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DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO
Eduardo Jorge Hiluy Nicolau – PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA
Lize de Maria Brandão de Sa Costa – SUBPROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS
Regina Maria da Costa Leite – SUBPROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA PARA ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS
Themis Maria Pacheco de Carvalho - CORREGEDORA-GERAL DO MP
Marilea Campos Dos Santos Costa - SUBCORREGEDORA-GERAL DO MP
Maria Luíza Ribeiro Martins – OUVIDORA DO MP
Karla Adriana Holanda Farias Vieira – DIRETORA DA ESCOLA SUPERIOR DO MP
Júlio César Guimarães– DIRETOR-GERAL DA PGJ
José Márcio Maia Alves- DIRETOR DA SECRETARIA PARA ASSUNTOS INSTITUCIONAIS
Carlos Henrique Rodrigues Vieira – DIRETOR DA SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
José Henrique Frazão Costa - DIRETOR DA SECRETARIA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA
Lucia Cristiana Silva Chagas – ASSESSORA-CHEFE DA PGJ
Theresa Maria Muniz Ribeiro De La Iglesia – CHEFA DE GABINETE DA PGJ
COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA
José Antonio Oliveira Bents Flávia Tereza de Viveiros Vieira Regina Lúcia de Almeida Rocha Paulo Roberto Saldanha Ribeiro
Maria dos Remédios Figueiredo Serra Teodoro Peres Neto Eduardo Jorge Hiluy Nicolau Rita de Cassia Maia Baptista
Iracy Martins Figueiredo Aguiar Marco Antonio Anchieta Guerreiro Ana Lídia de Mello e Silva Moraes Maria de Fátima Rodrigues Travassos Cordeiro
Lígia Maria da Silva Cavalcanti Sâmara Ascar Sauaia Krishnamurti Lopes Mendes França Themis Maria Pacheco de Carvalho Raimundo Nonato de Carvalho Filho Maria Luíza Ribeiro Martins
Selene Coelho de Lacerda Mariléa Campos dos Santos Costa José Henrique Marques Moreira Joaquim Henrique de Carvalho Lobato Domingas de Jesus Fróz Gomes Sandra Lúcia Mendes Alves Elouf
Francisco das Chagas Barros de Sousa Eduardo Daniel Pereira Filho Clodenilza Ribeiro Ferreira Carlos Jorge Avelar Silva
Terezinha de Jesus Anchieta Guerreiro Lize de Maria Brandão de Sá Costa Regina Maria da Costa Leite
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO
(Biênio 2019/2021)
Eduardo Jorge Hiluy Nicolau – PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA
Themis Maria Pacheco de Carvalho - CORREGEDORA-GERAL DO MP
Domingas de Jesus Fróz Gomes - CONSELHEIRA
Francisco das Chagas Barros de Sousa - CONSELHEIRO
Mariléa Campos dos Santos Costa – CONSELHEIRA
Joaquim Henrique de Carvalho Lobato - CONSELHEIRO
Carlos Jorge Avelar Silva - CONSELHEIRO
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
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TURMAS MINISTERIAIS / PROCURADORIAS DE JUSTIÇA / PROCURADORES (AS) DE JUSTIÇA/– DIVISÃO
(conforme Anexo da Resolução Nº 37/2016 –CPMP)
TURMAS
MINISTERIAIS
Nº PROCURADORES(AS) / PROCURADORIAS DE JUSTIÇA
1ª TURMA CÍVEL
1 José Antonio Oliveira Bents 1º Procurador de Justiça Cível
1ª Procuradoria de Justiça Cível
2 Terezinha de Jesus Anchieta Guerreiro 9ª Procuradora de Justiça Cível
9ª Procuradoria de Justiça Cível
3 Marco Antonio Anchieta Guerreiro 12º Procurador de Justiça Cível
12ª Procuradoria de Justiça Cível
2ª TURMA
CÍVEL
4
Raimundo Nonato de Carvalho Filho
4º Procurador de Justiça Cível
4ª Procuradoria de Justiça Cível
5 Clodenilza Ribeiro Ferreira
8ª Procuradora de Justiça Cível 8ª Procuradoria de Justiça Cível
6
Sandra Lúcia Mendes Alves Elouf
17ª Procuradora de Justiça Cível
17ª Procuradoria de Justiça Cível
3ª TURMA
CÍVEL
7
Iracy Martins Figueiredo Aguiar
2ª Procuradora de Justiça Cível
2ª Procuradoria de Justiça Cível
8
Ana Lídia de Mello e Silva Moraes
3ª Procuradora de Justiça Cível
3ª Procuradoria de Justiça Cível
9
Themis Maria Pacheco de Carvalho
14ª Procuradora de Justiça Cível
14ª Procuradoria de Justiça Cível
10
Mariléa Campos dos Santos Costa
15ª Procuradora de Justiça Cível
15ª Procuradoria de Justiça Cível
4ª TURMA
CÍVEL
11
José Henrique Marques Moreira
5º Procurador de Justiça Cível
5ª Procuradoria de Justiça Cível
12
Francisco das Chagas Barros de Sousa
7º Procurador de Justiça Cível
7ª Procuradoria de Justiça Cível
13
Paulo Roberto Saldanha Ribeiro
10º Procurador de Justiça Cível
10ª Procuradoria de Justiça Cível
5ª TURMA
CÍVEL
14
Teodoro Peres Neto
11º Procurador de Justiça Cível
11ª Procuradoria de Justiça Cível
15
Sâmara Ascar Sauaia
13ª Procuradora de Justiça Cível
13ª Procuradoria de Justiça Cível
16
Joaquim Henrique de Carvalho Lobato
16º Procurador de Justiça Cível
16ª Procuradoria de Justiça Cível
6ª TURMA CÍVEL
17
Eduardo Daniel Pereira Filho
18º Procurador de Justiça Cível
18ª Procuradoria de Justiça Cível
18
Carlos Jorge Avelar Silva
19º Procurador de Justiça Cível
19ª Procuradoria de Justiça Cível
19
Lize de Maria Brandão de Sá Costa
6ª Procuradora de Justiça Cível
6ª Procuradoria de Justiça Cível
1ª TURMA
CRIMINAL
1 Maria dos Remédios Figueiredo Serra
2ª Procuradora de Justiça Criminal 2ª Procuradoria de Justiça Criminal
2
Eduardo Jorge Hiluy Nicolau
3º Procurador de Justiça Criminal
3ª Procuradoria de Justiça Criminal
3 Selene Coelho de Lacerda 7º Procurador de Justiça Criminal
7ª Procuradoria de Justiça Criminal
4 Domingas de Jesus Froz Gomes 5ª Procuradora de Justiça Criminal
5ª Procuradoria de Justiça Crimina
2ª TURMA
CRIMINAL
5 Regina Lúcia de Almeida Rocha 1ª Procuradora de Justiça Criminal
1ª Procuradoria de Justiça Criminal
6 Lígia Maria da Silva Cavalcanti 4ª Procuradora de Justiça Criminal
4ª Procuradoria de Justiça Criminal
7 Krishnamurti Lopes Mendes França 6º Procurador de Justiça Criminal
6ª Procuradoria de Justiça Criminal
8 Regina Maria da Costa Leite 8ª Procuradora de Justiça Criminal
8ª Procuradoria de Justiça Criminal
3ª TURMA CRIMINAL
9 Flávia Tereza de Viveiros Vieira 9ª Procuradora de Justiça Criminal
9ª Procuradoria de Justiça Criminal
10 Rita de Cassia Maia Baptista 10ª Procuradora de Justiça Criminal
10ª Procuradoria de Justiça Criminal
11 Maria de Fátima Rodrigues Travassos Cordeiro 11ª Procuradora de Justiça Criminal 11ª Procuradoria de Justiça Criminal
12 Maria Luíza Ribeiro Martins 12ª Procuradora de Justiça Criminal 12ª Procuradoria de Justiça Criminal
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
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SUMÁRIO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO ..................................................................................... 3 Assessoria Especial de Investigação ............................................................................................................................. 3
PORTARIA ................................................................................................................................................................ 3 Comissão Permanente de Licitação .............................................................................................................................. 4
AVISO DE LICITAÇÃO ........................................................................................................................................... 4 Promotorias de Justiça da Comarca da Capital .......................................................................................................... 4
37ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA ESPECIALIZADA ......................................................................................... 4 PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE, URBANISMO E PATRIMÔNIO CULTURAL ..................................... 5
Promotorias de Justiça das Comarcas do Interior ...................................................................................................... 5 ARARI ........................................................................................................................................................................ 5 BACABAL .................................................................................................................................................................. 6 CEDRAL .................................................................................................................................................................... 8 MIRINZAL .............................................................................................................................................................. 10 SANTA INÊS ............................................................................................................................................................ 12 SÃO BENTO ............................................................................................................................................................ 13 SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS ........................................................................................................... 14 SENADOR LA ROCQUE ....................................................................................................................................... 21
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO
Assessoria Especial de Investigação
PORTARIA
PORTARIA-AEI - 382020
Código de validação: EFFA5449F2
PORTARIA Nº 38/2020
O Promotor de Justiça Ednarg Fernandes Marques, por delegação do Procurador-Geral de Justiça, nos termos da Portaria GAB/PGJ
nº 50542020, com fulcro na Resolução nº 181, de 07 de agosto de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público e no Ato
Regulamentar Conjunto nº 05/2014-GPGJ/CGMP e no art. 7º da Resolução CNMP nº 174/2017,
RESOLVE
Converter, tendo em vista a necessidade de continuidade das investigações, com espeque no art. 7º, da Resolução CNMP nº 174/2017
e no art. 3º, da Resolução CNMP nº 181/2017, combinado com o art. 4º, §4º, do Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014 –
GPGJ/CGMP, a Notícia de Fato nº 037105-500/2019 em Procedimento Investigatório Criminal – PIC, para apurar possível prática
de crimes previstos no Decreto-Lei nº 201/67 e na Lei nº 8.666/1993, consistentes em irregularidades detectadas em vários
procedimentos licitatórios do Município de Barra do Corda, atinentes ao Programa Municipal de Limpeza e Conservação de Vias
Urbanas, compreendidos entre os anos de 2013 a 2017, de responsabilidade do Chefe do Executivo daquele Município, Wellryk
Oliveira Costa da Silva.
Em consequência disso, adotem-se as seguintes providências:
I. REGISTRE-SE em livro próprio e no SIMP;
II. AUTUE-SE a presente Portaria, encartando-a na face do procedimento remetendo cópia para publicação no Diário Eletrônico do
Ministério Público, à Coordenação de Documentação e Biblioteca desta Procuradoria Geral de Justiça;
III. OBEDEÇA-SE, para a conclusão deste procedimento investigatório criminal, o prazo de 90 (noventa) dias, consoante
estabelecido no art. 13 da Resolução CNMP nº 181/2017, fazendo-me concluso após o cumprimento das diligências e antes do termo
final do prazo fixado; e
IV. JUNTE-SE aos presentes autos, a Portaria nº 5054-GAB/PGJ, de 30/06/2020.
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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Cumpra-se.
São Luís/MA, 27 de julho de 2020.
* Assinado eletronicamente
EDNARG FERNANDES MARQUES
Promotor de Justiça/ Assessor do Procurador - Geral de Justiça
Matrícula 776500
Documento assinado. Ilha de São Luís, 27/07/2020 10:40 (EDNARG FERNANDES MARQUES)
* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade
informando os seguintes dados: Sigla do Documento PORTARIA-AEI,
Número do Documento 382020 e Código de Validação EFFA5449F2.
