paciente quanto do hipnólogo.

Mito O hipnólogo controla os desejos do paciente

Verdade O hipnotizado não fará nada além do que faria se estivesse acordado. A vontade do paciente não enfraquece.

Mito O estado de hipnose leva à perda da consciência.

Verdade O paciente não perde a consciência. Ele estará ciente de tudo o que acontece e ouvirá o hipnólogo.

Mito Hipnose é sono.Verdade A hipnose não é

sono. O paciente não dorme, uma vez que a hipnose é um estágio anterior ao sono. A pessoa fi cará relaxada, porém alerta.

Mito O hipnotizado pode fi car “preso” no transe e não voltar mais.

Verdade Não se fi ca preso ao transe. O máximo que pode acontecer é o paciente cair em sono e permanecer nele até o momento de acordar, o que é natural quando se dorme.

Mito O hipnotizado revela seus segredos

Verdade O hipnotizado terá a oportunidade de relembrar fatos há muito esquecidos (hiperamnésia), no entanto só falará aquilo que deseja e acha seguro.

Mito A hipnose é perigosa.Verdade Assim como qual-

quer tratamento, se realizada por um profi ssional capacitado e competente, a técnica não oferecerá nenhum perigo.

Foto: Waleska santiago

Page 2: Jornal Classificado da Notícia # 19

2 CLASSIFICADO DÁ NOTÍCIASOBPRESSÃONOVEMBRO/ DEZEMBRO DE 2009

Jornal Classificado dá Notícia - Fundação Edson Queiroz - Universidade de Fortaleza - Centro de Ciências Humanas - Diretora do CCH: Profa. Erotilde Honório - Curso de Comunicação Social - Jornalismo - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Eduardo Freire - Disciplina Princípios e Técnicas de Jornalismo Impresso I - Concepção: Prof. Jocélio Leal - Projeto Gráfico: Prof. Eduardo Freire - Diagramação: Aldeci Tomaz - Estagiária de Produção gráfica: Katryne Rabelo - Conselho Editorial: Professores Beth Jaguaribe e Eduardo Freire - Revisão: Profa. Solange Morais - Supervisão gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor - Tiragem: 500 exemplares - Estagiários de Redação: Camila Marcelo e Viviane Sobral.

Confira mais matérias dos alunos da Disciplina Impresso I, semestre 2009.2, pelo blog http://blogdolabjor.wordpress.com

Camila Serra

Problemas em casa, trabalho, correria, trânsito caótico e con-tas a pagar. Fatos do cotidiano das grandes cidades e que re-sultam no tão falado estresse, gerador de esgotamento físico e psíquico. Embora a ciência ain-da não tenha encontrado a fór-mula ideal para combater esses danos, que atingem pessoas de todas as faixas etárias, uma boa massagem pode ser a solução perfeita e natural para relaxar e devolver energia ao organismo.

Reconhecida como um dos

mais antigos métodos de tra-tamento, a massagem é citada em textos médicos de Hipócra-tes, pai da medicina, datados de aproximadamente 4.000 anos atrás. São inúmeros os benefícios: alívio de dores e cansaço muscular, relaxamen-to de músculos tensos, aumen-to da flexibilidade, melhoria do sono e redução do estresse.

O preço das sessões varia de acordo com o tipo de massagem, os aparelhos utilizados e também a clínica escolhida. Os especialis-tas advertem: é preciso observar com muito cuidado o ambiente, principalmente a higiene.

Diferentes mãos O tipo de massagem é defi-

nido a partir da avaliação de um especialista.

Muitos médicos têm recorri-do a massagem como um com-plemento para os tratamentos tradicionais de doenças como a Lesão por Esforço Repetitivo (LER), mas a técnica ainda é considerada alternativa e pou-cos planos de saúde cobrem o

serviço mesmo com a indicação médica. É preciso ficar atento as contra-indicações. “Pacientes com quadro de infecção, trom-bose e problemas nos ossos não devem fazer”, aconselha o clíni-co geral José Célio Costa.

De acordo com a massotera-peuta Sara Silva, os tipos mais procurados de massagem são a drenagem linfática e a massagem relaxante. A drenagem é a mais indicada por cirurgiões após as operações plásticas por ajudar no processo de emagrecimento.

A massagem relaxante é in-dicada para quem procura uma opção mais natural e saudável de relaxamento. “Muita ener-gia é passada através das mãos, o calor que elas transmitem e o tipo de toque é essencial para promover o relaxamento com-pleto”, diz Sara.

Não existe idade mínima para receber massagem. Algumas clí-nicas de Fortaleza já oferecem o serviço para recém-nascidos, com a premissa de que a mas-sagem ajuda a criança a ter um sono mais calmo e duradouro.

A arte do toque

Camila Lopes

A Medicina tradicional está aos poucos se rendendo aos bons resultados da medici-na oriental, que possui vários recursos terapêuticos usados tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças. A acupuntura, uma das práticas mais populares, vem sendo re-comendada por diversos médi-cos tradicionais como um mé-todo terapêutico eficiente para a solução dos mais diversos in-cômodos: desde dores muscu-lares e asmas até enxaquecas e insônias.

O bancário Paulo Eduardo de Freitas, 47, procurou a acu-puntura como opção para a so-lução de um problema em seu pé esquerdo. “Torci o pé quan-do descia uma escada e passei mais de um ano em tratamen-tos sem resultados”. Paulo re-

lata ainda que, após imobilizar o pé e fazer inúmeras sessões de fisioterapia e hidroterapia, achava que a dor da torção jamais iria cessar. Foi nessa época que o médico da clínica de fisioterapia que frequenta-va indicou-lhe que buscasse a acupuntura. “Como não sou fã de agulhas, eu relutei bastante a princípio, mas a dor me con-venceu. Para a minha surpresa, com menos de cinco sessões a dor sumiu”, conta Paulo.

A aposentada Norma Almei-

da, 78, explica que procurou a acupuntura a partir da indica-ção de amigas. “Vinha sentindo dores nas costas que prejudi-cavam muito a minha dormida e algumas colegas minhas es-tavam fazendo acupuntura pra tratar de dores nas juntas e me incentivaram a tentar algumas sessões”, conta a aposentada.

A dor nas costas sumiu, as-sim como a insônia que a acom-panhava. “A médica fez um tra-tamento específico para a dor nas costas e outro focando na

insônia. Nunca dormi tão bem”, comemora Dona Norma.

A pediatra e acupunturista Teresa Cristina Menescal, que se especializou nesta área há sete anos na Uece, fala que, como em qualquer outra ati-vidade ligada à Medicina, é necessário o profissional ficar sempre se atualizando e parti-cipando de congressos e cursos de aperfeiçoamento. “Penso em ir fazer um curso na China, Não há melhor lugar para se fazer um curso do que lá”.

