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Título: DESCONSTRUIR IMAGENS PARA CONSTRUIR O OLHAR

Autor Sonia Maria Virgílio Medeiros Pontes

Disciplina/Área (ingresso no PDE) Arte

Escola de Implementação do Projeto e

sua localização

Colégio Estadual Ricardo Lunardelli

Município da escola Porecatu – Pr.

Núcleo Regional de Educação Londrina – Pr.

Professor Orientador Maria Irene Pellegrino de Oliveira Souza

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina

Relação Interdisciplinar (indicar, caso

haja, as diferentes disciplinas

compreendidas no trabalho)

Química e física

Resumo

(descrever a justificativa, objetivos e

metodologia utilizada. A informação

deverá conter no máximo 1300

caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial

ou Times New Roman, tamanho 12 e

espaçamento simples)

O presente trabalho tem como finalidade observar e

analisar junto aos educadores sobre a prática educativa

de maneira a ampliar seus conhecimentos sobre a leitura

de imagem, bem como aos educandos. Envolvendo a

educação e construção do olhar, por meio da

alfabetização estética, da apropriação dos elementos

visuais e a construção de novos saberes, para que o

aluno possa , com sua construção , transformar a

informação em conhecimento.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Leitura, Interpretação e Imagem

Formato do Material Didático Caderno Pedagógico

Público Alvo

(indicar o grupo para o qual o material

didático foi desenvolvido: professores,

alunos, comunidade...)

Alunos do 8º ano do Ensino Fundamental.

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INTRODUÇÃO

A presente unidade didática busca desenvolver a observação,

sensibilização e a interpretação a partir da leitura de imagem. Analisar e trabalhar os

elementos formais, estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos diferentes

períodos históricos, compreendendo o pensamento de uma determinada época e

levar o aluno a pensar no mundo cultural com a possibilidade de realizar diálogo por

meio das diversas linguagens e estéticas, entendendo a relação da objetividade e

subjetividade, que constitui a arte como linguagem, mas que também é um processo

de conhecimento, com olhar crítico, compreendendo melhor o mundo em que vive.

“Qualquer sujeito do mundo que entra em contato com a arte, tem uma trajetória,

cujo ponto de partida é a presença da arte, que se apresenta por si mesmo. Ser

tocado pelas obras e sentí-las envolve tanto o encontro extraordinário,

desencadeado no que com elas se defronta, quanto a sensibilização pelas

qualidades sensíveis da obra, que determinam sua apreensão estética, fazendo-a

ser olhada e significada” (Anamelia Bueno Buoro – Olhos que pintam ).

Diante do avanço tecnológico, interferência da mídia, a poluição

visual, como a imagem tem sido olhada no ambiente escolar e até mesmo familiar e

consequentemente como está sendo interpretada a leitura dessa imagem.

Existe também a carência dessa leitura tanto em textos como nas

imagens. É com esse entendimento que a proposta desse trabalho integrado que é

fruto de observação, vivências e experiências no ambiente escolar onde se

constatou que os alunos convivem com imagem no seu cotidiano e estão passivos,

não conseguem decodificar os significados ocultos dessas imagens. É preciso uma

metodologia fértil, que se estenda à diversidade e, entre as incertezas, contemple as

possibilidades de contradições como provocações e os problemas como desafios à

criação, de modo a contribuir na formação desses alunos.

Essa ação pedagógica na escola será distribuída em 32 horas/aula,

como proposta de intervenção artística na história e modernidade, com suas

diferentes linguagens artísticas e suas conexões com as diferentes linguagens

artísticas.

A partir das abordagens acima, a unidade didática se estruturará: na

fundamentação metodológica, ações pedagógicas e proposta de avaliação.

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02)- DESENVOLVIMENTO/FUNDAMENTAÇÃO

A leitura de imagem, como forma de comunicação e expressão, vem se expandindo

a cada dia, contribuindo de forma significativa para o reconhecimento e valorização

do ensino de arte nas escolas públicas, conhecendo a história por traz “de uma

imagem é ir além de mera contemplação. A leitura de obras de arte possibilita a

construção de um pensamento estruturador, ou melhor, organizador. Essa

modalidade de leitura como um processo de compreensão aciona os sentidos e faz

sentir de modo significativo a tal ponto que não é mais possível separar o saber do

sensível”. (Imagem e texto: uma experiência de leitura e produção de texto com os

alunos do ensino médio/ Tese de Doutorado, UEL, Londrina, 2007).

Quando se olha uma obra de arte, vê-se um filme, lê-se um livro,

cria-se na mente uma série de pensamentos que podem ser diferentes a cada vez

que se repete a mesma ação de ver e observar a obra. Ao ato de observar para

produzir novos pensamentos pode ser chamado de leitura de imagem, permite,

quando observamos, uma série de informações e significados, enriquecendo nossos

conhecimentos.

