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Gestão Financeira e Fiscal ARTIGO CIENTÍFICO Tese de Licenciatura O Sector do Vinho Como Indústrias Criativas (Cultural Heretage) Curso: Licenciatura em Gestão Financeira e Fiscal Disciplina: Estágio 2015/2016 Orientador: Professor Dr. João Paulo

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Gestão Financeira e Fiscal

ARTIGO CIENTÍFICO

Tese de Licenciatura

O Sector do Vinho Como Indústrias Criativas (Cultural Heretage)

ÍNDICE

Curso: Licenciatura em Gestão Financeira e Fiscal

Disciplina: Estágio 2015/2016

Orientador: Professor Dr. João Paulo Peixoto

Realização: Domingas Francisco Quinganga

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O Sector do Vinho Como Indústrias Criativas (Cultural Heretage)

1.Resumo....................................................................................................................4

2. Abstract ..................................................................................................................5

3.Capítulo 1-Introdução..............................................................................................6

4.Capítulo 2 - Revisão Teórica ................................................................................. 7

5.Capítulo 3 - Análise Empírica .............................................................................. 11

a)Definição do problem.............................................................................................11

b)Dados.......................................................................................................................13

c) Metodologia ...........................................................................................................14

d)Hipóteses.................................................................................................................15

e)Análise de Dados.....................................................................................................15

6. Capítulo 4 Resultados............................................................................................17

7.Capítulo 5 - Conclusões..........................................................................................24

8.Capítulo 6 - Limitações e investigação futura ..................................................... 26

9.Capítulo 7 – Implicações de Gestão Empresarial.................................................27

10. Agradecimentos ...................................................................................................28

11.Referências: bibliografia e Cibergrafia;.............................................................. 29

12.Anexos .................................................................................................................. 30

13.Apêndice 1: Resumo Executivo ...........................................................................33

14.Apêndice 2: Revisão da Literatura ......................................................................34

1. Resumo

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O Sector do Vinho Como Indústrias Criativas (Cultural Heretage)

O presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise das Indústrias Criativas dos Vinhos do Douro, bem como o seu desenvolvimento e impacto no crescimento da economia. A valorização deste conceito particular, é muito simbólico quando associado ao seu valor intangível a (criatividade). São sem sombra de dúvida três pilares das Indústrias Cristivas. Por envolver vários contextos: a económicos, culturais e social diferentes.O sector dos vinhos por si só em Portugal impulsiona uma grande atração pelas características associadas desta região demarcada, bem como a projeção da mesma termos turísticos e culturais. É um sector de grande desafio, onde cada produtor destes produtos não pode deixar de ter uma visão ampla de maneira a poder ultrapassar a competitividade, a nível concorrencial e utilizar estratégias de relacionamento com os seus potenciais clientes e os clientes já existentes na otimização da satisfação dos mesmos como uns dos principais focos.Neste âmbito, aparece o conceito de Indústrias Criativas, com intuito de fortalecer e desenvolver as regiões através da ligação entre a economia e a cultura, numa combinação única em termos económicos, culturais, sociais e acima de tudo tecnológicos. Criando uma base sólida na criatividade e propriedade intelectual, dispondo de produtos e serviços distintos, que possam permitir o reposicionamento na produção mundial, deste modo pensa-se atrair e manter os talentos e capital para o desenvolvimento de uma economia sustentável.As Indústrias Criativas acabam por ser uma alavanca estratégica de competitividade neste sector, gerando emprego e riqueza estabelecendo um meio de auxílio na conexão social e territorial. São características que transmitem uma afirmação internacional das comunidades. O Conceção de Indústrias Criativas abrande diversas atividades que têm em comum a utilização da criatividade, do conhecimento cultural a característica intelectual com vista a produção de bens e serviços com um significado social e cultural único desde as artes, músicas, o mundo artístico, artesanato, moda, publicidade, televisão música etc.O desenvolvimento e crescimento das Indústrias Criativas é um setor composto por indivíduos, microempresas e PME’S, que trabalham em cadeia combinando assim várias atividades comerciais com pré-comerciais ou então anticomerciais e que dependem, na sua maioria de redes informais dando origem à ideias criativas.

Palavras Chaves: Região Demarcada do Douro, Indústrias Criativas: Que Impacto substancial tem no crescimento económico, com a inovação tecnológica.

2.Abstract

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This study aims to analyze the Creative Industries of Douro wines, as well as its development and impact on economic growth.

A production that values singularity, the symbolic and what is intangible:creativity. These are the three pillars of the creative economy. Although this concept will be widely discussed, defini it is a process in progress, it involves cultural contexts, different economic and social.

The wine sector alone in Portugal drives a major attraction for the characteristics associated with this demarcated region, as well as the projection of the same tourist and cultural terms. It is a great challenge sector, where each producer of these products can not fail to take a broad view so as to overcome the competition, the competitive level and use strategies of relationship with your prospects and existing customers in the optimization of satisfaction the same as one of the main focuses.In this context, it appears the concept of Creative Industries, in order to strengthen and develop the regions through the link between the economy and culture, a unique combination of economic, cultural, social and above all technological terms. Creating a solid foundation on creativity and intellectual property, offering different products and services that may allow the repositioning of world production, thus thought to attract and retain talent and capital to develop a sustainable economy.Creative Industries turn out to be a strategic lever of competitiveness in this sector, generating jobs and wealth by establishing an aid in social and territorial connection. Are features that convey an international affirmation of the communities.The Creative Industries concept covers various activities that have in common the use of creativity, cultural knowledge intellectual characteristics in order to produce goods and services with a social and cultural meaning only from the arts, music, the art world, crafts, fashion, advertising, television music etc.The development and growth of the creative industry is a sector made up of individuals, microenterprises and SMEs working in chain thus combining various commercial activities with pre-commercial or else countertrade and depend mostly informal networks giving rise to creative ideas.

Key words: The Douro region, Creative Industries: What has substantial impact on economic growth in view of the sector concerned.

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3. Capitulo – 1 Introdução

Sendo um conceito amplo “Cultural Heritage” (Património Cultural), é uma expressão que traduz várias formas de desenvolvimento notório numa comunidade associado a importância que tem sito transmitido ao longo das várias gerações, não ignorando os seus hábitos, práticas, lugares, objectos, expressões e valores. Ou seja, património cultural refere-se sua essência quer imaterial ou património cultural intangível. Como parte de toda atividade cultural gera representações tangíveis de valores e estilos de vida, sendo parte integrante da cultura como um todo. O Património Cultural, integra todos esses traços visíveis e tangíveis constituindo um passado recente.

O objetivo amplo deste trabalho será fazer um estudo das Indústrias Criativas produtoras de vinho do Douro, estudar os métodos desenvolvidos para potencializar a qualidade dos vinhos desta região, autenticando a sua referência singular. Para que a preferência por estes produtos passam ser cada vez mais atractivo. Trata-se de um produto de referência desta Região Demarcada do Douro (RDD). A diversidade dos diversos vinhos do Douro tem sido uma referência de prestígio. Deste modo pretende-se que os vinhos do Douro, e a percepção das dinâmicas e processos de inovação destas Indústrias Criativas, particularmente nas PME’S, que habitualmente são factor de menos atenção, estejam envolvidos num conceito inovador de Indústrias Criativas. Onde com incorporação de produtos ou tecnologias altamente qualificadas, as sua atividades com a inovação focam-se sobretudo na eficiência da produção, aposta na diferenciação do próprio produto e no marketing.

