tomada porto quer reforçar investigação...tomada de posse na passada terÇa-feira o empresário...

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TOMADA DE POSSE NA PASSADA TERÇA-FEIRA O empresário posse ao reitor. Foi isso que aconteceu na Universidade do Porto quando Luís Portela, presidente da Bial e do Conselho Geral da Universidade do Porto, deu posse ao releeito José Marques dos Santos, perante uma assistência onde marcaram presença o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, reitores, autarcas e representantes de organismos públicos. Entre os notáveis da assistência destacaram-se o empresário Ilídio Pinto, Luís Braga da Cruz, presidente da Fundação Serralves, e o cineasta Manuel de Oliveira. Paulo Azevedo, CEO da Sonae, foi um dos oradores como presidente do Conselho de Curadores da Fundação Universidade do Porto. Na tomada de posse, Marques dos Santos - o 17° reitor da Universidade do Porto - garantiu que a instituição vai apostar na investigação para assim se Marques dos Santos definiu como objectivo colocar a Universidade do Porto no ranking das 100 melhores universidades da Europa, em 2011, ano em que comemora o centenário. afirmar internacionalmente e delineou como objectivo estar, em 2011, em que completa o centenário, no ranking das 100 melhores universidades da Europa. Aos 63 anos, Marques dos Santos foi assim reeleito reitor da Universidade do Porto, cargo que assumiu em 2006, mas desta vez teve como adversário um candidato estrangeiro, o que aconteceu pela primeira vez na história da instituição. Após a tomada de posse do reitor e dos membros da equipa reitoral, que se mantém nos próximos quatro anos, Marques dos Santos e Mariano Gago assinaram o Programa Específico de Desenvolvimento da Universidade do Porto, que define as acções a desenvolver peia instituição para concretizar os objectivos de formação definidos no Contrato de Confiança assinado entre as instituições de ensino superior e o MCTES. C.C. Reitor do Porto quer reforçar investigação NÚMEROS 17 José Marques dos Santos é o 17° reitor da Universidade do Porto. 100 A Universidade do Porto completa, em 2011, o seu centenário e quer estar no 'ranking' das 100 melhores da Europa. 63 Idade do reitor José Marques dos Santos, reeleito por mais quatro anos à frente dos destinos da Universidade do Porto.

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Page 1: TOMADA Porto quer reforçar investigação...TOMADA DE POSSE NA PASSADA TERÇA-FEIRA O empresário dá posse ao reitor. Foi isso que aconteceu na Universidade do Porto quando Luís

TOMADA DE POSSE NA PASSADA TERÇA-FEIRA

O empresário dá posse ao reitor. Foi issoque aconteceu na Universidade do Portoquando Luís Portela, presidente da Bial edo Conselho Geral da Universidade doPorto, deu posse ao releeito JoséMarques dos Santos, perante umaassistência onde marcaram presença oministro da Ciência, Tecnologia e EnsinoSuperior, Mariano Gago, reitores,autarcas e representantes de organismospúblicos. Entre os notáveis daassistência destacaram-se o empresárioIlídio Pinto, Luís Braga da Cruz,presidente da Fundação Serralves, e ocineasta Manuel de Oliveira. PauloAzevedo, CEO da Sonae, foi um dosoradores como presidente do Conselhode Curadores da Fundação Universidadedo Porto.Na tomada de posse, Marques dosSantos - o 17° reitor da Universidade doPorto - garantiu que a instituição vaiapostar na investigação para assim se

Marques dos Santos definiucomo objectivo colocar aUniversidade do Porto noranking das 100 melhoresuniversidades da Europa, já em2011, ano em que comemora ocentenário.

afirmar internacionalmente e delineoucomo objectivo estar, já em 2011, em quecompleta o centenário, no ranking das100 melhores universidades da Europa.Aos 63 anos, Marques dos Santos foiassim reeleito reitor da Universidade doPorto, cargo que assumiu em 2006, masdesta vez teve como adversário umcandidato estrangeiro, o que aconteceu

pela primeira vez na história dainstituição.Após a tomada de posse do reitor e dosmembros da equipa reitoral, que semantém nos próximos quatro anos,Marques dos Santos e Mariano Gagoassinaram o Programa Específico deDesenvolvimento da Universidade doPorto, que define as acções adesenvolver peia instituição paraconcretizar os objectivos de formaçãodefinidos no Contrato de Confiançaassinado entre as instituições de ensinosuperior e o MCTES. C.C.

Reitor do Porto quer reforçar investigação

NÚMEROS

17José Marques dos

Santos é o 17° reitor daUniversidade do Porto.

100A Universidade do Portocompleta, em 2011, o seucentenário e quer estar

no 'ranking' das 100melhores da Europa.

63Idade do reitor José

Marques dos Santos,reeleito por mais quatro

anos à frente dosdestinos da Universidade

do Porto.

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6o segundos

EVOLUÇÃOCONTRAA DOR

Sônia Santos integrao grupo de investigadoresdo IBMC da Faculdade deMedicina da Universidadedo Porto (UP) que venceuo Prémio Grúnenthal Dor

Em que consistiua vossa investigação?Procurámos saber o

caminho exacto da dor,como é que ela passa deneurónio para neurónio,como é que essa popula-ção de neurónios recebea dor e como é que essa

informação é controlada,de forma a sabermosonde devemos parar.

Que contributo pode daraos pacientes no futuro?Para já é uma investiga-ção básica, não é clínica.Foi feita em animais expe-rimentais, num rato. Masjá nos permite saber emque local da medula pode-mos actuar para as doen-ças A, B ou C no sentidode colmatar a dor, ao con-trário do que se faz hojeque é aplicar substânciascomo a anestesia geral.

Qual é o significadodesta distinção?Tem um significadobastante grande para nós.Só há três laboratórios noMundo a fazer este tipode trabalho. Por outrolado, tivemos o mérito desermos reconhecidos poruma grande Fundação.

RAQUEL MADUREIRA

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UNIVERSIDADE DO PORTO

Investigadoresrecebem PrémioGrúnenthal

Coube a um grupo de in-vestigadores do Instituto de

Biologia Molecular e Celularda Faculdade de Medicina daUniversidade do Porto - Sônia

Santos, Liliana Luz, PeterSzucs e Boris Safronov - ser

o vencedor da 1 1 .a edição

do Prémio Griinenthal Dor."Trata-se de uma investiga-ção que abre novas perspeti-vas para velhas interrogaçõessobre a transmissão da dorao longo do sistema nervosocentral, com potencialida-des para amplificar a sua

compreensão", explica Sônia

Santos, investigadora daFMUP.