“A imagem ocupa espaços consideráveis no cotidiano do homem

contemporâneo livros, revistas, outdoors, internet, cinema, rádio,

vídeo, TV, celular, e todos ao alcance da maioria da população e tão

presentes quanto enraizado nos gestos mínimos de nosso dia-a-dia.

Faz-se necessário uma tomada de consciência dessa presença

maciça, pois pressionados pela quantidade de informação,

estabelecendo com as imagens relações visual pouco significativa.

Espectadores frequentemente passivos, consumindo toda e qualquer

produção imagética, sem tempo para um olhar mais reflexivo, a qual

a inclua e considere como texto visual e, portanto, como linguagem

significante”. (BUORO, 1996, p. 34).

Mas afinal o que é uma leitura de imagem? Superficialmente é a

observação e análise visual, auditiva, táctil, sensorial e ou através de outros sentidos

como uma análise descritiva.

Essa “alfabetização visual” dará ao aluno condições de conhecer

melhor a sociedade em que vive, interpretando a cultura de sua época e tomando

contato com a de outros povos, descobrindo as próprias concepções e emoções ao

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apreciar uma imagem. Intervir no processo de leitura significa mediar, estimular, ou

ainda permitir o acesso mais fácil para que se dê o acolhimento de uma obra,

transformando o processo de em algo dinâmico e fundamental para a formação do

indivíduo. Toda imagem busca uma palavra e toda palavra busca uma imagem,

imagem como representação e não réplica. “Sendo o professor responsável em

despertar o olhar curioso para o aluno desvendar, interrogar e produzir alternativas

frente às representações do universo visual”, afirma Fernando Hernández.

Será importante colocar o aluno em contato com diversas maneiras

de expressar suas idéias para ampliar suas capacidades comunicativas e utilizar os

recursos existentes, assim, o objetivo é ampliar as possibilidades expressivas e

reflexivas no processo de construção da imagem.

Em se tratando do ensino de arte, a percepção que temos é a de

uma disciplina que lida com as habilidades sensíveis dos alunos e, ainda, que o

professor irá ensinar muitas técnicas. Essa é uma visão errônea do ensino da arte

no espaço escolar, nas quais deveremos superar, pois na contemporaneidade a arte

na escola não é mais a realização de simples atividades e sim uma área de

conhecimento, disciplina essa com conteúdos específicos, que ampliaram seus

sentidos e significados contribuindo para o desenvolvimento da educação.

Estas abordagens são sínteses do livro “A imagem no ensino da

arte” de Ana Mae Barbosa (1991).

Leitura de imagem é o meu tema gerador, que envolverá a educação

do olhar, a construção do olhar, desenvolvimento do pensamento estético, com o

olhar transformador do artista e do aluno. Escolhi para trabalhar essa proposta

didática com os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental. Envolvendo

primeiramente o diálogo com a turma, procurando identificar os conhecimentos

prévios dos alunos sobre arte e leitura de imagem.

Espera-se que o aluno seja capaz de criar, e para que isso

aconteça, será necessário todo um envolvimento com a construção do

conhecimento, trabalho e expressão necessários, e a apropriação do saber artístico

e estético por meio do trabalho sistemático com o conhecimento.

Para aprender é necessário conhecer os elementos que estruturam

a linguagem e os princípios que regem a combinação desses elementos formais, da

qual, fazem parte.

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Também possibilitar ao aluno a compreensão e a construção de

novos saberes artísticos, por meio da alfabetização estética (leitura da realidade,

dos objetos humanizados pelo ser humano, da natureza e das obras de arte), da

compreensão dos elementos formais (linha, forma, superfície, luz, cor), o estudo dos

elementos visuais e compositivos da expressão plástica, construindo um olhar cada

vez mais sensível e crítico, para que possa perceber como os elementos estéticos

trazem significados diversos, em diversos períodos, mas que tratem do mesmo

assunto, para que o aluno possa construir seu conhecimento de arte, transformar a

informação em conhecimento.

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03)- AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS

As mudanças significativas ocorridas no ensino de arte, ensino e

aprendizagem, far-se-á necessário conhecer novas visões e práticas pedagógicas

sobre a avaliação no âmbito da arte.

Primeiro foi Howard Gardner e posteriormente Fernando Hernandez,

apresentando o Portfólio como instrumento da avaliação para a reconstrução do

processo de aprendizagem. Sendo uma modalidade de avaliação tirada do próprio

campo da arte, demonstrando ser apropriado como uso avaliativo do ensino de artes

nas escolas públicas e particulares, condizente às novas concepções de ensino

contemporâneo (Hernandez, 2000, pp.163-174).

O portfólio é uma técnica inovadora de avaliar o progresso dos

alunos, através de um conjunto de procedimentos contínuo, sendo instrumentos e

estimulação do pensamento reflexivo.

