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TÍTULO III - Das Normas Especiais de Tutela do Trabalho CAPÍTULO I – Das Disposições Especiais Sobre Duração e Condições de Trabalho Seção I – Dos Bancários Art. 224. A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana. __________ Nota: Redação dada pela Lei nº 7.430/85 __________ § 1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará compreendida entre sete e vinte e duas horas, assegurando-se ao empregado, no horário diário um intervalo de quinze minutos para alimentação. __________ Nota: Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67 __________ § 2º As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes ou que desempenhem outros cargos de confiança desde que o valor da gratificação não seja inferior a um terço do salário do cargo efetivo. __________ Nota: Redação dada pelo Decreto-lei nº 754/69 __________ Art. 225. A duração normal de trabalho dos bancários poderá ser excepcionalmente prorrogada até 8 (oito) horas diárias, não excedendo de 40 (quarenta) horas semanais, observados os preceitos gerais sobre a duração do trabalho. __________ Nota: Redação dada pela Lei nº 6.637/79 __________ Art. 226. O regime especial de 6 (seis) horas de trabalho também se aplica aos empregados de portaria e de limpeza, tais como porteiros, telefonistas de mesa, contínuos e serventes, empregados em bancos e casas bancárias. __________ Nota: Redação dada pela Lei nº 3.488/58 __________ Parágrafo único. A direção de cada banco organizará a escala de serviço do estabelecimento de maneira a haver empregados do quadro da portaria em função, meia hora antes e até meia hora após o encerramento dos trabalhos, respeitado o limite de 6 (seis) horas diárias. __________ Nota: Acrescentado pela Lei nº 3.488/58 __________ SEÇÃO II - Dos Empregados nos Serviços de Telefonia, de Telegrafia Submarina e Subfluvial, de Radiotelegrafia e Radiotelefonia Art. 227. Nas empresas que explorem o serviço de telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, de radiotelegrafia ou de radiotelefonia, fica estabelecida para os respectivos operadores a duração máxima de 6 (seis) horas contínuas de trabalho por dia ou 36 (trinta e seis) horas semanais. __________ Nota: Redação dada pela Lei nº 6.353/44 __________

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TÍTULO III - Das Normas Especiais de Tutela do Trabalho

CAPÍTULO I – Das Disposições Especiais Sobre Duração e Condições de Trabalho

Seção I – Dos BancáriosArt. 224. A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federalserá de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horasde trabalho por semana.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 7.430/85__________§ 1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará compreendida entre sete e vinte e duas horas,assegurando-se ao empregado, no horário diário um intervalo de quinze minutos para alimentação.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________§ 2º As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerência, fiscalização,chefia e equivalentes ou que desempenhem outros cargos de confiança desde que o valor da gratificação não sejainferior a um terço do salário do cargo efetivo.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 754/69__________Art. 225. A duração normal de trabalho dos bancários poderá ser excepcionalmente prorrogada até 8 (oito) horasdiárias, não excedendo de 40 (quarenta) horas semanais, observados os preceitos gerais sobre a duração dotrabalho.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 6.637/79__________Art. 226. O regime especial de 6 (seis) horas de trabalho também se aplica aos empregados de portaria e delimpeza, tais como porteiros, telefonistas de mesa, contínuos e serventes, empregados em bancos e casasbancárias.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 3.488/58__________Parágrafo único. A direção de cada banco organizará a escala de serviço do estabelecimento de maneira a haverempregados do quadro da portaria em função, meia hora antes e até meia hora após o encerramento dostrabalhos, respeitado o limite de 6 (seis) horas diárias.__________Nota:Acrescentado pela Lei nº 3.488/58__________

SEÇÃO II - Dos Empregados nos Serviços de Telefonia, de Telegrafia Submarina e Subfluvial, deRadiotelegrafia e RadiotelefoniaArt. 227. Nas empresas que explorem o serviço de telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, deradiotelegrafia ou de radiotelefonia, fica estabelecida para os respectivos operadores a duração máxima de 6(seis) horas contínuas de trabalho por dia ou 36 (trinta e seis) horas semanais.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 6.353/44__________

§ 1º Quando, em caso de indeclinável necessidade, forem os operadores obrigados a permanecer em serviçoalém do período normal fixado neste artigo, a empresa pagar-lhe-á extraordinariamente o tempo excedente comacréscimo de 50% (cinqüenta por cento) sobre o seu salário-hora normal.§ 2º O trabalho aos domingos, feriados e dias santos de guarda será considerado extraordinário e obedecerá,quanto à sua execução e remuneração, ao que dispuserem empregadores e empregados em acordo, ou osrespectivos sindicatos em contrato coletivo de trabalho.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 6.353/44__________Art. 228. Os operadores não poderão trabalhar, de modo ininterrupto, na transmissão manual, bem como narecepção visual, auditiva, com escrita manual ou datilográfica, quando a velocidade for superior a 25 (vinte ecinco) palavras por minuto.Art. 229. Para os empregados sujeitos a horários variáveis, fica estabelecida a duração máxima de 7 (sete) horasdiárias de trabalho e 17 (dezessete) horas de folga, deduzindo-se deste tempo 20 (vinte) minutos para descanso,de cada um dos empregados, sempre que se verificar um esforço contínuo de mais de 3 (três) horas.§ 1º São considerados empregados sujeitos a horários variáveis, além dos operadores, cujas funções exijamclassificação distinta, os que pertençam a seções de técnica, telefones, revisão, expedição, entrega e balcão.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 6.353/44__________§ 2º Quanto à execução e remuneração aos domingos, feriados e dias santos de guarda e às prorrogações deexpediente, o trabalho dos empregados a que se refere o parágrafo anterior será regido pelo que se contém no §1º do Art. 227 desta Seção.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 6.353/44__________Art. 230 - A direção das empresas deverá organizar as turmas de empregados, para a execução dos seus serviços,de maneira que prevaleça sempre o revezamento entre os que exercem a mesma função, quer em escalas diurnas,quer em noturnas.§ 1º Aos empregados que exerçam a mesma função será permitida, entre si, a troca de turmas, desde que isso nãoimporte em prejuízo dos serviços, cujo chefe ou encarregado resolverá sobre a oportunidade ou possibilidadedessa medida, dentro das prescrições desta Seção.§ 2º As empresas não poderão organizar horários que obriguem os empregados a fazer a refeição do almoçoantes das 10 (dez) e depois das 13 (treze) horas e a de jantar antes das 16 (dezesseis) e depois das 19:30(dezenove e trinta) horas.Art. 231 As disposições desta Seção não abrangem o trabalho dos operadores de radiotelegrafia embarcados emnavios ou aeronaves.

SEÇÃO III - Dos Músicos ProfissionaisArt. 232. Será de seis horas a duração de trabalho dos músicos em teatro e congêneres.Parágrafo único. Toda vez que o trabalho contínuo em espetáculo ultrapassar de seis horas, o tempo de duraçãoexcedente será pago com um acréscimo de 25% sobre o salário da hora normal.Art. 233. A duração normal de trabalho dos músicos profissionais poderá ser elevada até oito horas diárias,observados os preceitos gerais sobre duração do trabalho.__________Nota:Revogado pela Lei nº 3.857/60__________

SEÇÃO IV - Dos Operadores CinematográficosArt. 234. A duração normal do trabalho dos operadores cinematográficos e seus ajudantes não excederá de 6(seis) horas diárias, assim distribuídas:a) 5 (cinco) horas consecutivas de trabalho em cabina, durante o funcionamento cinematográfico;b) 1 (um) período suplementar, até o máximo de 1 (uma) hora para limpeza,lubrificação dos aparelhos de projeção, ou revisão de filmes.Parágrafo único. Mediante remuneração adicional de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o salário da horanormal e observado um intervalo de duas horas para folga, entre o período a que se refere a alínea b deste artigoe o trabalho em cabine de que trata a alínea a, poderá o trabalho dos operadores cinematográficos e seusajudantes ter a duração prorrogada por duas horas diárias, para exibições extraordinárias.__________

Nota:Redação dada pela Lei nº 6.353/44___________Art. 235. Nos estabelecimentos cujo funcionamento normal seja noturno, será facultado aos operadorescinematográficos e seus ajudantes, mediante acordo ou contrato coletivo de trabalho e com um acréscimo de50% (cinqüenta por cento) sobre o salário da hora normal, executar o trabalho em sessões diurnas extraordináriase, cumulativamente, nas noturnas, desde que isso se verifique até 3 (três) vezes por semana e entre as sessõesdiurnas e as noturnas haja o intervalo de 1 (uma) hora, no mínimo, de descanso.§ 1º A duração de trabalho cumulativo a que alude o presente artigo não poderá exceder de 10 (dez) horas.§ 2º Em seguida a cada período de trabalho haverá um intervalo de repouso no mínimo de 12 (doze) horas.

SEÇÃO V - Do Serviço FerroviárioArt. 236. No serviço ferroviário - considerado este o de transporte em estradas de ferro abertas ao tráfegopúblico, compreendendo a administração, construção, conservação e remoção das vias férreas e seus edifícios,obras-de-arte, material rodante, instalações complementares e acessórias, bem como o serviço de tráfego, detelegrafia, telefonia e funcionamento de todas as instalações ferroviárias - aplicam-se os preceitos especiaisconstantes desta Seção.Art. 237. O pessoal a que se refere o artigo antecedente fica dividido nas seguintes categorias:a) funcionários de alta administração, chefes e ajudantes de departamentos e seções, engenheiros residentes,chefes de depósito, inspetores e demais empregados que exercem funções administrativas ou fiscalizadoras;b) pessoal que trabalhe em lugares ou trechos determinados e cujas tarefas requeiram atenção constante; pessoalde escritório, turmas de conservação e construção da via permanente, oficinas e estações principais, inclusive osrespectivos telegrafistas; pessoal de tração, lastro e revistadores;c) das equipagens de trens em geral;d) pessoal cujo serviço é de natureza intermitente ou de pouca intensidade, embora com permanência prolongadanos locais de trabalho; vigias e pessoal das estações do interior, inclusive os respectivos telegrafistas.Art. 238. Será computado como de trabalho efetivo, todo o tempo em que o empregado estiver à disposição daEstrada.__________Nota:Redação restaurada pelo Decreto-lei nº 5/66__________§ 1º Nos serviços efetuados pelo pessoal da categoria c, não será considerado como de trabalho efetivo o tempogasto em viagens do local ou para o local de terminação e início dos mesmos serviços.§ 2º Ao pessoal removido ou comissionado fora da sede será contado como de trabalho normal e efetivo o tempogasto em viagens, sem direito à percepção de horas extraordinárias.§ 3º No caso das turmas de conservação da via permanente, o tempo efetivo do trabalho será contado desde ahora de saída da casa da turma até a hora em que cessar o serviço em qualquer ponto compreendido dentro doslimites da respectiva turma. Quando o empregado trabalhar fora dos limites da sua turma, ser-lhe-á tambémcomputado como de trabalho efetivo o tempo gasto no percurso da volta a esses limites.§ 4º Para o pessoal da equipagem de trens, só será considerado esse trabalho efetivo, depois de chegado aodestino, o tempo em que o ferroviário estiver ocupado ou retido à disposição da Estrada. Quando, entre doisperíodos de trabalho, não mediar intervalo superior a 1 (uma) hora, será esse intervalo computado como detrabalho efetivo.§ 5º O tempo concedido para refeição não se computa como de trabalho efetivo, senão para o pessoal dacategoria c, quando as refeições forem tomadas em viagem ou nas estações durante as paradas. Esse tempo nãoserá inferior a 1 (uma) hora, exceto para o pessoal da referida categoria em serviço de trens.§ 6º No trabalho das turmas encarregadas da conservação de obras de arte, linhas telegráficas ou telefônicas eedifícios, não será contado como de trabalho efetivo o tempo de viagem para o local do serviço, sempre que nãoexceder de 1 (uma) hora, seja para ida ou para volta, e a Estrada fornecer os meios de locomoção, computando sesempre o tempo excedente a esse limite.__________Nota:Redação restaurada pelo Decreto-lei nº 5/66__________Art. 239. Para o pessoal da categoria c, a prorrogação do trabalho independe de acordo ou contrato coletivo, nãopodendo, entretanto, exceder de 12 (doze) horas, pelo que as empresas organizarão, sempre que possível, osserviços de equipagens de trens como destacamentos nos trechos das linhas de modo a ser observada a duraçãonormal de 8 (oito) horas de trabalho.§ 1º Para o pessoal sujeito ao regime do presente artigo, depois de cada jornada de trabalho haverá um repousode 10 (dez) horas contínuas, no mínimo, observando-se, outrossim, o descanso semanal.§ 2º Para o pessoal da equipagem de trens, e que se refere o presente artigo, quando a empresa não forneceralimentação, em viagem, e hospedagem, no destino, concederá uma ajuda de custo para atender a tais despesas.

§ 3º As escalas do pessoal abrangido pelo presente artigo serão organizadas de modo que não caiba a qualquerempregado, quinzenalmente, um total de horas de serviço noturno superior às de serviço diurno.§ 4º Os períodos de trabalho do pessoal a que alude o presente artigo serão registrados em cadernetas especiais,que ficarão sempre em poder do empregado, de acordo com o modelo aprovado pelo Ministro do Trabalho.Art. 240 - Nos casos de urgência ou de acidente, capazes de afetar a segurança ou regularidade do serviço,poderá a duração do trabalho ser excepcionalmente elevada a qualquer número de horas, incumbindo à Estradazelar pela incolumidade dos seus empregados e pela possibilidade de revezamento de turmas, assegurado aopessoal um repouso correspondente e comunicando a ocorrência ao Ministério do Trabalho, dentro de 10 (dez)dias da sua verificação.Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, a recusa, sem causa justificada, por parte de qualquerempregado à execução de serviço extraordinário será considerada falta grave.Art. 241 As horas excedentes das do horário normal de 8 (oito) horas serão pagas como serviço extraordinário naseguinte base: as 2 (duas) primeiras com o acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) sobre o salário-hora normal;as 2 (duas) subseqüentes com um adicional de 50% (cinqüenta por cento) e as restantes com um adicional de75% (setenta e cinco por cento).Parágrafo único. Para o pessoal da categoria c, a primeira hora será majorada de 50% (cinqüenta por cento), asegunda hora será paga com o acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) e as 2 (duas) subseqüentes com o de 60%(sessenta por cento), salvo caso de negligência comprovada.__________Nota:Redação dada por força do disposto no art. 7º, XVI da CF/88__________Art. 242. As frações de meia hora superiores a 10 (dez) minutos serão computadas como meia hora.Art. 243. Para os empregados de estações do interior, cujo serviço for de natureza intermitente ou de poucaintensidade, não se aplicam os preceitos gerais sobre duração do trabalho, sendo-lhes, entretanto, assegurado orepouso contínuo de 10 (dez) horas, no mínimo, entre 2 (dois) períodos de trabalho e descanso semanal.Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobreaviso e de prontidão, paraexecutarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados que faltem à escala organizada.__________Nota:Redação revogada pela Lei nº 3.970/61 e restaurada pelo Decreto-lei nº 5/66__________§ 1º Considera-se "extranumerário" o empregado não efetivo, candidato à efetivação, que se apresentarnormalmente ao serviço, embora só trabalhe quando for necessário. O extranumerário só receberá os dias detrabalho efetivo.§ 2º Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando aqualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobreaviso" será, no máximo, de 24 (vinte equatro) horas. As horas de "sobreaviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) dosalário normal.§ 3º Considera-se "prontidão" o empregado que ficar nas dependências da Estrada, aguardando ordens. A escalade prontidão será, no máximo, de 12 (doze) horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas àrazão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal.§ 4º Quando, no estabelecimento ou dependência em que se achar o empregado, houver facilidade dealimentação, as 12 (doze) horas de prontidão, a que se refere o parágrafo anterior, poderão ser contínuas. Quandonão existir essa facilidade, depois de 6 (seis) horas de prontidão, haverá sempre um intervalo de 1 (uma) horapara cada refeição, que não será, nesse caso, computada como de serviço.__________Nota:Redação revogada pela Lei nº 3.970/61 e restaurada pelo Decreto-lei nº 5/66__________Art. 245. O horário normal de trabalho dos cabineiros nas estações de tráfego intenso não excederá de 8 (oito)horas e deverá ser dividido em 2 (dois) turnos com intervalo não inferior a 1 (uma) hora de repouso, nãopodendo nenhum turno ter duração superior a 5 (cinco) horas, com um período de descanso entre 2 (duas)jornadas de trabalho de 14 (quatorze) horas consecutivas.Art. 246. O horário de trabalho dos operadores telegrafistas nas estações de tráfego intenso não excederá de 6(seis) horas diárias.Art. 247. As estações principais, estações de tráfego intenso e estações do interior serão classificadas para cadaempresa pelo Departamento Nacional de Estradas de Ferro.