Com este estudo pretende-se avaliar o impacto das Indústrias Criativas nesta região, bem como e o seu papel no desenvolvimento económico, cultual e socia.

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Em termos da geração de emprego potenciada pelo setor cultural e criativo, entre os anos 2000 e 2006, a Tabela 5 torna clara a tendência para o aumento do número de empregos neste setor em Portugal. Em 2000 existiam 121 600 empregos ligados à cultura e criatividade seguindo uma orientação crescente e atingindo os 127 079 empregos em 2006. Estes números revelam um crescimento acumulado de 4,6% e uma taxa de crescimento médio anual de 0,4%. No que se refere concretamente às atividades criativas estes valores são ainda mais acentuados, verificando-se entre 2000 e 2006 um crescimento acumulado de 6,1% e uma taxa média de crescimento anual de 1,0%.

Tabela 1: Contributo do Setor Cultural e Criativo para o Emprego Nacional

Fonte: Mateus (2010)

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4 - Capirtulo 2 Revisão Teórica

O objetivo deste capítulo é demonstrar estudos teóricos e práticos anteriores de artigos científicos, com o tema semelhante ao estudo em causa, que contribua de para a conclusão da análise final do artigo científico em questão.

Serão estudadas as seguintes áreas: A necessidade de criação das Indústrias Criativas, e objectivo global.

Anecessidade da criação da Indústrias Criativas

Em 2004, a UNESCO lança a iniciativa Rede de Cidades Criativas com o objetivo de criar uma rede de cidades para partilha de experiências, estimular o potencial criativo comum e desenvolver projetos comuns. Na perspetiva da UNESCO uma cidade criativa apresenta as seguintes características: cidade em que as artes são respeitadas pela sua importância estética, pela sua capacidade de facilitar o entendimento e a comunicação; cidade em que se encoraja a diversidade cultural e se apoia a expressão da criatividade em todas as suas formas; cidade na qual as pessoas podem usufruir de atividades culturais no seu quotidiano; cidade onde as artes são encaradas como uma necessidade educativa e a criatividade é reconhecida com uma competência sem valor atribuível na Era da Informação; e cidade onde as artes são avaliadas tanto pelo seu papel económico como pelo valor espiritual, intelectual e social. A Figura 1, ilustra o modelo de Mateus (2010) que faz a convergência da classe criativa e da cidade criativa. O modelo mostra como os 3 Ts (talento, tecnologia e tolerância) convergem para os 3 Cs (cultura, comunicação e cooperação) e como dependem dos recursos e das comunidades neste processo.

Na indústria assistiu-se também a uma alteração do paradigma, que teve uma influência determinante no modo de organização e estilo de vida das cidades. Atualmente a indústria nada tem a ver com os padrões industriais fordistas característicos do século XIX e início do século XX. No século XXI espera-se que as indústrias sejam geradoras de conhecimento através da criatividade e inovação combinadas com rigorosos sistemas de controlo. A definição de indústrias criativas surgiu na Austrália, em 1994, mas apenas se popularizou em 1997, quando o Department for Culture, Media and Sport (DCMS) do Reino Unido o desenvolveu. Nesta definição as indústrias criativas caracterizam-se por terem origem na criatividade, competência e talento individuais e o potencial para criarem riqueza e emprego gerando e explorando a propriedade intelectual. Os produtos resultantes das indústrias criativas têm um valor que assenta no seu conteúdo, no seu significado ou no que representam. Ou seja, é o valor expressivo do produto criativo que reflete o seu valor e não o objeto que o transporta, por exemplo, numa peça de vestuário criativa o que realmente é criativo é o estilo que esta proporciona a quem a veste e não apenas o tecido utilizado (Throsby, 2001 cit. in Fundação Serralves, 2008).

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Objectivo Global da Crição das Indústrias Criativas

Apesar da teoria da economia criativa ter sido desenvolvida a pensar nas áreas metropolitanas, há autores que argumentam que as vilas e aldeias rurais têm poder de atração da classe criativa uma vez que a criatividade é importante para todas as indústrias. Enquanto alguns membros da classe criativa trabalham em indústriascriativas como owebdesign ou música, a maioria de trabalho desenvolvido nas indústrias mais tradicionais, como a agricultura ou o fabrico, ganha valor através de soluções criativas e inovadoras para os problemas que surgem (McGranahan e Wojan, 2007).

A Figura 1- ilustra um modelo da estratégia económica para a criação de uma economia baseada em criatividade numa zona rural de Ontário no Canadá (Prince Edward County).

Cultura e criatividade são duas noções com significados e abrangências distintas mas nem sempre fáceis de identificar. Logo à partida pode afirmar-se que a noção de criatividade, com origem nas teorias de Florida, tem um caráter económico que geralmente não se verifica na noção de cultura. Ao longo do século XX houve uma consciencialização crescente de que a cultura é influenciada pelas políticas económicas e é sem dúvida fundamental para qualquer economia, gerando riqueza e emprego, tendo-se começado a usar o termo ‘indústrias culturais’. Em 2005, a UNESCO elaborou um relatório acerca do comércio internacional de bens e serviços culturais, entre 1994 e 2003, e concluiu que, em termos de volume de negócios, o comércio internacional de bens e serviços culturais passou de uma receita de cerca 33 mil milhões de euros em 1994, para cerca de 50 mil milhões de euros em 2003.

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Verificado o potencial de desenvolvimento das denominadas ‘indústrias culturais’ estas são alvo de políticas e estratégias públicas. O termo ‘indústrias criativas’ surge no final do século XX com uma abrangência maior do que as anteriores ‘indústrias culturais’ passando os limites das artes e incluindo setores económicos emergentes relacionados, por exemplo, com tecnologias ou publicidade (UNESCO, 2006a). No entanto, é importante referir que as noções de ‘indústrias culturais’ e ‘indústrias criativas’ não têm utilização exclusiva. O significado de uma não anula a outra e vice-versa. Pelo contrário, estes conceitos complementam-se e dão origem a um setor económico: o setor cultural e criativo.

Augusto Mateus (2010) esquematizou o setor cultural e criativo apresentando todos os intervenientes e qual o papel das indústrias culturais e criativas neste contexto.

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Notas Conclusivas: A Necessidade de um Olhar Cético à Criatividade como Instrumento de Desenvolvimento Regional

O sucesso de Florida com The Rise of the Creative Class levou à publicação de mais livros que se tornaram best-sellers internacionais, vários artigos científicos, numerosos editoriais, vários blogues, seminários e entrevistas, criando à sua volta uma popularidade não habitual para um investigador científico. As políticas inspiradas nas ideias de Florida e na atração da classe criativa ganharam um forte destaque tendo o autor criado uma espécie de franchising em torno da noção de criatividade como motor de desenvolvimento (Long, 2009).

Segundo o autor Long (2009) no estudo caso de Austin, também nos EUA, considerada por muitos o paradigma de cidade criativa, sustentou que a explicitação de estratégias baseadas na criatividade nas políticas urbanas levou a que a cidade perdesse alguma da sua autenticidade e gerou uma exagerada comercialização cultural, levando a que o ambiente criativo da cidade se degradasse.