Seus critérios e suas idéias é a de registrar e refletir de forma

sistemática, motivações, opiniões, propósitos e todas as considerações de ordem

crítica que se considere pertinente.

Nele, podem-se agrupar dados de visitas técnicas, resumos de

textos, composições, trabalhos artísticos, projetos, relatórios, anotações diversas,

provas, testes, auto avaliação dos alunos, dentre outros.

Tendo o portfólio como instrumento avaliativo, professor e aluno

terão visão geral do conhecimento e desempenho de ambos. O aluno cria um

vínculo tipo testemunha da sua ação em cada série ou etapa de aprendizagem;

sendo memórias de diversos momentos que envolvem um inter-relacionamento

dinâmico do psicológico com o pedagógico. Dificuldades, anseios, conquistas,

formas de pensar, ser e agir serão mostrados. A característica de continuidade

permite que o professor e aluno percebam os progressos individuais e coletivos.

Na construção de um bom portfólio é importante a coleta de

informações diárias em sala de aula, para melhor aproveitamento, não deixando de

anotar todas as fontes (HERNÁNDEZ, 2000).

O grande mérito do Portfólio é sua tendência a centrar a reflexão na

prática, já que esta é a referência para construção, reconstrução e socialização do

conhecimento (Alvarenga, 1999).

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Será pedido para os alunos que organizem todo o material produzido

nas unidades apresentadas para mostrar o que aprenderam. Ao término das

unidades estudadas, os alunos poderão organizar um seminário para a sua

apresentação e relato dos processos de construção do conhecimento.

Apresentamos a seguir um mapa multidimensional que pode

sintetizar esta proposta, isto é, os caminhos que se pretende trilhar nesta Unidade

Didática.

Mediação Cultural

Criadores e produtores de arte

História da Arte

Estética da arte

Práticas culturais

Ação criadora

Pesquisa sobre artistas

Potências criadoras

Materialidade

Instrumentos

Procedimentos

Suportes

Vivências artísticas

Agentes

Curadoria Educativa

Leitura de imagem

Espaços sociais do

saber

For

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PRIMEIRO MOMENTO

AÇÃO I – PREPARANDO O OLHAR

Conteúdo: Leitura de imagem

Objetivos:

a) Apresentação e diálogo com os alunos, em seguida, preparar o seu olhar e

procurar identificar os conhecimentos prévios deles sobre arte, leitura de

imagem.

b) Analisar e interpretar imagens do cotidiano; demonstrar conhecimento

individual com gosto e cultura pessoal, sensibilizar os sentidos para a estética

do cotidiano.

A partir da apresentação minha e dos alunos, perguntas e respostas

irão surgir, partiremos para vários tipos de imagens presentes em nosso cotidiano,

tais como: os enfeites e ilustrações dos cadernos, os adereços nos cabelos dos

alunos, pessoas vestidas cada uma a seu gosto, material escolar, modelos de

canetas e cores, estojos coloridos, adereços de chaveiros penduricados nas

mochilas e etc. sugerindo um diálogo mediado pelas seguintes questões:

Você vê diferenças nessas imagens? Explique:

O que elas sugerem a você?

Como foi feita cada uma delas?

Por quem foram feitas? Por quê?

Elas têm algo em comum?

Para que serve uma imagem?

Será proposto aos alunos que suas escolhas sejam compartilhadas

e discutidas em grupos. Durante os diálogos tentaremos questioná-los sobre suas

escolhas e quanto essas fazem possíveis relações implícitas com a formação e

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também com seus conhecimentos de vida pessoal, levantando relações entre como

percebemos e interpretamos cada uma delas.

Como tarefa para a próxima aula, será pedida para que cada aluno

faça uma pesquisa com músicas, danças e peças de teatro (escolherá um desses

eixos), que se relacionem com as imagens apresentadas e tragam para a sala de

aula, para serem apresentadas e discutidas com os colegas. O professor deverá

mediar essa ação com a classe.

SUGESTÃO: Usar método comparativo de Feldman. Método comparativo:

descrição, análise, interpretação e julgamento.

AVALIAÇÃO: Avaliar o desempenho da cada aluno na pesquisa realizada,

participação e apresentação da atividade para os colegas. Todas as ações serão

premiadas em anotações de um diário, produzindo um pequeno texto sobre essa

relação, com sua vida pessoal. Ao final desta proposta didática haverá a

apresentação dos portfólios produzidos por cada educando, permitindo ao professor

avaliar seu fazer docente, tendo a oportunidade de rever os caminhos trilhados pelos

educandos a partir de suas respostas.

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SEGUNDO MOMENTO

AÇÃO II- SENSIBILIZANDO O OLHAR

OBJETIVO:

Estudo e compreensão dos elementos que estruturam, compõem e

organizam as artes visuais.

Identificar os elementos visuais nas obras de arte, saber caracterizá-los e

conceituá-los.

Observar e explorar os elementos formais nas obras de arte.

