thiago xavier carneiro r2 cm são paulo 2009. via intrínseca fatores de contato xii xi ix viii via...
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COAGULOPATIA, PLAQUETOPENIA E ANTICOAGULAÇÃO EM UTI
Thiago Xavier Carneiro R2 CM
São Paulo
2009
DIAGNÓSTICO DE DISTÚRBIOS DA HEMOSTASIA
Via intrínsecaFatores de contato
XII XI IX VIII
Via extrínsecaFator tecidual
VII
Via comumX V
II (pró-trombina)I (fibrinogênio)
Estabilização do coágulo
Agregação plaquetária
Avaliação clínica do sangramento
Distúrbio plaquetário? Distúrbio da coagulação?
1o passo
Avaliação clínica do sangramento
Distúrbio plaquetário Distúrbio da coagulação
Sangramento profundo, em músculo e articulações
Hematomas, grandes equimoses
Sem sangramento após pequenos cortes
Sangramento cirúrgico tardio e importante
Sangramento em pele e mucosas
Petéquias, pequenas equimoses
Sangramento após pequenos cortes
Sangramento cirúrgico precoce e
moderado
Avaliação clínica do sangramento
Distúrbio plaquetário Distúrbio da coagulação
Avaliação clínica do sangramento
Distúrbio plaquetário Distúrbio da coagulação
2o passo
Distúrbio plaquetário
Plaquetopenia? Deficiência na agregação plaquetária?
Plaquetopenia
Pseudoplaquetopenia Aglutinação in vitro pelo EDTA
Plaquetopenia
Causa mais comum de doença hemorrágica adquirida
Principais causas na UTI Sepse Heparina (HIT) CIVD Associada a medicações Transfusão sangüínea Púrpura pós-transfusional Reanimação cardiopulmonar SDRA Tromboembolismo pulmonar Uso de cateteres
PlaquetopeniaCausas mais graves
Anemias hemolíticas microangiopáticas CIVD Púrpura trombocitopênica trombótica Síndrome hemolítico urêmica Hipertensão acelerada maligna Disfunção de válvula protética
Induzida por heparina (HIT)
Redução plaquetária em mais de 30% é marcador significativo de mortalidade em UTI
STRAUSS R et al. Crit Care Med 2002.
Tempo de sangramento Platelet Function Analyzer (PFA-100)
Mais simples e menos invasivo
Principais causas Antiagregantes plaquetários Uremia AINE’s, beta-lactâmicos Mielodisplasias e desordens mieloproliferativas
Deficiência na agregação plaquetária
Distúrbio da coagulação
Via extrínseca Via intríseca Via comum
3o passo
Distúrbio da coagulação
Via extrínseca Via intríseca Via comum
TP alterado
TTPa normal
TTPa alterado
TP normal
TP alterado
TTPa alterado
3o passo
Administração de AVK
Deficiência de vitamina K - Antibióticos Doença hepática hiper aguda
Deficiência de fator VII Inibidor adquirido do fator VII
Via extrínseca
Administração de heparina
Anticoagulante lúpico
Doença de Von Willebrand
Deficiência de fator VIII, IX, XI, pre-calicreína e CAPM
Inibidor adquirido do fator VIII, IX, XI, XII
Via intrínseca
Doses supraterapêuticas de heparina, warfarin Uso de inibidores da trombina Administração combinada de warfarin e
heparina
Doença hepática CIVD
Deficiência de fator I, II, V, X Inibidores adquiridos de fator I, II, V, X
Via Comum
Avaliação clínica do sangramento
Distúrbio plaquetário
Plaquetopenia
Alteração da função
plaquetária
Distúrbio da coagulação
Via intrínseca
Via extrínseca
Via comum
Diátese hemorrágica com exames normais
Distúrbios de função plaquetária
Doença de Von Willebrand
Deficiência do fator XIII
Testes de mistura
Mistura 1:1 plasma do paciente com plasma normal
Em pacientes com deficiência de fatores, a presença de metade do plasma normal corrige o distúrbio e os exames tornam-se normais
No caso da presença de inibidores, estes inibem os fatores de coagulação do plasma normal e os exames persistem alterados
Testes de mistura
Plasma alterado
Plasma normal
1:1
Normalização
Deficiência de fatores
Exame alterado
Inibidor
Inibidor
Após 2h37o C
