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    Um reforo

    em guas profundasGIGANTEpor Victor Abramo

    Considerada a maior plataforma martima de produo e

    processamento de petrleo e gs de todo o mundo, a P-54 seguiu

    viagem, no fim de outubro, rumo Bacia de Campos, onde vai operar

    a 125 km do litoral, ao norte do estado do Rio. Com capacidade para

    produzir 180 mil bpd e comprimir 6 milhes de m3 de gs por dia,

    sua entrada em operao no Campo de Roncador tida como

    fundamental para que a Petrobras atinja sua meta de, at o fim do

    ano, alcanar a produo de 2 milhes de barris/dia, e fincar em

    difinitivo sua marca entre as maiores petrolferas do planeta.

    P-54

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    Foto:DivulgaoPetrobras

    Comprimento total: 337 m

    Comprimento entre

    perpendiculares: 320 mBoca moldada: 54,5 m

    Pontal moldado: 27,8 m

    Calado mximo: 21,6 m

    Largura: 110 m

    Acomodaes: 160 pessoas

    Peso total: 73 mil toneladas

    Gerao de energia: 92MW

    Poos produtores: 13

    Poos injetores: 8

    Caractersticas gerais da P-54

    Risers:54

    Tempo total de construo:

    41 meses

    Capacidade de produo:

    180 mil barris/dia

    Custo: US$ 900 milhes

    Local de operao:

    Campo de Roncador

    Injeo de gua: 39 mil m3/dia

    Compresso de gs:

    6 milhes de m3/dia

    Lmina dgua: 1.400 m

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    C

    onstruda a partirda converso dopetroleiro Barode Mau, a unida-de do tipo FPSO(Floating, Produc-

    tion, Storage and Offloading), a segunda contratada pelaPetrobras com os novos ndices denacionalizao exigidos pelo go-verno federal, e possui 62% decontedo nacional. A primeira foia P-52, parceira da P-54 no pro-grama de desenvolvimento doCampo de Roncador. Ao atingi-rem o pico de atividade, as duasunidades acrescentaro 360 mil

    barris/dia produo da Petro-bras. Para manter a sustentabi-lidade da auto-suficincia, a em-presa prev investimentos de R$81 bilhes at 2010, e a P-54 parte importante desta carteira deprojetos.

    Quando entrar em operao, aP-54 ficar ancorada a 1.400 m eser interligada a 21 poos sub-marinos 13 produtores de leo egs e oito injetores de gua. Oescoamento da produo de pe-trleo ser feito por naviosaliviadores, e a exportao de gsnatural, via dutos submarinos. Suaconstruo custou US$ 900 mi-lhes, e gerou 2,6 mil empregosdiretos e dez mil indiretos. Porcausa da forte demanda do mer-cado internacional, houve um atra-so de oito meses e um acrscimode 38% no custo antes previsto.

    A obra foi contratada depoisde trs licitaes realizadas em junho de 2004: uma para osmdulos de gerao de energia,em que foi vencedora a NuovoPignone (Rio de Janeiro/RJ); ou-tra para os mdulos de compres-so de gs, vencida pelo consr-cio Dresser Rand/Mau Jurong(Niteri/RJ); e uma terceira paraconverso e integrao do cascocom a planta de processo e utili-

    dades, a cargo dos estaleiros Jurong Shipyards (Cingapura) eMau Jurong (Niteri), ondeocorreu a montagem dos mdulosdo topside.

    Longo retornoDepois de passar por uma

    grande transformao que durou22 meses no Estaleiro JurongShipyard, em Cingapura, o cas-co do antigo petroleiro Baro deMau voltou ao Brasil, onde che-gou no dia 13 de julho, aps umaviagem de mais de 70 dias (co-brindo um percurso de 17.245km). De imediato foi conduzido

    ao cais do Estaleiro Mau- Jurong, na Ponta da Areia, emNiteri, onde foram cons-trudosos mdulos de processo, utilida-des e compresso. Com a insta-lao dos mdulos, a construoda P-54 entrou na fase final deintegrao e comissionamento.

