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Total de Trabalhos: 00179 XIV Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea - SBTMO 2010 TL- 001 IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE TERAPIA CELULAR DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA(HU/UEL): RELATO DE EXPERIÊNCIA Autor(es): CRISTINA CÉLIA FAUNE, FAUSTO CELSO TRIGO, GLENDA ROZIN PIEROBON, JAIR ROBERTO GELINSKI, JOANA MARCELA CAGNINI CIOCCARI, LETÍCIA NAVARRO GORDAN, MARLENE SILVA BARDY GONÇALVES, PATRÍCIA MARIA RUFINO DORNELLAS, RENATA PEDRÃO LEME, ROBERTO FRANZIN COELHO Instituição(ões): 1. HUL, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE LONDRINA, AV ROBERT KOCH, 60 VILA OPERÁRIA - LONDRINA/PR Resumo: Ao longo dos 30 anos de sua existência, o Hospital Universitário de Londrina(HUL) se consolidou como uma das mais importantes fontes de referência de atenção hospitalar no norte do Estado do Paraná, assim como na formação dos profissionais de saúde. Neste sentido, o HUL integra a Rede Paranaense de Terapia Celular desde 2004, já que reúne todas as condições técnicas necessárias ao procedimento de transplante, particularmente a infra-estrutura de pessoal e suporte diagnóstico e terapêutico. A Rede tem como objetivo desenvolver e capacitar novos centros transplantadores no Estado. A implantação do Centro de Terapia Celular, composto pela Unidade Clínica de Transplante de Medula Óssea (TMO) e Laboratório de Criopreservação, compreendeu as seguintes etapas respectivamente: 1. Unidade de TMO: a) Reforma e adequação da área física, de acordo com a Portaria MS/No 931 de Maio/2006 e RDC50 de Fevereiro/2002, totalizando 280 m2 e constituída por ambulatório com 2 consultórios, hospital-dia e 4 leitos de internação com filtro HEPA; b) Aquisição de equipamentos permanentes e mobiliários; c) Contratação e treinamento dos profissionais na Unidade de TMO da Universidade Federal do Paraná (UFPR); d) Processo de credenciamento/habilitação para funcionamento junto ao Município, Estado e Federação (Sistema Nacional de Transplantes), em andamento. 2. Laboratório de Criopreservação do HUL/UEL: a) Adequação da área física localizada no Hemocentro Regional do HUL, atendendo às condições e fluxo adequados para o registro informatizado, processamento e armazenamento das células-tronco hematopoiéticas; b) Aquisição de equipamentos permanentes e mobiliários, destacando-se um citômetro de fluxo, um freezer a –86oC e outro a –150oC, uma centrífuga refrigerada, uma estufa de CO2, uma capela de fluxo laminar e um contador automatizado de células; c) Contratação e treinamento dos profissionais no Biobanco da UFPR; d) Processo de credenciamento/habilitação para funcionamento como citado no item1.d. Assim, pelo papel estratégico dentro da assistência como hospital público e de ensino junto à UEL, cabe ao HUL atender aos desafios impostos pela demanda assistencial da população. Nesse contexto, o HUL exerce um papel estratégico dentro da assistência como hospital público e de ensino junto à UEL e dispõe de seu potencial a favor da implantação de uma Unidade de Transplante de Medula Óssea, perfeitamente harmonizada com as políticas de saúde das diferentes esferas de governo. Palavras-chaves: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO, IMPLANTAÇÃO, TMO, LONDRINA TL- 002 CUIDADOS DE ENFERMAGEM AMBULATORIAL NA PREVENÇÃO DE EPIDEMIAS PELO VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO (VSR) EM TRANSPLANTADOS DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS (TCTH) Autor(es): Alessandra Barban 1 , Andrea Barban 2 , Frederico Luiz Dulley 1,2 Instituição(ões): 1. HCFMUSP, Hospital das Clínicas de São Paulo, Av Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 155-1º andar 2. HICM, Hospital Inglês Charles Miller, Rua Silvia, 193 Resumo:

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Total de Trabalhos: 00179 XIV Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea - SBTMO 2010 TL- 001

IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE TERAPIA CELULAR DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA(HU/UEL): RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autor(es):

CRISTINA CÉLIA FAUNE, FAUSTO CELSO TRIGO, GLENDA ROZIN PIEROBON, JAIR ROBERTO GELINSKI, JOANA MARCELA CAGNINI CIOCCARI, LETÍCIA NAVARRO GORDAN, MARLENE SILVA BARDY GONÇALVES, PATRÍCIA MARIA RUFINO DORNELLAS, RENATA PEDRÃO LEME, ROBERTO FRANZIN COELHO

Instituição(ões): 1. HUL, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE LONDRINA, AV ROBERT KOCH, 60 VILA OPERÁRIA - LONDRINA/PR

Resumo: Ao longo dos 30 anos de sua existência, o Hospital Universitário de Londrina(HUL) se consolidou como uma das mais importantes fontes de referência de atenção hospitalar no norte do Estado do Paraná, assim como na formação dos profissionais de saúde. Neste sentido, o HUL integra a Rede Paranaense de Terapia Celular desde 2004, já que reúne todas as condições técnicas necessárias ao procedimento de transplante, particularmente a infra-estrutura de pessoal e suporte diagnóstico e terapêutico. A Rede tem como objetivo desenvolver e capacitar novos centros transplantadores no Estado. A implantação do Centro de Terapia Celular, composto pela Unidade Clínica de Transplante de Medula Óssea (TMO) e Laboratório de Criopreservação, compreendeu as seguintes etapas respectivamente: 1. Unidade de TMO: a) Reforma e adequação da área física, de acordo com a Portaria MS/No 931 de Maio/2006 e RDC50 de Fevereiro/2002, totalizando 280 m2 e constituída por ambulatório com 2 consultórios, hospital-dia e 4 leitos de internação com filtro HEPA; b) Aquisição de equipamentos permanentes e mobiliários; c) Contratação e treinamento dos profissionais na Unidade de TMO da Universidade Federal do Paraná (UFPR); d) Processo de credenciamento/habilitação para funcionamento junto ao Município, Estado e Federação (Sistema Nacional de Transplantes), em andamento. 2. Laboratório de Criopreservação do HUL/UEL: a) Adequação da área física localizada no Hemocentro Regional do HUL, atendendo às condições e fluxo adequados para o registro informatizado, processamento e armazenamento das células-tronco hematopoiéticas; b) Aquisição de equipamentos permanentes e mobiliários, destacando-se um citômetro de fluxo, um freezer a –86oC e outro a –150oC, uma centrífuga refrigerada, uma estufa de CO2, uma capela de fluxo laminar e um contador automatizado de células; c) Contratação e treinamento dos profissionais no Biobanco da UFPR; d) Processo de credenciamento/habilitação para funcionamento como citado no item1.d. Assim, pelo papel estratégico dentro da assistência como hospital público e de ensino junto à UEL, cabe ao HUL atender aos desafios impostos pela demanda assistencial da população. Nesse contexto, o HUL exerce um papel estratégico dentro da assistência como hospital público e de ensino junto à UEL e dispõe de seu potencial a favor da implantação de uma Unidade de Transplante de Medula Óssea, perfeitamente harmonizada com as políticas de saúde das diferentes esferas de governo. Palavras-chaves: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO, IMPLANTAÇÃO, TMO, LONDRINA

TL- 002

CUIDADOS DE ENFERMAGEM AMBULATORIAL NA PREVENÇÃO DE EPIDEMIAS PELO VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO (VSR) EM TRANSPLANTADOS DE CÉLULAS TRONCO

HEMATOPOÉTICAS (TCTH) Autor(es): Alessandra Barban1, Andrea Barban2, Frederico Luiz Dulley1,2 Instituição(ões): 1. HCFMUSP, Hospital das Clínicas de São Paulo, Av Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 155-1º andar

2. HICM, Hospital Inglês Charles Miller, Rua Silvia, 193 Resumo:

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As infecções respiratórias agudas são importante causa de morbidade e mortalidade em pacientes submetidos ao TCTH. No Brasil, a incidência de infecções por vírus sincicial respiratório (VSR) varia anualmente, dependendo da sazonalidade do vírus, da estratégia de identificação empregada por cada centro de transplante, e da eficiência das medidas adotadas para o controle da transmissão. O VSR é um paramyxovírus do gênero Pneumovírus e é transmitido por contato direto, através do contato entre a secreção contaminada e a mucosa ocular, oral e/ou nasal ou indiretamente, pelas mãos ou qualquer fômite contaminado. A transmissão pode ocorrer embora o vírus sobreviva apenas algumas horas na superfície e seja inativado com álcool 70%. No ambulatório de TCTH, os pacientes estão em contato com os profissionais, familiares e outros pacientes, além de outras pessoas fora do complexo hospitalar e por isso a detecção deve ser precoce. Ainda não existe vacina para o VSR, por isso, a prevenção limita-se ao diagnóstico e detecção prévia dos sintomas. A enfermagem exerce papel fundamental na prevenção de infecção por este vírus. No nosso Serviço, as medidas adotadas pela equipe visam minimizar os riscos de infecção e incluem: (1) Treinamento permanente acerca dos aspectos inerentes ao vírus e precauções necessárias, tanto para a equipe de enfermagem, quanto para os demais funcionários que não são cuidadores diretos, (2) Orientação e monitoria por parte da equipe certificando-se que não haja contato entre pacientes contaminados e não contaminados, (3) Agendamento, sempre que possível, de horários diferentes dos pacientes que não estão contaminados, (4) Orientação à Casa de Apoio sobre a necessidade de manter o paciente e seu acompanhante em quarto e transporte exclusivos, (5) Designação de um funcionário, diariamente, para aplicar os cuidados a todos os pacientes contaminados pelo vírus, (6) Coleta de lavado nasofaríngeo sempre que o paciente referir a coriza, (7) Instalação de um suporte de álcool gel próximo a cada poltrona de atendimento. Seguindo estas medidas, parece haver uma tendência a redução da infecção pelo VSR. Concluímos que a prevenção da infecção pelo VSR no paciente ambulatorial é difícil devido a sua sazonalidade. A tentativa de prevenir a infecção é uma medida necessária e deve ser adotada principalmente pela equipe de enfermagem de todos os centros transplantadores, através de um plano de cuidados, que contemple orientações e cuidados adequados. Palavras-chaves: Vírus Sincicial Respiratório, Cuidados de Enfermagem em TCTH, TCTH

TL- 003

Amiloidose Sistêmica Secundária a Mieloma Múltiplo de Cadeia Leve: Relato de Caso

Autor(es): Fernanda Assi Freire Martins, Priscila Pacheco Lessa, Camila Renata Marcondes Miranda, Carolina Moreira Montenegro, Patrícia Fernandes Magalhães, Marcus Vinícius Paiva Cavalcanti Moreira, Priscilla Spina, Rodrigo Coura Silva, Maria Teresa Frota, Tânia Aparecida Rodrigues Fernandes

Instituição(ões): 1. HUT, Hospital Universitário de Taubaté, Av. Granadeiro Guimarães n°270 Centro Taubaté CEP:12020130

Resumo: Introdução:Mieloma Múltiplo(MM) caracteriza-se por proliferação clonal de plasmócitos que infiltram a medula óssea(MO) e constitui 10% das doenças malignas hematológicas. Associação entre MM e amiloidose sistêmica varia de 13 a 26%. Transplante autólogo (TMOA) é uma das opções terapêuticas do MM e melhora a sobrevida global destes pacientes. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 57 anos, com equimoses periorbitárias há cerca de 1 ano e 4 meses associado a parestesias de MMSS e emagrecimento de 10Kg. Ao exame apresentava equimoses periorbitária bilateral e em região infraclavicular esquerda e macroglossia, associadas a redução da função renal e presença de proteinúria, como únicas alterações laboratoriais. Biópsia cutânea com anátomopatológico sugestivo de amiloidose e mielograma com predominância de plasmócitos (51%). Imunoeletroforese de proteínas por imunofixação com banda monoclonal com Anti Lâmbda(�). Paciente foi submetido ao TMOA com resposta parcial e evoluiu durante o período de neutropenia com mucosite e aspergilose. No momento, paciente segue estável, em uso de talidomida 50mg/dia como tratamento de manutenção. Discussão: O TMOA é importante modalidade terapêutica para pacientes abaixo de 65 anos, apresenta taxa de resposta de 70 a 90%, com sobrevida mediana de 4 a 5 anos e baixa mortalidade. Estudo que comparou dois grupos de pacientes, um tratado com quimioterapia em altas doses associado ao TMOA e outro, com quimioterapia convencional, demonstrou que a taxa de resposta, sobrevidas livre de evento aos 5 anos e global foram favoráveis ao grupo submetido ao TMOA. Entretanto, apesar do aumento da sobrevida com transplante, a curva de sobrevida não atinge platô, demonstrando que esse procedimento não tem potencial de cura. O tratamento com dois TMOA ainda é controverso. Conclusão: O TMOA prolonga a sobrevida, no entanto não é capaz de erradicar a doença necessitando de novos estudos para tal. Palavras-chaves: cadeia lambda, equimoses periorbitárias, macroglossia, transplante autólogo

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TL- 004

INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS: A ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NA SEGURANÇA AO PACIENTE INTERNADO

Autor(es): Andressa de Abreu Ferraresi, Fabio Teixeira Ferracini Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein, 627 Resumo: Introdução: O programa de farmácia clínica instituído no hospital tem como característica a atuação do farmacêutico clínico de maneira direta sobre a prescrição médica, identificando e prevenindo problemas relacionados a medicamentos através da intervenção farmacêutica que ocorre em 100% das prescrições médicas antes da separação, preparo e dispensação dos medicamentos. O objetivo é avaliar as prescrições de medicamentos dos pacientes internados na busca de prevenir erros de medicação, otimizar o processo de farmacovigilância e intensificar a participação do farmacêutico junto à equipe multidisciplinar. Material e Método: Estudo retrospectivo realizado na unidade de transplante de medula óssea, na clínica oncologica e onco-hematologica no período de Janeiro 2005 à Dezembro 2009. A análise foi realizada através da verificação diária do farmacêutico às prescrições médicas. Resultados: Foram registradas 5477 intervenções em prescrição médica durante o período de cinco anos de acompanhamento do farmacêutico clínico. Este número apresentou crescente evolução a partir de 2006 com a implementação de novas rotinas. Em 2006 eram 14 intervenções farmacêuticas que se expandiram para 18 intervenções em 2009. As intervenções foram classificadas da seguinte forma: via de administração (5%), frequência de administração (5%), dose inexistente e dose acima ou abaixo da dosagem usualmente prescrita (20%), incompatibilidade (16%), diluição (12%), legibilidade da prescrição (3%), interação entre medicamentos (8%), farmacologia (6%), reação adversa (2%), alergia (1%), tempo de infusão (5%), indicação (5%), opióides versus uso de laxantes no controle da obstipação (1%), reconciliação medicamentosa (2%), medicamentos via sonda (4%), aprazamento (5%), anticoagulante (1%), análise de PICC (0,4%). Conclusão: Os resultados demonstram a evolução da farmácia clínica e as principais intervenções farmacêuticas na melhoria dos regimes terapêuticos e na redução dos custos assistenciais, propiciando um acréscimo direto sobre a qualidade e segurança do tratamento ao paciente internado. Estes resultados também provêm de uma relação direta entre o farmacêutico e o paciente, além do trabalho em conjunto com a equipe multidisciplinar criando assim uma nova visão da assistência farmacêutica. Palavras-chaves: dose, medicamentos, multidisciplinar

TL- 005

Avaliação de marcadores preditores de morbi-mortalidade em pacientes submetidos a TMO autólogo

Autor(es): Abrahão Elias Hallack Neto, Patrícia Reis Barbosa, Alfredo Chaoubah, Harian Araújo da Silva, Marian Lourenço, Rosangela Alves da Silva, Angelo Atalla

Instituição(ões): 1. HU-UFJF, Serviço de Hematologia e Transplante de Medula Óssea HU-UFJF, Rua Catulo Brevigliere s/n, Santa Catarina - Juiz de Fora - MG

Resumo: Introdução: Apesar da baixa taxa de mortalidade relacionada ao TMO autólogo (TMOA), a identificação dos pacientes com maior chance de complicações e risco de morte é essencial na tentativa de se evitar o óbito pelo procedimento. Alguns estudos sobre estratificação de risco no TMO alogênico demonstram a existência de marcadores clínicos e laboratoriais, mas pouco se estudou até o momento, sobre aplicabilidade destes no TMOA. Objetivos: Avaliar as dosagens de ferritina e albumina séricas e a contagem de plaquetas como preditores de morbi-mortalidade relacionada ao procedimento, bem como a aplicabilidade do escore de comorbidades “hematopoietic cell transplantation-specific comorbidity index” (HCT-CI) na avaliação de risco no TMOA. Materiais e métodos: Foram avaliados os pacientes submetidos ao TMOA no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF), entre fevereiro de 2009 e abril de 2010, com relação às dosagens de ferritina e albumina séricas e contagem de plaquetas no pré-TMO. Foi calculado para todos o índice HCT-CI, sendo os pacientes classificados em alto risco (≥3 pontos) ou intermediário/baixo. Para os cálculos estatísticos foi utilizado o

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programa SPSS versão 15.0. Resultados: Foi aplicado o HCT-CI em 34 pacientes, sendo 28 (82,4%) classificados como risco baixo/intermediário e 6 (17,6%) como alto risco. Todos os 3 óbitos relacionados ao procedimento foram em pacientes de alto risco pelo HCT-CI (p=0,003). Dois pacientes apresentavam ferritina maior 1.000 ng/ml, mas sem que houvesse relação com a mortalidade relacionada ao TMO (p=0,17). O único paciente que evoluiu com síndrome de oclusão sinusoidal (SOS) apresentava ferritina maior que 1.000 ng/ml (p=0,05). A presença de plaquetopenia (p=0,24) e hipoalbuminemia (p=0,2) não apresentou relação com o risco de óbito. Conclusão: Apesar da baixa frequência, parece haver um maior risco de SOS quando a ferritina sérica está elevada, conforme descrito na literatura. Como já demonstrado para TMO alogênico, o índice de comorbidades (HCT-CI) foi capaz de prever mortalidade relacionada ao procedimento também no TMO autólogo. Palavras-chaves: transplante de medula, mortalidade, ferritina, comorbidades

TL- 006

TMO autólogo em portadores de linfoma de células do manto com estádio avançado

Autor(es): Juliana Pereira1, Abrahão Elias Hallack Neto2, Frederico Luiz Dulley1, Angelo Atalla2, Renata de Oliveira Costa1, Rosangela Alves Silva2

Instituição(ões): 1. HC-FMUSP, Hospital Clínicas da FMUSP, Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 255 - Cerqueira César - São Paulo - SP 2. HU-UFJF, Hospital Universitário da UFJF, Rua Catulo Brevigliere s/n, Santa Catarina - Juiz de Fora - MG

Resumo: Introdução: O linfoma de células do manto (LCM) é um subtipo de linfoma não Hodgkin (LNH) de prognóstico heterogêneo. O estadio de Ann Arbor foi desenvolvido para o linfoma Hodgkin apresentado limitações na avaliação prognóstico para o LCM. Recentemente foi validado o índice internacional prognóstico para o LCM (MIPI) como preditor de prognóstico em pacientes submetidos ao TMO autólogo (TMOA) em primeira remissão após quimioterapia em altas doses. Relatamos a experiência com essa modalidade terapêutica em portadores de LM com estádio avançado (III-IV). Pacientes e métodos: Foram avaliados os pacientes com estádio avançado submetidos à TMOA em primeira remissão, no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, em relação às características clínicas e do tratamento, sendo calculado o MIPI e a taxa de sobrevida para esses pacientes. Resultados: Dos nove pacientes avaliados oito apresentavam ao diagnóstico estádio IV, desses cinco apresentavam medula óssea acometida. O protocolo de indução Hyper-CVAD foi utilizado em quatro pacientes e em dois desses foi associado rituximabe. Sete pacientes receberam como condicionamento o protocolo BEAM e dois receberam CBV. O índice internacional prognóstico para o LCM (MIPI) foi de baixo risco em cinco pacientes. Dos nove pacientes dois evoluíram para o óbito em conseqüência da doença de base, a mediana de sobrevida foi de 36 meses. Conclusão: Apesar das diferentes modalidades terapêuticas, o tratamento do LCM continua a ser um desafio e o TMOA pode ser importante arma na tentativa de melhorar as taxas de sobrevida desses pacientes com prognóstico muito variável. Índices prognósticos como o MIPI pode ajudar na orientação da terapêutica a ser utilizada, e como observamos nos pacientes avaliados, embora todos apresentassem estádio clínico avançado ao diagnóstico, o MIPI foi de baixo risco em mais da metade deles contribuindo para boa resposta observada. Palavras-chaves: linfoma de células do manto, transplante de medula, prognóstico

TL- 007

CONTROLE DE QUALIDADE: ANÁLISE DAS CRIOPRESERVAÇÕES REALIZADAS COM CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS PERIFÉRICAS (CTHP) PARA TRANSPLANTES EM PACIENTES

AUTÓLOGOS ARMAZENADO EM FREEZER DE –80ºC.

Autor(es): ILKA ROSARIO LIMA DE ABREU, SHEILA RAPOSO GALINDO, RANIELLY ROCHA, ADRIANA BARROS DE LIMA ARAUJO

Instituição(ões): 1. IHENE, INSTITUTO DE HEMATOLOGIA DO NORDESTE, RUA TABIRA, 54, BOA VISTA, RECIFE, CEP 5O.050-330

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Resumo: Introdução: A implantação do sistema da validação do Controle de Qualidade no que se refere ao armazenamento de Células Tronco Hematopoéticas Periféricas ( CTHP ) do Laboratório de criogenia do IHENE - Instituto de Hematologia do Nordeste vem através dos testes realizados durante as criopreservações, garantir a confiabilidade do processo a longo prazo, podendo apresentar fatores que levam a exclusão ou permanência do seu armazenamento. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi traçar uma relação da viabilidade celular e contagem leucocitária da bolsa de cthp coletada pré -processamento e pós - processamento de cada amostra armazenada em freezer de -80ºC, durante o período de 2 anos consecutivos. Materiais e métodos: Inicialmente foram analisadas 30 ( trinta) amostras coletadas da bolsa de cthp de forma aleatória no período de janeiro de 2008 a janeiro de 2010, criopreservadas em freezer – 80ºC. A validação ocorreu mediante testes de viabilidade celular e exames de leucometria, utilizando amostra da bolsa coletada ( 2ml) e batoques criogênicos pós congelamento (2ml), armazenados nas mesmas condições da bolsa. Resultados e conclusão: Em análises das criopreservações realizadas no setor de criopreservação, obtivemos resposta mediana de 99% de viabilidade celular e do valor leucocitário em rendimento de 99.8 %. No âmbito do laboratório de criopreservação este é um dos critérios que garantem a qualidade do processo para um transplante de células tronco hematopoiéticas periféricas autólogas. Palavras-chaves: CONTROLE DE QUALIDADE, CÉLULAS TRONCO, VIABILIDADE CELULAR, TRANSPLANTE AUTÓLOGO, PACIENTE

TL- 008

Busca de doadores relacionados de Células Tronco Hematopoiéticas em pacientes do Hospital Erasto Gaertner – Atualização dos números

Autor(es): FABIANA POERNER1, GORETE YNAQUIEVI TOMAZ DE REZENDE1,1, EDUARDO CILIÃO MUNHOZ2, JOHNNY FRANCISCO CORDEIRO CARMARGO2, MARIA DA GRAÇA BICALHO1,1

Instituição(ões): 1. LIGH - UFPR, Laboratório de Imunogenética e Histocompatibilidade, Centro Politécnico da UFPR, Departamento de Genética, sala 31 2. STMO - GEG, Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital Er, Rua Doutor Ovande do Amaral, 201

Resumo: Em abril de 2006, o Laboratório de Imunogenética e Histocompatibilidade do Departamento de Genética da Universidade Federal do Paraná - LIGH iniciou suas atividades de apoio ao Serviço de Transplante de Medula Óssea (STMO) do Hospital Erasto Gaertner (HEG). Desde então, atua como laboratório de referência e realiza exames de histocompatibilidade, visando selecionar na família doadores HLA compatíveis para pacientes portadores de diversos tipos de doenças hematológicas com indicação para transplante de células tronco hematopoiéticas (medula óssea). No presente estudo analisamos retrospectivamente dados de 168 famílias encaminhadas ao LIGH no período compreendido entre abril de 2006 a maio de 2010. Os 168 pacientes e seus familiares em primeiro grau (pais e irmãos) foram tipados para os genes HLA-A, -B e –DRB1 através das técnicas moleculares SSP e SSOP. No total foram tipados 877 indivíduos na busca inicial na família nuclear (pacientes, pais e irmãos) o que resultou num número médio de 5,22 indivíduos testados por família, assim distribuídos: 443 irmãos, 21 meio-irmãos e 245 pais e mães. Dos 168 pacientes encaminhados 86 (51%) tiveram irmãos compatíveis. Dos 443 irmãos testados, média de 2,6 irmãos por família, encontramos 138 irmãos compatíveis ou 31% dos irmãos testados. Dos 82 pacientes (48%) que não tiveram parentes HLA compatíveis no núcleo familiar, 35 (42,6%) foram encaminhados para busca estendida, onde são realizadas tipagens HLA em avós, tios e primos, na tentativa de se encontrar um doador aparentado compatível. Nas famílias onde foi realizada a busca estendida, foram tipados 381 indivíduos, em média 10,9 indivíduos por família. Em três (3) famílias que participaram da busca estendida foi selecionado um doador compatível, sendo 2 primos na primeira família, uma (1) tia na segunda e um (1) sobrinho na terceira família. Aos pacientes que não encontraram um doador na busca estendida foi sugerida a busca de um doador não aparentado no REDOME. No total foram tipados 1258 indivíduos entre pacientes e familiares. Os dados encontrados mostram a relevância da busca de um doador de células tronco hematopoiéticas no núcleo familiar, onde são maiores as chances de se encontrar doador HLA compatível o que, na experiência do LIGH, atingiu 51% dos casos. Palavras-chaves: doador relacionado, transplante, medula óssea

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TL- 009

Efeito protetor de HLA-DRB1*11 e de susceptibilidade de HLA-C*04 no desenvolvimento de dano hepático em pacientes brasileiros com infecção crônica pelo virus da hepatite C (VHC)

Autor(es): Ricardo Alberto Moliterno1, Amanda Vansan Marangon1, Camila Fernanda Verdichio2, Rejane Maria Tomasini Grotto2, Maria Inês De Moura Campos Pardini2, Dayse Sousa de Pauli3, Ana Maria Sell1, Giovanni Faria Silva2

Instituição(ões): 1. UEM, Universidade estadual de Maringá, Av. Colombo, 5790, Maringá, PR, 87020-900 2. UNESP, Universidade Estadual de São Paulo, Botucatú, SP 3. UEL, Universidade estadual de Londrina, Londrina, PR

Resumo: Os fatores envolvidos na progressão da hepatite C crônica para a cirrose hepática têm sido amplamente investigados. Fatores como genótipo viral, idade, sexo, infecções concorrentes e alcoolismo podem influenciar a progressão da doença, porém esses fatores sozinhos não explicam porque muitos pacientes evoluem de forma benigna por décadas e outros rapidamente progridem para doença do fígado em estágio final. Um dado relevante, caracterizado pela presença de indivíduos saudáveis que albergam o vírus, é que o VHC parece não ter efeito citopático direto nos hepatócitos infectados. Nesse caso, a progressão da doença e os danos hepáticos podem resultar aparentemente da resposta imune do hospedeiro, a qual envolve uma complexa interação entre o sistema imune inato e adaptativo. Nesse contexto, a diversidade dos genes envolvidos na resposta imune pode explicar, em parte, a variabilidade da resposta às infecções. Entre as muitas famílias de genes de resposta imune, destacam-se os genes HLA de classe I e classe II do complexo principal de histocompatibilidade (MHC).O objetivo deste estudo foi investigar os genes HLA em portadores crônicos do vírus da hepatite C e analisar o possível papel desses genes na progressão da hepatite C crônica. Para tanto, 145 pacientes brasileiros infectados somente com o genótipo 1 do vírus, e sem infecções concorrentes por HBV e HIV, foram classificados de acordo com o grau de fibrose hepática segundo a classificação METAVIR: F3-F4 (fibrose avançada ou cirrose – F3-F4 vs F0-F2 - ausência de fibrose ou fibrose leve a moderada. As tipificações dos alelos HLA de classe I (HLA-A*, -B*, -C*) e classe II (HLA-DRB1*, -DQA1* e DQB1*) foram realizadas pela técnica de PCR-SSO, plataforma Luminex. Foram encontradas associações entre proteção ao desenvolvimento de dano hepático com DRB1*11 (5,0% vs 18,2% P=0,0016; OR= 0,23; IC 95%= 0,09 - 0,58) e com o haplótipo HLA-DRB1*11-DQA1*05-DQB1*03 (4,2% vs 15,3%; P= 0,0032; OR= 0,24; IC 95%=0,08-0,64). Também foi observada associação com o desenvolvimento de dano hepático e HLA-C*04 em pacientes com menos de 20 anos de infecção (38,4 vs 9,1% P=0,002; OR=6,25; IC95%=1,97-19,7). Conclui-se que os alelos HLA podem influenciar o desenvolvimento de dano hepático em portadores crônicos do VHC tipo 1. Palavras-chaves: Cirrose, Fibrose, Fígado, Hepatite C, HLA

TL- 010

KIR GENES AND THEIR HLA LIGANTDS IN THE PROGRESSION TO CIRRHOSIS IN BRASILIAN PATIENTS WITH CHRONIC HEPATITES C

Autor(es): Ricardo Alberto Moliterno1, Amanda Vansan Marangon1, Camila Fernanda Verdichio Moraes2, Rejane Maria Tomasini Grotto2, Maria Inês de Moura Campos Pardini2, Dayse Sousa de Pauli3, Ana Maria Sell1, Jeane Eliete Laguila Visentainer1, Giovanni Faria Silva Silva2

Instituição(ões): 1. UEM, Universidade Estadual de Maringá, Av. Colombo, 5790, Maringá, PR, 87020-900 2. UNESP, Universidade Estadual de São Paulo, Botucatú, SP 3. UEL, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR

Resumo: Several studies have demonstrated that the immunological response to HCV infection involves both the innate and adaptive immune systems; however, the mechanisms responsible for the onset and progression of hepatic lesions during chronic

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hepatitis C are not fully understood. Natural killer cells are crucial components of innate response and accumulated evidence suggests that NK cells play an important role not only in host defense against pathogens in the liver but also in liver injury and repair. So, Natural killer cells may play pivotal roles in immune responses against infection with viruses such as hepatitis C virus (HCV). On the other hand,killer cell immunoglobulin-like receptors (KIRs) are related to the activation and inhibition of NK cells. The aim of this study was to investigate the possibility that KIR genes and HLA ligands influence progression to cirrhosis in patients chronically infected with hepatitis C. A total of 145 Brazilian patients with confirmed chronic hepatitis C virus 1 only, with no concurrent HBV and HIV infection, were grouped according to fibrosis progression by the METAVIR classification: F3-F4 vs F0-F2. Genotyping of KIR and human leukocyte antigen (HLA) genes was performed by polymerase chain reaction with sequence-specific oligonucleotide probes. The HLA-C1C2 genotype was significantly more frequent in the patients with advanced fibrosis or cirrhosis (F3-F4 group) than F0-F2 group (61.6% vs 44.7% P=0.06 respectively), and also was more frequent in the F4 group (just cirrhosis) than F0-F3 group (65.7% vs 46.7%; P= 0.05; OR=2.19; 95%IC=1.01-4.73 respectively). No association was found with KIR genes. The contribution of NK and KIR to the development of liver damage in patients chronically infected has to be further investigated. Palavras-chaves: fibrosis, Hepatitis C, HLA, KIR, NK cells

TL- 011

OTIMIZAÇÃO DE METODOLOGIA ANALÍTICA EM HPLC/PDA PARA MONITORIZAÇÃO TERAPÊUTICA DO BUSSULFANO ORAL EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE

ALOGÊNICO DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS

Autor(es): Cristiane Effting1, Luiz Carlos Cunha1, Fernando Gomes Ferreira Oliveira1, Hugo Bazilio1, César Bariani2, Adriano de Moraes Arantes2

Instituição(ões): 1. FF/UFG, Núcleo de Estudo e Pesquisas Tóxico-farmacológicas/FF/UFG, Av. Universitária com 1ª Avenida s/n, Setor Universitário CEP:74605-220 Goiânia 2. ACCG/HAJ, Associação de Combate ao Câncer em Goiás- Unidade de TMO, Rua 239 n°206 Setor Universitário - Goiânia - Goiás - Brasil - CEP: 74605-070

Resumo: Introdução: Bussulfano (BU) é utilizado no condicionamento de pacientes submetidos a transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH). Sua farmacocinética variável favorece altas concentrações sistêmicas, induzindo toxicidade e doença veno-oclusiva hepática (VOD). Baixas concentrações são associadas à falha primária de enxertia medular e recaída da doença de base. Objetivo: Otimizar e validar técnica de dosagem de BU em Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada à detector de arranjo de diodos (HPLC/PDA). Metodologia: Foi utilizada HPLC/PDA (Shimadzu). Coluna: C18 (150x4,0mm) Ace®, Fase Móvel: Metanol/Água/Acetonitrila (65:20:15%, v/v); fluxo de 1 mL/min, padrão interno: 1,6-bis-(metanosulfoniloxi)hexano, com detecção UV λ = 276 nm. Para derivatização utilizou-se dietilditiocarbamato de sódio. Tempo de corrida 17 min. A extração foi líquido-líquido, e utilizou-se preciptação com acetonitrila e extração com acetato de etila. Resultado: O limite inferior de quantificação e detecção foram respectivamente 0,2µg/mL e 0,04µg/mL. A linearidade foi analisada pela curva de calibração (0,2–5µg/mL). A precisão foi avaliada em termos de repetibilidade (intracorrida): 1,25-11,25%; e precisão intermediária (intercorrida): (2,17-10,71%). Exatidão foi determinada a partir de três concentrações (baixa, média e alta) em seis replicatas (89,61-102,18%). Plasmas lipêmico, hemolisado e os medicamentos estudados (aciclovir, albendazol, anfotericina B, cefalotina, cefepime, dimenidrinato, dipirona, fluconazol, meropenem, omeprazol, ondasentrona, sulfamotazol + trimetropina, tramadol e vancomicina) não interferem na técnica. A recuperação foi de 89%. Conclusão: Os resultados são correspondentes aos limites requeridos de linearidade, precisão, exatidão, recuperação, sensibilidade e específicidade. O método apresentado será utilizado para quantificação de BU em pacientes de TCTH, o que possibilitará a correção de doses subsequentes. A disponibilidade deste método garantirá maior segurança durante uso de BU oral. Palavras-chaves: Bussulfano, dosagem plasmática, HPLC/PDA, validação

TL- 012

Fungemia por Acremonium spp tratada com sucesso após uso de voriconazol em paciente

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submetida a transplante alogênico de células tronco hematopoéticas.

Autor(es): Hildene Meneses e Silva1, Milton Camplesi Júnior1, Murilo dos Santos Silva1, Frederico Saddi Teixeira2, Tathiana Maia Al Rubaie2, Luciana Lobo Duarte2, Cássia Godoy2, César Bariani2, Adriano de Moraes Arantes2, Maria do Rosário Rodrigues Silva1

Instituição(ões): 1. IPTSP/UFG, Instituto de Patologia Tropical e Saúde/ Lab de Micologia, Rua 235 - s/n - Setor Universitário - CEP: 74605050 - Goiânia - Goiás - Brasil 2. ACCG/HAJ, Associação de Combate ao Câncer em Goiás- Unidade de TMO, Rua 239 n°206 Setor Universitário - Goiânia - Goiás - Brasil - CEP: 74605-070

Resumo: As infecções fúngicas invasivas constituem um problema clínico em indivíduos transplantados, cursando com alta taxa de mortalidade. Fungos do gênero Acremonium são ubíquos no meio ambiente, sendo que infecções causadas por diferentes espécies deste fungo têm aumentado nos últimos anos, produzindo lesões graves e fatais. Infecção invasiva por espécies de Acremonium tem sido descrita em pacientes transplantados alogênicos e em indivíduos portadores de próteses valvulares. Diferentes antifúngicos são usados para a terapia de infecção por Acremonium, no entanto não se estabeleceu ainda o medicamento que é realmente eficaz devido provavelmente ao pequeno número de isolados no qual se realiza a suscetibilidade in vitro. Relato: paciente do sexo feminino, 28 anos, submetida a transplante alogênico de células tronco hematopoéticas HLA-idênticas (TCTH), por leucemia mielóide aguda com maturação em segunda remissão completa. No D+13 pós TCTH, quadro de sepse e confusão mental, quando já estava em uso de Anfotericina B desde D+10 pós transplante. Tomografias demonstraram nódulos pulmonares sugestivos de infecção fúngica Amostras de sangue periférico e de catéter, com seringa asséptica com ácido etilenodiaminotetracético (EDTA), (três amostras em diferentes ocasiões) foram semeadas em tubos de ensaio contendo o meio de Brain heart infusion (BHI) bifásico. As hemocultura demonstraram presença de fungemia por Acremonium sp. A identificação do fungo como pertencente ao gênero Acremonium foi realizada através das características macroscópicas e microscópicas da colônia. Teste de suscetibilidade in vitro do microrganismo isolado foi realizado para fluconazol, itraconazol, anfotericina-B e voriconazol utilizando-se o método de microdiluição em caldo segundo o documento M38 A (CLSI, 2002). A concentração inibitória mínima de Acremonium sp para o fluconazol foi > 64µg/ml para itraconazol >16µg/ml para anfotericina B de 16µg/ml e de 0,125 µg/ml para voriconazol. Paciente foi tratada com voriconazol por 21 dias com sucesso. Paciente mantém-se sem sinais de infecção fúngica após 3 meses de tratamento. A identificação de fungos oportunistas permanece um desafio em pacientes submetidos a TCTH, necessitando de diagnóstico precoce para correto tratamento. O teste de susceptibilidade anti-fúngica sugeriu o antifúngico (voriconazol) de maior efetividade, contribuindo para a boa evolução clínica relatada Palavras-chaves: Acremonium, Fungemia, Transplante alogênico, Voriconazol

TL- 013

AVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE COMPATIBILIDADE HLA ENCONTRADA POR PACIENTES À ESPERA DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA NA REGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO

Autor(es): Patricia Castilhos, Lorenna Marques Dias Alves, Fernando Antonio Vinhal Santos Instituição(ões): 1. LITU, Laboratório de Imunologia de Transplantes de Uberlândia, Avenida Para, 1948, Bairro

Umuarama, Uberlandia, MG Resumo: O transplante de medula óssea (TMO) é uma terapia utilizada para tratar pacientes com doenças e alterações genéticas e hematológicas. Após várias alternativas de tratamento, ainda é grande o número de pacientes que aguardam por um TMO. Para que um transplante seja bem sucedido é necessário que haja compatibilidade entre o doador e o receptor para moléculas codificadas pelos genes HLA pertencentes às classes I e II. Em geral, os transplantes realizados entre membros da mesma família são mais bem sucedidos. A herança HLA está relacionada ao cromossomo 6 e se dá de forma autossômica e co-dominante, ou seja, o indivíduo expressa os produtos codificados pelos genes materno e paterno. Populações com menor mistificação apresentam uma menor variabilidade genética e conseqüentemente uma maior frequência de compatibilidade HLA. O objetivo deste trabalho foi avaliar o percentual de compatibilidade HLA encontrada por pacientes à espera de TMO na região do Triângulo Mineiro no período compreendido entre os anos de 2005 e 2010. Para tal

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análise, o arquivo do Laboratório de Imunologia e Transplante de Uberlândia (LITU) foi triado, sendo encontrados 150 pacientes à espera de TMO com 613 possíveis doadores aparentados. Houve compatibilidade com pelo menos um membro da família em 50 casos (33,3%), sendo que destes 11 apresentaram mais de um membro compatível (22%). Em todos os casos, o grau de parentesco entre os indivíduos compatíveis era de irmandade (100%). Considerando que o Triângulo Mineiro é uma região de intensa migração e confluência, o que supostamente gera uma alta variabilidade genética, o número de casos de compatibilidade entre membros da mesma família, aqui apresentados, é relativamente alto. E ainda, apesar da alta miscigenação, alguns alelos apresentaram alta freqüência na população analisada, como por exemplo, o alelo A02 e o B44. Vale ressaltar que, alguns pacientes, mesmo com um grande número de possíveis doadores aparentados, não encontraram compatibilidade HLA. O estudo mostra que o percentual encontrado (33,3%) é mais alto do que o apresentado por outros autores, o que sugere que a região pode ter um maior investimento no incentivo ao TMO. Palavras-chaves: HLA, MEDULA OSSEA, COMPATIBILIDADE

TL- 014

Distribuição dos alelos HLA-A, -B e -DRB1 numa população do Paraná, Sul do Brasil. Autor(es): Pâmela Guimarães Reis, Ana Maria Sell, Jeane Eliete Laguila Visentainer Instituição(ões): 1. UEM, Universidade Estadual de Maringá, Av. Colombo, 5790, Zona 07, CEP: 87020-900, Maringá-PR,

Brazil Resumo: Introdução: Os Antígenos Leucocitários Humanos (HLA) constituem um subconjunto de genes do Complexo Principal de Histocompatibilidade (CPH) que está localizado no braço curto do cromossomo 6. Caracterizam-se por serem altamente polimórficos e pela sua distribuição entre os diferentes grupos étnicos. Objetivo: O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento das frequências dos alelos HLA-A, -B, e -DRB1 numa população de brasileiros, provenientes das regiões norte, noroeste e centro-oeste do Paraná. Métodos: A genotipagem HLA foi realizada por PCR-SSO com metodologia Luminex (One Lambda®, CA, USA) em 1.000 indivíduos de origem europeia, africana e indígena (população mista). Resultados: Quinhentos e noventa (59%) indivíduos eram do sexo feminino, enquanto 410 (41%) eram do sexo masculino. A idade média foi de 32,2 anos dp = 10,2). As frequências HLA estudadas estavam em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Os alelos HLA-A*01(198; 9,9%), *02 (517; 25,85%), *03 (220; 11,00%) e *24 (213; 10,65%); HLA-B*35 (275; 13,75%), *44 (201; 10,05%), *51 (177; 8,85%); e HLA-DRB1*03 (205; 10,25%), *04 (265; 13,25%), *07 (270; 13,50%), *11 (287; 14,35%) e *13 (234; 11,70%)foram os mais frequentes. Conclusões: O conhecimento da frequência dos alelos HLA em nossa região é importante para a compreensão da biologia de distribuição desse sistema e possibilitará comparações com outros grupos populacionais. Esses dados ainda poderão contribuir para uma melhor interpretação da tipificação dos alelos HLA, realizada para a seleção dos doadores de transplantes de órgãos e de medula óssea e, na definição de susceptibilidade genética a doenças. Palavras-chaves: Frequência alélica, HLA de classe I, HLA de classe II, Polimorfismo HLA

TL- 015

KILLER CELL IMMUNOGLOBULIN-LIKE RECEPTOR GENE DIVERSITY IN PARANÁ’S JAPANESE DESCENDENTS, SOUTHERN BRAZIL.

Autor(es): Joana Maira Valentini Zacarias, Bárbara Letícia da Silva Guedes, Amanda Vansan Marangon, Glaucia Andreia Soares Guelsin, Viviane Lika Masaki, Jeane Eliete Laguila Visentainer, Ana Maria Sell

Instituição(ões): 1. UEM, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, LABORATÓRIO DE IMUNOGENÉTICA. AV. COLOMBO, 5790. MARINGÁ, PR.

Resumo: Killer cell immunoglobulin-like receptors (KIR) are encoded by polymorphic genes, have as binding human leukocyte antigen

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(HLA) class I molecules and activate or inhibit NK cells functions. KIR vary between different ethnic groups and populations. Paraná’s population’s genetic origin is mainly European, with African, Amerindian and Japanese contributions. The aim of this study was to investigate the distribution of KIR genes and inhibitory KIR/HLA pairs in unrelated healthy Brazilian Japanese descendents and to compare the frequencies to the Japanese and mixed Brazilian populations. DNA extraction was performed by EZ-DNA Kit (Biological IndustriesTM) of blood collected from 105 individuals, and the concentration determined in Qubit™ fluorometer (InvitrogenÒ). KIR genes were typed using in house SSP-PCR and HLA was genotyping by reverse sequence-specific oligonucleotide Luminex (One Lambda, Inc., Canoga Park, CA). Frequencies were determined by direct counting and differences in frequencies among the populations were evaluated by chisqare or Fisher's exact test. A high frequency around or above 90% was found in KIR2DL1, KIR2DL3, KIR2DL4, KIR3DL1, KIR3DL2, KIR3DL3, KIR2DP1 and KIR2DS4. The activating gene KIR2DS3 presented frequencies bellow 20%. KIR2DL2, KIR2DL5, KIR2DS1, KIR2DS2, KIR2DS5 and KIR3DS1 presented frequencies between 30% and 45%. Significant difference was observed in KIR2DL2 (39.05% x 13.8%), KIR2DS2 (24.76% x 14.60%) and KIR3DL1 (95% x 100%) comparing the Japanese descendents with one Japanese population, and in KIR2DL3 (99.05% x 89.3%), KIR3DL1 (94.1% x 100%) and KIR2DS2 (24.76% x 47.10%) with a mixed Brazilian population. Most of the individuals demonstrated at least one inhibitory KIR/HLA pair. Two pairs were the most frequent (45.7%), followed by one pair (27.6%), three pairs (20.95%), and four pairs (5.71%). Twenty-one genotypes were identified, and haplotype A was most frequent, similar to other populations. Significant difference was observed in this haplotype’s frequency when compared with a Japanese population. This study showed the diversity of KIR genes in Paraná’s Japanese descendents. Palavras-chaves: KIR, HLA CLASS I, POPULATION STUDY, GENOTYPING, PCR-SSP

TL- 016

Alossensibilização às moléculas HLA e MICA em pacientes renais em tratamento dialítico.

Autor(es): Patrícia Keiko Saito, Roger Haruki Yamakawa, Mírian Yuriko Yonamine, Fabiana Castelani Andreotti, Sueli Donizete Borelli

Instituição(ões): 1. UEM, Universidade Estadual de Maringá, Avenida Colombo, 5790 CEP 87020-900 Maringá Paraná Resumo: Introdução. No estudo da imunologia dos transplantes, a sensibilização às moléculas do Complexo Principal de Histocompatibilidade (HLA classe I e classe II) é definida como a presença de aloanticorpos no soro de pacientes candidatos ao transplante. Estes aloanticorpos, responsáveis pela destruição do enxerto através de vários mecanismos efetores, têm sido demonstrados rotineiramente através da técnica de citotoxicidade dependente de complemento (CDC) e reação imunoenzimática (ELISA) no soro dos pacientes candidatos ao transplante. Recentemente através da metodologia luminex tem sido possível detectar, além de anticorpos anti-HLA, anticorpos anti-MIC. Os genes MIC (genes related to MHC class I chains) são expressos em células endoteliais, queratinócitos e fibroblastos. Alguns estudos têm demonstrado que a presença de anticorpos anti-HLA e anti-MICA juntos levam a uma deterioração crônica mais rápida e pronunciada do enxerto do que a quando é verificada a presença de somente um tipo de anticorpo, anti-HLA ou anti-MICA. Objetivo. Pesquisar, no soro de pacientes renais em tratamento dialítico, além dos anticorpos anti-HLA, os anticorpos anti-MICA. Materiais e métodos. Soros de 229 pacientes foram analisados quanto à presença de anticorpos anti-HLA e anti-MICA utilizando o método Labscreen Mixed (One Lambda®). Resultados. Cento e quarenta e sete pacientes desenvolveram anticorpos contra as moléculas HLA classe I, 87 para classe II e 64 para MICA. Cinqüenta e oito pacientes encontraram-se sensibilizados para as moléculas HLA classe I e classe II, 26 para classe I e MICA, 2 para classe II e MICA e 21 pacientes para classe I, classe II e MICA. Dentre os pacientes analisados, somente 59 não estavam sensibilizados para nenhuma das moléculas em estudo. Conclusão. A avaliação da resposta imune aos aloantígenos HLA e MICA, na fase pré-transplante, poderá contribuir para o entendimento de futuros eventos relacionado à aceitação ou rejeição do enxerto. Palavras-chaves: aloanticorpos, Labscreen, pacientes renais

TL- 017

HLA genes and Crohn's disease in a population of Parana State, Brazil

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Autor(es): Andressa Alves Fernandes Gonçalves1, Fabiano Calvalcante Melo1, Marco Antonio Braga1, Priscila Saamara Mazini1, Jeane Eliete Laguila Visentainer1, Maria Luiza Petzl-Erler2, Luiza Tamie Tsuneto1

Instituição(ões): 1. UEM, Universidade Estadual de Maringá, Av Colombo 5790 bloco I-90 2. UFPR, Universidade Federal do Paraná, Centro Politécnico

Resumo: Introduction: Crohn's disease is a chronic inflammatory disease of the gastrointestinal tract, predominantly affecting the lower small intestine and large intestine. Approximately 20% of individuals with Crohn's disease have familial predisposition to some forms of IBD (Inflammatory Bowel Disease). The HLA system as a key component of the immune mechanism is involved in the onset, maintenance, protection or predisposition to certain diseases of the digestive tract. Objective: This study aims to undertake a case-control association between HLA genes in patients with clinical and laboratory diagnosis of Crohn's disease. Method: Genotyping was performed in 70 patients and 187 control subjects and their genotypes were defined by PCR-SSO (Polymerase Chain Reaction - Specific Sequence of Oligonucleotide), based on LUMINEX. Alleles frequencies were obtained by direct counting. The significance of the distribution of alleles between patients and controls was estimated using the chi-square with Yates correct. Results: Our results indicate a positive association for HLA-A*32 (P=0.044), HLA-A*33 (P=0.024), HLA-B*14 (P=0.007) and HLA-Cw*08 (P=0.003) and negative for HLA-A*11 (P=0.038), A*29 (P=0.033) and Cw*16 (P=0.048) between patients and control group. No significant difference was observed between patients and controls for HLA-DRB1 genes. After correction of Bonferroni (Pc), only the allele Cw*08 showed a significant difference between patients and control group (Pc= 0.042).This same allele is in linkage disequilibrium with the haplotype HLA-A*33-B*14-Cw*08 in different populations. Conclusion: In our study suggest the involvement of HLA genes in susceptibility to Crohn's disease. Palavras-chaves: Crohn disease, HLA, association, PCR-SSO

TL- 018

Correlação entre o consumo de hemocomponentes e mortalidade em transplante de células progenitoras hematopoéticas autólogo e alogênico

Autor(es): Leo Sekine, Isabel Freitas, Jandira Alves Mesko Instituição(ões): 1. HCPA, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rua Ramiro Barcelos, 2350 - Porto Alegre Resumo: Introdução: A hemoterapia ocupa papel importante no manejo de pacientes submetidos a transplante de células progenitoras hematopoéticas (TCPH). Neste estudo, avaliou-se o papel do consumo de hemocomponentes como marcador prognóstico neste contexto. Material e Métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo, contemplando todos os TCPH realizados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de 01/01/2009 até 31/12/2009, tanto autólogos quanto alogênicos. As variáveis de interesse foram coletadas diretamente dos registros no prontuário médico e nos arquivos do Serviço de Hemoterapia, e os pacientes foram seguidos até o D+100 do TMO. Resultados: Um total de 33 TCPH alogênicos e 45 autólogos foram realizados no período referido. A mortalidade geral do alogênico foi de 30,3% (18,1% < D+100) e do autólogo, de 11,1% (6,6% < D+100). Do grupo alogênico, 69,3% foram aparentados, 63,6% foram de medula óssea, 27,2% foram de coleta periférica e 9% de cordão umbilical e placentário. A idade média do grupo alogênico foi de 20 anos, sendo suas duas indicações mais freqüentes LMA e LLA (30,3% e 24,2%, respectivamente) e no grupo autólogo, com média de 35 anos, as indicações mais comuns foram Mielmoa Múltiplo e Neuroblastoma (42,2% e 17,7%, respectivamente). Ao analisar a população contabilizando sua mortalidade, observou-se um incremento linear na chance de morte para cada 1 unidade de hemocomponente transfundido até o D+100 - CH: OR 1,091 (IC95% 1,047-1,137/p Palavras-chaves: Transplante de Medula Óssea, Células-Tronco, Transfusão de Sangue

TL- 019

Perfil imunohematológico e transfusional dos pacientes submetidos a transplante de células progenitoras hematopoéticas autólogo e alogênico no Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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Autor(es): Leo Sekine, Isabel Freitas, Jandira Alves Mesko Instituição(ões): 1. HCPA, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rua Ramiro Barcelos, 2350 Resumo: Introdução: Os pacientes submetidos a transplante de células progenitoras hematopoéticas (TCPH) autólogo (AUT) e alogênico (ALO) necessitam suporte transfusional durante um período significativo desde o condicionamento até a pega. A quantificação desse suporte é medida importante para o planejamento estratégico dos Serviço de Hemoterapia que atendem estes pacientes. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo, contemplando todos os TCPH ALO e AUT realizados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de 01/01/2009 até 31/12/2009. O número de transfusões realizadas até o D+100 foi quantificado, assim como demais variáveis imunohematológicas e os pacientes foram seguidos até Abril/2010. Resultados: Um total de 33 TCPH alogênicos e 45 autólogos foram realizados no período referido. As indicações de TCPH ALO foram LMA 30,3%, LLA 24,2%, LMC 9%, LNH 9%, Anemia de Fanconi 9%, LLC 6% e outros 12,1%. As indicações de TCPH AUT foram Mieloma Múltiplo 42,2%, Neuroblastoma 17,7%, Doença de Hodgkin 13,3%, LNH 13,3%, Tumor Germinativo 4,4%, Sarcoma de Ewing 4,4% e LMA 4,4%. No TCPH ALO, a média e variação de transfusão até o D+100 em unidades foi de: CH 3,2 (0-25), CP 51,6 (0-260), PFC 1,1 (0-29) e Crioprecipitado 0,03 (0-1). No TCPH AUT, CH 1,4 (0-7), CP 21,2 (4-84), PFC 0,1 (0-3) e Crioprecipitado 0. Com relação aos grupo sanguíneos, observamos: ALO (Receptor) - A Pos 33%, O Pos 30%, B Pos 9%, A Neg 3%, O Neg 6%, AB Neg 3% e AUT – A Pos 29%, O Pos 53%, B Pos 4%, AB Pos 2%, O Neg 6%, B Neg 2%. Dentro da população TCPH ALO, em relação à incompatibilidade ABO encontramos: Maior 27%, Menor 12%, Maior e Menor 6% e ABO compatíveis 55%. Conclusão: A determinação do perfil de consumo e tipagem ABO dos pacientes submetidos à TCPH é importante para a logística de atendimento destes pacientes. Com este levantamento os diferentes Serviços de Hemoterapia podem programar a captação necessária ao consumo previsto. Palavras-chaves: Transplante de Medula Óssea, Transfusão de Sangue, Células Tronco

TL- 020

PARCERIA UFPR E BANCOS DE SANGUE: ESTRATÉGIAS PARA AUMENTAR A DIVERSIDADE ÉTNICA NO REDOME

Autor(es): Eni Picchioni Bompeixe2,1, Suelen Camargo Zeck1, Waldir Antonio da Silva1, Sonia Maria Correia Machado da Costa1, João Carlos Marques Magalhães1, Maria da Graça Bicalho1

Instituição(ões): 1. LIGH - UFPR, Laboratório de Imunogenética e Histocompatibilidade - UFPR, Centro Politécnico - UFPR 2. UFPR, Departamento de Patologia Básica - UFPR, Centro Politécnico - UFPR

Resumo: Cerca de 30% dos pacientes que necessitam de transplante de células-tronco hematopoiéticas têm chance de encontrar na família doador HLA compatível, e os demais dependem de doadores voluntários cadastrados no REDOME. O LIGH-UFPR (Laboratório de Imunogenética e Histocompatibilidade) desde 2000 desenvolve estratégias de recrutamento de doadores voluntários de células-tronco hematopoiéticas (DVCTH) juntamente com bancos de sangue objetivando recrutar doadores comprometidos e conscientes, aumentando o número de registros no REDOME. A partir de 2008 esse esforço tem contribuído para uma maior diversidade genética no REDOME, pelo foco das ações estar voltado para as diversas etnias que compõem a população paranaense. Professores e alunos da UFPR juntamente com bancos de sangue do HEMEPAR (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Paraná) e Hospital Erasto Gaertner elaboraram materiais didáticos e panfletos específicos para eventos voltados para a população em geral e a grupos étnicos em particular. Como estratégia, convidamos Grupos Folclóricos (Portugueses, Poloneses, Ucranianos, Alemães, Japoneses e Italianos) para participarem dos eventos. Foram também preparadas palestras dirigidas à comunidade em geral, bem como adolescentes e crianças, visando os doadores do futuro. Com apoio do LIGH, a peça de teatro Procura-se uma Estrela, que trata especificamente sobre a doação voluntária de medula óssea, foi apresentada em diversos eventos. A direção do Teatro Guaíra cedeu o ônibus-palco para a apresentação dos grupos folclóricos e da peça de teatro em praças e eventos. A participação do LIGH já resultou em mais de 83 mil doadores cadastrados no REDOME desde 2000. Foram realizadas palestras e atividades relacionadas aos DVCTH que atingiram cerca de 9.000 indivíduos incluindo crianças e adolescentes. A participação voluntária de Grupos Folclóricos auxiliou na estratégia do LIGH de aumentar a representatividade dos grupos étnicos cadastrados no REDOME, resultando em 2.107 doadores das diversas etnias. Aumentando o número de indivíduos

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cadastrados como doadores voluntários, assim como a representatividade das diversas etnias que compõe a população brasileira, podemos ampliar as chances de pacientes que necessitam de um transplante encontrarem um doador compatível. O papel desempenhado pelos acadêmicos da UFPR na conscientização sobre a DVCTH contribui de forma muito especial para a formação dos mesmos como profissionais e cidadãos. Palavras-chaves: HLA, Células-tronco hematopoiéticas, REDOME

TL- 021

FREQUÊNCIAS HAPLOTÍPICAS E ESTRUTURA POPULACIONAL EM DOADORES VOLUNTÁRIOS DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS

Autor(es): Marco Ângelo Golanovski, Maria da Graça Bicalho, Eni Picchioni Bompeixe, João Carlos Marques Magalhães

Instituição(ões): 1. UFPR, Universidade Federal do Paraná, Centro Politécnico - Jardim das Américas Resumo: O conhecimento da distribuição da variação genética do sistema HLA na população, por região geográfica e por grupo étnico, pode ser relevante para a administração e planejamento de bancos de dados de doadores voluntários de células-tronco hematopoiéticas. Com a finalidade de caracterizar a composição genética da população paranaense, e compará-la com a de outras regiões do Brasil, foram utilizados os registros do banco de dados do LIGH, coletados entre os anos de 2008 a 2010, referentes aos locos HLA-A, HLA-B e HLA-DRB1 (N=39290). Todos os doadores preencheram a ficha de cadastro e termo de consentimento. A tipagem HLA foi realizada pela técnica PCR-r SSOP. Os dados analisados incluem a região de origem dos indivíduos (5 grandes regiões geográficas brasileiras e 10 mesorregiões do estado do Paraná) e seu grupo étnico auto-declarado (branco, preto, pardo amarelo, indígena e não informado, conforme a classificação do IBGE). Tais dados foram obtidos do Sistema LIGH e analisados com o software Arlequin 3.1. As frequências haplotípicas foram estimadas pelo método da maximização de expectativa e a diferenciação por etnia e origem geográfica foi investigada pelo parâmetro Fst. As frequências haplotípicas por etnia não diferem significativamente de estimativas publicadas anteriormente, porém a base de dados atual é mais consistente devido à uniformização da técnica a partir de 2008. A proporção das etnias na amostra difere da registrada pelo IBGE para o Paraná (P Palavras-chaves: imunogenética, HLA, Genética de populações, Frequências haplotípicas, Estrutura populacional

TL- 022

SCREENING DO ALELO HLA-B*5701 EM ASSOCIAÇÃO A HIPERSENSIBILIDADE AO ABACAVIR EM PACIENTES HIV POSITIVOS DO ESTADO DE MATO GROSSO

Autor(es): Claudinéia de Araújo3,1, Danilla Belizário1, Ivens Scaff Cuiabano2, Miriam Estela de Souza Freire2, Cristina Valletta Carvalho3, Ricardo Sobhie Diaz3, Flávia Galindo Silvestre Silva1, Ismael Dale Cotrim Guerreiro da Silva3

Instituição(ões): 1. UNIC, Laboratório de Imunogenética de Mato Grosso - UNIC/HGU, Rua: Treze de Junho, 2101, Centro. Cuiabá-MT 2. SES, Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso, Centro Político e Administrativo de Mato Grosso 3. UNIFESP, Laboratório de Ginecologia Molecular, Rua Pedro de Toledo, 781 – 4º andar

Resumo: Desde a introdução da terapia anti-retroviral ativa, infecções como as que ocorrem pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) passaram a ser tratadas como uma condição crônica manejável e não mais como uma doença fatal. A suspeita de hipersensibilidade é a principal razão para a interrupção do tratamento com o fármaco Abacavir. O desenvolvimento desta hipersensibilidade por pacientes infectados com o HIV ainda não está completamente esclarecido. Testes genéticos que comprovam a presença do alelo HLA-B*5701 permitem a exclusão do uso do Abacavir por pacientes HIV positivos, o que

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têm demonstrado uma diminuição da incidência de hipersensibilidade no tratamento. O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência do alelo HLA-B*5701 nos pacientes HIV positivos, em tratamento no Estado de Mato Grosso, e estabelecer a eficácia do rastreio prospectivo deste alelo para impedir a reação de hipersensibilidade ao Abacavir. Estudos como este, são essenciais para difundir a disponibilidade de soluções e estratégias eficazes, resultantes de testes laboratoriais confiáveis que possam auxiliar no prognóstico e tratamento dos pacientes. As genotipagens para a detecção do alelo HLA-B*5701 foram realizadas por PCR-SSP (Polymerase Chain Reaction - Sequence Specific Primers) utilizando um multiplex com quatro seqüências dos pares de oligonucleotídios iniciadores. Participaram do estudo 517 pacientes portadores do vírus HIV em tratamento no Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade – CERMAC DST/AIDS e/ou encaminhados de outras Unidades de atendimento médico do Estado de Mato Grosso. Da amostra estudada 19,72% (102 dos 517 pacientes) tiveram o Abacavir incluído na sua terapia anti-retroviral. A prevalência do alelo HLA-B*5701, de acordo com o Teste Exato de Fisher, foi de 6,4% (33 dos 517 pacientes). Dos pacientes positivos para o alelo HLA-B*5701 , 90,9% (30 dos 33) apresentaram sintomas de rejeição ao tratamento com este fármaco, demonstrando significância estatística (p Palavras-chaves: Screening molecular, alelo HLA-B*5701, Abacavir

TL- 023

A ATUAÇÃO DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR NO TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO-HEMATOPOIÉTICAS: RELATO DE CASO

Autor(es): Renata Pereira Rodrigues, Fabiane Bis Caetano, Carina Patrícia Faioto Aureliano, Joel Carlos Morais Junior, Silvia Patrícia Marques, Regina Célia da Silva, Emilze Mafra de Lima

Instituição(ões): 1. HCBarretos, Fundação Pio XII- Hospital de Câncer de Barretos, Rua Antenor Duarte Vilela, 1331. Barretos

Resumo: O transplante de células tronco-hematopoiéticas (TCTH) é um procedimento complexo podendo acarretar inúmeras complicações. É imprescindível a presença de uma equipe interdisciplinar especializada no cuidado integral e holístico do paciente. O reconhecimento da interação entre os aspectos físicos e psicológicos, resultou no desenvolvimento de abordagens interdisciplinares no manejo do paciente. Assim, garantir um cuidado integral envolvendo a interdisciplinaridade pode trazer benefícios físicos e psicológicos ao paciente transplantado. O objetivo deste estudo é descrever o suporte interdisciplinar ao paciente e cuidador durante o processo do TCTH. Trata-se de um estudo de caso qualitativo realizado em um hospital oncológico, no interior de São Paulo que realiza o TCTH, acompanhando o paciente durante as fases pré TCTH, internação e após a alta hospitalar, permanecendo o paciente em cuidados ambulatoriais. A equipe é composta por médicos, enfermeiras, psicólogo, assistente social, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista, dentista e técnicos de enfermagem. Escolheu-se uma adolescente, 18 anos, com diagnóstico de Leucemia Linfóide Aguda em tratamento desde os 15 anos. Foi encaminhada à esta instituição em setembro de 2008 para o TCTHSP alogênico aparentado, porém, manifestava intensas dores pelo corpo, sendo constatada a segunda recidiva da doença. Submetida a nova terapêutica realizou posteriormente o TCTH em remissão parcial. Mesmo após o TCTH teve recidiva da doença, necessitando da infusão de linfócitos do doador, não respondendo a esta terapia, fez uma quimioterapia de resgate. Evoluiu com progressão da doença, manifestações da doença do enxerto contra o hospedeiro e óbito. A equipe interdisciplinar participou efetivamente nos cuidados à paciente, atuando nos agravos à sua saúde e auxiliando na adaptação às novas condições de vida. Através da intervenção terapêutica ocupacional foi possível proporcionar a paciente, através de atividades terapêuticas, o resgate do cotidiano. A paciente aderiu ao processo de assistência interdisciplinar com estratégias de adaptação à rotina hospitalar, enfrentamento das dificuldades diante do tratamento e manutenção dos papéis sociais. A paciente e cuidadora foram acompanhadas pela equipe interdisciplinar e percebemos que durante o tratamento foram construídas, junto com a equipe, atividades que proporcionaram melhorias na auto estima e no enfrentamento das dificuldades, facilitando a adesão ao tratamento. Palavras-chaves: Equipe Interdiciplinar, LLA, TCTH

TL- 024

ANÁLISE DA ESPIROMETRIA PRÉ E PÓS TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO-

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HEMATOPOIÉTICAS ALOGÊNICO EM PACIENTES COM LEUCÊMIA MIELÓIDE EM ACOMPANHAMENTO FISIOTERAPÊUTICO: RELATO DE CASOS

Autor(es): Naiara Machado, Heloisa Hizzieri, Adriana da Silva Martins Ferreira, Jaqueline Rodrigues de Freitas Vianna, Carina Patrícia Faioto Aureliano, Renata Pereira Rodrigues

Instituição(ões): 1. Fundação Pio XII, HC Barretos, Rua Antenor Duarte Vilela,1331,Barretos-SP Resumo: O TCTH alogênico é um procedimento terapêutico para restaurar o órgão enfermo ou prolongar a sobrevida dos pacientes portadores de patologias oncohematológicas como a leucemia mielóide. As complicações pulmonares após TCTH são freqüentes e constituem causa importante de morbidade e mortalidade. A espirometria é um teste que auxilia na prevenção e permite o diagnóstico dos distúrbios ventilatórios e é necessário para atender as necessidades do paciente submetido ao TCTH. A realização da fisioterapia através da cinesioterapia respiratória auxilia no tratamento e/ou prevenção de infecções respiratórias e microatelectasias. Este estudo tem como objetivo avaliar a função pulmonar de pacientes com leucemia mielóide submetidos ao TCTH alogênico e relatar a importância de medidas preventivas apontando a fisioterapia como recurso preventivo e curativo. Foram analisados retrospectivamente os resultados da espirometria de 32 prontuários médicos de pacientes submetidos ao TCTH alogênico, realizados no Hospital de Câncer de Barretos – Fundação Pio XII, no período de agosto de 2006 a junho de 2009, assim como os dados clínicos, tipo de leucemia mielóide, complicações pulmonares, presença de doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH), dia do transplante, tabagismo, quimioterapia, e o protocolo fisioterapêutico aplicado, sendo relatados 5 casos que atingiram os critérios de inclusão. De forma geral, os parâmetros pós-transplante mantiveram-se ou apresentaram aumentos de 2 a 18%, com exceção de um caso em que a relação VEF1/CVF apresentou queda de 3% e outro em que o VEF1 reduziu 2%. Dois casos apresentaram valores compatíveis com distúrbio ventilatório restritivo e na avaliação pós-operatório apenas um manteve os mesmos valores espirométricos. Dentre as complicações respiratórias a hipoventilação ocorreu nos 5 casos (100%) relatados e a pneumonia em 4 casos (80%), o derrame pleural e a DECH ocorreu em 2 dos casos (40%). A complicação menos freqüente foi a atelectasia que ocorreu em apenas 1 caso. Quanto a realização da fisioterapia, o protocolo foi aplicado nos 5 casos (100%) e apenas o caso 5 realizou o Shaker , por ter apresentado quadro hipersecretivo. As alterações detectadas na espirometria não demonstraram alteração significativa da função pulmonar após o TCTH, o acompanhamento fisioterapêutico que estes pacientes receberam antes e após o TCTH pode ter contribuído para estes resultados. Palavras-chaves: Espirometria, Fisioterapia, Leucemia Mielóide, TCTH, Complicações Pulmonares

TL- 025

Caracterização de receptores NK (KIR) em doadores e receptores de transplante de medula óssea

Autor(es): Daniela Maira Cardozo Cardozo1, Amanda Vansan Marangon Marangon1, José Francisco Penteado Aranha Aranha1, Jeane Eliete Laguila Visentainer Visentainer2, Carmino Antonio de Souza Souza1

Instituição(ões): 1. Unicamp, Universidade Estadual de Campinas, Cidade Universitária Zeferino Vaz, Barão Geraldo, CEP 13081-970 2. UEM, Universidade Estadual de Maringá, Av. Colombo 5790, Jd. Universitário

Resumo: As células natural killer (NK) são uma subpopulação de linfócitos, especialmente importantes, na resposta imune frente a doenças virais e a tumores. Essas células podem ser rapidamente recrutadas para tecidos ou órgãos por fatores quimiotáticos produzidos por células alteradas e são capazes de destruir as células-alvo via citólise direta e citotoxicidade celular dependente de anticorpos. Existem dois principais modelos, “missingself” e “missingligand”, utilizados para predizer a alorreatividade das células NK. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a alorreatividade das células NK baseado na presença e ausência de genes KIR e HLA em doadores e receptores de medula óssea. No período de março de 2009 a fevereiro de 2010, 20 pacientes do centro de Hematologia e Hemoterapia da Unicamp serão analisados quanto a alorreatividade de NK. O DNA genômico de doadores e receptores foram extraidos a partir de 150uL de sangue venoso periférico, coletado em tubo contendo EDTA, utilizando o kit EZ-DNA (Biological®), de acordo com as instruções do

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fabricante. A concentração do DNA das amostras foi determinada pelo Fluorômetro Nanodrop TM (Invitrogen). As amostras foram tipadas pela técnica de PCR-SSO (One Lambda®, Canoga Park, CA, USA) para HLA-A, B, C DR e DQ e para 14 genes KIR e 2 pseudogenes: a amplificação do DNA foi realizada com três grupos de iniciadores específicos para os éxons 3, 5 e 7-9 e o produto foi aplicado em gel de agarose a 2% com SYBR safe DNA gel Stain (Invitrogen), para confirmar a amplificação. O produto amplificado foi hibridizado com microesferas ligadas a sondas específicas para os genes e alelos KIR (One Lambda®, Canoga Park, CA, USA). As leituras das reações foram realizadas em um citômetro de fluxo que utiliza a tecnologia Luminex (One Lambda®) e organizadas pelo programa de computador Labscan®. As amostras foram analisadas (programa HLA FusionTM Research, One Lambda) quanto à presença e ausência dos genes KIR. Como resultado parcial, foram analisados para LMA, 9 pares de doador/receptor HLA idênticos e para LMC um par. Nenhum dos pares apresentou alorreatividade de NK significativa, porém 3 deles tendenciaram para falha do enxerto, 4 para GVHD e 2 foram à óbito. Os dois pacientes que foram à óbito apresentavam receptores KIR doador/receptor exatamente iguais. Com isso mais análises serão feitas a fim de elucidar o papel dos receptores KIR e seus ligantes HLA no pós-transplante. Agência de fomento: Hemocentro/Unicam, CNPq Palavras-chaves: Compatibilidade, Natural Killer, Transplante de medula óssea

TL- 026

Zigomicose e citomegalovirose pulmonar em paciente com leucemia mielóide aguda.

