project cor - the book

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This book contains the entire implementation process of project COR, all activities and milestones.

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Page 1: Project COR - the book
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Page 3: Project COR - the book
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A todos os Cagaréus.

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Abordagem

“Poucas pessoas sabem envelhecer” François La Rochefoucauld

Page 7: Project COR - the book

Durante o séc. XX, a ciência soube dar resposta a uma das suas principais questões: pôr um travão na mortalidade, aumentando a esperança média de vida das populações.

Nos dias que correm, vivemos desses resultados, que acabaram por criar um novo problema, ao qual desta vez a ciência não pode responder. Este problema reside na tendência de proporcionalidade inversa na relação entre o avanço na idade e o decréscimo de qualidade de vida, provocado pelas barreiras arquitectónicas, o medo, a falta de recursos, o enfraquecimento das redes sociais e o idadismo.

Neste documento , iremos explicar a nossa resposta ao problema descrito, bem como a metodologia utlizada para chegar a uma proposta de solução: o PROJECTO COR.

No projecto Action for Age, o design é utilizado como uma ferramenta de resposta aos desafios deixados pelo fenómeno do envelhecimento generalizado da população, sendo que o seu objectivo é criar todo um conjunto de soluções, nas mais variadas áreas, que resultem no aumento geral das condições de vida, e num envelhecimento activo da população.

Page 8: Project COR - the book

“Para alguém mais velho, poder falar cinco minutos com um jovem é uma maravilha”

Abordagem

Page 9: Project COR - the book

O principal método de aboragem utilizado baseia-se no Co-design, ou seja, estar em contacto com as próprias pessoas, envolver a população para que ela nos dê respostas, através da colaboração mútua, tornando-a parte activa do projecto, e despertando o seu interesse em participar nele no futuro.

A pesquisa durou vários dias, de forma a abranger todas as situações: dia, noite, fins-de-semana e dias de trabalho.

Numa segunda fase, depois do contacto com uma zona alargada, foi feito um reconhecimento dos problemas e oportunidades de locais mais específicos e de potencialinteresse para o projecto.

Numa terceira fase, mediante a análise dos locais apresentados, foram propostos em brainstorming uma série de pré-projectos, que mais tarde foram sujeitos a uma selecção e debate, tendo sido escolhida a hipótesesegundo os critérios de viabilidade, auto sustentabilidade, benefícios para os intervenientes e promoção de relações intergeracionais.

A estratégia adoptada foi recolher o máximo de testemunhos possíveis por nesta zona da cidade, atravésde conversas com a população, instituições e comerciantes, tentando perceber as relações existentese os percursos que são efectuados. Foi também um factor importante ir seguindo pistas que nos eram dadas ao longo das conversas, implicando muitas vezes voltar aos sítios onde já tínhamos estado.

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Caracterização da zona

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O Beira-Mar, bairro mais típico de Aveiro, mantém os traços originais, é caracterizado pelas safras do sal, a pesca e a apanha do moliço, com cerca de 100 anos. Nas suas ruas estreitas podemos encontrar uma populações com história, que vai desde antigos marnotos, pescadores, peixeiras, salineiras e confeiteiras, actividades em extinção, à excepção da última, que foi tendo continuidade ao longo das gerações graças à popularidade da doçaria conventual e ao turismo.

É um bairro de partilha entre os vizinhos mais próximos, e sobretudo, de entreajuda, o que torna quase dispensável os serviços e estabelecimentos de carácter comercial.No entanto, a cada vez maior desertificação da área, faz com que a população perca os vizinhos, companheiros de conversas, ficando cada vez mais isolada.

Aqui sente-se o peso da idade de um povo que leva consigo os costumes de outros tempos e a sua perda deixa algumas casas ao abandono. Perdem-se histórias e ganha-se vazio.

Page 12: Project COR - the book

As histórias do bairro

“Há muitas pessoas no bairro que saem de casa e vão-se sentar nas paragens de autocarro só para encontrar alguém com quem conversar”

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Convívio à janelaAs pessoas que não podem sair de casa, muitas por problemas de mobilidade reduzida e outras tantas, por terem carros estacionados em frente à sua porta, impedindo a passagem, vivem do movimento da rua e das pessoas que passam pelas suas janelas e param para as cumprimentar.