    A P-54 uma cpia da P-50,unidade que entrou para a hist-ria do petrleo no Brasil como aplataforma da auto-suficincia,cuja converso tambm foi feitapelo Estaleiro Jurong Shipyard,em Cingapura, e que em abril de2006 entrou em produo emAlbacora Leste, na Bacia de Cam-pos. Entre outras coincidncias,a P-50 tambm foi batizada noEstaleiro Mau, em Niteri, emcerimnia que contou com a pre-sena do presidente Luiz IncioLula da Silva.

    Essa clonagem de projetostambm vem sendo utilizadapela Petrobras em obras perten-centes ao Plangs, por exem-plo, como forma de ganhar tem-po e encurtar prazos. Nada im-pede, assegura fonte ligada companhia, que a estatal lancemo da mesma estratgia naconstruo de novas platafor-mas previstas em seu plano deinvestimentos.

    LINHA DO TEMPO

    Dezembro de 2003 BNDES anunciaque financiar at US$ 500 milhesna compra de bens e servios defornecedores nacionais no projeto de

    construo da P-54.Junho de 2004 A construo con-

    tratada e obras tm incio em agostodo mesmo ano, a partir da conversodo casco do petroleiro Baro deMau pelo Jurong Shipyard Pte, emCingapura.

    Maio de 2005 O financiamento paraa construo da P-54 assinado nasede do BNDES, no Rio de Janeiro.Vem em um pacote de US$ 642milhes, que incluiu tambm a P-51.Para a P-54 so destinados at

    US$ 272 milhes.

    Julho de 2006 Chega ao Brasil ocasco da FPSO depois da converso,que durou 22 meses, e aps umaviagem de mais de 70 dias, numpercurso de 17.245 km.

    Novembro de 2006 concluda aintegrao dos mdulos de processo,utilidades, energia e compresso degs no Estaleiro Mau-Jurong(Caximbau e CEC), em Niteri, e o degerao eltrica no Porto Novo Rio,no Caju.

    Janeiro de 2007 A instalao dosmdulos da P-54 concluda noEstaleiro Mau. Pesando 1.644 tone-

    ladas, o mdulo de processo P03Afoi o mais pesado de todos os iadospor uma balsa-guindaste.

    Agosto de 2007 No dia 21, a P-54 batizada no Estaleiro Mau-Jurong,Niteri, em solenidade com a presen-a do presidente da estatal, SrgioGabrielli, empresrios da indstrianaval e autoridades do estado e domunicpio de Niteri. Unidade passapor ajustes finais para seguir viagempara o Campo de Roncador, na Ba-cia de Campos.

    Fo

    to:StfersonFaria,

    Petrobras

    P-54

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    O batismoRealizado no dia 21 de agos-

    to, no Estaleiro Mau-Jurong, emNiteri, o batismo da plataformaP-54 aconteceu em clima dejustificada euforia. Durante a ce-rimnia, o presidente da Petro-bras, Jos Srgio Gabrielli deAzevedo, destacou o desafio quea empresa vem colocando para osetor industrial brasileiro, aoanunciar um investimento de US$112,4 bilhes que, segundo o pla-no estratgico da companhia,

    ser feito at 2012.

    Vamos construir novos siste-mas de produo e escoamentopara desenvolver cada vez maisa explorao e produo e garan-tir no longo prazo a auto-suficin-cia. E precisamos fazer isto demodo eficiente. S nesta rea,vamos investir algo em torno deUS$ 70 bilhes, lembrou o pre-sidente da Petrobras.

    Em entrevista coletiva realiza-da pouco antes da cerimnia, o

    ento diretor de Explorao e Pro-duo, Guilherme Estrella, des-

    tacou a importncia das obrascontratadas pela Petrobras para aformao de mo-de-obra espe-cializada e a consolidao da in-dstria naval brasileira.

    A retomada da indstria na-val exigiu grande esforo de for-mao de pessoal, cuja capaci-tao vem melhorando a cadaprojeto. O Prominp (Programa deFormao de Mo-de-obra paraa Indstria Naval) contribui para

    isto. importante lembrar que osprojetos da Petrobraspreparam a indstrianaval para competir in-ternacionalmente, des-tacou Estrella.

    O executivo comen-tou ainda a srie de pro- jetos da companhia noano em curso. A Petro-bras est entre as maio-

    res empresas de energia do mun-do e, certamente, a que tem amelhor carteira. Alguns desses sis-temas entraro em produo ain-da este ano, como a FPSO Cidadede Vitria e as plataformas dePiranema, P-52 e P-54, lembrou.

