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TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma CAPITULO I- INTRODUCAO O Trabalho Individual de Longa Duração (TILD), contemplado na programação do Curso Superior de Comando e Direcção, é um trabalho de investigação que visa fundamentalmente, a aplicação do saber existente na solução de um problema concreto (...) ”. Assim, optamos por abordar o apoio social aos militares na situação de Reforma, não só pela sua actualidade, mas sobretudo pela sua importância. A análise da questão em causa representa um grande desafio. Primeiro porque permitiu estudar uma área dificilmente abordada. Segundo porque ao determinarmos o grau de satisfação dos militares na situacão de reforma, estamos a contribuir para que os órgãos com responsabilidade no apoio social aos militares na reforma possam melhorar a sua forma de actuacão. Nunca como hoje o apoio social foi tão relevante como um dos factores do bem-estar social que proporciona aos militares na reforma e suas famílias melhores condições de vida e a capacidade de enfrentar problemas. É um bem fundamental, comum a todo o ser humano e afigura-se cada vez mais vital. A Lei Constitucional da República de Angola no seu artigo 38° reconhece aos cidadãos os direitos sociais que estabelece bem- estar e a qualidade de vida do povo. Coronel - Domingas Alfredo Gil Quipaxe- 15º CSCD - 2009

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TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma

CAPITULO I- INTRODUCAO

O Trabalho Individual de Longa Duração (TILD), contemplado na programação do Curso

Superior de Comando e Direcção, é um trabalho de investigação que visa fundamentalmente, a

aplicação do saber existente na solução de um problema concreto (...) ”. Assim, optamos por

abordar o apoio social aos militares na situação de Reforma, não só pela sua actualidade, mas

sobretudo pela sua importância. A análise da questão em causa representa um grande desafio.

Primeiro porque permitiu estudar uma área dificilmente abordada. Segundo porque ao

determinarmos o grau de satisfação dos militares na situacão de reforma, estamos a contribuir

para que os órgãos com responsabilidade no apoio social aos militares na reforma possam

melhorar a sua forma de actuacão.

Nunca como hoje o apoio social foi tão relevante como um dos factores do bem-estar social que

proporciona aos militares na reforma e suas famílias melhores condições de vida e a capacidade

de enfrentar problemas. É um bem fundamental, comum a todo o ser humano e afigura-se cada

vez mais vital.

A Lei Constitucional da República de Angola no seu artigo 38° reconhece aos cidadãos os

direitos sociais que estabelece bem-estar e a qualidade de vida do povo.

Os militares como parte integrante da sociedade têm direito a usufruir dos direitos sociais

previstos nos diversos diplomas legais. Dada a sua especificidade criaram-se diplomas

específicos que além de regularem garantem concomitantemente as benesses destes.

As particularidades e a caracterização do militar na reforma durante o cumprimento do serviço

militar activo obrigaram ao cumprimento de deveres especiais, beneficiando assim de direitos

suplementares (Santos 2000).

Por outro lado, a dinâmica e o impacto da globalização originaram alterações radicais na vida

actual, na harmonia das relações sociais, que conduziram inevitavelmente a necessidade de

qualquer tipo de apoio em qualquer fase da vida. Garantir o apoio essencial para que os Oficias

Superiores na Reforma se sintam motivados é uma das condições necessárias para o alcance do

seu bem-estar e da sua família.

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TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma

A Organização deve neste contexto estar consciente que é realizando os seus trabalhadores para

que ela se sinta realizada por formas a atingir os objectivos pela qual foi criada (Barata, 2002).

Definição do Objectivo da Investigação

O Tema “ O Apoio Social e a gestão dos militares na Reforma ‘' induz-nos desvelar se os

actuais serviços prestados à essa população específica bem como a sua extensão na reforma, se

considerarmos que nesta fase da vida o homem é menos forte.

Importância do Estudo

Nunca como hoje, o apoio social como um dos factores do bem-estar social que proporciona aos

militares na reforma e suas famílias melhores condições de vida e novas oportunidades para a

vida mais feliz, em todos os seus aspectos, adquire uma importância capital na vida de todo ser

humano.

Assim, urge a necessidade de garantir um eficaz e eficiente sistema de apoio que garanta o

previsto na legislação em vigor.

O apoio social tem repercussão directa na vida das pessoas. Todos nós necessitamos de apoio

social, portanto a sua aplicação é fundamental. O apoio terá que ser desenvolvido não só na

perspectiva de garantir um maior respeito e dignidade a quem jurou defender a pátria, se

necessário com a sua própria vida.

Porque a vastidão de assuntos que podem ser tratados acerca do tema proposto é notória houve

necessidade de se proceder a delimitação do objecto do estudo. Tem-se a noção de que existem

autores de mérito reconhecido que escreveram sobre este domínio do conhecimento.

