Cidadania e multiculturalidadeCP4

Cencal 2011

“ O conceito de cidadania tem origem na Grécia clássica, sendo usado então para designar os direitos relativos ao cidadão, ou seja, o individuo que vivia na cidade e ali participava activamente dos negócios e das decisões politicas. Cidadania pressupunha portanto todas as implicações decorrentes de uma vida em sociedade.”

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O racismo é um preconceito contra um grupo racial geralmente diferente daquele a que pertence o sujeito e como tal é uma atitude subjectiva, gerada por uma sequência de mecanismos sociais.

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Se me perguntarem se tenho noções de cidadania, e por tudo o que este conceito representa na sociedade, sou obrigada a dizer que sim. Não só tenho essa noção, como ajudo e participo activamente na sociedade onde me insiro. Se me fizerem a mesma pergunta em relação ao racismo, também sou obrigada a dizer que sim, sou racista. Aliás como penso que todos nos acabamos por ser.

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Não me incomodam pessoas de outras raças, mas tenho os meus parâmetros e limites. A etnia cigana em muitos casos assusta-me, e realmente prefiro mantê-los distantes de mim. Esta ideia está mais que fundamentada até porque até há bem pouco tempo, eu própria vivia num bairro onde a etnia cigana predominava, e de facto, muitas histórias teria para contar acerca dessa minha experiência, mas prefiro sinceramente esquecer-me dela.

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Nesta época em que vivemos, reparamos que o nosso pais cada vez mais esta “tomado” por varias raças, quer sejam chineses, como ucranianos, que mais ou menos em 1997, por assim dizer invadiram o pais, e perto de mim posso também referir uma comunidade brasileira, que nada me satisfaz também. Costumo dizer que gente boa e má existe em todas as raças, mas de facto posso dizer que não conheço nenhum(a) brasileiro(a) que seja minimamente aceitável. Não digo que não os haja, eu é que não os conheço!

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O ano passado, mais ou menos, trabalhei numa pizzaria cujos donos eram dois ucranianos, e realmente foi uma experiencia marcante na minha vida. Adorava o trabalho, adorava as pessoas, e no meu caso não foi uma questão de aceitar alguém de outro pais e cultura, foi precisamente o contrário. Ele é que tiveram de me aceitar no meio deles.

Sendo os donos do espaço da Ucrânia, e apesar dos clientes serem portugueses, posso dizer que a maioria era ucraniana pois os amigos paravam lá todos, e felizmente posso dizer que conheci gente muito boa no meio deles.

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. Em relação aos meus patrões, lá está o que dizia atrás, gente boa e má existe em qualquer lado, e se um deles era uma pessoa espectacular, o outro não valia nada. Não passava de um explorador, frustrado talvez com a própria vida e descarregava essas frustrações em cima dos funcionários, coisa que por várias vezes lhe valeu o nariz partido. Ah pois é!

Várias vezes assisti a cenas de pancadaria entre os dois patrões, porque um explorava e o outro defendia os funcionários

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Tive uma situação com um colega muçulmano, que nas horas de maior movimento em que a sala enchia e depois de esvaziar era preciso limpar tudo, nunca podíamos contar com a ajuda dele pois coincidia com a hora em que desaparecia, normalmente para a cave, para rezar de joelhos em cima do seu tapete que religiosamente todos os dias transportava debaixo do braço. Escusado será dizer, que a sociedade e a amizade entre eles terminou, e um dia destes passei por lá com a minha família para jantar e vi de facto que o “bem tinha aniquilado o mal”.

Vantagens:

Mas nem tudo é mau, e de facto o multiculturalismo tem algumas vantagens senão vejamos:Para o país que acolhe, aponto como vantagem o aumento da população absoluta e da densidade populacional, o rejuvenescimento da população, o aumento da taxa de natalidade e da taxa de crescimento natural, não esquecendo o aumento da população activa.

A nível empresarial, uma empresa que emprega pessoas de diferentes países e culturas tem a vantagem de ter mais facilidade na relação com empresas estrangeiras, maior amplitude da rede de contactos comerciais, oportunidade de expansão para novos mercados, melhor compreensão das necessidades de mercados externos, diversidade de ideias que podem fundamentar novos negócios e não podemos esquecer que também é uma mais-valia para a imagem social dessa dita empresa.

O exemplo mais flagrante de multiculturalismo em Portugal é sem dúvida os clubes de futebol, onde podemos contar pelos dedos das mãos quantos jogadores nacionais temos e quantos são estrangeiros.

Desvantagens:

Problemas de sustentabilidade da segurança social, falta de habitação, a estratégia de integração em muitos casos resultaram na exclusão social das minorias étnicas e num realojamento em bairros sociais.

Cencal 2011Helena Almeida- OL029.10