Inibidores
Fator VIII (mais comum)
Fator IX ou X (mais raros)
Heparina
Anticorpos antifosfolípide
Produtos de degradação da fibrina
INBIDOR DO FATOR VIII
Inibidor do fator VIII
Hemofilia A adquirida
Epidemiologia: Gravidez Artrite reumatóide Neoplasias
Inibidor do fator VIII
Clínica: Sangramentos variados – principalmente tecidos
moles Mortalidade 9-22%
Diagnóstico:
TTPa alargado e TP normal
Testes de mistura
Ensaio Bethesda
Inibidor do fator VIII
Tratamento:
Sangramento leve:
DDAVP 0.3 mcg/kg 3-5 dias
Concentrado de fator VIII
Sangramento grave:
Complexo protrombínico ativado
Fator VIIa recombinante humano
Inibidor do fator VIII
Tratamento:
Prednisona 1mg/kg
Caso não haja resposta utilizar ciclofosfamida
2mg/kg VO
Elevada taxa de remissão espontânea
PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA
TROMBÓTICA
Púrpura trombocitopênica trombótica
Anemia hemolítica microangiopática
Plaquetopenia
Insuficiência renal aguda
Anormalidades neurológicas
Febre
A presença dos 5 achados é rara.
Os 2 primeiros são os mais importantes
PTTFisiopatologia
Deficiência de ADAMTS13, protease clivadora
de grandes moléculas de fator de Von
Willebrand
Acúmulo de ULVWf
Ativação plaquetária
Moake JL, NEJM, 2002
PTTCausas
Idiopática – 37%
Associada a medicamentos – 13%
Quinino / Ticlopidina e Clopidogrel
Doença auto-imune – 13%
Infecção – 9%
Gravidez – 7%
Transplante de medula óssea – 4%
Anemia hemolítica microangiopática
Provas típicas de hemólise estão
caracteristicamente alteradas
Plaquetopenia
Em torno de 25.000
PTTQuadro clínico
Insuficiência renal aguda
Frequentemente moderada
Sedimento pobre
Anormalidades neurológicas
Alterações agudas, principalmente confusão e cefaléia
Febre
Provavelmente o sintoma menos comum. Deve levantar a
suspeita de infecção
PTTQuadro clínico
Dosagem de ADAMTS13 não é necessária
O diagnóstico é CLÍNICO
PTTDiagnóstico
As únicas condições necessárias para indicação do tratamento são: Anemia hemolítica microangiopática Plaquetopenia Ausência de outra causa evidente
O tratamento deve ser indicado com URGÊNCIA, mesmo com diagnóstico duvidoso, sendo suspenso caso outro diagnóstico seja aventado
PTTTratamento
Plasmaférese
Diariamente, até normalização da contagem plaquetária e DHL, com posterior lenta redução
Administração de plasma pode ser realizada como ponte para plasmaférese
PTTTratamento
Corticóides Caso não haja evidência de pródromo de diarréia
infecciosa ou medicamento Pouca resposta ou recorrência após plasmaférese
Na doença refratária pode-se aumentar as sessões de plasmaférese para 2x ao dia e uso de rituximab ou ciclosporina
PTTTratamento
COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR
DISSEMINADA
Lesão endotelial difusa
SIRSIL-6
Formação excessiva da
trombina
Anticoagulação endógena
ineficaz
Formação disseminada de fibrina
Formação excessiva
de plasmina
Fibrinólise ineficaz
TROMBOSE
SANGRAMENTO
Coagulação intravascular disseminada
Causas
Sepse Trauma Desordens obstétricas
Descolamento prematuro de placenta Embolia amniótica
Reação transfusional Acidente ofídico Hipertermia SAAF catastrófica
Coagulação intravascular disseminadaManifestações clínicas
Sangramento
Insuficiência renal
Insuficiência hepática
Insuficiência respiratória
Choque
Tromboembolismo
Coagulação intravascular disseminada
Diagnóstico
Desordem subjacente associada a CIVD
Plaquetopenia
Alteração no AP e/ou TTPa
Esquizócitos
Níveis reduzidos de fibrinogênio
Fibrinólise (produtos de degradação da fibrina)
Coagulação intravascular disseminada
DiagnósticoAvaliação do risco
O paciente apresenta uma desordem compatível com CIVD? (Sepse, trauma, emergência obstétrica).
