tipos de introdução

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Page 1: Tipos de introdução
Page 2: Tipos de introdução

A introdução contém:

• uma ideia geral.

Exemplos: um fato da atualidade, uma lembrança, uma afirmação de alcance universal, a alusão a um acontecimento público, a citação de um pensador, etc.;

• um problema.

-Indicar desafios contemporâneos diante do tema.-Indicar origens e efeitos do problema.-Indicar controvérsias do tema.

•uma tese.

-Elucidar a sua opinião central ou tese.-Costuma ser uma generalização, em que se define ou se declara alguma coisa.-Pode estar diluída no parágrafo, sendo apenas evocada por palavras de referências ou marcada pela colocação de adjetivos.

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Page 4: Tipos de introdução

“A sociedade moderna tem uma dívida enorme para com a escrita. Nossa civilização altamente integrada e tecnologicamente orientada dificilmente poderia ter uma existência de alguma maneira semelhante a atual, se não existisse a capacidade de documentar e preservar mensagens linguísticas.”

•Ideia geral: a sociedade moderna advém da capacidade humana de documentar e preservar mensagens.•Problema: uso menor da escrita na contemporaneidade.

Page 5: Tipos de introdução

“O príncipe procure evitar (...) o que o torne odioso ou desprezível e, sempre que assim agir, terá cumprido o seu dever e não encontrará nenhum perigo nos outros defeitos.”

• Ideia geral: O príncipe pode ser odioso ou desprezível.• Problema: O príncipe precisa evitar ser odiado ou desprezado para cumprir seu dever.

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Page 7: Tipos de introdução

ENQUADRAMENTO DO TEMA NA ATUALIDADE

“Milhões de brasileiros ascenderam, pela renda média, à tão falada classe C. As políticas governamentais e, inclusive, de muitas empresas, direcionam-se para esse grupo que trouxe para o mercado um novo poder de compra. É visível, no entanto, que essa subida de classes se restringe à questão monetária. O crescimento aquisitivo não é acompanhado por uma visão cultural ampla e significativa”.

“Crescentes índices de crimes praticados por menores trouxeram à tona discussões acerca da diminuição da maioridade penal. Ela é mostrada por muitos como uma solução para a diminuição e controle da violência no Brasil; para outros, no entanto, é uma medida ineficiente e restrita.”

 

 

  

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DECLARAÇÃO INICIAL ou FORMULAÇAO DA TESE: corresponde a uma frase que emite um juízo sobre um acontecimento.

“A violência urbana é um dos problemas que mais preocupam o carioca. Dez de dez entrevistados na pesquisa Datafolha se mostraram preocupados com o aumento desse tipo de violência.”

“Em meio a tantos questionamentos acerca da diminuição da maioridade penal, assunto que levanta grande polêmica, mostra-se inquestionável que a sua efetivação não é a solução para que se controle a violência no Brasil.”

Mistura de técnicas:“É um grave erro a liberação da maconha. Isso provocará de imediato violenta elevação do seu consumo, então o Estado perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas. Além disso, nossas instituições de recuperação de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda.”

Page 9: Tipos de introdução

DEFINIÇÃO (envolve ideologia de quem escreve)

“O mito, entre os povos primitivos, é uma forma de se situar no mundo, isto é, de encontrar seu lugar entre os demais seres da natureza. É um modo ingênuo, fantasioso, anterior a toda reflexão e não-crítico de estabelecer algumas verdades que não só explicam parte dos fenômenos naturais ou mesmo a construção cultural, mas que trazem, também, as formas da ação humana.”

“A pena de morte consiste em punir uma pessoa criminosa com a perda de sua vida como pagamento pelo seu erro.” 

Page 10: Tipos de introdução

CARACTERIZAÇÃO DO TEMA - IMAGÉTICO

“A imagem de uma nuvem marrom em cima da cidade ou a visão da fumaça negra que sai dos escapamentos de veículos é comum nas grandes cidades. As metrópoles brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo, têm no céu as marcas da poluição do ar.”

 

 

  

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DIVISÃO OU ROTEIRO: indica como o texto se desenvolverá - pela análise dos elementos, pelo menos mencionar um.

“A violência tem três causas principais: a desigualdade social, o aumento do desemprego e a expansão do crime organizado. Todas têm grande peso na análise dessa importante questão social.”

“Discute-se a forma de uma nova classe de brasileiros, a conhecida classe C. Sabe-se, porém, que essa ascensão não é feita no ponto social. Entre as razões que justificam essa certeza, incluem-se a falta de aquisição cultural dessa população, o preconceito por parte da elite e, inclusive, a ausência do desejo de se igualar aos ricos tradicionais.”

