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Tomada de Posse dos membros do Conselho do Centro de Arbitragem - Pág 6 Entrevista Perfil: Tei Telecomunicações CCISS e ADEI reforçam parceria com a assinatura de Protocolo Pág: 6 Empresários de Catumbela querem fazer investimentos em Cabo Verde - Pág: 4 Pág: 8 e 9 Observatório Fiscal: Enquadramento e Obrigações Fiscais dos Prestadores de Serviços - Pag: 7

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Tomada de Posse dos membros do Conselho do Centro de Arbitragem - Pág 6

Entrevista Perfil: Tei Telecomunicações

CCISS e ADEI reforçam parceria com a assinatura de Protocolo Pág: 6

Empresários de Catumbela querem fazer investimentos em Cabo Verde - Pág: 4 Pág: 8 e 9

Observatório Fiscal:Enquadramento e Obrigações Fiscais dos Prestadores de Serviços - Pag: 7

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EDITORIAL

É com grande satisfação que recebemos os nossos novos Associados da CCISS, que com sua a força particular, vêm reforçar a representatividade do patronato. Em nome do Presidente da CCISS e da Direcção queiram receber as boas vindas da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento.

Boletim Informativo da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento

Estimado Associado,

WWW.CCISS.CV

Publicite Aqui!

SEMEDO IMPORT E EXPORT, LDASector: Comércio de produtos AlimentaresSantiago - Praia, Achada S. FilipeContactos: 2647202/9797975Email: [email protected]

MARIA DA GRAÇA IEGR, LDASector: Comercio GeralSantiago - Praia, Achada S. FilipeContactos: 9891712Email: [email protected]

EMERMEDICAL CABO VERDE, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDASector: SaúdeSantiagoContactos: 5953790Email: [email protected]

AGRICOLA ILHA VERDE, LDASector: Importação e ExportaçãoSantiago - Praia, PalmarejoContactos: 2627979/9826481Email: [email protected]

C.P.R - CENTROS DE PROJECTOS E REPRESENTAÇÕES, LDASector: Construção Civil- Estudos e ProjectosSantiago - Praia, PlateauContactos: 2621089/9981006Email: [email protected]

Ainda sobre a não inclusão de uma Delegação Empresarial na recente deslocação que o Sr. Primeiro-Ministro efectuou á Guiné Bissau, julgamos neces-sário, tendo em conta toda a celeuma qua o assunto mereceu, dar mais alguns escla-recimentos. Com efeito, ao contrário do que aconteceu aquando da deslocação da Sra. Ministra do Turismo, Indústria e Desenvol-vimento Empresarial (MTIDE), Dra. Leone-sa Fortes, á Guiné Bissau acompanhada de uma vasta comitiva de empresários (cerca de 70 empresários) desta vez, não houve a adequada articulação entre o Ga-binete do Primeiro-Ministro e os represen-tantes do Sector Privado, nomeadamente a Câmara de Comércio, Indústria e Servi-ços de Sotavento (CCISS). Essa inadequada articulação de-veu-se sobretudo á insensibilidade em re-lação ao Sector Privado, da parte de quem teve a responsabilidade do lado do Gabi-nete do Primeiro-Ministro de tratar dessa questão, pessoa essa que se preocupou apenas em cuidar da reserva de lugares para a comitiva do PM (Instituições Públi-cas e Artistas). Se não vejamos: • O Gabinete do Sr. Primeiro Ministro, apesar de nos ter informado que seria ele a coordenar todos os aspectos relaciona-dos com a deslocação, quando se tratou de fazer as reservas de lugar bloqueou unilateralmente, junto da Transportadora Aérea Nacional (TACV), cerca de 35 luga-res, exclusivamente destinados á comitiva do PM, não se lembrando dos Empresá-

