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Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE CICATRIZANTE DA ESPÉCIE BYRSONIMA CRASSIFÓLIA EM MODELO DE NEUROPATIA TÍTULO: CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA: ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA: SUBÁREA: MEDICINA SUBÁREA: INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP INSTITUIÇÃO: AUTOR(ES): ADRIANA CRISTINA VIANNA ALVARENGA AUTOR(ES): ORIENTADOR(ES): DOROTY MESQUITA DOURADO ORIENTADOR(ES): COLABORADOR(ES): ANA TEREZA GOMES GUERRERO, MARIA HELENA FERMIANO COLABORADOR(ES):

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Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE CICATRIZANTE DA ESPÉCIE BYRSONIMA CRASSIFÓLIA EMMODELO DE NEUROPATIATÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDEÁREA:

SUBÁREA: MEDICINASUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERPINSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ADRIANA CRISTINA VIANNA ALVARENGAAUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): DOROTY MESQUITA DOURADOORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): ANA TEREZA GOMES GUERRERO, MARIA HELENA FERMIANOCOLABORADOR(ES):

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Avaliação da atividade cicatrizante da espécie Byrsonima crassifólia em modelo de neuropatia

Resumo

O processo de cicatrização é um fenômeno complexo e altamente especializado onde é necessário que haja integração entre as células, fatores de crescimento e enzimas. O objetivo deste trabalho foi avaliar e quantificar a regressão da ferida cutânea induzida no grupo experimental comparado ao grupo controle e investigar a eficácia farmacológica da pomada da espécie Byrsonima crassifólia em modelo de cicatrização. Neste estudo f o r a m utilizados camundongos Swiss, machos, provenientes do biotério da Universidade Anhanguera-Uniderp/Campo Grande/MS, sadios e em condições sistêmicas satisfatórias para serem submetidos aos procedimentos operatórios. As folhas de Byrsonima crassifólia foram coletadas no pantanal de Aquidauana-MS, e transportadas ao Laboratório de Morfologia Vegetal da Universidade Anhanguera – Uniderp, catalogadas, registradas e incorporadas ao acervo. Após secagem em estufa (40º C), as folhas foram separadas, trituradas, tamisadas e utilizadas para preparar o extrato metanólico e incorporado ao veículo à base de Gel Carbopol (70%). A concentração da pomada utilizada foi de 3%. Os animais foram divididos aleatoriamente em seis grupos contendo 5 animais em cada um deles: G1 (controle), G2 (carbopol), G3 (laser), G4 (pomada a base de B. crassifólia 3%), G5 (pomada 3% e laser) e G6 (carbopol e laser). Após 7 dias de experimento realizou-se a eutanasia utilizando-se 50 mg/kg de pentobarbital sódico, via intraperitoneal (i.p.), em dose letal. As lâminas histológicas foram produzidas na coloração hematoxilina-eosina para estudos morfológicos. A análise dos grupos submetidos à lesão cutânea revelou macroscopicamente que os animais tratados com pomada na concentração de 3% evoluíram com formação de crosta em menor espaço de tempo em comparação ao grupo G1, G2, carbopol. Histologicamente, a avaliação dos grupos com ferida cutânea revelou que a epitelização foi evidente em todos os grupos. A formação de novos vasos sanguíneos e a proliferação de fibroblastos foi exuberante no grupo G4 e G5.

Palavras-chave: cicatrização, fitoterapia, laser, epitelização.

Introdução

A dor é um fenômeno que pode ocorrer em qualquer local onde existam

receptores ou terminações capazes de transmitir um estímulo doloroso. Quando a

dor é de origem de lesão neural dá-se o nome de dor neuropática. Atualmente o

conceito mais aceito é o de que a dor neuropática resulta de uma lesão

somatossensorial periférica e/ou central. As principais causas de neuropatias são

os traumas e as lesões de origem encefálica ou medular (COSTA, 2009).