Autor(es): Alice Tung Wan Song, Loureno Cezana, Juliana Arruda Almeida, Luciane Nogueira Machado, Ivan Leonardo Avelino França e Silva, Marcello Ferretti Fanelli, Tadeu Ferreira de Paiva Júnior, Vladmir Cláudio Cordeiro de Lima, Garles Miller Matias Vieira, Leila Maria Magalhães Pessoa de Melo

Instituição(ões): 1. A. C. Camargo, Hospital A. C. Camargo, Rua Professor Antonio Prudente, 211, Liberdade Resumo: Introdução: Doenças hematológicas constituem um dos mais importantes fatores de risco para zigomicose, devido à imunossupressão grave que ocorre nesse pacientes, decorrente da doença de base ou quimioterapia. Material e métodos: Relato de caso da associação entre zigomicose e citomegalovirose, discussão sobre o possível mecanismo dessa associação e revisão da literatura. Resultados: Homem de 25 anos, oriundo de outro serviço, com diagnóstico de leucemia mielóide aguda, onde recebeu indução com daunorrubicina e citarabina, com aplasia medular e remissão completa. Evoluiu com infecção de corrente sanguínea por S. aureus oxa-R e insuficiência respiratória. A tomografia de tórax mostrou consolidação em lobo inferior direito, com progressão do infiltrado à esquerda (micronódulos, nódulos e derrame pleural). Fez uso de vancomicina, imipenem, anfotericina B e cotrimoxazol. Evoluiu com pneumotórax pós-toracocentese, sendo então submetido à intubação oro-traqueal por piora respiratória. Foi admitido no nosso serviço, sendo mantidos antimicrobianos de amplo espectro, com realização de lavado broncoalveolar, que mostrou P. aeruginosa multi-R, sendo associada polimixina B. Submetido a decorticação pulmonar com segmentectomia de lobo inferior direito, que demonstrou histologia compatível com zigomicose. Foi então submetido a lobectomia, com melhora clínica. Evoluiu com fístula brônquica, submetido a segmentectomia esquerda. Após 10 dias, evoluiu com nova piora respiratória e radiológica, com anátomo-patológico de segmentectomia com inclusões nucleares sugestivas de CMV, e imunoistoquímica positiva para CMV. Foi associado ganciclovir, porém o paciente evoluiu com piora do choque séptico e óbito. Após revisão de literatura, encontramos 9 casos de associação entre as duas infecções. Conclusões: Considerando-se a fisiopatologia das duas doenças, suspeita-se que os possíveis mecanismos dessa associação se devam ao efeito citopático viral, liberação de citocinas e efeitos imunomoduladores do CMV, predispondo o paciente a infecções fúngicas invasivas como zigomicose. A associação dessas duas entidades, raramente relatada, deve ser lembrada em pacientes gravemente imunodeprimidos. Palavras-chaves: citomegalovírus, infecção fúngica, leucemia, zigomicose

TL- 027

Histoplasmose disseminada e recidiva de linfoma não-Hodgkin

Autor(es): Alice Tung Wan Song, Loureno Cezana, Juliana Arruda Almeida, Luciane Nogueira Machado, Ivan Leonardo Avelino França e Silva, Marcello Ferretti Fanelli, Tadeu Tadeu Ferreira de Paiva Júnior, Vladmir

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Cláudio Cordeiro de Lima, Garles Miller Matias Vieira, Leila Maria Magalhães Pessoa de Melo Instituição(ões): 1. A. C. Camargo, Hospital A. C. Camargo, Rua Professor Antonio Prudente, 211, Liberdade Resumo: Introdução: São raras as descrições da associação de linfoma e histoplasmose. A maioria dos trabalhos aborda a importância do diagnóstico diferencial entre as duas entidades. Material e métodos: Relato de dois casos de histoplasmose na recaída de Linfoma não-Hodgkin. Resultados: 1-Caso: Paciente masculino, 47 anos, diagnosticado LNH T em 1995, com história de múltiplas recidivas e tratamentos. Internado em out/08, no 14º dia do 2º ciclo de quimioterapia (ICE), com quadro de febre e tosse. Iniciado cefepime. Tomografia de tórax revelou imagem nodular (20mm) em segmento anterior do lobo superior, com micronódulos no restante do parênquima. Realizada biópsia guiada por tomografia e iniciada anfotericina. A biópsia mostrou-se inconclusiva. Evolui com persistência da febre, trocado antibiótico (imipenem) e associado vancomicina. Manteve-se febril até do 14º dia de tratamento antimicrobiano, submetido à segmentectomia pulmonar com diagnóstico de histoplasmose. Evoluiu afebril, com melhora clínica e laboratorial. Foi trocado esquema antifúngico para itraconazol, 400mg/dia, o qual foi mantido durante todo o tratamento quimioterápico, com controle do quadro infeccioso. Em julho de 2009, o paciente foi a óbito por progressão do linfoma. 2-Caso: Paciente masculino, 50 anos, diagnosticado Linfoma do Manto em 2007. Recebeu 8 ciclos de R-CHOP com doença refratária. Recebeu 6 ciclos de R-ICE resultando em resposta completa. Em julho de 2008, foi submetido a transplante autólogo de células tronco-hematopoiéticas. Em fevereiro de 2009, apresentou plaquetopenia (< 5.000 /µL) provavelmente auto-imune sendo iniciado prednisona 1,0 mg/Kg/dia, com resposta. Em maio de 2009, o PET-CT evidenciou captação gástrica e a biópsia confirmou recaída do Linfoma de Manto tratada com radioterapia. Em agosto de 2009, iniciou ataxia, dificuldade para concentração e irritabilidade. Ressonância magnética de crânio evidenciou lesão de 3,0cm, com intenso edema peri-lesional, em região cortico-occipital direita. Biópsia estereotáxica resultou em processo inflamatório crônico. Em outubro de 2009, foi submetido à exérese total da lesão, identificado Histoplasma sp.. O paciente recebeu tratamento com anfotericina e, posteriormente, com itraconazol 400mg/dia. Em janeiro de 2010, o paciente evoluiu com rebaixamento do nível de consciência, parada cardiorrespiratória e óbito por provável sangramento em SNC (plaquetas= 9.000/µL). Conclusões: A concomitância de histoplasmose em pacientes imunocomprometidos é raramente descrita. Infecção disseminada foi o quadro clínico mais descrito. A resposta à terapia antifúngica foi boa na maior parte das descrições, sendo a maioria tratada com anfotericina B. Devemos estar atentos à possibilidade de concomitância de histoplasmose nos pacientes em investigação de neoplasia de novo ou recaídas. Palavras-chaves: histoplasmose, infecção fúngica, linfoma não hodgkin, recidiva

TL- 028

ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE DE CELULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS

Autor(es): Daniel Sturaro1, Paulo Roberto Villa1, Maria Cristina Martins de Almeida Macedo1,2,3, Lina Monetta1, Lidiane Soares Nascimento1, Roberto Luiz da Silva1,2,3

Instituição(ões): 1. Bio Sana's, Bio Sana's, Rua Vergueiro 2949 cj 71. CEP 04101-300 Vila Mariana - SP 2. HSCP, Hospital São Camilo Pompéia, Avenida Pompéia, 1178 CEP 05022-001 Pompéia - São Paulo-SP 3. IBCC, Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, Avenida Alcântara Machado 2576 CEP 03102-002 São Paulo-SP

Resumo: O acompanhamento farmacoterapêutico (AF) é um desafio para o farmacêutico e se torna ferramenta importante na atenção farmacêutica para reduzir erros com medicações, o que implica na eficácia do tratamento e melhora da qualidade de vida. A utilização do AF como estratégia de aderência ao tratamento é muito empregada no seguimento de pacientes com hipertensão e diabetes e, mais recentemente, no tratamento do câncer. Um sistema eficaz de AF é o método Dáder, do “Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica de la Universidad de Granada” que baseia-se na obtenção da história farmacoterapêutica do paciente, isto é, nos problemas de saúde que este apresenta, nos fármacos que utiliza e na avaliação do seu estado de saúde, de forma a identificar e resolver os possíveis problemas relacionados com medicamentos (PRM). Detectado algum PRM, ocorre a intervenção documentada junto ao paciente visando resolver ou prevenir problemas que interfiram na farmacoterapia. Os pacientes submetidos ao TCTH formam uma população de alto risco para desenvolver

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PRM, devido à complexidade dos esquemas terapêuticos e a quantidade de fármacos administrados por via oral. Alem disso em países em desenvolvimento, onde, o acesso à educação, saúde e saneamento básico são precários torna-se de extrema importância a criação de métodos de AF nos centros de TCTH. A partir disso, idealizamos a estruturação de um Sistema de AF específico para pacientes de TCTH e para a realidade do Brasil. Este Sistema constitui de consultas farmacêuticas documentadas, com avaliações através de uma ficha de AF estruturada com dados como idade, status sócio-econômico e cultural, que inclui nível de escolaridade e grau de compreensão do paciente e acompanhante. Além disso, é documentada a história clínica do paciente, histórico de medicamentos, estado de saúde atual, quantidade de medicamentos em uso e reações adversas, visando detectar e solucionar possíveis PRMs. Através disso, é possível individualizar o acompanhamento, separando a estratégia de orientação farmacêutica para cada subgrupo de paciente. Concluímos que através de ações como a estruturação de métodos de AF, o farmacêutico clínico consegue se inserir na equipe multiprofissional, sendo capaz de realizar intervenções clinicamente relevantes em uma unidade de TCTH, contribuindo para detecção e resolução de PRMs, aumentando a aderência do paciente ao tratamento, bem como o sucesso da terapêutica. Palavras-chaves: ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO, TCTH, ADERÊNCIA AO TRATAMENTO

TL- 029

UTILIZAÇÃO DE PLERIXAFOR (MOZOBIL) PARA COLETA DE CÉLULAS-TRONCO PERIFÉRICAS EM PACIENTE PEDIÁTRICO

Autor(es):

Victor Gottardello Zecchin, Valeria Cortez Ginani, Roseane Vasconcelos Gouveia, Juliana Ferrari Marconcini, Neysimelia Costa Villela, Olga Margareth Wanderley de Oliveira Felix, Daniele Porto Barros, Letícia Alves Ribeiro, Adriane SS Ibanez, Claudia Cristina de Souza Naufel, Paulo Cesar Simões, Aline Gomes Silva, Nasjla Saba Silva, Andrea Maria Capellano, Antônio Sérgio Petrilli, Adriana Seber

Instituição(ões): 1. IOP/GRAACC - UNIFESP, Instituto de Oncologia Pediátrica, Rua Botucatu, 743 - Vila Clementino - Sâo Paulo - CEP 04023-062

Resumo: Plerixafor (AMD3100- Mozobil) é uma medicação que vem sendo utilizada para coleta de células-tronco periféricas em pacientes que falham a mobilização com G-CSF. Plerixafor é um inibidor reversível da CXCR4 que liga as células CD34+ ao estroma medular. A medicação, entretanto, tem alto custo, não está disponível no mercado nacional e não há relatos de seu uso em crianças. Além disso, muitos tumores sólidos expressam CXCR4 e poderiam, com a medicação, ser mobilizados para o sangue periférico contaminando o produto da aférese. Tumores de células germinativas do sistema nervoso central em segunda remissão têm excelente chance de cura com altas doses de quimioterapia e transplante autólogo, mas é um grande desafio a coleta de número suficiente de células-tronco nestes pacientes com radioterapia prévia em crânio e neuro-eixo. Nosso OBJETIVO é descrever a eficácia e ausência de efeitos adversos do uso compassionado de Plerixafor em uma criança com tumor de células germinativas da pineal recidivado, já submetido à radioterapia após sucessivas falhas de mobilização. MÉTODO: revisão de prontuário. RESULTADOS: FRS, 11 anos, foi encaminhado para consolidação de segunda remissão com transplante autólogo. Um ano antes havia recebido radioterapia 36 Gy em neuro-eixo e boost na pineal 54 Gy. Foram realizadas duas tentativas de mobilização para coleta de células-tronco periféricas: 1ª quimioterapia (Ciclofosfamida, Cisplatina, Etoposide e Vincristina) e G-CSF 10 mcg/kg/dose SC 12/12h e 2ª quimioterapia (Ciclofosfamida e Vincristina) e G-CSF 24 mcg/kg/dose SC 12/12h. O pico de CD34 em sangue periférico foi de apenas 2/mm³. Seguiu-se nova mobilização com Filgrastima (10 mcg/kg/dia) e Plerixafor (Mozobil®) 10 mcg/kg/dia a partir do 4º dia. CD34 no sangue periférico aumentou para 6,5/mm³ no 5º dia e 8/mm³ no 6º, quando foi submetido a leucoaférese com coleta de 1,8 x 106 CD34/kg em duas sessões. Para aumentar o número de células foi ainda coletada medula óssea de cristas ilíacas anteriores (1,3x106 CD34/kg). No TMO recebeu tiotepa, carboplatina e etoposide. Desenvolveu mucosite importante e febre/ neutropenia sem foco. Apresentou pega de leucócitos no D+13 e continua (D+49) dependente de transfusão de plaquetas para manter mais de 50 mil como protocolo tumor sistema nervoso central. CONCLUSÃO: A administração de Plerixafor é uma alternativa a válida em casos de falha de mobilização de células-tronco periféricas. Palavras-chaves: Plerixafor, TMO pediátrico, Tumor de sistema nervoso central

TL- 030

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Construção de um instrumento para avaliação das alterações da qualidade de vida de crianças doadoras de medula óssea aparentada.

Autor(es): Letícia Alves Ribeiro, Daniele Porto Barros, Adriana Seber, Adriane Silva Santos Ibanez, Valeria Cortez Ginani, Olga Oliveira Félix

Instituição(ões): 1. GRAACC-IOP, INSTITUTO DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA, RUA BOTUCATU, 743 - VL. CLEMENTINO

Resumo: Introdução: O Transplante de Células Tronco Hematopoéticas (TCTH) é uma modalidade terapêutica que visa à reconstituição hematopoética de ampla aplicação no tratamento à pacientes portadores de patologias com caráter maligno e com prognóstico desfavorável, doença não maligna e congênita. Em todos os transplantes pediátricos alogênicos, a medula óssea é a fonte de células com melhores resultados a longo prazo. . Embora a doação não implique alterações no hábito de vida do doador após a doação, e a retirada das células não cause nenhum dano à sua saúde, ocorrem desconfortos físicos que são passageiros e estão associados ao procedimento utilizado para a coleta. As complicações físicas associadas à coleta são raras, mas pouco se sabe sobre o impacto do procedimento sobre a qualidade de vida dos doadores. Objetivo: Propor um instrumento de avaliação de qualidade de vida para doadores aparentados de medula óssea. Método: Revisão bibliográfica para elaboração de instrumento para avaliação da qualidade de vida a ser aplicado em doadores aparentados de células-tronco hematopoéticas. Resultados e discussão: Dentre as intervenções específicas de cuidado e atuação do enfermeiro, encontra-se a competência de educador e pesquisador visando articular sua prática do cuidado, com seu conhecimento técnico-científico para responder às suas inquietações do cotidiano e contribuir para o desenvolvimento de sua área de interesse. Nessa perspectiva, criar um instrumento que permita revelar as alterações ocorridas na qualidade de vida do doador decorrentes ao processo de doação de medula óssea tornou-se foco deste estudo. Assim, desvelando as dificuldades e impacto da doação na vida dos doadores de medula óssea, o enfermeiro e toda a equipe multidisciplinar poderão direcionar melhor sua assistência durante esse processo. Palavras-chaves: qualidade de vida, doadores, medula óssea

TL- 031

Instrumento de avaliação de enfermagem para cateteres venosos centrais em pacientes oncológicos pediátricos submetidos a TCTH.

Autor(es): Daniele Porto Barros, Letícia Alves Ribeiro, Adriane Silva Santos Ibanez, Juliana Cristina Ribeiro Silva, Victor Gottardello Zecchin, Valeria Cortez Ginani, Adriana Seber

Instituição(ões): 1. GRAACC-IOP, INSTITUTO DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA, RUA BOTUCATU, 743 - VILA CLEMENTINO

Resumo: Introdução: Processos infecciosos constituem a maior causa de morbidade e mortalidade secundária ao tratamento do câncer. Os cateteres venosos centrais (CVC) são indispensáveis para a moderna prática médica e seu uso traz benefícios significativos em muitas situações clínicas. Porém, destacam-se as infecções hospitalares relacionadas a utilização destes dispositivos, especialmente em pacientes imunocomprometidos. Alguns fatores que contribuem para a ocorrência de complicações relacionadas a CVC são o tipo de cateter utilizado, o preparo do local da punção, o tipo e a freqüência do cuidado com o local de inserção e o tipo de infusão. Em suas presentes recomendações, o CDC estabelece que ‘’em virtude da inserção e manutenção dos cateteres intravasculares por funcionários inexperientes pode aumentar o risco da colonização do cateter e de infecções da corrente sanguínea relacionadas ao cateter”. O diagnóstico de infecção pode ser difícil no paciente oncológico, não só pela diversidade de agentes microbianos, como também pelas peculiaridades da apresentação clínica. Objetivo: Validar instrumento para acompanhamento, documentação e monitorização de cateteres venosos centrais em pacientes oncológicos de um hospital especializado, visando uma intervenção segura e efetiva. Metodologia: Instrumento de avaliação elaborado por enfermeiras com base em revisão bibliográfica acerca de CVC em pacientes oncológicos. Aplicado em 50 pacientes com idades que variaram de zero a 25 anos, submetidos a transplante de medula óssea, durante o período de janeiro de 2007 a agosto de 2009. A avaliação foi realizada através de preenchimento

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de formulário próprio após avaliação dos dispositivos, onde avaliaram-se via manipulada, refluxo, influxo, inserção do dispositivo, integridade da pele, tipo de curativo, entre outros. Resultados: A avaliação possibilitou a realização de ações seguras e efetivas quanto a manipulação e cuidados de CVC em pacientes oncológicos submetidos a TMO, bem como a implantação e padronização na instituição deste processo. Conclusão: A terapia intravenosa em pacientes pediátricos submetidos a TMO em uso de CVC, requer ações específicas, incluindo a assistência de enfermagem, para proteção do paciente e prevenção de maiores complicações, bem como na melhora da qualidade de vida. O controle contínuo de qualidade da terapia intravenosa em cateteres venosos centrais inclui o seguimento de normas e procedimentos, o registro de complicações relacionadas, a avaliação de materiais e técnicas de curativo e o arquivamento de documentações. Palavras-chaves: cateter venoso central, avaliação, enfermagem

TL- 032

Transfusão de granulócitos em pacientes pós TMO alogênico não aparentado: assistência de enfermagem

Autor(es): Juliana Cristina Ribeiro Silva, Daniele Porto Barros, Valéria Cortez Ginani, Adriana Seber, Claudia Cristina Naufel Terzian

Instituição(ões): 1. GRAACC-IOP, INSTITUTO DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA, RUA BOTUCATU, 743 - VL. CLEMENTINO

Resumo: Introdução: A transfusão de granulócitos é uma modalidade terapêutica que surgiu na década de 1990. Suas indicações clínicas principais são controle de infecções bacterianas ou fúngicas em pacientes neutropênicos sem resposta clínica à terapia adequada. No entanto, os estudos pediátricos controlados são escassos. É de responsabilidade do enfermeiro conhecer a ação e efeitos adversos deste tratamento a fim de fazê-lo de forma segura e correta, visando a excelência do cuidar. Objetivo: Descrever os principais cuidados de enfermagem durante a transfusão de granulócitos em pacientes submetidos a TMO. Método: Relato da experiência da assistência de enfermagem durante as transfusões de granulócitos em pacientes submetidos a TMO alogênico não aparentado em um serviço especializado em pacientes pediátricos. Resultados: Depois de coletados, os concentrados de granulócitos devem ser transfundidos o mais rapidamente possível. Seu prazo máximo de validade é de 24 horas após a conclusão da coleta. Devem ser estocados à temperatura de 22 a 2oC. Transfusões de granulócitos ABO-incompatíveis estão contra-indicadas, uma vez que quase sempre há uma grande contaminação de hemácias no hemocomponente. Para possibilitar uma maior sobrevida e um melhor aproveitamento dos granulócitos transfundidos, o ideal seria que houvesse compatibilidade HLA entre o doador e o receptor. Esta compatibilidade pode ser obtida pela seleção de doadores com fenotipagem HLA idêntica ou semelhante à do paciente, ou pela realização de cross match linfocitário pré-transfusional, usando-se linfócitos do doador e soro do receptor. A administração de granulócitos deverá ser realizada através de filtros de sangue comum, com período mínimo de duas horas, em acesso venoso calibroso, pérvio e previamente avaliado pelo enfermeiro. Durante a infusão é necessário controle de sinais vitais a cada 15 minutos e avaliação criteriosa do estado clínico do paciente. As principais reações adversas são elevação da temperatura, rash cutâneo, dispnéia ou hipoxemia. Com a finalidade de minimizar os riscos dessas reações, os pacientes são pré medicados com antitérmico e anti histamínico. Conclusão:Ter procedimentos escritos, adequados e disponíveis para providenciar à equipe instruções adequadas e consistentes de como proceder nos cuidados do paciente receptor de transfusão de granulócitos certamente contribui para aumentar a segurança transfusional. O manejo desses pacientes requer uma equipe de enfermagem especializada, experiente, treinada, embasada em fundamentação científica consistente e dinâmica frente às diversas complicações e sempre apta a planejar e executar o melhor cuidado possível, tanto relacionada ao paciente como à sua família, procurando adequar-se ao contexto social do cliente. Palavras-chaves: granulócitos, transplante de medula óssea, enfermagem

TL- 033

SUPLEMENTAÇÃO ANTIOXIDANTE EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS

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Autor(es): Eloísa Marchi dos Anjos, Renata Corrêa Scomparin, Maristela Silva Talamoni, Cármino Antonio Souza Instituição(ões): 1. HC-UNICAMP, Hospital das Clínicas Unicamp, Cidade Universitária Zeferino Vaz- Barão Geraldo

Campinas -SP Resumo: A dieta oral requer suplementação de micronutrientes em situações específicas que promovam deficiência naqueles sem habilidade em manter ingestão oral adequada ou com incapacidade absortiva do trato gastrointestinal ou nas restrições alimentares como na dieta para neutropênicos oferecida em determinados períodos do transplante de células-tronco hematopoética(TCTH). Dentre estes micronutrientes estão fontes de antioxidantes, vitaminas C,A,E, zinco e selênio, que podem neutralizar ou diminuir o estresse oxidativo. Há vários mecanismos que podem provocar esse estresse oxidativo. Existem alterações no metabolismo do paciente inerentes à doença como; o processo inflamatório decorrente da atividade da própria doença promove excessiva formação de EROS(espécies reativas de oxigênio) que contribui para formação do estresse oxidativo. A produção de EROS e a atividade antioxidante está relacionada com a atividade da doença e estado geral do paciente. Pacientes recebendo altas doses de terapia citotóxica ou radiação têm a necessidade de antioxidantes aumentada em face não apenas da redução da ingesta e absorção, mas também pelo catabolismo e produção de radicais livres induzidos pela terapêutica. A radiação ionizante, em que a quebra de moléculas de água decorrente do procedimento, gera radicais hidroxil que são responsáveis pelas lesões celulares observadas nos pacientes submetidos à radioterapia. É recomendado que todos os pacientes pós TCTH recebam suplementação de vitaminas e minerais por um ano após o transplante ou até que a imunossupressão seja interrompida e a dieta seja criteriosa na higienização porém não exclua frutas e verduras cruas. Apesar da literatura atual reconhecer que pode haver modificações da quantidade diária recomendada de nutrientes Recommended Dietary Allowances(RDAs) durante períodos de estresse fisiológico, esses valores ainda não foram estabelecidos com segurança e portanto a quantidade de suplementação deve estar de acordo com a RDA, quantidade diária de ingestão recomendada proposta quando se trata de alimentação via oral. Portanto a suplementação de antioxidantes deve ser considerada a ser incluída na orientação nutricional para pacientes submetidos a TCTH durante a internação e/ou após alta hospitalar, durante todo o período de imunossupressão e dieta com baixo teor de microorganismos. Palavras-chaves: micronutrientes, estresse oxidativo, radicais livres, neutropenia

TL- 034

CARACTERIZAÇÃO DOS DOADORES DE ALTA RESOLUÇÃO CADASTRADOS NO SISTEMA LIGH.

Autor(es): Paulo Rincoski Costantino, Fernanda Ribas, Maria da Graça Bicalho Instituição(ões): 1. LIGH-UFPR, Laboratório de Imunogenética e Histocompatibilidade da UFPR, R: Francisco H. dos Stos,

s/n, Jd. das Américas, Curitiba, PR, Cx Postal 19071 Resumo: O Sistema LIGH é um aplicativo que funciona através de um servidor conectado à Internet e que permite integrar diversas unidades da rede HEMEPAR (Instituto de Hematologia e Hemoterapia do Paraná), a Central de Transplantes do Paraná, o REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) e o LIGH, de modo que cada órgão possa ter acesso à informação que lhe compete e permitindo que este laboratório envie as informações e tipagens dos doadores para o registro nacional de forma on line. Quando os dados do REDOME são cruzados com os do REREME (Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea) e se percebe a compatibilidade de um doador com algum paciente, é solicitado ao laboratório que faça um exame mais acurado, a nível alélico, chamado de Alta Resolução. O entendimento das freqüências haplotípicas HLA desempenha um papel importante na realização do transplante de medula óssea enquanto da procura de um doador não aparentado para pacientes que não encontraram doador compatível no núcleo de sua família. Para que esta busca torne-se mais breve faz-se necessário conhecer as características que delimitam este grupo de doadores tão importantes, os doadores de alta resolução. Neste trabalho descrevemos as características, alelos, haplótipos e suas respectivas freqüências para HLA-DRB1 e HLA-DQB1 de uma amostra de doadores de alta resolução (n=910) cadastrados no Sistema LIGH. A tipagem HLA foi realizada por uma técnica constituída de uma amplificação do DNA através da reação em cadeia da polimerase seguida por uma hibridização com sondas específicas para alelos HLA (kit One Lambda Labtype® – SSOP), sendo cada kit específico para HLA-DRB1 e HLA-DQB1 ou pela técnica PCR-SSP (kits One Lambda Allele

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Specific®). As freqüências alélicas e as freqüências haplotípicas foram determinadas pelo uso do software ARLEQUIN versão 3.11, sendo que os dados brutos foram previamente formatados com o uso do software CONVERT versão 1.31. Obtivemos como mais freqüentes doadores do sexo masculino (475–52%), brancos (750–83%), não fumantes (727–80%), com idade atual entre 25 e 29 anos (187–21%). Os alelos mais freqüentes foram HLA-DRB1*07:01 (0,131057) e HLA-DQB1*03:01 (0,164097) e como haplótipo mais presente obteve-se o HLA-DRB1*07:01/DQB1*02:02 (0,099095). Tais resultados visam contribuir para o conhecimento do perfil dos doadores de alta resolução o que é de suma importância para um paciente que aguarda doador voluntário HLA compatível. Palavras-chaves: doador voluntário, medula óssea, transplante

TL- 035

INCIDÊNCIA DA INFECÇÃO PELO CITOMEGALOVÍRUS EM PACIENTES TRANSPLANTADOS NO HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS: A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA.

Autor(es): Regina Célia Silva, Fabiane Bis Caetano, Eluiza Antonieta Moretto, Gislaine Cristina Lopes de Mello, Simone Adorno, Josiane Marini, Grasiele Maria Souza, Juliana da Silva Pereira, Vanessa de Pádua Oliveira Pereira

Instituição(ões): 1. HC Barretos, Hospital de Câncer de Barretos - Fundação Pio XII, Rua Antenor Duarte Vilela, 1331 Resumo: Introdução: Citomegalovírus (CMV), é um herpesvírus humano pertencente à família Herpesviridae. Uma característica peculiar desse vírus é a capacidade de latência. É um dos mais importantes agentes infecciosos que pode acometer pacientes receptores de transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) causando significativa morbidade e mortalidade, principalmente nos transplantes alogênicos, podendo resultar em uma apresentação clínica grave e muitas vezes conduzir à morte devido a uma imunossupressão intensa causada pela intensidade do condicionado empregado no TCTH associado ao uso de drogas imunossupressoras. Objetivo: Apresentar a incidência de infecção por CMV através de monitorização por coleta de amostra de sangue periférico dos pacientes que realizaram TCTH alogênicos aparentado e autólogo, em um centro de transplante, utilizando-se como fonte de células progenitoras hematopoéticas a medula óssea e o sangue periférico. Materiais e Métodos: No período de Janeiro à Dezembro de 2009, foram coletadas amostras de sangue periférico de 60 pacientes, 55% (33) autólogos e 45% (27) alogênicos, sendo um total de 813 amostras; 68% (552) foram de pacientes alogênicos e 32% (261) autólogos, submetidos ao TCTH no Hospital de Câncer de Barretos – Fundação Pio XII. A técnica usada foi a antigenemia que consiste na detecção do antígeno pp65 do CMV em leucócitos do sangue periférico pelo método de imunofluorescência. As coletas foram realizadas uma vez por semana e nos pacientes que fizeram uso de corticóide duas vezes na semana, sendo os resultados liberados em 48 horas. Resultado: Neste período houve a detecção do CMV apenas em duas pacientes (3%) que realizaram o TCTH alogênico aparentado para Leucemia Mielóide Aguda, sendo instituída a terapêutica imediatamente. Conclusão: Nos pacientes imunodeprimidos a freqüência e a gravidade da infecção pelo CMV, bem como suas manifestações clínicas são bastante variáveis, pois depende do tipo de transplante, das condições clínicas do doador, da presença ou não de reações devido à incompatibilidade nos antígenos de histocompatibilidade, da natureza e duração da quimioterapia e do regime de imunossupressão empregados. A taxa de incidência de infecção por CMV foi pequena (3%). Embora a incidência apresentada neste trabalho tenha sido baixa, não se descarta a importância da vigilância, pois a detecção viral precoce é imprescindível para o diagnóstico, intervenção terapêutica imediata prevenindo potenciais complicações e morte. Palavras-chaves: Citomegalovírus, Incompatibilidade nos antígenos, Transplante Alogênico

TL- 036

FREQUÊNCIA ALÉLICA E HAPLOTÍPICA HLA-A, B E DRB1 EM DOADORES VOLUNTÁRIOS DE MEDULA ÓSSEA NA POPULAÇÃO NORTE PARANAENSE

Autor(es): Marlene Silva Bardi Gonçalves, Luciana Ribeiro Jarduli, Adyson Justino Jorge, Rossana Batista Oliveira Godoy Camargo, Fernando Pagotto Carneiro, Jair Roberto Gelinski, Jane Cardoso Silva, Roseclei

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Assunção Feliciano Silva, Edson Lopes Lavado Instituição(ões): 1. UEL, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA/HOSPITAL UNIVERSITÁRIO, Hemocentro - Rua

Cláudio Donizete Cavalieri, 156 Londrina, PR Resumo: O conhecimento das frequências alélicas e haplotípicas do sistema HLA têm importância na busca de doadores não relacionados em transplante de medula óssea. A população brasileira apresenta grande miscigenação racial e o sistema HLA é altamente informativo em estudos de populações pelo seu elevado polimorfismo. O objetivo desse trabalho é caracterizar o perfil imunogenético dos grupos étnicos caucasóides, negróides e orientais na região norte do Paraná. O estudo consistiu de 4000 doadores voluntários de medula óssea, cadastrados no REDOME pelo Laboratório de Histocompatibilidade /UEL, tipados para os loci HLA-A, B e DRB1 (baixa resolução). O DNA genômico foi extraído utilizando o kit NeoScience® e Bio Pur. Os alelos HLA-A, B e DRB1 foram caracterizados pelo método de PCR-SSOP empregando-se o kit LabType® SSO (One Lambda, CA, USA). O programa SPSS v.15.0 foi utilizado para o cálculo das frequências alélicas e haplotípicas. Nas amostras tipadas, 60,9% eram mulheres e 39,1% homens; idade média de 29 anos; com predomínio dos níveis de escolaridade médio (43,8%) e superior (42,4%). A distribuição dos grupos étnicos foi caracterizada pelos grupos caucasóide (82,9%), negróide (13,5%) e oriental (3,6%). Os grupos alélicos mais freqüentes por ordem decrescente: Caucasóides: HLA-A*02, 01, 24, 03, 11, 68; HLA-B*35, 44, 51, 15, 07, 18; DRB1*11, 13, 07, 04, 01, 03. Negróides: HLA-A*02, 03, 30, 68, 24, 23; HLA-B*35, 15, 44, 07, 51, 14; DRB1*13, 11, 03, 15, 07, 04. Orientais: HLA-A*24, 02, 26, 11, 31, 33; HLA-B*40, 51, 52, 35, 15, 44; DRB1*04, 15, 09, 08, 13, 01. As combinações haplotípicas mais comuns foram: Caucasóides: HLA-A*01, B*08, DRB1*03; HLA-A*02, B*44, DRB1*07 e HLA-A*02, B*35, DRB1*11. Negróides:HLA-A*01, B*08, DRB1*03; HLA-A*29, B*44, DRB1*07 e HLA-A*02, B*15, DRB1*13.Orientais:HLA-A*24, B*52, DRB1*15; HLA-A*02, B*40, DRB1*04 e HLA-A*02, B*40, DRB1*09. O alelo HLA-B*54 foi encontrado unicamente na população oriental. Houve maior concordância na distribuição da frequência alélica entre a população caucasóide e negróide. Comparando-se estas etnias com o grupo oriental, houve concordância nos alelos mais freqüentes em HLA-A*02 e A*24; HLA-B*35, B*44, B*51 e B*15; DRB1*04 e DRB1*13. Os resultados obtidos podem ser utilizados como referência para o INCA/REDOME na avaliação do perfil imunogenético em populações de regiões específicas e na seleção de doadores de medula óssea e também em estudos de associações com doenças e evolução de genes humanos polimórficos. Palavras-chaves: ETNIA, FREQUÊNCIA ALÉLICA, GENÉTICA DE POPULAÇÕES, HLA, POLIMORFISMO

TL- 037

Transplante autólogo de células tronco-hematopoiéticas em Linfoma não-Hodgkin – Experiência da Unidade Transplante de Medula Óssea do Hospital A. C. Camargo – São Paulo - Brasil

Autor(es): Tadeu Ferreira de Paiva Junior, Vanessa de Oliveira Camandoni, Luciane Nogueira Machado, Elide Moscatelo, Ludmilla T Chinem, Edilson Diógenes Pinheiro Junior, Marcello Ferretti Fanelli, Vladmir Claudio Cordeiro de Lima, Garles Miller Matias Vieira, Leila Maria Magalhães Pessoa de Melo

Instituição(ões): 1. HACC, Hospital A C Camargo, R. Antonio Prudente 211 Resumo: Introdução: O prognóstico é reservado para pacientes com Linfoma não-Hodgkin (LNH) de intermediário ou alto grau que não atingem remissão completa após a 1º linha de tratamento ou recidivados. Apenas 30% obtêm sobrevida prolongada com QT convencional. O transplante autólogo de células tronco-hematopoiéticas (TCTH) é a terapia de escolha para pacientes com LNH agressivos, em primeira recidiva e quimiossensíveis. Métodos: Estudo observacional de coorte retrospectiva. Foram analisados dados clínicos e laboratoriais de 44 pacientes incluídos consecutivamente entre julho de 2005 a fevereiro de 2010. Os critérios de inclusão foram pacientes com LNH submetidos a TCTH num serviço terciário de oncologia. A SG e a SLR foram obtidas através do método de Kaplan-Meier. Resultados: A idade mediana dos pacientes foi 49 anos (20 a 67 anos), 66% foram homens. LNH difuso de grandes células B representou 57%, enquanto linfoma do manto 20%, linfoma folicular 7,0%, linfoma T 7,0% e linfoma Burkitt 4,0%. O TCTH foi realizado em 1º (Linfoma do manto e Linfoma T), 2º, 3º e 4º linha de tratamento em 9,0%, 61%, 23% e 5,0% respectivamente. A maioria dos pacientes (93%) foi considerada quimiossensível pré-TCTH (66% em resposta completa e 27% em resposta parcial). Transplante autólogo foi realizado em 93%, alogênico em 7,0%. O CBV foi o esquema de condicionamento em 52% dos casos e BEAM em 45%. A fonte de células tronco hematopoiéticas foi periférica em 68% e medula óssea em 32%. A mediana de seguimento foi de 11,8 meses (em 08

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casos o seguimento foi atualizado por telefone e nenhum paciente teve perda de seguimento). Dentre os TCTH autólogos, em 2 anos a SLR e a SG foram 65,9% e 73,2%, respectivamente. Os três pacientes que foram submetidos a TCTH alogênico apresentavam atividade de doença pré TCTH, sendo dois refratários e sua sobrevida média foi de 79,3 dias. Um plateau foi atingido na curva de Kaplan-Meier após 20 meses, indicando papel curativo do TCTH. Sete pacientes (16%) faleceram nos primeiros 100 dias após o TCTH, sendo 03 (6,8%) relacionados ao TCTH. Conclusão: A mortalidade relacionada ao TCTH foi de 6,8%, porém 30% dos pacientes realizaram o TCTH em ≥ 3º linha de tratamento. A SLR e a SG foram compatíveis com publicações internacionais. Portanto, o TCTH é uma alternativa segura e eficaz para o tratamento de pacientes com LNH no nosso meio. Palavras-chaves: Linfoma Não-Hodgkin, Transplante Autólogo, Células Tronco-Hematopoiéticas

TL- 038

Transplante autólogo de células tronco-hematopoiéticas em Linfoma de Hodgkin – Experiência da Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital A.C. Camargo – São Paulo - Brasil.

Autor(es): Tadeu Ferreira de Paiva Junior, Karen Cristina Migotto, Vanessa de Oliveira Camandoni, Luciane Nogueira Machado, Ludmilla T Chinen, Edilson Diógenes Pinheiro Junior, Marcello Ferreti Fanelli, Vladmir Cláudio Cordeiro de Lima, Garles Miller Matias Vieira, Leila Maria Magalhães Pessoa de Melo

Instituição(ões): 1. HACC, Hospital A C Camargo, Rua professor Antonio Prudente n 211 Resumo: Introdução: Terapias correntes falham em promover cura em 1/3 dos pacientes com Linfoma de Hodgkin (LH) avançado. O transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é o tratamento de escolha nos pacientes com LH que progridem após o tratamento quimioterápico de primeira linha. O nosso estudo tem como objetivo avaliar a sobrevida global (SG) e sobrevida livre de recaída (SLR) nos pacientes submetidos a TCTH. Métodos: Estudo observacional de coorte retrospectiva. Foram analisados dados clínicos e laboratoriais de 40 pacientes incluídos consecutivamente entre fevereiro de 2005 a março de 2010. Os critérios de inclusão foram pacientes com LH submetidos a TCTH num serviço terciário de oncologia. A SG e a SLR foram obtidas através do método de Kaplan-Meier. Resultados: Todos os pacientes incluídos foram seguidos até o fim do estudo, exceto por uma paciente. A média de idade dos pacientes foi 32,05±10,86 anos (12 a 53 anos), 55% eram homens. Em relação ao status da doença pré-transplante 62,5% encontravam-se em remissão completa, 22,5% em remissão parcial, 10% eram refratários e em 5,0 % os dados não estavam disponíveis. O TCTH foi realizado em 2º, 3º e 4º linha de tratamento em 65%, 22,5% e 10% respectivamente. A fonte de células tronco hematopoiéticas foi periférica em 82,5% e medula óssea em 17,5%. O CBV foi o esquema de condicionamento em 52,5% dos casos e BEAM em 47,5%. A mediana de seguimento foi de 12,3 meses. Em 24 meses, a SLR e a SG foram 59,0% e 71,5%, respectivamente. Um plateau foi atingido na curva de Kaplan-Meier após 15,3 meses. A SG em 24 meses, segundo o status da doença pré-TMO foi de 84%, 80% e 00%, para aqueles em remissão completa, remissão parcial e refratários, respectivamente (p: 0,02). Em relação à mortalidade, 6 pacientes faleceram por progressão da doença, enquanto 2 óbitos foram relacionados ao TMO por infecção. Conclusão: A sobrevida após TCTH em LH no nosso Serviço foi comparável aos resultados publicados em registros internacionais. O status de doença pré TCTH é o fator prognóstico mais importante como preditor de recaída e óbito. Portanto, o TCTH é uma alternativa segura e eficaz para o tratamento de pacientes com LH no nosso meio. Para os pacientes com doença refratária pré TCTH o prognóstico é reservado. Palavras-chaves: Transplante autólogo, Linfoma de Hodgkin, células tronco-hematopoiéticas

TL- 039

Análise das infecções no transplante autólogo células-tronco hematopoéticas no Hospital Universitário da UFJF e os fatores de risco associados

Autor(es): Kelli Borges dos Santos, Luiz Cláudio Ribeiro, Girlene Alves da Silva, Abrahão Elias Hallack Neto, Angelo Atalla, Harian Araújo Silva, Patrícia Elkiki dos Santos, Rosangela Alves da Silva, Valesca Nunes dos Reis

Instituição(ões): 1. UFJF, Universidade Federal de Juiz de Fora, Catulo Breviglieri, s/n, Santa Catarina - Juiz de Fora - MG

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Resumo: O Transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é uma terapia utilizada para o tratamento de doenças malignas e não malignas, com o intuito de restabelecer a normalidade funcional da medula óssea. É indicado quando a doença envolve a medula óssea ou quando a toxicidade hematopoética é fator limitante para um tratamento mais agressivo. Algumas complicações relacionadas ao procedimento são fatores importantes para aumentar a morbi-mortalidade. A infecção tem sido considerada a causa mais frequente de morte em pacientes submetidos ao transplante alogênico e a segunda no autólogo. O presente estudo teve como objetivo analisar o perfil das infecções durante o período de internação e os fatores de risco associados entre os pacientes submetidos ao TCTH autólogo do HU da UFJF. Foram analisados retrospectivamente prontuários de 111 pacientes em 115 transplantes no período de 2004 a 2009. A infecção esteve presente em 52,2% dos casos. Sexo, idade, cor, estado nutricional, doença de base, não foram associadas à ocorrência de infecções. Apesar da presença de comorbidades não estar significativamente associado ao surgimento de infecções, todos os pacientes com diabetes mellitus desenvolveram esta complicação, o mesmo ocorrendo nos pacientes com baixo peso. A presença de mucosite foi considerada como fator de associação para a presença de infecção (p=0,018), sendo os pacientes com maiores graus de mucosite, mais acometidos (p=0,013). A presença de complicações pulmonares foi significativa para a ocorrência de infecção (p=0,037). O foco mais comum de infecção foi o relacionado ao cateter venoso central, acometendo 26% da população. O uso do CVC semi-implantado não tunelizado foi associado à maior ocorrência de infecção relacionada ao cateter (p=0,030). O segundo tipo de infecção mais comum foi a candidíase oral (19,1%). As infecções foram predominantemente causadas por bactérias Gram-positivas, contudo as Gram-negativas levaram ao maior número de óbitos. A infecção foi a causa mais frequente de óbitos na população e esteve associada ao aumento do período de internação. Estratégias direcionadas especificamente para o controle das infecções como conhecer a epidemiologia do serviço, treinamento constante da equipe e o desenvolvimento de novos trabalhos, podem levar a uma diminuição da morbi-mortalidade relacionada ao tratamento. Palavras-chaves: Transplante de células-tronco hematopoét, infecção, controle de infecções, fatores de risco

TL- 040

Infecções relacionadas ao cateter venoso central no transplante autólogo de medula óssea do HU/UFJF

Autor(es): Kelli Borges dos Santos, Rosangela Alves da Silva, Valesca Nunes dos Reis, Angelo Atalla, Angélica Mônica Andrade, Lilian Candia de Oliveira, Marciele Moreira de Almeida, Tatiane Almeida de Oliveira

Instituição(ões): 1. UFJF, Universidade Federal de Juiz de Fora, Rua Catulo Breviglieri, s/n, Morro da Glória, Juiz de Fora Resumo: Introdução: O Cateter Venoso central (CVC) tem sido amplamente utilizado tanto em oncologia quanto para diversas terapias. A incorporação deste procedimento deveu-se à necessidade de infundir, em alguns pacientes, grandes quantidades de líquidos, num curto espaço de tempo. Atualmente seu uso é amplo. No Transplante de células-tronco hematopoéticas sua utilização é fundamental para o sucesso terapêutico, visto que, pelo CVC o paciente recebe a quimioterapia e as células-tronco hematopoéticas, realiza exames, entre outros. Embora a relação risco/benefício seja, em geral, satisfatória, várias são as complicações relativas ao seu uso. Entre estas, a infecção tem grande destaque devido a sua gravidade e o aumento dos custos relativos ao tratamento. Objetivo e Método: O presente estudo teve a intenção de analisar a ocorrência de infecção relacionada ao cateter e possíveis fatores associados, como: a cobertura usada para curativo, complicações relacionadas a implantação do cateter e durante o período de internação. O estudo foi realizado entre os pacientes submetidos ao transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas no HU da UFJF. Foram analisados retrospectivamente os prontuários de 68 pacientes. Resultados: Um total de 32 pacientes (49,2%) desenvolveu infecção no período de internação. Entre eles, 14 apresentaram infecção relacionada ao cateter. Dentre as complicações relacionadas à implantação do cateter a ocorrência de múltiplas punções foi a principal em 12 pacientes. Entre as complicações que mais acometeram os pacientes foi o sangramento em 44,1%. A presença de secreção no sítio de inserção foi significativa para a ocorrência de infecção relacionada ao cateter, enquanto que a presença de sangramento foi significativo para a colonização do cateter (p=0,008). O uso dos diferentes tipos de cobertura não influenciou na ocorrência de infecção. Considerações: A infecção relacionada ao cateter foi considerada em nosso estudo como o principal foco de infecção. O CVC pode se tornar grandes vilões durante o tratamento nestes pacientes e são considerados responsáveis pelo aumento das infecções. Medidas de prevenção podem ser adotadas para minimizar os riscos de infecções relacionadas aos cateteres como cautela no momento da inserção,

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utilização de técnica asséptica para manipulação e inserção dos mesmos; uma equipe treinada e qualificada para inserção e manutenção do cateter; troca dos sistemas de infusão rotineiramente e estabelecer protocolos de manipulação. Palavras-chaves: Cateter venoso central, infecção, fatores de risco, Transplante de células-tronco hematopoét

TL- 041

Experiência do serviço de TCPH - Aparentado do Hospital Amaral Carvalho na incompatibilidade ABO

Autor(es): Fernanda de Souza Meireles, Mair Pedro de Souza, Vergilio Antonio Rensi Colturato, Maria Tereza Goes Peixoto Rehder, Daniela Ometto da Matta, Milene Abdo Lacerda Hosth Matedi, Juliana Oliveira Vieira, Marcus Vinicius Franzin Bizzarro, Marcos Augusto Mauad

Instituição(ões): 1. HAC, Hospital Amaral Carvalho, Rua Dona Silveria, 150 - Jaú-SP Resumo: A incompatibilidade ABO entre o doador e o receptor é um fator de queda na sobrevida dos pacientes submetidos a TCPH. Os autores analisaram retrospectivamente 709 TCPH aparentado realizados na instituição de agosto de 1996 a abril de 2010, dos quais 697 tiveram dados suficientes para participar do estudo. Destes, 212(30%) apresentaram incompatibilidade ABO(44% maior, 46% menor e 10% bidirecional). Como fonte de células tronco; na incompatibilidade maior:38% medula óssea(MO) e 62%, células tronco periféricas(CTP);na menor:52% MO e 48% CTP; e na bidirecional:54% MO e 46% CTP. As medianas de células colhidas(CC), infundidas(CI) e Indice de Perda(IP) na incompatibilidade ABO foram: No Isogrupo o CC e o CI foi o mesmo: CTP: 5,2x106 e MO: 2,7x108, IP: 0%. Na Maior: CTP: CC e CI:4,9x106, IP:0%; MO: CC:2,8x108, CI:2,4x108 e IP: 14,2%. Na Menor: CTP: CC e CI:5,7x106, IP:0%, MO: CC:3,15x108, CI:3,0x108 e IP:4,7%. Na bidirecional: CTP: CC e CI:9,3x106, IP:0%, MO:CC:3,6x108, CI:2,4x108 e IP:33,3%. Na obtenção de CTP a máquina utilizada foi a Baxter CS3000, que coleta um volume final de 50ml, com hematócrito final de 10%, sendo opção do centro a não manipulação deste produto. Após a análise de sobrevida global(mediana:49,2 meses) observamos que não houve diferença significativa entre: isogrupo e o grupo com incompatibilidade ABO(51% e 54% de sobrevida respectivamente; p:0,184); em relação ao tipo de incompatibilidade (isogrupo:51%, maior:60%; menor:51%; bidirecional:49%, p:0,292); em relação MO (Isogrupo:68%, maior:61%, menor:69%, bidirecional:42%, p:0,119); e em relação ao tipo de fonte nos diferentes tipos de incompatibilidade (maior: CTP:57% e MO:61%, p:0,482; menor: CTP:43% e MO:58%, p:0,499; bidirecional: CTP:60% e MO:42, p:0,175). Já em relação à fonte CTP observou-se diferença estatística entre o isogrupo e os grupos de incompatibilidade ABO, porém esta não influenciou de forma negativa na sobrevida,(Isogrupo:34%, maior:57%, menor:44%, bidirecional:60%, p:0,009). O fato do isogrupo que teve como fonte CTP ter menor sobrevida, explica-se pela presença deste grupo de pacientes ter patologias mais avançadas. Os autores observaram, dentro das limitações do trabalho, que a incompatibilidade ABO não teve influência na sobrevida global dos pacientes submetidos a TCPH aparentado e acreditam que este fato deveu-se ao número de células infundidas, ser conseqüente ao número adequado de células coletadas e aceitável perda na manipulação. Palavras-chaves: TCPH Aparentado, Incompatibilidade ABO, Sobrevida

TL- 042

MONITORAMENTO DE QUIMERISMO APÓS TRANSPLANTE ALOGÊNICO DE CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOIÉTICAS POR PCR EM TEMPO REAL.

Autor(es): Juliana Capannacci1, Paula Oliveira Montandon Hokama1,2, Bruno Bertolucci1, Marcos Augusto Mauad1, Mair Pedro de Souza1, Vergilio Antonio Rensi Colturato1

Instituição(ões): 1. HAC, Serviço de TMO - Fundação Dr. Amaral Carvalho, Rua Dona Silvéria, 150 - Jaú-SP 2. UNESP, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, Distrito de Rubião Junior

Resumo:

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As maiores causas da falha do tratamento de malignidades hematológicas por transplante alogênico de células progenitoras hematopoiéticas (TCPH-alo) são as complicações que podem ser geradas após o transplante, como a doença do enxerto contra o hospedeiro (GVHD), a rejeição do enxerto pelo hospedeiro ou mesmo a recaída da doença. Nesse contexto, o estudo de quimerismo de células provenientes de amostra do doador e de células pré-TCPH do hospedeiro é utilizado como uma simples demonstração da existência de uma mistura de células. Até o momento, o PCR-STR é o gold-standard para a análise quantitativa do quimerismo, contudo a sensibilidade deste método é relativamente baixa devido à competitividade no PCR. Assim, o estudo do quimerismo por método de quantificação por PCR em tempo real foi padronizado em nosso serviço, baseado em estudos de Alizadeh et al (2002), como uma alternativa ao PCR-STR. Por meio desse método, 19 marcadores genéticos específicos pertencentes a 11 locis e localizados em 9 cromossomos foram utilizados para diferenciação entre hospedeiro e doador. O gene GAPDH foi utilizado como referência ativa. Utilizou-se o sistema de hidrólise TaqMan®Probes para a quantificação dos alelos informativos. São preparadas seis reações para cada marcador, distribuídas em duplicatas para cada uma das três amostras (receptor, doador e pós-TCPH do receptor) numa placa de PCR. A quantidade efetiva de DNA amplificado em cada amostra foi mensurada por meio de um sistema de referência ativo gerado pelo gene GAPDH e um calibrador que dependendo do marcador pode ser a amostra pré do receptor ou a amostra do doador. A eficiência da reação é obtida por meio de curvas de diluição produzidas para cada marcador. Desde maio de 2009, 40 pacientes foram monitorados utilizando essa metodologia e desses 12 tiveram mais de uma amostra pós-TCPH analisada. Do total dos pacientes analisados, apenas dois (5%) não puderam ser analisados por não apresentarem alelos informativos entre as amostras pré e doador (aparentado). Esse método aparece como uma valiosa ferramenta diagnóstica para monitoramento do transplante em mais de 90% dos pares doador/receptor, mesmo em transplantes entre doador e receptor do mesmo sexo e aparentado, com reprodutibilidade e sensibilidade de 1:1000 células. Análises quantitativas seriadas do quimerismo hematopoiético em pacientes pós-TCPH-alo ajuda a identificar aqueles com risco alto de recaída e beneficia o paciente com estratégias precoces de imunomodulação terapêutica como, por exemplo, a infusão de linfócitos do doador. Palavras-chaves: Transplante Alogênico, Quimerismo, PCR em tempo real

TL- 043

ANÁLISE DO REPERTORIO KIR DO DOADOR E LIGANTES HLA-C EM PACIENTES SEM DOADOR HLA IDÊNTICO.

Autor(es): JOANDREI DOS SANTOS SILVA, JOSÉ LUIZ MARQUES BILÁ JUNIOR, RAFAEL GUSTAVO VARGAS, DANIELE KAZUE SUGIOKA, MARIA DA GRAÇA BICALHO

Instituição(ões): 1. UFPR, LABORATÓRIO DE IMUNOGENÉTICA E HISTOCOMPATIBILIDADE - LIGH, DEPARTAMENTO DE GENÉTICA, SETOR DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, CENTRO POLITECNICO, UFPR

Resumo: Introdução: O conhecimento da biologia das células NK abriu novas perspectivas para aqueles pacientes sem doador HLA idêntico sinalizando com o benefício do efeito do enxerto versus leucemia (GVL), identificando doadores capazes de gerar células NK alorreativas com base na existência de mismatches KIR-HLA I. O doador HLA não-idêntico que apresentasse células NK mais alorreativas e um repertório KIR mais agressivo, por exemplo, com maior número de KIR ativadores em relação aos inibidores, seria hipoteticamente o doador desejado para tratar leucemias de alto risco. Materiais e Métodos: Dentre dezessete famílias, totalizando 105 indivíduos, foram investigados 9 pacientes LMA e 8 LLA, não apresentando irmãos HLA idênticos de acordo com os critérios de compatibilidade HLA-A, -B, -C, -DR e –DQ. Selecionou-se 3 famílias com provável efeito GVD através da analise das interações KIR-ligante. A genotipagem HLA e KIR foi realizada pela metodologia PCR-SSO reversa (PCR-SSO kits, One Lambda®) e Fluorimetria de fluxo (Luminex®). Caracterizou-se também o perfil KIR inibidor (KIR2DL1-3) e KIR ativador (KIR2DS1-4) dos prováveis doadores. Analisou-se o perfil HLA da dupla doador/paciente cujo grau de compatibilidade podia variar entre (0-10) match/mismatches. Resultados: Família 19/08: Paciente LMA, mãe selecionada por apresentar um repertório KIR com suposto efeito GVL (3 KIR ativadores e 1 um KIR inibidor); no entanto apresenta apenas 1 KIR inibidor para interação com ligantes do Grupo C1. Paciente apresentando ligantes para os KIR ativadores do Grupo C1 (HLA-C*07) e C2(HLA-C*06). Família 08/08:Paciente LLA, efeito GVA presente tanto no repertório KIR paterno quanto materno (3 KIR ativadores e 1 KIR inibidor), ligantes para KIR ativadores dos grupos C1 (HLA-C*08) e C2 (HLA-C*04) presentes no paciente. O KIR inibidor interage apenas com

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ligantes do Grupo C2. Família 26/07: Paciente LLA (HLA-C*04/C*04), alotipo do grupo C2; repertório KIR com dois ativadores e um inibidor cujo ligante pertence ao grupo C1; no entanto a presença de KIR2DS4 e ligante HLA-C*04 no paciente, configura um cenário favorável ao efeito GVD. Analisar o impacto do repertório KIR do doador e ligantes HLA de classe I do paciente é um grande desafio, pois a perspectiva de se explorar beneficio do efeito enxerto versus leucemia através da seleção de um doador com repertório KIR mais agressivo não anula a barreira biológica da imunogenicidade HLA. Palavras-chaves: HLA-C, KIR, LEUCEMIA

TL- 044

ESTADO NUTRICIONAL, ALERGIAS E ERROS ALIMENTARES EM LACTENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS

Autor(es): RUBIA MARA JUNG, DENISE JOHNSSON CAMPOS, ANGÉLICA KOERICH, ANA MANUELA ORDONEZ, REGINA MARIA VILELA, CARMEM M.S. BONFIM

Instituição(ões): 1. HC-UFPR, HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UFPR, Av. General Carneiro, 181 - CEP 80.060-900 - Curitiba - PR

Resumo: Introdução: A desnutrição em crianças submetidas ao Transplante de Células Tronco Hematopoéticas (TCTH) é bastante comum e fatores como alergias e hábitos alimentares inadequados podem ser agravantes para a adequada manutenção do estado nutricional. Objetivo: Avaliar os hábitos alimentares, verificando os erros alimentares mais comuns; evidenciar os principais alimentos alergênicos e o estado nutricional de lactentes submetidos ao TCTH alogênico. Metodologia: O estudo foi observacional e retrospectivo. Os dados de 46 pacientes menores de dois anos de idade, transplantados no período de dezembro de 1990 a novembro de 2007 num hospital universitário, foram coletados dos prontuários médicos e das fichas de acompanhamento nutricional (antropometria, inquérito dietético, história de alergias alimentares). A avaliação dos hábitos alimentares foi realizada conforme recomendações do Ministério da Saúde para aleitamento materno e alimentação complementar (10 passos para alimentação saudável da criança menor de 2 anos). Resultados: A idade média foi de 13,67 ± 6,2 meses, 16 crianças (34,8%) foram amamentadas exclusivamente com leite materno até os 6 meses e as demais 37 (65,2%) utilizaram outras alternativas alimentares. Analisando a adequação de consumo alimentar, 39 (95,1%) dos 41 lactentes que haviam introduzido alimentação complementar, apresentaram um ou mais erros alimentares segundo os critérios avaliados. O grupo alimentar com melhor adequação de consumo foi o dos cereais, com 80,5% de consumo. As leguminosas foram as menos consumidas (48,8%) e o não seguimento de uma alimentação variada, foi tido como a principal inadequação dietética, já que apenas 19,5% dos lactentes aderiram a essa recomendação, 12 (29,2%) dos lactentes apresentavam história de alergia alimentar, sendo o principal alimento alergênico referido o leite de vaca (14,6%), e a principal intolerância foi a lactose (12,2%). Treze (28,3%) dos pacientes apresentavam algum grau de desnutrição no momento da internação hospitalar segundo o indicador peso para idade. A alta incidência de baixa estatura para a idade (47,8%) sugere desnutrição pregressa. A média de perda de peso na internação foi de 0,595Kg (6,7%). Conclusão: A grande maioria dos lactentes apresentava hábitos alimentares inadequados para a faixa etária, sendo o não seguimento de uma alimentação variada a principal inadequação alimentar e 29% apresentavam história de alergia alimentar. A desnutrição foi notória e apresentou-se em grau importante na população estudada. O atendimento nutricional rotineiro, incluíndo orientação dietética e avaliação nutricional é fundamental para a melhora do prognóstico nutricional e clínico. Palavras-chaves: ESTADO NUTRICIONAL, HÁBITOS ALIMENTARES, LACTENTES, TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA, ALERGIAS ALIMENTARES

TL- 045

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA DIETA COM BAIXO TEOR DE MICROORGANISMOS Autor(es): ANGELICA KOERICH, DENISE JOHNSSON CAMPOS, JOSE ZANIS NETO Instituição(ões): 1. HC-UFPR, HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UFPR, Av. General Carneiro, 181 - CEP 80.060-900 - Curitiba

- PR

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Resumo: Introdução: O paciente imunodeprimido necessita de cuidados relacionados à qualidade sanitária dos alimentos para diminuir o risco de infecções. Nesse caso é recomendada a dieta com baixo teor de microorganismos, entretanto são necessários mais estudos sobre a segurança microbiológica dos alimentos que a compõem. Metodologia: A pesquisa foi realizada em uma unidade de alimentação e nutrição (UAN) de um hospital público que prepara exclusivamente dieta com baixo teor de microorganismos, ou dieta de alimentos cozidos, para pacientes submetidos a transplante de células tronco hematopoéticas. Essa UAN conta com uma equipe treinada e realiza análises microbiológicas periódicas de alimentos e swab de utensílios como parte do controle de qualidade. Foram reunidos os resultados das análises realizadas entre 02/2006 a 05/2010 para verificar quais alimentos e utensílios ofereciam risco de contaminação. As análises foram avaliadas conforme a resolução da ANVISA RDC 12/2001 que regulamenta padrões microbiológicos de alimentos para pacientes imunodeprimidos. Resultados: Das 141 análises de alimentos realizadas no período, 90% (n=127) estavam de acordo com os padrões legais. Os alimentos que apresentaram crescimento microbiológico acima do recomendado foram: bolacha simples doce e salgada, pão com doce em pasta, vitamina de frutas, leite com achocolatado, sorvete, chá de camomila, queijo parmesão ralado, polenta e arroz. As prováveis causas desses crescimentos são: uso da batedeira e liquidificador no preparo de sorvete e vitamina; matéria-prima de baixa qualidade nos casos da bolacha, achocolatado em pó, queijo ralado, doce em pasta, fubá e arroz; e prazo de validade ultrapassado no caso do chá de camomila. Em relação ao swab dos utensílios utilizados no preparo dos alimentos, das 91 análises realizadas apenas 3% (n=3) apresentaram crescimento microbiológico acima do recomendado, todas no liquidificador. Conclusão: A maioria das análises estava de acordo com os padrões legais. Os alimentos de risco nessa amostra foram bolacha simples, doce em pasta, vitamina de frutas, achocolatado em pó, sorvete, chá de camomila, queijo parmesão ralado, fubá e arroz. Os utensílios de risco foram liquidificador e batedeira. A orientação da dieta com baixo teor de microorganismos deve abordar aspectos como qualidade da matéria-prima, validade das preparações e higienização de utensílios para diminuir o risco de infecção de origem alimentar. Palavras-chaves: ANÁLISE MICROBIOLÓGICA, DIETA COM BAIXO TEOR DE MICOORGANISMOS, TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA

TL- 046

Estudo retrospectivo de 178 pacientes portadores de leucemia mielóide crônica submetidos a transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas

Autor(es): Gustavo Machado Teixeira, Antonio Vaz de Macedo, Simone Silva Magalhães, Ana Luiza Roscoe Santoro, Guilherme Campos Muzzi, Ana Karine Vieira, Rosana Morais Lamego, Nelma Cristina Diogo Clementino, Fernanda Maia Lodi, Henrique Bittencourt

Instituição(ões): 1. HC/UFMG, Hospital das Clínicas/Universidade Federal de Minas Gerais, Av Prof Alfredo Balena, 110/9o Leste, Sta Efigênia, 30130100, Belo Horizonte/MG

Resumo: Introdução e objetivos: O transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) deixou de ser opção de primeira linha para o tratamento da leucemia mielóide crônica (LMC) com o advento dos inibidores de tirosina-quinase (TQ). No entanto, há ainda nos diversos centros brasileiros um grande número de pacientes em acompanhamento pós-transplante. Este estudo objetiva analisar a sobrevida em longo prazo e a taxa e o padrão de recidiva destes pacientes. Material e métodos: Análise retrospectiva de todos os pacientes com LMC submetidos a TCTH aparentado ou não-aparentado no Hospital das Clínicas da UFMG entre julho/1995 e abril/2010. Desfechos analisados: sobrevida global (SG), sobrevida livre de eventos (SLE), mortalidade relacionada ao transplante (MRT), e recidiva. Resultados: Um total de 178 pacientes foi estudado, sendo 103 (57%) do sexo masculino. A mediana de idade ao transplante foi de 33 (8-58) anos, e 138 pacientes estavam em primeira fase crônica (FC1). A mediana entre o diagnóstico e o transplante foi de 17 (2-130) meses; 172 pacientes receberam um transplante alogênico aparentado e 97 receberam células-tronco periféricas (CTP). Um total de 161 (90,4%) pacientes apresentou recuperação de neutrófilos (>0,5x109/L). A incidência de doença do enxerto-versus-hospedeiro (DECH) aguda grau II-IV e crônica foi de 41,0% e 61,4%, respectivamente. Recidiva pós-transplante ocorreu em 43 (24% - incidência cumulativa de 42,5%) pacientes, sendo 29 em FC, 4 em fase acelerada (FA) e 10 em crise blástica (CB). A mediana entre o transplante e a recidiva foi de 519 dias. A SG e a SLE em 10 anos foi de 56,6% e 35,8%, respectivamente. A presença de DECH crônica correlacionou-se com melhor SG (76,9% vs. 20,8%; p

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Palavras-chaves: leucemia mielóide crônica, recidiva, sobrevida, transplante alogênico de medula óssea

TL- 047

Estudo Retrospectivo de 74 Pacientes com Anemia Aplástica Grave Politransfundidos submetidos a Transplante Alogênico de Células-Tronco Hematopoiéticas com Regimes de

Condicionamento Alternativos Autor(es): Fernanda Maia Lodi, Antonio Vaz de Macedo, Gustavo Machado Teixeira, Henrique Bittencourt Instituição(ões): 1. HC/UFMG, Hospital das Clínicas/Universidade Federal de Minas Gerais, Av Prof Alfredo Balena,

110/9o Leste, Sta Efigênia, 30130100, Belo Horizonte/MG Resumo: Introdução: O transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) tem sido o tratamento de escolha para pacientes jovens com anemia aplástica grave (AAG). Devido ao alto custo da globulina antitimocítica (ATG), seu uso é limitado em nosso meio. Bussulfan e ciclofosfamida (BuCY) foram usados previamente em nossa instituição com sobrevida global (SG) em 2 anos de 66% e rejeição de 30%. Para diminuir a taxa de rejeição, Bu foi substituído por fludarabina (FluCY) e, mais recentemente, por alemtuzumab (CampathCY). Material e métodos: Estudo retrospectivo de 74 pacientes submetidos a TCTH alogênico aparentado para AAG, politransfundidos (mais de 12 hemotransfusões), que usaram um dos regimes de condicionamento (BuCY, FluCY ou CampathCY), no período de 07/1995 a 03/2010. Pacientes que receberam CY isolada (n=25) ou associada a ATG (n=02) foram excluídos da análise. Os desfechos analisados foram: SG, incidência de doença do enxerto versus hospedeiro (DECH) aguda e crônica, recuperação de neutrófilos e taxa de rejeição (TRej). Resultados: BuCY, FluCY e CampathCY foram utilizados em 43, 14 e 17 pacientes, respectivamente. A idade mediana foi de 23 (5-57) anos, e 64 (86,4%) pacientes receberam medula óssea como fonte de células. A contagem mediana de células nucleadas foi de 3,3 (1,1-6,5)x108/kg. Ciclosporina e metotrexato foram usados como profilaxia para DECH em 62 pacientes. A taxa de recuperação de neutrofilos foi de 90,5%, com tempo mediano de recuperação de 20(12-32) dias. A ocorrência de DECH aguda (grau II-IV)/DECH crônica nos grupos BuCY, FluCY e CampathCY foi de 29,3%/16,2%, 46,1%/37,5% e 11,7%/zero, respectivamente. A TRej foi de 7/41 (17,0%), 2/11(18,1%) e 3/15 (20,0%) nos grupos BuCY, FluCY e CampathCY, respectivamente. A SG estimada em 3 anos foi de 63,4%, 53,6% e 76,9%, respectivamente nos grupos BuCY, FluCY e CampathCY (P=0,19). Discussão e conclusão: O uso do regime de condicionamento CampathCY é uma opção válida para transplante alogênico em pacientes com AAG, com baixas taxas de DECH aguda e crônica, além de reduzir o risco de complicações de longo prazo pelo uso de apenas um agente alquilante. No entanto, um seguimento mais longo é necessário para se avaliar adequadamente a incidência de rejeição tardia e a taxa de sobrevida global. Palavras-chaves: anemia aplástica grave, politransfusão, regime de condicionamento, transplante alogênico aparentado

TL- 048

PROBABILIDADE DE SE ENCONTRAR DOADORES HLA-COMPATÍVEIS EM FUNÇÃO DA COMPOSIÇÃO ÉTNICA DA POPULAÇÃO PARANAENSE

Autor(es): Ubirajara Pires Alberton, Maria da Graça Bicalho, Waldir Antonio Silva, Eni Picchione Bompeixe, João Carlos Marques Magalhães

Instituição(ões): 1. UFPR, Universidade Federal do Paraná, Centro Politécnico, Jardim das Américas, Caixa Postal 19031, 81531-900, Curitiba

Resumo: O conhecimento dos dados dos cadastros de doadores voluntários de células-tronco hematopoiéticas é importante para se estimar a probabilidade de encontrar doadores compatíveis não relacionados aos possíveis receptores. Tal probabilidade depende de dois fatores: (1) número de registros; (2) a representatividade do banco de dados. Com base na distribuição de freqüências haplotípicas dos principais genes envolvidos, HLA-A, HLA-B e HLA-DRB1, e utilizando-se de uma rotina

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computacional desenvolvida por membros da nossa equipe, foram traçadas curvas de probabilidade (P) em função do tamanho do banco de dados projetado (N), tomando-se como população doadora e população receptora amostras dos dados do Sistema LIGH, conforme seu grupo étnico. A origem étnica foi obtida por auto-declaração, conforme a classificação do IBGE, em brancos, pretos, pardos, amarelos, indígenas, e não informado. As tipagens HLA foram obtidas pela técnica PCR-r SSOP, ao nível de grupos alélicos. Para cada etnia, utilizou-se uma amostra aleatória de 200 indivíduos para representar a população receptora. Para representar a população de doadores, foi usada uma amostra de 1000 indivíduos tomados ao acaso no conjunto dos registros. Destes dados foram obtidas as freqüências haplotípicas das amostras e, posteriormente, as freqüências fenotípicas das populações simuladas. Em cada caso, a curva de probabilidade obtida atingiu o platô, a partir do qual o aumento de N pouco contribui para o aumento de P. Para a amostra total o platô foi atingido quando N estava em torno de 200 milhões, com P = 95,6%. Para cada etnia, as probabilidades atingidas neste valor de N foram: branco: 96,8%; preto: 91,9%; pardos: 90,6%; amarelos: 82,3%; indígenas: 74,3 %; não informado: 95,8%. Como se pode notar, receptores de algumas etnias (p. ex. brancos) têm maiores probabilidades de encontrar doadores que os de outras (p. ex. amarelos). É importante ressaltar que estas projeções refletem a composição genética dos registros do sistema LIGH, obtidos na população paranaense que é, supostamente, mais homogênea que a população brasileira como um todo. Além disto, os resultados referentes aos que se declararam “indígenas” não são estritamente comparáveis, pois são, provavelmente, miscigenados. Apesar destas restrições, os resultados obtidos até o momento, parecem ser relevantes como auxiliares no planejamento de campanhas de arregimentação de doadores voluntários. Palavras-chaves: histocompatibilidade, imunogenética, HLA, transplantes

TL- 049

FERRAMENTA COMPUTACIONAL PARA O CÁLCULO DE PROBABILIDADES DE COMPATIBILIDADE ENTRE POPULAÇÕES DE DOADORES E RECEPTORES DE MEDULA ÓSSEA

Autor(es): Ubirajara Pires Alberton, Maria da Graça Bicalho, Waldir Antonio da Silva, João Carlos Marques Magalhães

Instituição(ões): 1. UFPR, Universidade Federal do Paraná, Centro Politécnico - Jardim das AméricasCP: 19031 CEP: 81531-900 Curitiba - PR

Resumo: A probabilidade de se encontrar doadores de células-tronco hematopoiéticas, não aparentados aos pacientes em espera de transplante, aumenta com o tamanho do banco de dados de doadores voluntários, dependendo também da composição genética dos registros que, usualmente, incluem os locos HLA-A, HLA-B e HLA-DRB1. Em função do alto grau de desequilíbrio de ligação entre os locos que é observado nas populações, a variação genética é caracterizada pelas freqüências haplotípicas e não apenas pelas freqüências alélicas. Estimativas do tamanho do banco necessário para que determinada probabilidade seja atingida podem ser importantes para o planejamento das estratégias de coleta, ampliação e manutenção de bancos de dados. Com o objetivo de fazer projeções acerca da relação entre o tamanho do banco (N) e esta probabilidade (P), foi desenvolvida e testada uma nova ferramenta computacional. O programa foi escrito na linguagem R, e incorpora algumas funções já desenvolvidas por usuários da linguagem. A abordagem baseia-se na metodologia apresentado por SONNENBERG (Blood, 1989; 74: 2569-2578) e incorpora outras funcionalidades, incluindo estimativas das freqüências haplotípicas a partir de dados fenotípicos, pelo método da maximização de expectativa, permitindo também o uso de outros locos gênicos e comparação de populações distintas conforme critérios estabelecidos pelo usuário. Das freqüências haplotípicas, estimadas pelo sistema ou obtidas de outras fontes, o programa gera populações virtuais de doadores, com N variável, mantendo as características genéticas da amostra. Do mesmo modo, pode usar dados ou simular populações de receptores. Para cada receptor é calculada a freqüência de doadores e ao final é obtida a probabilidade média de compatibilidade (P). A ferramenta permite traçar curvas de probabilidades relacionando-as ao tamanho do registro projetado (P x N). Estas curvas têm um formato sigmóide, isto é, com aumento de N, P cresce lentamente de início, passando a crescer rapidamente na fase intermediária e se estabilizando em um platô na fase final, a partir do qual cresce muito pouco, mesmo com altos valores de N. O programa foi testado com uma amostra de dados do Sistema LIGH. Palavras-chaves: histocompatibilidade, imunognética, HLA, transplantes

TL- 050

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Análise da mobilização de células-tronco hematopoiéticas somente com o uso de GCSF em pacientes com Mieloma Múltiplo no Hospital de Câncer de Barretos

Autor(es): Vanessa Almeida Pádua, Alessandra Degrande Petta, Gilberto Freitas Colli, Iara Zapparoli Gonçalves, Silvio Lemos Gonçalves, Livia Cristina Ferreira de Oliveira, Simone Adorno, Grasiele Maria de Souza, Nixon Ramos da Silva, Rafael Silva Cardoso

Instituição(ões): 1. FPXII, Hospital de Câncer de Barretos, Rua Antenor Duarte Vilela,1331-B.Dr Paulo Prata, CEP 14784-400, Barretos-SP

Resumo: Introdução: O transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas do sangue periférico é uma opção no tratamento primário para Mieloma Múltiplo (MM). Avaliou-se a mobilização de células-tronco hematopoiéticas (CTH) em pacientes com MM, com o uso de GCSF, objetivando o resultado final de CD34+ ≥5x106cél/Kg coletadas. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo de 20 pacientes com MM submetidos a mobilização e coleta de CTH, de junho/2008 a abril/2010. A dose de GCSF foi 11,5 ± 1,8mcg/Kg/dia, com quantificação de células CD34+ no sangue periférico (sp) a partir do 4º e/ou 5º dia. O início da aférese deu-se quando CD34+sp ≥10cél/µl, com exceção de 02 pacientes que necessitaram de uma 2ª mobilização, utilizando o equipamento Cobe–Spectra. Resultados: Todos os 20 pacientes conseguiram células suficientes para o transplante, 12(60%) com CD34+ ≥5x106cél/Kg e 8(40%) com CD34+ ≥2 e Palavras-chaves: Aférese, Sangue Periférico, Transplante Autólogo

TL- 051

Experiência do Hemocentro São Lucas na coleta de células tronco hemopoéticas periféricas e transplante de Medula Óssea autólogo -Estudo Retrospectivo

Autor(es): Rodrigo Santucci, Daniela Freitas Dias, Elíseo Joji Sekiya, Telma Ingrid Borges de Bellis Kuhn, Andresa Forte, Katia Aparecida Almeida

Instituição(ões): 1. HSL, Hemocentro São Lucas, Rua Traipu, 555 Resumo: Introdução: O transplante de células hemopoéticas no tratamento das doenças hematológicas é amplamente utilizado e resulta de mais de um século de pesquisas. A reconstrução da hematopoiese após quimioterapia mielosupressora está correlacionada com o número das células-tronco hemopoéticas CD34+ transfundidas por kilograma de peso do paciente. Estas células podem ser obtidas por punção direta da medula óssea ou mobilizadas da medula para o sangue periférico com fator estimulador de granulócitos (G-CSF) e a coleta realizada por procedimento de aférese. Neste sentido, o Hemocentro São Lucas vem se consolidando na coleta e armazenamento das células tronco hemopoéticas, sendo um dos Centros licenciados pelo Sistema Nacional de Transplantes. b>Objetivo:Relatar a experiência do Hemocentro São Lucas na coleta, armazenamento e no transplante de células tronco hemopoéticas autólogas periféricas provenientes da medula óssea. Material e Métodos: Estudo retrospectivo realizado no período de janeiro de 2007 a abril de 2010. Os pacientes foram submetidos a coleta de células tronco hemopoéticas periféricas atendidos, pelo Hemocentro São Lucas no Hospital Santa Paula em São Paulo. Os pacientes eram 54% do sexo masculino e 46% feminino, com intervalo de idade entre 15 e 69 anos. Os diagnósticos eram 21% portadores de linfomas Hodgkin, 46% não Hodgkin, 29% mieloma múltiplo e 4% amiloidose. Tratamento prévio com quimioterapia foi aplicado em 88% dos pacientes. Os pacientes foram submetidos à mobilização com G-CSF associados ou não à quimioterapia, respectivamente 83% e 17%, monitorizados pelo número de CD34, e seguidos do procedimento de aférese (CobeSpectra – Gambro). Resultado: 26 pacientes foram submetidos à mobilização e coleta de células tronco hemopoéticas, 24 por procedimento de aférese e 2 por punção pela crista iliaca em centro cirúrgico. Destes, 19 pacientes foram submetidos ao transplante e 8 não transplantaram. Entre os pacientes não transplantados, 3 foram a óbito antes do procedimento, 3 não atingiram número adequado de células e 2 foram transferidos de serviço. As quantidades médias de células CD34+ infundidas foram 22x106/kg; 3±1x106/kg; 3,5±0,2x106/kg; 5±2x106/kg respectivamente para os pacientes portadores de amiloidose, linfomas não Hodgkin, linfoma Hodgkin e mieloma múltiplo. Conclusão: Os resultados obtidos com o levantamento realizado permitem caracterizar o conjunto de pacientes atendidos e os parâmetros medidos são compatíveis com resultados publicados em bibliografia consultada. Novos estudos de correlação entre as variáveis

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observadas estão em desenvolvimento a partir deste estudo inicial. Palavras-chaves: Hemocentro São Lucas, células tronco hemopoéticas, transplante autólogo, medula óssea

TL- 052

Participação voluntária dos profissionais de enfermagem em campanhas de cadastramento de doadores de medula óssea como estratégia para ampliar o número de doadores

Autor(es): Cícero Augusto da Silva Correa, Alessandra da Silva Maldonado, Naima Khatib, Greicielli dos Santos Fermiano, Juliana Bueno da Silva, Mariana Fabro Mengatto, Daniele Muriel de Oliveira, Alessandra Degrande Petta, Vanessa Almeida Pádua, Gilberto Freitas Colli

Instituição(ões): 1. FPXII, Hospital de Cancêr de Barretos, Rua Antenor Duarte Vilela,1331-B. Dr Paulo Prata CEP 14784-400 Barretos-SP

Resumo: Introdução: O setor de Captação de Doadores do Hospital de Câncer de Barretos em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Ministério da Saúde atua no cadastramento de possíveis Doadores de Medula Óssea (MO), visitando cidades e estados, estimulando pessoas e o poder público; planejando, organizando, divulgando e possibilitando campanhas em qualquer organização da sociedade, visando à conscientização sobre a importância dos doadores no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Para alcançar expressiva participação da população, utilizam-se algumas estratégias, como o aumento do número de pontos de coleta nos municípios onde são realizadas as campanhas, com o envolvimento de profissionais das Secretarias de Saúde e estudantes de escolas de enfermagem. Material e Métodos: Apresentar a experiência do trabalho dos enfermeiros do setor de Captação de Doadores do Hospital de Câncer de Barretos na sensibilização e orientação das Escolas de Enfermagem e Secretarias de Saúde para ampliação dos pontos de coleta e consequentemente aumento do número de doadores nas Campanhas de Cadastramento de MO. São desenvolvidas ações didáticas que buscam o conhecimento sobre o assunto, além de realizar um treinamento teórico/prático sobre punção de coleta de sangue a vácuo. As ferramentas utilizadas para sensibilização são palestras informativas sobre Transplante de Medula Óssea (TMO), apresentação de vídeos com depoimentos de pacientes que procuram um doador e pacientes que já realizaram o transplante. Resultados: No período de 2005 a 2009 foram realizadas 154 campanhas, envolvendo a participação de 112 secretarias de saúde e 42 escolas de enfermagem de nível técnico e superior. Essas parcerias resultaram na integração voluntária de 2.772 profissionais de enfermagem vinculados aos municípios e 2.410 estudantes, em campanhas realizadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Rondônia. Conclusão: Os bons resultados e as estratégias utilizadas evidenciam que a sensibilização e a informação despertam o interesse dos alunos e profissionais de saúde sobre o assunto e o trabalho voluntário, proporcionando experiências nas práticas profissionais, assim como, a humanização da sociedade em reconhecer as necessidades dos pacientes que necessitam de TMO. Palavras-chaves: Captação, Campanhas, Pontos de Coleta

TL- 053

Aspergilose Invasiva em Pacientes submetidos ao Transplante de Células Tronco Hematopoiéticas (TCTH).