Acupuntura: direto ao ponto

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 11/12/09

A massagem possibilita uma pausa do estresse e um pouco de paz Foto: Waleska santiago

Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 09/12/09

Arte milenar chinesa ganha maior reconhecimento na medicina tradicional e conquista novos adeptos Foto: divulgação

A acupuntura existe há mais de cinco mil anos na China e, desde então, vem se firmando gradati-vamente no Ocidente. A acupun-turista Teresa Menescal diz que é muito bom ver médicos tradicio-nais reconhecendo os benefícios da acupuntura e trabalhando junto com os especialistas da área para melhorar a vida dos pa-cientes. Planos de saúde já estão reconhecendo a acupuntura como uma especialidade médica, por mais que esse tipo de pro-fissional não esteja totalmente regularizado no Brasil.

Ela afirma, porém, que certos cuidados devem ser tomados na hora de os pacientes escolherem um especialista. “Na minha es-pecialização, somente médicos formados podiam participar, mas infelizmente existem cursos que não exigem pré-requisito algum de seus alunos. Esses cursos provavelmente não estão devidamente regularizados”. Há diversos cursos de acupuntura que são ofertados em Forta-leza, mas, para ser válido, o curso deve seguir as normas da Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA), que, por sua vez, responde ao Conselho Federal de Medicina (CFM).

Saiba Mais

Popularização

Page 3: Jornal Classificado da Notícia # 19

3CLASSIFICADO DÁ NOTÍCIASOBPRESSÃO

NOVEMBRO/ DEZEMBRO DE 2009

Independentemente de quais questões levam as pessoas a não ingerir carne, é preciso ter alguns cuidados antes de fazer uma mudança brusca no cardápio. Não basta apenas aderir à causa. importante consultar uma nutricionis-ta que oriente como repor, através de outros alimentos, os nutrientes perdidos, como as proteínas e o ferro ricos na carne.

Segundo a nutricionista Laydiane Lima, não basta mu-dar a alimentação. É importan-te saber qual a quantidade de vegetais ideal para suprir as necessidades orgânicas, além de ser imprescindível verifi -car se o paciente tem alguma defi ciência prévia para algum nutriente. “Se você quer ser vegetariano, deve verifi car os seus hábitos alimentares. Não adianta você, que consumia só picanha, farofa e arroz, passar a comer uma grande variedade de vegetais”, afi rma Laydiane.

Não existe uma idade mais adequada para tornar-se ve-getariano, mas não é indicado para crianças, por estarem em fase de crescimento. A falta de proteínas pode provocar anemia, fragilidade muscular, queda de cabelo, entre outras consequências. “Senti algumas fraquezas inicialmente, pois fui criada comendo carne e tenho propensão à anemia. A partir desse episódio, busquei informações em sites, livros e consultei um nutricionista para adequar meu corpo a essa nova dieta”, afi rma Clara.

Os principais cuidados que se deve ter numa dieta vege-tariana dizem respeito à vi-tamina B12, só obtida em ali-mentos de origem animal, e ao Ômega 3, que se encontra em grãos integrais e verduras folhosas, porém em quan-tias menores comparadas às encontradas principalmente em peixes e ovos. Principal-mente para os vegetarianos estritos, é importante recorrer a suplementos.

A nutricionista Mariana Barbosa acredita no equilíbrio alimentar. Indica que as pes-soas devem atentar a porções adequadas de cada um dos oito grupos que compõem a pirâmide alimentar (ver quadro ). “Se o Ministério da Saúde indica uma pirâmide alimentar, então por que dei-xar de comer?”, indaga.

Precauções

Não basta apenas querer

Camila Marcelo

É muito comum relacionar ve-getarianos a pratos de saladas. Isso porque associam o nome a vegetais. O termo, na ver-dade, veio da expressão latina “vegetus”, que signifi ca forte, vigoroso, saudável. O vegeta-rianismo tem suas raízes nas tradições indianas, mas, atual-mente, está ligado mais a uma sensibilização aos animais e ao meio ambiente.

São poucas as opções nos cardápios. Os restaurantes ofe-recem comidas que não contêm carne, mas não há variedade. “Existem pouquíssimas opções em Fortaleza. Para quem, como eu, come leite, ovos e deriva-dos, é até um pouco mais fácil. Mas e quem é vegan? Sempre como em casa antes de sair e levo barra de cereal na bolsa para não ‘passar fome’ por aí”, reclama Clara Dourado, estu-dante de jornalismo da Unifor.

Mesmo em meio a algumas piadas e estranhamentos de conhecidos e até de familiares, não para de crescer o número de adeptos da dieta vegetaria-na. “Em 2004, eu tentei virar vegetariana, mas, como nin-guém aqui em casa deu apoio, fi cou difícil e não deu certo”, conta Lethícia Angelim, estu-dante de jornalismo da UFC, que este ano, mesmo com a re-sistência dos pais, decidiu ser vegetariana.

Embora muito se fale sobre os benefícios de se ter uma ali-mentação à base de verduras, frutas e legumes, o médico naturopático Sthepen Byrnes,

Viver à base de alface?

Comer salada fi cou associado ao vegetarianismo Foto: FaBiane de Paula

Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 11/12/09

que trata as pessoas através de métodos naturais, apresenta contrapontos sobre esse tema em seu artigo “Os mitos do ve-getarianismo”. Ele não nega a importância desses elementos no cotidiano humano, mas diz que a pessoa não deve limitar-se a eles, pois há diferentes nu-trientes vitais ao homem que só são encontrados em produ-tos de origem animal.

Os tiposPopularmente, dependen-

do da dieta, o vegetariano é classifi cado como: ovolacto-vegetariano, lactovegetariano, ovovegetariano ou vegetariano estrito. Este consome apenas alimentos de origem vegetal. Ele é considerado o verdadeiro vegetariano, apesar de a União Vegetariana Internacional de-fi nir o vegetarianismo como “a prática de não comer carne, aves, peixes ou seus subprodu-

tos, com ou sem uso de laticí-nios e ovos”.

Por que ser vegetariano? Muitos adotam uma ali-

mentação restrita a carnes por questões ambientais. Justifi -cam que a pecuária é uma das principais culpadas pela de-vastação da Amazônia e que o gasto hídrico para criar gados é enorme, sendo superior ao da produção agrícola. Segun-do a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Ali-mentação (FAO), para produzir 1 kg de carne bovina são gastos aproximadamente 15 mil litros de água, enquanto para 1 kg de soja são gastos menos de 1.300 litros de água. “Eu virei mesmo por motivos principalmente so-ciais e ambientais. A questão da saúde veio ser só uma coisa a mais de bom”, explica Lethícia.

Fora os impactos ambien-tais, há aqueles que recorrem

a razões de saúde. Uma dieta vegetariana pode reduzir a pro-babilidade de se ter câncer e ainda é efi caz para equilibrar o nível de colesterol no organis-mo. A nutricionista e professora da Unifor Laydiane Lima afi r-ma que, quando consumida em porções grandes e variadas, essa alimentação pode trazer resul-tados positivos. “Os benefícios são, principalmente, o funcio-namento do intestino, já que a quantidade de fi bras é mais ele-vada e a gente tem uma grande parcela da população sofrendo com constipação crônica. Além da proteção contra alguns tipos de câncer, por causa de alguns antioxidantes presentes nela, e contra problemas cardiovascu-lares, por ter menor quantidade de gordura saturada”.