Avaliação laboratorial
Contagem de plaquetasD-dímero e produtos de degradação da fibrinaFibrinogênioTAP e TTPa
Pontuação
Contagem de plaquetas: >100 = 0
<100 = 1
<50 = 2 Elevação de marcadores de fibrina: Sem elevação = 0
Aumento moderado = 2
Aumento importante = 3Aumento do TAP: <3 sec = 0
>3 <6 = 1
>6 = 2Fibrinogênio: >1 g/L = 0
<1 = 1
CálculoMaior ou igual a 5 = Compatível com CIVD manifesta Menor que 5 = Sugestivo de CIVD oculta
Sociedade Internacional de trombose e hemostasia, 2001
Coagulação intravascular disseminada
Tratamento
Tratamento da causa de base!
Na grande maioria das vezes não é necessário qualquer tratamento específico.
O tratamento deve ser feito de acordo com as manifestações clínicas
Anticoagulantes
Heparina
Droga mais estudada
Grandes estudos com melhor metodologia não
demostraram benefícios
O pacientes que apresenta tendência a melhor
resposta é aquele com CIVD arrastada, com
predominante manifestação trombótica
Dose: 300-500U/h até TTPa próximo a 45s
Plaquetas e plasma
Apenas para pacientes com sangramento ou necessidade de procedimentos invasivos
Plaquetas: < 20.000 ou
< 50.000 com sangramento ou para
procedimentos
Plasma: Manter relação AP e TTPa < 1.5
Manter fibrinogênio > 100mg/dl
Novas terapias
Antitrombina III: Ineficaz
Inibidores da Trombina: Terapêutica
promissora
Proteína C ativada: Benefício em pacientes
com sepse grave
PLAQUETOPENIA INDUZIDA POR HEPARINA
Tipo I
Inicia dentro de 2 dias do uso de heparina
Autolimitada
Mecanismo não imune
Plaquetopenia discreta
Plaquetopenia induzida por heparina
Tipo II
Inicia entre 5 e 10 dias do uso de heparina
Formação de anticorpos anti complexo heparina/
fator plaquetário 4 (PF4)
Plaquetopenia mais acentuada que na tipo I
Plaquetopenia induzida por heparina
Incidência 0.2 a 5% dos pacientes que usam heparina por 4 dias
Fatores de risco
Uso prolongado
HNF em comparação a HBPM
Pacientes cirurgicos
Mulheres
Apesar da maior quantidade conferir maior risco, a heparina usada
em flush pode causar a doença
Plaquetopenia induzida por heparina
A forma precoce pode ocorrer em pacientes
previamente sensibilizados (nos últimos 100
dias)
A forma tardia pode ocorrer, mas é rara. Em
média 9 dias após a suspensão da droga
Plaquetopenia induzida por heparina
Plaquetopenia em média de 60.000 é o primeiro
sinal
Eventos tromboembólicos
TVP MMII (Principal)
TVP MMSS e seio venoso
Oclusão arterial
Plaquetopenia induzida por heparina
Em quem suspeitar?
