the book of serpens

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1 Visto que todos — os profetas e os homens do mundo — dizem que nada existia antes de Yaldabaoth erguer as estruturas do Cosmos, demonstrarei que todos se enganaram, uma vez que não conhecem a procedência do YHVH e a sua origem. Aqui está a demonstração: 2 Se todos os homens concordam que o YHVH existe, é porque Ele é limitado, e restringido em uma forma. Ele é chamado de Deus cego. 3 Mas o seu principio é algo que deriva de um ser Perene, que é Proarkhe – Precede a existência. 4 E óbvio, portanto, que o primeiro ser existiu antes que YHVH tomasse forma. 5 Vamos agora penetrar a verdade, e também a primeira obra, donde veio o YHVH; e desta maneira se fará a demonstração da verdade. 6 O principio era apenas Ain - a Nulidade, as Trevas, o Caos e o Vazio habitavam Ain e não haviam limites ou restrições, apenas Glória Plena Não-Criada de Azoth. 7 Em Ain, haviam formas e substâncias, respectivamente masculinas e femininas, estas eram chamadas de Aeons, e eram suas emanações ou aspectos divinos. 8 O primeiro aspecto de Ain era chamado de Bythos, era masculino, sendo assim uma forma, enquanto Syge, o segundo aspecto de Ain era feminino, sendo assim uma substância. Bythos e Syge formaram a primeira sizígia – casal de Aeons. 9 O terceiro aspecto de Ain era chamado de Ennoea, era masculino, sendo assim uma forma, enquanto Thelesis, o quarto aspecto de Ain era feminino, sendo assim uma substância. 10 Ennoea e Thelesis foram emanados a partir de Bythos e Syge, formando a segunda sizígia. 11 O quinto aspecto de Ain era chamado de Nous, era masculino, uma forma, enquanto Aletheia, o sexto aspecto de Ain era feminino, sendo uma substância. Nous e Aletheia foram emanados a partir de Ennoea e Thelesis, formavam a terceira sizígia. 12 O sétimo aspecto de Ain era chamado de Adam Kadmon, era masculino, uma forma, enquanto Ekklesia, o oitavo aspecto de Ain era feminino, uma substância. Adam Kadmon e Ekklesia foram emanados a partir de Nous e Aletheia, e formaram a quarta sizígia de Ain. 13 O nono aspecto de Ain era chamado de Logos, masculino, era uma forma enquanto Zoe, o décimo aspecto de Ain era

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UAHSAUHSAU ASUSAHSA SAOSAKMASO SAOAS ASAISHSA SAUASHSA SAUHAS SAUAS SAUASHSASAUHAS ASUSA SAUASH ASSAU SAUSAHSA SAUS ASIOSA SA OSA SASA ASSA SAISA SAOAS ASAOS SAOAS AIASSA SAIOU SAISA SAIAS ISA ASOSA SASA OISASASA OSA SAOS ASOS SAOSA ASOSA A.USAHSAUSAH USAHSAUH SAOKSA ZOZM V-IV QO WMEOXJ OQMWME PXCKC KAHW Q SWJQN ZMNCNF QOWJEN AJSJQUWBE JAHSJQ EJ

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1Visto que todos os profetas e os homens do mundo dizem que nada existia antes de Yaldabaoth erguer as estruturas do Cosmos, demonstrarei que todos se enganaram, uma vez que no conhecem a procedncia do YHVH e a sua origem. Aqui est a demonstrao:2Se todos os homens concordam que o YHVH existe, porque Ele limitado, e restringido em uma forma. Ele chamado de Deus cego.3Mas o seu principio algo que deriva de um ser Perene, que Proarkhe Precede a existncia. 4E bvio, portanto, que o primeiro ser existiu antes que YHVH tomasse forma.5Vamos agora penetrar a verdade, e tambm a primeira obra, donde veio o YHVH; e desta maneira se far a demonstrao da verdade.6O principio era apenas Ain - a Nulidade, as Trevas, o Caos e o Vazio habitavam Ain e no haviam limites ou restries, apenas Glria Plena No-Criada de Azoth.7Em Ain, haviam formas e substncias, respectivamente masculinas e femininas, estas eram chamadas de Aeons, e eram suas emanaes ou aspectos divinos.8O primeiro aspecto de Ain era chamado de Bythos, era masculino, sendo assim uma forma, enquanto Syge, o segundo aspecto de Ain era feminino, sendo assim uma substncia. Bythos e Syge formaram a primeira sizgia casal de Aeons.9O terceiro aspecto de Ain era chamado de Ennoea, era masculino, sendo assim uma forma, enquanto Thelesis, o quarto aspecto de Ain era feminino, sendo assim uma substncia. 10Ennoea e Thelesis foram emanados a partir de Bythos e Syge, formando a segunda sizgia.11O quinto aspecto de Ain era chamado de Nous, era masculino, uma forma, enquanto Aletheia, o sexto aspecto de Ain era feminino, sendo uma substncia. Nous e Aletheia foram emanados a partir de Ennoea e Thelesis, formavam a terceira sizgia.12O stimo aspecto de Ain era chamado de Adam Kadmon, era masculino, uma forma, enquanto Ekklesia, o oitavo aspecto de Ain era feminino, uma substncia. Adam Kadmon e Ekklesia foram emanados a partir de Nous e Aletheia, e formaram a quarta sizgia de Ain.13O nono aspecto de Ain era chamado de Logos, masculino, era uma forma enquanto Zoe, o dcimo aspecto de Ain era feminino, uma substncia. Logos e Zoe foram emanados a partir de Adam Kadmon e Ekklesia, formando assim a quinta sizgia de Ain.14Posteriormente, Logos e Zoe emanaram cinco Aeons em Ain, estes eram respectivamente masculinos e femininos: 15Bythius e Mixis. Ageratos eHenosis. Autophyes eHedone. Acinetos eSyncrasis. Monogenes eMacaria. Estes Aeons foram emanados por Logos e Zoe, e formaram sizgias.16Adam Kadmon e Ekklesia emanaram mais seis Aeons em Ain, respectivamente masculinos e femininos, formaram a ultima gerao de Aeons de Ain: 17Paracletus e Pistis. Patricas eElpis. Metricos eAgape. Ainos eSynesis. Ecclesiasticus eMacariotes. Theletus eSophia.