Razões econômicas e cultu-rais também são explicações para aderir a essa dieta. Mas uma das motivações mais fortes é o amor aos animais. “Diversos fatores entram nessa equação: questão política-econômica, questão ambiental, questão so-cial, melhoria da saúde, alma e, principalmente, amor aos ani-mais (compaixão)”. Assim jus-tifi ca Clara o fato de ser há qua-tro anos ovolactovegetariana.

Muitos documentários já abordaram os maus tratos so-fridos pelos animais antes de levados ao abate. Um deles é “A carne é fraca”, produzido pelo Instituto Nina Rosa. Esse fi lme abordou a forma como os abate-douros das regiões Sul e Sudeste do Brasil cuidam dos bovinos. Ele já mudou a visão de muitos brasileiros, fazendo-os reverem os seus hábitos alimentares. “A criação de animais para fi ns ali-mentícios nas grandes indús-trias não é nada parecida com a prática convencional. As con-dições as quais os animais são submetidos e a forma com que são tratados não são divulga-das pela mídia, pois a indústria alimentícia gera muito dinhei-ro. É uma forma desumana de tratar os seres vivos em prol do lucro”, comenta Flávia Grams, estudante de nutrição.

Recomendado para maiores

É um regime alimentar que restringe o consumo de qualquer tipo de carne e derivados, como gelatina com base em ossos de ani-mais. O vegetariano ver-dadeiro, classifi cado como vegetariano estrito, é o que tem em sua dieta apenas alimentos de origem vege-tal. Mas há também aqueles que, além disso, incluem em sua dieta leite e derivados (lactovegetarianismo), ovos (ovovegetarianismo) ou então os dois (ovolactove-getarianismo).

O veganismo não é uma dieta alimentar, é uma fi loso-fi a de vida. Não se resume a apenas não ingerir carne. Ele luta pela inclusão dos animais na sociedade de uma outra forma, como “animais não-hu-manos” ou “animais sencien-tes”. Além de serem vegeta-rianos estritos, os vegans não consumem nenhum produto de origem animal ou que o tenha sido feito de cobaia, como casacos de pele e cosméticos. Não frequentam, também, locais que explorem os animais, como rodeios.

Vegetariano Vegan

Fonte: PHILIPPI, S.T. e col., 1998. Ilustração: Graziela Mantoanelli.

Page 4: Jornal Classificado da Notícia # 19

4 CLASSIFICADO DÁ NOTÍCIASOBPRESSÃONOVEMBRO/ DEZEMBRO DE 2009

Helena Toffeti

As coleções, de uma forma mais ampla, foram responsá-veis pelo nascimento de mu-seus, de bibliotecas e mesmo de teorias importantes. É o que defende a psicóloga Be-atriz Cardoso, 46. Ela alerta para a importância das cole-ções ao indivíduo e à socieda-de. “Darwin também colecio-nava”, disse se referindo ao

cientista criador da Teoria da Evolução, o qual colecionava, entre outras coisas, esqueletos de pequenos animais.

Segundo Beatriz, numa avaliação psicológica, é de grande importância saber se o paciente coleciona algo. Para ela, existem diversos motivos para que uma pessoa comece uma coleção e, por meio de in-formações como o que se cole-ciona e o porquê, além de com qual intensidade o indivíduo se dedica à coleção, pode-se dizer muito sobre ele.

Homens, mulheres, crian-ças, quase todo mundo cole-ciona ou já colecionou alguma coisa. De carrinhos e selos à carros antigos e quadros im-portantes. O universo de cole-ções é enorme e conta histó-rias, não apenas sobre o dono dos artigos, mas também sobre um período ou um lugar.

Para o músico Marcelo

Nascimento, 31, colecionador de selos, o interesse começou ainda na escola. Na época, segundo ele, a diversão era trocar selos com os colegas e competir para ver quem pos-suía os mais raros. A coleção, porém, não acabou junto com os tempos de colégio. “Acho que quando você gosta de uma coisa, quer ter tudo daquilo”, disse o músico que possui também uma coleção de cha-veiros, lembranças de viagem suas e de amigos.

A infância, segundo a psi-cóloga Beatriz, é uma fase muito propícia para começar a colecionar. Um exemplo disso é Nicole Pessoa, 10, que come-çou sua coleção de bichos de pelúcia após ganhar o primei-ro ursinho de sua mãe. Nico-le, que também já colecionou papéis de carta, diz que faz co-leções simplesmente porque gosta. “É divertido”, confessa.

Nem só de objetos se fazem as coleções. É o que mostra Roberto Portilho, 75, supervi-sor da Petrobrás por 34 anos. Roberto, aposentado, diz cole-cionar experiências e memó-rias. “Eu já percorri esse Bra-sil inteiro”, conta.

De acordo com Beatriz, a atividade de colecionar tam-bém pode se tornar um pro-blema caso não exista um controle e um discernimento por parte do colecionador. “Assim como existem cole-ções que dão origem a mu-seus, existem pessoas que roubam artigos de museus para sua coleção própria”. Se-gundo a psicóloga, a partir do momento em que a coleção começa a se tornar uma prio-ridade, a ponto de atrapalhar o trabalho e os relacionamen-tos, passa a se tornar preocu-pante, podendo até mesmo ser sintoma de compulsão.

Colecionar com prazer

Daniely Pinto

As mães de primeira viagem normalmente se sentem des-preparadas no período da gra-videz. Por mais que esta tenha sido planejada, sempre vêm as dúvidas. Parto normal ou cesa-riana? Como curar os enjoos? Quando levar o bebê ao médi-co? Assim, um pré-natal bem feito é básico.

A médica Camila Nunes orienta: “infelizmente não existe um manual, mas com o tempo a mãe vai ser a pessoa que mais conhece seu fi lho,

que aprende a diferenciar um choro de fome, de cólica, de chamar atenção. Mas isso leva um tempo e, enquanto isso, a mãe deve sempre na dúvida levar sim o bebê nos postos de saúde”.

É importante que desde o começo da gravidez a mulher se cuide bem, tenha uma boa alimentação, não consuma álcool, não fume e faça exer-cícios. Tudo isso infl ui tanto para a saúde dela como para a do bebê. Tão necessário quan-to todas essas medidas são os exames obrigatórios. A reali-zação de um bom pré-natal di-minui possíveis problemas na hora do parto.

Evitar automedicação tam-bém é indispensável, adverte o enfermeiro Rodrigo Faria. “Muitas mulheres costumam tomar remédios sem a pres-crição médica durante a gravi-dez, principalmente por causa dos enjoos, o que é um perigo enorme para o bebê”.

Faria sugere refeições leves, muitas frutas, comer menos e

mais vezes durante o dia. Se mesmo assim persistirem os enjoos, deve-se ir ao médico. Ele é o único que pode prescre-ver medicações. Também é im-portante depois do nascimento do bebê sempre levá-lo ao pos-to de saúde.

Não se deve confi ar somen-te nos conselhos de vizinhos, fazendo a criança se encher de remédios desnecessários. Há risco de intoxicação grave. A médica Camila Nunes alerta para o perigo disso. “Eu já vi muita mãe chegar com bebê em estado grave no hospital por ter seguido conselho de vizinha. Nós recomendamos que as mães devem sempre ir procurar um pediatra em caso de dúvida e nunca, em nenhum caso, medicar o bebê sem pres-crição médica”.