Trombocitopenia sem explicação aparente
Trombose venosa ou arterial associada a plaquetopenia
Queda de 50% na plaquetometria
Lesões necróticas cutâneas
Reações sistêmicas agudas após infusão de heparina (febre,
taquicardia, dispnéia, hipotensão)
Plaquetopenia induzida por heparina
Trombocitopenia
Redução plaquetária >50% e nadir >20.000 - 2 pontos
Redução plaquetária 30-50%, nadir 10 a 19.000 - 1
ponto
Redução plaquetária <30% e nadir <10.000 - 0 pontos
Plaquetopenia induzida por heparina
Tempo de queda plaquetária
Início confirmado entre 5-10 dias - 2 pontos
Início provável entre 5-10 dias - 1 ponto
Início < 4 dias sem exposição recente - 0 pontos
Plaquetopenia induzida por heparina
Trombose
Trombose nova confirmada, necrose cutânea ou reação sistêmica
aguda após heparina IV - 2 pontos
Trombose recorrente ou progressiva, lesões cutâneas não
necróticas ou trombose suspeita - 1 ponto
Nenhum - 0 pontos
Plaquetopenia induzida por heparina
Trombocitopenia por outras causas
Nenhuma aparente - 2 pontos
Possível - 1 ponto
Definitiva - 0 pontos
Plaquetopenia induzida por heparina
Avaliação
Zero a 3 – Baixa probabilidade
4 a 5 – Probabilidade intermediária
6 a 8 – Alta probabilidade
Caso haja baixa probabilidade, não há necessidade de
avaliação laboratorial
Plaquetopenia induzida por heparina
Teste de liberação de serotonina
Padrão ouro
Agregação plaquetária induzida por heparina
ELISA
Associar à avaliação pré-teste
Plaquetopenia induzida por heparina
Suspensão imediata de qualquer tipo de heparina
Mudança de anticoagulante
Lepirudina
Argatroban
Fondaparinux
Plaquetopenia induzida por heparina
Warfarin
Iniciar apenas após normalização da plaquetopenia
e anticoagulação adequada por 5 dias
Utilizar por 3 meses caso não haja trombose e por 6
meses caso ela ocorra
Transfusão de plaquetas não deve ser
realizada para prevenção de sangramento
Plaquetopenia induzida por heparina
ANTICOAGULAÇÃO EM UTI
Inibidor direto da trombina
Liberado para trombocitopenia induzida por
heparina
Dose: 0.1mg/kg/h
Excreção renal
Lepirudina
Inibidor direto da trombina
Liberado para trombocitopenia induzida por
heparina
Dose: 2mcg/kg/min
Excreção hepática
Argatroban
Inibidor indireto do fator Xa
Melhor que HBPM na profilaxia de:
TVP em prótese total de quadril
Fratura de quadril
Cirurgia de joelho
Tão bom quanto a HBPM em:
Cirurgia abdominal
Pacientes clínicos
Tratamento de TVP e TEP
Fondaparinux
PENTATHLON; EPHESUS
PEGASUS
ARTEMIS
Dose:
Profilática – 2.5mg SC 1x/d
Terapêutica:
<50Kg: 5mg SC 1x/d
50-100Kg: 7.5mg SC 1x/d
>100Kg: 10mg SC 1xd
Fondaparinux
Inibidor indireto da trombina
Forma um complexo com a antitrombina potencializando sua ação em 1000 a 4000 vezes
Inibe principalmente fator Xa e Trombina
HeparinaMecanismo de ação
Heparina
HeparinaTratamento de TVP
TTPa 1.5-2.5x o valor de referência em 24h para tromboses agudas
Monitorizar sempre 4 a 6 horas após qualquer ajuste da dose
Até 60% dos pacientes não atigem essa meta terapêutica
HeparinaMonitorização
Arch Intern Med 1988
HNF 5.000UI SC 2 horas antes de procedimentos
HNF 5.000UI a cada 8-12h