Autor(es): Fernanda da Silva Trindade Matos, Isadora Górski Moretto, Renata Nencetti, Cecilia Ferreira da Silva Borges

Instituição(ões): 1. INCA, Instituto Nacional de Câncer- Coordenação de Educação, Praça da Cruz Vermelha nº23 Centro Rio de Janeiro

Resumo: Introdução: As infecções em pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoéticas(TCTH), são comuns resultantes de profunda mielo e imunodepressão,desencadeadas pelo regime de condicionamento. As complicações

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pulmonares constituem-se na maior causa de morbi-mortalidade no hospedeiro imunocomprometido, devido à deficiência nos mecanismos básicos de defesa. Dentre as infecções fúngicas,a aspergilose é a segunda mais comum nos diferentes tipos de transplantes, sendo a aspergilose invasiva a forma clínica que se destaca como principal causa de óbito nesses pacientes. Esta infecção é adquirida, através da inalação de esporos de fungos presentes no ambiente, com abundante formação de hifas e invasão vascular acompanhada de necrose, infarto tecidual e hemorragia. Objetivos: Identificar os casos de infecção por Aspergillus em pacientes submetidos ao TCTH durante um determinado período. Descrever as medidas de precaução padrão e específicas para prevenção e controle destas infecções. Apontar os cuidados específicos que a equipe de enfermagem deverá desenvolver no atendimento destes pacientes. Metodologia: Estudo descritivo, retrospectivo, com abordagenm quantitativa, onde foram estudados todos os pacientes submetidos ao TCTH, no primeiro trimestre de 2010. Resultados: Foram realizados 23 TCTH destes,07 pacientes(30,43%) apresentaram diagnóstico de infecção por Aspergillus sendo estes, o objeto e análise do estudo. Esta elevada incidência de Aspergilose, indica a necessidade de instituir e/ou manter medidas de precauções padrão e específicas em unidades de transplante de medula óssea. Destaca-se: quarto privativo, instalação de filtros absolutos de alta eficiência(HEPA), controle dos visitantes, controle de acesso nos locais em obras, consertos e limpezas de vazamentos por água devido a proliferaçõa dos fungos, além de outras condutas e medidas.Considerações finais: Cabe ao enfermeiro exercer o papel de gerência de uma unidade de saúde, garantindo que normas de precauções específicas referentes as infecções, sejam preconizadas, normatizadas e estabelecidas nas Unidades de Transplante por toda a equipe multidisciplinar contribuindo assim, para a profilaxia, tratamento e controle das infecções fúngicas no atendimento dos pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoéticas. Palavras-chaves: Infecção hospitalar, Hospedeiro Imunocomprometido, Aspergilose

TL- 054

Infusão de células tronco hematopoiéticas de cordão umbilical e placentário:Complicações clínicas X Ações de enfermagem

Autor(es): Fernanda do Carmo Reis, Cecilia Ferreira da Silva Borges, Wilza Andrade Felippe Instituição(ões): 1. INCA, Instituto Nacional de Câncer, Praça da Cruz Vermelha nº 23 Centro Rio de Janeiro Resumo: O presente estudo pretende analisar as principais complicações clínicas ocorridas em crianças durante a infusão de células tronco hematopoiéticas de cordão umbilical e contribuir para melhorar a qualidade da assistência de enfermagem durante este procedimento. Tem como objetivo geral: analisar a frequência das complicações clínicas ocorridas em crianças durante a infusão células tronco hematopoiéticas de cordão umbilical e placentário e como objetivos específicos: descrever as principais manifestações clínicas apresentadas pelas crianças durante o transplante de células de cordão umbilical e placentário; medir a frequência de cada complicação e compará-la com o perfil clínico e demográfico das crianças submetidas à infusão de células tronco hematopoiéticas de cordão umbilical e placentário e elaborar um plano de ações de enfermagem direcionado às complicações clínicas ocorridas em crianças durante a infusão de células tronco de cordão umbilical e placentário. Trata-se de um estudo descritivo do tipo transversal, das complicações clínicas observadas durante o transplante de células tronco hematopoéticas do sangue de cordão umbilical e placentário em crianças,em uma instituição pública federal, localizada no município do Rio de janeiro. A população do estudo será composta por todas as crianças submetidas ao transplante de células do sangue de cordão umbilical e placentário, no intervalo de um ano. Os dados serão coletados pelo próprio pesquisador através da observação do procedimento e de um formulário correlacionando possíveis complicações clínicas ao tempo de infusão no período trans e pós-imediato do transplante de sangue do cordão umbilical e placentário. Será efetuada uma análise descritiva das características das crianças e das complicações apresentadas durante o procedimento e um plano com as ações de enfermagem específicas. Palavras-chaves: Sangue de cordão umbilical e placentário, Células tronco hematopoiéticas, Enfermagem

TL- 055

Implantação do Serviço de Fisioterapia em Unidade de Transplante de Células Tronco Hematopoiéticas(TCTH).

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Autor(es): Mariana Ferrari3, Gabriela Aparecida Ferreira3, Lígia Carla Rabello3, Maria Cristina Martins de Almeida Macedo1,2,3, Roberto Luiz da Silva1,2,3

Instituição(ões): 1. Bio Sana's, Bio Sana's, Rua Vergueiro 2949 cj 71. CEP 04101-300 Vila Mariana - São Paulo - SP 2. HSCP, Hospital São Camilo Pompéia, Avenida Pompéia, 1178 CEP 05022-001 Pompéia - São Paulo-SP 3. IBCC, Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, Avenida Alcântara Machado 2576 CEP 03102-002 São Paulo-SP

Resumo: A implantação da fisioterapia em uma unidade de TCTH foi um desafio visto que estes pacientes apresentam doenças graves com quadros de anemia, leucopenia, plaquetopenia e intensa imunossupressão, com chances de instalação da síndrome do imobilismo e infecções. É importante a avaliação dos exames laboratoriais, das fases do TCTH e do quadro clinico. Os fisioterapeutas, podem proporcionar o tratamento preventivo e pertinente em todas as fases, evitando iatrogenias. Este trabalho mostra a implantação do serviço de fisioterapia na unidade de TCTH do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC). O setor foi inaugurado em 31/10/2008 com leitos reversíveis para UTI, e instituímos protocolo sistematizando a atuação em 6 fases: anamnese, avaliações física, emocional, dos exames laboratoriais, fase do TCTH e escolha do tratamento. Para auxiliar na decisão de tratamento eintensidade dos exercícios, visto que a anemia pode dificultar adaptações cardiovasculares e a plaquetopenia implica em risco de sangramentos, utilizamos uma escala com valores hematimétricos: HB< 20.000m3: exercícios leves, isométricos, avd`s / Hb 8 a 10 g/dl e plaquetas de 20.000 a 30.000: exercícios aeróbicos leves, carga de 0,5 a 1 kg e deambulação se tolerado / Hb > 10 e plaquetas > 30.000: exercícios resistidos leves e deambulação. O tratamento foi dividido em: - Respiratório: Manobras de Manutenção e Reexpansão Pulmonar e de Higiene Brônquica, Oxigenioterapia; Ventilação não invasiva com pressão positiva intermitente - Motor: exercícios musculares ativos ou assistidos, mobilizações, alongamento global e deambulação - Terapias analgésicas: estimulação elétrica neuromuscular transcutânea (TENS), massoterapia e pompagem miofacial - Terapias alternativas para manutenção do estado emocional e estímulo do raciocínio: reflexologia, musicoterapia, jogos e atividades lúdicas, massagens estimulantes ou relaxantes com terapias realizadas ao ar livre. A atuação da fisioterapia em unidade de TCTH é efetiva com expressiva aceitação dos pacientes. Acreditamos que a exclusividade do serviço de fisioterapia na unidade de TCTH é relevante pois qualifica os profissionais na atuação direta em pacientes de alto risco, minimiza o cruzamento de infecções e auxilia no processo de reabilitação e melhora da qualidade de vida. Observamos ainda a necessidade em desenvolver e aplicar ferramentas que quantifiquem e qualifiquem os resultados obtidos com o tratamento fisioterapêutico. Palavras-chaves: FISIOTERAPIA, TCTH, TRATAMENTOS RESPIRATÓRIOS, EXERCÍCIOS FÍSICOS, TERAPIAS ALTERNATIVAS

TL- 056

RESULTADOS DA MOBILIZAÇÃO PARA TCTH AUTÓLOGO DE PACIENTES EM UM HOSPITAL ONCOLÓGICO NO OESTE DO PARANÁ

Autor(es): Silvia Faust Ruhnke, Laisa Naira Bohn, Ademar Dantas da Cunha Júnior, Raquel Goreti Eckert, Carmem Maria Costa Mendonça Fiori, Alessandra Elisabete Santos

Instituição(ões): 1. UOPECCAN, Hospital do Câncer de Cascavel, Rua Itaquatiaras, 769, bairro Santo Onofre, CEP 85806-300,Cascavel - Paraná

Resumo: Introdução: O transplante de células progenitoras hematopoéticas de sangue periférico (TCPHSP) é uma das opções de tratamento para pacientes com doenças oncohematológicas (Linfoma de Hodgkin, Linfoma não Hodgkin, tumor de células germinativas e mieloma múltiplo). Em nosso serviço foram propostos a esses pacientes mobilização com G-CSF seguido de TCPHSP autólogo após quimioterapia em altas doses com os protocolos CBV e Melfalano, dependendo da doença tratar-se de Linfoma ou Mieloma respectivamente. Objetivo: Este estudo teve por objetivo levantar o número de pacientes transplantados na nossa instituição e que fizeram mobilização com G – CSF que obtiveram e não obtiveram sucesso na coleta objetivando um número de células CD34 > 2 x106/kg. Material e método: estudo retrospectivo em 17 prontuários de pacientes que mobilizaram com doses de G – CSF de 15mcg/kg a 20mcg/kg, no período de agosto de 2009 a abril de 2010. Resultados: dos 17 pacientes analisados, 13 obtiveram sucesso na coleta de CPHSP e apenas quatro não conseguiram

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atingiram a quantidade de 2,0 x 106 células CD34+/kg. Quanto ao gênero dez (58,8%) eram do sexo masculino e sete (41,2%) do sexo feminino. A média de idade foi de 48 anos (13-70). Em relação ao número de coleta por paciente, tivemos dez (76,9%) pacientes que conseguiram atingir um número ideal de células com apenas uma coleta, três (23,1%) pacientes precisaram de duas coletas(no D5 e D6 do G-CSF). Conclusão: com base no presente estudo pacientes que mobilizaram para CSPHSP apenas com G-CSF obtiveram 76,5% de sucesso na mobilização apenas com G-CSF, sendo que estes resultados podem ser equivalentes e até mesmo superiores aos descritos na literatura, apesar do pequeno número de pacientes. Palavras-chaves: Autólogo, Mobilização, Transplante de medula óssea

TL- 057

PERFIL DOS PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA AUTÓLOGO EM UMA INSTITUIÇÃO DO OESTE DO PARANÁ

Autor(es): Silvia Faust Ruhnke, Laisa Naira Bohn, Raquel Goreti Eckert, Carmem Maria Costa Mendonça Fiori, Ademar Dantas da Cunha Júnior, Alessandra Elisabete Santos, Ana Luiza Franceschi

Instituição(ões): 1. UOPECCAN, Hospital do Câncer de Cascavel, Rua Itaquatiaras, 769, bairro Santo Onofre, CEP 85806-300, Cascavel - Paraná

Resumo: Introdução: No Brasil poucos são os centros de Transplante de Medula Óssea para atender a população necessitada No Paraná, Curitiba é o centro de excelência para esses procedimentos, porém, no oeste do Paraná, o Hospital do Câncer de Cascavel – UOPECCAN, iniciou esta atividade em agosto/2009, com o objetivo de atender pacientes do Oeste do Paraná e provenientes de outros estados e/ou países. Objetivo: Este trabalho teve por objetivo identificar o perfil dos pacientes submetidos ao transplante de medula óssea autólogo entre o período de agosto/2009 a maio/2010. Material e método: Estudo retrospectivo em 14 prontuários de pacientes submetidos a transplante de medula óssea autólogo, no período de agosto/2009 a maio/2010. Resultados: Verificou-se que 9(64,3%) dos pacientes atendidos neste período são do sexo masculino e apenas 5(35,7%) do sexo feminino, com idade média de 46,42 (±18,35) anos. Com relação ao local de residência dos pacientes atendidos, 13 pacientes são provenientes do estado do Paraná (92,8%) e 1(7,2%) do estado de Santa Catarina. Quanto ao diagnóstico destes pacientes, 9(64,3%) eram portadores de mieloma múltiplo e 5(35,7%) de linfoma de Hodking. Conclusão: Os pacientes submetidos a transplante de medula óssea em nossa instituição são atendidos por uma equipe multiprofissional, que não mede esforços para que todos possam ter uma boa evolução após este procedimento. As melhorias proporcionadas a este pequeno número de pacientes, demonstram a necessidade emergente de novos centros de transplantes no Brasil, para que todos os que necessitem possam ser atendidos e conseqüentemente, possam ter uma melhora em sua qualidade de vida. Palavras-chaves: Autólogo, Perfil, Transplante de medula óssea

TL- 058

CONSEQUÊNCIAS NUTRICIONAIS DO TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS EM CRIANÇAS COM ANEMIA DE FANCONI

Autor(es): DENISE JOHNSSON CAMPOS, Angelica Koerich, Gleyne L Biagini, Carmem M. S. Bonfim, Jose Zanis Neto, Cesar L Boguszewski, Victória ZC Borba

Instituição(ões): 1. HC-UFPR, HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UFPR, RUA GENERAL CARNEIRO, 181, CURITIBA-PR Resumo: Introdução: Pacientes com Anemia de Fanconi (AF) geralmente apresentam baixo peso ao nascer, baixa estatura, baixo apetite e fadiga. O Transplante de Células Tronco Hematopoéticas (TCTH) pode comprometer ainda mais o estado nutricional devido a complicações gastrointestinais e ao aumento no gasto energético. A redução na densidade mineral

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óssea (DMO) é outra potencial complicação que pode impactar a qualidade de vida. Objetivo: Avaliar as alterações no estado nutricional, no consumo alimentar, na DMO e nos níveis séricos de vitamina D em crianças e adolescentes com AF submetidos a TCTH. Metodologia: Foram incluídos pacientes com AF com idades entre 5 e 16 anos submetidos a TCTH alogênico entre agosto de 2006 e setembro de 2008 num hospital universitário. Foram avaliados a massa corporal magra por bioimpedância elétrica, peso, altura, consumo alimentar através de Recordatório de 24 horas, DMO por densitometria óssea (DEXA-Hologic 1000) e vitamina D sérica por quimioluminescência (25OHD) antes e após 6 meses de TCTH. Resultados: 24 pacientes foram incluídos na amostra, porém 7 (29%) foram á óbito antes de completar 6 meses de TCTH. 17 pacientes completaram as 2 avaliações, sendo a idade média 8,5 ± 2,9 anos, 9 pacientes (53%) eram meninas e 10 (59%) receberam TCTH não aparentado. Antes do TCTH, 6 pacientes (35%) apresentavam desnutrição moderada a grave, 10 (59%) apresentavam baixa estatura, 2 (12%) apresentavam baixa DMO para idade e 11 (65%) apresentavam baixos níveis séricos de vitamina D. Em relação ao consumo alimentar, 6 pacientes (35%) apresentavam consumo calórico insuficiente e todos os pacientes apresentavam consumo protéico adequado. Após 6 meses de TCTH, 6 pacientes (35%) tiveram uma perda de peso grave (>10%), 8 (47%) tiveram redução de massa magra e 10 (69%) uma redução na DMO. Treze pacientes (76%) apresentavam baixos níveis séricos de vitamina D e, em relação ao consumo alimentar, 6 pacientes (35%) apresentavam consumo calórico insuficiente e 1 consumo protéico insuficiente (5%). Conclusão: A prevalência de desnutrição, baixa estatura, baixos níveis de vitamina D e consumo calórico insuficiente foi alta já previamente ao TCTH. Após 6 meses de TCTH a desnutrição foi agravada pela perda de peso importante, além da reduçao da DMO. Em crianças com AF o cuidado nutricional desde o pré-TCTH e o monitoramento do estado nutricional a longo prazo são fundamentais para garantir adequado crescimento e desenvolvimento. Palavras-chaves: desnutrição, anemia de fanconi, densidade mineral óssea, vitamina D, consumo alimentar

TL- 059

Composição corporal, balanço nitrogenado e ingestão alimentar de pacientes submetidos a transplante de medula óssea alogênico

Autor(es): Cláudia Argenton1, Denise Johnsson Campos2, Nivea da Silva Matuda1, Regina Maria Vilela1 Instituição(ões): 1. UFPR, Universidade Federal do Paraná, Rua General Carneiro, 181, Curitiba-PR

2. HC-UFPR, Hospital de Clínicas da UFPR, Rua General Carneiro, 181, Curitiba-PR Resumo: Introdução: A reduzida ingestão alimentar, associada à má absorção intestinal, ao hipercatabolismo e à proteólise, levam a um aumento acentuado de risco nutricional em indivíduos submetidos ao transplante de medula óssea (TMO). O presente estudo caracteriza-se como observacional analítico prospectivo e avaliou 12 pacientes com o objetivo de verificar as alterações da composição corporal, da ingestão alimentar, do balanço nitrogenado (BN) e dos sintomas do trato gastrointestinal (TGI) de pacientes submetidos a TMO alogênico, do dia anterior ao regime de condicionamento até 3 semanas pós transplante. Metodologia: A massa magra (MM) foi estimada através da bioimpedância elétrica (BIA) e do

somatório das pregas cutâneas tricipital, bicipital, subescapular e suprailíaca (ƩPC); enquanto o peso corporal (PC) e a estatura foram utilizados para calcular o percentual de adequação do peso ideal. A ingestão calórica e protéica (ICP) foi obtida através da pesagem direta dos alimentos, e expressada como percentual de recomendação atingido. O BN foi determinado subtraindo-se a quantidade de nitrogênio ingerido, da quantidade de nitrogênio excretado, o qual fora determinado pela dosagem de uréia urinária 24 horas (método enzimático). Resultados: Os tratamentos mieloablativos e o TMO foram associados significativamente (p Palavras-chaves: composição corporal, risco nutricional, balanço nitrogenado, consumo alimentar, transplante de medula óssea

TL- 060

INFECÇÃO FÚNGICA POR FUSARIOSE EM PACIENTE PÓS TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS (TCTH)- RELATO DE CASO

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Autor(es): Andrea Barban, Celso Arrais Rodrigues da Silva, Poliana Alves Patah, Yana Augusta Sarkis Novis Instituição(ões): 1. HSL, Hospital Sírio Libanês, Rua Adma Jafet, 91 Resumo: O Fusarium sp é um fungo filamentoso, ubíquo, emergente e com sensibilidade reduzida aos azólicos. Não se sabe a forma de transmissão, mas acredita-se que ocorra por via aérea e superfícies hospitalares. Assim como o Aspergillus sp, tem predileção por vasos sanguíneos, resultando em trombose e necrose tissular. Entretanto, as lesões de pele ocorrem em maior freqüência (70%) do que aquela observada na aspergilose (5%). A fusariose é uma importante causa de infecção em TCTH devido ao uso de imunossupressão. Relato de caso Solteiro, masculino, estudante, notou equimoses e concomitante otite infecciosa. Após exames diagnósticos e as condições clínicas desfavoráveis, foi diagnosticado Síndrome Mielodisplásica Hipocelular e realizado TCTH alogênico aparentado. Foi condicionado com bussulfano e fludarabina e profilaxia de DECH com tacrolimus e metotrexato. A enxertia neutrofílica ocorreu no dia+13, junto à hipótese diagnóstica de DECH aguda precoce em pele e trato gastrointestinal, confirmado por biópsia duodenal. Apesar do início do tratamento com prednisona 1 mg/kg, apresentou piora da náusea, vômito e diarréia , diagnosticado DECH digestivo grave (estadio IV) que se mostrou córtico-resistente mesmo com o uso de metilprednisolona 2 mg/kg por via intravenosa. Em decorrência da imunossupressão prolongada, apresentou inúmeras infecções bacteriana e viral e pancitopenia persistente e prolongada com intensa necessidade transfusional. Evoluiu com lesão cutânea inflamatória e elevada em MID com cerca de 3 cm de diâmetro e algia à palpação. Na biópsia diagnosticou-se Fusarium sp, também presente na hemocultura do mesmo dia. Iniciado anfotericina B lipossomal, porém com a disseminação das lesões, fora acrescentado voriconazol por via endovenosa com piora progressiva das lesões, evoluindo para pápulas eritematosas e dolorosas com grande quantidade de líquido caseoso denso que, em centro cirúrgico, foram drenadas e instalado drenos permitindo cuidados mais intensivos, sem melhoras significativas. Apesar de todo o tratamento antifúngico de amplo espectro e as intensivas medidas de suporte, o paciente evoluiu a óbito por progressão da infecção fúngica. O alto índice de mortalidade na fusariose está relacionado à gravidade da infecção e ao tempo de duração da neutropenia. No caso descrito, houve progressão da infecção, apesar da terapêutica antifúngica. Fatores de risco como neutropenia prolongada, presença de cateteres venosos centrais, infecções concomitantes, uso de antibioticoterapia de amplo espectro, profilaxia com antifúngicos e doença de base associada, são semelhantes aqueles das demais infecções fúngicas invasivas. O paciente descrito apresentava todos esses fatores de risco supracitados. Neste contexto a enfermagem atuou na integração da equipe multidisciplinar e na promoção de medidas que viabilizassem os cuidados intensivos . Palavras-chaves: Fusarium sp, infecção fúngica, transplante de células tronco hematopoét

TL- 061

Transplante Alogênico de Células-Tronco Hematopoiéticas com condicionamento de intensidade reduzida para paciente com mielofibrose em fase agudizada.

Autor(es): Daniel Sturaro1, Roberto Luiz da Silva1,2,3, Lidiane Soares Nascimento1, Sandra Serson Rohr1,2,3, Glaucia Ito1,2,3, Suzana Azevedo Ribeiro Mosquim2, Line Hiroko Kawakami Akamine2, Paulo Roberto Villa1, Lina Monetta1, Roberta Alexandre Costa1, Mariangela Mugnol1, Maria Cristina Martins de Almeida Macedo1,2,3

Instituição(ões): 1. Bio Sana's, Bio Sana's, Rua Vergueiro 2949 cj 71. CEP 04101-300 Vila Mariana - SP 2. HSCP, Hospital São Camilo Pompéia, Avenida Pompéia, 1178 CEP 05022-001 Pompéia - São Paulo-SP 3. IBCC, Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, Avenida Alcântara Machado 2576 CEP 03102-002 São Paulo-SP

Resumo: A mielofibrose (MF) é uma doença mieloproliferativa onde há uma produção anormal das células-tronco da medula óssea resultando em fibrose ou um depósito de fibras de tecido conectivo colagenoso neste órgão que acomete geralmente pacientes acima dos 50 anos. Os pacientes apresentam hepato-esplenomegalia que normalmente regride com uso de hidroxiuréia. O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) alogênico convencional ou de intensidade reduzida é o único tratamento curativo. Relatamos aqui o caso da paciente RMR, 65 anos, feminina, portadora de MF com diagnóstico em 2006. A paciente utilizou hidroxiuréia com controle de doença até março de 2008 quando ocorreu agudização com transformação para leucemia mielóide aguda (LMA). A paciente foi tratada com 2 ciclos de idarrubicina e citarabina, obtendo

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remissão parcial, permaneceu com esplenomegalia volumosa. O TCTH alogênico com condicionamento de intensidade reduzida (fludarabina 125 mg/m2 e melfalano 180 mg/m2) foi realizado. O doador era do sexo feminino e HLA idêntico, mas apresentava incompatibilidade maior no sistema ABO (doadora A / paciente O). A fonte de células utilizadas foi a progenitora periférica e o número de células CD34 infundidas foi 3,5X106. A profilaxia da doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) consistiu de ciclosporina A (CSA) 3 mg/kg/dia e metotrexate nos dias +1, 3 e 6. A enxertia ocorreu no dia + 20 do TCTH e houve total involução da esplenomegalia. A paciente apresentou DECH aguda grau II de pele e crônica em olhos, ambas tratadas com corticosteróides e CsA com boa resposta. Como complicação infecciosa apresentou 3 reativações do citomegalovírus responsivos ao tratamento com o Ganciclovir. A paciente encontra-se com 2 anos de seguimento pós TCTH e a paciente encontra-se assintomática, sem droga imunossupressora, com hemograma e mielograma normais e tipagem sanguínea idêntica à da doadora. O TCTH alogênico com condicionamento de intensidade reduzida foi um tratamento seguro e efetivo, com baixa toxicidade para este caso de MF transformada. Palavras-chaves: condicionamento de intensidade reduzida, Mielofibrose, TCTH

TL- 062

TRANSPLANTE ALOGÊNICO PARA TRATAMENTO DE SEGUNDA NEOPLASIA HEMATOLÓGICA APÓS TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS

Autor(es):

Roberto Luiz da Silva1,2,3, Ernesto Cunha Pires4, Daniel Sturaro1, Lidiane Soares Nascimento1, Glaucia Ito1,2,3, Sandra Serson Rohr1,2,3, Lina Monetta1, Suzana Azevedo Ribeiro Mosquim2, Line Hiroko Kawakami Akamine2, Roberta Alexandre Costa1, Mariangela Mugnol1, Paulo Roberto Villa1, Maria Cristina Martins de Almeida Macedo1,2,3

Instituição(ões): 1. Bio Sana's, Bio Sana's, Rua Vergueiro 2949 cj 71. CEP 04101-300 Vila Mariana - São Paulo - SP 2. HSCP, Hospital São Camilo Pompéia, Avenida Pompéia, 1178 CEP 05022-001 Pompéia - São Paulo-SP 3. IBCC, Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, Avenida Alcântara Machado 2576 CEP 03102-002 São Paulo-SP 4. IHFS, INSTITUTO DE HEMATOLOGIA DE FEIRA DE SANTANA - BA, Av. Getúlio Vargas, 854 CEP 44010-100 Feira de Santana - BA

Resumo: A síndrome mielodisplástica (SMD) secundária ao tratamento por agentes alquilantes é uma doença que pode ser caracterizada por alterações citogenéticas, de caráter agressivo, com prognóstico ruim e taxas de sobrevida inferiores a 10% após o tratamento convencional. O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) alogênico com condicionamento convencional é um tratamento que pode levar a remissão desta doença pelo efeito da quimioterapia em altas doses e efeito imunológico do transplante. Relatamos aqui o caso do paciente CMNF, 51 anos, sexo masculino, diagnosticado em maio de 1999 com um linfoma não-Hodgkin (LNH) folicular de baixo grau. Foi tratado com CHOP apresentando remissão completa. Após 11 meses recaiu do linfoma e recebeu como resgate 5 ciclos de fludarabina e rituximabe o que resultou em 2ª remissão completa. Em Dezembro de 2002, como consolidação, o paciente foi submetido ao TCTH autólogo com condicionamento com BEAM. Após 6 anos e 8 meses apresentou o diagnóstico de SMD/LMMC com alteração cariotípica 47, XY, +8 [27] / 46, XY [2] caracterizando trissomia do cromossomo 8. Em 19/10/2009 foi submetido ao TCTH alogênico, condicionado com bussulfano 16 mg/kg e melfalano 140 mg/m2, com células progenitoras periféricas de um doador masculino e HLA compatível. A profilaxia da doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) foi realizada com a ciclosporina A 3 mg/kg/dia e o metotrexate nos dias 1, 3, 6 e 11. Apresentou como toxicidade mucosite de grau II e DECH de trato gastrointestinal de grau II responsiva ao tratamento com metilprednisolona na dose de 2 mg/kg/dia. O corticosteróide foi suspenso, bem como a ciclosporina foi reduzida. Após 7 meses do TCTH a avaliação da doença através de mielograma e FISH indicam remissão e quimera completa. O TCTH alogênico mieloablativo é tratamento de escolha para síndrome mielodisplásica secundária e um segundo transplante possui toxicidades relacionadas ao procedimento semelhantes às observadas no primeiro tratamento. Palavras-chaves: MIELODISPLASIA, SEGUNDA NEOPLASIA, TCTH

TL- 063

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DIMINUIÇÃO DA SOBREVIDA DE ENXERTO RENAL EM PACIENTES COM DSA: ANÁLISE DE 2006 A 2010

Autor(es): Sandra Maria Ferreira, Francisco Angelo Fernandez Moral, Fernando Antonio Vinhal dos Santos Instituição(ões): 1. HLAGYN, Laboratório de Imunologia de Transplantes de Goiás, 2ª Avenida, qd 1B, lotes 53/54, Cidade

Empresarial, Aparecida de Goiânia Resumo: A presença de anticorpos pré-formados no soro do receptor é considerada um fator de risco para o transplante de órgãos, esse risco aumenta consideravelmente se for encontrado anticorpo contra o doador. A técnica CDC (Citotoxicidade Dependente de Complemento) é utilizada para detecção de anticorpos circulantes, porém com menor sensibilidade e especificidade que os ensaios de fase sólida, o que pode levar a um resultado “falso negativo”. Alguns grupos sugerem para solucionar este tipo de problema a utilização de uma avaliação pré-transplante denominada PROVA CRUZADA VIRTUAL, que leva em consideração a presença ou não de anticorpos contra o doador (ADS) nos soros do paciente. O objetivo deste estudo foi avaliar retrospectivamente pacientes transplantados em que o CDC foi negativo, re-analisando os resultados de PRA classe I e II e correlacionando os anticorpos encontrados com os resultados de HLA dos respectivos doadores falecidos. Comparando assim os resultados de CDC com Prova Cruzada Virtual. Foram estudados 18 pacientes (CDC – e PRA +) transplantados entre novembro de 2006 e janeiro de 2010 com informações procedentes dos serviços de transplantes do Hospital Santa Genoveva e Santa Casa de Misericórdia de Goiânia-GO. As provas cruzadas foram realizadas pela metodologia de CDC, o PRA - Painel de Anticorpos Reativos pela metodologia Luminex® através dos kits Mixed, PRA e Single Antigen (ONE LAMBDA, INC.). Todas as análises foram realizadas pelo software Fusion (ONE LAMBDA, INC.). Dos 18 pacientes com CDC negativo transplantados, onze (61,11%) não apresentavam ADS e não houve perda do enxerto. Já, os sete restantes (38,89%) apresentaram ADS e destes: três (7,9%) perderam o enxerto, sendo que dois apresentavam anticorpos para classe I e II. Os valores de creatinina encontrados foram de 0,82 mg/dl a 2,70 mg/dl com média de 1,21mg/dl, já a sobrevida do enxerto apresentou média de 7,6 meses para o grupo com ADS contra 10,2 meses no grupo sem a presença de ADS. Com esses dados, pode-se observar que o grupo com o anticorpo contra o doador apresenta uma maior probabilidade de perda de enxerto, indicando a necessidade das duas metodologias para a avaliação do par doador-receptor, tentando desta forma aumentar a sobrevida do enxerto e auxiliar na conduta para imunossupressão. Palavras-chaves: DSA, PRA, Prova Cruzada Virtual, Transplante

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Título: A CONTRIBUIÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL JUNTO AOS DOADORES VOLUNTÁRIOS DE MEDULA ÓSSEA NO HC - UFPR

Autor(es): Rosilda Brozosky, Ielsa Kafka, José Zanis, Clynton Lourenço Instituição(ões): 1. UFPR, Universidade Federal do Paraná, R. General Carneiro, 181 Resumo: O transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é a única opção de cura para pacientes que são portadores de várias doenças hematológicas de origem maligna ou benigna. Estas doenças atingem pessoas de todas as classes sociais, etnias e idades. Como a maioria dos pacientes com indicação de TCTH não encontra doador familiar compatível, a alternativa para eles está nos bancos de doadores voluntários de medula óssea. O Serviço de TMO atende doadores voluntários de medula óssea que são encaminhados pelo REDOME para realização da avaliação e posterior doação de medula. O objetivo deste estudo foi analisar as principais contribuições do trabalho desenvolvido pelo Assistente Social junto aos doadores voluntários de medula óssea atendidos em um hospital universitário. Métodos: Elegemos como método a Pesquisa Qualitativa e para coleta de dados optamos pela entrevista. Compõem a amostra 17 doadores voluntários atendidos e que concretizaram o procedimento da doação no STMO no período entre abril/2006 a maio de 2009 de ambos os sexos, idade superior a 18 anos, alfabetizados e que concordaram em participar da pesquisa. Resultados: A maioria dos doadores eram homens (76%), 41% estavam na faixa etária de 20 a 30 anos; 41% de 30 a 40 anos de idade; 17% de 40 a 47 anos. 70,60% dos entrevistados relatam que o Assistente Social é fundamental no processo para viabilização da doação de medula óssea. 52,95% responderam que a inscrição para a doação de medula óssea foi motivada por preocupações com

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o paciente, motivos religiosos e/ou dever de cidadania e 47,05% em campanhas direcionadas. Além disso, obtivemos depoimentos acerca da importância do Assistente Social no processo de doação de medula óssea o que permitiu-nos compreender que este profissional é fundamental para aproximação do doador junto ao serviço de TMO. Conclusões: Nossa perspectiva é que a pesquisa possa contribuir, bem como servir de inspiração aos demais Assistentes Sociais que atuam com doadores voluntários em Serviços de TMO no Brasil. Finalizando, gostaríamos de ressaltar que o êxito do trabalho desenvolvido pelos Assistentes Sociais do STMO deve-se ao conhecimento que esses profissionais têm sobre todo o processo de Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas, o qual é um procedimento complexo e repercussões biopsicossociais e, principalmente ao desempenho ético com comprometimento respaldado no Código de Ética dos Assistentes Sociais, conhecimento das diversas legislações (destaque para PNH), proporcionando dessa forma uma atuação qualificada e humanizada destinada ao doador voluntário de medula óssea, pacientes e familiares atendidos em nosso Serviço. Palavras-chaves: assistente social, doador voluntário de medula óssea, serviço de transplante de medula óssea

TL- 065

TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS ALOGÊNICO COM CONDICIONAMENTO DE INTENSIDADE REDUZIDA PARA PACIENTE COM LINFOMA NÃO-

HODGKIN INDOLENTE.

Autor(es): Maria Cristina Martins de Almeida Macedo1,2,3, Daniel Sturaro1, Lidiane Soares Nascimento1, Glaucia Ito1,2,3, Sandra Serson Rohr1,2,3, Lina Monetta1, Roberta Alexandre Costa1, Mariangela Mugnol1, Paulo Roberto Villa1, Roberto Luiz da Silva1

Instituição(ões): 1. Bio Sana's, Bio Sana's, Rua Vergueiro 2949 cj 71. CEP 04101-300 Vila Mariana - São Paulo - SP 2. HSCP, Hospital São Camilo Pompéia, Avenida Pompéia, 1178 CEP 05022-001 Pompéia - São Paulo-SP 3. IBCC, Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, Avenida Alcântara Machado 2576 CEP 03102-002 São Paulo-SP

Resumo: O linfoma não-Hodgkin (LNH) é uma doença heterogênea podendo variar biologicamente com características celulares de baixo a alto grau de proliferação celular. O LNH de pequenas células indolente normalmente apresenta evolução lenta, dificuldade em obtenção de remissão completa pontuada por diversas progressões com dificuldades progressivas de controle com quimioterapia. Este tratamento não tem caráter curativo. O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) alogênico é o único procedimento que pode proporcionar a cura, mas tem alta morbi-mortalidade. O TCTH com condicionamento de intensidade reduzida (RIC) pode ser empregado visando menor toxicidade e privilegiando o efeito enxerto contra o linfoma. Relatamos aqui o caso do paciente MGA, 44 anos, sexo feminino, com diagnóstico de LNH de pequenas células indolente em 2006, estádio IVB, com infiltração de medula óssea (MO), em 2ª remissão parcial após 3 esquemas quimioterápicos. Foi tratada com 8 ciclos de R-CHOP obtendo resposta parcial e evoluindo com progressão de doença durante a manutenção com rituximabe. Recebeu 3 ciclos de resgate com ICE e 1 ciclo com Fludarabina e ciclofosfamida, mantendo infiltração da MO. Em 29/01/2009 foi submetida ao TCTH alogênico com RIC (fludarabina 125 mg/m2 e melfalano 180 mg/m2), doador masculino, HLA compatível e incompatibilidade ABO menor. A fonte de células foi periférica e a profilaxia da doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) foi realizada com a ciclosporina A 3 mg/kg/dia e o metotrexate nos dias 1, 3 e 6. A paciente teve mucosite GI e a enxertia ocorreu no dia + 15. Apresentou DECH aguda de pele e trato gastrointestinal G II no dia +19, tratada com corticosteróide com boa resposta. Após 16 meses do TCTH, a paciente encontra-se clinicamente bem, sem imunossupressão, em remissão completa ao PET-CT, com quimera completa ao exame de cariótipo (46, XY [20]) e ausência de doença residual mínima através da imunofenotipagem por citometria de fluxo da medula óssea. O TCTH alogênico com RIC teve baixa toxicidade e foi eficaz no controle desta doença. Palavras-chaves: LINFOMA NÃO HODGKIN, TCTH, CONDICIONAMENTO DE INTENSIDADE REDUZIDA

TL- 066

INFUSÃO DE CÉLULAS DO DOADOR INDUZ REMISSÃO EM RECAÍDA DE LEUCEMIA MIELÓIDE

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AGUDA APÓS TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS ALOGÊNICO. RELATO DE CASOS

Autor(es):

Lidiane Soares Nascimento1, Maria Cristina Martins de Almeida Macedo1,2,3, Daniel Sturaro1, Suzana Azevedo Ribeiro Mosquim2, Line Hiroko Kawakami Akamine2, Glaucia Ito1,2,3, Sandra Serson Rohr1,2,3, Paulo Roberto Villa1, Paulo Dias Ferraz3, Roberta Alexandre Costa1, Mariangela Mugnol1, Roberto Luiz da Silva1,2,3

Instituição(ões): 1. Bio Sana's, Bio Sana's, Rua Vergueiro 2949 cj 71. CEP 04101-300 Vila Mariana - São Paulo - SP 2. HSCP, Hospital São Camilo Pompéia, Avenida Pompéia, 1178 CEP 05022-001 Pompéia - São Paulo-SP 3. IBCC, Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, Avenida Alcântara Machado 2576 CEP 03102-002 São Paulo-SP

Resumo: O sucesso da infusão de linfócitos do doador (DLI) em recaída de leucemia mielóide crônica após o transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) mostra o efeito enxerto contra leucemia (GVL). A associação de quimioterapia com DLI é estratégia para recuperação de quimera. Relatamos três casos de LMA em recaída pós-TCTH. CASO 1: BK, 27 anos, sexo feminino,LMA em primeira remissão, recebeu TCTH alogênico em 2005, doador masculino, HLA compatível. Apresentou DECH aguda grau I. Em 2007, recaiu com cariótipo normal e quimera sexual de 50%. Recebeu idarrubicina e Ara-C + 8 DLIs em 18 meses. A mediana de células CD3+ infundidas foi 0,69 X 108/Kg (0,14 a 1,17). Apresentou remissão da leucemia e quimera total após 3 DLIs, por três anos de seguimento. CASO 2: TP, 32 anos, sexo feminino, com LMA em 1994 e tratada com daunorrubicina e Ara-C. Apresentou recidiva precoce, foi submetida ao TCTH alogênico HLA compatível com doador masculino. Não apresentou DECH e após 5 anos recidivou com cariótipo 46,XX,t(3,5) (q25;q34) [20]. Recebeu Ara-C + DLI, 3 infusões consecutivas e sustentou remissão por nove anos. Em 2009 recaiu da LMA com quimera sexual mista e cariótipo 46,XX,del(13) (q12q22) [15] 46,XY[5]. Tratada com idarrubicina e Ara-C + DLI (0,79 X 108 CD3+/Kg). Quatorze dias após DLI, encontrava-se em remissão completa, o FISH identificou 100% de células do doador; apresentou DECH aguda de pele grau II evoluindo para crônica e TGI grau III, não responsivo à corticosteróides. No D+ 163 da primeira DLI foi a óbito por choque séptico. CASO 3: ALHP, 35 anos, masculino, com linfoma não-hodgkin (LNH) em 2006 tratado com R-CHOP e RDT. Em 2007 foi diagnosticada LMA, tratada com daunorrubicina e Ara-C e TCTH alogênico, doador masculino aparentado, HLA compatível. Em 2008 recidivou do LNH, e em 2009, após quimioterapia houve perda do enxerto, com recaída da LMA. Recebeu fludarabina, Ara-C e filgrastima seguido de 3 DLIs, a mediana de células CD3+ infundidas foi de 0,37 X 108/Kg (0,34 a 0,43). Após 8 meses do DLI, apresenta-se em remissão da LMA com quimera completa identificada através de polimorfismo do DNA. Apresenta DECH crônica de pele, fígado e pulmão e cursa com infecções recorrentes. O tratamento de LMA em recaída pós-TCTH alogênico com quimioterapia e DLI foi eficaz, sustentou a remissão por tempo prolongado. Não há consenso sobre o tratamento da LMA em recaída pós-TCTH e o número de DLIs deve ser avaliado de acordo com a resposta clínica. Palavras-chaves: infusão de linfócitos do doador, leucemia mielóide aguda, TCTH alogênico

TL- 067

SISTEMA DE ARMAZENAMENTO E PESQUISA DE DADOS CIENTÍFICOS PARA O CADASTRO DE PACIENTES ONCO-HEMATOLÓGICOS E DE TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO

HEMATOPOIÉTICAS

Autor(es): Mauricio Brunetto1, Lina Monetta1, Paulo Roberto Villa1, Daniel Sturaro1, Lidiane Soares Nascimento1, Maria Cristina Martins de Almeida Macedo1,2,3, Roberto Luiz da Silva1,2

Instituição(ões): 1. Bio Sana's, Bio Sana's, Rua Vergueiro 2949 cj 71. CEP 04101-300 Vila Mariana - SP 2. HSCP, Hospital São Camilo Pompéia, Avenida Pompéia, 1178 CEP 05022-001 Pompéia - São Paulo-SP 3. IBCC, Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, Avenida Alcântara Machado 2576 CEP 03102-002 São Paulo-SP

Resumo:

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A bioestatística é uma ferramenta importante nos serviços de transplante de células- tronco hematopoiéticas (TCTH), pois através dela pode-se planejar, coletar, avaliar e interpretar dados epidemiológicos e clínicos, que norteiam decisões futuras. O número de TCTH tem crescido e, no Brasil, nos últimos três anos foram realizados em média 1460 transplantes por ano. Devido a quantidade de dados gerados, torna-se necessário o desenvolvimento de métodos eficientes de análise estatística. Uma das grandes dificuldades é a coleta e armazenamento dos dados, pois muitas vezes, os profissionais médicos atendem em diversos centros hospitalares. Como uma parcela significativa deste procedimento é financiada por instituições privadas, as quais possuem seus próprias unidades, ocorre um constante deslocamento da equipe médica e isto torna muito difícil a coleta e organização a estruturação de um banco de dados eficiente. Baseando-se em todas as dificuldades apresentadas, este trabalho tem o objetivo de mostrar a estruturação de um sistema denominado “Doctor Filter”, desenvolvido no vba Excel. Este sistema é de manuseio simples e pode ser utilizado em qualquer computador que tenha instalado o Microsoft Office Excel, com o diferencial de utilizá-lo a partir de qualquer computador disponível, pois não há necessidade de instalá-lo, basta que se plugue um dispositivo móvel através da entrada USB. O Sistema “Doctor Filter” armazena dados e através do cruzamento destes, torna viável a visualização e impressão de relatórios e gráficos. Também é possível migrar todas as informações para programas estatísticos como Epi Info, SPSS e Graphpad Prism. Através do Sistema “Doctor Filter”, obteve-se como resultado, a solução de problemas de armazenamento de dados estatísticos do Serviço, proporcionando um cadastro confiável de pacientes diagnosticados em diferentes centros hospitalares. A partir disto, os profissionais médicos passaram a ter um controle de todas essas informações com a possibilidade de serem filtradas e cruzadas através de várias categorias: diagnóstico, data do diagnóstico, tipo de transplante, sexo, idade, entre outras. Desta forma, todos os dados com dificuldade de armazenamento, agora de uma maneira simples e ágil, são gravados e organizados dentro de um único banco de dados. Concluímos que o Sistema “Doctor Filter” contribuiu de maneira eficaz possibilitando o armazenamento e cruzamento de dados, de forma segura, em diversos centros hospitalares. Palavras-chaves: Dados Científicos, Oncohematologia, TCTH

TL- 068

Protocolo de Cuidados de Enfermagem em pacientes com manifestações cutâneas pela doença do enxerto versus hospedeiro (DECH) aguda.

Autor(es): Lina Monetta1, Lidiane Soares Nascimento1, Roberta Alexandre Costa1, Mariangela Mugnol1, Suzana Azevedo Ribeiro Mosquim2, Line Hiroko Kawakami Akamine2, Paulo Roberto Villa1, Daniel Sturaro1, Maria Cristina Martins de Almeida Macedo1,2,3, Roberto Luiz da Silva1,2,3

Instituição(ões): 1. Bio Sana's, Bio Sana's, Rua Vergueiro 2949 cj 71. CEP 04101-300 Vila Mariana - São Paulo - SP 2. HSCP, Hospital São Camilo Pompéia, Avenida Pompéia, 1178 CEP 05022-001 Pompéia - São Paulo-SP 3. IBCC, Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, Avenida Alcântara Machado 2576 CEP 03102-002 São Paulo-SP

Resumo: A doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) é uma síndrome sistêmica que ocorre em decorrência de uma reação imunológica entre os linfócitos T imunocompetentes do doador e os antígenos tissulares do hospedeiro imunodeprimido e é responsável por 15 a 40% da mortalidade e a maior causa de morbidade após TCTH alogênico. A DECH pode acarretar diferentes níveis de agravos à pele do paciente. As manifestações cutâneas podem ser assintomáticas, pruriginosas ou dolorosas, podendo ocorrer desde eritema até a formação de flictenas difusos, impactando diretamente na qualidade de vida dos pacientes, podendo causar diferentes graus de desconforto para desempenhar as atividades diárias. Apesar dos avanços na assistência de enfermagem em pacientes com afecções dermatológicas e grande variedade de recursos tecnológicos desenvolvidos para agilizar o processo de cicatrização e aumentar o conforto e segurança destes pacientes, estes avanços não tem sido utilizados no tratamento dos pacientes com DECH cutânea. Frequentemente, os cuidados de enfermagem a estes pacientes se limita na promoção da higiene e hidratação da pele, o que pouco contribui no alívio do desconforto e sofrimento do paciente. Apesar da compreensão de que devido à fisiopatologia desta doença não se pode controlar as reações cutâneas com tratamento tópico, entendemos que o desenvolvimento de um protocolo de enfermagem contribui na sistematização da assistência, no desenvolvimento de parâmetros de mensuração e registro da evolução das manifestações cutâneas, mas principalmente, na promoção de uma assistência mais especializada, segura e confortável. Foram utilizados critérios conceituais de AZULAY,AL (2004) para definição das manifestações cutâneas e o Sistema de Classificação por extensão do dano tissular, HESS (1995) para maior objetividade e uniformidade na avaliação da evolução

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das lesões. Foi utilizado um diagrama próprio para registrar o estadio das lesões por região corpórea. Os cuidados foram definidos segundo o grau de acometimento tissular e distribuídos nas etapas: diagnóstico do nível de injúria/área corpórea; definição dos recursos para higiene, proteção cutânea e tratamento das lesões; definição dos níveis de intervenção/área corpórea; manejo das lesões cutâneas e flictenas. Este protocolo promove a assistência de enfermagem ao paciente com afecções cutâneas por DECH e oferece maior conforto, favorece a cicatrização das soluções de continuidade e previne complicações secundárias. Palavras-chaves: CUIDADOS DE ENFERMAGEM, MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS, DECH DE PELE AGUDA

TL- 069

AVALIAÇÃO DE CAUSAS INFECCIOSAS DE DIARRÉIA EM PACIENTES ADULTOS SUBMETIDOS A TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE MEDULA ÓSSEA

Autor(es): Patricia do Carmo Della Vechia, Guilherme Fleury Perini, Nelson Hamerschlak, Tânia Michele Barreto Waisbeck, Leonardo Raul Morelli, Cristina Vogel, Maria Fátma dos Santos Cardoso

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein, 627/701 - Morumbi - CEP 05651-901, São Paulo

Resumo: Diarréia é uma das principais causas de morbidade e desconforto para pacientes submetidos ao transplante de medula óssea (TMO) autólogo. A quimioterapia em altas doses resulta em alteração da função intestinal e lesão endotelial, com maior susceptibilidade a infecção intestinal. A terapia de citorredução causa uma neutropenia profunda por 12 a 21 dias e, neste período, há maior susceptibilidade a infecções por bactérias e fungos. Dentre as causas infecciosas, a colite pseudomembranosa por Clostridium difficile está entre as mais importantes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a incidência de diarréia em pacientes submetidos ao TMO autólogo no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), bem como identificar os principais agentes causadores de diarréia. De Janeiro de 2005 a Abril de 2010, 123 pacientes (77 homens e 46 mulheres) foram submetidos ao TMO autólogo no HIAE. Destes, 43 pacientes apresentavam Linfoma não Hodgkin, 42 Mieloma Múltiplo, 19 Esclerose Múltipla, 10 Linfoma de Hodgkin, 4 Leucemia Mielóide Aguda, 3 Tumores de Células Germinativas e 1 Amiloidose. A mediana de idade foi de 52 anos (intervalo: 18-74). Os principais condicionamentos foram Melfalano, BEAM, Cy-ATG e R-BEAM. Dos 123 pacientes, 75 (61%) apresentaram diarréia, definido como aumento do número de evacuações associados a fezes pastosas ou líquidas. Dentre os 75 pacientes que apresentaram diarréia somente 3 (5,3%) tiveram as pesquisas das toxinas A e B positivas, sendo a positividade em 2 casos no 7º e 9º dia pós início do condicionamento e 1 caso no 30º dia. Tivemos um caso (LMA) positivo para Cryptosporidium no 6º dia pós condicionamento, durante um surto de criptosporidiose. Em todos os casos não ocorreram evidências de transmissão cruzada. Não houve nenhuma cultura positiva para vírus (Microsporidium sp). Concluímos com este trabalho que a nossa prevalência de infecções intestinais durante o transplante de medula óssea se deu no período posterior ao condicionamento, sendo a maioria das culturas negativas no período de mucosite como efeito colateral das drogas. A casuística do HIAE mostrou que em pacientes submetidos ao TMO autólogo é seguro iniciar a investigação das prováveis causas de diarréia apenas com coprocultura e pesquisa das toxinas A e B, reservando outras culturas como vírus para casos refratários e ou persistentes, possibilitando uma diminuição no número de exames solicitados e consequentemente nos custos do transplante. Palavras-chaves: Agentes causadores, Clostridium difficile, Condicionamento, Custos, Mucosite

TL- 070

ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA. COMPARAÇÃO ENTRE PRÉ E PÓS TMO.

Autor(es): Maria Letícia Cavalcanti Rotta Barsotti, Ana Merzel Kernkraut, Valéria Paz de Souza, Patricia do Carmo Della Vechia, Nelson Hamerschlak

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein 627/701 - Morumbi -CEP 05651-901 São Paulo

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Resumo: Introdução: Embora o Transplante de Medula Óssea (TMO) tenha a potencialidade de cura ou prolongamento da sobrevida do paciente (pcte), favorece complicações de diversas ordens podendo afetar a qualidade de vida (QV) tanto durante o procedimento, quanto no período pós-TMO. Barreta et al (2000) afirma que a QV dos pctes pós-TMO está relacionada a complicações crônicas e a estrutura familiar. Considerando as evidências apresentadas pela literatura, este estudo teve por objetivo analisar o impacto do TMO na QV dos pctes. Realizou-se uma avaliação que contemplou o pré e pós-TMO, sendo este considerado entre 100 e 120 dias. O instrumento utilizado foi o Questionário Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36), versão brasileira. Material: Para a análise da QV foi escolhido uma escala que atendesse os critérios de validade, foi utilizado o SF-36. É um instrumento de avaliação de saúde, multidimensional. Constituído pelos seguintes itens: avaliação de capacidade funcional, aspectos físicos, dor e estado geral de saúde; avaliação de aspectos sociais, vitalidade, aspectos emocionais e saúde mental. Além disso, foi realizado um levantamento das principais características clínicas dos pctes. Método: A amostra foi composta por pctes com idade superior a 18 anos, atendidos na Unidade de TMO do Hospital Israelita Albert Einstein. Foram avaliados 11 pctes. Nenhum se recusou a participar do estudo. Esclareceu-se os objetivos da pesquisa, o caráter sigiloso e voluntário da participação dos pctes, sendo ressaltado que a recusa da colaboração não acarretaria prejuízos na continuidade do atendimento. Aplicou-se o questionário nos dois momentos descritos. A avaliação deste seguiu as instruções de Ciconelli e cols (1997).Resultados: Foram estudados 11 pctes, 74% do sexo maesculino, com idade média de 50 anos, 76% submetidos ao TMO autólogo. Foi constatado aumento significativo da QV nos aspectos físicos, sociais, nível de dor, vitalidade, porém um decréscimo nos aspectos emocionais. Conclusão: O SF-36 foi um bom instrumento para avaliar QV de pctes submetidos ao TMO. Os resultados sugerem que com 120 dias pós TMO o pcte começa a ter reorganização do cotidiano, mesmo ainda tendo dificuldades em alguns aspectos. O medo da recaída e o impacto emocional ainda dificultam na melhora da QV. Sugere-se estudos futuros com acompanhamento de outras etapas do pós-TMO, tendo uma visão mais ampla do impacto do TMO na vida do pcte. Palavras-chaves: Instrumento, Qualidade de vida, Transplante de medula óssea

TL- 071

Atendimento fisioterapeutico a paciente portadora de LMA que evoluiu com SDRA por infecção pulmonar por influenza e toxoplasmose no periodo pos TCTH - relato de 1 caso

Autor(es): Fabiana mesquita da silva, Daniela Giachetto Rodrigues, Marister do nascimento cocco, Vânia dos nascmento gasbarro, Patricia do carmo d vecchia

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital israelita Albert Einstein, av albert einstein 627 Resumo: Objetivo: Relatar a intervenção fisioterapêutica a uma paciente no período pós transplante de células tronco hematopoiéticas que evoluiu com infecção pulmonar, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) e toxoplasmose. Caso: Paciente, sexo feminino, 54 anos, portadora de Leucemia Mielóide Aguda (LMA) submetida ao transplante de células tronco alogênico de duplo cordão previamente, chegou ao Pronto Atendimento com quadro de febre, bacteremia, taquidispneia e hipoxemia. Foi avaliada pelo plantonista e transferida para a Unidade de Terapia Intensiva(UTI). Ao ser avaliada pela equipe de fisioterapia, optou-se pela utilização de ventilação não invasiva (VNI), a qual não foi eficaz; evoluindo com piora progressiva do quadro pulmonar e paciente foi entubada. Após cerca de 7 dias, paciente foi extubada e passou a utilizar Bipap. Devido dependência de VNI e disfagia severa paciente foi traqueostomizada. Ao exame de eletroneuromiografia, apresentou poliradiculoneurite de fase aguda e padrão axonal com total degeneração das fibras nervosas sensitivas a total degeneração das fibras nervosas motoras. Após ser traqueostomizada, permaneceu dependente da VNI. Após 25 dias, foi transferida da UTI para a unidade semi- intensiva e iniciou a utilização da válvula de fonação. Após 5 dias de utilização da válvula de fonação, foi suspenso o uso de VNI e iniciou-se exercícios respiratórios com pressão positiva (RPPI) e o protocolo de decanulação utilizado no nosso serviço. Após 23 dias, paciente foi transferida para a unidade de clínica médica, apresentava-se secretiva com disfagia leve e fraqueza muscular global grau 3, realizava fisioterapia respiratória 3 vezes ao dia e fisioterapia motora 2 vezes ao dia. Após 1 mês e 10 dias de traqueostomia e 16 dias do uso da válvula de fonação, o cuff da cânula de traqueostomia foi desinsuflado e se manteve assim por 14 dias, então a cânula foi trocada por uma metálica. Após a troca, em cerca de 10 dias paciente foi decanulada. Com relação à parte motora, paciente apresentava grau 3 (escala Kendall) de força muscular global, fraqueza maior em região proximal de MMSS e MMII, deambulava com moderado auxílio pequenas distancias. Com a evolução do fortalecimento muscular, paciente aumentou a distancia a ser

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percorrida e diminuiu a necessidade de assistência. Realizou exercícios de fortalecimento com pesos de 0,5 a 1 kg. Após 5 meses de internação, paciente teve alta hospitalar com home care, decanulada, sem disfagia, respirando espontaneamente em A.A.e deambulando sob supervisão. Palavras-chaves: complicação pós transplante, fisioterapia, transplante de medula ossea

TL- 072

HIPERGLICEMIA EM PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS

Autor(es): Tania Michele Barreto Waisbeck, Patricia do Carmo Della Vechia, Cristina Vogel, Leonardo Raul Morelli, Fábio Pires de Souza Santos, Nelson Hamerschlak

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, av: Albert Einstein, 627/701 Morumbi. CEP: 05651-901. São Paulo-SP

Resumo: A hiperglicemia aumenta o risco de complicações, o tempo e o custo de internação com conseqüente elevação das taxas de morbi-mortalidade em pacientes sem história prévia e nos portadores de Diabetes mellitus (DM). A manutenção da glicemia em níveis de 80-110mg/dL está associada à redução de morbi-mortalidade entre pacientes cirúrgicos gravemente enfermos conforme descrito por Van den Berghe. A infecção é a maior complicação em pacientes submetidos a Transplante de Células Tronco Hematopoéticas (TCTH), esta aumenta o risco de hiperglicemia (glicose>110mg/dL) e resistência à insulina; ao mesmo tempo a hiperglicemia leva ao aumento de marcadores inflamatórios aumentando o risco de infecção. A susceptibilidade às infecções relacionado ao período prolongado de neutropenia, o uso de imunossupressores, corticosteróides e da nutrição parenteral prolongada geram elevação nos níveis de glicemia. A glicemia capilar (GC) é o 6° sinal vital no Hospital Israelita Albert Einstein desde Maio de 2009, com o intuito de reduzir riscos associados à hipo/hiperglicemia. Foram analisados 27 prontuários de pacientes submetidos à TCTH de Maio de 2009 a Abril de 2010: 3 (11,1%) tinham antecedente pessoal de DM, destes 1 (3,7%) correspondia à DM tipo1 e 2 (7,4%) à DM tipo2. Em relação ao antecedente familiar de DM, 7 (25,9%) referiram esse histórico. Apresentaram hiperglicemia na admissão 10 (37%), desses 5 (50%), foram submetidos à GC no dia seguinte em jejum e 2 (20%), mantiveram hiperglicemia. Dos pacientes que apresentaram hiperglicemia na admissão, 8 (80%), apresentaram hiperglicemia em algum momento durante o tratamento. Não tiveram alteração da GC na admissão 9 (33,3%) pacientes, desses 2 (22,2%), apresentaram hiperglicemia em algum momento durante o tratamento. Não foi realizado GC na admissão de 8 (29,6%) pacientes, desses 3 (37,5%) apresentaram hiperglicemia durante o tratamento. Dentre os 13 pacientes que apresentaram hiperglicemia durante a internação, 6 (46,1%) tiveram algum tipo de complicação, necessitando de internação em unidade de terapia intensiva. O controle de GC por ser um procedimento invasivo é muitas vezes pouco valorizado pelo risco e desconforto gerado nestes pacientes tão manipulados. Considerando os crescentes estudos envolvendo os riscos relacionados à variabilidade glicêmica, percebe-se a necessidade de mudanças nesses paradigmas. Sugere-se um estudo mais detalhado, bem como a adoção de um protocolo de controle glicêmico e de hiperglicemia direcionado a pacientes submetidos à TCTH. Palavras-chaves: Enfermagem, Glicemia, Infecção, TCTH

TL- 073

Evidence of balancing by natural selection acting for HLA-A,-B,-DRB1 loci of the human population from Minas Gerais state, Brazil

Autor(es): Raquel Oliveira1, Evaldo Nascimento2,1 Instituição(ões): 1. IMUNOLAB/BH-MG, Laboratório IMUNOLAB, Av. Bernardo Monteiro, 971- 11ºandar BH/MG

2. SC-BH/MG, Núcleo de Pesquisa da Santa Casa-BH/MG, Av. Francisco Sales s/n BH/MG Resumo:

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Introduction: The HLA diversity is under selective pressures in different geographic areas. This may be related to the HLA molecules presentation of infectious organism abroad distributed in the world. The high HLA polymorphism indicates that these genes are under some kind of natural selection, probably balancing selection which maintains new alleles and alleles with low frequency in frequencies more evenly distributed than expected under the neutral evolution model. In the HLA loci the genetic diversity is higher than expected with the allele frequency spectrum characterized by excess of alleles with intermediate frequency. Several facts support the hypothesis that HLA polymorphism is selectively maintained in human populations by 1) large number of alleles, 2) high number of polymorphic sites, 3) the number of the non-silent mutations are frequently high compared with other loci, 4) few alleles are rare and many are found with relatively similar frequencies, 5) variation concentrated on regions of the HLA molecule, with the greatest variability been observed in the Peptide Biding Region. Materials and Methods: A total of 2868 healthy subjects from mixed population of Minas Gerais state, Brazil were randomly selected for the study. The deviations from neutrality were assessed for each HLA locus by neutrality test of Ewens-Watterson (EW) that was performed using the Pypop program version 0.7.0. Results: The distribution of allele frequency observed had intermediate values and fewer alleles with higher frequencies. The results of EW test can be observed in Table 1. The negative Fnd values were observed for all HLA loci with the p-values significantly lower, consistent with the action of balancing selection and therefore reject the null hypothesis of neutrality. The strongest evidence of selection was observed in HLA-DRB1 locus showed lower Fnd value. Table 1: Results of EW homozygosity test. HLA-A HLA-B HLA-DRB1 F observed 0,1053 0,0523 0,1005 F expect 0,229 0,119 0,294 Fnd -1,3692 -1,6059 -1,6544 p-value* 0,0062 0,0002 0,0001 *Significance of the p-value Palavras-chaves: Ewens-Watterson neutrality test, HLA, Human population, Natural selection

TL- 074

Analysis of Genetic differentiation of the HLA-A,-B,-DRB1 loci using G'st method Autor(es): Raquel Oliveira2, Evaldo Nascimento3,2 Instituição(ões): 2. IMUNOLAB/MG, Laboratório IMUNOLAB, Av. Bernardo Monteiro, 971, 11º Andar, BH/MG