----Aps ter-se estabelecido a natureza dos Imortais a partir da natureza irrestringvel de Ain, um on chamado Sophia abandonou o estado de Graa Plena no-Criada. Ela desejou conhecer o Incognoscvel, o Infinito, porm no havia como conhecer o Incognoscvel, pois o este era Infinito, sendo assim impossvel de limitar, ela ento emana algo parecido com a luz que primeiro existiu e passou a tomar forma, e o seu desejo manifestou-se imediatamente atravs de uma imagem deplorvel e de incompreensvel deformidade, e que fica no meio, entre os imortais e queles que surgiram depois deles, como aquilo que est acima e que um vu que separa os homens daqueles que pertencem esfera superior.

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O on da verdade j no tem sombra dentro de si, pois a luz imensurvel est por toda parte dentro dele. A sua aparncia exterior, porm, uma sombra. Foi chamada "escurido". Do seu interior surgiu uma fora por cima d escurido. E quanto sombra, as foras que surgiram depois a chamaram de "o Caos infinito". E dela se originaram todas s raas de deuses, uma e a outra e todo o lugar. Conseqentemente, a sombra tambm posterior primeira obra que surgiu. O abismo deriva da Pistis acima mencionada.A sombra ento percebeu que havia algum mais forte do que ela. Era ciumenta, e quando se tornou auto-impregnada, ela experimentou imediatamente um sentimento de inveja. Desde aquele dia, origem da inveja apareceu em todos os ons e seus mundos. Descobriu-se, porm, que a inveja era um aborto da natureza, sem nenhum esprito dentro de si. Tornou-se igual a sombras dentro de uma vasta substncia aquosa.A ira rancorosa que surgiu ento da sombra foi relegada a uma religio do Caos. Desde aquele dia apareceu uma substncia aquosa, ou seja, o que estava encerrado na sombra jorrou, aparecendo no Caos. Da mesma forma que a secunda, j intil para quem d luz uma criancinha, cai, foi rejeitada a substncia que da sombra se formara. A substncia no saiu do Caos, ficou dentro do Caos, passando a existir numa parte dele.Ora, depois de todas estas coisas terem acontecido, veio ento Pistis e apareceu por cima da substncia do Caos, que fora rejeitada como uma falha da natureza, j que no havia esprito nenhum contido nela. Pois tudo isso representa uma escurido insondvel e uma gua de profundidade incomensurvel. Pistis, ao ver o que resultou da sua deficincia, ficou perturbada. Sua perturbao manifestou-se atravs de um efeito terrvel que se foi estabelecer no Caos. Pistis ento voltou-se para este e soprou em sua face no abismo, que se encontra abaixo de todos os cus.Quando Pistis Sofia desejou ento fazer com que aquele que no tinha esprito recebesse o modelo de uma imagem e predominasse sobre a matria e todas as suas foras, surgiu primeiro das guas um Governante de aparncia igual a um leo, andrgino, imbudo de grande autoridade, mas que no sabia de onde provinha.Quando Pistis Sofia o viu, ento, movendo-se nas profundezas das guas, disse-lhe: "O jovem, passa por aqui", o que interpretado "Ialdabaoth". A partir daquele dia, surgiu o primeiro princpio da palavra que se referia aos deuses, anjos e homens. E os deuses, anjos e homens constituem aquilo que tornou forma atravs da Palavra. Alm do mais, o governante Ialdabaoth ignora o poder de Pistis. Ele no viu sua face, mas a imagem que lhe falou foi vista por ele na gua. E daquela voz originou-se o seu nome "Ialdabaoth". Mas os perfeitos o chamam de "Anel" porque sua forma era de um leo. E depois de ele ter chegado a possuir o domnio da matria, Pistis Sofia subiu de volta para a sua luz.Quando o Governante viu a sua grandeza, s viu a si prprio; no viu mais ningum com exceo da gua e da escurido. Chegou a pensar ento que s ele existia. Completou-se o seu pensamento atravs da palavra, emanifestou-se tal qual um esprito movendo-se para c e para l por cima das guas. E quando surgiu aquele esprito, o Governante separou a substncia aquosa da substncia rida, colocando a primeira numa regio e a segunda em outra regio. Com a primeira substncia, ele criou uma morada para si. Chamou-a de "Cu". Com a outra substncia, o Governante criou um sucedneo. Chamou-o de "Terra".Em seguida, o Governante ponderou sobre a sua natureza e criou um ser andrgino atravs da palavra. Abriu sua boca e vangloriou-se. Quando os olhos deste se abriram, ele viu seu pai e disse-lhe: "Yn". Seu pai chamou-o "Yao". Novamente, ele criou o segundo filho e vangloriou-se. Este abriu os olhos e disse a seu pai: "e". Seu pai chamou-o "Eloai". Novamente, criou o terceiro filho e vangloriou-se. Este abriu os olhos, e disse a seu pai: "as". Seu pai chamou-o "Astaphaios". So estes os trs filhos do pai. Sete foram os seres andrginos que apareceram no Caos. Foram-lhes dados um nome masculino e um feminino. O nome feminino de Ialdabaoth Pronoia Sambathas, isto , a Hebdmada. Quanto a seu filho chamado "Yao", seu nome feminino "Autoridade". O nome feminino de Sabaoth "Divindade". O nome feminino de Adonaios "Realeza". O nome feminino de Eliaios "inveja". O nome feminino de Oraios "Riquezas". O nome feminino de Astaphaios "Sofia". Ests so as sete divindades dos sete cus do Caos. Elas surgiram como seres andrginos segundo a forma imortal que existir antes delas e de acordo com vontade de Pistis, a fim de que a imagem daquela que existir desde o inicio pudesse reger at o fim. Encontraro a funo destes nomes e divindade masculina em "O Lado Arcanglico de Moiss o Profeta". Os nomes femininos, porm, esto em "O Primeiro Livro de Noraia".Graas ao seu grande poder, o Primeiro Pai, Ialdabaoth, criou para cada um de seus filhos, atravs da palavra, cus formosos que serviriam de moradas, e para cada cu, glrias extraordinrias, sete vezes mais grandiosas do que qualquer glria terrena, tronos, moradas, templos e carruagens, virgens espirituais e suas