Em seguida, preparação para o conhecimento sistematizado da linha

como elemento constitutivo e expressivo da linguagem visual, movimento visual,

orientações e direções espaciais, simetria, forma e superfície.

Artistas, imagens e desenhos abordados para ilustrações

comparações e análises, acrescentando alguns detalhes biográficos sobre os

artistas:

o Vicente Van Gogh (1823-1890), Paisagem, desenho, 1888, Museu Van

Gogh, Amsterdã, Noite estrelada, pintura, 1889, Museu, Nova York,

o Leonardo da Vinci (1452-1519), Paisagem, desenho, 1473, Museu Uffizzi,

Florença, A Última Ceia, mural, Convento Santa Maria Delle Grazie,

Milão, A Virgem das Rochas, pintura, 1490?, National Galley, Londres,

Anunciação, pintura, 1475-8, museu Uffizzy, Florença;

o Piet Mondrian (1872-1944), Composição, pintura, 1913, Museu Krolle

Müller, Otterlo, Composição, pintura, 1921, Museu de Arte, Basiléia,

o Wassily Kandinsk, estudo, desenho, 1914, coleção particular;

o Rembrandt (1606-1669), Moisés Salvo das Águas, desenho, coleção

particular;

o Käthe Kollwitz (1867-1945), A Morte, desenho, coleção particular;

o Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1001), Cha-U-Kao, litografia em cores.

o El Greco (1541 – 16140), Cabeça de Mulher, desenho, Munique;

o Honoré Daumier (1808 – 1879), Ator no palco, desenho, coleção

particular, Londres;

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o Paul Klee (1879 – 1944), Fachada, desenho, 1924, coleção particular.

Berna;

o Chao Yuan, século XIV, Cena de despedida num rio, desenho, Museu

Nova York.

o Hans Hartung (1904), desenho, 1957, coleção particular;

o Wol (1913 – 1951), desenho automático, coleção particular;

o Jackson Pollock (1912 – 1956), Eco, desenho, 1951, coleção particular;

o Fritz Winter (1905), desenho, coleção particular;

Em seguida será dado o exercícios prático, mostrando que lidamos

com elementos expressivos e que é preciso perceber o modo exato como são

apresentadas as marcas visuais que constituem a imagem. Serão pedidos

voluntários para irem ao quadro, para trabalharmos a linha em seu tempo e espaço,

noção do movimento visual, tipos de linhas, equilíbrio. Portanto é fundamental para

nossos alunos a leitura de imagens orientadas pelo professor para o

desenvolvimento de um olhar crítico; Utilizar o computador como ferramenta deste

estudo faz muito sentido, pois com os recursos existentes podem-se ampliar as

possibilidades dos alunos, muitas vezes levá-los a museus fora de nosso país.

Será pedido para que o aluno pesquisa duas imagens (a que ele

mais se identificar), podendo ser imagens de obra de arte, fotografia, figuras

recortadas, imprimidas ou desenhadas, deverá identificar três tipos de linhas e

escrever o porquê a imagem chamou a sua atenção, essa tarefa será apresentada

na sala de aula e discutida com os colegas, com a mediação da professora.

SUPERFÍCIE

Artistas, imagens e desenhos abordados para ilustração,

comparação e análise, acrescentando alguns detalhes biográficos sobre os artistas:

o Paul Klee (1879 – 1944), O mensageiro do Outono, pintura, 1922, Yale

University, New Haven;

o Mondrian (1872 -1944), Composição, pintura, 1921, Museu de Arte, Basiléia;

o Arte Egípcia, 1420 a.C.. Túmulo de Sennedjem, mural, Necrópole de Deir-el-

Bahri;

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o Arte Egípcia, século XII a.C. Acrobata, desenho sobre pedra, Museu de

antiguidade, Torino;

o Arte Cristã, século XI, Chegada de Cristo a Jerusalém, mural, detalhe, Igreja

de Sant ’Angel in Fornis;

o Iluminura Medieval, ano 1000, Anunciação aos pastores, pintura, biblioteca

de Munique;

o Arte Gótica, 1320, Manuscrito de Arundel, pintura, British Museum, Londres;

o Arte gótica, século XII, Catedral de Noyon, arquitetura;

o Georges Braque (1882 – 1963), Sorgues, desenho, 1912, coleção particular,

Paris;

o Pablo Picasso (1881 – 1973), O porto de Cadaqués, pintura, 1910, Museu

Nacional Praga.

Um breve histórico sobre a arte egípcia, Cristã, Bizantina, Gótica, Renascimento, Cubismo. Em

seguida será dado exercício prático no quadro, com presença de alunos voluntários,

trabalhando as superfícies e apresentando-lhes o figurativo e o abstrato. Após breve relato

sobre figurativo e abstrato, convidar os alunos para irem ao laboratório de informática da

escola e solicitar para que pesquisem imagens abstratas e figurativas, sugerem-se então os

vídeos “A Journey Through Modern Art”, de Piet Mondrian, “quatro Seasons” Tomie Ohtake,

Wassily Kandinsky de Kandinsky 1.