    O vice-governador do estadodo Rio de Janeiro, Luiz FernandoPezo, representou o governadorSrgio Cabral na cerimnia, e agerente executiva do Tributrio

    Madrinha da P-54, Maria Alice Deschamps cumprimentada pelo vice-governador Luiz Fernando Pezo. Godofredo e Gabrielli aplaudem

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    da Petrobras, Maria Alice FerreiraDeschamps, foi a madrinha daembarcao.

    Demanda x custoAuxiliado por outros executivos

    da estatal (Antonio Carlos Justi,gerente de Empreendimentos

    para Roncador, eJos Antonio de

    Figueiredo, gerenteexecutivo de E&PSul/Sudeste), Es-trella explicou que oencarecimento daplataforma primei-

    ramente orada em US$ 650 mi-

    lhes mas concluda por US$ 900milhes deveu-se evoluo decustos enfrentada pela indstriapetrolfera mundial, o que, segun-do ele, tem abortado diversos pro- jetos no mundo todo.

    Em agosto de 2006, Justi jalertara para o fato de que a de-manda aquecida por equipamen-tos do setor de petrleo e gs na-tural, no s no Brasil como nomundo, estava atrasando a en-trega de encomendas para aconstruo de unidades de pro-duo, entre elas a P-54. Temosproblemas, por exemplo, com aentrega de vlvulas. Os forne-cedores prometem entregar emdeterminada poca, mas acabamno conseguindo cumprir o pra-zo preestabelecido, comentouna poca.

    Ainda durante a entrevista

    que antecedeu o batismo, Gui-lherme Estrella traou um pano-rama menos tenso para o merca-do internacional no curto prazo.Algumas agncias internacionais j prevem que esta pressodeve se dissipar ao longo de2008. O importante atentar parao fato de que nossa produo semantm em crescimento, e a en-trada em operao da P-54 maisuma garantia de atingirmos a

    meta de 2 milhes de barris/diaat o fim do ano, disse.

    O campoLocalizado na rea norte da

    Bacia de Campos, a cerca de 125km do Cabo de So Tom, o Cam-po de Roncador foi descoberto emoutubro de 1996, possui uma reade 111 km e est sob uma lmi-na dgua (LDA) que varia de1.500 a 1.900 metros. Com reser-vas de 3,3 bilhes de boe, espes-sura de reservatrio de at 200 me leo entre 180 e 311 API, con-siderado leve para grandes pro-fundidades, Roncador uma dasprioridades da Petrobras.

    Graas sua enorme extensoe grande volume de hidrocar-bonetos, o programa de desenvol-vimento da produo do Campode Roncador foi desmembradoem quatro mdulos. A P-54 vaiatuar no chamado Mdulo 2, sen-

    do ancorada em LDA de 1.400 me dotada de facilidades de pro-duo para processar e tratar 180mil bpd de leo, comprimir 6 mi-lhes de m/d de gs e capacida-de para injetar 39 mil m/d degua 21 poos sero interliga-dos plataforma, sendo 13 pro-dutores e oito injetores de gua.O escoamento do leo ser feitopor meio de um navio aliviador,enquanto o gs ser escoado atra-

    vs da Plataforma de Garoupa(PGP-1).

    NacionalizaoA P-54 foi a segunda platafor-

    ma contratada pela Petrobras den-tro da nova poltica do governofederal, que determina que a es-tatal estipule ndices mnimos decontedo nacional nas suas aqui-sies, como forma de incentivo indstria nacional. Para a P-54foi exigido que o topside da pla-taforma apresentasse, no mnimo,um ndice de Nacionalizao deBens de 55%, dentro de um ndi-ce de Nacionalizao total de65%, o que foi de fato atingido.

    Uma vasta gama de produtosfoi fornecida por empresas brasi-leiras e/ou com sede no pas,como tubos, flanges e conexes;eletrocalhas, cabos eltricos e deinstrumentao; fixadores (para-fusos especiais, estojos, grampos

    em U inox e emborrachados eetc.); material de vedao (jun-tas); vlvulas manuais; degrause grades de piso; filtros; materialde isolamento; luminrias; caixasde juno e tintas e solventes,bombas injeo de gua; skids deinjeo qumica; bombas centr-fugas; painis eltricos; transfor-madores e vasos de presso, en-tre muitos outros. Do mercadoexterno vieram separadores de

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    leo e gs, trocadores de placa(titnio), medidores ultra-snicos

    de leo e gs, membranas doSRU, cobre-nquel e FRP, e superduplex.