rios num voo com capacidade limitada para transportar apenas 65 passageiros; • Posteriormente quando a CCISS se deu conta do sucedido e tentou bloquear cerca de 25 lugares para os Empresários junto da TACV esta nos informou que já não ha-via lugares disponíveis; • A CCISS envidou todos os esforços no sentido de encontrar alternativas, jun-to da Royal Air Marrocos, da TACV, e de companhias “charters” no Senegal mas as condições apresentadas manifestaram-se financeiramente inviáveis; Tendo em conta a grande dinâ-mica no domínio empresarial entre Cabo Verde e a Guiné despoletada nos últimos tempos, desde a visita da Sra. MTIDE e depois com a deslocação a Cabo Verde da Sra. Ministra da Saúde da Guiné Bissau e do encontro realizado na Praia entre esta e os empresários cabo-verdianos, lamen-tamos profundamente a não integração de uma delegação do Sector Privado na dele-gação do PM, que seria fundamental para dar seguimento e consolidar os contactos já efectuados. A CCISS manifesta-se empenha-da, juntamente com os seus Associados e, eventualmente, em parceria com outras re-presentações do Sector Privado em orga-nizar em tempo oportuno uma missão em-presarial á Guiné Bissau, com o fito de dar sequência aos contactos despoletados na última missão realizada de modo a permitir o reforço e a consolidação da cooperação em vários domínios.

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Boletim Informativo da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento

CCISS e ADEI reforçam parceria com a assinatura de Protocolo

CCISS e ALER assinam Protocolo de Cooperação

www.facebook.com/camaracomerciodesotavento

Siga-nos em:www.cciss.cv blogdacciss.blogspot.com

A CCISS assinou um protocolo de cooperação com a ALER – Associação Lusófona de Energias Renováveis, com a finalidade de apoiarem-se mutuamente nas acções próprias desenvolvidas, na troca de informação e na dinamização de iniciativas conjuntas de interesse empresarial. A ALER é uma das parceiras da CCISS na realização da 1ª Feira Interna-cional do Ambiente e Energias Renováveis, que está agendada para os dias 15 a 17 de

Deputados da UCID visitam a CCISS

Outubro, na cidade da Praia. A ALER tem com como missão a promoção das energias renováveis nos paí-ses lusófonos, tendo como tal, uma função de facilitação na criação das oportunidades de negócio, através do apoio ao sector pú-blico e privado para criar um enquadramen-to regulatório favorável. Está é também igulamente, a coordenadora dos vários stakeholders, criando uma plataforma de cooperação e

A CCISS e a ADEI assinaram um Protocolo Institucional e uma Adenda de Protocolo de Colaboração, no dia 10 de Ju-lho, nas instalações da CCISS. O Protocolo tem como finalidade a formalização de uma parceria institucional, que já existia, para a promoção de iniciati-vas conjuntas que visem a intensificação, o crescimento e competitividade do sector privado, em particular das micro, pequenas e médias empresas (MPME). Já a Aden-da de Protocolo aponta à formalização de uma parceria institucional, para a opera-cionalização do serviço de certificação das MPME.

O Vice-Presidente da CCISS, Sr. Gil Évora, garantiu total disponi-bilidade e empenho da CCISS na materializa-ção de todas as ativi-dades conjuntas, pro-gramadas para o ano 2015/2016. A ADEI re-presentada pelo seu Presidente, Sr. Frantz Tavares ressaltou as boas relações que sempre existiram entre a CCISS e a ADEI, afirmando que esta as-

funcionando como interlocutora juntos das autoridades nacionais e internacionais, constituindo a voz comum das energias re-nováveis na lusofonia. O Protocolo foi assinado no pas-sado mês de Junho, em Lisboa, pelo Pre-sidente da CCISS, Sr. Jorge Spencer Lima e pela Directora Executiva da ALER, Sra. Isabel Abreu, no âmbito da participação da CCISS na 1ª Conferência de Energia para o Desenvolvimento da CPLP.

sinatura fortalecerá ainda mais a parceria existente.

Uma delegação da UCID foi re-cebida pela CCISS na tarde do dia 20 do

corrente. A delegação era composta pelos deputados António Monteiro e José Luis Silva e o objectivo da visita foi o de debater a situação económica do País e do empre-sariado em particular no quadro do debate sobre o Estado da Nação que teve lugar no dia 31 de Julho. A CCISS esteve represen-tada no encontro pelo seu Vice-Presiden-te Gil Évora, pela Diretora do Desenvolvi-mento Empresarial, Monica Vicente e pela Diretora das Relações com os Associados, Ângela Sapinho. Durante o encontro foram

passadas revistas aos principais problemas que afligem a classe empresarial, ás dificul-dades de acesso ao financiamento que ain-da perduram no tecido empresarial e tam-bém aos instrumentos de apoio publicados pelo governo mas, que infelizmente ainda não passaram do papel. A UCID prometeu levar essas preocupações para o debate sobre o esta-do da Nação e a CCISS prometeu manter esse partido ao corrente da sua agenda empresarial durante todo o ano de 2015.

