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DIÁRIO ELETRÔNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020. 1 PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600. Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected] PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO Eduardo Jorge Hiluy Nicolau – PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA Lize de Maria Brandão de Sa Costa – SUBPROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS Regina Maria da Costa Leite – SUBPROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA PARA ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS Themis Maria Pacheco de Carvalho - CORREGEDORA-GERAL DO MP Marilea Campos Dos Santos Costa - SUBCORREGEDORA-GERAL DO MP Maria Luíza Ribeiro Martins – OUVIDORA DO MP Karla Adriana Holanda Farias Vieira – DIRETORA DA ESCOLA SUPERIOR DO MP Júlio César Guimarães– DIRETOR-GERAL DA PGJ José Márcio Maia Alves- DIRETOR DA SECRETARIA PARA ASSUNTOS INSTITUCIONAIS Carlos Henrique Rodrigues Vieira – DIRETOR DA SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO José Henrique Frazão Costa - DIRETOR DA SECRETARIA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA Lucia Cristiana Silva Chagas – ASSESSORA-CHEFE DA PGJ Theresa Maria Muniz Ribeiro De La Iglesia – CHEFA DE GABINETE DA PGJ COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA José Antonio Oliveira Bents Flávia Tereza de Viveiros Vieira Regina Lúcia de Almeida Rocha Paulo Roberto Saldanha Ribeiro Maria dos Remédios Figueiredo Serra Teodoro Peres Neto Eduardo Jorge Hiluy Nicolau Rita de Cassia Maia Baptista Iracy Martins Figueiredo Aguiar Marco Antonio Anchieta Guerreiro Ana Lídia de Mello e Silva Moraes Maria de Fátima Rodrigues Travassos Cordeiro Lígia Maria da Silva Cavalcanti Sâmara Ascar Sauaia Krishnamurti Lopes Mendes França Themis Maria Pacheco de Carvalho Raimundo Nonato de Carvalho Filho Maria Luíza Ribeiro Martins Selene Coelho de Lacerda Mariléa Campos dos Santos Costa José Henrique Marques Moreira Joaquim Henrique de Carvalho Lobato Domingas de Jesus Fróz Gomes Sandra Lúcia Mendes Alves Elouf Francisco das Chagas Barros de Sousa Eduardo Daniel Pereira Filho Clodenilza Ribeiro Ferreira Carlos Jorge Avelar Silva Terezinha de Jesus Anchieta Guerreiro Lize de Maria Brandão de Sá Costa Regina Maria da Costa Leite CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO (Biênio 2019/2021) Eduardo Jorge Hiluy Nicolau – PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA Themis Maria Pacheco de Carvalho - CORREGEDORA-GERAL DO MP Domingas de Jesus Fróz Gomes - CONSELHEIRA Francisco das Chagas Barros de Sousa - CONSELHEIRO Mariléa Campos dos Santos Costa – CONSELHEIRA Joaquim Henrique de Carvalho Lobato - CONSELHEIRO Carlos Jorge Avelar Silva - CONSELHEIRO

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DIÁRIO ELETRÔNICO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

1

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO

Eduardo Jorge Hiluy Nicolau – PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA

Lize de Maria Brandão de Sa Costa – SUBPROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS

Regina Maria da Costa Leite – SUBPROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA PARA ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS

Themis Maria Pacheco de Carvalho - CORREGEDORA-GERAL DO MP

Marilea Campos Dos Santos Costa - SUBCORREGEDORA-GERAL DO MP

Maria Luíza Ribeiro Martins – OUVIDORA DO MP

Karla Adriana Holanda Farias Vieira – DIRETORA DA ESCOLA SUPERIOR DO MP

Júlio César Guimarães– DIRETOR-GERAL DA PGJ

José Márcio Maia Alves- DIRETOR DA SECRETARIA PARA ASSUNTOS INSTITUCIONAIS

Carlos Henrique Rodrigues Vieira – DIRETOR DA SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

José Henrique Frazão Costa - DIRETOR DA SECRETARIA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA

Lucia Cristiana Silva Chagas – ASSESSORA-CHEFE DA PGJ

Theresa Maria Muniz Ribeiro De La Iglesia – CHEFA DE GABINETE DA PGJ

COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA

José Antonio Oliveira Bents Flávia Tereza de Viveiros Vieira Regina Lúcia de Almeida Rocha Paulo Roberto Saldanha Ribeiro

Maria dos Remédios Figueiredo Serra Teodoro Peres Neto Eduardo Jorge Hiluy Nicolau Rita de Cassia Maia Baptista

Iracy Martins Figueiredo Aguiar Marco Antonio Anchieta Guerreiro Ana Lídia de Mello e Silva Moraes Maria de Fátima Rodrigues Travassos Cordeiro

Lígia Maria da Silva Cavalcanti Sâmara Ascar Sauaia Krishnamurti Lopes Mendes França Themis Maria Pacheco de Carvalho Raimundo Nonato de Carvalho Filho Maria Luíza Ribeiro Martins

Selene Coelho de Lacerda Mariléa Campos dos Santos Costa José Henrique Marques Moreira Joaquim Henrique de Carvalho Lobato Domingas de Jesus Fróz Gomes Sandra Lúcia Mendes Alves Elouf

Francisco das Chagas Barros de Sousa Eduardo Daniel Pereira Filho Clodenilza Ribeiro Ferreira Carlos Jorge Avelar Silva

Terezinha de Jesus Anchieta Guerreiro Lize de Maria Brandão de Sá Costa Regina Maria da Costa Leite

CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

(Biênio 2019/2021)

Eduardo Jorge Hiluy Nicolau – PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA

Themis Maria Pacheco de Carvalho - CORREGEDORA-GERAL DO MP

Domingas de Jesus Fróz Gomes - CONSELHEIRA

Francisco das Chagas Barros de Sousa - CONSELHEIRO

Mariléa Campos dos Santos Costa – CONSELHEIRA

Joaquim Henrique de Carvalho Lobato - CONSELHEIRO

Carlos Jorge Avelar Silva - CONSELHEIRO

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DIÁRIO ELETRÔNICO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

TURMAS MINISTERIAIS / PROCURADORIAS DE JUSTIÇA / PROCURADORES (AS) DE JUSTIÇA/– DIVISÃO

(conforme Anexo da Resolução Nº 37/2016 –CPMP)

TURMAS

MINISTERIAIS

Nº PROCURADORES(AS) / PROCURADORIAS DE JUSTIÇA

1ª TURMA CÍVEL

1 José Antonio Oliveira Bents 1º Procurador de Justiça Cível

1ª Procuradoria de Justiça Cível

2 Terezinha de Jesus Anchieta Guerreiro 9ª Procuradora de Justiça Cível

9ª Procuradoria de Justiça Cível

3 Marco Antonio Anchieta Guerreiro 12º Procurador de Justiça Cível

12ª Procuradoria de Justiça Cível

2ª TURMA

CÍVEL

4

Raimundo Nonato de Carvalho Filho

4º Procurador de Justiça Cível

4ª Procuradoria de Justiça Cível

5 Clodenilza Ribeiro Ferreira

8ª Procuradora de Justiça Cível 8ª Procuradoria de Justiça Cível

6

Sandra Lúcia Mendes Alves Elouf

17ª Procuradora de Justiça Cível

17ª Procuradoria de Justiça Cível

3ª TURMA

CÍVEL

7

Iracy Martins Figueiredo Aguiar

2ª Procuradora de Justiça Cível

2ª Procuradoria de Justiça Cível

8

Ana Lídia de Mello e Silva Moraes

3ª Procuradora de Justiça Cível

3ª Procuradoria de Justiça Cível

9

Themis Maria Pacheco de Carvalho

14ª Procuradora de Justiça Cível

14ª Procuradoria de Justiça Cível

10

Mariléa Campos dos Santos Costa

15ª Procuradora de Justiça Cível

15ª Procuradoria de Justiça Cível

4ª TURMA

CÍVEL

11

José Henrique Marques Moreira

5º Procurador de Justiça Cível

5ª Procuradoria de Justiça Cível

12

Francisco das Chagas Barros de Sousa

7º Procurador de Justiça Cível

7ª Procuradoria de Justiça Cível

13

Paulo Roberto Saldanha Ribeiro

10º Procurador de Justiça Cível

10ª Procuradoria de Justiça Cível

5ª TURMA

CÍVEL

14

Teodoro Peres Neto

11º Procurador de Justiça Cível

11ª Procuradoria de Justiça Cível

15

Sâmara Ascar Sauaia

13ª Procuradora de Justiça Cível

13ª Procuradoria de Justiça Cível

16

Joaquim Henrique de Carvalho Lobato

16º Procurador de Justiça Cível

16ª Procuradoria de Justiça Cível

6ª TURMA CÍVEL

17

Eduardo Daniel Pereira Filho

18º Procurador de Justiça Cível

18ª Procuradoria de Justiça Cível

18

Carlos Jorge Avelar Silva

19º Procurador de Justiça Cível

19ª Procuradoria de Justiça Cível

19

Lize de Maria Brandão de Sá Costa

6ª Procuradora de Justiça Cível

6ª Procuradoria de Justiça Cível

1ª TURMA

CRIMINAL

1 Maria dos Remédios Figueiredo Serra

2ª Procuradora de Justiça Criminal 2ª Procuradoria de Justiça Criminal

2

Eduardo Jorge Hiluy Nicolau

3º Procurador de Justiça Criminal

3ª Procuradoria de Justiça Criminal

3 Selene Coelho de Lacerda 7º Procurador de Justiça Criminal

7ª Procuradoria de Justiça Criminal

4 Domingas de Jesus Froz Gomes 5ª Procuradora de Justiça Criminal

5ª Procuradoria de Justiça Crimina

2ª TURMA

CRIMINAL

5 Regina Lúcia de Almeida Rocha 1ª Procuradora de Justiça Criminal

1ª Procuradoria de Justiça Criminal

6 Lígia Maria da Silva Cavalcanti 4ª Procuradora de Justiça Criminal

4ª Procuradoria de Justiça Criminal

7 Krishnamurti Lopes Mendes França 6º Procurador de Justiça Criminal

6ª Procuradoria de Justiça Criminal

8 Regina Maria da Costa Leite 8ª Procuradora de Justiça Criminal

8ª Procuradoria de Justiça Criminal

3ª TURMA CRIMINAL

9 Flávia Tereza de Viveiros Vieira 9ª Procuradora de Justiça Criminal

9ª Procuradoria de Justiça Criminal

10 Rita de Cassia Maia Baptista 10ª Procuradora de Justiça Criminal

10ª Procuradoria de Justiça Criminal

11 Maria de Fátima Rodrigues Travassos Cordeiro 11ª Procuradora de Justiça Criminal 11ª Procuradoria de Justiça Criminal

12 Maria Luíza Ribeiro Martins 12ª Procuradora de Justiça Criminal 12ª Procuradoria de Justiça Criminal

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DIÁRIO ELETRÔNICO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

SUMÁRIO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO ..................................................................................... 3 Assessoria Especial de Investigação ............................................................................................................................. 3

PORTARIA ................................................................................................................................................................ 3 Comissão Permanente de Licitação .............................................................................................................................. 4

AVISO DE LICITAÇÃO ........................................................................................................................................... 4 Promotorias de Justiça da Comarca da Capital .......................................................................................................... 4

37ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA ESPECIALIZADA ......................................................................................... 4 PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE, URBANISMO E PATRIMÔNIO CULTURAL ..................................... 5

Promotorias de Justiça das Comarcas do Interior ...................................................................................................... 5 ARARI ........................................................................................................................................................................ 5 BACABAL .................................................................................................................................................................. 6 CEDRAL .................................................................................................................................................................... 8 MIRINZAL .............................................................................................................................................................. 10 SANTA INÊS ............................................................................................................................................................ 12 SÃO BENTO ............................................................................................................................................................ 13 SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS ........................................................................................................... 14 SENADOR LA ROCQUE ....................................................................................................................................... 21

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO

Assessoria Especial de Investigação

PORTARIA

PORTARIA-AEI - 382020

Código de validação: EFFA5449F2

PORTARIA Nº 38/2020

O Promotor de Justiça Ednarg Fernandes Marques, por delegação do Procurador-Geral de Justiça, nos termos da Portaria GAB/PGJ

nº 50542020, com fulcro na Resolução nº 181, de 07 de agosto de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público e no Ato

Regulamentar Conjunto nº 05/2014-GPGJ/CGMP e no art. 7º da Resolução CNMP nº 174/2017,

RESOLVE

Converter, tendo em vista a necessidade de continuidade das investigações, com espeque no art. 7º, da Resolução CNMP nº 174/2017

e no art. 3º, da Resolução CNMP nº 181/2017, combinado com o art. 4º, §4º, do Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014 –

GPGJ/CGMP, a Notícia de Fato nº 037105-500/2019 em Procedimento Investigatório Criminal – PIC, para apurar possível prática

de crimes previstos no Decreto-Lei nº 201/67 e na Lei nº 8.666/1993, consistentes em irregularidades detectadas em vários

procedimentos licitatórios do Município de Barra do Corda, atinentes ao Programa Municipal de Limpeza e Conservação de Vias

Urbanas, compreendidos entre os anos de 2013 a 2017, de responsabilidade do Chefe do Executivo daquele Município, Wellryk

Oliveira Costa da Silva.