Pré-Natal dá segurançaUm pré-natal adequado ga-

rante uma boa gravidez e um parto mais seguro. É no pré-natal que o seu médico pode verifi car a saúde da gestante

e do bebê. Em cada consulta, devem ser avaliados: o peso, a pressão arterial e altura do útero da futura mãe.

O acompanhamento per-mite diagnosticar alguma doença ou má formação no feto com antece-dência, como também garantir a previsão de quando será o parto.

Por todos esses moti-vos, devem-se seguir à risca todos os cuida-dos e fazer todos os exames re-comendados pelo médico.

Manual da mãe de primeira barriga

e do bebê. Em cada consulta, devem ser avaliados: o peso, a pressão arterial e altura do útero da futura mãe.

O acompanhamento per-mite diagnosticar alguma doença ou má formação no feto com antece-dência, como também garantir a previsão de quando será o parto.

Por todos esses moti-vos, devem-se seguir à risca todos os cuida-dos e fazer todos os exames re-comendados pelo médico.

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 11/12/09

Gravidez: ter um acom-panhamento médico desde o início permi-te a futura mãe um parto mais tranquilo e sem ris-cos Foto: Waleska santiago

Anúncio veiculado no jornal “O Povo no dia 09/12/09

Foto: caMila MaRcelo Foto: FaBiane de Paula Foto: FaBiane de Paula

Foto: lucas Menezes

Foto: Waleska santiago

Page 5: Jornal Classificado da Notícia # 19

5CLASSIFICADO DÁ NOTÍCIASOBPRESSÃO

NOVEMBRO/ DEZEMBRO DE 2009

Bruna Feijó

A monografi a consiste no tra-balho fi nal de qualquer curso de graduação e especialização. Entretanto, alguns alunos não se sentem capacitados, não têm tempo ou compromisso para fazê-lo, por isso, contra-tam os chamados “profi ssio-nais da monografi a”.

Além da falta de ética que existe em entregar o trabalho de outra pessoa dizendo ser seu, tanto quem vende, quanto quem compra a monografi a está violando as normas administra-tivas da instituição, além de co-menter falsidade ideológica, por omitir a informação de quem realmente é o autor. A pena é de um a três anos e multa.

O trabalho destes elaborado-res, como são chamados na In-ternet, não é raro. Muitos alunos os contratam, fazem apenas uma leitura, decoram os textos e apre-sentam o tema,. Assim fez a pro-fessora formada em psicopedago-gia, Carla Soares (nome fi ctício).

Ela afi rma que resolveu re-correr à compra devido ao con-

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 02/12/09

Os profissionais da monografia

Geovana Rodrigues

Os anúncios de compra e ven-da de milhas aéreas estão nos jornais e nas páginas de pes-quisa da Internet. As regras dos sistemas de milhagem das companhias aéreas, con-tudo, vedam o comércio das milhas.

As milhas são vendidas em pacotes por agências de viagens. Dez mil milhas cus-tam R$ 450,00 mais a taxa de embarque. Os pontos não são transferidos e a agência emi-te uma passagem no nome

Comércio de milhas é ilegal, mas voa livre

Um dos motivos de haver esta atitude nas faculdades é que muitos professores, partici-pantes da banca, não se in-teressam em avaliar bem os alunos, como afirma a aluna Carla: “eu não li os livros in-dicados e fiquei com receio de surgir alguma pergunta que eu não soubesse respon-der, mas tive sorte porque na hora das apresentações a sala estava muito lotada, então os professores nos davam pouco tempo pra apresentar e eles estavam restritos para fazer qualquer pergunta”.

Esta irregularidade traz vários pontos negativos. O principal deles é que parte dos formandos que pratica-ram este comércio tornam-se profissionais incapacitados em vários segmentos da so-ciedade.

Mesmo aqueles que exer-cem este comércio reconhe-cem que há riscos. “Quem contrata este tipo de profis-sional está perdendo a chance de se qualificar dentro da sua área, isto é, ele deixa de ter uma aprendizagem de qua-lidade e posteriormente não será um bom profissional”, afirma Carla Soares.

selho de uma amiga e por des-cobrir, também, que a maioria dos colegas da sua pós-gradu-ação comprariam os trabalhos. “Teve uma que sofreu muito fazendo sozinha e disse que só não pagou outra pessoa pra fazer por ela porque não tinha dinheiro”, relembra.

Antes da apresentação há um acompanhamento feito por um orientador. Por ele ajudar a escrever a monografi a, os alunos precisam mostrar regu-larmente o andamento do tra-balho. Por isso, o elaborador precisa escrever o texto aos poucos para o orientador indi-car os erros cometidos.

De acordo com a professora da Faculdade Cearense Jude-nildes Guedes há alguns meios de perceber quando um aluno não faz seu próprio trabalho. O primeiro passo é usar os sites de buscas para ver se foi copiado da Internet. O segundo é reparar se o aluno sabe responder as per-guntas básicas que a bancada faz sobre o assunto.

O nervosismo de apresentar um trabalho sem estar prepara-do também é normal para quem está numa situação desta. “Um dia antes da apresentação, o pa-vor foi tão grande de ser desco-berta que desisti de apresentar. No entanto, duas amigas vieram até minha casa e me convence-ram”, explica Carla.

Juliana Lima (nome fi ctício) é uma “profi ssional da mono-grafi a”. O seu contato é facil-mente encontrado nos classi-fi cados dos jornais. Ela afi rma que faz a pesquisa por meio de

livros, para os professores não encontrarem o trabalho na In-ternet. Garante que não preci-sa da ajuda do aluno e cobra R$ 200 pelo trabalho escrito e R$ 300 quando solicitada a apresentação em slides. Os va-lores aumentam dependendo de quem faz e podem chegar de R$ 900 a R$ 1.600, levan-do em consideração se o aluno ajuda ou não.

Compra onlineOutro meio muito usado

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 11/12/09

do comprador. “Estou nes-se mercado há anos, não há nada de ilegal nisso”, afirmou um anunciante que não quis se identificar.

Segundo o regulamento do Fidelidade TAM, os pontos não podem ser comerciali-zados e não são passíveis de herança. O item 1.12 do regu-lamento do programa Smiles, da GOL-Varig, proíbe qual-quer tipo de comercializa-ção de milhas ou prêmios do Programa, sob pena de serem tomadas medidas judiciais cabíveis. O Classificado dá Notícia tentou contato com a TAM, mas até o fechamento desta edição não houve retor-no por mail.

Função é fidelizarA milhagem consiste na

oferta de um benefício aos passageiros por meio de car-tões que acumulam pontos ou milhas a cada trecho viajado. A TAM usa números diferen-tes de pontos para emissão de uma passagem na alta ou bai-

xa temporada. “Quanto mais você viaja, mais pontos você acumula”, diz o discurso de venda da companhia aérea. “É só apresentar seu cartão fidelidade na hora do embar-que”, acrescenta. A partir de 6 mil milhas o passageiro pode dispor de seu bônus e viajar pelo País ou para exterior.

