titularidade registral do direito de propriedade imobiliária
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O estudo aborda a tutela do direito de propriedade privada no quadro das relações entre os institutos do registo predial e da usucapião (ou «adverse possession», na terminologia do «common law»), tendo como ponto de partida o debate desencadeado pelo caso «J.A.Pye (Oxford) Ltd. v. the U.K.» a que se reporta o Acórdão do T.E.D.H. (Tribunal Pleno), de 30.08.2007 ( Queixa n.º 44302/02).TRANSCRIPT
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NOTA PRÉVIA ................................................................................................... 5MODO DE CITAR E ELEMENTOS CONSIDERADOS ................................................ 7ABREVIATURAS .................................................................................................. 9
I
INTRODUÇÃO
§ 1 O contexto do presente texto .................................................................. 15§ 2 Apontamento sobre o interesse e a actualidade do tema (e problema) .... 26§ 3 Sequência ................................................................................................ 35
II
BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A EQUIVALÊNCIA FUNCIONAL ENTRE AS FIGURAS
DA «ADVERSE POSSESSION» (ARTICULADA COM A «LIMITATION OF ACTIONS»)
E A USUCAPIÃO
§ 4 Nota sumária sobre a posição do TEDH e da comentarística ................. 39§ 5 (cont.) A aplicação, “in casu”, do «método da comparação funcional».... 41
III
O CASO INGLÊS «J. A. PYE (OXFORD) LTD. V. GRAHAM»: SÚMULA DOS PRINCIPAIS FACTOS RELEVANTES
E DA SAGA DO LITÍGIO NAS INSTÂNCIAS JURISDICIONAIS DO REINO UNIDO
§ 6 Súmula dos principais factos relevantes ................................................... 53§ 7 Julgamento do litígio nas instâncias jurisdicionais do Reino Unido ........ 55
260 Titularidade Registral do Direito de Propriedade Imobiliária versus Usucapião
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IV
O JULGAMENTO DO CASO «J. A. PYE (OXFORD) LTD. AND J. A. PYE (OXFORD) LAND LTD.
V. THE UNITED KINGDOM» (QUEIXA N.º 44302/02) NO TEDH OU A CONTINUAÇÃO DA SAGA
DO «CASO PYE» NO PLANO EXTERNOPágs.
§ 8 Algumas considerações preliminares sobre a interpretação-aplicação pelo TEDH da norma constante do artigo 1.º do P.A. n.º 1 à CEDH como exemplo paradigmático de «desenvolvimento criativo» de um «direito vindo de alhures» .................................................................................... 63
§ 9 A queixa apresentada pelas sociedades «Pye» junto do TEDH (Queixa n.º 44302/02) ......................................................................................... 76
§ 10 Decisão tomada no Acórdão do TEDH (Secção), de 15 de Novembro de 2005................................................................................................... 81
§ 11 Decisão tomada no Acórdão do TEDH (Tribunal Pleno), de 30 de Agosto de 2007................................................................................................... 82
V
PRINCIPAIS FACTORES QUE DEBILITAM JURIDICAMENTE A «FORÇA PERSUASIVA» DO ACÓRDÃO DO TEDH (TRIBUNAL PLENO), DE 30 DE AGOSTO DE 2007,
PERMITINDO ANTEVER UMA «REVIRAVOLTA» («RÉVIREMENT») JURISPRUDENCIAL
§ 12 Alusão aos principais factores que debilitam juridicamente a «força per-suas iva» da decisão tomada no Acórdão do TEDH (Tribunal Pleno), de 30 de Agosto de 2007 .................................................................................. 87
§ 13 (cont.) A consequente criação de um “húmus” propício a uma «reviravolta» («révirement») jurisprudencial por parte do TEDH ................................ 90
VI
ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE OS FUNDAMENTOS DA USUCAPIÃO, O PAPEL ACTUAL DO INSTITUTO
NA ORDEM IMOBILIÁRIA PORTUGUESA E A POSSÍVEL REFORMA DO SEU REGIME JURÍDICO, À LUZ DO DEBATE
TRAVADO A PROPÓSITO DO «CASO PYE»
§ 14 Considerações preliminares ..................................................................... 95
Índice 261