Neuropatias ocorrem em 2% da população e em adultos com mais de 50 anos pode

chegar a 8% (SCHESTATSKY, et al., 2009). Considerando a etiologia da doença, a

neuropatia periférica pode ser associada a condições médicas gerais, a processos

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inflamatórios ou infecciosos, a processos metabólicos e à hereditariedade (MISRA

et al., 2009; SCHESTATSKY, et al., 2009).

Em algumas culturas a escolha por um tratamento é frequentemente explicada

por uma compreensão multifatorial de saúde e das prováveis causas da doença.

Plantas e medicamentos podem ser efetivos não apenas em função de sua ação

farmacológica, mas em função do significado cultural que lhes é atribuído. Desta

forma as práticas relacionadas ao uso popular de plantas medicinais são o que

muitas comunidades têm como alternativa viável para o tratamento de doenças ou

manutenção da saúde (FADINI; GONÇALVES; HOEFFEL; SEIXAS, 2011). O uso

de plantas medicinais consiste em uma prática popular já consagrada e por isso, os

estudos atuais buscam comprovar a atividade dessas espécies. A utilização de

extratos herbais geralmente é feita com o objetivo de inibir o sangramento das

feridas, a proliferação de microorganismos e para acelerar o reparo tecidual (JAIN;

PATHAK; SANDHU; THAKUR, 2011). Os dois primeiros objetivos são

determinantes para a falha no reparo tecidual e o último é essencial para a

recuperação precoce da função estrutural; são, portanto, fatores importantes para a

ocorrência fisiológica do processo de cicatrização. Na cicatrização de feridas a

acurácia da regeneração é trocada pela velocidade de reparo (MORIYA; TAZIMA;

VICENTE, 2008).

O reparo tecidual passa pelas seguintes etapas básicas: fase inflamatória, fase

proliferativa, que inclui reepitelização, síntese da matriz e neovascularização, e fase

de maturação. A resposta inflamatória, que perdura cerca de três dias, na qual

ocorre a migração seqüencial das células para a ferida é facilitada por mediadores

bioquímicos que aumentam a permeabilidade vascular, favorecendo a exsudação

plasmática e a passagem de elementos celulares para a área da ferida (MORIYA;

TAZIMA; VICENTE, 2008). Uma lesão consiste na ruptura da continuidade celular,

funcional, e anatômica de um tecido vivo, e a cicatrização é uma cascata celular e

bioquímica que leva a restauração da integridade estrutural do tecido. Esse

processo possui fases bem estabelecidas e com uma sucessão de eventos fixa,

cuja anormalidade pode predizer uma processo de cicatrização inadequado. Entre

os metabólitos responsáveis por essa ação, destacam-se os taninos, com a ação

captadora de radicais livres; tripterpenóides e flavonóides com ação adstringente e

microbicida e os saponinos com ação antioxidante e antibiótica. Os esteróides e os

polifenóis também são responsáveis por reduzir a necrose e aumentar a

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vascularização através da inibição/redução da peroxidação lipídica (JAIN; PATHAK;

SANDHU; THAKUR, 2011).

As plantas do gênero Byrsonima são muito usadas na etnobotânica. As

folhas são aplicadas contra febre, em úlceras, como diurético, como antiasmático e

em infecções de pele (AGUIAR et al., 2005). A Byrsonima crassifolia é distribuída em

diversas regiões da América do Sul e Central, sendo utilizada desde os tempos do

pré-Hispânico (ALMEIDA et al., 1998). Sua casca e folhas são usadas no tratamento

de tosse, problemas gastrintestinais, infecções de pele e mordidas da serpente

(AMARQUAYE et al., 1994; MARTÍNEZ-VÁZQUEZ et al., 1999). Vários estudos

relatam que a partir de B. crassifolia foram isolados compostos voláteis dos frutos, e

também glicolipídeos, triterpenos, ácidos triterpênicos, catequinas e flavonoides das

folhas (AMARQUAYE et al., 1994; RASTRELLI et al., 1997).

Pelo fato de conhecer a ação dos metabólicos da planta B. crassifólia o objetivo

deste trabalho foi acompanhar os eventos que ocorrem na cicatrização de feridas

cutâneas em camundongos Swiss.