Outro forma de acumular pontos é comprar com car-tões de crédito conveniados às companhias aéreas. Cadas-trando o cartão ao programa de milhas, quanto mais se compra, maiores são os pon-tos para acumular e transferir para o cartão da companhia que escolhida no cadastro. Em geral a cada US$ 1 gasto, ganha-se uma milha. Os pon-tos são intransferíveis para terceiros.

Sendo vinculada às em-presas aéreas ou associada a cartões de compra, a milha-gem tem prazo de validade. No caso do Smiles, o dono do cartão terá três anos para re-verter para uma passagem. Já

no Fidelidade Tam, o prazo é de dois anos.

Viagens decolamCom a queda do

dólar e a crise inter-nacional, viajar ficou mais fácil. Desde de-zembro de 2008, o preço das passagens aé-reas vem caindo. Segundo o Índice de P r e ç o s ao Con-sumidor Semanal (IPC-S), da Fundação Getú-lio Vargas, as via-gens internacionais tiveram uma redu-ção de 24% este ano.

O gerente de novos negó-cios da Casablanca Turismo Alberto Moura afirma que ir para o exterior, agora que o real está valorizado, tornou-se mais vantajoso do que via-jar pelo Brasil.

Passagens aéreas para

Comércio de milhas é ilegal, mas voa livre

Viagens decolamCom a queda do

dólar e a crise inter-nacional, viajar ficou mais fácil. Desde de-zembro de 2008, o preço das passagens aé-reas vem caindo. Segundo o Índice de P r e ç o s

sumidor Semanal (IPC-S), da Fundação Getú-lio Vargas, as via-gens internacionais tiveram uma redu-ção de 24% este ano.

O gerente de novos negó-

zembro de 2008, o preço das passagens aé-

Faça você mesmo

Antes de começar • O ponto principal é estudar muito;• Ler livros que deem base para o material a ser escrito;• Ler outras monografi as sobre o assunto escolhido;• Fazer um cronograma e atentar para atender o prazo;• Não deixar nada pra última hora;

Finalização• Fazer resumo de tudo aquilo que for interessante da pesquisa;• Padronizar o texto de acordo com as normas da ABNT (fonte, tamanho da letra, margem, parágrafos etc.);• Escrever no texto apenas aquilo que tenha a ver com o tema escolhido;

A apresentação• Elaborar slides por tópicos, ape-nas para lembrá-lo do que precisa ser dito;• Abusar nas ilustrações• Estudar muito, quando se tem domínio sobre o assunto o nervo-sismo diminui;• Depois do resultado, divulgar a monografi a onde puder e colocar no currículo.

Saiba Mais

Nova York chegavam a cus-tar R$ 2,2 mil, mas hoje já é possível encontrar por até mil reais mais barato. No período das férias, segundo Alberto, a procura fica ainda maior, principalmente para a Europa e EUA. Então, é só escolher o destino e embarcar.

Fotos: Waleska santiago / aRte: aldeci toMaz

como contato entre o aluno e o elaborador é a Internet. Um desses sites funciona desde janeiro de 2002 e recebe pro-postas de trabalhos fora do Nordeste. Na página inicial são mostradas quatro compara-ções entre a sua metodologia de pesquisa com a de outros sites. Afi rma que cada texto é único, não é copiado. Ele é fei-to em cima de assuntos estuda-dos nos livros e ainda é editado após a devolução da monogra-fi a pelo orientador.

A repercussão negativa na formação do profi ssional

Page 6: Jornal Classificado da Notícia # 19

6 CLASSIFICADO DÁ NOTÍCIASOBPRESSÃONOVEMBRO/ DEZEMBRO DE 2009

Alto preço estimula pirataria Opinião

Pirataria é em tese crime, não se pode negar. De acordo com o artigo 184, parágrafo segundo do código penal, é considerado violação do direito autoral quando há distribuição, venda, alu-guel ou armazenamento de original ou cópia de uma obra, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem os represente. Entretanto, a venda de CDs e DVDs falsificados é feita a céu aberto e sem nenhuma punibilidade. Então, fica a questão, por que a pena prevista de reclusão, de um a quatro anos, e multa não é aplicada?

Certamente, amigos e familiares, até nós mesmos, já tiramos fotocópia de um livro completo, compramos algum filme em ca-melô ou fizemos downloads de músicas da Internet. Por mais que seja ilegal, esse fato tornou-se tolerável e, até mesmo, natural em nossa sociedade. Diante disso, o Princípio de Adequação Social é utilizado para arquivar inquéritos contra os casos de pirataria.

Segundo esse princípio, formulado pelo jurista alemão Hans Welzel, uma conduta socialmente aceita não pode ser conside-rada criminosa, embora formalmente ilegal. A teoria de Welzel é um recurso “doutrinário” (não provêm de nenhuma lei) que juízes, promotores, defensores e advogados usam para caracterizar ou não uma conduta como criminosa.

A sociedade está em constante transformação e, em cada caso analisado, o juiz deve observar quais foram os fatos e va-lores sociais que deram origem ao incidente e, não, aplicar a lei puramente como está escrita. Assim explica o jurista Hermann Kantorowicz: “o juiz tem o compromisso apenas com a justiça e age conforme a sua exclusiva convicção, por isso, o juiz não pode ser apenas um especialista em leis que as aplica mecanicamente, mas deve também ter os olhos voltados para a sociedade, a fim de saber interpretar os seus anseios na análise do fato”.

As leis devem ser interpretadas e adequadas às necessidades sociais. Afinal, o Direito não é uma ciência exata. Ele deve atender e moldar-se aos interesses da sociedade e, não, o contrário.

Lucas Menezes

A compra de softwares piratas se tornou uma prática comum no Brasil. Segundo a Associa-ção Brasileira de Empresas de Software (Abes), cerca de dois a cada quatro programas usa-dos no Brasil são piratas.

O alto preço da licença de uso dos softwares - uma vez que não é possível adquiri-lo propriamente dito, mas sim uma licença de uso - é um dos principais fatores que motivam os consumidores a adquirir essa alternativa ao produto original. A pirataria é a violação dos di-reitos autorais e acontece quan-do um indivíduo ou empresa oferece, tanto gratuitamente como por dinheiro, o software por meio de mídias ou disponi-

biliza o programa ou seu núme-ro de série pela Internet.

A punição pelo crime (ver quadro), tanto para quem com-pra como para quem vende, é de seis meses a quatro anos de detenção, além do pagamento de uma multa que pode chegar a 3000 vezes o valor do softwa-re pirateado.

O estudante de comunicação social João Felipe* argumen-ta que não utiliza do software original principalmente por causa do preço. Programas como o Microsoft Windows, Adobe Photoshop e jogos são muito caros para a realidade brasileira, e, ainda mais, para um estudante. “Talvez, se hou-vesse apoio do Governo, como a diminuição de impostos para reduzir o preço, compraria o original”, afirma. Para ele, exis-tem dois tipos de pirataria: por meio de downloads na Inter-net, que é apenas um compar-tilhamento de dados de graça, e a que contribui para o tráfico por meio da compra de DVDs ou CDs vendidos por camelôs.