SEÇÃO VI - Das Equipagens das Embarcações da Marinha Mercante Nacional, de Navegação Fluvial eLacustre, do Tráfego nos Portos e da PescaArt. 248. Entre as horas zero e 24 (vinte e quatro) de cada dia civil, o tripulante poderá ser conservado em seuposto durante 8 (oito) horas, quer de modo contínuo, quer de modo intermitente.

§ 1º A exigência do serviço contínuo ou intermitente ficará a critério do comandante e, neste último caso, nuncapor período menor que 1(uma) hora.§ 2º Os serviços de quarto nas máquinas, passadiço, vigilância e outros que, consoante parecer médico, possamprejudicar a saúde do tripulante, serão executados por períodos não maiores e com intervalos não menores de 4(quatro) horas.Art. 249. Todo o tempo de serviço efetivo, excedente de 8 (oito) horas, ocupado na forma do artigo anterior, seráconsiderado de trabalho extraordinário, sujeito à compensação a que se refere o Art.250, exceto se se tratar detrabalho executado:a) em virtude de responsabilidade pessoal do tripulante e no desempenho de funções de direção, sendoconsideradas como tais todas aquelas que a bordo se achem constituídas em um único indivíduo comresponsabilidade exclusiva e pessoal;b) na iminência de perigo, para salvaguarda ou defesa da embarcação, dos passageiros, ou da carga, a juízoexclusivo do comandante ou do responsável pela segurança a bordo;c) por motivo de manobras ou fainas gerais que reclamem a presença, em seus postos, de todo o pessoal debordo;d) na navegação lacustre e fluvial, quando se destina ao abastecimento do navio ou embarcação de combustível erancho, ou por efeito das contingências da natureza da navegação, na transposição de passos ou pontos difíceis,inclusive operações de alívio ou transbordo de carga, para obtenção de calado menor para essa transposição.§ 1º O trabalho executado aos domingos e feriados será considerado extraordinário, salvo se se destinar:a) ao serviço de quartos e vigilância, movimentação das máquinas e aparelhos de bordo, limpeza e higiene daembarcação, preparo de alimentação da equipagem e dos passageiros, serviço pessoal destes e, bem assim, aossocorros de urgência ao navio ou ao pessoal;b) ao fim da navegação ou das manobras para a entrada ou saída de portos, atracação, desatracação, embarque oudesembarque de carga e passageiros.§ 2º Não excederá de 30 (trinta) horas semanais o serviço extraordinário prestado para o tráfego nos portos.Art. 250 - As horas de trabalho extraordinário serão compensadas, segundo a conveniência do serviço, pordescanso em período equivalente no dia seguinte ou no subseqüente dentro das do trabalho normal, ou no fim daviagem, ou pelo pagamento do salário correspondente.Parágrafo único. As horas extraordinárias de trabalho são indivisíveis, computando-se a fração de hora comohora inteira.Art. 251 Em cada embarcação haverá um livro em que serão anotadas as horas extraordinárias de trabalho decada tripulante, e outro em que constarão, do qual devidamente circunstanciadas, as transgressões dos mesmostripulantes.Parágrafo único. Os livros de que trata este artigo obedecerão a modelos organizados pelo Ministério doTrabalho, serão escriturados em dia pelo comandante da embarcação e ficam sujeitos às formalidades instituídaspara os livros de registro de empregados em geral.Art. 252. Qualquer tripulante que se julgue prejudicado por ordem emanada de superior hierárquico poderáinterpor recurso, em termos, perante a Delegacia do Trabalho Marítimo, por intermédio do respectivocomandante, o qual deverá encaminhá-lo com a respectiva informação dentro de 5 (cinco) dias, contados de suachegada ao porto.

SEÇÃO VII - Dos Serviços FrigoríficosArt. 253. Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentammercadorias do ambiente quente normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutosde trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalocomo de trabalho efetivo.Parágrafo único. Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for inferior, nasprimeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, a 15 (quinze graus), naquarta zona a 12 (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10 (dez graus).

SEÇÃO VIII - Dos Serviços de EstivaArt. 254. Estiva de embarcações é o serviço de movimentação das mercadorias a bordo, como carregamento oudescarga, ou outro de conveniência do responsável pelas embarcações, compreendendo esse serviço a arrumaçãoe a retirada dessas mercadorias no convés ou nos porões.___________Nota:Revogado pela Lei nº 8.630/93, no prazo de cento e oitenta dias após a publicação da referida Lei___________§ 1º Quando as operações do carregamento ou descarga forem feitas dos cais e pontos de cabotagem para bordo,ou de bordo para essas construções portuárias, a estiva começa ou termina no convés da embarcação atracadaonde termina ou se inicia o serviço de capatazias.§ 2º Nos portos que, pelo respectivo sistema de construção, não podem dispor de aparelhamento próprio para asoperações de embarque de mercadorias, feitas integralmente com o aparelhamento de bordo e, bem assim, no

caso de navio de tipo fluvial, sem aparelhamento próprio para tais operações, e que não permitem, por suaconstrução, o emprego de aparelhamento dos cais ou pontes de acostagem, o serviço de estiva, de que trata oparágrafo anterior, compreende mais a entrega ou recebimento das mercadorias pelos operários estivadores aostrabalhadores que movimentam as cargas em terra ou vice-versa.§ 3º Quando as operações referidas no § 1º forem feitas de embarcações ao costado, ou para essas embarcações,o serviço da estiva abrange todas as operações, inclusive a arrumação das mercadorias naquelas embarcações,podendo compreender, ainda, o transporte de ou para o local do carregamento ou de descarga dessasmercadorias, e de ou para terra.Art. 255. O serviço de estiva compreende:___________Nota:Revogado pela Lei nº 8.630/93, no prazo de cento e oitenta dias após a publicação da referida Lei___________a) a mão de obra de estiva, que abrange o trabalho braçal de manipulação das mercadorias, para suamovimentação ou descarga ou carregamento, ou para sua arrumação, para o transporte aquático, ou manejo dosguindastes de bordo, e a cautelosa direção das operações que estas realizam, bem como a abertura e fechamentodas escotilhas da embarcação principal e embarcações auxiliares e a cobertura das embarcações auxiliares;b) o suprimento do aparelhamento acessório indispensável à realização de parte do serviço especializado naalínea anterior, no qual se compreende o destinado à prevenção de acidentes no trabalho;c) o fornecimento de embarcações auxiliares, bem como rebocadores, no caso previsto no § 3º do artigo anterior.§ 1º Na mão de obra referida neste artigo, distingue-se:a) a que se realiza nas embarcações principais;b) a que se efetua nas embarcações auxiliares, alvarengas ou saveiros.§ 2º A execução do serviço de estiva, nos portos nacionais, competirá a entidades estivadoras de qualquer dasseguintes categorias:a) administração dos portos organizados;b) caixa portuária prevista no art. 256, somente para os portos não organizados;c) armadores diretamente ou por intermédio de seus agentes.§ 3º Cabe a essas entidades estivadoras, quando se encarreguem da execução do serviço de estiva, o suprimentodo aparelhamento acessório e, bem assim, o fornecimento das embarcações auxiliares, alvarengas ou saveiros erebocadores, a que se referem as alíneas b e c deste artigo.Art. 256. Nos portos não organizados, o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio poderá criar uma caixaportuária para executar os serviços de estiva, a qual ficará com a faculdade de desapropriar, por utilidadepública, nos termos da lei, o material fixo e flutuante que for necessário à sua finalidade.§ 1º As caixas portuárias instituídas por este artigo serão administradas por delegados do Ministério da Viação eObras Públicas, com os poderes necessários para a aquisição, ou desapropriação, do material fixo e flutuante.§ 2º A compra ou indenização do material realizar-se-á com os recursos obtidos por meio de empréstimo feito noInstituto de Aposentadoria e Pensões da Estiva, amortizável a prazo longo e juros de 7% (sete por cento) ao ano.Art. 257. A mão de obra na estiva das embarcações, definida na alínea a do art. 255 só poderá ser executada poroperários estivadores ou por trabalhadores em estiva de minérios nos portos onde os houver especializados, depreferência sindicalizados, devidamente matriculados nas Capitanias dos Portos ou em suas Delegacias ouAgências, exceto nos casos previstos no artigo 260 desta Seção.§ 1º Para essa matrícula, além de outros, são requisitos essenciais:1) Prova de idade entre 21 e 40 anos;2) Atestado de vacinação;3) Atestado de robustez física pelo Instituto de Aposentadoria e Pensões da Estiva;4) Folha corrida;5) Quitação com o Serviço Militar, quando se tratar de brasileiro nato ou naturalizado.§ 2º Para matrícula de estrangeiros, será também exigido o comprovante da permanência legal no País.§ 3º As Capitanias dos Portos, suas Delegacias e Agências, efetuarão as matrículas até o limite fixado,anualmente, pelas respectivas Delegacias de Trabalho Marítimo, não podendo exceder do terço o número deestrangeiros matriculados.§ 4º Ficam sujeitos à revalidação no primeiro trimestre de cada ano, as cadernetas de estivador entregues porocasião da matrícula.Art. 258. As entidades especificadas no § 1º do art. 255, enviarão, mensalmente, à Delegacia do TrabalhoMarítimo, um quadro demonstrativo do número de horas de trabalho executado pelos operários estivadores porela utilizados.Parágrafo único. Verificando-se, no decurso de um mês, haver cabido a cada operário estivador uma médiasuperior a de 1.000 (mil) horas de trabalho, o número de operários será aumentado de modo que se restabeleçaesta última média, e, no caso contrário, a matrícula será fechada, até que se atinja esse índice de intensidade detrabalho.

Art. 259. O serviço de estiva das embarcações será executado de acordo com as instruções dos respectivoscomandantes, ou seus prepostos, que serão responsáveis pela arrumação ou retirada das mercadorias,relativamente às condições de segurança das referidas embarcações, quer no porto, quer em viagem.___________Nota:Revogado pela Lei nº 8.630/93, no prazo de cento e oitenta dias após a publicação da referida Lei___________Art. 260. As disposições contidas nesta Seção aplicam-se, obrigatoriamente, a todas as embarcações quefreqüentem os portos nacionais, com exceção das seguintes, nas quais o serviço de estiva poderá ser executado,livremente, pelas respectivas tripulações:___________Nota:Revogado pela Lei nº 8.630/93, no prazo de cento e oitenta dias após apublicação da referida Lei___________1) Embarcações de qualquer procedência ou destino que transportarem gêneros de pequena lavoura e da pescapara abastecer os mercados municipais das cidades;2) Embarcações de qualquer tonelagem empregadas no transporte de mercadorias líquidas a granel;3) Embarcações de qualquer tonelagem empregadas no transporte de mercadorias sólidas a granel quando acarga ou descarga for feita por aparelhos mecânicos automáticos, apenas durante o período do serviço em que setorna desnecessário o rechego;4) Embarcações de qualquer tonelagem empregadas na execução de obras de serviços públicos nas viasaquáticas do País, seja diretamente pelos Poderes Públicos, seja por meio de concessionários, ou empreiteiros.§ 1º Poderá também ser livremente executado, pelas próprias tripulações nas embarcações respectivas, o serviçode estiva das malas postais e da bagagem de camarote dos passageiros.§ 2º A estiva de carvão e minérios nos portos onde houver operários especializados nesse serviço será executadapelos trabalhadores em estiva de minérios, os quais deverão ser matriculados nas Capitanias dos Portos, nostermos do art. 257.§ 3º Para os efeitos do parágrafo anterior, são considerados armadores nos termos da alínea c do § 1º do art. 255,as firmas carvoeiras que possuem material flutuante.Art. 261. O serviço de estiva, quando não realizado pelos armadores ou por seus agentes, será por eleslivremente requisitado de qualquer das entidades previstas no § 2º do art. 255, pela forma seguinte:a) a requisição será feita, por escrito, a uma única entidade estivadora, para o mesmo navio e, sempre quepossível, de véspera;b) a requisição indicará, sempre que possível, o dia e a hora provável em que terá início o serviço, o nome donavio, a quantidade e a natureza das mercadorias a embarcar ou a desembarcar, o número de porões em queserão estivadas ou desestivadas, o local onde aportará o navio, e se a operação se fará para cais ou ponto deacostagem, ou para embarcações auxiliares ao costado.Art. 262. As entidades estivadoras pagarão os proventos devidos aos operários estivadores, dentro de 24 horasapós a terminação do serviço de cada dia, no próprio local do serviço ou na sede do respectivo sindicato.§ 1º Em caso de dúvida sobre o montante dos proventos a pagar, a entidade estivadora pagará aos operáriosestivadores a parcela não discutida e depositará o restante, dentro de 24 horas, na Caixa Econômica, ou naAgência ou nas mãos do representante do Banco do Brasil à ordem do Delegado do Trabalho Marítimo.§ 2º Dirimida a dúvida, será pela Delegacia do Trabalho Marítimo levantada a soma depositada e entregue aquem de direito a parte que lhe couber.§ 3º A pedido, por escrito, do respectivo sindicato o Delegado do Trabalho Marítimo suspenderá até quitação, oexercício da atividade da entidade estivadora que esteja em débito comprovado para com os operários.§ 4º O trabalho à noite e aos domingos e feriados será considerado extraordinário e, como tal, pago com umacréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre as taxas ou salários constantes das tabelas aprovadas.Art. 263. Os armadores responderão, solidariamente com seus agentes, pelas somas por estes devidas aosoperários estivadores.Art. 264. O serviço de estiva será executado com o melhor aproveitamento possível dos guindastes e demaisinstalações de carga e descarga dos navios e dos portos.___________Nota:Revogado pela Lei nº 8.630/93, no prazo de cento e oitenta dias após a publicação da referida Lei___________§ 1º As entidades estivadoras só poderão empregar operários estivadores ou trabalhadores em estiva de minérios,contramestres e contramestres gerais escolhidos entre os matriculados nas Capitanias dos Portos, tendopreferência os sindicalizados.§ 2º As entidades estivadoras serão responsáveis pelos roubos, pelas avarias provavelmente causadas àsmercadorias e aos navios em que trabalharem.