3. SC-BH/MG, Núcleo de Pesquisa da Santa Casa-BH/MG, Av. Francisco Sales s/n BH/MG Resumo: Introduction: The gene diversity and genetic differentiation among different populations are fundamental descriptive variables to population genetics and applications in evolutionary and anthropology studies. The diversity is usually equated with heterozygosity and the genetic differentiation among population groups have been measured by classical method such as Fst and Gst. These approaches were developed around 50 year ago to evaluate biological systems with low diversity. The Gst as well as classical statistical Fst are very dependent on the levels of heterozygosity into populations and independent of alleles type. The use of these statistics methods for polymorphic and high heterozygosity loci, as well as HLA loci may underestimate the true genetic differentiation among populations. Thus, the analysis of diversity, population differentiation and gene flow may contain deviations from actual result if was analyzed with conventional methods. The G'st is analogous to Fst adapted for multiple alleles, which could vary between 0 and 1. Estimates of genetic differentiation by the G'st method have considered the allele frequencies and the existence of different alleles in populations showed the highest value of genetic differentiation when compared to the Gst standard. In this study was compared the genetic differentiation by classical method with the G'st measure to HLA-A,-B,-DRB1 loci data. Material and Methods: In this study, 2868 healthy subjects randomly selected of the mixed population from Minas Gerais state, Brazil were used. To evaluate the degree of differentiation in the distribution of HLA allele frequency the G'st statistics method implemented on SMOGD program version 1.2.5 was used. Results: Our data obtained by estimates using G'st for the HLA-A, -B, -DRB1 loci showed that the genetic differentiation was statistically different from zero, with the HLA-B locus showing greater differentiation (Table 1). Table 1: Genetic differentiation measures. LOCI GST est G'ST est GST est IC* G'ST est IC* HLA-A 0,002 0,002 - 0,004 0,03 0,025 - 0,054 HLA-B 0,002 0,001 - 0,003 0,044 0,042 - 0,083 HLA-DRB1 0,001 0,001 - 0,002 0,011 0,010 - 0,032 CI* confidence interval 95% obtained by 1000 bootstrap resampling. Conclusions: The estimates of G'st generally showed divergence values larger than the classical measures of genetic diversity. Also have shown that are most suitable for studies of population differentiation involving the HLA loci. Research support by Lab. IMUNOLABTx/MG/BR Palavras-chaves: Fst, Genetic diffentiation, G'st, Heterozygosity, HLA

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TL- 075

Analysis of the genetic evolutionary of HLA loci among human population groups from three continents

Autor(es): Raquel Oliveira1, Evaldo Nascimento2,1 Instituição(ões): 1. IMUNOLAB-BH/MG, Laboratório IMUNOLAB, Av. Bernardo Monteiro, 971- 11ºandar BH/MG

2. SC-BH/MG, Núcleo de Pesquisa da Santa Casa-BH/MG, Av. Francisco Sales s/n BH/MG Resumo: Introduction: The HLA system is highly informative tool in the genetic population studies due to their high polymorphism and linkage disequilibrium. These features allow that the HLA system have been used for demography and anthropological studies. In this research the evolutionary relationships among groups of populations from Minas Gerais (MG) state, Brazil and non Brazilian population groups were evaluated using HLA-A,-B,-DRB1 loci data. Material and Methods: Volunteer subjects from MGl HLA typing for bone marrow donor in then Brazilian bank were used. The subjects were divided by ethnic groups such as: white (n=1889), blacks (n=327), browns (n=652) and Indian (n=24). The allele frequencies of non Brazilian population groups from three continents were obtained from database of HLA frequencies: http://www.allelefrequencies.net - Europe (Italy n=159311, Spain n=407, Portugal n=562); Brazil (white from PR n=2775, cafusos from PR n=319, mulatto from PR n=186, brown from SP n=239, mestizos from PI n=97, black from PR n=77, indigenous Terena tribe from MS n=60), and Africa (Guinea-Bissau n=65, Zimbabwe n=230). The phylogenetic analysis was done by PHYLIP program version 3.69. The phylogenetic tree was drawn from the distance matrix using the Neighbor-Joining algorithm. The final design of the tree was done by the TreeView program. Results: The populations groups from Italy and Spain formed a separate group showing a large genetic distance in relation with others. The whites from PR were closer to the people from Portugal, Italy and Spain. The browns from SP, MG, PR and PI formed a group intermediate among Europeans, Amerindians and Africans. This observation indicates that the mixed group is the result of miscegenation that also involved the Amerindians. Blacks from MG and PR are genetically closer to African populations from Zimbabwe and Guinea-Bissau. The Brazilian subpopulation of European origin, in general, was closer genetically with European populations. Moreover, the subpopulations from African origin are genetically closer to African populations. The two Indian populations form a separate cluster, demonstrating a large genetic distance between them and other populations, despite of miscegenation. Conclusions: These results support the use of HLA genes as a tool for evolutionary study and also suggest that the MG population shows genetic characteristics predominantly from European and African descent. Research support by Lab. IMUNOLABTx/MG/BR Palavras-chaves: Evolutionary relations, HLA, Human population, Miscegenation, Phylogenetic analysis

TL- 076

Anticorpos HLA nos pacientes em busca de doador de células-tronco hematopoéticas

Autor(es): Noemi Farah Pereira, Marcia Fabricio de Melo, Luciana Dornelles, Luciane Kaminski, Cleusa Schafhauser, Joselito Getz, Carmem Salles Bonfim, José Zanis Neto, Ricardo Pasquini

Instituição(ões): 1. HC-UFPR, Hospital de Clínicas – Universidade Federal do Paraná, R. Ary camargo Queiroz 65 Ap.301 Curitiba, PR 80030-050

Resumo: Pacientes com indicação de transplante de células-tronco hematopoéticas (CTH) podem estar sensibilizados aos antígenos HLA devido às transfusões de hemocomponentes, gravidez ou transplante prévio. Alguns estudos sugerem que anticorpos (Ac) anti-HLA específicos contra o doador estão associados à maior incidência de falha de pega do enxerto. O objetivo deste estudo é investigar a incidência destes Ac nos pacientes referidos para busca de doadores. Constituição da amostra: 54,8% dos pacientes com doenças hematológicas não malignas e 44,2% malignas, 55% do sexo masculino e 45% do feminino; 60% menores e 40% maiores de 18 anos; 0,9% mestiço (oriental com branco), 79,3% brancos e 19,8% afro-descendentes. A investigação de Ac anti-HLA foi realizada no soro de 164 pacientes por método de fase sólida, no qual moléculas HLA são conjugadas às microesferas imunomagnéticas empregando a tecnologia Luminex. A pesquisa de Acs anti-classe II (N=164) foi positiva em 45 pacientes (27,4%) e negativa em 119 (72,6%); 33 (20,1%) indivíduos mostraram Ac contra moléculas codificadas por DQB1, 9 (5,5%) anti-DQA1, 27 (16,5%) anti-DRB1 e 9 (5,5%) anti-DPB1. Dos 9 pacientes com anticorpos

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anti-DP, 8 encontraram doadores compatíveis para os locos clássicos de transplantação. A tipagem DPB1 destes oito pares mostrou ausência de Ac anti-DP específicos para os antígenos expressos pelos respectivos doadores. Dentre os pacientes investigados para classe I (N=146) houve 68 (46,6%) positivos e 78 (53,4%) negativos; 44 (30,1%) apresentaram Ac específicos para HLA-A, 41 (28,1%) para HLA-B e 17 (11,6%) para HLA-C. Os pacientes analisados para Ac anti-classes I e II simultaneamente mostraram os seguintes resultados: 33 (22,6%) classe I + e classe II -; 6 (4,1%) classe I – e classe II +; 35 (24,0%) classes I e II +, e 72 (49,3%) classes I e II -. Nesta amostra de 164 pacientes, 96 não foram transplantados, 66 dos 69 transplantados não tinham anticorpos HLA contra o doador e três apresentaram anticorpos doador-específicos (ADEs). Destes, um foi submetido à remoção dos ADEs (anti-A2) por plasmaferese e mostrou ótima evolução clínica pós-transplante; e dois transplantados sem medidas terapêuticas para retirada de anticorpos apresentaram falha de pega do enxerto necessitando um segundo transplante. Palavras-chaves: anticorpos HLA, transplante, células-tronco hematopoéticas

TL- 077

ALTERAÇÕES ORAIS EM PACIENTES TRANSPLANTADOS DE MEDULA ÓSSEA

Autor(es): Emeline das Neves de Araújo Lima, Maria Zelia Fernandes, Leão Pereira Pinto, Ana Miryam Costa de Medeiros

Instituição(ões): 1. UFRN, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, Av. Sen. Salgado Filho, 1787. Lagoa Nova, Natal/RN, CEP: 59056-000

Resumo: Introdução: O transplante de medula óssea (TMO) é atualmente a melhor opção terapêutica para pacientes com doenças hematológicas ou desordens autoimunes. Entretanto, esse procedimento requer tratamento imunossupressor, o que favorece o desenvolvimento de complicações, frequentemente manifestadas na cavidade oral. Dentre os problemas de ordem física, complicações pulmonares, toxicidade medicamentosa, doença do enxerto contra hospedeiro (DECH), infecções e outras disfunções orgânicas são consequências frequentes e bem-reconhecidas do TMO. Manifestações na cavidade oral são comuns e correspondem a uma grande parcela dos efeitos colaterais relacionados ao transplante. Este estudo objetivou avaliar a frequência de alterações orais em 51 pacientes submetidos ao TMO e relacionar esses resultados com aspectos clínicos referentes aos pacientes e aos transplantes realizados. Material e Métodos: A coleta de dados baseou-se em aplicação de questionário e exame clínico da cavidade oral de pacientes transplantados em acompanhamento. Resultados: Foram identificadas alterações orais em 25 pacientes (49,0%), estando caracterizadas, em ordem decrescente de frequência, por: mucosite (27,5%), alteração gengival (11,8%), púrpura trombocitopênica (11,8%), pigmentação da mucosa (7,8%), reação liquenóide (3,9%) e candidíase (3,9%). Não foram observadas diferenças estatísticas significativas entre a presença ou ausência de alterações orais em relação ao tipo de TMO (alogênico ou autólogo) (p=0,103) ou à origem das células transplantadas (medula óssea ou sangue periférico) (p=0,488). Em contrapartida, constatou-se associação estatisticamente significativa entre a presença de alterações orais e a DECH (p Palavras-chaves: MANIFESTAÇÕES BUCAIS, TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA, TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA

TL- 078

Uso da Lanolina na prevenção de lesões de lábios por toxicidade quimioterapica Autor(es): Paulo Sérgio da Silva Santos1, Marcelo Mariano1, Fábio Luiz Coracin2, Cibele Santoro1, Sérgio Brasil1 Instituição(ões): 1. HSC, Hospital Santa Cruz, Rua Santa Cruz, 398 - São Paulo - SP

2. HCFMUSP, Hospital das Clinicas da FMUSP, Av. Dr. Arnaldo Resumo: A mucosite é a manifestação oral mais comum em pacientes sob tratamento oncológico. Sua intensidade varia de acordo com o agente quimioterápico e com as condições orais prévias ao tratamento. O acometimento do paciente pela mucosite

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oral (MO) durante o Transplante de Células Tronco Hematopoieticas (TCTH) aumenta de forma expressiva o risco de disseminação sistêmica de bactérias da cavidade oral, que se infiltram através das lesões ulcerativas podendo atingir o sistema circulatório. A toxicidade dos quimioterápicos predispõe a ulcerações em mucosas da boca e lábios, as quais servem como porta de entrada para infecções secundárias. A lanolina é um produto natural obtido a partir de cera de lã. Por sua composição ser de alta complexidade estrutural a lanolina é um produto único sem substitutos e com baixa capacidade alergênica. Esta composição faz com que ela tenha como principal característica a absorção de água, além de ser excelente engordurante e hidratante possui ótima aderência. Este estudo tem por finalidade relatar a efetividade do uso profilático da Lanolina aplicada nos lábios de pacientes submetidos à TCTH. Para este estudo prospectivo foram avaliados 85 pacientes submetidos à TCTH autólogo e alogeneico, graduada a MO de acordo com a OMS e o acometimento das úlceras em região de vermelhão dos lábios após o condicionamento quimioterápico. Todos os pacientes utilizaram a Lanolina creme em lábios de 3 a 6 vezes ao dia desde o início do condicionamento quimioterápico até a pega medular. Nossos resultados mostraram que não houve incidência de lesões em lábios com o uso da Lanolina, comparando com a literatura encontramos 46% (Cowen et al. 1997) e 32,5% (Gordon-Nunez et al. 2002) de úlceras em lábios em pacientes submetidos a TCTH. Foi analisada estatisticamente esta comparação pelo teste exato de Fisher (p Palavras-chaves: Lanolina, Úlceras orais, Quimioterapia, Prevenção de doenças, Transplante de Células

TL- 079

Perfil nutricional de pacientes admitidos para Transplante de Medula Óssea em um hospital universitário

Autor(es): Eni dos Reis Rodrigues, Eni dos Reis Rodrigues, jacqueline Siqueira Santos, Gicele Mendes Chagas Instituição(ões): 1. HC-UFMG, Serviço de Nutrição e Dietética Hospital das Clínicas UFMG, Alfredo Balena 110 sub solo

Santa Efigênia CEP 30 130 100 Belo Horizonte MG Resumo: Introdução: O transplante de medula ossea(TMO) ou transplante de células progenitoras hematopoiéticas é utilizado no tratamento de doenças hematológicas, anormalidades genéticas e neoplasias, com o intuito de restaurar o sistema hematopoiético em pacientes que receberam quimioterapia e irradiações intensas. quanto á origem das células, podem ser autólogos(células originadas do próprio paciente), alogênicos (células doadas por outro indivíduo)ou singênicos (o doador é um gêmeo id~entico). O aumento do metabolismo ocasionado por febre, doença do enxerto contra hospedeiro(DECH), quimioterapia ou radioterapia,associado á diminuição da ingestão alimentar ocasionada por mucosite, enterite, náuseas, vômitos, diarréia e alterações da salivação podem levar á desnutrição e consequente aumento da morbi-mortalidade. O manejo nutricional é iniciado no pré-transplante com avaliação do estado nutricional, dos fatores de risco e estimativa das necessidades nutricionais. O objetivo foi avaliar o estado nutricional de pacientes admitidos para TMO. Material e métodos: Realizou-se um estudo transversal com todos os pacientes admitidos para TMO no período de janeiro de 2008 a abril de 2010. Foram coletados os dados referentes ao Índice de massa corporal(IMC) de 69 pacientes e circunferência de braço (CB) e dosagens de albumina sérica de 68 pacientes. resultados: Foram avaliados 69 pacientes, com média de idade de 41 anos, sendo 45 (65,2%) do sexo masculino. Vinte e seis (39,7%) foram submetidos a TMO autólogo, 42 (60,8%) a TMO alogênico e 1 (1,4%) a TMO singênico. a média do IMC foi de 26,7Kg/m2. Vinte e cinco pacientes (36,2%) foram classificados como eutróficos, 40 (58%)como sobrepeso e obesos e 4 (5,8%)como desnutridos, segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS). Segundo a CB, 30 pacientes (44,1%) foram classificados como eutróficos, 14 (20,6%) como sobrepeso e obesos e 24(35,3%) como desnutridos. Pela dopsagem de albumina sérica, 46 pacientes (67,6%) foram classificados como eutróficos 22 (32,4%) como desnutridos. os métodos de avaliação nutricional são complementares. Dos métodos de avaliação antropométrica , a CB refletiu melhor o estado nutricional dos pacientes Palavras-chaves: Transplante medula ossea, Perfil nutricional, Avaliação nutricional

TL- 080

Infecção Ativa pelo Citomegalovírus Humano em Receptores de Transplante Alogênico de Células Tronco Hematopoéticas e Determinação do Cutoff para Diagnosticar a sua Reativação

pela PCR em Tempo Real

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Autor(es): Renata M.B. Peres2, Claudia R.C. Costa2, Paula D. Andrade2, Sandra Helena Alves Bonon2, Dulcinéia M. Albuquerque1, Cristiane Oliveira2, Afonso Celso Vigorito1, Francisco J.P. Aranha1, Cármino Antonio de Souza1, Sandra Cecília Botelho Costa2

Instituição(ões): 1. Hemocentro/UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas, Cidade Universitária Zeferino Vaz - Campinas/SP 2. FCM/UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas, Cidade Universitária Zeferino Vaz - Campinas/SP

Resumo: Introdução: O citomegalovírus humano (HCMV) é um vírus cosmopolita pertencente à família Herpesviridae, subfamília Betaherpesvirinae. É amplamente disseminado na população e após infecção primária estabelece estágio de latência no hospedeiro. Periódicas reativações ocorrem em situações de estresse, imunossupressão, doenças autoimunes e quimioterápicos. O impacto desta infecção em receptores de TCTH é grande podendo causar pneumonia intersticial, doença TGI, hepatite, mielossupressão, retinite, nefrite, encefalite, atraso da pega medular, DECH, infecções oportunistas, aceleração da perda do enxerto e óbito. Por este motivo, é de suma importância o uso de técnicas laboratoriais, suficientemente sensíveis e específicas, capazes de fazer o diagnóstico precoce da infecção ativa pelo HCMV e determinar o cutoff para diferenciar infecção latente de infecção ativa a fim de prevenir o aparecimento da doença pelo HCMV e demais complicações associadas a este vírus. Materiais e métodos:558 amostras de sangue total foram incluídas no estudo. As amostras foram coletadas de 30 pacientes submetidos ao TCTH do tipo alogênico, os quais foram monitorizados semanalmente desde o D+0 até o D+150 pelas técnicas de antigenemia, Nested-PCR e PCR em tempo real. Para a determinação do valor de cutoff para o diagnóstico da reativação do HCMV pela PCR em tempo real utilizou-se a curva ROC observando o valor que apresentasse a melhor sensibilidade e especificidade. Para tanto, a antigenemia foi utilizada como padrão de referência. Resultados: O valor de cutoff que apresentou melhor sensibilidade (71,4%) e especificidade (89,7%) para o diagnóstico da reativação do HCMV foi de 418,4 cópias virais/104 leucócitos periféricos. Vinte e sete pacientes (90%) apresentaram infecção ativa pelo HCMV, com maior incidência durante o segundo mês pós-TCTH. Destes, 21 (77,8%) foram submetidos ao tratamento precoce com Ganciclovir, 18 (66,7%) apresentaram infecções oportunistas, 11 (40,7%) tiveram DECH aguda, 9 (33,3%) tiveram infecção recorrente pelo HCMV, 5 (18,5%) tiveram rejeição crônica do enxerto, 2 (7,4%) desenvolveram doença pelo HCMV e 11 (40,5%) evoluíram a óbito, sendo 1 (3,7%) por doença por HCMV associado a DECH aguda e infecção bacteriana. Conclusões: Os testes utilizados foram eficazes na monitorização da infecção ativa pelo HCMV onde somente 2 (7,4%) dos 27 pacientes que apresentaram infecção ativa desenvolveram doença por HCMV, e o cutoff proposto deve ser validado em estudos futuros. Palavras-chaves: citomegalovírus humano, antigenemia, nested-PCR, real-time PCR

TL- 081

Genotyping of Cytomegalovirus (HCMV) in Allogeneic Hematopoietic Stem Cell Transplant Recipients

Autor(es): Débora de Campos Dieamant1, Sandra Helena Alves Bonon1, Mônica M. Murakami1, Francisco J.P. Aranha2, Gislaine O. Duarte2, Virgínio C.A. Fernandes Jr.2, Cármino Antonio de Souza2, Sandra Cecília Botelho Costa1, Afonso Celso Vigorito2

Instituição(ões): 1. FCM/UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas, Cidade Universitária Zeferino Vaz - Campinas/SP 2. Hemocentro/UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas, Cidade Universitária Zeferino Vaz - Campinas/SP

Resumo: Based on sequence variation in the UL55 gene that encodes glycoprotein B (gB), human cytomegalovirus (HCMV) can be classified into four gB genotypes. Previous studies have suggested there could be an association between CMV gB genotype and clinical outcome in patients who underwent an allogeneic hematopoietic stem cell transplant (HSCT). Objectives: The goal of this study was to determine the distribution of gB genotypes in allogeneic HSCT patients with CMV infection and the effect of gB type on clinical outcome including CMV disease. Study design: The diagnosis of HCMV infection after allogeneic

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HSCT was detected by Antigenemia (AGM) and Nested-PCR (N-PCR). Positive samples from patients with active HCMV infection were submitted to genotyping using the N-PCR to amplify a region of UL55, followed by restriction analysis based on HinfI and RsaI digestion. Results: Were evaluated 55 allogeneic HSCT recipients, 41/55 patients (74,5%) presented active HCMV infection detected by AGM and/or N-PCR, a median time of 32 days after the transplant. The distribution of HCMV gB genotypes in 30/41 patients with HCMV active infection was as follow: gB1, 14/30 (46,6%); gB2, 10/30 (33,3%); gB3, 2/30 (6,7%); gB4, 2/30 (6,7%) and two patients (6,7%) had mixed infection whit gB1+gB3 and gB2+gB3. HCMV disease developed in 2 patients, characterized for gastrointestinal disease and these two patients had infection with a mixture of HCMV gB genotypes. Conclusions: in this study the most prevalent genotype in patients with HCMV active infection was gB type1 and moreover, the mixture of HCMV gB genotypes was associate with gastrointestinal disease. These results may be taken as a preliminary report on the prevalence of different HCMV gB genotypes in a Brazilian allogeneic HSCT population with active HCMV infection. Palavras-chaves: antigenemia, genotype, human cytomegalovirus, nested-PCR, Stem Cell Transplant

TL- 082

Anemia hemolítica auto imune como manifestaçao de doença do enxerto versus hospedeiro crônica tratada com Rituximab.

Autor(es): Kátia Aparecida de Brito Eid, Vitoria Régia Pinheiros, Silvia Regina Brandalise Instituição(ões): 1. Boldrini, Centro Infantil Boldrini, Rua Gabriel Porto 1270 Campinas São Paulo Resumo: PLN 7a transplantado de medula óssea não aparentado por leucemia linfoblá0 stica aguda segunda recidiva precoce, recebeu sangue de cordão. Após 2anos de transplante apresentou quadro de anemia hemolitica auto imune que coincidiu com retirada de corticoide de ação local para tratamento de doença do enxerto versus hospedeiro crônica de intestino. O tratamento da doença do enxerto versus hospedeiro crônica de intestino foi de dificil controle, durou aproxinadamente 8 meses, só apresentando resolução com o uso de corticoide via oral de ação local. Por insuficicência renal não estava em uso de ciclosporina. Toda investigação para encontrar a causa da anemia hemolitica auto imune mostrou se negativa, como a hemolise iniciou após retirada do uso do corticoide, não estava usando nenhum outro imunossupressor e baseando se na literatura, podemos inserir que pode trata se de um quadro caro de No inicio do quadro paciente respondeu ao uso de prednisona mas após 8m tornou se refratário. Então recebeu 4 ciclos de rituximab 375mg/m2 sem sucesso. Após intervalo de 1 ano do último ciclo de rituximab, sempre apresentando hemolise franca (reticulócito 32%)e recebendo tranfusões frequentes, optado por prescrever novamente rituximab a cada 21 dias impreterivélmente, o que não tinha o ocorrido nos primeiros ciclos, paciente apresentou várias complicaçõe que impediu a infusão do rituximaba a cada 21 dias. Logo após o segundo ciclo de rituximab apresentava hemoglobina de 10 com reticulocitos de 5%, sem tranfusões e ou qualquer outra droga imunossupressora. No final do quarto ciclo de rituximab apresentava se em completa remissão. Não apresentou nenhum quadro grave de infecção. Conclusão: Dech crônico pode manisfestar se como anemia hemolitica auto imune e rituximab é uma terapia viável e segura. Palavras-chaves: anemia hemolitica, dech crônica, não aparentado

TL- 083

DETECÇÃO E ANÁLISE DE ALOANTICORPOS EM PACIENTES EM LISTA DE ESPERA PARA TRANSPLANTE RENAL

Autor(es): Sofia Rocha Lieber, Bruna Rocha Vergílio, Lucyana Leôncio Carrijo, Silvia Barbosa Dutra Marques, Edilaine Cristina Guilherme Corradine, Marcia Regina Tabossi, Ana Paula Ribeiro de Farias, Ana Claudia Gonçalez, Edilaine Gildo Guariento

Instituição(ões): 1. HEMOCENTRO-Campinas, Centro de Hematologia e Hemoterapia - UNICAMP, Lab. Histocompatibilidade - Rua Carlos Chagas, 480, Campinas–SP, CEP: 13083-878

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Resumo: A sensibilização contra antígenos HLA-A,-B,-C,-DR,-DQ,-DP e MICA foi pesquisada em 717 pacientes renais crônicos (405 homens e 312 mulheres) cadastrados em lista de espera para transplante com rim de doador falecido. Nos pacientes com anticorpos contra antígenos HLA (%PRA> 0) foi feita a caracterização das especificidades. Os ensaios foram realizados por citometria de fluxo (LABScreen® PRA ou Single Classe I/II – One Lambda, Inc. CA, USA). O teste do Qui-quadrado foi utilizado na comparação da incidência de sensibilização entre os sexos. Ausência de aloanticorpos contra quaisquer dos antígenos investigados foi observada em 53,3% dos homens e, em 26,6% das mulheres. A sensibilização contra antígenos MICA foi constatada em 21,4% dos homens e em 11,2% das mulheres. Em nenhum destes casos foram detectados anticorpos contra antígenos HLA classes I ou II. Em 297 (41,4%) pacientes foram encontrados anticorpos contra pelo menos um antígeno HLA classe I ou II (homens: 25,4%; mulheres: 62,2%). Sensibilização contra apenas HLA classe I esteve presente em 149 (20,8%) pacientes (homens: 15,3%, mulheres: 27,9%), contra apenas antígenos HLA classe II em 28 (3,9%) pacientes (homens: 2,2%; mulheres: 6,1%) e contra ambas classes em 120 (16,7%) pacientes (homens: 7,9%; mulheres: 28,2%). Todas as diferentes incidências observadas entre homens e mulheres foram estatisticamente significantes (p< 0,05). As percentagens médias de PRA para classes I e II foram, respectivamente, 39,2 ± 29,9 e 60,3 ± 26,8, entre os homens e 55,0 ± 27,9 e 64,5 ± 25,5, entre as mulheres. Dentre 257 pacientes PRA classe I positivo, 77,4% apresentaram anticorpos contra pelo menos um antígeno HLA-A e B e destes, apenas duas mulheres apresentaram, adicionalmente, anticorpos contra HLA-C. Em 83,7% dos pacientes, o padrão de reação do soro correspondia a grupos de antígenos de reação cruzada (CREG) para HLA-A e/ou HLA-B. Em 137 pacientes sensibilizados aos antígenos HLA classe II, 97,8% apresentaram anticorpos contra antígenos HLA-DR, 75,9% contra HLA-DQ e apenas 9,0% contra HLA-DP. Em 11 pacientes foram detectados anticorpos contra DR, DQ e DP, em 90 contra DR e DQ, em 1 contra DR e DP, em 32 apenas contra DR e em 3 apenas contra DQ. Dentre 134 pacientes com anticorpos contra HLA-DR, em 69,4% o soro apresentou padrão CREG-DR. Os dados mostram que a sensibilização aos antígenos HLA-C e HLA-DP é pouco frequente em relação aos demais loci. Destaca-se a incidência de pacientes com anticorpos para antígeno HLA-DQ. A inclusão deste locus à tipagem HLA-A,B,DR do potencial doador se faz necessária para melhor avaliar a pesquisa de anticorpos especificos. Palavras-chaves: HLA, MICA, Sensibilização, Renais Crônicos

TL- 084

TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICO (TCTH) AUTÓLOGO SEGUIDO DE TCTH ALOGÊNICO NÃO MIELOABLATIVO APARENTADO EM MIELOMA MÚLTIPLO

Autor(es): PHILIP BACHOUR1, FABIO RODRIGUES KERBAUY1, CAMILA MARCA DE VEIGA CABRAL1,2, ERIKA FABRIS DO NASCIMENTO2, MARIA APARECIDA ERNANDES FELICETTI1, KATYA PARISIO2, JOSÉ SALVADOR RODRIGUES OLIVEIRA1,2

Instituição(ões): 1. UNIFESP, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, Rua Botucatu, 740 São Paulo SPCEP 04023-900 2. HSM, HOSPITAL SANTA MARCELINA, Rua Santa Marcelina, 177 SÃO PAULO SP 08270-070

Resumo: INTRODUÇÃO: No Mieloma Múltiplo (MM) a quimioterapia de alta dose seguida da infusão do TCTH autólogo é a terapia de eleição. O TCTH Alogênico não Mieloablativo de doador aparentado após a terapia de primeira linha acima descrita, parece uma alternativa promissora que alia o efeito enxerto-vs-mieloma (EVM). Entretanto, os resultados da literatura são conflitantes. Este trabalho tem como objetivo, avaliar a eficácia do TCTH autólogo seguido de alogênico HLA-idêntico não mieloablativo para pacientes recém-diagnosticados com MM MATERIAL E MÉTODOS: Descrição retrospectiva do perfil epidemiológico, evolução clínica, sobrevida geral (SG) e sobrevida livre de eventos (SLE) dos pacientes com MM submetidos a TCTH autólogo seguido de TCTH alogênico aparentado não mieloablativo dos Serviços de Transplante de Medula Óssea da UNIFESP (05 pacientes) e do HSM (04 pacientes). RESULTADOS: A média de idade foi de 45,3 anos (42 – 49) ao diagnóstico de MM, a mediana de intervalo entre o diagnóstico e o TCTH autólogo foi de 15 meses (08 – 32) e entre este e o TCTH alogênico de foi de 06 meses (1,5 – 22). O regime de condicionamento utilizado nos TCTH autólogos foi Mel200 e nos TCTH alogênicos foi Flu/TBI (200cGy); e a imunossupressão pós TCTH alogênico ciclosporina e MMF. No pré TCTH autólogo 04 pacientes encontravam-se em CR e 05 em remissão parcial (PR) e no pré TCTH alogênico não mieloablativo aparentado 06 encontravam-se em atividade de doença e 03 em CR. No pós TCTH alogênico todos os pacientes entraram em RC. Como complicação, 06 apresentaram doença do enxerto contra hospedeiro (DECH) aguda grau I/II e 02 com grau IV. Os 02 pacientes que evoluíram com DECH grau IV evoluíram ao óbito; sendo um no D+59 e outro no D+86 pós TCTH

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alogênico por complicações infecciosas. Os demais permanecem em RC com último acompanhamento em maio de 2010. A DECH crônica extensa foi encontrada em apenas 02 pacientes com resposta terapêutica. A mediana de sobrevida pós TCTH alogênico foi de 31 meses (01 - 97) até maio de 2010.CONCLUSÃO: O TCTH autólogo seguido do TCTH alogênico em mieloma múlplipo pode ser uma opção terapêutica em pacientes jovens com doador HLA-idêntico aparentado disponível. Palavras-chaves: MIELOMA MÚLTIPLO, TCTH ALOGÊNICO NÃO MIELOABLATIVO APARENT, TANDEM

TL- 085

Evidências para o emprego da Camomila na mucosite bucal.

Autor(es): Fernanda Titareli Merizio martins Braga1, Renata Cristina de Campos Pereira Silveira1, Livia Maria Garbin1, Ana Claudia Ferrari dos Santos2, Emilia Campos de Carvalho1

Instituição(ões): 1. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto USP, Av. dos Bandeirantes, 3900. Ribeirão Preto, SP - Brasil 2. F. Amaral Carvalho, FUNDAÇÃO AMARAL CARVALHO, Rua Dona Silvéria , 150 - CEP: 17210-080. Cx Postal 1038 - Jaú

Resumo: A Mucosite Bucal (MB) é uma complicação freqüente entre pacientes submetidos ao transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) em decorrência do agressivo regime terapêutico empregado. Apesar de reconhecida influência nas taxas de morbi-mortalidade relacionadas ao procedimento, sua prevenção e tratamento ainda são bastante controversos. A camomila, planta medicinal utilizada com propósitos terapêuticos há séculos, vem sendo empregada com esta finalidade em alguns serviços de TCTH. Dentre suas propriedades terapêuticas destacam-se a redução da inflamação e a promoção da cicatrização, ambas favorecidas principalmente pelos flavonóides e óleo essencial. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura com o objetivo de identificar as evidências disponíveis quanto ao emprego da camomila no tratamento da MB induzida por quimioterapia e/ou radioterapia. Foram consultadas as base de dados PubMed e Lilacs, sendo empregados os descritores mucositis, chamomile e adverse effect. Foram incluídos artigos que abordassem o uso da camomila como intervenção para mucosite; escritos em inglês, espanhol ou português, e publicados nos últimos 20 anos. Foram identificadas 08 citações bibliográficas, das quais 03 não atenderem aos critérios de inclusão. Desta forma, a amostra foi constituída por 05 artigos. Quanto ao nível de evidência, 01 artigo foi classificado no nível 02 (ensaio clínico randomizado), 01 no nível 03 (quase-experimento), 02 estudos no nível 05 (01 relato de experiência e 01 relato de caso), e um estudo (revisão narrativa da literatura) não se enquadrou nos níveis do sistema de classificação adotado. Em relação à população dos estudos, em 02 artigos os sujeitos foram submetidos à quimioterapia, em outros 02 a quimioterapia e radioterapia, e em 01 a radioterapia. Os resultados apresentados evidenciam a possível ação da camomila na redução da intensidade da mucosite em 04 estudos, e em apenas um não houve mudança significante. Em relação à formulação utilizada, em 04 estudos foi empregado o infuso e em 01 o extrato de camomila; porém não foram feitos relatos de avaliação da qualidade da planta e/ou quantificação dos princípios ativos presentes na formulação empregada. Apesar dos resultados apontarem uma possível ação da camomila na MB, há um número reduzido de publicações e a força das evidências é baixa. Assim, a realização de novos estudos com delineamentos experimentais é necessária para suportar o uso da camomila no tratamento da MB. Palavras-chaves: Mucosite, Tratamento, Camomila.

TL- 086

Medidas utilizadas na prevenção de infecções em transplante de células-tronco hematopoéticas: evidências para a prática

Autor(es): Livia Maria Garbin, Fernanda Titareli Merízio Martins Braga, Renata Cristina de Campos Pereira Silveira, Emília Campos de Carvalho

Instituição(ões): 1. EERP-USP, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP, Av Bandeirantes, 3900, Campus Universitário, Ribeirão Preto-SP

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Resumo: O transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) consiste em um procedimento complexo e relacionado à ocorrência de diversas complicações, dentre elas os processos infecciosos. Inúmeras medidas têm sido empregadas visando à prevenção e controle de infecções, porém, observam-se divergências em relação à utilização das mesmas. Esta revisão integrativa da literatura teve como objetivo identificar e avaliar as evidências disponíveis na literatura e publicadas nos últimos 20 anos em relação ao uso de três medidas de prevenção de infecção em pacientes submetidos ao TCTH durante o período de internação: uso de filtros de ar de alta eficiência, isolamento protetor e máscaras. Para a seleção dos artigos foram utilizadas as bases de dados LILACS, PUBMED, CINAHL, EMBASE e a Biblioteca Cochrane. A amostra foi composta por 15 estudos, sendo que apenas um apresentou nível de evidência forte (nível I), dois apresentaram nível de evidência moderado (nível IV e V) e doze consistiram em estudos com evidências fracas (nível VI e VII). Dez estudos abordaram a utilização dos filtros HEPA, sendo recomendado seu emprego para pacientes submetidos ao transplante alogênico durante o período de neutropenia. A necessidade de seu uso para pacientes submetidos ao transplante autólogo ainda é controversa. Nove trabalhos abordaram o uso do isolamento protetor e, embora alguns autores relatem que o emprego do mesmo parece apresentar benefícios quando não se dispõe de filtros HEPA, a utilização desta medida já não é mais indicada tanto pelos CDC quanto pela maioria dos estudos analisados. Não foram encontrados estudos com evidências fortes que justifiquem o uso de máscaras por pacientes, profissionais de saúde ou visitantes no contexto do TCTH, sendo indicado que sejam seguidas as recomendações dos CDC quanto ao uso de respiradores especiais (como as máscaras N95) pelos pacientes imunocomprometidos submetidos ao TCTH ao deixar a unidade de transplante provida de filtro HEPA quando próximo a ela houver áreas de construção/reforma ou atividades geradoras de poeira. Embora os dados evidenciados auxiliem na tomada de decisão para a implementação da assistência de enfermagem a estes pacientes, verificou-se a necessidade de realização de estudos com nível de evidência forte que comprovem ou refutem a efetividade destas medidas. Palavras-chaves: filtração do ar, infecção, isolamento de pacientes, máscaras, transplante de medula óssea

TL- 087

De irmão para irmão: um estudo bibliográfico acerca da experiência da criança doadora de medula óssea

Autor(es): Adriana Maria Duarte1,2, Daniela Bonfietti Rodrigues1,2, Maria Magda Ferreira Gomes Balieiro2, Myriam Aparecida Mandetta Pettengill2, Ana Lygia Pires Melaragno1

Instituição(ões): 1. IOP/GRAACC/UNIFESP, Instituto de Oncologia Pediátrica, Rua Botucatu, 743 2. UNIFESP, Universidade Federal de São Paulo, Rua Napoleão de Barros, 754

Resumo: Introdução: Dentre as doenças crônicas infantis, o câncer se destaca pela sua alta incidência e repercussões na vida da criança e sua família, pois ocorrem diversas modificações, exigindo de todos os seus membros mudanças de comportamentos, de atitudes, de papéis, salientando a necessidade de adaptações às exigências da nova rotina familiar. Para algumas doenças oncológicas, o Transplante de Medula Óssea (TMO) tem se desenvolvido, principalmente nas últimas duas décadas, como um admirável método de tratamento. Ter uma criança submetida ao TMO sobrecarrega a unidade familiar com novas demandas que invadem a vida da família como um todo. Entretanto pouca atenção tem sido direcionada para a compreensão das repercussões deste procedimento na vida dos irmãos doadores da criança transplantada. Objetivo: identificar nas publicações científicas nacionais e internacionais, temas que têm sido pesquisados sobre a experiência do irmão/irmã doador(a) de medula óssea, subsidiando a assistência de enfermagem à esta clientela. Método: trata-se de um estudo bibliográfico, descritivo exploratório de abordagem qualitativa. A identificação dos artigos publicados sobre a temática foi realizada por meio de busca em bases de dados indexadas nas áreas de enfermagem, medicina e psicologia, nos últimos dez anos, com o foco na compreensão da experiência do irmão/irmã doador(a) de medula óssea, com os descritores: família, transplante de medula óssea, irmãos e doador. Resultados: dezoito artigos foram selecionados para a análise qualitativa, sendo agrupados por similaridades e divergências em duas categorias temáticas: a experiência de ser irmão e doador de medula óssea, em que onde foram encontrados nove artigos cujo foco principal é a compreensão do significado da experiência de ser irmão-doador de medula óssea, durante a trajetória do TMO, na perspectiva da própria criança; e reflexões sobre aspectos ético-legais que envolvem a doação de medula óssea pela criança, na qual foram agrupados nove artigos que abordam aspectos ético-legais da doação de medula óssea pela criança, salientando a obtenção do consentimento para esta doação, tanto dos responsáveis quanto do irmão-doador. Conclusão: ainda são poucos os estudos, porém relevantes para direcionar a prática assistencial do enfermeiro a essa clientela. Há um consenso entre os estudiosos

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de que os irmãos doadores não devem ser negligenciados em nenhum estágio do processo de TMO, sendo recomendado que sejam considerados pelos profissionais como parte integrante do sistema familiar e elementos fundamentais para o processo de tratamento. Também recomendam que profissionais desenvolvam e implementem intervenções com a criança e a família visando ao alívio do sofrimento de todos os envolvidos, em especial da criança doadora. Palavras-chaves: família, irmãos, doador, transplante de medula óssea

TL- 088

Técnica de auto-coleta de lavado nasal (LN)

Autor(es): Ana Claudia Ferrari dos Santos1, Élen Monteiro1, Fabiana Gibin Bonilha1, Vivian Testa1, Katia Simone Silvestre Aluísio1, Jairo Campanha Trombini1, Nayara Guerra Damico1, Laura Maria Sahm Bueno Ruiz1, Zilda de Lourdes Campos Cara1, Lucia Testa1, Aline Saggioro1, Clarisse Martins Machado2,1

Instituição(ões): 1. HAC, Fundação Amaral Carvalho, Rua Dona Silvéria, 150 2. IMT-USP, Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 470

Resumo: Introdução: Para obtenção de amostras de secreção de nasofaringe contendo células epiteliais destinadas à detecção dos vírus respiratórios, são descritas várias técnicas e sítios de coleta: lavado nasal (LN), aspirado de nasofaringe (ANF), curetagem, escovação e swab nasal (Hein et al, 2003). É necessário celularidade adequada para realização de técnicas não moleculares, como a imunofluorescência direta (IFD). Assim, a técnica de coleta escolhida deve apresentar metodologia simples, baixo custo, não causar desconforto ao paciente, garantindo-se obtenção de secreção respiratória rica em células e permitindo visualização da fluorescência celular. A partir da implementação da vigilância de viroses respiratórias vigente desde 2008, observou-se a necessidade de adaptação da técnica de LN e ANF, visando a participação do paciente nos cuidados e nas rotinas específicas de seu cotidiano. Objetivo: Estabelecer técnica de auto-coleta de LN adequada. Metodologia: Nesta instituição as amostras de LN são obtidas de acordo com Englund et al (1996), que tem por princípio coletar células do trato respiratório superior por meio de lavagem mecânica com solução salina através da instilação nasal com seringa, proporcionando um leve jato. Estas técnicas produzem celularidade adequada para realização dos testes de IFD e PCR, desta forma, foram utilizadas como base para detalhamento da técnica de auto-coleta de LN. Resultados: Para auto-coleta de LN (1 narina) são necessário os seguintes materiais: 1.01 frasco coletor estéril 2.01 flaconete de Solução fisiológica à 0,9% de 10 ml 3.papel toalha Descrição da sequência da técnica e orientação transmitida ao paciente: 1. Abrir a tampa do frasco coletor tomando o cuidado de não tocar na parte interna do frasco e da tampa; 2. Abrir o flaconete; 3. Fletir a cabeça para trás; 4. Pressionar a narina contra-lateral àquela que será instilado a solução fisiológica; 5. Instilar pequena quantidade de solução fisiológica na narina; 6. Assoar no frasco coletor; 7. Tampar o frasco; 8. Secar-se com o papel toalha. Repetir o procedimento na outra narina. Conclusão: De acordo com as técnicas de coleta de ANF e LN estabelecidas, observou-se a necessidade de adaptação destas para a auto-coleta que favorece o conforto do paciente, bem como sua motivação para o auto-cuidado. Apesar de simples e de fácil execução, a técnica de auto-coleta de LN deve fazer parte de um programa educacional de auto-cuidado dos receptores de TCTH. Palavras-chaves: auto-coleta, enfermagem, vírus respiratório

TL- 089

Estratégias de Educação Continuada no contexto de Transplante de Células Tronco Hematopoéticas (TCTH) – III Whorkshop de Vírus Respiratórios

Autor(es): Ana Claudia Ferrari dos Santos1, Élen Monteiro1, Lucia Testa1, Maria Isabel Teixeira Galvão1, Marina de Oliveira Souza1, Lilian Perílio1, Clarisse Martins Machado2,1

Instituição(ões): 1. HAC, Fundação Amaral Carvalho, Rua Dona Silvéria, 150 2. IMT-USP, Instituto de Medicina Tropical, Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 470 SP

Resumo:

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Introdução:Viroses respiratórias comunitárias (VRC) são causa de significante morbidade entre receptores de TCTH, especialmente antes da enxertia. O reconhecimento e vigilância de sintomas respiratórios são fundamentais para o controle e implementação de medidas preventivas efetivas. Torna-se necessário informar o receptor de TCTH e seu cuidador sobre a repercussão e importância das VCR.Objetivos: Divulgar informações básicas sobre a epidemiologia, transmissão e medidas preventivas sobre as VCR entre os receptores de TCTH, seus familiares, cuidadores e profissionais de saúde. Além de Identificar, por meio de instrumento estruturado a compreensão e fixação do conteúdo abordado em aulas expositivas durante o workshop de vírus respiratórios. Metodologia: O evento foi realizado em 14 de abril de 2.010 com abordagem dos seguintes temas: importância, principais vírus respiratórios, circulação, vias de transmissão, complicações e medidas de prevenção. Foram realizadas aulas expositivas de curta duração e linguagem simples utilizando-se recursos audiovisuais. Os questionários foram identificados com legenda de cor e numérica e foram aplicados antes e após as aulas, não havendo identificação dos participantes. Após o conteúdo expositivo foi realizado atividade prática de higienização das mãos com visualização do resultado (utilizado guache) e demonstração da auto-coleta de lavado nasal. Para análise dos resultados dos questionários os dados foram transpostos para planilha Excel, agrupados em fase pré e pós-aplicação dos questionários e em respostas certas e erradas. Resultados: Sobre a etiologia viral, antes da aplicação do conteúdo educativo, 11(34%) dos participantes responderam erroneamente e após a aula, houve apenas 2 (6%) respostas erradas. Vinte e dois (69%) participantes erraram as questões sobre as manifestações clínicas e após o contéudo houve 12 (38%) de respostas erradas. Com relação as complicações decorrentes dessas infecções antes da “pega medular” houve 2 (6%) de erros e pós conteúdo nenhuma resposta errada. Ainda com relação as complicações em indivíduos saudáveis houve 6 (19%) de erros e pós conteúdo obteve-se 5 (16%) respostas erradas. Quanto as medidas preventivas efetivas (vacinação contra influenza) houve 6 (19%) de erros e pós conteúdo 1 (3%) resposta errada. Com relação a transmissão 10 (31%) responderam erroneamente e pós conteúdo obteve-se 3 (9%) respostas erradas. Em análise geral , 73% acertaram as questões antes do conteúdo educativo e pós conteúdo houve 84% de acertos. Conclusão: O inquérito evidenciou maior desconhecimento dos participantes em relação às manifestações clínicas das viroses respiratórias e de sua etiologia. O conteúdo educativo do workshop favoreceu a assimilação de conceitos relevantes relacionados às viroses respiratórias, evidenciado pela análise das respostas ao questionário antes e após as atividades teórico-práticas. Palavras-chaves: educação continuada, infecções, viroses respiratórias

TL- 090

PERFIL PSICOSSOCIAL DO CANDIDATO A DOADOR VOLUNTÁRIO DE MEDULA ÓSSEA DO ESTADO DE PERNAMBUCO.

Autor(es): Maria Rita Varela Vieira, Betânia Leal Correia Leal, Solange Laurentino Carvalho, Liliane Medeiros Viana Peritore, Tatiana Varela Vieira, Josenilda Jovino Castro, Cristina Maria Botelho Portela, Gilberto Nascimento de Castro, Maria de fátima Bezerra da Silva Carvalho

Instituição(ões): 1. ATMO, AMIGOS DO TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA, Rua Benfica, 1103 sala 01, madalena, Recife

Resumo: INTRODUÇÃO: A ATMO, nos últimos dois anos, realiza campanhas de sensibilização e registro de novos doadores de medula óssea em Pernambuco de forma contínua, possibilitando um incremento de 177% de inscritos no REDOME. A estimativa de que em Pernambuco surgem 505 novos casos/ano de leucemias e outras doenças hematológicas, onde 50% poderão ter indicação para o transplante de medula óssea (CONGRESSO SBTMO 2006) e que um número significativo desses pacientes não possuem doadores aparentados, fator limitante para a realização do Transplante de Células Troncos Hematopoéticas (TCTH). Somando-se a isso a miscigenação do nordeste e a baixa representatividade de inscritos no REDOME, nos faz redimensionar nosso trabalho com vista ao registro do perfil desses pernambucanos que se candidatam à doação de medula óssea e avaliar como podemos atingir um público maior que represente nossa diversidade étnica contribuindo efetivamente para o TCTH no Brasil. OBJETIVO: Identificar o perfil psicossocial do candidato a doador voluntário de medula óssea no estado de Pernambuco. MATERIAL E MÉTODO: Foi aplicado um questionário fechado, a candidatos a doação voluntária de medula óssea, nos vários segmentos sociais que participaram das campanhas no período de março a maio de 2010, nas cidades do Recife, Região Metropolitana, Vitória de Santo Antão, Caruaru, Pesqueira e Orobó. A seleção dos respondentes se fez de forma voluntária. RESULTADO: Dos 4612 inscritos no REDOME, 616 preencheram o questionário. 61,36% eram mulheres, a faixa etária predominante foi de 21 a 31 anos equivalendo a 53,41%, 63,47% eram universitários. 43% afirmaram exercer atividade remunerada. No que se refere à etnia, verificamos que 50,97%

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se auto declaram como brancos, 9,90% como pardos, 26.46% como mestiço, mulato e cafuzo, 9,90% como outros dos quais 44,26% se denominaram indígenas. Vale ressaltar que 13,47% afirmam conhecer uma pessoa que sofre de leucemia. Quanto à motivação para se candidatar como doador de medula óssea, 100% afirmaram ser para salvar uma vida. 70,13% afirmaram ter se inscrito no REDOME devido às campanhas. A maior preocupação no caso de convocação para concretizar a doação é 36,20%, medo de sentir dor, 18,83% ausência no trabalho, 26,95% risco de saúde. CONCLUSÃO: Essa pesquisa possibilitou a compreensão das razões que levam as pessoas a se tornarem um doador voluntário de medula óssea, seus medos e preocupações, a constatação da faixa etária predominantemente jovem que permanecerá no banco por um período mais longo, além de uma melhor avaliação dos trabalhos realizados, favorecendo um redimensionamento das campanhas de captação de doadores voluntários de medula óssea realizadas em Pernambuco com vistas a atingir quantitativa e qualitativamente uma maior diversidade étnica. Palavras-chaves: Avaliar, Etnia, Quantitativa, Qualitativamente

TL- 091

Prospective Study to evaluate the physical and functional performance of patients pre and post HSCT.

Autor(es): CLARISSA VASCONCELLOS DE SOUZA, ELIANA MARTINS MIRANDA, GISLAINE OLIVEIRA BORBA, FRANCISCO JOSÉ PENTEADO ARANHA, VIRGINIO CLIMACO DE ARAUJO FERNANDES JUNIOR, CARMINO ANTONIO DE SOUZA, AFONSO CELSO VIGORITO

Instituição(ões): 1. UNICAMP, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, R. CARLOS CHAGAS, N 480/ CID. UNIVERSITARIA / CAMPINAS

Resumo: Introduction: Before, during and after hematopoietic stem cell transplantation (HSCT) patients go throw significant physical, psychological and psychosocial stress. This prospective study intends to evaluate the physical and functional performance of the patients pre and post HSCT using a functional assessment. Patients and Methods: From November 2008 to April 2010, 38 patients, median age 46 y (18-67), 25 (66%) female, were enrolled in the study. Data collection was performed pre and post autologous or myeloablative/RIC allogeneic HSCT. The instruments were 2 minutes walking test (2MWT), oxygen saturation (Sat02), heart rate (HR) and Borg Scale (BS) before and after 2MWT for gate performance evaluation; Grip Strength (GS) for strength evaluation, Schober Test (ST) to mobility testing and maximum and adapted activity score (MAS and AAS) of Human Activity Profile (HAP) questionnaire for function role evaluation. Results and Conclusion: 38 patients presenting oncological malignant diseases were evaluated pre HSCT; 03 died before HSCT, 32 out of 38 (84%) underwent HSCT, 16 allogeneic and 16 autologous, 20 out of 32 patients performed both evaluations with a median time pre HSCT of 25 days (7-169) and post HSCT 48 days (20-107); 12 patients did not performed both evaluations because 7 died prematurely and 5 did not discharge until last analysis. Pre HSCT evaluation for 38 patients showed on MAS and AAS values below standard when compared to healthy population (data from literature). Analyzing the group who performed both evaluations, BS, HR after 2MWT and MAS and AAS showed highly significant statistical difference (p Palavras-chaves: rehabilitation, hematopoietic steem cell transplantation, functional assessment

TL- 092

SITUAÇÃO ATUAL DO CADASTRO DE DOADORES VOLUNTÁRIOS DE MEDULA ÓSSEA NO ESTADO DE ALAGOAS

Autor(es): MAIZA DE BRITO RAMOS BEZERRA, MARCIO LINS GALDINO, LARISSA ISABELA DE OLIVEIRA SOUZA

Instituição(ões): 1. HEMOAL, HEMOACENTRO DE ALAGOAS, RUA JORGE DE LIMA 58 -TRAPICHE - MACEIÓ - AL Resumo:

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Introdução: Atualmente o transplante de tecidos e órgãos é uma importante terapia médica, sendo em alguns casos a única alternativa para manutenção da vida. Na maioria dos casos patológicos em que há indicação de transplante, a solução esbarra na verificação de compatibilidade entre receptor e potenciais doadores, devido às diferenças genéticas existentes entre esses grupos. Nos transplantes de medula óssea a semelhança genética precisa ser de 100%, semelhança essa, muitas vezes não encontrada entre membros da família, levando o receptor a iniciar a busca no cadastro de doadores voluntários de medula óssea (REDOME). Os hemocentros são os locais credenciados pelo ministério da saúde para realizar o cadastro de quem se dispõe a ser doador. Em Alagoas o cadastro iniciou-se em 2005, no Hemocentro de Alagoas (HEMOAL) e desde então vem sendo realizadas campanhas para que o número de pessoas cadastradas aumente. Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi realizar um estudo sobre a situação atual do cadastro de doadores voluntários de medula óssea no Estado. Material e Métodos: Para a elaboração do estudo foi feito levantamento nos bancos de dados do Hemocentro de Alagoas, Serviço Nacional de Transplantes, Instituto Nacional do Câncer, Associação Brasileira de Transplante de Medula óssea e Associação Brasileira de Histocompatibilidade. Resultados: Do inicio do cadastro em Janeiro de 2005 até maio de 2010 foram realizados 8.600 cadastros de doadores voluntários de medula óssea, sendo 2007 o ano que realizou o menor número de cadastros apenas 879 (10,22%), já 2008 o ano em que ocorreu o maior número de cadastro um total de 2.449 (28,47%). Conclusões: Apesar do crescente aumento de doadores cadastrados, esse número ainda é insuficiente para atender a demanda de pacientes que necessitam do transplante de medula óssea, devido às chances de se conseguir um doador compatível ser de 1 em 100.000. O REDOME, em 2010 atingiu 1,4 milhões de cadastros, superando a meta antes traçada, mas apenas 3% dos doadores são do norte/nordeste e centro-oeste. No Nordeste, particularmente Alagoas enfrenta grandes dificuldades na captação de doadores, como a falta de informação da população; a falta de equipe/núcleo de captação no Hemocentro, bem como a falta de estrutura laboratorial para as análises das amostras. Palavras-chaves: TRANSPLANTE, MEDULA ÓSSEA, REDOME

TL- 093

Contaminação Microbiana de Coletas de Stem Cell Hematopoéticos para Transplante Autólogo no Serviço de Hemoterapia do HCPA

Autor(es): Igor Dullius Almeida2, Tissiana Schmalfuss1, Clarice Arisio Juckowsky1, Liane Marise Röhsig1 Instituição(ões): 1. HCPA, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Av.Ramiro Barcelos, 2350 Porto Alegre RGS Brasil

2. UFRGS, Faculdade Medicina/Universidade Federal Rio Grande Sul, Rua Ramiro Barcelos, 2350 Porto alegre RGS Brasil

Resumo: Introdução As células progenitoras hematopoéticas do sangue periférico (CPHSP) são comumente utilizadas para transplantes autólogos e alogênicos em pacientes com as mais variadas neoplasias onco-hematológicas. A manipulação do produto de CPHSP durante o processamento e o período pré e pós criopreservação constituem uma fonte potencial de contaminação bacteriana nestas células. Objetivo Neste estudo pesquisou-se a prevalência de hemoculturas positivas em células progenitoras hematopoéticas do sangue periférico (CPHSP) no Serviço de Hemoterapia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA)e investigou-se o perfil patológico dos pacientes e as bactérias isoladas. Material e Método Trata-se de um estudo observacional transversal retrospectivo,com levantamento e análise quantitativa de dados. Resultados No período 2000 a 2007 foram realizadas 618 coletas de CPHSP no Serviço de Hemoterapia do HCPA, em 330 pacientes,com uma uma média de 1,9 coletas por paciente. As principais patologias apresentadas pelos pacientes submetidos à coleta de CPHSP foram mieloma múltiplo (n=120), seguido por linfoma de Hodgkin (n=59), linfoma não Hodgkin (n=54), leucemia mieloide aguda (n=25), neuroblastoma (n=17), tumor de Wilms (n=12), meduloblastoma (n=11), sarcoma de Ewing (n=6) e outras neoplasias (n=26). Vinte e seis das 618 coletas (4,2%) obtiveram hemoculturas positivas para bactérias. O organismo mais frequentemente isolado foi o Staphylococcus coagulase-negativo com 11 (42%) do total de 26 hemoculturas positivas, seguido por Staphylococcus aureus com seis (23%), Bacillus sp com três (12%), Bacilo gram positivo corineforme com três (12%), Bacilo gram positivo não corineforme com um (4%), Enterobacter sp com um (4%) e Citrobacter freundii com um (4%). Discussão A contaminação dos produtos de CPHSP é baixa e causada, principalmente, por microbiota normal da pele, podendo sobreviver ao processo de criopreservação. Verifica-se que a contaminação destes produtos não compromete, na maioria das vezes, o sucesso do transplante. Constata-se ainda que os processos, desde a coleta até a infusão das CPHSP, realizados pelo Serviço de Hemoterapia do HCPA estão de acordo com os parâmetros de centros internacionalmente reconhecidos e certificados. Palavras-chaves: controle de esterilidade, células progenitoras hematopoéticas, hemoterapia, infecção microbiana,

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transplante autólogo

TL- 094

RELATO DE EXPERIÊNCIA: Implantação de Condutas para Prevenção e Controle de Infecção ao Cateter Venoso Central tipo Hickmann da Unidade de Transplante de Células Tronco

Hematopoiéticas-UOPECCAN/CASCAVEL-PR.

Autor(es): Alessandra Elisabete Santos, Ademar Dantas da Cunha Junior, Ana Carolina Martins, Audrey Regina Horochoski, Carla Sakuma Oliveira Bredt, Clewerton Damazio

Instituição(ões): 1. UOPECCAN, Hospital do Câncer de Cascavel, Rua Itaquatiaras, 769 - Cascavel-PR Resumo: Introdução: Com o avanço tecnológico, houve aumento significativo da utilização de cateteres intravasculares e com isto, o aumento das infecções associadas, especialmente as infecções de corrente sanguínea (ICS). Objetivo: Relato de experiência sobre implantação de condutas para a equipe de enfermagem sobre prevenção de infecção relacionada ao cateter venoso central (CVC) semi implantável tipo Hickmann, durante sete meses na Unidade de Transplante de Células Tronco Hematopoiéticas do Hospital do Câncer de Cascavel-UOPECCAN. Materiais e Métodos: As medidas de prevenção e controle de infecção foram a elaboração do procedimento operacional padrão (POP) dos cuidados com cateter de Hickmann, treinamento de toda a equipe de enfermagem que presta a assistência aos pacientes e manipulação dos cateteres. No POP foram adotadas as seguintes condutas: lavagem de mãos, uso de máscara comum durante os cuidados com os cateteres, uso de avental restrito da unidade, realização do curativo no CVC com antisséptico alcoólico (clorexidina 0,5%), desinfecção das conexões com antisséptico alcoólico e proteção das conexões com bonequinhas de gaze. Resultados: Durante o período de 21 de setembro a 29 de abril de 2010, foram admitidos 12 pacientes para transplante de medula óssea, sendo 8 com diagnóstico de Mieloma Múltiplo e 4 com diagnóstico de Linfoma de Hodgkin, 4 pacientes do sexo feminino e 8 pacientes do sexo masculino, a faixa etária variou entre 14 anos a 77 anos. Foram implantados 14 cateteres tipo Hickmann, pois 2 cateteres foram removidos acidentalmente pelos pacientes. Durante esse período não houve infecção relacionada ao cateter venoso central e nem ICS nesta unidade. Conclusão: Observou-se que as medidas de prevenção e controle de infecção foram efetivas nesta unidade, podendo servir de exemplo às outras unidades e instituições. Palavras-chaves: controle, infecção, células, hematopoiéticas, transplante

TL- 095

Aplicação da cromatografia líquida de ultra eficiência para quantificação direta de bussulfano plasmático em transplante de células tronco hematopoéticas

Autor(es): Eduardo Kinio Sugawara, Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, Leonardo Raul Morelli, Sandra Saemi Nakashima, Fábio Rodrigues Kerbauy, Nelson Hamerschlak

Instituição(ões): 1. HIAE, Hematologia - Hospital Albert Einstein, Av. Albert Einstein, 627, 20. SS - CEP: 05651-901 Resumo: Introdução: O Transplante alogênico de células hematopoéticas (TCTH), é uma modalidade de tratamento indicada para pacientes com patologias hematológicas e não hematológicas. Altas doses de Bussulfano associadas à radioterapia e/ou outros agentes quimioterápicos, desempenham importante papel em esquemas mieloblativos para TCTH. Devido sua biodisponibilidade variável, faz-se necessário a determinação de níveis plasmáticos para determinação da dose ideal para cada paciente. Visando o controle da concentração plasmática do bussulfano foi desenvolvido método de quantificação direta empregando-se cromatografia líquida de ultra eficiência no modo fase reversa (RP-HPLC). Objetivo: Padronização do método de quantificação plasmática de bussulfano através de RP-HPLC. Material e métodos: Foram utilizados amostras de plasma coletadas previamente e após 30, 60, 90, 120 e 150 minutos pós administração de busulfano i.v. (130mg/m2/dose x 4 doses diárias) em 3 pacientes submetidos a TCTH alogênico para leucemia mielóide aguda. Utilizou-se coluna Zorbax Eclipse Plus C18® (2,1 x 50 mm, 1.8 µm) e fase

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móvel composta de água:metanol (35:65 v/v) com vazão de 1,0 mL/min. A linearidade foi verificada na faixa de 0.05 a 10.00 µg/mL e avaliadas. A partir desses resultados determinou-se o limite de quantificação (L.Q.), que foi definido como a menor concentração, cujo coeficiente de variação não ultrapasse 15%. A precisão intraensaio foi demonstrada através do coeficiente de variação médio (CV%)das amostras de 8 diferentes concentrações analisadas em um mesmo dia. Para a determinação do CV% médio interensaio analisaram-se 3 diferentes concentrações por 3 dias. A exatidão do método foi verificada por análise de amostras de concentração conhecida e expressa em porcentagem. A determinação deu-se em 254 nm. Resultados: O Bussulfano apresentou tempo de retenção de 1.8 min. O método mostrou-se eficaz e eficiente com sensibilidade e linearidade (r2 = 0,998) na faixa de concentração estudada. A precisão intraensaio teve resultado entre 90 e 107%. Conclusão: O método pode ser empregado na rotina laboratorial da avaliação do uso de bussulfano para TCTH. Palavras-chaves: Transplante de células hematopoéticas, Bussulfano, Cromatografia liquida ultra eficiência

TL- 096

DOSE TESTE E MONITORIZAÇÃO SÉRICA DOS NÍVEIS DE BUSSULFANO EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS: ESTUDO PILOTO

Autor(es):

Fábio Rodrigues Kerbauy1, Morgani Rodrigues1, Fábio Pires de Souza Santos1, Eduardo Kinio Sugawara1, Claudia Mcdonald Bley do Nascimento1, Carlos Eduardo dos Santos Ferreira1, Leonardo Raul Moreli1, Jairo José Nascimento Sobrinho1, Reijane Alves de Assis1, José Mauro Kutner1, Andreza Alice Feitosa Ribeiro1, Marcos de Lima2, Nelson Hamerschlak1

Instituição(ões): 1. HIAE, Hematologia - Hospital Albert Eisntein, Av Albert Einstein 627, 2o. ss - CEP: 05651-901, São Paulo, SP 2. MDACC, MD Anderson Cancer Center, 1515 Holcombe Blvd, Unit 423, Houston, TX

Resumo: Introdução: Altas doses de Bussulfano (Bu) associadas à radioterapia e/ou outros agentes quimioterápicos, desempenham importante papel em esquemas mieloblativos para TCTH. Habitualmente é utilizada por via oral (16mg/kg) ou via endovenosa (130mg/m2) associada a ciclofosfamida ou fludarabina. O limitante desta dose é a toxicidade extra-medular, principalmente hepática. Com o objetivo de manter os níveis séricos estáveis, a dosagem sérica de Bu após administração da primeira dose com posterior correção das demais doses, é preconizado. Mais recentemente, realiza-se estudo de níveis séricos do previamente ao TCTH, através da admninstração de uma única dose teste de Bu. Esta técnica mostrou-se eficaz e segura, além de facilitar a logística necessária para a dosagem. Até então utilizou-se dose teste apenas com Bu endovenoso. Este trabalho objetiva, estudar a dose teste via oral para monitorização de níveis plasmáticos previamente ao TCTH. Realizamos assim, estudo piloto com Bu endovenoso, para padronização da técnica de dosagem por UPLC e correlação da dose teste com dose terapêutica. Material e métodos: 6 pacientes portadores de leucemia mielóide aguda receberam TCTH (1 autólogo e 5 alogênicos) após regime de condicionamento com Bu (130mg/m2) associado a fludarabina (160mg/m2). Um paciente realizou dose teste com 32 mg de Bu 3 dias antes do início do regime de condicionamento. Amostras plasmáticas forma colhidas previamente e após 30 min, 60, 120, 180, 240 e 300 minutos da administração da dose teste e primeira dose do condicionamento. Através de UPLC, foi realizado dose plasmática do Bu para determinação da farmacocinética, utilizando-se programa ADAPT II (Biomedical Simulation Resourse, University of Southern California, Los Angeles, CA) Resultados: O paciente que recebeu dose teste de Bu não apresentou aumento de toxicidade como mucosite, e toxicidade extra medular (hepática). Os níveis séricos da dose teste correlacionaram-se com níveis da dose terapêutica: Area sob a curva: 4800 e 1320 micromol-minuto para dose terapeutica e dose teste respectivamente. A area sob a curva mediana dos 6 pacientes foi de 4770 (3800 a 7100) micromol-minuto. Conclusão: Neste estudo piloto, a dose teste endovenosa mostrou-se segura e potencialmente eficaz na determinação de dose terapêutica ideal de busulfano em pacientes submetidos a TCTH atraves do uso de UPLC Palavras-chaves: Transplante de células hematopoéticas, Dosagem de bussulfano, UPLC

TL- 097

Leucemia Linfoide Aguda secundária em pacientes com Mieloma Múltiplo após TCTH autólogo:

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relato de dois casos

Autor(es): Heloisa Patriarcha Barbieri, Emília Carolina Oliveira Brandão Malafaia, Fábio Rodrigues Kerbauy, Mihoki Yamamoto, José Salvador R. Oliveira, Maria de Lourdes Lopes Ferrari Chauffaille

Instituição(ões): 1. UNIFESP, Disciplina de Hematologia e Hemoterapia - UNIFESP, Rua Botucatu 740, Predio dos Ambulatórios, 3o. andar CEP 04023-900

Resumo: Introdução:A Leucemia aguda é a neoplasia hematológica secundária a agentes citotóxicos mais prevalente, que pode acorrer no período de vinte anos a partir do tratamento do câncer primário. O tempo de latência entre o tratamento da neoplasia primário e o surgimento da leucemia aguda pode variar a depender do agente quimioterápico. Os poucos dados existentes sobre Leucemia Aguda secundária ao tratamento de Mieloma Múltiplo (MM) referem-se a leucemia mielóide aguda. Pacientes e Métodos: No nosso serviço, foram realizados 80 transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH) autólogos em pacientes com MM de junho 2001 a março 2009. Os pacientes tinham a idade média de 58,57 anos no momento do transplante, destes 50 (62,5 %) do sexo masculino e 30 (37,5%) do sexo feminino. Dois pacientes desenvolveram neoplasia secundária descritos neste relato. Resultados: Caso 1: masculino, 61 anos, diagnóstico de MM IgG/ Kappa IIIA/ISS I e submetido a 6 ciclos de VAD com resposta parcial de 80%. Realizada a mobilização de células CD 34 com GSF e ciclofosfamida 5 mg/m2. Realizado, TCTH autólogo em julho de 2008, sendo o pós condicionamento com melfalano (200mg/m2), e infusão de 10 X 106 células CD34/Kg. Em exames de rotina, neutropenia. Coletado mielograma de outubro de 2009 que revelou 52,7% blastos, sendo a Imunofenotipagem compatível com LLA B comum e co-expressão CD13 e CD33. Cariótipo 46, XY e pesquisa de transcrito BCR-ABL 1 por RT-PCR negativa. Iniciado protocolo GMALL em dezembro de 2009, pós fase II da indução evoluiu com neutropenia febril e óbito por infecção pulmonar. Caso 2: 51 anos, masculino, diagnóstico de MM IgG lambda III A em junho de 2004. Apresentou remissão parcial pós 5 ciclos de VAD, realizado 1 ciclo de CHOP, obtendo remissão. Submetido a TCTH autólogo em setembro de 2004 (mobilização e regime de condicionamento igual ao paciente 1) e infusão de 4,85 X 10 8 células CD 34/Kg. Em novembro de 2006, apresentou recaída sendo tratado com 4 ciclos de dexametasona e talidomida obtendo nova remissão. Em novembro de 2009, observado pico monoclonal, e exame da medula óssea, compatível com LLA pré B. Paciente realizou tratamento com HyperCVAD em outro serviço apresentando remissão e em programação de transplante alogênico. Conclusão: LLA pode apresentar-se como neoplasia secundária pós tratamento com altas doses de melfalano seguido de resgate com células tronco hematopoéticas autólogas. Palavras-chaves: Mieloma múltiplo, leucemia linfóide aguda, TCTH autólogo

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Plerixafor (Mozobil®) associado à G-CSF na mobilização de células progenitoras hematopoiéticas de sangue periférico (CPHSP) em candidatos à Transplante Autólogo de Medula

Óssea (TMO)

Autor(es): Iracema Esteves, Daniela Regina de Carvalho Rocha, Andrea Tiemi Kondo, Andrea Neri Cipolletta, Araci Massami Sakashita, Mariza Aparceida Mota, Reijane Alves de Assis, Jairo José do Nascimento Sobrinho, Nelson Hamerschlak, Jose Mauro Kutner

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, Avenida Albert Einstein, 627/701. Morumbi- São Paulo Resumo: Introdução: O sangue periférico é uma das fontes mais utilizadas para obtenção de CPH para TMO autólogo. No entanto, um fator limitante é o pequeno número de células CD34+ presentes normalmente na circulação. Habitualmente, o aumento significativo de CPHSP na fase de recuperação pós quimioterapia, potencializado pelo uso de fator de crescimento hematopoético (G-CSF), é suficiente para proporcionar um bom rendimento da coleta por aférese. Entretanto, esta mobilização nem sempre ocorre. Recentemente, a associação de Plerixafor com G-CSF tem sido descrita como uma alternativa em pacientes com mobilização prévia insuficiente. Objetivos: Avaliar a mobilização de CPHSP com uso de Plerixafor associado à G-CSF. Materiais e Métodos: Análise da mobilização e coleta de CPHSP em 3 pacientes: A, sexo masculino, 47 anos, diagnóstico de Linfoma não Hodgkin (LNH) folicular tratado com quimioterapia (QTX) convencional e

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sem mobilização prévia; B, sexo masculino, 49 anos, com amiloidose AL (acometimento cardíaco e hepático) e falha de mobilização com G-CSF isolado; C, sexo masculino, 73 anos, LNH difuso grandes células B tratado com QTX e falha na mobilização após ciclofosfamida e G-CSF. O esquema de mobilização nestes pacientes consistiu de G-CSF (10-15 mcg/Kg), subcutâneo (SC), iniciado quatro dias antes do procedimento associado ao Plerixafor (160 mcg/Kg), SC, aadministrado 8h antes da primeira coleta de CPHSP. Hemograma e contagem de células CD34+ foram coletados no 50 dia. Devido a farmacodinâmica do Plerixafor (pico sérico), a coleta por aférese foi iniciada antes da obtenção do resultado da contagem de CD34+. Ao término, foi obtido a contagem de células CD34+ no produto coletado. Resultados: As coletas foram realizadas sem intercorrências clínicas. Paciente A: 5600 leucócitos/mm3, CD34+ 42/mm3 no SP e 7,94x106/Kg no produto. Paciente B, leucócitos 61000/mm3, CD34+ 21/mm3 no SP e 2,79x106/Kg. Paciente C, leucócitos 38400/ mm3 CD34+ 18/mm3 em SP e 2,39x106/Kg no produto. Nos 3 pacientes foi possível a obtenção de quantidade suficiente de células CD34+ para realizar o TMO. Conclusão: A associação de Plerixafor e G-CSF mostrou-se alternativa efetiva em situações com falha prévia na mobilização de CPHSP. Palavras-chaves: Plerixafor, Transplante autólogo de medula óssea, mobilização

TL- 099

TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS COM DUPLO CORDÃO UMBILICAL: EXPERIÊNCIA DE UM SERVIÇO

Autor(es):

Iracema Esteves, Fabio Rodrigues Kerbauy, Fábio Pires de Souza Santos, Morgani Rodrigues, Cláudia Mac-Donald Bley do Nascimento, Jairo José do Nascimento Sobrinho, Daniela Regina de Carvalho Rocha, Leonardo Raul Morelli, Guilherme Fleury Perini, Juliana Folloni Fernandes, Reijane Alves de Assis, Ricardo Helman, Margareth Afonso Torres, José Mauro Kutner, Andreza Alice Feitosa Ribeiro, Nelson Hamerschlack

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein, 627/701- Morumbi-São Paulo Resumo: INTRODUÇÃO: O transplante alogênico de células tronco hematopoéticas (TCTH) de sangue de cordão umbilical (SCU) é uma alternativa no tratamento de pacientes que não dispõem doador compatível. Particularmente em adultos, a baixa celularidade é uma limitação ao uso de SCU e a utilização de duas unidades de cordão umbilical possibilita o uso de TCTH de SCU em situações nas quais a baixa quantidade de células seria um limitante ao TCTH. MATERIAIS E MÉTODOS: iniciamos o programa de transplante de duplo cordão umbilical (TDCU) em nov/2007 para pacientes sem doador HLA-idêntico aparentado ou não aparentado disponível e cordão único com celularidade insuficiente. Sobrevida foi estimada por curva de Kaplan-Meier. RESULTADOS: Até maio/10, 8 pacientes realizaram TDCU. A mediana de idade foi de 34.5 anos (18-61 anos) e 50% eram do sexo masculino. Os diagnósticos eram: Leucemia Linfóide Aguda (LLA; N=4), Leucemia Mielóide Aguda (LMA; N=3) e Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGCB; N=1). Os pacientes estavam em 1ª remissão completa (RC; N=2), 2ª RC (N=3) e 3ª RC (N=3); a mediana de número de tratamentos anteriores era 2,5 (1-5), e três pacientes haviam realizado previamente TCTH autólogo. A mediana de tempo entre diagnóstico e transplante foi de 23 meses (3-76 meses). Os regimes de condicionamento foram: ciclofosfamida, fludarabina e TBI (1200cGy) (n=3/mieloablativo) ou TBI (200cGy) (n=4/não mieloablativo) ou busulfano i.v. e fludarabina (n=1/mieloablativo). A imunossupressão pós TCTH foi realizada com ciclosporina/micofenolato mofetil (n=7), e metotrexate/tacrolimus (n=1). A compatibilidade HLA foi 4/6 (n=7) e 6/6 (n=1) e a celularidade mediana dos dois cordões foi de 103,38xTNC x 107/kg. Sete pacientes apresentaram enxertia de uma unidade de cordão com mediana de enxertia neutrofílica de 29,6 dias e plaquetária de 38,2 dias. A incidência de DECH aguda grau II-IV foi de 33%. Sobrevida global em 1 ano foi de 60% (IC95% 24.4%-95.6%). A mortalidade associada ao transplante em 100 dias foi 25%. Dentre os pacientes que receberam condicionamento mieloablativo, a mortalidade associada ao transplante foi 75%. CONCLUSÃO: O TDCU é uma opção para o tratamento de pacientes adultos em que a celularidade requerida à infusão segura não os torna elegíveis para o uso de um cordão único. Regimes não-mieloablativos parecem apresentar uma menor mortalidade relacionada ao procedimento. Palavras-chaves: Transplante, células tronco hematopoéticas, duplo cordão umbilical

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Freqüência de grupos alélicos HLA de classe I e II em uma amostra de doadores voluntários de medula óssea do estado da Paraíba

Autor(es): Bruno de Melo Corrêa1, Isa Maria Teixeira Leão1, Roseneide Soares Ribeiro Pontes3, Glauco Henrique Willcox1, Lucia Helena Piron2, Isaias Leão1

Instituição(ões): 1. HLA Diagnóstico, HLA Diagnóstico LTDA, Rua Gonçalves Maia Bairro: Soledade Recife-PE 2. HEMOPE, HEMOPE, Rua Joaquim Nabuco Bairro: Graças Recife-PE 3. Hemoiba, Hemoiba, João Pessoa-PB

Resumo: Introdução: Devido ao seu elevado polimorfismo e ao forte desequilíbrio de ligação entre alelos de locos próximos permite-se dizer que a tipificação HLA seja utilizada como um instrumento de investigação para caracterizar a composição genética de diferentes povos. Assim como o povo brasileiro, o paraibano é fruto de uma forte miscigenação entre o branco europeu, os índios locais e os negros africanos, sendo representados por 36,5% de brancos, 57,5% de pardos e 5,8% de negros. Existem estudos prévios de freqüência HLA na população brasileira, porém na Paraíba ainda não havia sido realizado nenhum tipo de estudo relacionado. O presente trabalho tem como objetivo identificar as freqüências de grupos alélicos HLA dos locus A, B e DRB1 na Paraíba, para caracterizar a sua composição genética. Materiais e métodos: A população estudada foi de 420 doadores voluntários de medula óssea mestiços não aparentados, naturais do estado da Paraíba. A coleta das amostras foi realizada no hemocentro da Paraíba, o cadastro dos doadores e a tipagem HLA foram realizados no Laboratório HLA Diagnóstico no Recife. Para a extração do DNA utilizou-se o kit comercial Biopur, conforme instruções do fabricante. A tipificação HLA foi obtida utilizado o kit LABType® SSO One Lambda aliado à tecnologia Luminex e esse método de PCR utiliza sondas biotiniladas. Para a análise estatística dos dados foi utilizada a contagem direta dos grupos alélicos encontrados e freqüências relativas onde foram determinadas através da fórmula: FR do alelo = no de alelos encontrados / total da amostra x2x100. Resultados e conclusões: As quatro especificidades mais freqüentes de cada loco foram: HLA-A*02(25,9%), A*01(10,3%), A*24(10,3%) e A*03(7,4%); HLA-B*44(11,5%), B*51(11,5%), B*35(9,75%) e B*15(9%); HLA-DRB1*04(16,25%), DRB1*01(13%), DRB1*07(11,25%) e DRB1 *13(10,5%). As frequências dos alelos HLA-A, B e DRB1 encontrados na população da Paraíba foram semelhantes as encontradas nos estudos onde apresentaram a mesma etnia. A amostra estudada é representativa de uma população altamente miscigenada. Segundo os genes HLA estudados, a população apresenta diferente percentual de ancestralidade caucasiana, negra e ameríndia. Espera-se que os dados obtidos sejam informativos para estudos populacionais. Palavras-chaves: HLA, Polimorfismos, Genética de populações, Grupos étnicos

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Frequência dos alelos HLA-DRB1 e DQB1 em doadores voluntários de medula óssea do estado de Pernambuco

Autor(es): Bruno de Melo Corrêa1, Isa Maria Teixeira Leão1, Glauco Henrique Willcox1, Lucia Helena Piron3, Isaias Leão1, Elizabeth Lima Guimarães1

Instituição(ões): 1. HLA Diagnóstico, HLA Diagnóstico LTDA, Rua Gonçalves Maia Bairro: Soledade Recife-PE 2. Hemoiba, Hemoiba, João Pessoa-PB 3. HEMOPE, HEMOPE, Rua Joaquim Nabuco Bairro: Graças Recife-PE

Resumo: Introdução: O complexo principal de histocompatibilidade (MHC) é uma região de vários genes que codificam produtos que desempenham papel central no desenvolvimento de respostas imunes. Os alelos HLA apresentam uma ampla distribuição em diferentes grupos étnicos e populacionais e o conhecimento do polimorfismo auxilia no entendimento da relação parasita-hospedeiro e na imunologia dos transplantes. O objetivo do presente estudo foi analisar a freqüência a nível alélico dos locus HLA-DRB1* e DQB1* em doadores voluntários de medula óssea do estado de Pernambuco. Materiais e métodos: Para tanto, foi realizado um levantamento das tipificações HLA de alta resolução (PCR-SSO, One Lambda, Inc., CA) realizadas no laboratório HLA Diagnóstico, no período de 2007 a 2009. Todas as tipificações foram solicitadas pelo Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), em voluntários compatíveis (em baixa resolução) com receptores de medula

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óssea, totalizando 88 indivíduos. As freqüências alélicas foram determinadas por contagem direta. As amostras de sangue foram coletadas no Laboratório HLA diagnóstico ou em campanhas pelo interior do estado. Para a extração do DNA utilizou-se o kit comercial Biopur, conforme instruções do fabricante. A tipificação HLA foi obtida utilizado o kit LABType® SSO One Lambda aliado à tecnologia Luminex e esse método de PCR utiliza sondas biotiniladas. Resultados e discussão: Os alelos mais freqüentes de DRB1* foram DRB1*0701 (13,6%), DRB1*1101(10,2%), DRB1*1301(8,5%), DRB1*0102(6,3%), DRB1*1501(6,3%), DRB1*0801(5,7%) (freqüência total igual a 50,6%) e de DQB1*: DQB1*0301(18,7%), DQB1*0302(12%), DQB1*0602(12%), DQB1*0202(11,4%), DQB1*0501(10,2%), DQB1*0402(9%) (freqüência total igual a 73,3%). Embora seja uma amostra pequena e selecionada, o perfil genético da população encontra-se dentro das características étnicas dos povos originários da população de Pernambuco. Devido à grande miscigenação da população brasileira é importante dar continuidade aos estudos de freqüência HLA, principalmente por alta resolução, permitindo assim uma melhor caracterização genética de nossa população. A distribuição dos alelos demonstrou a existência de miscigenação racial com caucasianos, negros e ameríndios. Palavras-chaves: HLA, Polimorfismos, Genética de populações, Grupos étnicos

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Pericardite após transplante autólogo de células tronco-hematopoiéticas.