Em consequência disso, adotem-se as seguintes providências:

I. REGISTRE-SE em livro próprio e no SIMP;

II. AUTUE-SE a presente Portaria, encartando-a na face do procedimento remetendo cópia para publicação no Diário Eletrônico do

Ministério Público, à Coordenação de Documentação e Biblioteca desta Procuradoria Geral de Justiça;

III. OBEDEÇA-SE, para a conclusão deste procedimento investigatório criminal, o prazo de 90 (noventa) dias, consoante

estabelecido no art. 13 da Resolução CNMP nº 181/2017, fazendo-me concluso após o cumprimento das diligências e antes do termo

final do prazo fixado; e

IV. JUNTE-SE aos presentes autos, a Portaria nº 5054-GAB/PGJ, de 30/06/2020.

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DIÁRIO ELETRÔNICO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

4

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

Cumpra-se.

São Luís/MA, 27 de julho de 2020.

* Assinado eletronicamente

EDNARG FERNANDES MARQUES

Promotor de Justiça/ Assessor do Procurador - Geral de Justiça

Matrícula 776500

Documento assinado. Ilha de São Luís, 27/07/2020 10:40 (EDNARG FERNANDES MARQUES)

* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade

informando os seguintes dados: Sigla do Documento PORTARIA-AEI,

Número do Documento 382020 e Código de Validação EFFA5449F2.

Comissão Permanente de Licitação

AVISO DE LICITAÇÃO

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 30/2020

A Procuradoria-Geral de Justiça comunica que realizará licitação, para registro de preços, na modalidade PREGÃO, na forma

eletrônica, do tipo MENOR PREÇO, regida pelas Leis Federais nº. 10.520/2002 e nº 8.666/1993, Decreto Federal nº 10.024/2019,

Lei Complementar nº. 123/2006, Ato Regulamentar nº 01/2020 deste Órgão Ministerial e, de outras normas aplicáveis ao objeto deste

certame, objetivando o registro de preços para eventual contratação de serviços de manutenção preventiva e serviços de pequenas

adequações prediais (serviços de adaptação de leiautes internos para garantia da acessibilidade, conforto e funcionalidade dos

ambientes, ou seja, pequenos serviços que demandam pouca ou nenhuma complexidade e não necessitam de projeto específico para

execução) com fornecimento de materiais e mão de obra dos seguintes prédios da Capital: da Procuradoria Geral de Justiça, das

Promotorias de Justiça da Capital, Centro Cultural e Administrativo, CAOP´S, do Memorial do Ministério Público, da Escola

Superior do Ministério Público, da 2º Promotoria de Justiça da Infância e Juventude (Centro Integrado), da Promotoria Especializada

em Crimes Contra a Criança e do Adolescente – PJECCA, Promotorias de São José de Ribamar, Promotorias de Paço do Lumiar e

Promotoria de Justiça da Raposa . A abertura da sessão pública está marcada para o dia 11 de agosto de 2020, às 10h (dez horas),

horário de Brasília-DF. Obtenção do Edital e recebimento das Propostas no endereço eletrônico

www.comprasgovernamentais.gov.br. (UASG: 925129). O edital e seus anexos poderão ser consultados no prédio sede da

Procuradoria Geral de Justiça, situada à Avenida Prof. Carlos Cunha, nº 3261, Calhau, São Luís, Maranhão. Informações: site:

www.mpma.mp.br e nos telefones: (98) 3219-1645, 3219-1766 das 8h às 13h.

São Luís, 27 de julho de 2020.

JOSÉ LINDSTRON PACHECO

Pregoeiro Oficial

CPL/PGJ-MA

Promotorias de Justiça da Comarca da Capital

37ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA ESPECIALIZADA

DECISÃO-37ªPJESLZIJ - 92020

Código de validação: A92253A892

NF (Proc. nº 013620-500/2020 )

Cuida-se de reclamação, encaminhada via DISQUE 100, sob anonimato, em face das pessoas referidas na Denúncia 1122478, que

colocariam em situação de risco grupo de irmãs pela mãe, que as deixaria sozinhas nas noites de finais de semana.

Foi expedida recomendação ao Conselho Tutelar, com base no princípio da intervenção mínima, para que aplicasse, se fosse o caso,

as medidas protetivas cabíveis. Em resposta, o órgão municipal disse que não constatou a situação de risco.

Relatado.

Reassumi em 07.07.2020 minhas funções como órgão de execução perante esta 37ª Promotoria de Justiça Especializada, após quatro

anos afastado para exercício de funções administrativas na PGJ/MA.

O prazo deste procedimento já foi extrapolado, durante meu afastamento. Como, segundo o Conselho Tutelar, a situação de risco não

se caracterizou, impõe-se o ARQUIVAMENTO destes autos, sendo desnecessária a comunicação ao Disque 100, pelo caráter

anônimo da denúncia 1 122478.

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DIÁRIO ELETRÔNICO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

5

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

Publique-se no Diário Eletrônico do MPMA. Data da assinatura eletrônica.

* Assinado eletronicamente

MARCIO THADEU SILVA MARQUES

Promotora de Justiça

Matrícula 656306

Documento assinado. Ilha de São Luís, 22/07/2020 11:00 (MARCIO THADEU SILVA MARQUES)

* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade

informando os seguintes dados: Sigla do Documento DECISÃO-37ªPJESLZIJ,

Número do Documento 92020 e Código de Validação A92253A892.

PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE, URBANISMO E PATRIMÔNIO CULTURAL

PORTARIA

O Promotor de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente, Urbanismo e Patrimônio Cultural de São Luís, usando das atribuições que lhe

confere o art. 129, II e III da Constituição da República e o art. 26, I da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei Federal

n.º8.625/93), e nos termos da Resolução nº023/2007 do Conselho Nacional do Ministério Público, considerando representação

formulada na Notícia de Fato 000414-509/2020 referente ao lançamento de esgotos fora da rede pública com anuência do Município

e da CAEMA e a ausência de respostas aos expedientes enviados a CAEMA e a SEMMAM o que inviabiliza a conclusão sobre

situação de fato, instaura procedimento preparatório visando verificar se ainda persiste o lançamento de esgotos fora da rede pública

de esgotamento sanitário e a postura do Município e da CAEMA.

Resolve, assim, promover diligências investigatórias visando a apuração mais precisa dos fatos para posterior propositura de ação

civil, ajustamento de conduta ou arquivamento na forma da lei.

Para auxiliá-lo na investigação, nomeia secretária a funcionária Amanda Jullyen de Albuquerque Cavalcanti Bohn, que deverá tomar

as providências de praxe. Registre-se em livro próprio e proceda-se em conformidade ao que preconiza o citado ato regulamentar.

São Luís, 23 de julho de 2020,

LUÍS FERNANDO CABRAL BARRETO JÚNIOR,

Promotor de Justiça.

Promotorias de Justiça das Comarcas do Interior

ARARI

SIMP Nº 000139-049/2020

RECOMENDAÇÃO

Recomenda ao Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Arari que, abstenha de realizar reuniões presenciais, e adote as medidas

necessárias para a realização das reuniões de forma remota, implementando as ferramentas/recursos tecnológicos de videoconferência

existentes (Ex.: via whatsap; google meet; hangout; skype; zoom, etc), promovendo o auxílio e acompanhamento técnico junto aos

Conselheiros, de modo a viabilizar, de maneira ininterrupta, os trabalhos do colegiado, bem como de que observe a publicidade e

controle social do conteúdo das decisões, em cumprimento ao art. 37, caput, da Constituição Federal, tendo em vista que o atual

contexto recomenda a suspensão de todas as atividades que gerem aglomeração de pessoas;

O Ministério Público do Estado do Maranhão, pela Promotora de Justiça signatária, no uso de suas atribuições legais e constitucionais;

CONSIDERANDO que ao Ministério Público incumbe a defesa da ordem jurídica, dos interesses sociais e individuais indisponíveis,

bem como a proteção do patrimônio público, social e de outros interesses difusos e coletivos, nos termos do Artigo 127 c/c Artigo

129, III, da Constituição Federal;

CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) caracterizou como pandemia a

COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus;

CONSIDERANDO a Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de

saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;

CONSIDERANDO que os Conselhos de Saúde são importantes órgãos colegiados que exercem o controle social da execução da

política de saúde, aos quais cabem, entre outros, fiscalizar o gasto de recursos da saúde; acompanhar o desenvolvimento das ações e

dos serviços de saúde; e apreciar o Relatório Anual de Gestão (RAG), conforme Resolução nº 453, do Conselho Nacional de Saúde

(CNS), atribuições que, no atual cenário de emergência de saúde pública de importância internacional, são imprescindíveis;

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

6

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

CONSIDERANDO as informações contidas no Ofício nr: 010-2020 CMS-ARARI, o qual informou a realização da primeira sessão,

por videoconferência, no dia 15 de maio de 2020, tendo como pauta o Plano Municipal de Contingência de Enfrentamento ao

COVID19, bem como que houve deliberação dos conselheiros pela “realização de sessões por meio de videoconferência e-ou

presencial a depender da relevância e urgência de assuntos para deliberação”;

CONSIDERANDO que o atual contexto recomenda a suspensão de todas as atividades que gerem aglomeração de pessoas, o que se

evidencia, quanto ao Município de Arari-MA, pelo alto índice do risco de transmissão (RT), referente ao covid19 devido à pandemia

do covid-19, embora haja possibilidade de realização de reuniões remotamente (Ex.: via whatsap; google meet; hangout; skype; zoom,

etc);

CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV,

Capítulo IV, da Lei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeirode2012;

RECOMENDA:

1- Ao Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Arari que, abstenha de realizar reuniões presenciais, e adote as medidas

necessárias para a realização das reuniões de forma remota, implementando as ferramentas/recursos tecnológicos de videoconferência

existentes (Ex.: via whatsap; google meet; hangout; skype; zoom, etc), promovendo o auxílio e acompanhamento técnico junto aos

Conselheiros, de modo a viabilizar, de maneira ininterrupta, os trabalhos do colegiado, bem como que observe a publicidade e

controle social do conteúdo das decisões, em cumprimento ao art. 37, caput, da Constituição Federal, tendo em vista que o atual

contexto recomenda a suspensão de todas as atividades que gerem aglomeração de pessoas;

2- Que seja encaminhado a este Órgão Ministerial o cronograma de reuniões e pautas das reuniões já realizadas;

3- Que Seja esta Promotoria de Justiça informada acerca do acatamento a presente recomendação, no prazo de 48 (quarenta e oito)

horas, mediante o encaminhamento dos documentos pertinentes, através do e-mail [email protected].

DETERMINO; a remessa de cópias da presente Recomendação:

a. Ao Conselho Superior do Ministério Público e à Corregedoria Geral do Ministério Público, para conhecimento e para que promova

a necessária publicidade no Diário Oficial do Estado

d. Ao Diário Eletrônico do MPMA, visando sua publicação

Fica, ainda, determinada a publicação do presente no mural da Promotoria de Justiça da Comarca de Arari/MA, através dos servidores

que não se encontram em trabalho remoto.

Ressalte-se que a presente recomendação dá ciência e constitui em mora o(s) destinatário(s) quanto às providências recomendadas e

poderá implicar na adoção de medidas em âmbito administrativo e-ou judicial cabíveis.

Anote-se no SIMP.

Publique-se e cumpra-se remotamente. Expedientes necessários.

Arari/MA, 22 de julho de 2020.

* Assinado eletronicamente

PATRICIA FERNANDES GOMES COSTA FERREIRA

Promotora de Justiça Matrícula 1070569

Documento assinado. Arari, 22/07/2020 20:20 (PATRICIA FERNANDES GOMES COSTA FERREIRA)

* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade informando os seguintes dados: Sigla

do Documento REC-PJARI,

Número do Documento 172020 e Código de Validação 7282CDA6B2.