Objetivos

Avaliar e quantificar a regressão da ferida cutânea induzida no grupo experimental

comparado ao grupo controle; investigar a eficácia farmacológica em modelo de

cicatrização da pomada da espécie Byrsonima crassifólia.

Metodologia

O presente trabalho foi enviado para o Comitê de Ética em Pesquisa

Animal (CEUA) da Anhanguera Educacional Valinhos/SP e autorizado com o parecer

de número 2822.

Animais

Foram utilizados camundongos Swiss, machos, pesando 20-30g. Os animais

foram provenientes do biotério da Universidade, sadios e em condições sistêmicas

satisfatórias para serem submetidos aos procedimentos operatórios. Os

camundongos foram mantidos em gaiolas individualmente, tratados com

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alimentação balanceada Nuvital e água “ad libitum” antes e durante todo o período

experimental, exceto por 12 horas após o procedimento cirúrgico.

Desenvolvimento

Preparo do Extrato aquoso

As folhas de Byrsonima crassifólia foram coletadas no pantanal. As espécies

botânicas foram transportadas ao Laboratório de Morfologia Vegetal da

Universidade, catalogadas, registradas e incorporadas ao acervo. Após secagem em

estufa (40º C), as folhas foram separadas, trituradas, tamisadas e utilizadas para

preparar os extratos metanólicos. Após evaporação do solvente parte dos extratos

foram utilizados para os ensaios biológicos e parte para o fracionamento químico.

As folhas trituradas foram obtidas após a secagem em estufa circuladora de

ar a 45°C (Marcon, MA35), durante 2 dias e trituradas em liquidificador industrial

(Walita). Para preparação do extrato metanólico utilizou-se 500g da droga vegetal

seca, extraída exausticamente com metanol em banho de ultra-son (Unidque,1450)

por 2 dias durante 60 minutos seguido de marcação por 12 horas. Após este período

a extração ocorreu via marcação até esgotamento da droga. O solvente foi

evaporado e o extrato bruto metanólico seco foi utilizado para a preparação do

extrato aquoso. A preparação do extrato aquoso utilizado no experimento foi

estabelecida a partir de dados obtidos junto a comunidade local. Após obter o

extrato bruto metanólico da planta, este foi incorporado em um veículo a base de Gel

Carbopol (70%). A concentração estabelecida foi de 3% de ativo (extrato bruto) e

97,0% do veículo.

Metodologia das lesões cutâneas induzidas

Foi induzida uma lesão cutânea com 5 mm de diâmetro e 2 mm de espessura

na coxa direita do animais. O preparo pré-cirúrgico consistiu no jejum alimentar de

12h, pesagem pré-anestésica e administração de pentobarbital sódico (10mg/kg)

administrado por via intraperitoneal (i.p.). Após isso, os camundongos foram

posicionados em decúbito ventral sobre uma prancha de madeira com imobilização

dos membros ao plano da mesa usando fita adesiva. O sítio da lesão foi

tricotomizado e, através de um “PUNCH”, foi removida uma área circular de pele, de

aproximadamente 5 mm de diâmetro, na região dorsal do animal, tendo como

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localização a porção lateral do plano sagital mediano. Em seguida, os animais foram

divididos aleatoriamente em 6 grupos contendo cada um 5 indivíduos. G1: Grupo

Controle: tratado topicamente com solução salina 0.9%; G2: tratado com carbopol;

G3: tratado com laser com de potência de 100mW (densidade de potência de 3,58

W/cm2), área do feixe de 0,028 cm², e comprimento de onda de λ 660nm, meio ativo

de Fosfeto Indio-Gálio-Alumínio (InGaAlP) com densidade de energia de 3

joules/cm2 e tempo de 40 segundos por ponto; G4: pomada a base de B. crassifolia

na concentração de 3% de extrato bruto; G5: pomada 3%+ laser; G6: tratado com

carbopol e laser. Todos os grupos receberam tratamento por 7 dias e foram

mantidos sob as mesmas condições ambientais. Após esse período, os animais

foram eutanasiados utilizando-se 50 mg/ kg de pentobarbital sódico, via

intraperitoneal (i.p.), em dose letal. Após serem eutanasiados os animais foram

congelados a -30ºC para serem descartados em um contêiner para descarte.