Autor(es): Tadeu Ferreira de Paiva Junior, Fabio Nasser Santos, Karen Cristina Migotto, Vanessa de Oliveira Camandoni, Luciane Nogueira Machado, Ivan Leonardo Avelino França e Silva, Marcello Ferretti Fanelli, Vladmir Cláudio Cordeiro de Lima, Garles Miller Matias Vieira, Leila Maria Magalhães Pessoa de Melo

Instituição(ões): 1. HACC, Hospital A C Camargo, Rua Antonio Prudente 211 Resumo: Introdução: Pericardite nos primeiros dias após transplante de células tronco-hematopoiéticas (TCTH) com alterações típicas no segmento ST não é incomum, entretanto pericardite com repercussão clínica é rara nesse contexto. Material e métodos: Relato de caso de pericardite após TCTH e discussão sobre diagnóstico, possíveis etiologias e conduta. Resultados: Paciente feminina, 34a, com antecedente de Linfoma de Hodgkin, estádio-IIXB (bulky mediastinal) diagnosticado em 2004. Recebeu 8 ciclos de ABVD, atingindo remissão completa (RC), seguido de radioterapia em manto até fevereiro de 2005. Em 2009, foi diagnosticada recaída, sendo a paciente submetida a quimioterapia com 3 ciclos de IGEV. Atingiu RC confirmada por PET-CT, sendo indicado TCTH. A avaliação pré TCTH demonstrou: 1) ecocardiograma com fração de ejeção (FE) de 73%, sem alterações; 2) espirometria com distúrbio obstrutivo leve e 3) sorologias positivas para herpes simples e herpes zóster IgG, sendo negativa para HIV, hepatite B e C, toxoplasmose, Chagas, sífilis e HTLV 1/2. O condicionamento foi realizado com CBV. No D+2 a paciente cursou com neutropenia febril sendo tratada com cefepime e vancomicina. No D+5, iniciou taquicardia (120-140 bpm) e, no D+6 dor retroesternal de forte intensidade com piora ao decúbito dorsal e melhora com o tronco inclinado para frente, associada a atrito pericárdico ao exame físico. ECG revelou elevação difusa do segmento ST, com enzimas cardíacas normais. Ecocardiograma no D+8 mostrava derrame de grau moderado com evidências de restrição ao enchimento ventricular e FE de 69%. No D+8 foi iniciada prednisona 1,0 mg/Kg/dia. No D+11 houve melhora clínica significativa com resolução da dor e da taquicardia, além de melhora do ecocardiograma de controle, com pericardite com derrame de grau discreto e sem sinais de restrição. Exames realizados durante investigação não sugeriram etiologia autoimune (FAN, fator reumatóide não reagentes, C3 , C4 e CH50 dentro da normalidade), nem infecção por HIV, CMV ou histoplasma (anti-HIV, antigenemia para CMV e sorologia para histoplasmose negativos). A paciente recebeu alta no D+13 assintomática e com pega medular. No ambulatório, já no D+30, obtivemos o resultado de sorologia positiva para ecovírus com título superior a 1/100, que havia sido coletada no D+11. O corticóide foi suspenso no D+39. Conclusões: O diagnóstico diferencial de dor torácica após TCTH deve incluir pericardite. Possíveis causas incluem vírus (principalmente vírus coxsackie A e B, ecovírus, citomegalovírus e HIV), auto-imunes ou secundárias à quimioterapia ou radioterapia. O aumento de risco com o tratamento prévio com radioterapia e antraciclina pode ser considerado, mas o real impacto é incerto. Neste caso não foi possível estabelecer um diagnóstico etiológico uma vez que houve regressão do quadro com tratamento conservador, não tendo sido necessária biópsia pericárdica (padrão ouro). Palavras-chaves: Linfoma, Pericardite, Transplante Autólogo

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Perfil nutricional e metabólico dos pacientes hematológicos submetidos ao transplante de células tronco-hematopoiéticas (TCTH)

Autor(es): Edna Mirites Pereira Diniz1, Mellina Neyla Lima Albuquerque1,1, Ana Cristina Silva Barbosa1, Erika Oliveira de Miranda Coelho1, Maria de Fátima Bezerra da Silva1, Danielle Maria Almeida Godoy1, Cristina Maria Botelho Portela1

Instituição(ões): 1. CTMO/Hemope, Centro de Transplante de Medula ósea, Av. Rosa e Silva, SN, Espinheiro 2. CTMO/Hemope, Centro de Transplante de Medula Óssea, Av. Rosa e Silva, SN, Espinheiro 3. CTMO/Hemope, Centro de Transplante de Medula Óssea, Av. Rosa e Silva, SN, Espinheiro 4. CTMO/Hemope, Centro de Transplante de Medula Óssea, Av. Rosa e Silva SN, Espinheiro 5. CTMO/Hemope, Centro de Transplante de Medula Óssea, Av.Rosa e Silva SN,Espinheiro 6. CTMO/Hemope, Centro de Transplante de Medula Óssea, Av. Rosa e Silva SN, Espinheiro 7. CTMO/Hemope, Centro de Transplante de Medula Óssea, Av. Rosa e Silva SN, Espinheiro

Resumo: Introdução: O estado nutricional pode ser afetado pelo TCTH, devido à redução da ingestão alimentar oral, associada à toxicidade da quimioterapia no trato gastrointestinal. Objetivo: avaliar o perfil nutricional-metabólico de pacientes com doenças hematológicas que se submeteram ao TCTH. Método: Estudo de série de casos com 29 pacientes, entre dezembro de 2005 a abril de 2010, num Centro de Transplante de Medula Óssea. Foram avaliados Índice de Massa Corporal (IMC), albumina e lipídeos séricos, no pré e pós - transplante (100dias, 01 ano e 02 anos). Resultados: A amostra foi composta por 12 homens (41,4%) e 17 mulheres (58,6%) (p=0,353). A média de idade foi de 33,8 anos (+13,31) (13 a 58 anos). Vinte seis pacientes (89,7%) receberam transplante alogênico aparentado e três autólogos. Como diagnóstico: 34,5% Leucemia Mieloide Aguda (LMA), 31,0% Anemia Aplástica Severa (AAS), 13,8% Mieloma Múltipo (MM), 10,3% Leucemia Mieloide Crônica (LMC), 7% Leucemia Linfóide Aguda e 3,4% Mielofibrose (MF). O IMC médio dos adultos no pré - transplante foi de 25,4Kg/m² (+4,8) (17,1Kg/m² a 36,1Kg/m²). Foi observado predomínio significante (p=0,001) de IMC acima da normalidade entre os adultos avaliados (56,1%) no pré-transplante, possivelmente associados à natureza dos diagnósticos e tratamento quimioterápico. Houve aumento de desnutrição de 3,7% no pré-transplante para 14,3% aos 100 dias, 7,1% com 1 ano e 9,1% aos 2 anos pós-transplante. Convém destacar que 24,1% dos pacientes que apresentaram perda de peso ao longo do estudo, sendo que 10,3% sofreram perda de peso grave (>10%) em período inferior a 6 meses. No pré-transplante foi observada média de albumina sérica de 3,89mg/dl (+0,56) (2,90 a 4,90mg/dL). A prevalência de dislipidemia aumentou, variando de 16,6% de hipercolesterolemia e 26,3% de hipertrigliceridemia no pré-transplante para 33,3% e 44,4%, respectivamente, após 2 anos pós-transplante. Conclusão: Esses achados evidenciam a grande vulnerabilidade dessa população aos distúrbios nutricionais e metabólicos decorrentes do TCTH. No entanto, os mecanismos pelos quais as terapias dietéticas e imunossupressoras podem atuar na modulação desses distúrbios precisam ser mais profundamente investigados. Palavras Chave: transplante células tronco hematopoiéticas, desnutrição, dislipidemia, avaliação nutricional Palavras-chaves: transplante, desnutrição, dislipidemia, avaliação nutrucional

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A IMPORTÂNCIA DA VISITA DOMICILIAR COMO INSTRUMENTO DE INTERVENÇÃO NO TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS

Autor(es): Maria de Fátima Bezerra da Silva Carvalho1, Waldelourdes Melo Souto Maior1, Iris Maciel Costa1, Katiúscia Miranda Lopes1, Edna Mirtes Pereira Diniz1, Erika Oliveira de Miranda Coelho1

Instituição(ões): 1. CTMO/Hemope, Centro de Transplante de Medula Óssea, Av. Rosa e Silva SN, Espinheiro 2. CTMO/Hemope, Centro de Transplante de Medula Ossea, Av. Rosa e Silva, SN, Espinheiro 3. CTMO/Hemope, Centro de Transplante de Medula Óssea, Av. Rosa e Silva SN, Espinheiro 4. CTMO/Hemope, Centro de Transplante de Medula Óssea, Av. Rosa e Silva, SN, Espinheiro 5. CTMO/Hemope, Centro de Transplante de Medula Óssea, Av. Rosa e Silva, SN, Espinheiro 6. CTMO/Hemope, Centro de Transplante de Medula óssea, Av. Rosa e Silva, SN, Espinheiro

Resumo:

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INTRODUÇÃO: A realidade social do paciente e de seus familiares nem sempre é identificada de forma integral pela equipe multidisciplinar nas entrevistas que antecedem o transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH). Algumas relações estabelecidas entre o paciente e seu contexto social não são reveladas, exigindo atenção do profissional para perceber o que não é dito, o que não está aparente embora esteja presente na vida do paciente. Entre esses profissionais, compreender o fenômeno e fazer o diagnóstico social é fundamental para programar ações no processo educativo exigido pela terapêutica. Os cuidados pós TCTH continuam além do ambiente hospitalar, requerem condições adequadas para que o paciente dê continuidade as orientações recebidas que contribuirão para a segurança do tratamento. A visita domiciliar possibilita chegar o mais próximo possível do contexto social em que o paciente está inserido, é possível reconhecer o local, as condições de moradia dos integrantes da casa, o relacionamento entre os membros da família e os elementos culturais (valores, padrões, hábitos) subsidiando um planejamento que vise à promoção da saúde coletiva. OBJETIVO: Demonstrar a importância da visita domiciliar como instrumento de intervenção na melhoria da assistência ao paciente submetido ao TCTH. MÉTODOS: Do período de outubro 2004 a outubro de 2009 foram avaliados 09 pacientes que residiam na região metropolitana do Recife. Os registros foram feitos através de fotos e da coleta de informações sobre: limpeza, preparo e armazenamento de alimentos, presença de animais domésticos, tratamento de água e etc, buscando subsidiar a necessidade de mudanças. RESULTADOS: Dos 09 visitados, 02 não atingiam os critérios que permitissem a alta para o domicílio, havendo a necessidade de troca de residência. Para os outros 07 foram feitas adequações no que diz respeito a: pintura, limpeza e manutenção de reservatório de água, transferência de animais domésticos para outro domicílio.CONCLUSÃO: A visita domiciliar representa uma ferramenta valiosa no processo da permanente educação em saúde com impacto na segurança de vida após o TCTH. Palavras – chaves: Ambiente,Equipe,Paciente e Multidisciplinar. Palavras-chaves: Ambiente, Equipe, Paciente, Multidisciplinar

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TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS EM PACIENTES COM VALORES INSUFICIENTES DE CD34+: É POSSÍVEL? - RELATO DE CASO

Autor(es): Gislaine Cristina Lopes de Mello, Eluiza Antonieta Moretto, Grasiele Maria de Souza, Josiane Marini, Simone Adorno, Vanessa de Pádua Oliveira Pereira, Juliana da Silva Pereira, Fabiane Bis Caetano, Regina Célia da Silva

Instituição(ões): 1. HC Barretos, HCB - Fundação Pio XII, Rua Anternor Duarte Vilela, 1331 Resumo: Introdução: Para garantir o sucesso da enxertia após transplante de medula óssea, a literatura preconiza que a contagem de células CD34+ seja igual ou superior a 5,0x106 /Kg/peso. Descrevemos o caso de um paciente de 13 anos, sexo masculino, portador de anemia aplástica grave (AAG) que após terapia de mobilização recebeu do doador um valor consideravelmente baixo e inaceitável pela maioria dos serviços de transplantes devido seu alto risco de mortalidade. Objetivo: Por apresentar resultados satisfatórios o presente estudo teve por objetivo relatar a experiência vivenciada em nosso departamento. Materiais e métodos: Os dados foram obtidos após análise retrospectiva dos transplantes realizados pela unidade de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital de Câncer de Barretos no período de agosto de 2003 a abril de 2010. Resultados: Identificado no mês de abril de 2006 um transplante de medula óssea alogênico com contagem de 1,15x106 CD34+/Kg/peso. Obtidas através de punções da medula óssea (MO) de um doador HLA (human leukocyte antigen) compatível não foram observadas intercorrências relacionadas ao procedimento. A enxertia ocorreu no D+19 pós transplante e o paciente recebeu alta hospitalar no D+31. Conclusão: Considerando que a anemia aplástica grave (AAG) é uma doença de alto risco e que as possibilidades terapêuticas permitem uma sobrevida de até 80% devemos levar em consideração a contagem de células CD34+ apresentadas neste caso. Apesar de ser um número inferior ao sugerido pela literatura e o risco eminente de perda da enxertia obtivemos resultados positivos. Após quatro anos de seguimento ambulatorial o tratamento mostrou-se seguro e levantou a hipótese de novas experiências. Palavras-chaves: Anemia aplástica grave, Células progenitoras hematopoiéticas, Transplante de medula óssea alogênico, Transplante de medula óssea

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Frequência de Infecções Locais Relacionadas ao Cateter de Hickman em Pacientes Submetidos ao Transplante de Células Tronco-Hematopoéticas.

Autor(es): Irena Penha, Iris Maciel Costa, Katiuscia Araujo de Miranda Lopes, Ana Caroline Novaes Soares, Vladimir Yuri Guimarães, Erika Oliveira de Miranda Coelho

Instituição(ões): 1. CTMO/HEMOPE, CENTRO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA, Av. Rosa e Silva s/n 1º andar, Espinheiro, Recife-PE

Resumo: Introdução: O cateter tipo Hickman é considerado o dispositivo de escolha para pacientes submetidos ao transplante de células tronco-hematopoéticas (TCTH), principalmente por proporcionar uma via de acesso segura para a infusão simultânea de drogas e de grandes quantidades de fluidos e soluções. Infecções relacionadas ao cateter podem representar um obstáculo para sua manutenção e, de uma forma geral, ocorrem em aproximadamente 19,0% dos pacientes, sendo 7,0% infecções locais e 12,0% casos de bacteremia. Embora seja um acesso venoso central de longa permanência, o tipo Hickman é um cateter semi-implantado, tunelizado, que apresenta maior risco de infecção se comparado aos acessos do tipo totalmente implantados. As infecções nestes dispositivos são classificadas em três tipos: 1) infecção do óstio, 2) infecção do túnel ou da bolsa e 3) bacteremia relacionada ao cateter. Objetivo: Avaliar a frequência de infecções locais (óstio e túnel) em cateteres tipo Hickman. Material e Método: Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, com abordagem quantitativa dos dados, realizada em um serviço público de TCTH. Foram coletados dados de 57 pacientes submetidos ao TCTH, no período de 2002 à 2010 e que possuíam cateter tipo Hickman. Resultados: A mediana de idade dos pacientes foi de 26 anos. O tempo de uso do cateter variou de 04 a 200 dias, com mediana de 77 dias. Dos transplantes realizados, 50 (87,8%) foram do tipo alogênico aparentado e sete (12,2%), autogênico. As doenças de base mais freqüentes foram: anemia aplástica severa (33,3%), leucemia mielóide aguda (24,6%) e leucemia mielóide crônica (15,8%). O sítio de inserção do cateter mais utilizado foi a veia subclávia esquerda (84,1%). Não houve infecção de óstio. A presença de infecção de túnel ocorreu em três (5,3%) casos. Destes, dois foram identificados como infecção precoce, ocorrendo com menos de 72 horas da inserção, e no terceiro caso, a tunelite aconteceu com 67 dias de uso, tendo como fator predisponente a imperícia do profissional que inseriu este cateter deixando seu cuff exteriorizado. Conclusão: Os cuidados para a prevenção de infecção dos acessos venosos centrais se iniciam antes de sua inserção e devem ser mantidos por todos os profissionais que irão manuseá-los. A padronização de rotinas de manipulação e o treinamento permanente, sobretudo das equipes de enfermagem e médica, são importantes para reduzir o risco dessa complicação. Palavras-Chaves: Cateter de Hickman, Infecção, Transplante Palavras-chaves: Cateter de Hickman, Infecção, Transplante

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Auditoria Interna em um Serviço de Transplante de Célula Tronco-Hematopoética: um ano de experiência em custos hospitalares.

Autor(es): Janaina Machado Imperiano, Irena Penha, Iris Maciel Costa, Erika Oliveira de MIranda Coelho Instituição(ões): 1. CTMO/HEMOPE, Centro de Transplante de Medula Óssea, Av. Rosa e Silva s/n 1º andar, Espinheiro,

Recife-PE Resumo: Introdução: O transplante de células tronco-hematopoéticas (TCTH) é uma modalidade terapêutica constituída de inúmeros procedimentos, exames, materiais e medicamentos que são utilizados em suas diversas etapas. Um efetivo controle de custos depende de um serviço de auditoria que garanta que todos os procedimentos e materiais reembolsáveis utilizados sejam efetivamente cobrados. Os principais problemas detectados em nossa unidade pública de TCTH que contribuíram para que estas cobranças e ressarcimentos fossem realizados de maneira inadequada foram: 1) desconhecimento de portarias e códigos de procedimentos principais e especiais; 2) desconhecimento da dinâmica de fluxo e acompanhamento entre a autorização de procedimentos pela Central de Transplante de Órgãos (CTO) e o setor de faturamento da instituição; 3) a não inclusão de procedimentos passíveis de cobrança; 4) escassez de informações em prontuário e 5) o preenchimento incorreto de autorizações de internamento hospitalar (AIH’s). Material e Método: Trata-se do relato de experiência de uma enfermeira assistencial que se transformou em enfermeira de auditoria e ao longo de um ano traçou metas que permitiram a

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redução e/ou correção das falhas detectadas no serviço. Resultados: Após período de treinamento, conhecimento de portarias e procedimentos, compreensão e acompanhamento do fluxograma (CTO - Centro de Transplante - Faturamento), orientação e conscientização da equipe multidisciplinar, foram obtidos resultados de grande relevância, tais como: otimização da cobrança de AIH’s associada à melhoria na qualidade de registros e preenchimento dos prontuários; identificação de novas situações que permitiam abertura deste instrumento em hospital-dia; inclusão de procedimentos antes não cobrados no boletim de produção ambulatorial (BPA) e na autorização de procedimento de alta complexidade (APAC) para acompanhamento pós-transplante. Conclusão: através da inovação dos processos de cobrança, todas estas ações geraram mudanças na forma de auditar e trouxeram importantes benefícios para a instituição refletidos, principalmente, pelo grande impacto financeiro, se comparado a anos anteriores, mas também, pelo melhor preenchimento dos prontuários. Os desafios continuam na busca de outras formas de dinamizar o processo de auditoria através de reflexões constantes a cerca da assistência, leitura constante das portarias, intensificação de programas educacionais e revisão de métodos para diminuir as perdas e garantir os ressarcimentos de forma efetiva. Palavras-Chaves: Auditoria, Custos, Transplante. Palavras-chaves: Auditoria, Custos, Transplante

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A Representatividade da Autorização de Internação Hospitalar em um Serviço de Transplante de Células Tronco-Hematopoéticas

Autor(es): Irena Penha, Janaina Machado Imperiano, Iris Maciel Costa, Erika Oliveira de Miranda Coelho Instituição(ões): 1. CTMO/HEMOPE, Centro de Transplante de Medula Óssea, Av. Rosa e Silva s/n, Espinheiro, Recife-PE Resumo: Introdução: A autorização de internação hospitalar (AIH) é um instrumento de cunho administrativo utilizado para efeito de cobrança junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). Através do laudo médico é possível identificar o paciente e receber pelos serviços prestados sob regime de internação hospitalar, o que permite a continuidade da qualidade da assistência prestada. Alguns obstáculos que retardavam este ressarcimento foram identificados em nossa unidade, tais como: sub-registro relacionado aos procedimentos realizados, desconhecimento do período de permanência e da validade da AIH, desconhecimento da relação do diagnóstico principal com o diagnóstico secundário e do código de procedimento com o CID da doença. Objetivo: Elucidar a representatividade da AIH em um serviço de transplante de células tronco-hematopoéticas (TCTH). Material e Método: Trata-se de um relato de experiência, realizado em um serviço público de TCTH de Recife-PE. Resultados: Uma auditoria das causas das devoluções das AHI´s foi realizada por uma enfermeira do centro de transplante. Os principais motivos que justificaram estes retornos foram o desconhecimento da atualização de alguns códigos e da relação do código de preenchimento com o CID. Conclusão: Leitura constante, busca de novos conhecimentos em auditoria e entendimento aprofundado da representatividade destas autorizações de internamento permitiram que esta enfermeira realizasse um trabalho de conscientização dos médicos, através de esclarecimentos sobre seu preenchimento completo e adequado e repasse de informações atualizadas sobre algumas particularidades, como códigos e diagnósticos possíveis, muitas vezes desconhecidas pela equipe médica. Um sistema informatizado de controle de envio, faturamento e ressarcimento mostrou que após o início deste trabalho houve uma redução significativa do número de AIH´s devolvidas e, conseqüentemente, do tempo de repasse pelos serviços prestados garantindo, assim, um retorno financeiro mais efetivo deste sistema. Palavras-chaves: AIH, Auditoria, Transplante

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CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL DO REDOME

Autor(es): Rosane Steinhegen2, Virgínia Pires1, Alexandre José Almada1, Iracema Salatiel1, Eliana Abdelhay2, Luís Fernando da S. Bouzas2,1

Instituição(ões): 1. REDOME-REREME, REGISTRO DE DOADORES VOLUNTÁRIOS DE MEDULA ÓSSEA, Rua do Resende, nº195, Centro - Rio de Janeiro RJ

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2. CEMO-INCA, Centro Nacional de Transplante de Medula Óssea, Praça da Cruz Vermelha, nº23, 7º andar, Centro - Rio de Janeiro RJ

Resumo: INTRODUÇÃO: O REDOME alcançou em abril de 2010 a marca de 1500000 (um milhão e quinhentos mil)doadores voluntários de medula óssea. Constitui-se atualmente como o terceiro maior registro isolado do mundo e tem como função fornecer doadores não aparentados para transplantes de células tronco hematopoiéticas (CTH) no Brasil. A autorização pelo Ministério da Saúde (portaria 2600/GM 21/10/2009) para envio de fontes de CTH ao exterior mais a assinatura de convênio, em maio de 2009, entre o INCA e o NMDP (National Marrow Donor Program) disponibilizou os dados do REDOME para a comunidade internacional. O crescimento anual do REDOME de quase 250000 (duzentos e cinquenta mil) doadores já apontava para a necessidade de infraestrutura e segurança. Esses fatos geraram a necessidade de equiparação dos processos do REDOME a registros internacionais e a escolha por uma certificação internacional. OBJETIVO: Coordenar uma rede multi-setorial e institucional - Rede REDOME, certificar internacionalmente e gerar maior confiabilidade nos dados disponibilizados pelo REDOME. METODOLOGIA: O programa de certificação escolhido foi do World Marrow Donor Association (WMDA), entidade internacional certificadora de registros. Com proposta de finalização do processo em abril de 2012. Utiliza ainda para acompanhamento do projeto a metodologia de gerenciamento PMP (Project Management Program). O projeto possui as seguintes fases: Concepção, Planejamento, Execução, Controle e Finalização. RESULTADOS: As fases de concepção e planejamento já foram concluídas. O projeto encontra-se na fase de execução com previsão de término em abril/2012. Com relação à fase de controle, ela é realizada durante as fases de execução e finalização do projeto. CONCLUSÃO: A certificação do REDOME possibilitará a melhoria dos processos internos e de toda a rede REDOME, também irá garantir credibilidade internacional ao REDOME. Palavras-chaves: certificação, internacional, REDOME

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A EVOLUÇÃO DE EXAMES REALIZADOS ATRAVÉS DE IMUNOFENOTIPAGENS NO LABORATÓRIO DE IMUNOLOGIA DO CEMO (INCA-RJ)

Autor(es): Claudia Diniz, Karen Wagner-Souza, Mércia Mendes Campos, Bernadete Evangelho Gomes, Carla Cristina Pedroza Lira, Gabriela Lemos Ferreira, Luis Fernando Bouzas, Eliana Abdelhay, Maria Helena Ornellas, Hilda Rachel Diamond

Instituição(ões): 1. CEMO - INCA, CEMO - Instituto Nacional de Câncer, Praça da Cruz Vermelha, 23 - 6 andar - CEP: 20230-130 - RJ

Resumo: Introdução: O Laboratório de Imunologia do CEMO vem utilizando anticorpos monoclonais para a realização de imunofenotipagens desde 1985. Nesta época, o microscópio de fluorescência era utilizado para efetuar a identificação de antígenos específicos às leucemias e estudar o perfil imunofenotípico dos linfócitos pré e pós-transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH). A partir dos anos 90, a técnica de citometria de fluxo substituiu a microscopia, permitindo a obtenção de resultados mais rápidos e reprodutíveis, tornando-se um laboratório de referência na realização desses exames. O presente estudo procurou avaliar o crescimento do número de exames recebidos pelo laboratório no período de janeiro de 2004 até dezembro de 2009. Materiais e Métodos: Através da citometria de fluxo, amostras de medula óssea, sangue periférico, líquor e sangue de cordão umbilical (SCU) foram utilizadas na realização de tipagens imunológicas de determinados exames, como: a identificação de antígenos específicos para as Leucemias Agudas, Doenças Linfoproliferativas, Hemoglobinúria Paroxística Noturna, Síndrome Mielodisplásica oriundas do CEMO, Serviço de Hematologia (INCA), Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira e Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE); contagem de células tronco (CD34) em Pré-Coletas, Coletas Autólogas e Alogeneicas (CEMO e HUPE) e no SCU oriundas do CEMO; quantificação de linfócitos T para Infusão de Linfócitos de Doador de células tronco hematopoéticas do CEMO; verificação do perfil imunológico dos pacientes transplantados e pacientes submetidos à Fotoferese Extra Corpórea do CEMO. Resultados: Foram realizados 7420 exames nos últimos seis anos, sendo 891 exames em 2004, 1053 exames em 2005, 1066 exames em 2006, 1107 exames em 2007, 1644 exames em 2008 e 1659 exames em 2009. Os exames mais prevalentes foram a quantificação de CD34 em SCU e Coletas Autólogas para TCTH, seguido do Perfil Imunológico dos pacientes transplantados e Leucemias Linfóides Agudas de Células B, sendo importante ressaltar que estes exames são

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indispensáveis para o sucesso dos transplantes realizados em nossa unidade, e consequentemente para a melhoria de qualidade de vida do paciente. Conclusão: O reconhecimento do laboratório como referência possibilitou a aquisição e capacitação de recursos humanos e a melhoria da infra-estrutura, o que resultou no aumento de aproximadamente 100% no número de exames realizados pelo Laboratório de Imunologia nos últimos seis anos. Palavras-chaves: Imunofenotipagens, Citometria de Fluxo, Células Tronco Hematopoéticas, CD34, Leucemias

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NARE - Núcleo de Apoio ao REDOME

Autor(es): Alexandre José Almada1, Virgínia Pires1, Rosane Steinhagen2, Iracema Salatiel1, Eliana Abdelhay2, Mírian Baron1, Sheila Prado3, Maria Regina Marques1, Luís Fernando da S Bouzas1,2

Instituição(ões): 1. REDOME-REREME, Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, Rua do Resende, nº195, Centro Rio de Janeiro - RJ 2. CEMO-INCA, Centro Nacional de Transplante de Medula Óssea, Praça da Cruz Vermelha, nº23, 7º andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ 3. FAF, Fundação do Câncer, Rua dos Inválidos, nº , 8º andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ

Resumo: INTRODUÇÃO: O REDOME é o 3º maior Banco de doadores voluntários do mundo, com 1500000 doadores cadastrados. Este crescimento apontou a necessidade de um fórum de discussão de assuntos pertinentes aos Registros e aos processos envolvidos no transplante. Desta idéia surgiu o NARE, grupo multidisciplinar formado pelo (a): Diretor do CEMO e Coordenador Nacional dos Registros; Chefia do Serviço de Atividades laboratoriais do CEMO; Administradora do CEMO; Administradora dos Registros; Gerente Técnica do REREME; Supervisor do REREME; Supervisora do REDOME; representantes da Tecnologia da Informação (TI) da FAF; Presidente, Vice-presidente e responsável pela Qualidade da Associação Brasileira de Histocompatibilidade. Conta com comissões que atuam internamente no REDOME - Laboratorial, Normatização, TI, Acompanhamento do Doador, Facilitadora da Acreditação - e uma comissão multidisciplinar – Histocompatibilidade. OBJETIVO: Uniformizar as ações estratégicas dos Registros e coordenar o processo de acreditação internacional do REDOME, pelo World Marrow Donor Association – WMDA. RESULTADOS: O NARE já realizou três reuniões. As comissões se reúnem periodicamente. Como resultado destas reuniões: adaptação de formulários do WMDA para serem utilizados pelo REDOME/Centros Transplantadores; estruturação dos processos do REDOME em documentos (Instruções de Serviço); formulação de questionários para o acompanhamento de doadores após a doação de células tronco; re-estruturação do SISMATCH (programa utilizado pelos registros); estabelecimento do critério a ser utilizado para a acreditação internacional do SEHIS-CEMO. CONCLUSÃO: Embora o maior desafio do NARE seja a acreditação internacional do REDOME, ele vem crescendo em importância e se tornando cada vez mais uma referência para a rede REDOME. Palavras-chaves: NARE, Apoio, REDOME

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MESENCHYMAL STEM CELLS IMPAIR THE DIFFERENTIATION OF CD14++CD16- CLASSICAL MONOCYTES INTO CD14+CD16+ “PROINFLAMMATORY” MONOCYTES

Autor(es): Bárbara Du Rocher, Andre Mencalha, Bernadete Gomes, Mônica Gurvitz, Luis Fernando Bouzas, Eliana Abdelhay

Instituição(ões): 1. INCA, Instituto Nacional de Câncer, Praça da Cruz Vermelha n°23 Centro Rio de Janeiro - RJ Resumo: Mesenchymal stem cells (MSCs) possess immunomodulatory activity both in vitro and in vivo. However, little information is available about their function during the initiation of immunological responses through their interactions with monocytes. Here,

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we explored the interaction between MSCs and monocytes. The presence of MSCs apparently induced morphological changes in the monocyte population in a mixed leukocyte reactions. This alteration was accompanied by an increase in monocyte frequency and in CD14 expression. Our results showed that MSCs induced monocyte alterations even without contact, although the parameters above were more pronounced with cell-cell contact. Moreover, the presence of MSCs impaired MHC I and II, CD11c, CCR5 and CD16 expression and induced CD14 expression on the monocyte membrane surface. These alterations were accompanied by a decrease in IL-1β and IL-6 production by these monocytes. Taken together, our results suggest that MSCs impair the differentiation of CD14++CD16- classical monocytes into CD14+CD16+ “proinflammatory” monocytes, having a role even earlier than the differentiation of monocytes into dendritic cells or macrophages. It means that MSCs not only inhibit monocyte-dendritic cell differentiation, but also act in a more upstream step, impairing the maturation of monocytes while monocytes and not as a source of DC or macrophages. Since they act in one of the earliest stage of immune response development, it is possible that this inhibitory effect may account significantly to the final outcome. A better detail of this imunosuppression in vitro could contribute to studies in animal models and in clinical trials allowing the development of a very useful cellular therapy to control GVHD and other undesirable immunological diseases. Palavras-chaves: Mesenchymal stem cells, Immunosuppresion, Monocyte differentiation

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MOLECULAR ANALYSIS OF HUMAN MESENCHYMAL STEM CELL (hMSC) PLURIPOTENCY DURING IN VITRO CULTURE

Autor(es): Renata Binato, Carolina Lazzarotto-Silva, Bárbara Du Rocher, André Mencalha, Luciana Pizzatti, Tereza de Souza Fernandez, Luiz Fernando Bouzas, Eliana Abdelhay

Instituição(ões): 1. INCA, Instituto Nacional de Cancer, Praça da Cruz vermelha 23 ala C 6 andar Resumo: Mesenchymal stem cells (MSCs) are defined as multipotent cells that can differentiate to limited mesoderm cell lineages such as osteocytes, chondrocytes, and adipocytes in vitro. The ability of human MSC (hMSC) to expand and manipulated ex vitro and their immunomodulatory functions both in vitro and in vivo represents a promising technique in immunoregulatory and regenerative cell therapies. Clinical application of hMSC is an emerging field for the treatment of several diseases, including non-healing bone defects and fractures, inflammatory arthritis, inherited disorders of bone and cartilage, cardiovascular disorders, graft-versus-host disease, and hematopoietic stem cell engraftment in bone marrow transplantation. With this cellular therapeutic potential, however, come inherent problems related to their biology. The need for extensive cell amplification in vitro to obtain adequate numbers for cell-based therapy leads to cellular senescence during serial passage in culture. Moreover, a risk of accumulating genetic and epigenetic changes can spontaneously transform these cell types to the malignant state. These transformations may be related to chromosomal alterations and rearrangement. Using 2-dimensional electrophoresis (2-DE) and mass spectrometry analysis (MS/MS), chip array assays, cytogenetic profile analysis and immunological functional assays, we show that hMSC in culture preserved its molecular and cellular profile and maintained pluripotency capacity during passage. hMSC conserved global proteomic and transcriptomic profiles until passage 5 (P5), while chromosome instability developed after P6. hMSC cultures in vitro can lead to chromosomal variability, but immunomodulatory functions and molecular profiles are preserved. These results define a stable molecular profile for hMSC until P5, suggesting that these cells maintain their pluripotency potential and can be used successfully for cellular therapy. Palavras-chaves: Bone marrow MSC, bone marrow transplantation, cellular therapy, cytogenetics, molecular analysis

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Análise da Incidência de DECH em Crianças com Síndrome Mielodisplásica tratadas com Transplante de Células Tronco Hematopoéticas Alogênico

Autor(es): Cecília de Souza Fernandez1,2, Teresa de Souza Fernandez1, Aline Rangel Pozzo1, Luis Fernando Bouzas1, Eliana Abdelhay1

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Instituição(ões): 1. INCA-CEMO, Instituto Nacional de Câncer, Praça Cruz Vermelha 23, 6º andar. CEMO 2. UFF, Universidade Federal Fluminense, Instituto de Matemática, Universidade Federal Fluminense

Resumo: A síndrome mielodisplásica (SMD) primária é uma doença rara na infância, sendo o tratamento mais indicado o transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH) alogênico. Todos os pacientes que recebem medula óssea ou sangue de cordão umbilical alogênicos estão sob risco de desenvolver a doença enxerto-contra-hospedeiro (DECH). Esta reação imunológica é mediada por células imunocompetentes, particularmente linfócitos T maduros presentes na medula ou no inóculo de células hematopoéticas do doador. Poucos trabalhos na literatura relatam a incidência de DECH em crianças com SMD. Este estudo apresentou como objetivo analisar a incidência de DECH em crianças com SMD primária tratadas com TCTH alogênico. Foram estudados, no período de 1991 até 2010, 103 pacientes com SMD primária tratados com TCTH alogênico, sendo 38 crianças, com idades entre 4 a 18 anos, sendo 21 pacientes do sexo masculino e 17 do sexo feminino. Através da análise de sobrevida verificamos que as crianças apresentaram uma melhor resposta que os pacientes adultos (p=0,04). A classificação dos pacientes foi baseada na análise morfológica e citogenética: citopenia refratária 27 crianças, anemia refratária com excesso de blastos 5 crianças e anemia refratária com excesso de blastos em transformação 6 pacientes. Alterações cromossômicas foram observadas em 73% dos casos. A profilaxia para DECH foi: CSP + MTX (34 pacientes), CSP+MTX+PDN (2 pacientes), PDN+CSP(1 paciente), CSA+Celcept (1 paciente). Os regimes de condicionamento pré- TCTH utilizados foram: BU+CY, CTX+TBI+ATG, BU+EPX. Foi utilizado como fonte de células progenitoras: medula óssea (32 pacientes) e sangue de cordão umbilical (6 pacientes). A DECH foi observada em 16 crianças, sendo DECH aguda em 8, DECH crônica em 4 e DECH aguda e crônica em 6 pacientes. O principal órgão acometido foi a pele. Os receptores de medula óssea HLA idênticos aparentada estiveram associados com baixo risco de apresentação de DECH. Do total de crianças tratadas com TCTH alogênico, 28% faleceram, mas nenhuma devido a DECH. A principal causa de óbito foi a recaída da doença Este trabalho corresponde ao primeiro estudo mostrando a incidência de DECH em crianças com SMD primária tratadas com TCTH alogênico no Brasil. Sendo o TCTH o único tratamento que oferece a cura para as crianças com SMD, é necessária uma atenção especial para o controle da DECH, não comprometendo a qualidade de vida deste grupo de pacientes. Palavras-chaves: síndrome mielodisplásica, DECH, transplante de células tronco

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Citogenética Clássica e Molecular (FISH) aplicada na Indicação e Acompanhamento de Crianças com Síndrome Mielodisplásica Primária tratadas com Transplante de Células Tronco

Hematopoéticas Alogênico

Autor(es): Teresa de Souza Fernandez1, Aline Rangel Pozzo1, Daiane Correa de Souza1, Cecília de Souza Fernandez1,2, Luis Fernando Bouzas1, Eliana Abdelhay1

Instituição(ões): 1. INCA-CEMO, Instituto Nacional de Câncer, Praça Cruz Vermelha 23, 6ºandar. CEMO.INCA 2. UFF, Universidade Federal Fluminense, Instituto de Matemática, Universidade Federal Fluminense

Resumo: Vários tratamentos têm sido propostos para pacientes com SMD primária, no entanto, poucos têm mostrado eficácia. Atualmente, o transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH) tem mostrado os melhores resultados, prolongando a sobrevida dos pacientes e em muitos casos proporcionando a cura. A síndrome mielodispásica (SMD) primária é frequentemente progressiva com evolução para leucemia mielóide aguda (LMA) em cerca de 40% dos pacientes. A SMD na infância é uma doença rara, representando cerca de 2 a 4% das malignidades hematológicas pediátricas. Este estudo apresentou como objetivo analisar as características citogenéticas e clínicas de pacientes com SMD primária na infância tratados com o TCTH alogênico, no sentido de verificarmos a importância das alterações cromossômicas para o diagnóstico e seu impacto prognóstico. No período de 1991-2010 foram estudados retrospectivamente e prospectivamente o total de 103 pacientes com SMD primária tratados com TCTH alogênico, sendo 38 crianças. A análise citogenética foi realizada através do bandeamento G e os cromossomos foram identificados e classificados de acordo com ISCN, 2009. Para alguns pacientes foi empregada a metodologia do FISH, nos casos sem mitose e alterações cromossômicas complexas. Em SMD na infância, anomalias cromossômicas foram detectadas em 73% do total de casos, sendo as mais frequentes: alterações envolvendo o cromossomo 7 (7q-/-7), del(17p), cariótipos complexos e del(12p). Outras alterações com menor frequência foram: inv(3q),

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del(5q), del(6q)(q21), +6, +8, +22, alterações envolvendo o cromossomo 9 [del(9)(p21) e i(9)(q10)], del(11q), del(20q), alteração cromossômica biclonal. Das 38 crianças, 6 receberam como fonte de células-tronco o sangue de cordão umbilical. Do total das crianças estudadas, 28% faleceram. Estes pacientes apresentaram os seguintes cariótipos: monossomia do 7, trissomia do 8, isocromossomo 9q, marcador e cariótipo normal. Nossos resultados mostraram que a análise citogenética foi uma ferramenta fundamental para os pacientes com diagnóstico inconclusivo, principalmente para os casos de hipoplasia medular, sendo um diagnóstico diferencial entre anemia aplástica e SMD hipocelular. A análise citogenética desempenhou um papel importante selecionando pacientes com alterações cromossômicas de mau prognóstico em estágios iniciais da doença para o TCTH alogênico, sendo um importante fator prognóstico. Apoio financeiro: Ministério da Saúde-INCA e FAPERJ. Palavras-chaves: Citogenética Clássica, FISH, síndrome mielodisplásica, crianças, transplante de células tronco

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RELAÇÃO ENTRE INGESTÃO PROTÉICA E MASSA CELULAR CORPÓREA EM PACIENTES SUBMETIDOS A REGIME MIELOABLATIVO EM TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO

HEMATOPOÉTICAS. Autor(es): Kátia Baluz1,1,1, Luis Fernando Bouzas1,1,1, Wilza Arantes F. Peres2,2,2 Instituição(ões): 1. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER- RJ, Praça da Cruz vermelha,23 - 7º andar -

Centro- Brasil/RJ 2. UFRJ, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, Av. Brigadeiro Trompowskys/nº- RJ- BRASIL 3. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER- RJ, Praça da Cruz vermelha,23 - 7º andar - Centro- Brasil/RJ

Resumo: INTRODUÇÃO:Pacientes submetidos à transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH) apresentam anorexia, vômitos e diarréia, contribuindo para desnutrição. Em estudo prévio realizado por este grupo observou-se alta prevalência de hiperhidratação nesse pacientes, o que inviabiliza a maior parte dos métodos tradicionais de avaliação do estado nutricional. O ângulo de fase (AF) é determinado pelas medidas de resistência e reactância obtidas diretamente da bioimpedância elétrica (BIA) e pode ser interpretado como um indicador da distribuição de fluidos corporais e integridade de membranas celulares do corpo humano. OBJETIVO: Avaliar a relação entre ingestão protéica e o ângulo de fase em pacientes submetidos a regime mieloablativo em TCTH. POPULAÇÃO E MÉTODOS: A amostra constituiu-se de pacientes submetidos ao regime mieloablativo em TCTH atendidos no CEMO/INCA. As medidas da bioimpedância elétrica foram realizadas no lado oposto ao cateter venoso central, por um único pesquisador, usando analisador de impedância tetrapolar Biodanamycs®, modelo 450 (TBW, São Paulo, Brasil).O AF foi calculado pela formula (R/Xc) X (180o/p). A ingestão protéica foi avaliada por meio de recordatório 24h. As avaliações foram realizadas nos dias -7(ou admissão)D+1,D+7,D+14,D+30 . As análises estatísticas foram realizadas no pacote estatístico SPSS versão 15.0. RESULTADOS: Foi calculada a mediana do AF e da ingestão protéica em cada grupo.Houve queda progressiva na mediana do AF durante os seguimentos do estudo (6,1-5,8-5,4-5,5-5,5-4).O impacto maior foi encontrado entre os dias de seguimento D+1 / D+7 (perda de 7%) seguido da admissão / D+1 (perda de 5%) nos outros períodos as medianas foram similares.Observou-se que os indivíduos com menor ingestão protéica (P Palavras-chaves: DESNUTRIÇÃO, MEDIDAS DE BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA, SUPLEMENTAÇÃO PROTEICA

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Políticas Públicas: A base da intervenção do Assistente Social no TCTH, um desafio das Equipes Multiprofissionais dos Grandes Centros Transplantadores.

Autor(es): MARGARETH VIANNA DE SOUZA, CLAUDIA LOIVOS E. ALVES, ALICE GALLEZ DE OLIVEIRA, LUIS FERNANDO BOUZAS

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Instituição(ões): 1. INCA/CEMO, Instituto Nacional de Câncer, Praça da Cruz Vermelha, nº 23 - 7º andar- Centro/RJj - Brasil

Resumo: INTRODUÇÃO: Enfatizamos a sistematização dos direitos sociais no fluxo de tratamento, como princípio legal de intervenção e fator determinante no suporte socioeconômico ao usuário com indicação de Transplante de Células Tronco Hematopoéticas – TCTH. No Brasil cerca de 85% dos transplantes são realizados pela rede SUS. É garantido por Lei o deslocamento do usuário para tratamento específico desde o início do tratamento, independente de classe social, cujo conhecimento técnico do assistente social na equipe multiprofissional em TCTH e legislação vigente, asseguram bom prognostico no retorno a vida social. OBJETIVOS: Disseminar trâmites legais (Portaria SAS n° 55/99) do Tratamento Fora de Domicílio - TFD. Descrever a sistematização da práxis do Serviço Social junto às equipes especializadas. METODOLOGIA: Relato de caso descrito na Avaliação Social, pós - TCTH, numa Unidade Pública federal, certificada no âmbito da saúde com recurso Institucional de hospedagem em Hotel ou Casa de Apoio. Ressaltam-se acolhimento, orientações e encaminhamentos, principalmente no que se refere ao TFD, quando contra-referenciado. CASO: Criança, atualmente com 7 meses de idade , natural do Estado do Rio de Janeiro, portador de imunodeficiência genética. Submetido ao TCTH alogeneico, não aparentado, de sangue de Cordão umbilical e placentário – SCUP, fora do seu domicílio. Apresentava questões sociais significativas, inclusive no contexto de apoio da rede familiar, causadas pelas dificuldades encontradas quanto ao acesso às Políticas Públicas. O paciente, seus genitores e irmão menor (9 anos de idade) com a mesma doença, encontravam-se fora de seu Estado, sem o suporte familiar e desprovidos de recursos advindos dos seus direitos enquanto cidadãos. Considerando o desejo e a necessidade dos usuários, foram criadas estratégias para viabilizar o retorno para acompanhamento no RJ. Tudo isto contribuiu para aumentar a fragilidade emocional, gerando desconforto, ansiedade e expectativas diante do tratamento da criança. Após muitas ponderações, os pais enfatizaram contratempos encontrados pela equipe de saúde transplantadora na busca de formalizar o direito, em especial o TFD. Contudo, revelaram que foram inevitáveis as dificuldades vivenciadas. CONCLUSÃO: Percebemos o quanto ações precarizadas ao acesso à rede de proteção social, refletiu significativamente no contexto socioeconômico e habitacional do paciente e seus familiares. Após inclusão do usuário nas Políticas Públicas, base da intervenção do assistente social e ainda um desafio nas equipes de saúde, foi possível oferecer uma melhor qualidade na atenção à saúde, promovendo à continuidade do acompanhamento clínico e reestruturação da situação biopsicossocial no pós-TCTH. O conhecimento pratico e metodológico especializado, contribui nas equipes multiprofissionais para a socialização da informação e na efetivação das Políticas Públicas. Palavras-chaves: Questões socioeconômicas,, Direitos;, Serviço Social;, Equipes saúde especializadas, Tratamento Fora de Domicílio - TFD

TL- 118

DECH, UM OLHAR MULTIPROFISSIONAL: O IMPACTO NA MENIFESTAÇÃO ORAL RELACIONADA À QUALIDADE DE VIDA PÓS-TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO

HEMATOPOÉTICAS ALOGÊNICO.

Autor(es): ANA CHOR1,1,1, MARGARETH VIANNA DE SOUZA1,1,1, MARIA CLAUDIA RODRIGUES MOREIRA1,1,1, LUIS FERNANDO DA SILVA BOUZAS1,1

Instituição(ões): 1. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA , 23 - 7º ANDAR - CENTRO/RJ- BRASIL 2. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA , 23 - 7º ANDAR - CENTRO/RJ- BRASIL

Resumo: INTRODUÇÃO: A manifestação oral da Doença Enxerto-Contra-Hospedeiro Crônica - DECHc pode ocorrer em 30-50% dos transplantes alogênicos, dentre os quais 80% são envolvidos. As variáveis identificadas incluíram o envolvimento de múltiplos órgãos ou locais, uma piora da performance status. Algumas alterações da fase crônica induzem modificações da microflora oral e conseqüente aumento do índice de doenças infecciosas, como cárie dentária e doença periodontal. Estas e outras seqüelas exigem um controle clínico e/ou, intervenções no hospital dia a longo prazo. Estudos relatam redução nos escores de performance status e piora na qualidade de vida dos sobreviventes, postergando o retorno às atividades sociais. Outros documentaram efeitos tardios pós-transplante, o tempo de sobrevivência com saúde e qualidade de vida, e o padrão

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da recuperação física e psicossocial pós-transplante. Mas, não há estudos especificamente relacionados ao impacto causado no indivíduo devido às complicações que acometem a cavidade oral a partir destes resultados. OBJETIVO:- Relatar o caso de um indivíduo transplantado há dois anos com reincidência da manifestação oral da DECHc na mucosa jugal bilateralmente, mucosa labial superior e inferior, doença periodontal ativa, lesões de cárie dentária em vários elementos, e sintomas presentes de ardência bucal, boca seca e dificuldade de mastigação e deglutição. -Destacar a melhora da auto-estima após a resolução dos problemas dentários e dos tecidos bucais como impacto na saúde oral relacionado à qualidade de vida do indivíduo. METODOLOGIA: O paciente U.G.F; 55 anos de idade, LMC alogeneico, doador aparentado (irmã); respondeu ao “oral health quality of life questionnaire”, antes e depois do tratamento. Foram utilizadas resinas fotopolimerizáveis nas cavidades dentárias. A placa bacteriana foi removida por curetas periodontais. Enxágüe oral de clorexidina a 0,12% sem álcool, com xilitol e creme dental (perioxidim), foram cedidos pelo laboratório GROSS – Divisão Lacer, como orientações educativas.RESULTADO: Aumento do fluxo salivar, ausência de sintomas de ardência e dor, aumento da auto-estima oriundos da resolução das cáries dentárias e do sangramento gengival. CONCLUSÂO: A saúde oral é definida como um estado de estar livre de dores orofaciais crônicas; de câncer bucal e faríngeo; de lesões no tecido mole da boca; de defeitos congênitos, e outras doenças que podem acometer a boca, dentes e tecidos craniofaciais. Estes fatores, relacionados à qualidade de vida, correspondem à avaliação de como cada um impacta no bem estar individual, funcional, psicológico, social, na experiência da dor e do desconforto relacionado aos problemas orofaciais. O status da saúde oral relatou impacto positivo relacionado à qualidade de vida do indivíduo, embora haja necessidade de estudos que mostrem maiores evidências. Palavras-chaves: cárie dentária, doença periodontal, saúde oral, auto-estima

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MAIS DE 1 MILHÃO E QUINHENTOS MIL DOADORES VOLUNTÁRIOS DE MEDULA ÓSSEA NO BRASIL: CONQUISTAS E DESAFIOS NO TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO-

HEMATOPOÉTICAS NÃO APARENTADO!

Autor(es): Iracema Salatiel Barbosa de Alencar1, Itala Ferreira1, Miriam Baron1, Danielli Oliveira1, Virginia Pires1, Simone Rosa1, Sheila Prado2, Alexandre Almada1, Luis Fernando Bouzas1

Instituição(ões): 1. INCA, REREME-REDOME-Instituto Nacional de Câncer, Rua do Rezende,195- Centro-RJ 2. FC, Fundação do Câncer, Rua dos Inválidos,212- Centro RJ

Resumo: A adoção de uma política pública do Ministério da Saúde (MS) para atender pacientes com doenças onco-hematológicas cujo tratamento eletivo é o transplante de células tronco-hematopoéticas (CTH) é uma conquista impar para os que não têm um doador familiar, o que corresponde a quase 70% dos casos. Uma extensa rede de colaboradores foi constituída e ampliada nesta ação do MS, envolvendo hemocentros (cadastro dos doadores), laboratórios especializados (execução do HLA) e Centros Transplantadores. A melhoria dos sistemas informatizados foi de fundamental importância no desenvolvimento para a otimização da busca. Os recursos disponíveis para os diversos procedimentos estimularam as ações proativas que levaram ao crescimento exponencial do número de doadores. O objetivo do trabalho foi analisar os dados dos Registros Brasileiros de Doadores e Receptores de Medula Óssea de 2000 a abril de 2010. 6114 pacientes foram cadastrados, dos quais 55% incluídos através do sistema eletrônico de inscrição (REREME-NET), ativo desde fevereiro de 2006. Em dezembro de 2005 havia 135.000 doadores, passando para mais de 1milhão e quinhentos mil em abril de 2010, com uma representação expressiva de 20% oriundos da região NO/NE e COE. O percentual de pacientes com um doador compatível, considerando o HLA-A, B e DRB1 de baixo-média resolução (6x6) é de 70% na 1ª. fase da busca. 812 transplantes foram realizados no tempo de análise (2000 a abril de 2010), dos quais 55% (444) com doador de medula óssea (MO), sendo 69% (308), doador brasileiro. 80% destes transplantes (247/308) foram realizados no período de 2006/ abril de 2010. Em 2009, 83% foi à participação do doador de MO brasileiro, passando para 92% no quadrimestre de 2010. Até 2003, apenas o Centro do HC-UFPR e o CEMO-INCA realizavam TCTH não aparentado no país, atualmente com 19 unidades. Observamos que 50% delas foram responsáveis por mais de 90% dos 812 transplantes realizados. Concluímos ser considerável o aumento do número de transplantes com doador do REDOME, embora em termos relativos, o crescimento não acompanhou o de doadores. Os fatores limitantes a superar são: agilidade em todas as etapas do processo de busca, tanto pela melhoria da infra-estrutura dos Registros, quanto pelas atividades dos hemocentros e laboratórios; ter maior diversidade étnica com campanhas direcionadas; melhora da produtividade dos centros credenciados na realização dos transplantes; treinamento de equipes e estabelecimento de novas unidades.

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Palavras-chaves: DOADORES, MEDULA, REDOME, REREME, TRANSPLANTES

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Avaliação da incidência de doença enxerto contra hospedeiro em pacientes submetidos a transplante de sangue de cordão umbilical e placentário – experiência do CEMO

Autor(es): Marcia de Matos SILVA, Rita de Cássia Barbosa Tavares, Maria Claudia MOREIRA, DECIO LERNER, Adrienne Madureira, Simone Maradei, Adriana Martins de Souza, LEONARDO J ARCURI, Marta Colares, Luis Fernando da Silva Bouzas

Instituição(ões): 1. INCA, instituto nacional do cancer, PRAÇA CRUZ VERMELHA 23 SÉTIMO ANDAR Resumo: O transplante alogênico de células precursoras hematopoéticas que utiliza como fonte o sangue de cordão umbilical e placentário (TSCUP) é uma alternativa para pacientes, especialmente pediátricos, com doenças malignas ou não, que não tenham doador aparentado HLA compatível. A maior rapidez no encontro e disponibilidade para o uso de cordão compatível; a imaturidade do sistema imune ao nascimento que parece conferir menor restrição quanto à disparidade HLA; a agenda facilitada para o TSCUP; a ausência de contaminação viral(família do herpes vírus); a variedade étnica disponível; e baixa incidência de doença enxerto contra hospedeiro (DECH) em comparação com a medula óssea e o sangue periférico, são vantagens que tornam o cordão umbilical uma opção cada vez mais atraente. As desvantagens seriam a dose de células limitada; a utilização única; e o risco potencial de transmissão de doenças genéticas. Neste trabalho relatamos a nossa experiência na avaliação de 58 pacientes submetidos à TSCUP, no período de 17/07/1996 a 18/03/2010, no que se refere a incidência de DECH aguda (grau), DECH crônica (manifestações clínicas e pontuação global) e sobrevida global. A mediana de idade foi de 8,3 anos, as doenças transplantadas foram : LMC (6), LMMJ (2), LMA (12), LLA (18), AAS (3), SMD (4), imunodeficiências/anemias congênitas (10) e Linfoma de Hodgkin (3). Os diversos regimes de condicionamento utilizados foram: ATG/Cy/TBI (36), ATG/Bu/Cy (5), ATG/AraC/Bu/Cy (3), ATG/Cy/Bu/Mel (1), ATG/Bu/Mel (2), ATG/Bu/Cy/Mel (1), ATG/Flu/Mel (4), Bu/Cy (3), Cy/TBI (1), Bu/Cy/Mel (1), Flu/TBI (1). Inicialmente, como profilaxia para DECH foi utilizada ciclosporina+ prednisona (20). Posteriormente, o esquema profilático variou entre inibidor de calcineurina+ micofenolato (9) ou metotrexate (26), de acordo com o grau de celularidade do cordão. Esta variou de 1,4 a 10,3 x10^7 CNT/kg (média 4,9 x10^7 CNT/kg). Palavras-chaves: transplante cordão umbilical, doença enxerto contra hospedeiro aguda, doença enxerto contra hospedeiro crônica

TL- 121

PREVALÊNCIA DE DOENÇA ENXERTO CONTRA HOSPEDEIRO CRÔNICA (DECHc) EM MULHERES SUBMETIDAS AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS PRECURSORAS

HEMATOPOÉTICAS (TCPH)

Autor(es): Rita de Cássia Barbosa da Silva Tavares, Márcia Matos, Maria Claúdia Moreira, Décio Lerner, Adriene Madureira, Alexandre Azevedo, Eliana Abdelhay, Luis Fernando Bouzas

Instituição(ões): 1. CEMO/ INCA, Centro de transplante de medula óssea, Praça Cruz Vermelha No 23 7o andar Centro Rio de Janeiro

Resumo: Introdução: O aumento no tempo de sobrevida e o avanço nas estratégias utilizadas para prevenção e manejo de recidiva pós-transplante têm suscitado um interesse crescente em complicações tardias, especialmente DECHc, causa principal de morbidade e mortalidade pós-TCPH. A ocorrência de DECHc varia de 30 a 70% em adultos e crianças que sobreviveram mais de 100 dias pós-transplante. Diferentemente da classificação original de DECHc (formas limitada e extensa), a proposta do consenso do NIH de 2005 valoriza o número de sítios e sistemas envolvidos, além do grau de acometimento dos mesmos

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como preditor mais fidedigno da evolução clínica da doença. Objetivos: Descrever a prevalência de DECHc e suas características em mulheres submetidas ao TCPH. Material e métodos: Estudamos 77 mulheres submetidas a transplantes alogênicos entre outubro/84 e abril/07, selecionadas entre as que sobreviveram 1ano pós-TCPH, com idades entre 18 e 60 anos e que estavam em remissão completa na ocasião da consulta médica, exames laboratoriais e revisão dos prontuários. Resultados: A idade mediana na consulta foi 34 anos (18 a 56) e ao TCPH 30 anos (3 a 53); condicionamento com irradiação corporal total e quimioterapia em 15 e só QT em 62. Foram 73 transplantes aparentados e 4 não-aparentados. Diagnósticos: LMC (33), LMA (14), LLA (6), SMD (13), AAS (9), Mielofibrose (1) e LNH (1). A prevalência global de DECHc foi de 72% (56 pacientes), destes 23 (30%) apresentavam DECH ativa e apenas 12 (16%) utilizavam imunossupressores na ocasião da avaliação. Entre as pacientes com DECHc em atividade, os sítios mais acometidos foram pele (74%), cavidade oral e olho (65% cada), seguidos de fígado (61%), pulmão em 3 e articulação em 2 pacientes. No grupo com atividade da doença, doze (52%) apresentavam acometimento de três ou mais sítios (formas moderada ou grave). A taxa de óbitos foi de 7,8% (6 / 77) incluídas entre os óbitos as 3 pacientes com DECHc pulmonar. Conclusão: A ocorrência de DECHc neste grupo de mulheres pós-TCPH foi alta, entretanto foi observada evolução favorável em mais de 80% das sobreviventes, de vez que apenas 16% estavam em uso de imunossupressores na ocasião do estudo. Palavras-chaves: CLASSIFICAÇÃO, DOENÇA ENXERTO-CONTRA-HOSPEDEIRO, PREVALÊNCIA

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SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ EM PACIENTE SUBMETIDO AO TCTH ALOGÊNICO: INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA PRECOCE.

Autor(es): ALESSANDRA B.FERRARI1,1,2, ARIANA A.PAIXÃO1,1,2, MARGARETH VIANNA DE SOUZA1,1,1, LUIS FERNANDO DA SILVA BOUZAS1,1,1

Instituição(ões): 1. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA,23- 7º ANDAR- CENTRO/RJ- BRASIL 2. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA,23- 7º ANDAR- CENTRO/RJ- BRASIL 3. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA,23- 7º ANDAR- CENTRO/RJ- BRASIL

Resumo: Introdução: Síndrome de Guillain Barré (GBS) é uma complicação rara no TCTH Alogênico. Trata-se de uma polineuropatia desmielinizante inflamatória aguda, de caráter auto-imune. A fraqueza muscular, principal característica da SGB, requer uma intervenção fisioterapêutica precoce direcionada para a rápida e plena restauração da função osteomioarticular. Objetivos: Descrever um caso de GBS no D +28 de um TCTH Alogênico Aparentado e apresentar um plano de tratamento fisioterapêutico progressivo e bem sucedido adjuvante ao tratamento clínico. Material e Métodos: O atendimento foi realizado no CEMO/ Inca no período de março a junho de 2010. Paciente W.M.S, 52 anos, sexo masculino, pedreiro, diagnosticado com AAS em janeiro de 2009 e encaminhado para este Centro em dezembro de 2009. Foi submetido ao TCTH Alogênico com recuperação neutrofílica no D + 23. No D + 28 iniciou sintomas de fraqueza muscular e hipoestesia distal progressiva, simétrica e ascendente apresentando diagnóstico cinético-funcional de tetraparesia com predomínio em membros inferiores e parestesia em extremidades. O aumento da proteína no líquor (59 mg/dl), o exame clinico e complementar confirmou a GBS. Foi tratado com 2 cursos de imunoglobulina endovenosa (IgEV) por 5 dias obtendo a recuperação parcial dos movimentos na terceira semana após IgEV (D+ 45). Ao exame de força muscular apresentava para membros inferiores grau 1 (dedos e tornozelos), grau 2 (joelhos e quadris) e grau 3 para membros superiores. A força muscular respiratória manteve-se preservada (PImáx= - 100 cm H2O e PEmáx= + 80 cm H2O). Resultados: Após o diagnóstico clínico foram iniciados exercícios passivos e ativos assistidos e alongamentos, técnicas de propriocepção articular e exercícios respiratórios. Com a recuperação gradual de força muscular iniciou-se exercícios ativos livres e resistidos, treino de equilíbrio e ortostatismo com auxílio; Após 20 dias de intervenção houve melhora na força muscular, o que garantiu a postura de ortostatismo com auxílio do andador e maior independência. Atualmente o paciente realiza marcha sem auxílio e apresenta prova de força muscular com grau 5 (MSIS e MSSS). Conclusão: O prognóstico da GBS após TCTH Alogênico é particularmente desfavorável. Existem apenas 26 casos reportados na literatura e destes 25% dos pacientes necessitaram de suporte ventilatório invasivo e 15% foram a óbito. Neste caso foi imprescindível o rápido diagnóstico e tratamento interdisciplinar. O plano de tratamento fisioterapêutico proposto, adjuvante ao tratamento clínico possibilitou a recuperação progressiva da força muscular, do equilíbrio, da marcha e principalmente a recuperação da autoestima e independência funcional.