BACABAL

PORTARIA-2ªPJEBAC - 212020

Código de validação: 4C0A4CBD7D

PORTARIA

SIMP 002005-257/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por sua Representante Legal infra-firmada, titular da 2ª Promotoria de Justiça

Especializada da Comarca de Bacabal no uso das atribuições que lhe confere o art. 129, inc. II e VI, da Constituição da República e

art. 26, inc. I, da Lei Federal nº 8.625/93, sem prejuízo das demais disposições legais pertinentes, em especial os arts. 3º, inc. V e 5º,

inc. II, ambos do Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014,

CONSIDERANDO que a Lei n. 8.080/90, em seu art. 18, preconiza que à Direção Municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete

planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde; e gerir e executar os serviços públicos de saúde;

CONSIDERANDO que a política de imunização visa contribuir para o controle, a eliminação e/ou erradicação de doenças

imunopreviníveis;

CONSIDERANDO que o Programa de Imunização está previsto no rol da Resolução CIB/MA nº 43/2011, que dispõe sobre o Perfil

Mínimo de ações e serviços de saúde que devem ser ofertados por TODOS os municípios, devendo suas ações serem desenvolvidas

no âmbito da Atenção Básica, sob responsabilidade da gestão municipal;

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DIÁRIO ELETRÔNICO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

7

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

CONSIDERANDO a Portaria MS/GM nº 1378/2013, a qual define que ao Ministério da Saúde (MS) cabe o provimento

dos imunobiológicos definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (artigo 6º, inciso XIX, alínea a), ao passo em que compete

aos Estados o armazenamento e o abastecimento aos municípios (artigo 9º, inciso XVII);

CONSIDERANDO que cabe aos municípios, enquanto executores da política de saúde em seu território, armazenar e transportar

esses insumos para os seus locais de uso (artigo 11, inciso XIV), assim como efetivar a vacinação da população, conforme público-

alvo de cada imunobiológico, e prestar contas das doses aplicadas nos sistemas de informação da saúde (SI-PNI, que atualmente está

migrando para o e SUS-AB);

CONSIDERANDO as baixas coberturas vacinais apresentadas pelos municípios da Comarca de Bacabal em 2020, conforme

documentação procedente do Departamento de Controle de Doenças Imunopreviníveis da Secretaria de Estado da Saúde do

Maranhão (SES/MA), anexo ao Ofício Circular nº 35/2020 – CAOp/Saúde;

CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV,

Capítulo IV, da Lei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012, RESOLVE:

Instaurar o presente Procedimento Administrativo, tendo por objeto “fiscalizar o cumprimento das metas pelos municípios da

Comarca de Bacabal, preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS), no âmbito da política de imunização, e quais são as

estratégias/providências, adotadas pela gestão municipal, para alcançá-las”.

Promova-se sua distribuição ao técnico ministerial para atuar como secretário, conforme norma interna, o qual deverá adotar

providências para publicação da presente portaria.

Como diligência inicial, requisite-se aos Secretários Municipais de Saúde (SEMUS) da Comarca de Bacabal para que, em 5 (cinco)

dias, apresentem justificativas para a baixa cobertura vacinal ostentada pelos municípios, assim como para que encaminhem o Plano

de Ação, contendo as estratégias que serão adotadas para contornar o problema, para fins de atingimento das metas preconizadas pelo

Ministério da Saúde, anexando as tabelas sobre as “Coberturas Vacinais de Rotina 2015 a 2019”, bem como "Coberturas Vacinais de

2020".

Especificamente quanto à Campanha Nacional contra o Sarampo, expeça-se requisição aos Secretários Municipais de Saúde (SEMUS)

da Comarca de Bacabal, em 5 (cinco) dias, para que informem sobre quantas doses foram aplicadas; quantas há em estoque e quais

estratégias vem sendo adotadas pela gestão para atingir o público alvo de 20 a 49 anos, anexando a tabela de população estimada a

vacinar do município que é alvo da campanha e a tabela de doses aplicadas em 2020.

* Assinado eletronicamente

SANDRA SOARES DE PONTES

Promotora de Justiça Matrícula 1060136

Documento assinado. Bacabal, 24/07/2020 09:38 (SANDRA SOARES DE PONTES)

* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade informando os seguintes dados: Sigla

do Documento PORTARIA-2ªPJEBAC,

Número do Documento 212020 e Código de Validação 4C0A4CBD7D.

PORTARIA-2ªPJEBAC - 222020

Código de validação: 1E5CA8F985

PORTARIA

Ref: SIMP 001111-509.2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por sua Representante Legal infrafirmada, no uso das atribuições que lhe confere o art.

129, inc. II e VI, da Constituição da República e art. 26, inc. I, da Lei Federal nº 8.625/93, sem prejuízo das demais disposições legais

pertinentes, em especial os arts. 3º, inc. V e 5º, inc. II, ambos do Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014,

CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a

defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, conforme art. 127, da

Constituição Federal;

CONSIDERANDO que, como defensor da ordem jurídica e dos interesses sociais, cabe ao Ministério Público zelar pela defesa do

patrimônio público e social, nos termos do artigo 129, inciso II, da Constituição Federal e tendo em vista que, dentro desta relevante

atribuição ministerial, há de se exigir que a publicidade no âmbito da Administração Pública respeite os princípios expostos no artigo

37, caput, da Constituição Federal, sob pena de violação ao interesse público e ao princípio da publicidade;

CONSIDERANDO que chegou ao conhecimento deste órgão, por meio da vídeo promocional postado na rede social instagram (perfil

@prefeituradebacabal)[1] que a ambulância entregue no povoado de Brejinho, no município de Bacabal, está sendo utilizada para

promoção pessoal de agente público por meio de fixação de adesivo na parte lateral do automóvel;

CONSIDERANDO que, na mesma rede social, no perfil @edvanbrandãooficial[2], o Prefeito de Bacabal publicou postagens do ato

de entrega das ambulâncias nos povoados Brejinho, Seco das Mulatas e Boa Vista, sendo evidente a finalidade de autopromoção dos

atos;

CONSIDERANDO, ainda, que foi protocolada demanda junto à Ouvidoria do Ministério Público do Maranhão denunciando que o

Prefeito de Bacabal estaria realizando postagens na rede social Instagram (@edvanbrandaooficial) com claras intenções de

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DIÁRIO ELETRÔNICO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

8

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

autopromoção, como a entrega de cestas básicas na comunidade de Sapucaíba II, ações de desinfecção de espaços públicos e ações

assistenciais no povoado Campo Redondo;

CONSIDERANDO que nos termos do artigo 37, caput, da Constituição Federal, a Administração Pública direta e indireta de qualquer

dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade,

moralidade, publicidade e eficiência, dentre outros expressos ou implícitos decorrentes de todo o ordenamento jurídico pátrio;

CONSIDERANDO o ensinamento de Hely Lopes Meireles, “o princípio da impessoalidade referido na Constituição de 1988 (art.

37, caput) nada mais é do que o clássico princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador público que só pratique o ato para o

seu fim legal. E o fim legal é unicamente aquele que a norma de direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de

forma impessoal. Esse princípio também deve ser entendido para excluir a promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos

sobre suas realizações administrativas (CF, art. 37,

§ 1º);

CONSIDERANDO que, com fulcro no art. 37, § 1º, da Constituição Federal, “a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e

campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,

símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”;

CONSIDERANDO que a Lei de Improbidade Administrativa, em seu artigo 11, caput, prevê que o desrespeito aos princípios

constitucionais, dentre os quais o princípio da impessoalidade, constitui ato de improbidade administrativa, bem assim a prática de

ato visando fim proibido em lei ou regulamento (art. 11, inciso I, da Lei nº 8.429/92);

CONSIDERANDO que a violação do padrão ético de conduta é inquestionável quando se cuida de promoção pessoal de agentes

públicos por intermédio de publicidade atrelada aos órgãos públicos;

CONSIDERANDO que segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o ato de fazer promoção pessoal às custas do erário

configura ato de improbidade administrativa que causa lesão aos cofres públicos, in verbis: ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE

ADMINISTRATIVA. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROMOÇÃO PESSOAL. PROPAGANDA

SUPOSTAMENTE INSTITUCIONAL. VINCULAÇÃO À IMAGEM DO PREFEITO. LESÃO AO ERÁRIO CARACTERIZADA.

SÚMULA 7/STJ. DOLO GENÉRICO EVIDENCIADO. SÚMULA

83/STJ. 1. Na hipótese vertente, o Tribunal de origem afirmou expressamente que, não obstante a veiculação de propaganda

institucional, na qual se buscava aparentemente informar e orientar a população municipal, o que se verifica é que houve exagerada

menção à figura do Prefeito, com a clara intenção de vincular a sua pessoa a obras e serviços prestados no Município. Assim,

considerando erário municipal foi utilizado com a finalidade de patrocinar a confecção de publicidade cujo escopo era, em verdade,

realizar indevida promoção pessoal do réu, não há como se afastar a existência de lesão aos cofres públicos. (STJ - AgInt no AREsp:

1209815 MT 2017/0299742-9, Relator: Ministro SÉRGIO KUKINA, Data de Julgamento: 05/06/2018, T1 - PRIMEIRA

TURMA, Data de Publicação: DJe 08/06/2018);

RESOLVE Converter a presente Notícia de Fato em Procedimento Administrativo, (stricto sensu), nos termos do art. 7º da Resolução

nº 174 do CNMP e Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014 – GCPGJ/CGMP), com o fito de apurar denúncia de suposta prática de

ato ímprobo pelo Prefeito de Bacabal, Edvan Brandão, DETERMINANDO;

1. Promova-se a autuação e alteração taxonômica no SIMP, adotando as providências para publicação da presente portaria;

2. Expeça-se requisição ao Prefeito de Bacabal sobre o efetivo cumprimento da Recomendação Ministerial nº 292020,

assinalando o prazo de 15 (quinze) dias para manifestação;

3. Expeça-se ofício à Ouvidoria do Ministério Público informando sobre as providências adotadas.

Cumpra-se.

* Assinado eletronicamente

SANDRA SOARES DE PONTES

Promotora de Justiça

Matrícula 1060136

Documento assinado. Bacabal, 24/07/2020 14:42 (SANDRA SOARES DE PONTES)

* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade

informando os seguintes dados: Sigla do Documento PORTARIA-2ªPJEBAC,

Número do Documento 222020 e Código de Validação 1E5CA8F985.

_____________

[1]https://www.instagram.com/p/CB4I50Qh4Y2/?utm_source=ig_web_copy_link

[2]https://www.instagram.com/tv/CBBXU_bgOg9/?utm_source=ig_web_copy_link

https://www.instagram.com/p/CB2791ohZfA/?utm_source=ig_web_copy_link

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CEDRAL

PORTARIA-PJCED - 282020

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DIÁRIO ELETRÔNICO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

9

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

Código de validação: 0778BB1E22

PORTARIA Nº 28/2020

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 22/2020

SIMP Nº 000216-025/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por seu Representante Legal infra-firmado, titular da Promotoria de Justiça da Comarca

de Cururupu, respondendo por esta Promotoria de Justiça de Cedral, no uso das atribuições que lhe confere o art. 129, inc. II e VI,

da Constituição da República e art. 26, inc. I, da Lei Federal nº 8.625/93, sem prejuízo das demais disposições legais pertinentes, em

especial os arts. 3º, inc. V e 5º, inc. II, ambos do Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014,

CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) caracterizou como pandemia a COVID-19, doença causada pelo

novo coronavírus;

CONSIDERANDO a Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de

saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;

CONSIDERANDO que à direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e

os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde, como dispõe o art. 18, I da Lei 8.080/90;

CONSIDERANDO que, como explicita o art. 6.º da Lei 8.080/90, estão incluídas no campo de atuação do Sistema Único de Saúde

(SUS), as ações de vigilância epidemiológica;

CONSIDERANDO que a Atenção Básica é a principal porta de entrada às ações e serviços públicos de saúde e ordenadora da Rede;

CONSIDERANDO que, não obstante o período crítico por que passa o sistema de saúde em decorrência da pandemia do COVID-

19 em todo o país, a situação epidemiológica das arboviroses (doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da

dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre amarela) não pode ser negligenciada pelos gestores de saúde dos municípios

maranhenses, especialmente devido ao período de chuvas, que é a época de maior risco de proliferação dessas doenças;

CONSIDERANDO que a sintomatologia semelhante das arboviroses em relação às Síndromes Gripais e à Covid 19 eleva a

importância de elaboração de um Plano Municipal de Prevenção e Contingência das arboviroses 2020, bem como de Nota Técnica

pela área competente, referente a Rede Assistencial Municipal de Saúde, a fim de garantir acesso e manejo clínico adequado e em

tempo oportuno para os casos suspeitos e/ou confirmados da Arboviroses;

CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV,

Capítulo IV, da Lei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012, RESOLVE:

Instaurar o presente Procedimento Administrativo, tendo por objeto “fiscalizar quais são as estratégias/providências, adotadas pelo

Município de CEDRAL e PORTO RICO DO MARANHÃO, voltadas ao combate, controle, prevenção e manejo clínico das

arboviroses no atual contexto de pandemia de COVID 19”.