Considerando ainda as limitações impostas à dimensão do trabalho, apresentou-se uma estrutura

para a execução do TILD que parece ambiciosa e por isso coloca a necessidade de exercer um

rigoroso poder de síntese. Tal permitirá, por um lado, referir os assuntos propostos, para que se

consiga obter um encandeamento lógico e, por outro lado, não desvirtuar o trabalho defraudando

a expectativa criada, assim como outros autores que com cuidado se pronunciaram sobre estas

matérias.

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Page 3: TILD Domingas

TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma

A metodologia de investigação escolhida para a elaboração do TILD foi a pesquisa

bibliográfica e documental sobre o tema. Definimos em seguida a questão central que guiou a

investigação. Além da pesquisa bibliográfica e documental referida foram feitas algumas

entrevistas á algumas personalidades neste domínio do conhecimento com o objectivo de poder

acrescentar valor aos temas abordados.

Perante a vastidão de questões que o tema é susceptível de levantar e tal como referido procurou-

se circunscrevê-las definindo uma questão central, que segundo Quico e Campinhos deve ser

clara, exequível e pertinente (2003. p.252) …”

A Questão central levantada foi: O apoio social prestado aos oficiais na reforma garante a

satisfação das suas necessidades básicas?

Para procurar dar resposta a questão central abordada, procedeu-se ao levantamento ou um

conjunto de questões derivadas. A análise destas permite-nos obter respostas e elaborar

sistematizações que nos permitirão encontrar saídas alternativas para a solução do problema

colocado pela questão central, evitando dispersão as questões derivadas levantadas são:

1. Como se operacionaliza a extensão deste apoio às reformas?

2. Como se efectiva o apoio social na pratica diária dos militares na reforma?

3. Quais as maiores dificuldades sentidas pelos militares na situação de reforma, relativamente

ao apoio social?

4. A passagem à situação de reforma acarreta algumas alterações ao nível de vida relativamente

à situação no activo?

5. Quais as principais medidas que deveriam ser implementadas afim de satisfazer os militares

na situação de reforma?

Como hipótese orientadora do estudo efectuado, salvaguardas as proporções todo o apoio social

prestado aos militares do quadro permanente no activo, deveria ser extensivo aos militares

reformados. Assim nossa hipótese é que o apoio social atribuído à reforma não lhes permite a

satisfação de suas necessidades básicas.

O TILD apresenta uma organização e conteúdo estruturados numa introdução e quatro capítulos,

apresentando-se por último as conclusões e recomendações.

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Nos capítulos I e II debruçamo-nos sobre a Introdução e o Apoio Social nas Forças Armadas, no

Capitulo III, caracterização do apoio social dos militares na reforma e por último no capítulo

seguinte (IV), conclusões e recomendações.

Importante seria que a estes se preservássemos os direitos adquiridos ao longo de sua

permanência no activo.

Em síntese a imagem social do reformado, assenta numa aparente confusão entre o envelhe

cimento biológico e o envelhecimento social. A sua construção estriba-se numa base material

independente do processo orgânico. O significado da reforma apoia-se em aspecto materiais, de

luta de classes e de idades, ou seja numa interpretação social cultural do envelhecimento cultural.

Sintetizando o militar como qualquer outro cidadão tem deveres e direitos.

Deveres ligados a especialidade, ao perfil pretendido pela organização \inatituicao com um

objectivo ou um fim determinado.

Os direitos sociais são mutáveis por isso o acompanhamento é feito de uma forma permanente.

Participam para a satisfação dessas carenciais vários sectores das organizações, sob pena da

impossibilidade de cumprimento do dever estatuído.

Assim a organização mantém seus efectivos fiéis no cumprimento do dever e estes

predeterminados ou seja a garantia da reprodução social dos indivíduos determina a longevidade

de qualquer organização.

As acções que as organizações têm como caracteres atendem esses pressupostos (deveres e

direitos) dividem-se em dois grandes blocos, assistência e apoio.

Assistência social se refere ao usufruto pelos militares e ou servidores públicos e aos seus

familiares, dos benefícios todos como direitos sociais adquiridos e regulamentados de forma a

garantir o seu bem-estar.

A outorga destes, e independente da avaliação das condições socioeconómicas do servidor

Exemplo: Assistência médica gratuita decima terceiro mês, alimentação, subsídio de morte, .

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CAPITULO II – O APOIO SOCIAL NAS FAA

2.1. Contextualização do Apoio Social

A discussão a volta do conceito apoio social é relativamente recente e envolve dois períodos

distintos. O primeiro que decorre desde o início de século até finais dos anos 60, inclui

contribuições distintas como os estudos realizados no âmbito da Psicologia e Sociologia por

um lado e, posteriormente nas origens do movimento comunitário.

Os sociólogos começaram a mostrar interesse pelas consequências sociais da urbanização e

industrialização, tendo-se concluído que através dos tempos que as sociedades urbanas, fruto

do desenvolvimento económico, debilitam os laços sociais, originando fenómenos de solidão,

alheamento e desenraizamento. Para Bulmer (1987), as relações próximas características dos

meios rurais rompem-se dando lugar às relações impessoais, especializadas e formais nas

zonas urbanas.