§ 3º Quando o serviço de estiva não começar na hora prevista na requisição, sem aviso aos estivadores antes doengajamento, ou quando for interrompido por motivo de chuva, ou ainda, quando obrigar a esperas e delongas,devidas à agitação das águas, os operários engajados perceberão da entidade estivadora, pelo tempo deparalisação ou de espera, a metade dos salários fixados na tabela competente.§ 4º Nos portos em que a entrada e saída dos navios dependerem da maré, as esperas ou delongas que excederemde duas horas, na execução dos serviços de estiva, serão pagos aos operários estivadores, na base de metade dossalários fixados na tabela competente. A remuneração aqui prevista não se estenderá aos tripulantes e estivadoresque, nos termos do § 4º do art. 270, percebem salário mensal.§ 5º A entidade estivadora fica obrigada a fornecer no devido tempo o aparelhamento acessório, bem como asembarcações auxiliares e rebocadores indispensáveis à continuidade do serviço de estiva, devendo, tambémprovidenciar, junto à administração dos portos organizados, relativamente ao lugar no cais, para atracação, bemcomo aos guindastes, armazéns e vagões que lhes cabe fornecer.§ 6º Fica a entidade estivadora obrigada a pagar aos operários estivadores os salários correspondentes ao tempode paralisação em virtude das interrupções decorrentes da falta dos elementos necessários ao trabalho.§ 7º Os contramestres gerais e os contramestres de porão serão de confiança das entidades estivadoras e pelasmesmas remunerados.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 6.353/44__________Art. 265. O número atual de operários estivadores para compor os ternos ou turmas em cada porto, para trabalhoem cada porão, convés ou embarcação auxiliar, será previsto e fixado pela Delegacia do Trabalho Marítimo,tendo em vista a espécie das mercadorias e das embarcações.§ 1º O serviço da estiva nos navios será dirigido, em cada porão, por um contramestre e chefiado por um ou maiscontramestres gerais para todo o navio.§ 2º Nas embarcações auxiliares em que a estiva não for feita pelos próprios tripulantes não haverácontramestres.§ 3º Nas embarcações auxiliares em que a estiva for feita pelos próprios tripulantes, o serviço será dirigido pelopatrão da embarcação, o qual, no caso de ter direito à remuneração por unidade, perceberá o número de quotasprevisto para o contramestre.Art. 266. Somente terão direito a perceber proventos pelo serviço de mão de obra de estiva os operáriosestivadores e os contramestres que estiverem em trabalho efetivo a bordo de embarcações, ou nos casosexpressamente previstos nesta lei.Parágrafo único. Sendo os serviços executados por operários sindicalizados, organizarão os respectivossindicatos o rodízio de operários, para que o trabalho caiba, eqüitativamente a todos.Art. 267. Durante o período de engajamento, o mesmo terno de operários estivadores deverá trabalharcontinuadamente, num ou mais porões do mesmo navio, podendo também ser aproveitado em mais de um navioe em mais de uma embarcação auxiliar.Art. 268. Nos portos organizados, quando os navios estiverem ao largo, o tempo de viagem dos operáriosestivadores, para bordo e vice-versa, será computado como tempo de trabalho a remuneração na base do salário-dia aprovado, devendo ser fornecida condução segura e apropriada pela entidade estivadora, que perceberá doarmador o total dos salários, mais a percentagem que lhe couber.§ 1º Nos portos não organizados, as tabelas de taxas deverão compreender nos valores fixados o tempodespendido na viagem, pelos operários estivadores, do ponto de embarque para bordo e vice-versa.§ 2º A Delegacia do Trabalho Marítimo local fixará os pontos de embarque e desembarque dos operáriosestivadores no porto.Art. 269. Os operários estivadores, quando no recinto do porto e do trabalho, usarão como distintivo uma chapa,na qual serão gravados, em caracteres bem legíveis as iniciais O.E. (Operário Estivador) ou as iniciais dosindicato a que pertencerem e o número de matrícula do operário.Parágrafo único. Quando ocorrerem dúvidas entre os operários estivadores e a entidade estivadora, o serviçodeverá prosseguir, sob pena de incorrerem em falta grave os que o paralisarem, chamando-se sem demora ofiscal de estiva da Delegacia do Trabalho Marítimo, para tomar conhecimento do assunto.Art. 270. A remuneração do serviço de estiva, salvo as exceções constantes dos §§ 3º e 4º do art. 264, será feitapor meio de taxas, estabelecidas na base de tonelagem, cubagem ou unidade de mercadorias e aprovadas, paracada porto, pela Comissão de Marinha Mercante. As taxas deverão atender à espécie, peso ou volume eacondicionamento das mercadorias de acordo com o "manifesto", do qual será remetida pela entidade estivadora,uma via no Sindicato dos Estivadores ou dos Trabalhadores em Estiva de Minérios da localidade.___________Nota:Revogado pela Lei nº 8.630/93, no prazo de cento e oitenta dias após a publicação da referida Lei___________

§ 1º Na determinação dos valores das taxas a que se refere este artigo, serão tomados em consideração, para cadaporto, os valores das taxas de capatazias que nele estiverem em vigor e, onde não as houver, os valores das doporto mais próximo.§ 2º Alem das taxas previstas nas tabelas de que trata o art. 35 do decreto-lei n.2.032, de 23 de fevereiro de 1940,poderão ser incluídas outras depois de aprovadas pela autoridade competente, para bem atender às condiçõespeculiares a cada porto.§ 3º A estiva ou desestiva das embarcações, executada pelas próprias tripulações, poderá ser remunerada porunidade ou por salário, consoante a praxe adotada em cada região.§ 4º As tabelas aprovadas para cada porto deverão mencionar o regime ou regimes adotados na remuneração doserviço.Art. 271. Os serviços conexos com os de estiva, a bordo dos navios, tais como limpeza de porões, rechego decarga que não tenha de ser descarregada, e outros, serão executados pelos estivadores ou pelos trabalhadores emestiva de minério, conforme a especialidade, de preferência sindicalizados, julgados necessários pela entidadeestivadora e mediante o pagamento de salários, constantes de tabelas aprovadas pela Comissão da MarinhaMercante.___________Nota:Revogado pela Lei nº 8.630/93, no prazo de cento e oitenta dias após a publicação da referida Lei___________Art. 272. As taxas de estiva compreenderão:1) O montante por tonelagem, cubagem ou unidade de carga movimentada, a ser dividido pelos operáriosestivadores que executarem o serviço;2) O montante por tonelagem, cubagem ou unidade das despesas em que incorre a entidade estivadora, pormateriais de consumo, bem como pelas taxas de seguro e previdência, e outras eventuais;3) A parcela correspondente à administração. Art. 273. As tabelas referentes às taxas, de que trata o art. 270,farão as especificações das mesmas, com a respectiva incidência, e indicarão os seguintes valores:a) sob o título "Montante de mão de obra", o valor definido no inciso 1 do artigo anterior;b) sob o título "Montante da entidade estivadora", a soma dos valores das parcelas mencionadas nos incisos 2 e 3do artigo anterior;c) sob o título "Taxas", o valor total da taxa que é a soma dos montantes indicados nas alíneas anteriores.Parágrafo único. As tabelas de pagamento dos serviços de que trata o art. 271 especificarão os saláriospropriamente ditos e a remuneração da entidade estivadora pelas despesas correspondentes às parcelasmencionadas nos incisos 2 e 3 do artigo anterior.Art. 274. A remuneração da mão de obra da estiva será dividida em quotas iguais, cabendo uma quota a cadaoperário estivador e uma meia quota a cada contramestre.Art. 275. Quando a quantidade de mercadorias a manipular for tão pequena que não assegure, para cada operárioestivador, o provento de meio dia, ao menos, do salário, os operários engajados perceberão a remuneraçãocorrespondente a meio dia de salário.Parágrafo único. Se o trabalho a que se refere este artigo exceder, em duração, a meio dia de trabalho, e, emquantidade, a 30 toneladas, os operários perceberão a remuneração de um dia de trabalho.Art. 276. Nenhuma remuneração será paga aos operários estivadores, ou às entidades estivadoras, durante asparalisações do trabalho produzidas por causas que lhes forem provadamente imputadas.Art. 277. Compete às autoridades incumbidas dos serviços de higiene e segurança do trabalho a determinaçãodas operações perigosas e das cargas insalubres para as quais se imponha a majoração dos salários.Art. 278. O horário de trabalho na estiva, em cada porto do país, será fixado pela respectiva Delegacia doTrabalho Marítimo. O dia de trabalho terá a duração de oito noras e a noite de trabalho de seis horas divididosem dois turnos de quatro e três horas, respectivamente, e separados por intervalos de uma a uma e meia hora,para refeição e repouso.___________Nota:Redação dada pela Lei nº 3.165/57 e revogada pela Lei nº 8.630/93, no prazo de cento e oitenta dias após apublicação da referida Lei___________§ 1º A entidade estivadora poderá prorrogar os turnos de trabalho por duas horas, remunerando-se o trabalho deprorrogação pelas taxas ou salários constantes das tabelas aprovadas, com um acréscimo de 20% (vinte porcento) para cada hora suplementar.§ 2º Para ultimar o serviço de estiva dos grandes paquetes ou dos navios que estejam na iminência de perder amaré, e para não interromper o trabalho nos navios frigoríficos, a entidade estivadora poderá executar o serviçode estiva durante as horas destinadas às refeições dos operários, pagando-lhes, porem, como suplemento deremuneração, o dobro do salário correspondente à duração da refeição.Art. 279. Os operários estivadores, matriculados nas Capitanias dos Portos, suas Delegacias e Agências, teme osseguintes direitos, alem dos concedidos pela legislação vigente:___________

Nota:Revogado pela Lei nº 8.630/93, no prazo de cento e oitenta dias após a publicação da referida Lei___________1) revalidação anual das cadernetas de matrículas, desde que provem assiduidade e sejam julgados fisicamenteaptos para o serviço;2) remuneração regulada por taxas e salários constantes de tabelas aprovadas pelo governo.§ 1º Uma vez por ano serão os estivadores submetidos à inspeção de saúde, perante médicos do Instituto deAposentadoria e Pensões da Estiva, afim de serem afastados aqueles cujas condições físicas não permitam,temporária ou definitivamente, a continuação no serviço. Quando se tratar de estivadores empregados emempresas de navegação e, como tal, contribuintes do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos, ainspeção de saúde far-se-á nesse Instituto.§ 2º Verificada a incapacidade para o trabalho, terão os estivadores direito aos benefícios outorgados peloInstituto de Aposentadoria e Pensões da Estiva, de conformidade com a legislação que rege a matéria, cabendoàs Delegacias de Trabalho Marítimo cancelar, desde logo, a matrícula dos aposentados.Art. 280. São deveres dos operários estivadores:___________Nota:Revogado pela Lei nº 8.630/93, no prazo de cento e oitenta dias após a publicação da referida Lei___________1) comparecer, com a necessária assiduidade e antecedência, aos postos habituais de trabalho, para o competenteengajamento;2) trabalhar com eficiência, para o rápido desembaraço dos navios e bom aproveitamento da praça disponível;3) acatar as instruções dos seus superiores hierárquicos;4) manipular as mercadorias com o necessário cuidado, para evitar acidentes de trabalho e avarias;5) não praticar, e não permitir que se pratique, o desvio de mercadorias nem contrabandos;6) zelar pela boa conservação dos utensílios empregados no serviço;7) manter, no local de serviço, um ambiente propício ao trabalho, pelo silêncio,respeito, correção e higiene;8) não andar armado, não fumar no recinto do trabalho, nem fazer uso de álcool durante o serviço;9) trazer o distintivo de que cogita o art. 269;10) não se ausentar do trabalho sem prévia autorização dos seus superiores.Art. 281. Sem prejuízo das penas previstas na legislação em vigor, os operários estivadores ficam sujeitos àsseguintes penalidades:1) suspensão de um a trinta dias, aplicável pelo delegado do Trabalho Marítimo, ex-officio, ou por proposta daentidade estivadora;2) desconto de 10 (dez) cruzeiros a 200 (duzentos) cruzeiros, por avaria praticada dolosamente, aplicada peloDelegado do Trabalho Marítimo, ex-officio, ou por proposta da entidade estivadora;3) cancelamento da matrícula, aplicável pela Delegacia do Trabalho Marítimo aos reincidentes em faltas graves,após inquérito para apuração das faltas.Art. 282. O serviço de estiva, será fiscalizado pelo presidente e demais membros do Conselho da Delegacia doTrabalho Marítimo diretamente ou por intermédio de fiscais da própria Delegacia - sendo facultada a assistênciados presidentes das entidades sindicais diretamente interessadas, - que permanecerão, pelo tempo que forpreciso, no recinto do trabalho, e comparecerão nos locais onde se tornar necessária a sua presença.Art. 283. Nenhum serviço ou organização profissional, alem dos previstos em lei, podem intervir nos trabalhosda estiva.Art. 284. Os casos omissos serão resolvidos em primeira instância, pelas Delegacias do Trabalho Marítimo,assegurado o direito de recurso das decisões desta sem efeito suspensivo, para o ministro do Trabalho, Indústriae Comércio, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da respectiva notificação.___________Nota:Revogado pela Lei nº 8.630/93, no prazo de cento e oitenta dias após a publicação da referida Lei___________

SEÇÃO IX - Dos Serviços de Capatazias nos PortosArt. 285. A mão de obra do serviço de capatazias nos portos organizados será remunerado por unidade(tonelagem, ou cubagens ou quantidades de volumes), na conformidade do disposto nesta Seção.Parágrafo único. Considera-se serviço de capatazias nos portos o realizado com a movimentação de mercadoriaspor pessoal da administração do porto, compreendendo:I - Com relação à importação:a) a descarga para o cais, das mercadorias tomadas no convés das embarcações;b) o transporte dessas mercadorias até ao armazém ou local designado pela administração do porto, para seudepósito, inclusive o necessário empilhamento;