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Boletim Informativo da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento

Empresários de Catumbela queremfazer investimentos em Cabo Verde

A CCISS recebeu no dia 6 de Ju-lho a visita de uma delegação de empresá-rios do município de Catumbela, Província de Benguela em Angola, que manifesta-ram interesse em investir no arquipélago, estreitar o relacionamento comercial, au-mentar a rede de contactos entre a região de Catumbela e Cabo Verde. Na agenda, foi feita uma apre-sentação da CCISS, seus propósitos e ob-jectivos e foram analisadas estratégias de parceria, na tentativa de aumentar os laços socioeconómicos e atracção de investido-res da região, para Cabo Verde A comitiva foi recebida pelo Vice- Presidente da CCISS, Sr. Gil Évora, pela Gestora do Departamento de Relações com os Associados, Sra. Ângela Sapinho e pelos técnicos, Lísia Ramos e Nuno Fer-reira O Vice-Presidente agradeceu a visita, e fez votos que a reunião havida seja consequente e que frutifique as relações entre Cabo Verde e Angola. Este ainda

afirmou que a CCISS tem se concentrado mais nos empresários de Luanda, mas enal-teceu que os contactos com outras províncias Angolanas é sempre “importante”, tendo em conta que Benguela, à partida, parece ser um mercado atractivo, e não um mercado difícil como o de Luanda para

os empresários Cabo-verdianos.Durante o encontro foi acertado entre os presentes, que a CCISS irá participar na próxima edição da Feira Internacional de Benguela (FIB) que decorrerá em meados do mês de Maio do próximo ano Évora avançou ainda que a CCISS tem procurado incentivar os em-presários Cabo-verdianos a investirem no mercado angolano, por isso todas as opor-tunidades que aparecerem para troca de experiência com empresários daquele país serão atendidas. E é neste sentido que a CCISS está a organizar os preparativos para a participação de uma delegação em-presarial 32ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA). Durante o encontro, os empre-sários angolanos mostraram interesse em investir nos ramos de bebidas mais con-cretamente da cerveja Cuca, hotelaria e turismo, comunicações entre outras áreas que podem ser de interesse para ambas as partes e asseguraram que está sendo

estudado a possibilidade de comercializa-ção desses produtos. De acordo com a Directora do Departamento de Relações com os Asso-ciados, Sra. Ângela Sapinho, o interesse em estabelecer parcerias com empresas angolanas já não é de agora, aliás muitos o querem, mas a concessão dos vistos de longa duração para aquele país, é o princi-pal entrave. A administradora da Província de Benguela, Sra. Filomena Pascoal fez um balanço positivo do encontro, tendo em conta que vieram numa missão intermuni-cipal, mas estão sendo recebidos por orga-nismos e entidades nacionais. Integraram esta delegação mem-bros da administração municipal de Ca-tumbela e entidades religiosas, empre-sários das áreas de construção civil, do comércio, da agricultura, de prestação de serviço e de eventos.A delegação esteve em Cabo Verde até 09 de Julho para par-ticipar nas actividades do 40º aniversário da independência nacional, a convite das batucadeiras da Associação ‘’Nos Eransa’’ da Cidade Velha.

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Boletim Informativo da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento

As inscrições de candidatura para a 12ª edição World Tourism Organization (UNWTO) - Organização Mundial do Tu-rismo, que premeia as melhores iniciativas para a Excelência e Inovação no Turismo, já se encontram abertas.