Ao andar pelas ruas pró-ximas à Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza, é fácil lo-calizar a venda de suas cópias. Camelôs expõem, sem a menor preocupação, as mercadorias

falsificadas. Jogos de Playsta-tion 2 são os mais procurados, diz o vendedor que não quis se identificar. Andando mais um pouco, chegando quase à Al-deota, em uma conhecida loja na rua Padre Valdevino, basta perguntar pelos jogos ‘‘alter-nativos’’ que se é convidado a entrar e vasculhar por si as gavetas abarrotadas de jogos piratas. Os preços não variam muito: R$ 15,00, mas, nego-ciando, pode-se conseguir até pela metade. Nos classificados dos jornais da Capital, também é possivel encontrar essas mer-cadorias.

O analista de sistemas Fran-cisco Vando Moreira discor-da da prática. Ele alerta: ‘’ao comprar o software pirata, o usuário tem a sensação de estar ‘burlando’ a lei. Fica ex-posto e sozinho diante de pro-blemas que podem ocorrer”. Segundo Vando, ao utilizar os programas piratas é comum a perda de informação. “Para um usuário doméstico pode não ser grande problema, mas para um profissional ou para uma empresa a perda de informa-ção é algo que precisa ser visto com muita cautela”.

(*Nome fictício)

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 02/12/09

Libertado pela sociedade

Camila Marcelo

Géssica Saraiva e Camila Marcelo

Muros altos, fechaduras nas portas e porteiro nos edifícios não são mais suficientes para intimidar os assaltantes. Apa-relhos e serviços de segurança

não são medidas exclusivas a empresas, agências bancárias e locais públicos.

São cada vez mais frequentes os casos de roubos e furtos em condomínios, então tornou-se inevitável destinar parte do or-çamento pago por meio de taxas a equipamentos de segurança.

As famosas câmeras de ví-deo agora estão acompanhadas de outras tecnologias, como portões de estacionamento au-tomáticos e, nos prédios mais sofisticados, elevadores libera-dos por digitais, que permitem ao residente monitorar e con-trolar a sua utilização.

No Edifício Marajaik, no Meireles, várias medidas de se-gurança foram adotadas para

prevenir assaltos, dentre elas a instalação de cercas elétricas, câmeras e outros aparatos. Se-gundo o morador José W. Vas-concelos, houve a instalação de uma gaiola de segurança, onde as pessoas aguardam autoriza-ção para entrar no prédio e, no dia a dia, o porteiro da guarita fica encarregado de fiscalizar a entrada dos carros e o painel da filmadora.

No edifício Piazza Dei Fiore, no Papicu, dentre os investi-mentos previstos para o perí-odo de maio de 2009 a abril de 2010, quase R$2 mil (R$ 1.802,64) foram reservados apenas para as questões de se-gurança. Tanto instalações de aparelhos, quanto manutenção

de fiação, detectores de pre-sença e câmeras.

Com o aumento e a constan-te procura por medidas de se-gurança, as empresas especiali-zadas veem uma oportunidade de crescimento e expansão.

Segundo o proprietário da empresa de segurança Security Service, Paulo Régis, a procura por artigos de segurança au-mentou mais em 2009. Não há mais um público específico, a procura agora é geral. Ele ain-da ressalta que as pessoas an-dam muito preocupadas com a segurança. Então, a procura vai desde o mercadinho no subúr-bio até um grande condomínio residencial em bairros nobres.

Mesmo com tantas tecnolo-

gias no mercado, alguns condo-mínios ainda utilizam as velhas cercas elétricas e aspirais. O Residencial Henrique Jorge, no Henrique Jorge, não tem gran-des sistemas de segurança, mas conta com o eficiente alerta dos moradores. Quando algum mo-vimento estranho é identifica-do, os próprios moradores tra-tam de se mobilizar e avisar.

Por mais que se invista em segurança, não há cercas ou câ-meras via web que resolvam o problema. Descuidos comuns, como a falta de referência dos empregados e o simples ato de sair para por o lixo no gavetão, deixando o portão entreaber-to, podem fazer toda diferença quando o assunto é segurança.

Condomínios investem pesado em segurança

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 09/12/09

Foto

: lu

ca

s M

enez

es

A venda de CDs e DVDs piratas é uma prá-tica comum no Centro de Fortaleza Foto: lucas Menezes

Page 7: Jornal Classificado da Notícia # 19

7CLASSIFICADO DÁ NOTÍCIASOBPRESSÃO

NOVEMBRO/ DEZEMBRO DE 2009

Lucas Pinheiro

Hoje, em Fortaleza, é comum abrir revistas e jornais e se deparar com páginas repletas de cupons de desconto para motéis. Os cupons são uma tática promocional importan-te no segmento. A governan-ta e chefe de administração do Dragon Motel – o mais caro da cidade – Marta Lúcia Soares diz que os cupons de desconto aumentam o movi-mento em mais de 25%.

Existem cerca de 250 mo-téis em Fortaleza. A gerente

do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores do Co-mércio Hoteleiro, Similares, Turismo e Hospitalidade no Estado do Ceará (Sintrahor-tuh), Rejane Costa, afi rma que o setor vive uma fase de expansão. “Temos cerca de 14 mil trabalhadores registrados e os motéis estão empregando por volta de 30% deles”. Ele diz que os estabelecimentos de grande porte chegam a em-pregar até 50 pessoas. Assim como os trabalhadores de re-des hoteleiras, quem trabalha em motéis tem direito ao piso salarial, que hoje é igual ao salário mínimo (R$ 465,00).

De acordo com Marta Lú-cia, na rede de motéis da qual o Dragon faz parte, a ideia do uso de cupons de desconto foi do proprietário, José Car-los Carvalho Lima. “Com os cupons tudo fi cou mais fácil, porque antigamente a gen-te trabalhava com cartões de crédito para os clientes que só eram distribuídos em fes-tas, e com os cupons qualquer

pessoa com acesso às re-vistas e jornais, ou até mesmo pela Internet podem ter desconto, e isso ajuda no ne-gócio”.

Quanto ao per-fi l dos clientes, Marta afi rma que antes quem fre-quentava usando mais os cupons eram os universitá-rios, mas hoje o pú-blico mais adulto é a maioria. Os cupons de desconto são aceitos em to-dos os motéis da mesma rede e podem ser utilizados duran-te todo o ano, menos no dia 12 de junho, Dia dos Namorados e de lotação.

Cartão e fi delidadeMuitos motéis ainda utili-

zam os cartões de crédito com os clientes mais antigos, como é o caso de Fernando Vascon-celos, 25. Ele possui o cartão de crédito do motel Chalex (na BR-116) e afi rma que a fa-

cilidade é grande, pois ele pode utili-zar esse tipo de desconto em todas as suítes e até para pernoites. “Eu posso colocar quanto eu preferir de crédito no cartão, e quan-do eu utilizo os descontos são bem maiores que os cupons”.

