tÍtulo: atuaÇÃo do enfermeiro frente ao processo morte...

5

Click here to load reader

Upload: truongcong

Post on 02-Feb-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: TÍTULO: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO PROCESSO MORTE …conic-semesp.org.br/anais/files/2017/trabalho-1000025745.pdf · Em seu livro Sobre a morte e o morrer, publicado em 1969,

TÍTULO: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO PROCESSO MORTE E MORRERTÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTOCATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDEÁREA:

SUBÁREA: ENFERMAGEMSUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDASINSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ANDREIA MELLO DE OLIVEIRA, MARIANE PRISCILA MENDES DOS SANTOS, SARAELIAS DA SILVAAUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ÂNGELA MARIA LIMA, ROSE MEIRE I FUGITAORIENTADOR(ES):

Page 2: TÍTULO: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO PROCESSO MORTE …conic-semesp.org.br/anais/files/2017/trabalho-1000025745.pdf · Em seu livro Sobre a morte e o morrer, publicado em 1969,

1

1. RESUMO:

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica utilizando artigos científicos

publicados entre 2006 e 2016, visando identificar a atuação do enfermeiro frente ao

processo morte e morrer, evidenciando os seguintes aspectos: percepções frente ao

processo de morte, falta de capacitação sobre o tema, entender a morte no contexto

social, histórico e cultural e intervenções na pratica assistencial.

2.INTRODUÇÃO:

A morte é a única certeza que possuímos, esse é o evento no qual se encerra

a vida, ocasionando fortes reações emocionais, seja no individuo que está morrendo

ou na família. Dessa forma não se pode considerar a morte somente um evento

biológico, mas sim um processo de relações culturais que está presente no cotidiano,

independente de suas causas ou formas, e atualmente está intimamente ligada a

hospitais e instituições de saúde (BRÊTAS; OLIVEIRA; YAMAGUTI, 2006).

Esse estudo visa pesquisar as percepções e a assistência do enfermeiro frente

ao processo de morte e morrer, para verificar as lacunas desse processo e auxiliar os

profissionais a lidar melhor com esse quadro melhorando assim a assistência e a

relação com a equipe, pacientes e familiares, pois este profissional é o elo que garante

o sucesso dessa interação.

3. OBJETIVO: Analisar as percepções e a assistência do enfermeiro frente ao

processo morte e morrer.

4. METODOLOGIA:

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica baseada em artigos publicados entre

2006 e 2017. O levantamento bibliográfico foi realizado na fonte BVS e nas bases de

dados eletrônicos LILACS e SciELO. Na busca bibliográfica foram utilizadas as

seguintes palavras-chaves: atitude frente à morte, enfermagem, terminalidade e

processo morte e morrer.

5. DESENVOLVIMENTO:

O agravante na nossa sociedade é que os profissionais de saúde, dentre esses

os de enfermagem, estão despreparados para lidar com as questões relacionadas à

morte e ao processo de morrer, sendo a morte, um processo natural, não pode ser

Page 3: TÍTULO: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO PROCESSO MORTE …conic-semesp.org.br/anais/files/2017/trabalho-1000025745.pdf · Em seu livro Sobre a morte e o morrer, publicado em 1969,

2

desvinculada da vida, mas integrada a ela de forma a valorizá-la, sendo a única

certeza que temos desde ao nascer ela pode ocorrer a qualquer momento (OLIVEIRA;

AMORIM, 2008).

A psiquiatra suíça Elizabeth Kübler Ross, foi a precursora em relatar as

atitudes e reações emocionais suscitadas pela aproximação da morte em pacientes

terminais, reações humanas que não dependem somente de um aprendizado cultural

(SUSAKI; SILVA; POSSARI, 2006).

Em seu livro Sobre a morte e o morrer, publicado em 1969, a autora relata sobre

o que os doentes terminais têm para ensinar aos médicos, enfermeiras, religiosos e

aos seus próprios parentes (ALVES; DULCI, 2014).

Susaki, Silva e Possari (2006), o enfermeiro que agrega os conhecimentos técnicos

científicos de cuidado a esse tipo de paciente na sua prática, possibilita a viabilização

da ortotanásia (morte correta, ou seja, a morte pelo seu processo natural) e evita a

eutanásia (ação de provocar morte) e a distanásia (morte lenta com excesso de dor e

angústia) que se tornam uma agressão à dignidade humana.