Solicitar aos alunos para que observem bem as imagens e montem,

em duplas de trabalho, um banco de dados com aquelas que mais gostarem,

salvando o arquivo; elegendo uma imagem abstrata e uma figurativa e escrevam

sobre elas (cores, linhas, formas, superfície, a que remetem impressões que causam

no leitor), imprimindo algumas destas imagens para socialização na aula seguinte,

propondo a montagem de um painel com as imagens pesquisadas na sala de aula.

Será levado para a sala de aula revistas, jornais, linhas (lã, crochê e

barbante), cola, tesoura, papel colorido, canetinha colorida, fita crepe, percevejo e

martelo, os alunos formarão grupos (quatro grupos), para cada grupo será

incumbido uma atividade: 1º grupo : fazer uma composição usando colagens com

papéis em uma cartolina, nessa composição o grupo partirá do elemento visual

linha. 2º grupo: fazer uma composição usando as linhas coloridas (lã ou crochê)

1 YOUTUBE. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=9fmiKOOvLUo>;

<http://www.youtube.com/watch?v=QU5adQfJzz8><http://www.youtube.com/watch?v=T7iuEzHsF64&feature=related%22>.

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colando-as em uma cartolina, partindo do elemento visual, linha, forma e superfície.

3º grupo: com as canetinhas coloridas, desenhar as linhas que eles conhecem,

começando com uma linha qualquer e o outro aluno dará continuidade nessa linha e

assim por diante, até todos do grupo terem desenhado. 4ª grupo: com autorização

da Direção, os alunos trabalharão com o barbante, criando uma intervenção ( uma

estrutura, uma teia, um painel), no corredor de sua sala de aula com linhas que

formem desenhos nos tetos ou nas paredes da escola.

Ao término dessas atividades, os alunos irão observar analisar e

escrever um texto sobre o trabalho executado pelos colegas de cada grupo.

Como tarefa o aluno selecionará duas imagens que

poderá ser: gravura, obra de arte, fotografia e explicar o motivo de sua escolha,

dentre elas:

Imagem que cause encantamento;

Imagem que cause estranhamento;

Após realização da atividade, cada aluno irá apresentar o seu

trabalho para a turma, onde o professor irá mediar essa ação.

AVALIAÇÃO

Avaliar o desempenho de cada aluno na pesquisa e atividade apresentada e na sua

realização, participação e apresentação da atividade para os colegas. Todas as

ações serão premiadas em anotações de um diário, produzindo um pequeno texto

sobre essa relação, com sua vida pessoal. Ao final desta proposta didática haverá a

apresentação dos portfólios produzidos por cada educando, permitindo ao professor

avaliar seu fazer docente, tendo a oportunidade de rever os caminhos trilhados pelos

educandos a partir de suas respostas.

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TERCEIRO MOMENTO

AÇÃO III – LUZ - COR

Uso da luz e das cores pelos impressionistas

Explicação das mudanças que o Impressionismo trouxe à arte no século XIX;

Teoria das cores;

Pinturas impressionistas:

OBJETIVO:

Estudar os conceitos básicos da cor e seu uso em diferentes momentos da

produção humana;

Identificar os conceitos fundamentais ligados ao uso das cores em

composições visuais;

Desenvolver a percepção e a capacidade de apreciação estética;

Valorizar a produção visual e o domínio em seus diferentes segmentos e

épocas.

Artistas, imagens e desenhos abordados para ilustrações comparações e

análises, acrescentando alguns detalhes biográficos sobre os artistas:

o Dançarinas azuis, óleo sobre tela 1890, Edgar Degas, Museu de

Paris.

o A ponte japonesa e o lago e Ninféias, Giverny, 1889, óleo sobre

tela, Claude Monet, museu de arte Filadélfia.

o Um bar no Folies-Bergère, óleo sobre tela, 1882, Édouard Manet.

o Jeunes Filles au Piano, 1892, Pierre-Auguste Renoir.

o Suzuki Harunobu (1725 – 1770), A bela Osen servindo chá,

xilogravura em cores 1769 e Duas moças num quarto amarrando

o cinto do vestido, xilogravura em cores.

o A ponte japonesa e o lago e Ninféias, Giverny, 1889, óleo sobre

tela, Claude Monet, museu de arte Filadélfia.

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o Um bar no Folies-Bergère, óleo sobre tela, 1882, Édouard Manet.

o Jeunes Filles au Piano, 1892, Pierre-Auguste Renoir.

o Antonello de Messina (1430? – 1479?), Crucificação, pintura,

Museu de Arte de Antuérpia.