glrias, olhando alm para um reino invisvel, contendo cada um tudo isso em seu cu; criou tambm exrcitos de foras divinas, nobres, anglicas e arcanglicas, mirades delas para servi-lo.O relato preciso sobre tudo isto ser encontrado em "O Primeiro Logos de Noraia".Estavam concludos desta forma os cus, at o sexto, que pertencia a Sofia. Cu e terra ficaram abalados por causa do agitador que se encontrava abaixo de todos eles. E os seis cus estremeceram. Pois as divindades do Caos no sabiam quem era aquele que havia destrudo o cu abaixo delas. E quando Pistis ficou a par do desprezo manifestado pelo agitador, ela emitiu seu sopro, amarrou-o e precipitou-o em Trtaros. Desde aquele dia, Cu e Terra consolidaram-se graas Sofia de Ialdabaoth, aquele que se encontra abaixo de todos eles. Depois de terem-se retificado os cus, suas divindades e todos os do seu governo, o Primeiro Pai enalteceu-se e foi glorificado por todo o exrcito de anjos. Todos os deuses com seus anjos o louvaram e exaltaram. Seu corao exultou, e ele vangloriou-se continuamente, dizendo-lhes: "No preciso de nada, sou Deus e nenhum outro existe alm de mim". Mas, ao proferir estas coisas, pecou contra todos os imortais, os que no perecem, e estes o protegeram. Alm do mais, ao constatar a impiedade do Governante principal, Pistis encolerizou-se. Sem ser vista, disse ela: "Enganas-te, Samael", isto , "o deus cego". "Um homem iluminado e imortal existe diante de ti. Ele aparecer revestido de vossos corpos moldados. Ele esmagar-vos- da mesma forma que o barro do oleiro esmagado. E vs vos precipitareis com os que vos seguem no abismo, vossa me. Porque, na consumao de vossas obras, qualquer deficincia surgida com relao a verdade se ir dissolver. E se extinguir, e ser como se no tivesse sido". Aps ter dito ests coisas, Pistis revelou a limagem de sua grandeza nas guas. E assim ela se retirou, subindo at sua luz. No entanto, ao ouvir a voz de Pistis, Sabaoth, o filho de Ialdabaoth, a venerou e condenou o pai, baseado na palavra dela. Glorificou-a por ela ter-lhes contado a respeito do homem imortal e de sua luz. Pistis Sofia, com o seu dedo apontado, derramou nele uma luz gerada pela sua prpria luz para a condenao de seu pai. Alm do mais, ao receber a luz, Sabaoth recebeu um grande poder contra todas as foras do Caos.Desde aquele dia, foi chamado "o senhor" das foras". Ele odiava seu pai, a escurido, e sua me, o abismo. Ele abominava sua irm, o pensamento do Primeiro Pai, que se move em todas as direes por cima das guas.Todas as Autoridades do Caos tiveram cimes dele por causa de sua luz. E, abaladas, travaram uma grande guerra nos sete cus. Pistis Sofia, ao ver a guerra deflagrada, mandou para Sabaoth sete arcanjos da sua luz. Estes o arrebataram e o levaram para cima, ao stimo cu. Colocaram-se diante dele na qualidade de serventes. Ela enviou-lhe, alm disso, trs outros arcanjos, e estabeleceu seu reino acima de todos os outros para que ele pudesse reinar" sobre os doze deuses do Caos.Sabaoth recebeu o lugar de descanso devido ao seu arrependimento; Pistis Sofia, porm, deu-lhe ainda a sua filha Zoe, dotada de um grande Poder, para que esta o informasse a respeito de tudo quanto existe no oitavo cu. E, graas sua prpria Autoridade, ele criou primeiro uma morada para si, um lugar grande e esplndido, sete vezes mais grandioso do que todos os que existem nos sete cus.E enfrente a sua morada, ele criou um grande trono sobre uma carruagem quadrilateral, chamada "querubim". E o querubim apresenta oito formas em cada um dos quatro cantos formas de leo, de touro, formas humanas e de guia perfazendo todas as formas um total de sessenta e quatro. Sete arcanjos se colocam diante dele, sendo ele o oitavo, dotado do poder. As formas todas perfazem no total setenta e duas. A partir" desta carruagem, os setenta e dois deuses recebera um plano; recebera um plano para que possam reger sobre as setenta e duas lnguas das naes. E sobre este trono ele criou alguns outros anjos com forma de drago, chamados "serafins", que o glorificam continuamente.Depois disso, ele criou uma igreja Anglica muitas igrejas pertencem a ela parecida com a igreja que se encontra no oitavo. E um recm-nascido chamado "Israel", ou seja, "o homem que v Deus", e que tem outro nome tambm, "Jesus, o Cristo", semelhante ao Salvador que est acima do oitavo, senta-se sua direita num trono magnfico. A sua esquerda, porm, senta-se um trono, louvando, a virgem do esprito santo. As sete virgens se colocam diante dele, enquanto trinta outras virgens, com liras, harpas e trombetas nas mos, o glorificam. E os exrcitos todos de anjos o glorificam e o louvam. Ele, porm, senta-se num trono oculto por uma grande nuvem luminosa. E no havia ningum com ele nessa nuvem, a no ser Sofia Pistis, que lhe ensinava a respeito de todos os que existem no oitavo para que a imagem daqueles pudesse ser criada, a fim de que o reino continuasse para ele at a consumao dos cus do Caos e de suas foras.Pistis Sofia isolou-o ento da escurido. Convocou-o para que se colocasse sua direita. Ela deixou, porm, o Primeiro Pai a sua esquerda. Desde aquele dia, a direita foi chamada de "justia", e a esquerda foi chamada de "injustia". Alm do mais, todos eles receberam, por causa disto, uma ordem da assemblia da justia; e a injustia rege sobre todas as suas criaes.Quando o Primeiro Pai do Caos viu seu filho, Sabaoth, e notou que sua glria era mais resplandecente do que todas as foras do Caos, sentiu cimes dele. Ao ficar irado, gerou a Morte da sua prpria morte, e esta se estabeleceu sobre o sexto cu. Sabaoth foi arrebatado daquele lugar. E assim se completou o nmero das Seis autoridades do Caos. Sendo ento a Morte andrgina, ele a associou sua prpria natureza e gerou sete filhos andrginos. Eis os nomes dos