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Eça de Queiroz dá o moteà Universidade de Verão no PortoA partir de hoje, o percurso literário de Eça deQueiroz vai dar o mote a uma viagem muitoespecial na Universidade do Porto. De umlado estará a ex-ministra da Cultura, IsabelPires de Lima, do outro, estarão váriosparticipantes prontos para acompanhar atambém professora da Faculdade de Letrasdesta universidade (FLUP) num périplo peloPorto e por Baião, palcos do primeiromódulo/curso da Universidade de Verão 2010da Universidade do Porto. Os dois primeirosdias do curso serão dedicados à reflexão emtorno do legado literário de Eça de Queiroz ede algumas das obras mais emblemáticas doescritor. No dia 8, os participantes partemcom destino a Baião para dois dias deactividades que terão como epicentro aFundação Eça de Queiroz. O programa incluivisitas à Quinta de Tormes, cenário doromance "A Cidade e as Serras", e à Casa-Museu da Fundação. O Porto estreia assimasua Universidade de Verão de 2010 a "ContarEça pelos Contos".

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OInstituto Biomédicode Investigação da Luze Imagem (IBILI), emCoimbra, está a desen-volver um projecto

para decifrar o comportamentosocial no autismo. "O interessedos autistas por estímulos sociaise não sociais é diferente. Tenta-mos compreendê-10, usando téc-nicas de imagem, de neurofisiolo-

gia, de comportamento. Com base

nesse conhecimento, promove-mos técnicas de diagnóstico pre-coce e de intervenção e reabilita-

Perceber

como pensamos autistas

Instituto de Coimbra estuda comportamento diferente

Projecto em curso sobre

autismo tem

financiamento da ordem

dos2oomileuros

ção", explica o director do IBILI,Miguel Castelo Branco.

Para tal, é feita a medição da in-teracção. O neurocientista dá-noso exemplo dos videojogos comouma técnica. "Monitorizando as

tecnologias através das quais sa-bemos para onde as pessoas es-tão a olhar, registando movimen-tos oculares, medindo sinais neu-rofisiológicos, usando o elec-

|oÃo PEDRO CAMPOS

[email protected]

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troencefalograma ou a ressonân-cia magnética funcional (que en-tra já no processo da rede de ima-giologia), conseguimos percebermelhor como diferentes áreas docérebro comunicam entre si e porque o controlo cognitivo é dife-rente e tem diferentes perturba-ções no desenvolvimento", des-creve. O projecto envolve médi-cos, psicólogos, engenheiros e fí-sicos.

A investigação em doençasneurodegenerativas (Parkinson e

Alzheimer) é outra das "bandei-ras" do instituto. "É também ou-tra grande área, e importante, por-que sabemos que a populaçãoestá a envelhecer e as doenças li-gadas ao envelhecimento estão aaumentar", conta Miguel CasteloBranco, destacando a articulaçãodo IBILI com a Rede Nacional de

Imagiologia (também por ele di-

rigida), que junta as Universida-des de Coimbra, Aveiro, Porto,Minho e Católica de Lisboa.

Instituição de referência

O IBILI é um departamento daFaculdade de Medicina da Uni-versidade de Coimbra. Existe háuma década e dedica-se às ciên-cias da visão e neurociências. Ac-tualmente conta com mais de 100

investigadores, 70 deles doutora-dos. "Na área das neurociênciasda visão, o IBILI é a instituição dereferência em Portugal", destaca

Miguel Castelo Branco.

Sublinha ainda a ligação do ins-tituto à sociedade, visível em es-colas, associações de doentes,hospitais ou associações de soli-dariedade. "É algo que pretende-mos fomentar, porque a ciêncianão se deve esgotar em si mesma,mas sim ter impacto na socieda-de e no tecido empresarial e eco-nómico", defende.

O sucesso nas investigaçõesestá, defende, "consubstanciadonas publicações científicas queconseguimos, nos prémios quevamos obtendo, quer a nível ins-titucional quer pessoal, e na par-ticipação em projectos europeus.O sucesso científico penso que é

claro", considera.

Os fundos para as investigaçõesvêm do Ministério da Ciência,Tecnologia e Ensino Superior e,

também, da articulação com enti-dades públicas e privadas. ParaMiguel Castelo Branco, "grandeparte do financiamento tem sido

público, mas tentamos diversifi-car as fontes". O projecto em cur-so, sobre autismo, tem um finan-ciamento na ordem dos 200 mileuros. ¦

Investigação de doenças

neurodegenerativas

é uma das

"bandeiras" do IBILI

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APERTOS ORÇAMENTAIS

Presidente do CRUP diz ter "garantias queuniversidades" não terão cortes orçamentaisO Presidente do Conselho de Reitores (CRUP), António Rendas, afirmou

ao Económico "ter todas as garantias de que se mantém o que ficou

combinado na reunião de 6 de Junho" em que José Sócrates garantiu

que não haveria cativação de 20% de receitas nas universidades tal

como noutros organismos públicos. 0 Diário Económico avançou ontem

que alguns reitores admitem já que teriam problemas em pagar salários

se vier a haver cativação de receitas no ensino superior.António Rendas esteve este domingocom Sócrates no Encontro Ciência 2010.

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EXPORTAÇÕES

Dependênciada UE obrigaà procura denovos mercados

Com a economia europeia a marcarpasso, os países emergentes sãoa alternativa que muitos procuram

JOÃO MALTEZ

[email protected]

Espanha é, de longe, o nosso princi-pal parceiro de negócios. E, apesardas condições económicas difíceis

que atravessa, não deixa de ser ummercado apetecível com os seus 45milhões de consumidores. Sem des-

prezar este facto, José Vital Morga-do, da Agência para o Investimentoe Comércio Externo de Portugal (AI-CEP), lembra uma realidade que, naactual conjuntura, funciona para os

empresários portugueses de formaadversa: 26,7% das vendas nacionaisao exterior estão direccionadas parao país vizinho e 75% parao conjuntodos mercados da União Europeia

Com a crise instalada, a palavrafulcral é diversificar o destino das ex-

portações portuguesas. O diagnósti-co foifeito na última quinta-feira, emSantarém, no decorrer da conferên-cia "Empreendernalnternacionali-zação", uma iniciativa da Caixa Geralde Depósitos comoapoiodo Negócios.

Mais de metade (52,1%) das ex-portações portuguesas em 2009 tevecomo destino três países da Zona

Euro (Espanha, Alemanha e Fran-ça), de acordo com indicadores avan-

çados peIaAICEP. Aextremadepen-dência face a mercados que, como o

nosso, estão a braços com uma novacrise ou sujeitos a medidas recessi-vas ao nível do consumo exige apro-cura de outras latitudes.