Desde 2003, os Prémios OMT re-conhecer o conhecimento criação, dissemi-nação e inovação no turismo, procurando destacar efeito transversal do sector na governação e sociedade em geral. Até ago-ra, os Prémios reconheceram mais de 70 académicos, visionários e instituições, cujo trabalho tem servido como uma inspiração para o desenvolvimento do turismo compe-titivo e sustentável e a promoção dos valo-res do Código Global de Ética da OMT para o Turismo. O certame, que é organizado pela UNWTO, distingue iniciativas de turismo

nas seguintes categorias:• OMT Prémio de Inovação em Políticas

Públicas e Governação;• OMT Prémio de Inovação em Empresas;• OMT Prémio de Inovação em Organi-

zações Não-Governamentais;• OMT Prémio de Inovação em Pesquisa

e Tecnologia; A entrega das candidaturas deve-rá ser feita até o dia 30 de Outubro de 2015 através do email: [email protected] ou pelo Telefone: (+34) 91 567 8100. Os resul-tados serão anunciados no dia 20 de Janei-ro de 2016, em Madrid, na Espanha.

UNWTO abre inscrições para premiar as melhores empresas Turísticas

Projectos Financiados pelo Banco Mundial em análise na CCISS

Uma representante do Grupo In-dependente de Avaliação (que pertence ao Grupo Banco Mundial), Xiaolun Sun, Técni-ca Superior de Avaliação e acompanhada por Hendriks Lopes da Direção Nacional do Planeamento, teve uma reunião com a CCISS, no passado dia 03 de Julho. A CCISS esteve representada pelo seu Vice-Presidente Gil Évora, pelo Secretário-Geral José Luis Neves e pelo Responsável do Gabinete de Comércio Ex-terno e Internacionalização das Empresa, Nuno Cruz Ferreira. Esta reunião tinha como objetivo a avaliação de programas e projetos finan-ciados pelo Banco Mundial e mais espe-cificamente o programa Country Program

Evaluation, que inclui o Country Program Evaluation for Small States. Efetuou-se o balanço do Fundo de Crescimento e Com-petitividade (Mat-ching Grant), no qual falou-se da informa-lidade das empresas presentes no merca-do nacional, assim como das barreiras que alguns requisitos à obtenção deste fundo apresentavam. Outro tema de discus-são foi o da situação do Credit Bureau, que ainda tem enfren-tado alguns constrangimentos e aguarda uma autorização do Banco de Cabo Verde para en-trar em funcionamento. No final da reunião fo-ram feitas algumas sugestões por parte da CCISS aquando de uma nova fase do Fundo de Crescimento e Competitividade

e ficou para ser agendado um novo encon-tro de forma a se obter mais dados à avalia-ção efetuada.

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Boletim Informativo da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento

Tomada de Posse dos membros do Conselho do Centro de Arbitragem

Os Membros do Centro de Arbi-tragem e Conciliação de Sotavento toma-ram posse, no dia 29 de julho, na sede da CCISS, numa cerimónia que contou com a presença da Ministra do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empre-sarial, Sra. Leonesa Fortes, do Secretário de Estado e da Administração Pública, Sr. Romeu Modesto e de uma forte presença empresarial. Constituem o Conselho do Centro de Arbitragem e Conciliação o Sr. Jorge Spencer Lima como Presidente, A Sra. Lei-da dos Santos como Vice-Presidente, os Srs. Júlio Almeida, Gil Évora, Paulo Lima, Rui Amante da Rosa João Ramos e José Luís Neves como Membros e o Sr. Dan Merkel como Secretário. A Vice-Presidente do Centro de Arbitragem e Conciliação de Sotavento, Leida dos Santos, no seu discurso lem-brou que este Centro vem combater a mo-rosidade, um dos principais problemas que afecta a justiça em Cabo Verde. A mesma afirmou que, em tempos de crise económi-ca a falta de especialização, bem como a morosidade constituem um entrave ao fun-cionamento do tecido económico, dificulta

o comércio, perturba a vida da empresas pondendo mesmo levar à dissolução das mesmas. A Vice-Presidente acredita que com a Instalação do Centro ficam reunidas todas as condições para que os litígios de foro económico sejam resolvidoos de for-ma eficiente e rápida, e pediu confiança às entidades intervenientes no processo. O Secretário-Geral da CCISS, o Sr. José Luis Neves, falou igualmente da importância e do papel do Centro, agra-decendo a todas as instituições publicas e privadas que estiveram presentes para a instalação do Centro de Arbitragem de Sotavento e ao Centro de Arbitragem do Rio Grande do Norte, Brasil, pelo apoio na

