Ética e direitos humanos no cuidado À saÚde · carla aparecida a. ventura isabel amélia costa...

101
ÉTICA E DIREITOS HUMANOS NO CUIDADO À SAÚDE 14 e 15 de setembro de 2016 Ribeirão Preto São Paulo Brasil

Upload: others

Post on 14-Mar-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ÉTICA E DIREITOS HUMANOS

NO CUIDADO À SAÚDE

14 e 15 de setembro de 2016

Ribeirão Preto – São Paulo – Brasil

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO

Centro Colaborador da OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em

Enfermagem

Promoção

Grupo de Estudos e Pesquisas em Comunicação no Processo de Enfermagem GEPECOPEn

Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Enfermagem, Saúde Global, Direito e Desenvolvimento

GEPESADES

14 e 15 de setembro de 2016

17 th International Nursing Ethics Conference, 2 nd International Ethics in Care Conference e o V Workshop Saúde e Direitos Humanos

Carla Aparecida A. Ventura Isabel Amélia Costa Mendes

ÉTICA E DIREITOS HUMANOS NO CUIDADO À SAÚDE

17 th International Nursing Ethics Conference, 2 nd International Ethics in

Care Conference e o V Workshop Saúde e Direitos Humanos

Ribeirão Preto-SP, 2016

17 th International Nursing Ethics Conference, 2 nd International Ethics in Care Conference e o V Workshop Saúde e Direitos Humanos

14 e 15 de setembro de 2016

Comissão Organizadora

Presidente de Honra

Ann Gallagher

Coordenadoras Carla Aparecida Arena Ventura

Isabel Amélia Costa Mendes

Membros Dorisdaia de Carvalho Humerez

Elma Lourdes Campos Pavone Zoboli Gustavo D'Andrea

Ítalo Rodolfo da Silva Leila Maria Marchi Alves

Miyeko Hayashida Ronildo Alves dos Santos

Simone de Godoy

Apoio Emanuele Seicenti de Brito

Fernando Mitano Edilene Mendonca Bernardes

Marcela Jussara Miwa Marciana Fernandes Moll

Divulgação Sara Soares

Diego Montandon Adrielle Naiara Tonetti Ana Beatriz Zanardo Beatriz Maria Jorge

Bruna Sordi Bruna Tássia Souza Nakayama

Bruno de Paula Checchia Liporaci Elias Tristão Neto

Gheysa Alves Mendonça Raquel Fernandes

Rodrigo Nonato Coelho Mendes Rodrigo Guimaraes Almeida Valtuir Duarte Souza Junior

Vítor Abrahão Sordi

Apoio Logístico Carla Barizza

Daiane A. Saraiva Juliana Gazzotti

Laís Elaine Soler Bonato Laís Fumincelli Marcio Aleixo

Mirella Castelhanos Álvaro F. L. de Sousa

Arthur Acelino F.L.N. Queiroz

Coordenadores das Apresentações Orais

Edilaine C. Silva Gherardi-Donato Edilene Mendonca Bernardes

Elma Lourdes Campos Pavone Zoboli Emanuele Seicenti de Brito

Gustavo D'Andrea Leila Maria Marchi Alves Marcela Jussara Miwa Marciana Fernandes Moll Maycon Rogério Seleghim Ronildo Alves dos Santos

Simone de Godoy

VENTURA, Carla Aparecida Arena; Mendes, Isabel Amélia Costa, Organizadoras

Ética e direitos humanos no cuidados à saúde/ C.A.A, VENTURA; I.A. MENDES; - São Paulo, 2016.

100p

17 th International Nursing Ethics Conference, 2 nd International Ethics in Care Conference e o V Workshop Saúde e Direitos Humanos – Escola de Enfermagem da

Universidade de São Paulo/ EERP-USP, Brasil.

1. Ética 2. Direitos Humanos em Saúde 3. Enfermagem 4.Saúde 5. Cuidado

ISBN 978-85-64922-06-8

FICHA CATALOGRÁFICA

Apresentação

A Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São

Paulo, que se constitui num centro de referência da Organização Mundial de

Saúde, mantém integração desde 2009 com o International Care Ethics

Observatory , sediado na University of Surrey, School of Health & Social Care,

Department of Nursing. São interlocutores dessa integração docentes de dois

de seus grupos de pesquisa desta Unidade: GEPESADES (Grupo de Estudos

e Pesquisas sobre Enfermagem, Saúde Global, Direito e Desenvolvimento) e

GEPECOPEn (Grupo de Estudos e Pesquisa em Comunicação no Processo de

Enfermagem).

Lideranças de Enfermagem da mencionada universidade inglesa

realizam há vários anos a International Nursing Ethics Conference. A 17ª

edição deste evento foi realizada no Brasil, sob responsabilidade da

EERP/USP, decisão esta tomada em Surrey, em 2015, pelos líderes do

International Care Ethics Observatory e em parceria com pesquisadores dos

grupos de pesquisa brasileiros, supramencionados, e que atuam como

coordenadores da 17ª edição do evento. Associa-se à 17 International Nursing

Ethics Conference, a 2nd International Ethics in Care Conference e o V

Workshop Saúde e Direitos Humanos.

Foram objetivos desses eventos: disseminar resultados de pesquisa e

de intervenções sobre questões éticas e relacionadas aos direitos humanos e o

cuidado à saúde, promover a integração entre profissionais de saúde, direito e

áreas afins para discutir as interrelações entre as questões éticas e

relacionadas aos direitos humanos e sua influência no cuidado à saúde,

propiciar interação entre pesquisadores da área de ética e direitos humanos,

oportunizando maior interface e cooperação acadêmica nessa especialidade no

contexto norte/sul e sul/sul.

Por meio deste e-book, compartilhamos com a comunidade acadêmica e

diferentes públicos interessados uma síntese das conferências e os resumos

dos trabalhos apresentados durante os dois dias de evento, ilustrando a

diversidade e profundidade dos temas discutidos relacionados à ética e direitos

humanos no contexto da saúde.

Apoio

Universidade de São Paulo Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP Centro Colaborador da OMS para o desenvolvimento da Pesquisa em

International Care Ethics Observatory, University of Surrey Ethox Foundation

Sociedade Brasileira de Comunicação em Enfermagem-SOBRACEn Programa de Pós-graduação Enfermagem Fundamental EERP – USP Programa de Pós-graduação em Enfermagem Psiquiátrica EERP-USP

Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem, Saúde Global, Direito e Desenvolvimento- GEPESADES

Grupo de Estudos e Pesquisas em Comunicação no Processo em Enfermagem- GEPECOPEn

Conselho Federal de Enfermagem – COFEn Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

‘Ética e Direitos Humanos no Cuidado à Saúde’

Ribeirão Preto-SP

14 de setembro de 2016

9h00-9h30 Abertura: Isabel Amélia Costa Mendes, Universidade de São Paulo, Brasil; Ann Gallagher, University of Surrey, Reino Unido; Carla A. Arena Ventura, Universidade de São Paulo, Brasil.

9h30-10.30 Conferência: Direitos humanos, ética em enfermagem e grupos vulneráveis. Steve Edwards, Swansea University, Wales, Reino Unido

11h00-12h00 Conferência: Desafios bioéticos no cuidar em fim de vida- José Carlos Amado Martins, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Portugal

13h30-15h00 Apresentação simultânea de trabalhos

15.30-17.00 Mesa Redonda: Perspectivas filosóficas sobre direitos humanos no contexto do cuidado

Joan McCarthy, University of Cork, Irlanda), Elizabeth Peter (University of Toronto, Canadá), Douglas Olsen (Michigan State University, EUA), Miriam Ventura (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil)

Coordenada por Ann Gallagher (University of Surrey, Reino Unido)

17h00 Prêmio Direitos Humanos - Ann Gallagher, University of Surrey, Reino Unido

17h30-18h00 Apresentação simultânea de trabalhos

15 de setembro de 2016

9h00-10h30 Mesa Redonda: Consolidando os direitos humanos na prática do cuidado à saúde

Ebin Arries, University of Regina, Canadá Martin Woods, Victoria University, Nova Zelândia Settimio Monteverde, University of Zurich e Bern University of Applied Sciences, Suíça Elma Lourdes Campos Pavone Zoboli, Universidade de

São Paulo, Brasil Coordenada por Carla Ventura, Universidade de São Paulo, Brasil

11h00-12h30 Apresentação simultânea de trabalhos

14h00-15h00 Conferência: Moral, ética e saúde mental Joyce Fitzpatrick, Professora da Frances Payne Bolton School of Nursing, Case Western Reserve University, EUA

15h30-16h30 Conferência: Ética, direitos humanos e saúde Wendy Austin, University of Alberta, Canadá

16h30 Apresentação do local da conferência de 2017 e Encerramento Ann Gallagher, University of Surrey, Reino Unido, Isabel Amélia Costa Mendes, Universidade de São Paulo, Brasil e Carla Ventura, University of São Paulo, Brasil.

RESUMO DAS

CONFERÊNCIAS

PROMOTING HUMAN RIGHTS AND ETHICAL CARE IN PRACTICE AND POST-

SECONDARY EDUCATION – CHALLENGES AND OPPORTUNITIES

Ebin J. Arries

Faculty of Nursing, University of Regina, Saskatchewan, Canada

1. The relationship between human rights and ethics, sharing a common basis in moral

philosophy but adopt different perspectives, are important for practice, ethical care and

education, which is just, dignified and respectful, non-discriminatory, and sustainable…

2. In my presentation, I start with a brief overview about the context of human rights, ethical

care and post-secondary education; highlight some human rights concerns with examples

from South African and Canada; describe experience with examples of initiatives,

approaches and strategies to promote human rights, and higlight some implications for

doing so.

3. Increasingly, health professionals, including nursing faculty and nursing students realize

and accept responsibility to foster and promote human rights in practice, ethical care and

post-secondary education…

4. In so doing, they strive to create an environment in which human rights of ALL patients and

students are respected and uphold.

5. This goal is achieved, in part in many countries like South Africa and Canada, by

incorporating professional values and responsibilities espoused in professional Codes of

Ethics, aspiring to adhere to Human Rights Declarations and Conventions as evidence by

the formulation of position statements and guidelines that support human rights principles;

and advocating for social justice in practice and ethical care that is equitable, dignified,

respectful and non-discriminatory in nature.

Example: Human rights in Africa: South Africa

History of human rights violations: Apartheid South Africa

Current: Strong constitutional protections for human rights:

o The Constitution of the Republic of South Africa No. 108 of 1996

Will elaborate with some further examples…

Example: Human Rights in Canada:

Canada‘s strong human rights record

Constitution Act, 1982: Canadian Charter of Rights and Freedoms

However, breaches in protecting the rights of Indigenous peoples

Saskatchewan: one the largest population of indigenous peoples

Implications: Most recently Medically Assisted Death legislation

Will elaborate with some further examples…

6. Although progress have been made in some areas of practice and ethical care (e.g., policy

initiatives, Millennium Development Goals (MDG‘s), online educational programs to provide

nurses access to education, etc.), the gap between evidence and rhetoric on human rights

and ethical care for some individuals, groups, and populations, sometimes fell short…

Examples: HR Issues - South Africa (UN Human Rights Watch Report, 2015)

Education: Children with disabilities;

Violence against Women: including rape and domestic violence

Xenophobia: Treatment of migrants, refugees, and asylum seekers;

Will elaborate with some further examples…

Examples: HR Issues - Canada (UN Human Rights Watch Report, 2015)

Indigenous population: poor outcomes in terms of Determinants of Health

Violence against Indigenous Women: Liberal Government recently launch National

Historic Public Inquiry into murders and disappearances of indigenous women and girls

across

Will elaborate with some further examples…

7. Much as the promotion of human rights in practice and ethical care has to do with context,

motivation and purpose, it is also about and process.

8. Especially how to do so in sustainable ways, considering the 3 important dimensions of

sustainable development: economic, social, and environmental...

9. In practice and ethical care: this imply a consideration of the holistic, ecological and global

foundational dimensions of sustainability, including involvement of all levels of environment

(e.g., micro-, meso, and macro) is crucial.

10. Promoting Human rights and ethics in practice and care share a common goal of health. A

violation of either one often results in abuse, whether intended or not. E.g., stigmatization

and a lack of respect and human dignity increase risks for vulnerable groups (e.g., people

living with chronic diseases, LGBT people, refugees and migrants)

11. More still have to be done to promote and strengthening human rights in all levels of

practice and ethical care, including post-secondary education…

12. The recent United Nations ―Transforming our world: the 2030 Agenda for Sustainable

Development‖ adopted by many countries, highlights 17 new goals still to be address.

Examples of New Sustainable Goals 2030:

Goal 3: Ensure healthy lives and promote well-being for all at all ages

Goal 4: Ensure inclusive and equitable quality education and promote lifelong learning

opportunities for all

Goal 17: Strengthen the means of implementation and revitalize the Global Partnership

for Sustainable Development

13. Promoting human rights in practice and ethical care, including post-secondary education is

good for everyone‘s well-being...

14. Promoting and strengthening human rights in practice and ethical care through the

enactment of competencies and mobilization of resources to achieve social justice

sustainably, critical ethical praxis and standards-based educational-development and

decision-making within an ethical environment, significantly contribute to success of this

process and empowerment.

PROMOTE HUMAN RIGHTS IN PRACTICE AND ETHICAL CARE

Understand promotion of human rights in practice and ethical care as insectional and

intersectoral:

Partnerships: The Mama Kwanza (Mother First) Socio-Economic and Health initiative:

improve access, quality and local capacity to deliver health service to support health of

mothers and their children.

Innovations: Health passport initiative as part of abovementioned project

Capacity-building: Share best practices, experience, research; strengthen analytic and

integrated competencies of nurses and community-based health workers

Education, and Development: 2013 - International Research Group: Student study abroad

project on building opportunities for cultural competency and safety;

Economic and social development: Address socio-economic inequities in human rights and

ethical care. E.g., equal opportunity for authentic inclusion and participation of marginalized

individuals and communities; pay parity; remove glass ceilings for women, etc.

Disaggregate health and demographic data: determine most vulnerable clients and

communities. E.g., Integrative review on Cardiovascular risk factors among prisoners

Frame and articulate unmet health and care need as denial of human rights and violations.

E.g., Abuse; ill-treatment; etc.

Frame them as policy argument (e.g., failure of policy, system, and political will to action)

NOT personal argument (e.g., fractures of individual character)

Minimum standards of practice and ethical care: Care of elderly in long-term care facilities

Be attentive and sensitive to context of human rights in practice and ethical care: Recognize

and point out salient human rights abuses masqueraded as patient safety issues;

stigmatization and othering of those who are different; ethnocentrism, patronising sayings

and doings

Quality/ Evaluate: E.g., Develop and review a framework of standards and indicators to

promote health of students in post-secondary education as part of Healthy Campus Project;

care standards; Practice and Care Standards

Collaboration Participatory approach to human rights in practice and ethical care: E.g.,

Healthy Campus Knowledge translation Project in which post-secondary students and

faculty collaborate to advance student health and healthy campus on rural and small

campuses

Enact ethical leadership: Roles and responsibilities analysis: Upstream and down-stream

stakeholders

MORAL, ETHICS, AND MENTAL HEALTH

Joyce J. Fitzpatrick

PhD, RN, FAAN

Professora da Frances Payne Bolton School of Nursing,

Case Western Reserve University, EUA

This presentation will address the global issue of human rights for those with mental illness or

disabilities. In many countries individuals with mental illness do not have access to basic mental

health care and the interventions they require. Outside of the health care context those with

mental illnesses are often stigmatized and denied basic rights such as shelter, food, and

clothing. Further, those with mental illness experience disproportionately higher rates of

disability and mortality. Key components of the World Health Organization (WHO) Advocacy for

Mental Health document will be delineated. Recommendations for implementation of the WHO

Mental Health Action Plan 2013-2020 will be presented, including those specific to local,

national, regional and global communities.

CONSOLIDANDO OS DIREITOS HUMANOS NO CUIDADO À SAÚDE

Elma Lourdes Campos Pavone Zoboli

Universidade de São Paulo

The consolidation of human rights in the healthcare poses many challenges and opportunities

for nursing practice. I will focus on a new opportunity to the nursing practice consolidate the

human rights of those who take care. I will focus on the nursing role in promoting and respect of

human rights in health research, i.e., the care for research participants.

The zeal for the participants of health research is a special interface of nursing, human rights

and bioethics, focusing on responsibility regarding issues related to biotechnological advances

and, also, the persistent inequalities of social determinants of health.

One of the aims of the Universal Declaration on Bioethics and Human Rights is to promote

respect for human dignity and protect human rights, by ensuring respect for the lives of human

beings and fundamental freedoms in accordance with international human rights law . This is a

great challenge when nurses have to care of people in extreme vulnerable situations. Nurses

have a moral obligation to address the social inequalities and the suffering of vulnerable

populations, advocating social justice and human rights (Pacquiao, 2008).

Very focused on the protection of participants of multicentric trials to avoid the injustice of the

moral double standard, the Universal Declaration on Bioethics and Human Rights states that

the application and the development of science must promote respect for human dignity, protect

human rights, ensure respect for the life of human beings and fundamental freedoms, according

to human rights.

Brazil has a system for ethics in research with human beings who turns 20 in force. In all these

years, it has been very important the role of nurses engaged in this form of defending human

rights, acting in the National Research Ethics Commission or in the local ethics committees. The

website of the National Commission on Research Ethics (Brazilian Health Ministry) contributes

for the consolidation of human rights in the practice of health research, providing information not

only to the academic community but also to the general public. It is known that access to

information is an essential item for the emancipation of the people and for promoting their rights.

The issue of human rights in health research is so important for Brazilian nursing, that the

Nursing Code of Ethics considers in its bases the national and international standards of

research ethics with human subjects. Also, one of the fundamental principles of the Nursing

Code of Ethics is the respect for the human dignity and human rights. The Nursing Code of

Ethics states that meeting the higher standards of research ethics is one of the several ways to

consolidate respect for human rights in professional practice.

More recently, in clinical research, has flourished a new field of work for nurses, working on the

follow-up and monitoring of studies, but mainly ensuring the care and respect for the rights and

welfare of participants, from recruitment, selection, process of free and informed consent till the

monitoring of adverse events or complications. At the center of nursing care to the participants

of clinical researches is human vulnerability, then this new front of professional work for nurses

is, at the same time, an opportunity and a challenge for the responsible nursing care because

the vulnerability of human beings claims for a responsible care.

Bioethics is an ethic of responsibility that thinks ethics from the perspective of vulnerability in

order to protect and promote the rights of those in this condition, through the proposition and the

efetivation of fair and inclusive public policies. Bioethics, human rights and research ethics are

intrinsically related by various circumstances, but especially by the love of life (Biophilia) that is

expressed in the pursuit of the interests of groups and people which are in vulnerable situation,

to protect and promote them, focusing more on mutual responsibilities rather than on the

individual rights. Consolidate human rights in healthcare, both in assistance and research,

requires a nursing practice able to face the challenge of a dialogue based on autonomy,

equality, solidarity to achieve what is most fair to everyone (Cortina, 2007). The consolidation of

human rights in healthcare will be the result of gradual and broad dialogue of various moral

traditions, techniques, sectors, and professionals engaged in a possible consensus regarding

as the innovation and health practices contribute to the dignity of persons.

PROMOTING HUMAN RIGHTS AND ETHICAL CARE IN PRACTICE - CHALLENGES AND

OPPORTUNITIES

Martin Woods

Professor da Victoria University, Nova Zelândia

Part A Human rights in New Zealand

1. Human rights in New Zealand has an interesting history, in part because no such

legislation existed until 1990 (Bill of Rights Act), and 1993 (The Human Rights Act; The

Human Rights Amendment Act, 2001). A Human Rights Commission was established

as a result of the HR Act, and continues to operate.

2. The Human Rights Act 1993 protects people in New Zealand from discrimination in a

number of areas of life. Discrimination occurs when a person is treated unfairly or less

favourably than another person in the same or similar circumstances. 2001 made

significant changes to the Human Rights Act 1993. The Human Rights Act comprises

eight parts.

3. However, NZ has also a ‗special relationship‘ with its indigenous people (Māori)

whereby their rights are protected by The Treaty of Waitangi, which is New Zealand‘s

founding document and is an agreement, in Māori and English, that was made between

the British Crown and about 540 Māori rangatira (chiefs) in 1840.

4. However, The Treaty of Waitangi is not considered part of New Zealand domestic law,

except where its principles are referred to in Acts of Parliament. In past decades, a

number of abuses of the principles of the Treaty have occurred. Nevertheless, in recent

times successive governments have recognised the significance of the Treaty in the life

of the nation.

5. Human rights in health care are protected by the above legislation and Treaty, but also

strengthened by Health & Disability legislation such as the Health and Disability

Services Act 1994 (together with the accompanying Code of Consumer Rights); and the

Privacy Act 1993 (together with the Health Information Privacy Code 1994).

Part B Human rights and health care in NZ

1. Human rights in health care in NZ is closely linked to the ICESCR (International

Covenant on Economic, Social and Cultural Rights) Treaty 1966, Article 12, and to the

Declaration of Alma Ata (1978).

2. In turn, adherence to the above international covenants have resulted in the

development of other health related Acts such as the New Zealand Public Health &

Disability Act 2000 and the Health Practitioners Competency Act 2003.

3. Although health outcomes have generally improved in recent years, inequalities still

persist – particularly for people with disabilities, those on low incomes, Mäori and

Pacific people, and other minority sections of the population. Entrenched inequalities

play a significant role in poor health outcomes for these particular groups.

4. This in turn affects children and young people, highlighting the importance of underlying

determinants such as adequate housing and nutrition in ensuring good health generally.

New Zealand‘s child-health and safety statistics are among the worst in the OECD.

5. Subsequently, the number of children living in poverty has increased exponentially

since the mid 1990s as a result of economic policies that impact adversely on children

to the point that today 22 per cent of New Zealand children live in poverty.

6. Given the link between health status and underlying social and economic conditions, it

is likely that poor health is correlated with income disparity. Socially disadvantaged

groups may be expected to have poorer health, to be more likely to be exposed to

greater health hazards and to find it more difficult to access adequate health services.

Poorer health outcomes and disparities in mortality statistics remain a source of

concern.

Part C Ethical care in practice

1. In practice based applications, a number of measures have been undertaken to redress

the imbalances:

a) Increasing the number of Maori health care providers (especially in PHC settings)

b) Improving mainstream services

c) The introduction of the ‗Whanau Ora‘ Programme (empowers families rather than

individuals; government agencies have to work together, etc.)

d) Subsidised services

e) Targeting specific health care needs in vulnerable populations

f) Adopting a holistic health model of wellness – Te Whare Tapa Whā – a Māori

philosophy of health—one that moves beyond physical health as the sole determinant

for wellbeing. Te Whare Tapa Whā describes four cornerstones of Māori health:

whānau (family health) tinana (physical health) hinengaro (mental health) and wairua

(spiritual health).

2. In nursing services, human rights are promoted via:

a) Recognition of the need for cultural safety (NCNZ in particular)

b) The notion of social justice

c) An ethic of care

RIGHTS, ETHICS, AND VULNERABLE GROUPS

Steven D. Edwards, Professor, BA(hons), M.Phil, Phd Philosophy, History and Law,

Inter-professional studies, College of Health and Human Sciences Swansea University, UK

This paper discusses some of the ethical and philosophical issues raised when caring for some

of the most vulnerable of human beings, namely extremely premature neonates. Ethical

problems arise in this context due to several factors. These include: the constantly changing

outcomes for such babies; the ambiguity of central concepts involved in decision-making such

as ‗viability‘ and ‗best interests‘; conflicting rights, and ambiguities regarding the meaning and

scope of such rights. To illustrate these complexities a current debate in neonatal care is

discussed regarding the nature and scope of parental autonomy in this context. So once the

‗problem space‘ has been described, the rights holders are identified in the context of improving

neonatal outcomes. The nature of the rights of such neonates is identified and it is argued that

such neonates do not have an unqualified ‗right to treatment‘; at best only ‗viable‘ neonates

have such a right. But the term ‗viability‘ is hopelessly ambiguous. Given that appeals to viability

cannot settle the question of which, if any, neonates have a ‗right to treatment‘, the proposal

that those neonates for whom treatment is in their ‗best interests‘ is considered. The extent of

parental rights is also considered, including the ‗right to respect for autonomy‘. Ambiguities in

appeals to such a right are illustrated by pointing to a ‗Razian‘ concept of autonomy. The rights

of health care professionals to withhold treatment are then considered, and it is argued that

these too are limited. Finally, the claim that ‗rights-based reductionism‘ should be avoided is

also discussed. It is concluded that whilst such reductionism may well be implausible, appeals

to rights can still play a useful role in ethical reasoning – albeit as a shorthand for more basic

moral concepts.

ETHICS, HUMAN RIGHTS AND HEALTH CARE

Wendy Austin

PhD, RN, University of Alberta, Canada

In this presentation, I will reflect upon some of the key moments in the conference and then

consider the way in which ethics, human rights, and health care are integrating in the 21st

century to become global health ethics. We are living in a global community; there can be no

―us versus them‖ anymore. As we transition into a planetary civil society, we are determining

what kind of society will evolve. Centuries ago, Immanuel Kant predicted that humans, living

without escape upon a sphere, were destined for a world community where ―hospitality‖ was a

fundamental value. That destiny seems far from being achieved. We are, nevertheless,

beginning to create language with which to converse about our global values and ethics. It is the

key elements of this language that I want to address: human dignity, human rights, social

responsibility, social justice, global governance for health, as well as the concepts of solidarity

and health equity.

Health and well-being are core concerns of humanity across the world. It is recognized

that the greatest risks to life are global ones, all with an impact on health: environmental

degradation, pollution, climate change, water and food crises, pandemics, population growth,

armed conflicts and terrorism, financial and other forms of corruption. Nurses and their

colleagues in other health disciples have an opportunity—and a responsibility—to contribute to

the development of global health ethics, its values and principles. We must determine, too, what

being an ethical health practitioner in this global community means to each of us.