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Palavras-chaves: FISIOTERAPIA, plano de tratamento interdisciplinar, recuperação progressiva, independência funcional, prognostico

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Anemia hemolítica auto-imune (AHAI) complicada com acidente vascular cerebral em criança submetida a TMO alogênico não-aparentado

Autor(es): Patricia Regina Cavalcanti Barbosa Horn, Adriana Martins de Sousa, Rita de Cássia Barbosa da Silva tavares, Décio Lerner, Marta Colares, Leonardo javier, Luis Fernando da Silva Bouzas

Instituição(ões): 1. INCA/CEMO, Instituto Nacional do Câncer, Praça Cruz Vermelha Resumo: Paciente de 6anos, feminino, branca, LLA Ph+, aos 4 anos de idade (Jun/08). Tto BFM 2002 para LLA HR, atingiu remissão completa(RC), associado imatinibe(IB) 200mg/dia Out/08 até Jan/09 quando interrompeu o tto para realização do TMO. Encontrava-se em RC. Submetida a TMO não aparentado, HLA 10/10 em 19/03/2009, doador masculino A Rh - e receptora A Rh +. Condicionamento TBI 13,2 Gy, CTX e ATG; profilaxia DECH CsA e MTX . Pega D+21. Alta D+25 em uso de CsA e profilaxia infecciosa. No D+27 DECH ag de pele grau II e TGI grau I, geral grau I. Iniciado PDN 1 mg/Kg/dia que foi mantida por 20 dias e suspenso por resolução da DECH e Ag CMV+ , sendo iniciado ganciclovir. No D+ 57, quadro de vertigem e nistagmo vertical, resolvido após troca da CsA por FK. Hipótese de toxicidade, apesar RNM crânio normal. Mielo D+ 90 RC. Iniciado IB 200 mg/dia . No D+105 suspenso IB , na ocasião,Hg 10. Reiniciado IB após 20 dias. No D+ 137 palidez e colúria, Hg 7,0. Após 4 dias internação por AHAI (astenia intensa) com Hg 6,3 , LDH 776, CD+ e retic 9,8. O quadro foi controlado com PDN 1 mg/kg e Ig. Painel Ig 3+, IgA - , IgM - ,C3c - , C3d 3+ , Ctl - . Não foi hemotransfundida. Alta no D+145 Hct de 21,8 e Hg 7,2. No D+153 iniciado redução de corticóide e no D+161 suspenso definitivamente IB por neutropenia. Apresentou febre, palidez e colúria intensa, o que levou a reinternação no D+163. Crise convulsiva associado a Hct 12. Iniciado MPZ 10 mg/kg, hidantal, cefepime e CH incompatível. No D+164 mantinha anemia severa Hct 7, 1a dose de rituximab(RX) 375mg/m2 e CH incompatível 4+ .Todas as leituras de testes com reação positiva. Criança grave no D+ 166 com Hg 3,2, sendo escalonada a dose de MPZ para 30 mg/kg por 3 dias , Ig e transfusão de CH. No D+168 com mesmos níveis hematimétricos , recebeu 4o CH incompatível 4+, Hg 2,8 g/dl, testes Pai 3+, hem II 2 +, CD mono e poli 3+. Recebeu 2ª dose RX no D+170, Hg 3,0, 24h após, hemiparesia à esquerda e sonolência acentuada, Hg 1,9, 2 CH com melhora parcial do quadro neurológico. RNM cranio injúria vascular isquêmica aguda em território da artéria cerebral média(ACMD); Hg 8,0. Após 2 dias, Hg 4,3, associada eritropoetina 150 ug/kg. No D+174 piora do quadro neurológico com hemiplegia em todo dimídio esquerdo, realizada TC de crânio que descartou sangramento. No D+ 176 3ª dose RX; Hg 6,9. AngioRNM D+177 detectou redução do calibre ACMD comparativamente pior que no exame anterior. No D+ 179, Hg 5,4 , CH 4+/9, prova cruzada 1+. No D+183, Hg 6,2, recebe 4ª dose RX. No D+ 185 , Hg 6,4 , piora repentina da icterícia as custas BD associada a dor abdominal, USG sugestivo de colecistite alitíasica, iniciado cipro. No D + 186 iniciado desmame de corticóide e trocado ganciclovir por foscarnet devido a neutropenia. Testes Ac 4+/4 , CD 4+/4, PAI 1+/4 tubo. No D+193, Hg 10, em redução de corticóide, alta , seguida de normalização dos níveis hematimétricos. Atualmente 15 meses pós-TMO, livre de imunossupressor, RC e exame neurológico com hemiparesia em MSE e discreta alteração de marcha. Palavras-chaves: anemia hemolitica auto imune, transplante alogeneico não aparentado, leucemia linfoide Cr Ph +

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DIFICULDADES DE COMUNICAÇÃO EM PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS ACOMETIDOS DE MUCOSITE – UM DESAFIO PARA O

RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO

Autor(es): Jesuita dos Santos Nazareth, Valéria Fernandes de Souza Pinho, Rita de Cassia Machado Torres, Luis Fernando da Silva Bouzas

Instituição(ões): 1. INCA/CEMO, Instituto Nacional de Câncer/CEMO, Praça da Cruz Vermelha Nº 23 Resumo:

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INTRODUÇÃO: A mucosite da cavidade bucal é uma das complicações mais incômodas para os pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH) em virtude da dor que acarreta. Os tecidos orais ulcerados interferem significativamente com a ingestão nutricional, a comunicação e o desejo de manter uma higiene oral adequada, o que representa um desafio para o relacionamento terapêutico na assistência de enfermagem a estes pacientes. OBJETIVO: Descrever as limitações e dificuldades de comunicação do paciente com mucosite após TCTH. METODOLOGIA: Foi realizada busca na Biblioteca Virtual de Saúde. Após análise exploratória do material encontrado e leitura cuidadosa dos textos selecionados, que se constituíram basicamente em capítulos de livros, trabalhos de conclusão de cursos e artigos científicos, os dados foram organizados e sintetizados de forma intuitiva em tópicos sobre comunicação, transplante e mucosite, com ênfase no cuidado humanizado e acolhedor. RESULTADOS: A fala representa a forma fundamental de expressão dos seres humanos sobre suas necessidades, desejos e sentimentos, mas se uma pessoa expressa informação sem retro-alimentação do ouvinte, não pode se dizer que houve comunicação eficaz. Os pacientes de TCTH acometidos de mucosite grave tornam-se temporariamente afásicos pelas lesões na cavidade oral. A comunicação não verbal neste estágio é a mais utilizada. CONCLUSÃO: É fundamental para o enfermeiro perceber os sentimentos, dificuldades e necessidades do paciente, e estruturar diagnósticos de enfermagem, pautados na observação eficiente e na leitura do corpo que fala e nas expressões que sinaliza. Para facilitar a comunicação, o toque terapêutico e o uso de um instrumento como a escala visual analógica, para a caracterização dos aspectos da experiência dolorosa, possibilitam identificar a incidência, a duração e a intensidade da dor e assim sendo, avaliar a eficácia da terapêutica analgésica. O relacionamento terapêutico baseado na humanização e no acolhimento auxilia o paciente a enfrentar a mucosite preservando sua autonomia no processo de recuperação e cura. Palavras-chaves: Mucosite, Assistência de Enfermagem em TCTH, Comunicação

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CRIANÇAS DOENTES FALAM SOBRE A DOR, A MORTE E A VIDA EM UM CENTRO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA.

Autor(es): Érika Rafaella da Costa Neto Pallottino1,1,1, JULIANA SOBRALDE OLIVEIRA1,1,1, ANA CRISTINA MONTEIRO WAISSMANN1,1,1, ALEXANDRE DE MELO1,1,1, LUIS FERNANDO DA SILVA BOUZAS1,1,1

Instituição(ões): 1. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA,23- 7º ANDAR- CENTRO/RJ- BRASIL 2. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA,23- 7º ANDAR- CENTRO/RJ- BRASIL 3. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA,23- 7º ANDAR- CENTRO/RJ- BRASIL

Resumo: INTRODUÇÃO: A criança submetida ao Transplante de Células Tronco Hematopoética - TCTH é acometida por graves disfunções onco-hematológicas, necessitando de um tratamento longo, que exige certo confinamento pelos riscos de contrair infecções graves e que poderão levá-la ao óbito. A perda da saúde, a fragilidade do corpo, o sofrimento psíquico e a labilidade emocional fazem parte desse processo, onde as representações afetivas são carregadas de intensidade. OBJETIVO: Apresentar o saber e o entendimento da criança sobre a sua doença, tratamento e agravamento de seu quadro clínico, segundo seus próprios relatos. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo qualitativo. O material apresentado foi colhido na prática diária do trabalho da psicologia. O material foi coletado no contexto da internação e do ambulatório, e foram privilegiadas as falas espontâneas e informais das crianças. A amostra foi constituída por 20 crianças acometidas por doenças onco-hematológicas, com idades entre 2 a 9 anos, internadas e/ou em acompanhamento ambulatorial no Centro de Transplante de Medula Óssea – CEMO/ RJ. Considerou-se esta faixa etária por apresentar o desenvolvimento da formação simbólica: na criança; da linguagem; da dramatização da experiência vivida; da compreensão de regras; da organização do mundo lógico e apreensão de dados concretos de sua realidade. RESULTADOS: Os dados demonstram que a criança sabe o que tem, se sente diferente do que já fora um dia, tem a percepção que algo grave está acontecendo, se angustia por não conseguir encontrar um sentido para o seu mal estar. Observamos também um estado de amadurecimento psicológico superior às crianças dessa mesma faixa etária. CONCLUSÃO: Este estudo pretende dar voz às narrativas tão silenciadas, a esses discursos que precisam ser escutados e estudados apontando que há um entendimento infantil sobre a doença, a vida e a morte. Desta forma, a equipe de saúde pode entender, através do próprio discurso das crianças, como estas se sentem, reagem e vivenciam o processo de adoecimento e de hospitalização. Aperfeiçoa a qualidade dos serviços prestados, reforça

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a humanização e a sensibilidade do cuidado na assistência. A partir do conhecimento sobre o saber das crianças através de seus próprios relatos, desmistifica o tabu em relação à criança como agente passivo e sem conhecimento sobre o seu adoecimento, levando em consideração o saber, mesmo que infantil, em relação ao processo por elas vivido. Palavras-chaves: infância, doença, enlutamento, escuta, psicologia

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CLASSE HOSPITALAR E ATENDIMENTO PEDAGÓGICO DOMICILIAR: UMA AÇÃO INTEGRADA PARA INCLUSÃO DE CRIANÇAS SUBMETIDAS A TCTH.

Autor(es): ROSANE MARTINS DOS SANTOS4,1,4, Isabel Cristina M de4,4,1, Gabriela P.4,2,4, Margareth Vianna de Souza1,1,1, Claudia Loivos E. Alves1,1,1, LUIS FERNANDO BOUZAS1,1,1

Instituição(ões): 1. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA,23- 7ºANDAR - CENTRO/RJ- BRASIL 2. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA,23- 7ºANDAR - CENTRO/RJ- BRASIL 3. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA,23- 7ºANDAR - CENTRO/RJ- BRASIL 4. SMERJ, SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO RJ, PRAÇA DA cRUZ VERMELHA,23 - 7º ANDAR- CENTRO/RJ- BRASIL

Resumo: Introdução: A Classe Hospitalar atua no Centro de Transplante de Medula Óssea desde 2001, realizando atendimento pedagógico-educacional que ocorre em ambientes de tratamento de saúde. Crianças submetidas a Transplante de Células tronco Hematopoéticas - TCTH, encontram-se, invariavelmente, impossibilitadas de freqüentar a escola. Diante dessa realidade, a Classe Hospitalar assume papel de suma relevância para manutenção do processo de desenvolvimento e construção de conhecimento, além de estabelecer um vínculo com as escolas de origem do aluno/ paciente, assegurando o direito à continuidade de sua vida escolar. Objetivos: Destacar a importância de “articular” o trabalho da escola de origem, a Classe Hospitalar e o Professor itinerante domiciliar, no adoecimento. Promover ações que garantam o acesso efetivo às Políticas da Educação Especial. Metodologia: A partir da vivência do professor com os pacientes transplantados observam-se lacunas entre a alta hospitalar e a liberação médica para que a criança possa reingressar a sua unidade escolar. Nesse momento, entra em cena o professor itinerante. Dentre vários casos atendidos, destacamos um que exemplifica o quanto ações articuladas promoveram a reinserção de um paciente no contexto educacional. Paciente criança, 10 anos, natural do Rio de Janeiro. Portador de Anemia Aplastica Severa - AAS, submetido ao TCTH alogeneico aparentado em junho de 2009. Durante o período de internação, teve aulas sistemáticas com a professora da Classe Hospitalar, seguindo o currículo do 4º ano. Em 2010, a mãe, sob orientação da coordenação pedagógica e do Serviço Social, matriculou a criança numa escola da rede municipal de ensino do RJ, solicitando acompanhamento domiciliar, que foi providenciado em março de 2010. Desde então, uma professora designada pela Secretaria Municipal de Educação, vai a residência do paciente duas vezes por semana, dando continuidade ao que estava sendo desenvolvido com a criança no período de hospitalização. Ressalta-se que o currículo desenvolvido deve ser flexibilizado e estar em consonância com o que estiver sendo oferecido na turma onde a criança está inserida, de acordo com a legislação da Educação Especial.Conclusão: Enfatizamos que a co-responsabilidade entre escola, classe hospitalar/professor itinerante domiciliar e família é condição indispensável para que a criança transplantada permaneça assistida de forma integral e tenha garantido o direito de exercer plenamente sua cidadania, como preconiza a educação inclusiva. Palavras-chaves: educação, aprendizagem, co-responsabilidade, professor itinerante, políticas da Educação

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Acreditação Hospitalar: Melhorias e metas alcançadas com Gerenciamento do Próprio Cuidado em TCTH.

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Autor(es): LUIS FERNANDO DA SILVA BOUZAS1,1,1, MARGARETH VIANNA DE SOUZA1,1,1, THIAGO P. CAVALCANTI1,1,1, ROSANE S. FERREIRA1,1,1, Equipe Multiprofissional CEMO1,1,1

Instituição(ões): 1. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA, 23- 7º ANDAR- CENTRO/RJ- BRASIL 2. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA, 23- 7º ANDAR- CENTRO/RJ- BRASIL

Resumo: INTRODUÇÃO: Atendendo aos padrões internacionais de Acreditação Hospitalar, foi desenvolvido pela equipe multidisciplinar do Centro de Transplante de Medula Óssea – CEMO/RJ, um formulário estratégico, para mensurar o grau de conhecimento dos usuários quanto às informações e ações sobre o próprio cuidado no TCTH e de fácil aplicabilidade quanto às orientações educativas no que tange o apoio ao gerenciamento do cuidado. No Brasil, para o Cuidado a Doenças ou Condições Especificas é o primeiro Centro de Transplante de Medula Óssea Certificado Internacionalmente. OBJETIVOS: Demonstrar a forma inovadora desenvolvida pelo CEMO, na mensuração dos “dados” obtidos por meio de entrevistas com pacientes e acompanhantes. Avaliar as informações absorvidas pelos usuários durante as fases de tratamento, divididas em duas etapas: no pré-TMO, no momento da internação e pós-TMO, no momento da alta. METODOLOGIA: As informações registradas em formulário e traduzidas em forma de indicadores são disponibilizadas no Sistema de Gestão do CEMO (SGC), possibilita em consulta ao sistema visualizar os gráficos com a evolução educacional do paciente e do seu acompanhante. Foram criados 3 indicadores, sendo 1 quantitativo (quantidade de formulários aplicados na alta); 1 qualitativo ( grau de entendimento do Paciente e vontade de aprender) e 1 demonstrativo (a evolução do paciente, graficamente no SGC) RESULTADOS: Dos entrevistados, foi Identificado que 100% demonstraram vontade de aprender sobre a doença e cuidados específicos; 85% demonstraram grau de entendimento totalmente satisfatório e apenas 15% foram encaminhados para reforço. Dos 28 prontuários analisados, 90% possuíam o formulário preenchido. A partir deste último dado, foi possível identificar a necessidade da sistematização da aplicabilidade do formulário por toda a Equipe. Este método atende aos padrões internacionais de acreditação: garante o acesso à informação; identifica as dificuldades apresentadas pelos pacientes e cuidadores. Reflete o esforço da equipe multiprofissional em buscar e manter a qualidade no atendimento. CONCLUSÃO: A Acreditação hospitalar é um desafio e um comprometimento constante da Equipe, na busca da manter sempre em revisão todo os processos, cujo registro e mensuração do gerenciamento do próprio cuidado se caracteriza como um instrumento que prima por garantir a qualidade, a humanização no atendimento e a segurança do processo de educação especializada. A partir desta análise, é/foi possível traçar a linha de evolução e estratégias para melhor compreensão das orientações educativas demonstrando o quanto se faz imprescindível rever as informações oferecidas ao paciente imunossuprimido e seu cuidador durante todo o tratamento. Palavras-chaves: Certificação Internacional, Equipe multiprofissional especializada, orientações educativas, atendimento humanizado, indicadores,

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Assistência de Enfermagem ao paciente portador da Síndrome de Chediak-Higashi: relato de experiência

Autor(es): Valesca Nunes dos Reis, Kelli Borges dos Santos, Karen Vianelo Ferreira, Tamyris Miguel de Souza Instituição(ões): 1. HU/UFJF, Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fo, Rua Catulo Breviglieri, s/n -

Santa Catarina Resumo: Introdução: A Síndrome de Chediak-Higashi (SCH) é uma doença rara de herança autossômica recessiva que ocorre por disfunção primária de fagócitos fazendo com que estes tenham uma atividade quimiotática e microbicida reduzidas. As células "natural killer" também tem suas atividades diminuídas, e essa soma de fatores ocasiona suscetibilidade a infecções severas e fatais. As principais manifestações clínicas da doença são: albinismo parcial óculo-cutâneo, deficiência imunológica grave, infecções recorrentes, tendências hemorrágicas, distúrbios neurológicos, sensoriais e/ou motor e presença de grânulos citoplasmáticos gigantes em leucócitos e outras células que contêm grânulos. O transplante de medula óssea (TMO) representa a forma de tratamento definitivo para SCH, pois com a infusão de células progenitoras hematopoiéticas ocorre o restabelecimento da função medular comprometida e, portanto, o retorno da produção de células

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fagocitárias normais. A reabilitação é dependente do tempo decorrente entre a indicação do TMO e a sua realização, devido à rápida progressão da doença. A relevância do trabalho baseia-se na escassez de estudos que explorem a assistência de enfermagem a estes pacientes. Objetivo: Relatar a experiência dos cuidados de enfermagem a um paciente portador da SCH. Método: Trata-se de relato de experiência referente à assistência de enfermagem a uma criança de sete meses de vida portadora da SCH internada na unidade pediátrica de um Hospital Universitário de Juiz de Fora/MG. Discussão: No que tange a enfermagem alguns cuidados são indispensáveis: monitorização constante e rigorosa dos sinais vitais, na busca de achados clínicos que demonstrem instabilidade do quadro; exame físico detalhado, essencial para traçar um plano de cuidado consoante com as demandas apresentadas; cuidados com o tecido tegumentar por este se apresentar friável, ampliando o risco de infecções devido a lesões; manutenção do decúbito elevado, para evitar desgaste diafragmático; atenção rigorosa as medicações prescritas, devido à grande variedade de fármacos administrados, o que amplia a possibilidade de interações medicamentosas, efeitos colaterais e eventos adversos; cuidados com a hemotransfusão, recurso terapêutico frequentemente utilizado no tratamento da SCH. Considerações Finais: A assistência de enfermagem prestada esteve baseada em poucos estudos publicados sobre a doença. A raridade da doença aliada à escassez de produção científica requerem que novos estudos sejam realizados a fim de ampliar o conhecimento, melhorar a compreensão do curso das terapêuticas adotadas e dos cuidados exigidos pelos pacientes. Palavras-chaves: Enfermagem, Síndrome de Chediak-Higashi, Transplante de Medula Óssea

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Análise dos resultados da triagem sorológica de gestantes doadoras de sangue de cordão umbilical no momento da coleta a após sessenta dias da doação. Experiência do Hospital

Israelita Albert Einstein (HIAE).

Autor(es): Andreza Feitosa Ribeiro, Sandra Serson Rohr, Jose Mauro Kutner, Marcia Bernardino de Carvalho Polite, Isabel Cristina Araujo, Telma Xavier, Ricardo Antonio d’Almeida Pereira, Sandra Valeria Franciscone Santos

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein, 627/701 - Morumbi - São Paulo - SP Resumo: Introdução: As gestantes doadoras de sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP) são avaliadas para doenças transmissíveis pelo sangue com os mesmos testes de doadores de sangue total, além da pesquisa de anticorpos (IgM) para toxoplasmose e citomegalovírus. A RDC-153 obriga a repetição dos testes sorológicos após 60 dias para que a unidade de SCUP possa ser liberada. Relatamos os resultados obtidos na análise sorológica das doadoras do banco de sangue de cordão público do HIAE. Metodologia: Uma análise retrospectiva foi feita nos testes sorológicos das gestantes (n=4042) de outubro de 2004 a abril de 2010. Todas as amostras foram testadas para anti-HIV 1-2; HBsAg, anti-HBc, anti-HCV, HTLV-I, sífilis, Doença de Chagas e NAT-HVC e HIV, e pesquisa de anticorpo IgM para toxoplasmose e de anticorpo IgM para citomegalovírus. O teste confirmatório para HIV era NAT e Western Blot (WB); para HCV era NAT e RIBA; para HTLV-I era WB; para sífilis era FTA/VDRL; um segundo teste ELISA para HBsAg; imunofluorescência para D. de Chagas e ensaio de fluorescência para CMV e toxoplasmose. Resultados: Encontramos 4,1% de amostras com testes alterados na primeira sorologia (165). Anti-Hbc positivo foi a anormalidade mais encontrada (36,4%). Nos 105 testes confirmatórios (não é realizado para anti-HBc), encontramos 10 (9,5%) confirmadamente positivos. Na segunda triagem sorológica após 60 dias (n=2695) encontramos 37 (1,4%) resultados alterados. Todos os testes confirmatórios foram negativos. Conclusão: O percentual de amostras com alteração sorológica em gestantes doadoras de SCUP foi semelhante ao encontrado na literatura. Nossos dados sugerem que a coleta de segunda amostra materna não adiciona maior segurança e qualidade aos bancos públicos de SCUP. Palavras-chaves: Triagem, sorológica, sangue, cordão

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Azitromicina com corticosteróide inalatório na doença do enxerto contra hospedeiro crônico com acometimento pulmonar

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Autor(es): Nádia Cristina de Sousa Misael, Patrícia Weinschenker Bollmann, Jairo J. Nascimento Sobrinho Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein, 627 - São Paulo Resumo: INTRODUÇÃO: A doença do enxerto contra hospedeiro (DECH) representa uns dos fatores de maior morbidade e mortalidade pós transplante de medula óssea (TMO) alogênico. O acometimento pulmonar desta doença no TMO se dá como forma de processo inflamatório de vias aéreas distais, sendo o mais comum às formas de bronquiolite obliterante e pneumonia criptogênica em organização (COP). O objetivo deste trabalho foi estudar, retrospectivamente, a resposta clínica a associação de azitromicina com corticosteróide inalatório (CI) os pacientes que apresentaram DECH pulmonar crônico. MATERIAL E MÉTODOS: Foram analisados os prontuários e a prova de função pulmonar (PFP) dos pacientes que tinham o diagnóstico de DECH crônico na forma pulmonar e a sua resposta à terapêutica. RESULTADOS: Quatro pacientes tiveram o diagnóstico de DECH crônico pulmonar após TMO alogênico não aparentado por leucemia mielóide aguda. O primeiro paciente tem 52 anos apresentava insuficiência respiratória e febre em junho de 2005, um ano e dois meses após TMO. Na ocasião não conseguiu realizar PFP. Fez o diagnóstico de COP por biópsia transbrônquica e clínica. Na PFP tinha diminuição da capacidade de difusão do oxigênio (DLCO). Iniciou corticóide oral (CO) na dose de 1mg/kg, associado azitromicina 500mg por dia durante cinco dias e manutenção com azitromicina 250mg em dias alternados. Utilizou também ciclesonida 160mcg de 12/12 horas com posterior redução do CO sem piora dos sintomas respiratórios e com melhora da PFP. O segundo paciente tem 31 anos tinha sintomas de dispnéia e tosse em março de 2010, um ano após TMO. Fez tomografia com opacidades em vidro fosco e consolidação de distribuição peribroncoalveolar. Teve biopsia pulmonar transbrônquica compatível com COP. Iniciou corticóide oral na dose de 1mg/kg, associado a azitromicina 250mg em dias alternados. e budesonida 160mcg de 12/12 horas com posterior redução do CO. O terceiro paciente apresentava tosse e piora da PFP com distúrbio obstrutivo em setembro de 2009, um ano após TMO. Também apresentava sinais radiológicos de espessamento de paredes brônquinas nos lobos inferiores. Este paciente foi tratado com azitromicina 250mg em dias alternados e ciclesonida 160mcg de 12/12h com melhora dos sintomas respiratórios e melhora da PFP. O quarto paciente apresentou tosse e dispnéia quatro anos após TMO. Tinha tomografia de tórax com opacidade em vidro fosco com distribuição heterogênea e PFP com distúrbio restritivo e diminuição da DLCO. Este paciente foi tratado com azitromicina 250mg em dias alternados e budesonida 160mcg de 12/12h com melhora dos sintomas respiratórios e melhora da PFP. CONCLUSÕES: Os pacientes que utilizaram associação de CI com azitromicina apresentaram melhora da PFP e dos sintomas. A utilização de CI diminuição a recaída dos sintomas quando se reduzia a dose de CO. Poupando assim os efeitos colaterais em longo prazo de corticosteróide sistêmico. Palavras-chaves: Transplante alogênico, Doença do Enxerto contra hospedeiro, Crônico Pulmonar, Corticosteróide inalatório, Macrolídeo

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Avaliação da qualidade de vida (QV) dos pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoéticas - TCTH

Autor(es): Cristina Botelho Portela, Danielle Maria de Almeida Godoy, Maria de Fátima Carvalho, Edna Diniz, Karina Abreu Lima, Katiúscia Miranda Lopes, Érika Oliveira de Miranda Coelho

Instituição(ões): 1. CTMO-Hemope, Centro de Transplante de Medula Óssea - Hemope, H.S.E-PE. Av. Cons. Rosa e Silva, s/nº, Graças. Recife PE cep:52020-220

Resumo: Introdução: O TCTH, é um procedimento de alta complexidade, cujo desenvolvimento, nas últimas décadas permitiu o tratamento de doenças que antes eram inevitavelmente fatais. Os efeitos deletérios deste tratamento geram problemas de aspectos biopsicossociais que interferem na qualidade de vida do paciente. Em busca de alternativas que favoreçam ações que beneficiem o estado ideal de saúde, no sentido mais abrangente do termo, foi realizada uma pesquisa que avalia os domínios físico, funcional, sócio-familiar e emocional. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de pacientes submetidos ao TCTH empregando o questionário específico Functional Assessment of Cancer Therapy - Bone Marrow Transplantation (FACT-BMT). Método: A pesquisa foi realizada em um centro de TCTH do nordeste, no período de agosto de 2009 a abril de 2010. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e exploratório. As informações foram organizadas em bancos de dados com o programa EPI-INFO versão 6.04d e analisadas com o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS),

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versão 15.0. Foram investigados quinze pacientes, dentre os quais 80% realizaramTCTH alogênico, com idade variando entre 18 e 57 anos, sendo 60% do sexo feminino e a duração média de tempo pós-transplante foi de 48m 7d. Resultados: Constatou-se que o bem estar físico e emocional que investigam os aspectos negativos, atingiram as médias percentuais de 17,62% e 27,22% respectivamente, indicando que houve pouca interferência na qualidade de vida. Os domínios de relacionamento com o médico (88,33%) e bem estar funcional (73,33%), diferentemente, alcançaram maiores médias percentuais, sendo considerados os domínios de menor comprometimento. Conclusão: Apesar do TCTH promover mudanças nos hábitos de vida e interferir nas relações interpessoais e na produtividade, observou-se que o relacionamento com o médico e o bem estar funcional foram os domínios que revelaram menor interferência na qualidade de vida dos pacientes pesquisados. Embora a versão para o português do referido questionário, ter sido validada satisfatoriamente, na aplicação defrontamos com dificuldades de entendimento por parte dos pacientes quanto a alguns domínios que investigam aspectos positivos e outros que avaliam situações negativas, gerando dúvidas na interpretação da questão. Palavras-chaves: Bem Estar, Biopsicossocial, Domínios, FACT-BMT, Interferência

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Estratégias para adequação da coleta e envio dos dados objetivando a qualificação de centro pesquisador junto ao CIBMTR (Center International Bonne Marrow Transplantation Research)

Autor(es):

Lucia Helena de Almeida Testa, Anderson João Simione, Camilla Ferraz Filipi, Laura Maria Sahm Bueno Ruiz, Ana Claudia Ferrari dos Santos, Zilda de Lourdes Campos Cara, Valquiria de Cassia Possani, Maria Isabel Teixeira Galvão, Ana Claudina Conduta Candelaria, Camila Fernanda Zanon, Mair Pedro de Souza, Marcos Augusto Mauad, Ederson Roberto de Matos, Fabricio Pascolat, Juliana Oliveira Vieira, Milene Abdo Lacerda Hosth Matedi, Fernanda de Souza Meireles, Vergilio Antonio Rensi Colturato

Instituição(ões): 1. HAC, Hospital Amaral Carvalho, Rua Dona Silvéria, 150 - Jaú-SP Resumo: Em Janeiro de 2009 o Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital Amaral Carvalho – Jaú, iniciou suas atividades como centro pesquisador do CIBMTR, reportando também dados a: ABTO (desde 1999); Eurocord (2008). O 1º transplante foi realizado em agosto de 1996, desde então totalizamos 1338 procedimentos entre alogênicos e autólogos. De janeiro/2009 a abril/2010 foram realizados 244 transplantes, 100% cadastrados no CIBMTR, destes apenas 3 pacientes (1,2%) não assinaram o termo de consentimento de autorização do envio de dados. Objetivando um banco de dados abrangente, em contínuo funcionamento e preservando a cronologia dos eventos adaptamos a coleta de dados às atividades desenvolvidas pelo nosso centro, formado por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e gerentes de dados. Com a finalidade de enviar as informações dentro do prazo, desenvolvemos uma planilha geral eletrônica, onde os pacientes, desde 1996 são catalogados e separados por tipos de transplante (alogênico relacionado, não relacionado, autólogos e singênicos). As informações de pacientes dos estudos e levantamentos enviados a ABTO e ao Eurocord têm a planilha geral como base. O relacionamento com o CIBMTR determinou maior quantidade e complexidade de informações a serem encaminhadas, exigindo de nossa parte adaptações. Elaboramos um resumo de entrada, que contém informações: como dados epidemiológicos, diagnóstico, status da doença, comorbidades entre outros e um resumo de alta hospitalar que nos posiciona com relação a evolução clínica do paciente durante o período de internação, facilitando aos gerentes de dados o acesso as informações que são confiáveis, uma vez que são elaboradas por enfermeiras treinadas e sob supervisão médica. Para follow-ups criamos uma mini versão dos formulários do CIBMTR em português, que são preenchidos pela mesma equipe de enfermagem e também uma planilha, de segurança que nos informa o prazo de vencimento dos formulários, garantindo assim o envio dos dados no tempo correto. A participação de assistentes sociais tem sido importante no apoio a captação de dados daqueles pacientes que deixam de comparecer ao serviço. Com as atitudes relacionadas acima, tem sido possível atualizar o nosso banco de dados com qualidade e confiabilidade. O nível de organização e o envolvimento pessoal foram fundamentais para obtermos a qualificação como centro pesquisador junto ao CIBMTR. Palavras-chaves: Transplante de Medula Óssea, CIBMTR, Envio de dados

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A DOENÇA COMO RESGATE DA CIDADANIA. RELATO DE CASO

Autor(es): Maria de Fátima Bezerra da Silva Carvalho, Waldelourdes Melo Souto Maior, Katiuscia Araújo Miranda Lopes, Erika Oliveira de Miranda Coelho

Instituição(ões): 1. CTMO/HEMOPE, Centro de transplante de medula óssea, Av. Rosa e Silva SN, Espinheiro Resumo: INTRODUÇÃO: Entendendo-se que ser cidadão é está capacitado a participar da vida em sociedade, este trabalho apresenta o relato de um caso onde a intervenção da equipe multidisciplinar de transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH) gerou o resgate da cidadania e mudança no estilo de vida do paciente. A princípio foi identificado na entrevista social pré-TCTH a ausência de documentação mínima que o incluísse nos critérios de cidadania, além de dificuldades socioeconômicas que comprometeriam a qualidade do tratamento. A realidade social na qual o paciente estava inserido pode ser qualificada como de extrema carência. Diante disso, foi necessária uma assistência mais atuante da equipe multidisciplinar no aspecto educacional, junto ao paciente e seus familiares, com o objetivo de favorecer a terapêutica. OBJETIVO: Demonstrar a doença como forma de resgate da cidadania de um paciente em situação de vulnerabilidade social. METODOLOGIA: Descrevemos um caso que demonstrou mudanças no estilo de vida. CASO: Paciente J.A.B.Q. masculino, 48anos, pernambucano, vigilante, desempregado, solteiro, alfabetizado, em tratamento de tuberculose, leucemia mielóide aguda secundária à síndrome mielodisplásica submetido ao TCTH alogênico aparentado em 07/10/2009. No processo de entrevista e visita domiciliar, realizada pelo Serviço Social e Enfermagem foram identificados graves problemas socioeconômicos, de moradia e além do auto-cuidado precário. O paciente apresentava extrema dificuldade de compreensão das informações fornecidas, que foram atribuídas aos 30 anos de consumo de álcool. Foram necessárias repetitivas orientações sobre higiene pessoal e monitoramento continuo da equipe no cumprimento das rotinas. RESULTADOS: O paciente foi encaminhado para a confecção dos documentos de Identidade (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF) também, requereu e recebeu o Benefício de Prestação Continuada/Lei Orgânica da Assistência Social, bem como, aprendeu a cuidar de si próprio com atenção a higiene pessoal, passando a ser capaz de organizar os horários de suas medicações. CONCLUSÃO: Observou-se que por ocasião da doença e por causa dela houve a possibilidade de sua inclusão social, através do acesso aos direitos básicos de cidadania. O impacto positivo desta nova condição favoreceu o auto cuidado, melhorou a auto-estima e fortaleceu os vínculos familiares. Palavras-chaves: Cidadão, Social, Inclusão, Transplante, Vida

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LEISHMANIOSE VISCERAL (LV) APÓS TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS; (TCTH) UM ALERTA PARA O DIAGNÓSTICO: RELATO DE CASO

Autor(es): Vladmir GUIMARÃES M, Erika O M Coelho, Iris M COsta Instituição(ões): 1. CTMO-HEMOPE, Centro de Transplante de Medula HEMOPE, Av Cons ROsa e Silva S/N Hospitla do

Servidor do Estado de PE Resumo: INTRODUÇÃO: Doenças parastárias oportunisticas podem surgir como complicação no período pós TCTH sobretudo naqueles indivíduos residentes de área endêmica. A LV é uma doença endêmica em algumas regiões do Brasil, mesmo assim o seu diagnóstico pode não ser fácil. A identificação desses pacientes torna-se importante para que medidas preventivas e terapêuticas possam ser tomadas de modo rápido e eficaz.OBJETIVO:Relatar um caso de LV após TCTH alogênico e alertar para a importância de identificar os pacientes de zona endêmica para que se possa fazer prevenção e um diagnóstico precoce. RELATO DE CASO:Homem de 30 anos, residente da cidade de Surubim, Pernambuco que recebeu TCTH alogênico para Leucemia Mielóide Crônica Ph+ (LMC). Fazia uso de prednisona para tratar uma doença do enxerto contra o hospedeiro crônico intestinal e hepática. Compareceu em consulta no D+60 com febre intermitente associado a pancitopenia e esplenomegalia discreta. As investigações para Herpes Virus 6 e Eritrovirus foram negativas. A biópsia de medula óssea e mielograma mostraram uma marcada hipocelularidade. O cariograma no D+91 para análise de quimera mostrou medula XX nas 20 metáfases avaliadas. Diante da possibilidade de rejeição o paciente recebeu uma 2ª infusão de células tronco sem condicionamento. Evoluiu como esplenomegalia progressiva e febre persistente sendo realizado um novo mielograma que evidenciou vários histiócitos preenchidos por inúmeras formas amastigotas de Leishmania sp. Foi iniciada a

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anfotericina B desoxicolato, mas o paciente foi a óbito no 5º dia de tratamento. CONCLUSÃO: A LV é uma realidade em diversas regiões do mundo e portanto deve-se sempre pensar em seu diagnóstico naqueles pacientes procedentes das regiões endêmicas que apresentam pancitopenia com ou sem febre e/ou esplenomegalia. A sua alta taxa de mortalidade principalmente nos indivíduos imunocomprometidos chama atenção para a necessidade de diagnóstico precoce como a principal estratégia de um tratamento bem sucedido. Palavras-chaves: leishmaniose visceral, oportunistica, transplante

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Tratamento da síndrome de IPEX com TCTH e uso de treosulfano para o condicionamento de segundo transplante de cordão umbilical após falha primária de pega

Autor(es): Juliana Folloni Fernandes1,2, Fabio Rodrigues Kerbauy1, Andreza Feitosa Ribeiro1, Mayra de Barros Dorna2, Adalberto Stape1, Teresa Vieira1, Iracema Esteves1, Cristina Jacob2, Magda Carneiro-Sampaio2, Nelson Hamerschlak1

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein, 627/701 São Paulo 2. ICr - HCFMUSP, Instituto da Criança - HCFMUSP, Av Dr Eneas de C Aguiar, 647

Resumo: Introdução: A síndrome de IPEX (Imunodesregulação, Poliendocrinopatia, Enteropatia, ligada ao X) é uma rara doença genética ligada ao X, caracterizada por uma mutação no gene da proteína FOXP3 (forkhead box P3). Esta mutação leva à ausência de linfócitos T-reguladores, com aparecimento de fenômenos autoimunes desde os primeiros meses de vida, sendo fatal na maioria dos casos. O tratamento é feito com imunossupressores, porém o transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é a única alternativa curativa. Com a presença de comorbidades relacionadas à doença, o uso de quimioterapia mieloablativa para o TCTH pode ser proibitivo. O treosulfano é um agente alquilante que recentemente tem sido usado como preparativo para transplante mieloablativos, porém com menor incidência de toxicidades extra-medulares. Nós reportamos um caso de síndrome de IPEX tratado com TCTH usando treosulfano como condicionamento após falha de pega de um primeiro TCTH não-mieloablativo. Relato de caso: R.L.S.S., aos 6 meses iniciou com quadro fenômenos autoimunes (diabetes mellitus do tipo I, glomerulonefrite membranosa, hipotireoidismo) além de diarréia crônica, baixo ganho de peso e episódios infecciosos com necessidade de internações prolongadas. O diagnóstico de IPEX foi confirmado pela ausência de expressão da proteína FOXP3 e presença de 2 mutações no gene que codifica esta proteína. Iniciada imunossupressão com corticóide e micofenolato mofetil (MMF), sem boa resposta. Encontrada unidade de sangue de cordão umbilical (SCU) HLA compatível (5/6 antígenos), sendo indicado o TCTH. Pela presença de acometimento de vários órgãos pela doença, optado pelo uso de regime de condicionamento de intensidade reduzida (RIC) com melfalano 70mg/m2, fludarabina (150mg/m2) e alemtuzumabe (33mg). Após o transplante, evoluiu com falha de pega primária e reconstituição autóloga. Como complicações, teve 2 reativações de citomegalovirus (CMV) e um episódio de choque séptico de causa bacteriana. Após estabilização dos quadros infecciosos e o encontro de uma segunda unidade de SCU HLA compatível (5/6), o paciente foi submetido a um segundo transplante de SCU após condicionamento com treosulfano (14g/m2 x 3 dias) e ciclofosfamida 120mg/kg. Como profilaxia da doença do enxerto-contra-hospedeiro (DECH) recebeu ciclosporina e MMF. Evoluiu com rápida recuperação hematopoética, com pega neutrofílica no D+15, pega plaquetária no D+11 após o TCTH e ausência de sinais de DECH. Hoje está após 120 dias do segundo TCTH, tendo tido como complicações um episódio de reativação de CMV e um quadro séptico bacteriano. Está em acompanhamento semanal em ambulatório, com quimeirismo completo e resolução de todos os acometimentos da doença, exceto do DM tipo I, que mantém difícil controle. Conclusões: A síndrome de IPEX pode ser tratada com TCTH e o uso de treosulfano mostrou-se seguro e eficaz como parte do regime de condicionamento. Palavras-chaves: sangue de cordão umbilical, falha de pega, imunodeficiencia

TL- 136

Transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas em neoplasias malignas na faixa etária pediátrica: 20 anos de experiência de uma instituição brasileira

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Autor(es):

Juliana Folloni Fernandes, Claudio Carneiro Borba, André Luis Albiero, Gabriele Zamperlini Netto, Bruna Carvalho, Carolina Sgarioni Camargo, Karisa Martins Oliveira, Alessandra Milani Prandini de Azambuja, Ana Lucia Beltrati Cornacchioni, Roberto Augusto Plaza Teixeira, Maria Tereza Assis Almeida, Paulo Taufi Maluf Jr, Lílian Maria Cristófani, Vicente Odone Filho

Instituição(ões): 1. ICr - HCFMUSP, Instituto da Criança - HCFMUSP, Rua Galeno de Almeida, 148 São Paulo Resumo: Introdução: O transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas (TACTH) é indicado no tratamento de várias neoplasias na faixa etária pediátrica, principalmente como consolidação do tratamento de tumores com alto risco de recaída. Em 1989 o Instituto da Criança do HC-FMUSP iniciou seu programa de transplantes autólogos para neoplasias pediátricas. Nós reportamos aqui a experiência com 115 pacientes que receberam TACTH em nossa instituição. Material e métodos: 115 pacientes receberam TACTH em nossa instituição de 1989 a 2010. Indicações: neuroblastoma (NB) (n=76), sarcomas (n=13), linfomas (n=15), leucemias agudas (n=5), outros tumores (n=6). A mediana de idade foi de 6 anos (63=M,52=F), a mediana de seguimento foi de 42 meses e a metade dos TATCH foram realizados antes de 2001. A fonte de células foi medula óssea (MO) em 39 pacientes, sangue periférico (SP) em 73 pacientes e MO+SP em 3 pacientes. A mediana de células nucleadas totais (CNT) infundidas foi de 4x108/Kg e de células CD34+ de 2,5x106/Kg. O regime de condicionamento variou conforme a doença tratada. Nos 76 pacientes tratados por NB, a idade mediana foi de 5 anos, 59 pacientes estavam em primeira remissão completa ou remissão parcial muito boa, 48 receberam transplante de SP (mediana CD34+=2,6x106/Kg) e o condicionamento foi feito com carboplatina/etoposide/melfalano em 57 (75%) pacientes. A mediana de seguimento foi de 29 meses. Resultados: Seis pacientes morreram antes de 28 dias pós-TATCH (não avaliados para a pega), 109 pacientes tiveram pega neutrofílica em uma mediana de 12 dias e pega plaquetária em uma mediana de 21 dias. A sobrevida global (SG) e a sobrevida livre de progressão (SLP) em 2 anos foram, respectivamente, 61±5% e 44±5% para a população geral, e 59±6% e 40±6% para os pacientes com NB. Em uma análise univariada, entre os fatores analisados (idade, diagnóstico, situação da doença no momento do transplante, número de CNT e CD34+, ano do TACTH), a única diferença encontrada foi em relação ao ano do TACTH, os pacientes transplantados antes de 2001 tiveram SLP de 35±6%, comparado a 54±7% para os transplantados após 2001(p=0.02). A mesma diferença foi vista nos pacientes com NB, sendo a SLP de 28±7% antes de 2001 e 52±9% após 2001 (p=0.009). Sessenta pacientes (52%) tiveram recaída da doença de base após o TACTH, 41 entre os NB. Cinco pacientes morreram por toxicidade do transplante e 53 morreram por progressão de doença. Conclusões: Nós mostramos a experiência em TATCH de 20 anos de um serviço especializado em oncologia pediátrica. A melhora da sobrevida a partir de 2001 pode estar relacionada à melhora das medidas de suporte, como a profilaxia e tratamento de infecções, bem como a intensificação dos esquemas quimioterápicos. Para pacientes com NB, a incorporação do uso do transplante autólogo no protocolo de tratamento em pacientes em primeira remissão a partir de 2000 também pode ter influenciado a melhora da sobrevida nos últimos anos. Palavras-chaves: transplante células-tronco, neuroblastoma, autólogo

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Higher CMV infection in autologous transplanted patients in Brazil

Autor(es): Claudia Mac Donald Bley do Nascimento, FABIO PIRES DE SOUZA SANTOS, Ricardo Helman, GUILHERME FLEURY PERINI, Fabio Rodrigues Kerbauy, Reijane Alves de Assis, José Mauro Kutner, Andreza Alice Feitosa Ribeiro, Nelson Hamerschlak

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, AV Albert Einstein nº 627 Bloco A1 sala 520 Resumo: Introduction Infections are an important complication in the post-transplant period, and cytomegalovirus (CMV) is one of the more common viral pathogens in the allogeneic stem cell transplantation (SCT)setting. However, CMV infections are uncommon after autologous stem cell transplantation (ASCT), with a reported incidence of CMV disease of 2-9%. We observed an apparently abnormal increase in the number of CMV infections after ASCT. Methods This prompted us to review the incidence and the risk factors for CMV infection. Starting in January 2005, a total of 115 ASCT were performed in 114 patients. Results CMV infection was investigated in 50 patients (43.5%) who presented persistent fever. Fourteen patients presented CMV infection, which corresponds to an incidence of 12.3%. The diagnosis of these patients were NHL, MM, and autoimmune disease.One patient who was submitted to ASCT twice also reactive CMV infection twice, one after each

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transplantation. The first positive antigenemia observed occurred at a median of 24 days (range 12-40) after stem cell infusion. The neutrophil engraftment was reached at a median of 10 days.The immune numerical recovery analyzed by the number of peripheral blood lymphocyte at D30 after ASCT, by the number of CD4, CD8 and hypogammaglobulinemia in D60 were similar in both groups. Lymphocyte counts were higher in the CMV negative group (787 vs 592) but the difference was not significant. Univariate and multivariate logistic regression analyses were performed to assess the risk factors for developing CMV infection. Variables that showed to be statistically significant for the development of CMV infection were age (p = 0,014) and time between diagnosis and ASCT (p = 0.001). Others variables, including age, sex, disease, corticosteroids use, rituximab use, number of chemotherapy regimens before BMT, time of neutrophil engraftment (days), absolute lymphocytes number, presence of hypogammaglobulinemia and number of CD4 and CD8 T lymphocytes showed no significant difference between groups. Logistic analysis revealed a higher incidence of CMV positive cases in the last 12 months (6/23 cases) when compared to the previous 35 months (8/92 cases),(p-value=0.030, OR=3.7 CI 95% 1.1-12.1). Factors with statistical significance in the univariate analysis, namely age, sex, time lapse between diagnosis and ASCT , year of ASCT ) evaluated in multivariable logistic regression models showed that only age (p=0.050 ; OR=1.06 ; CI 95%= 1 – 1.12) and year of ASCT (p=0.049 ; OR3.87 ; CI95%= 1-14.95) were significant . Discussion This may reflect the higher incidence of the general Brazilian population or be a characteristic of this population in particular. Nevertheless, we recommend a close monitoring of CMV and early use of antiviral drugs to avoid further CMV complications and to significantly decrease CMV-associated morbidity and mortality in patients after ASCT. Palavras-chaves: Citomegalovirus, Infecção, Transplante autologo

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ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTADO NUTRICIONAL E DESFECHO CLÍNICO EM TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS ALOGÊNICO

Autor(es): juliana Elert Maia, Heloisa Sommacal, Ana Jochims, Alessandra Paz, Liane Esteves Daudt, Lucia Mariano da Rocha Silla, Ingrid Dalira Schweigert

Instituição(ões): 1. HCPA, Serviço Hematologia e TCTH Hospital Clinicas Porto Alegre, Rua Ramiro Barcelos, 2350 Porto Alegre RS

Resumo: INTRODUÇÃO: No Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH) há uma série de procedimentos que interferem no estado nutricional e este também influencia no desfecho do tratamento. A sociedade vivencia um processo de transição nutricional no qual há a diminuição redução da prevalência de desnutrição e o aumento do excesso de peso. Estudos já demonstraram a ação deletéria da desnutrição no desfecho do TCTH, porém ainda são escassos dados sobre os efeitos do excesso de peso. OBJETIVO: Avaliar a influência do estado nutricional no desfecho clínico do TCTH alogênico, verificando o impacto ocasionado pelas alterações dos padrões nutricionais . MATERIAIS E MÉTODOS: estudo retrospectivo dos pacientes adultos submetidos a TCTH alogênico no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), no período de 2002 a 2008. Coletados dados antropométricos e ocorrência de complicações e mortalidade relacionadas ao tratamento até cem dias após o transplante. Dados estatisticamente analisados através dos testes ANOVA e correlação de Pearson. RESULTADOS: Foram analisados 112 pacientes , dos quais 61 (54,47%) apresentavam algum grau de excesso de peso, demonstrando grande prevalência. Nenhuma das variáveis analisadas apresentou diferença estatisticamente significativa de manifestação entre indivíduos com classificação de IMC eutrófico, sobrepeso ou obesidade. Contudo, houve uma tendência de correlação inversa entre IMC e tempo de internação, mortalidade relacionada ao transplante, intensidade de manifestação de DECH, grau de ocorrência de mucosite e tempo para a “pega” do enxerto. CONCLUSÃO: O excesso de peso não predisse pior prognóstico na população estudada, apresentando, inclusive, tendências a desfechos menos agressivos, porém mais estudos se fazem necessários para elucidar a associação da elevação do IMC com desfecho clínico em TCTH alogênico, através de avaliações prospectivas, levando-se em consideração a padronização da classificação do estado nutricional, bem como o ajuste da dosagem de quimioterápicos para indivíduos com excesso de peso. .Palavras-chave: IMC. Obesidade. Transplante Alogênico. Palavras-chaves: IMC, Obesidade, Transplante Alogênico

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Transplante de Células Tronco Hematopoiéticas (TCTH) alogênico e DLI em pacientes com LMA: experiência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Autor(es): Manoela Boffo, Alessandra Paz, Gustavo Fischer, Clarissa Ferreira, Beatriz Pitombeira, Lucia Mariano da Rocha Silla, Liane Esteves Daudt

Instituição(ões): 1. HCPA, Hospital de Clinicas de Porto Alegre, Rua Ramiro Barcelos, 2350 Porto Alegre RS Resumo: Introdução: O TCTH alogênico ainda é o tratamento padrão oferecido aos pacientes portadores de LMA de alto risco em primeira remissão. Os resultados dependem de fatores como idade, citogenética, doenças medulares prévias e comorbidades. A recaída da doença ainda é a causa mais comum de mortalidade após TCTH e seu manejo consiste na tentativa de aumentar o efeito GVL (graft versus leukaemia) tanto através da redução ou eliminação da imunossupressão como pela infusão de linfócitos do doador (DLI). A DLI pode levar a sobrevida livre de doença (SLD) em 3 anos de 20-50%, com mortalidade pós procedimento em torno de 5-20%. Objetivo: Avaliar a resposta à DLI em pacientes portadores de LMA recidivada pós TCTH alogênico aparentado no nosso centro em termos de SLD e sobrevida global (SG). Material e métodos: análise dos dados obtidos a partir dos prontuários médicos dos pacientes tratados no nosso centro. Resultados: Foram analisados dados de 51 pacientes submetidos ao TCTH alogênico por LMA no período de 1995 a 2009 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com idades entre 8 meses e 55 anos (média de 29,6 anos), sendo 41,2% mulheres e 58,8% homens. A recidiva da doença ocorreu em 13 pacientes (25,5%), sendo que 30,7% destes transplantaram em 3RC ou com doença, 38,5% em 2RC e 30,7% em 1RC. 6 destes pacientes foram submetidos à DLI (66% realizou 1 infusão). Houve 100% de mortalidade no grupo recaído não submetido à DLI (sobrevida média de 5 meses). A SG pós DLI em 1 ano foi de 83,3% e em 3 anos de 75% e a SLD em 3 anos foi de 75%. 2 pacientes permanecem vivos e em remissão após 5 anos, 1 foi submetido a outro TCTH com o mesmo doador após a DLI. Conclusão: Os resultados pós DLI são significativos considerando a gravidade da população analisada e, apesar do pequeno número de pacientes submetidos a tal procedimento, os resultados indicam que aumentar o efeito do enxerto contra leucemia pode melhorar a sobrevida naqueles com doença avançada e que recaem pós TCTH, sendo uma alternativa terapêutica justificada para estes pacientes. Palavras-chaves: TCTH, LMA, DLI, mortalidade

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TRATAMENTO DE DECH CRÔNICO DE PELE REFRATÁRIO COM RITUXIMAB

Autor(es): Beatriz Pitombeira, Alessandra Paz, Gustavo Fischer, Lisandra Della Costa, Manoela Boffo, Clarissa Ferreira, Lucia Mariano da Rocha Silla, Liane Esteves Daudt

Instituição(ões): 1. HCPA, Hospital de Clinicas de Porto Alegre, Rua Ramiro Barcelos, 2350 Porto Alegre RS Resumo: INTRODUÇÃO: A Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro (DECH) Crônica é uma importante causa de morbimortalidade relacionada ao Transplante de Células Tronco Hematopoéticas (TCTH), tendo seu tratamento de primeira linha bem estabelecido, com uso de corticóide e inibidores da calcineurina. Não está definido até o momento um tratamento padrão para pacientes córtico-resistentes, estando disponíveis estudos com diferentes drogas, mostrando resultados variáveis. O Rituximab é um anticorpo monoclonal quimérico anti-CD20 que vem sendo utilizado no tratamento da DECH crônica, principalmente no acometimento cutâneo esclerodermiformes, com respostas em torno de 70%. RELATO DE CASO: PFCL, 25 anos, portadora de Sarcoma Granulocítico recidivado, submetida a TCTH Alogênico Aparentado em 31.10.06. Apresentou recaída da doença 10 meses após, sendo realizado novo TCTH com condicionamento reduzido de outro doador HLA compatível em 25.08.08. Apresentou como intercorrências neurotoxicidade a CSA, o que ocasionou a troca de imunossupressor. Quatro meses após o TCTH, evoluiu com DECH crônico de pele comprovado por biópsia, fazendo uso inicialmente de corticóide e MMF, com perda de reposta nas tentativas de redução da prednisona. Encaminhada para Dermatologia para realização de PUVA em Março de 2009, porém a resposta foi pobre. Em Outubro de 2009, internou com quadro de desnutrição protéico-calórica associada a piora significativa da DECH de pele, com distribuição difusa e aspecto esclerodermiforme, apresentando limitação de movimentos principalmente em face, dificultando inclusive abertura adequada da cavidade oral. Decidido por suspensão da PUVA, por ausência de resposta adequada e proposto uso de Rituximab 375mg/m2/dose em 4 doses, mantendo MMF e corticóide. Após quarta dose paciente evoluiu com melhora importante do

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quadro cutâneo, mostrando redução das áreas de escleroderma em face e tronco, com melhora gradual da movimentação. Apresentou recrudescência dos sintomas 1 mês após, sendo necessária a utilização de nova dose de Rituximab. Atualmente em bom estado geral, com recuperação dos movimentos e utilizando como manutenção somente MMF. CONCLUSÃO: O Rituximab mostrou-se efetivo no tratamento de DECH crônico de pele refratário,podendo ser utilizado como forma de resgate nestes pacientes . Palavras-chaves: TCTH, Sarcoma Granulocitico, DECH crônico

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INFLUÊNCIA DO POLIMORFISMO DO GENE IL1B+3953C/T NA MUCOSITE ORAL APÓS TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS (TCTH).

Autor(es): Maria Elvira Pizzigatti Correa, Michele Gassen Kellermann, Camila Maria Beder Ribeiro, Jacks Jorge, Afonso Celso Vigorito, Carmino Antônio de Souza.

Instituição(ões): 1. Hemocentro Unicamp, Centro de Hematologia e Hemoterapia, R. Carlos Chagas, 480 Resumo: A mucosite oral é uma complicação comum do transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH) e está associada à citotoxicidade das drogas utilizadas durante o regime de condicionamento. Os efeitos debilitantes da mucosite podem causar aumento da morbidade, aumento do risco de infecções sistêmicas e queda de qualidade de vida dos pacientes durante o período imediato pós-condicionamento. Os mecanismos envolvidos na fisiopatologia da mucosite oral são complexos e ainda não foram completamente elucidados. É conhecido o papel da IL-1, IL-6 e do TNF na etiopatogenia da mucosite, como parte do grupo de agentes desencadeadores do processo inflamatório, iniciado pela liberação de radicais livres originados a partir da citotoxicidade das drogas quimioterápicas utilizadas nos esquemas de condicionamento. Variações genotípicas, como polimorfismos, podem contribuir na suscetibilidade individual aos efeitos secundários do tratamento antineoplásico. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar retrospectivamente a influência dos polimorfismos IL1B-511C/T, IL1B+3953C/T, IL1RN VNTR íntron 2, TNF-308G/A e IL6-174G/C na mucosite oral, situação final e sobrevida pós-TCTH. A análise dos polimorfismos foi realizada através de reações de PCR utilizando DNA genômico obtido de amostras de sangue periférico de 55 pacientes submetidos ao transplante de células-tronco hematopoéticas alogênico e autólogo. Os resultados demonstraram correlação entre o polimorfismo no gene IL1B+3953C/T e a gravidade da mucosite oral. Os pacientes que expressaram os genótipos IL1B+3953TT e IL1B+3953CT, desenvolveram mucosite oral grave. Ao avaliar apenas os pacientes submetidos ao TCTH alogênico, essa relação foi mantida, contudo, não foi estatisticamente significante. Os resultados também revelaram que pacientes com mucosite oral grave apresentavam menor sobrevida pós-transplante e maior mortalidade em relação aos pacientes com mucosite leve a moderada. Adicionalmente, os resultados deste estudo demonstraram que a presença dos genótipos IL1B+3953TT e IL1B+3953CT, associados com mucosite oral grave também estavam relacionados com maior mortalidade e menor sobrevida global pós TCTH. Concluindo, os resultados deste trabalho demonstraram a correlação do polimorfismo no gene IL1B+3953C/T com a gravidade da mucosite oral, situação final e sobrevida pós-TCTH. Palavras-chaves: mucosite oral, polimorfismo genico, transplante alogenico

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Xerostomia after hematopoietic stem cell transplantation: an immunohistochemical and morphometric study of minor salivary glands

Autor(es): Tania C.Benetti Soares1, Maria Leticia Cintra2, Carmino Antônio de Souza de Souza1, Camila Maria Beder Ribeiro1, Maria Elvira Pizzigatti Correa1

Instituição(ões): 1. Unicamp, Dep. Anatomia Patológica, R. Carlos Chagas, 480 2. Unicamp, Dep. de Estomatopatologia / FOP, Av. LImeira, s/n

Resumo:

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Chronic graft versus host disease (cGVHD) is an alloimmune inflammatory process, which results from a donor-origin cellular response against host tissues. 72-83% of patients treated with hematopoietic stem cell transplantation (HSCT) present oral cGVHD. Both, prior HSCT conditioning regimen and cGVHD could cause salivary gland damage and inflammation, leading to xerostomia. Then, significant oral complications develop. T-cells are critical for the induction of cGVHD. Aim: to compare acinar relative area and mononuclear cells subsets in minor salivary glands (MSG) of normal individuals and HSCT patients with- and without cGVHD. Design. 59 patients treated by conventional HSCT entered the study (36 with- and 23 without oral cGVHD). Control group consisted of 19 MSG from normal individuals. MSG biopsies were taken around day 100 after HSCT. Histological sections were studied on H&E, PAS (for measurements of relative acinar area), LCA, CD45RO, CD4, and CD8 staining. Digital images were analyzed through Imagelab software. Results. Significant differences for all immunomarkers were found comparing the 2 groups of HSCT patients. But, no differences were found between control group and non- cGVHD patients for the same markers. PAS+ acinar area exhibited significant differences when the 3 groups were compared each other. Conclusions. Lymphocyte number in MSG of non-cGVHD patients was shown to be similar to that in control group. So, acinar loss is probably the result of conditioning chemotoxicity. This finding may be the cause of long standing xerostomia that is observed even in patients who did not develop cGVHD. Palavras-chaves: graft versus host disease, immunohistochemical study, minor salivary gland, xerostomia

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Desvio à esquerda em hemograma como fator preditivo de coleta de células progenitoras hematopoéticas.

Autor(es): Ticiane Marques Costa, Sandra Serson Rohr, Andrea Tiemi Kondo, Renata Patrícia Pastano, Fabiana Mendes Conti, Marisa Aparecida Mota, Araci Massami Sakashita, Nelson Hamerschlak, Jose Mauro Kutner

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein, 627/701 - Morumbi - São Paulo - SP Resumo: Introdução: O transplante de medula óssea tem sido cada vez mais utilizado no manejo terapêutico de doenças hematológicas e/ou neoplásicas. Neste procedimento, a recuperação da hematopoese é obtida através da infusão da célula tronco hematopoética (CTH). A expressão do antígeno CD34 é amplamente utilizada na prática clínica como marcador indireto da CTH. Tais células podem ser coletadas diretamente da medula óssea ou do sangue periférico através de um procedimento de aférese. Neste último caso, é necessário mobilizar a CTH da medula óssea para a circulação através do uso de fatores de crescimento hematopoético associados ou não a agentes quimioterápicos. Muito tem se especulado com relação a fatores preditivos de um bom rendimento, ou seja, parâmetros obtidos antes do início do procedimento e que sejam indicativos de eficiência na coleta com relação ao total de células CD34+ obtido. Na prática clínica, a contagem de células CD34+ no sangue periférico é aceita como o melhor indicador. Entretanto, como a disponibilidade deste teste não é universal, parâmetros mais acessíveis como, por exemplo, porcentagem de células linfo-monocitárias no sangue periférico tem sido avaliados como potenciais fatores preditivos. O percentual de células imaturas da linhagem granulocítica circulantes tem sido sugerido com um possível fator preditivo do rendimento da coleta por aférese. Material e métodos: Análise retrospectiva de 460 coletas de CTH por aférese realizadas no período de jan/01 a abr/10 em doadores saudáveis (TMO alogênico) ou previamente tratados (TMO autólogo). Nesta análise, avaliamos a correlação entre a percentual de células granulocíticas imaturas no sangue periférico e a contagem total de células CD34+ coletada. O protocolo de coleta utilizado foi leucaférese de grande volume e todos os procedimentos foram executados no equipamento Spectra (CaridianBCT). Resultados: O coeficiente de correlação encontrado (r=0,15), ao contrário do previamente descrito na literatura, demonstrou não haver associação estatisticamente significante entre desvio à esquerda no hemograma e rendimento da coleta de células CD34+. Conclusão: O percentual de células granulocíticas imaturas no sangue periférico não demonstrou associação com o rendimento da coleta de células CD34+ na amostra analisada. Palavras-chaves: Desvio, Esquerda, Aférese, CD34+

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Análise das unidades de sangue de cordão umbilical encaminhados para Transplante pelo Banco de Cordão do Hospital Israelita Albert Einstein.

Autor(es): Andreza Feitosa Ribeiro, Sandra Serson Rohr, Kelen Cristina Arcuri Alvarez, Deise Mazieiro, Andrea Tiemi Kondo, Ticiane Marques Costa, Jose Mauro Kutner

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein, 627/701 - Morumbi - São Paulo - SP Resumo: Introdução Nos últimos vinte anos,o sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP) vem se estabelecendo como fonte alternativa de células tronco-hematopoéticas para o transplante alogênico não-aparentado e atualmente já existem 5 bancos de SCUP públicos no Brasil. O banco público de SCUP do HIAE disponibiliza unidades de SCUP para o REDOME desde março de 2006. Desde então 70 unidades de SCUP foram e encaminhadas para transplante. Avaliamos perfil dos pacientes para os quais foram identificadas unidades de SCUP compatíveis para transplante e quais eram as características destas unidades. Material e Métodos De março/2006 a abril/2010, 2649 unidades de SCUP, 74% das unidades congeladas no banco, foram disponibilizadas para rede nacional de unidades de SCUP do REDOME. Desde então 70 unidades (0,026%) foram enviadas para o transplante de 67 pacientes em 13 centros de transplante no Brasil. Avaliamos a idade, peso e diagnóstico dos pacientes e celularidade e compatibilidade das unidades. Resultados A mediana da idade dos pacientes a quem se destinavam as unidades foi 6 anos (6 meses-61anos), sendo 86% abaixo de 18 anos. Quarenta e quatro eram do sexo masculino (65,6%) e 23 (33,4%) do sexo feminino. A mediana de peso era de 23,5kg (4,2-88,0kg). As doenças malignas foram as principais indicações de transplante (77%) sendo a leucemia mielóide aguda o principal diagnóstico (34%). Falência medular foi a principal indicação entre as doenças não-malignas (4,3%). A média do total de células nucleadas (TCN) nas unidades é 16,1x108(5,3 -27,6 x108) e a média do TCN/Kg do paciente foi de 7,1 x107 (1,1-62,3 x107). A média do total de células CD34+ nas unidades foi 5,7 x106 (0,8 - 22,5 x106). A maioria das unidades tinha compatibilidade 4x6: 45 unidades de SCUP (64,3%), 22 unidades (31,4%) com compatibilidade 5x6 e 3 (4,3%) com 6x6. Conclusão No Brasil, cerca de 50% dos transplantes não-aparentados realizados até 2008 foram com células de SCUP, confirmando a tendência mundial de uso crescente desta fonte de células devido a sua rápida disponibilidade e do fato de prescindir de compatibilidade completa, como demonstra nossa casuística. Permanece como principal restrição ao seu uso, a baixa celularidade obtida nas unidades de SCUP, fazendo com que a população pediátrica seja a maior beneficiada. Aumentar a celularidade mínima das unidades de SCUP congeladas e ampliar o uso do transplante com duplo cordão certamente iria incrementar o uso de SCUP na população adulta. Palavras-chaves: Análise, Cordão, Umbilical, Transplante

TL- 145

TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS PARA O TRATAMENTO DE TUMOR DE CÉLULAS GERMINATIVAS RECIDIVADOS

Autor(es):

Neysimélia Costa Villela, Roseane Vasconcelos Gouveia, Carla Renata Donato Pacheco Macedo, Victor Gottardello Zecchin, Valéria Cortez Ginani, Juliana Ferrari Marconcini, Olga Margareth Félix, Daniele Porto Barros, Letícia Ribeiro Alves, Adriane Ibanez, Paulo César Simões, Aline Gomes da Silva, Antônio Sérgio Petrilli, Adriana Seber

Instituição(ões): 1. IOP/GRAACC/UNIFESP, Instituto de Oncologia Pediátrica, Rua Botucatu, 743. Vila Clementino. São Paulo. SP

Resumo: Quimioterapia em altas doses seguida de transplante de células tronco hematopoiéticas (TMO) é habitualmente o tratamento de escolha para pacientes com tumor de células germinativas (TCG) recorrentes ou refratários. Objetivo: Descrever as características e evolução dos pacientes com TCG submetidos a TMO autólogo no IOP-GRAACC-Unifesp. Método: Levantamento do prontuário de todas as crianças e adolescentes submetidos a transplante autólogo para tratamento de TCG. Resultados: Entre 8/11/2001 e 16/4/2010, 12 pacientes com idade entre 2 e 19 anos (mediana 12 anos) foram submetidos a TMO autólogo. Apenas dois apresentavam tumor primário do sistema nervoso central; 6 apresentavam tumores gonadais (estadio II a IV) e 4, extra-gonadais (estadio IV). A maioria seguiu o Protocolo Brasileiro TCG 99 e recebeu

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TIP (taxol, ifosfamida e cisplatina) como terapia de resgate. Um paciente encontrava-se em 1ª remissão de tumor testicular com componente trofoblástico com metástases múltiplas para pulmões e cérebro, 8 estavam em 2ª remissão, 1 em 3ª e 2 apresentavam doença refratária com resposta parcial ao tratamento. Todos receberam condicionamento com CEM(carboplatina/ etoposide/ melfalano), exceto um com tumor em pineal, em que o melfalano foi substituído por tiotepa. A fonte de células tronco foi sangue periférico em 8, medula óssea em 2 e combinada em 2 pacientes. As principais complicações após TMO foram: neutropenia febril (todos, sendo 8 com hemoculturas positivas), mucosite (todos necessitaram de opióides, 8 receberam nutrição parenteral) e diarréia (9,sendo 2 com presença de toxina de Clostridium nas fezes). Um paciente apresentou sangramento de sistema nervoso central no D+11, evoluindo para óbito. Cinco pacientes tiveram progressão ou recidiva da doença e faleceram, com mediana de 11 meses após TMO. Destes, 2 apresentavam doença refratária e 1 encontrava-se em 3ª remissão no momento do transplante. Seis pacientes permanecem vivos, em remissão: 5 com mediana de seguimento de 6 anos (2-8 anos) e um último paciente, apenas 2 meses após TMO. Conclusão: Tumor de células germinativas é uma indicação infreqüente de TMO em Pediatria (12/116 crianças em 10 anos). O momento ideal para o transplante parece ser a segunda remissão. Palavras-chaves: pediatria, transplante autólogo, tumor de células germinativas

TL- 146

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Reversão de quimeirismo misto e de recidiva molecular de LMA-M3 após transplante alogênico aparentado com infusão de leucócitos do doador

Autor(es):

Roseane Vasconcelos Gouveia, Valéria Cortez Ginani, Victor Gottardello Zecchin, Juliana Ferrari Marconcini, Neysimélia Costa Villela, Olga Margareth Wanderlei Oliveira Félix, Paulo César Simões, Aline Gomes da Silva, Silvia Regina Toledo, Indhira Dias Oliveira, Elizabete Delbuono, Maria Lúcia de Martino Lee, Daniele Porto Barros, Leticia Ribeiro Alves, Antonio Sérgio Petrilli, Adriana Seber

Instituição(ões): 1. IOP/GRAACC/UNIFESP, Instituto de Oncologia Pediátrica/GRAACC, Rua Botucatu, 743 Vila Clementino São Paulo - SP - CEP 04023062

Resumo: A leucemia aguda promielocítica (LMA-M3) recidivada tem excelente prognóstico quando a remissão molecular é alcançada com arsênico e o paciente é submetido a transplante (TMO) autólogo. O transplante alogênico é raramente indicado, pois está associado à maior morbi-mortalidade e os resultados são semelhantes aos do TMO autólogo. Além disso, acredita-se que a LMA-M3 não seja uma doença sensível ao efeito do enxerto contra o tumor. A infusão de linfócitos do doador (DLI) após TMO alogênico, embora bastante estudada em doenças como a leucemia mielóide crônica, mas ESTÁ descrito na LMA-M3. DLI vem sendo utilizada também para reverter rejeição do enxerto em talassêmicos e o sucesso da terapia depende da proporção da hematopoiese que ainda é de origem do doador. Aplasia e DECH, os principais efeitos adversos da DLI, dependem da dose utilizada e da compatibilidade HLA entre doador e receptor. O objetivo deste trabalho é descrever e efeito anti-leucêmico e anti-células do doador em criança com LMA-M3 recidivada após TMO alogênico. Método: revisão do prontuário. Resultados: RJL teve o diagnóstico de LMA-M3 em Jan/04, tratado com quimioterapia e ATRA, além de manutenção com ATRA. Em Jun/05, recidiva medular da doença foi tratada com idarrubicina/ara-C, trióxido de arsênico, VP/ara-C e manutenção com 6MP-Mtx. Apesar de medula negativa para o transcrito PML-RARA, por tratar-se de criança com doador aparentado HLA-compatível, optamos pelo TMO alogênico. Realizou condicionamento com bussulfano e ciclofosfamida e profilaxia da doença do enxerto com ciclosporina. Recebeu medula óssea de seu irmão em Set/05. Não apresentou intercorrências graves e permaneceu em remissão molecular, com VNTR de padrão do doador, até 5 meses após o TMO. Foi tratado com arsênico por 49 dias com negativação do RT-PCR, mas persistência de quimeirismo misto. Em Jan/07 voltou a apresentar RT-PCR positivo, mantendo o mesmo quimeirismo misto. Recebeu novo tratamento com arsênico e, já na 3ª recidiva, optamos pela consolidação com leucócitos do doador. Recebeu três infusões com intervalo médio de 6 meses: 1x10(7); 5x10(6) e 1,4x10(7) CD3/kg, sem nenhuma intercorrência. Desde a última infusão em Mar/08 encontra-se em remissão molecular, 100% doador, sem nunca ter apresentado DECH. Conclusões: A infusão de leucócitos do doador foi efetiva para consolidar a remissão molecular da LMA-M3 e para reverter o padrão misto de quimeirismo. Tratando-se de doença de comportamento indolente, o escalonamento de dose foi importante para reverter o quimeirismo sem desencadear DECH. Novos protocolos devem estabelecer o papel da DLI para reversão de quimeirismo misto e prevenção da rejeição e/ou recidiva após transplantes alogênicos de medula óssea. Palavras-chaves: Infusão de leucócitos, Quimerismo misto, Recidiva molecular, Transplante de medula óssea, pediatria

TL- 147

ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO UTILIZANDO LASERTERAPIA NO TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA ALOGÊNICO: EFEITOS SOBRE A MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE DA MUCOSA ORAL

Autor(es): FERNANDA EDUARDO1, LETICIA BEZINELLI1, ROBERTA LOPES1, MORGANI RODRIGUES1, MARIANE ORSI3, NELSON HAMERSCHLAK1, LUCIANA CORREA2

Instituição(ões): 1. HIAE, HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, Av. Albert Eintein, 627 2. FOUSP, FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, RUA PROF LINEU PRESTES 2227 3. IPEN, INSTITUTO DE PESQUISA ENERGETICA E NUCLEAR, AV. PROF LINEU PRESTES, 2228

Resumo: A manutenção da integridade da mucosa oral durante o transplante de medula óssea é considerada fundamental para o sucesso do transplante e para a qualidade de vida do paciente. A perda da integridade da mucosa oral durante e após o

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transplante é representada clinicamente pela mucosite oral e pela doença do enxerto versus hospedeiro (DECH) oral. Os transplantes alogênicos são considerados de alto risco para ambas as co-morbidades, devido a natureza do transplante e ao regime quimioterápico e profilático para DECH instituído. Trabalhos têm apontado que o risco de DECH agudo pode aumentar em função de mucosite oral severa. O objetivo deste trabalho foi avaliar, retrospectivamente, se o atendimento odontológico incluindo laserterapia de baixa potência influencia na severidade da mucosite oral e na freqüência de dor na cavidade oral em pacientes submetidos a transplante de medula ósseo alogênico. Foi também foco deste trabalho verificar se há associação da freqüência de DECH agudo com grau de mucosite, dor na cavidade oral e para deglutir, diarréia e tipo de condicionamento mieloablativo. Para avaliar a influência do atendimento odontológico sobre a severidade da mucosite, foram coletados dados de pacientes submetidos a transplante alogênico, os quais foram divididos em dois grupos: grupo com cirurgião-dentista (CD) : 43 pacientes com acompanhamento de profissional odontológico e laserterapia antes, durante, e 30 dias após o transplante; grupo sem cirurgião-dentista: 19 pacientes sem acompanhamento odontológico e sem laserterapia. Os pacientes com atendimento odontológico foram diariamente acompanhados por dois CDs que realizaram, além de laserterapia, eliminação e controle de focos infecciosos na cavidade oral, controle da higiene oral e prescrição de bochechos antimicrobianos, quando necessário. Os pacientes sem acompanhamento odontológico foram monitorados pela equipe de enfermagem, sem prescrição de bochechos ou cuidados orais. Para análise das associações com DECH agudo, foram utilizadas as informações existentes no grupo com dentista. Os dados foram coletados de forma padronizada e submetidos a teste Kolmogorov-Smirnov, Exato de Fisher e binomial para duas proporções, com significância em nível de 5%. Verificou-se que o grupo com CD exibiu significativamente menor freqüência de mucosite graus III e IV em relação ao grupo sem dentista (p Palavras-chaves: dech, laserterapia, mucosite oral, transplante alogenico

TL- 148

Transplante autólogo para tratamento de neuroblastoma de alto risco

Autor(es):

Juliana Ferrari Marconcini, Eliana Monteiro Caran, Victor Gottardello Zecchin, Roseane Vasconcelos Gouveia, Valéria Cortez Ginani, Neysimelia Costa Villela, Olga Margareth Felix, Daniele Porto Barros, Letícia Ribeiro Alves, Adriane Ibanez, Paulo César Simões, Aline Gomes da Silva, Antônio Sérgio Petrilli, Adriana Seber

Instituição(ões): 1. IOP/GRAACC/UNIFESP, Instituto de Oncologia Pediatrica, rua Botucatu 743 Resumo: Neuroblastoma, tumor primário do sistema nervoso simpático, é o tumor sólido extra-craniano mais freqüente em crianças. Apesar da excelente chance de cura nas fases iniciais, a doença disseminada e/ou a amplificação do gene myc-N tem prognóstico bastante reservado, com sobrevida livre de doença < 15% com tratamento convencional. Altas doses de quimioterapia e resgate com células-tronco hematopoiéticas autólogas (TAMO) vêm sendo utilizados há muitos anos, com sobrevida de 50%-60% das crianças de alto risco de recidiva (> 1 ano de idade, estadios 2-4 com N-Myc amplificado ou histologia desfavorável e doença disseminada). Objetivo: analisar os resultados obtidos com o TAMO na consolidação do Neuroblastoma de Alto Risco em uma única instituição. Método: revisão de prontuários. Resultados: entre Outubro de 1999 e Março de 2010 foram realizados 27 transplantes para Neuroblastoma de Alto Risco no Instituto de Oncologia Pediátrica, sendo 25 estadio 4 e dois estadio 3 com histologia desfavorável. A mediana de idade foi de 5 anos (2 – 10), metade sexo feminino. Dezessete pacientes estavam em remissão completa (63%), 10 em remissão parcial; 82% estavam em 1ª remissão (total ou parcial), 15% em 2ª e uma criança em 3ª remissão. Como a infiltração medular é muito comum, 95% dos pacientes coletaram células-tronco periféricas. O condicionamento com Carboplatina, Etoposido e Melfalano (N=23) foi recentemente modificado para Bussulfano e Melfalano (N=4) para redução da toxicidade associada ao transplante. Todos os pacientes apresentavam mucosite oral grave, diarréia profusa e toxicidade cutânea, muitas necessitando de internação em unidade de terapia intensiva. Bussulfano e Melfalano, por outro lado, tem sido bem tolerado, sem complicações importantes. Com mediana de seguimento de 27 meses (5-121), 15 pacientes apresentaram recidiva ou progressão do tumor e um faleceu em decorrência do TAMO (doença venoclusiva). Não houve nenhuma recidiva pulmonar com padrão miliar, indicativa de contaminação do enxerto. Metade dos pacientes transplantados em remissão completa ou parcial está vivo. Conclusão: A coleta de células-tronco periféricas em crianças realizada por equipe experiente é segura. O TAMO pode ser utilizado para a consolidação do tratamento de tumores quimiossensíveis. Não existem trabalhos randomizados comparando os dois tipos de regime de condicionamento mas a experiência inicial com bussulfano e melfalano foi associada a menor toxicidade quando comparado a carboplatina, etoposide e melfalano.