As economias emergentes, e par-ticularmente os mercados onde se

falaportuguês, são os destinos natu-rais da diversificação pedida aosem-

As economiasemergentes,e particularmenteos mercados ondese fala português,são os destinosaconselhadosaos empresários.

presários nacionais, afiança José Vi-tal Morgado, da AICEP.

Entre as apostas está Angola, queem 2009 foi o quarto principal des-

tino das exportações nacionais (7,2%das exportações), ou o Brasil, onde a

margem de progressão é promete-dora, jáque desde há muito são ape-nas os vinhos, as frutas ouobacalhauos produtos importados de Portugal.

"Muitas empresas estão concen-tradas nos mercados daUnião Euro-peia, particularmente no mercado

espanhoLDadaasituaçãoquesevivena Europa, alguns empresários estão

a tentar ir para mercados mais dinâ-micos. Parte dessa aposta na inter-nacionalização resulta do forneci-mento que fazem a grandes empre-sas em Portugal e que, depois, conti-nuam a fazer nos mercados paraonde estas se deslocam", evidenciao mesmo responsável da AICEP.

Exportações dependentesde poucas empresasSão cerca de 3.200 as empresas na-cionais responsáveis por 94% do

que exportamos. Mais de 20 milcompõem a restante fatia do volu-me das nossas vendas ao exterior. Écom este grupo de empresas que,dizVitalMoreira,aAlCEPtemvin-do a trabalhar.

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Com naturalidade, no processode internacionalização as empresascomeçam por seleccionar merca-dos de proximidade, daí que Espa-nha tenha sido, e deva continuar aser, a grande aposta Só que a con-junturae a complexa teia tecida emtorno do comércio internacionalobrigam a que os empresários por-tugueses, caso pretendam ter suces-

so, não se fiquem por aqui É por isso

compreensívelainsistênciaempaí-ses como Angola, Brasil ou Moçam-bique, onde as previsões de cresci-mento da economia em 2010 ultra-

passam os 6%.Mas há também mercados

como a China, a índia, a Rússia, a

Venezuela, a Líbia, a Turquia, ouSingapura, onde o dinamismo ofe-

rece outras oportunidades, que po-dem funcionar como focos de atrac-

ção para as empresas nacionais, sus-

tenta José Vital Morgado, lembran-do que estes têm sido países onde a

AlCEPtemprocuradoabrir repre-sentações, de modo a acompanharas apostas estratégicas dos empre-sários portugueses.Outros desígnios paraos empresários nacionais

Há, contudo, outros desígnios queé necessário acautelar no proces-so de internacionalização das em-presas portuguesas. Tal como o

presidente do Centro Portuguêsde Design, Henrique Cayatte, dei-xou claro no encontro de Santa-rém, há ainda uma visão deprecia-tivae pouco simpática sobre o nos-

sopaísesobreos produtos que porcá têm origem.

Pese embora os indicadores so-ciais e económicos nos coloquemno lote dos países desenvolvidos, láfora, evidenciou Cayatte, somosainda colados à imagem do "burropuxado pela arreata". Daí que con-sidere fundamentais as iniciativasinstitucionais, por parte do Estado

oudeentidadesprivadas, que permi-tam promover no exterior a novarealidade do design associado ao te-cido empresarial português, bemcomo a utilidade, funcionalidade e

imagem dos bons produtos que porcá se fazem.

Por outro lado, a diversificaçãodas exportações não deve centrar-se

apenas na procura de novos merca-dos. Sendoesta uma exigênciaóbvia,Pedro Vilarinho, da COTEC Portu-

gal - Associação Empresarial para a

Inovação, deixa outras pistas, ao con-siderar queéprecisoreforçaraapos-ta em novos produtos, particular-mente de cariz tecnológico, e ao su-blinhar que o assumir do risco fun-damentado deve estar inscrito namatriz que caracteriza os investido-res nacionais.

As empresasnacionais têmfeito a sua apostasobretudo nosmercados da UE,particularmenteno mercadoespanhol.

Vinho, frutae bacalhau são,ainda hoje,os principaisprodutos queo Brasil importade Portugal.

Os produtosde cariztecnológico devemser uma das

apostas paradiversificaras nossas

exportações.

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Empreender na internacionalização I José Vital Morgado observou que continuamos muito dependentes de Espanha.

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Toda a actividadehumana ou empresarialcomporta riscos.

GRAÇA VIEIRA PIRESCaixa Geral de Depósitos

Um empresário deve serambicioso, mas sustentaressa ambição em factos.

PEDRO VILARINHOCotec

Espanha,Alemanhae França são

quem maisnos compra

Se Espanha é reconhecidamen-te o principal mercado das expor-tações portuguesas, as poderosasAlemanha e França correspon-dem, respectivamente, aos se-

gundo e terceiro destinos das

nossas vendas ao exterior.Foias-sim em 2009,comopaís vizinhoareceber 26,7% do total dospro-dutos que as empresas nacionais

colocaram lá fora. Já os alemães

importaram 13,l%doque vende-

mos, enquanto os franceses nos

compraram 12,3%.Na prática, estes dados signi-

ficam que,sópor si, estes trêspaí-

Seis paíseseuropeus foramo destinode 65%das nossas

exportaçõesem 2009.

ses são o destino de mais de me-tade das exportações nacionais.

Se lhesjuntarmosoßeino Unido(5,6%), a Itália (3,8%) e a Holan-da (3,6%), verificamos que em2009 as nossas vendas ao estran-

geiro estiveram em 65% concen-tradas em apenas seis países, e to-dos eles da União Europeia

O dado não seria preocupan-te se estes mercados estivessem

naplenitudedasuasaúdeeconó-micae financeirae se o consumoestivesse em alta. Não é esse o

caso, pelo que as exportaçõesportuguesaspara essas latitudes

tendem, em 2010, a registar umdecréscimo. Angola, que já é o

quarto mercado de destino das

nossas exportações (7,2%), pod-erá ser uma alternativa, mas não

será, seguramente, suficiente.

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Universidades privadas dãotrabalho a alunos em dificuldadesEnsino superior. Algumas faculdades privadas estão a empregar estudantes em 'part-time'para os ajudar a pagar propinas. Número de jovens com dificuldades duplicouPEDRO SOUSA TAVARES

"Se não fosse este trabalho já nãoestaria na universidade." A confis-são é de João Sousa Varela, alunodo quarto ano de Arquitectura daUniversidade Lusíada de Lisboa e,desde este ano lectivo, colabora-dor do centro de informática dainstituição. Um exemplo do cres-cente número de estudantes comdificuldades para pagar as propi-nas. E das soluções que as univer-sidades privadas estão a encontrarpara evitar a sua saída.

João, de 24 anos, não é elegívelpara a acção social, através doFundo de Apoio ao Aluno, já queos rendimentos do seu agregadofamiliar ultrapassamos valoresmáximos (que rondam os 400 eu-ros por cabeça). Mas as dificulda-des, que "vêm aumentando desdeo ano passado", são bem reais.