DESAFIOS BIOÉTICOS NO CUIDAR EM FIM DE VIDA BIOETHICAL CHALLENGES IN END-OF-LIFE CARE

José Carlos Amado Martins Doutor em Ciências de Enfermagem pela Universidade do Porto, Pós-doutorado pela Escola de Enfermagem de Ribeirão preto, USP, Professor Coordenador, Escola Superior de Enfermagem de

Coimbra,

A etapa final da vida traz desafios aos diversos atores, relacionados sobretudo com o respeito

pela autonomia do paciente, com a constante ponderação entre o fazer o bem e não causar

prejuízos, com a justa distribuição dos recursos e com a necessária atenção à vulnerabilidade

do paciente. Receber cuidados de saúde adequados e de elevada qualidade em fim de vida é

um direito dos cidadãos, com o correspondente dever dos profissionais. Cuidar em fim de vida

tem especificidades que exigem do enfermeiro conhecimentos sólidos, o domínio instrumental

de diversas técnicas específicas e elevada sensibilidade e ética, social e relacional. O objetivo

é apresentar e discutir alguns desafios bioéticos associados ao cuidar em fim de vida e suas

implicações para os enfermeiros. Serão apresentados alguns fundamentos teóricos

relacionados com os princípios associados ao cuidar em fim de vida, decorrentes de revisão

teórica e da experiência do autor. Nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, a

organização social e demográfica está a sofrer diversas alterações, das quais decorrem

necessidades e desafios em saúde sobretudo associados ao envelhecimento e à cada vez

maior institucionalização da morte e do processo de morrer. Aos os enfermeiros, exige-se

elevadas e sólidas competências para cuidar em fim de vida, que lhes permitam ser um agente

activo e proactivo nas respostas de saúde aos pacientes em fim de vida e suas famílias. Para

que o enfermeiro possa assumir as suas responsabilidades enquanto profissional de saúde

com formação avançada, exige-se adequada preparação ao nível graduado e pós-graduado,

que permitam uma prática profissional responsável, segura, de elevada qualidade e

especializada (sempre que tal se justifique) aos pacientes em fim de vida e suas famílias.

PROMOTING HUMAN RIGHTS AND ETHICAL CARE IN PRACTICE IN CARE -

CHALLENGES AND OPPORTUNITIES

Settimio Monteverde

University of Zurich e Bern University of Applied Sciences, Suíça

1. The talk of human rights in education and clinical practice provides a unique framework for addressing ethical issues in the provision of effective, equitable and sustainable care.

2. Human rights stand at the interface between ethics and law. The declaration of human rights - or at least essential components of it - has been incorporated in the majority of constitutions and other codes of law. They have proved to be a valid transcultural framework.

3. In clinical practice, the talk of principles, dilemmas or of relationships/mutual responsibilities in important to raise the awareness of how vulnerable care recipients are, how fallible systems of care are and how important it is to hear all voices. I will call this the ―received ethics framework‖. In many cases, this framework is effective in shaping policies (e.g. patient involvement, error management), guiding case-based ethical decision-making (e.g. patient autonomy at the end of life) and of course, in directing health care ethics education.

4. But not in all cases: In the light of the globalization of health care (patients- migrants/professionals- migrants) and of covert or overt austerity of healthcare policies and systems, there are tendencies of deflecting responsibilities, restraining solidarity, lowering standards of care and limiting access to basic care.

5. Here, the received ethics framework with its language of principles, duties, responsibilities and relationships is useful, often too weak because it is focused on persons and situations ―within‖ the system and not ―outside‖ of it.

6. In these situations, the language of human rights can provide a framework which is interculturally accepted (i.e. less culturally biased than the received ethics framework) and offer a stronger expression of the ethical issues that are at stake.

7. Examples of the advantages of the language of human rights (I will elaborate them):

access to care: the importance of providing effective care to migrants with uncertain residential status, pending asylum application or after a failed asylum application

safety: the importance of protecting vulnerable populations from both under- and overtreatment in clinical practice

physical and psychological integrity: the importance to address elder abuse in nursing homes (neglect, unjustified physical restraints and denial of daylight and fresh air) not just as a failure of the system, but as downright forms of torture

RESUMO DOS

TRABALHOS

O DILEMA DAS OBRIGAÇÕES ÉTICAS PÓS-ESTUDO: RELATO DE CASO

Alexandrina Aparecida Maciel Cardelli

1, Nathalia Maciel Corsi

2

1Enfermeira. Doutora em Saúde Pública, Universidade Estadual de Londrina-PR,

[email protected] 2

Jornalista. Mestranda em Comunicação, Universidade Estadual de Londrina-PR, [email protected]

RESUMO

Refletir sobre as obrigações éticas dos pesquisadores ao término de investigação sobre

revisão puerperal, solicitada pelo gestor municipal de saúde, na qual foi identificada

precariedade no cuidado oferecido. Trata-se de relato sobre um estudo para o

acompanhamento de 358 mulheres que deram à luz em uma maternidade pública, em 2014.

Este envolveu 4 fases: pré-parto, 10, 42 e 365 dias pós-parto. A partir da análise dos dados,

pode-se refletir sobre os dilemas éticos gerados. Encontrou-se que 21,2% eram adolescentes;

92,5% com baixa escolaridade; 58,9% de gravidez não desejada; 52,3% sem controle nos 10

dias pós-parto; 63,1% sem controle de 42 dias; 14,4% não tiveram acesso à licença

maternidade; 72% referiram sinais de depressão pós-parto, não diagnosticada pelo serviço de

saúde. Constatou-se que a forma de devolução dos resultados aos envolvidos não havia sido

planejada, originando dilemas éticos. Quanto às participantes, estes foram, por um lado, a

possibilidade de desqualificação dos serviços, com conseqüente não adesão a outros

tratamentos e por outro, o acesso aos resultados como empoderador para exigência de direitos

a serviços de saúde qualificados. Com relação à atenção prestada, o dilema vinculou-se à

exposição da equipe de saúde frente a seus líderes, mostrando que ações sob sua

responsabilidade não foram realizadas adequadamente. Optou-se pela discussão dos

resultados com os envolvidos, que, para as mulheres, foi essencial para o conhecimento de

seus direitos e questionamento dos serviços de saúde quanto ao atendimento de suas

necessidades. E, para os profissionais e gestores, ofereceram subsídios para reorientação das

prioridades na organização dos cuidados. As obrigações pós-estudo devem ser incluídas nos

projetos de pesquisa. Nas pesquisas em saúde, deve-se considerar que independentemente

do objeto estudado, todos os atores envolvidos no contexto, estão sob análise e o resgate dos

princípios de beneficência e não-maleficência deve ser priorizado.

Palavra-chave: ética em pesquisa, saúde da mulher, puerpério.

Nome do Relator: Alexandrina Aparecida Maciel Cardelli

PROFESSIONAL RESPECT AS EXPERIENCED BY HOSPITAL AND COMMUNITY NURSES

Alessandro Stievano

1, Doug Olson

2, Gennaro Rocco

3, Laura Sabatino

4, Martin Johnson

5, Sue

Bellass6

1 RN, MScN, PhD, Researcher, Centre of Excellence for Nursing Scholarship of Ipasvi Rome, Rome, Italy.

2 RN, PhD, Michigan State University, Associate Professor, College of Nursing, Adjunct Associate

Professor, College of Human Medicine. 3

RN, MScN, PhD, Director, Centre of Excellence for Nursing Scholarship of Ipasvi Rome, Rome. 4

RN, MScN, PhD, Lecturer, Tor Vergata University, Rome, Italy. 5

RN, PhD, Professor of Nursing, University of Salford, Manchester, UK. 6

BSc, MA, Doctoral Candidate, University of Salford, Manchester UK.

ABSTRACT

This study evaluated nurses‘ perceptions of professional respect in community and hospital

settings in England. The theoretical underpinnings of professional respect were derived from

Darwall‘s constructs of recognition and appraisal respect (DARWALL, 1977). To describe

nurses experience of professional respect in different settings in England to expand the

understanding of professional respect in community care and hospital contexts. A descriptive

qualitative method was adopted. Data were collected through focus groups with clinical nurses

attending post-qualifying courses at two universities through purposive convenience sampling.

In total 62 nurses took part in the research. The data collected between November 2011 and

December 2013 were coded using an inductive content analysis (HSIEH, SHANNON, 2005) and

the extraction of meaning units from the data. Six connecting themes were identified. The

emergent themes are: the first dimension was linked to: a) Recognition respect (DARWALL,

1977) of human beings. The other five dimensions were part of appraisal respect (DARWALL,

1977) and were as follows: b) Inter-professional relationships; c) Intra-professional

relationships; d) Time to build trust in the relationships; e) Influence of workplaces

characteristics (community, hospitals); f) Autonomy and decision-making. Professional respect

was embedded in the innermost part of individuals. Appraisal respect (DARWALL, 1977), i.e. an

extrinsic respect for the qualities of nurses, was thought to be enshrined in the relationships

among healthcare professionals and in the time needed to build trust through interaction.

Equally pivotal were the characteristics of different workplaces: hospital or community settings.

The ability to express autonomy and make decisons without being constrained by rigid

disciplinary boundaries was determinative. The results resemble the findings on the same topic

at the international level, but some of the contingent factors differ markedly among the different

historical, societal and cultural contexts examined.

Rapporteur name: Doug Olson

JUDICIALIZAÇÃO DO ACESSO A MEDICAMENTOS NO BRASIL

Ana Beatriz Perez Afonso

1, Mayra Gonçalves Menegueti

2, Cristiane Leite de Almeida

3, Valéria

Cristina Gabassa4, Lucieli Dias Pedreschi Chaves

5, Ana Maria Laus

6

1 Mestranda em Enfermagem da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo,

[email protected] 2

Mestre em Enfermagem, Doutoranda da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de

São Paulo, [email protected] 3

Mestre em Enfermagem, Doutoranda da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de

São Paulo, [email protected] 4

Mestre em Enfermagem, Doutoranda da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de

São Paulo Formação. Titulação, Instituição, [email protected] 5

Doutora em Enfermagem, Professor Associado da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da

Universidade de São Paulo, [email protected] 6

Doutora em Enfermagem, Livre Docente da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade

de São Paulo, [email protected]

RESUMO

Apesar dos avanços nas políticas e ações de saúde no Brasil, a partir da instituição do sistema

público de saúde, estabelecido pela Constituição Federal de 1988, diversos estudos identificam

dificuldades de acesso da população principalmente à assistência farmacêutica. Neste

contexto, é compreensível que o cidadão busque um tipo de alternativa mais rápida e efetiva de

acesso aos medicamentos, fenômeno chamado de ―judicialização da saúde‖. O objetivo foi de

realizar uma revisão integrativa de literatura sobre o acesso ao fornecimento de medicamentos

por via judicial nos últimos cinco anos. A busca foi realizada nas bases de dados LILACS e

MEDLINE e incluídos artigos publicados em português e inglês. Foram identificados 54 artigos,

sendo selecionados 17 para a análise final. Nestes estudos foram analisadas 15.737 ações

judiciais, concentradas no estado de Minas Gerais (53%). Os medicamentos judicializados são

recorrentes. Os imunossupressores para o tratamento de artrite reumatóide (adalimumabe,

etanercepte e ifliximabe) são os que mais se repetem, seguidos da insulina glargina (insulina

especial), aripripazol (antipsicótico) e antineoplásicos. Ao considerar doenças isoladamente, o

deferimento das ações chega a ser quase absoluto (98%) nas doenças do sangue e órgãos

hematopoiéticos e transtornos imunitários. Deve-se ressaltar o crescimento das demandas

judiciais indicando uma difusão e absorção dos direitos e princípios constitucionais pela

sociedade e uma facilitação do acesso à justiça no país. Concluiu-se que o incremento

verificado nas ações judiciais tem comprometido o orçamento, em razão dos custos adicionais

que têm representado, com a ressalva de que nem sempre está atrelado a benefícios reais do

tratamento, pautado em critérios de eficácia e segurança. O estudo evidencia a importância

que a demanda judicial de acesso aos medicamentos vem assumindo para os gestores de

saúde e os desafios de uma maior interação dos setores da saúde e da justiça em prol da

população.

Palavra-chave: ação judicial, medicamentos.

Nome do Relator: Ana Beatriz Perez Afonso

A ANÁLISE DAS AÇÕES JUDICIAIS DE UMA OPERADORA DE PLANOS PRIVADOS

FRENTE À JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE

Ana Beatriz Perez Afonso

1, Ana Maria Laus

2, Carla Aparecida Arena Ventura

3

1 Mestranda em Enfermagem da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo,

[email protected] 2

Doutora em Enfermagem, Livre Docente da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade

de São Paulo, [email protected] 3

Livre Docente da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Professor

Associado do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas, [email protected]

RESUMO

A judicialização é um tema recorrente tanto na esfera pública quanto na privada e vem

ocupando boa parte da agenda de discussão dos gestores. O objetivo do presente estudo é

analisar as ações judiciais relacionadas a coberturas assistenciais em uma operadora de plano

de saúde. Trata-se de estudo de coorte transversal realizado em uma operadora de plano de

saúde do estado de São Paulo, Brasil, que atende mais de cem mil beneficiários. A população

do estudo foi às demandas judiciais ajuizadas e recebidas entre 2012 e 2015, categorizadas

segundo a natureza da ação. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética (CAAE

46577015.6.0000.5393). Foram 158 ações analisadas, movidas por 152 beneficiários que

correspondem a um gasto crescente de mais de R$ 5 milhões para a operadora por ano que

não faziam parte do orçamento. Os três maiores motivos de ações judiciais foram: solicitações

de realização de procedimentos médicos, liminares de outras operadoras em que a operadora

estudada era citada e solicitações de tratamentos (quimioterapia, radioterapia, etc). Nas

solicitações por procedimentos médicos o mais acionado foi realização de Rizotomia

Percutânea (27,03% do grupo estudado), que conforme análise não se enquadrava nas

diretrizes na época e por isso eram negadas. No caso das liminares de outras operadoras

foram 31 ações, e a operadora estudada foi acionada pois o beneficiário estava em sua área

de ação. Nas ações por tratamentos as solicitações de quimioterapias (44%) para realização

em redes não credenciada da operadora foi o motivo mais solicitado. Concluiu-se que a Lei

9.656/1998 foi determinante para os beneficiários recorrerem ao Judiciário por coberturas

assistenciais impactando de maneira significativa na gestão das operadoras de plano privado.

Novas tecnologias e protocolos médicos estimulam a procura dos beneficiários pelo que

consideram seu direito no pleito pela assistência à saúde.

Palavra-chave: judicialização da saúde, planos privados de saúde.

Nome do Relator: Ana Beatriz Perez Afonso

POLITICAL ASPECTS OF THE DIAGNOSIS OF BREAST CANCER: ETHICS IN NURSING CARE

Ana Fátima Carvalho Fernandes

1, Camila Brasil Moreira

2, Carla Monique Lopes Mourão

3,

Míria Conceição Lavinas Santos4, Sadrine Maria Eufrasino de Pinho

5

1 Professor. Doctor in Nursing, Federal University of Ceará, [email protected].

2 RN. Master in Nursing, Federal University of Ceará, [email protected].

3 RN. Master in Nursing, Federal University of Ceará, [email protected].

4 Professor. Doctor in Nursing, Federal University of Ceará, [email protected]

5 RN. Graduated in Nursing, University of Fortaleza, [email protected]

ABSTRACT

The purpose of this study was to describe the Brazilian public health policies about the

diagnosis of breast cancer and the nursing role in front of this. A literature review on Brazilian

public policies aimed at this disease was performed. We searched CENTRAL (The Cochrane

Library), PubMed and SCOPUS for studies that prospectively examined the aspects related to

Brazilian public policies and the role of nursing around this subject. Others documents from

National Institute of Cancer was consulted to extract the main aspect involved into each public

policy registered. It was noted that the initiatives taken in the screening and diagnosis system

progressed in recent decades. However, the country still needs more investments to be able to

appropriately and completely treat these patients diagnosed with breast cancer. Nursing takes

on the role of mediator besides there are a lot of studies published discussing about it. The

analysis of the articles enabled to observe, besides the lack of participation of nursing in front of

the actions for diagnosis of breast cancer and its public policies, studies implies the need to

develop proposals to promote the fight for ethic in nursing rights.

Keywords: public policies, diagnosis, breast cancer, health policy, law, nursing.

Rapporteur name: Ana Fátima Carvalho Fernandes

OLHAR REFLEXIVO ACERCA DO ENVELHECIMENTO ATIVO: IMPLICAÇÕES PARA A

ENFERMAGEM

Cristhiano Neiva Santos Barbosa

1, Guilherme Guarino de Moura Sá

2, Maria do Livramento

Fortes Figueiredo 3, Ana Maria Ribeiro dos Santos

4, Silvana Santiago da Rocha

5, Márcia Teles

de Oliveira Gouveia6

1Enfermeiro. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, UFPI,

[email protected] 2Enfermeiro. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, UFPI,

[email protected] 3

Enfermeira. Doutora em Enfermagem, UFPI, [email protected] 4

Enfermeira. Doutora em Ciências, UFPI, [email protected] 5

Enfermeira. Doutora em Enfermagem, UFPI, [email protected] 6

Enfermeira. Doutora em Ciências, UFPI, [email protected]

RESUMO

O objetivo foi discutir as implicações do envelhecimento ativo para a enfermagem e as

percepções da sociedade sobre a velhice. Trata-se de estudo reflexivo acerca das questões

ligadas a longevidade humana e ao envelhecimento ativo e suas implicações para a

enfermagem. Buscou-se discutir relatórios oficiais acerca do envelhecimento e estudos

contemplando temática voltada para os cuidados de enfermagem e sua contribuição na

promoção do envelhecimento saudável e ativo. A enfermagem precisa reconhecer inicialmente

como a mudança do perfil demográfico tem influenciado a sua área de abrangência. Por seu

caráter holístico e transversal os profissionais desta categoria devem lançar mão de várias

metodologias de trabalho, articular-se com a equipe multiprofissional, a fim de desenvolver nos

cuidadores e nos próprios idosos, ações reflexivas e motivadoras, que possibilitem perceber o

envelhecimento como um processo benigno e não patológico. A promoção do envelhecimento

ativo inicia-se com a escuta ativa e estímulos para que essa população desenvolva suas

atividades normais, colocando suas habilidades em prática, por meio de uma assistência

humanizada e integral em todas as necessidades e contextos relacionados à pessoa idosa.

Para que o envelhecimento ativo seja vivenciado os profissionais devem permitir que os idosos

exerçam sua autonomia e vivenciem suas decisões pessoais promovendo uma expectativa de

vida saudável. Com isso, deve ser inerente a profissão buscar garantir o cumprimento das

políticas dirigidas aos idosos, com a finalidade de protegê-los da privação dos direitos a eles

garantidos. Concluiu-se que, desta forma, discutir e refletir sobre a temática do idoso na

contemporaneidade, enfatizando a promoção de um envelhecimento ativo e as considerações

emanadas da prática de enfermagem relacionadas a esse segmento populacional, suscita

repensar a ética do cuidado, que envolverá cuidar do ambiente, da família, da segurança, da

atenção à saúde como um todo e em um contexto intergeracional.

Palavra-chave: envelhecimento, enfermagem geriátrica, saúde do idoso.

Nome do Relator: Ana Maria Ribeiro dos Santos

AUTO-ESTIGMA, PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE:

UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Bruna Sordi Carrara

1, Carla Aparecida Arena Ventura

2

1Graduada em Psicologia. Mestranda em Ciências pelo programa de Pós-Graduação da Enfermagem

Psiquiátrica da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo – EERP/USP,

[email protected] 2

Professor Associado do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de

Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – EERP/USP, [email protected]

RESUMO

Os objetivos foram identificar, avaliar criticamente e sintetizar as evidências apontadas na

literatura sobre auto-estigma em pessoas com transtornos mentais e a busca de acesso aos

serviços de saúde. Os artigos foram retirados das bases de dados LILACS, PubMed, Web of

Science e CINAHL, selecionados e analisados por meio do método de Whittemore e Knalf

(2005) – identificação do problema, busca na literatura, avaliação dos dados, análise dos dados

e apresentação dos resultados. A pergunta norteadora do processo revisional foi construída por

meio da estratégia PICo, que consistiu em: P (pessoas com transtornos mentais), I (auto-

estigma/estigma internalizado), Co (serviços de saúde). Os artigos foram submetidos a uma

pré-seleção por meio de leitura do título e resumo, contribuindo para o elenco de trabalhos

associados à questão norteadora. Foram encontrados 149 artigos nas bases de dados, e a

partir da pré-seleção e filtragem, 9 artigos foram selecionados para leitura na íntegra e extração

de dados. Estes identificaram o processo da auto-estigmatização, dividido em dois aspectos

referentes ao auto-estigma de pessoas com transtornos mentais e a busca de serviços de

saúde: os níveis de auto-estigma e suas implicações na adesão ao tratamento e outros

aspectos da vida da pessoa com transtorno mental e os fatores associados ao auto-estigma e

utilização dos serviços de saúde. Conclui-se que a participação ativa e o engajamento em

todos os aspectos de cuidado facilitam o empoderamento das pessoas com transtornos

mentais para melhorar a adesão ao tratamento, diminuição do auto-estigma e aumento de

possibilidades de recuperação, sendo necessário, portanto, intervenções a nível individual para

minimizar as implicações da estigmatização.

Palavra-chave: auto-estigma, pessoas com transtorno mental, serviços de saúde

Nome do Relator: Bruna Sordi Carrara

DIREITO Á SAÚDE MENTAL E CRIME: COMPREENSÃO DOS PROFISSIONAIS DE

DIREITO QUE ATUAM NO PROCESSO DE MEDIDA DE SEGURANÇA

Bruna Tássia Souza Nakayama

1, Vítor Abrahão Sordi

2, Carla Aparecida Arena Ventura

3

1Enfermeira. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São

Paulo.Email:[email protected] 2

Advogado. Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Email:[email protected] 3

Professor Doutor. Universidade de São Paulo. . Email: [email protected]

RESUMO

Este estudo buscou identificar como os aplicadores da lei compreendem o direito à saúde

mental das pessoas com transtornos mentais que cometeram delitos. Os dados foram

coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas com operadores do direito que participam

do processo de execução e cumprimento de medidas de segurança e analisados por meio de

análise de conteúdo. Foram entrevistados 12 operadores do direito distribuídos entre

advogados, juízes, promotores de justiça, defensores públicos e delegados. Após a exploração

do material e sua respectiva codificação foram obtidas cinco categorias: Informante-chave e a

percepção prática da aplicabilidade da Lei 10.216; a Lei 10.216, sua representatividade e os

direitos das pessoas com transtornos mentais que cometeram delitos; o acompanhamento e a

comunicação do poder judiciário durante o cumprimento da medida de segurança; Dificuldades

no acesso ao direito à saúde mental pelas pessoas com transtorno mental que cometeram

delitos; e Efetividade do CAPS e dos Hospitais de Custódia na assistência às pessoas com

transtorno mental que cometeram delitos, que foram discutidas com o subsídio da literatura

científica sobre o objeto de pesquisa, culminado nas considerações finais, que apontaram que

a horizontalidade e participação da sociedade e das instituições que a compõem enquanto

poder público e Estado se fazem extremamente necessárias, e que há necessidade de uma

reestruturação urgente, que permita que as pessoas com transtornos mentais possam

protagonizar a garantia de seus direitos e tratamentos, ou corre-se um risco ainda maior de que

os casos dos ―loucos e criminosos‖ fiquem reduzidos a um número de processo na justiça e a

uma patologia nos serviços de saúde e de reclusão, fazendo parte de um modo produtivo de

atender demandas, e não de uma forma eficaz de gerar recuperação, ressocialização e

exercício da cidadania.

Palavra-chave: direitos humanos, saúde mental, medida de segurança, lei 10.216/2001.

Nome do Relator: Bruna Tássia Souza Nakayama

DISCUSSÃO DA AUTONOMIA E CAPACIDADE DE PACIENTES COMO FATOR

FUNDAMENTAL NAS RELAÇÕES MÉDICAS

Bruno de Paula Checchia Liporaci

1, Simoni Maria Teixeira Ricetti

2

1 Pós-graduando no curso de Especialização em Direitos Humanos da Faculdade de Direito de Ribeirão

Preto (USP). Graduado em Direito pela Fafram (Faculdade Francisco Maeda). Email:

[email protected] 2

Licenciada em Pedagogia pela Universidade Tuiuti do Paraná – UTP, especialista em Pedagogia na

Empresa pelo Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão - IBPEX e mestre em Bioética pela

Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR. Email: [email protected]

RESUMO

Por autonomia existem dois vieses que se entendem os indivíduos com capacidade plena, que

devem ser tratados com a sua autonomia independente, privada, e aqueles que têm a sua

autonomia diminuída, ou seja, não plena que são denominados vulneráveis e devem ser

protegidos eticamente pela sociedade e pela lei. O exercício da autonomia deve ser praticado e

reconhecido pelos entes da sociedade, fato que não ocorre, muitas vezes, pela falta de

informação, por achar que o indivíduo é incapaz e deve ser tratado como um ser à parte do

meio social, ou pelas formas de autoridades paternalistas, que observamos no nosso meio

social e por outros meios que ensejam um descumprimento do respeito e reconhecimento da

Autonomia. Temos como exemplo a relação Médico x Paciente, que na maioria das vezes

coloca em cheque a autonomia do indivíduo por falta de informação, autoridade profissional,

pressões familiares e sociais, o qual acaba desfazendo desta e escolhendo tratamentos ou

afins para os seus males, adversos daquele que desejava. Este estudo tem como objetivo

discutir a Autonomia, Seu exercício e Capacidade de pacientes sobre a escolha de algum

tratamento médico, procedimento, desde cirurgias e outros métodos invasivos. Trata-se de

uma pesquisa exploratória, de revisão da literatura. Conclui-se que a autonomia do paciente,

hoje em dia, ainda é bastante discutível no meio médico, não basta apenas fazer o juramento

de Hipócrates na colação de Grau, de respeito e ética ao paciente. Tem que colocar isto em

prática e evidência, só assim com uma atuação mais efetiva do profissional e maior

conhecimento do assunto, os pacientes terão os seus direitos protegidos e colocados em

prática e é esta autonomia que vem à tona quando falamos em tomada de decisão, pois é ela

que dará o afago para a realização do tratamento e do sucesso médico.