Segundo Vaux (1988), já Durkhein referia num dos principais trabalhos da sociologia

moderna, como o enfraquecimento dos laços sociais e o estado de desorganização

psicológica consequente se relacionava com o suicídio.

Também Barrón (1996) refere que desde os finais dos anos 60, se tem verificado um

crescente reconhecimento da influência dos sistemas sociais na conduta humana, tanto na

saúde como na doença.

O segundo período se situa a partir dos anos 70. O apoio social constitui um quadro teórico

integrado e consciente, devido a proliferação de numerosas investigações capazes de

sustentar diferentes abordagens.

Cassel (1974), Caplan (1974 e Cobb (1976) considerados os fundadores das investigações

sobre o apoio social, abriram caminho ao desenvolvimento e conceptualização do apoio

social e delinearam os pressupostos que levam a acreditar que o apoio social fornecido pelas

relações sociais contribui para o bem-estar do indivíduo, amortecendo o efeito que as

situações adversas geralmente provocam, (Vaux, 1988; Barrón, 1996).

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Actualmente o tema de apoio social suscita o interesse de diferentes áreas de investigação

das ciências humanas Ribeiro (1999), (Paixão & Oliveira, 1996).

A contextualização do apoio social está longe de ser consensual. Conotada como complexa, é

alvo de inúmeras definições, abordagens teóricas e modelos explicativos nem sempre

concordantes entre si.

Os investigadores têm promovido o debate em torno de alguns aspectos como a definição de

apoio social, as suas dimensões principais, as suas funções, as formas de avaliação, os seus

efeitos no bem-estar. Aqui é importante conceptualizar o apoio social como um constructo

social multidimensional considerarem os mecanismos mais preciosos pelo qual pode

influenciar no bem - estar social (Matos e Ferreira), 2000

2.2. Política Nacional de Apoio Social

A Constituição da República de Angola estabelece que todos os cidadãos têm o direito à

assistência médica, sanitária e prestações complementares referentes a compensação de

encargos familiares. Com efeito é instituída a lei nº 18⁄90 de 27 de Outubro, ”Lei do Sistema

de Segurança Social” definindo um sistema tendencialmente abrangente e universal, que visa

garantir a protecção aos cidadãos na maternidade, na doença, infância, velhice, invalidez,

orfandade e outras eventualidades sociais que possam pôr em causa a subsistência sócia ou a

capacidade para o trabalho. É tarefa fundamental do Estado a promoção do bem-estar e a

qualidade de vida dos cidadãos.

De igual modo, a Lei Constitucional da República de Angola, considera ser um dever de

honra do País conferir aos combatentes da guerra de libertação nacional que ficaram

diminuídos na sua capacidade e as famílias dos combatentes que morreram, o direito a uma

protecção especial. Neste sentido estão em vigor desde 1981, dois decretos, o Decreto-lei nº

85⁄81 e o Decreto-lei nº 88⁄81 que regulamentam os direitos sociais dos antigos combatentes.

Porém, em relação ao conjunto de trabalhadores angolanos um diploma que desse vida ao

princípio enunciado na Lei Constitucional. Efectivamente o sistema existente era herdado do

passado e beneficiava apenas uma percentagem reduzida de trabalhadores, mostrando-se

desajustado ao projecto sócio-económico corporizado nas disposições constitucionais. Assim

entendeu o MPLA “ Partido do Trabalho ” no seu 1° Congresso, definir as orientações que

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viriam a servir de base á criação e implementação de um sistema nacional de segurança

social na República de Angola, de forma a atender os legítimos anseios da população

trabalhadora, quando impossibilitada, temporária ou definitivamente de trabalhar.

O actual governo preconiza que o apoio social não é um custo para a nação mas sim, um

verdadeiro activo ou recurso para uma sociedade equilibrada entre direitos e deveres, menos

dependente e mais solidária.

Por outro lado, a evolução das políticas de apoio social conduzirão a que cada vez mais as

responsabilidades nesta área sejam duvidosas, a tendência será no sentido de contribuir para

uma sociedade com maiores responsabilidades sociais, pugnar pelo incremento e implantação

de uma cultura de partilha de riscos e assim recorrer para realização da justiça social.

O Governo preconiza que o apoio social é um verdadeiro recurso para uma sociedade

equilibrada entre direitos e deveres.

A evolução das políticas de apoio social conduzirão cada vez mais as responsabilidades nesta

área sejam divididas, a tendência será no sentido de contribuir para uma sociedade com mais

responsabilidades sociais, pugnar pelo incremento e implantação de uma cultura de partilha

de riscos e assim concorrer para a realização de justiça social .