formação dos árbitros. O Secretario do Estado e da Ad-ministração pública, Sr. Romeu Modesto considerou que o Centro de Arbitragem e Conciliação é um “marco” na história da justiça cabo-verdiana. A Ministra Leonesa Fortes consi-derou que é necessário a construção de uma relação de confiança entre os empre-sários e o conselho, pois este deve ter a plena consciência de que o seu sucesso, passa pela confiança que os empresários possam nele despositar em resultado do trabalho que irão desenvolver. Por último, afirmou ainda que este é um passo funda-mental para a melhoria do ambiente de ne-gócios.

Uma delegação de Cabo Verde, acompanhada pela CCISS, esteve pre-sente na Feira Internacional de Luanda, que decorreu entre 21 e 26 Julho. Nesta delegação estiveram presentes empresas e instituições como a Frescomar, Doubvi-sion, Cabnave, Girassol Tours, Bai Cabo Verde e SDTIBM. A FILDA, formou-se como um ex-celente palco para o encontro de empre-sários e para as oportunidades de negó-cios, estando presentes nesta mais de 900 expositores, o que obrigou a que este ano tivessem que montar uma tenda de apro-ximadamente 400 metros quadrados para complementar os atuais seis pavilhões de que dispõe a feira. Além do número de ex-

positores, outro dado impor-tante foi a cifra de negócios que esta gerou, que foram de cerca de USD 11 milhões. Durante esta feira os empresários tiveram a oportunidade de conhecer vários fornecedores e clien-tes, que permitiram-lhes ex-plorar novas oportunidades de negócios e dar a conhecer o país Cabo Verde. O balanço desta feira para os empresários Cabo-verdianos presentes foi muito positivo, pois puderam efetuar con-tactos para potenciais negócios, mas tam-bém concluir ai mesmo, alguns destes.

Outro ponto de destaque foi a participação da CCISS e da SDTIBM, in-tegrantes da delegação, no Luanda Invest-ment Forum, um evento paralelo, integrado no programa da FILDA, onde foi possível dar a conhecer algumas oportunidades de investimento em Cabo Verde.

Delegação Empresarial Nacional participa na 32ª Edição da FILDA

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Boletim Informativo da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento

Observatório Fiscal: Enquadramento e Obrigações Fiscais dos Prestadores de Serviços

Rendimentos da Categoria B (Lei nº78/III/2014, Art.º7, número 1)

Consideram-se rendimentos de categoria B, todas as contraprestações ou utilidades pagas, ou postas à disposição do seu titular, qualquer que seja a sua denomi-nação ou natureza, que procedam directa ou indirectamente de actividades empresa-riais ou profissionais nomeadamente de: a) Actividades comerciais ou industrias, incluindo a prestação de serviços; b) Actividades agrícolas piscatórias silví-colas ou pecuárias; c) Exploração da propriedade intelectual ou industrial; d) Rendimentos prediais imputáveis a ac-tividades empresariais e profissionais; e) Rendimentos de capitais imputáveis a actividades empresariais e profissionais; f) As mais-valias apuradas no âmbito das actividades empresariais e profissionais; g) … Os titulares de rendimentos de ca-tegoria B, residentes ou não residentes com estabelecimento estável em território nacio-nal estão obrigados à apresentação dos seguintes documentos, para registo como prestadores de serviço: Lei 78/VIII/2014, Art.º 74 - Início de actividade – Deve ser efectua-do antes do início de qualquer actividade susceptível de produzir rendimentos. Para o registo deve-se preencher o modelo 110 e anexar a declaração de NIF, cópia do passaporte ou BI, contrato de prestação de serviço, e documento comprovativo de habilitações literárias (no caso de profissio-nais liberais); - Declaração de alteração – Sempre que se verifique qualquer alteração dos elemen-tos constantes na declaração de início de actividade deve-se entregar a declaração de alteração no prazo de 15 dias a contar a data da ocorrência; - Declaração de cessação de actividade - Sempre que esta termine. Esses rendimentos são tributados de acordo com um dos seguintes regimes: Lei 78/VIII/2014 Art.º28