Motel com descontos

Bate-papo por telefone ainda seduz

Anúncio veiculado no jornal “O Povo” no dia 11/12/09

pessoa com acesso às re-vistas e jornais, ou até mesmo pela Internet podem ter desconto, e isso ajuda no ne-

Quanto ao per-fi l dos clientes, Marta afi rma que antes quem fre-quentava usando mais os cupons eram os universitá-rios, mas hoje o pú-blico mais adulto é a maioria. Os cupons de desconto são aceitos em to-dos os motéis da mesma rede e podem ser utilizados duran-te todo o ano, menos no dia 12 de junho, Dia dos Namorados

Cartão e fi delidadeMuitos motéis ainda utili-

zam os cartões de crédito com os clientes mais antigos, como é o caso de Fernando Vascon-

pernoites. “Eu posso colocar quanto eu preferir

Motel com descontospessoa com acesso às re-vistas e jornais, ou até mesmo pela Internet podem ter desconto,

mais os cupons eram os universitá-rios, mas hoje o pú-blico mais adulto é a maioria. Os cupons de desconto são aceitos em to-dos os motéis da mesma rede e podem ser utilizados duran-te todo o ano, menos no dia 12 de junho, Dia dos Namorados

Muitos motéis ainda utili-zam os cartões de crédito com os clientes mais antigos, como

cilidade é grande, pois ele pode utili-zar esse tipo de desconto em todas as suítes e até para pernoites. “Eu posso

Os cupons encontrados em revistas e jornais oferecem vantagens para todos os pú-blicos, não só o universitário Foto: Waleska santiago / aRte: aldeci toMaz

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 02/12/09

Mesmo com a Internet, os bate-papos por telefone ainda são procurados. Surgido em meados da década de 1990, esse serviço até hoje mantém o sucesso. Os motivos que levam as pessoas a conversarem com desconhecidos são os mesmos para a utilização das salas de conversação da Internet: bus-ca por novas amizades, procu-ra por um novo amor, intera-ção e diversão.

A publicitária Renata San-tos, 32, conheceu seu namo-rado por meio de um bate-

papo por telefone. “Já me cadastrei em vários

sites de namoro, mas nada foi tão eficiente quanto o bate-papo por telefone. Conhe-ci quatro pessoas através disso e uma delas estou

namorando há quatro meses”, conta.

Já o estudante universitário Igor

Lima, 27, era usu-ário desse tipo de bate-papo durante sua

a d o l e s c ê n c i a . Para ele, essas conversas

ao telefone oferecem van-tagens e desvantagens. “A principal vantagem é que a pessoa fi ca menos inibida.

Já a desvantagem é que como não há uma conversa ao vivo, a pessoa está sujeita a todo

tipo de decepção, fi sicamente falando”, opina.

Ao contrário da maioria dos usuários que procura amizades e romances, o educador físico Valter Arrais, 26, tinha como objetivo principal a diversão. “O que mais me atraía era o anonimato. Para mim é uma diversão barata, pois achava muito engraçado. Muitas pes-soas se irritaram comigo por causa de meus comentários. Se você está disposto a partici-par, tem que estar preparado, porque brigas e ofensas po-dem acontecer”, recomenda.

Chats invadem a telinhaEm Fortaleza, a TV União

promove chats por meio do envio de SMS de celular. No “Papo União”, telespecta-dores conversam ao vivo por meio de mensagens enviadas pelo celular e a conversa é mostrada na tela.

O publicitário Jonanthas Farias, 27, assistente de mar-keting da emissora, diz que o público que participa do serviço é bem jovem, na fai-xa etária de 10 a 17 anos, em média. “É uma interação bem rápida e a pessoa pode ver sua mensagem ao vivo, po-dendo até fazer comentários sobre o que está sendo exibi-do na emissora no momento.” Farias alerta que é preciso ter algumas precauções ao parti-cipar. “Não se deve passar in-formações que possam com-prometer, como endereço e telefone pessoal, além disso

é preciso ter cuidado em rela-ção a pessoa com quem você está falando”, alerta.

Sobre a concorrência com a Internet, Farias acredita que o bate papo por telefone continuará tendo seu espaço. “Os meios nunca deixam de existir. O que acontece é uma segmentação de mercado. Por exemplo, diziam que o rádio iria desaparecer com o surgi-mento da televisão, mas ele continua fi rme e forte. Acredi-to que o telefone tem seu pú-blico fi el”.

Namoro ou amizadeNão é recente essa

prática de fazer novos relacionamentos por telefone. Na década de 1970, o Disque Amizade, vinculado à empresa Telebrás, com a linha 24h no número 145, con-quistou usuários que queriam fazer novos amigos ou quem sabe encon-trar a alma gêmea.

Nesse serviço, era possível conversar reservadamente com uma pessoa ou estar em contato com no máximo outros seis participantes ao mesmo tempo, por meio de um cruza-mento de linhas telefônicas.

O Disque Ami-zade permite que

Márcia Catunda ligações de qualquer cidade acessem o serviço, pagando apenas uma tarifa de ligação local. Assim, é possível que o usuário converse com pessoas de qualquer lugar do país.

Bate-papos por Internet, via SMS ou por telefone desti-nam-se para pessoas que que-rem conhecer alguém ou ter um pouco de diversão. Nes-sa era das novas tecnologias, esse serviço se moderniza e mantém-se na linha.

tos, 32, conheceu seu namo-rado por meio de um bate-

papo por telefone. “Já me cadastrei em vários

sites de namoro, mas nada foi tão eficiente quanto o bate-papo por telefone. Conhe-ci quatro pessoas através disso e uma delas estou

namorando há quatro meses”, conta.

Já o estudante universitário Igor

Lima, 27, era usu-

a d o l e s c ê n c i a . Para ele, essas conversas

ao telefone oferecem van-tagens e desvantagens. “A principal vantagem é que a pessoa fi ca menos inibida.

Já a desvantagem é que como não há uma conversa ao vivo, a pessoa está sujeita a todo

Namoro ou amizadeNão é recente essa

prática de fazer novos relacionamentos por telefone. Na década de 1970, o Disque Amizade, vinculado à empresa Telebrás, com a linha 24h no

quem sabe encon-

Nesse serviço, era possível conversar reservadamente com uma pessoa ou estar em contato com no máximo outros seis participantes ao mesmo tempo, por meio de um cruza-

gR

av

uR

a: i

taM

aR

nu

nes

Page 8: Jornal Classificado da Notícia # 19

8 CLASSIFICADO DÁ NOTÍCIASOBPRESSÃONOVEMBRO/ DEZEMBRO DE 2009

Copa altera preços no bairro Castelão

Raynna Benevides

Falta quatro anos para a Copa do Mundo no Brasil, mas a con-firmação de Fortaleza como subsede do evento já está pro-vocando efeitos sobre o mer-cado imobiliário da cidade, principalmente nos bairros que ficam próximos ao Estádio Cas-telão. Donos de imóveis dessas áreas já estão revendo e elevan-do valores.

O aumento de preço já é bas-tante considerável. No início de 2009, podia-se comprar, no bairro Castelão, uma casa de 62 metros quadrados por menos de R$ 50 mil. Hoje, a mesma casa chega a ser negociada em torno de R$ 90 mil. O metro quadrado de terreno, que no começo do ano custava cerca de R$ 50,00, quadruplicou. Com menos R$ 200,00 é difícil con-seguir comprar.