"Tenho a minha avó em comainduzido, num hospital privado, e

o dinheiro [da família] não dá pa-ra tudo", explica o futuro arquitec-to. Na Lusíada, faz "uma média decinco horas" diárias na Informáti-ca, que lhe permitem ter isençãodas propinas de 325 euros pormês.

Uma ajuda "preciosa", aindaque não dê para tudo: "O curso de

Arquitectura é caro. Além dasmensalidades, há os materiais pa-ra maquetes, muitas impressõesem papel, mas tenho mais de 50%das despesas cobertas", diz.

Casos como estes "não são no-vos", diz João Redondo, dirigenteda Lusíada e presidente da Asso-

ciação Portuguesa do Ensino Su-

perior Privado (APESP) .

Actualmente há "seis ou setealunos" a trabalhar "para reduziras despesas ou até com um con-trato que lhes permite ainda rece-ber algum dinheiro".

As mesmas situações existemem algumas das outras institui-ções, apesar de não serem aindaem grande número. O que já não é

invulgar é surgirem alunos comdificuldades para pagar as mensa-lidades. "Este ano, a informaçãoque tenho é que aumentou de for-ma significativa o número de estu-dantes a pedir soluções especiaispara o pagamento de propinas",conta João Redondo.

Os pedidos vão desde "fazer o

pagamento em mais meses, paradiluir o valor" até "pagar no finaldo curso".

As instituições vão dando a res-

posta possível: "Fazemos os possí-veis para não perder nenhum alu-no por motivos económicos, e atétemos um fundo próprio para es-sas situações, mas nem sempre é

possível evitá-lo."

Duplicam pedidos de ajudaNo grupo Lusófona, adianta o ad-ministrador Manuel Damásio, os

apelos de alunos em dificuldadeduplicaram no último ano: "Ondehavia 10 situações destas passou ahaver 20", explica, ressalvando

que, "ainda assim, estes casos "re-

presentam apenas 5% a 7%" dapopulação escolar. "Até agora te-mos encontrado soluções para to-dos", diz.

Nesta universidade, "não é polí-tica" contratar alunos em dificul-dades. Mas quem consegue lá en-contrar emprego, por concurso,"tem isenção de propinas".

Apesar do cenário de crise, es-tas instituições acreditam que nonovo ano lectivo irão manter ouaté subir (no caso da Lusófona) onúmero de novas matrículas.

O DN contactou o Ministério doEnsino Superior, mas até ao fechoda edição não obteve resposta.

NÚMEROS

UM MILHÃO> Portugueses com diplomas do

ensino superior, cerca de metadeda média dos países da OCDE.

373 MIL> Alunos inscritos nos vários

graus do ensino superior públicoe privado no ano Lectivo de

2009/2010.

90 MIL> Inscritos nas universidades

e politécnicos privados. Depoisde uma grande quebra, de 1998a 2008, o número de alunos do

particular e cooperativo temvindo a estabilizar.

20 MIL> Estudantes do público e priva-do em risco de perderem as bol-

sas, devido ao novo método de

cálcuLo dos apoios sociais.

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Algumas universidades, como a Lusíada, já trocam propinas por horas de trabalho

EMPRÉSTIMOS

Mais de 128 milhões avançados pela banca

> Entre Dezembro de 2007 e de2009, os bancos portuguesescontrataram com estudantesdo ensino superior 128,42 mi-lhões de euros de créditos comgarantia mútua, segundo da-dos apurados em Janeiro, já di-vulgados pelo DN. Isto equiva-le, no mesmo período, a 1 1 108empréstimos celebrados, comum valor médio de 1 1 543euros. Pensados como umcomplemento à acção socialescolar, os empréstimos carac-

terizam-se por taxas mais bai-xas, com um spreadmáximode 1%, um ano de carênciaapós o curso e um período dereembolso que se estende seisa dez anos após a obtenção dodiploma. Os valores podemchegar até aos 25 mil euros(cinco mil por ano) . A fatia de

empréstimos concedidos aalunos de universidades priva-das é ligeiramente superior a20 milhões de euros, ou seja:menos de um sexto do total.

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MARIANO GAGO Ministro da Ciência e Tecnologia sobreo acesso das universidades à informação meteorológica

"Não se faz avaliaçãocientífica sem dados"

ANDRÉ PEREIRA

Correio da Manhã - Como anali-

sa as acusações do Instituto Su-

perior Técnico, que reclama o

acesso à informação recolhida

pelo modelo de previsão usado

pelo Instituto de Meteorologia,acusando-o de não fornecer da-dos mesmo quando solicitado?Mariano Gago - Não é possível fa-

zer avaliação científica sem ter

acesso a todos os dados existen-

tes. Isto é um grande obstáculo a

sermos cada vez melhores e o

acesso a essa informação tem de

ser resolvido muito proximamente.Este congresso [Encontro com a

Ciência e Tecnologia em Portugal,

que termina amanhã] veio de-

monstrar essa urgência.- De que forma será possível fa-zer-se essa partilha?

- A utilização desses dados paraefeitos científicos é muito impor-tante. Tem de ser criada uma plata-forma de avaliação para permitir

que os diferentes dados recolhidos

estejam disponíveis.- Existem outras áreas onde me-lhorar essa colaboração?- Na avaliação dos dados recolhi-

dos pelos vários modelos sobre fe-

nómenos extremos. A cooperaçãoterá de ser internacional, até parase ter mais fenómenos para anali-

sar (mais informação na pág. 16). ¦

Page 16: TOMADA Porto quer reforçar investigação...TOMADA DE POSSE NA PASSADA TERÇA-FEIRA O empresário dá posse ao reitor. Foi isso que aconteceu na Universidade do Porto quando Luís

altamente qualificados, a tempo inteiro.Situação que lhes permite a "libertaçãodo sistema precário ao qual estão sujeitosos bolseiros" portugueses que dependemde concursos a bolsas, afirma a investiga-dora Sandra Sousa.Esta situação não é exclusiva da investi-

gação em Portugal, refere Sandra Sousa,acrescentando que tem uma carreira nainvestigação há mais de dez anos, comuma experiência internacional de oito

anos, e que "a realidade portuguesa não é

muito diferente das outras".Até ao momento, o POPH já atribuiu cer-ca de 167 mil bolsas de estudo e de mé-rito para estudantes do ensino supe-rior, mais 9.784 bolsas de doutoramen-to e pós -doutoramento e 653 apoios à

integração de investigadores em insti-tuições de I&D.b

"Mais de 70% dos recursosfinanceiros deste programaserão concentrados naqualificação inicial e naaprendizagem ao longo da vida,deforma a cumprir as metas dainiciativa das Novas

Oportunidades", diz o gestor do

POPH, Rui Molhais.

