tÍtulo: atuaÇÃo do enfermeiro frente ao processo morte...
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TÍTULO: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO PROCESSO MORTE E MORRERTÍTULO:
CATEGORIA: EM ANDAMENTOCATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDEÁREA:
SUBÁREA: ENFERMAGEMSUBÁREA:
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDASINSTITUIÇÃO:
AUTOR(ES): ANDREIA MELLO DE OLIVEIRA, MARIANE PRISCILA MENDES DOS SANTOS, SARAELIAS DA SILVAAUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): ÂNGELA MARIA LIMA, ROSE MEIRE I FUGITAORIENTADOR(ES):
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1. RESUMO:
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica utilizando artigos científicos
publicados entre 2006 e 2016, visando identificar a atuação do enfermeiro frente ao
processo morte e morrer, evidenciando os seguintes aspectos: percepções frente ao
processo de morte, falta de capacitação sobre o tema, entender a morte no contexto
social, histórico e cultural e intervenções na pratica assistencial.
2.INTRODUÇÃO:
A morte é a única certeza que possuímos, esse é o evento no qual se encerra
a vida, ocasionando fortes reações emocionais, seja no individuo que está morrendo
ou na família. Dessa forma não se pode considerar a morte somente um evento
biológico, mas sim um processo de relações culturais que está presente no cotidiano,
independente de suas causas ou formas, e atualmente está intimamente ligada a
hospitais e instituições de saúde (BRÊTAS; OLIVEIRA; YAMAGUTI, 2006).
Esse estudo visa pesquisar as percepções e a assistência do enfermeiro frente
ao processo de morte e morrer, para verificar as lacunas desse processo e auxiliar os
profissionais a lidar melhor com esse quadro melhorando assim a assistência e a
relação com a equipe, pacientes e familiares, pois este profissional é o elo que garante
o sucesso dessa interação.
3. OBJETIVO: Analisar as percepções e a assistência do enfermeiro frente ao
processo morte e morrer.
4. METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica baseada em artigos publicados entre
2006 e 2017. O levantamento bibliográfico foi realizado na fonte BVS e nas bases de
dados eletrônicos LILACS e SciELO. Na busca bibliográfica foram utilizadas as
seguintes palavras-chaves: atitude frente à morte, enfermagem, terminalidade e
processo morte e morrer.
5. DESENVOLVIMENTO:
O agravante na nossa sociedade é que os profissionais de saúde, dentre esses
os de enfermagem, estão despreparados para lidar com as questões relacionadas à
morte e ao processo de morrer, sendo a morte, um processo natural, não pode ser
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desvinculada da vida, mas integrada a ela de forma a valorizá-la, sendo a única
certeza que temos desde ao nascer ela pode ocorrer a qualquer momento (OLIVEIRA;
AMORIM, 2008).
A psiquiatra suíça Elizabeth Kübler Ross, foi a precursora em relatar as
atitudes e reações emocionais suscitadas pela aproximação da morte em pacientes
terminais, reações humanas que não dependem somente de um aprendizado cultural
(SUSAKI; SILVA; POSSARI, 2006).
Em seu livro Sobre a morte e o morrer, publicado em 1969, a autora relata sobre
o que os doentes terminais têm para ensinar aos médicos, enfermeiras, religiosos e
aos seus próprios parentes (ALVES; DULCI, 2014).
Susaki, Silva e Possari (2006), o enfermeiro que agrega os conhecimentos técnicos
científicos de cuidado a esse tipo de paciente na sua prática, possibilita a viabilização
da ortotanásia (morte correta, ou seja, a morte pelo seu processo natural) e evita a
eutanásia (ação de provocar morte) e a distanásia (morte lenta com excesso de dor e
angústia) que se tornam uma agressão à dignidade humana.
6. RESULTADOS:
Conforme da pesquisa bibliográfica, estão descritos a seguir os principais
fatores que influenciam a atuação do enfermeiro frente no processo morte e morrer e
como é a sua percepção frente a essa situação.
6.1 Percepções frente ao processo e morte:
Conforme Susaki, Silva e Possari (2006), os enfermeiros por serem preparados
para a manutenção da vida, a morte e o morrer, em seu cotidiano, suscitam sentimento
de frustração, tristeza, perda, impotência, estresse e culpa. Em geral, o despreparo
leva o profissional a afastar-se da situação.
Poucas pessoas estão preparadas para morrer, nem mesmo aquelas com
ligação em alguma religião ou filosofia conseguem enfrentar esse processo de forma
completamente natural (ALVES; DULCI, 2014).
6.2 Falta de capacitação sobre o tema:
A ausência da abordagem e preparo ainda no curso de graduação em
enfermagem, relacionado a tanatologia e a identificação das fases presentes no
processo de morte e morrer, acaba gerando várias tensões que repercutem na prática
profissional, como decorrência aflorando diversas dificuldades e sofrimentos
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vivenciados pelos profissionais durante a sua assistência (SANTOS; HORMANEZ,
2013).
6.3. Entender a morte no contexto social, histórico e cultural:
Cada sociedade possui seus próprios hábitos, crenças e costumes em relação
a morte, onde oferecem aos indivíduos uma orientação de como devem se comportar
e o que devem ou não fazer, refletindo a cultura própria de cada região e, também,
diferenciando-a de outros (CIAMPONE; GUTIERREZ, 2006).
6.4. Intervenções efetivas na prática assistencial:
A tomada de decisão é um processo que faz parte do cotidiano do enfermeiro,
onde ele deve saber relacionar-se e trabalhar com a comunicação não-verbal, em que
palavras são, muitas vezes, substituídas pelo comportamento e atitudes que revelam
a vivência do paciente; outras vezes, complementadas pelo comportamento e, outras
vezes, opostas (SUSAKI; SILVA; POSSARI, 2006).
A implementação de serviços de psicologia nas instituições hospitalares e de
saúde que possam oferecer apoio aos pacientes, familiares e profissionais,
incrementando as potencialidades do enfermeiro como indivíduo e como profissional
(SUSAKI; SILVA; POSSARI, 2006).
7.FONTES CONSULTADAS:
ALVES, C. B.; DULCI, P.L. Quando a morte não tem mais poder: considerações sobre
uma obra de Elisabeth Kübler-Ross. Rev.Bioét. Brasília, v.22, n.2, p.262-70,2014.
BRÊTAS, J. R. S.; OLIVEIRA, J. R.; YAMAGUTI, L. Reflexões de estudantes de
enfermagem sobre morte e o morrer. Revista da Escola de Enfermagem da USP,
São Paulo, v. 40, n. 4, p. 477-483, dec. 2006.
CIAMPONE, M.H.T.; GUTIERREZ, B. A. O. O processo de morrer e a morte no
enfoque dos profissionais de enfermagem de UTIS. Rev. Esc. Enferm. USP, v.41, n.4,
p.660-67,2006.
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HORMANEZ, M.; SANTOS, M.A. Atitude frente à morte em profissionais e estudantes
de enfermagem: revisão da produção científica da última década. Ciênc. Saúde
Coletiva, Rio de Janeiro, vol.18, n. 9, p. 2757-68,2013.
OLIVEIRA, W.I.A; AMORIM R.C. A morte e o morrer no processo de formação do
enfermeiro. Rev. Gaúcha Enferm, Porto Alegre, v.29, n.2, p.191-98,2008.
SUSAKI, T. T., SILVA, M. J. P. D., & POSSARI, J. F. Identificação das fases do
processo de morrer pelos profissionais de enfermagem. Rev.Acta Paul. Enferm, São
Paulo, vol.19, n.2, p.144-49,2006.