Rede de favoresMora no bairro uma senhora que foi costureira durante toda a vida e, agora que está reformada recusa-se a ficar parada e, usando os seus dotes para ajudar os seus vizinhos, vai fazendo uns arranjinhos na roupa de quem precisa. As pessoas que mais ajuda são homens que, quando ficam viúvos, deixam de ter quem para eles cozinhe, passe a ferro ou coza botões.

Remadores OlímpicosOs remadores são mitos vivos da Beira-Mar, são os homens que mudaram o nome do canal de S. Roque. Pescadores e salineiros de profissão, remadores exímios, juntaram-se e resolveram concorrer aos jogos Olímpicos, tendo conseguido uma medalha de Prata.

Taberna do canalDois amigos mantêm há mais de 20 anos a tradição de passar pela taberna, beber um copo de vinho tinto antes do jantar e conversar sobre política, os jovens do bairro, a vida e os seus anos de juventude.

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A relação entre as pessoas

“Os vizinhos fazem recados uns aos outros, passam pelas casas de quem tem mais dificuldades para ver se não falta nada”

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A população idosa do Beira-Mar é caracterizada pela união e entreajuda dos vizinhos, pela desconfiança com que chega de novo. Contudo, depois de conhecerem são extremamente prestáveis e atenciosos. Gostam de ouvir e de contar histórias, estão sempre à espera que passe um vizinho para conversarem.

Muitos dos moradores mais novos não se identificam com as tradições do bairro, e por isso, não frequentam os locais de convívio dos mais velhos. O facto de não existir um espaço comum dificulta o encontro de diferentes gerações, que é agravado pelo medo que os mais idosos tem dos estudantes e jovens que são responsáveis por situações de vandalismo no bairro durante a noite.

As visitas dos filhos e netos são frequentes, mas curtas. Vêm só para trazer alimentos e medicamentos ou para os levar às consultas, o que não deixa muito tempo para conviver.

Se por um lado, os moradores mais antigos do Beira-Mar tem receio dos mais jovens, estes por seu lado, também evitam criar laços devido à sua estadia temporária no bairro e ao preconceito e ignorância relativamente à sabedoria e interesse que pode ter quem tem mais experiência de vida

Page 16: Project COR - the book

Argumento

“Em Aveiro a população idosa está esquecida”

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As características desta zona - o espírito bairrista, a localização e os habitantes - levaram-nos a escolher-la por ser a mais necessitada de um projecto intergeracional. A nossa estratégia passou por aproveitar estas características como meio para resolver o problema do isolamento.

Esta iniciativa pretende encher este bairro de vida, reavivando a comunidade e incentivando a intergeracionalidade de uma forma espontânea.

No entanto estas características perdem-se por não existir um vizinho para conversar ou um espaço de convívio e pouca gente a deslocar-se pelo bairro durante o dia.Para culmatar o isolamento da população, também se podem encontrar no bairro muitos espaços vazios.

Assim, os principais objectivo deste projecto são potenciar este bairro e melhorar a qualidade de vida desta população e das pessoas que para este bairro venham morar.

Page 18: Project COR - the book

Argumento

“As pessoas isolam-se em casa e não tem quem lhes faça companhia”

Argumento

Page 19: Project COR - the book

Durante o processo de reavivar o bairro da BEIRA-MAR, uma das principais preocupações passou por aproveitar os recursos e potencial humano local, de forma a viabilizar o projecto, não só tornando-o auto sustentável, mas também gerando a tão desejada intergeracionalidade no processo.

Queremos criar vizinhos, e experiências através do contacto e compreensão mútua entre gerações, destruindo preconceitos e inserindo nas pessoas valores de auto descoberta e entreajuda.