Mais de dois milhõesde destinatários

Até ao momento, o POPH já aprovouprojectos que cobrem mais de doismilhões de destinatários, dos quais cercade 1.737 mil são adultos, 357 mil jovensem acções de dupla certificação, 729 milactivos em formação para a inovação e

gestão e 53 mil formandos em acções decidadania e inclusão social. Ascandidaturas aprovadas pelo programapodem ser destinadas a cidadãos,empresas, entidades formadoras,escolas, universidades, organizações nãogovernamentais e AdministraçãoPública. Todas estas medidas estãocobertas através de um investimentototal de 8.800 milhões de euros previstopara 40 medidas nas áreas da

qualificação, do emprego e dodesenvolvimento social. O POPH recorrea vários organismos intermédios, entreos quais o lEFP, a Fundação paraa Ciência e Tecnologia, a AgênciaNacional para a Qualificação, aAssociação Empresarial de Portugal,entre outros.

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Portugueses esperam trabalharmais e receber menos

Barómetro do trendence Institui avaliou as expectativas dos estudantes de Economia,

Gestão e Engenharias de 24 países europeus em

relação à sua entrada no mercado de trabalho.

PEDRO QUEDAS

pedro. quedas S 1economico.pt

Os estudantes portugueses estão prepa-rados para trabalhar mais horas que osseus colegas europeus mas receber consi-deravelmente menos. Esta é uma dasmais preocupantes conclusões do 'tren-dence Graduate Barometer', que recolheuas opiniões de cerca de 220 mil estudan-tes europeus, da área de engenharia e de

negócios, sobre as suas expectativas e

preocupações quanto à entrada no mun-do profissional.Realizado pelo trendence Institut, o estu-do consistiu num questionário 'online',enviado por correio electrónico a 219.790estudantes (divididos entre 85.622 alunosda área das engenharias e 71.545 de eco-nomia e gestão de mais de mil universi-dades. Os alunos inquiridos distribuem-se por 24 países europeus, dos quais se

destacam a-Bulgária e a Turquia, incluídaspela primeira vez no estudo.Quando falamos das horas que esperamtrabalhar por semana, os licenciadosportuguesas nas áreas de engenharia e deeconomia e gestão apontam 43,4 e 44,9horas, respectivamente. Ambos os valo-res são ligeiramente superiores à médiaeuropeia (42,9 e 44,1, respectivamente).Em toda a Europa, os engenheiros gregossão os que contam trabalhar mais horas(45,2), com os holandeses (40,5) a apare-cerem no extremo oposto. No sector daeconomia e gestão, a Suécia, com 49,5

horas semanais, lidera largamente as ex-pectativas europeias, com a Espanha(41,1) a aparecer como o país europeu cu-jos estudantes de economia e gestão es-peram ter um horário menos preenchido.

Os estudantes portuguesesprevêm receber um salário médioanual bastante inferior à médiaeuropeia. Os dinamarqueses sãoos que esperam ser mais bem

pagos.

Já as expectativas salariais são o factoronde se registam as maiores discrepân-cias. Os estudantes portugueses de enge-nharia prevêem um salário médio anualde 15.259 euros, mais de 10 mil eurosabaixo da média europeia (25.403 euros).Esta diferença é menor para os gestores e

economistas portugueses, que esperamreceber 15.561 euros, aproximando -se damédia europeia (22.453 euros). Com ex-pectativas de receber cerca de 50 mil eu-ros por ano em qualquer uma das áreas,os estudantes dinamarqueses aparecemno topo da Europa nesta matéria.

PORTUGUESES, ESPANHÓIS E GREGOSSÃO OS QUE MAIS TEMEM PELO FUTURO

Apesar da comparativamente desfavo-rável situação financeira que espera os

nossos licenciados na sua entrada nomercado laborai, um em cada quatroestudantes portugueses considera justo

ter de se pagar pela formação superior,um número superior a média europeia.Alunos de muitos dos países incluídosno estudo consideram quase unanime-mente que o ensino superior deveriaser gratuito, com especial destaquepara os países escandinavos, onde im-pera um modelo que valoriza muito a

previdência social. A maior excepção aesta tendência dá- se na Bulgária, ondemais de metade dos inquiridos não têmqualquer objecção a ter de pagar pelosseus estudos.É quando saímos do âmbito universitário

que o pessimismo generalizado dos por-tugueses se destaca da maioria dos res-

tantes países europeus. De acordo com osresultados do 'trendence Graduate Baro-meter', mais de 80% dos estudantesquestionados em Portugal mostram -sereceosos quanto ao seu futuro, numapercentagem claramente superior aoscerca de 50% que constituem a médiaeuropeia. Portugal e Espanha ocupam o2- e 3 S lugares do "pódio" dos países comos licenciados mais preocupados com o

seu futuro, superados apenas pela Gré-cia, onde 9970 da comunidade estudantilse mostra muito receosa quanto à suacarreira. Estes resultados ilustram aconsciência dos estudantes da perigosasituação financeira em que se encontramestes três países, que os faz temer seria-mente pela sua segurança profissional nofuturo próximo. ¦

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ALGUMAS CONCLUSÕES DO ESTUDO

Portugueses contam esperar menospara conseguir primeiro emprego...

Quando falamos do processo da |QS^^Hcandidatura, os estudantes Tempo que os estudantesportugueses contam esperar, em portugueses contammédia, cerca de quatro meses até esperar pelo primeiroconseguirem arranjar um emprego.emprego. Os alunos de Economiae Gestão contam ter de enviarmais candidaturas (27) atéconseguirem um emprego do queos de engenharia (22) . Ambos osvalores estão ligeiramente abaixoda média europeia, onde sedestacam os polacos como oslicenciados que antecipam umacontratação mais complicada.

... e confiam que universidade ospreparou para o mercado de trabalho

Apesar da desconfiança que Iu;U'Jj;IHhM»UItantos os engenheiros como os Percentagem doseconomistas e gestores partilham estudantes portuguesesquanto ao seu futuro profissional, que acredita que auma percentagem considerável universidade a entradados portugueses mostra-se no mundo profissional.confiante quanto ao seu passadoacadémico. Cerca de 65% £L C Q/C*acredita que a sua universidade o /Opreparou adequadamente para omercado laborai, enquanto nosalunos europeus estapercentagem desce para 50% dosinquiridos.

Muito abertos a mudar de paíspor uma proposta atraente...