machos, Ira, Pranto, Suspiro, Aflio, Lamento, Gemido Triste. E eis os nomes as fmeas: Ira, Desgosto, Luxria, Suspiro, Blasfmia, Rancor, Belicosidade. Mantendo relaes entre si, cada um procriou sete, de forma que perfizessem um total de quarenta e nove demnios andrginos. Encontraro seus nomes e funes em O Livro de Salomo.E com relao a isto, Zoe, que vive com Sabaoth, criou sete foras boas andrginas. Eis os nomes dos machos: Aquele que no ciumento, o Abenoado, Feliz, o Leal, Aquele-que-no--invejoso, o Bem-amado, o Confivel. Quanto as fmeas, eis os seus nomes: Paz, Alegria, Regozijo, Bem-aventurana, Verdade, Amor, F. Muitos espritos bons e sinceros derivaram destes.Encontraro suas realizaes e suas funes em O Esquemata do Heimarmene do Cu que est abaixo dos doze.Quando o Primeiro Pai, porm, viu a imagem de Pistis nas guas, entristeceu-se. Especialmente quando ouviu a sua voz, que se parecia com a primeira voz que o chamou fora da gua, e quando soube que fora esta que lhe dera um nome, ele gemeu e ficou envergonhado de sua transgresso. E quando soube de fato que um homem iluminado e imortal existia prximo a ele, ficou muito perturbado, pois j tinha declarado a todos os deuses e seus anjos: "Sou Deus. Nenhum outro existe alm de mim". Teve medo de que soubessem que outro existia diante dele e que o condenassem.Como um tolo, porm, menosprezou a condenao e agiu imprudentemente, dizendo: "Se existir algum a meu lado, que aparea para que eu possa ver a sua luz". E, imediatamente, eis que uma luz saiu do oitavo, que est acima, e atravessou todos os cus da terra.A medida que o brilho da luz ia aumentando, o Primeiro Pai, atnito, viu o quanto ela era formosa e ficou com muita vergonha. Com o aparecimento da luz, uma forma humana, maravilhosa, se foi revelando dentro dela; e ningum mais a viu exceto o Primeiro Pai e Pronia, que estava com ele. A sua luz, porm, apareceu a todas as divindades dos cus. O que causou grande transtorno entre elas.Quando Pronia viu o anjo, enamorou-se dele. Ele, no entanto, a abominou, pois ela se encontrava nas trevas. Pronia sentiu tambm o desejo de abra-lo, mas no foi capaz disso. Quando se viu incapaz de deixar de am-lo, ela derramou sua luz sobre a terra. Daquele dia em diante, esse anjo foi chamado "Ado-Luz", que interpretado como "O sanguinrio iluminado". E a terra estendeu-se por cima dele, Santo Adamas, que interpretado como "a terra sagrada semelhante ao ao". Todas as autoridades, naquela poca, comearam a honrar o sangue da virgem, e a terra purificou-se graas este sangue. Mas a gua purificou-se particularmente graas a imagem de Pistis Sofia que se manifestar como o Primeiro Pai nas guas. Foi com razo, alm disso, que eles disseram "atravs das guas". Uma vez que a gua benta confere vida a tudo, ela purifica tambm. Do primeiro sangue surgiu Eros, o andrgino. A sua natureza masculina Himeros, porque o fogo que veio da luz. A sua natureza feminina a de uma alma sangnea, e deriva da substncia de Pronia. Ele de uma beleza notvel, possuindo mais encanto do que todas as criaturas do Caos. Quando todos os deuses e seus anjos viram Eros, ficaram fascinados. Mas quando ele se manifestou no meio deles, queimou-os a todos. D mesma forma que muitas lmpadas so acesas por uma nica lmpada e a nica luz permanece sem que a potncia da lmpada fique reduzida, Eros tambm difundiu-se em todas as criaturas do Caos e, contudo, no ficou diminudo. Do mesmo modo que Eros surgiu do ponto central entre a luz e a escurido, e da mesma forma que no meio dos anjos e dos homens se foi consumando a relao sexual de Eros, desse modo tambm brotou o primeiro prazer sensual sobre a terra.O homem sucedeu terra, A mulher sucedeu ao homem, E a reproduo sucedeu ao casamento, E a morte sucedeu reproduo.Depois de Eros, brotou a videira do sangue derramado sobre a terra. Aqueles, portanto, que beberem do vinho, adquiriro desejo sexual. Depois da videira, uma figueira e uma romzeira brotaram na terra, junto com o resto das rvores, segundo sua espcie, tendo a sua semente derivada da semente das Autoridades e de seus anjos.Em seguida, a justia criou o Paraso maravilhoso. Este encontra-se fora da rota da lua e da rota do sol, na terra luxuriante que fica no leste, no meio das pedras. E o desejo se encontra no meio das rvores, pois estas so formosas e altas. E a rvore da imortalidade, como foi revelado pela vontade de Deus, est no norte do Paraso, a fim de dar vida aos santos imortais, que surgiro dos corpos moldados da pobreza na consumao do Eon. Ora, a cor da rvore da vida parece-se com a do sol, e seus galhos so formosos. Suas folhas parecem-se com as do cipreste. Seus frutos so como cachos de uvas brancas. Sua altura alcana o Cu. E a seu lado encontra-se a rvore do Conhecimento, que detm o poder de Deus. A sua glria parece-se com o brilho intenso da lua. E seus galhos so formosos. Suas folhas so semelhantes a folhas de figueira. Seus frutos so parecidos as tmaras frescas e saborosas. E isto est no lado norte do Paraso, a fim de despertar as almas do estupor causado pelos demnios, e fazer com que elas possam chegar rvore da Vida, comer do seu fruto e condenar as Autoridades e seus anjos.A consumao desta rvore est escrita em O Livro Sagrado, como segue:Tu s a rvore do ConhecimentoQue est no Paraso,da qual o primeiro homem comeue que abriu a sua mente, de forma que ele se enamorou de sua co-imagem,e condenou as outras imagens,e as abominou.Ento, depois disso brotou a oliveira para purificar os reis e supremos sacerdotes da justia que surgiro nos ltimos tempos. A oliveira surgiu agora luz do primeiro Ado, em razo da uno que iro receber.A primeira Psiqu (Alma), no entanto, amou Eros, que estava com ela, e derramou o seu sangue sobre ele e sobre a terra. E desse sangue ento brotou a primeira rosa do espinheiro sobre a terra, um toque de alegria