Resultados

Figura 1: G1 – camundongos tratados com solução salina 0,9%. crosta fibrinoleucocitária (cr);

epiderme (e); queratina (q); vasos sanguíneos (setas); fibras colágenas (co). Objetiva: 20. HE.

A B

C D

cr e

e

q

co

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Figura 2: G2 – controle carbopol. epiderme (e); vasos sanguíneos (setas); fibras colágenas

(co). Objetiva: 20. HE.

Figura 3: G3 – laser. epiderme (e); queratina (q); vasos sanguíneos (setas); fibras colágenas

(co). Objetiva: 20. HE.

B C

e

A

e

B

A

C

q

co

co

q

e

q

e

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Figura 4: G4 – pomada a base de B. crassifólia na concentração de 3%. epiderme (e);

queratina (q); vasos sanguíneos (setas); fibras colágenas (co). Objetiva: 20. HE.

Figura 5: G5 – pomada a base de B. crassifólia na concentração de 3% e laser. crosta

fibrinoleucocitária (cr); epiderme (e); queratina (q); vasos sanguíneos (setas); fibras colágenas

(co); infiltrado inflamatório(ii). Objetiva: 20. HE.

co

co

q cr

e

ii

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Figura 6: G6 carbopol e laser. epiderme (e); queratina (q); vasos sanguíneos (setas); fibras

colágenas (co);focos hemorrágicos(*). Objetiva: 20. HE.

Considerações finais

A ocorrência de uma lesão cutânea desencadeia uma cascata de eventos

celulares e bioquímicos, que restauram as estruturas normais da pele, resultando na

formação de uma ferida cicatrizada. O reparo tecidual pode sofrer influência de

inúmeros fatores, incluindo extratos vegetais, capazes de acelerar a resposta

inflamatória, a proliferação celular e a fase de remodelagem. Entre os metabólitos

vegetais com ação reconhecida no processo de reparo tecidual, destacam-se os

taninos, com a ação captadora de radicais livres; tripterpenóides e flavonóides com

ação adstringente e microbicida; os saponinos com ação antioxidante e antibiótica;

os esteróides e os polifenóis, responsáveis por reduzir a necrose e aumentar a

vascularização através da inibição/redução da peroxidação lipídica (JAIN; PATHAK;

SANDHU; THAKUR, 2011).

Diante disso, os achados até o momento presente corroboram com os

demais trabalhos que utilizaram a espécie bem como com aqueles que analisaram a

cr q e

co

co

* *

*

*

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ação de seus componentes. Observou-se através deste estudo, que todos os

animais submetidos às lesões de pele evoluíram para um processo de cicatrização

fisiologicamente normal. Houve otimização desse processo nos animais tratados

com pomada de Byrsonima crassifola na concentração de 3%, tanto no grupo

tratado exclusivamente com o extrato, quanto naquele tratado com a pomada 3%

associado ao laser de baixa potência. Esses resultados corroboram com outros

estudos, os quais incluem a espécie entre os extratos herbais utilizados para

acelerar o processo de cicatrização. A ausência de resultados similares para os

grupos tratados com pomada na concentração de 5% possivelmente deve-se à ação

nociva de altas concentrações de um ou mais metabólitos da espécie utilizada neste

estudo; entretanto fazem-se necessárias outras pesquisas para que essa hipótese

seja justificada. Em relação à atividade da pomada à base de Byrsonima crassifola

em modelo de lesão neuropática, o presente estudo tem como perspectiva executar

essa etapa da pesquisa posteriormente, e considerando os resultados positivos já

identificados no modelo de lesão cutânea espera-se que bons resultados sejam

obtidos também neste experimento.

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