Questionados sobre a IjAJ;M?MJIrMpossibilidade de sair do seu país Percentagem dos

para ir de encontro a uma estudantes portuguesesproposta de emprego que se mostra favorávelinteressante, cerca de 80% dos a receber uma propostaalunos portugueses mostraram- de trabalho do estrangeiro.se favoráveis, sendo que quase60% destes estão dispostos a sair O O£\para fora da Europa para ir ao #Uencontro de melhoresoportunidades. Dos restantes, agrande maioria não tem problematambém em mudar de cidadedentro de Portugal. Apenas 3% aestá contra qualquer mudança.

... mas com medo de sair de Portugalà procura de uma eventual oferta

Ainda no assunto da mobilidade llHiljMfcHElprofissional, quando a pergunta Parcela dos portuguesesmuda para se um aluno está que fica indeciso quandodisposto a mudar-se para outro se pergunta se mudariapaís em procura de emprego sem de país sem ter uma ofertaqualquer oferta prévia, a de emprego.incerteza domina, com mais de40% a responder que não sabe ou mf^a/não comenta. Cerca de 23% dos £\ \J /Qestudantes mostram-se abertos aesta possibilidade, umapercentagem ligeiramenteinferior à média europeia. Osalunos franceses são os maisabertos a sair do país sem "rede" .

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Os responsáveis pelo manifesto "Poder& Uníversicfedes Etirõpeias" deixam três

recomendações Qac? que as universidadescombatam a crise Intelectual que se viveactuatrfhètJSTWiTEuropa:

»Aposta na diferenciação da missão,

estratégia e gestão do ensino superior paraconseguir atrair os melhores alunos e mantera posição competitiva, num mundo global.

( #l^à^hiiB^fettíesde mais autonomia,factor necessário para que as instituições

consigam seguir métodos de ensino e de

investigação mais inovadores.

» As universidades devem ser, cada vez mais,

.internacionais e atrair não só os estudantes e

investigadores europeus, mas de todo omUntio,

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Estabilidade no futuro motivaescolhas dos portuguesesEmpresas portuguesas como EDP e Sonae são as preferidas

PEDRO QUEDAS

[email protected]

EDP e Sonae são as empresas onde os li-cenciados portugueses mais gostariam de

trabalhar, de acordo com os resultados do'trendence Graduate Barometer'. A EDP,

que ocupava o 3 S lugar do 'ranking' de

engenharia em 2009, ultrapassou a Mi-crosoft e a Google e chegou ao topo, en-quanto a Sonae se manteve como a pri-meira escolha de economistas e gestorespelo segundo ano consecutivo.

"Após analisar o 'ranking' dos 'top' em-pregadores dos estudantes de engenhariade Portugal, pudemos observar clara-mente alguns factos. Entre eles está o da

preferência por trabalhar para empresasque lhes dêem segurança, tais como EDP,PT ou Águas de Portugal e todas elas têmem comum o facto de contarem com a tu-tela do Estado. Especialmente em temposde crise, há uma necessidade de estabili-dade e segurança. Por isso, estas empre-sas e grandes do sector privado são a me-lhor garantia de manter o emprego emtempos difíceis", explica Mariana Rajic,consultora da trendence.Uma opinião partilhada pelo director de'costumer relations' da empresa de con-sultoria responsável pelo estudo, OliverViel. "Muitas das empresas locais demaior sucesso ou trabalham com bensessenciais como energia, água e comida,ou são bancos. Isto indica que os licencia-dos estão à procura de segurança profis-sional", defende.Esta predominância da banca nas esco-lhas dos nossos estudantes é maior naárea de economia e gestão, onde se po-dem encontrar no 'top' 10 das preferên-cias quatro empresas deste sector: CaixaGeral de Depósitos, Banco de Portugal,Millennium BCP e Grupo Espírito Santo

(BES). O BES regista, aliás, a maior subida

em todos os 'rankings' em relação aos re-sultados de 2009, saltando 24 lugarespara a 10 a posição.É de destacar também a força de algu-

mas empresas que se apresentam emforça tanto nas escolhas dos nossos fu-turos economistas e gestores como dos

engenheiros. Empresas como a norte-americana Microsoft ou as portuguesasEDP, PT ou Sonae.

ESTUDANTES DE OLHOS POSTOS

NO SECTOR DA INFORMÁTICA

Quando olhamos para os 'rankings' eu-ropeus, um nome salta especialmente à

vista em relação a todos os outros: Goo-

gle. Em primeiro nas preferências dos en-genheiros europeus, a empresa norte -americana aparece em segundo lugar no

'ranking' dos economistas e gestores, re-gistando uma subida de quatro lugaresdesde 2009. Mesmo nas tabelas portu-guesas, onde as primeiras posições ten-dem a ser ocupadas por empresas locais,a multinacional de informática ocupa lu-gares no 'top' 5. Com o seu historial re-cente de contínuo sucesso e uma reco-nhecida aposta no equilíbrio entre o tra-balho e a vida pessoal, o pequeno projec-to que começou como um simples motorde busca 'oníine'

, criado por Larry Page e

Sergey Brin em 1998, tornou-se numa gi-gantesca locomotiva na qual todos pare-cem querer entrar.Outra empresa que tem vindo a assumir

uma presença cada vez maior no conti-nente europeu é a Apple, outro nome glo-bal predominante na área da informática.Uma ascensão que os peritos da trenden-ce consideram um pouco invulgar. "Émuito raro observar esta forte relação quea empresa tem entre a sua marca como

produto e a sua "marca empregadora".Especialmente levando em consideraçãoque a Apple é uma empresa com muito

pouca exposição pública, no que se refereà empresa em si, não ao produto que ela

oferece", aponta Mariana Rajic. ¦"As empresas públicas,participadas pelo o Estadoe as grandes empresas privadassão a melhor garantia de manter

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o emprego em tempos difíceis",explica Mariana Rajic,consultora da trendence.

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QUATRO PERGUNTAS A ...

OLIVER VIEL

Director de "costumer relations" da trendence

Alunos portuguesesimpressionam-se menoscom multinacionaisO topo dos 'rankings' das empresasfavoritas dos estudantes portugueses estãodominados por empresas locais, empresas

que lidam essencialmente com bens

essenciais, um indicativo de queprocuram estabilidade na sua carreira.Para Oliver Vlel, o director de "costumerrelations' da trendence, os portuguesestendem também a separar a má

conjuntura económica da qualidade do

ensino superior.

Que tendências se podem encontrarquando olhamos para as empresaspreferidas dos estudantes portugueses?Olhando para os 'rankings' portugueses,tanto em economia e gestão como emengenharia, destaca-se o facto de muitas

empresas locais aparecerem nos lugaresmais altos. Os licenciados portuguesesnão parecem estar tão impressionadoscom as multinacionais como outros países

europeus. A segunda coisa que me passoupela cabeça é que muitas das empresaslocais de maior sucesso ou trabalham combens essenciais como energia, água e

comida, ou são bancos. Isto indica que os

licenciados portugueses procuram, acimade tudo, segurança profissional.