LUZ

Artistas e obras abordadas: - Rembrandt van Rijn ( 1606 – 1669),

Cristo curando os enfermos, água-forte, 1649 e Ronda Noturna, pintura, 1642,

Rijksmuseum, Amsterdã, O Festim de Baltazar.c. 1653. Um óleo sobre tela; color.

167 x 209 cm. National Gallery, Londres, - Leonardo da Vinci, (1452 – 1519), A

Virgem das Rochas, pintura, 1490?, National Gallery, Londres.

Um breve histórico sobre Rembrandt.

DESCOBRINDO AS CORES

Artistas e obras abordadas: - Pablo Picasso (1879 – 1944),

Mendigos à beira-mar, pintura, 1903, National Gallery, Washington.

Piet Mondrian, Composição, pintura, 1921, Museu de Arte, Basiléia.

Henri de Toulouse-Lautrec (1854 – 1901), Cha-U-Kao, litografia em cores,

1896.

Paul Cézanne (1839 – 1906), Montanha Sainte Victoire, pintura, 1897,

Baltimore Museum of Art e Montanha Sainte Victoire, pintura, 1905, Museu

de arte, Filadélfia, Rochedos e Árvores, pintura, 1904, National Gallery,

Londres. Breve histórico sobre Cézanne.

Claude Monet (1840 – 1926), Campos na primavera, pintura, detalhe,

Staatsgallerie, Stuttgart, Parlamento de Londres, pôr-do-sol, pintura,

National Gallery, Washington.

Auguste Renoir (1841 – 1919), Mulher lendo, pintura, Museu Jeu de

Paume, Paris.

Henri de Toulose-Lautrec (1864-1901), Le Divan, Japonais, cartaz, 1892.

Page 17: Título: DESCONSTRUIR IMAGENS PARA CONSTRUIR O … · sua localização Colégio Estadual ... de imagem, bem como aos educandos. ... Quando se olha uma obra de arte, vê-se um filme,

Van Gogh (1851-1890), Autorretrato, pintura, 1889, Museu do Louvre, Paris

e Girassóis, pintura, 1888, Museu Van Gogh, Amsterdã.

Contarei aos alunos que vamos estudar sobre o impressionismo e

será perguntado se algum aluno já ouvir falar do movimento e se sabe do que se

trata, deixando o aluno dar sua opinião sobre o movimento. Após será usado um

texto como base, explicando a importância e os grandes artistas do movimento

impressionista, mostrando obras de Renoir, Monet, Manet e Degas, para facilitar a

compreensão, os alunos compararam as obras de artistas impressionistas, com de

outros artistas.

Como tarefa será pesquisada na internet, obras de Monet, Renoir e

Degas2, devendo escolher três obras (uma de cada artista), relatando o porquê

essas obras foram escolhidas, o que mais chamou sua atenção, como eram suas

pinceladas e como se sentiu diante das imagens, bem como questionar o que a

imagem quis transmitir. Cada aluno irá apresentar o seu trabalho para a turma, onde

o professor irá mediar essa ação.

Será passado um filme, DVD dos filmes “Sonhos”, do cineasta Akira

Kurosawa, a cena onde o personagem do pintor Van Gogh fala sobre a luz, utilizada

no plano, (disponível na internet), deixar os alunos fazerem seus comentários, sendo

mediado pelo professor.

Usando o laboratório de informática da escola, para facilitar a

compreensão, vamos jogar games, chamado “jogo de memória”, aprendendo sobre

as peças e autores presentes na mostra “Paris-Impressionismo e Modernidade” em

cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, com obras de Manet,

Monet, Renoir, Cézanne, Degas e outros artistas, cada vez que acerta um par, tem

acesso à informação sobre a obra.

Serão mostradas as obras Dançarinas azuis, óleo sobre tela 1890,

Edgar Degas, Museu de Paris; A ponte japonesa e o lago e Ninféias, Giverny, 1889,

óleo sobre tela, Claude Monet, museu de arte Filadélfia; Um bar no Folies-Bergère,

óleo sobre tela, 1882, Édouard Manet; Jeunes Filles au Piano, 1892, Pierre-Auguste

Renoir; entendendo como a base da pintura impressionista, está no uso das

2 GOOGLE ART PROJECT. GOOGLE. Disponível em: <http://www.googleartproject.com/>. Acesso

em 27 nov 2012.

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manchas da cor, por falar em cor, um bom momento para trabalhar alguns

conteúdos ligados à teoria das cores.

EXPLORANDO A MISTURA CROMÁTICA

A teoria da sombra colorida é o da diminuição de luz na superfície. A

cor continua a mesma, apenas se escurece um pouco.

Ao término da aula, juntar os alunos e propor a eles que selecionem

objetos e os organizem de acordo com suas cores, reunindo-os em famílias. Eles

verão na prática como algumas cores pendem mais para o amarelo, ou mais para o

magenta ou para o ciano. Como a cor preta pode nos dar a sensação de mais

“quente” ou mais “frio”, por causa das cores que foram utilizadas na sua composição

(além do pigmento preto) e como uma cor pode influenciar na percepção da vizinha.