c) abertura dos volumes e manipulação das mercadorias para a conferência aduaneira, inclusive oreacondicionamento, no caso da mercadoria importada do estrangeiro;d) o desempilhamento, transporte e entrega das mercadorias nas portas, ou portões dos armazéns, alpendres oupátios, onde estiverem sido depositadas ou junto dos vagões em que tenham de ser carregadas, nas linhas doporto.II - Com relação à exportação:a) o recebimento das mercadorias nas portas ou portões dos armazéns, alpendres ou pátios da faixa interna docais designada pela administração do porto, ou junto a vagões que as tenham transportado nas linhas do mesmoporto, até essa faixa interna do cais;b) transporte das mercadorias desde o local de seu recebimento até junto da embarcação em que tiverem de sercarregadas;c) o carregamento das mercadorias, desde o cais, até ao convés da embarcação;III - Com relação ao serviço:a) quando não houver o pessoal da administração a que se refere o parágrafo único, o serviço enunciado nos itensI e II poderá ser contratado com o Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias;b) Os trabalhadores do atual Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Armazenador passam a denominar-se"arrumadores", adaptando-se a esta nova designação o nome do sindicato;c) ao sindicato definido na letra b anterior, compete:1) contratar os serviços definidos no art. 285, da Consolidação das Leis do Trabalho, com a Administração doPorto, quando não houver pessoal próprio, de porto organizado;2) exercer a atividade definida no citado art. 285, itens I e II e respectivas alíneas, nos portos não organizados enos armazéns, depósitos, trapiches, veículos de tração animal ou mecânica, vagões, etc., em quaisquer locais emque as mercadorias tenham sido recebidas, entregues, arrumadas ou beneficiadas, e, bem assim, lingar oudeslingar as que necessitarem de auxílio de guindaste ou de outros aparelhos mecânicos, nas empresas, firmas,sociedades ou companhias particulares;d) consideram-se serviços acessórios da mesma atividade profissional:1) o beneficiamento das mercadorias que dependam de despejo, escolha, reembarque, costura, etc.;2) empilhação, desempilhação, remoção e arrumação das mercadorias;e) o exercício da profissão dos trabalhadores definidos neste item III será fiscalizado pela Delegacia do TrabalhoMarítimo, onde houver, e pelo Departamento Nacional do Trabalho do Ministério do Trabalho, Indústria eComércio;f) aplica-se à mão de obra dos trabalhos no movimento de mercadorias o disposto na Seção IX do Título III daConsolidação das Leis do Trabalho.__________Nota:Acrescentado pela Lei nº 2.196/54, revogado pela Lei nº 9.630/93__________Art. 286. A remuneração dos serviços de capatazias nos portos, salvo as exceções constantes dos §§ 2º e 3º doart. 280 será feita por meio de taxas, estabelecidas na base de tonelagem, cubagem ou unidades de mercadorias eaprovadas, para cada porto, pelo Ministro da Viação e Obras Públicas, mediante proposta do DepartamentoNacional de Portos, Rios e Canais. As taxas deverão atender à espécie, peso ou volume e acondicionamento dasmercadorias de acordo com "manifesto", do qual será remetido, pelos concessionários dos portos organizados,uma via ao Sindicato dos Trabalhadores que realizarem os serviços na localidade.___________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 6.353/44 e revogada pela Lei nº 8.630/93, noprazo de cento e oitenta dias após a publicação da referida Lei___________Art. 287. As tabelas de taxas fixarão a quantidade dos trabalhadores, motoristas, feitores e conferentes, quecomporão cada terno ou turma empregada na execução do serviço, distinguido os casos de trabalhar um ou maisguindastes, por porão de navio, ou uma ou mais portas de armazém.Parágrafo único. Quando condições especiais do serviço exigirem o aumento do número de trabalhadoresfixados para compor as turmas, este aumento será feito, a critério das administrações dos portos, e a suaremuneração será idêntica à que couber aos trabalhadores componentes normais das turmas.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 6.353/44__________Art. 288. As taxas aprovadas para retribuir a mão de obra serão aplicadas à quantidade de mercadoriamovimentada por cada turma e o produto será dividido na razão de uma quota para cada trabalhador, uma paracada motorista interno do armazém, uma e meia para o feitor, uma e um quarto para o ajudante do feitor, uma emeia para cada motorista do guindaste do cais, uma e meia para cada conferente.

§ 1º Estas quotas poderão ser modificadas de sorte a melhor se adaptarem à composição dos turnos ou turmas,ora vigentes nos portos.§ 2º Quando o serviço de capatazias não começar na hora para que tenham sido escalados os operários, ouquando for interrompido por motivo de chuvas ou, ainda, quando obrigar a espera e delongas, devidas à agitaçãodas águas, os operários escalados perceberão pelo tempo de paralisação ou de espera a metade dos salários queestiverem em vigor.§ 3º Quando o serviço de capatazias não começar à hora ou for paralisado por mais de 20 minutos consecutivos,por falta estranha aos operários e da responsabilidade de terceiros, os operários escalados perceberão o tempoque ficarem paralisados, na base dos salários vigentes, cabendo às administrações dos portos, se não forem elasas responsáveis, o direito de cobrar a quantia paga pela inatividade à entidade que motivar a paralisação.§ 4º Quando a quantidade de mercadorias a manipular por uma turma for tão pequena que não assegure, paracada um dos operários e empregados escalados, o provento de meio dia de salário, ao menos, os operários eempregados perceberão a remuneração correspondente ao meio dia de salário vigente.§ 5º Se o trabalho a que se refere e parágrafo anterior exceder em duração a meio dia de trabalho e, emquantidade, a 30 toneladas, os operários perceberão a remuneração por salário, correspondente ao número dehoras da efetiva duração do serviço.§ 6º Os operários mensalistas e os diaristas que, à data do decreto-lei n. 3.844, de 20 de novembro de 1941,tinham direito a determinada remuneração mínima mensal, continuarão com este direito assegurado e, sempreque no decurso do mês perceberem remuneração por unidade inferior à remuneração mínima anteriormenteassegurada, deverão ser pagos da diferença pelos concessionários do porto.Art. 289. As operações componentes do serviço de capatazias, como abertura de volumes para conferência,reacondicionamento de mercadorias conferidas e outras, que não digam com a presteza da carga e descarga dasembarcações, e assim também os serviços conexos com os de capatazias, como limpeza de armazém,beneficiamento de mercadorias e outros, poderão ser remunerados na base dos salários em vigor.Art. 290. Os operários escalados são obrigados a trabalhar durante as horas normais do serviço diurno e noturnoe nas prorrogações aqui previstas, em um ou mais armazéns, vagões ou embarcações.Art. 291. O horário de trabalho do porto deverá ser o mesmo para a fiscalização aduaneira, o serviço decapatazias e o de estiva e será fixado pela Delegacia do Trabalho Marítimo. O dia ou a noite de trabalho terá aduração de oito horas de sessenta minutos e será dividido em dois turnos de quatro horas, separados pelointervalo de uma a uma e meia hora, para refeição e repouso.___________Nota:Revogado pela Lei nº 8.630/93, no prazo de cento e oitenta dias após a publicação da referida Lei___________§ 1º O concessionário do porto poderá prorrogar os turnos de trabalho por duas horas, remunerando o trabalhopelas taxas ou salários constantes das tabelas aprovadas, com um acréscimo de 20% para cada hora suplementar.§ 2º Para ultimar a carga ou descarga dos grandes paquetes ou dos navios que estejam na iminência de perder amaré, e para não interromper o trabalho dos navios frigoríficos, o concessionário do porto poderá executar oserviço de capatazias durante as horas destinadas às refeições dos operários, pagando-lhes, porem, comosuplemento de remuneração, o dobro do salário correspondente à duração da refeição.§ 3º O trabalho à noite e aos domingos e feriados será considerado extraordinário e, como tal, pago com umacréscimo de 25% sobre o salário mensal.Art. 292. As taxas de capatazias serão da responsabilidade dos donos das mercadorias, os dispêndiosextraordinários, porem, que por esse serviço pagar o concessionário do porto na forma do § 2º do art. 288, e do §2º do art. 291 serão debitados aos armadores que houverem requisitado o serviço, acrescida de 10% (dez porcento) à despesa.___________Nota:Revogado os arts. 254 a 292 pelo art. 75 da Lei nº 8.630/93, no prazo de cento e oitenta dias após a publicaçãoda referida Lei___________

SEÇÃO X - Do Trabalho em Minas de SubsoloArt. 293. A duração normal do trabalho efetivo para os empregados em minas no subsolo não excederá de 6(seis) horas diárias ou de 36 (trinta e seis) semanais.Art. 294. O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao local do trabalho e vice-versa será computadopara o efeito de pagamento do salário.Art. 295. A duração normal do trabalho efetivo no subsolo poderá ser elevada até 8 (oito) horas diárias ou 48(quarenta e oito) semanais, mediante acordo escrito entre empregado e empregador ou contrato coletivo detrabalho, sujeita essa prorrogação à prévia licença da autoridade competente em matéria de higiene do trabalho.Parágrafo único. A duração normal do trabalho efetivo no subsolo poderá ser inferior a 6 (seis) horas diárias, pordeterminação da autoridade de que trata este artigo, tendo em vista condições locais de insalubridade e osmétodos e processos do trabalho adotado.

Art. 296. A remuneração da hora prorrogada será no mínimo de 50% (cinqüenta por cento) superior à da horanormal e deverá constar do acordo ou contrato coletivo de trabalho.__________Nota:Redação dada por força do disposto no art. 7º, XVI da CF/88__________Art. 297. Ao empregado no subsolo será fornecida, pelas empresas exploradoras de minas, alimentação adequadaà natureza do trabalho, de acordo com as instruções estabelecidas pelo Departamento Nacional de Segurança eHigiene do Trabalho (atualmente Secretaria de Inspeção do Trabalho) e aprovadas pelo Ministro do Trabalho.Art. 298. Em cada período de 3 (três) horas consecutivas de trabalho, será obrigatória uma pausa de 15 (quinze)minutos para repouso, a qual será computada na duração normal de trabalho efetivo.Art. 299. Quando nos trabalhos de subsolo ocorrerem acontecimentos que possam comprometer a vida ou asaúde do empregado, deverá a empresa comunicar o fato imediatamente à autoridade regional do trabalho, doMinistério do Trabalho.Art. 300 - Sempre que, por motivo de saúde, for necessária a transferência do empregado, a juízo da autoridadecompetente em matéria de segurança e higiene do trabalho, dos serviços no subsolo para os de superfície, é aempresa obrigada a realizar essa transferência, assegurando ao transferido a remuneração atribuída aotrabalhador de superfície em serviço equivalente, respeitada a capacidade profissional do interessado.Parágrafo único. No caso de recusa do empregado em atender a essa transferência, será ouvida a autoridadecompetente em matéria de segurança e higiene do trabalho, que decidirá a respeito.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 2.924/56__________Art. 301 O trabalho no subsolo somente será permitido a homens, com idade compreendida entre 21 (vinte e um)e 50 (cinqüenta) anos, assegurada a transferência para a superfície nos termos previstos no artigo anterior.

SEÇÃO XI - Dos Jornalistas ProfissionaisArt. 302. Os dispositivos da presente Seção se aplicam aos que nas empresas jornalísticas prestem serviços comojornalistas, revisores, fotógrafos, ou na ilustração, com as exceções nela previstas.§ 1º Entende-se como jornalista o trabalhador intelectual cuja função se estende desde a busca de informaçõesaté a redação de notícias e artigos e a organização, orientação e direção desse trabalho.§ 2º Consideram-se empresas jornalísticas, para os fins desta Seção, aquelas que têm a seu cargo a edição dejornais, revistas, boletins e periódicos, ou a distribuição de noticiário, e, ainda, a radiodifusão em suas seçõesdestinadas à transmissão de notícias e comentários.Art. 303. A duração normal do trabalho dos empregados compreendidos nesta Seção não deverá exceder de 5(cinco) horas, tanto de dia como à noite.Art. 304. Poderá a duração normal do trabalho ser elevada a 7 (sete) horas, mediante acordo escrito, em que seestipule aumento de ordenado, correspondente ao excesso do tempo de trabalho, em que se fixe um intervalodestinado a repouso ou a refeição.Parágrafo único. Para atender a motivos de força maior, poderá o empregado prestar serviços por mais tempo doque aquele permitido nesta Seção. Em tais casos, porém, o excesso deve ser comunicado à Divisão deFiscalização do Departamento Nacional do Trabalho e às Delegacias Regionais do Ministério do Trabalho,dentro de 5 (cinco) dias, com a indicação expressa dos seus motivos.Art. 305. As horas de serviço extraordinário, quer as prestadas em virtude de acordo, quer as que derivam dascausas previstas no parágrafo único do artigo anterior, não poderão ser remuneradas com quantia inferior à queresulta do quociente da divisão da importância do salário mensal por 150 (cento e cinqüenta) para os mensalistas,e do salário diário por 5 (cinco) para os diaristas, acrescido de, pelo menos, 50% (cinqüenta por cento).__________Nota:Redação dada por força do disposto no art. 7º, XVI da CF/88__________Art. 306. Os dispositivos dos artigos 303, 304 e 305 não se aplicam àqueles que exercem as funções de redator-chefe e secretário, subsecretário, chefe e subchefe de revisão, chefe de oficina, de ilustração e chefe de portaria.Parágrafo único. Não se aplicam, do mesmo modo, os artigos acima referidos aos que se ocuparem unicamenteem serviços externos.Art. 307. A cada 6 (seis) dias de trabalho efetivo corresponderá 1 (um) dia de descanso obrigatório, quecoincidirá com o domingo, salvo acordo escrito em contrário, no qual será expressamente estipulado o dia emque se deve verificar o descanso.Art. 308. Em seguida a cada período diário de trabalho haverá um intervalo mínimo de 10 (dez) horas, destinadoao repouso.Art. 309. Será computado como de trabalho efetivo o tempo em que o empregado estiver à disposição doempregador.

Art. 310. Somente poderão ser admitidos ao serviço das empresas jornalísticas, como jornalistas, locutores,revisores e fotógrafos os que exibirem prova de sua inscrição no Registo de Profissão Jornalística, a cargo doServiço de Identificação Profissional do Departamento Nacional do Trabalho no Distrito Federal, e dasDelegacias Regionais do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, nos Estados e Território do Acre.__________Nota:Revogado pelo Decreto-lei nº 972/69__________Art. 311. Para o registo de que trata o artigo anterior, deve o requerente exibir os seguintes documentos:__________Nota:Tacitamente revogado pelo Decreto-lei nº 972/69__________a) prova de nacionalidade brasileira;b) folha corrida;c) prova de que não responde a processo ou não sofreu condenação por crime contra a segurança nacional;__________Nota:Suprimida a exigência de acordo com o Decreto-lei nº 8.305/45__________d) carteira profissional.§ 1º Aos profissionais devidamente registados será feita a necessária declaração na carteira profissional.§ 2º Aos novos empregados será concedido o prazo de 60 dias para a apresentação da carteira profissional,fazendo-se o registo condicionado a essa apresentação e expedindo-se um certificado provisório para aqueleperíodo.Art. 312. O registo dos diretores-proprietários de jornais será feito, no Distrito Federal e nos Estados, eindependentemente da exigência constante do art. 311, letra d, da presente seção.__________Nota:Tacitamente revogado pelo Decreto-lei nº 972/69__________§ 1º A prova de profissão, apresentada pelo diretor-proprietário juntamente com os demais documentos exigidos,consistirá em uma certidão, fornecida nos Estados e Território do Acre, pelas juntas Comerciais ou Cartórios, e,no Distrito Federal, pela seção competente do Departamento Nacional de Indústria e Comércio, do Ministério doTrabalho, Indústria e Comércio.§ 2º Aos diretores-proprietários regularmente inscritos será fornecida um certificado, do qual deverão constar olivro e a folha em que houver sido feito o registo.Art. 313. Aqueles que, sem caráter profissional, exercerem atividades jornalísticas, visando fins culturais,científicos ou religiosos, poderão promover sua inscrição como jornalistas, na forma desta seção.__________Nota:Tacitamente revogado pelo Decreto-lei nº 972/69__________§ 1º As repartições competentes do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio manterão, para os fins doartigo anterior, um registo especial, anexo ao dos jornalistas profissionais, nele inscrevendo os que satisfaçam osrequisitos das alíneas a, b e c do artigo 311 e apresentem prova do exercício de atividade jornalística nãoprofissional, o que poderá ser feito por meio de atestado de associação cultural, científica ou religiosa idônea.§ 2º O pedido de registo será submetido a despacho do ministro que, em cada caso, apreciará o valor da provaoferecida.§ 3º O registo de que trata o presente artigo tem caráter puramente declaratório e não implica no reconhecimentode direitos que decorem do exercício remunerado e profissional do jornalismo.Art. 314. Excetuam-se do disposto no artigo anterior os favores da alínea c do art. 7º do regulamento aprovadopelo decreto n. 3.590, de 11 de janeiro de 1939, substituída a carteira profissional pelo certificado de registoconcedido pela repartição competente.__________Nota:Expressamente revogado pelo Decreto-lei nº 972/69__________Art. 315. O Governo Federal, de acordo com os governos estaduais, promoverá a criação de escolas depreparação ao jornalismo, destinadas à formação dos profissionais da imprensa.Art. 316. A empresa jornalística que deixar de pagar pontualmente, e na forma acordada, os salários devidos aseus empregados, terá suspenso o seu funcionamento, até que se efetue o pagamento devido.