    De fato, a Petrobras se empe-nha para avanar nesse camponos prximos projetos. Enquan-to o ndice de nacionalizao daP-50, contratada em 2002, foi de38%, a P-51, primeira do tiposemi-submersvel integralmenteconstruda no Brasil e com entra-da em operao prevista para o

    primeiro semestre de 2008, noCampo de Marlim Sul, na Baciade Campos, tem 70% de conte-do local. As demais plataformas,cuja construo foi contratadapela estatal (P-52, P-53, P-54),atendem ao padro de mais de60% de nacionalizao, assimcomo teve a P-34. Para a P-57 que usar tecnologia desenvolvi-da pelo Centro de Pesquisas da

    Petrobras (Cenpes) e ser a pri-meira plataforma do tipo FPSOcom casco totalmente construdono Brasil , tambm est previstoum contedo nacional de 70%.

    O financiamento para a cons-truo da P-54 foi assinado nasede do BNDES em 5 de maio de2005, e saiu num pacote de US$642 milhes, que incluiu tambma P-51. Para a P-54 foram destina-dos at US$ 272 milhes, em ope-

    rao com a Petrobras NetherlandsB.V (PNBV), subsidiria integral

    holandesa da Petrobras.

    Contedo nacionalO preestabelecimento, pelo

    governo federal, de ndices decontedo nacional em grandesobras da indstria naval eoffshore, como a construo degigantes como a P-54, tem exigi-do grande empenho de empre-sas brasileiras ou que possuemsede no pas. E, em alguns ca-

    sos, a melhor sada encontradapelos fornecedores nacionais paraelevar seu nvel de competitivi-dade realizar parcerias.

    Empresas como a Sulzer Bra-sil, Netzsch Brasil e Asvac, porexemplo, decidiram formar, jun-to com a Weg Motores, um grupopara oferecer pacotes completosde bombas navais para o progra-ma de renovao da frota da

    Transpetro. O esquema voltou afuncionar com a P-54, com aSulzer sendo responsvel pelofornecimento das bombas de in-cndio, de injeo, de leo eboosters da unidade, assim comoj acontecera com relao P-50,P-51, P-52 e P-53.

    Outro exemplo de trabalho emconjunto foi dado pela ABB, gru-po suo que mantm fbricas emOsasco (SP), Camaari (BA),

    Guarulhos (SP) e Blumenau(SC), que forneceu componentes

    eltricos de baixa e mdia tensopara a Orteng, empresa encarre-gada da confeco dos painis dedistribuio e de energia da pla-taforma. Tivemos uma relaocomercial direta com o EstaleiroMau-Jurong para o faturamento,mas todo o processo foi encabe-ado pela Orteng, colocando aABB na funo de sub-supplier,explica Renato Finoti, executivoda ABB ligado ao projeto.

    Uma das maiores fornecedorasde solues Turn-Key, sistemas eequipamentos eltricos e eletrome-cnicos do Brasil, a Orteng cria,gerencia, projeta, fabrica, instala,treina e mantm tecnologias e so-lues nas reas de energia eautomao para os mercados deenergia, indstria, infra-estruturae telecomunicaes. Como empre-sa lder do consrcio Orteng,

    GEFanuc e AC Engenharia, foiresponsvel pelo fornecimento dossistemas de energia e automao(Ecos) da plataforma. Parceira denumerosos projetos da Petrobras,no momento, segundo o diretortcnico Jos Luiz de Melo Aguiar,a Orteng trabalha no fornecimen-to dos sistemas eltrico e de auto-mao da Plataforma de Mexilho.