1 - Regime de Contabilidade Organiza-da

Obrigações Contabilísticas - Estão obrigados a organizar a contabili-dade nos termos gerais da lei e de acordo com o Código de IRPC; - Englobamento obrigatório; - Obrigados a efectuar pagamentos por

conta; - Entrega da declara-ção de informação con-tabilística e fiscal até ao final do mês de Setem-bro àquela a que os ren-dimentos respeitam; - Estão sujeitos a taxa de 20% quando pagos por entidades que dis-ponham ou que devam dispor de contabilidade organizada; - A taxa é aplicada ao rendimento ilíquido sujeito a retenção, antes da liquidação do Imposto Sobre o Valor Acrescentado a que haja lugar. Nota: As actividades agrícolas, piscatórias, silvícola e pecuárias exercidas pelas pessoas singulares com contabilida-de organizada não estão sujeitas a reten-ção na fonte.

Obrigações dos Titulares de Rendimentos

- São obrigados a passar recibo, aprovado oficialmente, de todas as importâncias re-cebidas dos seus clientes; - Estão obrigados a emitir facturas ou do-cumento, nos termos estabelecidos pelo Regulamento de Emissão de Facturas; - Obrigatoriedade de entrega da declara-ção anual de rendimentos, até ao último dia do mês de Maio do ano seguinte;

Obrigações dos Adquirentes - Exigir as respectivas facturas e recibos, e conserva-los durante 5 anos civis subse-quentes. Lei 78/VIII/2014, Art.º 76

Actos Isolados - São considerados actos isolados aque-les que não sejam praticados mais do que duas vezes ao longo do mesmo período de tributação; - Os rendimentos resultantes de actos iso-lados são tributados a taxa de 20%, pelo

seu valor bruto sem qualquer dedução; - São obrigados igualmente a proceder à emissão de recibos e facturas. Todos os sujeitos passivos de ren-dimentos, resultante do desenvolvimento das actividades profissionais ou empresa-riais abaixo, ficam enquadrados no regime de contabilidade organizada, como pes-soas singulares com contabilidade organi-zada. Os restantes sujeitos passivos que não se enquadram no regime de con-tabilidade organizada são tributados pelo Regime Simplificado de Mico e Pequenas Empresas.

2 - Regime Simplificado de Micro e Pe-quenas Empresas - Obrigados a declarar o início, alteração e cessação de actividade, nos mesmos ter-mos dos prestadores de serviço enquadra-dos no regime de contabilidade organizada; - Sujeito ao Tributo Especial Unificado, a taxa de 4% sobre o volume bruto das ven-das; Sem possibilidade de englobamento; - Obrigatoriedade da entrega trimestral do Modelo REMPE/107; - Obrigatoriedade da entrega mensal da Declaração Periódica de Rendimentos, caso efectuarem retenções sobre a catego-ria A ou C; - Não são obrigados a emissão de facturas ou recibos. Contudo sempre que o aquiren-te dos bens ou serviços solicitar facturas ou recibos, estes devem emiti-las. Esta informação é de carácter in-formativo geral, não dispensando a consul-ta de serviços profissionais. A BTOC Con-sulting não se responsabiliza por qualquer dano ou prejuízo emergente de decisão to-mada com base nesta informação. © 2015 BTOC Consulting Para esclarecimentos e informa-ções adicionais consulte www.btoc.com.cv

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Boletim Informativo da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento

Entrevista Perfil: TEI - Telecomunicações

Como nasceu a TEI Telcomuni-cações?

A TEI nasceu por causa da neces-sidade do mercado. Quando abri a empre-sa, era eu quem fazia de tudo, gerência, contabilidade, técnico... Com muio traba-lho, dedicação e pela capacidade de exe-cução dos trabalhos, fomos progredindo e crescendo.

Quais são os Serviços que a TEI coloca a disposição do mercado?