Parágrafo único. Para os efeitos do cumprimento deste artigo deverão os prejudicados reclamar contra a falta depagamento perante a autoridade competente e, proferida a condenação, desde que a empresa não a cumpra, ou,em caso de recurso, não deposite o valor da indenização, a autoridade que proferir a condenação oficiará àautoridade competente, para a suspensão da circulação do jornal. Em igual pena de suspensão incorrerá aempresa que deixar de recolher as contribuições devidas às instituições de previdência social.

SEÇÃO XII - Dos ProfessoresArt. 317. O exercício remunerado do magistério, em estabelecimentos particulares de ensino, exigirá apenashabilitação legal e registro no Ministério da Educação.__________Nota:Redação dada pela Medida Provisória nº 89/89 e convalidada pela Lei nº 7.855/89__________Art. 318. Num mesmo estabelecimento de ensino não poderá o professor dar, por dia, mais de 4 (quatro) aulasconsecutivas, nem mais de 6 (seis), intercaladas.Art. 319. Aos professores é vedado, aos domingos, a regência de aulas e o trabalho em exames.Art. 320 - A remuneração dos professores será fixada pelo número de aulas semanais, na conformidade doshorários.§ 1º O pagamento far-se-á mensalmente, considerando-se para este efeito cada mês constituído de quatrosemanas e meia.§ 2º Vencido cada mês, será descontada, na remuneração dos professores, a importância correspondente aonúmero de aulas a que tiverem faltado.§ 3º Não serão descontadas, no decurso de 9 (nove) dias, as faltas verificadas por motivo de gala ou de luto emconseqüência de falecimento do cônjuge, do pai ou mãe, ou de filho.Art. 321 Sempre que o estabelecimento de ensino tiver necessidade de aumentar o número de aulas marcado noshorários, remunerará o professor, findo cada mês, com uma importância correspondente ao número de aulasexcedentes.Art. 322. No período de exames e no de férias escolares, é assegurado aos professores o pagamento, na mesmaperiodicidade contratual, da remuneração por eles percebida, na conformidade dos horários, durante o período deaulas.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 9.013/95__________§ 1º Não se exigirá dos professores, no período de exames, a prestação de mais de 8 (oito) horas de trabalhodiário, salvo mediante o pagamento complementar de cada hora excedente pelo preço correspondente ao de umaaula.§ 2º No período de férias, não se poderá exigir dos professores outro serviço senão o relacionado com arealização de exames.§ 3º Na hipótese de dispensa sem justa causa, ao término do ano letivo ou no curso das férias escolares, éassegurado ao professor o pagamento a que se refere o "caput" deste artigo.__________Nota:Acrescentado pela Lei nº 9.013/95__________Art. 323. Não será permitido o funcionamento do estabelecimento particular de ensino que não remunerecondignamente os seus professores, ou não lhes pague pontualmente a remuneração de cada mês.Parágrafo único. Compete ao Ministério da Educação e Cultura fixar os critérios para a determinação dacondigna remuneração devida aos professores bem como assegurar a execução do preceito estabelecido nopresente artigo.Art. 324. Os estabelecimentos particulares de ensino, para o efeitos da fiscalização dos dispositivos aquicontidos, são obrigados a manter afixado na secretaria, em lugar visível, o quadro de seu corpo docente, do qualconste o nome de cada professor, o número de seu registo e o de sua carteira profissional e o horário respectivo.Parágrafo único. Cada estabelecimento deverá possuir, escriturado em dia, um livro de registo, do qual constemos dados referentes aos professores, quanto à sua identidade, registo, carteira profissional, data de admissão,condições de trabalho, e quaisquer outras anotações que por lei devam ser feitas, bem como a data de sua saídaquando deixarem o estabelecimento.___________Nota:Revogado pela Lei nº 7.855/89___________

SEÇÃO XIII - Dos Químicos

Art. 325. É livre o exercício da profissão de químico em todo o território da República, observadas as condiçõesde capacidade técnica e outras exigências previstas na presente Seção:a) aos possuidores de diploma de químico, químico industrial, químico industrial agrícola ou engenheiroquímico, concedido, no Brasil, por escola oficial ou oficialmente reconhecida;b) aos diplomados em química por instituto estrangeiro de ensino superior, que tenham, de acordo com a lei e apartir de 14 de julho de 1934, revalidado os seus diplomas;c) aos que, ao tempo da publicação do Decreto 24.693, de 12 de julho de 1934, se achavam no exercício efetivode função pública ou particular, para a qual seja exigida a qualidade de químico, e que tenham requerido orespectivo registro até a extinção do prazo fixado pelo Decreto-lei 2.298, de 10 de julho de 1940.§ 1º Aos profissionais incluídos na alínea c deste artigo, se dará, para os efeitos da presente Seção, adenominação de "licenciados".§ 2º O livre exercício da profissão de que trata o presente artigo só é permitido a estrangeiros, quandocompreendidos:a) nas alíneas a, b, independentemente de revalidação do diploma, se exerciam, legitimamente, na República, aprofissão de químico quando da data da promulgação da Constituição de 1934;b) na alínea b, se a seu favor militar a existência de reciprocidade internacional, admitida em lei, para oreconhecimento dos respectivos diplomas;c) na alínea c, satisfeitas as condições nela estabelecidas.§ 3º O livre exercício da profissão a brasileiros naturalizados está subordinado à prévia prestação do serviçomilitar, no Brasil.§ 4º Só aos brasileiros natos é permitida a revalidação dos diplomas de químicos, expedidos por institutosestrangeiros de ensino superior.Art. 326. Todo aquele que exercer ou pretender exercer as funções de químico, é obrigado ao uso da carteiraprofissional, devendo os profissionais, que se encontrarem nas condições das alíneas a e b do art. 325, registar osseus diplomas de acordo com a legislação vigente.§ 1º A requisição de carteiras profissionais para uso dos químicos, alem do disposto no capítulo "DaIdentificação Profissional", somente será processada mediante apresentação dos seguintes documentos queprovem:a) ser o requerente brasileiro, nato ou naturalizado, ou estrangeiro;b) estar, se for brasileiro, de posse dos direitos civis e políticos;c) ter diploma de químico, químico industrial, químico industrial agrícola, ou engenheiro químico, expedido porescola superior oficial ou oficializada;d) ter, se diplomado estrangeiro, o respectivo diploma revalidado nos termos da lei;e) haver, o que for brasileiro naturalizado, prestado serviço militar no Brasil;f) achar-se, o estrangeiro, ao ser promulgada a Constituição de 1934, exercendo legitimamente, na República, aprofissão de químico, ou concorrer a seu favor a existência de reciprocidade internacional, admitida em lei, parao reconhecimento dos diplomas dessa especialidade.§ 2º A requisição de que trata o parágrafo anterior deve ser acompanhada:a) do diploma devidamente autenticado, no caso da alínea b do artigo precedente, e com as firmas reconhecidasno país de origem e na Secretaria de Estado das Relações Exteriores, ou da respectiva certidão, bem como dotítulo de revalidação, ou certidão respectiva, de acordo com a legislação em vigor;b) do certificado ou atestado comprobatório de se achar o requerente, na hipótese da alínea c do referido artigo,ao tempo da publicação do decreto n. 24.693, de 12 de julho de 1934, no exercício efetivo de função pública, ouparticular, para a qual seja exigida a qualidade de químico, devendo esses documentos ser autenticados pelodelegado regional do trabalho, quando se referirem a requerentes moradores nas capitais dos Estados, ou coletorfederal, no caso de residirem os interessados os municípios do interior;c) de três exemplares de fotografia exigida pelo artigo 329 e de uma folha com as declarações que devam serlançadas na carteira profissional, de conformidade com o disposto nas alíneas do mesmo artigo e seu parágrafoúnico.§ 3º Reconhecida a validade dos documentos apresentados, o Serviço de Identificação Profissional doDepartamento Nacional do Trabalho, no Distrito Federal, ou os órgãos regionais do Ministério do Trabalho,Indústria e Comércio, nos Estados e no Território do Acre, registarão, em livros próprios, os documentos a quese refere a alínea c do § 1º e, juntamente com a carteira profissional emitida, os devolverão ao interessado.__________Nota:Revogado pelo art. 15 da Lei n. 2.800/56__________Art. 327. Alem dos emolumentos fixados no Capítulo "Da Identificação Profissional", o registo do diploma ficasujeito à taxa de 30 cruzeiros.___________Nota:Revogado pela Lei nº 2.800/56___________

Art. 328. Só poderão ser admitidos a registro os diplomas, certificados de diplomas, cargas e outros títulos, bemcomo atestados e certificados que estiverem na devida forma e cujas firmas hajam sido regularmentereconhecidas por tabelião público e, sendo estrangeiros, pela Secretaria do Estado das Relações Exteriores,acompanhados estes últimos da respectiva tradução, feita por intérprete comercial brasileiro.Art. 329. A cada inscrito, e como documento comprobatório do registro, será fornecida pelo DepartamentoNacional do Trabalho no Distrito Federal, ou pelas Delegacias Regionais, nos Estados, uma Carteira do Trabalhoe Previdência Social, numerada, que, além da fotografia, medindo 3 (três) por 4 (quatro) centímetros, tirada defrente, com a cabeça descoberta, e das impressões do polegar, conterá as declarações seguintes:a) o nome por extenso;b) a nacionalidade e, se estrangeiro, a circunstância de ser ou não naturalizado;c) a data e lugar do nascimento;d) a denominação da escola em que houver feito o curso;e) a data da expedição do diploma e o número do registro no respectivo Conselho respectivo Conselho Regionalde Química;f) a data da revalidação do diploma, se de instituto estrangeiro;g) a especificação, inclusive data, de outro título ou títulos de habilitação;h) a assinatura do inscrito.Art. 330 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social, expedida nos termos desta Seção, é obrigatória para oexercício da profissão, substitui em todos os casos o diploma ou título e servirá de carteira de identidade.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 5.922/1943__________Art. 331 Nenhuma autoridade poderá receber impostos relativos ao exercício profissional de químico, senão àvista da prova de que o interessado se acha registrado de acordo com a presente Seção, e essa prova será tambémexigida para a realização de concursos periciais e todos os outros atos oficiais que exijam capacidade técnica dequímico.Art. 332. Quem, mediante anúncio, placas, cartões comerciais ou outros meios capazes de ser identificados, sepropuser ao exercício da química, em qualquer dos seus ramos, sem que esteja devidamente registrado, ficasujeito às penalidades aplicáveis ao exercício ilegal da profissão.Art. 333. Os profissionais a que se referem os dispositivos anteriores só poderão exercer legalmente as funçõesde químicos depois de satisfazerem as obrigações constantes do Art.330 desta Seção.Art. 334. O exercício da profissão de químico compreende:a) a fabricação de produtos e subprodutos químicos em seus diversos graus de pureza;b) a análise química, a elaboração de pareceres, atestados e projetos da especialidade e sua execução, períciacivil ou judiciária sobre essa matéria, a direção e a responsabilidade de laboratórios ou departamentos químicos,de indústria e empresas comerciais;c) o magistério nas cadeiras de química dos cursos superiores especializados em química;d) a engenharia química.§ 1º Aos químicos, químicos industriais e químicos industriais agrícolas que estejam nas condições estabelecidasno Art. 325, alíneas a, b, compete o exercício das atividades definidas nos itens a, b, c deste artigo, sendoprivativa dos engenheiros químicos a do item d.§ 2º Aos que estiverem nas condições do Art. 325, alíneas a, b, compete, como aos diplomados em medicina oufarmácia, as atividades definidas no Art.2, alíneas d, e, f do Decreto nº 20.377, de 8 de setembro de 1931,cabendo aos agrônomos e engenheiros agrônomos as que se acham especificadas no ART.6, alínea h, do Decretonº 23.196, de 12 de outubro de 1933.Art. 335. É obrigatória a admissão de químicos nos seguintes tipos de indústria:a) de fabricação de produtos químicos;b) que mantenham laboratório de controle químico;c) de fabricação de produtos industriais que são obtidos por meio de reações químicas dirigidas, tais como:cimento, açúcar e álcool, vidro, curtume, massas plásticas artificiais, explosivos, derivados de carvão ou depetróleo, refinação de óleos vegetais ou minerais, sabão, celulose e derivados.Art. 336. No preenchimento de cargos públicos, para os quais se faz mister a qualidade de químico, ressalvadasas especializações referidas no § 2º do Art.334, a partir da data da publicação do Decreto nº 24.693, de 12 dejulho de 1934, requer-se como condição essencial, que os candidatos previamente hajam satisfeito as exigênciasdo ART.333 desta Seção.Art. 337. Fazem fé pública os certificados de análises químicas, pareceres, atestados, laudos de perícias eprojetos relativos a essa especialidade, assinados por profissionais que satisfaçam as condições estabelecidas nasalíneas a, b do Art.325.Art. 338. É facultado aos químicos que satisfizerem as condições constantes do Art.325, alíneas a, b, o ensino daespecialidade a que se dedicarem, nas escolas superiores, oficiais ou oficializadas.Parágrafo único. Na hipótese de concurso para o provimento de cargo ou emprego público, os químicos a queeste artigo se refere terão preferência, em igualdade de condições.