Palavra-chave: respeito, autonomia, medicina, ética, escolha.

Nome do Relator: Bruno de Paula Checchia Liporaci

A INFLUÊNCIA DAS TECNOLOGIAS E DA INTERNET NA QUALIDADE DE VIDA DE

INDIVÍDUOS COM DEFICIÊNCIA. UM VIÉS FACILITADOR LEGISLATIVO HUMANITÁRIO

Bruno de Paula Checchia Liporaci

1, Carla Aparecida Arena Ventura

2

1 Pós-graduando no curso de Especialização em Direitos Humanos da Faculdade de Direito de Ribeirão

Preto (USP). Graduado em Direito pela Fafram (Faculdade Francisco Maeda). Email:

[email protected] 2

Professor Associado do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de

Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – EERP/USP, [email protected]

RESUMO

Há várias formas de tecnologias expostas na sociedade, estamos vivendo em plena revolução

tecnológica: computadores, celulares, internet, navegadores específicos, impressoras 3D de

libras, carros adaptados e vários outros itens de tecnologia. Para os deficientes a tecnologia

serve para facilitar suas atividades diárias e inseri-los no meio social, elevando seu nível de

qualidade de vida, influenciando em sua saúde. As novas tecnologias da comunicação e da

informação começam a potencializar a construção de uma sociedade que, ao renunciar às

lógicas de exclusão, aproxima-se da utopia possível de inserção para todos os seus atores

sociais (CONFORTO; SANTAROSA, 2002). No entanto, nem todos os PCD têm acesso a estas

novas tecnologias, por falta de recursos financeiros, devido à grande desigualdade econômica

existente na sociedade brasileira, cria-se incentivos fiscais de isenções de IOF, PIS, Cofins, IPI

para melhorar o acesso de indivíduos com PCD a novas tecnologias, respeitando o direito

igualitária de todos, através da legislação, podemos citar inclusive o Marco Civil da Internet (Lei

n. 12.965/2014),que garante o acesso à internet por todos sem distinção. O objetivo deste

trabalho é demostrar através do estudo da revisão bibliográfica, a parte legislativa humanitária

existente seja por incentivos fiscais e por direito individuais e coletivos adquiridos para a

promoção da inclusão dos portadores de PCD ao acesso as novas formas de tecnologias e da

internet e a influência sob sua qualidade de vida. Finalmente afirmamos que estamos

profundamente convencidos de que se trabalharmos na construção de um mundo guiado pelo

Desenvolvimento Inclusivo, respeitando as diferenças, este será com certeza um mundo

melhor, mais pacífico, mais habitável, mais equitativo e inexoravelmente, com uma melhor

qualidade de vida e de saúde dos PCD (Adaptado– Carta do Rio/2004).

Palavra-chave: acesso, direito, deficientes, ética, qualidade de vida.

Nome do Relator: Bruno de Paula Checchia Liporaci

MORAL DISTRESS IN HEALTH PROFESSIONALS WHO WORK WITH ORGAN DONATION

Carla Aparecida Arena Ventura

1, João Paulo Victorino

2, Emanuele Seicenti de Brito

3

1 LLM, MBA, PhD, Associate Professor, University of São Paulo at Ribeirão Preto College of Nursing WHO

Collaborating Centre for Nursing Research Development. [email protected] 2

Nursing Student, University of São Paulo at RibeirãoPreto College of Nursing WHO Collaborating Centre

for Nursing Research Development. [email protected] 3

LLM, MSC. PhD student. University of São Paulo at Ribeirão Preto College of Nursing WHO

Collaborating Centre for Nursing Research Development. [email protected]

ABSTRACT

The purpose of this study is to describe the relationship regarding moral distress in health

professionals who work with organ donation. This is a theoretical reflection based on the

literature review about moral distress in health professionals who work with organ donation.

Moral distress has been defined as painful feelings and/or psychological disequilibrium that

occurs in situations in which the ethically right course of action is known but cannot be

taken/acted upon. As a result, persons in moral distress act in a manner contrary to their

personal and professional values. Nurses‘s experiences of moral distress most likely are

increasing in intensity and frequency. Some studies showed that the majority of clinical

situations that resulted in moral distress were related to end-of-life, including organ donation. In

most cases, the healthcare provider reported losing interest in organ donation on the

experiences on a daily bases and some interviewed removed the name from the list for organ

donation in the United States. It is known that health professionals, especially nurses, are seem

by society as examples to be followed with respect to making health decisions, including the

decision for organ donation. In this approach, understand the moral distress concept can

contribute to go beyond of addressing the worker‘s moral problems, enabling the increased

number of available organs for transplant worldwide.

Keywords: moral distress, intensive care unit, organ donation, ethics, nursing.

Rapporteur name: Emanuele Seicenti de Brito

A PRÁTICA PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO NA SAÚDE FAMÍLIA:

BIOPOLITICA, BIOPODER E SOFRIMENTO MORAL

Beatriz Santana Caçador

1, Flávia Regina Souza Ramos

2, Carolina da Silva Caram

3, Lilian

Cristina Rezende4, Maria José Menezes Brito

5

1 Doutoranda da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais. Professora da

Universidade Federal de Viçosa. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Administração e Enfermagem

(NUPAE). 2

Doutora em Filosofia. Professora da Universidade Federal de Santa Catarina. Pesquisadora do PRÁXIS

- trabalho, ética, saúde e enfermagem. 3

Doutoranda da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisadora do

Núcleo de Pesquisa em Administração e Enfermagem (NUPAE). 4

Doutoranda da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisadora do

Núcleo de Pesquisa em Administração e Enfermagem (NUPAE). 5

Doutora em Administração. Professora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas

Gerais. Líder do Núcleo de Pesquisa em Administração e Enfermagem (NUPAE).

RESUMO

Este estudo tem como objetivo compreender as vivências de sofrimento moral de enfermeiros

cuja prática profissional se desenvolve na saúde da família (ESF). Trata-se de pesquisa

qualitativa, realizada em um município da região metropolitana de Belo Horizonte, MG - Brasil.

Os participantes foram treze enfermeiros que atuam na ESF. Os dados foram coletados

mediante entrevista com roteiro semiestruturado. Utilizou-se o método filosófico conceitual e os

depoimentos foram analisados à luz da noção foucaultiana de biopoder. Os resultados

evidenciam que o sofrimento moral é vivenciado pelos enfermeiros ao assumirem atribuições

de competência do médico. Assim, percebe-se o distanciamento das virtudes inscritas na

enfermagem de modo a gerar deturpação de valores quando a prática profissional negligencia

o bem interno da profissão. Também gera sofrimento moral a imposição, por parte da gestão,

de controle e disciplina sobre a vida da comunidade pelos enfermeiros. À luz da análise

foucaultiana, as práticas de cuidado têm fortalecido a biopolítica e o biopoder, a despeito das

possibilidades de emancipação e desenvolvimento da autonomia dos sujeitos. O biopoder é um

constructo foucaultiano que descreve o exercício de poder sobre a vida, referindo-se à

disciplina anatomo-política dos corpos individuais e à regulação biopolítica da população

mediante estratégias de controle de mortalidade, natalidade e demografia. Ao serem impelidos

pela gestão a operar um modo de fazer saúde, fortalecendo práticas de dominação e

dependência dos sujeitos em detrimento da autonomia e responsabilização, os enfermeiros

vivenciam sofrimento moral. A despeito de não concordarem, os enfermeiros constroem a

prática profissional sob o paradigma da lógica de dominação e de docilização dos sujeitos.

Nome do Relator: Carolina da Silva Caram

ÉTICA PROFISSIONAL NO CUIDADO DE ENFERMAGEM À MULHER COM HIV DIANTE DA

IMPOSSIBILIDADE DA AMAMENTAÇÃO

Cleide Maria Pontes

1, Fernanda Demutti Pimpão Martins

2, Luciana Pedrosa Leal

3, Michelline

Santos de França 4, Marcos Venícios de Oliveira Lopes

5, Lorita Marlena Freitag Pagliuca

6

1 Enfermeira. Doutora em Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, [email protected].

2Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem, Universidade Federal de Pernambuco,

[email protected] 3

Enfermeira. Doutora em Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, [email protected]. 4Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem, Universidade Federal de Pernambuco,

[email protected] 5

Enfermeiro. Doutor em Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, [email protected]. 6

Enfermeira. Doutora em Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, [email protected].

RESUMO

O objetivo deste estudo foi descrever as práticas de cuidado à mulher portadora de HIV frente

à impossibilidade de amamentar na perspectiva da ética profissional da enfermagem. Trata-se

de uma revisão integrativa, com a questão norteadora: Como são abordadas as práticas de

cuidado de saúde à mulher com infecção por HIV diante da impossibilidade de amamentar? A

busca foi realizada nas bases de dados LILACS, BDENF e MEDLINE com os descritores:

enfermagem, HIV, aleitamento materno e amamentação. Os artigos deveriam responder a

questão norteadora; disponíveis na íntegra em português, espanhol e inglês; publicados entre

2010 e 2016. De um total de 39 estudos, seis foram selecionados, lidos na íntegra, extraídos os

resultados e discutidos na perspectiva da ética profissional da enfermagem. Constatou-se que

as práticas de cuidado à mulher portadora de HIV descrevem orientações que devem iniciar no

pré-natal, intensificadas no puerpério e alta hospitalar, em relação à: supressão da lactação

pelo uso de fármacos e/ou enfaixamento das mamas; motivos da contraindicação à

amamentação; direito de receber gratuitamente o leite artificial e seu preparo adequado;

relacionamento mãe-filho diante da não amamentação. Algumas mulheres se negam a usar o

enfaixamento das mamas e sentem-se constrangidas por compartilharem a mesma enfermaria

com nutrizes que são estimuladas a amamentar. O fato de não amamentar o filho gera

curiosidade nas pessoas e familiares, sentimentos de medo e ansiedade na mulher de ser

identificada como HIV positivo. A enfermagem deverá garantir o sigilo profissional da infecção

materna por HIV diante de outras pessoas e entidades, salvo aquelas que compõem a equipe

multiprofissional e necessitam dessa informação para prestar assistência. Concluiu-se que a

assistência de enfermagem deve ultrapassar os cuidados técnico-científicos quanto às

orientações acerca da não recomendação da amamentação pela mulher soropositiva e incluir

os aspectos ético-humanísticos, o respeito ao sigilo do diagnóstico da doença e a vivência da

alimentação artificial.

Palavra-chave: ética profissional, infecções por HIV, aleitamento materno, enfermagem,

educação em saúde.

Nome do Relator: Cleide Maria Pontes

EXCLUSÃO DO PAI NO PROCESSO DA AMAMENTAÇÃO: UMA QUESTÃO ÉTICA

Cleide Maria Pontes

1, Luciana Pedrosa Leal

2, Fernanda Demutti Pimpão Martins

3, Michelline

Santos de França 4, Marcos Venícios de Oliveira Lopes

5, Lorita Marlena Freitag Pagliuca

6

1 Enfermeira. Doutora em Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, [email protected].

2 Enfermeira. Doutora em Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, [email protected].

3Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem, Universidade Federal de Pernambuco,

[email protected] 4Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem, Universidade Federal de Pernambuco,

[email protected] 5

Enfermeiro. Doutor em Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, [email protected]. 6

Enfermeira. Doutora em Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, [email protected].

RESUMO

O objetivo deste estudo foi desvendar os motivos de exclusão do pai no processo da

amamentação. Trata-se de estudo descritivo, exploratório, qualitativo realizado na comunidade

do Bode, situada no VI Distrito Sanitário, em Recife-PE, Nordeste do Brasil. Os 17 casais

entrevistados eram pais de criança, entre seis e oito meses de vida, amamentada,

independente do tempo de duração dessa prática. As falas gravadas foram submetidas à

análise de conteúdo temática e interpretadas à luz dos princípios éticos. Estudo aprovado pelo

Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco. Constatou-se que

duas categorias emergiram da análise: 1) Dificuldades do pai em participar ativamente das

consultas pré-natais evidenciada pelas falas ―...ele ia ao pré-natal mas não perguntava... ficava

só ouvindo... não falava da amamentação que eu lembre não (M4)‖ e ―fui umas duas vezes ao

pré-natal... ficava só ouvindo o que a médica tinha para falar... ficava lá do lado... não falava nada,

ficava só olhando (H4)‖; 2) Sustação do direito do pai ao nascimento do filho constatada pela

informações de que ―eu fui barrado na porta da maternidade porque eu me atrasei, aí o médico

disse: ah, você não tinha falado antes... aí tive que ficar do lado de fora, esperando a criança vir ao

mundo (H 4)‖, ―eu não assisti não o parto. Os profissionais não deram permissão quando eu fui

levar a mulher para descansar (H13)‖ e ―eu fui para assistir o parto, mas fui impossibilitado de

assistir (H14)‖. Concluiu-se que as ações dos profissionais da saúde não permitem um

ambiente acolhedor ao pai, excluem-no de participar das etapas do ciclo reprodutivo,

descartando-o de vivências, imprescindíveis ao seu envolvimento no processo da

amamentação. Tais fatos confrontam com as recomendações dos órgãos governamentais, os

direitos adquiridos do casal cunhados por lei e os preceitos da ética profissional.

Palavra-chave: ética profissional, aleitamento materno, enfermagem, educação em saúde.

Nome do Relator: Cleide Maria Pontes

O CUIDADO DE ENFERMAGEM E A VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA: O ENFOQUE

DAS NECESSIDADES ESSENCIAIS E DEFESA DE DIREITOS

Marina Sayuri Yakuwa

1, Jaqueline Silva Santos

2, Letícia Pancieri

3, Raquel Dully Andrade

4,

Débora Falleiros de Mello 5

1 Enfermeira. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação Enfermagem em Saúde Pública, Escola de

Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil. Email: [email protected]. 2

Enfermeira. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação Enfermagem em Saúde Pública, Escola de

Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil. Email: [email protected]. 3

Enfermeira. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação Enfermagem em Saúde Pública, Escola de

Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil. Email: [email protected]. 4

Enfermeira. Doutora em Ciências. Pós-Doutoranda Pós-Graduação Enfermagem em Saúde Pública,

Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil. Email: [email protected]. 5

Enfermeira. Professora Associada do departamento Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública,

Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil. Email:

[email protected].

RESUMO

O objetivo deste estudo foi analisar as experiências de enfermeiros que atuam em unidades de

saúde da família quanto aos cuidados das crianças, na perspectiva da vigilância à saúde.

Trata-se de estudo exploratório, com análise qualitativa dos dados baseada na análise de

conteúdo do tipo temática indutiva, fundamentado nos princípios conceituais da vigilância à

saúde, necessidades essenciais e defesa de direitos humanos. Foram realizadas entrevistas

semiestruturadas com 21 enfermeiros de um município do interior paulista. Os resultados

apontam concepções e estratégias para a realização da vigilância à saúde da criança,

relevantes para a prática clínica na atenção primária à saúde da criança. Houve destaque para

uma visão de vigilância como ampliação do olhar profissional, com acompanhamento contínuo,

detecção precoce de problemas e agravos, enfoque no processo de crescimento e

desenvolvimento da criança, além da monitorização dos indicadores de saúde. Os participantes

indicam aspectos que direcionam para um exame mais detalhado do cotidiano da criança, com

atenção a elementos ou sinais que se repetem ou que fogem do trivial, buscando motivação

para ver o todo da saúde da criança e as informações necessárias para assegurar defesa de

direitos e um seguimento longitudinal para o cuidado integral à saúde da criança e sua família.

Nesse processo, é fundamental que o cuidado da criança seja permeado pelas necessidades

de relacionamentos sustentadores contínuos, proteção, respeito às diferenças individuais, experiências

adequadas ao desenvolvimento, estabelecimento de limites e construção de redes sociais estáveis e

amparadoras. Concluiu-se que o estudo traz contribuições para repensar o protagonismo do

enfermeiro e a prática da vigilância à saúde orientada por necessidades essenciais da criança

e defesa de seus direitos, que promova a integralidade da atenção à saúde da criança de

excelência, com segurança, qualidade e compartilhamento de saberes entre profissionais,

famílias e comunidade.

Palavra-chave: saúde da criança, vigilância, enfermagem, direitos humanos.

Nome do Relator: Débora Falleiros de Mello

ETHICAL USE OF CLINICAL HUMOR

Douglas P. Olsen

1

1 RN, PhD, Michigan State University College of Nursing, USA, [email protected].

ABSTRACT

To be respectful of patients, nurses must consider if it is ever appropriate to discuss clinical care

for humorous purposes. An easy answer would be that it is never appropriate to joke about

patients. However, experience and human nature suggest two arguments against blanket

admonition: 1) Jokes will made regardless of any prohibition, and 2) Good often comes from

humor. According to Vaillant (1992), humor is among the most mature of defense mechanisms

and therefore may be a healthy way to mitigate the emotional demands of nursing practice. If

humor can be a force for good and jokes are going to be made regardless, an ethical framework

for determining under what conditions humorous talk is ethical, and distinguishing acceptable

from disrespectful jokes is better than turning a blind eye. In this presentation guidelines are

developed for identifying respectful humor. Still, there is a contrast between the potential good

of clinical humor and the difficulty anticipating all who might be offended. Therefore, the

question of whether it is acceptable to make jokes that might be misunderstood by a lay person,

if one can reasonably ensure that the joke remains within the clinical circle, is considered.

Following this thread the implications of social media are reviewed in relation to clinical humor.

Sharing humor, while maintaining respect, is an effective and mature way to manage the

inevitable tragic and painful aspects of the human condition. Nurses deserve all appropriate

tools that be ethically deployed to accept the daily experience of witnessing and participating in

human suffering.

Rapporteur name: Douglas P. Olsen

ETHICS AND HUMAN RIGHTS IN POST-SECONDARY EDUCATION: STUDENTS AND

FACULTY EXPERIENCES OF ETHICAL ISSUES IN NURSING AND SOCIAL WORK

EDUCATION

Ebin J. Arries

1, Johner, R.

2, Luhanga, F.

3, Arvidson, S.

4, & Anonson, J.

5

1 RN, PhD, Faculty of Nursing and Faculty of Social Work, University of Regina; College of Nursing,

University of Saskatchewan. 2,3,4,5

Faculty of Nursing and Faculty of Social Work, University of Regina; College of Nursing, University of

Saskatchewan.

ABSTRACT

Globalization contributing to multi-contextuality and the mainstreaming of scientific and

technological advances, not only contributed to improvements in access to post-secondary

education, but raises several ethical concerns that can negatively impact educational processes

and outcomes. Evidence from research literature shows there is a need for an integrated

empirical exploration of ethical issues, focusing on undergraduate students, educators, and

clinical instructors; cooperation between theoretical and clinical instruction; and measuring

ethical outcomes. However, little is known about a shared understanding of ethical issues in

nursing and social work education, which in turn can impede inter-professional ethics

educational collaboration. This research study was undertaken as part of larger Q-

methodological project, whose overall purpose is to strengthen collaborative ethics education

and practices in nursing and social work education through an integrated understanding of

ethical issues and early indicators. The objectives are: (i) to explore experiences of ethical

issues from the perspectives of undergraduate students, faculty and clinical instructors; (ii)

understand how they characterize, respond to, and prioritize ethical issues and early indicators;

(iii) and analyze for patterns in their viewpoints. Three qualitative exploratory studies were

undertaken to develop a discursive field to achieve the first objective. Following ethical

approval, a series of semi-structured one-on-one interviews and focus groups were conducted

with a purposively selected sample of participants at a post-secondary education institution

among students and faculty. Transcripts were subjected to interpretative-phenomenological

analysis and rigour was ensured through openness, concreteness, resonance, balanced

integration, and actualization. In this presentation, participants will learn about the experiences

of undergraduate students, faculty and clinical instructors on ethical issues in nursing and social

work education. Lastly, we shall reflect on practice implications arising from the findings and

hope to stimulate a fruitful dialogue that will open-up possibilities to help inform planned action.

Rapporteur name: Ebin J. Arries

MINDFULNESS CONTRIBUTIONS TO ETHICS IN HEALTH CARE

Edilaine C. Silva Gherardi-Donato, Maycon Rogério Seleghim

ABSTRACT

This presentation aims to discuss the possibility of Mindfulness practice contribution for ethics in

health. It is known that emotions play an important role in ethical decisions and the provision of

clinical care takes place in a context full of emotions, both for patients and for health

professionals. Nurses, physicians and other professionals can and often feel a range of

emotions with patients and colleagues, especially in a mental health care. The cognitivist

perspective on ethical theories understand that emotions in general can disrupt or threaten to

ethical practice, as they interfere with the person‘s discernment for decision making. According

to this perspective, the process of ethical decision-making needs to move away from the

emotions so you can think clearly and objectively in situations. Mindfulness is a state of

receptive attention and awareness of present events, including feelings, thoughts and emotions.

The practice of Mindfulness improves focus, clarity and vividness of current experiences,

allowing a more accurate view of reality. In this sense, educational and health care institutions

have used the practice of Mindfulness as a strategy to promote ethical decision-making,

considering the effect of this practice in the levels of attention and awareness, and control of

emotions.

Keywords: mindfulness, ethics, health, mental health.

Rapporteur name: Edilaine C. Silva Gherardi-Donato

DIREITOS HUMANOS E DEMANDA DE SAÚDE MENTAL NA

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO (DPESP)

Edilene Mendonça Bernardes

1, Carla Aparecida Arena Ventura

2

1 Doutora em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Mestre em Ciências, Bacharel e Licenciada em Psicologia pela Faculdade de Psicologia da Faculdade de

Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Especialista em Gestão e

Tecnologias da Qualidade pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Psicóloga da Prefeitura

do Campus Administrativo de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. [email protected]. 2

Doutora em Administração pela Universidade de São Paulo. Mestre em Direito Internacional pela

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Especialista em Administração pela Universidade

de São Paulo. Graduada em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

Graduada em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília. Professora Associada do

Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de Enfermagem de Ribeirão

Preto da Universidade de São Paulo. [email protected].

RESUMO

O estudo teve como objetivo analisar a percepção de defensores públicos sobre a atuação da

DPESP na garantia de direitos humanos da demanda de Saúde Mental. Trata-se de um estudo

qualitativo sociojurídico com fundamentação teórico-metodológica na Sociologia das

Ausências. Foram realizadas entrevistas não estruturadas com dois defensores públicos

considerados informantes-chave por ocuparem posições estratégicas para o acesso às

informações em pauta. A análise de dados seguiu a Análise de Conteúdo, especificamente, a

Análise Temática. Foram identificados onze temas: (i) barreiras de acesso à defensoria e

necessidade de portas alternativas para a demanda; (ii) limitações e riscos de se manter uma

atuação em supressão de direitos (internação; interdição); (iii) impasses em relação às

solicitações/procedimentos de interdição; (iv) críticas a legislação de saúde mental e barreiras

para atuação da defensoria; (v) crítica a lógica da proteção social e do afeto autoritário; (vi)

violação de direitos em comunidades terapêuticas; (vii) impasses relacionados aos direitos das

pessoas portadoras de transtornos mentais para cuidar /conviver com seus filhos; (viii) perda

do pátrio poder/ convívio com filhos em razão de transtornos mentais; (ix) privatização na

saúde mental e falta de fiscalização de instituições; (x) fluxo para encaminhamentos para a

internação/tratamentos; (xi) atuação interdisciplinar. Conclusões: a percepção dos defensores

sobre a atuação da defensoria pública paulista trouxe à tona limitações da própria defensoria;

divergências em procedimentos de interdição, de internação e de supressão de direitos; e

críticas à legislação e privatização da saúde mental e da lógica de proteção vigentes. Em

contrapartida trouxe, também, ênfase no estabelecimento de fluxo para atendimento da

demanda na instituição; a implantação de portas alternativas para o acesso à justiça que

atendam as vulnerabilidades da demanda e a implantação de trabalhos interdisciplinares

visando à garantia de direitos humanos da população com demanda de saúde mental.

Palavra-chave: direitos humanos, saúde mental, defensoria pública, população vulnerável, direito à saúde. Nome do Relator: Edilene Mendonça Bernardes

INVOLUNTARY PSYCHIATRIC ADMISSION: COMPARATIVE STUDY OF MENTAL HEALTH

LEGISLATION FROM BRAZIL AND ENGLAND/WALES

Emanuele Seicenti de Brito

1, Carla Aparecida Arena Ventura

2, Robert Jago

3, Ann Gallagher

4

1 LLM, MSC. PhD student. University of São Paulo at Ribeirão Preto College of Nursing WHO

Collaborating Centre for Nursing Research Development. [email protected]. 2

LLM, MBA, PhD, Associate Professor, University of São Paulo at Ribeirão Preto College of Nursing WHO

Collaborating Centre for Nursing Research Development. [email protected]. 3

University of London. [email protected]. 4

University of Surrey, [email protected].

ABSTRACT

Involuntary admission is a controversial measure that can lead to violation of various human

rights. From this perspective, legislation must define and limit the circumstances in which this

may occur preventing human rights violations. This descriptive-comparative study aimed at

analyzing the similarities and differences between the mental health‘ laws related to involuntary

psychiatric admission in Brazil and England/Wales. Data were collected through bibliographic

and documentary research. The analysis was based on the World Health Organization‘s

Checklist on Mental Health Legislation, using the comparative method. Results showed that the

Brazilian legislation meets 52 (31.32%) of the 166 WHO standards, while legislation in

England/Wales meets 90 (54.2%). In addition, the law from England/Wales establishes clearer

and detailed procedures for "involuntary admissions" and has "oversight and review

mechanisms" more effective than Brazil; the legislation presents a medium compliance of

"competence, capacity and protection", and Brazil does not address these issues in its

legislation; Brazilian legislation establishes a larger list of "fundamental rights", but does not

provide "penalties" for the breach of those rights, while England/Wales meets WHO criteria in

relation to this issue. The main similarities between Brazil and England/Wales refer to standards

that require review: "voluntary patients", "emergency treatment", "economic and social rights",

"civil issues" and "protection of vulnerable groups." Both jurisdictions also have the same level

of compliance regarding "clinical and experimental research", and "special treatments, seclusion

and restraint‖. This study may bring light for a reflection from competent authorities on the need

to have audits for national mental health legislations, carried out by multidisciplinary

committees, as recommended by WHO.