Deste modo, a aplicação nos territórios de políticas baseadas na criatividade deve ser atenta às especificidades do local e tendo atenção a desafios sócio-culturais que se possam colocar. Pode ser problemático a implementação de políticas de desenvolvimento do território de caráter mimético. A tentativa de cultivar a criatividade em ambientes adversos a esta, por exemplo ambientes tradicionalmente ligados à classe trabalhadora, pode exacerbar divisões socioeconómicas. É fundamental que ações destinadas a promover o crescimento dos territórios como pólos criativos se baseiem em recursos e potencialidades verdadeiramente existentes no território.

5 – Capitulo 3 Análise Empírica Página 10

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a) Definição do problema

O objetivo deste capítulo é fazer uma apresentação do problema em análise, bem como as hipóteses de estudos, os dados e a metodologia utilizada e o modelo aplicado. Com base nos desafios do que tem sido apostada nas indústrias criativas para o desenvolvimento das regiões pelas ligações no que respeita economia e cultura, é quase obrigatório associar a esta vertente os aspetos económicos, culturais, sociais e tecnológicos. O objetivo será conceber com base na criatividade e propriedade intelectual uma gama de produtos e serviços distintos com intuito de desenvolver as regiões inerentes, permitindo o reposicionamento na cadeia de produção mundial, atraindo e retendo talento e capital que levará ao desenvolvimento económico sustentável.

As indústrias criativas por si só constituem uma gama de fatores estratégicos de competitividade geradora de emprego associado a riqueza, reforço da cidadania que acaba por ser uma alavanca de união social e territorial tornando-se um veículo de afirmação internacional.Este conceito é muito vasto e diverso que abarca um conjunto de atividades que têm um ponto em comum, a utilização de criatividade, através do conhecimento cultural e intelectual como recursos para a produção de bens e serviços com significados em termos sociais e culturais.

“O documento preparado pela EENC-European Especialista Network on Culture (Pinto C. J., 2012), a pedido da D.G. Educação e Cultura da Comissão Europeia, refere que a despesa prevista para a cultura nas políticas de Coesão, entre 2007 e 2013, ascende a mais de 6 mil milhões de Euros (1,7% do orçamento total): 3 mil milhões para proteção e preservação do património cultural; 2,2 mil milhões para desenvolvimento de infraestruturas culturais e 775 milhões para apoio a serviços culturais. Se até há bem pouco tempo economia e cultura eram duas dimensões quase inconciliáveis, atualmente “o mercado penetrou a cultura, integrando-a progressivamente em circuitos comerciais alargados de produção e distribuição, ao mesmo tempo que os conteúdos culturais moldam de forma cada vez mais relevante a produção, distribuição e consumo de bens e serviços económicos”.

O comércio internacional de bens e serviços criativos cresceu entre 2000-2005, a uma taxa de 8,7% ao ano, o que coloca as indústrias criativas entre os sectores mais dinâmicos do comércio mundial. De acordo com as Nações Unidas, em 2005, foram exportados 424,4 mil milhões de dólares de bens e serviços criativos, o que representa 3,4% do comércio mundial. Atualmente, estima-se que as ICC contribuam com cerca de 2,6% do PIB total da União Europeia, Empregando mais de cinco milhões de pessoas espalhadas pelos 27 Estados-Membros da União Europeia (Comissão Europeia, 2010).

Em Portugal, de acordo com o diagnóstico efetuado ao setor os dados de 2006 mostram que o sector Cultural e Criativo (SCC):

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É responsável por um Valor Acrescentado Bruto de 3,7 mil milhões de euros, que corresponde a 2.8% da riqueza criada nesse ano, com particular destaque para as indústrias culturais, que são as que mais contribuem para esse valor.

FLEMING (Tom) et al, Estudo Macroeconómico – Desenvolvimento de um Cluster de Indústrias Criativas na Região do Norte, Fundação Serralves, Julho de 2008.Augusto Mateus & Associados, O Setor Cultural e Criativo em Portugal – Relatório Final, Julho de 2009.

No que respeita as indústrias criativas dos vinhos produzidos no Douro tem sido referência de reconhecimento a nível mundial, tendo vencido vários prémios, pela qualidade dos seus vinhos de mesa incluído do Porto, com destaque no topo de 100 revistas Wine Enthusiast. Com a entrada da União Europeia, em 1986, e a classificação da UNESCO o Douro passou a ter uma imagem mais visível, possibilitando a colaboração dos vinhos nos mercados num tempo célebre e associar a sua qualidade e originalidade de uma região única e assombrosa pela riqueza do seu património natural e paisagístico.Neste contexto confirma-se o que melhor se faz em Portugal num setor de secular importância para a economia portuguesa, é igualmente relevante que as autoridades com competência nas políticas protejam pelo ordenamento do território e defesa da vinha no Douro, em homenagem a uma visão estratégica que faça com que o passado, presente e o futuro estejam interligados pela essência cultural de referência.

b) Dados

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Os resultados destes dados resultou de um inquérito on-line, divulgado nas redes sociais facebook e Twinter. As respetivas respostas estiveram em torno de um universo de indivíduas com idades compreendidas entre 18 e 52 anos, residentes no Norte de Portugal, com conhecimento e hábitos de consumo de vinhos. No período com início a 25/12/15 a 15/01/16.

Foram obtidas pelo menos 27 respostas consideradas válidas.

Relativamente a caraterísticas associadas aos vinhos do Douro 11 inquiridos

mostraram estarem bem informados em relação a autenticidade dos vinhos do Douro

e relevam a sua qualidade;

No que respeita a diversidade de castas que a região do Douro beneficia dando

origem a qualidade dos vinhos de referência, 85,7% têm conhecimento desta

particularidade do Douro enquanto 12,5% dos indivíduos, não revelam possuir

conhecimento.

Quanto a qualidade em termos de densidade e autenticidade dos vinhos do Douro, a

maioria dos inquiridos responderam positivamente, o que corresponde uma totalidade

de 100%;

Num universo de 27 inquiridos 24 têm por hábito fazer o consumo dos vinhos de mesa

Douro, em ambiente sociais, restaurantes, casa ou em épocas especiais.

Quanto a temperatura a que um vinho de mesa Douro deve ser utilizado, 87,5% num

universo de 27 pessoas acha que deve ser consumido à temperatura ambiente,

enquanto 12,5% tem uma opinião contrária da maioria.

A frequência com que se consome os vinhos do de mesa Douro, as preferências são

distintas, quanto ao número de vezes que é consumido, o que se pode concluir, que

essa diversidade nas preferências estará associados a diversos fatores, sociais

familiares e outros.

Na questão relacionada com a cultural geral relativamente ao reconhecimento do

Douro pela UNESCO, 85,7% dos inquiridos tem conhecimento e afirmaram

positivamente enquanto uma pequena percentagem 8,3% não tem conhecimento,

respondeu negativamento por falta de informação.

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A questão relacionada com o preço de comercialização dos vinhos do Douro são no

quanto a relação preço-qualidade, corresponde a percentagem de 45,6% dos

inquiridos afirmam que o produto é comercializado a um preço razoável enquanto, que

37,5%, dos indivíduos dizem ser um preço justo, 16,7%;

No que toca o conhecimento da autenticidade distintiva dos vinhos do Douro a

percentagem total (100%) dos inquiridos reconhecem essa qualidade que caracteriza

os vinhos do Douro.

c) Metodologia

Este estudo foi efetuado como base no método qualitativo, pelo método da técnica de

inquérito através das questões disponibilizadas aos inqueridos on-line. Teve como

objetivo compreender até que ponto as pessoas num universo limitado têm

conhecimento das características associadas ao produto que consomem e os hábitos

de consumo.

d) Análise dos dados

A representação do sector dos vinhos do Douro é feita por incalculáveis empresas com tamanhos e características muito heterogénias, houve necessidade de definie um fragmento para o estudo, caso contrário seria impossível fazer abordagem as questões para percepção das preferências em relação aos vinhos da Região Demarcada do Douro (RDD), e retirar conclusões.