Preveniu TVP, TEP e TEP fatal
HeparinaProfilaxia de TVP
CLAGETT GP. Ann Surg 1988; COLLINS R. N Engl J Med 1988
HeparinaTratamento de TVP
HeparinaMonitorização
Dose inicial 80 U/kg bolus, então 18 U/kg por hora
TTPa <35 sec (<1.2 x controle)
80 U/kg bolus, aumentar infusão em 4 U/kg por hora
TTPa 35-45 sec (1.2-1.5 x controle)
40 U/kg bolus, aumentar infusão em 2 U/kg por hora
TTPa 46-70 sec (1.5-2.3 x controle)
Manter infusão
TTPa 71-90 sec (2.3-3.0 x controle)
Diminuir a infusão em 2 U/kg por hora
TTPa >90 sec (>3.0 x controle)
Suspender a infusão por 1 hora, então diminuir a infusão em 3 U/kg por hora
708 pacientes, randomizado, aberto
Dose: 333U/kg SC 250U/kg SC 12/12h
Não houve monitorização de plaquetas ou TTPa
Uso efetivo, seguro e mais barato
Peso molecular HNF – 15.000 daltons (45U sacarídicas)
Peso molecular HBPM – 5.000 daltons (15U sacarídicas)
Inativa o fator Xa, mas tem menor ação na trombina
Heparina BPMDefinição
Maior meia vida e biodisponibilidade
Monitorização laboratorial não é necessária
Menor incidência de plaquetopenia induzida pela heparina
Menor incidência de osteoporose
Heparina BPMVantagens
Cirurgia abdominal Tão eficaz e segura quanto HNF
Fratura de quadril Tão eficaz e segura quanto HNF
Neurocirurgia Mais eficaz e com taxa de sangramento semelhante
quando comparado a medidas mecânicas
Trauma e cirurgias de quadril e joelho Mais eficaz que HNF
Heparina BPMProfilaxia de TVP
Pelo menos tão eficaz quanto HNF
Talvez mais seguro…
Drogas amplamente estudadas
Nadroparina, Tinzaparina, Enoxaparina, Dalteparina
Heparina BPMTEP e TVP
Dosagem da atividade anti-fator Xa
Indicado quando há dúvida quanto a dose em grupos especiais : Obesidade e insuficiência renal
Valor de referência: 1-2UI/ml – 1x ao dia 0.6-1UI/ml – 2x ao dia
Não há estudos bem desenhados correlacionando este exame com incidência de trombose ou sangramento
Heparina BPMMonitorização
Sangramento
Incidência de aproximadamente 5%
Mais relacionado a fatores de risco que ao TTPa
Fatores de risco: úlcera péptica, neoplasia oculta,
doença hepática, defeitos de hemostasia, idade maior
que 65a, hemoglobina baixa
HeparinaComplicações
Protamina Logo após administração de heparina: 1mg/ 100U
HNF IV Após 30-60min da administração de heparina: 0.5-
0.75mg/ 100U HNF IV Após 2h da administração de heparina: 0.25-
0.375mg/ 100U HNF IV Velocidade máxima de 5mg/min Dose máxima 50mg Apresentação 10mg/ml – 5ml
HeparinaComplicações
Necrose cutânea Mediada por auto anticorpos, não associado a
plaquetopenia
Osteoporose Uso por mais que 6 meses
Contaminação (OSCS) 2007 Pelo menos 81 mortes Reações de hipersensibilidade por hiperativação
calicreína
HeparinaComplicações
Anticoagulação excessiva por AVK
Mulher, 45 anos
FA e hipertireoidismo
Encaminhada do ambulatório (PARA INTERNAR!), pois apresentava equimoses em braços e INR > 20
Intoxicação warfarínica
INR <5 sem sangramento
Caso INR minimamente alargado, a dose pode ser
mantida
ou Redução da dose basal do warfarin
ou Suspensão do warfarin até INR terapêutico, então
continuar com menor dose