Keywords: human rights, mental health, patients rights, involuntary admission, brazil,

england/wales, comparative study.

Rapporteur name: Emanuele Seicenti de Brito

ÉTICA E HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE MENTAL: PERCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS DE

ENFERMAGEM

Fernanda Cristina Lemos Mendes

1, Ronildo Alves dos Santos

2

1 Enfermeira, Mestranda em Enfermagem Psiquiátrica, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto,

Universidade de São Paulo, [email protected]. 2

Professor Doutor, Depto Enfermagem Psiquiátrica, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto,

Universidade de São Paulo, [email protected].

RESUMO

O estudo teve como objetivos identificar e analisar os significados atribuídos à ética e ao

cuidado humanizado por profissionais de enfermagem que atuam no campo da saúde mental.

Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa de caráter exploratório e descritivo, que faz

uso de levantamento bibliográfico em bases de dados eletrônicas, de questionário com

perguntas semiestruturadas, para coleta de dados, e da técnica de análise de conteúdo, para a

análise de dados. O estudo contempla, como resultado parcial, dados que foram coletados

através de leitura de textos brasileiros disponíveis em bases de dados eletrônicas, que

embasam condutas éticas na prática profissional de enfermagem. Foi encontrado disposto no

Caderno HumanizaSUS de Saúde Mental um capítulo dedicado a considerações éticas, que

traz a perspectiva de uma ― ética radical‖, a qual, apesar de ser definida como modelo ético,

não está suficientemente delineada. Outros estudos indicam que o posicionamento adotado

frente a dilemas éticos por profissionais de enfermagem está fortemente vinculado a

imposições que se dão através de códigos (de ética) e políticas e, como consequência, esses

profissionais são ―norteados‖ através desses dispositivos éticos do ―como devo fazer‖, e não do

―como devo ser‖, o traz implicações para o cuidado prestado. Percebe-se que considerando

que o cuidado no âmbito da saúde mental e, particularmente, o cuidado humanizado

perpassam as concepções e posicionamentos éticos assumidos pelos profissionais de

enfermagem em sua prática cotidiana, torna-se relevante ampliar as discussões sobre a

relação ética e humanização no cuidado ao paciente em sofrimento psíquico, tendo em vista a

constituição de profissionais com sensibilidade social e posicionamento profissional virtuoso.

Palavra-chave: ética, saúde mental, humanização.

Nome do Relator: Fernanda Cristina Lemos Mendes

ASPECTOS POLÍTICOS, SOCIAIS E ÉTICOS EM UM CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

ENFERMAGEM NOS MOLDES DE RESIDÊNCIA

Gicélia Lombardo Pereira

1, Josete Luzia Leite

2

1 Doutora em Ciência do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Biociência, da Universidade

Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Profª do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica

da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. E-mail:

[email protected]. 2

Doutora, Professora Emérita do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de

Enfermagem Alfredo Pinto, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, do Programa de

Doutorado em Enfermagem da UNIRIO e do Programa de Doutorado da Escola de Enfermagem Anna

Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

RESUMO

O estudo teve como objetivos descrever a construção do Curso de Pós-Graduação em Nível de

Especialização, sob a Forma de Treinamento em Serviço para Enfermeiros, nos Moldes de

Residências no movimento das políticas de saúde e do ensino e, analisar os aspectos éticos de

sua repercussão no ensino e na assistência de enfermagem segundo a ótica do Enfermeiro

Preceptor. O estudo tem aderência à linha de pesquisa ―Bases fundamentais, culturais,

ambientais e históricas do cuidado‖, da área de concentração ―Enfermagem, biociência, saúde,

ambiente e cuidado‖, do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Enfermagem e

Biociência da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO. Trata-se de um

estudo descritivo, abordagem qualitativa, de método Estudo de Caso. A pesquisa foi realizada

das fontes primárias dos Acervos do Curso, de documentos oficiais das Políticas de Saúde e

de Ensino e, de entrevistas com os Enfermeiros Preceptores. Os dados foram obtidos durante

as atividades essenciais do cotidiano do Curso, enquanto a pesquisadora consultava os

documentos e arquivos, na Instituição de Ensino. A seleção dos Enfermeiros Preceptores,

participantes da pesquisa, ocorreu de amostra por conveniência, a partir do banco de dados

existente no acervo do Curso. As entrevistas aconteceram em horários e locais, de acordo com

a disponibilidade de cada Enfermeiro Preceptor, que foram identificados, após consentimento,

por um número, de acordo com a ordem cronológica das entrevistas. Para análise utilizou-se a

técnica de evidências cronológica de estudo de caso, respeitando-se os aspectos éticos. Os

resultados evidenciaram os movimentos de elaboração e implementação do Curso,

perpassando as mudanças ocorridas nos Serviços de Saúde e no Ensino, concomitante a

percepção do Enfermeiro Preceptor no processo de desenvolvimento e implantação do Curso

nas diversas Unidades de Saúde, das esferas governamentais e das Forças Armadas, por

meio de convênio de cooperação técnica com a universidade. Os Enfermeiros Preceptores

destacaram algumas atividades, de relevância, desenvolvidos na modalidade de Treinamento

em Serviço para os Enfermeiros Residentes, bem como com os Enfermeiros Residentes, que

perpassam nas relações interpessoais e tecnológicas do cuidado, contribuindo na formação e

integrando trocas de saberes. Concluiu-se que, o Curso se desenvolve em triplo movimento,

trabalhar especializando, especializar pesquisando e pesquisar trabalhando, produzindo

conhecimentos através de ações da realidade. Estes movimentos acompanham as mudanças

constantes nas Políticas de Saúde e de Ensino e repercutem nas pesquisas desenvolvidas

pelos Enfermeiros Residentes, tendo co-autoria participativa dos Docentes e Enfermeiros

Preceptores, nos trabalhos de conclusão do Curso. Assim, o estudo pretende deixar uma

contribuição de interesse público para reflexão do constructo de um Curso de Pós-Graduação

Lato Sensu, cuja essência formadora está no aprimoramento do Enfermeiro Residente.

Palavra-chave: política de saúde, ensino, legislação de enfermagem, capacitação em serviço.

Nome do Relator: Gicélia Lombardo Pereira

ADVOCACIA EM SAÚDE E O CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

Gustavo D‘Andrea

1, Carla Aparecida Arena Ventura

2

1 Advogado, mestre em Ciências pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP

(FCLRP-USP), doutor em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP (EERP-USP),

professor contratado do departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da EERP-USP.

Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected] 2

Advogada, mestre em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP),

doutora em Administração pela USP, livre docente pela EERP-USP, professora associada 1 do

departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da EERP-USP. Ribeirão Preto, São

Paulo, Brasil. E-mail: [email protected]

RESUMO

A advocacia em saúde é um conceito relativamente novo e de acepção complexa, no Brasil. No

sentido mais divulgado pela OMS, ―advocacia é uma atividade-chave de promoção à saúde

para superar grandes barreiras na saúde pública e na saúde ocupacional.‖ (OMS, sem data,

tradução nossa) Não se confunde com a prática profissional do advogado. Relaciona-se com o

patrocínio de causas baseadas em Direitos Humanos por toda pessoa com determinação para

protagonizar ações sociais e ajudar na realização plena de direitos. A área da Saúde tem

assistido a um movimento crescente de empoderamento dos seus profissionais, por meio de

pesquisas, opiniões, ativismos, eventos, políticas públicas e leis, no sentido de destacá-los

como promotores dos Direitos Humanos no contato com indivíduos com necessidades de

saúde. No entanto, observa-se que a advocacia em saúde, no Brasil, por falta de um amparo

mais estruturado, sujeita os profissionais da saúde a se tornarem ―advogados‖ não por se

verem em ambiente que os acolhe dessa forma, mas porque suas subjetividades assim os

impelem. No campo da Saúde, a Enfermagem tem se destacado no sentido de se colocar a

favor da defesa dos Direitos Humanos, provavelmente por seu contato mais direto com os

usuários de serviços de saúde. Questionamos se, nesse contexto, o enfermeiro estaria

amparado pelas normas éticas do seu órgão de classe. Trata-se de um estudo reflexivo, com o

objetivo de identificar, no corpo da regulamentação deontológica profissional na área de

Enfermagem, as bases positivas que amparem o papel social do enfermeiro na advocacia em

saúde. A busca das informações segue a linha da hermenêutica jurídica, especialmente do

ponto de vista sistemático, procurando identificar como o ordenamento jurídico como um todo

dá ao enfermeiro a segurança jurídica para tal empoderamento social. Identificamos, no Código

de Ética dos Profissionais de Enfermagem, aprovado pela Resolução do COFEN nº 311/2007,

elementos que demonstram estarem os enfermeiros embasados para exercer a advocacia em

saúde. A resposta está, principalmente, no campo de seus direitos, deveres e proibições em

suas relações com a pessoa, a família e a coletividade (artigos 10 a 35 da resolução

mencionada), pois é ali que se podem vestir de defensores de direitos, ampliando o espectro

do cuidado em Enfermagem.

Palavra-chave: advocacia em saúde, enfermagem, código de ética. Nome do Relator: Gustavo D‘Andrea

HUMAN RIGHTS IN MENTAL HEALTH: CRITICAL VOICES FROM IRELAND

Harry Gijbels

1, Lydia Sapouna

2

1 Senior Lecturer, School of Nursing and Midwifery, [email protected]

2 Lecturer, School of Applied Social Studies, University College Cork, [email protected]

ABSTRACT

Concerns about human rights in mental health care in Ireland continue to prevail. Such

concerns include forced treatment, lack of treatment choices, abuse of professional power,

over-reliance on and excessive use of medication, discrimination and stigmatisation, inhumane

physical conditions in hospital units and lack of meaningful community-based alternatives to

hospitalisation. Increasing resources is often viewed as the solution to alleviate such concerns.

However this view does not question the way in which human distress is understood and

responded to. Research has demonstrated that promoting the traditional bio-psychiatric model

has served to worsen people‘s human rights in mental health. Critical perspectives have

emerged to address human rights in mental health. Such perspectives have been voiced in

various ways by a diverse range of ‗actors‘, such as people who describe themselves as service

users, survivors, patients, members of the mad community, carers, family members,

practitioners, professionals, academics, and members of the public. At the 2010 critical

perspectives‘ conference, organised annually by the presenters in University College Cork in

Ireland since 2009, the Critical Voices Network Ireland (CVNI) was launched to provide an

environment for people to present, discuss and debate critical approaches and initiatives in

mental health. In this presentation human rights in Irish mental health care will be discussed.

The work of the CVNI will be presented, followed by a discussion around some of the issues

which have arisen since the formation of the network, including such themes as: critically

engaging with students in nursing and social work education; working with conflicting voices and

agendas; embracing uncertainty; working inside or outside systems; engaging with the media/

issues of representation

Rapporteur name: Harry Gijbels; Lydia Sapouna

DEPENDÊNCIA QUÍMICA: UMA REFLEXÃO SOBRE AUTONOMIA DO USUÁRIO

Ana Luzia Medeiros Araújo da Silva

1, Eliana Lessa Cordeiro

2, Marília Alves dos Santos

Pereira3, Iracema da Silva Frazão

4

1 Enfermeira, Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de

Pernambuco. e-mail: [email protected] 2

Enfermeira, Mestranda do Programa de Neuropsiquiatria e Ciência do Comportamento da Universidade Federal de Pernambuco. E-mail: [email protected] 3

Enfermeira, Mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco. E-mail: [email protected] 4

Enfermeira, Doutora em Serviço Social/UFPE, Docente da Graduação do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco. E-mail: [email protected]

RESUMO

O uso de substâncias psicoativas (SPA) é considerado um fenômeno biológico e social que

vem sendo bastante discutido na atualidade dada a sua visibilidade nos últimos anos, sendo

pauta para debates que o analisam sob diversas perspectivas e incluindo vários setores da

sociedade, tais como a saúde, a assistência social e os dispositivos jurídicos. Nas discussões

sobre o uso de SPA e da dependência química, alguns fatores são levantados devido a

multidimensionalidade do fenômeno tais como a motivação para o uso, os efeitos na saúde do

indivíduo e as repercussões sociais, o que incentiva a formulação de políticas públicas

integradas e intersetoriais, visando a proteção do sujeito de forma integral. Nesse sentido,

alguns conceitos e estratégias são postos no centro das políticas a fim de garantir que o

usuário de SPA seja atendido de forma integral no tocante à sua saúde e o entendendo como

um produto social. Dentre os direitos assegurados ao indivíduo, a autonomia se configura como

uma das variáveis determinantes nas estratégias de assistência ao usuário e ponto de partida

para os planos de cuidado de forma geral. Dessa forma, pretende-se explorar os sentidos da

autonomia sob o ponto de vista filosófico e como ela vem sendo aplicada nas políticas públicas

de saúde voltadas para o fenômeno da dependência química. No campo das práticas de

saúde, bem como na formulação de políticas, o usuário é na maioria das vezes, apenas um

ator que tem pouco poder de decisão sobre a condução de suas ações. A reflexão sobre as

práticas de saúde no contexto da saúde mental e uso de drogas deve ser iniciada levando o

profissional a formular novas formas de cuidar, considerando o cuidado integral, lembrando que

essa integralidade só será atingida a partir das necessidades daquele que precisa ser cuidado,

perpassando singularidades e particularidades.

Palavra-chave: saúde mental, dependência química, ética principialista, autonomia.

Nome do Relator: Iracema da Silva Frazão

DILEMAS ÉTICOS E A SEGURANÇA DO PACIENTE NAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO DE UMA CIDADE DO INTERIOR DE SÃO PAULO

Cláudia Morita Barros Aoki¹, Lílian Freitas Barbosa ², Paulo Henrique dos Santos Guimarães³, Maria de Fátima Paiva Brito 4, Tânia Aparecida Cancian Masella 5.

1 Discente. Curso de Curso de Graduação em Enfermagem , Centro Universitário Barão de Mauá, E-mail:

[email protected] ²Discente . Curso de Curso de Graduação em Enfermagem, Instituição, E-mail: [email protected] ³Discente. Curso de Graduação em Enfermagem, Instituição, E-mail: [email protected] 4

Enfermeira. Doutora , Centro Universitário Barão de Mauá e Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, E- mail : [email protected] 5

Enfermeira. Mestre , Centro Universitário Barão de Mauá e Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto , E- mail : [email protected]

RESUMO

O objetivo deste estudo foi descrever como os enfermeiros que trabalham nas unidades de

emergência da cidade de Ribeirão Preto lidam com os dilemas éticos relacionados com a

segurança do paciente. A metodologia utilizada foi um estudo de delineamento de pesquisa

não experimental tipo descritiva e método quantiqualitativo com aplicação de questionário,

composto de questões abertas e fechadas, dando assim mais liberdade para os participantes

exporem suas ideias. O Estudo foi aprovado pelo Secretário Municipal de Saúde de Ribeirão

Preto e pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Barão de Mauá. Foram

incluídos na amostra da pesquisa os profissionais de nível superior em enfermagem, que

atuam nas Unidades de Pronto Atendimento da cidade de Ribeirão Preto que aceitaram o

convite e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A coleta de dados foi

realizada pelos próprios pesquisadores nos meses de junho e julho de 2016. Os resultados

evidenciaram que a maioria das infrações e dilemas éticos nestas unidades estão relacionadas

à falta de treinamento da equipe de enfermagem, falta de comunicação e sobrecarga de

trabalho. Quanto às falhas que mais ocorrem, estas estão relacionadas a erros de medicação e

demora no atendimento. Quanto aos motivos estes são por falta de atenção, dificuldade

relacionamento entre a equipe. Este estudo contribuirá para as ações de melhoria nestas

unidades quanto as aspectos éticos e de segurança do paciente, bem como na formulação de

estratégias para educação permanente relacionados a esta temática.

Palavras-chave: enfermagem, ética, segurança do paciente. Nome do Relator: Maria de Fátima Paiva Brito

THE ETHICAL CONFLICT ON ABORTION: FROM PERSPECTIVE OF GILLIGAN’S ETHIC

OF CARE

Mariko KONISHI

1

1Japan Society for the Promotion of Science, email: [email protected]

ABSTRACT

The ethical issue of abortion has been mainly regarded as ―right‖ matter such as right to life of

fetus, right of self- determination of women, property right to the person body. However many

women who face the abortion are not described their ethical conflict with ―right‖ term. When we

listen closely to their voice, we can hear some different voice which does not regard the abortion

issue as ―right‖ matter; ―I want to give birth to my baby, but I don‘t have ability of child raising,‖ or

―If I give birth to my baby, it would cause my boyfriend/husband and parents a lot of trouble.‖ It

implies that when we treat the issue of abortion on bioethics, only ―right‖ perspective is not

enough, since it is the women who get pregnancy and get the biggest inference from the

decision of abortion.Carol Gilligan, the pioneer of care ethics, catches the different voice of

women facing the abortion. Gilligan‘s ethics of care successes to give logical language of those

women, and that ethical view has the possibility which brings more real discussion toward

bioethics on the abortion. Even though her ethics of care has been payed attention by

researchers of various discipline, however, her work for abortion is not so attached great

importance by bioethics. The aim of this presentation is making a basement, which can treat the

ethical conflict and viewpoint of the abortion led from the ethics of care. For the purpose, first I

discuss the real voice of women facing the abortion and make clear what is overlooked with

Gilligan‘s work. Then I want to give position of Gilligan‘s abortion discussion in bioethics.

Reporter’s Name: Mariko Konishi

MORAL DISTRESS IN NURSING: COULD AN ETHIC OF CARE EVER BE THE SOLUTION?

Martin Woods1

1 Senior Lecturer, Victoria University and Mary Potter Hospice, e-mail: [email protected]

ABSTRACT

Moral distress remains a major cause célèbre in nursing around the world, often due to

arguments about its alleged conceptual and theoretical weaknesses. Fascinatingly, almost

exactly the same could be said of a nursing ethic of care, which although still popular at some

levels of nursing education, has also been extensively challenged as being of limited or no use

in nursing practices; and maybe even more so as an adequate response to moral distress.

In response, this paper examines the phenomenon of mortal distress and its impact on nursing

through a thematic presentation of nurses‘ narratives that were gathered at the same time as a

national survey of nurses (Woods et al., 2013; 2014). It will be argued that such data reveals a

great deal about the causes and effects of moral distress within a wide range of nursing

practices, and subsequently offers deeper insights into the phenomenon. The paper also

considers the now extensive but seemingly inconclusive arguments concerning whether or not

an ethic of care could help to explain and resolve nursing moral distress.

Subsequently, this paper is an attempt to highlight the moral issues that nurses face on a daily

basis in their various practices through their own narratives, and to promote greater

consideration of the as yet untapped usefulness of an ethic of care as a tool to both morally

examine and to predict ethical nursing practices.

Reporter’s Name: Martin Woods

O SOFRIMENTO MORAL EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Michelle Freire Baliza¹, Regina Szylit Bousso ², Kátia Poles³

1

Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, Brasil. [email protected] 2

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Livre-Docente do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica da Escola de Enfermagem da USP. São Paulo, Brasil. [email protected] 3

Enfermeira. Doutorado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo, Brasil. Professora Adjunta II da Universidade Federal de Lavras, Brasil. [email protected]

RESUMO

Revisar e sintetizar o conhecimento sobre o conceito de sofrimento moral em unidades de

terapia intensiva pediátrica. Revisão integrativa da literatura realizada no portal PubMed

(National Library of Medicine and National Institutes of Health) e na base de dados Scopus.: A

amostra foi constituída por 20 estudos publicados no período de 1992 a julho de 2016 que

atenderam os critérios estabelecidos. A análise destes estudos revelou três categorias: Fatores

que contribuem para o sofrimento moral; características do sofrimento moral e consequências

do sofrimento moral. Os resultados da revisão apontam para a necessidade de uma maior

compreensão do conceito na prática e consequentemente, um diálogo mais colaborativo entre

os profissionais de saúde.

Palavras-chave: sofrimento moral; revisão; enfermagem; unidade de terapia intensiva pediátrica. Nome do Relator: Michelle Freire Baliza

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E EMPATIA

Mirella Castelhano Souza¹, Isabel Amélia Costa Mendes², Simone de Godoy Costa³, Sara Soares dos Santos4, Maria Auxiliadora Trevizan

5

1

Enfermeira. Doutoranda. Enfermagem Fundamental. EERP-USP. Email. [email protected] 2

Enfermeira. Titular. Departamento EGE. EERP-USP. Email. [email protected] 3

Enfermeira. Doutor. Departamento EGE. EERP-USP. Email. [email protected] 4

Enfermeira. Mestranda. Departamento EGE. EERP-USP. Email. [email protected] 5

Enfermeira. Titular Aposentada. Departamento EGE. EERP-USP. Email. [email protected]

RESUMO

Identificar o estado da arte sobre o ensino de empatia nos cursos de Enfermagem. Trata-se de uma revisão de literatura realizada nas bases de dados PudMed, Scielo e LILACS, nos últimos cinco anos, disponíveis na íntegra em português e inglês, usando os descritores ―empathy, nursing e education‖. Foram encontrados 19 artigos disponíveis conforme os critérios de inclusão. Os estudos indicam ser necessário o desenvolvimento de um programa de treinamento estruturado sobre empatia. Enfatizam a necessidade de que o aluno seja preparado e tenha experiência e habilidade em falar com as pessoas, reconhecer e expressar sentimentos, ter mais condições de cuidar do paciente como um todo e não apenas concentrar-se no cuidado físico. A humanização da assistência precisa ser enfatizada, seus valores pessoais, respeito ao ser humano e saber agir terapeuticamente também é função do profissional de enfermagem. A literatura estudada recomenda ser necessário que os cursos de graduação que lidam com a saúde enfoquem a formação e a prática pedagógica, uma vez que, os pacientes necessitam de seres humanos e não apenas tecnicistas prestando cuidados.

Palavras-chave: enfermagem; empatia; educação. Nome do Relator: Mirella Castelhano Souza

CUIDADO SAÚDE E EMANCIPAÇÃO

Monika Wernet¹, Gabriela Junqueira Calazans², José Ricardo de Carvalho Mesquita Ayres³

1Doutora em Enfermagem. Departamento de Medicina Preventiva, Faculdade de Medicina, Universidade

de São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected] 2

Psicóloga. Mestre em Psicologia. Departamento de Medicina Preventiva, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected]. 3

Médico. Doutor em Medicina (Medicina Preventiva). Departamento de Medicina Preventiva, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected].

RESUMO

Tecer reflexão sobre o potencial emancipatório do cuidado em saúde à luz da Teoria do

Reconhecimento de Axel Honneth. Estudo teórico reflexivo desenvolvido a partir da leitura da

Teoria da Luta por Reconhecimento, de Axel Honneth na perspectiva de seus aportes para o

adensamento conceitual e implicações práticas do binômio Vulnerabilidade-Cuidado em saúde,

tal como proposto por Ayres e colaboradores. A Teoria Crítica, vertente filosófica na qual se

inscreve o filósofo Axel Honneth, volta-se ao diagnóstico social de conflitos e as possibilidades

de superação prática desses, sobretudo em termos de obstáculos e potenciais práticos de

emancipação. No contexto brasileiro comum são narrativas de usuários trazidas ao cuidado em

saúde que envolvem negligência, imprudência, imperícia, violências dentre outros

desrespeitos. No entendimento de Honneth, os desrespeitos vividos na vida cotidiana, em

especial os relativos à esfera do direito e da estima social, detêm potencial de promover luta

social e transformações normativas sempre que alcançam tal interpretação junto a um coletivo.

A intersubjetividade implicada no cuidado em saúde exige certa atitude do profissional diante

dos relatos de desrespeito. Na dependência da mesma, surgem conexões da autonomia

individual com vínculos comunitários e societários com potenciais para motivar e nortear

transformações das situações de vulnerabilização da saúde relacionadas às situações de

desrespeito. O profissional, a depender do como acolhe e lida com os desrespeitos

identificados nas diversas situações individuais e coletivas de cuidado, tem oportunidade de

revelar seu compromisso crítico com a emancipação humana, contribuindo ou limitando luta

por reconhecimento e cidadania.

Palavras-chave: vulnerabilidade, cuidado, desrespeito, luta por reconhecimento, teoria crítica,

Axel Honneth.

Nome do Relator: Monika Wernet

GÊNERO NO CONTEXTO DA ENFERMAGEM E A ÉTICA

Newton Ferreira de Paula Júnior¹, Marcelo Medeiros²

1Enfermeiro, Doutorando em Enfermagem pela Universidade Federal de Goiás, Enfermeiro da

Universidade Federal de Uberlândia (UFU), E-mail: [email protected] 2

Enfermeiro, Doutor em Enfermagem pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de

São Paulo (EERP), Docente da Universidade Federal de Goiás (UFG), E-mail: [email protected]

RESUMO

Compreender a luz da ética, como a questão de gênero está sendo tratada no contexto da

enfermagem. Estudo bibliográfico, de natureza qualitativa. Bases de dados LILACS, PubMed e

SciELO. Período (2005 a 2015). Descritores em português, inglês e espanhol. Uso de

operadores booleanos. Dos 85 artigos encontrados, 12 foram submetidos à análise. É

crescente as discussões de gênero na literatura científica. A categoria gênero passou por

várias transformações conceituais, em especial nos últimos quarenta anos. É perceptível a

questão ética fortemente presente nas discussões de gênero, uma vez que nesse contexto

discute-se os princípios morais que regem direitos e deveres dos indivíduos. Em 1970 a

perspectiva biologicista, engessada e fragmentada de gênero, fazia inferência apenas na

diferença entre os sexos (masculino e feminino). Isso foi contraposto após o lançamento de

novos olhares, a partir do momento em que se pensa gênero na perspectiva das ciências

humanas, de cunho qualitativo, em que se prese a cultura, as interações sociais e a

simbologia. Pode-se compreender as relações de gênero como relações de poder,

determinadas pelo social e baseadas em estereótipos. Nesse sentido, gênero significa um

símbolo que além de outros, estabelece regras para uma representação social. Não diferente

da evolução histórica da discussão de gênero de uma maneira geral, a enfermagem vem ao

longo de sua história passando por transformações, impulsionada por pesquisadores (as) que

se vinculam as ciências humanas, na tentativa de compreender e abolir desigualdades de

gênero. Gênero no contexto da enfermagem, nos desperta intensas provocações e

inquietações, uma vez que é percebido constantemente tendenciosidade nas relações

interpessoais entre os profissionais de enfermagem. Isso pode estar associado ao

conhecimento incipiente dos profissionais de enfermagem acerca dos princípios éticos, ou

pouco interesse dos mesmos pelo assunto. Essa tendenciosidade está fortemente arraigada

nos comportamentos e atitudes dos mesmos.