O álcool da bedidas é medido em unidades, em Portugal uma medida contém 10 gramas de álcool puro e corresponde a: 10 cl de vinho que tem 12% de volume de álcool ou os 10cl de vinho espumante a 12% vol. Ou ainda 6cl de vinho generoso a 20% vol. ou 75cl de vinho aromatizado a 15% vol.

A quantidade ácool que na generalidade um indivíduo pode consumir para não causar qualquer aumento significativo no risco de efeitos negativos para o seu bem estar e saúde e a nível social, é de preferência até três unidades para os homens e até duas unidades para asa mulheres, isto é ( valores diários). Aconselha-se que as mulheres ingiram menos álcool do que os homens porque normalmente possuem menor superfície corporal e menos peso, ou seja, uma vez que o metabolismo do seu corpo possui menos água do que os homens. Deve-se evitar a ingestão de mais de quatro medidas de álcool na mesma ocasião. Não é aconselhavém o consumo de álcool às crianças e as gestantes.

Consumir ácool pode ser benéfico para a saúde, mas quando consumido com moderação. Quando se trata de apreciar as características do vinho quando se almoça ou janta-se é uma prática na tradição mediterrânica.

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Assim sendo elaborou-se um questionário onde foi possível a verificação dos hábitos de consumo dos vinhos do Douro, tendo em conta as sua características, locais de preferência para o consumo, a frequência com que se consome dependendo da ocasião, o reconhecimento dessa região como património da humanidade, que atribuição é feita na relação preço-qualidade, bem como distinção dos vinhos do Douro.

QUESTÃO:

A questão para este projeto: Atendendo a referência dedicada aos vinhos do Douro, que características comportam tornando-o única?

Resposta à questão:

A esta questão, pretende-se ao longo deste artigo, testar as hipóteses seguintes: Tendo em conta os hábitos e a preferência associado ao momento e locais de consumo, bem como o reconhecimento das suas caraterísticas.

e) Hipóteses:

Hipótese 1: Os consumidores portugueses na faixa etária dos 31 em diante por norma consomem mais os vinhos Douro de mesa, do que os da faixa etária dos 18-30 anos:Os consumidores da região norte e centro do país consomem mais vinhos do Douro do que os da região sul.Em termo de género também verifica-se que os consumidores do sexo masculino consomem mais os vinhos Douro do que os de sexo feminino.A nível de rendimento do agregado familiar, verifica-se que os consumidores que auferem rendimentos acima do salário mínimo nacional, têm preferência em adquirir vinhos de boa qualidade.

Hipótese 2: A frequência com que se faz o consumo dos vinhos de mesa Douro, estará relacionada com as caraterísticas dos vinhos em geral e os momentos que proporcionam o uso do mesmo:Personalização social e a legalidade do excesso do consumo;

Falta de conhecimento dos diferentes tipos de vinho;Cuidado com a saúde;

Existência de bebidas substitutas.

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Hipótese 3: A informação acerca dos vinhos, estará relacionada com a

frequência do consumo:

Por referências familiares, colegas ou amigos;

Interesse pelas revistas específicas relacionadas;

Internet;

Opinião de pessoas espacializadas na área;Publicidade;

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6 - Capitulo 4 – Resultados

Atravez do estudo da caracterização da Região Demarcada do Douro, para contextualização do caso em questão, tendo em conta que esta região é representada por inúmeros empresas, de tamanhos e características muito hetorogéneas, foi necessário definir metodos de abordagem para as questões formuladas.

Num universo composto por amos os sexos, com idades compreendidas entre os 26 3 46 anos, foram elaboradas várias questões, tendo em conta o caso em estudo, para recolha de informação junto do público-alvo, obtendo opiniões diversas.

1 Questão

Que características associa aos vinhos do Douro tornando-o único?

Tabela 1 – O que faz dos vinhos do Douro único

Observação – mediante as respostas a esta questão, verificamos que as opiniões quanto as características associadoas aos vinhos do Douro, o que o torna único são deversas, de acordo apreciação individual.

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2 Questão

A região do Douro é conhecida pelo cultivo de castas tintas como o "bastardo".

Gráfico 1 – Identificação das diversas castas da região do Douro

Observação – A esta questão 87,5% dos inquiridos revelam possuir conhecimento acerca do cultivo de várias castas na região do Douro, nomeadamente o bastardo. Apenas 12,5% não têm conhecimento.

3 Questão

Umas das várias características dos vinhos do Douro é ser forte, denso, vibrante e elegante.

Gráfico 2 – Identificação das características dos vinhos do Douro

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Observação – 100% dos inquiridos num universo considerável, respondem afirmativamente à questão de umas das 4 características que os vinhos do Douro comporta.

4 Questão

Em que locais de consumo bebe vindo de mesa do Douro. (no restaurante; em casa, em bares?

Tabela 2 – Sobre os hábitos de consumo dos vinhos do Douro

Observação - Quanto a preferencia do consumo por parte dos inquiridos, verificamos que na sua maioria faz em ambientes familiares, sociais e em ocasiões especiais.

5 Questão

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O vinho do Douro é um vinho que deve ser consumo à temperatura ambiente?

Gráfico 3 – Sobre a temperatura ideal para o consumo dos vinhos do Douro

Observação – Perante o grafiço acima verificamos que 87,5% dos inquiridos, tem preferência em consumir os vinhos de mesa do Douro à temperatura ambiente, mas 12,5% não.

6 Questão

Com que frequência consome o vinho de mesa Douro?

Gráfico4 - Frequência no hábito de consumo

Observação – Podemos concluir através deste gráfico, que 29,2% dos inquiridos

consomem o vinho de mesa Douro com regularidade, e uma pequena percentagem

faz uso diário. Os restantes têm outras preferências.

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7 Questão

Qual a região Portuguesa produtora de vinhos que mais prefere?

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Tabela 2 – Preferência nas regiões de produção

Observação – Através desta tabela verificamos que a maioria da população inquirida tem preferência em consumir os vinhos da região do Douro, só uma minoria tem preferência da produção de outras regiões.

8 Questão

A região do Douro foi considerada pela UNESCO como Património da Humanidade. Que faz de Portugal uma referência turística?

Gráfico 5 – Douro referenciado como Ptrimónio da Humanidade – pela UNESCO

Observação – No gráfico acima concluímos que quase 100% da população inquirida, respondeu afirmativamente ter conhecimento da da Região do Douro ter sido considerado património da humanidade pela UNESCO.

9 Questão

Que relação faz do preço dos vinhos do Douro em relação a sua qualidade?

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Gráfico 6 – Avaliação preço-qualidade

Observação – 45,8% dos inquiridos são de opinião que os preços dos vinhos do Douro no merco é justo, face a sua qualidade, enquanto que 37,5% é de opinião que são preços razoáveis e apenas 16,7% acho bom, e outros não têm opinião.

10 Questão

Na sua opinião os vinhos do Douro têm uma autenticidade distintiva?

Gráfico 7 – Oservação das características dos vinhos do Douro

Observação – Neste gráfico a totalidade da população inquirida, é de opinião que de fato os vinhos do Douro pelas características que possuem, têm uma autencidade distintiva.