A marca COR - CRIA, OCUPA e RECUPERA - ilustra a criação de novos projectos e ideias, a ocupação de espaços abandonados e , em troca, a sucessiva recuperação das casas – no sentido de exprimir desde logo as três fases mais importantes da participação no projecto. A escolha de verbos, e da terceira pessoa vem de encontro a esta ideia, de induzir a acção nos indivíduos, mostrando uma proximidade da mesma e sugerir a oportunidade.

Page 20: Project COR - the book

“A ASAE fechou as tascas e agora não temos sítio para jogar às cartas”

Argumento

Page 21: Project COR - the book

COMO?Trazendo pessoas para o bairro, dando-lhes uma das muitas casas abandonadas, que a cada dia que passa se degradam cada vez mais e perdem valor, para desenvolver novas actividades e projectos e assim partilharem experiências com a comunidade.

As casas deste bairro encontram-se desabitadas à vários anos, pela desvalorização da zona e por ser um bairro envelhecido. Os senhorios destas casas muitas vezes não estão presentes e não assistem à degradação e desvalorização da propriedade e tentam vendê-las a preços altíssimos por se tratar de uma zona de património histórico . A isto junta-se o preconceito de ser uma comunidade tradicionalista e, aparentemente, pouco aberta a gente nova.

O PROJECTO COR é uma incubadora social que pretende gerar actividades abertas à comunidade, oferecendo um espaço em troca da sua preservação e não desvalorização.

Page 22: Project COR - the book

“Quando vão à farmácia nunca compram os remédios todos de uma vez, para poderem voltar e conversar mais um bocadinho com quem os atende”

Argumento

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E A INTERGERACIONALIDADE?Esta nasce do “Bom-dia!” todas as manhãs, dos “dois dedos de conversa”, e de todas estas pequenas coisas que acontecem de uma forma espontânea quando coabitamos numa mesma realidade. Novos e velhos partilham gostos semelhantes, como jogar às cartas, e podem fazê-lo juntos! O que queremos é proporcionar essas oportunidades, de modo a que diferentes gerações se conheçam, através destas experiências.

Page 24: Project COR - the book

A princípio as pessoas do bairro são muito desconfiadas, mas depois de ganharem confiança adoram conversar e contar histórias.

Implementação

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Os habitantes da Beira-Mar mostraram-se desde o inicio bastante receosos ao partilhar informações com pessoas de fora. Esse foi o factor que determinou a nossa abordagem e implementação do Projecto.

Um marco importante que determinou o futuro do projecto foi o momento em que ganhámos o apoio da Paróquia local da Vera Cruz, que nos permitiu falar com a comunidade no fim de uma celebração, dando-nos assim uma grande oportunidade para dirigir a mensagem a várias pessoas e com o apoio de uma organização credível. Nessa altura também, Os Vicentinos, um grupo de voluntariado e de apoio a famílias desfavorecidas do Bairro Beira Mar, abriu as suas portas ao PROJECTO COR.

A partir deste ponto, a credibilidade do projecto aumentou bastante e os moradores tornaram-se mais receptíveis e disponíveis para colaborar.

Depois de muitas tentativas de conversar e descobrir informações sobre os senhorios das casas abandonadas, o projecto mudou de parâmetros e começou então uma campanha de intervenção para ganhar a confiança dos moradores.

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Todos os caminhos que nos endicavam e as informações que nos davam revelavam-se um verdadeiro beco sem saída.

Implementação

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A primeira actividade, ainda com pouca adesão, realizada no dia 21 de Junho, consistia na pintura de alguns móveis, com a ajuda de alguns moradores.

Mais tarde, a 6 de Julho, organiza-se o Chá dos Vizinhos, em conjunto com Os Vicentinos.

Por último, realiza-se os Dias dos Vizinhos, a 29 e 30 de Julho, numa rua central do Bairro em que se demonstra à populaçãoo que poderia acontecer dentro de uma casa piloto.

Considerado um sucesso, este último evento provou que o projecto tem de facto pertinência e que tendo uma casa piloto onde desenvolver actividades, estas teriam uma grande adesão por parte dos moradores, mas também por pessoas externas ao bairro.