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Palavras-chaves: neuroblastoma alto risco, transplante autólogo, tumores solidos

TL- 149

TRANSFUSÃO DE GRANULÓCITOS PARA PROFILAXIA DE PROGRESSÃO DE INFECÇÃO POR FUNGOS FILAMENTOSOS DURANTE TRANSPLANTE ALOGÊNICO DE MEDULA ÓSSEA E DE

SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL/PLACENTA.

Autor(es):

Valéria Cortez Ginani, Juliana Ferrari Marconcini, Claudia Cristina Naufel Terzian, Victor Gottardello Zecchin, Roseane Vasconcelos Gouveia, Neysimelia Costa Villela, Olga Margareth Felix, Daniele Porto Barros, Letícia Ribeiro Alves, Adriane Ibanez, Paulo César Simões, Fabianne Carlesse, Aline Gomes da Silva, Antônio Sérgio Petrilli, Adriana Seber

Instituição(ões): 1. IOP/GRAACC/UNIFESP, Instituto de Oncologia Pediátrica, Rua Botucatu, 743. Vila Clementino. São Paulo. SP

Resumo: Infecções fúngicas em atividade são contra-indicação formal para o transplante de medula óssea (TMO). Entretanto, em algumas situações pode não ser possível esperar até resolução completa da infecção para a realização do transplante. Uma estratégia seria evitar a neutropenia através da transfusão diária de granulócitos, possibilitando o transplante e a cura da doença de base. Objetivo: descrever o protocolo de coleta de granulócitos e relatar os resultados obtidos nos dois primeiros pacientes transplantados com infecção fúngica invasiva ativa, mas estável, que receberam a associação de antifúngicos e transfusões profiláticas de granulócitos para conter a progressão da infecção. Método: Doadores adultos ABO - compatíveis receberam G-CSF 10 µg/kg (sem corticóide), SC, 12-18h antes da leucoaférese de fluxo contínuo em COBE Spectra 7.0 LRS Turbo. Foram processados 7,5L com Htc 5%-7%, 1.000 neutrófilos/mm³. As bolsas foram irradiadas com 40 Gy e infundidas IV em 2h após difenidramina e pelo menos 6h após anfotericina. Resultados: Os doadores não apresentaram eventos adversos importantes. Caso 1: YNEK, 5 anos, CMV negativa, com DGC cortico-dependente e aspergilose pulmonar comprovada com resposta parcial a anfotericina lipossomal e caspofungina. TMO foi aparentado após Bu-CTX, profilaxia DECH CsA-Mtx. Recebeu 11 transfusões (mediana 0,94 x 109por bolsa) de doadores CMV- do D+4 até a pega no D+19. Não apresentou efeitos adversos e tomografias demonstraram melhora progressiva dos nódulos a partir do D+5. Está 2 meses após TMO em remissão da doença e da aspergilose. Caso 2: NPE, 18 anos, masculino, LMA-M1 em recidiva refratária que conseguiu, após longa neutropenia, alcançar 2ª remissão. Entretanto, apresentou nódulos pulmonares, esplênicos, renais, hepáticos e fusariose em pele. Teve resposta parcial a Voriconazol e Caspofungina. Foi submetido a TMO não-aparentado não-mieloablativo de duplo cordão em abril/2009. Recebeu 7 transfusões de granulócitos (0,6x109 por bolsa) do D+6 até a pega no D+23. Houve resolução completa das lesões. Está 9 meses após TMO, em remissão e sem antifúngico. Conclusão: As transfusões de granulócitos permitem que pacientes com infecção fúngica invasiva ainda não completamente resolvida sejam submetidos a TMO. Palavras-chaves: infecção fúngica, pediatria, transfusão de granulócitos, transplante de medula óssea

TL- 150

Taxa Zero de Infecção de Corrente Sanguínea em Transplante de Medula Óssea

Autor(es): Cristina Vogel, Patricia do Carmo Della Vechia, Tânia Michele Barreto Waisbeck, Maria Fatima dos Santos Cardoso, Nelson Hamerschlak, Luci Correa, Claudia Regina Laselva

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein, 627 Resumo: Devido a complexidade do tratamento, os pacientes submetidos ao Transplante de Medula Óssea (TMO) , necessitam de cateterização venosa. A escolha do tipo de cateter é baseada no plano terapêutico, dentre os dispositivos intravenosos os cateteres venosos centrais de longa permanência (Hickman®) e em alguns casos para transplantes autólogos o de curta permanência (Arrow®) são as principais escolhas. Diversas complicações relacionadas ao cateter que podem surgir, porém

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infecção de corrente sanguínea pode levar o paciente a um quadro grave de septicemia, com grande comprometimento de seu estado geral até mesmo levá-lo a morte. São diversas as formas que agentes infecciosos têm para ganhar acesso ao cateter, desta forma no Hospital Israelita Albert Einstein implementamos o pacote de medidas proposto pelo Institute Healthcare Improvement (IHI) em todo o hospital que abrange cuidados desde a inserção do cateter, escolha de antisseptico adequado, uso de sistema fechado de infusão, padronização de trocas de sistema e cobertura dos cateteres, dentre outros; contamos com o comprometimento da alta liderança colocando a redução desta infecção como meta institucional e sem dúvidas o nosso maior diferencial é o envolvimento da equipe assistencial na busca da taxa zero de incidência das infecções de corrente sanguínea associadas a cateter venoso central. Um outro aspecto importante para a prevenção das infecções tem sido reforçada a higiene das mãos em toda a instituição. Ao longo dos anos conseguimos o aperfeiçoamento e encerramos o ano de 2009 com a superação de todos os resultados obtidos até então, com taxa zero de infecção, segundo o NHSN 2006-2008 em hospitais americanos, a taxa é de 3.7 infecções da corrente sanguínea associadas a CVC/1000 CVC-dia. Palavras-chaves: cateter venoso central, infecção, prevenção, corrente sanguínea

TL- 151

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA ALOGÊNICO EM PEDIATRIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autor(es): Renata Cristina Kitazulo1, Sandra Shimoda2 Instituição(ões): 1. ICrFMUSP, Instituto da Criança da FMUSP, Rua Galeno de Almeida, 148 - São Paulo - SP

2. HCanc, Hospital AC Camargo, R. Professor Antônio Prudente, 211 São Paulo - SP - Liberdade Resumo: O câncer infanto-juvenil é considerado raro quando comparado com os tumores do adulto, correspondendo entre 2% e 3% de todos os tumores malignos). O Brasil possui uma população jovem. A estimativa populacional para o ano de 2007 apontou que 38% da população brasileira encontrava-se abaixo dos 19 anos. O Transplante de Medula Óssea (TMO) é um procedimento terapêutico utilizado para tratar os pacientes que apresentam uma medula óssea não-funcionante e para alguns pacientes oncológicos pode representar a cura ou o resgate da medula óssea para continuidade do tratamento antineoplásico. A agressividade desse procedimento terapêutico, decorrente dos efeitos colaterais da quimioterapia/radioterapia, acarreta comprometimento múltiplo de órgãos e tecidos e depressão imunológica Esse trabalho teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica não sistemática nas bases de dados MEDLINE, CINAHL, LILACS cujos termos de indexação foram: stem cell transplantation, allogeneic, children e cancer. Foram analisadas 64 publicações, sendo 98,4% provenientes da base de dados MEDLINE e todos publicados em inglês. Os EUA foi o país que mais publicou sobre essa temática (35,92%). A patologia mais citada foi a leucemia (50%) e 43,7% dos artigos referiam-se ao uso de células hematopoiéticas provenientes de medula óssea não-aparentada. O tipo de condicionamento mais citado foi o uso de TBI (15,6%) e a complicação prevalente foi o aparecimento da DECH (48,4%). O TMO alogênico em pediatria é uma modalidade terapêutica que envolve altos riscos, sua indicação deve ser analisada e discutida. O enfermeiro que atua em serviços de TMO deve ter uma formação especializada para ter competência em assistir o paciente em cada fase do tratamento, atentando para suas especificidades, sendo capaz de identificar as intercorrências próprias de cada uma delas e propor intervenções adequadas. Palavras-chaves: Transplante de medula óssea alogênico, pediatria, enfermagem

TL- 152

TRANSPLANTE AUTÓLOGO NO LINFOMA DE HODGKIN -RESULTADOS INICIAIS OBTIDOS NA UNIDADE DE TMO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSAIDADE FEDERAL DO CEARÁ

Autor(es): Fernando Barroso Duarte Instituição(ões): 1. HUWC, Hospital Universitário Walter Cantídio- UFC/HEMOCE/SESA, Rua Capitão Francisco Pedro,

1290 - Rodolfo Teófilo - 60430-370 -Fortaleza Ceará

Page 99: TL- 001 IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE TERAPIA CELULAR …sbtmo.org.br/userfiles/anais/arquivo_20140514165918.pdf · Em 2006 eram 14 intervenções farmacêuticas que se expandiram para

Resumo: • Introdução - A utilização dos esquemas combinados de quimioterapia e radioterapia no tratamento do Linfoma de Hodgkin (LH) nos últimos 30 anos, modificou o prognóstico desses pacientes. Unindo-se a isso o melhor conhecimento da biologia da doença e as técnicas mais aperfeiçoadas de estadiamento, tem sido possível alcançar excelentes níveis de cura. No entanto um considerável número (25%) de pacientes não respondem ao tratamento inicial ou apresentam recidiva precoce. A possibilidade do transplante de célula jovens hematopoéticas veio se somar aos meios de resgate desses pacientes . • Material e Métodos - A Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital Universitário Walter Cantídio da UFC realizou sua primeira coleta de células em agosto de 2008. ate maio de 2010 contabiliza o preparo de 33 pacientes com indicação para transplante autólogo, sendo 13 (39,,3 %). Portadores de LH. • Resultados Dos 15 pacientes encaminhados para o transplante autólogo a idade variou de 20 a 61 anos , sendo sete (58,3%) entre 20 e 25 anos e 10 (83,7%) abaixo de 30 anos. Quanto ao gênero 4 são mulheres e 11 homens, em relação ao diagnóstico, 8 tinha LH, 6 Mieloma Múltiplo , e apenas 1 linfoma não Hodgkin. Todos foram tratados com quimioterapia, e somente 2 pacientes tinha radioterapia prévia. Dos 8 pacientes com LH o transplante foi realizado com sucesso . Em um paciente a mobilização foi inefetiva, associada provavelmente a doença avançada e múltiplos tratamentos prévios. Todos os pacientes estão bem, sob acompanhamento ambulatorial. • Conclusão O grande número de pacientes de LH com indicação de transplante autólogo em nossa unidade tem revelado a real necessidade dessa arma terapêutica em nosso meio. São pacientes jovens com melhor capacidade de recuperação e esperança de longa sobrevida. Por outro lado é importante o cuidadoso acompanhamento desses pacientes, sabendo-se que a recidiva da doença após o transplante autólogo é de prognóstico sombrio e sem opção quimioterápica bem estabelecida que permita longa sobrevida, retendo a possibilidade do transplante alogênico. Palavras-chaves: Fernando Barroso Duarte, Emerson Eulálio, Rosângela Albuquerque, Daniel Mazza, Vitória Régia Magalhães Solon

TL- 153

UNIDADE DE CRIOBIOLOGIA DO HEMOCE – RESULTADOS DO ESTUDO DE 28 PACIENTES CANDIDATOS AO TMO AUTÓLOGO

Autor(es):

VITÓRIA RÉGIA MAGALHÃES SOLON1, HERENE BARROS MIRANDA LUCENA1, REJANE MURATORI MOURA1, ANA PAULA LOPES MOREIRA NÓBREGA1, RACHEL PETROLA JORGE BEZERRA1, FERNANDO BARROSO DUARTE2, ROSÂNGELA DE ALBUQUERQUE RIBEIRO2, EMMERSON DE SOUSA EULÁLIO1, FRANCISCA VÂNIA BARRETO AGUIAR FERREIRA GOMES1, LUCIANA MARIA DE BARROS CARLOS1, DANIEL MAZZA MATOS1

Instituição(ões): 1. HEMOCE, CENTRO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO CEARÁ, AV. JOSÉ BASTOS,3390 RODOLFO TEÓFILO 2. UFC, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, RUA.CAPITÃO FRANCISCO PEDRO,1290 RODOLFO TEÓFILO

Resumo: • Introdução - A utilização dos esquemas combinados de quimioterapia e radioterapia no tratamento do Linfoma de Hodgkin (LH) nos últimos 30 anos, modificou o prognóstico desses pacientes. Unindo-se a isso o melhor conhecimento da biologia da doença e as técnicas mais aperfeiçoadas de estadiamento, tem sido possível alcançar excelentes níveis de cura. No entanto um considerável número (25%) de pacientes não respondem ao tratamento inicial ou apresentam recidiva precoce. A possibilidade do transplante de célula jovens hematopoéticas veio se somar aos meios de resgate desses pacientes . • Material e Métodos - A Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital Universitário Walter Cantídio da UFC realizou sua primeira coleta de células em agosto de 2008. ate maio de 2010 contabiliza o preparo de 33 pacientes com indicação para transplante autólogo, sendo 13 (39,,3 %). Portadores de LH. • Resultados Dos 15 pacientes encaminhados para o transplante autólogo a idade variou de 20 a 61 anos , sendo sete (58,3%) entre 20 e 25 anos e 10 (83,7%) abaixo de 30 anos. Quanto ao gênero 4 são mulheres e 11 homens, em relação ao diagnóstico, 8 tinha LH, 6 Mieloma Múltiplo , e apenas 1 linfoma não Hodgkin. Todos foram tratados com quimioterapia, e somente 2 pacientes tinha radioterapia prévia. Dos 8 pacientes com LH o transplante foi realizado com sucesso . Em um paciente a mobilização foi inefetiva, associada provavelmente a doença avançada e múltiplos tratamentos prévios. Todos os pacientes estão bem, sob acompanhamento ambulatorial. • Conclusão O grande número de pacientes de LH com indicação de transplante autólogo em nossa unidade tem revelado a real necessidade dessa arma terapêutica em nosso meio. São pacientes jovens com melhor capacidade de

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recuperação e esperança de longa sobrevida. Por outro lado é importante o cuidadoso acompanhamento desses pacientes, sabendo-se que a recidiva da doença após o transplante autólogo é de prognóstico sombrio e sem opção quimioterápica bem estabelecida que permita longa sobrevida, retendo a possibilidade do transplante alogênico. Palavras-chaves: células progenitoras, citometria de fluxo, criobiologia, criopreservação, tmo autólogo

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COLETA DE CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOÉTICAS EM SANGUE PERIFÉRICO POR AFÉRESE PARA UTILIZAÇÃO EM TRANSPLANTE AUTÓLOGO: UMA COMPARAÇÃO ENTRE

LEUCAFÉRESE PADRÃO E DE GRANDE VOLUME

Autor(es):

Marcelo Tha Accioly Veiga1,2, Barbara Wosnjuk Calaça2, Giorgio Roberto Baldanzi1, Luiza Beatriz Gonçalves1, Elisa Kupas Chimenez1, Edelcy Zelia Razzolini1, Rodrigo Miguel Bendlin1, Tania Maria Madalozzo1, Guadalupe do Rocio Cardoso1, Paulo Tadeu Rodrigues de Almeida1, Marister Malvezzi1, Ana Paula Azambuja1

Instituição(ões): 1. HC-UFPR, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba Paraná 2. FHB, Fundação Hemocentro de Brasília, Brasília DF

Resumo: INTRODUÇÃO: Atualmente a coleta por aférese de células progenitoras hematopoéticas (CPH) em sangue periférico (CPH-SP) mobilizado é o método mais utilizado em pacientes com hemopatias malignas e tumores sólidos que necessitam de um transplante autólogo após mieloablação. Alguns estudos sugerem que as CPH não circulantes são recrutadas para o interior da circulação periférica durante uma Leucaférese de Grande Volume (LGV), a qual consiste um processamento de aférese maior que 03 volemias sangüíneas do paciente. O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia da LGV num pequeno número de pacientes no HC-UFPR. PACIENTES E MÉTODOS: Análise retrospectiva de 81 coletas de CCPH-SP no período de 2003 a 2007 no HC-UFPR foram realizadas em 54 pacientes, 37 homens e 17 mulheres, idade média 36,5 anos (5-66), peso médio 70,2 kg (18-109) e diagnósticos de: Linfoma Não Hodgkin, Linfoma Hodgkin, Mieloma Múltiplo, Leucemia Mielóide Aguda, Seminoma, e outros. 06 pacientes fizeram mobilização somente com G-CSF 10µg/kg/dia e 48 associaram ao G-CSF diferentes regimes de QT. A máquina utilizada foi a semi-automática COBE SPECTRA (Gambro-BCT). A contagem de células CD34+ foi pelo citômetro de fluxo FACS CALIBUR (BD-Sciences). RESULTADOS: Em 44/54 pacientes foi realizada a contagem de células CD34+. 04 pacientes tiveram contagens 20/mL, 19 fizeram leucaférese padrão (LP) e 8 fizeram LGV, com contagens de CD34+ de 42,72/ mL (21,3-200) e de 43,54/ mL (28,2-70,9) respectivamente. A quantidade final de células CD34+ da(s) bolsa(s) foi 3,34 x106/Kg (0,4-8,64) para LP e 3,91 x106/Kg (2,18-6,52) para LGV. Neste grupo o sucesso da primeira coleta foi em 14/19 pacientes para LP e em 7/9 pacientes para LGV. Dos 13 pacientes para aférese com contagem de CD34+ entre 10 e 20/mL, 9 pacientes submetidos a LP tiveram contagens CD34+ 15,30/mL (11,2-19,7) e em 4 pacientes submetidos a LGV 15,34/mL (11,8-19,3), a quantidade de CD34+ na(s) bolsa(s) coletada(s) foi de 1,48 x106/Kg (0,31-3,38) na LP e 1,21 x106/Kg (0,31-2,99) na LGV e o sucesso da primeira coleta foi de 2/9 na LP e 1/4 na LGV. CONCLUSÃO: Este estudo deve ser continuado com o objetivo de se verificar os pobres mobilizadores, buscando novas alternativas para melhor mobilização e coleta. Os resultados parciais obtidos neste pequeno número de pacientes, com diferentes diagnósticos, sugerem que o serviço continue a realizar procedimentos de LGV. Palavras-chaves: aférese, autólogo, progenitoras

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Baixa frequência de reações adversas e da necessidade de implantação de cateter venoso central em indivíduos submetidos à coleta de células progenitoras hematopoéticas de sangue

periférico por aférese

Autor(es): Marcelo Tha Accioly Veiga1,2, Barbara Wosnjuk Calaça2, Giorgio Roberto Baldanzi1, Luiza Beatriz Gonçalves1, Elisa Kupas Chimenez1, Rodrigo Miguel Bendlin1, Edelcy Zelia Razzolini1, Tania Maria Madalozzo1, Guadalupe do Rocio Cardoso1, Marister Malvezzi1, Paulo Tadeu Rodrigues de Almeida1, Ana

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Paula Azambuja1, Ricardo Pasquini1, Jose Zanis-Neto1 Instituição(ões): 1. HC-UFPR, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba Paraná

2. FHB, Fundação Hemocentro de Brasília, Brasília DF Resumo: INTRODUÇÃO: Coleta de células progenitoras hematopoéticas de sangue periférico (CPHSP) por aférese têm sido largamente utilizada em vários centros para fins de transplante numa série de doenças neoplásicas e não neoplásicas. O objetivo deste trabalho é confirmar de acordo com a literatura que a freqüência de intoxicação por citrato e a necessidade de implantação de acesso venoso central (AVC) não são fatores desfavoráveis à decisão da coleta de CPHSP. PACIENTES E MÉTODOS: Análise retrospectiva de 112 CCPH-SP no período de 2003 a 2007 no HC-UFPR realizadas em 54 pacientes e 33 doadores alogênicos, 58 homens e 29 mulheres, idade 36 anos (5-66) e peso 69 Kg (18-80), após esquema de mobilização com G-CSF associado ou não à quimioterapia (QT). Utilizada máquina de aférese, duplo acesso, versão semi-automática, fluxo contínuo COBE-SPECTRA (Gambro – BCT). O acesso venoso periférico (AVP) foi avaliado nos membros superiores. Realizada infusão profilática de gluconato de cálcio conforme a quantidade da volemia sangüínea do paciente (VSP) a ser processada. Antes das aféreses, foram monitoradas as dosagens séricas de cálcio, potássio e magnésio de todos 54 pacientes. RESULTADOS: Dos 54 pacientes, 23 tinham bom acesso venoso periférico (AVP) e 31 necessitaram AVC (54%), 43 estavam internados e 11 não. Todos os doadores alogênicos tinham um bom AVP. Em nenhum caso houve tentativa frustrada de se utilizar o AVP. O tempo médio das sessões foi de 245 min (160-250) com um número médio de 2,83 VSP (2,6- 5,6) por coleta. O volume médio de sangue processado nas coletas foi de 13.475,71 mL (7.058-28.000). 53 pessoas tiveram sucesso na primeira coleta e 34 necessitaram mais sessões (27 duas sessões, 06 três sessões e 1 quatro sessões). A freqüência de reações adversas foi de 09 nas 112 sessões realizadas (8,03%), foram 04 pacientes e 05 doadores, 08 pessoas tiveram sintomas de intoxicação por citrato de leve a moderada intensidade (7,14%), e 01 doador teve tetania (0,89%). Um paciente durante a sessão necessitou reposição de potássio e outro de reposição de magnésio. CONCLUSÃO: Pouco mais da metade dos pacientes necessitaram de AVC e nenhum doador necessitou de AVC em função de uma equipe bem treinada em AVP. Deve-se tentar sempre que possível fazer QT ambulatorial para os pacientes. Apesar do número pequeno de procedimentos pode-se concluir que houve uma freqüência baixa de reações adversas e que a infusão profilática de Cálcio é muito importante nos procedimentos mais longos. Palavras-chaves: aférese, autólogo, periférico

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES PEDIÁTRICOS COM CATETER VENOSO CENTRAL SUBMETIDOS A TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS:

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autor(es): Olga Kinuko Matsumoto Sunakozawa, Renata Cristina Kitazulo, Sandra Mayumi Oguita, Fernanda Cristina Coelho, Grelcy Tobias de Moraes, Rosangela Conceição da Silva, Amparito Del Rocio Vintimilla Castro

Instituição(ões): 1. ICRHCFMUSP, Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, Rua Galeno de Almeida, 148 - Pinheiros - São Paulo- CEP 05410-030

Resumo: INTRODUÇÃO: Os pacientes submetidos a transplante de células tronco hematopoiéticas –TCTH- necessitam de um acesso venoso central seguro. Sua implantação é parte da terapêutica, pois recebem altas doses de antineoplásicos, infusão de grande quantidade de fluídos, monitorização da pressão venosa central e recebem soluções por tempo prolongado, como por exemplo, a nutrição parenteral. O cateter atualmente mais utilizado é o de duplo lúmen tipo Hickman para transplantes alogênicos e Permicath ou Shilley para autólogos. Entretanto, há riscos de infecção do óstio, infecção do túnel subcutâneo e septicemia. A literatura aponta que a incidência de complicações que levam à necessidade de retirada do cateter é de aproximadamente 10% a 30% sendo que as mais freqüentes são: infecção, migração ou trombose. OBJETIVO: Descrever e analisar a experiência da assistência de enfermagem a pacientes pediátricos com cateter venoso central submetidos a transplante de células tronco hematopoiéticas. MÉTODO: Estudo descritivo e analítico de relato de experiência vivenciado com 10 pacientes entre 2 a 19 anos de idade submetidos a transplante de células tronco hematopopiéticas em hospital escola quaternário, de novembro de 2009 a maio de 2010. AVALIAÇÃO GERAL E CONCLUSÕES: Acredita-se que após

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medidas prévias à hospitalização não houve crescimento de nenhum tipo de microorganismo relacionado a cateter, confirmado através de dados laboratoriais obtidos do prontuário dos pacientes. Entre as medidas tomadas para admitir o cliente pediátrico foram: reorganização da estrutura física e de assistência de enfermagem em relação: instalação de fluxo de ar com filtro hepa e pressão positiva, instalação dos filtros nos chuveiros e torneiras dos quartos, criação de programa operacional padrão, treinamento contínuo e periódico da equipe de enfermagem; orientação ao acompanhante quanto aos cuidados e medidas de restrição de entrada ao quarto. CONSIDERAÇÕES: Os cuidados de manipulação de cateteres em pacientes transplantados envolve adoção de uma serie de medidas, pois deve-se utilizar alem de técnica correta, baseada em procedimentos padrão, medidas eficazes na prevenção e no controle de infecção baseadas em treinamento constante da equipe, bem como monitoramento constante da situação do paciente pediátrico. Palavras-chaves: Transplante de medula óssea, Cateter venoso central, Pediatria, Assistencia de enfermagem, Relato de experiência

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Estudo da associação entre HLA e anemia aplástica em pacientes do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (HEMOSC).

Autor(es): Mariana Hahn Monteiro de Souza, Marcos de Oliveira Machado Instituição(ões): 1. Unisul, Universidade do Sul de Santa Catarina, Av. José Acácio Moreira,787, Cx. Postal 370, CEP

88704-900. Tubarão,SC. Resumo: Introdução: A anemia aplástica é uma doença hematológica rara, frequentemente de causa desconhecida, caracterizada por marcada redução ou ausência de células eritróides, granulocíticas e megacariocíticas na medula óssea. A doença pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum em adultos jovens (15 a 30 anos) e idosos (acima de 60 anos), incidindo igualmente em homens e mulheres. O diagnóstico inclui pancitopenia e histopatologia da medula óssea, já seu tratamento consiste em medidas de suporte, terapia imunossupressora e transplante de medula óssea. Objetivos: Verificar possíveis associações para variantes alélicas do sistema HLA Classe I e Classe II em pacientes com anemia aplástica. Métodos: A tipagem HLA de Classe I e Classe II foi realizada pelas técnicas de biologia molecular PCR-SSP (polymerase chain reaction – sequence specific of primers) e PCR-SSO (polymerase chain reaction - sequence specific oligonucleotides), ambas da One Lambda (One Lambda, CA, US). Resultados: A idade média dos pacientes com anemia aplástica foi de 26 anos, sendo que 53,5% eram do gênero masculino e 46,5% do feminino. Observou-se uma associação negativa para os alelos B*45 (P = 0,0127; OR = 0,0734 e 95%IC = 0,0081 - 0,6625) e DRB1*15 (P = 0,0011; OR = 0,3708 e 95%IC = 0,2062 - 0,6666). Já a associação positiva ou de maior risco para a doença ocorreu para o alelo DRB1*08 (P = 0,0350; OR = 3,7257 e 95%IC = 1,1281-12,3043). Conclusão: O estudo revelou significativa associação entre o sistema HLA e a anemia aplástica em uma população do estado de Santa Catarina, sugerindo que são necessários mais estudos, principalmente em populações brasileiras, com o intuito de tentar elucidar as associações e/ou mecanismos do sistema HLA com a anemia aplástica em mais populações brasileiras. Palavras-chaves: Anemia aplástica., Associação genética., HLA

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Transplante haploidêntico de células-tronco hematopoéticas sem depleção ex vivo de células T para o tratamento de leucemia mielóide aguda: estudo piloto.

Autor(es): George Maurício Navarro Barros, Fabiano Pieroni, Ana Beatriz P L Stracieri, Maria Carolina B de Oliveira, Daniela Aparecida Moraes, Ana Carolina J V Curcioli, Renato Luis Guerino Cunha, Rodolfo Daniel A Soares, Julio César Voltarelli, Belinda Pinto Simões

Instituição(ões): 1. HC - FMRP - USP, Hospital das Clínicas - FMRP - USP, Av. dos Bandeirantes, 3900. Campus da USP. Resumo:

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O TMO alogênico é a única opção terapêutica curativa para LMA de alto risco. Entretanto, cerca de 40% dos pacientes não terá doadores aparentados e não aparentados compatíveis. Para eles, os doadores haploidênticos se constituem em uma opção rápida que tem sido utilizada em vários países. O elevado risco de falha de enxertia e de DECH relacionada a esta modalidade de TMO, contudo, levou ao surgimento de estratégias como a linfodepleção ex vivo que além de ter custo elevado não é autorizada pela ANVISA. O objetivo principal deste estudo foi o de avaliar se poderia ser estabelecido um quimerismo hematopoético misto ou completo utilizando-se doadores haploidênticos familiares em TMO sem a depleção ex vivo de células T. Para isso, utilizou-se o protocolo seqüencial descrito por Schmid et al (2005) com algumas modificações (substituição da amsacrina pelo mitoxantrone, e da irradiação corporal total pelo bussulfano), combinado à ciclofosfamida nos dias+3 e +4 pós-infusão de MO conforme descrito por O`Donnell et al (2002). Foram transplantados 7 pacientes, sendo 5 homens e 2 mulheres, com idade de 6 a 41 anos (mediana= 20 anos) e com diagnóstico de LMA secundária/de novo. A situação da doença ao TMO foi de 3 recaídas (no1, 2 e 4), 2 refratariedades (no3 e 5) e 2 segundas remissões (no6 e 7). O tempo de acompanhamento variou de 17 a 540 dias. Seis pacientes enxertaram neutrófilos no período de 14 a 19 dias (mediana= dia+15), enquanto 5 pacientes enxertaram plaquetas no período de 14 a 45 dias pós-TMO (mediana= dia+28). DECH aguda ocorreu em 3/6 pacientes, sendo grau IV de trato gastrointestinal, pele e fígado no paciente no1 e grau I de pele nos pacientes no6 e 7. DECH crônica ocorreu em 2/4 pacientes avaliáveis, sendo grave de pele e fígado no paciente no1, e moderada em pulmão no paciente no6. Infecção fúngica ocorreu em 5/7 pacientes, sendo 4 casos de pneumonia fúngica possível e 1 caso de tinea pedis/candidíase cutânea. Infecção por CMV ocorreu 2/6 pacientes e houve também 1 caso de citomegalovirose e 1 caso de cistite hemorrágica. Recaídas ocorreram em 3 pacientes (no2 e 4) nos dias+35 e dias+36. A SLE variou do dia+34 ao dia +540 (mediana= 184) e a SG variou do dia+17 ao dia+540 (mediana= 153 dias). Mortalidade antes dos 100 dias ocorreu em 2/7 por hemorragia alveolar difusa (no3) e por complicações relacionadas a recaída (no4) enquanto que a mortalidade após 100 dias ocorreu em 3/5 pacientes por choque séptico (no1), por recaída (no2) e por aspergilose em SNC e citomegalovirose disseminada (no5). Dois pacientes (no6 e 7) permanecem em remissão, com quimerismo completo e sem imunossupressores nos dias+540 e 254 pós-TMO, respectivamente. Estes casos demonstram que é possível suplantar a barreira do HLA mesmo sem a eliminação ex vivo de linfócitos T. A recaída e as complicações infecciosas continuarão a ser os maiores desafios ao tratamento. Este protocolo inédito demonstrou ser uma alternativa viável para a realidade brasileira. Palavras-chaves: TMO, Haploidêntico, LMA

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Transplante de Medula Óssea Alogênico em Anemia Falciforme: uma opção pela cura!

Autor(es): Belinda Pinto Simões, George Maurício Navarro Barros, Fabiano Pieroni, Ana Beatriz P L Stracieri, Maria Carolina B de Oliveira, Daniela Aparecida Moraes, Ana Carolina j V Curcioli, Renato Luis Guerino Cunha, Rodolfo Daniel A Soares, Júlio César Voltarelli

Instituição(ões): 1. HC - FMRP - USP, Hospital das Clínicas - FMRP - USP, Av. dos Bandeirantes, 3900. Campus da USP. Resumo: A anemia falciforme (AF) é a doença hereditária mais comum entre afrodescendentes no Brasil. A mesma cursa com complicações clínicas decorrentes dos quadros de crises vaso-oclusivas repetidas que podem interferir na qualidade de vida e na sobrevida destes pacientes. A introdução da hidroxiurea na última década mudou o cenário desta doença diminuindo o número de crises vaso-oclusivas e consequentemente a vida destes pacientes. Existe, porém uma parte dos pacientes que não respondem adequadamente a esta medicação. O TMO alogênico é até hoje a única opção curativa para estes pacientes. Utilizado no exterior mostrou ser capaz de curar a doença em mais de 80% dos casos. No Brasil, apesar do número expressivo de pacientes com AF ainda é pouco realizado. Aqui relatamos os resultados dos 7 primeiros transplantes realizados pelo grupo de Ribeirão Preto. Foram 7 transplantes em 6 pacientes, sendo um dos casos realizados duas vezes na mesma paciente por perda do enxerto no primeiro TMO. A idade variou de 13 a 39 anos (13a,15a,16a,17a,27a,35a e 39a). A indicação do TMO foi por priapismo recorrente em 2 casos, AVC em 3 casos e STAs graves em 2 casos sendo que um deles também apresentava aloimunização importante. O condicionamento utilizado foi FluBu12mg em 4 transplantes, FluCy em 2 transplantes e BuCy16mg em um caso. A pega da MO ocorreu em todos os casos (mediana D+13) sendo que um paciente perdeu o enxerto posteriormente e foi novamente transplantada 3 anos após (paciente utilizava anticonvulsivante o que dificultou manter níveis adequados de CsA). DECH aguda leve ocorreu em dois casos e uma paciente apresentou quadro de DECH crônica limitada. Em 5/6 pacientes obteve-se quimerismo completo e um deles permanece com quimerismo misto. Com uma mediana de seguimento de 22 meses, 5 dos 6 pacientes estão vivos e bem.

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Uma paciente faleceu recentemente por AVC hemorrágico no D+427 pós segundo TMO decorrente da doença de Moya Moya presente antes já do TMO. Estes dados demonstram que o alo-TMO pode curar pacientes com AF e desta forma evitar as complicações por vezes fatais da doença. A melhora da qualidade de vida foi evidente em todos os casos revertendo por completo crises de priapismo e de ataques isquêmicos transitórios. Assim, acreditamos que um esforço conjunto de pediatras, hematologistas e centros transplantadores deveria ser iniciado para que o TMO pudesse ser indicado precocemente em pacientes com AF, antes do desenvolvimento de complicações irreversíveis da doença como é o caso da doença de Moya-Moya. Palavras-chaves: TMO, Alogênico, Aparentado, Anemia, Falciforme

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Avaliação dos fatores genéticos, clínicos e imunológicos relacionados à independência insulínica após transplante autólogo de células tronco hematopoéticas no diabetes melito do

tipo 1

Autor(es):

Daniela Aparecida de Moraes, Maria Carolina de Oliveira Rodrigues, Carlos Eduardo Barra Couri, Kelen Cristina Malmegrim Farias, George Maurício Navarro Barros, Fabiano Pieroni, Rodolfo Daniel Soares, Ana Beatriz Pereira Lima Stracieri, Renato Luiz G Cunha, Andreia Ferreira Zombrilli, Loren Nilsen, Belinda Pinto Simões, Julio Cesar Voltarelli

Instituição(ões): 1. FMRP-USP, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, Avenida dos Bandeirantes 3900 Ribeirão Preto - SP

Resumo: O transplante autólogo de células tronco hematopoéticas (TACTH) tem sido, recentemente, aplicado para o tratamento de diabetes melito do tipo 1 (DM1). Entretanto, apesar dos bons resultados iniciais, vários pacientes têm evoluído com recaídas. O presente estudo objetiva identificar fatores de risco para as recaídas e avaliar o comportamento imunológico durante as recaídas. Pacientes com DM1, transplantados, foram divididos em dois grupos. O grupo 1 incluiu pacientes que deixaram de usar insulina após o transplante, por um período superior a 720 dias. O grupo 2 reuniu pacientes que permaneceram livres de insulina durante menos do que 720 dias. Os grupos foram comparados entre si quanto a fatores demográficos, genéticos, ambientais, imunológicos e relacionados ao transplante. Alterações imunológicas durante as recaídas também foram correlacionadas com o uso de sitagliptina, um antihipoglicemiante oral com possível efeito imunológico. Dos vinte pacientes avaliados, treze foram incluídos no grupo 1 e os demais no grupo 2. Os grupos diferiram em relação a dose de insulina em uso, níveis de hemoglobina glicosilada (HbA1c) e peptídeo C, e peso corporal, no seguimento pós-transplante. Não houve diferenças entre os grupos em relação aos dados pré-transplante: idade, raça, sexo, HLA de alto risco para DM1, níveis de peptideo C, dose de insulina exógena, perda de peso antes do diagnóstico, tempo entre diagnóstico e mobilização e entre diagnóstico e condicionamento, número de linfócitos totais e de suas subpopulações e expressão de FOXP3. Os níveis de HbA1c pré-transplante foram maiores no grupo 2 (p=0,04). Infecções virais foram investigadas às recaídas, nos pacientes sintomáticos, resultando negativas. A análise de reconstituição imunológica revelou que os linfócitos CD8+CD28- encontravam-se mais numerosos no grupo 1 (p=0,03). Sitagliptina foi associada com maiores níveis de peptídeo C e linfócitos CD4 reguladores (CD4+CD25high) e com suspensão da insulina, em dois pacientes que recaíram tardiamente após o transplante. Em conclusão, o presente estudo não identificou fatores de risco associados às recaídas, exceto pelos níveis de HbA1c pré-transplante. O grupo 1, com melhor evolução clínica, apresentou maiores níveis de linfócitos CD8+CD28- (CD8Treg) após o transplante, indicando um perfil imunologicamente mais tolerante. Instituições de Fomento: FAPESP, CNPq. Palavras-chaves: células tronco, diabetes, fatores de risco, recaída, transplante

TL- 161

Qualidade de vida de pacientes com Diabetes Melittus tipo 1 um submetidos ao transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH)

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Autor(es): Letícia Aparecida da Silva Marques1, Érika Arantes de Oliveira-Cardoso1,2, Ana Paula Mastropietro1, George Maurício Navarro Barros1, Belinda Pinto Simões1, Júlio César Voltarelli1, Manoel Antônio dos Santos2

Instituição(ões): 1. HCFMRP-USP, Hospital das Clínicas - FMRP-USP, Av. dos Bandeirantes, 3900. Campus da USP. 2. FFCLRP-USP, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de RP- USP, Av. dos Bandeirantes, 3900. Campus da USP.

Resumo: Devido ao número excessivo de dificuldades, o manejo do Diabetes Melittus tipo 1 (DM1) estimulou, ao longo do tempo, a descoberta de muitas inovações relacionadas às modalidades de tratamento. Nesse sentido, no panorama de tratamentos disponíveis, o Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas (TCTH) despontou recentemente como um dos recursos mais promissores que vem sendo testado como uma alternativa experimental à terapêutica convencional. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida (QV) de pacientes com DM1 submetidos ao TCTH, comparando os valores pré, e após o transplante. Compuseram a amostra 21 pacientes da Unidade de TMO do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP). O instrumento utilizado foi o Questionário Genérico de Qualidade de Vida relacionada à Saúde – SF-36, cujos resultados foram analisados de acordo com recomendações da literatura. Os resultados de cada dimensão do SF-36 variam de 0 a 100. Nesse contínuo o zero corresponde ao pior e 100 ao melhor indicador de qualidade de vida. Os participantes foram avaliados na admissão, um e dois anos após o TCTH. Os resultados demonstraram que antes do TCTH os aspectos físicos, sociais e emocionais estavam comprometidos. Um ano após o TCTH observa-se uma recuperação desses aspectos e acréscimo nos demais componentes da qualidade de vida dos participantes. Dois anos após o TCTH constata-se uma preservação de todos os aspectos da qualidade de vida, com destaque para os aspectos emocionais, saúde mental e vitalidade. Os resultados indicam uma melhoria na qualidade de vida pós-TMO e o SF-36 se destaca como instrumento útil para avaliar qualidade de vida em pacientes com as características dos que participaram da pesquisa. Palavras-chaves: transplante de medula óssea, diabetes melittus tipo 1, qualidade de vida

TL- 162

Impacto do transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas na qualidade de vida de pacientes com esclerose múltipla

Autor(es): Érika Arantes de Oliveira-Cardoso1,2, Ana Paula Chacon2, Fábio Augusto Bronzi Guimarães2, Ana Paula Mastropietro2, George Maurício Navarro Barros1, Belinda Pinto Simões1, Júlio César Voltarelli1, Manoel Antônio dos Santos2

Instituição(ões): 1. HCFMRP-USP, Hospital das Clínicas -FMRP-USP, Avenida Bandeirantes, 3900. Campus da USP. 2. FFCLRP-USP, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de RP- USP, Avenida Bandeirantes, 3900. Campus da USP.

Resumo: O TCTH autólogo apresenta-se nesse cenário como alternativa promissora de tratamento para a Esclerose Múltipla (EM). Pacientes com EM com indicação para o TCTH tipicamente apresentam um quadro avançado da doença e longo histórico de fracassos terapêuticos. Nesse contexto pode-se levantar a hipótese de grave prejuízo na qualidade de vida e nos aspectos psicológicos desses pacientes. Não obstante, os resultados iniciais animadores, cumpre assinalar que o TCTH não se afigura como um método plenamente resolutivo para EM. O objetivo desse estudo foi avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de pacientes com EM, submetidos ao transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), em três momentos: admissão do paciente, alta hospitalar e um ano após o transplante. A amostra foi composta por 34 pacientes, maiores de 18 anos, atendidos na Unidade de TMO do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP). Para coleta de dados foi aplicado o Questionário de Avaliação de Qualidade de Vida - SF-36., cujos resultados foram analisados de acordo com recomendações da literatura. Os resultados de cada dimensão do SF-36 variam de 0 a 100. Nesse contínuo o zero corresponde ao pior e 100 ao melhor indicador de qualidade de vida.Os dados obtidos sugerem depreciação na qualidade de vida antes da realização do transplante, acompanhada da progressão da enfermidade. Imediatamente após o transplante não se observaram diferenças nos índices de QVRS. Porém, um ano após o TCTH, houve melhora estatisticamente significativa em todos os domínios da QVRS avaliados pelo SF-36.

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Conclui-se que um ano após o TCTH de pacientes com EM detecta-se mehora estatisticamente significativa em todos os domínios da QVRS. Palavras-chaves: qualidade de vida, esclerose múltipla, transplante de medula óssea

TL- 163

TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS PARA O TRATAMENTO DE ESCLEROSE SISTÊMICA.

Autor(es): Ana Beatriz P L Stracieri, Daniela Aparecida Moraes, Maria Carolina B Oliveira, Fabiano Pieroni, Rodolfo Daniel Soares, Renato Guerino Cunha, George Maurício Navarro Barros, Belinda Pinto Simões, Julio Cesar Voltarelli

Instituição(ões): 1. HC-FMRP-USP, Hospital das Clínicas - USP - Ribeirão Preto, Av. Bandeirantes,3900, Monte Alegre, CEP 14048-900

Resumo: Objetivo: - Avaliar a toxicidade e a eficácia (fases I/II) de altas doses de ciclofosfamida e globulina anti-timocitária de coelho (ATG) seguidas por resgate com Transplante Autólogo de Células-Tronco Hematopoéticas (TACTH) em pacientes com Esclerose Sistêmica com acometimento cutâneo, pulmonar e de aparelho digestivo. Fundamentos: - A Esclerose Sistêmica é uma doença autoimune em que a hiperreatividade vascular e alterações endoteliais associadas a fenômenos inflamatórios geram lesão tecidual. É atualmente a segunda doença autoimune mais transplantada segundo registro europeu de transplantes (EBMT). Material e métodos: - As células-tronco foram mobilizadas da medula óssea com Ciclofosfamida (2 g/m2) e com G-CSF (10 microgramas/Kg/dia via subcutânea), coletadas por leucoaférese, criopreservadas e reinfundidas após o condicionamento com Ciclofosfamida (50 mg/Kg/dose em 4 doses) e ATG (4,5 mg/Kg/dose em 5 doses). A fase de condicionamento ocorreu cerca de 2 semanas após a coleta das células-tronco hematopoéticas. Os pacientes foram avaliados clínica e laboratorialmente durante 5 anos. Resultados preliminares: - O primeiro TACTH foi realizado em janeiro de 2006. Desde então, foram recrutados 18 pacientes. Dois pacientes só realizaram a mobilização e 16 pacientes foram transplantados. Um paciente evoluiu a óbito devido complicações infecciosas. No período 2006 a 2010, foi observada melhora cutânea e estabilização do envolvimento pulmonar na maioria dos pacientes analisados. Conclusões – O TACTH constitui terapia promissora para os pacientes acometidos por formas graves da Esclerose Sistêmica. A melhora do acometimento cutâneo e a estabilização do envolvimento pulmonar justificam a aplicação do transplante em fases ainda precoces da doença nas quais os riscos do procedimento são ainda menores. Palavras-chaves: TMO, Autólogo, Esclerose, Sistêmica

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CONSAGUINIDADE PARENTAL COMO FATOR FAVORECEDOR DE DOAÇÃO PARA TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA ALOGÊNICO EM PACIENTE COM ANEMIA DE FANCONI

Autor(es): Joacilda da Conceição Nunes1,2, Sandra Sibele Figueiredo1,2, Geraldo Luis dos Santos1,2, Tarcisio Esdras Araujo Moura1, Juliana Aurora de Moraes1, Mariana Paiva de Moraes1

Instituição(ões): 1. FCM-PB, Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba, Praça Dom Ulrico, 56, Centro, João Pessoa-PB 2. UFPB, Universidade Federal da Paraíba, Cidade Universitária - João Pessoa - PB

Resumo: Introdução: a Anemia de Fanconi (AF) é uma doença autossômica recessiva rara, caracterizada por anomalias congênitas, instabilidade cromossômica, predisposição às neoplasias e distúrbios hematológicos, culminando com uma falência da medula óssea. Suas manifestações clínicas são variáveis e sobrepõem-se a outras doenças genéticas tornando o diagnóstico clínico difícil. A idade média de surgimento das manifestações hematológicas é entre os cinco e nove anos de idade, porém o diagnóstico pode chegar a ser feito somente na idade adulta. As quebras cromossômicas induzidas pelo

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agente clastogênico 1,3-Butadiene Diepoxide (DEB) se mostrou um marcador para diagnóstico da AF, permitindo um diagnóstico citogenético preciso. O transplante de medula óssea (TMO) pode eliminar as manifestações hematológicas da doença, que são as principais determinantes da sobrevida do paciente. No entanto, os pacientes são suscetíveis às complicações associadas ao uso de ciclofosfamida, além do fato de que a grande maioria dos casos não possui doador compatível. Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi relatar um caso de sucesso de transplante de medula óssea em AF, cuja doadora foi a genitora. Relato do caso: T. B. B., feminino, 15 anos, estudante, natural de Capim-PB, procura atendimento médico aos 9 anos devido a manifestações hemorrágicas cutâneomucosas: epistaxe e gengivorragia, atribuíveis à plaquetopenia,refratária ao tratamento com prednisona.Apresentava também anemia e leucopenia, não responsivas ao tratamento com ferro, vitamina b12 ou folato. O DEB-teste confirmou o diagnóstico de AF. Foi submetida a TMO alogênico em 2004 em Recife-PE. Seus pais são consangüíneos, primos de primeiro grau, e a genitora foi a única HLA compatível na família. A paciente apresentou excelente resposta clínica às manifestações hematológicas, com acompanhamento clínico, até os dias atuais, no Hemocentro da Paraíba. Discussão: a anemia de Fanconi é uma doença autossômica recessiva, cuja consangüinidade é um dos fatores que amplificam o risco de transmissão de mutações em dois alelos. Entretanto, o TMO na anemia de Fanconi é um fator prognóstico relevante com a limitação de se encontrar um doador com a mesma combinação de haplótipos do sistema HLA. A consangüinidade parental nesse caso, foi favorecedor para essa combinação de haplótipos do sistema HLA idênticos entre mãe e filha, paradoxalmente em que foi o fator de risco para a própria transmissão dos genes mutados da doença. Palavras-chaves: anemia de Fanconi, consangüinidade, transplante de medula óssea

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PSICOLOGIA HOSPITALAR e TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA: PENSANDO EM PROTOCOLOS DE ATENDIMENTO PSICOLÓGICO

Autor(es): Ademar Dantas da Cunha Júnior, Giovana Kreus Instituição(ões): 1. UOPECCAN, Hospital do Câncer de Cascavel, Cascavel-PR Resumo: Introdução: A psicologia hospitalar tem como uma de suas possibilidades de atuação o trabalho desenvolvido nos serviços de onco hematologia, assim, enfocando os aspectos relativos ao preparo do paciente para o Transplante de Células Tronco Hematopoéticas. Para que uma modalidade como esta de tratamento possa ser implantada em um hospital de referência no tratamento de oncologia, todas as equipes de cuidado e atendimento aos pacientes devem ser devidamente treinadas e preparadas para compreender e agir da forma mais efetiva diante do pré-pós-transplantado e das condições de tratamento. A psicologia precisa estar disponível diante da modalidade de TMO e realizar o planejamento de seus protocolos de atendimento.Objetivos: Apresentar a elaboração de protocolos de atuação do Serviço de Psicologia para o TMO. Material e métodos: O que chamamos de “Protocolos do Serviço de Psicologia para o Transplante de Medula Óssea” (do tipo Autólogo, implantado no Hospital do Câncer de Cascavel UOPECCAN em Agosto de 2009), são caminhos norteadores para uma prática psicológica em ambiente hospitalar e serve de guia para o planejamento de protocolos mais adequados e específicos a cada serviço em suas particularidades. Diante disso, as tarefas da Psicologia devem ser conduzidas para possibilitar a reorganização do indivíduo em um momento particular de crise em sua vida, abrindo canais para que o paciente e sua família possam orientar as emoções e enfrentar sentimentos que os afetam (insegurança, frustração, medo, raiva, culpa, revolta, desamparo, ansiedade), desencadeados pela situação de doença. O presente trabalho faz considerações sobre o TMO autólogo e particularidades emocionais do paciente e da família frente á possibilidade deste tratamento (expectativas e conseqüências), disponibilizando a compreensão da psicologia para todos os membros da equipe de TMO, bem como, organiza um roteiro de atendimentos possíveis para o preparo, divididos em: 1. Atendimento Psicológico e preparo prévio ao procedimento de TMO; 2. Recursos para a criança em preparo; 3. Pacientes em internamento pré e durante recuperação do TMO; 4. Pacientes em pós TMO; 5. Em caso de óbito – TMO; 6. Expectativas da equipe de Psicologia na recuperação/cura, 7. Dificuldades teóricas e práticas encontradas. Conclusão:Implantando protocolos adequados de atuação o psicólogo pode nortear sua atuação e desenvolver sua prática hospitalar de forma mais objetiva, clara e eficiente. Os protocolos apresentados servem de base para a construção de novas práticas em saúde. Palavras-chaves: Protocolos de Psicologia, TMO, autólogo

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ATENDIMENTO DE RESGATE AOS FAMILIARES ENLUTADOS DO PACIENTE PÓS ÓBITO TMO. Autor(es): ADEMAR DANTAS CUNHA JÚNIOR, GIOVANA KREUZ, ANA LUIZA FRANCESCHI Instituição(ões): 1. UOPECCAN, HOSPITAL DO CANCER, RUA ITAQUATIARAS, 769, STO ONOFRE, CASCAVEL-PR Resumo: Introdução:Estudos mostram que familiares de pacientes oncológicos nutrem a expectativa de que o transplante de células tronco-hematopoiéticas (TMO) seja um tratamento final com resultados heróicos (na intenção da cura ou de uma melhora significativa ao paciente, em determinadas doenças antes consideradas fatais).Apesar de o transplante ser uma proposta que visa a uma solução favorável ao paciente, nem sempre é possível chegar ao resultado desejado. Mesmo com as orientações da equipe e os devidos cuidados de que o cuidador-familiar e o paciente saibam dos riscos e das reais expectativas que o processo envolve; no caso de óbitos, os familiares podem apresentar inconformidade e necessidade de suporte da equipe.O cuidador-familiar deve ser considerado alguém que requer cuidados tanto quanto um paciente, uma vez que tem a demanda interna e/ou externa de tomar conta da parte prática – finanças, cuidados com o paciente e sua limitações. Além disso, precisa lidar com suas perdas pessoais e concentrar forças em prol do paciente. Setúbal; Dóro, 2008.Quando o paciente morre, o familiar entra em desequilíbrio e necessita de suporte para a reorganização dos papéis, rearranjo do sistema familiar, assim, permitindo a construção de uma nova identidade que forneça equilíbrio. Pereira Franco, 2008. Objetivos: Apresentar o protocolo de busca de familiares enlutados pelo óbito de pacientes em TMO. Resgatar a família enlutada do paciente que faleceu durante o procedimento de TMO no hospital; Fornecer suporte emocional na expectativa de um processo de luto mais saudável (funcional); Proporcionar a resolução de dúvidas/conflitos ou devolutivas em reunião com toda equipe do TMO; Encaminhar a família para a continuidade de suporte psicológico em rede conveniada, ou serviços disponíveis de Psicologia na cidade e /ou região. Material e métodos: 1.Após transcorrido o período de cerca de 7 dias do óbito, o Serviço Social entra em contato telefônico com os familiares enlutados, com o intuito de oferecer acolhimento e disponibilizar o retorno dos mesmos ao hospital para o recebimento de suporte emocional; 2. Caso os familiares aceitem, o Serviço de Psicologia agenda os dias e horários de retorno (sendo no total de 3). Se verificada a necessidade de uma reunião com a equipe do TMO poderá ser agendada. Ao término do processo, os familiares que sentirem a necessidade de continuidade no suporte ao luto, são encaminhados aos Serviços de Psicologia credenciados da região. Conclusão/resultados esperados: Melhores condições de acolhimento pós óbito no serviço de TMO, Fornecimento de apoio e esclarecimentos sobre a ocorrência do óbito, Amenização dos processos de luto patológico (disfuncional) nos familiares. Palavras-chaves: TMO, OBITO, PSICOLOGIA, SERVIÇO SOCIAL, MULTIDISCIPLINAR

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Transplante autogênico de células hematopoéticas em neoplasias linfóides. Avaliação dos resultados em um Centro no Nordeste brasileiro.

Autor(es):

Emmerson de Sousa Eulálio3,2, Fernando Barroso Duarte3,1, Rosângela de Albuquerque Ribeiro Rodrigues3,2,1, Daniel Mazza Matos2,1, Ana Paula Lopes Moreira da Nóbrega2, Rodrigo Monteiro Ribeiro2, Rachel Petrola Jorge Bezerra2, Silvia Maria Meira Magalhães1, Vitória Régia Magalhães Solon2, Luciana Maria de Barros Carlos2

Instituição(ões): 1. HUWC, Hospital Universitário Walter Cantídio, Rua Capitão Francisco Pedro, 1290, Rodolfo Teófilo, CEP 60430-370, Fortaleza-CE 2. HEMOCE, Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará, Avenida José Bastos, 3390, Rodolfo Teófilo, CEP 60440-261, Fortaleza-CE 3. IBRAPEC, Instituto Brasileiro de Pesquisas Científicas, Rua Carlos Vasconcelos, 1515, Aldeota, CEP 60115-170, Fortaleza-CE

Resumo: Introdução: As neoplasias linfóides, especialmente o linfoma de Hodgkin (LH) e o mieloma múltiplo (MM), são indicações estabelecidas para o transplante autogênico de células hematopoéticas (A-TCH); como primeira linha (MM) ou na recaída

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quimiossensível (LH). A presença de um centro de TCH em nosso Estado proporciona aos pacientes locais o acesso a esta terapia, evitando deslocamentos para as outras regiões. Após 20 meses do início das atividades, avaliamos os resultados do A-TCH neste grupo de pacientes. Material e métodos: Avaliamos os procedimentos de A-TCH realizados no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC/UFC) a partir de agosto de 2008. Apenas pacientes com MM ou LH foram incluídos nesta análise retrospectiva. Quando apropriado, o chi-square test foi utilizado para avaliação de significância estatística (p Palavras-chaves: Linfoma Hodgkin, Mieloma múltiplo, Resultados, Transplante autogênico

TL- 168

Suporte hemoterápico durante o transplante autogênico de células hematopoéticas em neoplasias linfóides. Experiência de um Centro.

Autor(es): Emmerson de Sousa Eulálio3,2, Fernando Barroso Duarte3,1, Daniel Mazza Matos2, Rosângela de Albuquerque Ribeiro Rodrigues3,1,2

Instituição(ões): 1. HUWC, Hospital Universitário Walter Cantídio, Rua Capitão Francisco Pedro, 1290, Rodolfo Teófilo, CEP 60430-370, Fortaleza-CE 2. HEMOCE, Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará, Avenida José Bastos, 3390, Rodolfo Teófilo, CEP 60440-261, Fortaleza-CE 3. IBRAPEC, Instituto Brasileiro de Pesquisas Científicas, Rua Carlos Vasconcelos, 1515, Aldeota, CEP 60115-170, Fortaleza-CE

Resumo: Introdução: Na internação hospitalar para o transplante autogênico de células hematopoéticas (A-TCH), a transfusão de hemocomponentes (HC) é parte essencial da terapia de suporte dispensada. Como conseqüências diretas da mielotoxicidade do condicionamento (RC) ocorrem citopenias graves e as transfusões podem ser imprescindíveis para o sucesso do procedimento. Protocolos institucionais baseados em políticas transfusionais judiciosas possibilitam diminuir os custos e os potenciais riscos de reações adversas. Avaliamos as características das transfusões de HC realizadas durante os A-TCH em nosso Centro. Material e métodos: Analisamos os procedimentos realizados no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC/UFC) a partir de agosto de 2008. As indicações, os tipos e o número de HC transfundidos foram considerados nesta análise retrospectiva. Quando apropriado, o chi-square test foi utilizado para avaliação de significância estatística (p Palavras-chaves: Hemocomponentes, Hemoterapia, Neoplasias linfóides, Resultados, Transplante autogênico

TL- 169

Continuidade da Assistência de Enfermagem pós Transplante de Células Tronco hematopoéticas em Ambulatório de Oncologia e Hematologia: Experiência de um Serviço

Autor(es): Leonardo Raul Morelli, Janyce Cassiolato Sguassabia, Lelia Gonçalves Rocha Martin, Andrea de Campos Oliveira, Cristina Vogel, Patricia do carmo D. Vechia, Camila Viale nogueira, Karine Gotardo Severino, Marcela Marrach Coutinho, Nelson Hamerschlak

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein 627/701 cep 05652901 2º SS Resumo: Introdução:A continuidade da assistência é fundamental para o processo de recuperação e sucesso do tratamento do paciente submetido a Transplante de Células Tronco Hematopoéticas (TCTH). Durante o processo de assistência aos pacientes pós TCTH no ambulatório de Oncologia e Hematologia foram identificadas algumas oportunidades de melhoria,entre elas a falta de continuidade na troca de informações entre as unidades de Transplante de Medula Óssea, ambulatório de Oncologia e Hematologia e Pediatria, déficit na comunicação entre enfermeiro e médico, ausência de política específica para passagem de plantão internação/ambulatório, ou seja, ausência de sistematização na continuidade da

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assistência destes pacientes, o que implica na qualidade de assistência prestada. Para melhorar esse processo foi criado um impresso de passagem de plantão entre as unidades de internação e o ambulatório, com informações detalhadas do TCTH do paciente e plano de tratamento futuro, comtemplando condicionamento, alergias, tipo de acesso venoso central e complicações durante TCTH. Objetivos:garantir a segurança do paciente e equipe multiprofissional, melhorar a qualidade da assistência e o processo de sistematização da assistência pós alta para os pacientes que realizaram TCTH. Metodologia: A amostra foi composta por 27 pacientes que realizaram TCTH no período de setembro/2009 a maio/2010.Resultados:Entre os 27 pacientes que fizeram parte da amostra, 17 foram adultos e 10 crianças, destes 17 Transplantes autólogos e 10 alogênicos (07 aparentados e 03 não aparentados). As principais patologias envolvidas foram Leucemia Mielóde Aguda, Linfoma Não Hodgkig e Mieloma Múltiplo.Houve utilização do impresso em 14 pacientes , 10 não foi utilizado, 01 foi a óbito antes da alta e 02 não seguiram tratamento ambulatorial na instituição.Conclusão:A criação do impresso específico com informações essenciais às unidades envolvidas na continuidade da assistência e a passagem de plantão formalizada não excluiu a importância da passagem de plantão verbal realizada pelo telefone, onde o enfermeiro teve a oportunidade de relatar outras informações fundamentais que não estavam contempladas no impresso (data implantação CVC e medicamentos prescritos pós alta). À adesão ao impresso ainda não foi ideal, pois 37% dos pacientes foram encaminhados ao ambulatório sem o preenchimento deste, credita-se este número ao desconhecimento da nova rotina por alguns profissionais e a contratação de novos colaboradores.A melhoria do fluxo de encaminhamento do impresso,assim como a melhor divulgação do novo modelo de continuidade da assistência são pontos a serem trabalhados.A implantação do impresso trouxe melhoria na comunicação entre as unidades proporcionando maior qualidade da assistência e segurança no manejo do tratamento para o paciente e equipe multiprofissional. Palavras-chaves: Assistência de Enfermagem, Ambulatório, Continuidade da Assistência, Tranplante de Medula Óssea, Transplante de Células Tronco Hematopoét

TL- 170

Transplante de medula óssea alogênico em pacientes com mais de 60 anos: Experiência do Hospital Israelita Albert Einstein

Autor(es):

Joyce Esteves, Patrícia Bollmann, Fabio Pires de Souza Santos, Fábio Rodrigues Kerbauy, Andreza Alice Feitosa Ribeiro, Jairo José Nascimento Sobrinho, Morgani Rodrigues, José Mauro Kutner, Margareth Afonso Torres, Juliana Folloni Fernandes, Cláudia Mc Donald Bley do Nascimento, Ricardo Helman, Reijane Assis, Guilherme Fleury Perini, Leonardo Raul Morelli, Nelson Hamerschlak

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein 627/701 2SS Bloco A São Paulo SP Resumo: Introdução:Tradicionalmente, a aplicação do transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas (TACTH) em pacientes idosos esteve limitada pela alta morbi-mortalidade associada ao procedimento. Recentemente, houve o desenvolvimento de regimes de condicionamento não mielo-ablativos que possibilitaram a realização do TACTH em pacientes idosos. Neste contexto, descrevemos nossa experiência em pacientes com idade superior a 60 anos submetidos a TACTH. Métodos: Foram analisados pacientes com idade maior ou igual a 60 anos que realizaram TACTH no Hospital Israelita Albert Einsten (HIAE) durante o período de 1987 a 2010. Dados de sobrevida e causa de mortalidade foram retirados do banco de dados de TMO do HIAE. A sobrevida foi estimada pelo método de Kaplan-Meier. Resultados Dez pacientes foram analisados. Mediana de idade da população era 65,5 anos. Os diagnósticos eram: leucemia mielóide aguda (N=6), linfoma não Hodgkin (N=2) e síndrome mielodisplásica (N=2). Seis pacientes receberam CTH de doador alogênico aparentado, 3 de doador alogênico não aparentado e 1 de duplo cordão umbilical. Quarenta por cento dos pacientes estava em remissão completa no momento do transplante e 60% apresentava doença em atividade. O regime de condicionamento foi não mieloablativo em 7 pacientes (70%). Sete pacientes (70%) morreram: 5 por toxicidade (50%) e 2 (20%) por progressão de doença. Dos seis pacientes que realizaram TACTH aparentado, 2 estão vivos; dos 4 pacientes que realizaram TACTH não aparentado apenas 1 está vivo. Todos os 3 pacientes vivos receberam condicionamento não mieloablativo. Os 3 pacientes que realizaram TACTH mieloablativo morreram em uma mediana de 19 dias após o procedimento. A sobrevida em 4 anos foi de 25% (IC95% 0-54%), com mediana de sobrevida de 4 meses (IC95% 1,13-6,86 meses). Conclusão O transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas é opção viável no tratamento de pacientes com neoplasia hematológica acima de 60 anos de idade. No entanto ainda está limitado por uma mortalidade relacionada à toxicidade, mesmo com o uso de regimes não mieloablativos. São necessários estudos com maior número de pacientes e tempo de seguimento mais longo para confirmarmos nossos resultados.