Os estudantes portugueses parecem estar

preocupados com a sua carreira futura,mas satisfeitos com a preparação quetiveram na universidade.Este é, de facto, um dado muitointeressante. Noutros países europeus,como a Grécia, as pessoas tendem a estar

preocupadas com a economia e com a

qualidade das universidades. Em Portugala insatisfação com a economia mantém-

se, mas não a crítica ao trabalho dasuniversidades. Presumo que haja aquiuma tendência para gostar do professore culpar o político.

Os alunos tendem a ter expectativasrealistas quanto aos seus futuros salários?

Sim, na grande maioria dos casos, emborase continuem a notar, obviamente,muitos "erros de principiante" por partedos novos profissionais. É impressionantenotar, na verdade, que Portugal, Itália e

Espanha apresentam as expectativassalariais mais baixas da Europa Ocidental.

Comparativamente com os anos

anteriores, os estudantes mostram-semais dispostos a trabalhar no

estrangeiro?Gostava de poder ver ainda mais desta

tendência, embora se sinta um certodesenvolvimento da 'internacionalidade'nos estudantes. O processo de Bolonha

ajudou especialmente nesta matéria. Poroutro lado, na maioria dos países, os

hábitos dos jovens são difíceis de mudar.O número de estudantes dispostos a

trabalhar no estrangeiro está a crescermuito lentamente nos Estados europeus. ¦

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Investigadoresaveirenses nomar profundo

Três vulcões submarinos portugueses estudados

JJ onhecemos mais dem Marte e de Vénus doI que aquilo que se passa

ao pé de nós". A afirma-r» ção é de Marina Ribei-

ro da Cunha, bióloga na Universi-dade de Aveiro (UA) que, desde2000, através do Centro de Estu-dos Ambientais e do Mar (CE-SAM) estuda as profundezas domar.

"O mar profundo cobre doisterços da superfície da terra e o

que é conhecido representa me-nos de um por cento dessa super-

fície", adiantou ao JN, para justifi-car a liderança de uma equipa de

investigadores que nos últimosdez anos tem estudado o golfo deCadiz, em Espanha, e os canhões(desfiladeiros) submarinos da Na-zaré, Cascais ou Setúbal, no nosso

país. Isto é feito em campanhasoceanográficas, no âmbito de pro-jectos europeus, com países comoo Reino Unido, Alemanha, Rússia,

Só se conhece 1% do mar

profundo, apesarde ocupar dois terços

da superfície terrestre

JESUS ZING

[email protected]

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França ou Grécia. "Têm habitatsmuito especiais, com elevada bio-diversidade", comentou ao JN."No caso de Cádiz, os vulcões delama só há 30 anos são conheci-dos e, no que se refere aos desfila-deiros submarinos, pouco sesabe". A investigadora lembra que"os oceanos têm um papel muitoimportante na regulação do climae de outras questões que dizemrespeito ao bem estar e saúde das

populações".

Com a "cara" de Bob MarleyA equipa de Marina Ribeiro daCunha estuda a biodiversidade eas espécies que existem no fundodo mar, tendo descrito já 20, quemereceram referências no "Natio-nal Geographic". A "Bobmarleyagzdemsis", assim denominadapelo aspecto que faz lembrar o

cantor jamaicano, foi uma delas.Saber a sucessão ecológica das

comunidades de macro-inverte-brados ou a colonização de carca-

ças de baleias no fundo oceânicosão trabalhos desenvolvidos ou adesenvolver em sete projectos de

investigação que estão em curso,financiados pela Fundação Euro-peia para a Ciência, pela Comis-são Europeia ou pela Fundaçãopara a Ciência e Tecnologia, novalor de mais de 700 mil euros no

que diz respeito à Universidadede Aveiro e que se prolongarãoaté 2013. Ou, então, as relaçõestróficas entre os vários organis-

mos através do alimento - comoé que a energia passa entre eles."Isso é muito importante nos ca-nhões submarinos, porque há alimuita matéria orgânica e encon-tram-se habitats com uma grandeabundância de organismos", ass-sinala a investigadora.

Há ainda o estudo dos coraisnos mares frios ou a ligação doslimites de placas Falhas Glória-Swim e a sua importância na pro-pagação da deformação tectóni-ca e de ecossistemas profundosno limite das placas Açores-Gi-braltar, por exemplo.

A falta de infra-estruturas quepossibilitem a Portugal o estudo dofundo do mar constitui uma das di-ficuldades lembradas por Marina

Ribeiro da Cunha. Como exemplo,aponta o afundamento do ROV(veículo subaquático controladoremotamente, que permite a obser-

vação do fundo do mar), recente-mente nas Ilhas Selvagens, ao ser-

viço da Estrutura da Missão para aExtensão da Plataforma Continen-tal. "Espero que o recuperem, poisé o único que temos", afirma Mari-na Ribeiro da Cunha. ¦

Faltam infra-estruturas

em Portugal para

o estudo do fundo

dos oceanos

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Dados meteorológicos nas universidades8 Os dados recolhidos pelo Institu -to de Meteorologia (IM) serão dis-ponibilizados às universidades quefazem previsão meteorológicas.Sem data para o início da colabora -

ção, foi Mariano Gago, ministro daCiência e da Tecnologia, a alertar

para a "necessidade urgente, queimporta corrigir brevemente "

A recomendação de MarianoGago vai ao encontro das preten-sões de Delgado Domingos, coor-denador do grupo de previsão nu-mérica do Instituto Superior Téc-

nico, que responsabilizou o IM pe -las consequências das cheias naMadeira, em Fevereiro. "Na alturadisse que a catástrofe podia ter sido

evitada e agora está visto que tinharazão" afirmou ao CM DelgadoDomingos, durante o 'Encontrocom a Ciência e Tecnologia emPortugal; acusando o IM de impe-dir o acesso aos dados recolhidos

pelo modelo europeu de previsão(maisnoticiárionapág. 51). ¦ A.P.