Como diligência inicial, oficie-se aos Secretários Municipais de Saúde de CEDRAL e PORTO RICO DO MARANHÃO,

REQUISITANDO, em 48 (quarenta e oito) horas, que:

1) Providenciem a Elaboração do Plano Municipal de Prevenção e Contingência das arboviroses 2020, bem como de Nota Técnica

pela área competente, referente a Rede Assistencial Municipal de Saúde, a fim de garantir acesso e manejo clínico adequado e em

tempo oportuno para os casos suspeitos e/ou confirmados da Arboviroses (vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre

amarela);

2) Após a sua elaboração, que a referida Nota Técnica seja ENCAMINHADA a todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do

Município, haja vista a sintomatologia das arboviroses ser muito semelhante às Síndromes Gripais, bem como à Covid-19, sendo

indispensável quando da investigação diagnóstica, a realização também dos exames pertinentes às arboviroses;

Para auxiliá-lo no acompanhamento, nomeará secretário ad hoc o Assistente Ministerial, ELSON PEREIRA DIAS, compromissando-

o e encarregando-a de proceder às notificações necessárias, podendo expedir certidões sobre seu teor.

Proceda a Sra. Secretária com a autuação desta Portaria e registro em livro próprio, bem como sua publicação na Imprensa Oficial.

Cedral/MA, 24 de julho de 2020.

* Assinado eletronicamente

FREDERICO BIANCHINI JOVIANO DOS SANTOS

Promotor de Justiça

Matrícula 1072729

Documento assinado. Cedral, 27/07/2020 10:38 (FREDERICO BIANCHINI JOVIANO DOS SANTOS)

* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade

informando os seguintes dados: Sigla do Documento PORTARIA-PJCED,

Número do Documento 282020 e Código de Validação 0778BB1E22.

PORTARIA-PJCED - 292020

Código de validação: 666E48056B

PORTARIA Nº 29/2020

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 23/2020

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DIÁRIO ELETRÔNICO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

10

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

SIMP Nº 000219-025/2020

O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por seu Representante Legal infra-firmado, titular da Promotoria de Justiça da Comarca

de Cururupu, respondendo por esta Promotoria de Justiça de Cedral no uso das atribuições que lhe confere o art. 129, inc. II e VI, da

Constituição da República e art. 26, inc. I, da Lei Federal nº 8.625/93, sem prejuízo das demais disposições legais pertinentes, em

especial os arts. 3º, inc. V e 5º, inc. II, ambos do Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014,

CONSIDERANDO que a Lei n. 8.080/90, em seu art. 18, preconiza que à Direção Municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete

planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde; e gerir e executar os serviços públicos de saúde;

CONSIDERANDO que a política de imunização visa contribuir para o controle, a eliminação e/ou erradicação de doenças

imunopreviníveis;

CONSIDERANDO que o Programa de Imunização está previsto no rol da Resolução CIB/MA nº 43/2011, que dispõe sobre o Perfil

Mínimo de ações e serviços de saúde que devem ser ofertados por TODOS os municípios, devendo suas ações serem desenvolvidas

no âmbito da Atenção Básica, sob responsabilidade da gestão municipal;

CONSIDERANDO a Portaria MS/GM nº 1378/2013, a qual define que ao Ministério da Saúde (MS) cabe o provimento dos

imunobiológicos definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (artigo 6º, inciso XIX, alínea a), ao passo em que compete aos

Estados o armazenamento e o abastecimento aos municípios (artigo 9º, inciso XVII);

CONSIDERANDO que cabe aos municípios, enquanto executores da política de saúde em seu território, armazenar e transportar

esses insumos para os seus locais de uso (artigo 11, inciso XIV), assim como efetivar a vacinação da população, conforme público-

alvo de cada imunobiológico, e prestar contas das doses aplicadas nos sistemas de informação da saúde (SI-PNI, que atualmente está

migrando para o e SUS-AB);

CONSIDERANDO as baixas coberturas vacinais apresentadas pelos municípios de Cedral e Porto Rico do Maranhão em 2020,

conforme documentação procedente do Departamento de Controle de Doenças Imunopreviníveis da Secretaria de Estado da Saúde

do Maranhão (SES/MA), anexo ao Ofício Circular nº 35/2020 – CAOp/Saúde;

CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV,

Capítulo IV, da Lei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012, RESOLVE:

Instaurar o presente Procedimento Administrativo, tendo por objeto “fiscalizar o cumprimento das metas pelos municípios de

CEDRAL e PORTO RICO DO MARANHÃO, preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS), no âmbito da política de imunização, e

quais são as estratégias/providências, adotadas pela gestão municipal, para alcança-las”.

Como diligência inicial, oficie-se ao Secretário Municipal de Saúde (SEMUS) dos municípios de CEDRAL e PORTO RICO DO

MARANHÃO, solicitando, em 48 (quarenta e oito) horas, que apresente justificativas para a baixa cobertura vacinal ostentada pelo

município, assim como para que encaminhe o Plano de Ação, contendo as estratégias que serão adotadas para contornar o problema,

para fins de atingimento das metas preconizadas pelo Ministério da Saúde.

Especificamente quanto à Campanha Nacional contra o Sarampo, expeça ofício à SEMUS, solicitando que informe, e 48 (quarenta

e oito) horas, quantas doses foram aplicadas; quantas há em estoque; e quais estratégias vem sendo adotadas pela gestão para atingir

o público alvo de 20 a 49 anos.

Para auxiliá-lo no acompanhamento, nomeará secretário ad hoc o Assistente Ministerial, ELSON PEREIRA DIAS, compromissando-

o e encarregando-o de proceder às notificações necessárias, podendo expedir certidões sobre seu teor.

Proceda o Sr. Secretário com a autuação desta Portaria e registro em livro próprio, bem como sua publicação na Imprensa Oficial.

Cedral/MA, 24 de julho de 2020.

* Assinado eletronicamente

FREDERICO BIANCHINI JOVIANO DOS SANTOS

Promotor de Justiça

Matrícula 1072729

Documento assinado. Cedral, 27/07/2020 10:45 (FREDERICO BIANCHINI JOVIANO DOS SANTOS)

* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade

informando os seguintes dados: Sigla do Documento PORTARIA-PJCED,

Número do Documento 292020 e Código de Validação 666E48056B.

MIRINZAL

REC-PJMIZ - 122020

Código de validação: E1B211821F

Recomendação REC-PJMIZ - 112020

Vinculada ao Procedimento Administrativo nº 002/2020-PJMIZ (SIMP: 000127-039/2020)

Recomenda ao Município de Central do Maranhão/MA que promova imediata e ampla divulgação de todas as contratações realizadas

no processo de enfrentamento da pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19).

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DIÁRIO ELETRÔNICO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, através do Promotor de Justiça signatário, no uso de suas atribuições

constitucionais e legais, com fundamento nos artigos. 127, caput e 129, II, da Constituição Federal, arts. 94, caput e 98, III e V da

Constituição Estadual, art. 6º, XX da Lei Complementar nº 75/1993, art. 27, I e II da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público

(Lei Federal nº 8.625/1993), art. 27, IV da Lei Complementar do Ministério Público do Estado do Maranhão nº 13/1991 e

CONSIDERANDO que ao Ministério Público incumbe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e

individuais indisponíveis, e que o Ministério Público tem como funções institucionais a promoção do inquérito civil e da ação civil

pública para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, em conformidade

com a Constituição Federal, artigos 127, caput, e 129, incisos II e VI, e Lei Complementar 75/93, artigo 5º;

CONSIDERANDO que dispõe o art. 129, inciso II, da Constituição Federal ser função institucional do Ministério Público “zelar

pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição,

promovendo as medidas necessárias a sua garantia”;

CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a expedição de recomendações, visando a melhoria dos serviços de relevância

pública, bem como o respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das

providências cabíveis (LC 75/93, art. 6º, XX);

CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público, nos termos do art. 3.º, “b” e “c”, da Lei Complementar n.º 75/93, a

preservação do patrimônio público e a prevenção e correção de ilegalidade ou abuso de poder;

CONSIDERANDO que, a teor do art. 37, caput, da CF/88, “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,

publicidade e eficiência”;

CONSIDERANDO que, a teor do art. 37, caput, da CF/88, “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,

publicidade e eficiência”;

CONSIDERANDO que, desde 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo

Coronavírus (COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII);

CONSIDERANDO o reconhecimento de transmissão comunitária em todas as unidades da Federação (Portaria GM/MS nº 454/2020),

não sendo mais possível identificar a trajetória de infecção pelo novo Coronavírus;

CONSIDERANDO a Lei Federal n.º 13.979/2020 que prevê diversas medidas para o enfrentamento da infecção, bem como a Portaria

MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização da referida lei;

CONSIDERANDO que compete ao Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, conforme art. 51 da Constituição do Estado do

Maranhão, “julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por bens e valores públicos da administração direta e indireta,

incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Estadual, e as contas daqueles que derem causa a perda,

extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário do Estado”;

CONSIDERANDO que foi noticiado, em11 de julho do presente ano, no site do TCE/MA que o referido Órgão ingressou com

Representações contra quatorze municípios maranhenses, entre eles o município de Central do Maranhão, em razão do

descumprimento da determinação legal, contida na Lei n° 13.979/20, de criação de sítio específico para imediata e ampla divulgação

de todas as contratações realizadas no processo de enfrentamento da pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19).

O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, com o objetivo de garantir os direitos constitucionais e legais mencionados,

RECOMENDA ao PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CENTRAL MARANHÃO/MA:

Que em atenção a Lei 13.979/2020, crie o sítio específico e que PROMOVA, no prazo de 15 (quinze) dias, imediata e ampla

divulgação de todas as contratações realizadas no processo de enfrentamento da pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19), nos

termos estabelecidos no art. 4º, § 2º da citada Lei, sob pena de adoção de medidas judiciais necessárias, inclusive responsabilização

por ato de improbidade administrativa, nos termos do art. 11 da Lei nº 8.429/92.

Concede-se o prazo de 05 (cinco) dias para que informe a esta Promotoria de Justiça, por meio do endereço eletrônico

[email protected], se acatará ou não a recomendação.

Mirinzal/MA, 15 de julho de 2020

Igor Adriano Trinta Marques

Promotor de Justiça

* Assinado eletronicamente

IGOR ADRIANO TRINTA MARQUES

Promotor de Justiça

Matrícula 1074130

Documento assinado. Mirinzal, 16/07/2020 15:56 (IGOR ADRIANO TRINTA MARQUES)

* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade

informando os seguintes dados: Sigla do Documento REC-PJMIZ,

Número do Documento 122020 e Código de Validação E1B211821F.

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DIÁRIO ELETRÔNICO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

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SANTA INÊS

PORTARIA-1ªPJSI - 262020

Código de validação: ABD0A299CB

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, por intermédio da Promotora de Justiça ao final assinada, oficiante

na 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Santa Inês/MA, no uso de suas atribuições constitucionais e legais;

CONSIDERANDO que é função institucional primordial do Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública para

a proteção do patrimônio público e social e de outros interesses difusos e coletivos;

CONSIDERANDO que o inquérito civil, de natureza unilateral e facultativa, é procedimento investigatório e será instaurado para

apurar fato que possa autorizar a tutela dos interesses ou direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, nos termos da

legislação aplicável, servindo para o exercício das atribuições inerentes às funções institucionais do Ministério Público;

CONSIDERANDO os elementos de informação constantes do protocolo nº 1284-509/2020-SIMP, oriundo da Ouvidoria Geral do

Ministério Público do Maranhão (OFC-GAB/OUV), por meio do qual foi encaminhada a esta Promotoria de Justiça, a manifestação

nº 8997.06.2020, contendo os documentos a seguir relacionados, extraídos do Processo n° 3640/2012-TCE/MA: a) Relatório de

Instrução n° 19/2012 NEAUD II; b) Relatório de Instrução nº 668/2017-UTCEX 04 – SUCEX 13, e c) Parecer nº

453/2020/GPROC3/PHAR;

CONSIDERANDO que o Processo n° 3640/2012-TCE/MA versa sobre o exame da Tomada de Contas Anual dos Gestores do Fundo

Municipal de Assistência Social do Município de Santa Inês, exercício financeiro de 2011, de responsabilidade de Raimundo Roberth

Bringel Martins, Prefeito do Município de Santa Inês, Lindalva Castelo Branco Campos, Secretária Municipal de Assistência Social

de Santa Inês, José Milton Carvalho Ferreira, Secretário Municipal de Finanças de Santa Inês, e Vilma Santos Silva, tesoureira da

Prefeitura Municipal de Santa Inês, todos no exercício considerado;

CONSIDERANDO as informações constantes do Relatório de Instrução nº 19/2012 NEAUD II, no sentido de que foram identificadas

diversas ocorrências na tomada de contas dos gestores do Fundo Municipal de Assistência Social do Município de Santa Inês;

CONSIDERANDO que após a apresentação de defesa prévia por parte dos responsáveis, foi emitido o Relatório de Instrução nº

668/2017-UTCEX 04 – SUCEX 13, por meio do qual se observa-se que algumas das ocorrências elencadas no Relatório de Instrução

nº 19/2012 NEAUD II não foram sanadas;