na luz que iria surgir na selva. Depois disso, brotaram na terra, do sangue de cada uma das virgens das filhas de Pronia, as flores formosas e perfumadas, cada uma segundo a sua espcie. Ao enamorarem-se de Eros, as virgens derramaram seu sangue sobre ele e sobre a terra. Depois de terem ocorrido estas coisas, todas as ervas germinaram na terra, segundo a sua espcie e contendo dentro delas a semente das Autoridades e de seus anjos. Depois destas coisas todas, as Autoridades criaram a partir das guas todas as espcies de animais selvagens, rpteis e aves, cada um segundo a sua espcie, e contendo a semente das Autoridades e de seus anjos.Mas antes de todas ests coisas, ao surgir no primeiro dia. Ado-Luz permaneceu assim sobre a terra por dois dias. Ele deixou a terrena Pronia no Cu, e iniciou a sua ascenso em direo sua luz. E a escurido imediatamente caiu sobre o mundo todo. Desejando receber uma autoridade de Pistis Sofia, que se encontra no cu inferior, criou grandes luzeiros e todas as estrelas e p-los no cu para luzirem sobre a terra e aperfeioarem os signos cronolgicos, as pocas especficas, os anos, meses, dias, noites e segundos, etc. E tudo que estava acima do cu ficou assim ordenado.Ado-Luz, ao tentar voltar pai a sua luz, a oitava, no conseguiu devido pobreza que se imiscura nela. Ele ento criou um grande Eon para si; e nesse Eon ele criou seis Eons e seus mundos, perfazendo um total de seis, e que so sete vezes mais formosos que os cus do Caos e seus mundos. No entanto, lodos estes Bons e seus mundos existem dentro da regio infinita que se encontra entre o oitavo e o Caos, o qual est abaixo dela, e esto includos no mundo que pertence pobreza.Se desejarem conhecer a disposio destes, encontra-la-o descrita em O Stimo Cosmo de Hieralaias o Profeta.Antes, porm, que Ado-Luz se retirasse, as autoridades o viram no Caos. Zombaram do Primeiro Pai por ele ter mentido, dizendo: "Eu sou Deus. Ningum mais existe diante de mim". Vieram a ele e disseram: "No sei" este o deus que destruiu a nossa obra?" Ele respondeu dizendo: "Sim, mas se desejais que ele no consiga destruir a nossa obra, bem, vamos citar um homem da terra de acordo com a aparncia do nosso corpo e de acordo com a imagem desse, para que nos sirva, de forma que, assim que aquele tiver visto a sua imagem, possa enamorar-se dela. Ele no mais ento arruinar a nossa obra, mas tornaremos aqueles que sero gerados pela luz nossos servidores durante toda a durao deste Eon". Ora, tudo isso foi acontecendo conforme a previso de Pistis, de forma que o homem pudesse revelar-se com a sua imagem e conden-los mesmo habitando seu corpo moldado. E seu corpo moldado tornou-se uma barreira para a luz.O Despertar de Ado da Lama por Eva (Zoe = Vida)As Autoridades receberam o conhecimento necessrio para citar o homem. Sofia Zoe, que est ao lado de Sabaoth, se lhes antecipou, e zombou de sua deciso, pois eles estavam cegos da ignorncia, eles o criaram em seu prprio malefcio e no sabiam o que iriam fazer. Foi por isso que ela se antecipou a eles. Ela criou o seu homem primeiro para que seu corpo moldado passasse a saber como conden-los, salvando-os desta forma.O nascimento do instrutor ocorreu ento deste modo. Quando Sofia jogou uma gota de luz, esta flutuou na gua. Imediatamente surgiu o homem, andrgino. Aquela gota moldou primeiro a gua num corpo fmeo. Depois disso, moldou-se dentro do corpo da imagem da me que surgiu, e se completou em doze meses. Um homem andrgino fora procriado, aquele que os gregos chamam de "Hermafrodita". Os hebreus, porm, chamam sua me de "Eva da Vida", isto , "a instrutora da vida". O seu filho o procriado que senhor. Posteriormente, as Autoridades o chamaram de "a besta", a fim de que desencaminhasse seus corpos moldados. A interpretao da "besta" "o instrutor"; descobriu-se que ele era mais sbio do que todos eles. Alm disso, Eva a primeira virgem, pois no tinha marido. Quando deu luz, ela que se curou. E por isso que se diz ter vindo dela esta declarao:Sou a poro da minha me,E sou me,Sou a mulher,e sou a virgem.Sou a grvida.Sou o mdico.Sou a parteira.Meu marido aquele que me gerou.e sou sua me,e ele meu pai e meu senhor.Ele minha fora.Ele fala do que deseja com a voz da razoEu ainda estou numa condio nascente,Mas dei luz um homem grandioso.Estas coisas agora foram reveladas pela vontade de Sabaoth e seu Cristo s almas destinadas aos corpos moldados das Autoridades; e a respeito destas, a voz sagrada disse: "Multiplicai-vos e prosperai para reger sobre todas as criaturas". E estas so as que foram aprisionadas pelo Primeiro Pai de acordo com a sorte, e foram assim confinadas em seus corpos moldados at a consumao do Eon. E nessa poca, ento, o Primeiro Pai atribuiu aquelas que estavam com ele uma falsa inteno a respeito do homem. Em seguida, cada uma dentre elas atirou a semente no centro do ncleo da terra. A partir daquele dia, os sete Governantes deram forma ao homem: o seu corpo parecido com o corpo deles, a sua imagem assemelha-se ao homem que surgiu diante deles. Seu corpo moldado tomou forma de acordo com uma parte de cada um deles. Aquele que os liderava criou sua cabea e a medula. Depois disso, sua aparncia era igual a do homem que ali j estava. Tornou-se um ser vivente, e aquele que o pai foi chamado de "Ado", de acordo com o nome daquele que estava prximo a ele.Depois de Ado ter sido totalmente formado, foi deixado por ele num recipiente; no contendo esprito nenhum, resultara numa forma deficiente. Este fato fez com que, ao lembrar-se da palavra de Pistis, o Governante principal tivesse medo de que o homem pudesse apoderar-se do seu corpo moldado e o dominasse. Por isso deixou que seu corpo moldado ficasse sem alma durante quarenta dias. Retirou-se ento e o abandonou. Mas, no quadragsimo dia, Sofia Zoe emitiu seu