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§ 15 Breve nota prévia sobre a impossibilidade de considerar, à luz do sistema jurídico português, a situação fáctico-jurídica em jogo no «caso Pye» como sendo de posse “ad usuca pionem” ........................................................... 99
§ 16 Reproposição do velho (e esquecido) problema dos fundamentos da usucapião, o actual papel do instituto na ordem imobiliária portuguesa e a possível reforma do seu regime jurídico ............................................ 102
§ 16.1 Reproposição do velho (e esquecido) problema dos fundamentos da usucapião ............................................................................... 102
§ 16.1.1 As grandes linhas do trajecto da evolução das contro-vérsias entre «realistas» e «idealistas» acerca dos funda-mentos da usucapião ................................................... 102
§ 16.1.2 O problema dos fundamentos da usucapião no âmbito do Acórdão do TEDH (Tribunal Pleno), de 30 de Agosto de 2007, relativo ao «caso Pye» .................. 108
§ 16.1.3 Principais argumentos invocados hodiernamente para justificar a usucapião e respectiva análise crítica .......... 112
§ 16.1.3.1 O interesse geral (ou interesse público) de garantir a certeza e a segurança jurídicas quanto ao estatuto dos bens ..................... 114
§ 16.1.3.2 A sanção (implícita) ao proprietário pela sua prolongada inércia ou negligência e o correlativo estímulo ao uso produtivo dos bens, partindo, nomeadamente, da ideia de «função social da propriedade» ................. 116
§ 16.1.3.3 (cont.) Da «função social da propriedade privada» como razão justificativa da usu-capião, em particular ................................ 121
§ 16.1.4 Breve apontamento sobre a explicação preferível para a usucapião .................................................................... 145
§ 16.2 O actual papel do instituto da usucapião na ordem jurí dico -imo-biliária portuguesa ...................................................................... 149
§ 16.3 Ponderação de uma possível reforma do regime jurídico portu-guês da usucapião de imóveis: luzes e sombras (mais estas do que aquelas) ....................................................................................... 150
§ 16.3.1 Enquadramento das considerações subsequentes ......... 150§ 16.3.2 Usucapião de imóveis sem indemnização: o «teste de
conformidade com a Constituição» e o Acórdão do
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Tribunal Constitucional n.º 205/2000, de 4 de Abril de 2000 (Proc. n.º 390/96) ........................................ 164
§ 16.3.2.1 Enunciação do problema .......................... 164§ 16.3.2.2 A abordagem do problema no Acórdão do
Tribunal Constitucional n.º 205/2000, de 4 de Abril de 2000 (Proc. n.º 390/96) ..... 175
§ 16.3.2.2.1 O tratamento “a latere” e perfunctório do problema pelo Tribunal ....................... 175
§ 16.3.2.2.2 Apreciação crítica da retórica argumentativa do Tribunal e consequente subsistência do problema ............................. 177
§ 16.3.2.3 A posição defendida à luz dos actuais parâmetros de juridicidade constitucional próprios do Estado de Direito .................. 184
§ 16.3.3 Sequência .................................................................... 186§ 16.3.4 Alteração do peso relativo da usucapião na sua “rela ção
de coexistência” com o instituto do registo predial ...... 187§ 16.3.5 Algumas sugestões de alteração de certos aspectos do
actual regime jurídico português da usucapião de imó-veis .............................................................................. 201
§ 16.3.5.1 Breve nota preliminar ............................... 201§ 16.3.5.2 Atribuição de um maior peso relativo à
boa fé em con fronto da má fé na posse “ad usucapionem” ........................................... 203
§ 16.3.5.3 Estabelecimento de uma maior compatibi-lização entre os objectivos prosseguidos pela usucapião e pelo registo predial ................ 210
VII
CONCLUSÕES ......................................... 227
BIBLIOGRAFIA ........................................ 239