Comissão Permanente de Licitação
AVISO DE LICITAÇÃO
PREGÃO ELETRÔNICO Nº 30/2020
A Procuradoria-Geral de Justiça comunica que realizará licitação, para registro de preços, na modalidade PREGÃO, na forma
eletrônica, do tipo MENOR PREÇO, regida pelas Leis Federais nº. 10.520/2002 e nº 8.666/1993, Decreto Federal nº 10.024/2019,
Lei Complementar nº. 123/2006, Ato Regulamentar nº 01/2020 deste Órgão Ministerial e, de outras normas aplicáveis ao objeto deste
certame, objetivando o registro de preços para eventual contratação de serviços de manutenção preventiva e serviços de pequenas
adequações prediais (serviços de adaptação de leiautes internos para garantia da acessibilidade, conforto e funcionalidade dos
ambientes, ou seja, pequenos serviços que demandam pouca ou nenhuma complexidade e não necessitam de projeto específico para
execução) com fornecimento de materiais e mão de obra dos seguintes prédios da Capital: da Procuradoria Geral de Justiça, das
Promotorias de Justiça da Capital, Centro Cultural e Administrativo, CAOP´S, do Memorial do Ministério Público, da Escola
Superior do Ministério Público, da 2º Promotoria de Justiça da Infância e Juventude (Centro Integrado), da Promotoria Especializada
em Crimes Contra a Criança e do Adolescente – PJECCA, Promotorias de São José de Ribamar, Promotorias de Paço do Lumiar e
Promotoria de Justiça da Raposa . A abertura da sessão pública está marcada para o dia 11 de agosto de 2020, às 10h (dez horas),
horário de Brasília-DF. Obtenção do Edital e recebimento das Propostas no endereço eletrônico
www.comprasgovernamentais.gov.br. (UASG: 925129). O edital e seus anexos poderão ser consultados no prédio sede da
Procuradoria Geral de Justiça, situada à Avenida Prof. Carlos Cunha, nº 3261, Calhau, São Luís, Maranhão. Informações: site:
www.mpma.mp.br e nos telefones: (98) 3219-1645, 3219-1766 das 8h às 13h.
São Luís, 27 de julho de 2020.
JOSÉ LINDSTRON PACHECO
Pregoeiro Oficial
CPL/PGJ-MA
Promotorias de Justiça da Comarca da Capital
37ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA ESPECIALIZADA
DECISÃO-37ªPJESLZIJ - 92020
Código de validação: A92253A892
NF (Proc. nº 013620-500/2020 )
Cuida-se de reclamação, encaminhada via DISQUE 100, sob anonimato, em face das pessoas referidas na Denúncia 1122478, que
colocariam em situação de risco grupo de irmãs pela mãe, que as deixaria sozinhas nas noites de finais de semana.
Foi expedida recomendação ao Conselho Tutelar, com base no princípio da intervenção mínima, para que aplicasse, se fosse o caso,
as medidas protetivas cabíveis. Em resposta, o órgão municipal disse que não constatou a situação de risco.
Relatado.
Reassumi em 07.07.2020 minhas funções como órgão de execução perante esta 37ª Promotoria de Justiça Especializada, após quatro
anos afastado para exercício de funções administrativas na PGJ/MA.
O prazo deste procedimento já foi extrapolado, durante meu afastamento. Como, segundo o Conselho Tutelar, a situação de risco não
se caracterizou, impõe-se o ARQUIVAMENTO destes autos, sendo desnecessária a comunicação ao Disque 100, pelo caráter
anônimo da denúncia 1 122478.
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]
Publique-se no Diário Eletrônico do MPMA. Data da assinatura eletrônica.
* Assinado eletronicamente
MARCIO THADEU SILVA MARQUES
Promotora de Justiça
Matrícula 656306
Documento assinado. Ilha de São Luís, 22/07/2020 11:00 (MARCIO THADEU SILVA MARQUES)
* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade
informando os seguintes dados: Sigla do Documento DECISÃO-37ªPJESLZIJ,
Número do Documento 92020 e Código de Validação A92253A892.
PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE, URBANISMO E PATRIMÔNIO CULTURAL
PORTARIA
O Promotor de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente, Urbanismo e Patrimônio Cultural de São Luís, usando das atribuições que lhe
confere o art. 129, II e III da Constituição da República e o art. 26, I da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei Federal
n.º8.625/93), e nos termos da Resolução nº023/2007 do Conselho Nacional do Ministério Público, considerando representação
formulada na Notícia de Fato 000414-509/2020 referente ao lançamento de esgotos fora da rede pública com anuência do Município
e da CAEMA e a ausência de respostas aos expedientes enviados a CAEMA e a SEMMAM o que inviabiliza a conclusão sobre
situação de fato, instaura procedimento preparatório visando verificar se ainda persiste o lançamento de esgotos fora da rede pública
de esgotamento sanitário e a postura do Município e da CAEMA.
Resolve, assim, promover diligências investigatórias visando a apuração mais precisa dos fatos para posterior propositura de ação
civil, ajustamento de conduta ou arquivamento na forma da lei.
Para auxiliá-lo na investigação, nomeia secretária a funcionária Amanda Jullyen de Albuquerque Cavalcanti Bohn, que deverá tomar
as providências de praxe. Registre-se em livro próprio e proceda-se em conformidade ao que preconiza o citado ato regulamentar.
São Luís, 23 de julho de 2020,
LUÍS FERNANDO CABRAL BARRETO JÚNIOR,
Promotor de Justiça.
Promotorias de Justiça das Comarcas do Interior
ARARI
SIMP Nº 000139-049/2020
RECOMENDAÇÃO
Recomenda ao Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Arari que, abstenha de realizar reuniões presenciais, e adote as medidas
necessárias para a realização das reuniões de forma remota, implementando as ferramentas/recursos tecnológicos de videoconferência
existentes (Ex.: via whatsap; google meet; hangout; skype; zoom, etc), promovendo o auxílio e acompanhamento técnico junto aos
Conselheiros, de modo a viabilizar, de maneira ininterrupta, os trabalhos do colegiado, bem como de que observe a publicidade e
controle social do conteúdo das decisões, em cumprimento ao art. 37, caput, da Constituição Federal, tendo em vista que o atual
contexto recomenda a suspensão de todas as atividades que gerem aglomeração de pessoas;
O Ministério Público do Estado do Maranhão, pela Promotora de Justiça signatária, no uso de suas atribuições legais e constitucionais;
CONSIDERANDO que ao Ministério Público incumbe a defesa da ordem jurídica, dos interesses sociais e individuais indisponíveis,
bem como a proteção do patrimônio público, social e de outros interesses difusos e coletivos, nos termos do Artigo 127 c/c Artigo
129, III, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) caracterizou como pandemia a
COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus;
CONSIDERANDO a Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de
saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;
CONSIDERANDO que os Conselhos de Saúde são importantes órgãos colegiados que exercem o controle social da execução da
política de saúde, aos quais cabem, entre outros, fiscalizar o gasto de recursos da saúde; acompanhar o desenvolvimento das ações e
dos serviços de saúde; e apreciar o Relatório Anual de Gestão (RAG), conforme Resolução nº 453, do Conselho Nacional de Saúde
(CNS), atribuições que, no atual cenário de emergência de saúde pública de importância internacional, são imprescindíveis;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]
CONSIDERANDO as informações contidas no Ofício nr: 010-2020 CMS-ARARI, o qual informou a realização da primeira sessão,
por videoconferência, no dia 15 de maio de 2020, tendo como pauta o Plano Municipal de Contingência de Enfrentamento ao
COVID19, bem como que houve deliberação dos conselheiros pela “realização de sessões por meio de videoconferência e-ou
presencial a depender da relevância e urgência de assuntos para deliberação”;
CONSIDERANDO que o atual contexto recomenda a suspensão de todas as atividades que gerem aglomeração de pessoas, o que se
evidencia, quanto ao Município de Arari-MA, pelo alto índice do risco de transmissão (RT), referente ao covid19 devido à pandemia
do covid-19, embora haja possibilidade de realização de reuniões remotamente (Ex.: via whatsap; google meet; hangout; skype; zoom,
etc);
CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV,
Capítulo IV, da Lei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeirode2012;
RECOMENDA:
1- Ao Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Arari que, abstenha de realizar reuniões presenciais, e adote as medidas
necessárias para a realização das reuniões de forma remota, implementando as ferramentas/recursos tecnológicos de videoconferência
existentes (Ex.: via whatsap; google meet; hangout; skype; zoom, etc), promovendo o auxílio e acompanhamento técnico junto aos
Conselheiros, de modo a viabilizar, de maneira ininterrupta, os trabalhos do colegiado, bem como que observe a publicidade e
controle social do conteúdo das decisões, em cumprimento ao art. 37, caput, da Constituição Federal, tendo em vista que o atual
contexto recomenda a suspensão de todas as atividades que gerem aglomeração de pessoas;
2- Que seja encaminhado a este Órgão Ministerial o cronograma de reuniões e pautas das reuniões já realizadas;
3- Que Seja esta Promotoria de Justiça informada acerca do acatamento a presente recomendação, no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas, mediante o encaminhamento dos documentos pertinentes, através do e-mail [email protected].
DETERMINO; a remessa de cópias da presente Recomendação:
a. Ao Conselho Superior do Ministério Público e à Corregedoria Geral do Ministério Público, para conhecimento e para que promova
a necessária publicidade no Diário Oficial do Estado
d. Ao Diário Eletrônico do MPMA, visando sua publicação
Fica, ainda, determinada a publicação do presente no mural da Promotoria de Justiça da Comarca de Arari/MA, através dos servidores
que não se encontram em trabalho remoto.
Ressalte-se que a presente recomendação dá ciência e constitui em mora o(s) destinatário(s) quanto às providências recomendadas e
poderá implicar na adoção de medidas em âmbito administrativo e-ou judicial cabíveis.
Anote-se no SIMP.
Publique-se e cumpra-se remotamente. Expedientes necessários.
Arari/MA, 22 de julho de 2020.
* Assinado eletronicamente
PATRICIA FERNANDES GOMES COSTA FERREIRA
Promotora de Justiça Matrícula 1070569
Documento assinado. Arari, 22/07/2020 20:20 (PATRICIA FERNANDES GOMES COSTA FERREIRA)
* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade informando os seguintes dados: Sigla
do Documento REC-PJARI,
Número do Documento 172020 e Código de Validação 7282CDA6B2.
BACABAL
PORTARIA-2ªPJEBAC - 212020
Código de validação: 4C0A4CBD7D
PORTARIA
SIMP 002005-257/2020
O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por sua Representante Legal infra-firmada, titular da 2ª Promotoria de Justiça
Especializada da Comarca de Bacabal no uso das atribuições que lhe confere o art. 129, inc. II e VI, da Constituição da República e
art. 26, inc. I, da Lei Federal nº 8.625/93, sem prejuízo das demais disposições legais pertinentes, em especial os arts. 3º, inc. V e 5º,
inc. II, ambos do Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014,
CONSIDERANDO que a Lei n. 8.080/90, em seu art. 18, preconiza que à Direção Municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete
planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde; e gerir e executar os serviços públicos de saúde;
CONSIDERANDO que a política de imunização visa contribuir para o controle, a eliminação e/ou erradicação de doenças
imunopreviníveis;
CONSIDERANDO que o Programa de Imunização está previsto no rol da Resolução CIB/MA nº 43/2011, que dispõe sobre o Perfil
Mínimo de ações e serviços de saúde que devem ser ofertados por TODOS os municípios, devendo suas ações serem desenvolvidas
no âmbito da Atenção Básica, sob responsabilidade da gestão municipal;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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CONSIDERANDO a Portaria MS/GM nº 1378/2013, a qual define que ao Ministério da Saúde (MS) cabe o provimento
dos imunobiológicos definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (artigo 6º, inciso XIX, alínea a), ao passo em que compete
aos Estados o armazenamento e o abastecimento aos municípios (artigo 9º, inciso XVII);
CONSIDERANDO que cabe aos municípios, enquanto executores da política de saúde em seu território, armazenar e transportar
esses insumos para os seus locais de uso (artigo 11, inciso XIV), assim como efetivar a vacinação da população, conforme público-
alvo de cada imunobiológico, e prestar contas das doses aplicadas nos sistemas de informação da saúde (SI-PNI, que atualmente está
migrando para o e SUS-AB);
CONSIDERANDO as baixas coberturas vacinais apresentadas pelos municípios da Comarca de Bacabal em 2020, conforme
documentação procedente do Departamento de Controle de Doenças Imunopreviníveis da Secretaria de Estado da Saúde do
Maranhão (SES/MA), anexo ao Ofício Circular nº 35/2020 – CAOp/Saúde;
CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV,
Capítulo IV, da Lei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012, RESOLVE:
Instaurar o presente Procedimento Administrativo, tendo por objeto “fiscalizar o cumprimento das metas pelos municípios da
Comarca de Bacabal, preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS), no âmbito da política de imunização, e quais são as
estratégias/providências, adotadas pela gestão municipal, para alcançá-las”.
Promova-se sua distribuição ao técnico ministerial para atuar como secretário, conforme norma interna, o qual deverá adotar
providências para publicação da presente portaria.