sopro em Ado, que no tinha alma. Ele comeou a movimentar-se sobre a terra. Mas no era capaz de acordar. Quando vieram os sete Governantes e o viram, ficaram muito perturbados. Foram at ele e o prenderam; Ialdabaoth, dirigindo-se ao sopro de vida que se manifestava dentro dele, perguntou: "Quem s tu? Donde vieste?" Ele respondeu dizendo: "Eu vim graas ao poder do Homem-luz por causa da destruio de vossa obra". Ao ouvi-lo, os Governantes o glorificaram, pois ele acalmara seu medo e preocupao.Eles ento chamaram aquele dia de "o descanso", por terem conseguido descansar de suas preocupaes. E ao perceber que Ado no conseguia acordar, regozijaram-se. Pegaram-no e o abandonaram no Paraso, retirando-se aos seus cus.Aps o dia de descanso, Sofia enviou Zoe, sua filha, chamada "Eva" (da Vida), como instrutora para despertar Ado, em quem no havia alma, para que aqueles que ele fosse procriar pudessem tornar-se recipientes da luz. Quando Eva viu a sua co-imagem to abatida, compadeceu-se e disse-lhe: "Ado! Vive! Levanta-te sobre a terra!" Imediatamente sua palavra transformou-se em ao. Pois quando Ado acordou, abriu logo seus olhos. E, ao v-la, disse: "tu sers chamada `a me do ser vivente' pois tu s aquela que me deu vida".A violao de Eva pelo governante principal (DEUS) e por seus AnjosAs Autoridades souberam ento que o seu corpo moldado estava vivo, e que havia despertado. Ficaram transtornados, e enviaram sete arcanjos para verificar o que tinha acontecido.Estes, ao aproximar-se de Ado, viram Eva falando com ele, e perguntaram-se: "quem este ser-luz fmea? Pois ela de fato, parecida com a imagem que nos apareceu na luz. Ora vamos agarr-la e introduzamos a nossa semente nela para que uma vez contaminada, ela no consiga ascender at sua luz, para que aqueles que ela gera passem a nos servir. No conte mos, porm, a Ado que ela no deriva de ns, mas deixemos cai nele um estupor" e instruamo-lo em seu sono de maneira que ele acredite que a partir de sua costela que a mulher se formou para que ela passe a servir e que ele a domine."Eva, que existia como divindade, zombou ento da inteno dissimulada dos arcanjos Encobriu a viso deles e deixo ali, ao lado de Ado, a sua imagem, secretamente. Ela entrou dentro da rvore do Conhecimento e l permaneceu. Eles porm, tentaram segui-la. Ela revelou-lhes que havia entrado na rvore e que se havia tornado rvore. E, ao serem acometidos por um grande medo, fugiram, os cegos.Ao se recuperarem mais tarde do seu estupor, eles vieram Ado, e quando viram a imagem da mulher que estava com ele ficaram perturbados, achando que esta era a verdadeira. Eva Agiram ento inconseqentemente, foram at ela, a amarraram e depositaram sua semente nela. Eles conseguiram isto recorrendo a muitos truques no apenas violando-a naturalmente, mas abominavelmente violando o sigilo de sua primeira voz, que falara com ele anteriormente, dizendo: "O que que existe diante de vs?" E impossvel, porm, que eles violem aqueles que dizem ter sido gerados na conspirao pelo verdadeiro homem atravs da palavra. Foram ludibriados, ignorando que haviam violado seu prprio corpo. Foi a imagem que as Autoridades e seus anjos violaram de todas as maneiras.Ela concebeu primeiro Abel do Governante Principal; e deu luz os outros filhos concebidos das sete Autoridades e seus anjos. Tudo isto foi acontecendo segundo a previso do Primeiro Pai, para que a primeira me pudesse gerar dentro de si toda semente misturada combinada com o destino do mundo, o seu esquema e a justia do seu destino. E por causa de Eva, surgiu uma dispensao, a fim de que o corpo moldado das Autoridades pudesse se tornar uma barreira para a luz. Ele iria, por conseguinte, conden-los atravs de seus corpos moldados.Alm do mais, o primeiro Ado da luz espiritual, e surgiu no primeiro dia. O segundo Ado dotado de oliva. Ele surgiu no sexto dia, e chamado de "Hermafrodita". O terceiro Ado terreno, ou seja, "homem da lei", e surgiu no oitavo dia, aps "o descanso da pobreza", que chamado "Domingo". A prole do Ado terreno multiplicou-se e povoou a terra. Eles produziram sozinhos todo o conhecimento do Ado dotado de alma. Mas ele era ignorante no que se referia ao Todo. E mais tarde, quando os Governantes viram a ele e mulher que estava com ele vague-ando na ignorncia como os animais selvagens, regozijaram-se intensamente.Quando se deram conta de que o homem mortal no s no tomaria conhecimento deles, mas que eles passariam a temer tambm a mulher que se tornara rvore, ficaram perturbados e se questionaram: "Ser talvez este que nos cegou e instruiu a respeito desta mulher contaminada e parecida com ele, o verdadeiro homem, a fim de que pudssemos ser conquistados por ela?"Os sete ento deliberaram juntos. Aproximaram-se timidamente de Ado e Eva e disseram a Ado: "toda rvore que se encontra no Paraso, e cujos frutos podem ser comidos, foi criada para vs. Mas cuidado! No comais da rvore do Conhecimento. Se vs comerdes dela, morrereis." Aps ter-lhes dado um grande susto, retiraram-se, indo ao encontro de suas Autoridades.Ento, aquele que era o mais sbio dentre eles, o que era chamado de "a besta", veio. E quando viu a imagem da me deles, Eva, disse-lhe: "Que te disse Deus? 