Art. 339. O nome do químico responsável pela fabricação dos produtos de uma fábrica, usina ou laboratóriodeverá figurar nos respectivos rótulos, faturas e anúncios, compreendida entre estes últimos a legenda impressaem cartas e sobrecartas.Art. 340 - Somente os químicos habilitados, nos termos do Art.325, alíneas a, b, poderão ser nomeados ex officiopara os exames periciais de fábricas, laboratórios e usinas e de produtos aí fabricados.Parágrafo único. Não se acham compreendidos no artigo anterior os produtos farmacêuticos e os laboratórios deprodutos farmacêuticos.Art. 341 Cabe aos químicos habilitados, conforme estabelece o Art.325, alíneas a, b, a execução de todos osserviços que, não especificados no presente regulamento, exijam por sua natureza o conhecimento de química.Art. 342. A fiscalização do exercício da profissão de químico incumbe ao Conselhos Regionais de Química.Art. 343. São atribuições dos órgãos de fiscalização:a) examinar os documentos exigidos para o registro profissional de que trata o Art. 326 e seus parágrafos 1 e 2 eo Art.327, proceder à respectiva inscrição e indeferir o pedido dos interessados que não satisfizerem asexigências desta Seção;b) registrar as comunicações e contratos, a que aludem o Art. 350 e seus parágrafos, e dar as respectivas baixas;c) verificar o exato cumprimento das disposições desta Seção, realizando as investigações que forem necessárias,bem como o exame dos arquivos, livros de escrituração, folhas de pagamento, contratos e outros documentos deuso de firmas ou empresas industriais ou comerciais, em cujos serviços tome parte 1 (um) ou mais profissionaisque desempenhem função para a qual se deva exigir a qualidade de químico.Art. 344. Aos sindicatos de químicos devidamente reconhecidos é facultado auxiliar a fiscalização, no tocante àobservância da alínea c do artigo anterior. Art. 345. Verificando-se, pelos Conselhos Regionais de Química, serem falsos os diplomas ou outros títulosdessa natureza, atestados, certificados e quaisquer documentos exibidos para os fins de que trata esta Seção,incorrerão os seus autores e cúmplices nas penalidades estabelecidas em lei.Parágrafo único. A falsificação de diploma ou outros quaisquer títulos, uma vez verificada, implicará ainstauração, pelo respectivo Conselho Regional de Química, do processo que no caso couber.Art. 346. Será suspenso do exercício de suas funções, independentemente de outras penas em que possa incorrer,o químico, inclusive o licenciado, que incidir em alguma das seguintes faltas:a) revelar improbidade profissional, dar falso testemunho, quebrar o sigilo profissional e promover falsificações,referentes à prática de atos de que trata esta Seção;b) concorrer com seus conhecimentos científicos para a prática de crime ou atentado contra a pátria, a ordemsocial ou a saúde pública;c) deixar, no prazo marcado nesta Seção, de requerer a revalidação e registro do diploma estrangeiro, ou o seuregistro profissional no respectivo Conselho Regional de Química.Parágrafo único. O tempo de suspensão a que alude este artigo variará entre 1 (um) mês e 1 (um) ano, a critériodo Conselho Regional de Química, após processo regular, ressalvada a ação da justiça pública.Art. 347. Àqueles que exercerem a profissão de químico sem ter preenchido as condições do art. 325 e suasalíneas, nem promovido o seu registo, nos termos do art. 326, incorrerão na multa de 4 (quatro) A 100 (cem)valores de referência regionais, que será elevada ao dobro, no caso de reincidência.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 6.205/75 c/c art. 7º da Lei 6.986/82__________Art. 348. Aos licenciados a que alude o § 1º do Art.325 poderão, por ato do Conselho Regional de Química,sujeito à aprovação do Conselho Federal de Química, ser cassadas as garantias asseguradas por esta Seção, desdeque interrompam, por motivo de falta prevista no ART.346, a função pública ou particular em que seencontravam por ocasião da publicação do Decreto nº 24.693, de 12 de julho de 1934.Art. 349. O número de químicos estrangeiros a serviço de particulares, empresas ou companhias não poderáexceder de 1/3 (um terço) aos dos profissionais brasileiros compreendidos nos respectivos quadros.Art. 350 - O químico que assumir a direção técnica ou cargo de químico dequalquer usina, fábrica, ou laboratório industrial ou de análise deverá, dentro de 24 (vinte e quatro) horas e porescrito, comunicar essa ocorrência ao órgão fiscalizador, contraindo, desde essa data, a responsabilidade da partetécnica referente à sua profissão, assim como a responsabilidade técnica dos produtos manufaturados.§ 1º Firmando-se contrato entre o químico e o proprietário da usina, fábrica ou laboratório, será esse documentoapresentado, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, para registro, ao órgão fiscalizador.§ 2º Comunicação idêntica à de que trata a primeira parte deste artigo fará o químico quando deixar a direçãotécnica ou o cargo de químico, em cujo exercício se encontrava, a fim de ressalvar a sua responsabilidade efazer-se o cancelamento do contrato. Em caso de falência do estabelecimento, a comunicação será feita pelafirma proprietária.

SEÇÃO XIV - Das Penalidades

Art. 351. Os infratores dos dispositivos do presente capítulo incorrerão na multa de 3 a300 valores de referênciaregionais, segundo a natureza da infração, sua extensão e a intenção de quem a praticou, aplicada em dobro nocaso de reincidência, oposição à fiscalização ou desacato à autoridade.__________Nota:Valor atual vide Anexo II da Portaria nº 290/97.__________Parágrafo único. São competentes para impor penalidades as autoridades de 1ª instância incumbidas dafiscalização dos preceitos constantes do presente capítulo.

CAPÍTULO II - Da Nacionalização do Trabalho

SEÇÃO I - Da Proporcionalidade de Empregados BrasileirosArt. 352. As empresas, individuais ou coletivas, que explorem serviços públicos dados em concessão, ou queexerçam atividades industriais ou comerciais, são obrigadas a manter, no quadro do seu pessoal, quandocomposto de 3 (três) ou mais empregados, uma proporção de brasileiros não inferior à estabelecida no presenteCapítulo.§ 1º Sob a denominação geral de atividades industriais e comerciais compreendem-se, além de outras quevenham a ser determinadas em portaria do Ministro do Trabalho, as exercidas:a) nos estabelecimentos industriais em geral;b) nos serviços de comunicações, de transportes terrestres, marítimos, fluviais, lacustres e aéreos;c) nas garagens, oficinas de reparos e postos de abastecimento de automóveis e nas cocheiras;d) na indústria de pesca;e) nos estabelecimentos comerciais em geral;f) nos escritórios comerciais em geral;g) nos estabelecimentos bancários, ou de economia coletiva, nas empresas de seguros e nas de capitalização;h) nos estabelecimentos jornalísticos, de publicidade e de radiodifusão;i) nos estabelecimentos de ensino remunerado, excluídos os que neles trabalhem por força de voto religioso;j) nas drogarias e farmácias;k) nos salões de barbeiro ou cabeleireiro e de beleza;l) nos estabelecimentos de diversões públicas, excluídos os elencos teatrais, e nos clubes esportivos;m) nos hotéis, restaurantes, bares e estabelecimentos congêneres;n) nos estabelecimentos hospitalares e fisioterápicos cujos serviços sejam remunerados, excluídos os que nelestrabalhem por força de voto religioso;o) nas empresas de mineração;p) nas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais órgãos da Administração direta ouindireta que tenham em seus quadros de pessoal, empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho.§ 2º Não se acham sujeitas às obrigações da proporcionalidade as indústrias rurais, as que, em zona agrícola, sedestinem ao beneficiamento ou transformação de produtos da região e as atividades industriais de naturezaextrativa, salvo a mineração.Art. 353. Equiparam-se aos brasileiros, para os fins deste Capítulo, ressalvado o exercício de profissõesreservadas aos brasileiros natos ou aos brasileiros em geral, os estrangeiros que, residindo no País há mais de 10(dez) anos, tenham cônjuge ou filho brasileiro, e os portugueses.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 6.651/79__________Art. 354. A proporcionalidade será de dois terços de empregados brasileiros, podendo, entretanto, ser fixadaproporcionalidade inferior, em atenção às circunstâncias especiais de cada atividade, mediante ato do PoderExecutivo, e depois de devidamente apurada pelo Departamento Nacional do Trabalho e pelo Serviço deEstatística de Previdência e Trabalho a insuficiência do número de brasileiros na atividade de que se tratar.Parágrafo único. A proporcionalidade é obrigatória não só em relação à totalidade do quadro de empregados,com as exceções desta lei, como ainda em relação à correspondente folha de salários.Art. 355. Consideram-se como estabelecimentos autônomos, para os efeitos da proporcionalidade a serobservada, as sucursais, filiais e agências em que trabalhem três ou mais empregados.Art. 356. Sempre que uma empresa ou indivíduo explore atividades sujeitas a proporcionalidades diferentes,observar-se-á, em relação a cada uma delas, a que lhe corresponder.Art. 357. Não se compreendem na proporcionalidade os empregados que exerçam funções técnicasespecializadas, desde que, a juízo do Ministério do Trabalho haja falta de trabalhadores nacionais.Art. 358. Nenhuma empresa, ainda que não sujeita à proporcionalidade, poderá pagar a brasileiro que exerçafunção análoga, a juízo do Ministério do Trabalho à que é exercida por estrangeiro a seu serviço, salário inferiorao deste, excetuando-se os casos seguintes:

a) quando, nos estabelecimentos que não tenham quadros de empregados organizados em carreira, o brasileirocontar menos de 2 (dois) anos de serviço, e o estrangeiro mais de 2 (dois) anos;b) quando, mediante aprovação do Ministério do Trabalho houver quadro organizado em carreira em que sejagarantido o acesso por antigüidade;c) quando o brasileiro for aprendiz, ajudante ou servente, e não o for o estrangeiro;d) quando a remuneração resultar de maior produção, para os que trabalham à comissão ou por tarefa.Parágrafo único. Nos casos de falta ou cessação de serviço, a dispensa do empregado estrangeiro deve preceder àde brasileiro que exerça função análoga.

SEÇÃO II - Das Relações Anuais de EmpregadosArt. 359. Nenhuma empresa poderá admitir a seu serviço empregado estrangeiro sem que este exiba a carteira deidentidade de estrangeiro devidamente anotada.Parágrafo único. A empresa é obrigada a assentar no registro de empregados os dados referentes à nacionalidadede qualquer empregado estrangeiro e o número da respectiva carteira de identidade.Art. 360. Toda empresa compreendida na enumeração do art. 352, § 1º, deste capítulo, qualquer que seja onúmero de seus empregados deve apresentar anualmente às repartições competentes do Ministério do Trabalho,Indústria e Comércio, de 2 de maio a 30 de junho, uma relação, em três vias, de todos os seus empregados,segundo o modelo que for expedido.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 6.353/44__________§ 1º As relações terão, na 1ª via, o selo de três cruzeiros pela folha inicial e dois cruzeiros, por folha excedente,além do selo do Fundo de Educação, e nelas será assinalada, em tinta vermelha, a modificação havida comreferência à última relação apresentada. Se tratar de nova empresa, a relação, encimada pelos dizeres - PrimeiraRelação - deverá ser feita dentro de 30 (trinta) dias de seu registro no Departamento Nacional da Indústria eComércio ou repartições competentes.__________Nota:O selo deixou de existir pela Lei nº 3.519/58__________§ 2º A entrega das relações far-se-á diretamente às repartições competentes do Ministério do Trabalho ou, ondenão as houver, às da Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, que as remeterão desde logoàquelas repartições. A entrega operar-se-á contra recibo especial, cuja exibição é obrigatória, em caso defiscalização, enquanto não for devolvida ao empregador a via autenticada da declaração.§ 3º Quando não houver empregado far-se-á declaração negativa.Art. 361 Apurando-se, das relações apresentadas, qualquer infração, será concedido ao infrator o prazo de 10(dez) dias para defesa, seguindo-se o despacho pela autoridade competente.Art. 362. As repartições às quais competir a fiscalização do disposto no presente Capítulo manterão fichárioespecial de empresas, do qual constem as anotações referentes ao respectivo cumprimento, e fornecerão aosinteressados as certidões de quitação que se tornarem necessárias, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da datado pedido.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229/67__________§ 1º As certidões de quitação farão prova até 30 de setembro do ano seguinte àquele a que se referirem e estarãosujeitas à taxa correspondente a 1/10 (um décimo) do valor-de-referência regional. Sem elas nenhumfornecimento ou contrato poderá ser feito com o Governo da União, dos Estados ou Municípios, ou com asinstituições paraestatais a eles subordinadas, nem será renovada autorização à empresa estrangeira para funcionarno País.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229/67__________§ 2º A primeira via da relação, depois de considerada pela repartição fiscalizadora, será remetida anualmente aoCentro de Documentação e Informática (CDI) da Secretaria Geral, como subsídio ao estudo das condições demercado de trabalho, de um modo geral, e, em particular, no que se refere à mão-de-obra qualificada.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-Lei nº 229/67__________

§ 3º A segunda via da relação será remetida pela participação competente ao Centro de Documentação eInformática do Ministério do Trabalho e a terceira via devolvida à empresa, devidamente autenticada.__________Nota:Acrescentado pelo Decreto-Lei nº 229/67__________

SEÇÃO III - Das PenalidadesArt. 363. O processo das infrações do presente Capítulo obedecerá ao disposto no título "Do Processo de MultasAdministrativas", no que lhe for aplicável, com observância dos modelos de auto a serem expedidos.Art. 364. As infrações do presente capítulo serão punidas com a multa de 6 (seis) a 600 (seiscentos) valores dereferência regionais.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 6.205/75 c/c art. 7º da Lei 6.986/82Valor atual vide Anexo II da Portaria nº 290/97__________

Parágrafo único. Em se tratando de empresa concessionária de serviço público, ou de sociedade estrangeiraautorizada a funcionar no país, se a infratora, depois de multada, não atender afinal ao cumprimento do textoinfringido, poderá ser-lhe cassada a concessão ou autorização.

SEÇÃO IV - Disposições GeraisArt. 365. O presente Capítulo não derroga as restrições vigentes quanto às exigências de nacionalidade brasileirapara o exercício de determinadas profissões nem as que vigoram para as faixas de fronteiras, na conformidade darespectiva legislação.Art. 366. Enquanto não for expedida a carteira a que se refere o Art.359 deste Capítulo, valerá, a título precário,como documento hábil, uma certidão, passada pelo serviço competente do Registro de Estrangeiros, provandoque o empregado requereu sua permanência no País.Art. 367. A redução a que se refere o Art.354, enquanto o Serviço de Estatística da Previdência e Trabalho nãodispuser dos dados estatísticos necessários à fixação da proporcionalidade conveniente para cada atividade,poderá ser feita por ato do Ministro do Trabalho mediante representação fundamentada da associação sindical.Parágrafo único. O Serviço de Estatística da Previdência e Trabalho deverá promover e manter em dia, estudosnecessários aos fins do presente Capítulo.

SEÇÃO V - Das Disposições Especiais sobre a Nacionalização da Marinha MercanteArt. 368. O comando de navio mercante nacional só poderá ser exercido por brasileiro nato.Art. 369. A tripulação de navio ou embarcação nacional será constituída, pelos menos, 2/3 (dois terços) debrasileiros natos.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 5.683/71__________Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos navios nacionais de pesca, sujeitos a legislaçãoespecífica.__________Nota:Acrescentado pela Lei nº 5.683/71__________Art. 370 - As empresas de navegação organizarão as relações dos tripulantes das respectivas embarcações,enviando-as no prazo a que se refere a Seção II deste Capítulo à Delegacia do Trabalho Marítimo onde asmesmas tiverem sede.__________Nota:As Delegacias de Trabalho Marítimo foram extintas pela Lei nº 7.731/89__________Parágrafo único. As relações a que alude o presente artigo obedecerão, na discriminação hierárquica e funcionaldo pessoal embarcadiço, ao quadro aprovado pelo regulamento das Capitanias dos Portos.Art. 371 A presente Seção é também aplicável aos serviços de navegação fluvial e lacustre e à praticagem nasbarras, portos, rios, lagos e canais.