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7 - Capitulo 5 - Conclusão

O objetivo este estudo após uma apreciação no foco das indústrias criativo e impacto positivo que tem trazido para o desenvolvimento das sociedades e em termos culturais, quando associados a implementação de novas ideias com ligação tecnologias avançadas. Os Resultados recolhidos no questionári bem como o suporte da revisão de literatura, contribuíram para a evolução deste estudo

Para as hipóteses levantadas, foram obtidas as seguintes conclusões:

Hipótese 1: Os consumidores portugueses na faixa etária dos 31 em diante por norma consomem mais os vinhos Douro de mesa, do que os da faixa etária dos 18-30 anos:

Os consumidores da região norte e centro do país consomem mais vinhos do Douro do que os da região sul.Em termo de género também verifica-se que os consumidores do sexo masculino consomem mais os vinhos Douro do que os de sexo feminino.A nível de rendimento do agregado familiar, verifica-se que os consumidores que auferem rendimentos acima do salário mínimo nacional, têm preferência em adquirir vinhos de boa qualidade.

Perante todos os dados recolhidos conclui-se que na globalidade em Portugal o consumo é feito pela preferência associada a região da produção dos vinhos. Nota uma preferência mais acentuada em relação aos vinhos de mesa maduro por parte dos inquiridos do sexo feminino face as outras características associadas aos vinhos do Douro.

Hipótese 2: A frequência com que se faz o consumo dos vinhos de mesa Douro, estará relacionada com as caraterísticas dos vinhos em geral:

Personalização social e a legalidade do excesso do consumo;Falta de conhecimento dos diferentes tipos de vinho;Cuidado com a saúde; Existência de bebidas substitutas.

Conclui-se que duma maneira geral os consumidores têm adaptados hábitos de consumo mediante as necessidades de momentos ocasionais. Atendendo o cuidado e a moderação com que as bebidas alcoólicas devem ser consumidas. E nota-se que cada vez mais existe um certo cuidado em informarem-se das características dos vinhos do Douro antes de consumirem, esta atenção estará relacionada com a

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preocupação em relação a saúde. Apesar de se observar em certos grupos etários que a falta do consumo dos produtos (vinhos do Douro) está associada com outras bebidas substitutos.

Hipótese 3: A informação acerca dos vinhos, estará relacionada com a

frequência do consumo:

Por referências familiares, colegas ou amigos;

Interesse pelas revistas específicas relacionadas;

Internet;

Opinião de pessoas espacializadas na área;Publicidade;

Vários factores estarão na base da frequência do consumo, podemos apontar

alguns dos factores, o social que influênciam o comportamento de compra

independentemente de adquirirem informação acerca de determinados vinhos.

Concluímos que de facto os factores sociais são grupos de referência, a

família e os papeis/status são servem como foco de análise consideradas mais

importantes para justificar o uso frequente dos vinhos do Douro.

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8 - Capitulo 6 - Limitações e Investigações Futuras

Umas das principais limitações encontradas esteve relacionada com o facto de com as barreiras que podem ser levantadas em relação à inovação como um impulso principal onde assenta toda construção dinâmica de vantagens competitivas.

É importante ter uma visão focada no conceito de Sistema Regional de Inovação, porque permitirá uma maior rentabilidade da tecnologia regional, assim como o aumento da capacidade de obsorção e produção geral. Neste sentido o valor tecnológico através das atividades de investigação e desenvolvimento, é muito importante para promover a inovação e erguer a capacidade de obsorção da tecnologia. A opção em dotar a região Norte como uma área de competitividade elevada, passa simultaneamente pela reconverção da sua estrutura económica em mercê de atividades com forte penor inovativo, acrescendo assim de utilidade/valr à produção através da crescente incorporação de conhecimento. As indústrias criativas dos vinhos do Douro tornaria a sua valorização económica como forças motrizes do crescimento económico. Com objectivo de traçar uma trajetótria económica de crescimento sustentável que seja refletida numa dinâmica própria e o potencial de catching up da região Norte. Tudo isso é possível num quadro de forte competitividade da economia regional, que tenha como base um sistema regional de inovação numa combinação entre o investimento e o desenvolvimento em conhecimento tecnológico muito racinal e selectiva.

Deve existir existir um equilíbrio entre atividades e recursos que assentem na preocupação com a bioviverdade nesta regial do Norte, só será possível através do reconhecimento atribuído em termos de valorização do património natural, composto pelo conjunto de áreas protegidas e classificadas no âmbito nacional, regional e local.

Pois são áreas de interesse para conservação da natureza e a biodiversidade, associadas as inscritas na lista do Património Mundial pela UNESCO.

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9 - Capitulo 7- Implicações na Gestão Empresarial

As Indústrias Criativas é um conceito que aparecem com objectivo de inovar, dando uma dinâmica mais cristiva aos métodos tradicionais. É utilizada como ferramenta máximo de potencial para o desenvolvimento económico.

Apostar neste ciclo de concepção inovadora é sustentar uma competitividade mais forte, mais interventiva e feliz, que passa a responder a novos desafios da economia criativa tornando assim um polo de referência em Portugal. Este projecto tem vindo atrair cada vez mais empresas e instituiçõescom um único objetivo o crescimento e desenvolvimento económico.

Vários são os pontos de vista acerca do conceito de inovação, o quadro abaixo ilustra a opinião de dois Autores acerca deste tema:

C que é importante haver mudança para que haja desenvolvimento, aproveitando todas as estratégias que impulcionam alcançar o alvo pretendido.

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10 – Agradecimentos

Em primeiro lugar agradeço a todos que directa ou indirectamente estiveram envolvidos comigo neste projecto, onde os diversos apoios prestados, contribuíram para minha estabilidade física e emocional na realização deste trabalho.

Aos meus filhos a quem sacrifiquei vezes sem conta com a minha ausência e falta de atenção nos momentos mais cruciais do seu crescimento, quando precisaram. Ao meu marido que indirectamente transmitiu-me toda confiança, necessária, apoio e acima de tudo compreensão. A Doutora Elisabeth Serra pela pessoa que é, e por todo apoio que dispensou-me sempre que foi necessário, pela sua disponibilidade seu carinho e força, a Lia Ferreira pela sua simpatia e disponibilidade.

A Institução IESF, ao Dr. João Paulo Peixoto, pela orientação e clareza que disponibilizou para consolidação da ideia ao longo de todo o projecto, à Drª Ana Lisa Moutinho pela compreensão e apoio em permitir avançar com este projecto academico todos os colegas, pelas tocas de opiniões, pelas criticas com intuito construtivo.

A todos os participantes e amigos da rede social “facebook” que disponibilizaram o seu tempo ao responderem ao inquérito para análise empírica.