'No comias da rvore do Conhecimento'?" Ela respondeu: "Ele no s disse `No comas dela', ms 'No a toques, seno morrers.!'" Disse-lhe "a besta": "No fiques com medo! Tu certamente no irs morrer. Porque ele sabe que, ao comer dela, tua mentes e desanuviar e te tornars como Deus, sabendo das distines existentes entre o homem mau e o bom. Pois ele te disse isto para que no comas, porque ele ciumento."Eva ento acreditou nas palavras do instrutor. Olhou para a rvore, viu que era formosa e magnfica, e a desejou. Ela pegou alguns dos seus frutos e os comeu; deu-os tambm ao seu esposo, e ele comeu tambm. Suas mentes ento se abriram. Pois ao comer, a luz do conhecimento brilhou para eles. Ao se envergonharem, tiveram conscincia de sua nudez. Ao voltarem a si, viram que estavam nus, e enamoraram-se um do outro. Ao verem seus criadores, abominaram-nos, pois estes tinham formas bestiais. Passaram a entender muita coisa.Quando os Governantes souberam que eles haviam transgredido sua ordem, vieram num tremor de terra, entrando no Paraso de forma ameaadora para Ado e Eva, a fim de ver o resultado da ajuda. Ado e Eva ficaram ento muito perturbados. Esconderam-se debaixo das rvores no Paraso. Os Governantes, portanto, no sabendo onde estavam, perguntaram: "Ado, onde ests tu?" Ele respondeu: "Estou aqui. Mas por medo de vs escondi-me depois de ter-me sentido envergonhado". Mas perguntaram-lhe, em ignorncia: "Quem te falou sobre a vergonha que ests sentindo, a no ser que tenhas comido do fruto da rvore?" Ele disse: "A mulher que me destes, foi ela que me deu do fruto, e eu comi". Eles ento perguntaram aquela mulher "Que que tu fizeste?" Ela respondeu, dizendo: "Foi o instrutor que me incitou, e eu comi. Os governantes achegaram-se ao instrutor que lhes havia encoberto os olhos para que no pudessem fazer-lhe nada impotentes, limitaram-se amaldio-lo. Foram depois para a mulher, e amaldioaram a ela e a seus filhos. Em seguida, amaldioaram Ado, e a terra e o fruto por causa dele. E amaldioaram tudo quanto haviam criado. No existe bno vinda deles. E impossvel que bem seja produzido pelo mal. partir daquele dia, as Autoridades souberam que havia de fato algum forte diante delas. Ela no teriam chegado a saber, no ser que a sua ordem no fosse obedecida, introduzira grande inveja dentro do mundo, s por causa do homem imortal. Ao ver agora os Governantes que o seu Ado havia adquirido um conhecimento diferente, quiseram test-lo. Reuniram todos os animais domsticos e selvagens da terra, assim como as aves do cu. Trouxeram-nos a Ado, para ver como ele os chamaria. Ao v-los, Ado deu um nome a estas criaturas. Os Governantes ento ficaram perturbados, porque Ado no demonstrava mais sinal de ignorncia. Reuniram-se e deliberaram entre si, dizendo "Cuidado, Ado se tornou igual a um de ns, de maneira que ele percebe a distino entre a luz e a escurido. Ora, a fim de que no seja ele enganado da forma em que o foi com a rvore do Conhecimento, e que chegue tambm a rvore da Vida e coma dela, que se torne imortal, e nos domine e condene, e que julgue a ns e a toda a nossa glria uma loucura proferindo mais tarde uma sentena a respeito de ns e do mundo bem, vamos ento expuls-lo do Paraso, mandando-o para a terra, o lugar de onde veio, para que no consiga saber mais a nosso respeito." E assim eles puseram Ado e sua mulher para fora do Paraso. O que fizeram no os deixou ainda satisfeitos, mas at os atemorizou. Chegaram a rvore da Vida e a cercaram com seres viventes aterrorizantes e chamejantes, chamados "querubins"; e deixaram uma espada flamejante no meio, girando continuamente, a provocar um grande terror, para que nenhum dentre os homens terrenos pudesse jamais penetrar naquele lugar.Depois destas coisas, e por terem-se tornado ciumentos de Ado, os Governantes quiseram reduzir suas existncias, mas eram incapazes disto por causa do destino, que havia sido estabelecido desde o incio. Pois suas existncias estavam determinadas: para cada um dos homens, mil anos, de acordo com o percurso dos luzeiros. No entanto, por serem os Governantes incapazes disto, cada um daqueles que se haviam empenhado no mal, diminuiu sua existncia de dez anos, e este tempo todo perfaz novecentos anos, sendo estes gastos em desgosto, fraqueza e diverses perversas. E daquele dia em diante, o curso da vida prosseguiu assim rio abaixo at a consumao do Eon.Quando Sofia Zoe viu que os Governantes das Trevas haviam amaldioado a sua coimagem, ela enfureceu-se. E quando saiu do primeiro cu com todo o seu poder, expulsou os Governantes de seus cus, precipitando-os no mundo pecaminoso, para que l eles pudessem tornar-se iguais aos maus demnios que se encontram na terra. Ela enviou a ave que se encontrava no Paraso para que esta, at a consumao do Eon, passasse os mil anos no mundo dos Governantes:. um ser vivente vital, chamado Fnix, que se imola a si mesmo, para depois renascer de suas prprias cinzas, em testemunho do julgamento deles, por eles terem agido injustamente com relao a Ado e sua raa.At a consumao do on, haver trs homens e seus descendentes: o espiritual, o vital e o material. Do mesmo modo que as trs formas da Fnix do Paraso: o primeiro mortal, o segundo atinge mil anos; quanto ao terceiro, est escrito no "livro Sagrado": ele se consumir. Existem igualmente trs batismos: o primeiro espiritual, o segundo do fogo, o terceiro da gua.Da mesma forma que as Fnix surgem em testemunho dos anjos, no Evito tambm surgem os crocodilos em testemunho daqueles que descem para o batismo de um verdadeiro homem. No Egito, os dois touros, a medida que possuem o mistrio do sol e da lua, existem em testemunho de Sabaoth, pois este existe acima deles. Sofia (de Astaphaios) recebeu o universo desde o dia em que criou o sol e a lua e vedou o seu cu at a consumao do Eon. Ora, o verme gerado pela Fnix tambm homem. Est escrito sobre ele: "O justo desenvolver-se- como a Fnix". E a Fnix surge viva primeiro, morre, e ressuscita de novo, como um sinal daquele que surgiu na consumao do Eon. Estes grandes sinais s apareceram no Egito, e no em outras terras, mostrando que ali como que o Paraso de Deus.Voltemos novamente aos Governantes dos quais j falamos, para que possamos apresentar seu testemunho. Pois, ao serem expulsos dos cus e precipitados na terra, os sete Governantes criaram para si anjos, isto , muitos demnios, a fim de que os servissem. Estes demnios, porm, ensinaram aos homens