Os alunos deverão registrar a sua poética pessoal onde e como

ocorrem as transformações e descobertas das cores.

Próxima aula trazer: tintas para vitral nas mesmas cores do guache

(podendo usar o vermelho-carmim como um alternativo caso não encontrem a tinta

magenta), pincéis macios e a critério do aluno, pedaço de papelão, madeira, gesso,

jornal, na medida em que quiserem tesoura, régua, lápis, fita adesiva (fita crepe) e

um pedaço de plástico transparente ou incolor, que permita uma visão relativa dos

objetos. Será importante o olhar através dessa folha transparente, ver as cores, mas

que as formas fiquem um pouco desfocadas, dando-nos a sensação de uma vidraça

embaçada. Como a quantidade de tinta a ser utilizada não será bastante, os

conjuntos de cores poderão ser adquiridos em grupo e partilhados entre os seus

integrantes.

PINTANDO COM AS MANCHAS

Iniciar a atividade com a retomada do conteúdo da aula anterior,

impressionismo, em especial a pintura com manchas, para melhor entendimento,

convidei-os para irmos ao laboratório de informática da escola e acessando com

eles a página do Musée D’Orsay no GoogleArtProject, observando com detalhes

como os artistas impressionistas, construíam suas paisagens, a sensação da cor

com suas pinceladas curtas e próximas.

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Em seguida foi proposto a eles a construção de uma janela ou porta

para impressões coloridas. Não se esquecendo de orientá-los a marcar no centro do

material que o aluno escolheu, uma medida do tamanho que lhe convierem,

deixando ao redor uma moldura, pedindo que recortem, serrem ou colem esse

material, sem estragar a moldura, abrindo assim uma janela ou porta. Sobre a parte

vasada, os alunos deverão colar um pedaço do plástico incolor ou transparente,

esticando-o firmemente e colando com a fita crepe no verso.

Com a escolha de um jardim, pois a escola possui três e com

iluminação adequada, escolher e enquadrar a parte que mais gostar, enquadrando-a

para depois pintarem, devendo manter uma distância dos olhos e olhando através

do objeto que o aluno escolheu e fez buscar uma parte do jardim bem colorida.

Deixando bem explicado a definição das formas, onde a imagem não precisa ser

desenhada, e sim pintada, porque o importante é a experimentação vivencial da cor.

Transpor a gama de cores observada na natureza “paisagem” para

a superfície do plástico esticado no bastidor de sua janela ou porta , no material que

o aluno escolheu, é a ideia. Assim, orientando os alunos para que enquadrem a

cena direcionando a janelinha ou porta para a paisagem. Será preciso ter bastante

observação antes de começar a pintar, as cores que estão sendo vistas através do

plástico. Com estas experiências, que eles possam construir e usar os

conhecimentos apreendidos no encontro anterior. As misturas de cores da tinta vitral

devem ser preparadas em pratinho que ficará ao lado de cada aluno e as cores

serão aplicadas com o pincel diretamente sobre o plástico, procurando pintar com as

cores correspondentes exatamente nos pontos por eles observados.

Esclarecendo que será uma pintura com manchas, sem desenhos

com linhas de contornos, explorando apena pequenas pinceladas de diferentes

cores, colocadas bem próximas umas das outras, como fizeram os artistas

impressionistas. Os alunos poderão também trabalhar a atividade, pintando com

canetinhas de diversas cores, apenas por meios de pontos, uma paisagem

observada a partir de um pôr-do-sol. Sendo uma boa maneira de entender como os

impressionistas construíam uma paisagem sem desenhá-la, somente justapondo e

sobrepondo manchas. Para a próxima aula os alunos trarão lápis de cor e

desenharão a mesma paisagem três vezes, nessas paisagens eles pintarão em

diferentes momentos de iluminação: o amanhecer, o entardecer e o anoitecer, após

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escrever a sua poética pessoal em seu diário, o olhar e a importância da iluminação

em suas paisagens.

FECHAMENTO DO PROJETO

Montar um seminário onde os alunos formarão grupos de cinco

pessoas e cada grupo defenderá a sua ideia de cor, luz e experimentos, após,

montar uma exposição em sala de aula, com os trabalhos realizados.

AVALIAÇÃO

Será de suma importância que a produção dos trabalhos demonstre

conhecimento sobre os conceitos da luz e cor. Com a discussão e o estudo das

obras, os alunos deverão também reconhecer a importância da luz e da cor para os

impressionistas e com elas as transformações trazidas pela inovação deles.

O aluno deverá anotar em forma de textos, informativos, opiniões ou

relatórios, em seu diário de bordo.

Ao final desta proposta didática haverá a apresentação dos portfólios

produzidos por cada educando, permitindo ao professor avaliar seu fazer docente,

tendo a oportunidade de rever os caminhos trilhados pelos educandos a partir de

suas respostas.