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Palavras-chaves: Condicionamneto não mielo-ablativo, Idoso, Sobrevida, Transplante alogênico, Transplante de Medula óssea

TL- 171

Transplante de medula óssea autólogo em pacientes com mais de 60 anos: Experiência do Hospital Israelita Albert Einstein

Autor(es):

Joyce Esteves, Fábio Pires de Souza Santos, Patrícia Bollmann, Fábio Rodrigues Kerbauy, Andreza Alice Feitosa Ribeiro, Jairo José Nascimento Sobrinho, Morgani Rodrigues, José Mauro Kutner, Margareth Afonso Torres, Cláudia Mc Donald Bley do Nascimento, Ricardo Helman, Reijane Assis, Guilherme Fleury Perini, Juliana Folloni Fernandes, Leonardo Raul Morelli, Nelson Hamerschlak

Instituição(ões): 1. HIAE, Hospital Israelita Albert Einstein, Av. Albert Einstein 627/701 2SS Bloco A Morumbi São Paulo SP

Resumo: Introdução : O transplante autólogo de células tronco hematopoiéticas (TCTH) constitui uma modalidade terapêutica para tratamento de doenças hematológicas malignas . Tal procedimento, entretanto, não está isento de complicações, limitando sua aplicação em pacientes idosos. Descreveremos a experiência da Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital Israelita Albert Einstein no tratamento pacientes com idade superior a 60 anos de idade que foram submetidos a Transplante de Células Tronco Hematopoéticas com o intuito de avaliar sobrevida e mortalidade. Métodos: Foram analisados pacientes com idade maior ou igual a 60 anos de idade que realizaram Transplnate de Células Tronco Hematopoéticas no Hospital Israelita Albert Einsten (HIAE) durante o período de 1987 a 2010. Dados de sobrevida e causa de mortalidade foram retirados do banco de dados de Transplante de Medula Óssea (TMO) do HIAE. A sobrevida foi estimada pelo método de Kaplan-Meier. Resultados: Cinqüenta e nove (59) pacientes foram analisados. A mediana de idade da população era de 66 anos de idade. Os diagnósticos eram: leucemia mielóide aguda (N=3), linfoma não Hodgkin (N=23), mieloma múltiplo (N=31), leucemia mielóide crônica e leucemia linfóide crônica (N=1 cada). Trinta (30) pacientes (51%) morreram: 11 (19%) por toxicidade do tratamento, 15 (25%) por progressão da doença de base e 4 (7%) por causas desconhecidas. A sobrevida global em 4 anos foi de 41% (IC95% 26.8-56.2%), com mediana de sobrevida de 21 meses (IC95% 14.3-27.6 meses). Conclusão: Na população de pacientes idosos submetidos ao TMO no Hospital Israelita Albert Einstein, o transplante de medula óssea autólogo foi uma modalidade terapêutica viável. A principal causa de morte esteve relacionada a recidiva da doença de base. Palavras-chaves: Idoso, Mortalidade, Sobrevida, Transplante de Medula Óssea, Transplante autólogo

TL- 172

Comparação das Frequências dos Haplótipos HLA em Pacientes candidatos a Transplante de Células Progenitoras Hematopoiéticas, Doadores Voluntários e Sangue de Cordão Umbilical da

região Sudeste do Brasil

Autor(es): Margareth A. Torres1,2, Maria Elisa Hue Moraes2,3, Marcos Alberto Piani1, Thabyta Silva Franco Souza3, Andreza Alice Feitosa Ribeiro1, Elena Outon Alonso1, Simone Soares Gregorio1, Roberta dos Santos Pereira1, Isabel Hue3

Instituição(ões): 1. HIAE, HOSPITAL ALBERT EINSTEIN, AV. ALBERT EINSTEIN 627 SP 2. LIG-SP, LIG LABORATORIO IMUNOGENETICA SP, RUA CONSELHEIRO BROTERO 1086 CONJUNTO 11 SAO PAULO 3. JRM, JRM INVESTIGACOES IMUNOLOGICAS, RUA SOROCABA 464 /305 RJ

Resumo: Introdução: Com o objetivo de oferecer a pacientes candidatos a transplante de células progenitoras hematopoiéticas (TCPH) fontes alternativas de células, houve nos últimos anos, um aumento significativo do número de doadores voluntários

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de medula óssea (DVMO) no cadastro do REDOME e nos bancos de sangue de cordão umbilical e placentário (BSCUP). Objetivo: Determinar as frequências haplotípicas HLA-A, B e DRB1 dos pacientes candidatos a TCPH, dos DVMO e do BSCUP do Hospital Albert Einstein (HIAE) em São Paulo e comparar os resultados do grupo dos pacientes com o dos doadores. Material e Métodos: Foram analisadas as frequências haplotípicas de 820 pacientes, tipificados no Laboratório LIG-SP; 2.300 amostras do BSCUP do HIAE e 60.069 amostras de DVMO tipificadas pelo LIG-SP e JRM-RJ. As frequências haplotípicas HLA-A, B e DR, de baixa resolução, bem como teste de equilíbrio de Hardy-Weinberg, foram analisados através do programa de genética de populações "Pypop 0.7". Resultados: Os 5 haplótipos mais frequentes nos pacientes foram observados no BSCUP e nos DVMO (tabela 1). Tabela 1 Haplótipos Freq. Freq. Freq Rank Rank Rank HLA-A:B:DRB1 Pac. SCUP DVMO Pac. SCUP DVMO 01: 08:03 2,20 2,42 2,14 1 1 1 29:44:07 1,40 1,56 1,46 2 2 2 02:44:04 1,13 0,88 0,80 3 9 4 03:07:15 1,13 1,19 0,91 4 4 3 02:44:13 1,13 0,82 0,61 5 10 14 02:51:11 0,98 0,60 0,66 6 21 9 33:14:01 0,96 1,013 0,76 7 6 5 02:15:04 0,88 0,741 0,51 8 14 17 11:35:01 0,83 1,013 0,73 9 5 6 02:18:11 0,83 1,25 0,63 10 3 12 Haplótipos com frequências > 0,5% no grupo dos pacientes figuraram nos DVMO; porém, cinco deles encontram-se com frequência inferior a 0,2% ou ausentes no BSCUP-HIAE (tabela 2). Tabela 2 Haplótipos Freq. Freq. HLA-A:B:DRB1 Pac. % BSCUP-HIAE % 31:39:08 0,81 0,08 30:42:03 0,79 0,10 02:15:16 0,60 0 31:39:04 0,57 0,05 02:40:13 0,53 0,29 Dos 100 haplótipos mais frequentes nos pacientes, seis deles encontravam-se ausentes nos DVMO e BSCUP-HIAE. Entretanto, todos foram encontrados, ainda que em baixa frequência, no registro do NMDP (National Marrow Donor Program). O haplótipo A*03:B*55:DRB1*03 foi encontrado apenas nos pacientes e no BSCUP-HIAE. O conhecimento do perfil haplotípico tanto dos pacientes, quanto dos bancos é importante para predizer o número ideal de doadores e estabelecer estratégias para aumentar a variabilidade de haplótipos para contemplar a variedade étnica da população. Palavras-chaves: HAPLOTIPOS, HLA, TRANSPLANTE

TL- 173

Algoritmo para a Busca de Doadores para Pacientes Candidatos a Transplante de Células Progenitoras Hematopoiéticas do Estado de São Paulo no Banco de Sangue de Cordão Umbilical

do Hospital Albert Einstein

Autor(es): Margareth Afonso Torres1,2, Marcos Alberto Piani1, Maria Elisa Hue Moraes2, Andreza Alice3 Feitosa1, Jose Mauro Kutner1, Nelson Hamerschlak1, Simone Soares Gregorio1, Livia Stephania Alves Lima1, Elena Outon Alonso1

Instituição(ões): 1. HIAE, HOSPITAL ALBERT EINSTEIN, AV. ALBERT EINSTEIN 627 2. LIG-SP, LIG - LABORATÓRIO DE IMUNOGENÉTICA LTDA, RUA CONSELHEIRO BROTERO 1086

Resumo: Introdução: O transplante com sangue de cordão umbilical representa uma alternativa para os pacientes que necessitam de transplante de células progenitoras hematopoiética (TCPH) e que não possuam doador HLA idêntico. O Banco Público de Sangue de Cordão Umbilical do Hospital Albert Einstein (BSCUP-HIAE), criado em 2004, integra a rede Brasil Cord. Os critérios para seleção das unidades SCUP são a dose celular e a compatibilidade HLA mínima 4x6 (compatibilidade antigênica nos loci A e B e alélica no loco DRB1). Em pacientes adultos, frequentemente são utilizados dois cordões, para que a dose celular mínima necessária seja atingida.. Objetivo - Desenvolver e implementar um algoritmo capaz de identificar doadores compatíveis no BSCUP. - Determinar o número de possíveis doadores para os pacientes candidatos a TCPH no BSCUP do HIAE Metodologia: Desenvolvemos um algoritmo de busca de compatibilidade e implementamos na linguagem VBA (Visual Basic for Applications). Essa linguagem permite que se utilizem diretamente arquivos no formato Excel. O programa buscou na base de 1053 unidades do BSCUP-HIAE o grau de compatibilidade com 388 pacientes candidatos a TCPH tipificados no Laboratório LIG- SP e 106 no HIAE. Todos os pacientes e as unidades de SCUP utilizadas para essa análise possuíam tipificação HLA- A, B (baixa resolução) e DRB1 em alta resolução. Os dados foram agrupados em diferentes categorias conforme o número de doadores com a compatibilidade 4x6, 5x6 e 6x6. Resultados: Em 40% dos casos, encontramos no mínimo cinco doadores e em 20% dos pacientes não encontramos nenhum doador, considerando a compatibilidade mínima 4x6. (tabela1). Tabela 1: Busca de doadores para pacientes do HIAE e do LIG no BCUP HIAE LIG-SP HIAE Sem doador 84 (21,65%) 24 (22,64%) 1 doador 54 (13,92%) 16 (15,1%) 2 doadores 40 (10,31%) 7 (6,6%) 3 doadores 35 (9,02%) 7 (6,6%) 4 doadores 24 (6,2%) 7 (6,6%) > 5 doadores 151 (38,66%) 45 (42,45%) Considerando compatibilidades 5x6 e 6x6, 80% e 99% dos pacientes, respectivamente, não encontraram doadores. Os resultados obtidos são compatíveis com o tamanho do BSCUP utilizado. Os dados desse estudo poderão ser utilizados para predizer o número ideal de um inventário de BSCUP que beneficie uma parcela significativa de pacientes aguardando TCPH.

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Palavras-chaves: HLA, COMPATIBILIDADE HLA, TRANSPLANTE, CORDAO UMBILICAL

TL- 174

ANÁLISE DAS FREQUÊNCIAS ALÉLICAS E HAPLOTÍPICAS DOS LOCI HLA-A, -B E -DRB1 EM PACIENTES CANDIDATOS A TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS E

DOADORES VOLUNTÁRIOS DE MEDULA ÓSSEA Autor(es): Thábyta Silva Franco de Souza1, Maria Elisa Moraes1,2, Margareth Torres2, Maria Isabel Hue1 Instituição(ões): 1. JRM Invest Imunol, JRM Investigações Imunológicas, Rua Sorocaba 464/ 305 - Botafogo - Rio de

Janeiro - RJ 2. LIG - SP, Laboratório de Imunogenética – LIG, Rua Conselheiro Brotero, 1086/ Cj 11 - Santa Cecília - São Paulo - SP

Resumo: INTRODUÇÃO: O sucesso do transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) requer uma seleção rigorosa de doadores, com compatibilidade alélica nos loci HLA-A, -B, -C, -DRB1 e -DQB1. Estudos têm demonstrado que a compatibilidade haplotípica pode ser mais favorável que a alélica, já que haplótipos HLA idênticos devem compartilhar identidade também nos genes não-HLA. O objetivo deste trabalho foi estimar frequências alélicas e haplotípicas para HLA-A, -B e -DRB1 de um grupo de pacientes e avaliar a chance de se encontrar doador haplótipo-compatível em um grupo de doadores. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados alelos e haplótipos HLA de 820 pacientes de São Paulo candidatos a TCTH e de 60.069 doadores voluntários de medula (DVMO) do Rio de Janeiro e de São Paulo. As tipificações foram uniformizadas em baixa resolução para fins analíticos. As frequências alélicas, haplotípicas e o teste do equilíbrio de Hardy-Weinberg foram obtidos no software Python for Population Genetics - PyPop, versão 0.7.0. Os 100 haplótipos mais frequentes nos pacientes foram comparados com os doadores do RJ e de SP e com doadores do NMDP (National Marrow Donor Program). O teste de igualdade de proporções (z) foi utilizado para as comparações das frequências alélicas e haplotípicas. RESULTADOS: Todos os indivíduos estavam em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Os alelos mais frequentes nos pacientes e doadores foram, para HLA-A: A*02 A*24, A*01, A*03 e A*68; para HLA-B: B*35, B*44, B*15, B*51, B*07 e B*14; e para HLA-DRB1: DRB1*11, DRB1*04, DRB1*13 e DRB1*07. Os alelos HLA-A*26 e A*29 tenderam a ser mais frequentes nos doadores (p=0,066 e 0,076, respectivamente) enquanto A*31 (p=0,072) nos pacientes. No loco B não houve diferença significativa. No loco DRB1, HLA-DRB1*07 foi mais frequente nos doadores (p=0,045). O haplótipo HLA-A*23:B*44:DRB1*07 tende a ser mais frequente entre os doadores (p=0,057). Dos 100 haplótipos mais frequentes nos pacientes, 74 estavam presentes entre os doadores, e 26 ausentes, sendo os 4 mais frequentes 01:08:03, 29:44:07, 02:44:04 e 03:07:15 (A*:B*:DRB1*). CONCLUSÃO: As frequências haplotípicas, mais do que as alélicas, são ferramentas poderosas para determinar relações entre diferentes grupos populacionais. Elas podem otimizar a busca de doador em registros de doadores voluntários e definir estratégias para expansão dos cadastros, além de orientar a adoção de terapias alternativas em pacientes com haplótipos raros ou de baixa frequência. A implementação deste critério reduziria o número de possíveis doadores, exigindo a expansão do registro brasileiro e a parceria com outros registros. Palavras-chaves: Compatibilidade haplotípica, Compatibilidade alélica, Frequência haplotípica, Frequência alélica, Doadores voluntários de medula óssea

TL- 175

Associação de HLA Classe I com a Susceptibilidade e Resistência à Hanseníase.

Autor(es): MATILDE ROMERO1,2, MARIA ELISA MORAES3, CYNTHIA CHESTER CARDOSO1, CHRISTINA NOGUEIRA2, LEANDRO TORRES GUIMARÃES2, ABDELHAY ELIANA2, LUIZ FERNANDO BOUZAS2, MILTON OZORIO MORAES1

Instituição(ões): 1. FIOCRUZ, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, AV. BRASIL 460 - RIO DE JANEIRO - RJ 2. INCA, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, RUA SACADURA CABRAL 178 - RIO DE JANEIRO - RJ 3. JRM, JRM- INVEST. IMUNOLÓGICAS, RUA SOROCABA 464/305 - RIO DE JANEIRO - RJ

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Resumo: A Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou aproximadamente 250.000 novos casos de hanseníase nos últimos anos, sendo o Brasil o país que apresentou a segunda maior prevalência da doença. Diversos estudos genéticos, em diferentes populações, têm sido realizados com o propósito de associar HLA-DRB1 com a ocorrência da hanseníase. Porém, os trabalhos realizados com HLA classe I são limitados. Neste estudo de caso-controle, foi analisada a associação entre HLA classe I e a hanseníase em indivíduos do estado do Rio de Janeiro. O estudo incluiu 421 pacientes não aparentados portadores de hanseníase e 478 controles residentes na mesma área geográfica. Foram genotipados, em baixa e média resolução, os alelos HLA-A, HLA-B e HLA-C pelo método PCR-SSOP (InnoLIPA – Innogenetics e Luminex – One Lambda) . As comparações entre as frequências alélicas e haplotípicas nos pacientes e controles foram realizadas pelos modelos Log-Linear e Regressão logística, respectivamente. Os resultados demonstraram uma associação entre os alelos HLA-A* 11 (p = 0.010) e HLA-A* 30 (p = 0.017) com a susceptibilidade à hanseníase, enquanto os alelos HLA-A*01, HLA-B*27, HLA-B*50 e HLA-C*05 sugeriram uma associação com a resistência à doença (p= 0.029, p= 0.005, p= 0.002 e p= 0.039, respectivamente). As análises dos haplótipos revelaram associação significativa de HLA-A*11-B*35-C*04 (OR = 2.362; CI = 1.149 – 4.856; p = 0.019) e HLA-A*30-B*42-C*17 (OR = 4.107; CI = 1.452 – 11.610; p = 0.008) para a susceptibilidade à hanseníase. Entretanto, não foram encontradas associações significativas para haplótipos formados por alelos relacionados com a resistência à doença. As associações significativas desses haplótipos sugerem um efeito potencializado dos alelos HLA-A*11 e HLA-A*30, quando combinados com outros alelos, para conferir susceptibilidade à hanseníase, diferentemente dos alelos HLA-A*01, HLA-B*27, HLA-B*50 e HLA-C*05, que parecem atuar independentemente para conferir resistência. Palavras-chaves: MHC, HLA E DOENÇA, ALELOS, HAPLÓTIPOS

TL- 176

Prevenção de Mucosite Oral com Laserterapia em Pacientes Pediátricos submetidos ao Transplante de Medula Óssea – Resultados Preliminares.

Autor(es): Marcos Antonio Arruda Souto1, Nilza Nelly Fontana Lopes1, Maria Cristina Chavantes2, Juliana Rojz1, Roseana Vasconcelos Gouveia1, Victor Gattardello Zecchin1, Adriana Seber1

Instituição(ões): 1. GRAACC/IOP/UNIFESP, Instituto de Oncologia Pediatrica, Rua Botucatu 734 Bairro Vila Clementino São Paulo/SP CEP 04023-062 2. HCFMUSP, Instituto do Coração - InCor, Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44 - 05403-900 - São Paulo/SP

Resumo: Introdução: A mucosite está associada à febre, perda do apetite e peso, bem como a necessidade de nutrição enteral e ou parenteral e aumento da possibilidade de infecções sistêmicas levando a um maior tempo de hospitalização. Geralmente, a incidência de mucosite oral em pacientes submetidos ao TMO é 76-89%. É maior em pacientes que recebem quimioterapia associada com a irradiação total do corpo com radioterapia. Objetivo: O estudo avaliou o efeito do Laser de Baixa Intensidade ⟨LBI⟩ para prevenção da mucosite oral em pacientes submetidos ao TMO. Métodos: O estudo piloto envolveu treze pacientes em Transplante de Medula Óssea no Instituto de Oncologia Pediátrica ⟨IOP⁄GRAACCfrasl;UNIFESP - São Paulo-Brasil ⟩. Todos os pacientes que realizaram transplante receberam além do regime de condicionamento, profilaxia para doenças infecciosas e doença veno-oclusiva, os pacientes com transplante alogênico receberam também profilaxia para doença do enxerto versus hospedeiro ⟨DECH ⟩.Foi utilizado um laser de diodo com comprimento de onda 685 nm, Potência ⟨35mW ⟩, tempo ⟨10 ″⟩, de modo contínuo, tamanho da ponteira ⟨ 600µ⟩, Energia 0.35 J, Total de energia 7J, foram aplicados pontualmente em 20 pontos anatômicos. A laserterapia iniciou no primeiro dia do protocolo pré TMO e finalizou no D&plus;15, num total de 4 vezes por semana com um intervalo. O grau de mucosite foi avaliado de acordo com a classificação NCI versão 3.0.Resultados: No estudo, três pacientes apresentaram mucosite grau 0, cinco pacientes apresentaram mucosite grau 1 ⟨edema e eritema leve ⟩, quatro pacientes apresentaram mucosite grau 2, sendo que um paciente com grau 2 ⟨frênulo labial inferior ⟩, iniciou a laserterapia no D&plus;1 com regressão total em D&plus;8 e um paciente apresentou mucosite grau 3. Conclusão: O LBI provou ser uma ferramenta eficaz com excelentes resultados na prevenção da mucosite oral e o protocolo utilizado mostrou-se adequado ao objetivo proposto. Palavras-chaves: TMO, Mucosite, Quimioterapia, Radioterapia, Laserterapia

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CONDICIONAMENTO DE INTENSIDADE REDUZIDA NAS LINFOPROLIFERAÇÕES: RESULTADOS DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

Autor(es): Beatriz Pitombeira1, Alessandra Paz1, Clarissa Ferreira1, Manoela Boffo1, Gustavo Fisher1, Lucia Mariano da Rocha Silla2,1, Liane Daudt2,1

Instituição(ões): 1. HCPA, Hospital de Clinicas de Porto Alegre, Ramiro Barcelos 2350 2. UFRGS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Ramiro Barcelos 2400

Resumo: INTRODUÇÃO: Os Transplantes de Células Tronco Hematopoéticas (TCTH) Alogênicos com condicionamento mieloablativo têm boa resposta nas linfoproliferações não-Hodgkin de baixo grau, porém sua alta taxa de Mortalidade Relacionada ao Transplante (MRT), variando de 24 a 54%, torna a sobrevida global deste grupo menor. O TCTH com condicionamento de intensidade reduzida (RIC) tem se mostrado eficiente nestas patologias por combinar quimioterapia não-mieloablativa, minimizando a MRT, e o efeito enxerto-contra-linfoma, com sobrevida livre de doença em 3 anos entre 32 a 66%, e sob revida global em 3 anos de 32 a 73%, a depender de fatores como o status da doença pré TCTH. OBJETIVOS: Estudar a população de pacientes portadores de linfoma/LLC submetidos a TCTH com RIC no HCPA. METODOLOGIA: Revisão de prontuários e variáveis do registro do Serviço de Hematologia e Transplante de Medula Óssea. RESULTADOS: Foram avaliados 16 pacientes, sendo 13 portadores de LNH de baixo grau e 3 de LLC, submetidos a TCTH com RIC, sendo a média de idade de 43 anos e igual distribuição entre sexos. 50% apresentavam doença refratária pré-TCTH, 43,8% estavam em terceira remissão completa (RC) e 6,2% em segunda RC. A mediana de CD34/kg infundido foi de 10,7. Os condicionamentos realizados foram Fludarabina + Ciclofosfamida em 3 pacientes, Fludarabina + Melfalam em 7, Fludarabina + Ciclofosfamida + TBI em 2, Fludarabina + Ciclofosfamida + Melfalan em 1, e Ciclofosfamida + TBI em 1 paciente. 50% tiveram DECH aguda, dos quais 62,5% responderam a corticóide; e 62,5% tiveram DECH crônica, dos quais 80% na forma extensa. Dos 9 pacientes analisados quanto ao quimerismo, 89% eram completos. A média de sobrevida global foi de 2,95 anos, sendo em 1 ano de 62,5%, em 3 anos de 40%; e a TRM de 6,66%. 8 pacientes foram a óbito, sendo 5 deles classificados inicialmente como refratários. CONCLUSÃO: Os pacientes portadores de Linfoproliferações submetidos a TCTH com RIC no HCPA apresentaram dados de sobrevida compatíveis com centros internacionais, com MRT baixa, mostrando ser uma alternativa eficiente e com menor toxicidade para os pacientes com 2 ou mais linhas de tratamento. Palavras-chaves: Transplante de Medula óssea,, linfoma, RI

TL- 178

Ambiguidades nos locos HLA-A, -B e -DRB1 em amostras do REDOME dos Hemocentros do Rio de Janeiro (HEMORIO) e Ceará (HEMOCE) tipificadas no Laboratório de Histocompatibilidade e

Criopreservação da UERJ.

Autor(es): Juliana Cardoso-Oliveira, Gustavo Milson Fabricio-Silva, Juliana Pessanha Rodrigues Motta, Monica da Cruz Falci, Luís Cristóvão de Moraes Sobrino Pôrto

Instituição(ões): 1. UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Av Marechal Rondon 381 Resumo: Apesar da melhoria contínua na resolução de grupo alélico com a metodologia de tipificação com oligonucleotídeos sequência-específicos (SSO), alelos raros e nulos e definidos nas regiões de α3 ou citoplasmática resultam em tipificações ambíguas e ocorrência de alelos raros ou nulos depende da população estudada. A freqüência de tipificações com ambigüidades dos locos HLA-A, -B e -DRB1 por SSO foi comparada em amostras recebidas no Laboratório de Histocompatibilidade e Criopreservação da UERJ (HLA-UERJ) em 2009 procedentes do HEMOCE (n=5.266) e HEMORIO (n=10.874). As tipificações foram atualizadas com a utilização dos códigos NMDP versão 2010-05-27. As listas de alelos raros e nulos foram obtidas do IMGT - Rare Allele List File Version 2.28.0 (03/2010). Diferenças entre gênero, idade, faixa

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etária e o grupo étnico foram testadas. As freqüências de ambigüidades e de alelos raros/nulos foi determinada para cada loco e comparadas com pelo Qui-quadrado. No loco A foram encontradas 20 ambiguidades, 34 no Loco B e 12 no Loco DRB1. Os alelos raros e nulos associados às ambigüidades no loco A foram: 02:135 (n=46), 24:71 (n=162), 26:29 (n=61), 26:33 (n=22), 33:19 (n=66), 33:21 (n=50), 66:10 (n=5), 74:13 (n=67), no loco B: 35:63 (n=2), 38:17 (n=4), 40:19 (n=10), 40:32 (n=4), 40:88 (n=5), 42:11 (n=1), 44:18 (n=10), 46:16 (n=114), 49:02 (n=16), 51:15 (n=1), 55:22 (n=1) e no loco DRB1: 13:44 (n=2), 13:46 (n=21), 13:74 (n=1), 14:81 (n=27), 15:25 (n=1). No loco A, a freqüência das ambigüidades foi significativamente diferente entre os doadores do HEMORIO e do HEMOCE (p Palavras-chaves: HLA, tipificação, ambiguidade, PCR-SSO

TL- 179

KIR diversity content in Brazilian regional populations Autor(es): Gustavo Milson Fabricio-Silva, Juliana Cardoso-Oliveira, Luís Cristóvão de Moraes Sobrino Pôrto Instituição(ões): 1. UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Av Marechal Rondon 381 Rio de Janeiro 20950-003 Resumo: Natural killer cells are part of the innate immune system recognizing class I HLA (human leukocyte antigen) molecules on target cells through their membrane receptors. The main receptors of the natural killer cells are the killer immunoglobulin-like receptors (KIRs). KIR genes are variable in the number and type, thereby discriminating individuals and populations. Herein, we analyzed the KIR gene content diversity in five populations of Brazil selected from the site http://www.allelefrequencies.net. This website is freely available and contains at present KIR data from 172 populations (19,640 individuals). The KIR gene content from Belo Horizonte (BH), Paraná (PR), Porto Alegre (POA), Amazônia (AM) and Rio de Janeiro (RJ) were taken to this study. To the Rio de Janeiro population, we added 180 individuals typed in Histocompatibility and Cryopreservation Laboratory (Rio de Janeiro State University). We found no significant difference for any KIR gene in these two samples tested. The data were evaluated with Qui-square Test. The most significant difference was found when comparing AM population to all other groups in the following genes: KIR2DL5, KIR2DS1, KIR2DS3, KIR2DS4, KIR2DS5, KIR3DL1 and KIR3DS1 (data not shown). Moreover, KIR2DL3 is decreased in AM than BH population (80% vs. 94.4%; p=0.002). Amazon population was composed by indigenous people and that may justify these large differences. However, significantly differences were found when comparing other Brazilian regional populations. KIR2DL2 is decreased in PR (47.1%) than POA (66.4%, p=0.0008), RJ (57.7%, p=0.009) and AM (65.0%, p=0.04). Likewise, PR showed decreased frequencies of KIR2DL5 when compared to RJ (52.6% vs. 62.2%, p=0.01) and KIR2DS5 when compared to BH (26.6% vs. 38.9%, p=0.03). Furthermore, KIR2DS5 is increased in RJ (40.9%) than POA (29.1%, p=0.03). Despite the historical records that show the great importance of the European contribution to the Brazilian population, mainly in PR and POA, but also in Rio de Janeiro, we could found some differences in the KIR gene distribution. In conclusion, each Brazilian regional sample population exhibits distinct KIR gene content diversity and more accurate studies are necessarily to describe the KIR genotype content in Brazilians. Palavras-chaves: KIR, população, Rio de Janeiro

TL-180 Baixas doses de busulfano associado à ciclofosfamida como regime de condicionamento para o transplante alogênico em pacientes com anemia aplástica grave - análise de 144 pacientes consecutivos.

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Frederico Luiz Dulley, Rosaura Saboya, Elvira Deolinda Rodrigues Pereira Velloso, Fabio Luiz Coracin, Jose Ulysses Amigo Filho, Luis Klaus Alves da Rocha, Milton Artur Ruiz, Fernando Sergio Blumm Ferreira, Dalton de Alencar Fischer Chamone O TCTH alogênico é o tratamento para anemia aplástica grave (AAG), porém a rejeição do enxerto ainda é um problema significativo principalmente nos pacientes politransfundidos antes do TCTH. O condicionamento com ciclofosfamida apenas mostrava rejeição entre 30% e 60% nos pacientes politransfundidos. Devido à alta incidência de rejeição no Brasil, o objetivo foi de incluir o busulfano à ciclofosfamida no condicionamento tentando reduzir estas taxas. Foram avaliados retrospectivamente 144 pacientes portadores de AAG submetidos ao TCHT alogênico entre maio/1993 a junho/2008 e analisados em junho/2009. Destes, 65 (46%) eram homens e 79 (54%) eram mulheres com mediana de idade de 21 anos (variação: 3-50). Quarenta e oito pacientes (34,3%) receberam <15 transfusões antes do TCTH. Aqueles que receberam entre 15 e 50 transfusões foram considerados "politransfundidos" e compreenderam 55 dos 144 pacientes (38%). Quarenta e um pacientes (27%) eram "muito" transfundidos com >50 transfusões antes do TCTH. O condicionamento foi bussulfano 4 mg/kg via oral (em 4 doses) no dia-6 e ciclofosfamida 50 mg/kg/dia IV por 4 dias

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consecutivos dos dias -5 ao -2. A profilaxia da DECH seguiu protocolo Institucional. A análise da rejeição mostrou que 12 dos 144 pacientes (9,0%) rejeitaram o enxerto. A incidência da rejeição 1, 2 e 4 anos em todos os pacientes analisados em foi de 6%, 9% e 12%, respectivamente. Nas transfusões prévias, 5/48 (10%) pacientes que receberam menos do que 15 transfusões rejeitaram o transplante, 6/55 (10,9%) pacientes que receberam entre 15-50 transfusões rejeitaram o transplante e 1/41 (2,5%) pacientes que receberam mais do que 50 transfusões antes do TCTH apresentaram rejeição. A sobrevida global foi de 61,2% em 10 anos. O número de transfusões foi um fator importante na sobrevida pois os pacientes que receberam <15 e entre 15 e 50 transfusões antes do transplante apresentaram sobrevida de 81% e 64% respectivamente. Aqueles que receberam mais do que 50 transfusões apresentaram sobrevida de 19%. A infecção foi a maior causa de óbito dos pacientes muito transfundidos (>50 transfusões), pois eram clinicamente muito graves ao transplante. A realidade brasileira mostra que grande número de pacientes chega ao TCTH bastante transfundidos. Conclui-se que a adição de busulfano à ciclofosfamida no condicionamento para o TCTH alogênico nos pacientes com AAG é viável e bem tolerado, diminuindo a rejeição, beneficiando estes pacientes.

TL-181

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ANÁLISE DAS TOXICIDADES DO REGIME DE CONDICIONAMENTO BEAM400 NO TRANSPLANTE AUTÓLOGO PARA DOENÇA DE HODGKIN Frederico Luiz Dulley, Valéria Buccheri, Rosaura Saboya, Fábio Luiz Coracin, Juliana Pereira, Carolina Ferreira Santos, Luis Klaus Alves da Rocha, José Ulysses Amigo Filho, Fernando Sergio Blumm Ferreira, Dalton de Alencar Fischer Chamone A quimioterapia de alta dose seguida por transplante autólogo de células tronco hematopoéticas (aTMO) demonstra eficácia e tolerabilidade para o tratamento da doença de Hodgkin. O status da doença ao transplante, sensibilidade à quimioterapia, Índice Prognóstico Internacional (IPI) têm sido identificados como fatores preditivos de resultados em pacientes com linfomas agressivos e recorrentes. O impacto dos diferentes regimes de condicionamento, no entanto, ainda é incerto e estão sendo estudados para identificar um esquema com máxima atividade antitumoral, porém que apresente toxicidade tolerável. Estes regimes geralmente utilizam altas doses de quimioterapia, com efeito anti-linfoma. Um destes regimes associa altas doses de carmustina, etoposite, citarabina e melfalano (regime BEAM), cuja toxicidade está bem definida na literatura. O objetivo deste estudo é comparar as toxicidades do regime de condicionamento BEAM400 realizado com dose única diária (n=13) com a toxicidade do

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esquema de dose dividida 2 vezes por dia (n=20). Foram analisados retrospectivamente 33 prontuários de pacientes portadores de doença de Hodgkin (DH) submetidos à alta dose de quimioterapia constituído por BCNU (carmustina) 400 mg/m2 (D-6), citarabina 400 mg/m2 (D-5 ao D-2), etoposide 400 mg/m2 D-5 ao D-2) e melfalan 140 mg/m2 (D-1) seguida de transplante autólogo de células tronco hematopoéticas entre setembro/2008 e fevereiro/2010. A amostra compreendeu 16 pacientes do sexo masculino e 17 do sexo feminino com mediana de idade de 28 anos (variação: 18-57). Todos os pacientes apresentaram o subtipo esclerose nodular ao diagnóstico. Os resultados mostraram que a divisão pela metade das doses de carmustina, etoposide e citarabina em 2 vezes ao dia foi factível reduzindo o número de re-internações pós transplante (p=0.05), porém, não mostrou diferença estatística em relação à ocorrência de mucosite (p=1.0), náusea/vômito (p=0.23) e diarréia (p=1.0). Os pacientes que foram submetidos ao regime de condicionamento BEAM400 mostraram sobrevida global de 93% durante o acompanhamento de 25 meses. Nos pacientes que receberam dose única diária a sobrevida foi de 100% enquanto aqueles que receberam dose dividida a sobrevida foi de 89% (p=0.23). Conclui-se que o regime de condicionamento com o regime BEAM400 foi bem tolerado pelos pacientes e os episódios de re-internação ocorreram com mais freqüência quando as quimioterapias eram

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administradas em dose única diária ao invés de 2 vezes ao dia. TL-182 - Busulfan12 e Melfalan100 seguido de transplante autólogo para pacientes com Mieloma Múltiplo: análise de 202 pacientes. Rosaura Saboya, Fábio Luiz Coracin, Gracia Aparecida Martinez, Camila da Cruz Gouveia Linardi, Luis Klaus Alves da Rocha, Fernando Sergio Blumm Ferreira, Jose Ulysses Amigo Filho, Dalton de Alencar Fischer Chamone, Frederico Luiz Dulley O tratamento do mieloma múltipo (MM) com alta dose de quimioterapia seguida de transplante autólogo tem mostrado melhora na sobrevida, porém, a maioria dos pacientes apresenta progressão da doença após o transplante. O objetivo deste estudo foi avaliar o regime de condicionamento com Busulfan 12mg/kg e Melfalan 100mg/m² no tratamento do MM considerando as toxicidades, pega medular e sobrevida dos pacientes. No período de agosto de 1999 a agosto de 2009, 202 pacientes com MM foram submetidos ao transplante autólogo e retrospectivamente analisados. Dos 202 pacientes, 100 eram do sexo masculino e 102 eram do sexo feminino com mediana de idade de 53,9 anos (variação: 33-71). Os subtipos eram IgG (n=142) sendo 108

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kappa e 34 lambda; IgA (n=24) sendo 18 kappa e 6 lambda; cadeia leve (n=9) sendo 5 kappa e 4 lambda; não secretores (n=16) e não informado (n=10). O estadio Durie-Salmon ao diagnóstico foi I em 5 pacientes, II em 62, III em 124 pacientes e não informado em 11 pacientes. O estádio segundo o ISS foi I em 30 pacientes, II em 78, III em 18 pacientes e não informado em 76 pacientes. A resposta ao tratamento do MM mostrou que 128 pacientes estavam em resposta parcial muito boa, 71 em resposta parcial e 3 estavam com doença em progressão. O tempo do diagnóstico ao TCTH foi <12 meses em 111 pacientes, >12 meses em 81 e não avaliável em 10 pacientes. O número de tratamentos prévios foi de até 2 esquemas em 170 pacientes e mais do que 2 esquemas em 32 deles. As células tronco foram mobilizadas com ciclofosfamida 120mg/Kg. A fonte de células foi periférica em 198 pacientes e medula óssea em quatro. A mediana da coleta de células totais foi de 7,0x108/kg (variação: 2,98-30,4) e CD34 de 5,01x106/kg (variação: 2,1-46). Todos os pacientes apresentaram enxertia de neutrófilos com mediana de 14 dias (variação: 9-32) e plaquetária com mediana de 23 dias (variação: 13 – 99). Foi observada mucosite grau I em 182 pacientes, grau II em 17 e grau III em 3 pacientes. Em agosto de 2009, dos 202 pacientes, 154 (76,2%) estavam vivos, sendo 135 (67,3%) em remissão parcial muito boa e

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19 (9,4%) com doença. Quarenta e oito (23,7%) dos 202 pacientes foram a óbito, sendo 28(13,8%) por recaída, 14 (6,9%) por infecção e 6 (2,9%) por outras causas. Os resultados mostraram que o tratamento do mieloma múltiplo com o protocolo Bu12Mel100 seguido de transplante autólogo foi viável, com baixa toxicidade, apresentando boa sobrevida.

TL-183 - ANÁLISE DOS CONTATOS COM OS DOADORES VOLUNTÁRIOS DE MEDULA ÓSSEA

Autor(es):

Virgínia Pires1, Joseli C de Moura1, Rafael de L Jaccoud1, Mírian Baron1, Ítala Colho M Ferreira1, Luís Fernando da S Bouzas1,2

Instituição(ões): 1. REDOME-REREME, Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula óssea, Rua do Resende, nº195, Centro, Rio de Janiero - RJ 2. CEMO-INCA, Centro Nacional de Transplante de Medula Óssea, Praça da Cruz Vermelha,nº23, 7º andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ 20220130

Resumo: INTRODUÇÃO: O REDOME conta com aproximadamente 1500000 doadores cadastrados. Este número reflete o comprometimento da população brasileira com a causa da doação de medula óssea (MO) para pacientes que necessitam de um transplante. Apesar deste número, nem sempre é possível localizar todos os doadores selecionados para um determinado paciente. OBJETIVO: Contactar os doadores de MO selecionados; verificar a receptividade destes doadores para o processo de doação e identificar possíveis causas para o “não-contato”.

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METODOLOGIA: O contato com os doadores é realizado através de: 1- ligação telefônica para o(s) telefone(s) do doador; 2- se o contato não foi possível, ligação para as pessoas indicadas; 3- após três dias, sem contato telefônico, um telegrama é enviado para o doador. Depois de 15 dias sem nenhum contato o doador é considerado como indisponível. RESULTADOS: Analisamos 220 contatos realizados de janeiro de 2009 a abril de 2010. Destes 179 doadores (81,36%) foram receptivos para continuarem no processo. Trinta e três (15%) foram considerados indisponíveis e o principal motivo apontado foi o cadastro inadequado (com informações incompletas ou contraditórias). Oito doadores (3,64%) foram afastados, os motivos apontados foram: identificação de uma doença que impossibilite a doação, alegação de desconhecimento do cadastro, falta de informação sobre o processo e a solicitação para a retirada do cadastro do REDOME. DISCUSSÃO: Apesar do percentual elevado de doadores receptivos ao processo de doação, um percentual elevado (15%) foi considerado indisponível, um motivo sério foi identificado. Embora seja importante uma análise mais detalhada do impacto dele nesse percentual, este cenário já permite a identificação de algumas necessidades. Uma delas esta relacionada às campanhas, onde se faz necessário o estabelecimento de critérios mais adequados para a sua realização e a seleção de pessoas com conhecimento mínimo que possibilitem o fornecimento de explicações claras sobre o processo de transplante. A outra é relativa ao cadastro dos doadores, onde é importante o preenchimento de todos os campos, com informações completas e de maneira legível. Com relação aos doadores afastados, embora o percentual possa ser considerado pequeno, ele aponta para alguns problemas relevantes que necessitam de atenção e que também estão relacionados com a qualidade da informação fornecida por ocasião do cadastro. CONCLUSÃO: Nossos dados demonstram: a necessidade de um cadastro de doadores adequado; a necessidade de atualização dos cadastros já feitos; a necessidade de campanhas melhor estruturadas, para o cadastro de doadores.

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TL-184 - RELATO DE EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS COM CATETER INTRACATH DUPLO LÚMEN EM TRANSPLANTE DE CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOÉTICAS AUTÓLOGAS.

Autor(es):

Eluiza Antonieta Moretto, Simone Adorno, Gisl

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aine Cristina Lopes de Mello, Grasiele Maria Souza, Vanessa

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de Pádua Oliveira Pereira, Josiane Marini, Juliana da Silva

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Pereira, Regina Célia Silva, Fabiane Bis Caetano, Livia Cris

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tina Ferreira de Oliveira

Instituição(ões):

1. HC Barretos, Hospital de Câncer

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de Barretos - Fundação Pio XII, Antenor Duarte Vilela, 1331

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Resumo: Introdução: No TCTH (Transplante de células – tronco Hematopoéticas) é utilizado um cateter venoso central semi-implantado de longa permanência – Hickman – nosso serviço utilizou um cateter simples tipo intracath de duplo lúmem em transplante de células-tronco hematopoéticas autólogas. O objetivo deste estudo é mostrar a experiência do uso deste cateter e as complicações.Métodos: Trata-se de um estudo exploratório prospectivo, para a coleta de dados elaborou-se um instrumento de indicador comparativo do serviço. A amostra constituiu-se por 17 pacientes, que realizaram TCTH autólogas no período de novembro de 2009 à março de 2010. O serviço de transplante de células-tronco hematopoéticas do Hospital de Câncer de Barretos – Fundação Pio XII é composto por 4 leitos onde se realiza em média de 4 transplantes ao mês.Resultados e Discussão: Foram realizados 17 transplantes autólogos com o uso do CVC (cateter venoso central) simples, sendo três Linfomas de Hodgkin (LH), sete Mieloma Múltiplo (MM), três Leucemia Mielóide Aguda (LMA) e quatro Linfomas não – Hodgkin. O cateter foi inserido na admissão do paciente até a alta hospitalar, tendo uma média de permanência de 15 dias, neste período não foi observado complicações como: perda de cateter, infecção/sepse, obstrução, TVP (trombose venosa profunda).Conclusão: Observamos no presente estudo que este cateter é viável no Transplante de Células – Tronco Hematopoéticas, contudo nossa experiência foi satisfatória e manteve a qualidade da assistência prestada. TL-185 - REGRESSÃO DE PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA TROMBÓTICA (PTT) EM PACIENTE

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SUBMETIDO À PLASMAFÉRESE TERAPÊUTICA: RELATO DE CASO - EXPERIÊNCIA DO INSTITUTO DE HEMATOLOGIA DO NORDESTE (IHENE).

Autor(es):

SHEILA RAPOSO GALINDO, ADRIANA BARROS DE LIMA ARAUJO, CLEMEN

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TE TAGLIARI, ILKA ROSÁRIO LIMA DE ABREU, RANIELLY ROCHA, ADELE BEZERRA, MIC

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HELE CÉZAR

Instituição(ões):

1. IHENE, Instituto de Hematologia do Nordeste, RUA TABIRA, 54; BOA VISTA

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; CEP 50050330

Resumo: Introdução:A púrpura trombocitopênica trombótica(PTT)é uma doença rara e fatal que deve ser diagnosticada e tratada a fim de se obter melhor resposta terapêutica. A incidência aproximada é de 3,7 casos para 1.000.000 habitantes.As mulheres são mais afetadas do que os homens com uma incidência quase 2 vezes superior. Caracteriza-se por uma pêntade clássica constituída por anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia, alterações neurológicas, insuficiência renal e febre. Estes sintomas estão relacionados à presença de trombos ricos em plaquetas e fator de von Willebrand na microvasculatura do organismo e associados com a deficiência funcional grave da ADAMTS 13.Material e Métodos: Estudo retrospectivo de caráter descritivo e qualitativo. Relato de PTT tratada com 20 sessões de plasmaférese terapêutica com troca de 1 volemia plasmática por sessão através de Cateter DL,reposição com plasma fresco e balanço 100%, abrangendo o período de 01/05 a 06/05/2010. Utilizou-se o equipamento da COBE SPECTRA. Os dados foram obtidos a partir do livro de registros de aférese.Resultados: JCSF, masculino, 55anos, branco, foi admitido na UTI por rebaixamento do nível de orientação com significativa agitação, desorientação, alucinações, palidez cutânea mucosa, anemia e IRA. Exames iniciais: O+; Hb=8,5g/dl; Hem= 3.19 milhões/UL; Ht=25,2%; leuc=29.800x109/L; plaq=78.000x109/L; DHL=2188

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UI/L;Fib=318. A partir da 5a sessão percebe-se uma melhora importante no quadro de agitação, algo desorientado sem alucinações. Exames: Hem= 3,72 milhões/UL; Hb=12,3g/dl; Ht=36%; leuc=8.800x109/L; plaq=184.000x109/L e DHL=786UI/L. Após a 10a sessão exames revelaram:Hb=8,5g/dl;Hem=4.02milhões/UL; Ht=39%; leuc=13.100x109/L; plaq=187.000x109/L; DHL=573 UI/L; Fib=382; apresentando EGR, consciente, algo desorientado, deambulando. Após a 20a sessão: Hem= 3.1milhões/UL; Ht=30%; leuc=8.200x109/L; plaq=223.000x109/L; DHL=454 UI/L; apresentando EGB, consciente, orientado, deambulando. O tratamento iniciou com plasma fresco de horário (8/8h) até a introdução da plasmaférese com uso de metilpredinisolona associado ao procedimento.Conclusão: Os resultados evidenciam que a plasmaférese terapêutica deve ser iniciada precocemente com a reposição de plasma fresco, o procedimento foi efetivo na obtenção de remissão neste paciente com quadro agudo e grave de PTT, a plasmaférese terapêutica continua sendo o tratamento de escolha inicial, permitindo melhorar o prognóstico do paciente com PTT. TL-186 - ASSOCIAÇÃO DE GENES DE CITOCINAS E TUBERCULOSE PULMONAR

Autor(es):

Erika Noda Noguti1, Ja

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queline Yumi Tanaka1

, Cleonice de Fátima de Souza1, Jeane Eliete Laguila Visentainer1, Maria Luiza Petzl-Erler2, Rosilene Fressatti

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Cardoso1, Luiza Tamie Tsuneto1

Instituição(ões):

1. UEM, Universidade Estadual de Maringá, Av. Colombo, 5790 2. UFPR, Universidade Feder

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al do Paraná, Centro Politécnico

Resumo: Estudos clínicos, epidemiológicos e imunogenéticos têm estabelecido que a tuberculose (TB) é uma doença multifatorial cujo desenvolvimento e história natural é devido à interação de fatores ambientais e dependente de uma pré-disposição genética do hospedeiro. Estudos genéticos apresentam que a tuberculose está acompanhada por um desequilíbrio na produção de citocinas reguladoras. São vários os estudos que investigam a associação de genes relacionados à TB, porém nenhum deles apresentou fortes evidências com algum gene. Nesse estudo foram investigados polimorfismos únicos (SNPS) em diferentes posições imunoreguladoras das citocinas TNFA-308; TGFB+869; TGFB+915; IL10-1082; IL10-819; IL10-592; IL6-174; IFNG+874. A genotipagem de 65 pacientes com tuberculose e 108 indivíduos controles foram realizadas pelo método de PCR-SSP (Invitrogen) cujas freqüências alélicas e genotípicas foram obtidas por contagem direta. As frequências absolutas foram comparadas entre os grupos através de uma tabela de contingência 2x2. O valor de P foi estimado através do teste exato de Fisher, com nível de significância menor que 0,05. Freqüências genotípicas de todos os locos estão distribuídas de acordo com as expectativas do equilíbrio de Hardy-Weinberg. As freqüências

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alélicas das citocinas do grupo controle foram comparadas com diferentes populações brasileiras nenhuma diferença significativa foi observada. Nesse estudo nenhuma diferença significativa foi observada nas freqüências genotípicas entre pacientes com tuberculose e o grupo controle. No entanto, biologicamente é bastante plausível que os genes reguladores das citocinas tenham um papel crucial na evolução da tuberculose. As associações verificadas nesse estudo entre os genes das citocinas e o risco de desenvolver a tuberculose não foram significativas. TL-187 - Desfecho Sócio-econômico do paciente pós 5 anos de Transplante de Médula Òssea

Autor(es):

Ana Claudina Conduta Candelaria, Mair Ped

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ro de Souza, Maria Isabel Teixeira Galvão, Marcos Augusto Mauad, Vergilio Ant

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onio Rensi Colturato

Instituição(ões):

1. HAC, Hospital Amaral Carvalho, Rua Dona Silveria, 15

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0 - Jaú-SP

Resumo: INTRODUÇÃO O Transplante de Medula Óssea (TMO) tem sido uma das alternativas para cura de algumas doenças hematologicas. No entanto a vida do paciente pode ser modificada totalmente, muitos são obrigados a mudar de Estado para realizarem o tratamento, deixarem os empregos e muitos devido a complicações do TMO, são obrigados a requerer a aposentadoria por invalidez, esses geralmente pacientes que apresentam doença do enxerto versus hospedeiro (DECH) aguda ou crônica. OBJETIVO Avaliar o impacto do TMO na vida laborativa e social dos pacientes submetidos a Transplante de Medula Óssea, com sobrevida superior a 5 anos. MATERIAL E MÉTODO Serão analisados os pacientes que realizaram Transplante de Medula Óssea alogênico aparentado no centro de transplantes de medula óssea do Hospital Amaral Carvalho - Jaú / SP, no ano de 2005, em amostragem aleatoria. RESULTADOS E DISCUSSÃO No ano 2005, foram realizados, no Hospital Amaral Carvalho, 94 transplantes alogênicos aparentados. Analisamos, aleatoriamente, 32(60%) pacientes que estavam trabalhando e 8 (25%) que estavam estudando, quando diagnosticada a doença que motivou o transplante. Entre os pacientes com taxa de sobrevida superior a 5 anos, observamos que 17(53%) voltaram às suas atividades laborativas. A ocorrência de DECH extensa mantém 14(43%) pacientes afastados do trabalho, aguardando melhora para alta médica. Observamos também 4 (12%) que pacientes estão em regime de BPC (Beneficio de Prestação Continuada), concedido pelo Estado, seguindo regras pré

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estabelecidas, para a seguridade social. Já entre os 8(25%) pacientes com idade abaixo de 21 anos, mesmo portadores da DECH - 2 (25%) pacientes e recidiva - 3 ( 37% ), todos voltaram às suas atividades escolares. CONCLUSÃO Concluímos com este estudo que o TMO alogênico aparentado, bem sucedido, pode não ser obstáculo para a volta do paciente na vida social e a equipe deve estar atenta para colaborar com o retorno a vida plena. TL-188 - AVALIAÇÃO DE DOADORES VOLUNTÁRIOS NÃO APARENTADOS QUE EFETUARAM A COLETA DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS (CTH)

Autor(es):

Carlos Alberto E Adão1

, Ítala Co

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elho M Ferreira1

, Mírian Baron1

, Iracema Salatiel1

, Virgínia Pi

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res2

, Luís Fernando da S Bouzas1

,

2 Instituição(ões):

1. REDOME, Regisrro nacional d

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e Doaodores Voluntários de Medula òssea, Rua do Resende. nº195

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, Centro, Rio de Janeiro - RJ 2. CEMO-INCA, Centro Nacional de Tra

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nsplante de Medula Óssea, Praça da Cruz Vermelha, nº23, 7º andar

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, Centro, Rio de Janeiro

Resumo: INTRODUÇÃO: Desde o 1º Transplante de Células Tronco Hematopoéticas (TCTH) até dez/2009 foram realizados 275 transplantes com doadores do Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME). Iniciamos um projeto de acompanhamento dos doadores após o TCTH. A primeira etapa consiste em uma avaliação parcial desses. OBJETIVOS: Avaliar o desempenho das equipes do REDOME, dos Centros Transplantadores (CTx), e avaliar o doador sob alguns aspectos. METODOLOGIA: Selecionamos aleatoriamente 100 doadores para serem entrevistados. A entrevista foi realizada utilizando um questionário com 11 perguntas, através de ligação telefônica nos meses de dez/2009 e abril-maio/2010. As perguntas foram agrupadas e analisadas de acordo com a similaridade do objetivo. Uma escala de 0 (muito Ruim) a 10 (muito Bom) foi utilizada para avaliar o atendimento das equipes. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise dos questionários apresentou os seguintes dados: em relação à fonte de divulgação para cadastro de doador, 48% foram através dos hemocentros. Estes dados demonstram a importância

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dos hemocentros no esclarecimento e captação de doadores. Os cadastros foram efetuados em 55 cidades. Dentre os 13 CTxs, onde foram realizadas coletas de CTH, HC-UFPR, CEMO-INCA, HC-FMUSP e HAC-JAÚ foram responsáveis por 62% das coletas. Este dado nos mostra a discrepância existente entre o nº total de CTx e o nº dos que realizam a coleta de CTH, sugerindo que medidas devam ser tomadas para reverter esta situação. Quanto à fonte de CTH, 87% foi Medula Óssea. Com relação ao doador, 66% eram homens e 34% mulheres. A média de afastamento do trabalho foi de 08 dias. Este tempo médio é satisfatório considerando fatores como tempos de internação e deslocamento entre o domicílio e o CTx, por exemplo. O processo de doação foi avaliado como excelente por 86% dos doadores. Com relação ao atendimento, 95% atribuíram entre 8 e 10 ao REDOME, 98% entre 8 a 10 aos HEMOCENTROS e aos Centros de coleta /CT 92% entre 08 e 10. Dos doadores entrevistados 98% voltariam a doar. CONCLUSÃO: As informações coletadas nesta pesquisa permitirão uma melhora no acompanhamento dos doadores pós-TCTH e também o aprimoramento das equipes envolvidas em todo o processo de doação. TL -189 - Qualidade de Vida da família de crianças e adolescentes com câncer submetidos ao Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH) Autor(

Adriana Maria Duarte1,2, Ana

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es):

Luiza Lopes Salerno2, Francyane Costa Santos2, Aline Teixeira dos Santos2

Instituição(ões):

1. IOP/GRAACC/UNIFESP, Instituto de Oncologia Pediátrica, Rua Botucatu, 743 2. UNIP, Universidade Paulista, Rua Amazonas da Silva, 737

Resumo: O Transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é um tratamento que traz muitas mudanças para o cotidiano familiar, pois é complexo, longo e exige dos envolvidos uma grande dedicação durante todo o processo terapêutico. É encarado pela família como uma oportunidade cercada de esperança para a cura do câncer da criança/adolescente. Apesar disso, a reestruturação familiar exigida para o enfrentamento desta nova realidade altera sua rotina e, conseqüentemente, sua qualidade de vida. O presente estudo possui como objetivo compreender a Qualidade de Vida da família após o Transplante de Células Tronco Hematopoiéticas (TCTH) da

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criança/adolescente com câncer. É um estudo do tipo descritivo exploratório de abordagem qualitativa, do qual participaram seis membros de três famílias de crianças/adolescentes submetidos ao TCTH. A coleta de dados foi realizada através da entrevista semi-estruturada, numa instituição de referência no tratamento do câncer infanto-juvenil, na qual foram abordados aspectos relevantes que interferem na Qualidade de Vida da família. Os dados foram analisados segundo o referencial metodológico de Análise de Conteúdo. Após a análise dos dados, foi possível agrupá-los em categorias temáticas que apreendem os principais significados da temática estudada, como: impacto na organização familiar; reorganização social e financeira; redes de suporte; repensando o futuro; convivendo com a nova realidade. Todos estes aspectos influenciam diretamente na avaliação da Qualidade de Vida das famílias de crianças/adolescentes submetidos ao TCTH. Identifica-se que a Qualidade de Vida das famílias torna-se mais satisfatória conforme o tempo pós TCTH aumenta, e é avaliada como uma situação melhor quando comparada ao período anterior ao TCTH. A equipe de enfermagem está muito ligada a todo processo de tratamento, e muito próxima a família, sendo indispensável seu conhecimento científico e visão humanística para o atendimento desta. A partir disto, acreditamos que a Enfermagem possui autonomia para criar estratégias dentro da sua realidade, seja ela qual for, para promover um atendimento qualificado e digno à família, almejando o sucesso do tratamento e, conseqüentemente, a melhoria de sua Qualidade de Vida. TL-190 - OS LIMITES DOS DIREITOS SOCIAIS AOS PACIENTES COM

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DOENÇAS HEMATOLÓGICAS BENIGNAS SEVERAS E IMUNODEFICIÊNCIAS NO TCTH.

Autor(es):

ALICE GALLEZ DE OLIVEIRA1,1,1

, MARGARETH VIANNA DE SOUZA1,1

,1, CLAUDIA LOIVOS E. ALVES1,1

,1, LUIS FERNANDO BOUZAS1

,1,1 Instit

1. INCA/CEMO/RJ

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uição(ões):

, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, Praça da Cruz Vermelha, nº23 - 7ºandar- Centro/RJ- Brasil 2. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, Praça da Cruz Vermelha, nº2

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3 - 7ºandar- Centro/RJ- Brasil

Resumo: INTRODUÇÃO: Este trabalho propõe apresentar os limites dos direitos sociais aos pacientes com doenças hematológicas benignas severas e imunodeficiências no Transplante de Células - Tronco Hematopoéticas –TCTH. OBJETIVOS: Fomentar a discussão referente à ampliação dos direitos sociais aos pacientes com diagnóstico de doenças hematológicas benignas severas e imunodeficiências, a partir dos atendimentos realizados. Destacar as contradições na legislação vigente que excluem pacientes com doenças crônicas não malignas, com indicação de TCTH, do rol dos direitos sociais. METODOLOGIA: A partir da vivência do cotidiano do Serviço Social no cenário do TCTH, foi observado que, nos casos de diagnósticos não malignos, não existem mecanismos legais que respaldem a garantia dos direitos sociais. Como por exemplo, o saque do FGTS, PIS/PASEP (lei federal), o passe municipal do Rio de Janeiro (lei municipal). Contrapondo a lei vigente, portadores de neoplasia maligna, tem abrangência garantida no contexto da lei, exceto no acesso a gratuidade no transporte coletivo no município do Rio de Janeiro, que contempla somente os transplantados. Esta peculiaridade dificulta a adesão ao tratamento, precarizando as condições de vida e saúde dos usuários. CONCLUSÃO: Percebemos que a legislação vigente apesar de “abranger” o portador de doença crônica na rede de proteção social, muitas vezes “exclui” cidadãos em situação de adoecimento, embora com doenças benignas severas

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graves, com indicação transfusional e de transplante. Sendo assim, em se tratando de tratamento de alta complexidade (TCTH) a situação socioeconômica influencia diretamente na continuidade e acompanhamento do paciente. Buscamos com esta reflexão ampliar e contemplar na discussão a inclusão destes usuários, enquanto cidadãos, em lei específica. TL-191 - MUCOSITE ORAL EM TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA: PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS

Autor(es):

Josely Santana Amorim1, Carla Silva Souza2, Kelen Cristina Silva2, Monica Soa

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res Ribeiro2

Instituição(ões):

1. HC / UFMG, Hospital das Clinicas da Universidade Federal de Minas Gerai, Rua Professor Alfredo Balena 160 B

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airro Santa Efigenia - Belo Horizonte MG 2. UNIFENAS, Universidade José do Rosário Vellano, Rua Boaventura 50 Bairro Unive

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rsitário - Belo Horizonte MG

Resumo: Introdução,/b> A prática baseada em evidências vem integrar a experiência clínica individual à melhor evidência externa disponível a partir da pesquisa sistemática, a experiência engloba o conhecimento e o julgamento provenientes da prática clínica, e as evidências externas provêm da pesquisa clínica sistemática, desta forma, torna-se necessário o equilíbrio da experiência clinica individual e da evidência clinica externa, pois, nenhuma sozinha é suficiente. A mucosite que vem descrever o processo inflamatório da mucosa oral, induzida pelo tratamento quimioterápico ou radioterápico pelo transplante de medula óssea. O transplantado com mucosite oral deve ser avaliado diariamente para que se possa definir o grau de toxicidade e a terapêutica adequada. Objetivo: Descrever as intervenções assistenciais do enfermeiro ao paciente submetido ao transplante de medula óssea, acometido por mucosite oral oral e identificar os níveis de evidências e graus de recomendações das intervenções de enfermagem aplicadas. Metodologia: Trata-se de estudo de revisão sistemática voltada para as intervenções do enfermeiro no cuidado ao paciente transplantado de medula óssea acometido por mucosite oral. A amostra foi composta de 06 estudos referentes ao período de 2001 a 2009, no idioma português e inglês. As publicações foram analisadas e identificadas os níveis de evidências e grau de

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recomendação segundo Bork ⟨2005a⟩. Resultados: Dentre as intervenções encontradas podem citar: a higiene oral, o uso de medicamentos, a consulta de enfermagem, as medidas de conforto, a nutrição parenteral e a crioterapia. Discussão:O estudo revelou que as publicações analisadas continham intervenções de enfermagem diretas e indiretas juntamente com outros profissionais da área da saúde, que atuavam visando o tratamento e prevenção das lesões em nível de mucosa oral. Conclusão: Nota-se que a literatura aponta para a necessidade de se oferecer cuidados específicos aos pacientes submetidos ao transplante de medula óssea, pode-se observar que os estudos referentes à assistência de enfermagem apesar de serem poucos alcançam um grau de recomendação e nível de evidências desejáveis, o que fundamenta as principais intervenções de enfermagem. TL-192 - ACREDITAÇÃO HOSPITALAR EM TCTH: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA ENFERMAGEM NO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO EM UMA UNIDADE DE TRANSPLANTE

Autor(es):

Rita de Cassia Machado T

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orres, Ana Maria Gualberto dos Santos, Simone Carreiro Brasil, Luis Fernando da Silva Bouzas

In

1. IN

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stituição(ões):

CA/CEMO, Instituto Nacional do Câncer / CEMO, Praça da Cruz Vermelha Nº 23

Resumo: INTRODUÇÃO: Na área de saúde os avanços tecnológicos trouxeram modificações importantes nas atividades e nos processos assistenciais, gerenciais e de ensino. Neste contexto a Acreditação Hospitalar (A.H) emerge como um conjunto de

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tecnologias gerenciais que possibilitam a melhoria da assistência, pois propõe uma avaliação sistemática para determinar o cumprimento de uma série de padrões criados para aperfeiçoar a segurança e a qualidade do cuidado em saúde. Enquanto ferramenta de avaliação e de gestão da qualidade em saúde, na enfermagem, a A.H se insere a partir da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), que se apresenta como um processo organizacional, no qual o enfermeiro gerencia e otimiza a assistência de forma organizada e segura. OBJETIVOS: Relacionar os processos gerenciais de Certificação de Programas de Doenças Malignas e Benignas que Requerem TMO, com a implementação da SAE. METODOLOGIA: Relato da experiência vivenciada pela equipe de enfermagem com a A.H, relacionando-o com o processo de implantação da SAE. Cenário-Unidade de TMO de instituição pública oncológica situada no RJ. RESULTADOS: A partir da constatação da estreita relação existente entre alguns padrões requeridos pela A.H e a implementação da SAE, coube a gerência de enfermagem a elaboração de um projeto que foi incluído no sistema de planejamento institucional, que após aprovação viabilizou a capacitação dos enfermeiros assistenciais para aplicação do processo. Com os enfermeiros envolvidos, foram instituídas Reuniões Clínicas de Enfermagem, diárias, envolvendo os profissionais de enfermagem, na discussão dos casos clínicos com identificação de diagnósticos de enfermagem (Taxonomia da NANDA), e formulários relacionados à SAE. Os próximos passos deste processo consistem na disseminação do instrumento de avaliação inicial de enfermagem em módulo informatizado e o desenvolvimento das etapas subseqüentes do processo de enfermagem. CONCLUSÃO: Considerando o movimento de qualidade instaurado

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nas instituições de saúde em nível internacional através da A.H identificamos que uma instituição que tenha a SAE aplicada corretamente, certamente estará em conformidade com a maioria dos padrões internacionais preconizados pelas agências certificadoras, e baseados no Relatório de Achados da Revisão de Certificação, verificamos conformidade e conformidade parcial nos seguintes padrões: acesso e continuidade do cuidado, avaliação dos pacientes, cuidados aos pacientes, gerenciamento e uso de medicamentos, educação de pacientes e familiares, melhoria da qualidade e segurança do paciente, prevenção e controle de infecções e gerenciamento da comunicação e da informação; consolidando uma prática de enfermagem científica pautada nos preceitos da segurança e da qualidade do cuidado. Essa é a nossa meta uma vez que somos a primeira Unidade de TMO certificada pela JOINT COMMISSION INTERNATIONAL. TL-193 - NÚMERO DE CÉLULAS CD34+/KG INFUNDIDAS EM PACIENTES COM MIELOMA MÚLTIPLO: HÁ RELAÇÃO COM O TEMPO DE ENXERTIA?

Autor(es):

Livia Cristina Ferr

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eira de Oliveira, Simone Adorno, Grasiela Maria de Souza, Sílvi

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o Lemos Gonçalves, Iara Zaparoli Gonçalves, Eluiza Antonieta Mo

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retto, Nixon Ramos da Silva, Rafael Silva Cardoso, Alessandra De

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grande Petta, Vanessa Almeida Pádua

Instituição(ões):

1. HC Barretos, Fundação Pio

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XII, Rua Antenor Duarte Villela, 1331

Resumo: INTRODUÇÃO: O transplante de células progenitoras hematopoéticas de sangue periférico (TCPHSP) tem se tornado o tratamento de escolha para muitas doenças que afetam a produção da célula tronco e elementos do sistema imunológico, como exemplo, temos o mieloma múltiplo (MM). Para realizar um TCPHSP, o Hospital de Câncer de Barretos, inicialmente, objetiva a coleta de 5 x 10 6 células cd34+/kg/paciente. Segundo a literatura, acredita-se que quanto maior o número de CPH (células progenitoras hematopoiéticas) infundidas mais rápida é a enxertia (1.000mm³). Neste trabalho levantamos a correlação entre o número de células CD34+

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infundidas e o tempo de enxertia, comparando com a literatura existente.MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados dados de 15 pacientes com mieloma múltiplo (MM) que foram submetidos à mobilização de células progenitoras hematopoiéticas de sangue periférico somente com G-CSF (Fator de crescimento das colônias de granulócitos) no Hospital de Câncer de Barretos no período de Janeiro 2009 a Abril 2010. Os dados foram levantados através de registros de coletas de aférese e registros do TMO (Transplante de Medula Óssea).RESULTADOS: Ao relacionarmos a quantidade de células CD34+ infundidas com o tempo da enxertia, observou-se que n=9 dos pacientes transplantados com um número maior que 5x10 6 células CD34+/Kg/paciente tiveram a enxertia em média no 10º dia e n=6 pacientes com infusão de CD34+ menor que 5x10 6 células CD34+/Kg/paciente apresentaram enxertia em média no 11ºdia.CONCLUSÃO: Dentro da amostragem avaliada e o período de tempo levantado observa-se que não houve correlação entre o tempo menor da enxertia com um número maior de células de CD34+ infundidas. Porém faz-se necessário fazer um estudo com um período maior de tempo e com um número maior de pacientes. TL-194 - ANÁLISE DO DISCURSO DE PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS (TCTH): RELATOS DE VIVÊNCIAS. Autor

JULIANA SOBR

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(es):

AL DE OLIVEIRA1,1,1

, Erika PALLOTTINO1,1,1

, ANA CRISTINA MONTEIRO WAISSMANN1,1,1

, LUIS FERNANDO BOUZAS1,1,1

, ALEXANDRE MELLO DE AZEVEDO1,

1,1 I 1.

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nstituição(ões):

INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA, 23- 7º ANDAR- CENTRO/RJ- BRASIL 2. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂ

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NCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA, 23- 7º ANDAR- CENTRO/RJ- BRASIL 3. INCA/CEMO/RJ, INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, PRAÇA DA CRUZ VERMELHA, 23- 7º

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ANDAR- CENTRO/RJ- BRASIL

Resumo: Introdução: O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é considerado uma modalidade terapêutica complexa, de modo que a sobrevida após a sua realização depende de diversos fatores não só clínicos como também psicológicos e sociais. A complexidade do tratamento e seus possíveis efeitos colaterais demandam a continuidade de cuidados e causam impactos e danos à vida do paciente, exigindo mudanças de atitudes e readaptações cotidianas. Considera-se que a assistência a pacientes submetidos ao TCTH requer atenção aos aspectos biopsicossociais. OBJETIVOS: Investigar de que forma o TCTH afetou e modificou a vida de pacientes submetidos a este procedimento, do ponto de vista psíquico, emocional e social; 2) identificar e realizar um levantamento de possíveis seqüelas cognitivas, psíquicas e comportamentais nestes pacientes. Material e métodos: Trata-se de uma pesquisa qualitativa/descritiva, realizada no período de maio de 2010 a maio de 2012, em uma Unidade de TCTH de um hospital público federal do Rio de Janeiro. Os critérios de inclusão para participação na pesquisa são: pacientes submetidos ao TCTH alogênico e que tenham entre um e cinco anos de acompanhamento pós-TCTH. Participarão 30 pacientes alocados em dois grupos distintos, com 15 pacientes cada. O grupo 1 será composto por pacientes com idade entre 7 e 21 anos; o grupo 2 será composto por pacientes com idade entre 22 e 40

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anos. O instrumento utilizado para a coleta de dados será uma entrevista semi-estruturada, de acordo com roteiro previamente elaborado que abordará temas relacionados à história da doença, à visão do paciente quanto à doença e ao tratamento, dados sobre atividades cotidianas, escolaridade, trabalho, lazer, relacionamento familiar e social, alterações cognitivas e comportamentais, alterações do humor, do ciclo sono-vigília e da imagem corporal. As entrevistas serão realizadas individualmente e gravadas em áudio. Para a análise dos dados será utilizada a metodologia da Análise do Discurso, de modo a coletar os conteúdos que aparecem com mais freqüência nas entrevistas. Resultados: A hipótese da pesquisa é que os sujeitos de cada um dos grupos apresentarão em seus relatos questões e problemáticas similares entre si, de acordo com os seguintes temas: grupo 1: dependência de familiares e pessoas próximas nos cuidados relativos à recuperação pós-TCTH, alterações cognitivas e comportamentais, alterações no processo de crescimento e desenvolvimento; grupo 2: dificuldade de (re)inserção no mercado de trabalho, retraimento social, alterações da imagem corporal, restrições na realização de atividades cotidianas. Conclusões: A avaliação das mudanças ocorridas na vida dos pacientes submetidos ao TCTH, sob o ponto de vista destes, promove o aprimoramento dos cuidados na assistência e no segmento do tratamento com relação a aspectos biopsicossociais referentes à qualidade de vida. TL-195 - ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NO SISTEMA DE LIGAÇÃO NA UNIDADE DE TRANSPLANTE DE

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MEDULA ÓSSEA DA ISCMSP

Autor(es):

ANDREA SILVA, JULIANA SOBREIRA, PAULA TANAKA, RICARDO RABELO CHIATTONE, CARLOS SÉR

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GIO CHIATTONE, JOSE CARLOS BARROS

Instituição(ões):

1. ISCMSP, IRMANDADE SANTA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAUL

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O, RUA DR CEZARIO MOTA JR 112

Resumo: INTRODUÇÃO: Transplante de Medula Óssea (TMO) é um processo complexo, longo e agressivo, em que os pacientes vivenciam experiências dolorosas, tanto de ordem física quanto psicológica. Estes são submetidos a um longo período de internação, isolamento, rígido protocolo de rotinas, além dos efeitos colaterais do tratamento. A atuação da Psicologia enquanto sistema de ligação implica um contato de forma contínua, em que o psicólogo é membro efetivo da equipe. OBJETIVO: Caracterizar perfil sócio-demografico e avaliar prevalência de ansiedade e depressão dos pacientes internados na enfermaria do TMO da ISCMSP para realização do transplante. MÉTODOS E PROCEDIMENTOS: Estudo retrospectivo a partir da análise dos protocolos de avaliação psicológica de pacientes internados na enfermaria de TMO e análise do Inventário de Ansiedade e Depressão - HAD, no período de maio a dezembro/2008, sendo objetos deste estudo dados sociodemográficos e tratamento, e prevalência de ansiedade e depressão. RESULTADOS: Foram realizados 36 transplantes, 38% de pacientes com idade entre 18 a 30 anos, 53% sexo masculino, 67% casados e 41% ensino médio. A patologia mais freqüente Linfoma 41% seguido do Mieloma 36%,

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75% dos transplantes autólogos e 74% dos pacientes tinha menos de um ano de diagnóstico. Dos 36 pacientes 50% apresentaram valores representativos de ansiedade e 29% de depressão. CONCLUSÃO: O modelo de Ligação permite maior proximidade da realidade específica da Unidade de TMO o que possibilita a identificação do foco de atuação no período de internação. Percebe-se que faixa etária de maior prevalência é de jovens adultos, submetidos ao procedimento agressivo que é o TMO com menos de um ano de diagnóstico, apresentam índices significativos de ansiedade/ depressão, o que justifica a necessidade de atuação específica para a demanda existente. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: BOTEGA, N.R.(org). Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. Porto Alegre: Artmed, 2002.