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11 - Referências: Bibliografias eCibergrafia:

MARTINS, João Paulo (2000) - Tudo sobre o Vinho do Porto: os Sabores e as Histórias. Publicações Dom Quixote. ISBN:972-20-1657-1

NOVAIS, Cristina Barroco; ANTUNES, Joaquim (2009) - O contributo do Enoturismo para o desenvolvimento regional: o caso das Rotas dos Vinhos. [Consult. 18.08.2015] Disponível em WWW:

LOCKS, E. B. D. & TONINI, H., (2005) – “Enoturismo: o vinho como produto turístico”. Turismo em Análise, v.16, n.2, pp.157-173. [Consult. 14.07.2015] Disponível em WWW:

GUEDES, C. (2006) - O comportamento do visitante das Caves do Vinho do Porto: da hipérbole de Baco à exploração Venusiana. Universidade de Aveiro. Tese de Mestrado. [Consult. 14.07.2015] Disponível em WWW:

UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) WAWJWS - World Association of Writers and Journalists of Wines and Spirits

http://www.magnacasta.com/book/export/html/88

Htt://epp.eurostat.ec.europeia.eu

Hhtt://www.crea-re.eu

www.jvdp.pt Institutos dos Vinhos do Douro e Porto

 htt://planotecnologico.pt

htt://www.unctad.org

htt://www.serralves.pt

www.pordata.pt

www.wikipedia.org.pt

https:/wwww.fct.pt/esp_inteligente/docs/indústriaaCriativas_ENEI_

http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/product_details/publication

http://www.osmeustrilhos.pt/2014/01/04/mapa-do-douro/ Página 29

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http://dourovalley.eu/paisagem_vinhateira

file:///C:/Users/Usar/Desktop/Políticas%20de%20Criatividade%20para%20o%20Desenvolvimento%20Regional_%20A%

12 - Anexos

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Apendice 1: Resumo Executivo

Com a evolução deste conceito associado a criatividade diversificada, com um único propósito, o desenvolvimento sustentável, a aposta na introdução dos novos métodos de produção dos vinhos, torna-se numa mais valia em termos de qualidade e reconhecimento. E assim despertar cada vez mais curiosidades nos apreciadores dos vinhos do Douro, motivar o interesse acerca da sua composição, tempo de amadurecimento. Acima de tudo o identificação desta zona demarcada do Douro pela qualidade dos seus vinhos.

Hipótese 1: Os consumidores portugueses na faixa etária dos 31 em diante por norma consomem mais os vinhos Douro de mesa, do que os da faixa etária dos 18-30 anos:Os consumidores da região norte e centro do país consomem mais vinhos do Douro do que os da região sul.Em termo de género também verifica-se que os consumidores do sexo masculino consomem mais os vinhos Douro do que os de sexo feminino.A nível de rendimento do agregado familiar, verifica-se que os consumidores que auferem rendimentos acima do salário mínimo nacional, têm preferência em adquirir vinhos de boa qualidade.

Hipótese 2: A frequência com que se faz o consumo dos vinhos de mesa Douro, estará relacionada com as caraterísticas dos vinhos em geral:Personalização social e a legalidade do excesso do consumo;Falta de conhecimento dos diferentes tipos de vinho;Cuidado com a saúde;Existência de bebidas substitutas.

Hipótese 3: A informação acerca dos vinhos, estará relacionada com a

frequência do consumo:

Por referências familiares, colegas ou amigos;

Interesse por revistas específicas;

Internet; Opinião de pessoas espacializadas na área; Publicidade.

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Os consumidores e apreciadores dos vinhos do Douro tendem procuram toda

informação circundante acerca dos vinhos, quando identificam-se com o seu

palar na fase de degustação.

Apendice 2: Revisão de Literatura

Pensar no Termo Indústrias Criativas associa-se a umas do principal características que transmitido por este conceito relativamente à produção. Vários autores procuram desenvolver conceptualmente o fenômeno das indústrias criativas (Caves, 2000; DCM, 2005; Hartley, 2005; Howkins, 2005; Jaguaribe, 2006; Jeffcutt, 2000; Jeffcutt e Pratt, 2002; O'Connor, 2006; Blythe, 2001; Matheson, 2006; Cornford e Charles, 2006).

Sumário dos Conceitos

A revisão teórica tem mostrado que os objetivos destes conceitos são definidos pela ponderação dos significados socialmente compartilhados que suportam, bem como do valor e da utilidade gerada enquanto objeto cultural que resulta da própria atribuição em termos de valor dado pelo consumidor no ato de consumo do produto final em função das suas características físicas ou materiais (Lash e Urry, 1994; Negri e Lazzoratto, 2001).

Destaque-se que as Indústrias Criativas transformam esses significados em características intelectuais e associadas ao valor económico decorrente. A ideia foca-se no pressuposto de que as cadeias produtivas imateriais, predominam em termos de relevância económica (Negari e Lazzaratto, 2001).

LASH e URRY, 1994 referem que a era “Pós-industrial foi marcada pela preponderância do setor de serviços e da economia de significados. A segunda premissa é que o consumo de símbolos ou significados prevalece sobre o consumo de bens materiais, tais como eram produzidos e consumidos na sociedade industrial (Bolin, 2005; Blythe, 2001; Hartley, 2005; Lawrence e Phillips, 2002) Horkheimer

Hesmondhalgh (2002) e (Adorno e Horkheimer, 1985) referem que se observa uma presumível ligação entre artes, negócios e tecnologia. De certo modo, essa convergência não é inédita, tendo sido observada também pelos teóricos da Escola de Frankfurt que criaram o termo indústria cultura. Esses acadêmicos argumentavam que a falência das artes humanísticas havia sido acompanhada pela codificação dos bens culturais e a sua absorção pelo universo da racionalização capitalista e de seus meios de padronização e distribuição. Face às interpretações deste conceito pela literatura, pode-se agrupar as Indústria Criativas em três grandes blocos como a área de; produção, informação e comunicação. Nesta perspetiva, entende-se a criatividade

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como recurso-chave, que valoriza a arte e estimula o uso intensivo das novas tecnologias de informação e de comunicação. Adicionalmente, uma outra área abrangente diz respeito aos contornos específicos dos produtos gerados em diversas variedades e situações de diversificação. Por fim, uma terceira interpretação prende-se com a forma particular de consumo, associado ao caracter cultural e representa grande volatilidade na aquisição. Assim, enquanto sistema e produção é definida como a expressão do potencial humano que é manifesto através de realização de atividades que geram produtos tangíveis.

Pode, pois, ser entendida com o potencial que um individuo ou grupo detém em manipular símbolos e significados com intuito de gerar algo inovador (Hesmondhalgh, 2002). A criatividade sempre esteve presente nos empreendimentos do ser humano, variando apenas quanto à sua forma de institucionalização, (Bourdieu, 2002; Williams, 1983). Em determinadas circunstâncias foi institucionalizada como arte e como mercado.

Neste âmbito o estudo está focado nas indústrias criativas nomeadamente nas produtoras dos vinhos do Douro, com objetivo compreender os métodos utilizados para que este produto tenha características tornando-o único.

Nesta fase pretende-se fazer um levantamento aprofundado dos registos recentes em relação a todo processo que esteja relacionado com o tema em estudo: a problemática das Indústrias Criativas.

Ao fazermos abordagem sobre as indústrias criativas identificamos como da principal linha de ação para o desenvolvimento local, regional. A atual conjuntura económica, social e cultural da União Europeia tem apoiado o estímulo e dinamização das Indústrias Criativas, onde que os profissionais estejam capacitados de uma forte formação Técnica para que sirva de suporte de sustentabilidade. Numa perspetiva de desenvolvimento local e regional e do País, a criação das indústrias criativas referem-se a uma série de atividades económicas conexas à geração ou exploração do conhecimento e da informação. Todo este quadro tem contribuído para o desenvolvimento da economia, através da transformação dos recursos (matéria-prima) dando origem produtos comercializáveis. É importante haver vários tipos de indústrias para responder as necessidades em vários sectores. As indústrias têm uma responsabilidade social em várias vertentes do mercado interno e externo. O apoio no âmbito de reconhecimento e nomeação através de atribuição de prémios, tem sido um incentivo para que as indústrias desenvolvam a sua atividade firmando-se na finalidade a que estão destinadas e melhor responder as expectativas delineadas.