Como diligência inicial, requisite-se aos Secretários Municipais de Saúde (SEMUS) da Comarca de Bacabal para que, em 5 (cinco)
dias, apresentem justificativas para a baixa cobertura vacinal ostentada pelos municípios, assim como para que encaminhem o Plano
de Ação, contendo as estratégias que serão adotadas para contornar o problema, para fins de atingimento das metas preconizadas pelo
Ministério da Saúde, anexando as tabelas sobre as “Coberturas Vacinais de Rotina 2015 a 2019”, bem como "Coberturas Vacinais de
2020".
Especificamente quanto à Campanha Nacional contra o Sarampo, expeça-se requisição aos Secretários Municipais de Saúde (SEMUS)
da Comarca de Bacabal, em 5 (cinco) dias, para que informem sobre quantas doses foram aplicadas; quantas há em estoque e quais
estratégias vem sendo adotadas pela gestão para atingir o público alvo de 20 a 49 anos, anexando a tabela de população estimada a
vacinar do município que é alvo da campanha e a tabela de doses aplicadas em 2020.
* Assinado eletronicamente
SANDRA SOARES DE PONTES
Promotora de Justiça Matrícula 1060136
Documento assinado. Bacabal, 24/07/2020 09:38 (SANDRA SOARES DE PONTES)
* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade informando os seguintes dados: Sigla
do Documento PORTARIA-2ªPJEBAC,
Número do Documento 212020 e Código de Validação 4C0A4CBD7D.
PORTARIA-2ªPJEBAC - 222020
Código de validação: 1E5CA8F985
PORTARIA
Ref: SIMP 001111-509.2020
O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por sua Representante Legal infrafirmada, no uso das atribuições que lhe confere o art.
129, inc. II e VI, da Constituição da República e art. 26, inc. I, da Lei Federal nº 8.625/93, sem prejuízo das demais disposições legais
pertinentes, em especial os arts. 3º, inc. V e 5º, inc. II, ambos do Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014,
CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, conforme art. 127, da
Constituição Federal;
CONSIDERANDO que, como defensor da ordem jurídica e dos interesses sociais, cabe ao Ministério Público zelar pela defesa do
patrimônio público e social, nos termos do artigo 129, inciso II, da Constituição Federal e tendo em vista que, dentro desta relevante
atribuição ministerial, há de se exigir que a publicidade no âmbito da Administração Pública respeite os princípios expostos no artigo
37, caput, da Constituição Federal, sob pena de violação ao interesse público e ao princípio da publicidade;
CONSIDERANDO que chegou ao conhecimento deste órgão, por meio da vídeo promocional postado na rede social instagram (perfil
@prefeituradebacabal)[1] que a ambulância entregue no povoado de Brejinho, no município de Bacabal, está sendo utilizada para
promoção pessoal de agente público por meio de fixação de adesivo na parte lateral do automóvel;
CONSIDERANDO que, na mesma rede social, no perfil @edvanbrandãooficial[2], o Prefeito de Bacabal publicou postagens do ato
de entrega das ambulâncias nos povoados Brejinho, Seco das Mulatas e Boa Vista, sendo evidente a finalidade de autopromoção dos
atos;
CONSIDERANDO, ainda, que foi protocolada demanda junto à Ouvidoria do Ministério Público do Maranhão denunciando que o
Prefeito de Bacabal estaria realizando postagens na rede social Instagram (@edvanbrandaooficial) com claras intenções de
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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autopromoção, como a entrega de cestas básicas na comunidade de Sapucaíba II, ações de desinfecção de espaços públicos e ações
assistenciais no povoado Campo Redondo;
CONSIDERANDO que nos termos do artigo 37, caput, da Constituição Federal, a Administração Pública direta e indireta de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência, dentre outros expressos ou implícitos decorrentes de todo o ordenamento jurídico pátrio;
CONSIDERANDO o ensinamento de Hely Lopes Meireles, “o princípio da impessoalidade referido na Constituição de 1988 (art.
37, caput) nada mais é do que o clássico princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador público que só pratique o ato para o
seu fim legal. E o fim legal é unicamente aquele que a norma de direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de
forma impessoal. Esse princípio também deve ser entendido para excluir a promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos
sobre suas realizações administrativas (CF, art. 37,
§ 1º);
CONSIDERANDO que, com fulcro no art. 37, § 1º, da Constituição Federal, “a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”;
CONSIDERANDO que a Lei de Improbidade Administrativa, em seu artigo 11, caput, prevê que o desrespeito aos princípios
constitucionais, dentre os quais o princípio da impessoalidade, constitui ato de improbidade administrativa, bem assim a prática de
ato visando fim proibido em lei ou regulamento (art. 11, inciso I, da Lei nº 8.429/92);
CONSIDERANDO que a violação do padrão ético de conduta é inquestionável quando se cuida de promoção pessoal de agentes
públicos por intermédio de publicidade atrelada aos órgãos públicos;
CONSIDERANDO que segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o ato de fazer promoção pessoal às custas do erário
configura ato de improbidade administrativa que causa lesão aos cofres públicos, in verbis: ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROMOÇÃO PESSOAL. PROPAGANDA
SUPOSTAMENTE INSTITUCIONAL. VINCULAÇÃO À IMAGEM DO PREFEITO. LESÃO AO ERÁRIO CARACTERIZADA.
SÚMULA 7/STJ. DOLO GENÉRICO EVIDENCIADO. SÚMULA
83/STJ. 1. Na hipótese vertente, o Tribunal de origem afirmou expressamente que, não obstante a veiculação de propaganda
institucional, na qual se buscava aparentemente informar e orientar a população municipal, o que se verifica é que houve exagerada
menção à figura do Prefeito, com a clara intenção de vincular a sua pessoa a obras e serviços prestados no Município. Assim,
considerando erário municipal foi utilizado com a finalidade de patrocinar a confecção de publicidade cujo escopo era, em verdade,
realizar indevida promoção pessoal do réu, não há como se afastar a existência de lesão aos cofres públicos. (STJ - AgInt no AREsp:
1209815 MT 2017/0299742-9, Relator: Ministro SÉRGIO KUKINA, Data de Julgamento: 05/06/2018, T1 - PRIMEIRA
TURMA, Data de Publicação: DJe 08/06/2018);
RESOLVE Converter a presente Notícia de Fato em Procedimento Administrativo, (stricto sensu), nos termos do art. 7º da Resolução
nº 174 do CNMP e Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014 – GCPGJ/CGMP), com o fito de apurar denúncia de suposta prática de
ato ímprobo pelo Prefeito de Bacabal, Edvan Brandão, DETERMINANDO;
1. Promova-se a autuação e alteração taxonômica no SIMP, adotando as providências para publicação da presente portaria;
2. Expeça-se requisição ao Prefeito de Bacabal sobre o efetivo cumprimento da Recomendação Ministerial nº 292020,
assinalando o prazo de 15 (quinze) dias para manifestação;
3. Expeça-se ofício à Ouvidoria do Ministério Público informando sobre as providências adotadas.
Cumpra-se.
* Assinado eletronicamente
SANDRA SOARES DE PONTES
Promotora de Justiça
Matrícula 1060136
Documento assinado. Bacabal, 24/07/2020 14:42 (SANDRA SOARES DE PONTES)
* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade
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Número do Documento 222020 e Código de Validação 1E5CA8F985.
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CEDRAL
PORTARIA-PJCED - 282020
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]
Código de validação: 0778BB1E22
PORTARIA Nº 28/2020
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 22/2020
SIMP Nº 000216-025/2020
O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por seu Representante Legal infra-firmado, titular da Promotoria de Justiça da Comarca
de Cururupu, respondendo por esta Promotoria de Justiça de Cedral, no uso das atribuições que lhe confere o art. 129, inc. II e VI,
da Constituição da República e art. 26, inc. I, da Lei Federal nº 8.625/93, sem prejuízo das demais disposições legais pertinentes, em
especial os arts. 3º, inc. V e 5º, inc. II, ambos do Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014,
CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) caracterizou como pandemia a COVID-19, doença causada pelo
novo coronavírus;
CONSIDERANDO a Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de
saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;
CONSIDERANDO que à direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e
os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde, como dispõe o art. 18, I da Lei 8.080/90;
CONSIDERANDO que, como explicita o art. 6.º da Lei 8.080/90, estão incluídas no campo de atuação do Sistema Único de Saúde
(SUS), as ações de vigilância epidemiológica;
CONSIDERANDO que a Atenção Básica é a principal porta de entrada às ações e serviços públicos de saúde e ordenadora da Rede;
CONSIDERANDO que, não obstante o período crítico por que passa o sistema de saúde em decorrência da pandemia do COVID-
19 em todo o país, a situação epidemiológica das arboviroses (doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da
dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre amarela) não pode ser negligenciada pelos gestores de saúde dos municípios
maranhenses, especialmente devido ao período de chuvas, que é a época de maior risco de proliferação dessas doenças;
CONSIDERANDO que a sintomatologia semelhante das arboviroses em relação às Síndromes Gripais e à Covid 19 eleva a
importância de elaboração de um Plano Municipal de Prevenção e Contingência das arboviroses 2020, bem como de Nota Técnica
pela área competente, referente a Rede Assistencial Municipal de Saúde, a fim de garantir acesso e manejo clínico adequado e em
tempo oportuno para os casos suspeitos e/ou confirmados da Arboviroses;
CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV,
Capítulo IV, da Lei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012, RESOLVE:
Instaurar o presente Procedimento Administrativo, tendo por objeto “fiscalizar quais são as estratégias/providências, adotadas pelo
Município de CEDRAL e PORTO RICO DO MARANHÃO, voltadas ao combate, controle, prevenção e manejo clínico das
arboviroses no atual contexto de pandemia de COVID 19”.
Como diligência inicial, oficie-se aos Secretários Municipais de Saúde de CEDRAL e PORTO RICO DO MARANHÃO,
REQUISITANDO, em 48 (quarenta e oito) horas, que:
1) Providenciem a Elaboração do Plano Municipal de Prevenção e Contingência das arboviroses 2020, bem como de Nota Técnica
pela área competente, referente a Rede Assistencial Municipal de Saúde, a fim de garantir acesso e manejo clínico adequado e em
tempo oportuno para os casos suspeitos e/ou confirmados da Arboviroses (vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre
amarela);
2) Após a sua elaboração, que a referida Nota Técnica seja ENCAMINHADA a todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do
Município, haja vista a sintomatologia das arboviroses ser muito semelhante às Síndromes Gripais, bem como à Covid-19, sendo
indispensável quando da investigação diagnóstica, a realização também dos exames pertinentes às arboviroses;
Para auxiliá-lo no acompanhamento, nomeará secretário ad hoc o Assistente Ministerial, ELSON PEREIRA DIAS, compromissando-
o e encarregando-a de proceder às notificações necessárias, podendo expedir certidões sobre seu teor.
Proceda a Sra. Secretária com a autuação desta Portaria e registro em livro próprio, bem como sua publicação na Imprensa Oficial.
Cedral/MA, 24 de julho de 2020.
* Assinado eletronicamente
FREDERICO BIANCHINI JOVIANO DOS SANTOS
Promotor de Justiça
Matrícula 1072729
Documento assinado. Cedral, 27/07/2020 10:38 (FREDERICO BIANCHINI JOVIANO DOS SANTOS)
* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade
informando os seguintes dados: Sigla do Documento PORTARIA-PJCED,
Número do Documento 282020 e Código de Validação 0778BB1E22.