Em moldes semelhantes ao de diversos países, também Angola procura ampliar e diversificar

o sistema de segurança social em curso em esquemas alternativos. Nesse sentido, a proposta

do actual governo, no seu programa eleitoral, consagra um sistema de segurança social que

compreende o sistema público, o sistema de acção social e o sistema complementar. O

sistema de natureza pública integra o subsistema previdencial de base estritamente

contributiva, com uma tendência universal, para abarcar todos os regimes especiais e o

subsistema de solidariedade de base não contributiva, separando com nitidez a função

relativa á gestão de poupanças e a função inerente a redistribuição social.

2.3. Órgãos Governamentais com responsabilidade de apoio social

O Governo é o órgão de condução da Política de Defesa Nacional e o Órgão superior da

Administração das Forças Armadas Angolana. No actual programa do governo e no âmbito

do reforço da justiça social estão previstas medidas relativas a saúde, segurança social,

família, juventude e outras.

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TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma

No âmbito da Defesa nacional estão previstas outras medidas no sentido de permitir o apoio á

mobilidade geográfica dos militares em função das necessidades operacionais das Forças

Armadas.

Neste sentido, o Ministério da Defesa nacional (MDN) como órgão governamental é o órgão

responsável, não só pela execução da política de Defesa Nacional no âmbito das atribuições

que lhe são conferidas pela lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas, como também pela

administração das Forças Armadas nos termos da Lei de Defesa Nacional e dos órgãos e

serviços que o integram.

De entre as atribuições do MDN destaca-se no âmbito do apoio social a definição, execução

e coordenação das políticas de recursos humanos, materiais e financeiros.

A Direcção Nacional de Segurança Social (DNSS) é o órgão de estudo e concepção das

políticas sociais e a Direcção Nacional de Recursos Humanos (DNRH), que tem como

missão, promover a adequação qualitativa e quantitativa dos Recursos Humanos da Defesa

nacional, em especial, contribuir para a definição e desenvolvimento da política social, no

âmbito dos sistemas de saúde e da segurança social. Destacam-se como objectivos

estratégicos na área de apoio social, promover o sistema de aperfeiçoamento do Sistema de

saúde militar e o fomento do bem-estar social dos militares.

Como órgão de excelência para a execução do apoio social no MINDEN, destaca-se a Caixa

de Segurança Social das FAA (CSSFAA).

2.3. Órgãos com responsabilidade no apoio social nas Forças armadas Angolanas

Compete ao EMGFAA, no âmbito da execução das directrizes da política de defesa nacional,

na vertente social, promover e supervisar as seguintes medidas:

a) Dinamização e a adopção de medidas de carácter social relativas aos servidores e seus

agregados familiares;

b) Coordenação de estudos relativos a prestações sociais, pensões e complementos de

pensão de reforma dos militares do QP;

c) Coordenação do Programa para Prevenção do Combate a Droga e Alcoolismo nas Forças

Armadas;

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TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma

d) Colaboração no estudo de medidas que facilitem a reinserção socioprofissional dos

militares do QP na vida social, em comissão especial de serviço ou na situação de

reserva;

No âmbito do apoio social, a responsabilidade de execução é da Direcção Principal de

Pessoal e Quadros\EMGFAA, (DPPQ\EMGFAA) a qual incumbe nesta vertente, estudar,

planear e propor normas orientadoras das actividades inerentes ao bem-estar dos militares e

trabalhadores civis das FAA, incluindo medidas relativas a remuneração, assistência social,

cultural, lazer e recreação.

A DPPQ\EMGFAA, na directa dependência do CEMGFAA é um órgão central de

administração e direcção, com carácter funcional, que visa assegurar a superintendência da

execução do subsistema de manutenção dos afectivos. No âmbito do apoio social, tem como

tarefa principal a coordenação com outras estruturas similares, do EMGFAA, de todas as

medidas executórias referentes ao apoio social.

Integrados no EMGFAA, com órgãos de excelência da execução das medidas do apoio

social, estão a Direcção Principal de Logistica\EMGFAA, a Direcção de Finanças, a

Direcção dos Serviços de Saúde, o Destacamento de Apoio e o Museu Central das Forças

Armadas.

Na dependência funcional da Direcção dos Serviços de Saúde \ EMGFAA, com

responsabilidades nesta área encontra-se o Hospital Militar Principal / FAA.

Na estrutura hierárquica das FAA, ao nível dos ramos, encontramos ainda diversos órgãos

com responsabilidade na execução do apoio social, nomeadamente, através dos órgãos de

Pessoal e Quadros, Logística e Finanças. São órgãos de apoio de direcção aos Chefes dos

Estados Maiores dos ramos aos quais pertencem e tem atribuições semelhantes as estruturas

do Estado Maior Geral.