Palavras-chave: ética; enfermagem; identidade de gênero; poder (psicologia)

Nome do Relator: Newton Ferreira de Paula

A ÉTICA DO CUIDADO NA PERSPECTIVA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS E PROMOÇÃO DA

SAÚDE PARA IDOSOS

Newton Ferreira de Paula Júnior¹, Silvia Maria de Azevedo dos Santos², Marcelo Medeiros³

1 Enfermeiro, Doutorando em Enfermagem pela Universidade Federal de Goiás, Enfermeiro da

Universidade Federal de Uberlândia (UFU), E-mail: [email protected] 2

Enfermeira, PhD em Enfermagem pela Universidade de Alicante/Espanha, Docente da Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC), E-mail: [email protected] 3

Enfermeiro, Doutor em Enfermagem pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de

São Paulo (EERP), Docente da Universidade Federal de Goiás (UFG), E-mail: [email protected]

RESUMO

Investigar e descrever o estado da arte, na literatura científica, das Políticas Públicas e da

Promoção da Saúde para idosos, com vista a ética do cuidado. Revisão integrativa. Período

(2003 a 2012). Descritores em português, inglês e espanhol. Operadores booleanos. Artigos

on-line da PubMed; LILACS e SciELO. Instrumento proposto por Ganong (1987). Encontrou-se

224 artigos e, 28 submetidos à análise. Categorias que emergiram: Autonomia dos idosos e a

ética do cuidado; Conquistas dos idosos nas políticas públicas; Promoção da saúde dos

idosos. A ética do cuidado nos remete aos quatros princípios da bioética. No comprometimento

do princípio da autonomia, este deve ser substituído pela ética do cuidado. Em 1988, no Brasil,

o Estado assumiu responsabilidades que se alinham as questões de solidariedade e

indiscriminação. Em 1992 a Assembleia Geral da ONU, discutiu a população idosa. Em 1993,

foi sancionada a LOAS (8.742/93); em 1994, a Política Nacional do Idoso (PNI) (8.842/94); em

1999, a Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI) (1.395/99). Em 2002, ocorreu na Espanha,

a 2ª Assembleia Mundial do Envelhecimento. Em 2003, no Brasil, foi criado o Conselho

Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI) e aprovado o Estatuto do Idoso (10.741/03). Em 2005 a

OMS lança: ―Envelhecimento Ativo – uma política de saúde‖. Em 2006 foi: reformulada a PNSI;

aprovada a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) (Portaria 2.528/ 2006); e

aprovada a Política Nacional de Promoção da Saúde (Portaria 687/2006). Historicamente, as

políticas públicas para a saúde do idoso, foram discutidas em uma perspectiva individualizante

e fragmentária, configurando-se em um modelo pouco eficiente e pouco eficaz. A promoção da

saúde é uma estratégia de articulação transversal, que cria mecanismos capazes de reduzir

dentre outros, as situações de vulnerabilidade e defender a equidade, e isso vem ao encontro

da ética do cuidado.

Palavras-chave: ética; envelhecimento da população; saúde do idoso; promoção da saúde;

políticas públicas.

Nome do Relator: Newton Ferreira de Paula

IMPLEMENTING A MORAL DISTRESS CONSULTATION SERVICE

Phyllis Whitehead

1

1PhD, APRN, Carilion Clinic/Virginia Tech Carilion School of Medicine, e-mail:

[email protected]

ABSTRACT

Internationally, healthcare professionals are increasingly aware of the existence of moral

distress in the workplace and its potentially damaging long-term effects including burnout and

intent to leave a position or profession. Studies indicate that this is a multiprofessional

phenomenon and that 10-20% of physicians and nurses are considering leaving their positions

due to moral distress. In morally distressing situations, barriers against taking the right action

can be at the patient, unit, and/or organizational level. Overcoming these barriers requires

interprofessional collaborative effort and buy-in at different levels within the organization.

Strategies to address moral distress are needed but few have been proposed.

The University of Virginia (UVA) Moral Distress Consult Service (MDCS) was developed in 2006

and is an effective strategy that uses interprofessional dialogue to clarify moral distress root

causes, identify collaborative solutions that respect unit culture and protect provider integrity,

empower staff to implement these solutions, and provide follow-up. The UVA MDCS team has

conducted over 40 consults and given introductory training workshops at national conferences

to assist others interested in developing similar consult services.

After an institution-wide moral distress survey, efforts began at Carilion Roanoke Memorial

Hospital (an academic medical center) to implement interventions to mitigate moral distress for

all healthcare professionals. The moral distress survey revealed higher moral distress levels in

intensive care and adult settings and with providers who had received end-of-life training. In

collaboration with the UVA MDCS group, a MDCS was established to address institutional moral

distress. UVA consultants provided training outlining the structure of the consult process with

expected outcomes and strategies for minimizing moral distress. Two adult critical care units

were selected for a pilot program before implementation institution-wide. Challenges and

lessons learned will be presented in this team presentation highlighting the importance of

collaboration and communication among MDCS consultants and staff.

Reporter’s Name: Phyllis Whitehead

WORKING WITH THE DYING ELDERLY: ETHICAL AND PSYCHOLOGICAL ASPECTS OF

CARING

Polina Balkanska1, Sylvia Mladenova

2, Antonia Yanakieva

3, Aleksandrina Vodenicharova

4,

Evgeni Ivanov5, Nicola Georgiev

6

1Prof, PhD, Medical University of Sofia - Bulgaria, Faculty of Public Health, e-mail: [email protected]

2Prof, PhD, Medical University of Sofia - Bulgaria, Faculty of Public Health

3Assoc. Prof, PhD, Medical University of Sofia - Bulgaria, Faculty of Public Health, e-mail:

[email protected] 4Assistant, PhD, Medical University of Sofia - Bulgaria, Faculty of Public Health, e-mail:

[email protected] 5Assistant, PhD, Assistant, Medical University of Sofia - Bulgaria, Faculty of Public Health

6Assistant, PhD, Medical University of Sofia - Bulgaria, Faculty of Public Health

ABSTRACT:

―Dealing with death‖ is an important indicator of anyone‘s integrity. Whether they are the elderly

patient, the family member, or the health care professional, all people have to ultimately come

to terms with the fact that despite their efforts to postpone life and to fight death, the end is

inevitable. In many cases, however, this is not as easy as it seems because there are no clearly

defined treatments. This prognostic ambiguity may result either in an excessive attention to the

dying individual or in a lack of adequate care. With aging, people begin to face the question of

death and dying and so do their loved ones and the professionals who work with them. The

biggest challenge for the geriatric professionals in such instances is to support their patients

and to guide them through the stages of dying. When working with the dying elderly, we

become more sensitive to our own mortality and to our own vulnerability. However, if we focus

far too close and far too long on the illness and on the advanced age of our patients, our

relationship with them may be jeopardized. May result in feelings of rejection and guilt and

those are hard to handle. Finding ways to establish relationships that go beyond illness and

death thus becomes crucial in our efforts to maintain and promote the dignity, intimacy, and

quality of life that our elderly patients deserve. Adequate education and training of such

professionals is a necessary first step toward a more compassionate, humanistic, and dignified

care of the dying elderly.

Key Words: quality of care of the dying elderly, ethical and psychological issues, nursing

education

Reporter’s Name: Polina Balkanska

ETHICAL CHALLENGES IN IMPLEMENTATION OF INVIDUALIZED HEALTH CARE

Silviya Mladenova1, Polina Balkanska

2, Antoniya Yanakieva

3, Alexandrina Vodenicharova

4,

Evgeni Ivanov5

1Prof, PhD, Medical University of Sofia - Bulgaria, Faculty of Public Health

2 Prof, PhD, Medical University of Sofia - Bulgaria, Faculty of Public Health, e-mail: [email protected]

3Assoc. Prof, PhD, Medical University of Sofia - Bulgaria, Faculty of Public Health, e-mail:

[email protected] 4Assistant, PhD, Medical University of Sofia - Bulgaria, Faculty of Public Health, e-mail:

[email protected] 5Assistant, PhD, Medical University of Sofia - Bulgaria, Faculty of Public Health

ABSTRACT

In recent years in the field of healthcare and medicine appear various opportunities for the

application of individualized health care. Personalized care is based on a number of specific

research and testing that allow to find out the most appropriate treatments and therapies.

Personalized medicine is a model - an approach that offers individualized health care decisions

and practices tailored to each patient using genetic or other information.

The aim of the study was to explore the knowledge of health care professionals about some of

the health and ethical challenges of personalized medicine in terms of recent advances in

clinical ethics.

The study was conducted among 380 students from the Faculty of Public Health of the Medical

University - Sofia, trained in specialties "Health Care Management" and "Public Health and

Health Management". In the two subjects are taught health and medical professionals from all

specialties.

There is a desire in the majority of respondents to know the innovative theoretical achievement

and practices that continuously enter in the medical practice. The analysis of the survey show

that sometimes are possible various and unpredictable effects on the patient‘s privacy due to

the necessary individuliziranata medicine research.

Health professionals are aware of the moral side of the introduction of new clinical opportunities

in medical practice. They are aware that in the future to their responsibilities should be added

and the preparing of society for the perception of health and ethical challenges of predictive

medicine.

Key-words: individualized health care, health professional, ethical challenges

Reporter’s Name: Silviya Mladenova

AGIR ÉTICO NA SEXUALIDADE DE MULHERES COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Lorita Marlena Freitag Pagliuca¹, Cristiana Brasil De Almeida Rebouças², Luana Duarte

Wanderley Cavalcante³, Giselly Oseni Laurentino Barbosa 4

1Enfermeira, Doutora, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.

[email protected] 2

Enfermeira, Doutora, Universidade Federal do Ceará. [email protected] 3

Enfermeira, Doutora, Universidade Federal do Ceará. [email protected]

4 Enfermeira, Doutora, Universidade Federal do Ceará. [email protected]

RESUMO

Refletir acerca dos dilemas éticos envolvidos na sexualidade de mulheres com deficiência

visual.Estudo reflexivo, analítico, embasado no cuidado à mulher com deficiência visual. Efeitos

da exclusão social podem ser observados em nossa sociedade atual, quer devido à saúde,

religião, origem étnica, opção sexual, deficiência física ou mental, entre outros. Entre eles, as

mulheres com deficiência visual podem ser destacadas. Além das questões de gênero

envolvidas na sexualidade, a sociedade considera essas mulheres seres assexuados, que

devem ser protegidos e infantilizados. A negação da sexualidade, em combinação com fatores

como a desinformação, a pobreza e a estigmatização, contribuem para a marginalização social

e exposição às doenças. Autonomia é princípio central na área da saúde, que está

gradualmente se afastando de uma abordagem paternalista para uma individual, centrada no

cliente, onde o mesmo desempenha papel mais ativo na sua própria saúde e bem-estar.

Portanto, os enfermeiros precisam tomar iniciativas para promover a educação em saúde sobre

a sexualidade, com adoção de estratégias acessíveis às mulheres com deficiência visual. Na

consulta de enfermagem deve-se ter atenção para as palavras, sinais e expressões utilizadas

pelo paciente cego, para preservar sua autonomia. Essa abordagem exige que os pacientes

sejam responsáveis por suas decisões como também pelas consequências dessas escolhas. A

relação de cuidado estabelecida entre profissional e usuário deve ser considerado um exercício

ético. Enfermeiros devem garantir que o cuidado utilize os referenciais da bioética e seja

centrado nos usuários e acesso universal. Agir com discriminação e assistência de

enfermagem inadequada pode colocar o direito dos cidadãos em risco e até mesmo afastá-los

dos serviços. É fundamental que os enfermeiros ofereçam atendimento humanizado,

respeitando o direito dessas mulheres à privacidade e confidencialidade da informação,

atentando para o empoderamento, permitindo-lhes escolher prioridades e tomar decisões

autônomas em favor de sua saúde e qualidade de vida.

Palavras-chave: cuidado de enfermagem; sexualidade; pessoas com deficiência visual; ética.

Nome do Relator: Lorita Marlena Freitag Pagliuca

DIMENSÕES CULTURAIS E PARTURIÇÃO: REFLEXÕES ÉTICAS

Lorita Marlena Freitag Pagliuca¹, Gilmara de Lucena Beserra², Patrícia Domingos Melo³, Paula

Marciana Pinheiro de Oliveira 4

1Enfermeira, Doutora, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

[email protected] 2Enfermeira, Mestranda, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

[email protected] 3Enfermeira, Mestranda, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-

Brasileira [email protected] 4Enfermeira, Doutora, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

[email protected]

RESUMO

Analisar condições físicas e culturais de parturição entre países lusófonos. Estudo reflexivo

analítico acerca das questões ambientais e culturais sobre parturição. Processo parturitivo

tradicionalmente é de natureza familiar, individual e fisiológico, centrado na mulher e em quem

a auxilia. Neste contexto, apresenta-se carregado de rituais e significados culturais. A vivência

com estudantes de enfermagem de países de Língua Portuguesa em uma universidade no

Brasil tornou evidente a diferença de significados da parturição. No cenário brasileiro

hospitalização, isolamento da família, toques vaginais, tricotomia vulvo-vaginal transformou a

parturição em processo propício a intervenções, gerando expectativas negativas,

descaracterizando a mulher/mãe. Parto natural no Brasil, em casas de parto ou domicílio,

realizado por enfermeira obstetra ou acompanhado por doula são pontuais. Destaca-se a

fundação da Rede pela Humanização do Parto e do Nascimento que reconheceu o enfermeiro

na atenção obstétrica. Há estrutura ampla e complexa de atendimento ao parto no Brasil, com

cuidados dirigidos à mãe e recém-nato, porém a taxa de partos cirúrgicos alcança índices

alarmantes. Na África a estrutura de atendimento é precária, exames são escassos, mulheres

morrem 50 vezes mais no parto do que na Europa por infecção evitável com higienização das

mãos. Nos países de Língua Portuguesa a ancestralidade rege nascer, viver e morrer, os seres

estão sujeitos à energia do universo conformando saúde/doença, que denominam ―tradicional‖

diferentemente da cultura ocidental, é recusado o termo ―religião‖ para esta tradição.

Ancestralidade constrói arcabouço da doença e cura. Este cenário vai além dos conceitos

higienistas ocidentais. Cuidar exige respeito à ética do outro, o sincretismo religioso que negros

fizeram no Brasil é caminho para se fazer na saúde e unir tradição com modernidade

respeitando as diferenças e construindo saúde.

Palavras-chave: parto, enfermagem, cultura, ética.

Nome do Relator: Lorita Marlena Freitag Pagliuca

AÇÕES EDUCATIVAS DIRECIONADAS À AMAMENTAÇÃO E À ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR SAUDÁVEL: DIREITO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Luciana Pedrosa Leal¹, Cleide Maria Pontes², Marly Javorski³, Nayara Francisca Cabral de

Sousa4, Lorita Marlena Freitag Pagliuca5, Marcos Venícios de Oliveira Lopes6

1 Enfermeira, Doutora em Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, [email protected]

2 Enfermeira, Doutora em Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, [email protected]

3 Enfermeira. Doutora em Enfermagem, Universidade Federal de Pernambuco, [email protected]

4 Enfermeira. Mestre em Enfermagem, Universidade Federal de Pernambuco, [email protected]

5 Enfermeira. Doutora em Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, [email protected]

6 Enfermeiro, Doutor em Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, [email protected]

RESUMO

Investigar as ações educativas direcionadas às mães/cuidadores de crianças menores de dois

anos voltadas à promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e à alimentação

complementar saudável, conforme direitos garantidos pelo Estatuto da Criança e Adolescente.

Estudo transversal realizado por entrevista a 151 mães/cuidadores cadastradas nas unidades

básicas de saúde do Distrito Sanitário IV do Recife-PE. A prática alimentar foi avaliada por um

escore de cumprimento dos dez passos para alimentação saudável em menores de dois anos

recomendados pelo Ministério da Saúde do Brasil. Os dados coletados em 2015 foram

analisados estimando-se a mediana, frequências simples e relativas. A associação da prática

alimentar e ações educativas foi avaliada pelos testes qui-quadrado e exato de Fisher. O

projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPE. Em relação às ações

desenvolvidas pelos profissionais, 90,5% das mães/cuidadores referiram receber orientação

sobre aleitamento materno no pré-natal, 85,8% sobre alimentação complementar na

puericultura, sendo abordado o aleitamento materno (73,6%), introdução do suco (90,4%),

frutas (93,6%), refeição salgada (84%) e alimentação da família (7,2%). As dúvidas foram

esclarecidas durante as ações educativas para 93,8% das mães/cuidadores. A mediana de

cumprimento dos dez passos para alimentação saudável foi de 20%. Ter recebido orientação

sobre alimentação complementar na puericultura foi associado a maiores medianas (p=0,012).

Os profissionais da saúde realizam ações de educação, voltadas à promoção da amamentação

e alimentação saudável, porém não garantem essas ações a 100% da população atendida

conforme a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e o Estatuto da Criança e

Adolescente do Brasil. A baixa mediana de cumprimento dos dez passos para alimentação

saudável indica a necessidade de investigar a qualidade das práticas de cuidado à saúde de

mães, crianças e famílias na atenção básica, direito humano garantido em lei.

Palavras-chave: direitos da criança; cuidado da criança; educação em saúde; ética em

enfermagem. Nome do Relator: Luciana Pedrosa Leal

INCLUSÃO DA REDE SOCIAL DA MULHER/NUTRIZ NAS AÇÕES DE APOIO À AMAMENTAÇÃO: UM DESAFIO AO SABER PROFISSIONAL

Luciana Pedrosa Leal¹, Michelline Santos de França², Cleide Maria Pontes³, Fernanda Demutti

Pimpão Martins4, Lorita Marlena Freitag Pagliuca5, Marcos Venícios de Oliveira Lopes6

1Enfermeira, Doutora em Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, [email protected]

2Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem, Universidade Federal de Pernambuco,

[email protected] 3Enfermeira, Doutora em Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, [email protected]

4Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem, Universidade Federal de Pernambuco,

[email protected] 5Enfermeira. Doutora em Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, [email protected]

6Enfermeiro. Doutor em Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, [email protected]

RESUMO

Refletir aspectos éticos que permeiam a rede social da mulher/nutriz na promoção/proteção do

aleitamento materno. Reflexão teórica fundamentada em leitura crítica e interpretativa de

bibliografia relacionada ao tema. A amamentação desempenha papel importante na

constituição da relação mãe-bebê, podendo ser envolta num encontro de prazeres – olhar,

carinho, contato pele a pele; ou num desencontro de desprazeres (dificuldades inerentes ao

início da amamentação, relatos de crenças e experiências negativas de mulheres do seu

círculo social). A puérpera abstrai as experiências passadas com seus pais para construir suas

próprias vivências com seu bebê, tentando ser uma mãe tão boa como a sua, tendo a

responsabilidade de não repetir com seu filho modelos que desaprova em sua mãe. Sendo

esse um momento marcado pela fragilidade, necessitando do apoio dos integrantes de sua

rede social, como o companheiro e familiares. O pai tem um papel especial de proteger esse

contato mãe-bebê, intermediando o contato entre eles e o meio externo. Ao passo que dentro

dele também há um redemoinho de emoções em que restaura suas lembranças com seu pai

na transição do papel de filho para tornar-se pai. Em um mundo marcado pela individualidade e

ética hedonista, deve-se voltar para o resgate da sensibilidade e do diálogo, ainda mais, da

promoção das interações sociais e acolhimento da mulher e sua rede social, desarmando-se

da supremacia profissional e estabelecendo uma relação dialógica, no qual todos contemplam

e são contemplados. Esse é o desafio dos enfermeiros, ser éticos, respeitando a natureza

diretiva e política da educação, defendendo a amamentação, mas também acatando o direito

das nutrizes e famílias, num respeito mútuo. A promoção da amamentação pelos profissionais

da saúde deve ser permeada por princípios éticos que instrumentalizem a mulher e sua rede

social para a decisão de iniciar e manter a amamentação.

Palavras-chave: rede social; ética em enfermagem; aleitamento materno. Nome do Relator: Luciana Pedrosa Leal

BUILDING TOWARDS (ETHICAL) PROFESSIONALISM: MAKING MORAL DISTRESS A SUBJECT IN THE EDUCATION OF CARE PROFESSIONALS/NURSING STUDENTS

Maarten Devos1, Els Vanwynsberghe

2

1E-mail: [email protected]

2 E-mail: [email protected]

ABSTRACT

In this summary, we want to present some results of a research we did amongst our pupils and

students concerning moral distress. The study we organized was scientific supported through a

cooperation with an ESF-project. This practical research project is a cooperation of sTimul care-

ethics lab, Rhizo high schools and Howest University of applied sciences (nursing department).

In the first year we started with an online survey amongst graduate nursing students and high

school care students based on the survey of the ESF-project amongst care professionals in

retirement homes. We also needed comparisons and decided to do some interviews to hear

personal stories of moral distress. This led us to three types of frameworks in witch

professionals and students act. One framework is clear and filled with messages (of teachers,

supervisors, colleagues, parents, yourself) involving the possibility of growth, moral support,

mildness, recognition and trust. In this framework we noticed a great presence of moral

resilience.

In this second year we took the opportunity to work with caregivers on the field, teachers and

the students, to explore some tools to increase moral resilience. We have noticed that you can

teach this. We focused on discussing the frameworks and being aware of their position in the

organisation. We also increased there capability to take the space they needed to handle with

feelings of moral distress. We discussed this mental and physical space with the use of self-

made instruments.

Key-words: care-ethics lab, Moorsele, Belgium

Reporter’s name: Els Vanwynsberghe

DIFICULDADES DE ACESSO À REDE DE ATENDIMENTO A MULHERES EM SITUAÇÃO

DE VIOLÊNCIA SEXUAL: PERSPECTIVA DA BIOÉTICA DA PROTEÇÃO

Mara Ambrosina de Oliveira Vargas¹, Daiane Trentin², Dulcinéia Ghizoni Schneider³, Laura

Calvancanti Brehmer4, Joel Rolim Mancia5

1

Enfermeira. Doutor em Enfermagem UFSC. Docente Graduação e Pós-Graduação Departamento Enfermagem UFSC. Líder Grupo de Pesquisa Práxis-Trabalho, Ética, Saúde e Sociedade. UFSC. Email: [email protected] 2

Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC. Email: [email protected] 3

Enfermeira. Doutor em Enfermagem UFSC. Docente Graduação e Pós-Graduação Departamento Enfermagem UFSC. 4

Enfermeira. Doutora em Enfermagem UFSC. Vice líder Grupo de Pesquisa Práxis. 5

Enfermeiro. Docente da Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

RESUMO

Embora a Violência Sexual (VS) não seja a mais prevalente, essa constitui uma severa

manifestação da violência de gênero contra a mulher. Logo, o pressuposto é que a existência

de uma rede intersetorial articulada e de fluxogramas definidos poderia assegurar o acesso das

mulheres em situação de VS a um atendimento multiprofissional e interdisciplinar qualificado e

à garantia de seus direitos. Portanto, uma das questões que interessam é, justamente,

conhecer quais são as dificuldades de acesso à rede de atendimento? Analisar as dificuldades

de acesso à rede de atendimento a mulheres em situação de VS em um município do RS, na

perspectiva da equipe multiprofissional, sob o olhar da bioética de proteção. Estudo qualitativo,

realizado com profissionais que compõem o fluxo intersetorial, que atuam nos(as): hospitais de

referência, Secretaria Municipal de Saúde que coordena o Serviço de Atendimento

Especializado, Unidades Básicas de Saúde e Estratégia Saúde da Família; Secretaria de

Cidadania e Assistência Social que coordena o Centro de Referência Especializada em

Assistência Social e a Casa Abrigo; IML; PROJUR, Delegacia Especializada de Atendimento à

Mulher; Ministério Público; e a Clínica de Prevenção, Intervenção e Acompanhamento em

Situações de Violência. Efetivado entrevista semi-estruturada com 30 profissionais e os dados,

analisados mediante Análise Temática. Constatado um trabalho parcialmente desarticulado das

secretarias do município; número reduzido de profissionais, impactando nos encaminhamentos

e demora no agendamento de profissionais especializados, na rede básica após o primeiro

atendimento; lentidão da parte judiciária o que provoca a revitimização da mulher; escassos

recursos financeiros para o deslocamento das mulheres a partir dos encaminhamentos;

atendimento inicial não privativo; encaminhamento inadequado e profissionais não capacitados

para a abordagem. A rede de atendimento a mulheres em situação de VS não está,

efetivamente, garantindo a dignidade humana e a efetiva proteção aos vulnerados.

Palavras-chave: bioética; vulnerabilidade; políticas públicas de saúde; violência sexual.