CONSIDERANDO a manifestação do Ministério Público de Contas no sentido de que as contas do gestor sejam julgadas irregulares,

in verbis: “Considerando as Diretrizes ratificadas pelo Pleno e subsidiadas na Resolução ATRICON n. 01, de 06 de agosto de 2014,

por medida de racionalidade administrativa, tendo em vista que remanesceram várias irregularidades, entre elas, algumas, inclusive,

caracterizadoras de prejuízo ao erário, opina-se que as contas do gestor seja julgada IRREGULARES, com imputação de débito e

multa de 10% sobre o valor total do débito a ser apurado e imputado na decisão.”, nos exatos termos do Parecer nº

453/2020/GPROC3/PHAR, de lavra do Procurador de Contas Paulo Henrique Araújo do Reis;

CONSIDERANDO as disposições contidas na Constituição Federal, em especial arts. 29 e 37, e nas Leis nº 7.347; 8.666/93 e

8.429/92;

CONSIDERANDO as disposições constantes da Resolução CNMP nº 23/2007, da Resolução nº 22/2014 do CPMP e do Ato

Regulamentar Conjunto nº 005/2014-GPGJ/CGMP, os quais estabelecem normas para registro, tramitação e nomenclatura dos

procedimentos administrativos no âmbito do Ministério Público, e

CONSIDERANDO as disposições constantes do Ato Regulamentar nº 004/2020-GPGJ e do Ato Regulamentar nº 23/2020-GPGJ, os

quais regulamentam a tramitação dos procedimentos extrajudiciais eletrônicos no âmbito do Ministério Público do Maranhão e dá

outras providências,

RESOLVE:

INSTAURAR, sob sua presidência, INQUÉRITO CIVIL em face de Raimundo Roberth Bringel Martins, ex-Prefeito do Município

de Santa Inês, José Milton Carvalho Ferreira, ex-Secretário Municipal de Finanças de Santa Inês, Lindalva Castelo Branco Campos,

ex-Secretária Municipal de Assistência Social de Santa Inês e Vilma Santos Silva, ex-tesoureira da Prefeitura Municipal de Santa

Inês, no ano de 2.011, visando a apuração das irregularidades apontadas para posterior ajuizamento de ação civil pública, celebração

de termo de ajustamento de conduta ou arquivamento na forma da lei.

Para auxiliar nas investigações nomeia, como secretário, o servidor Dionatã Silva Lima, Técnico Ministerial – Área Administrativa,

o qual poderá adotar as providências de praxe e poderá, de acordo com a necessidade do serviço, ser substituído pelos demais

servidores desta Promotoria de Justiça.

Na oportunidade, DETERMINO, como providências preliminares:

1) a notificação pessoal dos investigados, dando-lhes ciência da instauração do presente inquérito civil, oportunidade em que cópia

da Portaria de instauração, deverá ser encaminhada como parte integrante das competentes notificações, concedendo-lhes o prazo de

10 (dez) dias úteis para resposta e/ou juntada dos documentos que entender necessários ao esclarecimento dos fatos;

2) a realização de pesquisa junto ao site do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, pela Secretaria das Promotorias de Justiça

da Comarca de Santa Inês, com o fito de averiguar acerca da existência de acórdão prolatado nos autos do Processo n° 3640/2012-

TCE/MA, bem como da emissão da respectiva certidão de trânsito em julgado, e, caso positivo, seja promovida a respectiva juntada

dos documentos encontrados;

3) após o cumprimento do item 2, a expedição de ofício à Procuradoria do Município de Santa Inês, encaminhando cópia do(s)

acórdão(s) prolatado(s) nos autos do Processo nº 3640/2012-TCE/MA e da respectiva certidão de trânsito em julgado emitida, e

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO

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São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

solicitando que informe a esta Promotoria de Justiça, no prazo de 10 (dez) dias úteis, a respeito do ajuizamento da(s) competente(s)

ação(ões) para cobrança dos valores devidos, se for o caso;

4) após o cumprimento do item 2, a expedição de ofício à Procuradoria-Geral do Estado do Maranhão, encaminhando cópia do(s)

acórdão(s) prolatado(s) nos autos do Processo nº 3640/2012-TCE/MA e da respectiva certidão de trânsito em julgado, possibilitando

o ajuizamento da competente ação judicial, se necessário, e

5) após o cumprimento do item 2, a expedição de ofício à Secretaria de Distribuição do Fórum da Comarca de Santa Inês solicitando,

no prazo de 10 (dez) dias úteis, informações a respeito do ajuizamento de ação civil pública por ato de improbidade administrativa

em face de Raimundo Roberth Bringel Martins, José Milton Carvalho Ferreira, Lindalva Castelo Branco Campos e Vilma Santos

Silva, que tenha por fundamento as irregularidades decorrentes da análise da Tomada de Contas Anual dos Gestores do Fundo

Municipal de Assistência Social do Município de Santa Inês, exercício financeiro de 2011 (processo nº 3640/2012-TCE/MA), e, caso

existente, seja informado a esta Promotoria de Justiça a data do ajuizamento, o nº do protocolo, as partes da ação, e, se possível for,

o encaminhando de cópia da inicial.

Autue-se e registre-se no Sistema Integrado do Ministério Público – SIMP, bem como em livro próprio, procedendo em conformidade

ao que preconiza a Resolução CNMP nº 023/2007, o Ato Regulamentar Conjunto nº 005/2014-GPGJ/CGMP e o Ato Regulamentar

nº 23/2020-GPGJ.

Encaminhe-se cópia da presente Portaria à Coordenadoria de Documentação e Biblioteca do Ministério Público do Estado do

Maranhão para fins de publicação no Diário Eletrônico do Ministério Público do Maranhão – DEMP/MA, afixando, também, cópia

no átrio das Promotorias de Justiça desta Comarca pelo prazo de 15 (quinze) dias, ex vi da previsão contida no art. 4º, inciso VI, da

Resolução CNMP nº 23/2007.

Cumpra-se.

Santa Inês/MA, 27 de julho de 2.020.

* Assinado eletronicamente

LARISSA SÓCRATES DE BASTOS

Promotora de Justiça

Matrícula 1070670

Documento assinado. Santa Inês, 27/07/2020 09:18 (LARISSA SÓCRATES DE BASTOS)

* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade

informando os seguintes dados: Sigla do Documento PORTARIA-1ªPJSI,

Número do Documento 262020 e Código de Validação ABD0A299CB.

SÃO BENTO

PORTARIA-PJSAB - 222020

Código de validação: 08DA3310AF

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, por intermédio da Promotora de Justiça LAURA AMÉLIA

BARBOSA, abaixo subscrita, titular da Promotoria de São Bento-MA, que esta subscreve, no exercício de suas atribuições legais e

constitucionais,

CONSIDERANDO que segundo dispõe o art. 129, II, da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público zelar pelo efetivo

respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as

medidas necessárias a sua garantia;

CONSIDERANDO que ao Ministério Público incumbe a defesa da ordem jurídica, dos interesses sociais e individuais indisponíveis,

bem como a proteção do patrimônio público, social e outros interesses difusos e coletivos, nos termos do art. 127 c/c art. 129, III, da

Constituição Federal;

CONSIDERANDO que, segundo prescreve o art. 201, VIII do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei 8.069/1990, compete

ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e adolescentes, promovendo

as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;

CONSIDERANDO o disposto no art. 5º do ECA, o qual pinça que “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma

de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punindo na forma da lei qualquer atentado, por ação ou

omissão, aos direitos fundamentais.”(negritou-se)

CONSIDERANDO mais o disposto nos seguintes artigos do ECA:

“Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano,

violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.”

“Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente. ”

CONSIDERANDO a necessidade de efetivação e acompanhamento de medidas preventivas e repressivas para enfrentamento à

violência sexual de crianças e adolescentes no município de São Bento,

RESOLVE

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

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Art. 1º. Instaurar, sob sua presidência, PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO STRICTO SENSU - PASS - nos termos do art.

3º, V, do Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014 – GPGJ/CGMP, e art. 8º, II e III da Resolução 174/2017 do CNMP, objetivando

acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, as medidas preventivas e repressivas para enfrentamento à violência sexual de

crianças e adolescentes no município de São Bento,

Art. 2º. Determinar, desde já, as seguintes providências:

I – Que o técnico ministerial desta Promotoria proceda ao levantamento de todos os registros de ocorrências de abuso sexual, em

face de crianças e adolescentes, registrados nesta Promotoria nos últimos dois anos. Deve fazer relação das demandas, apontando o

seguinte: quais foram encaminhadas para a Delegacia; as que os respectivos procedimentos policiais foram concluídos; quais

originaram Ação Penal; os casos arquivados e as que resultaram em condenação. As ocorrências que a Delegacia não respondera,

requisição deve ser reiterada, com o devido acompanhamento no SIMP;

II– As ocorrências pendentes de conclusão, ainda nesta Promotoria, deverão ser apensas a este Procedimento para providências e

acompanhamento;

III – Agende-se reunião, nesta Promotoria, primeiramente com o Conselho Tutelar, o CMDCA e representes dos CRAS E CRAS de

São Bento. Após, agende-se nova reunião convidando-se, também, representantes das policias civil e militar, bem como a guarda

municipal;

IV– Encaminhe-se uma cópia desta Portaria para o CAOP da Infância e Juventude do MP/MA; bem como ao Conselho Tutelar e

ao CMDCA de São Bento-MA;

V - Seja registrado esta Portaria no SIMP, devendo todos os documentos que a instruírem serem devidamente juntados nos autos

digitais;

VI – Para auxiliar nos presentes autos nomeio, além do servidor José de Jesus Farias, o assessor ANTONIO DAS GRAÇAS

BAIMA E SILVA JR, para atuar como secretários, que deverão tomar as providências de praxe;

VII) Cumpridas as determinações e recebidas as devidas respostas, voltem os autos conclusos.

Publique-se. Registre-se.

São Bento-MA, 27 de julho de 2020.

Promotora de Justiça LAURA AMÉLIA BARBOSA

Titular da Promotoria de São Bento_MA

* Assinado eletronicamente

LAURA AMÉLIA BARBOSA

Promotora de Justiça

Matrícula 1070833

Documento assinado. São Bento, 27/07/2020 19:19 (LAURA AMÉLIA BARBOSA)

* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade

informando os seguintes dados: Sigla do Documento PORTARIA-PJSAB,

Número do Documento 222020 e Código de Validação 08DA3310AF.

SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS

REC-PJSRM - 92019

Código de validação: F70E01FAD2

Aplicação dos recursos dos precatórios do FUNDEF exclusivamente na educação e sem vinculação para o pagamento de Professores

e demais profissionais do magistério. Leis Municipais que versam sobre subvinculação. Inconstitucionalidade formal e material.

A PROMOTORA DE JUSTIÇA DE SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS, com fundamento no art. 26, § 1º, inciso IV, da Lei

Complementar Estadual nº 013/1991 c/c art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal nº 8.625/93, e na Resolução CNMP nº

164/2017,

RESOLVE:

CONSIDERANDO o julgamento, pelo Superior Tribunal de Justiça, do REsp 1.101.015/BA, que definiu o modo pelo qual o Valor

Mínimo Anual do Aluno (VMAA) deve ser calculado, nos termos do art. 6º, § 1º, da Lei nº 9.424/96, significativo para a fixação do

valor das transferências devidas pela União ao FUNDEF: “(...) para fins de complementação pela União ao Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino Fundamental – FUNDEF (art. 60 da ADCT), com redação dada pela EC 14/96, o Valor Mínimo Anual

do Aluno VMAA, de que trata o art. 6º, § 1º, da Lei nº 9.424/96, deve ser calculado levando em conta a média nacional” (Relatoria

do Min. Teori Zavascki, DJe de 02/06/2010);

CONSIDERANDO que, como efeito do julgamento dessa ação, bem como de diversas outras individualmente propostas pelos

Municípios e Estados brasileiros, gerou um passivo para tais entes de mais de 90 (noventa) bilhões de reais e, para os municípios

maranhenses, em cerca de 10 (dez) bilhões de reais, o que permitirá uma revolução na educação pública;

CONSIDERANDO o entendimento do Tribunal de Contas da União, firmado nos Acórdãos nº 1824/2017, 1962/2017, 1518/2018 e

2866/2018, de que:

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

15

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

a) os recursos provenientes de dos precatórios do FUNDEF são constitucionalmente vinculados à educação e, por isso, devem ser

empregados integralmente em ações de educação;

b) qualquer uso em área outra, inclusive para pagamento de honorários advocatícios, será considerado desvio de finalidade,

acarretando consequências como instauração de Tomada de Contas Especial;

c) a fim de garantir a rastreabilidade desses recursos, estes devem ser depositados em conta específica, pois não é recomendável a

mistura desses valores com outros decorrentes do FUNDEB, pois tem regimes de aplicação diferenciados;

d) a subvinculação de 60% (sessenta por cento) dos valores recebidos por tais precatórios para remuneração dos profissionais da

educação resta prejudicada: pode resultar graves implicações futuras quando exauridos tais recursos, podendo haver afronta a

dispositivos constitucionais (irredutibilidade salarial, teto remuneratório e princípios da razoabilidade, proporcionalidade e

economicidade); e) a natureza extraordinária dos recursos advindos da complementação da União obtida via judicial afasta a

subvinculação estabelecida no art. 22 da Lei nº 11.404/2007 (Acórdão nº 1962/2017 – TCU – Plenário); f) a aplicação desses recursos

deve ser definida em cronograma de despesas que englobe mais de um exercício financeiro;

CONSIDERANDO que, nessa mesma senda, o Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da Medida Cautelar em Mandado

de Segurança 35675/DF, da Relatoria do Ministro Luís Roberto Barroso, afirma o seguinte: “Em síntese, os fundamentos elencados

para obstar a aplicação do art. 22 da Lei nº 11.494/2007, foram os seguintes: (i) a norma incide tão somente sobre ‘recursos anuais';

ii) dada a natureza eventual do recurso, após seu exaurimento, haveria o problema da irredutibilidade salarial; (iii) risco de ultrapassar

o teto remuneratório constitucional; (iv) ofensa aos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade e da economicidade; (v) ofensa

aos artigos 15, 16 e 21 da Lei de Responsabilidade Fiscal. 15. Em sede de cognição sumária, os argumentos postos acima são

relevantes e possuem ampla razoabilidade, o que faz com que não esteja presente, neste momento processual, a probabilidade de

existência do direito invocado pelo impetrante. É verdade que, no julgamento das ações civis ordinárias nºs 648, 660, 669 e 700, o

pleno desta Corte, ao confirmar a condenação da União ao pagamento da diferença do Fundef/Fundeb, manteve a vinculação da

receita à educação. Esse fato, todavia, não importa em reconhecer de forma automática que deva ser mantida a subvinculação de 60%

para pagamento de remuneração dos profissionais do magistério como requer a impetrante. 16. A probabilidade do direito invocado

é esvaziada, principalmente, por conta de dois argumentos. Em primeiro lugar, o art. 22 da Lei nº 11.494/2007 faz expressa menção

a 60% dos ‘recursos anuais', sendo razoável a interpretação que exclui de seu conteúdo recursos eventuais ou extraordinários, como

seriam os recursos objeto deste mandado de segurança. Em segundo lugar, a previsão legal expressa é de que os recursos sejam

utilizados para o pagamento da ‘remuneração dos professores no magistério', não havendo previsão para a concessão de abono ou

qualquer outro favorecimento pessoal momentâneo, e não valorização abrangente e continuada da categoria” ;

CONSIDERANDO que a Nota Técnica 5006/2016/CGFSE/DIGEF do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação)

afirma não ser plausível, à luz dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, a subvinculação dos recursos dos precatórios

à remuneração dos profissionais do magistério, sendo oportuna a transcrição do seguinte fragmento da Nota Técnica:

(…)14. O pagamento de significativa quantia remuneratória aos profissionais do magistério de uma só vez, por ocasião da liberação

de recursos dos precatórios, não se inscreve e sequer atende às políticas de valorização do magistério público da educação básica,

mas, de modo contrário, representa momentâneo e desproporcional pagamento, em valores totalmente desconectados das reais

possibilidades de garantia e permanência do nível remuneratório que representam, rompendo, dessa forma, com os princípios da

continuidade que deve nortear as políticas de valorização dos profissionais do magistério e da irredutibilidade de salário, que se

encontra esculpido no art. 7°, VI, da CF/88.” (Grifou-se)

CONSIDERANDO que os recursos adicionais oriundos dos precatórios do FUNDEF devem ser vinculados intertemporalmente a

um plano de aplicação estratégica, tentando alcançar o cumprimento tempestivo das metas ainda não vencidas do Plano Municipal

de Educação, pois a destinação de 60% (sessenta por cento) desses recursos aos profissionais do magistério que trabalharam na época

em nada impactará a qualidade da educação desses municípios, que passaram anos sem o investimento adequado em educação;

CONSIDERANDO que a finalidade do FUNDEF/FUNDEB é atingir um padrão mínimo de qualidade, em termos de equidade do

gasto por aluno, a adequada remuneração dos professores é um meio para tanto, não um fim em si mesmo, de forma que gastos com

formação continuada dos professores e melhoria da infraestrutura das escolas impactará a qualidade da carreira do magistério e, por

conseguinte, da educação, mostrando-se mais consentânea com a finalidade do FUNDEF/FUNDEB e dos Planos de Educação dos

entes federados;

CONSIDERANDO que a Nota Técnica nº 01/2019, da Rede de Controle da Gestão Pública do Estado do Maranhão, afirma que “ no

que diz respeito a destinação de, pelo menos, 60% (sessenta por cento) desses valores para pagamento de remuneração de professores,

repita-se, entende a Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão pela impossibilidade, não havendo discricionariedade do gestor

no tocante a fazer ou não este pagamento, notadamente pela natureza extraordinária dos recursos dos precatórios e pela necessidade

premente de transformação social da educação pública brasileira, necessitando dotar escolas e sistemas de ensino de uma melhor

infraestrutura e de investimentos que possam dar conta da melhoria da qualidade dos indicadores educacionais, incluindo a

possibilidade premente de investimento na capacitação continuada dos professores, o que se traduz em investimento real na

valorização dos profissionais da educação, além da necessidade de abertura de conta específica, com todos os requisitos previstos em

lei para movimentação de conta pública, e elaboração de plano de atuação estratégica, de forma ampla e participativa, com a

fortificação das entidades de controle interno local e atendendo as metas estabelecidas pelos Planos Nacional, Estadual e Municipal

de Educação”;

CONSIDERANDO que essa mesma Nota Técnica aduz: “ entende a Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão pela

inconstitucionalidade de Leis Municipais que contrariando as decisões do Tribunal de Contas da União e do Supremo Tribunal

Federal, regulam a destinação de 60% (sessenta por cento) dos recursos oriundos dos precatórios do FUNDEF para pagamento de

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DIÁRIO ELETRÔNICO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

remuneração, salário, abono ou rateio a profissionais do magistério ou a quaisquer outros servidores públicos, em razão de conterem

vícios de natureza formal, tanto pela impossibilidade dos Municípios legislarem sobre financiamento da educação, matéria de

competência exclusiva da União, como pelo vício de iniciativa, descabendo aos membros do Poder Legislativo iniciarem projetos de

lei com obrigações de natureza financeira para os Chefes do Poder Executivo”;

CONSIDERANDO notícias de atos legislativos que estão sendo emitidos em Municípios do Estado do Maranhão, por iniciativa das

próprias Câmaras de Vereadores, em flagrante inconstitucionalidade formal;

CONSIDERANDO que a doutrina e jurisprudência pátrias vem admitindo a possibilidade da prática de atos de improbidade

administrativo (Art. 11, da Lei nº 8.429/92), decorrente da ação legislativa, como no caso, quando presentes os seguintes requisitos:

a) edição de lei de efeito concreto em evidente desvio de finalidade; b) dolo do(s) agente(s) ou terceiro(s); c) nexo de causalidade

entre a ação/omissão e a respectiva lesividade que trouxe a norma editada dissociada do interesse público;

RECOMENDAR ao Prefeito de São Raimundo das Mangabeiras-MA, Sr. Rodrigo Botelho Melo Coelho, o seguinte:

1. Não remeta anteprojeto de lei para a respectiva Câmara Municipal de Vereadores referente à subvinculação de percentual para

pagamento de professores com recursos dos Precatórios referente ao FUNDEF;

2. Em caso de recebimento de lei aprovada pela Câmara Municipal de Vereadores dessa urbe que trate da subvinculação de percentual

para pagamento de professores com recursos dos Precatórios referente ao FUNDEF, exerça seu poder de veto, inclusive por

inconstitucionalidade formal e material, além de danosa à probidade administrativa;

Publique-se no Diário Eletrônico do Ministério Público e no Boletim Interno da Procuradoria-Geral de Justiça.

São Raimundo das Mangabeiras-MA, 23 de dezembro de 2019.

* Assinado eletronicamente

HORTÊNSIA FERNANDES CAVALCANTI

Promotora de Justiça

Matrícula 1072919

Documento assinado. São Raimundo das Mangabeiras, 23/12/2019 13:39 (HORTÊNSIA FERNANDESCAVALCANTI)

Promotoria de Justiça da Comarca de São Raimundo das Mangabeiras

* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade

informando os seguintes dados: Sigla do Documento REC-PJSRM,

Número do Documento 92019 e Código de Validação F70E01FAD2.

REC-PJSRM - 102019

Código de validação: 733AE8FFDE

Aplicação dos recursos dos precatórios do FUNDEF exclusivamente na educação e sem vinculação para o pagamento de Professores

e demais profissionais do magistério. Leis Municipais que versam sobre subvinculação. Responsabilidade Legislativa por ato de

Improbidade Administrativa.

A PROMOTORA DE JUSTIÇA DE SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS, com fundamento no art. 26, § 1º, inciso IV, da Lei

Complementar Estadual nº 013/1991 c/c art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal nº 8.625/93, e na Resolução CNMP nº

164/2017,

RESOLVE:

CONSIDERANDO o julgamento, pelo Superior Tribunal de Justiça, do REsp 1.101.015/BA, que definiu o modo pelo qual o Valor

Mínimo Anual do Aluno (VMAA) deve ser calculado, nos termos do art. 6º, § 1º, da Lei nº 9.424/96, significativo para a fixação do

valor das transferências devidas pela União ao FUNDEF: “(...) para fins de complementação pela União ao Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino Fundamental – FUNDEF (art. 60 da ADCT), com redação dada pela EC 14/96, o Valor Mínimo Anual

do Aluno VMAA, de que trata o art. 6º, § 1º, da Lei nº 9.424/96, deve ser calculado levando em conta a média nacional” (Relatoria

do Min. Teori Zavascki, DJe de 02/06/2010);

CONSIDERANDO que, como efeito do julgamento dessa ação, bem como de diversas outras individualmente propostas pelos

Municípios e Estados brasileiros, gerou um passivo para tais entes de mais de 90 (noventa) bilhões de reais e, para os municípios

maranhenses, em cerca de 10 (dez) bilhões de reais, o que permitirá uma revolução na educação pública;

CONSIDERANDO o entendimento do Tribunal de Contas da União, firmado nos Acórdãos nº 1824/2017, 1962/2017, 1518/2018 e

2866/2018, de que:

a) os recursos provenientes de dos precatórios do FUNDEF são constitucionalmente vinculados à educação e, por isso, devem ser

empregados integralmente em ações de educação;

b) qualquer uso em área outra, inclusive para pagamento de honorários advocatícios, será considerado desvio de finalidade,

acarretando consequências como instauração de Tomada de Contas Especial;

c) a fim de garantir a rastreabilidade desses recursos, estes devem ser depositados em conta específica, pois não é recomendável a

mistura desses valores com outros decorrentes do FUNDEB, pois tem regimes de aplicação diferenciados;

d) a subvinculação de 60% (sessenta por cento) dos valores recebidos por tais precatórios para remuneração dos profissionais da

educação resta prejudicada: pode resultar graves implicações futuras quando exauridos tais recursos, podendo haver afronta a

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

dispositivos constitucionais (irredutibilidade salarial, teto remuneratório e princípios da razoabilidade, proporcionalidade e

economicidade); e) a natureza extraordinária dos recursos advindos da complementação da União obtida via judicial afasta a

subvinculação estabelecida no art. 22 da Lei nº 11.404/2007 (Acórdão nº 1962/2017 – TCU – Plenário); f) a aplicação desses recursos

deve ser definida em cronograma de despesas que englobe mais de um exercício financeiro;

CONSIDERANDO que, nessa mesma senda, o Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da Medida Cautelar em Mandado

de Segurança 35675/DF, da Relatoria do Ministro Luís Roberto Barroso, afirma o seguinte: “Em síntese, os fundamentos elencados

para obstar a aplicação do art. 22 da Lei nº 11.494/2007, foram os seguintes: (i) a norma incide tão somente sobre ‘recursos anuais';

ii) dada a natureza eventual do recurso, após seu exaurimento, haveria o problema da irredutibilidade salarial; (iii) risco de ultrapassar

o teto remuneratório constitucional; (iv) ofensa aos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade e da economicidade; (v) ofensa

aos artigos 15, 16 e 21 da Lei de Responsabilidade Fiscal. 15. Em sede de cognição sumária, os argumentos postos acima são

relevantes e possuem ampla razoabilidade, o que faz com que não esteja presente, neste momento processual, a probabilidade de

existência do direito invocado pelo impetrante. É verdade que, no julgamento das ações civis ordinárias nºs 648, 660, 669 e 700, o

pleno desta Corte, ao confirmar a condenação da União ao pagamento da diferença do Fundef/Fundeb, manteve a vinculação da

receita à educação. Esse fato, todavia, não importa em reconhecer de forma automática que deva ser mantida a subvinculação de 60%

para pagamento de remuneração dos profissionais do magistério como requer a impetrante. 16. A probabilidade do direito invocado