As actividades do Apoio Social nos Ramos das Forcas Armadas desenvolvem-se em torno de

quatro áreas:

Acções de coordenação entre estruturas com responsabilidades na acção social,

nomeadamente, assistência e apoio geral aos militares do QP, apoio aos mutilados

nas batalhas, apoios aos militares e familiares para adaptação aos novos espaços

geográficos, apoio sócio-económico em situações gravosas e urgentes, apoio aos

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TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma

familiares dos militares quando em comissão de serviço, apoio aos familiares dos

militares em missões no estrangeiro, assistência e apoio aos idosos e deficientes e

incentivar a criação de cooperativas de habitação.

Apoio social consubstanciado no atendimento personalizado, na divulgação de

informação útil e no estudo de situações consideradas criticas, tais como, apoio alimentar,

assistência médica e medicamentosa, transporte e alojamento.

Bem-estar social, um conjunto de iniciativas destinadas a manutenção da saúde, repouso

e lazer dos servidores das forças armadas e familiares,

Prevenção da toxicodependência e das doenças de transmissão sexual, através de acções

combinadas e trabalhos de sensibilização das estruturas sanitárias centrais.

Nos termos ao Decreto nº 16\94 de 10 de Agosto, é criado o Sistema de Segurança Social das

Forcas Armadas (SSSFAA) a fim de garantir execução das prestações se segurança social

decorrentes da lei nª18\90, adaptadas as especialidades da função militar.

São beneficiados do SSSFAA

Os militares do Quadro Permanente e seus familiares,

Os cidadãos que dentro do território nacional estiveram integrados em organizações

militares e que, por forca dos Acordos de Paz para Angola, sejam registadas nos órgãos

de pessoal e quadros dos Forcas Armadas Angolanas,

Esse diploma estabelece ainda que os militares e o pessoal civil integrado mas estruturas

militares, não beneficiários do SSSFAA, são abrangidos pelo regime geral de sistema de

nacional segurança social, beneficiando contudo da protecção na doença e acidente

comum, pelas forcas armadas, Com efeito, o seu campo de aplicação material,

compreende:

Protecção na doença e acidente comum

Protecção na maternidade,

Protecção na velhice,

Protecção dos familiares após morte do militar,

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TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma

Compensação de encargos familiares

Por outro lado, na vertente do apoio social é garantida aos servidores das forcas armadas a

assistência sanitária e a acção social, necessárias ao bom desenvolvimento das suas tarefas,

garantia a situação moral e psicologia, assim como a assistência médica e medicamentosa e o

bem-estar.

A realização das acções no âmbito do apoio social é assegurada, nos termos dos artigos 58* e

59* do supracitado diploma, através do programa de acção sanitária e social, com recursos

afectos aos fundos das forcas armadas alocadas para o efeito e persegue aos seguintes fins

especificados,

. A concessão de prestações não pecuniárias as famílias dos militares,

. Criação e gestão de centros de acção sanitária e social, tendo em atenção a protecção

materno infantil, a assistência na velhice e na doença, a luta contra o analfabetismo, a luta

contra doenças e a difusão de cuidados básicos de higiene e saúde,

. A prestação de ajudas alimentares e aquisição de livros escolares aos filhos dos militares,

. A construção de residências sociais para arrendamento aos militares a preços sociais,

. Concessão de subsídios pecuniários eventuais em caso de risco social agravado em

condições a definir,

Deste modo teoricamente se configura o modelo actual de apoio social nas FAA. Contudo,

na prática é ainda caracterizada pela carência de um plano director o que possibilita a

inobservância de sincronização entre os distintos órgãos com responsabilidade neste

domínio, tornando o modelo difuso e como tal, sem satisfazer as necessidades e anseios dos

seus servidores na actual conjuntura.

2.5 -Legislação enquadrante

a) Decreto-lei n°16/94 de 10 de Agosto, cria o Sistema de Segurança Social das Forças

Armadas

b) Decreto n°11- A/96 de 12 de Abril, estabelece a forma de contribuição para o fundo de

Financiamento do Sistema de Segurança Social d as Forças Armadas Angolanas;

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TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma

c) Decreto n°11- D/96 de 12 de Abril, estabelece as normas regulamentares sobre a -pensão

de sobrevivência nas Forças Armadas Angolanas;

d) Decreto n°11- E/96 de 12 de Abril, estabelece as normas regulamentares sobre a pensão

de sobrevivência nas Forças armadas Angolanas;

e) Decreto n°11- F/96 de 12 de Abril, estabelece as normas regulamentares do subsídio de

funeral nas Forças Armadas Angolanas;

f) Decreto n°11- G/96 de 12 de Abril, estabelece as normas regulamentares sobre a pensão

de invalidez nas Forças armadas Angolanas;

g) Decreto n°11 – H/ 96 de 12 de Abril, determina que são obrigatoriamente inscritos no

Sistema de segurança social das Forças armadas Angolanas como beneficiários todos

militares abrangidos no Decreto-lei n°16/94 de 10 de Agosto;

h) Decreto n°11 – I/96 de 12 de Abril, estabelece as normas regulamentares e demais

orientações que garantem uma correcta e uniforme aplicação do Decreto-lei 16/94 de 1º

de Agosto sobre a pensão de Reforma;

i) Decreto nº 38 de 29 de Novembro, aprova o estatuto orgânico da caixa de Segurança