Nome do Relator: Mara Ambrosina de Oliveira Vargas

A COMPETENCIA DE JUÍZO MORAL DOS GRADUANDOS DE ENFERMAGEM DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA

Lucy Caroline da Silva¹, Maria Angela Reppetto²

1Enfermeira graduada pelo Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da

Santa Casa de São Paulo~FCMSCSP,E-mail [email protected]

1Enfermeira.Doutor em Ciencias. Professor Adjunto- FCMSCSP. Orientadora. E-mail

[email protected]

RESUMO

Conhecer a Competência do Juízo Moral dos graduandos de enfermagem do último ano do

curso de graduação em Enfermagem de uma instituição privada e analisar as diferenças no

desenvolvimento da Competência do Juízo Moral entre estes mesmos graduandos de

Enfermagem, utilizando os resultados do mesmo questionário aplicado no primeiro semestre do

grupo. Estudo descritivo, exploratório de abordagem quantitativa. A coleta de dados foi feita

após a aprovação do projeto pelo CEP(CAAE: 436461515.4.0000.5479).A amostra foi

constituída por 29 graduandos do curso supracitado (7º e 8º semestres) e , seis fichas do Teste

de Julgamento Moral (TJM), respondidas pelos mesmos alunos que cursaram o 1º semestre do

curso de Enfermagem em 2012-1,para a comparação entre as respostas sobre o TJM desses

graduandos quando estavam no 1º semestre (2012-1); as fichas estavam arquivadas com a

docente orientadora do projeto. O sexo mais frequente, feminino, 20 alunos trabalham na área

(auxiliar ou técnico de enfermagem), a faixa etária mais frequente: 21 a 25 anos.Pelo Teste de

Mann-Whitney, observou-se que os estudantes do 8º semestre, apresentaram uma progressão

do desenvolvimento da Competência do Juízo Moral (CJM), em comparação aos do 7º, durante

o curso. Também verificou-se que a progressão da CJM dos 7º e 8º semestres, não teve

significância (p= 0,43).Observou-se a progressão da CJM de quatro, dos seis discentes que

responderam o questionário em 2012-1.Com o teste Wilcoxon, mostrou que apesar da

progressão de quatro discentes, não teve significância (p= 0,249). Houve progressão na CJM

entre os discentes dos 7º e 8ª semestres do curso, bem como na comparação entre os alunos

do 1º semestre (2012-1) e do 8º semestre (2015-2).

Palavras-chave: enfermagem/nursing; educação em enfermagem/education,nursing; ética/ ethics; moral/morale. Nome do Relator: Maria Angela Reppetto

SENTIMENTOS RELACIONADOS À POSSIBILIDADE DA GESTAÇÃO ENTRE MULHERES COM SOROLOGIA POSITIVA PARA O HIV

Jeniffer Stephanie Marques Hilário¹, Cássio Pádua de Souza², Jaqueline Silva Santos³, Maria

Ambrosina Cardoso Maia4, Maria José Pessoni Goulart

5, Raquel Dully Andrade

6

1Graduanda do Curso de Enfermagem. Universidade do Estado de Minas Gerais/Unidade Passos, E-

[email protected] 1Graduando do Curso de Biomedicina. Universidade do Estado de Minas Gerais/Unidade Passos, E-mail

[email protected] 1Enfermeira.Mestra em Ciências, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/Universidade de São Paulo,

E-mail [email protected]

1Enfermeira. Doutora em Enfermagem, Universidade do Estado de Minas Gerais/Unidade Passos, E-mail

[email protected] 1

Enfermeira. Mestra em Enfermagem, Universidade do Estado de Minas Gerais/Unidade Passos, E-mail [email protected] 1Enfermeira. Doutora em Ciências, Universidade do Estado de Minas Gerais/Unidade Passos, E-mail

[email protected]

RESUMO

Compreender os sentimentos relacionados ao período pré-concepção nas mulheres que

engravidaram conscientes de sua sorologia positiva para o HIV. Estudo descritivo com

abordagem qualitativa, conduzido sob o referencial teórico-metodológico da fenomenologia,

realizado em um ambulatório escola referência para HIV, no município de Passos, Minas

Gerais, com a participação de oito mulheres com sorologia positiva para o HIV, que

engravidaram no período de 2004 a 2013, conscientes de sua soropositividade para o vírus. Os

dados foram coletados no período de abril a junho de 2015 por meio de entrevistas semi-

estruturadas, gravadas, e analisadas mediante análise temática. Nos relatos maternos foram

identificados os sentimentos que as mulheres vivenciaram após conhecimento do estado

sorológico para o HIV, os conflitos vividos, bem como a interferência da soropositividade sobre

a escolha de ser mãe. Em alguns relatos, notou-se que o HIV pode transformar totalmente a

vida da mulher, interrompendo a vontade de ser mãe, pois, o medo de a criança ser

soropositiva leva ao sentimento de culpa. Todavia, observou-se que algumas mulheres não se

sentiram ameaçadas com o diagnóstico do HIV, assim, a vontade de ser mãe prevaleceu sobre

a doença. No período pré-concepção as mulheres com sorologia positiva para o HIV

apresentam sentimentos ambivalentes, havendo um dilema entre a vontade de ser mãe e o

medo de a criança ser soropositiva. Nessa conjuntura, acredita-se que as práticas de cuidado à

saúde da mulher soropositiva devam buscar a garantia do acompanhamento integral e dos

direitos reprodutivos.

Palavra-chave: saúde da mulher, soropositividade para HIV, direitos reprodutivos

Nome do relator: Jaqueline Silva Santos

EVENT HISTORY CALENDAR (EHC) E O CUIDADO À SAÚDE DO ADOLESCENTE

Jaqueline Silva Santos¹, Marina Sayuri Yakuwa,² Raquel Dully Andrade³, Débora Falleiros de Mello4

1Enfermeira.Mestra em Ciências,Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/Universidade de São Paulo, E-

mail: [email protected]

2 Enfermeira. Mestra em Ciências, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/Universidade de São Paulo,

E-mail: [email protected] ³Enfermeira. Doutora em Ciências, Universidade do Estado de Minas Gerais/Unidade Passos, E-mail: [email protected] 4Enfermeira.Doutora em Enfermagem, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/Universidade de São

Paulo, E-mail:[email protected]

RESUMO

Apresentar uma reflexão sobre a abordagem do adolescente com o EventHistoryCalendar

(EHC), na perspectiva do cuidado e do direito à saúde na adolescência. Estudo teórico-

reflexivo, a partir do levantamento e análise de publicações disponíveis na base de dados

internacional PubMed, no período de 2003 a 2013, utilizando-se o descritor adolescente

associado com ‗EventHistoryCalendar‘. Os estudos identificados apontam que o EHC,

instrumento que coleta dados retrospectivos, facilita a recordação, o relato, a reflexão e a

discussão de acontecimentos. Evidenciou-seque a abordagem do adolescente com o EHC

viabilizou a identificação e a discussão de aspectos relacionados à vida desse sujeito, o que

permitiu vislumbrar comportamentos, necessidades, preferências e o contexto vivenciado pelo

adolescente. Diante desse cenário, percebeu-se que o EHC tem potencialidades para

sensibilizar o adolescente sobre comportamentos de risco e possibilitar o seu envolvimento no

processo de tomada de decisão, bem como para melhorara comunicação entre profissionais de

saúde e adolescentes e adaptar intervenções. A partir das questões levantadas, o

entendimento é que o EHC configura-se como um instrumento de apoio na abordagem do

adolescente pelo profissional de saúde, que traz contribuições para a autonomia e o

protagonismo na adolescência, aspectos essenciais para o exercício do direito à saúde.

Considerando as vulnerabilidades e as subjetividades vivenciadas na adolescência, assim

como a necessidade de um cuidado integral em prol da garantia do direito à saúde, acredita-se

nas potencialidades da abordagem do adolescente com o EHC por profissionais de saúde, em

especial pela enfermagem.

Palavra-chave: direito à saúde, adolescente, saúde do adolescente, enfermagem em saúde pública Nome do relator: Jaqueline Silva Santos

CULTIVATING COMPASSION UTILISING AN APPRECIATIVE ENQUIRY APPROACH

Jane Leng¹

¹Senior Teaching Fellow, University of Surrey, Guildford, GU2 7XT, E-mail:

[email protected]

ABSTRACT

This paper will report on The ‗Cultivating Compassion‘ project which was commissioned, in the

context of highly publicised failures in care, to develop compassion training to health care staff

in the South East of England. The project aims included: the use of Appreciative Enquiry to

develop, implement and evaluate a sustainable and evidence based programme of compassion

awareness training through engaging with a diverse group of health professional and support

staff; an evaluation of a ‗train the trainers‘ approach; and an evaluation of ‗compassion lead‘

roles and an on-line compassion toolkit. The project team included staff from two universities

and one medical school, NHS staff from four separate organizations, and people who were

using these services. The participants recruited to the study included staff from a wide range of

disciplines as well as support staff all of whom were in close contact with people using these

services from within four health care organizations in the South East of England. A narrative

approach within focus groups was adopted to enable participants to extract meaning from their

experiences in relation to compassion. Data was analysed using thematic analysis from

participant focus groups and identified: project enablers and inhibitors; the value of project

resources; and shifts in perspectives including a focus on self compassion. Project conclusions

highlighted the importance of effective senior level support and organizational leadership in

cultivating compassion within a healthcare organization and the importance of the incorporation

of compassion-related activities within existing staff development events. Limitations included

the timing of the project over the winter period . Further work is now underway to disseminate

the compassion toolkit and explore the components of ethical leadership.

Reporter: Jane Leng

CAN VIRTUE ETHICS PROVIDE AN ADEQUATE ACCOUNT OF JUSTICE?

Jane Leng¹

¹Senior Teaching Fellow, University of Surrey, Guildford, GU2 7XT

ABSTRACT

Virtue ethics is currently enjoying a renaissance and many have considered it has particular

resonance for health care. This ethical theory may also, however, be regarded as having limited

application to issues at the communal rather than individual level as it focuses on inner states

and many political ethical decisions, related to justice, revolve around forces external to the

individual. Although eudaimonia may be interpreted as embracing our nature as social beings

with responsibility for others, the ideas relate to face to face relations rather than the objective

and impartial standards required of public life. It might be argued that the universal laws or

principles of Utilitarianism and Deontology render these ethical theories more suited than Virtue

ethics to decision making in relation to social justice. This paper will consider the success of

theorists in counteracting such claims for example by identifying universal laws within virtue

ethics. It will draw on the hermeneutic perspective work of Ricour to illustrate how the concept

of eudaimonia can be extended to incorporate notions of a just society. Attention will be given

to the work of Rawls and the potential within a liberal society to utilise a concept of the good

from which a broad agreement about the principles underpinning justice might be developed

and underpin liberal virtues such as social cooperation and fairness. A feminist perspective will

also be incorporated with an analysis of the value of care ethics as well as the capabilities

approach of Nussbaum in discussions of justice.

It will be argued that there are some promising ideas about the potential for virtue ethics to

provide an adequate account of justice but further exploration of these ideas is indicated and

that there is value in an eclectic approach to an analysis of justice.

Reporter: Jane Leng

AUTONOMIA NOS PROCESSOS DE TRANSIÇÃO SAÚDE-DOENÇA: ESTUDO OBSERVACIONAL COM DOENTES

Ana de Jesus Nunes Tavares¹, José Carlos Amado Martins²

1Licenciada em Enfermagem na Escola Superior de Saúde de Santarém. Mestre em Enfermagem Médico

– cirúrgica na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Enfermeira, Hospital Distrital de Santarém, [email protected] ²Doutor em Ciências de Enfermagem pela Universidade do Porto, Pós-doutorado pela Escola de

Enfermagem de Ribeirão preto, USP, Professor Coordenador, Escola Superior de Enfermagem de

Coimbra, [email protected]

RESUMO

Descrever as opiniões, expectativas e satisfação dos doentes com o exercício da autonomia

nos processos de transição saúde-doença. Estudo quantitativo, transversal, do tipo

observacional, descritivo-analítico. Foram recolhidos 81 questionários de doentes, que estavam

internados há mais de 72 horas em serviços dos departamentos de medicina e cirurgia de um

hospital da Região de Lisboa e Vale do Tejo, recrutados de forma não probabilística, entre

outubro e dezembro de 2014. Os participantes tinham mais de 18 anos, não apresentavam

nenhum compromisso psíquico e aceitaram participar no estudo. Obtido parecer de CE. Os

doentes têm em média 54,8 anos, são majoritariamente do sexo masculino, casados, com

escolaridade básica, a maioria reformados e operários e a viver em área rural. A maioria dos

participantes esteve internada menos de 10 dias. As doenças do aparelho respiratório e

circulatório são o motivo de internamento mais frequente. A maioria dos doentes expressa

níveis elevados de importância e satisfação em relação aos direitos inerentes ao exercício da

autonomia: direito à informação, ao consentimento informado e ao envolvimento e um familiar

no processo. Algumas terapias médicas e de enfermagem não foram objeto de consentimento

por parte dos doentes; a maioria dos doentes refere não ter recusado nenhum tratamento com

base na informação recebida. Os doentes não conhecem as diretivas antecipadas de vontade;

em caso de agravamento da condição clínica, 65% dos doentes permitiriam medidas invasivas

e 40% não têm opinião formada. A maioria delegaria no cônjuge a tomada de decisão. A

autonomia do doente é central nos processos de transição saúde-doença. Contudo, no final do

estudo fica a percepção de que, apesar de se sentirem satisfeitos com o exercício da

autonomia, muito trabalho há a desenvolver no sentido de maior autonomia dos doentes.

Palavra-chave: enfermagem, bioética, autonomia do doente Nome do relator: José Carlos Amado Martins

AUTONOMIA DOS DOENTES NOS PROCESSOS DE TRANSIÇÃO SAÚDE-DOENÇA: PERCEÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Ana de Jesus Nunes Tavares¹, José Carlos Amado Martins²

1Licenciada em Enfermagem na Escola Superior de Saúde de Santarém. Mestre em Enfermagem Médico

– cirúrgica na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Enfermeira, Hospital Distrital de Santarém, [email protected] ²Doutor em Ciências de Enfermagem pela Universidade do Porto, Pós-doutorado pela Escola de

Enfermagem de Ribeirão preto, USP, Professor Coordenador, Escola Superior de Enfermagem de

Coimbra, [email protected]

RESUMO

Descrever a percepção dos profissionais de saúde em relação às expectativas e satisfação dos

doentes com o exercício da autonomia. Estudo quantitativo, transversal, do tipo observacional,

descritivo-analítico. Foram recolhidos 143 questionários de enfermeiros e médicos que

desempenhavam funções nos serviços dos departamentos de medicina e cirurgia de um

hospital da Região de Lisboa e Vale do Tejo, recrutados de forma não probabilística, entre

outubro e dezembro de 2014.Os chefes de serviço foram excluídos por não estarem na

prestação direta de cuidados. Obtido parecer de CE. A média de idades dos profissionais e

saúde é de 36,5 anos. A maioria é do sexo feminino, enfermeiros (80,6%), sendo os serviços

de medicina os mais representativos. Tanto os médicos como os enfermeiros percecionam que

os doentes atribuiriam níveis menos elevados (nível 3 e 4 – possível de 1 a 5) à importância e

satisfação no que diz respeito aos direitos inerentes ao exercício da autonomia: direito à

informação, ao consentimento informado e ao envolvimento de um familiar no processo. Os

profissionais de saúde referem que algumas intervenções médicas e de enfermagem não

foram objeto de consentimento por parte dos doentes e que os doentes não recusaram

nenhum tratamento com base na informação disponibilizada. Apesar de conhecerem as

diretivas antecipadas de vontade, as mesmas não estão enraizadas na comunidade dos

profissionais inquiridos. Desconhecem a vontade dos doentes a quem prestaram cuidados, no

que concerne à utilização de medidas invasivas em caso de agravamento da condição clínica.

Médicos e enfermeiros reconhecem a autonomia dos doentes, contudo percecionam que os

mesmos não são totalmente autônomos nas transições saúde-doença. É necessário

sensibilizar os profissionais de saúde para os direitos do doente à informação e ao

consentimento informado, cimentando a sua autonomia.

Palavra-chave: enfermagem, bioética, autonomia do doente Nome do relator: José Carlos Amado Martins

MINIMIZANDO SOFRIMENTO E ESTRESSE DO BEBÊ E SUA FAMÍLIA NA UTI NEONATAL: ASPECTOS ÉTICOS DO CUIDADO NO MÉTODO CANGURU

Laura Johanson da Silva¹, Joséte Luzia Leite², Thiago Privado da Silva³, Eliane Cristina Vieira

Adegas4, Ana Carolina Nascimento dos Santos

5, Paloma dos Santos Leonel

6

¹Enfermeira. Doutora em Enfermagem, Professora do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Email: [email protected]

²Enfermeira. Pós-Doutora em Enfermagem, Professora Titular Emérita da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Pesquisadora do CNPq. Email: [email protected]

³Enfermeiro. Doutorando em Enfermagem da Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Email: [email protected] 4Enfermeira. Mestranda em Enfermagem da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade

Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Enfermeira da Maternidade Escola da UFRJ. Email: [email protected]

5Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado

do Rio de Janeiro (UNIRIO). Email: [email protected] 6Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado

do Rio de Janeiro (UNIRIO). Email: [email protected]

RESUMO

Identificar os significados atribuídos pelos enfermeiros da Unidade de Terapia Intensiva

Neonatal ao Método Canguru. Estudo qualitativo, sob o referencial teórico do Interacionismo

Simbólico e referencial metodológico da Grounded Theory. Obteve aprovação do Comitê de

Ética em Pesquisa sob o número 20/2011. Foram entrevistadas oito enfermeiras da UTI

Neonatal de uma maternidade pública do Rio de Janeiro. A coleta de dados e a análise do tipo

comparativa foram realizadas simultaneamente, considerando-se os critérios da amostragem

teórica. Através da codificação dos dados, integração e refinamento dos conceitos, emergiram

quatro categorias, sendo este trabalho o recorte da categoria Minimizando sofrimento e

estresse do bebê e sua família na UTI Neonatal. As oito subcategorias que a compõem

apresentam aspectos éticos do cuidado no Método Canguru: Dimensionando o sofrimento

materno; Lidando com o sofrimento materno; Comprometendo-se em minimizar o sofrimento e

estresse do bebê; Utilizando o Método Canguru como estratégia para minimizar sofrimento;

Observando a trajetória de cansaço e desamparo das mães; Tendo dificuldade para atuar

diante do sofrimento materno; Ressaltando a vivência de uma situação-limite para a família;

Considerando a importância da dimensão emocional no cuidado. Os enfermeiros na UTI

Neonatal deparam-se constantemente com situações que demandam reflexões éticas como o

sofrimento dos pais e do bebê diante da hospitalização. Enfrentam o desafio de lidar de forma

singular com a alta demanda emocional dos pais e também aquela gerada em si mesmo ao se

deparar com dilemas no cuidado. O confronto com o sofrimento da família nos casos de piora

clínica e gravidade do bebê, pode gerar no profissional sentimento de impotência ou

incapacidade para lidar com as dúvidas, choro e estresse dos pais. Neste contexto, o Método

Canguru foi destacado como estratégia assistencial para transmitir segurança e promover

conforto para família e bebê.

Palavra-cheve: enfermagem neonatal, Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, método mãe- canguru Nome do relator: Joséte Luzia Leite

ASPECTOS ÉTICOS RELACIONADOS AO INTERCÂMBIO DE ALUNOS DE GRADUAÇÃO

Juliana Gazzotti¹, Daiane Arruda Saraiva², Carla Aparecida Arena Ventura³

1Cientista Social. Doutora, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, [email protected]

2Estudante de graduação, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, [email protected]

3Formação. Titulação Advogada. Professor Associado, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto,

[email protected]

RESUMO

Estudantes em intercâmbio internacional lidam com uma realidade diferente da de seu país de

origem. O contato com outras culturas, idiomas, religiões, e alimentação pode causar uma

estranheza inicial e exige um período de adaptação. Um grande desafio, neste processo, é

saber aprender com o outro e não somente aceitá-lo. Os estudantes deparam-se com questões

éticas em situações cotidianas e devem lidar com as diferenças tendo em vista as

características específicas do lugar em que estão vivendo temporariamente. Destaca-se que a

ética define os princípios e condutas que norteiam o comportamento humano na vida social.

Neste contexto, este estudo objetivou identificar as questões éticas que envolvem o

intercâmbio de alunos de graduação para compreender as dificuldades e dilemas enfrentados

durante o período acadêmico no exterior. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na

qual se utilizou, como critério de seleção, artigos indexados nas bases de dados PubMed e

SciELO, nos idiomas português, inglês ou espanhol. A amostra foi constituída por 6 artigos,

publicados nos anos de 2003 a 2010. O estudo também foi baseado na experiência vivenciada

pelas autoras.Com a questão da dimensão internacional incorporada na educação, os alunos

lidam com a prestação do cuidado tendo como base o seu próprio aprendizado e bagagem

cultural. Uma das dificuldades apresentadas é questionar o modus operandi relacionado ao

tratamento de pacientes da comunidade local. Outra questão a ser lidada por estudantes em

intercâmbio é saber diferenciar um comportamento que é considerado ―normal‖ em sua cultura

e que pode ser invasivo para pacientes em outro país, ou seja, saber entender a necessidade

do paciente. Finalmente, a questão ética de não encarar o intercâmbio acadêmico como

viagem de turismo. Os estudantes devem ser preparados e orientados culturalmente antes da

realização do intercâmbio, ressaltando a importância do respeito ao outro, da representação da

sua instituição de origem e do seu país. A interação com o outro exige responsabilidade e os

estudantes devem estar atentos às diferenças de comportamentos dos indivíduos. Questões

globais e universais não devem menosprezar o conhecimento local. Ressalta-se, também, que

há uma lacuna na produção da literatura a respeito do tema.

Palavra-chave: ética, intercâmbio, estudantes, saúde global

Nome do relator: Daiane Arruda Saraiva

O ESTUDO DE ANATOMIA NO ENSINODE ENFERMAGEM: REFLEXÕES SOBRE PRINCÍPIOS ÉTICOS

Kátia Pereira de Borba¹, Maria José Clapis²

1Enfermeira.Doutoranda em Ciências, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São

Paulo, E-mail: [email protected] ²Enfermeira.Doutora em Enfermagem, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, E-mail: [email protected]

RESUMO

Refletir sobre os princípios éticos que envolvem o estudo de anatomia no ensino de

enfermagem. Estudo teórico reflexivo,que explora a narrativa de um fato real, amparado em

artigos científicos e literatura consagrada sobre ética. No primeiro semestre letivo do ano de

2014, uma aluna da primeira série do curso de enfermagem de uma universidade pública,

cursando a disciplina de anatomia humana, postou no timeline de seu facebook sua imagem

realizada por selfie ao lado de um cadáver. Diante do fato acontecido a aluna foi advertida pela

coordenação pedagógica para retirar imediatamente a imagem postada na rede social, e

reflexões éticas sobre a sua conduta foram compartilhadas junto a mesma. A ética é a ciência

que estuda a conduta humana, sendo uma consequência da internalização de princípios e

valores. Nesse sentido, é muito importante que os docentes promovam nos estudantes

reflexões sobre os princípios éticos que envolvem o uso de cadáveres no ensino de anatomia,

transmitindo a ideia de que um corpo, embora morto, é expressão de vida e respeito. O

cadáver tem uma importância inegável na prática de ensino de anatomia humana, contudo, o

laboratório de anatomia pode provocar desconforto nos estudantes. Todavia, o impacto que o

contato com um cadáver pode produzir num estudante de enfermagem, parece não ser objeto

de consideração na formação do enfermeiro. Talvez por isso o cadáver para estudos

acadêmicos tenha sido um elemento distante e livre de considerações éticas entre os

estudantes.Assim questiona-se: - O acadêmico de enfermagem ao cursar a disciplina de

anatomia está devidamente preparado sobre os princípios éticos que envolvem oestudo com

uso de cadáveres? Entende-se que os profissionais envolvidos no processo de ensinar

anatomia, devam enfatizar ensinamentos sobre atitudes éticas relacionadas ao fato de

respeitar os mortos enquanto dignidade humana.

Palavra-chave: educação em enfermagem, anatomia, ética Nome do relator: Kátia Pereira de Borba

PRÁTICA ÉTICA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: CONFLITOS ÉTICOS NAS INTERRELAÇÕES

Lívia Cozer Montenegro¹, Lilian Cristina Rezende², Beatriz Santana Caçador³, Carolina da Silva

Caram4, Maria José Menezes Brito

5

1 Doutora Em Enfermagem. Professora da Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisadora do

Núcleo de Pesquisa em Administração e Enfermagem (NUPAE) ² Doutoranda da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Administração e Enfermagem (NUPAE) ³ Doutoranda da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais. Professora da Universidade Federal de Viçosa. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Administração e Enfermagem (NUPAE) 4

Doutoranda da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Administração e Enfermagem (NUPAE) ¢

Doutora em Administração. Professora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas

Gerais. Líder do Núcleo de Pesquisa em Administração e Enfermagem (NUPAE)

RESUMO

A Atenção Primária à Saúde (APS) tem sido um dos principais temas de debate na atualidade.

Nesse contexto, os profissionais lidam com dificuldades, conflitos e dilemas éticos, ao se

depararem com questões políticas, econômicas, estruturais e culturais. As situações que

emergem no cotidiano de trabalho possuem estrita relação com aspectos éticos, envolvendo o

estabelecimento de relações entre os membros da equipe e entre a equipe e usuários.

Ademais, a compreensão do contexto sociocultural e das fragilidades do Sistema Único de

Saúde, envolve elementos éticos relevantes para as práticas em saúde. O objetivo do presente

estudo foi compreender a expressão da ética nas práticas de profissionais de saúde no

contexto da APS. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, realizada com 18

profissionais das equipes Saúde da Família na região metropolitana de Belo Horizonte/MG. Os

dados foram coletados por meio de entrevistas com roteiro semi-estruturado, os quais, após

transcrição, foram submetidos à Análise Textual Discursiva. A pesquisa atendeu os critérios

éticos da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Problemas éticos foram

identificados pelos participantes em três dimensões: desacato e ameaças aos profissionais;

dificuldades nas visitas domiciliares e; fragilidades no sistema de saúde. Foram apontados

conflitos e dilemas no enfrentamento de problemas éticos, especialmente no que diz respeito à

exposição das informações nas relações entre profissionais e comunidade. Conclui-se que as

relações no contexto da ESF são marcadas por tensões entre a própria equipe e entre equipe e

usuários, o que configura uma fronteira invisível entre os atores envolvidos, impondo limites

nas ações e nos resultados esperados.