Com o objectivo de fazer chegar o projecto ao maior número de pessoas foram produzidas e afixada algumas lonas que cobriam as portas e janelas de casas abandonadas e ilustravam projectos que poderiam ser desenvolvidos no seu interior, tais como, uma sede com jogos tradicionais, um estudio de dança ou de música, um atelier de costura ou de pintura ou ainda uma pequena biblioteca.

Seguiram-se então um conjunto de actividades culturais em vários pontos do bairro, tendo como objectivo principal ganhar o apoio, respeito e confiança da população.As actividades organizadas sempre tiveram como objectivo serem um pretexto para juntar vizinhos, reatar relações e criar novas.

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Primeira actividade

Remodelar e pintar móveis serviu de pretexto para ouvir algumas histórias sobre o bairro e as suas tradições.

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Reconstrução e Remodelação de Móveis no canal de São Roque

Nesta actividade, as pessoas que passeavam no canal eram convidadas a pintar algumas cadeiras e uma mesa, que seriam usadas futuramente pelo projecto, enquanto conviviam e contavam histórias sobre as tradições dos marnotos e pescadores, e de como o bairro era antigamente.

Durante esta manhã apenas 10 pessoas pararam para participar na actividade, o que reflectiu a desconfiança e a falta de empatia pelo projecto por parte das pessoas.

O primeiro evento do projecto realizou-se no dia 21 de Junho, decorreu junto a um canal da Ria de Aveiro e tinha como principal objectivo dar a conhecer a iniciativa implementada e aumentar o nível de confiança com as pessoas do bairro.

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“A comida é um catalizador de relações e um incentivo à caridade.”

Segunda actividade

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Chá dos Vizinhos na sede dos Vicentinos

A segunda actividade organizada realizou-se no dia 6 de Julho na sede dos vicentinos e tinha como principal objectivo promover o convívio entre os moradores e as pessoas externas ao bairro, mas sobretudo, angariar bens materiais e monetários para os Vicentinos, associação que presta auxílio às pessoas mais pobres e necessitadas da Beira-Mar, dando mais credibilidade ao projecto. Para este fim, foi organizada uma quermesse, venderam-se fatias de bolos e foram disponibilizadas duas caixas para donativos.

Para promover esta actividade oferecemos chá e bolachas e passámos a palavra pelas pessoas do bairro. Esta iniciativa foi bastante importante para ganhar credibilidade e confiança das pessoas do bairro, uma vez que contámos com 26 participantes.

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“Podia haver uma casa onde se podesse jogar às cartas! Eu e os outros reformados gostamos muito de jogar e agora não temos sítio!”

Terceira actividade

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Dias dos Vizinhos

O último e grande evento organizado pelo Projecto COR teve a duração de 2 dias, 29 e 30 de Julho, e decorreu na Rua João Henriques, estando esta cortada ao trânsito. Para divulgar esta actividade foram distribuídos alguns convites por centros de dia, lares e escolas, flyers pelas caixas de correio; foram ainda desenvolvidas algumas intervenções de rua, tais como montar estendais com flyers presos por molas e colocar almofadas com a identificação do projecto, a data e a hora da actividade nos bancos onde se costumam juntar os idosos do bairro.Tendo como objectivo demonstrar quais as actividades que poderiam decorrer dentro de uma casa ocupada no âmbito do projecto, Os Dias dos Vizinhos estavam repletos de jogos variados remetentes ao imaginário antigo, como por exemplo jogos de tabuleiro, torneios de Sueca, contos de histórias, workshops de pintura e LandArt, jogos cooperativos e a oferta de uma salada de fruta.

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“Podem fazer isto todos os Sábados deste Verão?”

Terceira actividade

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Recolhemos alguns testemunhos de moradores que estiveram presentes, como a Eva de 9 anos que nos pediu para repetirmos este evento todos os sábados, e a D. Emília que adorou a iniciativa porque encontrou vizinhos que não via há bastante tempo.

Pode concluir-se claramente que o facto de levar novas pessoas ao bairro, efectivamente anima e dinamiza as ruas tão solitárias.