Social das Forças armadas angolanas;

j) Decreto n°38/02 de 26 de Julho, aprova o regulamento da assistência médica e

medicamentosa;

k) Lei n°7/04 de 15 de Outubro, dá maior abrangência à protecção social e revoga a lei

n°18/90 de 27 de Outubro

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CAPITULO III- CARACTERIZAÇÃO DO APOIO SOCIAL DOS

MILITARES NA REFORMA

3.1. Significado da reforma para os militares

Após a assinatura dos acordos de Bicesse e Lusaka pôs-se fim as hostilidades militares que

culminaram com a Formação da Forças Armadas Angolanas integrando no seu seio

indivíduos provenientes das FAPLA e FALA.

O processo de conclusão das FAA, sob a verificação das Nações Unidas garantia a existência

de Forças Armadas únicas, nacionais apartidárias, obedientes aos órgãos de soberania da

República de Angola.

A composição das Forças Armadas obedecia ao princípio da proporcionalidade entre as

forças militares do Governo e da Unita. Após o processo de selecção, os militares

excedentários foram para a situação de reforma como uma forma de prestigia-los com maior

dignidade e respeito, uma vez considerados como grupo alvo, que dedicou grande parte da

sua vida em defesa dos interesses do país.

Os militares na reforma são um grupo cuja trajectória de vida, ficou profundamente marcada

por cumprirem o serviço militar numa situação de guerra que condicionou fortemente a sua

identidade e especificidade bem como, naturalmente, as suas representações sociais e

expectativas do futuro.

As condições sociais referentes à um passado comum subsequente à experiência da tropa, no

quadro marcante de uma instituição total como as Forças Armadas com características muito

específicas, em que as relações de poder e os papéis sociais estão claramente bem definidos.

Antes de falarmos da caracterização do apoio social, consideramos útil salientar que os

problemas de ordem social assumem por toda a parte uma relevância que dispensa

dissertações. Acto continuo às Forças Armadas pela delicada função que exercem em prol da

Nação, não podem ser graves inconvenientes alhear-se dos problemas sociais dos seus

membros. A titulo de exemplo para os militares da carreira, a instabilidade de residência e

por assim dizer uma das constantes de sua profissão e tem um peso fundamental na criação

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TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma

de bases que facilite na sua aposentadoria segura. Assim a reforma para o militar inicia na

redefinição do seu lar com toda a conjuntura a si atinentes. Despojado de autoridade de um

militar no activo, o reformado tem o passado como símbolo de sua existência e o apoio como

garante da sua sobrevivência. Importante seria que a estes se preservássemos o direito

adquirido (benefícios) ao longo de sua permanência no activo.

Em síntese a imagem social do reformado, assenta numa aparente confusão entre o

envelhecimento biológico e o envelhecimento social. A sua construção estriba-se numa base

material independente do processo orgânico. O significado de reforma apoia-se em aspecto

materiais, de luta de classes e de idades, ou seja numa interpretação social cultural do

envelhecimento cultural.

3.2. O que e o apoio social?

Sintetizando o militar como qualquer outro cidadão tem deveres e direitos.

Deveres ligados a especialidade ao perfil pretendido pela organização \inatituicao com um

objectivo ou um fim determinado.

Os direitos são mutáveis por isso o acompanhamento é feito de uma forma permanente.

Participam para a satisfação dessas carenciais vários sectores das organizações, sob pena da

impossibilidade de cumprimento do dever estatuído.

Assim a organização mantém seus efectivos fiéis no cumprimento do dever e estes

predeterminados ou seja a garantia da reprodução social dos indivíduos determina a

longevidade de qualquer organização.

As acções que as organizações têm como caracteres atendem esses pressupostos (deveres e

direitos) dividem-se em dois grandes blocos, assistência e apoio.

Assistência social se refere ao usufruto pelos militares e ou servidores públicos e aos seus

familiares, dos benefícios todos como direitos sociais adquiridos e regulamentados de forma

a garantir o seu bem-estar.

A outorga destes, e independente da avaliação das condições socioeconómicas do servidor

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TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma

Exemplo: Assistência médica gratuita decima terceiro mês, salário, alimentação, subsídio de

morte, assistência religiosa etc.

Embora o indivíduo (reformado) tenha o necessário para a sua reprodução social sua forma

de satisfação é diferenciada. As complexas determinações, a que os colaboradores estão

sujeitos, levam a que a satisfação das necessidades sejam realizadas de forma diferenciada,

originando diferenças na determinação das carências por satisfação, diferença na forma de

satisfação das carências e desarranjos sócio-comportamentais com seria implicância na vida

institucional.