Nome do relator: Lilian Cristina Rezende

COMISSÃO DE ÉTICA EM ENFERMAGEM – DIFICULDADES, AVANÇOS E DESAFIOS

Lauren Suemi Kawata¹, Karemme Ferreira de Oliveira², Maria de Fátima Paiva Brito³,

Tania Aparecida Cancian Masella4, Luciana Batista

5

1Enfermeira. Doutora em Ciências, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto-SP, Brasil, email:

[email protected]

²Enfermeira. Mestranda, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto-SP, Brasil, email: [email protected] ³Enfermeira. Doutora em Ciências, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto-SP, Brasil, email: [email protected] 4

Enfermeira. Mestre. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto-SP, Brasil, email: [email protected] 5Enfermeira. Mestranda, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto-SP, Brasil, email:

[email protected]

RESUMO

Descrever o processo de reestruturação da Comissão de Ética de Enfermagem (CEE) da

Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Ribeirão Preto-SP, Brasil, indicando dificuldades,

avanços e desafios. Trata-se de um relato de experiência acerca do processo de trabalho

desenvolvido pelos membros da CEE gestão 2016-2019. A CEE realiza uma reunião ordinária

mensal com duração de 4 horas. A atual gestão elaborou um plano de trabalho (2016-2019)

que contempla: descrição do Regimento Interno da CEE, reorganização do fluxo de notificação

de ocorrências, ações educativas para os membros da comissão e para todos os profissionais

de enfermagem da SMS. Foi criado um espaço para educação permanente nas reuniões

mensais para que os membros da CEE estejam capacitados para avaliação de processo

envolvendo questões éticas, com discussão de artigos científicos e avaliação de processos já

finalizados. Elaboração de propostas de: capacitação aos profissionais de enfermagem (a partir

de levantamento de necessidades, com finalidade preventiva, a partir dos pareceres técnicos

do COREN-SP) e de projeto de pesquisa visando caracterizar as principais demandas

encaminhadas à CEE. Processo de trabalho desenvolvido com envolvimento de todos os

integrantes inclusive suplentes em participar das atividades da CEE, comprometimento Divisão

de Enfermagem da SMS respaldando a participação dos membros nas reuniões da CEE. Falta

de espaço físico fixo para lotação da CEE e melhora na comunicação entre a equipe de

enfermagem. Busca pela cogestão, desenvolver atividades extras reunião mensal, melhorar a

comunicação da CEE e os trabalhadores das unidades de saúde. Consideramos a instituição

de uma CEE essencial para toda rede de saúde. A reestruturação de uma CEE se faz em

processo, portanto, nas dificuldades, nos desafios e nos avanços.

Palavra-chave: ética em enfermagem, comissão de ética, equipe de enfermagem Nome do relator: Lauren Suemi Kawata

APRENDER... FAZENDO A DISCUSSÃO DE DIREITOS HUMANOS NO CRR-ES: RELATO

DE EXPERIÊNCIA

Lorena Silveira Cardoso¹, Camila Barcelos Vieira², Marluce Miguel de Siqueira³

¹Enfermeira, Mestre em Saúde Coletiva (PPGSC), Integrante do Centro de Estudos e Pesquisas sobre o Álcool e outras Drogas (CEPAD)-Centro de Ciências da Saúde (CCS)-Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), [email protected] ² Enfermeira, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC), Integrante do Centro de Estudos e Pesquisas sobre o Álcool e outras Drogas (CEPAD)-Centro de Ciências da Saúde (CCS)-Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), [email protected] ³Enfermeira, Doutora, professora do Departamento de Enfermagem (DENF) Programa de Pós- Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas sobre o Álcool e outras Drogas (CEPAD)-Centro de Ciências da Saúde (CCS)-Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), [email protected], [email protected] e [email protected]

RESUMO

Relatar a experiência do CRR-ES frente aos desafios e dilemas dos direitos humanos para os

usuários de substâncias psicoativas. Reconhecendo a importância do processo de ensino-

aprendizado e a melhoria da atenção aos usuários de substâncias psicoativas, e a necessidade

de qualificação de profissionais da rede de saúde, o primeiro curso ―Capacitação sobre crack,

álcool e outras drogas com enfoque na reinserção social e intersetorialidade‖ promoveu uma

discussão teórica em que se usou como referência a Declaração Universal dos Direitos do

Homem, portanto esse trabalho trata-se de um relato de experiência, no qual descreveos

principais apontamentos com relação ao direito à saúde, a dificuldade dos usuários de

substâncias psicoativas utilizarem o serviço de atenção primária à saúde, bem como, o pouco

preparo dos profissionais para lidar com essa população. A maioria dos inscritos no curso em

questão era do sexo feminino (77,1%), solteiro (47%), com idade variando nas faixas etárias de

20 a 55 anos. O tema Direitos Humanos e suas interfaces foi apresentado utilizando uma

metodologia onde os profissionais cursistas relembraram as definições e emitiam opinião sobre

a forma de sua aplicação na prática. Por se tratar de um processo de formação e a

possibilidade da troca de experiências, a estratégia utilizada foi através de uma roda de

discussão onde os profissionais cursistas e mediadores da aula apresentaram temas chaves

para fomentar o debate e oportunizar de forma individual e coletiva, quando e como os direitos

humanos são colocados em prática. Notou-se bastante inquietação em sala de aula quando

apresentado os direitos da sociedade em comparação com os direitos de fato. Observa-se

relevância da temática e a necessidade de abordá-la nas capacitações futuras promovidas por

este Centro.

Palavra-chave: direitos humanos; interdisciplinaridade; saúde mental. human rights; interdisciplinarity, mental healt Nome do Relator: Lorena Silveira Cardoso

DESARROLLO MORAL EN ESTUDIANTES DE ENFERMERÍA

Luz Eugenia Ibáñez Alfonso¹, Luz Fanny Casas Amado²

¹ Enfermera Magister en Pedagogía, Profesora Titular, Escuela de Enfermería de la Universidad Industrial de Santander. Bucaramanga, Colombia, [email protected]

² Enfermera Magister en Bioética, Profesora Auxiliar Escuela de Enfermería de la Universidad Industrial de Santander. Bucaramanga,Colombia,[email protected] ³ Pérez Olmos, I. y Dussán-B, M. (2009). Validación de la prueba DefiningIssues Test con estudiantes de Medicina en la Universidad de El Rosario, en Colombia. Revista Electrónica de Investigación Educativa, 11 (1). Consultado el día de mes de año, en: http://redie.uabc.mx/vol11no1/contenido-perezolmos.html

RESUMO

Evaluar el desarrollo moral en los estudiantes de Enfermería de la Universidad Industrial de

Santander. Estudio de corte transversal efectuado en el segundo semestre académico de 2015,

en 116 estudiantes del programa de Enfermeríade la Universidad Industrial de Santander,

Bucaramanga Colombia. Se aplicó como instrumento el DefiningUssues Test (DIT)de Rest–

Narvaez,adaptado por Barba Casillas y ajustado y validado en Colombia por Pérez y Dussán1,

el cual evalúa la competencia moral según niveles y estadíos planteados por Kohlberg. Como

resultados generales encontramos predominancia del nivel de desarrollo moral convencional.

Según prueba Tukey no se hallaron diferencias estadísticamente significativas por los

diferentes semestres. Al analizar los promedios de los estadios de desarrollo moral a través de

prueba t Student, se encontró evidencia estadisticamente signifivativa en el promedio del

estadio 5A (nivel postconvencional) del grupo de tercer semestre en relación con los demás. En

estudios relacionados se ha encontrado que, a mayor nivel académico, mayor desarrollo moral;

sin embargo, en nuestro estudio, los estudiantes del semestre menor presentaron mayor

desarrollo moral. Este hallazgo plantea la necesidad de determinar la influencia de la

enseñanza aprendizaje en el área a lo largo del currículo y la importancia de fortalecer la

evaluación y seguimiento en el desarrollo de competencias éticas y bioéticas.

Palavras-chave: desarrollo moral, estudiantes de enfermería

Nome do Relator: Luz Fanny Casas Amado

USO DA SIMULAÇÃO REALÍSTICA COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO NA GRADUAÇÃO

EM ENFERMAGEM

Márcia Teles de Oliveira Gouveia¹, Rosana dos Santos Costa², Silvana Santiago da Rocha³,

Ana Maria Ribeiro dos Santos4

1Enfermeira. Doutora em Ciências, UFPI, [email protected]

2 Enfermeira. Doutora em Ciências,UFPI,[email protected]

3Enfermeira. Doutora em Enfermagem, UFPI, [email protected]

4 Enfermeira. Doutora em Ciências, UFPI, [email protected]

RESUMO

Relatar a experiência vivenciada pelas docentes na disciplina Saúde da Criança e do Adolescente, com a utilização da simulação realística como estratégia de ensino para estudantes de graduação em enfermagem. As simulações aconteceram em três dias, no laboratório de enfermagem, guiadas pelas docentes da disciplina. No primeiro dia a temática abordada foi a consulta de enfermagem à criança e ao adolescente; no segundo dia, a assistência hospitalar ao paciente criticamente enfermo; e, no terceiro, a assistência de enfermagem ao neonato. Em cada dia foram preparados quatro cenários, de forma que cada grupo, preliminarmente organizado, pudesse atuar. Enquanto um grupo atendia o suposto paciente, os demais assistiam e preenchiam uma ficha de avaliação com os pontos positivos e negativos da atuação dos colegas. No final de cada dia de simulação era formada uma roda de conversa entre professores e alunos, momento em que eram compartilhadas as avaliações realizadas pelos próprios alunos, assim como uma exposição de sentimentos e percepções. Percebeu-se que as simulações permitiram a identificação e a reconstrução de condutas, no momento do atendimento e nas discussões com os grupos. Essas experiências também possibilitaram aos alunos a obtenção de uma maior segurança e confiança para a execução da prática real nos diversos setores de assistência à criança e ao adolescente utilizadapela disciplina. O uso da simulação realística mostrou-se como uma metodologia inovadora para realização de treinamentos e maior assimilação do conteúdo teórico da disciplina, por replicar experiências da vida real, favorecendo um ambiente de interatividade entre os alunos, facilitando, assim, o processo de ensino e aprendizagem.

Palavras-chave: enfermagem, simulação, saúde da criança Nome do Relator: Márcia Teles de Oliveira Gouveia

SOFRIMENTO MORAL DOS ENFERMEIROS DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Kely Regina da Luz¹, Mara Ambrosina de Oliveira Vargas², Dulcinéia Ghizoni Schneider³

1 Enfermeira. Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de

Santa Catarina (UFSC). E-mail: [email protected] ² Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente Graduação e Pós Graduação Enfermagem UFSC. Líder

do Grupo de Pesquisa Práxis – Trabalho, Ética, Saúde e Enfermagem. E-mail: [email protected] ³ Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente Graduação e Pós Graduação Enfermagem UFSC.

RESUMO

O contexto da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode levar os enfermeiros a experimentarem

Sofrimento Moral (SM) causando impacto no atendimento ao paciente e na prestação de

serviços. O SM se manifesta a partir da sensibilidade do profissional a questões morais,

ocorrendo em virtude de situações conflitantes. Surge quando o sujeito é colocado frente a

questões que lhe exigem posicionamento contrário aos valores pessoais e/ou profissionais e

esta decisão não produz os efeitos esperados. Analisar os fatores desencadeadores e as

consequências do SM em enfermeiros de UTI. Revisão integrativa da literatura com artigos

publicados de 2009 a 2014. A coleta de dados foi realizada em dezembro 2014, nas bases de

dados LILACS, MEDLINE e na biblioteca eletrônica SciELO. Utilizaram-se os descritores moral

distress and intensive care e moral distress and critical care, not neonatal, not pediatric.

Amostra constituída de 21 artigos que sinalizam como fatores desencadeadores de SM:

políticas institucionais e estrutura centralizadora no poder médico; hospitalização

desnecessária de pacientes; colaboração inadequada entre colegas de trabalho e médicos;

futilidade e obstinação terapêutica; desrespeito ao paciente; erro médico; negligência do

profissional no cuidado ao paciente; pesquisa com o paciente sem informá-lo e sua família;

inadequadas responsabilidades, recursos e competências; alocação de recursos humanos e

materiais inadequados; altos níveis de responsabilidade e falta de orientações e diretivas claras

de trabalho. E, como consequências do SM estão: abandono da profissão, negligência dos

cuidados de enfermagem, aflição, raiva, autoestima diminuída, depressão, cansaço, amargura,

frustração, Burnout, aumento da frequência dos erros cometidos e imunidade alterada. Tornam-

se cruciais intervenções políticas e educativas para o fortalecimento da capacidade de

deliberação ética e moral dos enfermeiros. Gestores de UTI necessitam considerar os efeitos

nefastos do SM nos enfermeiros e usuários do sistema de saúde.

Palavras-chave: sofrimento moral; ética; enfermeiros; unidade de terapia intensiva

Nome do Relator: Mara Ambrosina de Oliveira Vargas

O DESINTERESSE POPULAR EM PARTICIPAR EM CONSELHOS LOCAIS DE SAÚDE

Marcela Jussara Miwa¹, Carla Aparecida Arena Ventura²

1Socióloga, pós-doutoranda da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP.

[email protected] ²Advogada, professora associada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP. [email protected]

RESUMO Apesar de serem reconhecidos como um locus privilegiado de participação e manifestação

populares, por vezes os conselhos de saúde são pouco efetivos na inserção das camadas

populares nos embates políticos e reivindicação de direitos pela precariedade da comunicação

e da transmissão de informações, o que desestimula o engajamento e a participação popular.

O presente estudo teve como objetivo identificar a percepção de usuários de saúde sobre sua

participação em Conselhos Locais de Saúde. Método: trata-se de pesquisa qualitativa,

exploratória, com base em entrevistas semiestruturadas realizadas com usuários de duas

unidades de Atenção Primária em Saúde na cidade de Ribeirão Preto-SP. Resultados: dos 10

usuários entrevistados, todos demonstraram desconhecer o CLSe nenhum soube dizer

exatamente qual era a função do Conselho na unidade de saúde. Quando indagados se

conheciam alguém do conselho, os entrevistados demonstraram dificuldade em identificá-los,

nenhum reconheceu os representantes do segmento dos usuários. Quando questionados se já

haviam participado ou se interessado em participar de alguma reunião do Conselho local, todos

os entrevistados afirmaram que não tinham interesse em participar das reuniões e que

desconheciam onde elas eram realizadas.Conclusão: os resultados obtidos, mesmo sendo

uma amostra pequena, indicam que a falta de informação sobre o local e datas das reuniões, o

desconhecimento da função do CLS, suas obras, e de quem são os membros, desestimulam o

interesse dos usuários em participar do conselho, uma vez que não percebem a serventia

desse órgão na defesa do direito à saúde e como sua participação poderia influenciá-lo.

Palavras-chave: direito à saúde; participação social; Conselho Local de Saúde Nome do Relator: Marcela Jussara Miwa

A ENFERMAGEM E OS DIREITOS HUMANOS DAS PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS E DEPENDENTES DE ÁLCOOL, CRACK E OUTRAS DROGAS

Marciana Fernandes Moll¹, Cheila Cristina Leonardo Oliveira Gaioli²

1

Enfermeira. Doutora, Universidade de Uberaba, E-mail: [email protected] ² Enfermeira. Doutora, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto- USP, E-mail: [email protected]

RESUMO

Os direitos humanos devem ser assegurados a todas as pessoas sem qualquer forma de

discriminação, inclusive àquelas que estão em condições de vulnerabilidade tais como as

pessoas com transtornos mentais e/ou dependência química. Todavia, ainda existem cuidados

de enfermagem centrados apenas na medicalização para a manutenção da ordem social, o

que não se adequa às novas propostas assistenciais resultantes da Reforma Psiquiátrica, nas

quais esses cuidados devem se fundamentar nos seguintes eixos: elaboração de estratégias

de inclusão social; promoção de um cuidado sistematizado e integral; estabelecimento de um

relacionamento terapêutico; manutenção das necessidades humanas básicas e medicalização.

Diante dessa realidade este estudo reflexivo visa compreender a promoção do exercício dos

direitos humanos no cotidiano da assistência de enfermagem, a partir da Ética em

Enfermagem. Os direitos à liberdade e à igualdade compõem direitos de primeira dimensão

que não são garantidos pela ação estatal às pessoas de forma geral. Contudo, considerando a

vulnerabilidade das pessoas com transtornos mentais e/ou dependência química em

tratamento, espera-se que os cuidados de enfermagem sejam pautados nos aspectos éticos

representados pela autonomia, beneficência, não maleficência, confidencialidade, justiça,

fidelidade e veracidade. Dentre esses aspectos éticos, a beneficência, veracidade e

confidencialidade constituem aspectos fundamentais para a aplicabilidade do direito à saúde

por meio de um exercício profissional pautado no respeito e na dignidade humana e se

relacionam indiretamente aos direitos à igualdade e à liberdade. Já os demais aspectos

(autonomia, não maleficência, justiça e fidelidade) se correlacionam intimamente aos direitos à

liberdade e/ou igualdade. Sendo assim, as práticas de enfermagem fundamentadas na ética de

cuidados são sensíveis às relações desiguais que podem levar a um abuso de poder por parte

de alguém sobre outro alguém. Por isso a ética no cuidado em enfermagem psiquiátrica é uma

premissa básica para a aplicabilidade dos direitos humanos.

Palavras-chave: enfermagem, direitos humanos, ética Nome do Ralator: Marciana Fernandes Moll

O CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS SOBRE AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE E A SUA APLICABILIDADE NO EXERCÍCIO DO DIREITO À SAÚDE

Mariana Bonomi Goulart¹, Aloma Pegorini Caprio², Marciana Fernandes Moll³

1Acadêmica da sexta etapa de graduação em enfermagem.Graduanda, Universidade de Uberaba, E-mail:

[email protected] ² Acadêmica da sexta etapa de graduação em enfermagem. Graduanda, Universidade de Uberaba, E-

mail: [email protected] ³Enfermeira.Doutorado, Universidade de Uberaba, E-mail: [email protected]

RESUMO

Investigar o conhecimento de enfermeiros sobre as Redes de Atenção à Saúde e sua

aplicabilidade no exercício do direito à saúde. Estudo descritivo-exploratório de abordagem

qualitativa, realizado com 12 enfermeiros que atuavam há, no mínimo dois anos nas

Estratégias de Saúde da Família do Distrito 2 de uma cidade do Triângulo Mineiro. Os dados

foram obtidos pela entrevista individual semiestruturada e foram submetidos à análise temática.

Identificaram-se as temáticas- compreensão dos enfermeiros sobre os níveis de atenção à

saúde; consolidação da Rede e comunicação entre os serviços da Rede de atenção à saúde.

Existem falhas na compreensão dos enfermeiros quanto aos níveis de atenção à saúde e os

elementos constitutivos da rede, mas esta realidade não interfere na comunicação entre os

serviços. Contudo, a consolidação da rede é dificultada pela ausência de contra referência e

isso interfere diretamente no exercício do direito à saúde. Acredita-se que a compreensão dos

enfermeiros sobre a rede de saúde, seus elementos e sobre a importância de sua consolidação

para o pleno exercício do direito à saúde possibilite o cumprimento dos princípios do Sistema

Único de Saúde.

Palavras-chave: enfermagem, Assistência Integral à Saúde, direito à saúde Nome do Relator: Marciana Fernandes Moll

ERROS MAIS FREQUENTES COMETIDOS PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Bruna Pereira Lopes¹, Maria Angela Reppetto²

1

Enfermeira graduada pelo Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da

Santa Casa de São Paulo-FCMSCSP, [email protected] 2

Enfermeira. Doutor em Ciências. Professor Adjunto-FCMSCSP. Orientadora,

[email protected]

RESUMO

O documento visa descrever, utilizando material bibliográfico, os erros que ocorrem com maior

frequência na administração de medicamentos pela equipe de enfermagem. Este foi um estudo

bibliográfico e descritivo, sendo que a coleta de dados só foi realizada após a aprovação do

projeto pela Comissão Científica do Curso de Graduação de Enfermagem. O material é feito

por 10 artigos de periódico e uma Tese resultantes de boleamento (―and‖) com os DeCs:

enfermagem, erros de medicação e cuidados de preparação farmacêutica. Foi feita uma ficha

com os seguintes dados referentes ao material bibliográfico: Referência bibliográfica, titulação

dos autores, ocupação dos autores, local da pesquisa e os erros mais cometidos pela equipe

de enfermagem na administração de medicamentos. O periódico com maior número de

publicação, Revista da Escola de Enfermagem da USP- 3;o ano com maior número de

publicações, 2006- 3; o local com maior número de publicações: São Paulo-9; o tipo de

pesquisa mais frequente, descritiva-7;o total de autores dos artigos foram 40,desses 17 eram

doutores, e tinham como ocupação mais frequente, docência. Pela pesquisa feita, o resultado

obtido foi que os erros mais frequentes foram: erro de horário, erro de dose, erro de técnica de

administração de medicamento, paciente errado e medicamento errado. Como conclusão,

temos que a ação prioritária para evitar estes erros é a aplicação do protocolo da ANVISA para

administração de medicamentos.

Palavra-chave: medicamentos, ANVISA, erro.

Nome do Relator: Maria Angela Reppetto

INOVAÇÃO NO PROCESSO ELEITORAL PARA CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA

DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO

Karina Domingues de Freitas ¹, Cristina Maria Fernandes Porto ², Eliana Maria Fernandes de

Aguiar Tonetto ³, Maria de Fátima Paiva Brito 4, Cátia Helena Damando Salomão

5

¹Enfermeira. Especialista , Instituição: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, E-

mail:[email protected]

² Enfermeira . Especialista, Instituição: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto , E-

mail:[email protected]

³ Enfermeira. Especialista , Instituição: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, E-

mail:[email protected]

RESUMO

Em 1998, se iniciava as atividades Comissão de Ética de Enfermagem da Secretaria Municipal

de Saúde (SMS) de Ribeirão Preto e atualmente está na sua 5ª geração. Seu objetivo é

descrever a sistemática do processo para a eleição ocorrida no ano de 2015da Comissão de

Ética de Enfermagem, sendo proposto pela Divisão de Enfermagem da SMS de Ribeirão Preto,

a primeira Eleição Online de Estado de São Paulo. Este serviço de enfermagem da SMS conta

com cerca de 1000 servidores que agem em 61 Unidades de Saúde espalhadas pelo município

e em outros setores da SMS. Foi necessário o comprometimento de diversos profissionais e

serviços para que fosse possível ser concretizada esta proposta: membros da comissão

eleitoral, Centro de Informação Digital em Saúde e Companhia de Desenvolvimento de

Ribeirão Preto, que desenvolveu a ferramenta/sistema de votação para as Eleições da

Comissão. Era possível realizar a votação por meio de qualquer computador ou aparelho móvel

que tivesse conexão com a internet, no qual cada servidor acessava a página de votação

utilizando seu código funcional e sua senha pessoal do holerite. Com tal ferramenta, foi

organizado um processo eleitoral rápido e moderno, com redução de custos operacionais, tais

como: eliminação de urnas, papéis e combustível para transporte destes materiais. O método

utilizado para a votação possibilitou acompanhar em tempo real o percentual de votantes e não

votantes, estimulando as Unidades a participarem da votação, e finalizado o processo, gerava-

se relatórios indicando os resultados finais das votações. Ressalta-se que o acesso foi

controlado por pessoas previamente autorizadas para esta atividade. Por fim, o processo

eleitoral online trouxe atributos educativos, levando em consideração que os profissionais

foram estimulados a acessar o site da SMS para ter conhecimento de seus candidatos e o

trabalho feito pela Comissão de Ética de Enfermagem.

Palavra-chave: enfermagem, comissão de ética e inovação.

Nome do Relator: Maria de Fátima Paiva Brito

O USO DE DROGAS ENTRE CAMINHONEIROS- DESAFIOS PARA AS POLÍTICAS

BRASILEIRAS DE SAÚDE

Priscilla Gobi Scudeller¹, Antonio Donizetti Prearo ², Eliana Mendes de Souza Teixeira Roque³

1

Auxiliar de Enfermagem / CAIS, [email protected]

² Médico Psiquiatra / CAIS, [email protected]

³ Pós Doutorado em Saúde Pública/ UNAERP, [email protected]

RESUMO

Identificar a orientação política em relação as ações e programas sobre drogas no Brasil

específica para caminhoneiros. Pesquisa qualitativa documental, que analisou a partir do inteiro

teor das políticas públicas atuais, pertinentes aos caminhoneiros, modelos utilizados pelas leis

brasileiras para regular a questão. Conclui que o foco nas pessoas orienta a construção de

políticas de prevenção que se afastam de estratégias baseadas na estigmatização e no medo.

Verifica que a SENAD, em parceria com o Ministério da Saúde com o apoio do Escritório das

Nações Unidas sobre Drogas e Crime -UNODC, desenvolve programas de prevenção para

crianças , jovens e suas famílias , populações vulneráveis como caminhoneiros que estão nas

rodovias com efetividades comprovadas e adaptadas à realidade brasileira numa das mais

expressivas experiências de implementação de programas de prevenção baseados em

evidencias como política pública nacional. No Brasil, mais de quatro milhões de pessoas

trabalham no setor de transportes de cargas, ou seja 4,8% de todas as pessoas que trabalham

.Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apontam para a existência de

quase 700 mil caminhoneiros autônomos e o setor de transportes terrestres constitui-se de um

universo masculino com mais de 93% de homens com condições de trabalho em situações de

perigo , que ademais do modelo adotado pelas leis vigentes no país pedem políticas mais

específicas a tal segmento que considerem com mais vigor,vulnerabilidade , perigo,condições

estressantes , acidentes e a utilização de substâncias entorpecentes.

Palavra-chave: Saúde do Caminhoneiro; Políticas Públicas; Legislação. Nome do relator: Priscilla Gobi Scudeller

O AUTO-ESTIGMA DOS USUÁRIOS DE ÁLCOOL E DROGAS ILÍCITAS: UMA REVISÃO

INTEGRATIVA DA LITERATURA

Raquel Helena Hernandez Fernandes¹ Carla Aparecida Arena Ventura²

¹ Graduada em Direito. Mestranda em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação da Enfermagem

Psiquiátrica da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo – EERP/USP,

[email protected]

² Professor Associado do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de

Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – EERP/USP, [email protected]

RESUMO

Identificar, analisar e sintetizar evidências científicas sobre a relação entre o estigma existente

nos serviços de saúde no que se refere aos usuários de álcool e drogas ilícitas e o seu

consequente auto-estigma. Revisão integrativa da literatura, por meio de cinco etapas distintas:

1) formulação do problema, 2) coleta de dados ou definições sobre a busca na literatura, 3)

avaliação dos dados, 4) análise dos dados e 5) apresentação e interpretação dos resultados.