PORTARIA-PJCED - 292020
Código de validação: 666E48056B
PORTARIA Nº 29/2020
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 23/2020
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]
SIMP Nº 000219-025/2020
O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por seu Representante Legal infra-firmado, titular da Promotoria de Justiça da Comarca
de Cururupu, respondendo por esta Promotoria de Justiça de Cedral no uso das atribuições que lhe confere o art. 129, inc. II e VI, da
Constituição da República e art. 26, inc. I, da Lei Federal nº 8.625/93, sem prejuízo das demais disposições legais pertinentes, em
especial os arts. 3º, inc. V e 5º, inc. II, ambos do Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014,
CONSIDERANDO que a Lei n. 8.080/90, em seu art. 18, preconiza que à Direção Municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete
planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde; e gerir e executar os serviços públicos de saúde;
CONSIDERANDO que a política de imunização visa contribuir para o controle, a eliminação e/ou erradicação de doenças
imunopreviníveis;
CONSIDERANDO que o Programa de Imunização está previsto no rol da Resolução CIB/MA nº 43/2011, que dispõe sobre o Perfil
Mínimo de ações e serviços de saúde que devem ser ofertados por TODOS os municípios, devendo suas ações serem desenvolvidas
no âmbito da Atenção Básica, sob responsabilidade da gestão municipal;
CONSIDERANDO a Portaria MS/GM nº 1378/2013, a qual define que ao Ministério da Saúde (MS) cabe o provimento dos
imunobiológicos definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (artigo 6º, inciso XIX, alínea a), ao passo em que compete aos
Estados o armazenamento e o abastecimento aos municípios (artigo 9º, inciso XVII);
CONSIDERANDO que cabe aos municípios, enquanto executores da política de saúde em seu território, armazenar e transportar
esses insumos para os seus locais de uso (artigo 11, inciso XIV), assim como efetivar a vacinação da população, conforme público-
alvo de cada imunobiológico, e prestar contas das doses aplicadas nos sistemas de informação da saúde (SI-PNI, que atualmente está
migrando para o e SUS-AB);
CONSIDERANDO as baixas coberturas vacinais apresentadas pelos municípios de Cedral e Porto Rico do Maranhão em 2020,
conforme documentação procedente do Departamento de Controle de Doenças Imunopreviníveis da Secretaria de Estado da Saúde
do Maranhão (SES/MA), anexo ao Ofício Circular nº 35/2020 – CAOp/Saúde;
CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV,
Capítulo IV, da Lei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012, RESOLVE:
Instaurar o presente Procedimento Administrativo, tendo por objeto “fiscalizar o cumprimento das metas pelos municípios de
CEDRAL e PORTO RICO DO MARANHÃO, preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS), no âmbito da política de imunização, e
quais são as estratégias/providências, adotadas pela gestão municipal, para alcança-las”.
Como diligência inicial, oficie-se ao Secretário Municipal de Saúde (SEMUS) dos municípios de CEDRAL e PORTO RICO DO
MARANHÃO, solicitando, em 48 (quarenta e oito) horas, que apresente justificativas para a baixa cobertura vacinal ostentada pelo
município, assim como para que encaminhe o Plano de Ação, contendo as estratégias que serão adotadas para contornar o problema,
para fins de atingimento das metas preconizadas pelo Ministério da Saúde.
Especificamente quanto à Campanha Nacional contra o Sarampo, expeça ofício à SEMUS, solicitando que informe, e 48 (quarenta
e oito) horas, quantas doses foram aplicadas; quantas há em estoque; e quais estratégias vem sendo adotadas pela gestão para atingir
o público alvo de 20 a 49 anos.
Para auxiliá-lo no acompanhamento, nomeará secretário ad hoc o Assistente Ministerial, ELSON PEREIRA DIAS, compromissando-
o e encarregando-o de proceder às notificações necessárias, podendo expedir certidões sobre seu teor.
Proceda o Sr. Secretário com a autuação desta Portaria e registro em livro próprio, bem como sua publicação na Imprensa Oficial.
Cedral/MA, 24 de julho de 2020.
* Assinado eletronicamente
FREDERICO BIANCHINI JOVIANO DOS SANTOS
Promotor de Justiça
Matrícula 1072729
Documento assinado. Cedral, 27/07/2020 10:45 (FREDERICO BIANCHINI JOVIANO DOS SANTOS)
* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade
informando os seguintes dados: Sigla do Documento PORTARIA-PJCED,
Número do Documento 292020 e Código de Validação 666E48056B.
MIRINZAL
REC-PJMIZ - 122020
Código de validação: E1B211821F
Recomendação REC-PJMIZ - 112020
Vinculada ao Procedimento Administrativo nº 002/2020-PJMIZ (SIMP: 000127-039/2020)
Recomenda ao Município de Central do Maranhão/MA que promova imediata e ampla divulgação de todas as contratações realizadas
no processo de enfrentamento da pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19).
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, através do Promotor de Justiça signatário, no uso de suas atribuições
constitucionais e legais, com fundamento nos artigos. 127, caput e 129, II, da Constituição Federal, arts. 94, caput e 98, III e V da
Constituição Estadual, art. 6º, XX da Lei Complementar nº 75/1993, art. 27, I e II da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público
(Lei Federal nº 8.625/1993), art. 27, IV da Lei Complementar do Ministério Público do Estado do Maranhão nº 13/1991 e
CONSIDERANDO que ao Ministério Público incumbe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, e que o Ministério Público tem como funções institucionais a promoção do inquérito civil e da ação civil
pública para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, em conformidade
com a Constituição Federal, artigos 127, caput, e 129, incisos II e VI, e Lei Complementar 75/93, artigo 5º;
CONSIDERANDO que dispõe o art. 129, inciso II, da Constituição Federal ser função institucional do Ministério Público “zelar
pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição,
promovendo as medidas necessárias a sua garantia”;
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a expedição de recomendações, visando a melhoria dos serviços de relevância
pública, bem como o respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das
providências cabíveis (LC 75/93, art. 6º, XX);
CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público, nos termos do art. 3.º, “b” e “c”, da Lei Complementar n.º 75/93, a
preservação do patrimônio público e a prevenção e correção de ilegalidade ou abuso de poder;
CONSIDERANDO que, a teor do art. 37, caput, da CF/88, “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência”;
CONSIDERANDO que, a teor do art. 37, caput, da CF/88, “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência”;
CONSIDERANDO que, desde 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo
Coronavírus (COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII);
CONSIDERANDO o reconhecimento de transmissão comunitária em todas as unidades da Federação (Portaria GM/MS nº 454/2020),
não sendo mais possível identificar a trajetória de infecção pelo novo Coronavírus;
CONSIDERANDO a Lei Federal n.º 13.979/2020 que prevê diversas medidas para o enfrentamento da infecção, bem como a Portaria
MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização da referida lei;
CONSIDERANDO que compete ao Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, conforme art. 51 da Constituição do Estado do
Maranhão, “julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por bens e valores públicos da administração direta e indireta,
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Estadual, e as contas daqueles que derem causa a perda,
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário do Estado”;
CONSIDERANDO que foi noticiado, em11 de julho do presente ano, no site do TCE/MA que o referido Órgão ingressou com
Representações contra quatorze municípios maranhenses, entre eles o município de Central do Maranhão, em razão do
descumprimento da determinação legal, contida na Lei n° 13.979/20, de criação de sítio específico para imediata e ampla divulgação
de todas as contratações realizadas no processo de enfrentamento da pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19).
O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, com o objetivo de garantir os direitos constitucionais e legais mencionados,
RECOMENDA ao PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CENTRAL MARANHÃO/MA:
Que em atenção a Lei 13.979/2020, crie o sítio específico e que PROMOVA, no prazo de 15 (quinze) dias, imediata e ampla
divulgação de todas as contratações realizadas no processo de enfrentamento da pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19), nos
termos estabelecidos no art. 4º, § 2º da citada Lei, sob pena de adoção de medidas judiciais necessárias, inclusive responsabilização
por ato de improbidade administrativa, nos termos do art. 11 da Lei nº 8.429/92.
Concede-se o prazo de 05 (cinco) dias para que informe a esta Promotoria de Justiça, por meio do endereço eletrônico
[email protected], se acatará ou não a recomendação.
Mirinzal/MA, 15 de julho de 2020
Igor Adriano Trinta Marques
Promotor de Justiça
* Assinado eletronicamente
IGOR ADRIANO TRINTA MARQUES
Promotor de Justiça
Matrícula 1074130
Documento assinado. Mirinzal, 16/07/2020 15:56 (IGOR ADRIANO TRINTA MARQUES)
* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade
informando os seguintes dados: Sigla do Documento REC-PJMIZ,
Número do Documento 122020 e Código de Validação E1B211821F.
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]
SANTA INÊS
PORTARIA-1ªPJSI - 262020
Código de validação: ABD0A299CB
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, por intermédio da Promotora de Justiça ao final assinada, oficiante
na 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Santa Inês/MA, no uso de suas atribuições constitucionais e legais;
CONSIDERANDO que é função institucional primordial do Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública para
a proteção do patrimônio público e social e de outros interesses difusos e coletivos;
CONSIDERANDO que o inquérito civil, de natureza unilateral e facultativa, é procedimento investigatório e será instaurado para
apurar fato que possa autorizar a tutela dos interesses ou direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, nos termos da
legislação aplicável, servindo para o exercício das atribuições inerentes às funções institucionais do Ministério Público;
CONSIDERANDO os elementos de informação constantes do protocolo nº 1284-509/2020-SIMP, oriundo da Ouvidoria Geral do
Ministério Público do Maranhão (OFC-GAB/OUV), por meio do qual foi encaminhada a esta Promotoria de Justiça, a manifestação
nº 8997.06.2020, contendo os documentos a seguir relacionados, extraídos do Processo n° 3640/2012-TCE/MA: a) Relatório de
Instrução n° 19/2012 NEAUD II; b) Relatório de Instrução nº 668/2017-UTCEX 04 – SUCEX 13, e c) Parecer nº
453/2020/GPROC3/PHAR;
CONSIDERANDO que o Processo n° 3640/2012-TCE/MA versa sobre o exame da Tomada de Contas Anual dos Gestores do Fundo
Municipal de Assistência Social do Município de Santa Inês, exercício financeiro de 2011, de responsabilidade de Raimundo Roberth
Bringel Martins, Prefeito do Município de Santa Inês, Lindalva Castelo Branco Campos, Secretária Municipal de Assistência Social
de Santa Inês, José Milton Carvalho Ferreira, Secretário Municipal de Finanças de Santa Inês, e Vilma Santos Silva, tesoureira da
Prefeitura Municipal de Santa Inês, todos no exercício considerado;
CONSIDERANDO as informações constantes do Relatório de Instrução nº 19/2012 NEAUD II, no sentido de que foram identificadas
diversas ocorrências na tomada de contas dos gestores do Fundo Municipal de Assistência Social do Município de Santa Inês;
CONSIDERANDO que após a apresentação de defesa prévia por parte dos responsáveis, foi emitido o Relatório de Instrução nº
668/2017-UTCEX 04 – SUCEX 13, por meio do qual se observa-se que algumas das ocorrências elencadas no Relatório de Instrução
nº 19/2012 NEAUD II não foram sanadas;
CONSIDERANDO a manifestação do Ministério Público de Contas no sentido de que as contas do gestor sejam julgadas irregulares,
in verbis: “Considerando as Diretrizes ratificadas pelo Pleno e subsidiadas na Resolução ATRICON n. 01, de 06 de agosto de 2014,
por medida de racionalidade administrativa, tendo em vista que remanesceram várias irregularidades, entre elas, algumas, inclusive,
caracterizadoras de prejuízo ao erário, opina-se que as contas do gestor seja julgada IRREGULARES, com imputação de débito e
multa de 10% sobre o valor total do débito a ser apurado e imputado na decisão.”, nos exatos termos do Parecer nº
453/2020/GPROC3/PHAR, de lavra do Procurador de Contas Paulo Henrique Araújo do Reis;
CONSIDERANDO as disposições contidas na Constituição Federal, em especial arts. 29 e 37, e nas Leis nº 7.347; 8.666/93 e
8.429/92;
CONSIDERANDO as disposições constantes da Resolução CNMP nº 23/2007, da Resolução nº 22/2014 do CPMP e do Ato
Regulamentar Conjunto nº 005/2014-GPGJ/CGMP, os quais estabelecem normas para registro, tramitação e nomenclatura dos
procedimentos administrativos no âmbito do Ministério Público, e
CONSIDERANDO as disposições constantes do Ato Regulamentar nº 004/2020-GPGJ e do Ato Regulamentar nº 23/2020-GPGJ, os
quais regulamentam a tramitação dos procedimentos extrajudiciais eletrônicos no âmbito do Ministério Público do Maranhão e dá
outras providências,
RESOLVE:
INSTAURAR, sob sua presidência, INQUÉRITO CIVIL em face de Raimundo Roberth Bringel Martins, ex-Prefeito do Município
de Santa Inês, José Milton Carvalho Ferreira, ex-Secretário Municipal de Finanças de Santa Inês, Lindalva Castelo Branco Campos,
ex-Secretária Municipal de Assistência Social de Santa Inês e Vilma Santos Silva, ex-tesoureira da Prefeitura Municipal de Santa
Inês, no ano de 2.011, visando a apuração das irregularidades apontadas para posterior ajuizamento de ação civil pública, celebração
de termo de ajustamento de conduta ou arquivamento na forma da lei.