E o valor ainda pode aumen-tar até o ano da Copa, podendo alcançar os R$ 400,00. A ven-dedora Tatiana Penha, 27 anos, mora próximo ao estádio há dois anos. Ela diz estar muito satis-feita com a valorização e aguar-da as mudanças de infraestru-tura que estão previstas. “Não penso em me mudar ou vender minha casa. Ao contrário, estou aguardando as mudanças estru-turais que vão acontecer aqui. Essas mudanças vão melhorar a qualidade de vida de quem mora nessa área”.

As obras de infraestrutura que darão acesso ao Estádio Castelão são fatores responsá-veis pela valorização de terre-nos no entorno. Em agosto de 2009, o presidente do Sindica-to da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), Roberto Sérgio Ferreira, tratou do assunto em entrevista ao jornal O Povo. “O Castelão será um bairro com imóveis mais valorizados por conta das obras viárias que serão feitas devido à Copa do Mundo. Devem ser construídas uma ou duas supe-ravenidas para o estádio, além do alargamento da avenida Dedé Brasil, até a Parangaba, da Alberto Craveiro, da Paulino Rocha até a BR-116. Os terre-nos ali vão se valorizar estupi-damente”, analisa.

A avenida Paulino Rocha, uma região marcada por áreas invadidas por Sem-teto, passa-rá por mudanças na ocupação de suas margens. O projeto da

Copa do Mundo 2014 prevê de-sapropriação das áreas. O mer-cado trabalha com a expectati-va de que o bairro do Castelão deverá receber condomínios re-sidenciais para as classes C e D, além de prédios comerciais.

Obras por toda a cidadeEmbora a valorização dos

imóveis atinja, sobretudo, os bairros próximos ao Castelão, as mudanças estruturais para a Copa deverão afetar pratica-mente toda a cidade. O secre-tário dos Esportes do Estado, Ferrucio Feitosa, diz que R$ 9,4 bi serão investidos em obras viárias e de transporte em For-taleza.

As áreas mais nobres tam-bém receberão melhorias e novos equipamentos. O gran-de foco será na parte de trans-portes, que ganha 63,3% da verba de investimentos. Mas ainda serão dispostos recursos para segurança (1,2%), saúde (2,6%), energia e telecomuni-cações (0,5%), turismo (9%), estádios (4,8%) e saneamento e meio ambiente (18,7%).

Além do alargamento de ave-nidas, está prevista a construção de uma linha de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT), a conclu-são das obras do Metrofor, a revitalização do Rio Cocó e do Rio Maranguapinho e um novo terminal de passageiros no Por-to do Mucuripe, para recepção de navios transatlânticos.

Em função da Copa, também será ampliado o Serviço Móvel de Urgência (Samu) e os leitos de UTI e dos hospitais públicos, além de duplicada a área de passageiros do Aeroporto Pinto Martins.

O cardápio de investimentos estruturantes agendados para os próximos anos, em Fortale-za, inclui também o Centro de Eventos, o Aquário, reurbani-zação da avenida Beira-Mar e a requalificação do Dragão do Mar e da Praia de Iracema.

Anúncio veiculado no jornal “Diário do Nordeste” no dia 11/12/09

Layout do projeto arquitetônico já antecipa como ficará o bairro do Castelão e o estádio, que irá sediar os jogos de 2014 em Fortaleza Foto: divulgação

Saiba parte dos projetos que compõem o Plano de Investi-mento da Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014.

EstádiosImplantação do Edifício Ga-

ragem do Castelão com amplia-ção da área de estacionamento para 4.200 vagas - R$ 100 mi-lhões; modernização e amplia-ção da estrutura do Castelão para enquadramento no Cader-no da FIFA - R$ 297,451 milhões; requalificação do estádio Pre-sidente Vargas com estrutura para 19.500 cadeiras - R$ 54,509 milhões;

Meio Ambiente esaneamento Básico

Revitalização do Rio Cocó - R$ 244,221 milhões; revitaliza-ção do Rio Maranguapinho - R$ 439,033 milhões; ampliação do sistema de esgotamento sani-tário da bacia do Rio Cocó no entorno do Castelão - R$ 94,892 milhões; implantação do sis-tema de Estação de Tratamen-to de Água Oeste-Caucaia - R$ 145,492 milhões; preurbis, Pro-grama de Requalificação Urba-na com Inclusão Social - R$ 198 milhões; ampliação e desobs-trução da rede de drenagem ur-bana de Fortaleza - R$ 132,877 milhões; melhoria do Sistema de Abastecimento de Água de Fortaleza - R$ 35,060 milhões; controle de erosão marítima da Beira-Mar - R$ 25,184 milhões;

TransporteRecuperação da BR 116 (tre-

cho km 0 ao km 12) - R$ 60,312 milhões; duplicação do Termi-nal de Passageiros do Aeropor-to Pinto Martins - R$ 517,5 mi-lhões; implantação do Terminal de Passageiros do Porto do Mu-

curipe - R$ 120 milhões; implan-tação Linha Oeste do Metrô de Fortaleza - R$ 847,653 milhões; ramal ferroviário Mucuripe/Ae-roporto/Parangaba/Castelão - R$ 565,650 milhões; implan-tação da Linha Sul do Metrô de Fortaleza - R$ 1,806 bilhão; alar-gamento da Av. Dedé Brasil - R$ 41,592 milhões; implantação do Transfor - R$ 400 milhões; am-pliação do Projeto Controle de Tráfego - R$ 39,760 milhões;

Segurança

Aquisição de viaturas para a Secretaria da Segurança Pública - R$ 34,743 milhões; aquisição de viaturas para a Guarda Muni-cipal - R$ 8,776 milhões; moder-nização instrumental de apoio a Guarda Municipal - R$ 12,016 milhões; Ciops - R$ 25,513 mi-lhões;

SaúdeAmpliação do Serviço Móvel

de Urgência (Samu) - R$ 4,561 milhões; ampliação dos leitos de UTI - R$ 24 milhões; ampliação dos leitos dos hospitais públi-cos- R$ 76 milhões; ampliação

do atendimento de urgência - R$ 7,6 milhões; aquisição de ambulâncias - R$ 5,1 milhões; Implantação do Hospital de emergência da Av. Perimetral - R$ 15 milhões;

Energia/telecomunicaçõesBanda larga no estádio Cas-

telão - R$ 8,924 milhões; supri-mento de 22 MVA de Carga no Castelão e proximidades - R$ 21,055 milhões; implantação de turbinas de energia eólica - R$ 12,710 milhões;

TurismoCentro de Eventos - R$

297,580 milhões; Aquário do Ceará - R$ 250 milhões; requali-ficação da Praia de Iracema - R$ 54,226; urbanização da Beira-Mar - R$ 35 milhões; requalifica-ção do Dragão do Mar - R$ 18,7 milhões; projeto de acessibilida-de e mobilidade urbana no Cen-tro - R$ 7,270 milhões.

Fonte: Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado(http://www.ceara.gov.br/noticias/governador-apresenta-na-assembleia-plano-de)

Planos para Fortaleza de 2014

O Aquário do Ceará receberá R$250 milhões para a sua construção Foto: divulgação

Saiba mais...