Delgado Domingos, do IS Técnico

q

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MARIA DE BELÉM

O meu curso"Na minha geração, o Direito como caminho paraa construção da justiça era incontornável e o ob-jectivo mobilizador". Este foi um dos principaismotivos, aliado à vocação que diz ter sentido, quelevou Maria de Belém a optar pela licenciatura emDireito, que frequentou na Universidade de Coim-bra e concluiu no ano de 1972. Nunca se sentiu de-siludida com o curso que escolheu e sublinha queteve "momentos de rara felicidade intelectual du-rante algumas aulas" com a consciência de que"quem chegava ao ensino superior naqueles tem-pos era um privilegiado e teria que dar um retornoà sociedade". No entanto, "muitos de nós, consi-deravam o curso excessivamente teórico", nãodeixa de acrescentar. A deputada do PS e ex-mi-nistra da Saúde guarda várias recordações daque-les tempos de estudante universitária, das quaisdestaca a "incontornável greve de 1969 e o senti-mento e mensagens implícitas de que o direito nãoera área profissional para mulheres". Recordatambém as "amizades genuínas, solidárias e gene-rosas que não se pautavam por objectivos concor-renciais". Dos professores, que considera teremsido no geral "fantásticos", destaca Antunes Vare-la, Teixeira Ribeiro, Ferrer Correia, Figueiredo Diase Barbosa de Melo, "por razões de especial simpa-tia". Quanto ao sistema do ensino superior actual,é da opinião que "tem melhorado muito, mas ain-da se pode fazer mais sobretudo na relação com omercado de trabalho" . ¦ a.p.

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PEDRO LOURTIEProfessor do IST

Formação para advocacia

Não é a primeira vez que o Processo deBolonha é usado como bode expiatório.A meados de Junho, os exames e os chumbos no acessoao estágio de advocacia fizeram manchetes. Depoisdisso, a comunicação foi dando conta de declaraçõesexaltadas do bastonário, contra os cursos de três anosserem designados por Licenciatura, acusandoo processo de Bolonha de fraude e as universidades,sobretudo as públicas, de quererem resolver os seus

problemas financeiros com estas formações. Possoentender o ataque ao processo de Bolonha, nãoé a primeira vez que é usado como bode expiatório.Agora que, como afirmou há mais de uma semana,os cursos de três anos sejam uma forma de resolveros problemas financeiros, sobretudo das universidadespúblicas, é que não entendo de todo.Actualmente, as licenciaturas em Direito são de quatroanos, nas universidade públicas e privadas, coma excepção da Universidade Autónoma. Acusaro processo de Bolonha é fácil e popular. Mas umbastonário de uma ordem profissional tem a obrigaçãode abordar as questões com algum rigor. Quanto aduração e designação das formações, a implementaçãodo processo de Bolonha em Portugal implicou a reduçãode quatro graus académicos (Bacharelato, licenciatura,Mestrado e Doutoramento) para três, alinhando pelopadrão que já vigorava na maioria dos países europeus,e a adopção da designação de Licenciatura parao primeiro ciclo de estudos. Podia ter tido adoptadaa designação de Bacharelato ou outra, havendodesignações diferentes nos vários países, como Licence,em França, ou Bachelor, no Reino Unido. Admite-seque isto seja causa de confusão para os menosinformados, mas que o seja para um bastonárioé surpreendente. Só o nome não parece razão

para tanto escarcéu.

O essencial da questão é qual o tempo de formaçãoacadémica necessário para adquirir as competênciasrequeridas para o exercício da profissão de advogadoe como esse tempo se pode traduzir em termos de grause diplomas em Portugal. Outras profissõesregulamentadas resolveram o problema sem grandeagitação.Não conhecendo as formações que noutros paísespreparam para as profissões do direito, comecei porconsultar a listagem de profissões regulamentadas nosite da União Europeia. Alguns países fazem a distinçãoentre duas profissões, como no caso do Reino Unidoentre barrister e solicitor. Escolhi, então, cinco paísese consultei uma ou duas universidades em cada um.Embora não seja sempre claro se há e qual a duraçãodo estágio após a formação académica, fica aqui a

informação resumida sobre os diplomas atribuídose a duração da formação: Espanha, Licenciado emDerecho, 5 anos; França, Master 1, 3+1 anos, seguidosde 18 meses numa école de formation; Alemanha,Staatsexamen, 4 Vi anos; Suécia, Juristexamen, idem;Inglaterra, Diploma of Legal Practice, 4 anos (3+1);Escócia, idem, 4 Vi anos (4+V2).Aceitando como boa a comparação internacional, parapreparar um advogado são necessários mais do quequatro anos de formação académica, com a excepçãode Inglaterra e desde que se incluam os 18 meses de

preparação para o CAPA em França. Todos estes paísesaderiram ao processo de Bolonha, e a legislaçãoportuguesa não coloca maiores limitações à duraçãodos ciclos nas universidades do que a desses países.Então onde estará a dificuldade, se a legislaçãoportuguesa não é mais restritiva e os outros países nãotêm o mesmo problema? A única explicação queencontro é que não foi feito o trabalho que uma mudançasempre implica e não houve o diálogo necessário entrequem forma e quem recebe os diplomados. ¦

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Universidade Cornell

PassaporteA Universidade Cornell é uma das insti-tuições de ensino superior privadas quefaz parte da elite Ivy League. Foi fundadaem 1865 por Ezra Cornell, um empresá-rio pioneiro da indústria dos telégrafos è

por Andrew Dickson White, professor epolítico, na cidade de Ithaca. Actualmen-te, esta universidade conta com sete fa-culdades e oferece mais de quatro milcursos de várias áreas, entre as quais,engenharia, medicina, direito ou gestão.A instituição é frequentada por mais de20 mil estudantes, dos quais cerca de3.400 frequentam o 'bachelor', cerca de1.750 o 'master' e 520 estudantes o 'doc-toral'. Do universo estudantil de Cornell,cerca de metade é do sexo feminino e9% são estudantes internacionais quevêm de 120 países, sobretudo do Brasil,Rússia e Inglaterra. Para um estudante

português apresentar a candidatura aCornell é necessário que tenha o 12° anocompleto e realizar o 'Test as a ForeignLanguage' (TOEFL). Além disso, esta uni-versidade é uma das mais selectivas dosEUA e só aceita 19% das candidaturasrecebidas pelos estudantes que deverãoter uma pontuação mínima de 1290, em1500 possíveis, nas provas de leitura e decálculo que fazem parte do 'SAT Reaso-ning Test'. Durante um ano lectivo, umestudante deve contar com uma despesamédia total de 45 mil euros. Desta des-

pesa, cerca de 32.300 euros são destina-dos a propinas, para alojamento o estu-dante deve contar com uma despesa queronda os seis mil euros, para alimentação4.200 euros, os livros têm o custo de640 euros e as depesas pessoais rondamos 1.300 euros. A.P.

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MALÁSIA A investigadora quími-ca da Universidade do Minho,Maria Manuela Silva, ganhou aMedalha de Bronze na 111 Con-ferência Internacional de Maté-rias Funcionais e Dispositivosna Malásia. A cientista apresen-tou uma janela inteligenfe combase num estudo sobre a capa-cidade para alterar a coloraçãode superfícies. M. V.C.

Portuguesa recebeprémio na Malásia