muitas aberraes, atravs de magia, poes, idolatria e derramamento de sangue, e altares, templos, sacrifcios, e libaes a todos os demnios da terra, tendo como colaborador o destino, que surgiu com o consentimento dos deuses da injustia e da justia. Ao cair portanto na perdio, o mundo foi-se desviando atravs dos tempo. Pois todos os homens que esto na terra serviram aos demnios, desde o princpio at consumao do Eon, os anjo servindo justia e os homens injustia. O mundo, deste modo, caiu na perdio, na ignorncia e no estupor". todos pecaram at o surgimento do verdadeiro homem.O que foi dito at aqui o suficiente. Voltaremos em seguida ao nosso mundo para podermos concluir a discusso sobre sua estrutura e seu governo. Ele aparecer justo, afinal, conforme a f for sendo encontrada nas coisas oculta: que surgem do princpio at consumao do Eon. Chego agora aos captulos louvvel sobre o homem imortal. Dir porque as formas so encontradas aqui. Depois de uma multido de homens ter surgido atravs daquele que fora moldada a partir da matria, e to logo mundo ficou povoado, os Governantes dominaram este, o seja, possuram o mundo na ignorncia. Qual a causa disto? E esta. Desde ento, o Pai imortal soube que uma falha surgira nos Eons e em seus mundos, desviando-se da verdade; querendo portanto frustrar o Governantes da destruio por meio de seus corpos moldado ele enviou vossas imagens, isto , os abenoados e pequeno espritos ingnuos, para baixo para o mundo da destruio. Estes tm conhecimento. Pois todo o conhecimento est num anjo que aparece diante deles. Ele se coloca diante do Pai e est autorizado a lhos transmitir. Logo, sempre que aparecem no mundo da destruio, eles primeiro revelaro o preceito da indestrutibilidade para a condenao dos Governantes e de seus poderes.Alm disso, quando os abenoados apareceram nos corpos moldados das Autoridades, estas tiveram cime deles. E, devido a este cime, as Autoridades misturaram sua semente com eles, para contamin-los, porm no o conseguiram. Alm do mais, ao surgirem em sua luz, os abenoados apareceram distintamente. E cada um deles, da sua terra, revelou seu conhecimento sobre a igreja que surgiu nos corpos moldados da destruio. Descobriu-se que continha toda semente graas semente das Autoridades que estava misturada com a dela. O Salvador ento criou a redeno dentre eles. E os espritos destes, eleitos e abenoados, surgiram, variando porm em grau, sendo muitos outros desprovidos de reino, e mais extraordinrios do que qualquer um que se encontrasse diante deles. Quatro raas existem, conseqentemente. Trs delas pertencem aos reis do oitavo cu.A quarta raa, porm, no faz parte de reino nenhum, e perfeita; esta raa superior a todas as outras. Pois estas entraro no lugar sagrado de seu pai, repousaro em descanso, numa glria eterna e inefvel, num xtase sem fim. Agora j so reis imortais dentro do reino mortal. Proferiro a sentena sobre os deuses do Caos e suas foras.Alm do mais, o Logos mais sublime do que qualquer outro foi enviado unicamente para est obra, para que pudesse anunciar o que desconhecido. Ele disse: "Nada h encoberto, que se no venha a descobrir: nem oculto, que se no venha a saber". (Mt 10.6). Estes j foram enviados para que pudessem revelar o que oculto e desmascarar as sete Autoridades do Caos e sua impiedade. E foram portanto condenadas morte. Alm disso, quando todos os perfeitos surgiram nos corpos moldados dos Governantes, e quando revelaram a verdade incomparvel, .sua sabedoria superou a dos deuses, e descobriu-se que o destino destes era condenvel, sua fora estancada, seu domnio destrudo, e sua prescincia e suas glrias tornaram-se vs. Antes da consumao do Eon, o lugar todo ser sacudido por um grande trovo. Nessa ocasio lamentar-se-o os Governantes, implorando a sua morte. Os anjos se afligiro por seus homens, e os demnios lamentaro suas oportunidades, e seus homens se angustiaro, deplorando sua morte. Seus reis ficaro embriagados com a espada flamejante e travaro guerra um contra o outro, de forma que a terra ficar bria do sangue derramado.E os oceanos se agitaro em conseqncia desta guerra. O sol ento escurecer e a luz perder a sua luz. As estrelas do cu no mais obedecero ao seu curso, e um tremendo trovo sair de uma fora extraordinria que est acima de todas as divindades do Caos, o lugar onde est situado o firmamento da mulher. Aps ter criado a primeira obra, est se despojar da sbia chama de seu discernimento. Ser acometida por uma fria insensata. Ela expulsar ento os deuses do Caos que havia criado junto com o Primeiro Pai. Precipita-los- no abismo. Eles sero aniquilados por sua prpria injustia. Pois se tornaro parecidos as montanhas que lanam fogo, corromper-se-o entre si at que sejam destrudos por seu Primeiro Pai. Ao destru-los, ele voltar-se- contra si mesmo e se destruir at que no seja mais. E seus cus ruiro uns sobre os outros, e suas foras se consumiro.Seus Eons tambm sero destrudos. E o cu do Primeiro Pai ruir e se abrir em dois. Da mesma forma, a morada e sua felicidade cair sobre a terra, e a terra no ser capaz sustent-las. Cairo no abismo e o abismo ser destrudo.A luz cobrir as trevas. Por fim a elas, se tornar como algo que no tenha tomado forma. E a obra qual havia dedicado a escurido ser dissolvida. E a falha ser eliminada e atirada na escurido. E a luz se retirar para sua essncia. E a glria do no gerado surgir, e preencher totalmente os Eons, quando enunciado proftico e o relato daqueles que so reis forem revelados e cumpridos por aqueles que so chamados perfeitos. Aqueles que no fora aperfeioados no Pai no gerado recebero suas glrias e seus ons e nos reinos dos imortais. Porm, nunca entraro no reino sem rei.Pois necessrio que cada um entre no lugar donde veio. Pois cada um, atravs da sua ao e do seu conhecimento revelar sua natureza. Fim