3.3. Acompanhamento dos militares na Reforma

Os Oficiais superiores na Reforma de acordo com o articulado no Decreto-lei 16/94 de

Agosto os benefícios previstos não são de carácter imediato é progressiva, pelo que a

concretização dos benefícios nele previstos dependem da evolução sócio económica do País

e da medida em que forem sendo criadas as respectivas condições.

Tem direito a pensão da reforma todo militar do Quadro Permanente e todos os cidadãos

integrados em organizações militares, dentro do território nacional e que por força dos

acordos de paz para Angola sejam registados nos órgãos de pessoal das FAA.

O acompanhamento dos oficiais superiores na reforma é feito pela CSS/FAA como Órgão de

gestão

Vocacionado para o efeito. Estes oficiais do Quadro Permanente são encaminhados da

Direcção Principal de Pessoal e Quadros/EMG com uma guia de marcha para apresentarem-

se na Repartição de registo da CSS/FAA onde lhe é atribuído um cartão para beneficiar-se da

pensão da reforma e todos os direitos sociais que lhe são inerentes.

O oficial na reforma tem direito a uma pensão de reforma que é calculado segundo a

fórmula: P= SxN /30; Sendo P o valor da pensão

S = salário líquido mensal no activo;

N= número de anos de serviço;

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30= Coeficiente do limite de anos de serviço contados nos termos do artigo 28° da Lei no

16/94.

Assistência médica e medicamentosa nas instalações do Hospital militar Central Principal

das FAA

A protecção na doença extensiva aos familiares direitos (esposa e filhos)

Subsídio de natal

Apoio habitacional

Empregadas domiciliares

Habitação

A Sociedade é dinâmica esta lei foi elaborada num contexto político e social diferente, hoje

as políticas sociais devem promover o bem – estar dos indivíduos, providenciando bens e

serviços essenciais á satisfação das necessidades das pessoas nessa condição assim

O bem-estar, em termos gerais, é uma noção que se aplica a uma cultura no seu todo. O bem-

estar social consubstancia uma situação, uma condição, um estado, um conjunto de medidas

que proporcionam aos indivíduos e as famílias melhores condições de vida e novas

oportunidades para tornar a vida mais feliz, sempre e em todos seus aspectos. Pode-se, pois,

considerar que uma determinada política social é boa se é geradora de bem-estar social, quer

para os cidadãos em particular, quer também para as famílias e para a sociedade em geral.

3.4. Análise conclusiva

Para a confirmação da nossa Hipótese, adoptamos como técnica de pesquisa a entrevista

estruturada, focalizada de formas a atender a população alvo, objecto do nosso estudo.

Entendemos que a amostra não é muito representativa, o que nos impossibilita a definição da

margem de erro da pesquisa, se generalizada para todo o território nacional. No entanto, para

a realidade local deve ser levado em consideração já que o até aqui plasmado, representa os

anseios da grande maioria desta população.

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Pelo que podemos observar que os reformados das Forças Armadas Angolanas, têm presente

que recebem a pensão e a assistência médica medicamentosa. Entretanto da população

entrevistada 87,50% entende que os apoios direccionados à reforma são insuficientes para a

manutenção do nível de vida, que antes usufruíam quando se encontravam no activo. Só

12,5% entendem que é possível manter o nível de vida de acordo de acordo como cada um

venha a “planificar”

Para reforçar nossa percepção quanto a condição do reformado, tentamos saber se a condição

deste alterou o seu modo de vida. Aqui vale sublinhar que para 75% entendem que alterou.

No entanto 25% acham que não. Destes 50% entendem que a alteração foi para melhor.

Importa aqui frisar que constatamos com preocupação a ausência do dado formação

académica, e outros bens (activos) dos militares no acto da reforma para consolidar nosso

estudo. No entanto futuros trabalhos poderão abordar com maior precisão já que não temos a

pretensão de esgotar este estudo.

É importante destacar que o militar vive em sociedade e com ela interage. Essa interacção

cria uma imagem que não pode ser subestimada para a condição psicossocial deste. Ao

passar à reforma esta imagem ganha contornos importantíssimos cuja aferição se torna

importante referir. Assim, ao perguntar-mos sobre a manutenção do status social no meio

onde vive, 62,5% dos entrevistados manifestaram que baixou não só a consideração pelos

mais próximos como de algumas instituições “ no activo a pessoa é vista de uma forma

diferente, já no activo é vista de uma forma desprezível, as relações esfriam-se”. No entanto,

37,5% entende que não” o facto de ter havido melhoria no nosso modo de vida, não significa

que houve alteração imediata no status social.

Tentamos saber o que mais sentem falta para a satisfação das necessidades comparadas com

o período em que se encontravam no activo por formas a avaliar-mos ou reflectir-mos as

necessidades desta população alvo: protecção à doença, bonificações no pagamento de água,

luz, incentivos para o empreendorismo, foram os itens que mais obtivemos nas respostas. Os

entrevistados apontam também “outras e muitas outras coisas” como forma de se ter maior

atenção no apoio a estes ex-militares que cumpriram com o seu dever de defensores da

pátria.