Do total de artigos encontrados nas bases de dados CINAHL, APA Psycnet, PubMed e Scopus,

07 foram selecionados e analisados, resultando nas categorias ―O estigma público proveniente

dos serviços de saúde‖ e ―A relação entre o estigma proveniente dos serviços de saúde e o

auto-estigma em usuários de álcool e drogas ilícitas‖. O auto-estigma é proveniente do estigma

público propagado, principalmente, por autoridades e por profissionais de saúde, os quais são

referencias socias e, assim, o estigma público torna-se ainda mais grave. Uma das alternativas

para atenuar o cenário do auto-estigma é o apoio social.

Palavra-chave: drug users, substance use disorders, alcohol-related disorders, alcoholism,

self stigma, internalized stigma, substance-related disorders, health services, delivery of health

care, health care, addiction, alcohol drinking patterns, drug abuse, drug usage, marijuana

usage, intravenous drug usage e substance abusers.

Nome do Relator: Raquel Helena Hernandez Fernandes

SIMULAÇÃO CLÍNICA: ESTRATÉGIA ÉTICA NO DESENVOLVIMENTO DA

AUTOCONFIANÇA

Rodrigo Guimarães dos Santos Almeida1 Alessandra Mazzo

2 Beatriz Maria Jorge

3

Valtuir Duarte de Souza Junior4 Isabel Amélia Costa Mendes

5

1Enfermeiro, Doutorando em Ciências, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP. E-mail:

[email protected] Enfermeira, Professor Associado, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP. 2Enfermeira, Professor Associado, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP. E-mail: [email protected] 3Enfermeira, Doutoranda em Ciências, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP. E-mail: [email protected] 4Enfermeiro, Doutorando em Ciências, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP. E-mail: [email protected] 5Enfermeira, Professor Titular, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – USP. E-mail: [email protected]

RESUMO

Verificar a possibilidade de desenvolvimento de autoconfiança em enfermeiros pré e pós a

realização de uma intervenção simulada na assistência ao paciente crítico. Estudo quase-

experimental realizado junto a 103 enfermeiros inscritos em um workshop de aprimoramento

profissional, onde se utilizou a estratégia de simulação clinica em ambos os focos: treino de

habilidades e raciocínio clínico; a avaliação da autoconfiança foi verificada através da Self-

Confidence Scale (SCS), versão portuguesa. A maioria dos participantes deste estudo foram

mulheres (87,4%) com idade ≤ 30 anos (46,6%). Cerca de (62,1%) possuía especialização Latu

Sensu, com algum vínculo empregatício (74,8%), dessas (46,6%) exerciam sua atividade

laboral na área assistencial. Com relação ao seu primeiro atendimento ao paciente critico,

(80,6%) o realizaram na prática assistencial e (83,5%) não se sentiram autoconfiantes para

este atendimento colocando em risco a si próprio e o paciente sob seus cuidados, seja por

negligencia, imprudência e imperícia. Após a realização de várias atividades simuladas de

treino de habilidades e resolução de cenários de atendimento a pacientes críticos que exigiam

raciocínio clínico, os participantes apresentaram aumento significativo de autoconfiança,

principalmente na dimensão ―respiratória‖. O método tradicional de ensino ainda não prepara o

futuro profissional de enfermagem de forma competente e com autoconfiança para o

atendimento ao paciente crítico o que inflige os princípios éticos profissionais. A simulação

clínica é uma estratégia dentre as metodologias ativas que tem se mostrado eficaz para o

desenvolvimento da autoconfiança do profissional de enfermagem e que colabora para o

fortalecimento dos princípios éticos da profissão.

Palavra-chave: Simulação, Ética, Autoconfiança, Enfermagem, Paciente Crítico Nome do Relator: Valtuir Duarte de Souza Junior

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ÉTICA EM PESQUISA COM SERES HUMANOS

Rodrigo Nonato Coelho Mendes

1, Sara Soares dos Santos

2, Isabel Amélia Costa Mendes

3

1 Enfermeiro. Doutorando pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem Fundamental, Escola de

Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo – EERP/USP,

[email protected]. 2

Enfermeira. Mestranda pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem Fundamental, Escola de

Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo – EERP/USP, [email protected]. 3

Enfermeira. Doutora em Enfermagem Fundamental, Professor Titular da Escola de Enfermagem de

Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo – EERP/USP, [email protected].

RESUMO

Refletir sobre a evolução histórica da ética em pesquisa com seres humanos. Uma reflexão

teórica foi conduzida baseando-se em artigos obtidos num levantamento bibliográfico na base

Scielo dos últimos dez anos, nos idiomas inglês, português e espanhol utilizando-se os

descritores Ética, Ética em Pesquisa e História. A condução da reflexão foi baseada na teoria

do Arco de problematização de Charles Maguerez, que consiste nos passos: observação da

realidade, pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação na realidade. A primeira

tentativa de estabelecer uma pauta ética na pesquisa com seres humanos ocorreu no

Ministério da Saúde do Reich Alemão, em 1931, código que foi ignorado durante a barbárie

ocorrida nas pesquisas com seres humanos nos campos de concentração na II Guerra

Mundial. Após isto, em 1947, é proposto o primeiro tratado ético de caráter universal, propondo

o consentimento do indivíduo pesquisado, que foi o código de Nüremberg. A declaração de

Helsinki, que serve de padrão ético internacional, foi estabelecida em 1964, durante a 18ª

reunião da Associação Médica Mundial (AMM). Outros casos do século XX conseguiram

destaque pela desumanidade, como foram os casos do estudo da evolução natural da Hepatite

A, em 1956, em que crianças com retardo mental eram infectadas deliberadamente. Ou o caso

Tuskegee, uma investigação de 40 anos que acompanhou a evolução natural da sífilis e suas

complicações em um grupo de 400 homens afroamericanos, e que terminou em 1972, mesmo

com a cura já conhecida a mais de trinta anos. Em 1979 foi proposta a chamada ética

principialista de Beauchamp e Childress, que incorpora os princípios da autonomia, justiça,

beneficência e não maleficência. A história da construção da ética em pesquisa com seres

humanos foi uma conquista progressiva e fundamental para a proteção da autonomia dos

indivíduos e da coletividade.

Palavra-chave: ética; ética em enfermagem; ética em pesquisa; história. Nome do Relator: Rodrigo Nonato Coelho Mendes

REFLEXÕES SOBRE A ÉTICA NO GERENCIAMENTO EM ENFERMAGEM

Rodrigo Nonato Coelho Mendes

1 Sara Soares dos Santos

2 Isabel Amélia Costa Mendes

3

1 Enfermeiro. Doutorando pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem Fundamental, Escola de

Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo – EERP/USP,

[email protected] 2

Enfermeira. Mestranda pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem Fundamental, Escola de

Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo – EERP/USP, [email protected] 3

Enfermeira. Doutora em Enfermagem Fundamental, Professor Titular da Escola de Enfermagem de

Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo – EERP/USP, [email protected]

RESUMO

Refletir sobre a ética no gerenciamento em enfermagem. Realizou-se uma reflexão teórica

baseada em levantamento bibliográfico realizado na base de dados Scielo, com artigos

publicados em português, inglês e espanhol, com os descritores Ética em Enfermagem e

Liderança. A orientação da reflexão seguiu os preceitos da Teoria do Arco de Problematização

de Charles Maguerez, a saber: observação da realidade, pontos-chave, teorização, hipóteses

de solução e aplicação na realidade. O exercício profissional de enfermagem é pautado em um

código de ética profissional, dimensão que ganha ainda mais responsabilidade quando se trata

do gerenciamento de enfermagem., pois é um ramo desta área da ciência que trata do preparo

dos líderes e gestores, pessoas com poder de influência sobre muitos outros profissionais. A

enfermagem permeia os limites extremos do risco à proteção e autonomia do ser humano.

Destaca-se ainda o papel dos enfermeiros gestores posicionados em sistemas de saúde de

países em desenvolvimento, muitos dos quais , , como no próprio Brasil, usuários podem não

ter condições culturais e sociais de exercer a sua plena autonomia. O exercício do

gerenciamento em enfermagem pautado em princípios éticos, tendo em perspectiva o

constante direcionamento dos colaboradores para estes princípios, é de fundamental

importância para a proteção dos direitos humanos das pessoas na condição de doença.

Palavra-chave: ética; ética em enfermagem; ética em pesquisa, liderança, gerenciamento. Nome do Relator: Rodrigo Nonato Coelho Mendes

IMPLICAÇÕES ÉTICAS PARA O ENSINO DE ENFERMAGEM NA MODALIDADE A

DISTÂNCIA

Sara Soares dos Santos

1, Rodrigo Nonato Coelho Mendes

2, Isabel Amélia Costa Mendes

3,

Simone de Godoy Costa 4, Leila Maria Marchi-Alves

5

1

Enfermeira. Mestranda. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, [email protected] 2

Enfermeiro. Doutorando. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, [email protected] 3

Enfermeira. Professor Titular. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, [email protected] 4

Enfermeira. Professor Doutor. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, [email protected] 5

Enfermeira. Professor Associado. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, [email protected]

RESUMO

Refletir sobre implicações éticas que envolvem o ensino de enfermagem exclusivamente na

modalidade à distância. Estudo teórico-reflexivo, baseado na discussão acerca do tema

fundamentado na literatura científica nacional e consideração crítica dos autores. Na prática da

enfermagem as inovações tecnológicas vêm sendo fortemente utilizadas nos cursos de

graduação desde a criação da Lei de Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação

em Enfermagem, com objetivo de preparar profissionais com competências e habilidades para

empregar adequadamente novas tecnologias de informação e comunicação. Se por um lado os

avanços tecnológicos beneficiaram o modelo ensino/aprendizagem, trouxeram também

implicações ético-legais no que se refere à oferta de cursos de graduação a distância na área

de enfermagem. Mesmo que legalmente autorizados esses cursos deixam lacunas no

desenvolvimento de competências e habilidades profissionais imprescindíveis para a formação

em saúde, características que só se desenvolvem durante o contato humano e presencial no

ensino do ato do cuidar. A modalidade de ensino exclusivamente à distância para a

Enfermagem, por ser uma profissão tradicionalmente assentada em bases humanistas e que

prevê contato humano acentuado pode representar danos pessoais e para a sociedade carente

de qualidade em saúde.

Palavra-chave: ética, educação á distância, educação em enfermagem. Nome do Relator: Sara Soares dos Santos

DIREITO À SAÚDE DE MULHERES ENCARCERADAS: REVISÃO DE LITERATURA

Sara Soares dos Santos1 Rodrigo Nonato Coelho Mendes

2 Isabel Amélia Costa Mendes

3

Simone de Godoy Costa4 Leila Maria Marchi-Alves

5

1

Enfermeira. Mestranda. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, [email protected] 2

Enfermeiro. Doutorando. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, [email protected] 3

Enfermeira. Professor Titular. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, [email protected] 4

Enfermeira. Professor Doutor. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, [email protected] 5

Enfermeira. Professor Associado. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, [email protected]

RESUMO

A assistência à saúde da mulher em locais de reclusão é um dos graves aspectos do sistema

prisional brasileiro. Analisar as produções científicas sobre a atenção e o direito à saúde de

mulheres encarceradas. Trata-se de uma revisão de literatura compreendendo publicações no

período de 2011-2016, incluindo os idiomas português, inglês e espanhol. A busca foi realizada

nas bases de dados BDENF, LILACS e Scielo, com associação dos descritores: ―prisões‖ AND

―saúde da mulher‖ AND ―direito à saúde‖. Para selecionar os artigos foi feita uma análise do

título e do resumo para identificar a temática atenção à saúde e direito da mulher em estado

prisional, como foco principal e/ou contemplado nos resultados ou conclusões. Foram

selecionados e analisados 10 estudos. O ano de 2015 apresenta o maior número de

publicações. Da análise emergiram fortes evidências de que as instituições prisionais não têm

garantido às mulheres a possibilidades de manter a uma saúde de forma apropriada. Os

relatos da literatura demonstram que as mulheres na situação prisional não têm seus direitos

garantidos, contrariando a legislação brasileira, visto que, na condição de presa, apenas o

direito de liberdade foi perdido temporariamente, mantendo assim o direito de atenção à saúde.

Os estudos também destacam o aumento dessa população, sem que tenha evidências de

melhorias na estrutura prisional para atendimento a esse direito. A situação experimentada por

essas mulheres tem sido bastante delicada, visto que não existem serviços de saúde para

acompanhá-las. Dessa forma, foi identificado que o conhecimento das condições de atenção à

saúde a mulheres em situação prisional é importante para fundamentar a reflexão, de modo a

contribuir na formulação de políticas e adoção de medidas para melhoria da realidade atual.

Palavra-chave: prisões, saúde da mulher, direito à saúde. Nome do Relator: Sara Soares dos Santos

CONCEPTUAL FRAMEWORKS FOR ETHICS TEACHING: EXPLORING THE USE OF

ETHICAL CASE VIGNETTES

Settimio Monteverde1

1

PhD, MME, MAE, RN. Bern University of Applied Sciences, Division of Health, Bern (Switzerland).

University Hospital of Zurich, Clinical Ethics Unit, Zurich (Switzerland)

ABSTRACT

Although it is recognized that undergraduate nursing ethics education is highly valuable in

fostering ethical best practices, many questions related to content, instructional formats, goals

and assessment are still debated. There is a shared recognition that the triad of knowledge,

attitudes and behavior represents three essential domains that should be addressed within an

ethics curriculum. But beyond this consensus, there is only scant evidence about solid

conceptual frameworks that guide and inform curriculum planners and educators. Evidence

suggests that poorly shaped ethics instruction not only is ineffective in promoting ethical self-

efficacy in students, but can also have adverse effects. This is especially true in the context of

an ―improper‖ use of case vignettes in the classroom. While too banal cases may result in

ethical reductionism or false beliefs about the nature of ethics, too complex and rare cases may

lead to moral disempowerment due to the ―out of the ordinary‖ behavior demonstrated or

expected from the protagonists of the vignette. Departing from these observations, a conceptual

framework is presented that aims at reducing these shortcomings in the specific context of the

work with ethical case vignettes in the classroom. This framework is rooted in Bandura‘s theory

of social cognitive learning and in Chambers‘ naturalized narrative ethics. After a brief

description of these two approaches, operational elements are identified. They are

supplemented with findings from three focus groups with students and educators exploring the

use of case vignettes within ethics teaching. At the end, a catalogue of criteria will be presented,

detailing all the operational elements with the aim to help educators in using ethical case

vignettes for instruction.

Reporter’s Name: Settimio Monteverde

INTRODUCING ADVANCE CARE PLANNING PRIOR TO HIGH-RISK OPERATIONS

A PILOT PROJECT IN THE CARDIOVASCULAR SURGERY DEPARTMENT

Tieghan Killackey1, Elizabeth Peter2

1

RN, MN, PhD Student. Lawrence S. Bloomberg Faculty of Nursing. Joint Centre for Bioethics, University of Toronto [email protected] 2

RN, PhD Associate Professor. Lawrence S. Bloomberg Faculty of Nursing Chair, Health Sciences Research Ethics Board Member, Joint Centre for Bioethics University of Toronto 155 College Street, Suite 130 Toronto, ON M5T 1P8 - 416-946-3437

ABSTRACT

Advance care planning (ACP) is the process of identifying a substitute decision maker and

examining personal values that influence healthcare wishes. This practice is especially

important for high-risk surgical patients but is not yet a routine aspect of pre-operative care. The

purpose of this pilot project was to assess the feasibility of implementing an advance care

planning intervention with patients prior to cardiovascular surgery. This included identifying

potential barriers and facilitators within the setting and gaining an understanding of the patient

experience with ACP. An oversight committee of key stakeholders identified the current

advance care planning practices in cardiac surgery. The patient trajectory was mapped and

specific instances were targeted for ACP intervention. Institutionally approved ACP

documentation was reviewed to develop an educational intervention. Patients were provided

ACP information pre-operatively and were visited after surgery. Follow-up visits explored patient

and family perceptions of advance care planning, completion and documentation of ACPs, and

barriers and facilitators of incorporating ACP into the surgical process. At the midpoint, 20

patients had been interviewed. Of those 20, 2 (10%) had received the ACP documents at the

pre-operative visit with the surgeon and 15 (75%) patients at the pre-admission visit. 13 (65%)

patients identified a Power of Attorney (POA) and 10 (50%) had this documented. 6 (30%)

stated they had some type of advance care directive; none of the advance care directives were

documented.Overall it is feasible to provide an ACP intervention before major surgery and

patients were satisfied with the information received. Patient-reported barriers included

receiving too much information before surgery and feeling anxious discussing ACP. Framing

ACP as a routine component of the surgical preparation process facilitated this practice. Two

potential targets for further intervention may be the pre-operative surgical visit and the pre-

admission clinic visit.

Reporter’s Name: Tieghan Killackey

ADVANCE CARE PLANNING FOR THE CHRONICALLY ILL: AN EXPLORATION OF

CAPACITIES FOR PERSONAL AUTONOMY AND THE IMPORTANCE OF SELF-TRUST

Tieghan Killackey

1, Elizabeth Peter2

1

RN, MN, PhD Student. Lawrence S. Bloomberg Faculty of Nursing. Joint Centre for Bioethics, University of Toronto [email protected] 2

RN, PhD Associate Professor. Lawrence S. Bloomberg Faculty of Nursing Chair, Health Sciences Research Ethics Board Member, Joint Centre for Bioethics University of Toronto 155 College Street, Suite 130 Toronto, ON M5T 1P8 - 416-946-3437

ABSTRACT

Advance care planning (ACP) is the process of identifying a substitute decision maker and

examining personal values that influence healthcare wishes. This practice is especially

important for high-risk surgical patients but is not yet a routine aspect of pre-operative care.The

purpose of this pilot project was to assess the feasibility of implementing an advance care

planning intervention with patients prior to cardiovascular surgery. This included identifying

potential barriers and facilitators within the setting and gaining an understanding of the patient

experience with ACP. An oversight committee of key stakeholders identified the current

advance care planning practices in cardiac surgery. The patient trajectory was mapped and

specific instances were targeted for ACP intervention. Institutionally approved ACP

documentation was reviewed to develop an educational intervention. Patients were provided

ACP information pre-operatively and were visited after surgery. Follow-up visits explored patient

and family perceptions of advance care planning, completion and documentation of ACPs, and

barriers and facilitators of incorporating ACP into the surgical process. At the midpoint, 20

patients had been interviewed. Of those 20, 2 (10%) had received the ACP documents at the

pre-operative visit with the surgeon and 15 (75%) patients at the pre-admission visit. 13 (65%)

patients identified a Power of Attorney (POA) and 10 (50%) had this documented. 6 (30%)

stated they had some type of advance care directive; none of the advance care directives were

documented. Overall it is feasible to provide an ACP intervention before major surgery and

patients were satisfied with the information received. Patient-reported barriers included

receiving too much information before surgery and feeling anxious discussing ACP. Framing

ACP as a routine component of the surgical preparation process facilitated this practice. Two

potential targets for further intervention may be the pre-operative surgical visit and the pre-

admission clinic visit.

Reporter’s Name: Tieghan Killackey

MORAL RESILIENCE AMONG INTENSIVE CARE NURSES IN SWITZERLAND: A

GROUNDED THEORY STUDY

Tiziana ML Sala Defilippis1, Ann M. Gallagher

2 and Katherine Curtis

3

1 PhD Student, University of Surrey. MScN, BScN, RN

2 Professor, Director of the International Care Ethics (ICE) Observatory, University of

Surrey. PhD, MA, BA (Hons), PGCEA, RMN, SRN 3

Associate Professor, Head of Department Nursing and Clinical Sciences at Bournemouth University,

PhD; MSc; PGDip Ed.; BSc (Hons); RN

ABSTRACT

Nursing is a moral practice that aims for the good of patients (1). However, applying ethical

principles in practice is not a problem-free enterprise (2-5) due to the particular position nurses

have within the health care system, the institutions and the care teams. The inability to practise

care-giving according to one‘s own moral and ethical principles can lead to moral distress (6-9).

Moral distress leads to negative outcomes for the quality and efficacy of nursing care, nurses‘

wellbeing, and may increase their intention to leave the profession (9-11). The overall quality of

care delivered in Swiss hospitals is perceived by patients to be good (12). This suggests that

the majority of nurses continue to work ethically despite moral tensions and moral distress. This

is may be due to a particular resilience that nurses develop during their work. This presentation

provides discussion of preliminary findings from research that examined the main concerns

among intensive care nurses in respect of ethical practice. The study also investigated how

nurses continue to practice in an ethical way despite pressures, tensions and conflict caused by

their particular position within healthcare teams and services. The grounded theory arising from

this research provides an explanatory theory of moral resilience among ICU nurses that

includes an explanation of nurses‘ moral life, moral well-being and moral coping strategies.This

study was based on Glaser and Strauss‘ (13) version of grounded theory and in particular

followed a classic Glaserian approach (13-16). The research involved 16 in depth-interviews

with nurses working in intensive care. Moral resilience among nurses develops from

harmonising connectedness within the social interactions in which nurses are involved.

Connectedness has not much to do with the intensity of the relationship but rather with

reciprocity and equality, which in turn determines the harmony of the connectedness. If

connectedness is harmonised then the best condition for nurses‘ moral well-being is set. Nurses

describe moral well-being as an inner peace and tranquillity. Nevertheless, nurses‘ moral life is

continuously challenged and their connectedness is under threat due to their intense

involvement in social interactions with others in the ethically loaded environment in which they

work. Moral coping strategies and their outcomes are discussed within the context of the

preliminary findings of this research

Reporter’s Name: Tiziana ML Sala Defilippis

LEI 13. 260/16 E CIDADANIA: SEGURANÇA PÚBLICA E MOVIMENTOS SOCIAIS

Vítor Abrahão Sordi

1, Bruna Tássia Souza Nakayama

2 , Carla Aparecida Arena Ventura

3

1Advogado. Universidade de São Paulo , [email protected].

2 Enfermeira. Universidade de São Paulo, [email protected]

3 Professor Doutor. Universidade de São Paulo, [email protected]

RESUMO

Este estudo buscou analisar e discutir a Lei 13.260/16 (Lei Antiterrorismo), suas

possíveis ambivalências e possíveis consequências para os movimentos sociais. Trata-se de

pesquisa analítico-descritiva com abordagem de dados qualitativa. Foi realizada uma revisão

da literatura científica à cerca das estratégias utilizadas nas lutas dos movimentos sociais; e

uma revisão da literatura cientifica sobre os dispositivos utilizados na construção das políticas

de segurança pública para proteção do Estado. Em seguida realizou-se a leitura exaustiva da

Lei 13.260/16 e análise desta à luz da segurança pública e do direito à liberdade individual e

coletiva das pessoas e dos movimentos sociais. A Lei em questão define o que é a prática de

terrorismo e em seu art. 2º e garante a sua não aplicabilidade aos movimentos sociais. No

entanto, apresenta um tipo penal definido por demais amplo, em que ―expondo a perigo (...) a

paz pública ou a incolumidade pública‖ pode caracterizar como terrorismo, por exemplo, o

apoderamento de uma escola, hoje em voga, ou ainda pela utilização de meios cibernéticos,

criando o precedente de uma vala comum para crimes de distinto potencial ofensivo e de

possível opressão a movimentos civis pacíficos. A segurança pública designa não apenas um

dever do Estado, mas um fator imprescindível para a segurança das pessoas e da ordem social

e os movimentos sociais se tornou um disparador e fator importantíssimo na conquista e

manutenção de direitos são estes legítimos e parte do próprio exercício da cidadania. E sendo

a liberdade um direito fundamental, bem como a segurança pública, é necessário que haja

equilíbrio e aprofundamento nos estudos para que se garanta que não haja dispositivos

interpretativamente ambivalentes que prejudiquem a garantia da democracia e dos direitos

individuais e coletivos na construção da busca diária por mais cidadania e do fortalecimento do

Estado Democrático de Direito.

Palavra-chave: lei 13.260/16; movimentos sociais; segurança pública; cidadania.

Nome do relator: Vítor Abrahão Sordi

EMOTIONAL STRESS PREVENTION OF MEDICAL PROFESSIONALS WORKING WITH

CANCER PATIENTS

Zaharina Savova, Aleksandrina Vodenicharova, Evgeni Ivanov

ABSCTRACT

In Bulgaria, the number of patients suffering from cancer is increasing and recently it has been

concluded that cancer has become a main cause of death in the total number of patients

(15.17%). The healthcare policy is focused on prevention, increasing the efficiency and quality

of the treatment and welfare of cancer patients. Despite that, the statistical data, observations

and analyses are worrying. Results of independent studies urge for even broader and deeper

attention to the prophylactic, improvement and attention to the psychological welfare of the

medical workers dealing with cancer patients. A key element of the strategy for providing cancer

patients with high quality healthcare is the level of expertise and job satisfaction of the medical

professionals who take care of them. In the present abstract we are introducing the goal, tasks,

and results of a study on emotional stress conducted among 63 specialists working with cancer

patients in several Bulgarian hospitals. The European directive on occupational health and

safety obligates employers to identify and take timely measures against any stress factors in the

workplace. The present study analyzes the main factors causing emotional stress and how they

affect the quality of work. The subjective perception of the respondents is documented in regard

to the key problems in the healthcare, specificity of and communication with this particular type

of patients. It discusses the necessity of special training aimed at acquisition of techniques for

more effective and appropriate communication with them so that it is tailored to their individual

characteristics and their families alike. The healthcare of these patients relates to certain

specific ethical and moral characteristics. The study discusses the relative importance of

different problems in the treatment of cancer patients. Additionally, it looks into the moral and

ethical aspects of the medical treatment regarding the patients as well as the healthcare

professionals. A program has been designed to help prevent the occupational and emotional

stress among medical specialists working with cancer patients.

Reporter’s Name: Zaharina Savova