é esvaziada, principalmente, por conta de dois argumentos. Em primeiro lugar, o art. 22 da Lei nº 11.494/2007 faz expressa menção

a 60% dos ‘recursos anuais', sendo razoável a interpretação que exclui de seu conteúdo recursos eventuais ou extraordinários, como

seriam os recursos objeto deste mandado de segurança. Em segundo lugar, a previsão legal expressa é de que os recursos sejam

utilizados para o pagamento da ‘remuneração dos professores no magistério', não havendo previsão para a concessão de abono ou

qualquer outro favorecimento pessoal momentâneo, e não valorização abrangente e continuada da categoria” ;

CONSIDERANDO que a Nota Técnica 5006/2016/CGFSE/DIGEF do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação)

afirma não ser plausível, à luz dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, a subvinculação dos recursos dos precatórios

à remuneração dos profissionais do magistério, sendo oportuna a transcrição do seguinte fragmento da Nota Técnica:

(…)14. O pagamento de significativa quantia remuneratória aos profissionais do magistério de uma só vez, por ocasião da liberação

de recursos dos precatórios, não se inscreve e sequer atende às políticas de valorização do magistério público da educação básica,

mas, de modo contrário, representa momentâneo e desproporcional pagamento, em valores totalmente desconectados das reais

possibilidades de garantia e permanência do nível remuneratório que representam, rompendo, dessa forma, com os princípios da

continuidade que deve nortear as políticas de valorização dos profissionais do magistério e da irredutibilidade de salário, que se

encontra esculpido no art. 7°, VI, da CF/88.” (Grifou-se)

CONSIDERANDO que os recursos adicionais oriundos dos precatórios do FUNDEF devem ser vinculados intertemporalmente a

um plano de aplicação estratégica, tentando alcançar o cumprimento tempestivo das metas ainda não vencidas do Plano Municipal

de Educação, pois a destinação de 60% (sessenta por cento) desses recursos aos profissionais do magistério que trabalharam na época

em nada impactará a qualidade da educação desses municípios, que passaram anos sem o investimento adequado em educação;

CONSIDERANDO que a finalidade do FUNDEF/FUNDEB é atingir um padrão mínimo de qualidade, em termos de equidade do

gasto por aluno, a adequada remuneração dos professores é um meio para tanto, não um fim em si mesmo, de forma que gastos com

formação continuada dos professores e melhoria da infraestrutura das escolas impactará a qualidade da carreira do magistério e, por

conseguinte, da educação, mostrando-se mais consentânea com a finalidade do FUNDEF/FUNDEB e dos Planos de Educação dos

entes federados;

CONSIDERANDO que a Nota Técnica nº 01/2019, da Rede de Controle da Gestão Pública do Estado do Maranhão, afirma que “ no

que diz respeito a destinação de, pelo menos, 60% (sessenta por cento) desses valores para pagamento de remuneração de professores,

repita-se, entende a Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão pela impossibilidade, não havendo discricionariedade do gestor

no tocante a fazer ou não este pagamento, notadamente pela natureza extraordinária dos recursos dos precatórios e pela necessidade

premente de transformação social da educação pública brasileira, necessitando dotar escolas e sistemas de ensino de uma melhor

infraestrutura e de investimentos que possam dar conta da melhoria da qualidade dos indicadores educacionais, incluindo a

possibilidade premente de investimento na capacitação continuada dos professores, o que se traduz em investimento real na

valorização dos profissionais da educação, além da necessidade de abertura de conta específica, com todos os requisitos previstos em

lei para movimentação de conta pública, e elaboração de plano de atuação estratégica, de forma ampla e participativa, com a

fortificação das entidades de controle interno local e atendendo as metas estabelecidas pelos Planos Nacional, Estadual e Municipal

de Educação”;

CONSIDERANDO que essa mesma Nota Técnica aduz: “ entende a Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão pela

inconstitucionalidade de Leis Municipais que contrariando as decisões do Tribunal de Contas da União e do Supremo Tribunal

Federal, regulam a destinação de 60% (sessenta por cento) dos recursos oriundos dos precatórios do FUNDEF para pagamento de

remuneração, salário, abono ou rateio a profissionais do magistério ou a quaisquer outros servidores públicos, em razão de conterem

vícios de natureza formal, tanto pela impossibilidade dos Municípios legislarem sobre financiamento da educação, matéria de

competência exclusiva da União, como pelo vício de iniciativa, descabendo aos membros do Poder Legislativo iniciarem projetos de

lei com obrigações de natureza financeira para os Chefes do Poder Executivo”;

CONSIDERANDO notícias de atos legislativos que estão sendo emitidos em Municípios do Estado do Maranhão, por iniciativa das

próprias Câmaras de Vereadores, em flagrante inconstitucionalidade formal;

CONSIDERANDO que a doutrina e jurisprudência pátrias vem admitindo a possibilidade da prática de atos de improbidade

administrativo (Art. 11, da Lei nº 8.429/92), decorrente da ação legislativa, como no caso, quando presentes os seguintes requisitos:

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO

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São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

a) edição de lei de efeito concreto em evidente desvio de finalidade; b) dolo do(s) agente(s) ou terceiro(s); c) nexo de causalidade

entre a ação/omissão e a respectiva lesividade que trouxe a norma editada dissociada do interesse público;

RECOMENDAR ao Presidente da Câmara Municipal de Vereadores de São Raimundo das Mangabeiras-MA, Sr. Leonardo de Sousa

Santos, o seguinte:

Informe seus pares, vereadores e vereadoras deste município, da posição do Ministério Público do Estado do Maranhão contrária à

aprovação de lei municipal que autorize a subvinculação de percentual para pagamento de professores com recursos dos Precatórios

referente ao FUNDEF, inclusive podendo ser considerado, em tese, ato de improbidade administrativa, orientando aos edis que não

legislem sobre a matéria e que não derrubem os vetos dos prefeitos, pelos motivos anteriormente elencados.

Publique-se no Diário Eletrônico do Ministério Público e no Boletim Interno da Procuradoria-Geral de Justiça.

São Raimundo das Mangabeiras-MA, 23 de dezembro de 2019.

* Assinado eletronicamente

HORTÊNSIA FERNANDES CAVALCANTI

Promotora de Justiça

Matrícula 1072919

Documento assinado. São Raimundo das Mangabeiras, 23/12/2019 13:40 (HORTÊNSIA FERNANDES

CAVALCANTI)

* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade

informando os seguintes dados: Sigla do Documento REC-PJSRM,

Número do Documento 102019 e Código de Validação 733AE8FFDE.

REP-PJSRM - 32020

Código de validação: 1B97FA948B

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

URGENTE - MEDIDA CAUTELAR

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, através da Promotoria de Justiça de São Raimundo das Mangabeiras,

tendo como titular a Promotora de Justiça Hortênsia Fernandes Cavalcanti, in fine assinada, com os cumprimentos de praxe e estilo,

arrimada no art. 127 e ss. da Constituição Federal, vem, respeitosamente, oferecer a presente REPRESENTAÇÃO, COM PEDIDO

DE MEDIDA CAUTELAR DE SUSPENSÃO DE RATEIO DE VALORES ALUSIVOS AOS PRECATÓRIOS DO FUNDEF em

face do MUNICÍPIO DE SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS, pessoa jurídica de direito público interno, inscrito no CNPJ

com o nº 06.651.616/0001-09, com sede administrativa na Rua José do Egito, s/n, Centro, nesta cidade, representada por seu Prefeito

Sr. RODRIGO BOTELHO MELO COELHO, CPF nº 747.144.653-68, residente e domiciliado na Fazenda Retiro, zona rural, nesta

cidade, ou pelo Procurador-Geral em exercício Dr. GERSON AKIHIRO KURAMOTO, portador do CPF nº 193.378.828-33, podendo

ser localizado na sede da Procuradoria-Geral do Município na Rua Francisca das Chagas, s/n, Centro, nesta cidade, pelas razões de

fato e direito a seguir expostas:

1. DAS CONSIDERAÇÕES INICIAIS QUANTO À MATÉRIA E MÉRITO DO ANUNCIADO

Cumpre-nos informar a posição institucional do Ministério Público do Estado do Maranhão e da Rede de Controle da Gestão Pública

deste mesmo Estado quanto à matéria. O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1.101.015/BA, definiu o modo pelo

qual o Valor Mínimo Anual do Aluno (VMAA) deve ser calculado, nos termos do art. 6º, § 1º, da Lei nº 9.424/96, significativo para

a fixação do valor das transferências devidas pela União ao FUNDEF: “(...) para fins de complementação pela União ao Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental – FUNDEF (art. 60 da ADCT), com redação dada pela EC 14/96, o Valor

Mínimo Anual do Aluno VMAA, de que trata o art. 6º, § 1º, da Lei nº 9.424/96, deve ser calculado levando em conta a média nacional”

(Relatoria do Min. Teori Zavascki, DJe de 02/06/2010).

Como efeito do julgamento desta ação, bem como de diversas outras individualmente propostas pelos Municípios e Estados

brasileiros, gerou-se um passivo para tais entes de mais de 90 (noventa) bilhões de reais e, para os municípios maranhenses, em cerca

de 10 (dez) bilhões de reais, o que permitirá uma revolução na educação pública.

O entendimento do Tribunal de Contas da União, firmado nos Acórdãos nº 1824/2017, 1962/2017, 1518/2018 e 2866/2018, é de que:

a) os recursos provenientes de dos precatórios do FUNDEF são constitucionalmente vinculados à educação e, por isso, devem ser

empregados integralmente em ações de educação;

b) qualquer uso em área outra, inclusive para pagamento de honorários advocatícios, será considerado desvio de finalidade,

acarretando consequências como instauração de Tomada de Contas Especial;

c) a fim de garantir a rastreabilidade desses recursos, estes devem ser depositados em conta específica, pois não é recomendável a

mistura desses valores com outros decorrentes do FUNDEB, pois tem regimes de aplicação diferenciados;

d) a subvinculação de 60% (sessenta por cento) dos valores recebidos por tais precatórios para remuneração dos profissionais da

educação resta prejudicada: pode resultar graves implicações futuras quando exauridos tais recursos, podendo haver afronta a

dispositivos constitucionais (irredutibilidade salarial, teto remuneratório e princípios da razoabilidade, proporcionalidade e

economicidade);

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DIÁRIO ELETRÔNICO DO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO

ESTADO DO MARANHÃO

São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.

Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]

e) a natureza extraordinária dos recursos advindos da complementação da União obtida via judicial afasta a subvinculação

estabelecida no art. 22 da Lei nº 11.404/2007 (Acórdão nº 1962/2017 – TCU – Plenário);

f) a aplicação desses recursos deve ser definida em cronograma de despesas que englobe mais de um exercício financeiro.

O Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da Medida Cautelar em Mandado de Segurança 35675/DF, da Relatoria do

Ministro Luís Roberto Barroso, afirma o seguinte: “Em síntese, os fundamentos elencados para obstar a aplicação do art. 22 da Lei

nº 11.494/2007, foram os seguintes: (i) a norma incide tão somente sobre ‘recursos anuais'; ii) dada a natureza eventual do recurso,

após seu exaurimento, haveria o problema da irredutibilidade salarial; (iii) risco de ultrapassar o teto remuneratório constitucional;

(iv) ofensa aos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade e da economicidade; (v) ofensa aos artigos 15, 16 e 21 da Lei de

Responsabilidade Fiscal.

O art. 22 da Lei nº 11.494/2007 faz expressa menção a 60% dos ‘recursos anuais', sendo razoável a interpretação que exclui de seu

conteúdo recursos eventuais ou extraordinários. A previsão legal expressa é de que os recursos sejam utilizados para o pagamento da

‘remuneração dos professores no magistério', não havendo previsão para a concessão de abono ou qualquer outro favorecimento

pessoal momentâneo, e não valorização abrangente e continuada da categoria”.

A Nota Técnica 5006/2016/CGFSE/DIGEF do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) afirma não ser plausível,

à luz dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, a subvinculação dos recursos dos precatórios à remuneração dos

profissionais do magistério, sendo oportuna a transcrição do seguinte fragmento da Nota Técnica:

(…)14. O pagamento de significativa quantia remuneratória aos profissionais do magistério de uma só vez, por ocasião da liberação

de recursos dos precatórios, não se inscreve e sequer atende às políticas de valorização do magistério público da educação básica,

mas, de modo contrário, representa momentâneo e desproporcional pagamento, em valores totalmente desconectados das reais

possibilidades de garantia e permanência do nível remuneratório que representam, rompendo, dessa forma, com os princípios da

continuidade que deve nortear as políticas de valorização dos profissionais do magistério e da irredutibilidade de salário, que se

encontra esculpido no art. 7°, VI, da CF/88” (Grifou-se).