Para auxiliar nas investigações nomeia, como secretário, o servidor Dionatã Silva Lima, Técnico Ministerial – Área Administrativa,
o qual poderá adotar as providências de praxe e poderá, de acordo com a necessidade do serviço, ser substituído pelos demais
servidores desta Promotoria de Justiça.
Na oportunidade, DETERMINO, como providências preliminares:
1) a notificação pessoal dos investigados, dando-lhes ciência da instauração do presente inquérito civil, oportunidade em que cópia
da Portaria de instauração, deverá ser encaminhada como parte integrante das competentes notificações, concedendo-lhes o prazo de
10 (dez) dias úteis para resposta e/ou juntada dos documentos que entender necessários ao esclarecimento dos fatos;
2) a realização de pesquisa junto ao site do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, pela Secretaria das Promotorias de Justiça
da Comarca de Santa Inês, com o fito de averiguar acerca da existência de acórdão prolatado nos autos do Processo n° 3640/2012-
TCE/MA, bem como da emissão da respectiva certidão de trânsito em julgado, e, caso positivo, seja promovida a respectiva juntada
dos documentos encontrados;
3) após o cumprimento do item 2, a expedição de ofício à Procuradoria do Município de Santa Inês, encaminhando cópia do(s)
acórdão(s) prolatado(s) nos autos do Processo nº 3640/2012-TCE/MA e da respectiva certidão de trânsito em julgado emitida, e
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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solicitando que informe a esta Promotoria de Justiça, no prazo de 10 (dez) dias úteis, a respeito do ajuizamento da(s) competente(s)
ação(ões) para cobrança dos valores devidos, se for o caso;
4) após o cumprimento do item 2, a expedição de ofício à Procuradoria-Geral do Estado do Maranhão, encaminhando cópia do(s)
acórdão(s) prolatado(s) nos autos do Processo nº 3640/2012-TCE/MA e da respectiva certidão de trânsito em julgado, possibilitando
o ajuizamento da competente ação judicial, se necessário, e
5) após o cumprimento do item 2, a expedição de ofício à Secretaria de Distribuição do Fórum da Comarca de Santa Inês solicitando,
no prazo de 10 (dez) dias úteis, informações a respeito do ajuizamento de ação civil pública por ato de improbidade administrativa
em face de Raimundo Roberth Bringel Martins, José Milton Carvalho Ferreira, Lindalva Castelo Branco Campos e Vilma Santos
Silva, que tenha por fundamento as irregularidades decorrentes da análise da Tomada de Contas Anual dos Gestores do Fundo
Municipal de Assistência Social do Município de Santa Inês, exercício financeiro de 2011 (processo nº 3640/2012-TCE/MA), e, caso
existente, seja informado a esta Promotoria de Justiça a data do ajuizamento, o nº do protocolo, as partes da ação, e, se possível for,
o encaminhando de cópia da inicial.
Autue-se e registre-se no Sistema Integrado do Ministério Público – SIMP, bem como em livro próprio, procedendo em conformidade
ao que preconiza a Resolução CNMP nº 023/2007, o Ato Regulamentar Conjunto nº 005/2014-GPGJ/CGMP e o Ato Regulamentar
nº 23/2020-GPGJ.
Encaminhe-se cópia da presente Portaria à Coordenadoria de Documentação e Biblioteca do Ministério Público do Estado do
Maranhão para fins de publicação no Diário Eletrônico do Ministério Público do Maranhão – DEMP/MA, afixando, também, cópia
no átrio das Promotorias de Justiça desta Comarca pelo prazo de 15 (quinze) dias, ex vi da previsão contida no art. 4º, inciso VI, da
Resolução CNMP nº 23/2007.
Cumpra-se.
Santa Inês/MA, 27 de julho de 2.020.
* Assinado eletronicamente
LARISSA SÓCRATES DE BASTOS
Promotora de Justiça
Matrícula 1070670
Documento assinado. Santa Inês, 27/07/2020 09:18 (LARISSA SÓCRATES DE BASTOS)
* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade
informando os seguintes dados: Sigla do Documento PORTARIA-1ªPJSI,
Número do Documento 262020 e Código de Validação ABD0A299CB.
SÃO BENTO
PORTARIA-PJSAB - 222020
Código de validação: 08DA3310AF
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, por intermédio da Promotora de Justiça LAURA AMÉLIA
BARBOSA, abaixo subscrita, titular da Promotoria de São Bento-MA, que esta subscreve, no exercício de suas atribuições legais e
constitucionais,
CONSIDERANDO que segundo dispõe o art. 129, II, da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público zelar pelo efetivo
respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as
medidas necessárias a sua garantia;
CONSIDERANDO que ao Ministério Público incumbe a defesa da ordem jurídica, dos interesses sociais e individuais indisponíveis,
bem como a proteção do patrimônio público, social e outros interesses difusos e coletivos, nos termos do art. 127 c/c art. 129, III, da
Constituição Federal;
CONSIDERANDO que, segundo prescreve o art. 201, VIII do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei 8.069/1990, compete
ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e adolescentes, promovendo
as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;
CONSIDERANDO o disposto no art. 5º do ECA, o qual pinça que “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punindo na forma da lei qualquer atentado, por ação ou
omissão, aos direitos fundamentais.”(negritou-se)
CONSIDERANDO mais o disposto nos seguintes artigos do ECA:
“Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano,
violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.”
“Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente. ”
CONSIDERANDO a necessidade de efetivação e acompanhamento de medidas preventivas e repressivas para enfrentamento à
violência sexual de crianças e adolescentes no município de São Bento,
RESOLVE
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]
Art. 1º. Instaurar, sob sua presidência, PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO STRICTO SENSU - PASS - nos termos do art.
3º, V, do Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014 – GPGJ/CGMP, e art. 8º, II e III da Resolução 174/2017 do CNMP, objetivando
acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, as medidas preventivas e repressivas para enfrentamento à violência sexual de
crianças e adolescentes no município de São Bento,
Art. 2º. Determinar, desde já, as seguintes providências:
I – Que o técnico ministerial desta Promotoria proceda ao levantamento de todos os registros de ocorrências de abuso sexual, em
face de crianças e adolescentes, registrados nesta Promotoria nos últimos dois anos. Deve fazer relação das demandas, apontando o
seguinte: quais foram encaminhadas para a Delegacia; as que os respectivos procedimentos policiais foram concluídos; quais
originaram Ação Penal; os casos arquivados e as que resultaram em condenação. As ocorrências que a Delegacia não respondera,
requisição deve ser reiterada, com o devido acompanhamento no SIMP;
II– As ocorrências pendentes de conclusão, ainda nesta Promotoria, deverão ser apensas a este Procedimento para providências e
acompanhamento;
III – Agende-se reunião, nesta Promotoria, primeiramente com o Conselho Tutelar, o CMDCA e representes dos CRAS E CRAS de
São Bento. Após, agende-se nova reunião convidando-se, também, representantes das policias civil e militar, bem como a guarda
municipal;
IV– Encaminhe-se uma cópia desta Portaria para o CAOP da Infância e Juventude do MP/MA; bem como ao Conselho Tutelar e
ao CMDCA de São Bento-MA;
V - Seja registrado esta Portaria no SIMP, devendo todos os documentos que a instruírem serem devidamente juntados nos autos
digitais;
VI – Para auxiliar nos presentes autos nomeio, além do servidor José de Jesus Farias, o assessor ANTONIO DAS GRAÇAS
BAIMA E SILVA JR, para atuar como secretários, que deverão tomar as providências de praxe;
VII) Cumpridas as determinações e recebidas as devidas respostas, voltem os autos conclusos.
Publique-se. Registre-se.
São Bento-MA, 27 de julho de 2020.
Promotora de Justiça LAURA AMÉLIA BARBOSA
Titular da Promotoria de São Bento_MA
* Assinado eletronicamente
LAURA AMÉLIA BARBOSA
Promotora de Justiça
Matrícula 1070833
Documento assinado. São Bento, 27/07/2020 19:19 (LAURA AMÉLIA BARBOSA)
* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade
informando os seguintes dados: Sigla do Documento PORTARIA-PJSAB,
Número do Documento 222020 e Código de Validação 08DA3310AF.
SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS
REC-PJSRM - 92019
Código de validação: F70E01FAD2
Aplicação dos recursos dos precatórios do FUNDEF exclusivamente na educação e sem vinculação para o pagamento de Professores
e demais profissionais do magistério. Leis Municipais que versam sobre subvinculação. Inconstitucionalidade formal e material.
A PROMOTORA DE JUSTIÇA DE SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS, com fundamento no art. 26, § 1º, inciso IV, da Lei
Complementar Estadual nº 013/1991 c/c art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal nº 8.625/93, e na Resolução CNMP nº
164/2017,
RESOLVE:
CONSIDERANDO o julgamento, pelo Superior Tribunal de Justiça, do REsp 1.101.015/BA, que definiu o modo pelo qual o Valor
Mínimo Anual do Aluno (VMAA) deve ser calculado, nos termos do art. 6º, § 1º, da Lei nº 9.424/96, significativo para a fixação do
valor das transferências devidas pela União ao FUNDEF: “(...) para fins de complementação pela União ao Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental – FUNDEF (art. 60 da ADCT), com redação dada pela EC 14/96, o Valor Mínimo Anual
do Aluno VMAA, de que trata o art. 6º, § 1º, da Lei nº 9.424/96, deve ser calculado levando em conta a média nacional” (Relatoria
do Min. Teori Zavascki, DJe de 02/06/2010);
CONSIDERANDO que, como efeito do julgamento dessa ação, bem como de diversas outras individualmente propostas pelos
Municípios e Estados brasileiros, gerou um passivo para tais entes de mais de 90 (noventa) bilhões de reais e, para os municípios
maranhenses, em cerca de 10 (dez) bilhões de reais, o que permitirá uma revolução na educação pública;
CONSIDERANDO o entendimento do Tribunal de Contas da União, firmado nos Acórdãos nº 1824/2017, 1962/2017, 1518/2018 e
2866/2018, de que:
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]
a) os recursos provenientes de dos precatórios do FUNDEF são constitucionalmente vinculados à educação e, por isso, devem ser
empregados integralmente em ações de educação;
b) qualquer uso em área outra, inclusive para pagamento de honorários advocatícios, será considerado desvio de finalidade,
acarretando consequências como instauração de Tomada de Contas Especial;
c) a fim de garantir a rastreabilidade desses recursos, estes devem ser depositados em conta específica, pois não é recomendável a
mistura desses valores com outros decorrentes do FUNDEB, pois tem regimes de aplicação diferenciados;
d) a subvinculação de 60% (sessenta por cento) dos valores recebidos por tais precatórios para remuneração dos profissionais da
educação resta prejudicada: pode resultar graves implicações futuras quando exauridos tais recursos, podendo haver afronta a
dispositivos constitucionais (irredutibilidade salarial, teto remuneratório e princípios da razoabilidade, proporcionalidade e
economicidade); e) a natureza extraordinária dos recursos advindos da complementação da União obtida via judicial afasta a
subvinculação estabelecida no art. 22 da Lei nº 11.404/2007 (Acórdão nº 1962/2017 – TCU – Plenário); f) a aplicação desses recursos
deve ser definida em cronograma de despesas que englobe mais de um exercício financeiro;
CONSIDERANDO que, nessa mesma senda, o Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da Medida Cautelar em Mandado
de Segurança 35675/DF, da Relatoria do Ministro Luís Roberto Barroso, afirma o seguinte: “Em síntese, os fundamentos elencados
para obstar a aplicação do art. 22 da Lei nº 11.494/2007, foram os seguintes: (i) a norma incide tão somente sobre ‘recursos anuais';
ii) dada a natureza eventual do recurso, após seu exaurimento, haveria o problema da irredutibilidade salarial; (iii) risco de ultrapassar
o teto remuneratório constitucional; (iv) ofensa aos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade e da economicidade; (v) ofensa
aos artigos 15, 16 e 21 da Lei de Responsabilidade Fiscal. 15. Em sede de cognição sumária, os argumentos postos acima são
relevantes e possuem ampla razoabilidade, o que faz com que não esteja presente, neste momento processual, a probabilidade de
existência do direito invocado pelo impetrante. É verdade que, no julgamento das ações civis ordinárias nºs 648, 660, 669 e 700, o
pleno desta Corte, ao confirmar a condenação da União ao pagamento da diferença do Fundef/Fundeb, manteve a vinculação da