Aplicação: A Gestão dos Processos de Inovação no Setor dos Vinhos do Douro 4.1. A Indústria do Vinho do Douro 4.1.1. Caracterização da região.

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A Caracterização da Região Demarcada do Dour (R.D.D Breve Historial

Antes da sua primeira Demarcação em 1757, já a cultura da vinha e o fabrico do vinho na região tinha tradição desde épocas remotas cujas origens exactas se perdem na névoa dos tempos. Quando os Romanos aí chegaram já as populações castrejas consumiam vinho, pelo menos na ocasião de festividades, mas não esteja provado, embora seja plausível, que o produzissem localmente. Contudo testemunhos dos séculos III a V comprovam que nessa época, já no final da ocupação Romana, a vitivinicultura era uma realidade, representados por achados arqueológicos de cerâmica dólar, de lagaretas escavadas na rocha e de lagares e mesmo adegas de que são particular exemplo o “castellum” da Fonte de Milho, perto da Régua, e outros achados em Tralhariz, Vilarinho de Cotas, Alijó, Foscôa e na Meda (Martins Pereira, 1998). Mas é a partir do início da nacionalidade que a vinha e o vinho tomam grande importância não só na economia rural como no comércio sobretudo com o Porto e Gaia, onde o vinho chegava por via fluvial mas também pela terrestre por intermédio dos almocreves. O dinamismo dado ao sector agrícola em geral e ao vitivinícola em particular a partir da região de Lamego é dado pelos mosteiros Cistercienses, que realizaram grandes domínios a partir dos conventos de Sta. Maria de Salzedas, de S. João de Tarouca e de S. Pedro das Águias. Nessa época não se falava ainda de vinho do Porto, sendo até bem mais valorizados os vinhos brancos relativamente aos tintos. No entanto, já no fim da era Medieval (séculos XIV e XV), começam a ganhar fama e prestígio os chamados vermelhos de Lamego devido à sua “fortaleza” o que lhes permitia aguentar longas viagens sem deterioração da qualidade. No século XVI, só a Quinta de Mosteirô em Cambres, perto de Lamego, propriedade dos frades de S. João de Tarouca, produzia cerca de 750 pipas de vinho das quais uma significativa parte se destinava à “carregação” (exportação). Durante a dinastia Filipina e posterior período da Restauração entravam no Porto, vindos do Riba-Douro (designação dada às terras de Lamego, Régua, Mesão Frio, S.Marta), só considerando a via fluvial, mais de 20 000 pipas de vinho, que em boa parte se destinavam ao mercado do Brasil. Pode dizer-se contudo que as origens do actual vinho do Porto, durante largos anos designado por “vinho fino”, se encontram a partir de meados do século XVI, quando o mercado Britânico começa a interessar-se fortemente por estes vinhos. Segundo Martins Pereira (1998) os tratados celebrados na sequência do Acto de Navegação de Crowmwell (1651) ao concederem privilégios nas trocas comerciais entre Inglaterra e Portugal, em detrimento dos Franceses e Holandeses com quem na altura os primeiros travavam batalhas, deram um grande impulso às exportações de vinho do

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Riba-Douro. Este vem a ser reforçado posteriormente, em 1703 pelo Tratado de Methween, ao consagrar no plano diplomático os fluxos mercantis de tecidos e vinhos entre ambos os países. Ao longo da primeira parte do século XVIII a exportação de “Port Wine” para Inglaterra (designado no Porto por Vinho Fino ou de Feitoria) cresce exponencialmente, tornando-se um dos mais importantes valores das exportações de produtos nacionais para o estrangeiro. Em meados desse século, devido a circunstâncias variadas as exportações de vinho iniciam uma forte retracção, o que justificou, como uma das medidas para ultrapassar a crise, a criação em Setembro de 1756, por alvará Régio do Rei D. José I, pelo seu 1º Ministro Marquês de Pombal, da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro. De uma forma sintética, “os objectivos centrais da Companhia eram recuperar a reputação do produto e controlar a sua qualidade, estabelecer e controlar os preços, apoiar a cultura da vinha no Douro, de modo a equilibrar a produção e o comércio”. Entre Setembro de 1757 e Janeiro de 1758 é criada a primeira Demarcação do Douro, pela divisão de zonas produtoras de vinho fino ou de feitoria, definição de limites geográficos, elaboração de um cadastro de parcelas e respectivos vinhos e estabelecimento de mecanismos institucionais de controlo e certificação dos produtos. Esta demarcação estabelecia um mapa incluindo 105 pontos, com indicação das categorias e preços dos vinhos. Esta primeira demarcação veio contudo a ser anulada e substituída por uma outra com algumas rectificações em Outubro /Novembro de 1758 e esta por sua vez ampliada em 1761 por autorização de requerimentos para novas adições. As Demarcações Pombalinas correspondem à actual sub-região do Baixo Corgo estendido até ao vale do Pinhão, actualmente pertencente ao Cima Corgo. Para leste deste limite e até ao vale do Tua apenas era permitida a produção de vinhos de qualidade corrente designados na época nas tabernas do Porto por “vinhos de ramo”. Após o reinado de D. José, entre 1788 e 1795, são feitas novas Demarcações Subsidiárias, devido à crescente procura de bons vinhos, quer produzidos no interior da região já demarcada pela reclassificação de vinhos de ramo em vinhos de feitoria, quer freguesias já a leste do rio Tua. É sensivelmente por esta altura que o mercado Inglês começa a dar uma valorização crescente aos vinhos correspondentes à actual sub-região do Cima Corgo. Na sequência da destruição do Cachão da Valeira em 1792, que constituía até então um obstáculo intransponível à navegação, mas só no primeiro quartel do século XIX, é que se dá o alargamento para o designado Douro Superior, sub-região que se inicia para montante do meridiano do referido”cachão” . Mas nessa época nascem apenas algumas Quintas ainda hoje de nomeada (Silho, Varjelas…), registando-se a grande expansão da vinha, até á fronteira com Espanha, já na segunda metade desse século em consequência por um lado ao aparecimento de novas doenças (oídio, antracnose, míldio) menos incidentes no clima semi- árido do Douro Superior, e por outro pela progressão do caminho-de-ferro ao longo desta sub-região. Com o regime Liberal é abolida a Demarcação e mecanismos de protecção à produção (Decreto de 30/05 de 1834), vindo a ser contudo restaurada assim como a Companhia também extinta, em 1838. Sob o Reinado de D. Carlos I, sendo primeiro-ministro João Franco, é traçada, em 1907, uma nova Demarcação, alargandoa para novos concelhos, os quais incluíam no entanto algumas zonas sem aptidão para a produção de vinho, pelo que veio a ser corrigida em 1908 no governo do Almirante Ferreira do Amaral, através da

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demarcação por freguesias em alternativa à de por concelhos. É assim ligeiramente diminuída a área para produção de Vinho do Porto, criando contudo em paralelo uma demarcação para os vinhos de mesa do Douro. A Denominação de Origem Douro para produção de vinhos de categoria VQPRD, e sua regulamentação, só viria no entanto a ser criada muito mais tarde, através da Portaria nº 1080/1982 de 17 de Novembro. Pelo Decreto nº7934 de 10 de Dezembro de 1921, assinado pelo ministro da Agricultura Antão de Carvalho alarga a região para novas freguesias, definindo assim os seus actuais contornos.