A adesão deste evento demonstrou-se muito positiva, principalmente quando comparado com os eventos anteriores, estando presentes cerca de 105 pessoas, de várias faixas etárias, desde a criança recém-nascida às avós e bisavós do Bairro que iam passear com os seus entes mais queridos.

De um modo geral todos os participantes pediram para repetir a actividade, uma vez que reviram antigos amigos e reconheceram a necessidade de dinamizar as antigas ruas da Beira-Mar. Com estas opiniões é flagrante o aumento da confiança e credibilidade no projecto, provando que o conjunto de eventos organizados foram bem sucedidos.

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DIAS dosVIZINHOS29e30 JUL15 HORASRua João Henriques . Bairro da Beira-Mar

OFERTA DE SALADA DE FRUTA!jogos tradicionais .......... sex.sábjogos de tabuleiro .......... sex.sábconto de histórias ......... sábtorneio de sueca ........... sex(inscrições no dia até às 3h ou em [email protected])

workshop de pintura ........ sábjogos cooperativos (Jovens em Acção - grupo educacional dos 10 aos 14 anos)

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Sustentabilidade

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Para garantir a sustentabilidade do projecto propomos a criação de uma casa piloto, que funcionaria também como um local do convívio para as pessoas do bairro e como sede do projecto, gerida por uma associação de habitantes reformados, activos e responsáveis. Aqui, estariam disponíveis informações sobre o projecto, as casas aderentes e disponíveis para serem ocupadas, os senhorios e a melhor maneira de os contactar.

A par desta sede seriam desenvolvidos um site e uma base de dados on-line para que o maior número de pessoas pudesse ter acesso a esta iniciativa, às casas disponíveis, às normas de participação e para facilitar a escolha da casa.

O projecto conta com a ajuda de uma advogada para tratar de questões jurídicas tal como a formulação e legalização de contratos (comodatos), que conferem seriedade e dão segurança às partes envolvidas.

A Câmara Municipal ou uma agência imobiliária poderiam transmitir segurança e confiança no contacto com os senhorios e assim alicia-los mais facilmente a participar no projecto. A par da credibilidade que estes porta-vozes dariam ao projecto, seria de valor conseguir algumas parcerias com empresas de materiais de construção que patrocinassem e ajudassem as reparações e remodelações das casas.

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Contámos a ideia e deixámos gosto e identificação com o projecto. Esperamos, com a credibilidade dos investidores, conseguir casas e abrir as suas portas à comunidade, enchendo o bairro de COR.

Sustentabilidade

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Após esta fase de implementação, com a confiança dos moradores conquistada, a ideia do projecto exposta, e com um grande número de potenciais candidatos a ocupar casas, os únicos elementos em falta para a plena concretização desta iniciativa foram realmente a aprovação e a cedência de casas por parte dos senhorios.

Compreendemos que para atingir este fim seria necessário conferir credibilidade ao projecto, através da associação de um porta-voz importante no bairro, pela familiarização com os moradores.

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Juntar a energia dos mais novos à experiência dos mais velhos, dinamizar um bairro envelhecido e, sobretudo, criar e renovar relações.

Benefícios

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Após o desenvolvimento e implementação deste projecto verificamos que este poderia trazer inúmeros benefícios a curto e longo para o bairro da Beira-Mar, quer a nível social como cultural e monetário.

Acima de tudo, este projecto vai restaurar as redes sociais do bairro, reforçar as relações interpessoais entre vizinhos e ocupantes temporários e ainda assegurar a transmissão dos valores e tradições tão característicos desta comunidade envelhecida.

A ocupação das casas proporciona um espaço a baixo custo e com isso a oportunidade para desenvolver novos projectos, o que trás mais movimento para as ruas. Com mais pessoas a circular pelo bairro e a recuperar casas, restaura-se a confiança nos jovens por parte dos idosos e aumenta a segurança no bairro, tanto pela diminuição dos assaltos como pela diminuição de casas em perigo de ruir. Este factor irá também valorizar a zona e as casas, facilitando processos de compra e ainda assegurando a preservação desta área de património histórico.

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Carolina Gaspar . Maria Lacerda . Rui Ramos . Joana Ramos . Joel Araújo . Joana Carvalho

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