Resolvemos então perguntar se estes conheciam alguém contemporâneo que se encontrava

em péssimas condições. Uma forma de estender-mos nossa pesquisa para anónimos, e a

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TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma

resposta obtida foi que 37% destes conhecem ex-militares em más condições embora 62,5%

revelou não conhecer.

Na última pergunta da nossa entrevista quisemos mapear as principais necessidades dos

reformados, que idealizam uma reforma onde esteja presente, a protecção na doença e

maternidade, à família após a morte do reformado, a compensação familiar pelo Estado,

apresentar ainda, a necessidade de condicionar a pensão não só aos postos militares mas a

idade a ao cumprimento cabal da directiva 16/94.

As bonificações da água, luz e bolsas de estudo para os familiares também aparecem com

algum realce, os créditos com juros bonificados para habitação, construção de casas, viaturas

e outros bens.

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TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma

CAPITULO IV- CONCLUSÕES/RECOMENDAÇÕES

A elaboração deste trabalho não teve como objectivo efectuar um exaustivo levantamento de

dados que traduzissem as acções desenvolvidas no âmbito do apoio social dos militares na

reforma oficiais na reforma e respectivas famílias. Procurou-se antes, recolher informações que

permitissem aumentar deste modo o conhecimento e desse modo, contribuir para a melhoria do

sistema de apoio social, desta forma, pretendeu-se não transformar o TILD num relatório de

números, de leitura maçuda, no qual o leitor se poderia “perder” com facilidade, mas num

documento atractivo que, seguindo uma metodologia de investigação científica, permitisse obter

uma leitura do actual…………… e assim responder a questão central levantada “ O Apoio

Social prestado aos oficiais na reforma a satisfação das suas necessidades básicas”?

Neste contexto, organizou-se uma estrutura para a elaboração do trabalho, dotada de um

encandeamento lógico, materializada pelos quatro capítulos apresentados. Definido o problema e

o como apareceu e o caminho a seguir para a sua resolução na introdução da parte textual,

procurou-se compreender como apareceu e se inseriu, …(inserir a estrutura do TILD). Após as

conclusões, e resolvido o problema levantado, apresentam-se algumas conclusões, entendidas

como contributos, no sentido de……….terminou-se o trabalho

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TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Quivy, Raymond e CAMPENHOUDT, luc Van, Manuel investigação em Ciências

Sociais, 1º Edição, Tradução de João Minhoto Marques e Maria Amália Mendes,

Grávida, Lisboa, 1992, 275

HILL, Andrew e Hill, Manuela Magalhães, Investigação por Questionário, 1ª Edição,

Edição Siliabo, Lisboa, Junho de 2000,376

Legislação

. Lei constitucional da Republica de Angola “lei 28\92 de 16 de Setembro

. Lei n 9\93, de 26 de Marco lei da Defesa Nacional das Forcas Armadas

. Colectânea da legislação sobre segurança social da república de Angola

. Projecto lei das carreiras militares nas Forcas Armadas

. Projecto de estatuto orgânico do Ministério da Defesa

. Projecto do regulamento da Direcção Nacional de segurança social do MINDEN

Consulta Na Internet

Gabinete de apoio social instituto de apoio social

Sites

http://artigo.mdn.gov.pt\defesa\discursos\Castro Caldas\posse IASFA.HTM

http://www.google.com\search?h=pt br & source

hp&q=IASTA% 3A+A Apoio+social+militares+reforma

httpwww.iasfa.pt\evora.htm

http://www.iasfa.pt\evora.html

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TILD – Apoio Social dos Militares na Reforma

http://www.iasfa.pt\oeiras.html

Questões Favoráveis [%] Desfavoráveis[%] Total

1 3 5 8

2 6 2 8

3 6 2 8

4 7 1 8

5 3 5 8

6 6 2 8

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Resultado da Sondagem Efectuada ( ver anexo)

Deverá haver mais benefícios, pois para além da remuneração, que é incompatível com o

custo de vida actual, nem todos os reformados têm capacidade físico-psíquico de encontrar

outras fontes de rendimento.

Existem graus / níveis diferentes, como é óbvio, entre os militares na reforma, o que implica

que os seus direitos são diferenciados. Logo, a situação dos reformados altera, substancialmente,

o seu modo de vida, o que contraria os resultados da sondagem.

Houve alguma mudança de status no meio social em que vivem. Mas, das sondagens

informais feitas, denota-se ausência de conhecimentos do Decreto-lei 16 / 94, pelo que

demonstram descontentamento.

A comunicação é meio que mais falta fazem aos reformados para a realização / satisfação das

necessidades comparadas com o período em que se encontravam no activo. Pois, no activo a

comunicação era directa, o que possibilitava os militares de adquirirem o que tinham como

direito, directamente, através de Comunicações Internas em formaturas e escritórios.

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