American College of Chest Phisicians, 2008
Intoxicação warfarínica
INR entre 5 e 9 sem sangramento
Suspensão do warfarin até INR terapêutico, então
continuar com menor dose
ou
Suspender warfarin e administrar 1-2.5mg de
vitamina K via oral
American College of Chest Phisicians, 2008
Intoxicação warfarínica
INR > 9 sem sangramento
Suspender warfarin
Administrar 5-10mg de vitamina K via oral
Monitorizar INR com maior freqüência
Doses adicionais de vitamina K se necessário
Após normalização do INR, continuar tratamento
com menor dose de warfarin
American College of Chest Phisicians, 2008
Intoxicação warfarínica
Qualquer INR com sangramento maior
Suspender warfarin
Administrar 10mg de vitamina K IV lentamente
De acordo com as condições clínicas, administrar
plasma fresco congelado, concentrado
protrombínico ou fator VIIa recombinante humano
Monitorizar e repetir o quanto necessário
American College of Chest Phisicians, 2008
Sangramento fatal
ou Sangramento sintomático em sistema crítico, como
sistema nervoso central, intraocular, retroperitoneal, intra-articular, pericárdico, intramuscular com síndrome compartimental
ou Sangramento como causa de queda nos níveis de
hemoglobina em 2g/dL ou mais ou com necessidade de transfusão de duas unidades ou mais de concentrado de hemácias
Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia, 2005
Intoxicação warfarínicaDefinição de sangramento maior
Vitamina K IV: em 100ml de SF 0.9% ou SG 5% Administrar em 20 a 60 minutos Checar INR após 12 horas e repetir se necessário
PFC Tempo médio de normalização do INR: 30 horas
Intoxicação por AVKTratamento
Fator VIIa recombinante humano
Derivado plasmático com
fator VIIa concentrado
Dose: 10-50mcg/kg
Tempo de ação: 6h
Outras indicações: hemofilia, trombastenia de Glanzman
Intoxicação por AVKTratamento
Concentrado de complexo protrombínico
Fatores II, VII, IX e X
Tempo de ação: 30min
Dose.: 50-100U/kg a cada 6-12h
Inibidores adquiridos da coagulação e hemofilia
Intoxicação por AVKTratamento
Profilaxia de TVP
Mulher, 21 anos
IOT na sala de emergência por crise de asma
Tem indicação de profilaxia de TVP?
Profilaxia da TVP
Não existe modelo prospectivo objetivo validade para utilizar como recomendação em pacientes clínicos
Pacientes com maior risco incluem (1A): ICC Doença respiratória grave Imobilidade e um fator abaixo:
Cancer Sepse Doença neurológica
aguda TVP prévia Doença intestinal
inflamatória
Profilaxia da TVP
Todos os pacientes de UTI apresentam alto
risco de TVP
Crit Care Med. 2005
HBPM e Insuficiência renal
Paciente evolui com TVP ClCr 30ml/min
Posso usar HBPM?
SIM, apenas com monitorização anti fator Xa (1B)
Caso não seja possível monitorizar
NÃO (1B)
SIM , 50% da dose (2C)
Uso de HBPM sem dosagem da atividade antifator Xa frequentemente é subterapêutica
Preferir o uso 2x ao diaSwiss Med Wkl. 2009
Swiss Med Wkl. 2009
CHEST, 2008
HBPM e Insuficiência renalSegundo o fabricante…
Profilaxia: 30mg SC 1x/d
Terapêutica 1mg/kg SC 1x/d
Dialíticos Não aprovada pelo FDA
HBPM e Obesidade Homem, 35 anos, 120kg
Profilaxia de TVP em que dose?