“A diminuição da maioridade penal é um dos assuntos mais abordados em discussões entre os brasileiros e levanta muita polêmica. Defendida por alguns como uma solução para o controle da violência do Brasil, ela se mostra ineficiente, incha o sistema penitenciário e não é a longo prazo, e deixa de lado medidas mais dignas e duradouras, como a educação e o cuidado para com os jovens.”

  

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OPOSIÇÃO (dois lados) ou PARADOXO (contradição)

“De um lado, professores mal pagos, desestimulados, esquecidos pelo governo e que trabalham sob péssimas condições de infraestrutura. De outro, declarações governamentais de investimentos bilionários para melhorar tais problemas . É esse o paradoxo que vive hoje a educação do Brasil.”

“Vários motivos envolvem a produção literária. Dois se destacam pelo grau de envolvimento do autor: raiva e esperança. Raiva, por exemplo ao ver o quanto a cultura ainda é vista como artigo supérfluo no Brasil, esperança por observar quantos movimentos culturais têm surgido historicamente como forma de resistência e/ou transformação.” 

  

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ALUSÃO HISTÓRICA: representa um fato passado que serve de ponto de reflexão pelas semelhanças ou pelas diferenças entre eles e o presente.

“Em 18 de setembro de 1950, dia em que a televisão brasileira foi ao ar pela primeira vez, iniciou-se um novo período da cultura no país. Aos poucos, a esse meio de comunicação consolidou-se com elementos de divulgação das artes e da produção de conhecimento.”

“O Brasil tem a marca do modelo de colonização em sua sociedade. As castas, mesmo que informalmente, persistem. A elite colonial portuguesa já impunha restrições sociais, sobretudo àqueles que enriqueceram pelo comércio e não pela posse de terras. De forma semelhante, percebe-se que essa situação se mantém. Os personagens, todavia, mudaram. A ascensão da classe C é limitada pela posição dos abastados”.

  

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COMPARAÇÃO

“O tema da reforma agrária está presente há bastante tempo nas discussões sobre os problemas mais graves que afetam o Brasil. Numa comparação entre tal movimento e o pela abolição da escravidão, ocorrido no final do século passado, podemos perceber algumas semelhanças. Como na época da escravidão existiam elementos favoráveis e contrários a ela, também hoje há os que são contra a implantação da distribuição de terras no Brasil.” “A sociedade humana é, até certo ponto, como a ‘sociedade das palavras’; assim como existem indivíduos marginais, há palavras marginalizadas; assim como há pessoas sem trabalho também existem palavras desempregadas”.  

  

Page 15: Tipos de introdução

QUESTIONAMENTO: supõe um desconhecimento retórico do autor (e o texto se desenvolve pela resposta da pergunta) ou didático (pressupondo desconhecimento ou dúvidas de quem lê o texto, assim pretende a resposta deixá-lo mais claro).

“Será que com os novos impostos a saúde melhorará no Brasil? Os contribuintes já estão cansados pagar tanto para solucionar problemas infindáveis. A cada ano, os cidadãos são lesados por novas cobranças governamentais, as quais objetivam melhorar um sistema que está cada vez pior.” (PROVOCA A TESE)

“Pauta de boa parte das discussões entre os brasileiros, a diminuição da maioridade penal levanta polêmica. Diz-se que ela pode ser a solução para os altos índices de delinquência juvenil atuais. No entanto, será que a melhor medida a ser tomada? Não haveria outras propostas mais dignas e duradouras para o controle da violência no Brasil?” (PROVOCA O DESENVOLVIMENTO)

  

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CITAÇÃO (DIRETA OU INDIRETA): apresenta a opinião de alguém de destaque em relação ao tema debatido. Pode corresponder a uma intenção valorativa (pela importância da pessoa citada) ou a uma intenção ilustrativa (apenas como ponto inicial de análise do tema).

“Para Marx a religião é ópio do povo. Raimond Aron se opôs: o marxismo é o ópio dos intelectuais. Mas, nos Estados Unidos, o ópio do povo é mesmo ir às compras. Já que as modas americanas são contagiosas, é bom avaliá-las.”

“Diz o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente que “é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.” Esses direitos, no entanto, são ameaçados por propostas de diminuição da maioridade penal, cada vez mais populares no Brasil.”

 

  

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APRESENTAÇÃO DE DADOS (ACOMPANHADOS DE FONTES, A NÃO SER QUE SEJAM AMPLAMENTE CONHECIDOS)

“Um estudo assinado pela pesquisadora de saúde comunitária Catherine Taylor, da Universidade Tulane (EUA), mostra que crianças que levam palmadas frequentemente por volta dos três anos se tornam mais agressivas a partir dos cinco. Em outra fase da pesquisa, as crianças que apanharam mais manifestaram mais sinais de agressividade, como crueldade, bullying, brigas e ameaças”.

“Tendo em vista que os Estados Unidos é o segundo país na colocação de países que mais aplicam a pena de morte, torna-se preocupante e necessário tomar atitudes que diminuam o índice de criminalidade.”