6. RESULTADOS:

Conforme da pesquisa bibliográfica, estão descritos a seguir os principais

fatores que influenciam a atuação do enfermeiro frente no processo morte e morrer e

como é a sua percepção frente a essa situação.

6.1 Percepções frente ao processo e morte:

Conforme Susaki, Silva e Possari (2006), os enfermeiros por serem preparados

para a manutenção da vida, a morte e o morrer, em seu cotidiano, suscitam sentimento

de frustração, tristeza, perda, impotência, estresse e culpa. Em geral, o despreparo

leva o profissional a afastar-se da situação.

Poucas pessoas estão preparadas para morrer, nem mesmo aquelas com

ligação em alguma religião ou filosofia conseguem enfrentar esse processo de forma

completamente natural (ALVES; DULCI, 2014).

6.2 Falta de capacitação sobre o tema:

A ausência da abordagem e preparo ainda no curso de graduação em

enfermagem, relacionado a tanatologia e a identificação das fases presentes no

processo de morte e morrer, acaba gerando várias tensões que repercutem na prática

profissional, como decorrência aflorando diversas dificuldades e sofrimentos

Page 4: TÍTULO: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO PROCESSO MORTE …conic-semesp.org.br/anais/files/2017/trabalho-1000025745.pdf · Em seu livro Sobre a morte e o morrer, publicado em 1969,

3

vivenciados pelos profissionais durante a sua assistência (SANTOS; HORMANEZ,

2013).

6.3. Entender a morte no contexto social, histórico e cultural:

Cada sociedade possui seus próprios hábitos, crenças e costumes em relação

a morte, onde oferecem aos indivíduos uma orientação de como devem se comportar

e o que devem ou não fazer, refletindo a cultura própria de cada região e, também,

diferenciando-a de outros (CIAMPONE; GUTIERREZ, 2006).

6.4. Intervenções efetivas na prática assistencial:

A tomada de decisão é um processo que faz parte do cotidiano do enfermeiro,

onde ele deve saber relacionar-se e trabalhar com a comunicação não-verbal, em que

palavras são, muitas vezes, substituídas pelo comportamento e atitudes que revelam

a vivência do paciente; outras vezes, complementadas pelo comportamento e, outras

vezes, opostas (SUSAKI; SILVA; POSSARI, 2006).

A implementação de serviços de psicologia nas instituições hospitalares e de

saúde que possam oferecer apoio aos pacientes, familiares e profissionais,

incrementando as potencialidades do enfermeiro como indivíduo e como profissional

(SUSAKI; SILVA; POSSARI, 2006).

7.FONTES CONSULTADAS:

ALVES, C. B.; DULCI, P.L. Quando a morte não tem mais poder: considerações sobre

uma obra de Elisabeth Kübler-Ross. Rev.Bioét. Brasília, v.22, n.2, p.262-70,2014.

BRÊTAS, J. R. S.; OLIVEIRA, J. R.; YAMAGUTI, L. Reflexões de estudantes de

enfermagem sobre morte e o morrer. Revista da Escola de Enfermagem da USP,

São Paulo, v. 40, n. 4, p. 477-483, dec. 2006.

CIAMPONE, M.H.T.; GUTIERREZ, B. A. O. O processo de morrer e a morte no

enfoque dos profissionais de enfermagem de UTIS. Rev. Esc. Enferm. USP, v.41, n.4,

p.660-67,2006.

Page 5: TÍTULO: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO PROCESSO MORTE …conic-semesp.org.br/anais/files/2017/trabalho-1000025745.pdf · Em seu livro Sobre a morte e o morrer, publicado em 1969,

4

HORMANEZ, M.; SANTOS, M.A. Atitude frente à morte em profissionais e estudantes

de enfermagem: revisão da produção científica da última década. Ciênc. Saúde

Coletiva, Rio de Janeiro, vol.18, n. 9, p. 2757-68,2013.

OLIVEIRA, W.I.A; AMORIM R.C. A morte e o morrer no processo de formação do

enfermeiro. Rev. Gaúcha Enferm, Porto Alegre, v.29, n.2, p.191-98,2008.

SUSAKI, T. T., SILVA, M. J. P. D., & POSSARI, J. F. Identificação das fases do

processo de morrer pelos profissionais de enfermagem. Rev.Acta Paul. Enferm, São

Paulo, vol.19, n.2, p.144-49,2006.