    Com escritrios no Rio,Maca e em Florianpolis, em

    FotoconstruodosmdulosnoCaximbau:A

    iltonSantos

    Foto:AiltonSantos

    P-54

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    maio de 2006 a Forship assumiua fiscalizao do comissiona-mento da P-54, atuando desde asobras de converso do casco,montagem e integrao dosmdulos da planta de processoda plataforma, at a entrega detodos os sistemas comissionadosao operador. Dona de uma inve- jvel carteira de negcios com aPetrobras, nos ltimos dez anosa Forship participou ativamentede servios ligados ao comissio-namento e complementao deplataformas de leo e gs comoos FSOs P-38 e P-47; os FPSOsP-31, P-32, P-33, P-34, P-35, P-37,P-43, P-48, P-50 e P-54; os FPUsP-19, P-25, P-36, P-40 e P-53, asplataformas fixas P-09, PNA1,

    PNA2, PCH1 e PCH2, e a plata-forma de rebombeio PRA-1.

    Ainda nesta rea, coube SeaOil, especializada em comissiona-mentos de grandes instalaes, aresponsabilidade pelas diretrizesgerenciais e pela coordenao detrabalhos tais como elaborao deprocedimentos, controle de docu-mentos, preservao, inspeesde fbrica, de recebimento, demontagem, testes funcionais e

    expediting no Brasil e no exterior,entre outros. Para a Sea Oil, par-ticipar da obra da P-54 significoufazer parte de um time que atin-giu um recorde em termos deconstruo de plataformas, com omenor ndice de carry over j vis-to, ou seja, sucesso quantitativae qualitativamente, assegura odiretor tcnico Pedro Brunelli.Ainda segundo o executivo, nomdio e curto prazo o plano daSea Oil continuar colaborandopara a manuteno da auto-sufi-cincia do pas em petrleo, fa-zendo parte dos times que cons-troem as plataformas e somando

    sua expertise para que os resul-tados obtidos com o leo cheguemao gs e ao lcool.

    A Sotreq S/A forneceu para oFPSO P-54 um sistema de geraode energia auxiliar composto porum grupo gerador a diesel de m-dia rotao Caterpillar modelo3612, com potncia ISO-COP con-tnua de 3.000 eKW, F.P. 0.8, 3.750kVA, tenso13.8 kV, 900 rpm, 60Hz. Instalado no mdulo P06-Uti-lidades, o sistema, segundo Dago-berto Chaves, responsvel pelaUnidade de Negcio/ Sistemas deEnergia da Sotreq, foi dimen-sionado para fornecer continua-mente a energia eltrica necess-ria para alimentar as utilidades eos servios essenciais da platafor-ma. Tambm fizeram parte do es-copo da Sotreq o fornecimento dosdesenhos dimensionais de insta-

    lao, toda a documentao deta-lhada de engenharia, o comissio-namento, start-up e o treinamentodo pessoal de operao e manu-teno da embarcao.

    Ainda no campo da energia, aCrestchic-Engenharia, empresaque atua com grandes geradores,realizou, entre abril e julho de2007, os testes de carga, rendimen-to, performance e peritagem emgeradores de grande potncia em

    baixa e mdia tenso que equi-pam a plataforma, bem como dasmesmas necessidades junto ao sis-tema de gerenciamento de carga eem transformadores e cabos de bai-xa e mdia tenso da embarcao.

    Fabricante de motores da GEno Brasil, a Gevisa se encarregoudo fornecimento dos compresso-res para a Unidade de Recupe-rao de Vapor (URV) da P-54,atendendo s severas normas in-ternacionais para uso em ambi-entes classificados. Construdospela Mycom Chemical do Brasil,os compressores do tipo parafu-so, acionados por motores eltri-cos da Gevisa com 805HP de po-tncia, so responsveis pelacompresso de gs de petrleopara aproveitamento em turbo-compressores, evitando que eleseja queimado na atmosfera, cau-sando poluio.

    O respeito natureza, alis, nopode ser esquecido num projeto des-se porte, e, no caso da P-54, a cario-ca Habtec Engenharia Ambiental,especializada em conservao do

    meio ambiente, entrou em campodando apoio gesto institucional junto ao Ibama para a obteno daLicena de Instalao (LI), e foi res-ponsvel pela elaborao do Estu-do de Anlise de Risco, pelo Estudode Simulao de DerramamentoAcidental de leo e pela elabora-o do Plano de Emergncia In-dividual (PEI), alm do relatriofinal visando o licenciamentoambiental do projeto.