Os recursos adicionais oriundos dos precatórios do FUNDEF devem ser vinculados intertemporalmente a um plano de aplicação

estratégica, tentando alcançar o cumprimento tempestivo das metas ainda não vencidas do Plano Municipal de Educação, pois a

destinação de 60% (sessenta por cento) desses recursos aos profissionais do magistério que trabalharam na época em nada impactará

a qualidade da educação desses municípios, que passaram anos sem o investimento adequado em educação.

A finalidade do FUNDEF/FUNDEB é atingir um padrão mínimo de qualidade, em termos de equidade do gasto por aluno, a adequada

remuneração dos professores é um meio para tanto, não um fim em si mesmo, de forma que gastos com formação continuada dos

professores e melhoria da infraestrutura das escolas impactará a qualidade da carreira do magistério e, por conseguinte, da educação,

mostrando-se mais consentânea com a finalidade do FUNDEF/FUNDEB e dos Planos de Educação dos entes federados.

Na mesma senda, a Nota Técnica nº 01/2019, da Rede de Controle da Gestão Pública do Estado do Maranhão, afirma que “no que

diz respeito à destinação de, pelo menos, 60% (sessenta por cento) desses valores para pagamento de remuneração de professores,

repita-se, entende a Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão pela impossibilidade, não havendo discricionariedade do gestor

no tocante a fazer ou não este pagamento, notadamente pela natureza extraordinária dos recursos dos precatórios e pela necessidade

premente de transformação social da educação pública brasileira, necessitando dotar escolas e sistemas de ensino de uma melhor

infraestrutura e de investimentos que possam dar conta da melhoria da qualidade dos indicadores educacionais, incluindo a

possibilidade premente de investimento na capacitação continuada dos professores, o que se traduz em investimento real na

valorização dos profissionais da educação, além da necessidade de abertura de conta específica, com todos os requisitos previstos em

lei para movimentação de conta pública, e elaboração de plano de atuação estratégica, de forma ampla e participativa, com a

fortificação das entidades de controle interno local e atendendo as metas estabelecidas pelos Planos Nacional, Estadual e Municipal

de Educação”.

Mais à frente, esse mesmo instrumento da RCGP-MA aduz: “entende a Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão pela

inconstitucionalidade de Leis Municipais que contrariando as decisões do Tribunal de Contas da União e do Supremo Tribunal

Federal, regulam a destinação de 60% (sessenta por cento) dos recursos oriundos dos precatórios do FUNDEF para pagamento de

remuneração, salário, abono ou rateio a profissionais do magistério ou a quaisquer outros servidores públicos, em razão de conterem

vícios de natureza formal, tanto pela impossibilidade dos Municípios legislarem sobre financiamento da educação, matéria de

competência exclusiva da União, como pelo vício de iniciativa, descabendo aos membros do Poder Legislativo iniciarem projetos de

lei com obrigações de natureza financeira para os Chefes do Poder Executivo”.

2. DOS FATOS ACONTECIDOS NA ATUALIDADE

Em 31/12/2019, foi instaurado na Promotoria de Justiça de São Raimundo das Mangabeiras o Procedimento Administrativo Stricto

Sensu nº 000515-014/2019 (SIMP), com a finalidade de “acompanhar a possível aprovação de Lei Municipal em São Raimundo das

Mangabeiras-MA referente à subvinculação de recursos de Precatórios do FUNDEF para pagamento de profissionais de Educação”.

Levando em consideração os argumentos iniciais expostos, expediu-se ao Gestor Municipal Rodrigo Botelho Melo Coelho a

Recomendação nº 09/2019-PJSRM, orientando acerca da aplicação dos recursos dos precatórios do FUNDEF exclusivamente na

educação e sem vinculação para o pagamento de Professores e demais profissionais do magistério, assim como de que possíveis Leis

Municipais que versem sobre subvinculação será passível de arguição de inconstitucionalidade formal e material. Com o mesmo

desiderato, foi expedida Recomendação ao Presidente da Câmara de Vereadores para que este orientasse seus pares acerca do tema

em testilha.

A Lei n. 9.424/96, ao disciplinar a organização do Fundo, determinou expressamente que seus recursos devem ser obrigatoriamente

aplicados na manutenção e no desenvolvimento do ensino fundamental público e na valorização do magistério, não conferindo, pois,

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São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.

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margem de discricionariedade ao gestor para utilizá-lo de modo diverso. Determina, ainda, o art. 8º, parágrafo único, da LC 101/2000

(Lei de Responsabilidade Fiscal), que “os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente

para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso”.

Neste diapasão, apesar de devidamente cientificado da Recomendação sobre tal impedimento, o Atual Prefeito Rodrigo Botelho Melo

Coelho, no dia 03/07/2020, comunicou em seu Perfil Oficial no Instagram (https://www.instagram.com/p/CCMRRXtgEtu/), que tem

utilizado como meio oficial de comunicação local, o seguinte informe:

“Com muita alegria, acabo de receber um comunicado informando que os recursos dos precatórios do FUNDEF, no valor de 18

milhões, estão disponíveis na conta judicial em nome da Prefeitura de Mangabeiras.

Agora, vamos providenciar o desbloqueio, e fazer justiça, repassando 60% para nossos professores e aplicando 40% na educação de

nosso Município Governo do Povo, trabalhando para todos.

O objetivo dos preceitos constitucionais que vinculam 60% dos recursos dos Fundos (Fundef e Fundeb) à remuneração dos

profissionais do magistério público da educação básica é, precipuamente, direcionar recursos que auxiliem na criação e

implementação dos planos de carreira e no cumprimento do piso salarial do magistério, visando garantir a esses profissionais uma

melhor formação e condições de trabalho que estimulem o ingresso e permanência na carreira.

O pagamento de significativa quantia remuneratória aos profissionais do magistério de uma só vez, por ocasião da liberação dos

recursos dos precatórios, não se inscreve e não atende às políticas de valorização do magistério público da educação básica, mas, de

modo contrário, representa momentâneo e desproporcional pagamento, em valores totalmente desconectados das reais possibilidades

de garantia e permanência do nível remuneratório que representam, rompendo, dessa forma, com os princípios da continuidade que

deve nortear as políticas de valorização dos profissionais do magistério e da irredutibilidade de salário, que se encontra esculpido no

art. 70, da CF/88.

3. DA MEDIDA CAUTELAR

É cediço a possibilidade de antecipação dos efeitos da decisão final nos processos de Tribunais de Contas para garantir maior eficácia

da decisão final e evitar prejuízos incalculáveis ao erário, devendo ser analisados os tradicionais requisitos da fumaça do bom direito

e do perigo na demora.

A fumaça do bom direito está plenamente demonstrada, na medida em que a Rede de Controle da Gestão Pública do Estado do

Maranhão, através da consolidação da Nota Técnica nº 01/2019, assinada pelo Procurador-Geral de Justiça LUIZ GONZAGA

MARTINS COELHO, Procurador-Chefe da República no Maranhão JOSÉ RAIMUNDO LEITE FILHO, Procurador-Geral de

Contas PAULO HENRIQUE ARAÚJO DOS REIS, Secretário Do Tribunal de Contas da União no Estado do Maranhão

ALEXANDRE JOSÉ CAMINHA WALRAVEN e Superintendente da Controladoria Regional da União no Maranhão LEYLANE

MARIA DA SILVA , sinalizou o entendimento de que todos os entes municipais que vierem a receber os precatórios do FUNDEF se

abstenham de utilizar tais recursos no pagamento a profissionais do magistério ou a quaisquer outros servidores públicos, a qualquer

título, seja ele remuneração, salário, abono ou rateio, até que a Corte de Contas da União decida o mérito desta e de outras questões

suscitadas, sob pena de responsabilização dos agentes públicos.

Além disso, cristalino o fato de referidas verbas revestirem-se de um caráter extraordinário, devendo o seu emprego em prol da

educação local se dar por intermédio do engajamento da sociedade em escuta ativa, oportunidade em que serão analisados quais os

setores educacionais mais sensíveis a fim de melhora do quadro de carência estrutural como um todo. O perigo da demora, por sua

vez, está consubstanciado na proximidade de acontecer o supracitado rateio, vez que, conforme noticiado pelo próprio gestor

municipal, os recursos dos precatórios do FUNDEF, no valor de 18 milhões, estão disponíveis na conta judicial em nome da Prefeitura

de São Raimundo das Mangabeiras, pendente apenas de desbloqueio, ocasião em que pretende se repassar 60% (sessenta por cento)

para os professores locais.

Presentes, portanto, a fumaça do bom direito e o perigo da demora, requisitos suficientes para a emissão da decisão cautelar vindicada.

4. DO PEDIDO

Ante o exposto, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pela Promotoria de Justiça de São Raimundo das

Mangabeiras, requer:

a) a concessão de tutela cautelar, inaudita altera pars, para que seja determinada a SUSPENSÃO de rateio dos valores alusivos ao

FUNDEF, vez que, segundo acima contemplado, é entendimento da Rede de Controle da Gestão Pública do Estado do Maranhão que

referidos recursos não estão sujeitos à subvinculação de 60% (sessenta por cento) para remuneração dos profissionais do magistério,

visto possuírem natureza extraordinária, devendo ser geridos segundo plano de aplicação estratégica a ser definido preferencialmente

com participação ampla da sociedade;

b) após, seja intimado o ora representado RODRIGO BOTELHO MELO COELHO, na qualidade de Prefeito do Município de São

Raimundo das Mangabeiras, para prestar esclarecimentos sobre as providências adotadas em decorrência da medida cautelar

especificada, caso concedida;

c) no mérito, requer-se a confirmação da cautelar, assim como o provimento integral dessa Representação, ao passo em que,

conjuntamente, se pleiteia a adoção de medidas visando a orientar a Prefeitura local e Câmara Municipal de Vereadores, mais uma

vez, acerca da Nota Técnica nº 01/2019 que vai em anexo.

São Raimundo das Mangabeiras-Ma, 10 de julho de 2020.

* Assinado eletronicamente

HORTÊNSIA FERNANDES CAVALCANTI

Promotora de Justiça

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Matrícula 1072919

Documento assinado. São Raimundo das Mangabeiras, 10/07/2020 13:05 (HORTÊNSIA FERNANDES CAVALCANTI)

* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade

informando os seguintes dados: Sigla do Documento REP-PJSRM,

Número do Documento 32020 e Código de Validação 1B97FA948B.

SENADOR LA ROCQUE

INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO Nº 01/2018-PJSLR

ADITAMENTO À PORTARIA Nº 01/2018

SIMP nº 000314-002/2017

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, por seu Promotor de Justiça, DR. JOÃO CLAUDIO DE BARROS,

titular da Promotoria de Justiça da Comarca de Senador La Rocque, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, III,

da Constituição Federal e no art. 4º da Resolução nº 23/2007 do CNMP;

CONSIDERANDO o disposto no art. 4º da Resolução nº 23/2007 do CNMP, que versa sobre os requisitos da portaria de instauração

de inquérito civil;

CONSIDERANDO a necessidade de ajustar a portaria do presente procedimento, a fim de limitar o fato investigado, bem como fazer

constar as partes a quem são imputados os fatos;

RESOLVE:

ADITAR A PORTARIA Nº 01/2018, para:

a) constar como objeto do inquérito civil “apurar irregularidade na contratação da empresa F. T. EVENTOS LTDA. (CNPJ:

19.796.992/0001-33) quanto às inexigibilidades de licitação nº 01/2015 e nº 04/2015, fora das hipóteses legais, bem como possível

fraude no Pregão Presencial nº 013/2017, apurando-se, ainda, se a empresa contratada nos referidos procedimentos é empresa de

fachada.

Por fim, verificar se houve enriquecimento ilícito no pagamento de arquibancadas que não foram disponibilizadas no carnaval de

Buritirana 2017”;

b) constar como investigados: 1) VAGTÔNIO BRANDÃO DOS SANTOS; 2) F. T. EVENTOS LTDA (CNPJ: 19.796.992/0001-33).

Diante do presente aditamento, determino as seguintes diligências:

1. Encaminhe-se cópia da presente ao Setor de Coordenação de Documentos e Biblioteca para fins de publicação, devendo, também,

ser afixada no átrio desta Promotoria de Justiça pelo prazo de 15 (quinze) dias;

2. Proceda-se com as retificações necessárias na capa do procedimento, bem como nos registros do SIMP;

3. Notifique-se os investigados sobre a instauração do presente procedimento, para, caso queiram, apresentem defesa.

Senador La Rocque/MA, 26 de julho de 2020.

JOÃO CLAUDIO DE BARROS

Promotor de Justiça