Nós iniciamos com a prestação de serviços e vendas de equipamentos de telecomunicações. Começamos pelas cen-trais pbx, que foram instaladas por nós e mais de 90% do território nacional.Depois disso, aconteceu a informatização da função publica, na qual engajamos na infra estruturação das redes de informática ao mesmo tempo que vendemos todos os equipamentos de instalação das redes.Atualmente temos materiais específicos, que se não encontrados aqui, não serão encontrados em outros lugares. (Bastido-res, Patch Panels, equipamentos de certi-

ficação, etc) Dado a evolução da tecnologia, agora faze-mos a substituição dos equi-pamentos. Instituições que tinham rede com categoria 5, com uma velocidade bai-xa, passaram para categoria 6. Neste momento, estamos a evoluir para a categoria 6 A. O banco de Cabo Verde é um dos exemplos. Somos também capacitados na instalação da rede de fibra Óptica. Fui pessoalmente ao Quénia, fazer a minha capacitação e trouxemos depois um téc-nico, de Portugal, para ca-

pacitar e certificar os nossos técnicos. Resumidamente nós continuamos com o nosso corp business (centrais pbx, cen-tral voip, vendas, instalação e manutenção de equipamentos de vide-vigilância, monta-gem e manutenção de rede de dados etc) e estamos atentos às novas oportunidades, nomeadamente na instalação e montagem da fibra óptica e televisão digital terrestre.

Como analisa o sector das teleco-municações em Cabo Verde?

Consideramos que é um sector bastante promissor. Na área de prestação de serviços realizamos vários serviços a

empresas nacionais nomeadamente a CV Telecom, que é o nosso maior parceiro, e a Unitel T+ Cabo Verde. Na CV Telecom prestamos vários serviços com ênfase na construção de re-des, infra estruturação de telecomunica-ções, com redes de cabos de fibra ótica, a nível nacional, projeto FTTH, que é um pro-jeto piloto em Cabo Verde, no qual a TEI fez todas as instalações e fusões dos cabos, na Cidade da Praia e na ilha de São Vicen-te. Ainda prestamos o serviço de montagem e instalações de Torres, antenas, mudança e manutenção. Nós também somos parceiros e representantes da Huawei (empresa multi-nacional Chinesa no sector das telecomuni-cações) em Cabo Verde, que fornece equi-pamentos à CV Telecom, Unitel T+ Cabo Verde e O NOSI. Neste sentido, participa-mos na prestação a todos os níveis, desde a instalação de fibra óptica do NOSI, parti-cipamos na instalação do Data Center do NOSI, fizemos todo o trabalho da Huawei, fizemos todo o trabalho das instalação da rede 3G da CV Móvel e da Unitel T+ Cabo Verde, substituição dos equipamentos da Nokia Siemes para os do Huawei. Ainda no NOSI, no projeto Mundo Novo, fizemos a instalação de equipamentos wimax, a nível nacional. Temos um grande projeto financia-do pela Huawei, de conexão à Internet, que será brevemente implementado em todo país.As telecomunicações estão num progresso constante., não para!.Temos pautado pela qualificação dos nos-sos técnicos. Realizamos várias sessões de formações, com técnicos internacionais e internos.

Que projetos tem a TEI neste momento?

Temos em vista o projeto TDT – Televisão Digital Terrestre. O concurso foi ganho pela empresa francesa Thompson,

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Boletim Informativo da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento

Entrevista Perfil: TEI - Telecomunicações

onde a TEI surge como um potencial forne-cedor de serviços. Devido ao facto do nosso mercado ser bastante pequeno, praticamente já exe-cutamos todos os tipos de trabalhos que poderíamos realizar. Por agora resta-nos fazer a manutenção daqueles que efetua-mos ate agora.

Como está sendo a procura dos vossos serviços?

Os nossos serviços têm grandes solicitações, pois somos a única empresa no país com técnicos cerificados para tra-balhar em altura, que requer habilidade, técnica e preparação física.Neste sentido, também sofremos “perdas”, pois são vários os técnicos formados aqui na TEI, que já foram recrutados e trabalham nas grandes empresas nacionais. Damos

sempre aos jovens a oportunidade de cres-cerem e estarem num melhor ambiente pro-fissional

A Internaciona-lização é atualmente uma necessidade para as empresas nacionais. Como a TEI tem trabalhado este processo?