receita à educação. Esse fato, todavia, não importa em reconhecer de forma automática que deva ser mantida a subvinculação de 60%
para pagamento de remuneração dos profissionais do magistério como requer a impetrante. 16. A probabilidade do direito invocado
é esvaziada, principalmente, por conta de dois argumentos. Em primeiro lugar, o art. 22 da Lei nº 11.494/2007 faz expressa menção
a 60% dos ‘recursos anuais', sendo razoável a interpretação que exclui de seu conteúdo recursos eventuais ou extraordinários, como
seriam os recursos objeto deste mandado de segurança. Em segundo lugar, a previsão legal expressa é de que os recursos sejam
utilizados para o pagamento da ‘remuneração dos professores no magistério', não havendo previsão para a concessão de abono ou
qualquer outro favorecimento pessoal momentâneo, e não valorização abrangente e continuada da categoria” ;
CONSIDERANDO que a Nota Técnica 5006/2016/CGFSE/DIGEF do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação)
afirma não ser plausível, à luz dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, a subvinculação dos recursos dos precatórios
à remuneração dos profissionais do magistério, sendo oportuna a transcrição do seguinte fragmento da Nota Técnica:
(…)14. O pagamento de significativa quantia remuneratória aos profissionais do magistério de uma só vez, por ocasião da liberação
de recursos dos precatórios, não se inscreve e sequer atende às políticas de valorização do magistério público da educação básica,
mas, de modo contrário, representa momentâneo e desproporcional pagamento, em valores totalmente desconectados das reais
possibilidades de garantia e permanência do nível remuneratório que representam, rompendo, dessa forma, com os princípios da
continuidade que deve nortear as políticas de valorização dos profissionais do magistério e da irredutibilidade de salário, que se
encontra esculpido no art. 7°, VI, da CF/88.” (Grifou-se)
CONSIDERANDO que os recursos adicionais oriundos dos precatórios do FUNDEF devem ser vinculados intertemporalmente a
um plano de aplicação estratégica, tentando alcançar o cumprimento tempestivo das metas ainda não vencidas do Plano Municipal
de Educação, pois a destinação de 60% (sessenta por cento) desses recursos aos profissionais do magistério que trabalharam na época
em nada impactará a qualidade da educação desses municípios, que passaram anos sem o investimento adequado em educação;
CONSIDERANDO que a finalidade do FUNDEF/FUNDEB é atingir um padrão mínimo de qualidade, em termos de equidade do
gasto por aluno, a adequada remuneração dos professores é um meio para tanto, não um fim em si mesmo, de forma que gastos com
formação continuada dos professores e melhoria da infraestrutura das escolas impactará a qualidade da carreira do magistério e, por
conseguinte, da educação, mostrando-se mais consentânea com a finalidade do FUNDEF/FUNDEB e dos Planos de Educação dos
entes federados;
CONSIDERANDO que a Nota Técnica nº 01/2019, da Rede de Controle da Gestão Pública do Estado do Maranhão, afirma que “ no
que diz respeito a destinação de, pelo menos, 60% (sessenta por cento) desses valores para pagamento de remuneração de professores,
repita-se, entende a Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão pela impossibilidade, não havendo discricionariedade do gestor
no tocante a fazer ou não este pagamento, notadamente pela natureza extraordinária dos recursos dos precatórios e pela necessidade
premente de transformação social da educação pública brasileira, necessitando dotar escolas e sistemas de ensino de uma melhor
infraestrutura e de investimentos que possam dar conta da melhoria da qualidade dos indicadores educacionais, incluindo a
possibilidade premente de investimento na capacitação continuada dos professores, o que se traduz em investimento real na
valorização dos profissionais da educação, além da necessidade de abertura de conta específica, com todos os requisitos previstos em
lei para movimentação de conta pública, e elaboração de plano de atuação estratégica, de forma ampla e participativa, com a
fortificação das entidades de controle interno local e atendendo as metas estabelecidas pelos Planos Nacional, Estadual e Municipal
de Educação”;
CONSIDERANDO que essa mesma Nota Técnica aduz: “ entende a Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão pela
inconstitucionalidade de Leis Municipais que contrariando as decisões do Tribunal de Contas da União e do Supremo Tribunal
Federal, regulam a destinação de 60% (sessenta por cento) dos recursos oriundos dos precatórios do FUNDEF para pagamento de
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]
remuneração, salário, abono ou rateio a profissionais do magistério ou a quaisquer outros servidores públicos, em razão de conterem
vícios de natureza formal, tanto pela impossibilidade dos Municípios legislarem sobre financiamento da educação, matéria de
competência exclusiva da União, como pelo vício de iniciativa, descabendo aos membros do Poder Legislativo iniciarem projetos de
lei com obrigações de natureza financeira para os Chefes do Poder Executivo”;
CONSIDERANDO notícias de atos legislativos que estão sendo emitidos em Municípios do Estado do Maranhão, por iniciativa das
próprias Câmaras de Vereadores, em flagrante inconstitucionalidade formal;
CONSIDERANDO que a doutrina e jurisprudência pátrias vem admitindo a possibilidade da prática de atos de improbidade
administrativo (Art. 11, da Lei nº 8.429/92), decorrente da ação legislativa, como no caso, quando presentes os seguintes requisitos:
a) edição de lei de efeito concreto em evidente desvio de finalidade; b) dolo do(s) agente(s) ou terceiro(s); c) nexo de causalidade
entre a ação/omissão e a respectiva lesividade que trouxe a norma editada dissociada do interesse público;
RECOMENDAR ao Prefeito de São Raimundo das Mangabeiras-MA, Sr. Rodrigo Botelho Melo Coelho, o seguinte:
1. Não remeta anteprojeto de lei para a respectiva Câmara Municipal de Vereadores referente à subvinculação de percentual para
pagamento de professores com recursos dos Precatórios referente ao FUNDEF;
2. Em caso de recebimento de lei aprovada pela Câmara Municipal de Vereadores dessa urbe que trate da subvinculação de percentual
para pagamento de professores com recursos dos Precatórios referente ao FUNDEF, exerça seu poder de veto, inclusive por
inconstitucionalidade formal e material, além de danosa à probidade administrativa;
Publique-se no Diário Eletrônico do Ministério Público e no Boletim Interno da Procuradoria-Geral de Justiça.
São Raimundo das Mangabeiras-MA, 23 de dezembro de 2019.
* Assinado eletronicamente
HORTÊNSIA FERNANDES CAVALCANTI
Promotora de Justiça
Matrícula 1072919
Documento assinado. São Raimundo das Mangabeiras, 23/12/2019 13:39 (HORTÊNSIA FERNANDESCAVALCANTI)
Promotoria de Justiça da Comarca de São Raimundo das Mangabeiras
* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade
informando os seguintes dados: Sigla do Documento REC-PJSRM,
Número do Documento 92019 e Código de Validação F70E01FAD2.
REC-PJSRM - 102019
Código de validação: 733AE8FFDE
Aplicação dos recursos dos precatórios do FUNDEF exclusivamente na educação e sem vinculação para o pagamento de Professores
e demais profissionais do magistério. Leis Municipais que versam sobre subvinculação. Responsabilidade Legislativa por ato de
Improbidade Administrativa.
A PROMOTORA DE JUSTIÇA DE SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS, com fundamento no art. 26, § 1º, inciso IV, da Lei
Complementar Estadual nº 013/1991 c/c art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal nº 8.625/93, e na Resolução CNMP nº
164/2017,
RESOLVE:
CONSIDERANDO o julgamento, pelo Superior Tribunal de Justiça, do REsp 1.101.015/BA, que definiu o modo pelo qual o Valor
Mínimo Anual do Aluno (VMAA) deve ser calculado, nos termos do art. 6º, § 1º, da Lei nº 9.424/96, significativo para a fixação do
valor das transferências devidas pela União ao FUNDEF: “(...) para fins de complementação pela União ao Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental – FUNDEF (art. 60 da ADCT), com redação dada pela EC 14/96, o Valor Mínimo Anual
do Aluno VMAA, de que trata o art. 6º, § 1º, da Lei nº 9.424/96, deve ser calculado levando em conta a média nacional” (Relatoria
do Min. Teori Zavascki, DJe de 02/06/2010);
CONSIDERANDO que, como efeito do julgamento dessa ação, bem como de diversas outras individualmente propostas pelos
Municípios e Estados brasileiros, gerou um passivo para tais entes de mais de 90 (noventa) bilhões de reais e, para os municípios
maranhenses, em cerca de 10 (dez) bilhões de reais, o que permitirá uma revolução na educação pública;
CONSIDERANDO o entendimento do Tribunal de Contas da União, firmado nos Acórdãos nº 1824/2017, 1962/2017, 1518/2018 e
2866/2018, de que:
a) os recursos provenientes de dos precatórios do FUNDEF são constitucionalmente vinculados à educação e, por isso, devem ser
empregados integralmente em ações de educação;
b) qualquer uso em área outra, inclusive para pagamento de honorários advocatícios, será considerado desvio de finalidade,
acarretando consequências como instauração de Tomada de Contas Especial;
c) a fim de garantir a rastreabilidade desses recursos, estes devem ser depositados em conta específica, pois não é recomendável a
mistura desses valores com outros decorrentes do FUNDEB, pois tem regimes de aplicação diferenciados;
d) a subvinculação de 60% (sessenta por cento) dos valores recebidos por tais precatórios para remuneração dos profissionais da
educação resta prejudicada: pode resultar graves implicações futuras quando exauridos tais recursos, podendo haver afronta a
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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dispositivos constitucionais (irredutibilidade salarial, teto remuneratório e princípios da razoabilidade, proporcionalidade e
economicidade); e) a natureza extraordinária dos recursos advindos da complementação da União obtida via judicial afasta a
subvinculação estabelecida no art. 22 da Lei nº 11.404/2007 (Acórdão nº 1962/2017 – TCU – Plenário); f) a aplicação desses recursos
deve ser definida em cronograma de despesas que englobe mais de um exercício financeiro;
CONSIDERANDO que, nessa mesma senda, o Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da Medida Cautelar em Mandado
de Segurança 35675/DF, da Relatoria do Ministro Luís Roberto Barroso, afirma o seguinte: “Em síntese, os fundamentos elencados
para obstar a aplicação do art. 22 da Lei nº 11.494/2007, foram os seguintes: (i) a norma incide tão somente sobre ‘recursos anuais';
ii) dada a natureza eventual do recurso, após seu exaurimento, haveria o problema da irredutibilidade salarial; (iii) risco de ultrapassar
o teto remuneratório constitucional; (iv) ofensa aos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade e da economicidade; (v) ofensa
aos artigos 15, 16 e 21 da Lei de Responsabilidade Fiscal. 15. Em sede de cognição sumária, os argumentos postos acima são
relevantes e possuem ampla razoabilidade, o que faz com que não esteja presente, neste momento processual, a probabilidade de
existência do direito invocado pelo impetrante. É verdade que, no julgamento das ações civis ordinárias nºs 648, 660, 669 e 700, o
pleno desta Corte, ao confirmar a condenação da União ao pagamento da diferença do Fundef/Fundeb, manteve a vinculação da
receita à educação. Esse fato, todavia, não importa em reconhecer de forma automática que deva ser mantida a subvinculação de 60%
para pagamento de remuneração dos profissionais do magistério como requer a impetrante. 16. A probabilidade do direito invocado
é esvaziada, principalmente, por conta de dois argumentos. Em primeiro lugar, o art. 22 da Lei nº 11.494/2007 faz expressa menção
a 60% dos ‘recursos anuais', sendo razoável a interpretação que exclui de seu conteúdo recursos eventuais ou extraordinários, como
seriam os recursos objeto deste mandado de segurança. Em segundo lugar, a previsão legal expressa é de que os recursos sejam
utilizados para o pagamento da ‘remuneração dos professores no magistério', não havendo previsão para a concessão de abono ou
qualquer outro favorecimento pessoal momentâneo, e não valorização abrangente e continuada da categoria” ;
CONSIDERANDO que a Nota Técnica 5006/2016/CGFSE/DIGEF do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação)
afirma não ser plausível, à luz dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, a subvinculação dos recursos dos precatórios