Dose baseada no peso (IMC > 35)
0.5mg/kg/d
Drogas mais estudadas Tinzaparina Dalteparina
CHEST, 2008
Anticoagulação prévia
Mulher, 30 anos
FA, HAS
Em uso crônico de warfarin
Internada na UTI por sepse foco cutâneo
Anticoagulação plena?
Estratificação de risco para eventos tromboembólicos
Protese de válvula cardíaca Fibrilação atrial TVP
Alto
- Qualquer prótese mitral- Próteses antigas- AVC ou AIT nos últimos 6
meses
- CHADS2 5 ou 6- AVC ou AIT nos
últimos 3 meses- Doença valvar
reumática
- TVP nos últimos 3 meses- Trombofilia grave
(Deficiência de proteína C, proteína S, antitrombina, SAAF)
Moderado- Válvula bicúspide aórtica e 1
dos seguintes ICC, HAS, DM2, AVC ou AIT e idade > 75a
- CHADS2 3 ou 4
- TVP recorrente- TVP entre 3m a 1a- Trombofilias não graves
(Fator V Leyden)- Câncer atual
Baixo- Válvula bicúspide aórtica sem
outros fatores de risco- CHADS2 0 a 2 (Sem
AVC ou AIT prévios)- TVP a > 1a sem outros
fatores de risco
CHEST, 2008
Estratificação de risco para eventos tromboembólicos
Alto risco Anticoagulação plena
Moderado risco Anticoagulação plena ou profilática
Baixo risco Anticoagulação profilática
AVC isquêmico
Imagens sugestivas de embolia Fibrilação atrial
Anticoagula?
NÃO (1B)
Estudo HAEST / Estudo TOAST não mostraram benfícios da anticoagulação plena em pacientes com AVCi, mesmo no subgrupo cardioembólico
AVC isquêmico
Profilaxia para TVP
Quando começar?
Imediatamente (1A)
Caso tenha sido feita trombólise?
Após 24h (1A)
Caso haja contra-indicação para heparina
Compressão pneumática intermitente ou meia elástica
AVC hemorrágico
Profilaxia para TVP
Pode usar?
CPI é preferível (1B)
Quando começar?
Após 48h, com adequado controle da PA (2C)
TVP aguda em paciente com AVCH
Risco de TEP: 50% em 1 mês
Risco de sangramento: 1% em 3 meses
Provavelmente o benefício do uso da terapia apropriada para TVP supera os
riscos de sangramento
Não existem estudos que comparem o risco dos anticoagulantes com os
riscos associados a inserção de um filtro de veia cava
Aneurisma intracraniano
Profilaxia para TVP
Pode usar?
CPI é preferível
Caso necessário, a pouca evidência da literatura
sugere que anticoagulantes não aumentam o
risco de sangramento, mas pioram o prognóstico
dos pacientes com sangramento
Neoplasias intracranianas
Profilaxia para TVP
Pode usar anticoagulante?
Não, preferir métodos mecânicos (2B)
Tratar TVP?
SIM (1C)
Exceção para tumores com alto risco de sangramento:
Metástase de melanoma, coriocarcinoma, carcinoma de
tireóide e de células renais
Preferir filtro de veia cava (2C)
ASCO, 2007
ASCO, 2007
Endocardite
Infecciosa - Anticoagular?
NÃO (1B)
Suspender warfarin em válvula metálica?
SIM (2C)
Marântica?
Heparinização plena sempre (1C)
CHEST, 2008
Trombose de seio venoso
Com infarto hemorrágico concomitante
Qual tratamento?
Heparinização plena (1B)
Quando tempo?
AVK por 1 ano (1B)
Talidomida
Paciente com mieloma multiplo em uso de talidomida e
dexametasona
Vem em consulta 6 meses após TVP, em uso de warfarin
Suspender o warfarin?
Não
Pacientes em uso de talidomida em combinação com outros
agentes apresentam maior risco de TVP
Indicar HBPM profilatica ou AVK
Talidomida isolada parece não conferir tal risco