Dado a neces-sidade de continuida-de da empresa e por causa da nossa espe-

cificidade, a internacionalização é necessá-ria. Neste momento estamos a execu-tar um projeto na Guiné Equatorial, a convi-te de NOSI (que foi o vencedor).Temos um grupo de 10 técnicos a trabalhar neste projeto, que normalmente demora 5 a 6 meses, mas que iremos efetuar em menos tempo (3 a 4 meses), dado a neces-sidade economizar custos e também da ne-cessidade do cliente. Aliás o presidente da instituição, enviou-nos um email a elogiar o nosso trabalho, isso tudo na primeira sema-na. Ainda no âmbito deste projeto, recebe-mos também a visita do Primeiro-Ministro da Guiné Equatorial, que veio visitar todas as empresas que iriam trabalhar no projeto.Este é apenas um inicio, pois a Guiné Equatorial é um país que vai iniciar todo o processo de informatização agora, com o NOSI. É um país com um grande mercado cheio de oportunidades, onde nós já inicia-mos o processo para a abertura de uma filial.

Como está sendo o vosso dia-dia na Guiné Equatorial?

Dado que é um país com custos de vida elevados, essencialmente a alimentação e o alojamento. Há uma grande diferença de preços entre comprar os mesmo alimen-tos crus e nos restaurante. Mediante isso,

levamos daqui pratos, panelas talheres e montamos a nossa própria cantina. Hoje, além do nosso pessoal (10 técnicos), for-necemos refeições a 7 comandantes (de origem cabo-verdiana, mas que trabalham para companhias estrangeiras) e estamos a receber pedidos de empresas portugue-sas para fornecer refeições.

Que Outros mercados são ape-tecíveis para a TEI?

Temos uma grande ambição no mercado da Guiné Bissau. Em 2006 a con-vite da PNUD, que queria financiar o pro-cesso de informatização da função publica. Após isso, estive lá mais duas vezes na tentativa de abrir uma sucursal. Temos também dois projetos in-cipientes e interessantes em São Tomé e Príncipe, que dado a nossa ligação ao NOSI e à nossa credibilidade no mercado, fomos convidados a efetuara a instalação de redes de dados em duas instituições na-quele país. A nossa ambição na internaciona-lização será nos países da Costa Ocidental da África.

Qual a visão da TEI em relação ao papel da CCISS?

A CCISS foi preponderante para TEI no processo de evolução e melhoria técnica. Ao participar nas missões empre-sariais, fizemos parcerias e ganhamos par-ceria. Acompanhamos as boas práticas nos mercados internacionais, e implementamo-las no nosso dia-dia.

Page 10: Tomada de Posse dos membros do Conselho do Centro de … · 2015-10-22 · representatividade do patronato. Em nome do ... • Posteriormente quando a CCISS se deu conta do sucedido

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Propriedade: Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento - CCISS Direcção: CCISS Edição & Paginação: CCISS Distribuição: Gratuita Impressão: Tipografia Santos Tiragem: 1000 exemplaresContactos: Av. Oua, nº 39, CP 105 - Achada de Santo António - Praia - Cabo Verde / [email protected] / + 238 261 5352

Boletim Informativo da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento

Fotogaleria - Restrospectiva do 1º Semestre O final do mês de Julho e inicio de Agosto é um período de férias, com poucas atividades agendadas. Este também é o pe-ríodo para analise e balanço da 1ª metade do ano. Neste sentido, a CCISS preparou uma foto galeria das seguintes atividades, que marcaram a atividade empresarial no 1ª semestre.

1 - Conversa Empresarial aberta com o Primeiro-Ministro;2 - Encontro Empresarial com o Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau;3 - Visita do Primeiro-Ministro da Guiné Equatorial;4 - Missão Empresarial à Guiné Bissau;5 - Encontro Empresarial com Empresários

e Emigrantes da Ilha do Fogo;6 - Missão Empresarial - 1ª Conferência Energia para o Desenvolvimento da CPLP;7 - Missão Empresarial CE - CPLP a Cabo Verde;8 - Tomada de Posse Dos Membros dos Conselho de Arbitragem e Conciliação de Sotavento;