à remuneração dos profissionais do magistério, sendo oportuna a transcrição do seguinte fragmento da Nota Técnica:
(…)14. O pagamento de significativa quantia remuneratória aos profissionais do magistério de uma só vez, por ocasião da liberação
de recursos dos precatórios, não se inscreve e sequer atende às políticas de valorização do magistério público da educação básica,
mas, de modo contrário, representa momentâneo e desproporcional pagamento, em valores totalmente desconectados das reais
possibilidades de garantia e permanência do nível remuneratório que representam, rompendo, dessa forma, com os princípios da
continuidade que deve nortear as políticas de valorização dos profissionais do magistério e da irredutibilidade de salário, que se
encontra esculpido no art. 7°, VI, da CF/88.” (Grifou-se)
CONSIDERANDO que os recursos adicionais oriundos dos precatórios do FUNDEF devem ser vinculados intertemporalmente a
um plano de aplicação estratégica, tentando alcançar o cumprimento tempestivo das metas ainda não vencidas do Plano Municipal
de Educação, pois a destinação de 60% (sessenta por cento) desses recursos aos profissionais do magistério que trabalharam na época
em nada impactará a qualidade da educação desses municípios, que passaram anos sem o investimento adequado em educação;
CONSIDERANDO que a finalidade do FUNDEF/FUNDEB é atingir um padrão mínimo de qualidade, em termos de equidade do
gasto por aluno, a adequada remuneração dos professores é um meio para tanto, não um fim em si mesmo, de forma que gastos com
formação continuada dos professores e melhoria da infraestrutura das escolas impactará a qualidade da carreira do magistério e, por
conseguinte, da educação, mostrando-se mais consentânea com a finalidade do FUNDEF/FUNDEB e dos Planos de Educação dos
entes federados;
CONSIDERANDO que a Nota Técnica nº 01/2019, da Rede de Controle da Gestão Pública do Estado do Maranhão, afirma que “ no
que diz respeito a destinação de, pelo menos, 60% (sessenta por cento) desses valores para pagamento de remuneração de professores,
repita-se, entende a Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão pela impossibilidade, não havendo discricionariedade do gestor
no tocante a fazer ou não este pagamento, notadamente pela natureza extraordinária dos recursos dos precatórios e pela necessidade
premente de transformação social da educação pública brasileira, necessitando dotar escolas e sistemas de ensino de uma melhor
infraestrutura e de investimentos que possam dar conta da melhoria da qualidade dos indicadores educacionais, incluindo a
possibilidade premente de investimento na capacitação continuada dos professores, o que se traduz em investimento real na
valorização dos profissionais da educação, além da necessidade de abertura de conta específica, com todos os requisitos previstos em
lei para movimentação de conta pública, e elaboração de plano de atuação estratégica, de forma ampla e participativa, com a
fortificação das entidades de controle interno local e atendendo as metas estabelecidas pelos Planos Nacional, Estadual e Municipal
de Educação”;
CONSIDERANDO que essa mesma Nota Técnica aduz: “ entende a Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão pela
inconstitucionalidade de Leis Municipais que contrariando as decisões do Tribunal de Contas da União e do Supremo Tribunal
Federal, regulam a destinação de 60% (sessenta por cento) dos recursos oriundos dos precatórios do FUNDEF para pagamento de
remuneração, salário, abono ou rateio a profissionais do magistério ou a quaisquer outros servidores públicos, em razão de conterem
vícios de natureza formal, tanto pela impossibilidade dos Municípios legislarem sobre financiamento da educação, matéria de
competência exclusiva da União, como pelo vício de iniciativa, descabendo aos membros do Poder Legislativo iniciarem projetos de
lei com obrigações de natureza financeira para os Chefes do Poder Executivo”;
CONSIDERANDO notícias de atos legislativos que estão sendo emitidos em Municípios do Estado do Maranhão, por iniciativa das
próprias Câmaras de Vereadores, em flagrante inconstitucionalidade formal;
CONSIDERANDO que a doutrina e jurisprudência pátrias vem admitindo a possibilidade da prática de atos de improbidade
administrativo (Art. 11, da Lei nº 8.429/92), decorrente da ação legislativa, como no caso, quando presentes os seguintes requisitos:
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a) edição de lei de efeito concreto em evidente desvio de finalidade; b) dolo do(s) agente(s) ou terceiro(s); c) nexo de causalidade
entre a ação/omissão e a respectiva lesividade que trouxe a norma editada dissociada do interesse público;
RECOMENDAR ao Presidente da Câmara Municipal de Vereadores de São Raimundo das Mangabeiras-MA, Sr. Leonardo de Sousa
Santos, o seguinte:
Informe seus pares, vereadores e vereadoras deste município, da posição do Ministério Público do Estado do Maranhão contrária à
aprovação de lei municipal que autorize a subvinculação de percentual para pagamento de professores com recursos dos Precatórios
referente ao FUNDEF, inclusive podendo ser considerado, em tese, ato de improbidade administrativa, orientando aos edis que não
legislem sobre a matéria e que não derrubem os vetos dos prefeitos, pelos motivos anteriormente elencados.
Publique-se no Diário Eletrônico do Ministério Público e no Boletim Interno da Procuradoria-Geral de Justiça.
São Raimundo das Mangabeiras-MA, 23 de dezembro de 2019.
* Assinado eletronicamente
HORTÊNSIA FERNANDES CAVALCANTI
Promotora de Justiça
Matrícula 1072919
Documento assinado. São Raimundo das Mangabeiras, 23/12/2019 13:40 (HORTÊNSIA FERNANDES
CAVALCANTI)
* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade
informando os seguintes dados: Sigla do Documento REC-PJSRM,
Número do Documento 102019 e Código de Validação 733AE8FFDE.
REP-PJSRM - 32020
Código de validação: 1B97FA948B
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
URGENTE - MEDIDA CAUTELAR
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, através da Promotoria de Justiça de São Raimundo das Mangabeiras,
tendo como titular a Promotora de Justiça Hortênsia Fernandes Cavalcanti, in fine assinada, com os cumprimentos de praxe e estilo,
arrimada no art. 127 e ss. da Constituição Federal, vem, respeitosamente, oferecer a presente REPRESENTAÇÃO, COM PEDIDO
DE MEDIDA CAUTELAR DE SUSPENSÃO DE RATEIO DE VALORES ALUSIVOS AOS PRECATÓRIOS DO FUNDEF em
face do MUNICÍPIO DE SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS, pessoa jurídica de direito público interno, inscrito no CNPJ
com o nº 06.651.616/0001-09, com sede administrativa na Rua José do Egito, s/n, Centro, nesta cidade, representada por seu Prefeito
Sr. RODRIGO BOTELHO MELO COELHO, CPF nº 747.144.653-68, residente e domiciliado na Fazenda Retiro, zona rural, nesta
cidade, ou pelo Procurador-Geral em exercício Dr. GERSON AKIHIRO KURAMOTO, portador do CPF nº 193.378.828-33, podendo
ser localizado na sede da Procuradoria-Geral do Município na Rua Francisca das Chagas, s/n, Centro, nesta cidade, pelas razões de
fato e direito a seguir expostas:
1. DAS CONSIDERAÇÕES INICIAIS QUANTO À MATÉRIA E MÉRITO DO ANUNCIADO
Cumpre-nos informar a posição institucional do Ministério Público do Estado do Maranhão e da Rede de Controle da Gestão Pública
deste mesmo Estado quanto à matéria. O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1.101.015/BA, definiu o modo pelo
qual o Valor Mínimo Anual do Aluno (VMAA) deve ser calculado, nos termos do art. 6º, § 1º, da Lei nº 9.424/96, significativo para
a fixação do valor das transferências devidas pela União ao FUNDEF: “(...) para fins de complementação pela União ao Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental – FUNDEF (art. 60 da ADCT), com redação dada pela EC 14/96, o Valor
Mínimo Anual do Aluno VMAA, de que trata o art. 6º, § 1º, da Lei nº 9.424/96, deve ser calculado levando em conta a média nacional”
(Relatoria do Min. Teori Zavascki, DJe de 02/06/2010).
Como efeito do julgamento desta ação, bem como de diversas outras individualmente propostas pelos Municípios e Estados
brasileiros, gerou-se um passivo para tais entes de mais de 90 (noventa) bilhões de reais e, para os municípios maranhenses, em cerca
de 10 (dez) bilhões de reais, o que permitirá uma revolução na educação pública.
O entendimento do Tribunal de Contas da União, firmado nos Acórdãos nº 1824/2017, 1962/2017, 1518/2018 e 2866/2018, é de que:
a) os recursos provenientes de dos precatórios do FUNDEF são constitucionalmente vinculados à educação e, por isso, devem ser
empregados integralmente em ações de educação;
b) qualquer uso em área outra, inclusive para pagamento de honorários advocatícios, será considerado desvio de finalidade,
acarretando consequências como instauração de Tomada de Contas Especial;
c) a fim de garantir a rastreabilidade desses recursos, estes devem ser depositados em conta específica, pois não é recomendável a
mistura desses valores com outros decorrentes do FUNDEB, pois tem regimes de aplicação diferenciados;
d) a subvinculação de 60% (sessenta por cento) dos valores recebidos por tais precatórios para remuneração dos profissionais da
educação resta prejudicada: pode resultar graves implicações futuras quando exauridos tais recursos, podendo haver afronta a
dispositivos constitucionais (irredutibilidade salarial, teto remuneratório e princípios da razoabilidade, proporcionalidade e
economicidade);
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO
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e) a natureza extraordinária dos recursos advindos da complementação da União obtida via judicial afasta a subvinculação
estabelecida no art. 22 da Lei nº 11.404/2007 (Acórdão nº 1962/2017 – TCU – Plenário);
f) a aplicação desses recursos deve ser definida em cronograma de despesas que englobe mais de um exercício financeiro.
O Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da Medida Cautelar em Mandado de Segurança 35675/DF, da Relatoria do
Ministro Luís Roberto Barroso, afirma o seguinte: “Em síntese, os fundamentos elencados para obstar a aplicação do art. 22 da Lei
nº 11.494/2007, foram os seguintes: (i) a norma incide tão somente sobre ‘recursos anuais'; ii) dada a natureza eventual do recurso,
após seu exaurimento, haveria o problema da irredutibilidade salarial; (iii) risco de ultrapassar o teto remuneratório constitucional;
(iv) ofensa aos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade e da economicidade; (v) ofensa aos artigos 15, 16 e 21 da Lei de
Responsabilidade Fiscal.
O art. 22 da Lei nº 11.494/2007 faz expressa menção a 60% dos ‘recursos anuais', sendo razoável a interpretação que exclui de seu
conteúdo recursos eventuais ou extraordinários. A previsão legal expressa é de que os recursos sejam utilizados para o pagamento da
‘remuneração dos professores no magistério', não havendo previsão para a concessão de abono ou qualquer outro favorecimento
pessoal momentâneo, e não valorização abrangente e continuada da categoria”.
A Nota Técnica 5006/2016/CGFSE/DIGEF do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) afirma não ser plausível,
à luz dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, a subvinculação dos recursos dos precatórios à remuneração dos
profissionais do magistério, sendo oportuna a transcrição do seguinte fragmento da Nota Técnica:
(…)14. O pagamento de significativa quantia remuneratória aos profissionais do magistério de uma só vez, por ocasião da liberação
de recursos dos precatórios, não se inscreve e sequer atende às políticas de valorização do magistério público da educação básica,
mas, de modo contrário, representa momentâneo e desproporcional pagamento, em valores totalmente desconectados das reais
possibilidades de garantia e permanência do nível remuneratório que representam, rompendo, dessa forma, com os princípios da
continuidade que deve nortear as políticas de valorização dos profissionais do magistério e da irredutibilidade de salário, que se
encontra esculpido no art. 7°, VI, da CF/88” (Grifou-se).
Os recursos adicionais oriundos dos precatórios do FUNDEF devem ser vinculados intertemporalmente a um plano de aplicação
estratégica, tentando alcançar o cumprimento tempestivo das metas ainda não vencidas do Plano Municipal de Educação, pois a
destinação de 60% (sessenta por cento) desses recursos aos profissionais do magistério que trabalharam na época em nada impactará
a qualidade da educação desses municípios, que passaram anos sem o investimento adequado em educação.
