CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ÉVORA

CP4 – PROCESSOS IDENTITÁRIOS

ANÁLISE DO FILME “INVICTUS”

Trabalho de:

Susana Almeida

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Análise pessoal do filme “Invictus”

Este filme retrata a tomada de posse da presidência por Nelson Mandela

(representado por Morgan Freeman), conhecido por “Madiba” pelo seu povo,

mais concretamente a forma como ele se colocou perante o Mundo e o seu país,

na esperança e crença de que poderia mudar o mundo em que vivia.

Mandela era um homem bom, sofrido, experiente e honesto. A vida condenou-o

a 24 anos de prisão numa cela quadrada e minúscula, com pouco mais de um

metro e meio. Tinha uma janela com grades virada para um campo de trabalhos

forçados, no qual partir pedra era a tarefa diária deste homem maravilhoso.

Durante estes anos todos, nunca se manifestou de forma desordeira ou ofensiva

para com os que constantemente o humilhavam, aceitou tudo o que lhe foi dito

e imposto e cumpriu a pena que lhe foi decretada num silêncio ensurdecedor

sem revolta.

Quantos de nós conseguiríamos tal feito?

Quando saiu da prisão, Mandela trazia um coração cheio de fé, esperança e

perdão para com os que o colocaram anos e anos em prisão, pois para além das

paredes nada mais o impedia de sair, o seu espirito era indomável e livre e

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apenas ele podia comandar o navio da sua existência. Assim nunca perdeu a

vontade, a honra e o sorriso que lhe era característico.

A história verídica de um Homem que mudou um País e um Povo. Um Homem

que mudou mentalidades, comportamentos e reconquistou o respeito mútuo. O

Homem que inspirou brancos e negros e tornou imortal a sua existência!

O primeiro Presidente negro, o Homem que conseguiu terminar com o

Aparthaide e toda a sua dominância. Brancos e negros tornaram-se um só,

apenas pelas palavras sábias e gestos humildes de quem acreditou que quem

carrega ódio nos ombros pode fazer brotar amor do coração.

Quando conquistou a presidência, não deixou de ser ele, não se deixou

subordinar, não esqueceu os verdadeiros valores e acima de tudo, continuou a

ser humilde. Na madrugada do seu passeio, quando uma carrinha deixou jornais

à porta de um estabelecimento fechado, Mandela leu na capa “Ganhou uma

eleição mas conseguirá liderar um povo?” Perante o comentário dos seus

seguranças, “ Ainda agora começou e já o criticam…” apenas respondeu com a

firmeza de um homem bom, humilde e consciente, “é uma pergunta legitima…”

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Tinha sempre uma palavra atenciosa para com os que o rodeavam ou cruzavam

no seu caminho, sempre um sorriso, um cumprimento e a pontualidade de um

verdadeiro líder.

Elogiava o cabelo da secretária, desejava boa sorte aos jogadores da equipa

que defendia assim como o desejava aos seus adversários, assumia os receios

que sentia das capacidades destes em jogo. Mandela era um ser apaixonante,

que com respeito, humildade e carinho conquistou um povo.

Neste filme Mandela mostrou-me a maravilha que acontece a quem governa um

país e um povo com o coração. Mandela foi o grande criador da “geração Arco-

Íris”, pedindo e nunca exigindo ou mandando, apenas pedindo que tentassem

manter-se juntos. Que se respeitassem e partilhassem o mesmo espaço, as

mesmas tarefas. Contratou para reforço da sua equipa de segurança, os guarda-

costas que faziam parte da oposição que tentou destruí-los, mostrando assim o

seu perdão. Juntou funcionários brancos e negros, tendo uma palavra para com

eles, de que todos tinham importância e eram igualmente necessários para ele.

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Através de uma equipa de Rugby, mostrou ao mundo a maravilha da união de

um país e um povo. Conseguiu juntar um país e promover a importância e a força

dessa união.

Mandela procurou François (representado por Matt Damon) pedindo-lhe que o

ajudasse a unir o país e o povo através do jogo.

A determinada altura que considerou fulcral, ofereceu-lhe o poema que o

acompanhou durante 24 anos na prisão e o ajudou a manter-se livre de espirito

e a não se deixar contaminar pelo ódio, a revolta e o desespero, para que este

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o usasse em função da vitória que ambos ansiavam para a equipa. E funcionou…

aquele poema era simplesmente maravilhoso, o retrato escrito de um homem de

bem, que todos os dias em silêncio gritou que apenas o seu corpo era prisioneiro

do homem, mas nunca o seria o seu ser. E acreditando na mudança e permitindo

que o seu espirito voasse bem alto pela janela pequena e a sua alma navegasse

suavemente por entre as tormentas daquele mar, chegou ao tão ansiado sítio e

conseguiu o que nenhum outro conseguira antes…

Mandela inspirou-se num poema maravilhoso de William Ernest Henley. Estas

palavras mantiveram o coração deste homem, único e puro.

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É importante que estas palavras sábias e belas sejam apresentadas na sua

originalidade e na tradução para o nosso português e lidas por Nelson Mandela,

para que possamos ver, que em qualquer língua que seja lido permanece o seu

poder e beleza.

Representado no filme tem um poder diferente, pois é apresentado num contexto

cinematográfico, mas lidas assim o seu poder mantém-se deslumbrante. É

poesia pura de um coração que bate e anseia por paz.

Mandela transformava o medo e o receio em coragem, e assim conquistou com

o perdão e o amor que lhe eram característicos a união do povo e do seu país.

Como ele dizia; “Ninguém é invisível…”

Termino este trabalho com várias citações de Nelson Mandela, que são

inspiradoras e brutalmente belas pela sua essência única e tão pura de coração.

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CURIOSIDADES