    Compressor do tipo parafuso fabricadopela Mycom Chemical do Brasil para a P-54

    VAMOS CONSTRUIR

    NOVOS SISTEMAS

    DE PRODUO PARA

    GARANTIR AAUTO-SUFICINCIA

    NO LONGO PRAZO.

    Jos Srgio Gabrielli de Azevedo,

    presidente da Petrobras

    P-54

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    Empresa de prestao de ser-vios de engenharia, gerencia-mento de projetos e instalaesindustriais com sede na cidade deSertozinho, no interior de SoPaulo, a STD foi responsvel pelosistema de medio de gs econdensado da plataforma, inclu-indo projeto e montagem deinstrumentao eltrica e mec-nica dos skids, superviso demontagem em campo, comissio-namento e start-up, alm de trei-namento. Presente em outrasobras da petroleira, para a STD,segundo o gerente de Marke-ting, Marcos Sandrini, participar

    de mais esta iniciativa reafirma oreconhecimento, pelo mercado,da capacitao da STD como de-tentora de tecnologia na rea demedio de leo e gs no seg-mento offshore. Ainda segundoSandrini, no curto prazo o planoda empresa buscar alternativasde novos clientes no mercadoexterno no mesmo segmento.

    Atuando no setor de instru-mentao e trabalhando com me-didores de vazo, analisadores eamostradores; equipamentos paraa linha GNV, sistemas custo-mizados de dosagem e envase,injeo de qumicos e prestaode servios de calibrao de me-didores de vazo, coube Metro-val, empresa sediada no ParqueIndustrial Harmonia, em NovaOdessa (SP), o fornecimento deum indito sistema de dosagem

    qumica que, segundo o diretortcnico Paolo Fiorletta, permite ocontrole fino da dosagem dos pro-dutos qumicos nas correntes deleo da plataforma. Embora notenha sido o maior contrato daMetroval, este fornecimento foi,enfatiza o executivo, o maior sis-tema de injeo de qumicos jfornecido pela empresa, o queconsolidou a marca Metroval nes-se tipo de produto.

    Veterana em obras do setor depetrleo e gs, a Protubo atua comrevestimento em tubulaes de aocarbono e foi encarregada de re-vestir as linhas de gua salgadada P-54, seguindo as especificaesda ET-200 (Especificao Tcnicapara tubulaes). Cerca de 90spools em ao-carbono foram reves-tidos internamente com polietilenopara proteo contra corroso.

    Tambm presente no vastogrupo de fornecedores de equi-pamentos e servios para a con-verso do petroleiro Baro deMau em uma FPSO, a Euronavyforneceu tintas para todas as reasprotegidas, desde tanques decarga e de lastro, ao convs e aocasco. Como nos demais serviosprestados, tudo teve que obede-

    cer aos exigentes parmetros dedesempenho impostos pelaPetrobras. Na preparao desurperfcies para receber a pin-tura, a Sulmaz-Epasa realizou osservios de ultra jateamento.

    Da empreitada participaramainda, individualmente ou asso-ciadas a grupos de fornecedores,a Conaut (intrumentao); Ebse(vasos de presso e trocadores decalor); Jaragua (trocadores de

    calor); KSB (bombas); Projemar(projetos estruturais); SoEnergy(motogeradores), Prismyan eOceaneering (cabos umbilicais),e Koch Metalrgica (troles me-cnicos antifaiscantes e crema-lheiras), entre muitas outras em-presas que, juntas com a Petro-bras, esto construindo a moder-na histria da indstria do petr-leo no Brasil.

    Um empreendimento desseporte no acontece sem seguro, e,no caso da P-54, a Generali Segu-ros subscreveu os riscos dos pro- jetos dos mdulos compressoresda General Electric NuovoPignone da P-54, assim comoaconteceu com as plataformas P-51e P-52, num valor global segura-do de cerca de US$ 158 milhes.

    Os trs projetos foram cobertospor um programa incluindo Ris-co de Engenharia e de Responsa-bilidade Civil (este com ressegu-ro integral da AssicurazioniGenerali SpA) desenvolvido pelaGenerali por meio de subscrioindependente do seguro de Ris-cos de Petrleo. Da mesma forma,as negociaes locais e interna-cionais foram viabilizadas pela se-guradora carioca.

    um reforo gigante em guas profundas