A finalidade do FUNDEF/FUNDEB é atingir um padrão mínimo de qualidade, em termos de equidade do gasto por aluno, a adequada
remuneração dos professores é um meio para tanto, não um fim em si mesmo, de forma que gastos com formação continuada dos
professores e melhoria da infraestrutura das escolas impactará a qualidade da carreira do magistério e, por conseguinte, da educação,
mostrando-se mais consentânea com a finalidade do FUNDEF/FUNDEB e dos Planos de Educação dos entes federados.
Na mesma senda, a Nota Técnica nº 01/2019, da Rede de Controle da Gestão Pública do Estado do Maranhão, afirma que “no que
diz respeito à destinação de, pelo menos, 60% (sessenta por cento) desses valores para pagamento de remuneração de professores,
repita-se, entende a Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão pela impossibilidade, não havendo discricionariedade do gestor
no tocante a fazer ou não este pagamento, notadamente pela natureza extraordinária dos recursos dos precatórios e pela necessidade
premente de transformação social da educação pública brasileira, necessitando dotar escolas e sistemas de ensino de uma melhor
infraestrutura e de investimentos que possam dar conta da melhoria da qualidade dos indicadores educacionais, incluindo a
possibilidade premente de investimento na capacitação continuada dos professores, o que se traduz em investimento real na
valorização dos profissionais da educação, além da necessidade de abertura de conta específica, com todos os requisitos previstos em
lei para movimentação de conta pública, e elaboração de plano de atuação estratégica, de forma ampla e participativa, com a
fortificação das entidades de controle interno local e atendendo as metas estabelecidas pelos Planos Nacional, Estadual e Municipal
de Educação”.
Mais à frente, esse mesmo instrumento da RCGP-MA aduz: “entende a Rede de Controle da Gestão Pública no Maranhão pela
inconstitucionalidade de Leis Municipais que contrariando as decisões do Tribunal de Contas da União e do Supremo Tribunal
Federal, regulam a destinação de 60% (sessenta por cento) dos recursos oriundos dos precatórios do FUNDEF para pagamento de
remuneração, salário, abono ou rateio a profissionais do magistério ou a quaisquer outros servidores públicos, em razão de conterem
vícios de natureza formal, tanto pela impossibilidade dos Municípios legislarem sobre financiamento da educação, matéria de
competência exclusiva da União, como pelo vício de iniciativa, descabendo aos membros do Poder Legislativo iniciarem projetos de
lei com obrigações de natureza financeira para os Chefes do Poder Executivo”.
2. DOS FATOS ACONTECIDOS NA ATUALIDADE
Em 31/12/2019, foi instaurado na Promotoria de Justiça de São Raimundo das Mangabeiras o Procedimento Administrativo Stricto
Sensu nº 000515-014/2019 (SIMP), com a finalidade de “acompanhar a possível aprovação de Lei Municipal em São Raimundo das
Mangabeiras-MA referente à subvinculação de recursos de Precatórios do FUNDEF para pagamento de profissionais de Educação”.
Levando em consideração os argumentos iniciais expostos, expediu-se ao Gestor Municipal Rodrigo Botelho Melo Coelho a
Recomendação nº 09/2019-PJSRM, orientando acerca da aplicação dos recursos dos precatórios do FUNDEF exclusivamente na
educação e sem vinculação para o pagamento de Professores e demais profissionais do magistério, assim como de que possíveis Leis
Municipais que versem sobre subvinculação será passível de arguição de inconstitucionalidade formal e material. Com o mesmo
desiderato, foi expedida Recomendação ao Presidente da Câmara de Vereadores para que este orientasse seus pares acerca do tema
em testilha.
A Lei n. 9.424/96, ao disciplinar a organização do Fundo, determinou expressamente que seus recursos devem ser obrigatoriamente
aplicados na manutenção e no desenvolvimento do ensino fundamental público e na valorização do magistério, não conferindo, pois,
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
20
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: [email protected]
margem de discricionariedade ao gestor para utilizá-lo de modo diverso. Determina, ainda, o art. 8º, parágrafo único, da LC 101/2000
(Lei de Responsabilidade Fiscal), que “os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente
para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso”.
Neste diapasão, apesar de devidamente cientificado da Recomendação sobre tal impedimento, o Atual Prefeito Rodrigo Botelho Melo
Coelho, no dia 03/07/2020, comunicou em seu Perfil Oficial no Instagram (https://www.instagram.com/p/CCMRRXtgEtu/), que tem
utilizado como meio oficial de comunicação local, o seguinte informe:
“Com muita alegria, acabo de receber um comunicado informando que os recursos dos precatórios do FUNDEF, no valor de 18
milhões, estão disponíveis na conta judicial em nome da Prefeitura de Mangabeiras.
Agora, vamos providenciar o desbloqueio, e fazer justiça, repassando 60% para nossos professores e aplicando 40% na educação de
nosso Município Governo do Povo, trabalhando para todos.
O objetivo dos preceitos constitucionais que vinculam 60% dos recursos dos Fundos (Fundef e Fundeb) à remuneração dos
profissionais do magistério público da educação básica é, precipuamente, direcionar recursos que auxiliem na criação e
implementação dos planos de carreira e no cumprimento do piso salarial do magistério, visando garantir a esses profissionais uma
melhor formação e condições de trabalho que estimulem o ingresso e permanência na carreira.
O pagamento de significativa quantia remuneratória aos profissionais do magistério de uma só vez, por ocasião da liberação dos
recursos dos precatórios, não se inscreve e não atende às políticas de valorização do magistério público da educação básica, mas, de
modo contrário, representa momentâneo e desproporcional pagamento, em valores totalmente desconectados das reais possibilidades
de garantia e permanência do nível remuneratório que representam, rompendo, dessa forma, com os princípios da continuidade que
deve nortear as políticas de valorização dos profissionais do magistério e da irredutibilidade de salário, que se encontra esculpido no
art. 70, da CF/88.
3. DA MEDIDA CAUTELAR
É cediço a possibilidade de antecipação dos efeitos da decisão final nos processos de Tribunais de Contas para garantir maior eficácia
da decisão final e evitar prejuízos incalculáveis ao erário, devendo ser analisados os tradicionais requisitos da fumaça do bom direito
e do perigo na demora.
A fumaça do bom direito está plenamente demonstrada, na medida em que a Rede de Controle da Gestão Pública do Estado do
Maranhão, através da consolidação da Nota Técnica nº 01/2019, assinada pelo Procurador-Geral de Justiça LUIZ GONZAGA
MARTINS COELHO, Procurador-Chefe da República no Maranhão JOSÉ RAIMUNDO LEITE FILHO, Procurador-Geral de
Contas PAULO HENRIQUE ARAÚJO DOS REIS, Secretário Do Tribunal de Contas da União no Estado do Maranhão
ALEXANDRE JOSÉ CAMINHA WALRAVEN e Superintendente da Controladoria Regional da União no Maranhão LEYLANE
MARIA DA SILVA , sinalizou o entendimento de que todos os entes municipais que vierem a receber os precatórios do FUNDEF se
abstenham de utilizar tais recursos no pagamento a profissionais do magistério ou a quaisquer outros servidores públicos, a qualquer
título, seja ele remuneração, salário, abono ou rateio, até que a Corte de Contas da União decida o mérito desta e de outras questões
suscitadas, sob pena de responsabilização dos agentes públicos.
Além disso, cristalino o fato de referidas verbas revestirem-se de um caráter extraordinário, devendo o seu emprego em prol da
educação local se dar por intermédio do engajamento da sociedade em escuta ativa, oportunidade em que serão analisados quais os
setores educacionais mais sensíveis a fim de melhora do quadro de carência estrutural como um todo. O perigo da demora, por sua
vez, está consubstanciado na proximidade de acontecer o supracitado rateio, vez que, conforme noticiado pelo próprio gestor
municipal, os recursos dos precatórios do FUNDEF, no valor de 18 milhões, estão disponíveis na conta judicial em nome da Prefeitura
de São Raimundo das Mangabeiras, pendente apenas de desbloqueio, ocasião em que pretende se repassar 60% (sessenta por cento)
para os professores locais.
Presentes, portanto, a fumaça do bom direito e o perigo da demora, requisitos suficientes para a emissão da decisão cautelar vindicada.
4. DO PEDIDO
Ante o exposto, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pela Promotoria de Justiça de São Raimundo das
Mangabeiras, requer:
a) a concessão de tutela cautelar, inaudita altera pars, para que seja determinada a SUSPENSÃO de rateio dos valores alusivos ao
FUNDEF, vez que, segundo acima contemplado, é entendimento da Rede de Controle da Gestão Pública do Estado do Maranhão que
referidos recursos não estão sujeitos à subvinculação de 60% (sessenta por cento) para remuneração dos profissionais do magistério,
visto possuírem natureza extraordinária, devendo ser geridos segundo plano de aplicação estratégica a ser definido preferencialmente
com participação ampla da sociedade;
b) após, seja intimado o ora representado RODRIGO BOTELHO MELO COELHO, na qualidade de Prefeito do Município de São
Raimundo das Mangabeiras, para prestar esclarecimentos sobre as providências adotadas em decorrência da medida cautelar
especificada, caso concedida;
c) no mérito, requer-se a confirmação da cautelar, assim como o provimento integral dessa Representação, ao passo em que,
conjuntamente, se pleiteia a adoção de medidas visando a orientar a Prefeitura local e Câmara Municipal de Vereadores, mais uma
vez, acerca da Nota Técnica nº 01/2019 que vai em anexo.
São Raimundo das Mangabeiras-Ma, 10 de julho de 2020.
* Assinado eletronicamente
HORTÊNSIA FERNANDES CAVALCANTI
Promotora de Justiça
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 28/07/2020. Publicação: 29/07/2020. Edição nº 138/2020.
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Matrícula 1072919
Documento assinado. São Raimundo das Mangabeiras, 10/07/2020 13:05 (HORTÊNSIA FERNANDES CAVALCANTI)
* Conforme art. 1º, III, "a", da Lei 11.419/2006 e Medida Provisória 2.200-2/2001.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://mpma.mp.br/autenticidade
informando os seguintes dados: Sigla do Documento REP-PJSRM,
Número do Documento 32020 e Código de Validação 1B97FA948B.
SENADOR LA ROCQUE
INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO Nº 01/2018-PJSLR
ADITAMENTO À PORTARIA Nº 01/2018
SIMP nº 000314-002/2017
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, por seu Promotor de Justiça, DR. JOÃO CLAUDIO DE BARROS,
titular da Promotoria de Justiça da Comarca de Senador La Rocque, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, III,
da Constituição Federal e no art. 4º da Resolução nº 23/2007 do CNMP;
CONSIDERANDO o disposto no art. 4º da Resolução nº 23/2007 do CNMP, que versa sobre os requisitos da portaria de instauração
de inquérito civil;
CONSIDERANDO a necessidade de ajustar a portaria do presente procedimento, a fim de limitar o fato investigado, bem como fazer
constar as partes a quem são imputados os fatos;
RESOLVE:
ADITAR A PORTARIA Nº 01/2018, para:
a) constar como objeto do inquérito civil “apurar irregularidade na contratação da empresa F. T. EVENTOS LTDA. (CNPJ:
19.796.992/0001-33) quanto às inexigibilidades de licitação nº 01/2015 e nº 04/2015, fora das hipóteses legais, bem como possível
fraude no Pregão Presencial nº 013/2017, apurando-se, ainda, se a empresa contratada nos referidos procedimentos é empresa de
fachada.
Por fim, verificar se houve enriquecimento ilícito no pagamento de arquibancadas que não foram disponibilizadas no carnaval de
Buritirana 2017”;
b) constar como investigados: 1) VAGTÔNIO BRANDÃO DOS SANTOS; 2) F. T. EVENTOS LTDA (CNPJ: 19.796.992/0001-33).
Diante do presente aditamento, determino as seguintes diligências:
1. Encaminhe-se cópia da presente ao Setor de Coordenação de Documentos e Biblioteca para fins de publicação, devendo, também,
ser afixada no átrio desta Promotoria de Justiça pelo prazo de 15 (quinze) dias;
2. Proceda-se com as retificações necessárias na capa do procedimento, bem como nos registros do SIMP;
3. Notifique-se os investigados sobre a instauração do presente procedimento, para, caso queiram, apresentem defesa.
Senador La Rocque/MA, 26 de julho de 2020.
JOÃO CLAUDIO DE BARROS
Promotor de Justiça