 

 

  

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FRASE NOMINAL + EXPLICAÇÃO DE SEU USO

“A morte da menina Isabela, de marginais entregues à facção rival, da adolescente indígena no hospital da Funasa. Muitos casos como esses ficam impunes por meses e não são solucionados se a mobilização social for pouca.”

“Uma tragédia. Essa é a conclusão da própria Secretaria de Avaliação e Informação Educacional do Ministério da Educação e Cultura sobre o desempenho dos alunos da 3ª Série do Ensino Médio submetidos ao SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica), o qual também avaliou estudantes do 6º e 9º Ano do Ensino Fundamental, em todas as regiões do território nacional.” 

  

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EXEMPLOS OU ILUSTRAÇÕES

“Não há sofrimento mais constrangedor que o de privação da justiça. As crianças, por exemplo, o trazem no coração como um dos primeiros instintos da humanidade, e, se lhes magoam muitas vezes nunca mais o esquecem, ainda que tenha sido provocado pelo pai extremoso ou a mãe idolatrada.”

“Um adolescente chega à porta de casa depois da aula. Ele procura a chave para entrar quando, de repente, é abordado por outro adolescente, este armado, que lhe rouba os pertences e ainda atira, deixando-o morto ali mesmo. Para muitos, essa cena não aconteceria se fosse aprovada por lei a redução da maioridade penal. No entanto, crimes como esse têm raízes mais profundas, que mostram como essa aprovação seria ineficiente no controle da delinquência juvenil no Brasil.”

 

 

  

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A qualidade de vida no campo É de conhecimento geral que a qualidade de vida nas regiões rurais é, em alguns aspectos, superior à da zona urbana. Isso porque no campo inexiste a agitação das grandes metrópoles, há maiores possibilidades de se obterem alimentos adequados, além do mais, as pessoas dispõem de maior tempo para estabelecer relações humanas mais profundas e duradouras.  Ninguém desconhece que o ritmo de trabalho de uma metrópole é intenso. O espírito de concorrência, a busca de se obter uma melhor colocação profissional, enfim, a conquista de novos espaços lança o habitante urbano em meio a um turbilhão de constantes solicitações. Esse ritmo intenso torna a vida bastante agitada, ao contrário do que se poderia dizer sobre os moradores da zona rural.  Além disso, nas áreas campestres há maior quantidade de alimentos saudáveis. Em contrapartida, o homem da cidade costuma receber gêneros alimentícios colhidos antes do tempo de maturação, para garantir maior durabilidade durante o período de transporte e comercialização.  Ainda convém lembrar a maneira como as pessoas se relacionam nas zonas rurais. Ela difere da convivência habitual estabelecida pelos habitantes metropolitanos. Os moradores das grandes cidades, pelos fatores já expostos, de pouco tempo dispõem para “alimentar” relações humanas mais profundas. Por isso tudo entendemos que a zona rural propicia as seus habitantes maiores possibilidades de viver com tranqüilidade. Somente resta esperar que as dificuldades que afligem os habitantes metropolitanos não venham a se agravar com o passar do tempo. 

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Quadro Negro Se para Monteiro Lobato um país se faz de homens e livros, para os governantes diferente não poderia ser. O papel da leitura na formação de indivíduo é de notória importância. Basta-nos observar a relevância da escrita até mesmo na marcação histórica do homem, que destaca, por tal motivo, a pré-história. Em uma esfera mais prática, pode-se perceber que nenhum grande pensador fez-se uma execução e não deixou seu legado através da escrita, dos seus livros, das anotações. Exemplos não são escassos: de Aristóteles a Nietzsche, de Newton a Ohm, sejam pergaminhos fossilizados ou produções da imprensa de Gutenberg, muito devemos a esses escritos. Desta forma, iniciarmos o nosso processo de transformação adquirindo tamanha produção intelectual que nos é disponibilizada. A aquisição de ideias pelo ser humano apresenta um grande efeito colateral: a reflexão. A leitura é capaz de nos oferecer o poder de questionar, sendo a mesma frequente em nossas vidas. Outrossim, é impossível que a nossa visão do mundo ao redor não se modifique com essa capacidade adquirida. Embora a questão e a dúvida sejam de extrema importância a um ser pensante, precisam ter um curto prazo de validade. A necessidade de resposta nos é intrínseca e gera novas ideias, fechando, assim, um círculo vicioso, o qual nos integra e nunca terminamos de transformar e sermos transformados. A leitura é a base para o desenvolvimento e a integração na sociedade e na vida, porquanto viver não é apenas respirar. Se Descartes estiver certo, é preciso pensar. Pensando, poderemos mudar o quadro negro do país e construir o Brasil de Monteiro Lobato: quadro-negro apenas na sala de aula, repleto de ideias, pensamentos, autores, repleto de transformação e de vida.