CAPÍTULO III - Da Proteção do Trabalho da Mulher

SEÇÃO I - Da Duração, Condições do Trabalho e da Discriminação contra a Mulher

__________Nota:Redação dada pela Lei nº 9.799/99__________Art. 372. Os preceitos que regulam o trabalho masculino são aplicáveis ao trabalho feminino, naquilo em quenão colidirem com a proteção especial instituída por este Capítulo.Parágrafo único. Não é regido pelos dispositivos a que se refere este artigo o trabalho nas oficinas em que sirvamexclusivamente pessoas da família da mulher e esteja esta sob a direção do esposo, do pai, da mãe, do tutor ou dofilho.Art. 373. A duração normal de trabalho da mulher será de 8 (oito) horas diárias, exceto nos casos para os quaisfor fixada duração inferior.Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulherao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado:__________Nota:Acrescentado pela Lei nº 9.799/99__________I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo à idade, à cor ou situaçãofamiliar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir;II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, cor, situação familiarou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e publicamente incompatível;III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração,formação profissional e oportunidades de ascensão profissional;IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissãoou permanência no emprego;V - impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou aprovação em concursos, emempresas privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez;VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias.__________Nota:Acrescentados pela Lei nº 9.799/99__________Parágrafo único. O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias que visem aoestabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres, em particular as que se destinam a corrigiras distorções que afetam a formação profissional, o acesso ao emprego e as condições gerais de trabalho damulher.__________Nota:Acrescentado pela Lei nº 9.799/99__________Art. 374 - A duração normal diária do trabalho da mulher poderá ser no máximo elevada de 2 (duas) horas,independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção ou acordo coletivo nos termos do Título VI destaConsolidação, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela diminuição em outro, de modo aser observado o limite de 48 (quarenta e oito) horas semanais ou outro inferior legalmente fixado.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67 e revogada pela Lei nº 7.855/89__________Art. 375. Mulher nenhuma poderá ter o seu horário de trabalho prorrogado, sem que esteja para isso autorizadapor atestado médico oficial, constante de sua carteira profissional.___________Nota:Revogada pela Lei nº 7.855/89___________Parágrafo único. Nas localidades em que não houver serviço médico oficial, valerá para os efeitos legais oatestado firmado por médicos particulares em documento em separado.Art. 376. Somente em casos excepcionais, por motivo de força maior, poderá a duração do trabalho diurnoelevar-se alem do limite legal ou convencionado, até o máximo de doze horas, e o salário-hora será, pelo menos,25% (vinte e cinco por cento) superior ao de hora normal.___________Nota:Revogado pela Lei nº 10.244/2001___________

Parágrafo único. A prorrogação extraordinária de que trata este artigo deverá ser comunicada por escrito àautoridade competente, dentro do prazo de 48 (quarenta e oito) horas.Art. 377. A adoção de medidas de proteção ao trabalho das mulheres é considerada de ordem pública, nãojustificando, em hipótese alguma, a redução de salário.Art. 378. Na carteira profissional da mulher, serão feitas, em folhas especiais, as anotações e atestados médicosprevistos neste capítulo, de acordo com os modelos que forem expedidos.___________Nota:Revogado pela Lei nº 7.855/89___________

SEÇÃO II - Do Trabalho NoturnoArt. 379. É permitido o trabalho noturno da mulher maior de 18 (dezoito) anos, salvo em empresas ou atividadesindustriais.§ 1º A proibição quanto ao trabalho em empresas ou atividades industriais não se aplica:I - à mulher que ocupe posto de direção ou de qualificação técnica com acentuada responsabilidade; eII - à mulher empregada em serviços de higiene e de bem-estar, desde que não execute tarefas manuais comhabitualidade.§ 2º As empresas que se dedicam à industrialização de bens perecíveis, durante o período de safra, presumem-seautorizadas a empregar mulheres em trabalho noturno, quando ocorrer necessidade imperiosa de serviço.§ 3º A permissão de que trata o § 2º deste artigo estende-se às empresas cuja linha de produção utiliza matérias-primas ou matérias em elaboração suscetíveis de alteração rápida, quando necessário para salvá-las de perdairreparável.§ 4º Com a autorização, poderão ser exigidos da empresa meios especiais de proteção ao trabalho, inclusive denatureza ambiental, como os referentes a iluminação e ventilação, bem como o funcionamento de lanchonetes erefeitórios no período noturno.§ 5º O trabalho da mulher em horário noturno, de qualquer modo, só será permitido quando a aptidão paraexecutá-lo houver sido atestada no exame médico a que alude o artigo 380 desta Consolidação, anotada acircunstância no livro ou ficha de Registro de Empregados.§ 6º As autorizações referidas neste artigo poderão ser canceladas, a qualquer tempo, em relação à empresa quedeixar de observar as normas de segurança e medicina do trabalho de que trata o Capítulo VI do Título IV destaConsolidação.§ 7º As empresas comunicarão à autoridade competente, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a circunstânciaexcepcional que as levou ao emprego de mulheres em horário noturno.§ 8º Para atender a interesse nacional relevante e ouvidas as correspondentes organizações sindicais deempregadores e trabalhadores, a proibição do trabalho noturno da mulher, em empresas ou atividades industriais,poderá ser suspensa:I - por decreto do Poder Executivo, sem limitação quanto ao período de serviço noturno;II - por portaria do Ministro do Trabalho, até às 24 (vinte e quatro) horas.___________Nota:Redação dada pela Lei nº 7.189/84 e revogada pela Lei nº 7.855/89___________Art. 380. Para o trabalho a que se refere a alínea c do artigo anterior, torna-se obrigatória, alem da fixação dossalários por parte dos empregadores, a apresentação à autoridade competente dos documentos seguintes:___________Nota:Revogado pela Lei nº 7.855/89___________a) atestado de bons antecedentes, fornecido pela autoridade competente;b) atestado de capacidade física e mental, passado por médico oficial.Art. 381 O trabalho noturno das mulheres terá salário superior ao diurno.§ 1º Para os fins desse artigo, os salários serão acrescidos duma percentagem adicional de 20% (vinte por cento)no mínimo.§ 2º Cada hora do período noturno de trabalho das mulheres terá 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta)segundos.

SEÇÃO III - Dos Períodos de DescansoArt. 382. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho, haverá um intervalo de 11 (onze) horas consecutivas, no mínimo,destinado ao repouso.Art. 383. Durante a jornada de trabalho, será concedido à empregada um período para refeição e repouso nãoinferior a 1 (uma) hora nem superior a 2 (duas) horas salvo a hipótese prevista no Art.71, § 3º.

Art. 384. Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos nomínimo, antes do início do período extraordinário do trabalho.Art. 385. O descanso semanal será de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas e coincidirá no todo ou em partecom o domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa de serviço, a juízo daautoridade competente, na forma das disposições gerais, caso em que recairá em outro dia.Parágrafo único. Observar-se-ão, igualmente, os preceitos da legislação geral sobre a proibição de trabalho nosferiados civis e religiosos.Art. 386. Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma escala de revezamento quinzenal, que favoreça orepouso dominical.

SEÇÃO IV - Dos Métodos e Locais de TrabalhoArt. 387. É proibido o trabalho da mulher:___________Nota:Revogado pela Lei nº 7.855/89___________a) nos subterrâneos, nas minerações em sub-solo, nas pedreiras e obras, de construção pública ou particular.b) nas atividades perigosas ou insalubres, especificadas nos quadros para este fim aprovados.Art. 388. Em virtude de exame e parecer da autoridade competente, o Ministro do Trabalho poderá estabelecerderrogações totais ou parciais às proibições a que alude o artigo anterior, quando tiver desaparecido, nos serviçosconsiderados perigosos ou insalubres, todo e qualquer caráter perigoso ou prejudicial mediante a aplicação denovos métodos de trabalho ou pelo emprego de medidas de ordem preventiva.__________Nota:Artigo prejudicado pela revogação do artigo anterior.__________Art. 389 - Toda empresa é obrigada:I - a prover os estabelecimentos de medidas concernentes à higienização dos métodos e locais de trabalho, taiscomo ventilação e iluminação e outros que se fizerem necessários à segurança e ao conforto das mulheres, acritério da autoridade competente;II - a instalar bebedouros, lavatórios, aparelhos sanitários; dispor de cadeiras ou bancos, em número suficiente,que permitam às mulheres trabalhar sem grande esgotamento físico;III - instalar vestiários com armários individuais privativos das mulheres, exceto os estabelecimentos comerciais,escritórios, bancos e atividades afins, em que não seja exigida a troca de roupa, e outros, a critério da autoridadecompetente em matéria de segurança e higiene do trabalho, admitindo-se como suficientes as gavetas ouescaninhos, onde possam as empregadas guardar seus pertences;IV - a fornecer, gratuitamente, a juízo da autoridade competente, os recursos de proteção individual, tais comoóculos, máscaras, luvas e roupas especiais, para a defesa dos olhos, do aparelho respiratório e da pele, de acordocom a natureza do trabalho.§ 1º - Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 (trinta) mulheres, com mais de 16 (dezesseis) anosde idade, terão local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seusfilhos no período da amamentação.§ 2º - A exigência do § 1º poderá ser suprida por meio de creches distritais mantidas, diretamente ou medianteconvênios, com outras entidades públicas ou privadas, pelas próprias empresas, em regime comunitário, ou acargo do SESI, do SESC, da LBA, ou de entidades sindicais.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________Art. 390 - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscularsuperior a 20 (vinte) quilos para o trabalho contínuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional.Parágrafo único. Não está compreendida na determinação deste artigo a remoção de material feita por impulsãoou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos.Art. 390A. (VETADO)__________Nota:De acordo com a Lei nº 9.799/99__________Art. 390B. As vagas dos cursos de formação de mão-de-obra, ministrados por instituições governamentais, pelospróprios empregadores ou por qualquer órgão de ensino profissionalizante, serão oferecidas aos empregados deambos os sexos.__________Nota:

Acrescentado pela Lei nº 9.799/99__________Art. 390C. As empresas com mais de cem empregados, de ambos os sexos deverão manter programas especiaisde incentivos e aperfeiçoamento profissional da mão-de-obra.__________Nota:Acrescentado pela Lei nº 9.799/99__________Art. 390D. (VETADO)___________Nota:De acordo com a Lei nº 9.799/99___________Art. 390E A pessoa jurídica poderá associar-se a entidade de formação profissional, sociedades civis, sociedadescooperativas, órgãos e entidades públicas ou entidades sindicais, bem como firmar convênios para odesenvolvimento de ações conjuntas, visando à execução de projetos relativos ao incentivo ao trabalho damulher.__________Nota:Acrescentado pela Lei nº 9.799/99__________

SEÇÃO V - Da Proteção à MaternidadeArt. 391 Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraídomatrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez.Parágrafo único. Não serão permitidos em regulamentos de qualquer natureza, contratos coletivos ou individuaisde trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu emprego, por motivo de casamento ou de gravidez.Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo doemprego e do salário.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 10.421/2002__________§ 1º A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamentodo emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência deste.§ 2º Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um,mediante atestado médico.§ 3º Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias previstos neste artigo.__________Nota:Redação dos parágrafos anteriores dada pela Lei nº 10.421/2002__________§ 4º É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos:I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da funçãoanteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho;II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultasmédicas e demais exames complementares.__________Nota:Redação dada pelo(a) Lei nº 9.799/99__________ § 5º (VETADO)___________Nota: De acordo com a Lei nº 10.421/2002, o parágrafo 5º teve sua redação vetada.___________Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será concedidalicença-maternidade nos termos do art. 392, observado o disposto no seu § 5º.___________Nota: Acrescentado pela Lei nº 10.421/2002___________

§ 1º No caso de adoção ou guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, o período de licença será de 120(cento e vinte) dias.§ 2º No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 (um) ano até 4 (quatro) anos de idade, operíodo de licença será de 60 (sessenta) dias.§ 3º No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito) anos de idade, operíodo de licença será de 30 (trinta) dias.§ 4º A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ouguardiã.___________Nota: Acrescentados pela Lei nº 10.421/2002__________Art. 393. Durante o período a que se refere o Art.392, a mulher terá direito ao salário integral e, quando variável,calculado de acordo com a média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, bem como aos direitos e vantagensadquiridos, sendo-lhe ainda facultado reverter à função que anteriormente ocupava.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________Art. 394. Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado romper o compromisso resultante de qualquercontrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação.Art. 395. Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repousoremunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seuafastamento.Art. 396. Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito,durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um.Parágrafo único. Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério deautoridade competente.Art. 397. O SESI, o SESC, a LBA, e outras entidades públicas destinadas à infância manterão ousubvencionarão, de acordo com suas possibilidades financeiras, escolas maternais e jardins de infância,distribuídos nas zonas de maior densidade de trabalhadores, destinados especialmente aos filhos das mulheresempregadas.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________Art. 398. As instituições de Previdência Social, de acordo com instruções expedidas pelo ministro do Trabalho,Indústria e Comércio, financiarão os serviços de manutenção das creches construídas pelos empregadores oupelas instituições particulares idôneas.__________Nota:Revogado pelo Decreto-lei nº 229/67__________Art. 399. O Ministro do Trabalho conferirá diploma de benemerência aos empregadores que se distinguirem pelaorganização e manutenção de creches e de instituições de proteção aos menores em idade pré-escolar, desde quetais serviços se recomendem por sua generosidade e pela eficiência das respectivas instalações.Art. 400 - Os locais destinados à guarda dos filhos das operárias durante o período da amamentação deverãopossuir, no mínimo, um berçário, uma saleta de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária.

SEÇÃO VI - Das PenalidadesArt. 401 Pela infração de qualquer dispositivo deste Capítulo, será imposta ao empregador a multa de 2 (dois) a20 (vinte) valores de referência regionais, aplicada pelas Delegacias Regionais do Trabalho ou por autoridadesque exerçam funções delegadas.§ 1º A penalidade será sempre aplicada no grau máximo:a) se ficar apurado o emprego de artifício ou simulação para fraudar a aplicação dos dispositivos deste Capítulo;b) nos casos de reincidência.§ 2º O processo na verificação das infrações, bem como na aplicação e cobrança das multas, será o previsto notítulo "Do Processo de Multas Administrativas", observadas as disposições deste artigo.Art. 401A. (VETADO)__________Nota:De acordo com a Lei nº 9.799/99__________

Art. 401B. (VETADO)__________Nota:De acordo com a Lei nº 9.799/99__________

CAPÍTULO IV - Da Proteção do Trabalho do Menor

SEÇÃO I - Disposições GeraisArt. 402. Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de quatorze até dezoito anos.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 10.097/2000__________Parágrafo único - O trabalho do menor reger-se-á pelas disposições do presente Capítulo, exceto no serviço emoficinas em que trabalhem exclusivamente pessoas da família do menor e esteja este sob a direção do pai, mãeou tutor, observado, entretanto, o disposto nos artigos 404, 405 e na Seção II.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________Art. 403. É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, apartir dos quatorze anos.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 10.097/2000__________Parágrafo único. O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais à sua formação, ao seudesenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a freqüência à escola.__________NotaRedação dada pela Lei nº 10.097/2000__________a) garantia de freqüência à escola que assegure sua formação ao menos em nível primário;__________Nota:Revogada pela Lei nº 10.097/2000__________b) serviços de natureza leve, que não sejam nocivos à sua saúde e ao seu desenvolvimento normal.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67 e revogada pela Lei nº 10.097/2000__________Art. 404. Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, considerado este o que for executado noperíodo compreendido entre as 22 (vinte e duas) horas e as 5 (cinco) horas.Art. 405. Ao menor não será permitido o trabalho:I - nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes de quadro para esse fim aprovado pelo Diretor-Geraldo DepartamentoNacional de Segurança e Higiene do Trabalho (atualmente pelo Secretário de Inspeção doTrabalho);II - em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________§ 1º Excetuam-se da proibição do item I os menores aprendizes maiores de 16 (dezesseis) anos, estagiários decursos de aprendizagem, na forma da lei, desde que os locais de trabalho tenham sido previamente vistoriados eaprovados pela autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho, com homologação peloDepartamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho, devendo os menores ser submetidos a examemédico semestralmente.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67 e revogada pela Lei nº 10.097/2000__________

§ 2º O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de prévia autorização do Juiz deMenores, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispensável à sua própria subsistência ou à de seus pais, avósou irmãos e se dessa ocupação não poderá advir prejuízo à sua formação moral.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________§ 3º Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho:a) prestado de qualquer modo em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos, cabarés, dancings eestabelecimentos análogos;b) em empresas circenses, em funções de acrobata, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes;c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes, desenhos, gravuras, pinturas,emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que possam, a juízo da autoridade competente, prejudicar suaformação moral;d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________§ 4º Nas localidades em que existirem, oficialmente reconhecidas, instituições destinadas ao amparo dosmenores jornaleiros, só aos que se encontrem sob o patrocínio dessas entidades será outorgada a autorização dotrabalho a que alude o § 2º.§ 5º Aplica-se ao menor o disposto no Art. 390 e seu parágrafo único.__________Nota:Acrescentados pelo Decreto-lei nº 229/67__________Art. 406 - O Juiz de Menores poderá autorizar ao menor o trabalho a que se referem as letras a e b do § 3º do art.405:I - desde que a representação tenha fim educativo ou a peça de que participe não possa ser prejudicial à suaformação moral;II - desde que se certifique ser a ocupação do menor indispensável à própria subsistência ou à de seus pais, avósou irmãos e não advir nenhum prejuízo à sua formação moral.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________Art. 407. Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo menor é prejudicial à sua saúde,ao seu desenvolvimento físico ou à sua moralidade, poderá ela obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo arespectiva empresa, quando for o caso, proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de funções.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________Parágrafo único. Quando a empresa tomar as medidas possíveis e recomendadas pela autoridade competentepara que o menor mude de função, configurar-se-á a rescisão do contrato de trabalho, na forma do Art. 483.__________Nota:Acrescentado pelo Decreto-lei nº 229/67__________Art. 408. Ao responsável legal do menor é facultado pleitear a extinção do contrato de trabalho, desde que oserviço possa acarretar para ele prejuízos de ordem física ou moral.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________Art. 409. Para maior segurança do trabalho e garantia da saúde dos menores, a autoridade fiscalizadora poderáproibir-lhes o gozo dos períodos de repouso nos locais de trabalho.Art. 410 - O Ministro do Trabalho poderá derrogar qualquer proibição decorrente do quadro a que se refere oinciso I do Art.405 quando se certificar haver desaparecido, parcial ou totalmente, o caráter perigoso ouinsalubre, que determinou a proibição.