Região Demarcada do Douro (RDD) é uma das mais antigas regiões demarcadas de vinhos, com mais de 250 anos. Situa-se no nordeste de Portugal, na bacia hidrográfica do Douro, rodeada de montanhas que lhe dão características mesológicas e climáticas particulares, condicionadoras do aproveitamento económico dos recursos naturais e das atividades aí desenvolvidas. Figura 1 - Região Demarcada do Douro A Região Demarcada do Douro estende-se por 250.000 hectares, dos quais apenas cerca de 18,3% são ocupados por vinha, uma área aproximada de 46.000 hectares, distribuídos por cerca de 33.000 viticultores. Domina o minifúndio e a região está essencialmente dependente da vinha, sendo também muito presente a tradição de produção de azeite e de amêndoa. A Região Demarcada do Douro está dividida em três sub-regiões naturalmente distintas, não só por fatores climáticos como também socioeconómicos: Baixo Corgo (sub-região ocidental) Aqui, a área de vinha assume maior importância; ocupa cerca de 29,9% da área desta 28 sub-região, que se estende desde Barqueiros na margem Norte e Borrô na margem Sul até à confluência dos rios Corgo e Ribeiro deTemilobos com o Douro. Cima Corgo (sub-região central) Estende-se para montante até ao Cachão da Valeira, tendo menor importância a área cultivada de vinha.

Douro Superior (sub-região oriental) A área mais pequena com aproximadamente 13%, desde as fronteiras da "Cima-Corgo" prolongando-se até à fronteira espanhola. (Sogrape e IVDP, 2014).

Acredita-se que a viticultura é praticada nas margens do Alto Douro e seus afluentes desde há dois milénios; contudo, ganha especial relevo na idade média quando passa a ser a principal fonte de abastecimento de vinhos da cidade do Porto e a ter importância na economia portuguesa. Devido ao peso do vinho no comércio internacional português em 1756, Marquês de Pombal criou a primeira designação de origem de vinhos, então denominada Região Demarcada do Douro. Segundo alguns investigadores, esta foi oficialmente a primeira região demarcada no mundo vitivinícola. 4.1.2. Nomenclatura Com a entrada de Portugal na União Europeia (na altura CEE) a indústria dos vinhos foi obrigada a fazer alterações na designação dos vinhos produzidos. Vinhos de mesa Vinhos elaborados a partir de seleções ou lotes (mistura de duas ou mais castas) de vinhos de várias regiões. Podem ter indicação geográfica, desde que não exista possibilidade de confusão com um VQPRD. Vinhos Regionais Vinhos que possuem indicação geográfica. Por vezes são produzidos em regiões DOC, mas como não respeitam alguma regra de produção ou elaboração não são catalogados 29 como tal. No vinho regional é admitido incluir 15% de vinho proveniente de outras regiões, utilizar castas e tipos de garrafas não autorizadas nos

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vinhos DOC ou encurtar os tempos de estágio. Para denominar os vinhos regionais utiliza-se a região de onde estes provêm: Minho; Trás-os-Montes, com a sub-região Terras Durienses; Beiras, com as sub-regiões Beira Alta, Beira Litoral e Terras de Sicó; Tejo; Estremadura, com a sub-região Alta Estremadura e Estremadura, Terras do Sado, Alentejo e Algarve.

Solos

No que toca ao material originário dos solos, a maior parte da Região Demarcada, em particular ao longo do vale do Douro e seus afluentes, pertence à formação geológica do complexo xisto - grauváquico ante - ordovício, com algumas inclusões de uma formação geológica de natureza granítica, envolvente. Os solos são assim na sua quase globalidade derivados de xistos daquele complexo e distribuem-se por dois grupos fundamentais. O arranjo paisagístico imposto pela inserção do vale do rio Douro é, sem dúvida o sinal em que o clima difere mesologicamente define esta região. Através do quando na figura seguinte podemos observar a dimensão das diversas áreas ao longo das sub-regiões, por pequenas parcelas distribuídas ao longo da zona demarcada do Douro. Bem como as áreas com maior exploração vinícola desde o baixo corgo ao Douro superior.

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O Sector do Vinho Como Indústrias Criativas (Cultural Heretage)

Os vinhos Portugueses tem sido o resultado de várias sucessões tradicionais, inseridas em Portugal pelas diversas civilizações que sucederam como os fenícios, cartagineses, gregos principalmente os romanos.Foi na época do Império Romano altura em que Portugal iniciou a exportação dos seus vinhos. Que foi se desenvolvendo com o comércio para o Reino Unido, depois da assinatura do trato de Methuen, também referido como Tratado dos Pano Vinhos, assinado entre a Grã-Bretania e Portugal em 1703.

Segundo a história é detentor do mais antigo sistema apelativo do mundo, beneficiada pela região demarcada do Douro. Umas das regiões dentre outras, como as dos vinhos do Verdes, que dão origem a alguns dos vinhos mais requintados, exclusivos e privilegiados do mundo.

Portugal possui duas regiões produtoras de vinho protegidas pela UNESCO, como património mundial (A Região Vinhateira do Alto Douro, em que é originário o conhecido Vinho do Porto, e a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico).

A existência das variadíssimas castas (espécies) nativas cerca de 285,tem permitido a produção de grandes diversidades de vinhos com notabilidades distintas.

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Gestão Financeira e Fiscal

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O guia The Oxford Companion to Wine, descreve Portugal como um verdadeiro

tesouro de castas locais.

Distintivo pela qualidade única dos seus vinhos faz com que Portugal esteja referenciado com uns dos principais produtores, com destaque em crescimento, entre os 10 principais produtores, com 4% do mercado mundial (2003). Constitui uma característica de produtor tradicional do mundo, pela dedicação à cultura de vinhas.

Sobretudo o Douro identificada coo a Região Demarcada do mundo, conhecida pela extraordinária qualidade dos seus vinhos.

O Douro localiza-se no Nordeste de Portugal, circundada pelas maravilhosas serras do Marão e Montemuro, a mais vasta plantação feita em socalcos talhados nas encostas

dos vales ao longo do rio Douro e os seus fluentes. Os solos são principalmente de xisto apesar da presença de granítica em determinadas zonas

São considerados solos difíceis de trabalhar, mais beneficiem de longevidade das vinhas o que permite mostos concentrado de açúcar e cor.

As vinhas do Douro concebem uma paisagem única e magnifica reconhecida assim pela UNESCO como Património da Humanidade desde 2001.

De entre as diversas castas cultivadas destacam-se a Turinga Nacional, Touriga França, Tinta Barroca, Tinto Cão e Tinta Roriz.

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As vinhas tradicionais do Douro são feitas em socalcos, ao longo do rio Douro e afluentes, criando uma paisagem reconhecida pela UNESCO como Património da Humanidade .

As mais belas paisagens do Douro, e diversificadas castas que dão origem a um paladar único aos seus vinhos.

Trata-se de uma região intrinsecamente ligada à produção dos vinhos diversos, tal como as paisagens esculpidas em prol do vinho, bem como os hábitos da região são moldados de acordo a sua produçãp. Os socalcos, a a imensidão de variadas videiras e o rio Douro em si, são os principais constituintes de uma vista impar.

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