As aulas serão: expositivas, práticas, com mostra de obras de arte

(imagem), visando à leitura, onde será enriquecido pela informação histórica e após

o fazer artístico, as obras de arte serão mostradas através de data show, pendrive,

televisão, para que os alunos tenham melhor entendimento, observam melhor e

façam suas investigações, através de pesquisas em internet ou biblioteca.

Também serão utilizados materiais confeccionados pela professora.

Espera-se também que o aluno identifique com clareza os elementos

formais, fazendo sua leitura pessoal e coletivamente, para que o aluno possa

construir em sua leitura pessoal e coletiva, leituras crítica e pensante, no sentir e ao

ver suas próprias produções.

As imagens apresentadas serão figurativas e abstratas.

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QUARTO MOMENTO

PROPOSTA DE OBSERVAÇÃO DA OBRA DE ARTE

OBJETIVO:

Entrar em contato com as obras de arte e reconhecer suas características;

ver, interpretar e produzir, entender seu lugar na cultura através do tempo e

analisar as características da imagem.

Observar e explorar os detalhes visuais e técnicos presentes na obra com

temática voltada para o seu cotidiano.

Sugere-se apresentar várias obras de movimentos distintos para que sejam

analisadas, visando a leitura da imagem, sendo enriquecida pela informação

histórica e depois no fazer artístico.

Estimule os alunos com algumas perguntas:

Que técnica foi utilizada em cada obra?

Em cada obra é possível perceber o gesto do artista? Como são suas

pinceladas?

Nessas obras, há objetos ou seres que podem ser identificados? Descreva

cada uma.

Dessas imagens, qual a sua interpretação?

Estas obras lhe traz algum sentimento?

Estas obras influenciaram alguma mudança na arte de hoje?

Dos movimentos apresentados, qual chama sua atenção? Por quê?

Em outro momento, apresentar para os alunos a obra – Frevo Carioca – 1953

– óleo sobre tela 50 x 69,5 cm – Coleção Geneviéve e Jean Boghici – Heitor

dos Prazeres.

Fazer a leitura da obra com os alunos e levantar as seguintes questões.

O que está representado nessa obra?

Qual o estilo e a técnica usada na obra apresentada?

Que tipo de cultura esta obra apresenta?

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Que elementos simbólicos foram inseridos nessa composição?

Esse artista pode ser considerado uma pessoa naïfs?

Além da pintura, que outro tipo de linguagem existe nessa obra?

Que tipo de sentimento lhe remete esta imagem?

Em algum momento da sua vida, você consegue relacionar essa obra?

Existe algum elemento da obra que mais se destaca? Qual? Por quê?

Após os alunos responderem as questões, faça um levantamento

histórico da obra e do artista para os alunos, mostre exemplos de outras linguagens

utilizadas como fotografia, cinema e outras. Apresente músicas que relacionam com

o título da obra.

Como tarefa para a aula seguinte, peça para pesquisarem o

significado de naïfs e nomes de outros artistas que são considerados naïfs, também

pesquisarem outras obras de Heitor dos Prazeres, no máximo duas imagem.

Peça para os alunos trazerem duas imagens imprimidas: a obra “O

nascimento de Vênus de Sandro Botticelli - 1480” e a obra” Pierrot com duas

cabrochas de Heitor dos Prazeres” – 1963 para fazerem em sala de aula um

contraponto, com comentários, não esquecendo de comentar sobre a temática que

cada obra possuí , com a mediação do professor.

A partir da obra estudada, os alunos irão se dividir em grupos para

realizar pesquisa sobre Música Popular Brasileira – MPB e danças da época e local

estudado. Após pesquisa os alunos irão apresentar para a sala interagindo com o

colega.

SUGESTÃO:

Usar a abordagem triangular de Ana Mae Barbosa.

Experimentação e expressão, crítica e estética, contextualização.

AVALIAÇÃO:

Avaliar o processo criativo de cada aluno, através de intervenções,

bem como as ações/reações sobre as intervenções, a pesquisa e apresentação dos

alunos para a turma.

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Ao final desta proposta didática haverá a apresentação dos portfólios

produzidos por cada educando, permitindo ao professor avaliar seu fazer docente,

tendo a oportunidade de rever os caminhos trilhados pelos educandos a partir de

suas respostas.

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REFERÊNCIAS

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OLIVEIRA, SANTOS, REZENDE. Aspectos Teórico-Metodológicos. Londrina, PR:

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OSTROWER, Fayga. Universos da arte, 2003, Campus Ltda.

PARANÁ. Diretrizes curriculares para educação básica do Paraná. Curitiba:

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SOUZA, MARIA IRENE PELLEGRINO DE OLIVEIRA. Imagem e texto: uma

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Doutorado, UEL, Londrina, 2007.