SEÇÃO II - Da Duração do Trabalho

Art. 411 A duração do trabalho do menor regular-se-á pelas disposições legais relativas à duração do trabalho emgeral, com as restrições estabelecidas neste Capítulo.Art. 412. Após cada período de trabalho efetivo, quer contínuo, quer dividido em 2 (dois) turnos, haverá umintervalo de repouso, não inferior a 11 (onze) horas.Art. 413. É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo:I - até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção ou acordo coletivo nostermos do Título VI desta Consolidação, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado peladiminuição em outro, de modo a ser observado o limite máximo de 48 (quarenta e oito) horas semanais ou outroinferior legalmente fixado;II - excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo salarial depelo menos 50% (cinqüenta por cento) sobre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindívelao funcionamento do estabelecimento.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________Parágrafo único. Aplica-se à prorrogação do trabalho do menor o disposto no Art. 375, no parágrafo único doArt.376, no ART.378 e no ART.384 desta Consolidação.__________Nota:Acrescentado pelo Decreto-lei nº 229/67__________Art. 414. Quando o menor de 18 (dezoito) anos for empregado em mais de um estabelecimento, as horas detrabalho em cada um serão totalizadas.

SEÇÃO III - Da Admissão em Emprego e da Carteira de Trabalho e Previdência SocialArt. 415. Haverá a Carteira de Trabalho do menor para todos os menores de 18 anos, sem distinção de sexo,empregados em empresas ou estabelecimentos de fins econômicos e daqueles que lhes forem equiparados.Parágrafo único. A carteira obedecerá ao modelo que o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio adotar eserá emitida no Distrito Federal, pelo Departamento Nacional do Trabalho e, nos Estados, pelas DelegaciasRegionais do referido Ministério.__________Nota:Tacitamente revogado pelo Decreto-Lei nº 926/69__________

Art. 416. Os menores de 18 anos só poderão ser admitidos, como empregados, nas empresas ou estabelecimentosde fins econômicos e naqueles que lhes forem equiparados, quando possuidores da carteira a que se refere oartigo anterior, salvo a hipótese do art. 422.Art. 417 - A emissão da carteira será feita a pedido do menor, mediante a exibição dos seguintes documentos:I - certidão de idade ou documento legal que a substitua;II - autorização do pai, mãe ou responsável legal;III - autorização do Juiz de Menores, nos casos dos artigos 405, § 2º, e 406;IV - atestado médico de capacidade física e mental;V - atestado de vacinação;VI - prova de saber ler, escrever e contar;VII - duas fotografias de frente, com as dimensões de 0,04 m x 0,03m.Parágrafo único - Os documentos exigidos por este artigo serão fornecidos gratuitamente.__________Nota:Tacitamente revogado pelo Decreto-Lei nº 926/69Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________Art. 418 - Os atestados de capacidade física e mental referidos no artigo 417 serão fornecidos e revalidadosanualmente, pelas autoridades federais, estaduais ou municipais competentes ou pelo serviço médico da empresaou dos sindicatos de classe, devidamente autorizados pela autoridade competente em matéria de Segurança eHigiene de Trabalho, e, na falta destes, por médico designado pela autoridade de inspeção do trabalho.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67 e revogada pela Lei nº 7.855/89__________Parágrafo único - O atestado de vacina a que se refere o item V do artigo 417 deve ser fornecido pela autoridadeestadual ou municipal competente.

__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________Art. 419. A prova de saber ler, escrever e contar, a que se refere a alínea f do art. 417 será feita mediantecertificado de conclusão de curso primário. Na falta deste, a autoridade incumbida de verificar a validade dosdocumentos submeterá o menor ou mandará submetê-lo, por pessoa idônea, a exame elementar que constará deleitura de quinze linhas, com explicação do sentido, de ditado, nunca excedente de dez linhas, e cálculo sobre asquatro operações fundamentais de aritmética. Verificada a alfabetização do menor, será emitida a carteira.§ 1º Se o menor for analfabeto ou não estiver devidamente alfabetizado, a carteira só será emitida pelo prazo deum ano, mediante a apresentação de um certificado ou atestado de matrícula e freqüência em escola primária.§ 2º A autoridade fiscalizadora, na hipótese do parágrafo anterior, poderá renovar o prazo nele fixado, cabendo-lhe, em caso de não renovar tal prazo, cassar a carteira expedida.§ 3º Dispensar-se-á a prova de saber ler, escrever e contar, se não houver escola primária dentro do raio de doisquilômetros da sede do estabelecimento em que trabalhe o menor e não ocorrer a hipótese prevista no parágrafoúnico do art. 427. Instalada que seja a escola, proceder-se-á como nos parágrafos anteriores.__________Nota:Tacitamente revogada pela Lei nº 5.686/71, a qual alterou a redação do art. 16 da CLT, inserindo alínea “d”no parágrafo único, posteriormente alterada pela Lei n.º 8.260/91__________Art. 420 - A carteira, devidamente anotada, permanecerá em poder do menor, devendo, entretanto, constar doRegistro de empregados os dados correspondentes.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________Parágrafo único - Ocorrendo falta de anotação por parte da empresa, independentemente do procedimento fiscalprevisto no § 2º do art. 29, cabe ao representante legal do menor, ao agente da inspeção do trabalho, ao órgão doMinistério Público do Trabalho ou ao Sindicato, dar início ao processo de reclamação, de acordo com oestabelecido no Título II, Capítulo I, Seção V.__________Nota:Acrescentado pelo Decreto-lei nº 229/67__________Art. 421 - A carteira será emitida gratuitamente, aplicando-se à emissão de novas vias o disposto nos artigos 21 eseus parágrafos e no artigo 22.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67 e revogada pela Lei nº 5.686/71__________Art. 422. Nas localidades em que não houver serviço de emissão de carteiras poderão os empregadores admitirmenores como empregados, independentemente de apresentação de carteiras, desde que exibam os documentosreferidos nas alíneas a, d e f do art. 417. Esses documentos ficarão em poder do empregador e, instalado oserviço de emissão de carteiras, serão entregues à repartição emissora, para os efeitos do § 2º do referido artigo.Art. 423. O empregador não poderá fazer outras anotações na carteira de trabalho do menor alem das referentesao salário, data da admissão, férias e saída.

SEÇÃO IV - Dos Deveres dos Responsáveis Legais de Menores e dos Empregadores. Da AprendizagemArt. 424. É dever dos responsáveis legais de menores, pais, mães, ou tutores, afastá-los de empregos quediminuam consideravelmente o seu tempo de estudo, reduzam o tempo de repouso necessário à sua saúde econstituição física, ou prejudiquem a sua educação moral.Art. 425. Os empregadores de menores de 18 (dezoito) anos são obrigados a velar pela observância, nos seusestabelecimentos ou empresas, dos bons costumes e da decência pública, bem como das regras de higiene esegurança do trabalho.Art. 426. É dever do empregador, na hipótese do Art.407, proporcionar ao menor todas as facilidades para mudarde serviço.Art. 427. O empregador, cuja empresa ou estabelecimento ocupar menores, será obrigado a conceder-lhes otempo que for necessário para a freqüência às aulas.Parágrafo único. Os estabelecimentos situados em lugar onde a escola estiver a maior distância que 2 (dois)quilômetros, e que ocuparem, permanentemente, mais de 30 (trinta) menores analfabetos, de 14 (quatorze) a 18(dezoito) anos, serão obrigados a manter local apropriado em que lhes seja ministrada a instrução primária.

Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazodeterminado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze e menor de vinte e quatroanos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seudesenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligência, as tarefasnecessárias a essa formação.__________NotaRedação dada pelo art. 18 da Medida Provisória n.º 251, de 14 de junho de 2005__________§ 1º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social,matrícula e freqüência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o ensino fundamental, e inscrição emprograma de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica.§ 2º Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora.§ 3º O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de dois anos.§ 4º A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por atividades teóricas epráticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente detrabalho.__________Nota:Acrescentados pela Lei nº 10.097/2000__________

§ 5º A idade máxima prevista no caput não se aplica a aprendizes com deficiência.§ 6º Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de aprendiz com deficiênciamental deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a profissionalização.__________Nota:Acrescentados pelo art 18 da Medida Provisória n.º 251, de 14 de junho de 2005__________

Art. 429. Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dosServiços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinzepor cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formaçãoprofissional.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 10.097/2000__________a) um número de aprendizes equivalente a 5% (cinco por cento) no mínimo e 15% (quinze por cento) no máximodos operários existentes em cada estabelecimento, e cujos ofícios demandem formação profissional;__________Nota:Revogada pela Lei nº 10.097/2000__________b) e ainda um número de trabalhadores menores que será fixado pelo Conselho Nacional do SENAI, e que nãoexcederá a três por cento do total de empregados de todas as categorias em serviço em cada estabelecimento.__________Nota:Revogada pela Lei nº 10.097/2000__________§ 1º As frações de unidade, no cálculo da percentagem de que trata o caput, darão lugar à admissão de umaprendiz.___________Nota:Redação dada pela Lei nº 10.097/2000__________§ 1º -A. O limite fixado neste artigo não se aplica quando o empregador for entidade sem fins lucrativos, quetenha por objetivo a educação profissional.__________Nota:Acrescentado pela Lei nº 10.097/2000

__________Art. 430. Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientespara atender à demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas emformação técnico-profissional metódica, a saber:__________Nota:Redação dada pela Lei nº 10.097/2000__________I - Escolas Técnicas de Educação;II - entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional,registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.§ 1º As entidades mencionadas neste artigo deverão contar com estrutura adequada ao desenvolvimento dosprogramas de aprendizagem, de forma a manter a qualidade do processo de ensino, bem como acompanhar eavaliar os resultados.§ 2º Aos aprendizes que concluírem os cursos de aprendizagem, com aproveitamento, será concedido certificadode qualificação profissional.§ 3º O Ministério do Trabalho e Emprego fixará normas para avaliação da competência das entidadesmencionadas no inciso II deste artigo.__________Nota:Acrescentados pela Lei nº 10.097/2000__________Art. 431. A contratação do aprendiz poderá ser efetivada pela empresa onde se realizará a aprendizagem ou pelasentidades mencionadas no inciso II do art. 430, caso em que não gera vínculo de emprego com a empresatomadora dos serviços.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 10.097/2000__________a) ter concluído o curso primário ou possuir os conhecimentos mínimos essenciais à preparação profissional;b) ter aptidão física e mental, verificada por processo de seleção profissional, para a atividade que pretendeexercer;c) não sofrer de moléstia contagiosa e ser vacinado contra a varíola.__________Nota:Revogadas pela Lei nº 10.097/2000__________Parágrafo único. (VETADO)Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e acompensação de jornada.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 10.097/2000__________§ 1º O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiveremcompletado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 10.097/2000__________§ 2º A falta reiterada no cumprimento do dever de que trata este artigo, ou a falta de razoável aproveitamento,será considerada justa causa para dispensa do aprendiz.__________Nota:Revogada pela Lei nº 10.097/2000_________Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar vinte e quatroanos, ressalvada a hipótese prevista no § 5º do art. 428, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses:__________Nota:Redação dada pelo art. 18 da Medida Provisória n.º 251, de 14 de junho de 2005__________

a) revogada;b) revogada.__________Nota:Redação dada pela Lei nº 10.097/2000__________I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz;II - falta disciplinar grave;III - ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo;IV - a pedido do aprendiz.__________Nota:Acrescentados pela Lei nº 10.097/2000__________Parágrafo único. A relação a que se refere a alínea a levará, na 1ª via, o selo federal de um cruzeiro.___________Nota:Revogado pela Lei nº 10.097/2000___________§ 2º Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 desta Consolidação às hipóteses de extinção do contratomencionadas neste artigo.__________Nota:Acrescentado pela Lei nº 10.097/2000__________SEÇÃO V - Das PenalidadesArt. 434. Os infratores das disposições deste Capítulo ficam sujeitos à multa de valor igual a 30 (trinta) valores-de-referência regionais, aplicada tantas vezes quantos forem os menores empregados em desacordo com a lei,não podendo, todavia, a soma das multas exceder a 150 (cento e cinqüenta) vezes o valor-de-referência regional,salvo no caso de reincidência, em que esse total poderá ser elevado ao dobro.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67Valor atual da multa vide Anexo I da Portaria 290/97__________Art. 435 - Fica sujeita à multa de valor igual a 1 (um) salário-mínimo regional e ao pagamento da emissão denova via a empresa que fizer na Carteira do menor anotação não prevista em lei.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________Art. 436 - O médico que, sem motivo justificado, se recusar a passar os atestados de que trata o artigo 418incorrerá na multa de valor igual a 1 (um) salário-mínimo regional, dobrada na reincidência.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67 e revogada pela Lei nº 10.097/2000__________Art. 437. O responsável legal do menor empregado que infringir dispositivos deste Capítulo, ou deixar decumprir os deveres que nele lhe são impostos, ou concorrer, na hipótese do § 2º do Art.419, para que o menornão complete a sua alfabetização, poderá, além da multa em que incorrer, ser destituído do pátrio poder ou datutela.__________Nota:Revogado pela Lei nº 10.097/2000__________Parágrafo único. Perderá o pátrio poder ou será destituído da tutela, além da multa em que incorrer, o pai, mãeou tutor que concorrer, por ação ou omissão, para que o menor trabalhe nas atividades previstas no § 1º do Art.405.Art. 438. São competentes para impor as penalidades previstas neste capítulo os Delegados Regionais doTrabalho ou funcionários por eles designados para tal fim.Parágrafo único. O processo, na verificação das infrações, bem como na aplicação e cobrança das multas, será oprevisto no título "Do Processo de Multas Administrativas", observadas as disposições deste artigo.

SEÇÃO VI - Disposição FinaisArt. 439. É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão docontrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais,quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida.Art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição.Art. 441 - O quadro a que se refere o item I do artigo 405 será revisto bienalmente.__________Nota:Redação dada pelo Decreto-lei nº 229/67__________